buckland dicionário bíblico universal

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  1. 1. I
  2. 2. DICIONRIOBBLICOUNIVERSALpeloRev. A. R. BUCKLAND, M.A.Arcediago de Norfolkcom o auxlio doRev. Dr. LUKYN WILLIAMSCnego honorrio de ElyTraduzido da segunda edio inglesaporJOAQUIM DOS SANTOS FIGUEIREDOBispo-eleito da Igreja LusitanaO Editora Vida
  3. 3. ISBN 85-7367-226-9 Capa brochuraISBN 85-7367-227-7 Capa duraCategoria: RefernciaEste livro foi publicado em ingls com o ttuloUnnxrsal Bible Dutumary 1981 por Editora Vida13 impresso 199814 impresso 1999Todos os direitos reservados na lngua portuguesa porEditora Vida, rua Jlio de Castilho, 28003059-000 So Paulo, SP Telefax: (011) 6096-6833Capa: Andrea Lyra/Marcelo MadeiraFiliado a:Impresso no Brasil, na Imprensa da F
  4. 4. APRESENTAO com louvor e gratido a Deus que a EDITORA VIDAcoloca nas mos dos leitores de lngua portuguesa a terceiraedio do DICIONRIO BBLICO UNIVERSAL, de autoriado Rev. Arcediago A. R. Buckland. Do Prefcio da primeiraedio em portugus extramos as seguintes palavras do seutradutor, Joaquim dos Santos Figueiredo:Como se diz no prefcio da segunda edio inglesa, esteDicionrio "foi preparado com o fim de auxiliar aquelesleitores da Bblia, que no podem compulsar obras degrande desenvolvimento doutrinai e dispendiosas. Procurandoesta obra em primeiro lugar guiar o leitor a umcuidadoso exame da prpria Bblia, presta-lhe tambmvalioso auxlio nos seus estudos por meio de artigossobre o texto das Sagradas Escrituras, as suas Verses, aCrtica, a Inspirao, e sobre doutrinas de carteressencial como a Trindade, a Expiao, a Justificao, aRegenerao, e assuntos semelhantesAs significaes dos nomes prprios so apresentadasou sugeridas, onde existe suficiente justificao.Quanto s pessoas que trabalharam neste dicionrio, oRev. Arcediago A. R. Buckland diz que est muitoreconhecido para com o Cnego Lukyn Williams, pelasua boa cooperao, e que alguns dos mais valiososartigos foram escritos pelo Professor S. W. Green, queainda o ajudou muito no acabamento da obra.A segunda edio deste Dicionrio se deveu ao Rev.Orlando Boyer, de saudosa memria, que assim se expressou:Gastei quase tudo ao meu dispor, de recursos financeiros,de tempo e de foras fsicas, para produzir asegunda edio desta valiosa obra. Agora deixo-a nasmos do Senhor da seara para ele ungir cada exemplarcom seu santo, ardente e poderoso Esprito e o entregarnas mos de um dos milhares de ceifeiros que anelavampossuir um exemplar, durante os vinte e oito anos,desde a sada da primeira edio em 1929.Agora chegou a nossa vez de colaborar para que todosquantos se empenham em conhecer melhor a Bblia, seuspersonagens principais, o ambiente em que atuaram, as
  5. 5. doutrinas fundamentais da f crist, livros, datas, autores, eassim por diante encontrem neste volume um cabedal deconhecimentos bblicos.As duas edies anteriores registravam muitos verbetes deconsulta quase nula; na presente edio foram eliminados.Tambm foram eliminadas aquelas informaes, principalmentede natureza geogrfica, sujeitas a mudanas. Assim,entendemos que o contedo de ndole permanente em suaquase totalidade.Com referncia aos nomes prprios, nomes geogrficos eoutros, podemos dizer que esto quase cem por cento deacordo com a traduo de Joo Ferreira de Almeida, EdioRevista e Atualizada da Sociedade Bblica do Brasil. Asvariantes que houver justificam-se por si prprias.Queremos deixar consignada aqui uma palavra de agradecimentoao Rev. Gordon Chown pela sua colaboraoem rever e atualizar grande parte desta obra.Que o Senhor acrescente a sua bno aos nossos esforosde produzir uma obra que proporcione bnos aos que aconsultarem.EDITORA VIDAMiami, janeiro de 1981
  6. 6. ABREVIATURASLivros da BbliaAAgm AAmgeus AAtp AAtpoosc alipse CClt CCoanlotassreens ses DDlt DDaenuiteelr onmio EEcd EEcsdlersaisa stes EEtf EEfstesiro s Exz Exzeoqduoi el FFmp FFiilleipmeonmse s GGln GGlnaetsaiss HHcb HHaebbarecuusq ue JIsd JIsuadaass JJ1n JJooenla s JJo JJoo JJrs JJeorseum ias JLzc JLuuiczaess Lm LaJmereenmtaias es de Lv LevticoMMcl MMaarlacqosuias MMqt MMiaqteuusias NNae NNeaeummias NObm NObamdeiaross O1 sCo O1 sCoiarsntios 11 JCor 11 JCoronicas 11 RPes 11 PReedisro 11 STmm 11 TSaimmuteelo P1 vTs P1 rToevssrablioonsicenses RRtm RRuotmeanos 22 CCro 22 CCrornnictiaoss22 JPoe 22 JPoedoro 22 RSms 22 SRaemisuel 22 TTsm 22 TTiemssatleoonicenses SSIf SSaolfmonoisas 3 Jo 3 JooTTgt TTiitaogo Zc Zacarias
  7. 7. Exemplos de emprego das abreviaturas: Gn 3.15 significao captulo 3, versculo 15 do livro de Gnesis; 1 Co13.1 significa o captulo 13, versculo 1, da primeiracarta de Paulo aos Corntios. Ao encontrar citaesentre parnteses sem o nome do livro, quer dizer que serefere a livro anteriormente citado ou livro que estsendo estudado.Outras abreviaturasA.C. Ante Christum (antes de Cristo)a.C. antes de CristoA.D. Anno Domini (no ano do Senhor)A.T. Antigo TestamentoCf ConfiraCp Compared.C. depois de CristoE.R. A. Edio Revista e Atualizada (Bblia da Soc. Bblicado Brasil)Ed.R.C. Edio Revista e Corrigida (Bblia da Soc. BblicaLXX Verso dos Setenta ou SepMS ManuscritoMSS aISLT . N o v o ^ ^ m e n t orefs. Refernciasseguintes seguintesV^de ou videvers^uhsMAZ1NHO RODRIGUES
  8. 8. A ABA. Pai. A palavra aramaica aparece noEvangelho de S. Marcos, quando se refere orao de Jesus em Getsmani (Mc 14.36).Aparece, tambm, nas invocaes a Deus, inspiradaspelo Esprito Santo (Rm 8.1; G1 4.6).Nesses casos a frase Aba, Pai, estando otermo aramaico seguido do equivalente suplementogrego. Talvez isto seja apenas interpretao,pois a orao fervorosa no explica o usodaquelas palavras. Provavelmente a invocaoAba, que se tornou sagrada pelo constanteemprego de Jesus, foi conservada pelos cristos,que falavam grego, como uma espcie denome prprio (Deus), sendo a designao Paiuma adio natural.ABDOM. Servil. 1. Cidade na tribo de Aser (Js21.30; 1 Cr 6. 74; em Js 19.28 chama-se Ebrom.Est identificada com Abd, pequenas runassobre um monte, que domina a plancie de Acre.2. O dcimo-primeiro dos doze juizes (Jz 12.13,15). 3. V. 1 Cr 8.23.4. Primognito de Jeiel, pai de Gibeom (1 Cr9.35, 36'5. Filho de Mica, que foi mandado com outrospelo rei Josias profetisa Hulda a fim deconsult-l. a respeito do Livro da Lei, que seeuco itrou no templo (2 Cr 34.20). Em 2 Rs22.12 e ^Lamado Acbor.ABEL. Respirao ou vapor. 1. O segundo filhode Ado e Eva, pastor de ovelhas, assassinadopelo seu irmo Caim. Caim ofereceu ao SenhorMos frutos da terra, e Abel a principal rs doseu rebanho. A oferta de Caim foi rejeitada, eaceita a de Abel; movido de inveja, Caimirou-se contra seu irmo e o matou (Gn 4.2 a 15,cp. com Hb 11.4). Jesus Cristo falou de Abel,como primeiro mrtir (Mt 23.35). Em Hb 12.22-24 a frase de Gn 4.10 (A voz do sangue de teuirmo clama da terra a mim) modificada,fazendo ver o contraste entre a antiga e a novaaliana: Mas tendes chegado... ao sangue daasperso que fala cousas superiores ao que falao prprio Abel.2. Prado.ABELHA (Dt 1.44). Alude-se nesta passagem conhecida natureza belicosa das abelhas, bemcomo no SI 118.12. Embora a abelha da Palestinasej a considerada uma espcie distinta pelosnaturalistas, parece pertencer subespcie daabelha vulgar, Apis mellifica. mais loura emais claramente marcada do que a abelha britnica., tambm, mais mida, e muito maisperigosa. Como o mel um importante artigode alimentao no Oriente, a abelha cuidadosamentecultivada; consta a colmeia dum tubode barro, tendo um pouco a forma dum canopara gua, ou dum certo nmero deles postosuns sobre os outros. Estes canos tm cerca de20 cm de dimetro e 1 metro de comprimento,com as extremidades fechadas, havendo apenasuma pequena abertura. , contudo, um fatosingular que o nico mel mencionado na Bblia o mel silvestre; ainda hoje muitos rabesvivem do trabalho de colh-lo. No , pois, desurpreender que Sanso tenha encontrado melna carcaa do leo que ele havia matado. Acarne do animal no levou, certamente, muitotempo para ser devorada pelas feras; e as abelhaspuderam, ento, achar um lugar prprio,formado das costelas secas, onde encher dodoce mel os seus favos, indo colh-lo na abundnciade flores, que por aqueles stios cresciam.A curiosa expresso em Is 7.18, assobiaro Senhor... s abelhas que andam na terrada Assria, uma aluso prtica de chamar asabelhas para fora das suas colmeias pelo somagudo dos assobios. (V. Mel.)ABELMIZRAIM. Nome dado pelos cananeus eira de Atade, onde Jos, os seus irmos, e osegpcios choraram a morte de Jac (Gn 50.11).Provavelmente a passagem contm um jogo depalavras, como entre Abel, prado, e Ebel, lamentao.Pela narrativa do fato poder-se-iaentender algum lugar nos limites de Cana,primitivamente chamado Campina do Egito,mas a afirmao de que era alm do Jordocoloca o stio muito mais ao nordeste, implicandouma grande volta para os pranteadores.ABENOAR; BNO. Quando Moiss abenoouos filhos de Israel (Dt 33), ele profetizouuma contnua progresso de prosperidadespara eles, no auxlio de Deus. E ra essa umaforma patriarcal de bno e ao mesmo tempouma cerimnia religiosa, em conformidade coma maneira de abenoar do Pai celestial, que estsempre, na realidade, a derramar benefcios
  9. 9. Abiail 10 Abimelequesobre as Suas criaturas. Quando se diz no SI 103que os homens bendizem ao Senhor, isto significapertencer ao Criador o louvor e a honra queso igualmente o dever e a alegria das Suascriaturas prestar-lhe. Mas quando Deus queabenoa o Seu povo, como acontece em Gn 1.22e em Ef 1.3, isto quer dizer que Ele distribuisobre os Seus filhos toda espcie de benefcios,tem porais e espirituais, e desta formacomunica-lhes alguma parte daquela infinitabem-aventurana que Nele existe (1 Tm 1.11).A bno era costume que muitas vezes se observavaentre os hebreus, e freqentementemencionada nas Sagradas Escrituras. Assim,Jac abenoou os seus filhos (Gn 49), e Moissos filhos de Israel (Dt 33). Abrao foi abenoadopor Melquisedeque. To importante lugar ocupavao ato da bno na religio e vida dosjudeus, que o prprio mtodo da sua concessofazia parte do ritual israelita (Nm 6.23). A bnoera dada em p, com as mos levantadas aocu. (V. Bno.)ABIAIL. Meu pai poder. 1. Pai de Zuriel,chefe da famlia levtica de Merari, contemporneode Moiss (Nm 3.35).2. Mulher de Abisur (1 Cr 2.29).3. 