bruna reis gláucia moreno juciele vargas márcia da rosa rosmarie reinehr marisa marques
TRANSCRIPT
INCLUSÃO DIGITAL: MULTICULTURALISMO E PRODUÇÃO TEXTUAL NOS
ANOS INICIAIS Bolsistas de Iniciação à Docência - Pibid 2014 – Uergs /Pedagogia -
Unidade em São Francisco de Paula
Bruna Reis
Gláucia Moreno Juciele Vargas
Márcia da Rosa Rosmarie Reinehr
Marisa Marques
Contextualização
A EM Pres. Castelo Branco passou a ocupar um lugar estabelecido na
Vila Santa Isabel, localizada em um bairro consideradamente de classe
média baixa, composto principalmente de trabalhadores assalariados.
A Escola foi criada pelo decreto número 507,28 de setembro de 1978 e
possui aproximadamente 570 alunos e 39 professores.
À medida que aumentava nossa proximidade com a comunidade da
Escola Municipal Presidente Castelo Branco, seus professores e
discentes, identificamos dois focos de trabalho que permitiriam nosso
envolvimento conjunto nas questões educativas:
- as questões do letramento
- o uso das tecnologias digitais de informação e comunicação.
DiagnósticoPOR QUE UM PROJETO ENVOLVENDO MULTICULTURALISMO-LETRAMENTO-
INCLUSÃO DIGITAL? - a EMEF Presidente Castelo Branco já foi uma das escolas com
melhor infra-estrutura tecnológica do município;
- no diálogo com os professores percebemos o quanto ansiavam
pela “reutilização” prática dos conhecimentos relacionados ao uso
das ferramentas das TDICs; - um diagnóstico evidenciou que boa parte dos alunos do 2º e 5º ano
dos Anos Iniciais, no âmbito do Pacto pela Alfabetização na Idade
Certa, ainda não sabem ler e escrever.
OS USOS DO LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA
Os professores relatam que o laboratório foi de uso de toda comunidade escolar apenas
durante o entusiasmo da inauguração.
Depois de algum tempo, talvez por falta de projetos, apenas alguns professores
continuaram a usá-lo.
Questionamos sobre os motivos do abandono, alguns professores nos relataram:
1) Pouco equipamento em funcionamento; 2) Falta de formação docente (apenas dois tem formação em informática e uma professora leciona no segundo ano e o outro é professor substituto);
3) Falta de noções básicas dos alunos (ou por falta de recursos ou por falta de incentivo).
4) E por último e mais importante: a ausência de projetos em âmbito escolar.
Estrutura do Laboratório - possui apenas oito computadores em
funcionamento; - muitos aparelhos estão sucateados, devido ao mau uso e ao abandono dos recursos.- dos equipamentos em uso, todos necessitam de pequenos ajustes, já que a escola não dispõe de técnicos para a manutenção;- não existe acesso à rede de internet.
Proposta dos Professores: nossos desafios
Em primeiro lugar nos apropriamos das dificuldades
apresentadas por algumas turmas, em relação aos níveis de
aquisição de escrita alcançados pelos alunos. Nos deparamos
com as dúvidas dos docentes em relação aos critérios de
avanço/retenção nos anos iniciais.
Participamos de reuniões de planejamento de trabalho e
levamos estas questões para as disciplinas do curso, que
estávamos cursando em 2014/1: teoria do Currículo,
Letramento e Alfabetização, Políticas da Educação Básica,
Seminário Integrador – Docência.
Iniciamos a elaboração dos OBJETIVOS do projeto
Investigar as condições de possibilidade de
realização do projeto de inclusão digital na Escola
Municipal Presidente Castelo Branco, e sua
complexidade no contexto educativo mais amplo,
considerando os aspectos sociais, políticos, culturais,
ambientais e econômicos envolvidos;
- Participar da discussão e qualificação da prática
docente e discente no processo que leva à
alfabetização, através do uso dos recursos
tecnológicos, de maneira ética, crítica e reflexiva com
foco na produção de conhecimentos, sabendo
conviver, cooperar e respeitar a diversidade cultural;
- Colaborar no reconhecimento e usos da
Sala de Informática como local de
desenvolvimento de interação com as novas
tecnologias digitais da comunicação e
informação, bem como os equipamentos e
componentes do Laboratório.
Metodologia/Pressupostos
As intervenções pedagógicas do Pibid na Escola Municipal Presidente
Castelo Branco serão voltadas ao letramento e à alfabetização através
da inclusão digital e uso das tecnologias digitais da comunicação e da
informação.
As oficinas irão contemplar o multiculturalismo, tomando como base o
respeito às diferenças e culturas que transitam no ambiente escolar.
As atividades de letramento terão como base os referenciais das
disciplinas do Curso de Pedagogia, com destaque à análise da
produção textual dos alunos: Teberosky (2004), Ferreiro (2002), Cagliari
(1998), Lemle (2002).
Discussões No atual estágio estamos estruturando o projeto em diálogo com o grupo de
professores participantes, em atuação nas turmas de 2º e 5º anos.
Percebemos que este é um momento de continuidade à reflexão sobre a
prática docente iniciada em sala de aula na disciplina “Seminário Integrador”,
em que discutimos as políticas de formação continuada dos professores em
nível nacional e local, as diretrizes curriculares para os Anos Inicias e
promovemos um “Seminário Integrador”, com a participação da
coordenadora municipal do “Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade
Certa” no município de São Francisco de Paula-RS.
Referências
-- ARAÚJO,M.S. Alfabetização tem conteúdos? In ARAÚJO, M.S; GARCIA, R.L. (org.). A formação da professora alfabetizadora: reflexões sobre a prática. 2º ed. São Paulo: Cortez, 1998.-- CANDAU, Vera M. Multiculturalismo e educação: desafios para a prática pedagógica In CANDAU, V.M.; MOREIRA, A. F.(org.). Multiculturalismo: diferenças culturais e práticas pedagógicas. Petrópolis: Vozes, 2008.
-- CORAZZA, Sandra Mara, Planejamento de Ensino como Estratégia de Política Cultural. In MOREIRA, Flávio Barbosa (org). Currículo: questões atuais. Campinas, SP: Papirus, 1997.
-- LIMA. M.S.; PIMENTA.S. Estágio e Docência. São Paulo: Cortez, 2004.
-- TEBEROSKY. A. Alfabetização e Tecnologia da Informação in GALLART. M e TEBEROSKY. A. Contextos de Alfabetização Inicial. Porto Alegre: Artmed, 2004.