1 Cr 5.14.4. Uma descendente de Eliabe, irmo maisvelho de Davi (2 Cr 11.18).5. Pai de Ester e tiodeMordeeai (Et 2.15; 9.29).ABIAS OU ABIO. O Senhor pai. 1. Filho deRoboo e rei de Jud depois de seu pai (1 Rs14.31; 2 Cr 12.16). chamado Abias no Livrodas Crnicas e Abio no livro dos Reis. Abiasesforou-se em recuperar o reino das dez tribos(Israel), e fez guerra a Jeroboo. Foi bem sucedido,e tomou as cidades de Betei, Jesana eEfrom, com as suas respectivas vilas. Depoisda sua vitria fortificou-se, e casou com quatorzemulheres (2 Cr 13.21). Reinou somentetrs anos, sendo inqua a ltima parte do seureinado. Seguiu os maus passos de seu pai Roboo,caindo no pecado da idolatria e imoralidadesafins. Sua me chamava-se Maaca; era netode Salomo (1 Rs 15; 2 Cr 11.20).2. O segundo filho de Samuel (1 Sm 8.2).3. Filho de Jeroboo, primeiro rei de Israel; foiaquele, de toda a casa de Jeroboo, que tevealgumas boas inclinaes para com o SenhorDeus de Israel, sendo, por isso, o nico da famliaa quem foi concedido morrer em paz. Eraainda jovem, quando morreu, justamente naocasio em que a mulher de Jeroboo, sob disfarce,tinha ido ao profeta Aas a fim de procurarauxlio para a doena de Abias (1 Rs 14).4. Um descendente de Eleazar, que deu o seunome ao oitavo dos vinte e quatro turnos emque Davi dividiu os sacerdotes (1 Cr 24.10).5. V. Nm 10.T.6. A filha de Zacarias, mulher de Acaz e me deEzequias (2 Cr 29.1).ABIATAR. Pai da abundncia ou Deus pai(?). Dcimo-primeiro sumo sacerdote, sucessorde Aro. Ele escapou, quando Doegue, o edo-mita,instigado por Saul, matou seu pai Aime-lequee oitenta e cinco sacerdotes, em virtudede ter Abiatar intercedido por Davi e ter-lhedado o po da proposio e a espada de Golias (1Sm 21; Cf. Marcos 2.26, onde Abiatar deveser Aimeleque). Juntou-se a Davi em Queila,trazendo consigo uma estola que habilitou ofuturo rei, na crise do seu exlio, a consultar oSenhor (1 Sm 23.9; 30.7). Abiatar e Zadoqueforam mandados a Jerusalm com a arca (2 Sm15). Depois ele conspirou para que Adoniasfosse o sucessor de Davi; foi desterrado para asua terra natal, Anatote, em Benjamim (Js21.18); por fim, Salomo o afastou do seu cargo.Foi poupada a sua vida por causa dos serviosprestados a Davi (1 Rs 2. 27 a 35).ABIBE. O genuinar do trigo. Antigo nome ca-nanetido primeiro ms do ano sagrado dos hebreus,sendo o stimo do civil; foi no dia 15desse ms que partiu do Egito o povo de Israel(Ex 13.4). Para comemorar esta libertao, foia lu a da Pscoa, mais tarde, considerada o princpiodo ano judaico (x 12.2). Depois oExiliomudou-se o nome para nis, termo babilnico(maro-abril).ABIGAIL. Meu pai alegria (?). 1. Formosamulher de Nabal, rico possuidor de cabras ecarneiros no monte Carmelo. Quando os mensageirosde Davi foram desconsiderados porNabal, tomou Abigail sobre si a culpa de seumarido, e levou a Davi e aos seus homens ossolicitados mantimentos, apaziguando-o destamaneira. Passados dez dias morreu Nabal;casou-se a viva com Davi. Teve dela um filho,chamado Quileabe, em 2 Sm 3.3, mas Daniel,em 1 Cr 3.1.2. Uma irm de Davi, casada com Jeter, o is-maelita,e me de Amasa, a quem Absalo nomeoucapito em lugar de Joabe (2 Sm 17.25; 1Cr 2.17).ABILENE. (Tambm Abilnia, Abilina), umaplancie. Tetvarquia, mencionada por S. Lucas,e que era governada por Lisnias (Lc 3.1).Abila era a capital, situada na inclinao orientaldo Antilbano, numa regio fertilizada pelorio Barada. A tradio liga o nome de Abila,distante 29 Km. de Damasco, com a morte deAbe]; e seu suposto tmulo, chamado NebyHavil, est numa elevao sobre as runas dacidade, que ficava num notvel desfiladeiro,onde o rio corre da montanha at plancie deDamasco.ABIMELEQUE. Melequc (rei) pai. 1. Rei deGerar no tempo de Abrao (Gn 20.2), o quallevou Sara para o seu harm. Todavia, avisadopor Deus, num sonho, a respeito da sua levianaofensa, restituiu Sara, e fez uma aliana de pazcom Abrao em Berseba.
  10. 10. Abinadabe 11 Abominvel2. Outro rei de Gerar, em tempos de Isaque (Gn26), o qual procedeu com Rebeca como o seuantecessor a respeito de Sara. Depois dumadisputa acerca de poos, o que freqentementeacontece nos lugares ridos, Abimeleque e Isaqueficaram amigos.3. Filho de Gideo (Jz 8.31). Depois da morte deseu pai, assassinou os seus setenta irmos, exceo de .Joto, que se havia escondido.Ento, por influncia dos irmos de sua me(era ela siquemita), foi eleito rei de Siqum, quese tornou um estado independente de Israel.Trs anos mais tarde houve uma rebelio nacidade, na ausncia de Abimeleque, a qual foireprimida por Zebul, o governador, que expulsouGaal, o chefe da sedio, e destruiu totalmentea cidade, espalhando sal sobre as suasrunas. No ataque de Tebes uma mulher arremessouuma pedra de moinho cabea de Abimeleque(Jz 9.53, 54; 2 Sm 11.21), e ele, paraescapar vergonha de ser morto por uma mulher,ordenou ao seu escudeiro que o matasse.4. Filho de Abiatar, sumo sacerdote no tempode Davi (1 Cr 18.16); em 2 Sm 8.17 chamadoAimeleque, que, segundo 1 Sm 22.20, etc., noera filho, mas pai de Abiatar. Parece haveralguma confuso nas narraes, o que influi nareferncia que se faz em Si Marcos 2.26.5. No ttulo do Salmo 34 este nome dado aAquis, rei de Gate (1 Sm 21.10 a 15).ABINADABE. Meu pai nobre. 1. Um israelitada tribo de Jud, que vivia perto de Quiriate--Jearim, e em cuja casa a arca, depois de ter sidorestituda pelos filisteus, permaneceu durantevinte anos (1 Sm 7.1, 2; 2 Sm 6.3 a4; 1 Cr 13.7).2. Segundo filho de Jess, e portanto irmo deDavi, o qual combateu por Saul na guerra contraos filisteus (1 Sm 16.8; 17.13; 1 Cr 2.13).3. Filho de Saul, que foi morto em Gilboa pelosfilisteus, juntamente com Jnatas e outros irmos(1 Sm 31.2; 1 Cr 8.33; 9.39; 10.2).4. Pai de um dos oficiais de Salomo, tambmchamado Ben-Abinadabe (1 Rs 4.11).ABISAI. Meu pai Jess. Dedicado sobrinho deDavi, filho mais velho da sua irm Zeruia (1 Cr2.16). Ele foi noite com Davi ao campo de Saul(1 Sm 26.6), e teria atravessado o rei com a sualana se Davi no o tivesse contido. Abisai imploroua permisso de matar Sifnei, que amaldiooua Davi quando este fugia de Absalo (2 Sm16.9 a 14). Mais tarde tomou parte na grandebatalha que ps fim insurreio de Absalo (2Sm 20.6). Ele combateu vitoriosamente contraos amonitas (2 Sm 10.10; 1 Cr 19. 11), e contraos edomitas (2 Sm 8.13; 1 Cr 18.12). Auxiliou nodesleal assassinato de Abner (2 Sm 3.30) e naperseguio de Bicri (2 Sm 20.6,10). Na guerracom os filisteus, Abisai livrou Davi de ser mortos mos de Isbi-Benobe o gigante, a quem elematou. Mostrou grande valor, lutando com trezentoshomens (2 Sm 23.18; 1 Cr 11.20).ABNER. Meu pai uma lmpada. Comandantechefe do exrcito de Saul. O pai de Abner,chamado Ner, era irmo do pai de Saul, o qualse chamava Quis, da serem primos Abner eSaul. Foi ele que trouxe Davi presena deSaul, depois do combate com o gigante Goliis (1Sm 17.57), e foi com Saul na sua expediocontra Davi (1 Sm 26.3 a 14). Cinco anos depoisda morte de Saul e do desastroso combate emGilboa, Abner proclamou rei de Israel a Is--Bosete, filho de Saul; e o novo monarca foigeralmente reconhecido, exceto por Jud, ondereinava Davi. Seguiu-se uma guerra entre osdois reis, e houve uma batalha em Gibeom entreo exrcito de Israel, comandado por Abner, e ode Jud sob o comando de Joabe, filho de Ze-iiia,irm de Davi (2 Sm 2.12 a 17). Abner foiderrotado, e pessoalmente perseguido porAsael, o irmo mais novo de Joabe. Abner, emsua prpria defesa, mas com relutncia, matouo seu inimigo. Is-Bosete censurou insensatamentea Abner porque este se casara comRispa, que tinha sido concubina de Saul.Abner, indignado pela acusao que lhe faziam,passou para o lado de Davi, que lhe prometeu oprincipal lugar no seu exrcito. E Abner, empaga desta confiana, conquistaria a Israel.Mas antes de poder fazer qualquer coisa nestesentido, foi ele traioeiramente assassinado porJoabe e seu irmo Abisai, como vingana damorte de Asael; contudo, a causa principal era oreceio de que Abner os despojasse em favoi' deDavi. O ato traioeiro foi julgado por Davi comindignao, mas razes de Estado o levaram adeixar impune aquele crime. Mostrou, porm, asua considerao pelo general Abner, assistindoao funeral e fazendo uma orao apropriadajunto da sepultura (2 Sm 3.33,34).ABOMINAO. Termo especialmente usado arespeito de coisas ou atos pelos quais se temreligiosa averso. aplicado aos sentimentosdos egpcios com respeito a comerem juntamentecom os hebreus (Gn 43.32), e aos sacrifciosisraeitieos de animais que no Egito se consideravamsagrados (x 8.26); e tambm comrelao aos pastores (Gn 46.34). E mais freqentementea abominao se refere (havendocom o mesmo sentido diferentes palavras hebraicas),quilo que era detestado pelo povo oupelo Senhor Deus de Israel, como as carnesimundas (Lv 11), carne imprpria para os sacrifcios,prticas pags, e especialmente aidolatria e os deuses gentlieos (Jr 4.1; 7.30;vede o artigo seguinte).ABOMINVEL DA DESOLAO. Na suaprofecia sobre a destruio de Jerusalm (Mc13.14), deu Jesus aos Seus discpulos um sinalpelo qual eles saberiam quando estaria iminenteo acontecimento, devendo ento fugir,enquanto havia tempo. Quando, pois, virdesoabominvel da desolao situado onde no deve
  11. 11. Abrao 12 Abraoestar... os que estiverem na Judia fujam paraos montes. S.Mateus 24.15 diz: Quando, pois,virdes o abominvel da desolao de que falou oprofeta Daniel, no lugar santo... No livro doprofeta Daniel (9.27; 11.31; 12.11) acham-sefrases semelhantes a respeito da tentativa deAntoco Epifnio para abolir o Judasmo, e quefoi manifestada com a profanao do templo, asuspenso dos sacrifcios, e (em 168 a. C.) acolocao dum pequeno dolo no altar dos holo-caustos.No livro Io dos Macabeus, 1.57,chama-se a esta ltima atrocidade, a abominaoda desolao. No se pode determinar oexato cumprimento da profecia, em relao coma destruio de Jerusalm (70 A.D.). Talvezpossa ter a sua explicao no fato de ter sidoprofanada a Terra Santa pelos exrcitos romanos(Lc 21.20); ou ento havia, no pensamentode Jesus, alguma particular profanao dotemplo.ABRAO (ABRO). A provvel significao deAbro : O pai engrandecido. A forma maisextensa no quer dizer coisa alguma, mas poruma semelhana de som sugere a significaohebraica de pai da multido (Gn 17.5).Fundador da nao judaica (como se v em Js24.2; 1 Rs 18.36; Is 29.22; Ne 9.7; etc.; Mt 1.1;3.9, etc. ). Acha-se descrita a sua vida em Gn11.26 a 25.10. Ter, descendente de Sem, saiude Ur da Caldia com seu filho Abro e suanora Sarai, e seu sobrinho L, para Har, ondefixou residncia, no indo, como tencionava,para ir terra de Cana (Gn 11.31). Depois damorte de Ter, ouviu Abrao a divina chamada,e procurou nova terra; recebeu, ento, de Deusa primeira promessa com bnos a respeito dafutura grandeza da sua descendncia (Gn 12.1).Guiados por Deus, dirigiram-se Abrao, Sarai eL com os seus haveres e servos, terra deCana, e vemos depois toda a famlia na ricaplancie de Mor, perto de Siqum, nas faldasdos dois famosos montes Ebal e Gerizim. Aedificou ele um altar ao Senhor, e recebeu aprimeira promessa, clara e distinta, de queaquela terra seria dos seus descendentes (Gn12.7). Depois retirou-se para outro lugar, naregio montanhosa entre Betei e Ai, e a seconservou em segurana at que a fome o levoupara o Egito. Neste pas, o seu artifcio comrespeito a Sarai obrigou-o a uma situao humilhanteperante Fara. A sua riqueza e o seupoder j eram considerveis. Ao voltar doEgito, ele separou-se de seu sobrinho L e foihabitar no vale de Manre, perto de Hebrom, afutura capital de Jud, que estava na linha decomunicao com o Egito, e nas proximidadesdo deserto e das terras de pastagem de Ber-seba.N o ataque a Quedorlaomer (Gn 14),Abro j o principal duma pequena confederaode chefes, e bastante poderoso para perseguiro inimigo at entrada do vale do Jordo,combatendo com bom xito uma grandefora, e libertando L. E com esta vitria pdedeter por algum tempo a corrente das invasesdo norte. No cap. 15 confirma-se a promessaduma inumervel descendncia em face da objeode Abro de que no tinha filhos; assume,ento, a sua f uma tal proeminncia na teologiajudaica e crist que, dizem os autores sagrados,ele creu no Senhor, e isso lhe foi imputado parajustia (Gn 15.6; cp. Rm 4.3; 9.7; G1 3.6; Tg2.23). , ainda, ratificada a promessa por meiodum pacto entre o Senhor e Abro; mas antesde cumprir-se pelo nascimento de Isaque, asua f provada pela demora, e fortalecida comuma disciplina moralizadora. Os caps. 16 a 20contm narrativas do nascimento de Ismael,filho de Abro e de Hagar, que era serva deSarai, e tambm a respeito da circunciso, institudacomo selo do pacto, e da mudana dosnomes de Abro para Abrao e de Sarai paraSara. Nesses mesmos captulos se narra a visitados anjos e a especial promessa de que Abrao eSara haviam de ter um filho dentro do espaodum ano; a interveno de Abrao pela cidadede Sodoma; a destruio das cidades da plancie;a salvadora fuga de L; e a segunda decepoa respeito de Sara (Cp. com o cap. 12, e vedeAbimeleque).Depois do nascimento de Isaque, e da expulsode Ismael a favor do filho da promessa (cap.21), a histria silencia por alguns anos, at que,na infncia de Isaque, aparece a dura prova def a Abrao na ordem que recebeu para oferecero seu filho em sacrifcio (cap. 22). Em vistado uso de sacrifcios humanos, to generalizadoentre as naes pags circunvizinhas, tal ordempodia ser prontamente considerada, sem qualquerrepugnncia, como vontade de Deus. Oseguimento da narrativa nos mostra Abrao esua fortssima f, com a declarao de que parao Senhor Deus de Israel era melhor a obedinciaque o sacrifcio. Ainda que a vida deAbrao se tenha prolongado por 50 anos depoisdeste acontecimento, os nicos incidentes quese acham pormenorizados so a morte de Sara,a compra da gruta de Macpela para sepultura(cap. 23), e o casamento de Isaque com Rebeca(cap. 24). A morte de Sara foi em Quiriate--Arba, isto , em Hebrom, devendo por issovoltar Abrao, de Berseba, sua antiga casa. realmente significativo (At 7.5) o fato de tersido a herana de Abrao na terra da promessaapenas um tmulo (v. Gn 50.13). Na bela histriado casamento de Isaque deveras digno denota o ter Abrao recusado a aliana do seu filhocom as idlatras de Cana. Finalmente mencionao livro de Gnesis o seu casamento comQuetura, e a sua morte na idade de 175 anos. Oseu herdeiro Isaque, bem como o exilado Ismael,sepultaram-no ao lado de Sara na cova deMacpela. Abrao representa, no N.T., o ver
  12. 12. Abrao 13 Acabedadeiro ideal da religio, quer pela sua f (Rm4.16 a 22), quer pelas suas obras (Tg 2.21 a 23).Jesus mesmo diz dele: Vosso pai Abraoalegrou-se por ver o meu dia (Jo 8.56). S. Tiago(2.23) chama-lhe O amigo de Deus (cp.com Is41.8; 2 Cr 20.7), designao que entre os rabessubstituiu o seu prprio nome (Kalil Allah, ousimplesmente Kalil, o Amigo).ABRAO (SEIO DE ABRAO). Os judeus,quando tomavam as suas refeies,recostavam-se em leitos, apoiando-se cada umno seu brao esquerdo, e desta forma podia-sedizer que o seu vizinho prximo se reclinava noseu seio (v. Jo 13.23). Portanto, o seio deAbrao, sendo este o pai da raa hebraica, significavauma situao de grande honra e bnodepois da morte (Lc 16.22).ABRONA. O trigsimo-primeiro acampamentodos israelitas: a sua situao era perto do golfoElantico (Nm 33.34, 35).ABSALO. Meu pai paz. Terceiro e favoritofilho de Davi; nasceu em Hebrom, sendo Maacasua me (2 Sm 3.3). Ele deseja, primeiramente,ser o vingador de sua irm Tamar, que tinhasido violada por seu irmo Amnom, o filho maisvelho de Davi e de Aino, ajizreelita. Depois doassassinato de Amnom, fugiu Absalo para acorte de Talmai, em Gesur. Trs anos depoispediram a Davi que permitisse a volta de seufilho para Jerusalm, no que ele anuiu; mas noquis v-lo seno passados mais dois anos,dando-lhe, no fim desse tempo, o beijo da reconciliao.Era agora Absalo, entre os filhossobreviventes, o mais velho de Davi, mas receandoser suplantado pelo filho de Bate-Seba,procurou obter popularidade, mantendo aomesmo tempo uma esplndida corte. Por fim,revoltou-se contra seu pai, e a princpio foi bemsucedido; mas depois foi capturado e morto porJoabe, apesar da proibio de Davi, que aindamuito amava a seu filho (2 Sm 3 e 13 a 18).ABSINTO. H, na Palestina, vrias espcies deabsinto, sendo a mais conhecida destas plantaso Artemisia absynthium dos botnicos; umaplanta de qualidades medicinais, pertencente famlia das compostas, tambm chamada abr-tano.Usavam-na os gregos em medicina, maschamavam-lhe amargor. Aparece, principalmente,nas costas arenosas,!nos desertos, esobre os montes escalvados.A sua amargura d origem a numerosas passagensfiguradas da Escritura. Absinto e fel sofiguras duma vida amargurada pela aflio,pelo remorso, e sofrimento punitivo. Sob estafigura, so os israelitas avisados por Moisscontra a idolatria (Dt 29.18). Em termos semelhantesSalomo adverte o jovem contra as msinclinaes (Pv 5.4). Duas vezes emprega Jeremiasa referida palavra, como expressiva docastigo, que havia de cair sobre o Israel idlatrae corrompido (Jr 9.15; 23.15). E mais tardelamenta a realizao da profecia, contemplandoa desolao que se seguiu tomada de Jerusalm(Lm 3.15, 19).A estrela mstica da viso apocalptica, a qualse chamava Absinto, se descreve como caindonas guas da terra, tornando-as mortalmenteamargas (Ap 8.11).A palavra traduzida por absinto, ou alorna, oupeonha, , na lngua hebraica, um nome deespecial sentido, significando coisa angustiosa.Em todos os casos usa-se o termo como sendo aplanta o tipo daquelas ervas venenosas ouamargas que impedem o crescimento das plantasbenficas (Os 10.4; Am 6.12).AC. Perturbado. Homem da tribo de Jud. Nadestruio da cidade de Jeric por Josu, tirouAc parte do despojo e escondeu-o, pelo que elee sua famlia foram apedrejados e mortos (Js 7).Por isto teve aquele lugar, onde foi realizado ocastigo, o nome de Acor.ACABE. Irmo de pai. 1. Filho de Onri, stimorei de Israel, e o segundo de sua famlia, que sesentou naquele trono. A histria do seu reinadovem no livro 1 dos Reis, caps. 16 a 22. Casoucom Jezabel, filha de Etbaal, rei de Tiro, queera adorador do deus Baal, e tinha sido sacerdoteda deusa Astarote, antes de ter depostoseu irmo e tomado as rdeas do governo. Oreinado de Acabe distinguiu-se pela ao doprofeta Elias, que se ops fortemente a Jezabel,quando esta introduziu em Israel o culto deBaal e Astarote (v. Elias). A rainha Jezabel nosomente levou o seu marido para a idolatria,mas tambm o fez viver uma vida malfica. F oiela quem instigou Acabe a cometer um grandecrime contra Nabote, cuja vinha o rei ambicionoupara juntar a outros aprazveis terrenosque faziam parte do seu novo palcio de Jezreel.Nabote recusou vender o terreno, baseando-sena lei de Moiss, segundo a qual a vinha era aherana de seus pais.Pela sua declarao foi acusado de blasfmia,sendo ele e seus filhos mortos por apedreja-mento(2 Rs 9.26). Elias ento disse que a destruioda casa de Acabe seria a conseqnciadesta atrocidade.Uma grande parte do reinado de Acabe foi ocupadacom trs campanhas contra Ben-HadadeII, rei de Damasco. Das duas primeiras guerrasele saiu completamente vitorioso.No fim da segunda, o rei Ben-Hadade caiu nasmos de Acabe, mas foi libertado sob a condiode restituir todas as cidades de Israel, quetinha em seu poder, e fazer bazares para Acabeem Damasco (1 Rs 20.34).A bno de Deus foi retirada da terceira campanha.O profeta Micaas (ou Mica) avisou Acabe deque no teria agora a proteo divina, dizendoque os profetas que o tinham aconselhado esta-vamapressando a sua runa. Acabe foi batalha
  13. 13. Accia 14 Acaziase disfarou-se para no ser conhecido pelos fre-cheirosde Ben-Hadade. Apesar disso foi mortopor certo homem que arremessou a flecha ventura. O seu corpo foi levado para Samaria,para ser sepultado, e na ocasio em que umcriado estava lavando o carro, lamberam osces o seu sangue (1 Rs 22.37,38).2. Filho do falso profeta Colaas, que guiou malos israelitas em Babilnia. Foi condenado morte pelo rei Nabucodonosor (Jr 29.21).ACCIA. Na profecia de Is 41.19 acha-se(accia) no nmero das rvores que deviam serplantadas no deserto. Noutros lugares usa-se aexpresso madeira de accia. As referncias aesta madeira acham-se no livro do xodo e emDt 10.3; e, pelo que a se diz, sabemos que foi elaprincipalmente usada na construo do ta-bernculoe da respectiva moblia.A rvore de que se trata o sunt do Egito aaccia seyal, que produz a goma-arbica docomrcio. Cresce principalmente na pennsulado Sinai, e aparece tambm na Palestina, sendoencontrada no vale do Jordo e na parte orientaldo mar Morto. Tem uma haste dura e espinhosa,e produz flores amarelas entre a suafolhagem peniforme. A sua vagem como a dolaburno. A madeira rija, durvel, e admiravelmenteadaptada a obras de marceneiro (x25, 26, 27, 30, 35, 36, 37, 38; Dt 10.3).AAFRO. Este nome deriva-se do arbicozafaran. Obtm-se em pequenas quantidadesdos estigmas amarelos e do estilete dum croco,sendo precisos, como dizem, 60.000 botes parapreparar um arratel de aafro. No Oriente sefaz com esta planta uma substncia odorfera(Ct 4.14), usada para dar gosto comida e aovinho, empregada tambm como poderoso medicamentoestimulante. Tambm serve paratinta; e desta se fabrica uma qualidade inferiorcom o Carthamus tinctorins, uma planta altada famlia das Compostas.ACAIA. Emprega-se no N.T. esta palavra paradesignar uma provncia romana, que inclua oPeloponeso e grande parte da Hlade, com asilhas adjacentes. Acaia e Macednia juntasformavam a Grcia (At 19.21; Rm 15.26). Naocasio em que Paulo foi levado presena deGlio, era a Acaia governada por um procnsulda parte do Senado Romano.ACAMPAMENTO No cap. 33 de Nmerosacham-se mencionados quarenta e um acampamentosou estaes, na viagem dos israelitasatravs do deserto. Todavia, no devemossupor que os acampamentos dos israelitas eramformados segundo um estrito regulamento militar.No havia coisa que se parecesse comentrincheiramentos, ou outros meios, para repelirqualquer ataque dos inimigos. Havia, contudo,para fins higinicos, ordens estritas quedeviam ser cumpridas (Nm 5.3; Dt 23.14). Aforma de acampar acha-se prescrita em Nm 2.3.Todo o corpo do povo israelita constitua quatrodivises; cada diviso era formada de trs tribos,de maneira que o tabernculo ficava encerradonum quadrado. Cada uma das divisestinha uma bandeira (Nm 1.52 e 2.2), bem comocada tribo; e tambm possua as suas insgniasqualquer grande associao de famlias, perfazendouma tribo.As leis sanitrias para o acampamento eramextraordinariamente minuciosas e muito rigorosas.Os mortos eram enterrados fora do arraial(Lv 10.4); e todos aqueles que tinham estadoem contato com os corpos tinham, igualmente,de ficar fora pelo espao de sete dias(Nm31.19). Os leprosos eram, com todo o rigor,excludos da convivncia com seus semelhantes(Lv 13.46). Havia, tambm, fora do arraial, umlugar onde eram depositadas e queimadas todasas imundcias e coisas de refugo (Lv 4.12; Dt23.10).AC 7j. Possuidor. 1. Filho de Joto, eundcimorei de Jud (2 Rs 16; 2 Cr 28). Quando ele subiuao trono, Rezim, rei de Damasco, e Peca, rei deIsrael, formaram uma liga contra Jud, e intentaramcercar Jerusalm. O profeta Isaas aconselhouAcaz a que vigorosamente se opusesse, ea empresa daqueles reis falhou (Is 7.3 a 9).Todavia, os aliados fizeram grande nmero decativos (2 Cr 28), que foram restitudos, comoresultado das repreenses do profeta Odede, egrande dano infligiram tambm a Jud (2 Rs16), tomando Elate, um ponto florescente domar Vermelho, no qual depois de expulsos osjudeus, restabeleceram os siros. Acaz, no meiodestas perturbaes, pediu auxlio a Tiglate--Pileser, que invadiu a Sria, tomou Damasco,matou Rezim, e privou Israel dos seus territriossetentrionais e dos de alm-Jordo. Acaz,em troca destes servios, tornou-se tributriode Tiglate-Pileser, mandou-lhe todos os tesourosdo templo e do seu prprio palcio, e aindaapareceu perante ele em Damasco como seuvassalo; quando ele morreu, depois de um reinadode dezesseis anos, no o puseram nos sepulcrosdos reis (2 Cr 28.27)2. Bisneto de Jnatas (1 Cr 8.35; 9.42).ACAZIAS. 1. Filho de Acabe e Jezabel, e oitavorei de Israel. Estava para partir numa expediocontra o rei de Moabe, que, sendo seu vassalo,se tinha revoltado, quando adoeceu porhaver cado pelas grades dum quarto no seupalcio de Samaria. Quando tinha sade prestavaculto aos deuses de sua me, mas agoramandou saber ao pas dos filisteus, por meio dosseus orculos e de Baal-Zebube, se se restabeleceria.Elias censurou-o por esta impiedade eanunciou-lhe a sua morte prxima. Reinou unsdois anos (1 Rs 22.51 a 53; 2 Rs 1).2. Quinto rei de Jud, filho de Jeoro e deAtalia, filha de Acabe, e, portanto, sobrinho do
  14. 14. Aceldama 15 Adivinhaoprecedente Acazias. chamado Jeocaz em2 Cr21.17. Acazias, idlatra, foi feliz na aliana comseu tio Joro, rei de Israel, contra Hazael, reida Sria. Era to estreita a unio entre tio esobrinho, que houve grande perigo de que ogentilismo se propagasse com grande forapelos reinos dos hebreus. Este mal foi evitadopor uma grande revoluo, movida em Israelpor Je, sob a direo de Eliseu. Quando Acaziasvisitava o seu tio em Jezreel, aproximou-seJe da cidade. Os dois reis saram ao seu encontro,mas a seta de Je penetrou o corao deJoro, sendo Acazias perseguido e mortalmenteferido. Tinha reinado apenas um ano (2Rs 8.25 a 29, e 9).ACELDAMA. Campo de sangue. Poro de terreno,em Jerusalm, comprado com as trintapeas de prata que Judas recebeu por ter entregadoJesus (At 1.19). O tradicional stiochama-se hoje Hakk-ed-Dumon, e existe na extremidadeoriental dum largo terrao, numainclinao para o sul do vale de Hinom, noficando longe do tanque de Silo.ACO. Esta povoao foi mais tarde chamadaPtolemaida, e S. Joo tVAere; atualmente Akka. um porto de importncia na costa daSria, cerca de 48 km ao sul de Tiro. Acha-sesituado na baa de Acre, uma reentrncia formadapelo cabo do Carmelo, que entra pelo marMediterrneo. Na diviso da terra de Canaentre as tribos de Israel, coube Aco a Aser, masnunca foi tomada aos seus primitivos habitantes(Jz 1.31); e por isso contada entre as cidadesda Fencia. A nica referncia que se faz noN.T. a esta povoao a de At 21.7, quando falada passagem de S. Paulo por ali, vindo de Tiropara Cesaria.AO. Embora fosse conhecida dos antigos umacerta espcie de ferro, refinado e endurecido,contudo, num certo nmero de passagens algumastradues do a palavra cobre e noao. Se alguns traduzem as palavras de Naum(2.3), cintila o ao dos carros, outros do estatraduo: Os carros correro como fogo de tochas.(V. Armas, Cobre.)AOITES. O costume geral de castigar, noOriente, era, e ainda , bater com varas (Dt25.1 a 3; Pv22.15, etc.). No A.T. h refernciaao aoite ou chicote em 1 Rs 12.11, 14, 2 Cr10.11,14 (no Lv 19.20). Quanto ao emprego doaoite, em sentido figurado, veja-se Js23.13; J5.21; 9.23; Is 10.26; 28.15.Em Mt 10.17 e 23.34 h uma referncia prtica judaica de aoitar os transgressores dareligio; e S. Paulo registra o fato de ter sofridoeste castigo em cinco ocasies (2 Co 11.24; cp.com Hb 11.36). As correias dos romanos paraaoitar eram cheias de ns, sendo estes formadosde ossos agudos ou de metais. Usualmentea flagelao precedia crucificao, e foi essauma parte do castigo infligido a Jesus (Mt 27.26;Mc 15.15; cp. com Jo 19.1, onde o ooitamento,talvez duma maneira mais leve, precede a sentena,querendo com isso Pilatos evitar a penade morte).Pela Lei Prcia um cidado romano no podiaser aoitado (At 22.25).A lei judaica no permitia que se dessem maisde quarenta aoites (Dt 25.3); e, para evitar queeste nmero fosse excedido, recebia o culpadosomente trinta e nove (2 Co 11.24).ADO. Provavelmente vermelho. 1. Nome doprimeiro homem, cuja criao se l em Gn 1 e 2.Foi formado do p da terra (2.7), imagem esemelhana de Deus (1.26). Foi-lhe dado domniosobre todas as cousas criadas (1.26), e colocadono Jardim do den (2.8) com sua mulherEva (2.22). Eva cedeu tentao da serpente(3.5), comendo do fruto proibido da rvore doconhecimento do bem e do mal (2.17 e 3.6), edando-o a Ado. Como resultado abriram-se osolhos de ambos (3.7); sua desobedincia foi castigadacom uma completa mudana das condiesterrestres, e foram expulsos do den(3.24). Na maldio proferida contra a serpentej se v anunciada a vinda dum redentor (Gn3.15); e esse redentor foi Jesus, que apresentadopor S. Paulo como o reparador da perdaque a Humanidade sofreu por motivo da quedados nossos pais (1 Co 15.22,45).2. Cidade nas margens do Jordo, mencionadaquando passaram o rio os filhos de Israel (Js3.16). hoje Ed. Danieh.ADAR. Glorioso. 1. Nome (babilnico) dodcimo-segundo ms do ano sagrado judaico(fevereiro-maro), Ed 6.15; E t 3.7, etc. Foi dobradosete vezes em dezenove anos para harmonizaro ano lunar com o solar.2. Uma cidade nos confins de Jud (Js 15.3).ADIVINHAO. O dom da profecia foi concedidopor Deus apenas a pouqussimas pessoas,na histria da Humanidade; mas nos temposbblicos havia quem pretendesse ter o dom daadivinhao, praticando vrias espcies de artifcioscom o fim de fazerem crer que possuamconhecimentos do futuro. Em geral a adivinhaofazia parte dos predicados duma casta sacerdotal,que disso fazia uso para os seus prpriosfins (Gn41.8; Is 47.13; J r 5.31; Dn2.2). Aspessoas que afirmavam ter em si espritos familiares(Is 8.19 e 29.4) cr-se que eram ventrloquos,que desde debaixo da terra, chil-reandoentre dentes, murmuravam para imitara voz dos espritos, que se acreditava teremsido invocados dentre os mortos. Com respeito invocao da alma de Samuel pela pitonisa deEn-Dor (1 Sm 28.7 a 25), considerando que amulher era indubitavelmente uma impostora,podemos dizer que Deus permitiu nesta ocasio,para os Seus prprios desgnios, que Saul,pelas engenhosas prticas da feiticeira, pudesseser inteiramente avisado do que o espe
  15. 15. Adoo 16 Adulorava, tendo ainda tempo nos seus ltimos diasde voltar o seu corao para Deus. Em Ez 21.21a referncia adivinhao por meio de flecha.0 rei arremessou um feixe de setas a fim de verem que direo iam descer; e, como elas caram sua mo direita, ele marchou para Jerusalm.A taa pela qual se diz ter Jos adivinhado (Gn44.5), era um vaso de prata (simblico do Nilo,a taa do Egito) que se supunha ter misteriosasqualidades mgicas. A adivinhao era feitapor meio de irradiaes da gua, ou de gemas,com inscries mgicas, a ela arremessadas. Acondio do fgado do animal, que tinha sidosacrificado, julgavam alguns ser uma indicaorelativamente ao futuro (Ez 21.21). Moissproibiu toda espcie de adivinhao. (V. Magia.)ADOO. Termo pelo qual Paulo exprime oparentesco que a frase filhos de Deus designa.Em Rm 8.15 a 23; 9.4; G14.5; e E f 1.5, hreferncia ao costume legal, entre os romanos,pelo qual a criana adotada tomava o nome doseu novo pai, e tornava-se seu herdeiro. O parentescoera, em todos os respeitos, o mesmoque existia entre o pai natural e seu filho.0 costume da adoo tem sido seguido por todasas naes e em todos os tempos. A adoo civilera permitida e determinada para alvio e confortodaqueles que no tinham filhos; mas naadoo espiritual no aparece esta razo. O SenhorOnipotente adota os crentes, e elestornam-se filhos de Deus, no porque hajaqualquer excelncia neles, mas porque Ele infinitamente bom. A filha de Fara adotouMoiss por causa do seu lindo rosto (At7.20,21); Mordecai adotou Ester pela mesmarazo, e porque ela era sua parenta (Et 2.7);nada h no homem, porm, que o torne merecedorda adoo divina (Ez 16.5). Alm disso, naadoo espiritual, o novo filho recebe no s umnome novo, mas uma nova natureza: torna-separticipante da natureza divina (2 Pe 1.4).ADONIAS: O SENHOR o Senhor. 1. Quartofilho de Davi, nascido em Hebrom, quando seupai era rei de Jud (2 Sm 3.4). Nos ltimos anosdo reinado de Davi, formou Adonias em voltade si um partido forte, e comeou a manifestarsuas pretenses, aspirando a ser sucessor deseu pai. Mas Davi tinha prometido a Bate-Sebaque seu filho Salomo havia de ser o rei deIsrael, e deu ordens para que Salomo se dirigisse,montado na mula real, a Giom, ao ocidentede Jerusalm. Foi ali ungido e proclamadorei por Zadoque e alegremente reconhecidopelo povo. Esta resoluo infundiu terrorno partido contrrio, e Adonias fugiu para juntodo altar. Foi perdoado por Salomo, sob a condiode mostrar-se como homem digno, sendotambm ameaado de morte se alguma maldadefosse por ele praticada (1 Rs 1).Depois da morte de Davi, pretendeu Adonias oconsentimento de Salomo para o seu casamentocom Abisague, que tinha vivido comDavi, quando j muito avanado em idade. PensouSalomo que havia nele inteno de reivindicaro trono e ordenou que fosse morto (1 Rs2.25).2. Um dos levitas, a quem Josaf mandou paraensinar a lei ao povo (2 Cr 17.8).3. Um chefe judaico, que com Neemias assinouo pacto (Ne 10.16).ADORAO. H duas palavras no A.T. significandoadorao: uma delas, em certos lugares,tem o sentido de fazer reverncia5,inclinar-se (Dn 2.46; 3.5); a outra usa-se arespeito do culto prestado ao SENHOR e aoutros deuses ou objetos de reverncia (Gn24.26, 48, etc.; x 34.14; Dt 4.19,etc.); e tambma respeito do prncipe do exrcito do Senhor(Js 5.14). No N.T. a palavra mais freqentementeempregada significava, na suaorigem, beijar a mo de algum, como sinal deconsiderao, fazendo-se uma inclinao respeitosa. usada com as seguintes significaes:adorao a Deus (Mt 4.10); revernciapara com Jesus Cristo (Mc 5.6); e culto idlatra(At 7.43; cf. Ap 9.20; 14.9; 22.8).ADRAMELEQUE. 1. dolo dos de Sefarvaim,que Salmaneser II, rei da Assria, trouxe paracolonizar as cidades da Samaria, depois de terlevado para aquele pas os habitantes cativos (2Rs 17.31). Este dolo era adorado com ritossemelhantes aos de Moloque, sendo-lhe sacrificadasas crianas.2. Filho de Senaqueribe, rei da Assria; auxiliadopor seu irmo Sarezer, matou o pai na casado deus Nisroque, estando ele a adorar ali (2 Rs19.37).ADRIEL. Filho de Barzilai, meolatita, a quemSaul deu a sua filha Merabe, ainda que a tinhaprometido a Davi (1 Sm 18.19). Cinco filhos deAdriel estavam entre aqueles sete descendentesde Saul, os quais Davi entregou aos gibeoni-tas(2 Sm 21.9), com o fm de dar-lhes umasatisfao por ter Saul empregado todos os seusesforos para extirp-los, embora em outrostempos tivessem os israelitas feito uma alianacom eles (Js 9.15).ADULO. Cidade de Jud (Js 15.35), sede dumrei cananeu (Js 12.15), evidentemente lugar degrande antigidade (Gn 38.1 a 20): hoje Aid--el-Ma. Havia muitas cavernas nas colinas depedra calcria, existentes nos subrbios da povoao;era ali o ponto de reunio de Davi e seuscompanheiros. Ali tambm se encontraramcom Davi, seus irmos e toda a casa de seu pai,indo de Belm (1 Sm 22.1). Foi naquele stio quese deu o ousado ato dos trs valentes, que arriscarama vida indo a Belm buscar gua paraDavi (2 Sm 23.14 a 17; 1 Cr 11.15 a 19). A cidadede Adulo foi fortificada pelo rei Roboo (2 Cr11.7), e foi um dos lugares reocupados pelos
  16. 16. Adultrio 17 Ageujudeus depois da sua volta da Babilnia (Ne11.30). H, ainda, muitas cavernas nos montesde pedra calcria, ali perto.ADULTRIO. Este ato proibido no stimomandamento (x 20.14; Dt 5.18). Veja-se emNm 5.11 a 29 a descrio da prova de impurezapor meio da gua amarga, que era dada mulhersuspeita para beber. As referncias que osprofetas fazem ao adultrio indicam uma situaomoral muito baixa (Is 57.3; J r 23.10; Os 7.4). provvel que depois do cativeiro, quando olao conjugal se tornou menos apertado, rarasvezes, se alguma vez o foi, tenha sido a pena demorte aplicada.A frase em Mt 1.19, no a querendo infamar,provavelmente significa no levar o caso peranteos juizes do conselho local. Jos procedeuassim, pois preferia, como podia faz-lo,deix-la secretamente. A palavra adultrio erausada fguradamente para exprimir a infidelidadedo povo hebreu para com Deus. Figuramuito apropriada por causa dos ritos impurosque faziam parte do culto idlatra (Ez 16).Assim tambm falou o Senhor duma geraoadltera (Mt 12.39). (V. Casamento.) Asprincipais passagens do N.T. em que se fala deadultrio, relacionam-se com o divrcio ou separao:Mt 5.31,32; 19.6; Mc 10.11, 12; Lc16.18; Jo 8.3 a 11; Rm 7.2, 3; 1 Co 7.10,11, 39.ADVOGADO. A palavra gregParakletos, traduzidaadvogado em portugus, em 1 Jo 2.1,aplica-se tambm ao Esprito Santo em Jo14.16, 26; 15.26; 16.7. A significao grega ade algum chamado para defender outra pessoa,especialmente quando se trata duma acusaolegal. Em latim advocatus. A traduoconsolador acha-se nas passagens citadas doEvangelho de S. Joo. O cristo tem, portanto,ou no Esprito Santo ou em Jesus Cristo, quemdefenda a sua causa, e lhe d conforto nas horastristes. (V. Esprito Santo.)AFEQUE. Fortaleza. 1. Cidade real dos cana-neus,cujo rei foi morto por Josu (Js 12.18).Coube, na distribuio das terras, a Issacar.2. Cidade situada na extremidade norte deAser, nos limites dos amorreus (Js 19.30),donde no foram expulsos os cananeus.3. Lugar em que acamparam os filisteus, enquantoos israelitas se conservavam em Eben-zer,antes da fatal batalha em que foram mortosos filhos de Eli e tomada a arca (1 Sm 4.1). Eraperto de Jerusalm, ao nordeste.4. Campo da batalha em que Saul foi derrotadoe morto (1 Sm 29.1).5. Cidade na estrada militar que vai da Sria aIsrael (1 Rs 20.26). Acha-se esta cidade identificadacom a moderna Fik, no cimo do Wadi Fik,10 km ao oriente do mar da Galilia, passandoainda pela povoao a grande estrada entreDamasco e Jerusalm. Foi teatro da derrota deBen-Hadade (1 Rs 20.30), e de muitas outrasbatalhas.AGAGUE. Violento. Rei dos amalequitas (1 Sm15), cuja vida Saul poupou, desobedecendo ordem divina. Samuel declarou que, por esteato, a sucesso sairia da famlia de Saul, e eleprprio mandou buscar Agague, fazendo-o empedaos. Ham, o agagita, de cuja sorte se falano livro de Ester, era, segundo a crena dosjudeus, descendente de Agague, e por isso elesodiavam a sua raa. Em Nm 24.7 parece ser onome Agague usado como ttulo geral dos reisamalequitas.GAPE. Festa de amor cristo. Os membros daIgreja apostlica encontravam-se em dias determinadospara participarem todos duma refeiocomum como irmos (At 2.46). Estasreunies estavam em estreita conexo com aCeia do Senhor (1 Co 11.20 e seg.), e deste mododavam ocasio a grandes desgostos, pois svezes havia abusos da parte dos falsos crentes(2 Pe 2.13; Jd 12). Com o aumento da Igreja, asdistines sociais se afirmaram de novo, caindoem descrdito as festas de amor.AGEU. Festivo. Um dos trs profetas da Restaurao.Pouco se sabe a respeito da sua personalidade,mas o tempo do seu aparecimentopode deduzir-se do seu livro e do de Esdras.Nasceu, provavelmente, durante o cativeiro, epertenceu ao nmero dos que vieram com Zo-robabelda Babilnia para Jerusalm, no ano536 a. C. A reedificao do templo comeou comgrande zelo, mas, por causa da oposio dossamaritanos, foram suspensas as obras pelo espaode quatorze anos. Subindo, ento, DarioHistaspes ao trono da Babilnia, foi Ageu inspiradopor Deus a exortar Zorobabel e Josu aque recomeassem o trabalho do templo. Osseus arrazoados produziram efeito (Ag 1.14;2.1), prosseguindo os judeus na reedificao noano 520, dezesseis anos depois da volta do cativeiro.Diz-se que Ageu foi sepultado em Jerusalm,perto dos sepulcros dos sacerdotes.AGEU (LIVRO DE). Encerra este livro quatromensagens profticas, todas elas apresentadasdurante 4 meses pouco mais ou menos (1.1; e2.1, 10, 20). Na primeira so censurados osjudeus por desprezarem o templo; faz-se a promessade que o favor divino havia de acompanhara sua construo. Vinte e quatro dias depoisdesta profecia, foram as obras continuadas,sendo os israelitas animados por uma misericordiosamensagem da parte de Deus. Mas,passado um ms, arrefeceu de novo o zelo dopovo, e comearam a pensar se seria possvel arestaurao. Com o fim de remover as dvidasdo povo e levantar as suas enfraquecidas energias,apareceu Ageu declarando que o Senhorera com eles e profetizando que a glria do novotemplo havia de ser maior do que a do primeiro(Ag 2.1 a 9). Pela terceira vez dirige-se Ageu
  17. 17. Agricultura 18aos judeus e censura-os pela sua indiferena; aomesmo tempo incita-os a trabalharem o maispossvel (Ag 2.10 a 19). No mesmo dia foi proferidaoutra profecia, dirigida a Zorobabel, prncipede Jud, representante da casa de Davi, eaquele por quem principia a genealogia do Messiasdepois do cativeiro, encerrando as palavrasprofticas a promessa de que o povo de Deusseria preservado no meio da queda e runa dosreinos da terra (2.20 a 23). Cp.Ag 2.6 com Hb12.26,27. Mas as palavras de 2.9, neste lugardarei a paz, foram, sem dvida, cumpridascom a presena de Jesus Cristo no segundotemplo.AGRICULTURA. A Palestina, exceo daparte mais meridional, terra de ribeirosdguas e de fontes que correm das montanhas edos vales (Dt 8.7 a 9). As primeiras chuvascaem em outubro. No so chuvas contnuas,mas intermitentes, dando isso ocasio a que olavrador possa semear trigo e cevada. Continuaa chuva a cair por intervalos durante os mesesde novembro e dezembro, havendo ainda emmaro e abril dias chuvosos. Nos restantesmeses at outubro, o tempo seco, vendo-se ocu sem nuvens. Logo que no ms de outubro ocho amolecido pelas chuvas, principia a se-meadurade trigo, cevada e lentilhas. O aradodos antigos hebreus era, provavelmente, semelhanteaos de hoje, constando duma varagrossa feita de duas peas, s quais se prendiauma travessa onde se atrelava uma junta debois. Na outra extremidade era metida umapea num ngulo obtuso, que terminava porbaixo na relha e havia uma grosseira rabia naparte superior. Os bois eram impelidos pormeio duma vara com aguilho, a qual era tambmempregada para quebrar os torres deterra ou limpar o arado.A ceifa comea no fim de maro ou princpio deabril. A colheita da cevada vem primeiro, sendoa ltima a do trigo em meados de maio. O tempoda ceifa durava sete semanas. O trigo era segadocom uma foice e, reunido em molhos, eralevado para a eira, um terreno circular, expostoao vento, com uns vinte metros de dimetro.Aqui era o gro liberto da palha mediante oandar de bois ou jumentos sobre o trigo. Poresde trigo eram tambm algumas vezes debulhadaspor meio dum mangual (Is 28.27);mais freqentemente, porm, se empregavaum instrumento, que constava duma armaode madeira, com pedras pontiagudas metidasem buracos na parte inferior, posta em contatocom o trigo. Esta armao era puxada por bois,e muitas vezes o agricultor sentava-se em cimapara aumentar o peso. Tambm se usava para adebulha um revestimento de madeira adaptados rodas dum carro, com certo nmero de lminaspara cortar o trigo. Depois, quando sopravalevemente o vento, levantava-se com ps deguiamadeira a palha com o gro, caindo este na eirae levada aquela pelo ar fora. O trigo ainda eralimpo das pedras e impurezas agitado numajoeira (Am 9.9). A palha mais comprida serviade alimento para os bois (Is 11.7), no tendovalor a restante.A colheita era armazenada em lugares subterrneos(Jr 41.8). Em troca de ouro e prata eartigos de luxo, abastecia a Palestina, com ocontedo dos seus armazns, os mercados deTiro e Sidom, onde se reuniam tambm as mercadoriasde todas as naes desde a Espanha ndia. Nas minuciosas descries de Ezequielsobre a grandeza de Tiro, ele menciona o trigoentre os diversos artigos, que a Fencia importavade Jud no seu tempo, o sexto sculo antesde Cristo. Mais de seis sculos depois vemosque ainda Cana que fornece trigo Fencia,pois uma misso especial veio, cerca do ano 44d.C., ao rei Herodes Agripa, da parte de Tiro eSidom, pedindo paz, porque o seu pas era sustentadopelas terras do rei (Atos 12.20).AGRIPA. (V. Herodes.)GUIA. H, constantemente, referncias naBblia ao espantoso nmero de aves de presa detodos os tamanhos, que se acham na Palestina ena Arbia. Em algumas das passagens, ondeocorre a palavra guia, teria sido melhor traduoabutre. Por exemplo, em Mq 1.16,faze-te calva, e tosquia-te... alarga a tua calvacomo a guia, somente se pode referir isto aoabutre, que desprovido de penas na cabea eno pescoo, o que , realmente, uma disposioda Natureza, visto como esta ave tem porhbito introduzir a cabea nas carcaas dosanimais mortos. Outra ave denominada guia o abutre grifo, cujo hbito de pousar nas maisaltas elevaes dos penhascos se acha exatamentedescrito em Jr 49.16 e J 39.27 a 30.Nesta ltima passagem, seus olhos a avistamde longe, h uma referncia ao quase incompreensvelalcance de vista do abutre. Quandoum animal cai morto ou ferido no deserto, contamos viajantes que dentro dum espao detempo pequenssimo aparecem estas avessobre ele, sendo certo que um minuto antesnem uma se via. Uma simples carcaa torna-se,desta maneira, o chamariz duma multido deaves de presa (Mt 24.28).A fora da ave e o seu vo rpido acham-semencionados em Jr 4.13 e Os 8.1. No SI 103.5 huma referncia sua longevidade e aparenterejuvenescimento. O seu cuidado de me, a quese faz aluso em Dt 32.11,12, especialmente noato de encorajar os filhinhos nas primeiras tentativasde vo, muito caracterstico da classede aves a que a guia pertence. Como a guiavoa a grande altura, parecendo aproximar-sedo cu, tem sido tomada como um emblema deS. Joo pelo penetrante e profundo conheci-
  18. 18. Aguilho 19 Aimasmento das verdades divinas, que se nota nosescritos deste apstolo.A guia de ouro e a guia imperial so ambasmuito conhecidas na Palestina, ainda que notanto como o abutre grifo, e so principalmentevistas nos vales de rocha e nas alturas de cordilheirasraramente visitadas. O quebrantossode Lv 11.13 e Dt 14.17, ou abutre barbudo, temesse nome pelo fato de levar consigo at smaiores alturas os ossos cheios de medula,deixando-os depois cair sobre as pedras paraquebr-los. Uma conhecida tradio afirma queo poeta Esquilo encontrou inesperadamente amorte pelo fato de uma destas aves ter deixadocair sobre a sua cabea calva uma tartaruga,julgando que fosse uma pedra. Outras guiasque se vem na Terra Santa so a guia morena,a guia de Bonelli e a guia de garrascurtas; esta ltim a a mais comum,alimentando-se de rpteis, que ali so notavelmenteabundantes.AGUILHO. Uma grande vara para conduzirgado, tendo numa das extremidades um ferrode ponta aguada (Jz 3.31; 1 Sm 13.21; Ec12.11). Em At 26.14 a frase Dura cousa re-calcitrarescontra os aguilhes uma expressoproverbial muito vulgar em grego e latim,para mostrar que v a resistncia quando opoder grande.AI. Monto. 1. Cidade de Cana, que j existiano tempo de Abrao (Gn 12.8). Foi a segundacidade que Israel conquistou e totalmente destruiu,depois de ter atravessado o Jordo (Js7,8,9,10, 12). Os homens de Betei e Ai, emnmero de 223, voltaram do cativeiro com Zorobabel(Ed2.28). Aiate, por onde Senaqueribepassou na sua marcha sobre Jerusalm, e Aia,so outras formas de Ai (Is 10.28; Ne 11.31).2. Cidade dos amonitas (Jr 49.3).AAS. Irmo do SENHOR. 1. Sacerdote do Senhorem Silo. A arca de Deus estava sob o seucuidado; ele trazia a estola e inquiria do Senhorpor meio da arca (1 Sm 14.18) Provavelmente o mesmo que Aimeleque em 1 Sm 21: eramfilhos de Aitube (1 Sm 14.3; 22.9). Era Aimelequeirmo do rei.2. Filho de Bela (1 Cr 8.7), e que Se pensa ser amesma pessoa que Ao (1 Cr 8.4).3. Filho de Jerameel (1 Cr 2.25).4. Um dos valentes de Davi (1 Cr 11.36).5. Levita do reinado de Davi, que tinha a seucargo os tesouros da casa de Deus, e, tambm,os das coisas sagradas (1 Cr 26.20. Ed. R.C.).Na E.R.A. no consta o nome Aas.6. Um dos prncipes de Salomo (1 Rs 4.3).7. Profeta de Silo (1 Rs 14.2), chamado por issoo silonita (1 Rs 11.29), nos dias de Salomo, edeJeroboo, rei de Israel. Existem dele duasnotveis profecias. A primeira diz respeito aJeroboo; anuncia-lhe que dez tribos separar--se-iam de Salomo como castigo da idolatriadeste rei, e seria para ele transferido o reino.Est^ profecia chegou ao conhecimento de Salomo,e Jeroboo, a fim de salvar a vida, tevede fugir para junto de Sisaque, rei do Egito,onde permaneceu at morte do rei de Israel (1Rs 11.29 a 40). A segunda profecia acha-se em 1Rs 14.6 a 16, e foi dirigida mulher de Jeroboo,que, sob disfarce, tinha vindo saber notciasde seu filho Abias, que estava doente. Aaspredisse a morte do menino, bem como a destruioda casa de Jeroboo, por causa de suaidolatria; e tambm anunciou o cativeiro de Israelpara alm do rio Eufrates.8. Pai do rei Baasa (1 Rs 15.27, 33).9. Um dos chefes do povo que selaram o convniocom Neemias (Ne 10.26).AICO. Meu rnno se levantou. Quando Saf, oescriba, trouxe ao rei Josias o Livro da Lei queHilquias, o sumo sacerdote, tinha achado notemplo, foi Aico mandado pelo rei com outrosdelegados consultar a profetisa Hulda (2 Rs 22).Quando, no reinado de Jeoaquim, os sacerdotese profetas acusaram o profeta Jeremias peranteos prncipes de Jud de ter feito arrojadas declaraessobre os pecados da nao, Aico usouda sua influncia para proteger o profeta (Jr26.24). O seu filho Gedalias foi nomeado governadorde Jud por Nabucodonosor, rei da Babilnia,e a ele Jeremias foi entregue, quandosaiu da priso (Jr 39.14 e 40.5).AIJALOM. Lugar- de gazelas. 1. Cidade dos coa-titas(Js 21.24), dada tribo de D (Js 19.42);todavia, a tribo foi incapaz de desapossar osamorreus daquele lugar (Jz 1.35). Aijalom foiuma das cidades fortificadas pelo rei Roboo (2Cr 11.10), durante os seus conflitos com o novoreino de Israel; e a ltima notcia que temosdessa povoao que os filisteus a tomaram ehabitaram. A cidade tem sido identificada forade dvida, com a moderna Yalo, um pouco aonorte da estrada de Jafa e cerca de 23 kmdistante de Jerusalm. Est situada na encostadum extenso monte, que forma o limite sul dobelo vale das searas de trigo, e que agora tem onome de Merj IbnAmir; parece, pois, nohaver razo para duvidar de que esse o antigovale de Aijalom, onde se deu a derrota doscananeus (Js 10.12).2. Lugar de Zebulom, mencionado como sepulturade Elom, um dos juizes (Jz 12.12).AIMAS. Meu irmo est irado. 1. Pai da mulherde Saul, Aino (1 Sm 14.50).2. Filho de Zadoque, sacerdote no reinado deDavi. Quando Davi fugia de Jerusalm porcausa da rebelio de seu filho Absalo, aconteceuque Zadoque e Abiatar, acompanhados deseus filhos, levaram a arca de Deus na sua intenode irem com o rei. Mas Davi ordenou--lhes que voltassem para a cidade, o que elesfizeram, bem como Husai (2 Sm 15). Em virtudede certa combinao, Husai, fazendo-se
  19. 19. Aino 20 Alexandreamigo de Absalo, deu um conselho diferentedo de Aitofel e disse a Zadoque e a Abiataralguma coisa do que se passava no palcio, paraque fosse levado um aviso a Davi por Aimas eJnatas, que tinham ficado em En-Rogel, forados muros da cidade (2 Sm 17.17).O que depois se sabe de Aimas est em relaocom a morte de Absalo s mos de Joabe e seusescudeiros. Aimas questionou com Joabe,para que lhe fosse permitido levar a Davi anotcia do fato. Joabe, que era amigo deAimas, sabendo quo doloroso seria para o paio conhecimento da morte do filho, no acedeu aoseu pedido, mas mandou um etope em seulugar. J depois de ter partido o etope, tornounovamente Aimas a insistir com Joabe paraque lhe fosse concedido ir levar a notcia a Davi,sendo por fim atendido. Correndo por atalhos,Aimas chegou antes do etope presena deDavi, e informou o rei da vitria alcanadasobre os revoltosos, mas no mencionou amorte de Absalo. Deixou ao etope, com umaesperteza oriental, a desagradvel misso dedar essa notcia (2 Sm 18).3. Um dos oficiais de Salomo, o qual tinha a seucargo o abastecimento da casa do rei duranteum ms em cada ano. Era genro do rei, poistinha casado com sua filha Basemate (1 Rs4.15).AINO. Meu irmo gracioso. 1. Mulher deSaul, primeiro rei de Israel (1 Sm 14.50).2. Uma mulher de Jezreel, que veio a ser mulherde Davi, quando este andava errante (1 Sm25.43); com esta e com a outra sua mulher Abigailfoi Davi corte de Aquis, rei de Gate (1 Sm27.3). Foi me de Amnom, o filho mais velho deDavi (2 Sm 3.2).AITOFEL. Irmo de loucura. Um gilonita,conselheiro de Davi; a reputao de Aitofel erato alta que as suas palavras tinham a autoridadedum orculo divino. Se, como se podedepreender de 2 Sm 23.34, em comparao com11.3, era ele av de Bate-Seba, talvez fosse aqueda da neta que o levou a aderir revolta deAbsalo, sendo por este mandado chamar noprincpio da conjurao (2 Sm 15.12). Para mostrarao povo que o rompimento entre Absalo eo pai era irreparvel, aconselhou Aitofel ao rebeldeque tomasse posse do harm real (2 Sm16.21). Com o fim de contraditar os seus conselhos,mandou Davi que Husai fosse para juntode Absalo. Aitofel tinha recomendado queDavi fosse imediatamente atacado, mas Husaiaconselhou a demora, tendo em mira enviarespecial aviso a Davi, e assim dar-lhe tempo dereunir as suas tropas para um decisivo combate.Quando Aitofel viu que prevalecia o conselhode Husai, caiu em desespero, e, voltandopara sua casa, ps as suas coisas em ordem eenforcou-se (2 Sm 17). Tem sido notado que este o nico caso de suicdio, mencionado noAntigo Testamento (no se falando em atosguerreiros), assim como o de Judas o nicocaso do Novo Testamento.ALABASTRO. V. Mt 26.7; Mc 14.3; Lc 7.37 as passagens que descrevem o caso de ter umamulher derramado o precioso blsamo, contidonum vaso de alabastro, sobre a cabea do Salvador.Os antigos consideravam o alabastro (espciede mrmore branqussimo carbonato de clcio),como o melhor material para conservar osseus ungentos. A forma usual desses frascosera redonda, bojuda no fundo, terminando paracima num estreito gargalo, que era cuidadosamenteselado. Na narrativa de S. Marcos diz-seque a mulher quebrou a redoma, antes de derramaro ungento. Isto apenas significa a quebrado selo ou do gargalo; mas tambm podequerer dizer que o vaso foi destrudo para notornar a ser usado.LAMO. Na passagem em que esta palavraocorre (Gn 30.37), a primitiva vem duma raizque significa coisa branca. O lamo branco comum na Palestina, e preenche as condiesdo texto da Escritura em que esse nome seencontra. Era plantada em virtude da sua sombra,e usava-se a madeira para utenslios decasa. Varas descascadas do lamo foram postaspor Jac diante do rebanho de Labo (Gn30.37).A rvore mencionada em Gn 30.37 no nasce nostio indicado; provavelmente a palavra empregadasignifica amendoeira.ALADE. Instrumento de corda, semelhante viola. a traduo da vulgar palavra hebraicauebel. Nebel a maior parte das vezes traduzidopelo termo saltrio. As cordas eram tocadascom os dedos (Is 5.12; 14.11; Am 5.23; 6.5).(V. Msica.)ALELUIA. Forma grega na verso dos Setentapara a palavra composta do hebreu Hallelujak,louvai ao Senhor. Acha-se o vocbulo da versodos Setenta nos salmos 105, 106, e outros,traduzidos da Vulgata Latina. Em outras traduesvem o significado louvai ao Senhor, ena margem Aleluia. A adaptao da palavrahebraica no culto cristo devida ao seu uso noAp 19.1 a 7. J no 4o. sculo era o termo Aleluiareconhecido como uma exclamao crist dealegria e de vitria. Os aleluias tinham umlugar especial nas primitivas liturgias da Igrejaoriental e ocidental.ALEXANDRE. Auxiliador dos homem. Cincopessoas com este nome, que era vulgar,acham-se mencionados no N.T.1. Filho de Simo, o cireneu, que foi compelido alevar a cruz de Jesus (Mc 15.21).2. Um parente de Ans, sumo sacerdote, o qualera membro diretor do Sindrio em Jerusalm,quando Pedro e Joo foram presos e levadosquele tribunal (At 4.6).
  20. 20. Alexandria 21 Aliana3. Um judeu de feso, a quem os seus compatriotasimpeliram para diante durante o tumulto,provocado por Demtrio, ourives deprata (At 19.33).4. Um convertido que tinha abandonado a suaf, e que Paulo entregou a Satans (1 Tm 1.19,20).5. Um latoeiro que fez muito mal a Paulo, e quehavia resistido s suas palavras (2 Tm 4.14);talvez este indivduo seja o mesmo do nmero oALEXANDRIA. Cidade edificada sobre o deltado rio Nilo, fundada por Alexandre Magno, reida Macednia, 332 a.C., para ser a metrpoledo seu imprio ocidental. Desde o princpio foimisturada a sua populao; chamava-se a regiodos judeus um dos trs bairros em que sedividia a cidade. Depois da tomada de Jerusalmremoveu Ptolomeu I um considervel nmerodos seus cidados para Alexandria. Muitosoutros judeus, por sua prpria vontade, osseguiram, e com estas e outras imigraes foi acolnia judaica rapidamente aumentada. Maistarde, quando a cidade de Alexandria caiu sob odomnio de Roma, Jlio Csar e Augusto confirmaramos privilgios de que os israelitas gozavamantes daquele acontecimento. Eles eramrepresentados por um funcionrio seu, e Augustoestabeleceu um Conselho para superintendernos negcios dos judeus, segundo asprprias leis judaicas.Por algum tempo a igreja judaica em Alexandriaconservou-se numa estreita dependnciada de Jerusalm, reconhecendo ambas o sumosacerdote como seu chefe religioso; mais tarde,porm, separaram-se. A verso do A.T. emgrego (conhecida como dos Setenta, pelo fato deterem sido os tradutores setenta judeus deAlexandria), fortaleceu a barreira de linguagementre a Palestina e o Egito; e o templo deLeontpolis (161 a.C.), que sujeitava os judeusdo Egito s despesas provenientes do cisma,alargou mais a ruptura na famlia israelita. Todavia,no princpio da era crist, os judeus doEgito contriburam ainda para o servio dotemplo de Jerusalm, que apesar de tudo era acidade santa e a cidade-me da raa judaica.Segundo Eusbio, foi Marcos quem primeiramentepregou o Evangelho no Egito e fundou aprimeira igreja de Alexandria. Pelo fim do segundosculo era Alexandria um importantecentro de influncia e instruo crists. A suaescola de catequizao era altamente distinta.O mais antigo dos seus mestres, mencionadopelo historiador Eusbio, foi Panteno, cerca doano 180. Clemente e Orgenes foram os maisfamosos dos seus sucessores, embora rio, oautor da heresia ariana, tambm tivesse sido,segundo Teodoreto, um dos principais doutri-nadores.As referncias do Novo Testamento aAlexandria acham-se em At 6.9; 18.24; 27.6 e28.11.ALFA. A primeira letra do alfabeto grego,sendo mega a ltima. A frase E u sou o Alfa eo mega vem no Ap 1.8 e 21.6, como expressodo Senhor. Originariamente uma forma expressivada perfeio, teve depois especial aplicao eternidade e onipresena de Deus, pois do supremo Ente que tm origem todas ascoisas, e para o qual todas as coisas tendem.Frases de significao semelhante se encontramem Is 41.4; Rm 11.36; 1 Co 8.6; e Hb2.l0.No Ap 22.13 transferido o ttulo para Jesusglorificado, revelador e realizador do divinoplano de redeno, em quem est o Sim e oAmm, a confirmao e cumprimento detodas as promessas de Deus (2 Co 1.20; veja-setambm Jo 1.3; 1 Co 8.6; Cl 1.15, 17; Hb 1.2,3).ALFARROBA. o fruto da alfarrobeira. Estarvore tem folhas escuras e brilhantes, e produzvagens grandes, sendo estes frutos pisadospara alimento de gado e porcos. Os pobres tambmos empregam na alimentao, e acham-nosmuito nutritivos. a este fruto que se refere aparbola do Filho Prdigo, em Lc 15.16.ALFEU. 1. Pai de Levi (Mc 2.14), que deve ser omesmo que Mateus, o apstolo.2. Em cada uma das quatro listas dos apstolos(Mt 10; Mc 3; Lc 6; e At 1), o nono lugar dado aTiago, filho de Alfeu.ALFORJE. Um saco que os viajantes usam paralevar dinheiro e mantimento para a jornada.Era feito de diversos materiais, geralmentepele ou couro, e estava preso cintura (1 Sm17.40; Mt 10.10; Lc 12.33 a 36). (V. Bolsa.)ALIANA. Concerto, pacto. Era um contrato,ou conveno que solenemente se realizavaentre homem e homem, ou entre homem eDeus. Exemplos do primeiro caso ocorrem emGn 21.27, e 31,44,45; Js 9.6 a 15. O concertoentre Deus e o homem de tal modo predominanas Escrituras que definitivamente se deu aoCnon j completo os ttulos do Antigo Testamento(isto , a antiga aliana), e Novo Testamento.1. O Antigo Testamento. A palavra aliana usada, primeiramente, falando-se das promessasde Deus a No (Gn6.18; 9.9 a 16); mas o fatocaracterstico dum pacto entre Deus e o Seupovo escolhido, Israel, principia em Abrao,com as promessas a este feitas nos caps. 12 a 15do Gnesis, ratificadas por solene concerto ritual,sempre repetidas e ampliadas (Gn 17.19 e22.16). Da parte de Abrao se manifestava a f(15.6) e a obedincia (17.1,9 e 22.16).Conforme ao estabelecido nessa aliana, comeaa narrao do xodo, assentando queDeus lembrou-se da sua aliana com Abrao,com Isaque e com Jac (x 2.24). A promulgaoda Lei no monte Sinai foi preparada com arecordao de ter Deus libertado Israel, e comas promessas de outras bnos sob condio deobedincia. Moiss escreveu todas as palavras
  21. 21. Alianas 22 Alimentaodo Senhor no Livro do Concerto, e depoisdos sacrifcios expiatrios leu-o diante do povo,que respondeu: Tudo o que falou o Senhor,faremos, e obedeceremos; e depois disto eleaspergiu o povo com o sangue da aliana (x19.4 a 6 e 24.4 a 8). a este pacto que geralmentese fazem referncias por todo o A. T., eem notveis declaraes do N.T. As tbuas daLei foram, mais tarde, colocadas na Arca daAliana, que era considerada como smbolo doSENHOR, e lugar da Sua manifestao (x25.21, etc.). E assim como comer do sal dequalquer homem significava um penhor deamizade, assim o sal da aliana devia seracrescentado a toda a oferta de manjares, comolembrana santa dos sagrados laos entre Deuse o Seu povo escolhido (Lv 2.13; veja-se Nm18.19; 2 Cr 13.5). O pacto duma perptua realezana descendncia de Davi (2 Sm 23.5)acha-se consignado em 2 Sm 7.As referncias que no A.T. se fazem Alianaestabelecida entre Deus e o Seu povo so abundantes,com a declarao de que houve quebrada parte dos israelitas, que se esqueceram doconcerto, transgredindo as determinaes divinas.Todas estas incriminaes culminam nagrande profecia de Jr 31.31 a 34, que anunciauma nova aliana, no somente exigindo obedincia,mas criando aquele poder de amor,cuja lei deve estar escrita no corao. No cumprimentodesta profecia passamos da antigaaliana para a nova.2. A Nova Aliana (para o sentido da palavratestamento, veja-se Testamento). Segundo amais antiga narrao da instituio da SantaCeia, Jesus disse: Este clice a Nova alianano meu sangue (1 Co 11.25; veja-se Mt 26.28;Mc 14.24; Lc 22.20). H, aqui, uma refernciaao xodo (24.8); Jesus ia criar uma nova relaoentre Deus e os homens, fundada como a antigasobre o sacrifcio, o sacrifcio de Si prprio. Nodesenvolvimento desta verdade, nos escritosdo N.T., os apstolos concentram dum modonatural todo o poder da nova aliana no sanguede Cristo (Rm 3.25; E f 1.7; Hb 9.14; 1 Pe 1.19; 1Jo 1.7; Ap 1.5, etc.). O pensamento da prpriaaliana proeminente em 2 Co 3.6; G1 3.15, eespecialmente em Hb 8.10 e 12.24 e 13.20.Veja-se na palavra Testamento outros pontosde vista.ALIANAS. Abrao fez uma aliana com os r-gulosde Cana (Gn 14.13), e com Abimeleque(Gn 21.22). A ltima foi renovada por Isaque(Gn 26.26). Todavia, quando o povo israelita seestabeleceu em Cana, era-lhe proibido efetuaialianas com as naes circunvizinhas; estaordem divina tinha por fim evitar que o povoescolhido se corrompesse com a idolatria dospovos confinantes. Esta proibio, mais tarde,no foi respeitada. Salomo contraiu alianascom Hiro, rei de Tiro, e com Fara, rei doEgito. O rei de Israel teve em vista, por meio daaliana com Hiro, obter materiais e operriospara a construo do templo, bem como construtoresde navios, e marinheiros. A alianacom o rei do Egito deu a Salomo o monopliodo negcio de cavalos e outros produtos daquelepas. As dissidncias entre Jud e Israel, e asrelaes destes pases com o Egito e as monarquiasda Assria e Babilnia conduziram aquelesuovos a numerosas alianas e contra--alianas. Vide os livros dos Reis e das Crnicas,assim como trechos de Isaas, Ezequiel e Jeremias.Vrios ritos religiosos eram executados quandose realizava uma aliana. A vtima do sacrifcioera morta e dividida em duas partes, entre asquais passavam as pessoas interessadas,pedindo-se, nessa ocasio, a maldio de semelhantedespedaamento para aquele quequebrasse os termos da aliana. Este costumevigorou por longo perodo de tempo (Jr 34.18).Geralmente falando, o juramento s mencionadono ato de contrair alianas, quer entrenaes (Js 9.15), ou entre indivduos (Gn 26.28;31.53; 2 Rs 11.4). O acontecimento era celebradocom uma festa (x 24.11; 2 Sm 3.12a 20).O sal, como smbolo de fidelidade, era usadonestas ocasies, aplicado aos sacrifcios; e vemdeste uso a expresso aliana de sal (Nm18.19; 2 Cr 13.5). Levantou-se uma coluna emmemria da aliana entre Labo e Jac (Gn31.52). Eram tambm enviados presentes pelaparte que solicitava a aliana (1 Rs 15.18; Is30.6). Os judeus atriburam sempre grande importnciaao fato de serem fiis aos seus compromissos(Js 9.18). A ira divina caa sobre osque os violavam (2 Sm 21.1; Ez 17.16).ALIMENTAO IMUNDA. A Lei de Moissprescrevia exatas indicaes, quanto ao alimentoque se podia ou que no se podia comer.O que se podia comer era limpo; o que a Leiproibia comer era imundo..O intuito da distinoera a separao dos hebreus como povoparticular do SENHOR (Lv 11.43 a 47; 20.24 a26). A viso de Pedro, antes da recepo dosconvertidos gentios, adapta-se a esta maneirade ver (At 10.12). A lei sobre as iguariasaplicava-se a todo o povo, e no, como acontecianoutros pases em que havia restries semelhantes,a uma classe ou a certas classes somente.Aquelas prescries, inteiramente expostasem Lv 11 e Dt 14.3 a 21, concordam,como h muito tempo o disse Cirilo, um dos Paisda Igreja, com os nossos naturais instintos eobservaes, embora o costume (como no casodo uso da carne do porco) possa vencer a naturalrepugnncia. Pode ser, porm, que muitas restriestenham sido feitas com o fim de evitar acomida de qualquer coisa que os pagos consideravamsagrada. A natureza preparatria dasdeterminaes a respeito de comidas limpas ou
  22. 22. Alimento 23 Alosimundas, e a respeito da impureza do homem,acha-se claramente indicada na epstola aosHebreus, cap. 9.9,10. (V. Alim ento, Im pureza.)ALIMENTO. O alimento de origem vegetal muito mais comum entre os orientais, do que ode origem animal. Em lugar de manteiga,banha de porco, e gordura, fazem uso do azeite.Uma sopa de favas e lentilhas, temperada comalho e azeite, um prato favorito. Ovos, me],leite, e especialmente o leite azedo, e os diversosprodutos das hortas, fornecem os principaiselementos para as refeies no Oriente. O pratomais comum consta de arroz cozido com carne,feito maneira de sopa, dando-se-lhe uma corazul, vermelha ou amarela. O alimento animalera reservado, o mais possvel, para ocasiesespeciais (Gn 18.7; Lc 15.23). Certos animaisprovenientes da caa, bem como a vaca, o novilho,a ovelha e o cabrito so carnes apreciadasno Oriente. costume servir em uma s refeioo animal por inteiro. O peixe um gnero dealimento muito estimado. Entre os egpcios osalimentos mais em uso so os meles, os pepinos,as cebolas, a chicria, as beldroegas, osrabanetes, as cenouras, os alhos e os alhos por-ros.O leite de cabra entra em grande parte nasrefeies do Oriente desde o princpio de abrilat setembro, e o de vaca durante os outrosmeses. A carne assada quase limitada s refeiesdas pessoas ricas.Os hebreus comiam grandes quantidades depo. Algumas vezes tambm se comiam as espigasverdes de trigo, sendo esfregadas com asmos (Lv23.14; Dt 23.25; 2 Rs 4.42; Mt 12.1; Lc6.1). Todavia, eram com mais freqncia tostadosos gros ao lume numa caarola (Lv 2.14), ecomidos como trigo seco. Era comum esta espciede alimento entre trabalhadores do campo(Lv 23.14; Rt 2.14; 1 Sm 17.17; 25.18; 2 Sm17.28). Algumas vezes era pisado o gro, e secoao sol; ento se comia, ou temperado comazeite, ou transformada a massa num bolo mole(Lv2.14,15,16; Nm 15.20;2 Sm 17.19; Ne 10.37;Ez 44.30). A fruta que servia de alimento eramos figos secos, e na forma de bolos (1 Sm 25.18);as uvas em estado de passas (1 Cr 12.40), masalgumas vezes servidas dentro de bolos (2 Sm6.19); as roms (Ct 8.2; Ag 2.19); as avels; e asamndoas (Gn 43.11).Os pepinos (Nm 11.5; Is 1.8) e a alface (x 12.8;Nm 9.11) devem ser postos na lista dos vegetais,usados na Palestina, em adio listaacima referida, como constituindo o sustentodos egpcios.Os hebreus deitavam na sua comida um grandenmero de condimentos: o eominho, o endro, ocoentro, a hortel, a arruda, a mostarda, e sal.E ra-lhes proibido, sob pena de morte,alimentarem-se de sangue de animais (Lv 3.17;7.26; e 19.26; Dt 12.16; 1 Sm 14.32; Ez44.7,15),sobre o fundamento de que o sangue continha oprincpio da vida, e devia, por isso, ser oferecidosobre o altar (Lv 17.11; Dt 12.23), Tambmno podiam comer aquelas reses que morriamde morte natural (Dt 14.21), ou tivessem sidodespedaadas pelas feras (x22.31), bem comoas aves e outros animais, que a Lei consideravaimpuros (Lv 11, e Dt 14. 4).Os cristos no deviam comer a carne daquelesanimais que eles sabiam terem sido oferecidosaos dolos (At 15.29; 21.25; 1 Co 8.1), para queno parecesse isso um ato de idolatria. Masera-lhes permitido comer a carne, compradanos mercados pblicos, ou que era servida emjantares de festa, no devendo fazer perguntassobre a provenincia desse alimento (1 Co 10.25a 27). Os convertidos africanos, em nossos dias,so orientados de modo semelhante.ALJAVA. O receptculo em que se levavam assetas (Js 39.23). Usa-se metaforicamente em SI127.5. E em Gn 27.3 possvel que se trateduma espada ou outra arma, suspensa doombro.ALMA. O termo alma representa o hebraiconephesh, que em muitas outras passagens setraduz por vida ou criatura. Usa-se essevocbulo a respeito dum ser vivo (Gn 17.14; Nm9.13, etc.); e dos animais, como criaturas (Gn2.19, 9.15, etc.); e da alma como substnciadistinta do corpo (Gn 35.18); da vida animal (Gn2.7; note-se a aparente identificao com o sangue,Lv 17.14; e Dt 12.23); da alma como sededos afetos, sensaes e paixes, sendo suscetvelde angstia (Gn 42.21), de aflio (Lv16.29), de desnimo (Nm 21.5), de desejo (Dt14.26), de aborrecimento (SI 107. 18); e sendo,tambm, capaz de comunicao com Deus,como vinda Dele (Ez 18.4), desejando-0 (SI42.1, Is 26.9), regozijando-se Nele (SI 35.9; Is61.10), confiando Nele (SI 57.1), adorando-0 (SI86.4, 104.1), mas pecando contra Deus e fazendomal a si prpria (Jr 44.7; Ez 18.4; Mq6.7).No N.T. o termo alma a traduo do gregopsych, que, como nephesh. muitas vezestraduzido por vida. Usa-se acerca do homemindividual (At 2.41; Rm 13.1; 1 Pe3.20); da vidaanimal sensitiva, com as suas paixes e desejos,distinguindo-se do corpo (Mt 10.28'', e do esprito(Lc 1.46; 1 Ts 5.23; Hb 4.12). A alma suscetvel de perder-se (Mt 16.26); de ser salva(Hb 10.39; Tg 1.21); e de existir depois da separaodo corpo (Mt 10.28; Ap 6.9; 20.4). (V.Imortalidade da A lm a, Espirito.)ALOS. O alos da Escritura no tem relaocom a florida planta dos jardins modernos, masrepresenta uma madeira odorfera, que desdetempos remotos foi empregada no Oriente parafins sagrados e comuns. Nas passagens: SI 45.8,Ct4.14, eP v 7.17, est o alos juntamente commirra como perfumes agradveis e atraentes;uma s vez se acham mencionados no N.T. em
  23. 23. Alqueire 24 Amalequeconexo com o enterro de Jesus, em que tomaramparte Jos. de Arimatia e Nicodemos (Jo19.39).ALQUEIRE. A palavra grega, traduzida poralqueire (Mt 5.15), significa aquela medida, aque se faz referncia em Gn 18.6; Mt 13.33; e Lc13.21, e que era a tera parte dum efa (effi), amedida padro.ALTAR.Vem da palavra latina altus, echamava-se assim por ser coisa construda emelevao, empregando-se para sacrifcios e outrosoferecimentos. A significao mais usualda palavra hebraica e grega lugar de matana.Duas outras palavras em hebraico (Ez43.15), e uma em grego (At 17.23), traduzem-sepelo termo altar, mas pouca luz derramamsobre a significao da palavra.Depois da primeira referncia (Gn 8.20), estorelacionados os altares com os patriarcas e comMoiss (Gn 12.7, 22.9, 35.1,7; x 17.15, 24.4).As primeiras instrues com respeito ao levantamentodum altar, em conexo com a Lei,acham-se em x 20.24,25. Devia ser de terra,ou de pedra tosca, e sem degraus. Havia doisaltares em relao com o tabernculo, um noptio exterior, e outro no Santo Lugar. O primeirochamava-se altar de bronze, ou do holocausto,e ficava em frente do tabernculo. Erade forma cncava, feito de madeira de accia,quadrado, sendo o seu comprimento e a sualargura de sete cvados, e a altura de trs cva-dos;estava coberto de metal, e provido de argolase varais para o fim de ser transportadonas jornadas do povo israelita pelo deserto. Emcada um dos seus quatro cantos havia uma salincia,a que se dava o nome de ponta. Nohavia degrau, mas uma borda em redor paraconvenincia dos sacerdotes, enquanto esta-vamrealizando o seu trabalho. Pois que os sacrifcioseram oferecidos neste altar, a sua situao entrada do tabernculo era para o povode Israel uma significativa lio de que nohavia possvel aproximao de Deus a no serpor meio do sacrifcio (x 27.1 a 8; 38.1).O altar do incenso ficava no Santo Lugar,mesmo em frente do vu, que estava diante doSanto dos Santos. Era quadrado, sendo o seucomprimento e largura dum cvado, com doiscvados de altura: feito de madeira de accia, eforrado de ouro puro, tinha pontas em cadacanto, e duas argolas de ouro aos dois lados.Ainda que este altar estava colocado no SantoLugar, tinha ele tal relao com o significadoespiritual do Santo dos Santos, que se podiadizer que era pertence deste lugar (Hb 9.3,4).Sobre ele se queimava o incenso de manh e detarde, como smbolo da constante adorao dopovo (x 30.1 a 10; 40.5; 1 Rs 6.22; SI 141.2). Notemplo de Salomo o altar de bronze era muitomaior do que o do tabernculo (1 Rs 8.64), e umnovo altar do incenso foi tambm edificado (1Rs 7.48). O tabernculo era o santurio centralem que Deus podia ser adorado, segundo a maneiradivinamente estabelecida; foi proibido aIsrael ter mais do que um santurio. Mas haviaambigidade acerca da palavra santurio,pois empregava-se este termo tanto para casa,como para altar.A casa ou santurio central tinha os seus doisaltares, mas no estava cada altar em relaocom uma casa. Em toda a parte eram permitidosaltares, desde o tempo de Moiss em diante(x 20.24 a 26), mas somente um santurio (x25.8). O requisito necessrio, quanto ao levantamentode altares, era que eles no deviam terligao alguma com os altares gentlicos ou oslugares altos (Dt 16.21). Pluralidade de altaresera coisa consentida, mas no de casas (x20.24 a 26). A nica ocasio em que houve maisde uma casa foi durante as confuses e complicaesdo tempo de Davi, existindo ento doissanturios com dois altares de bronze, um emGibeom e o outro em Jerusalm (1 Rs 3.2,4,15).Quando o reino se dividiu, estabeleceu Jerobooos seus prprios santurios em D e Betei,afim de evitar que o povo se dirigisse a Jerusalm,e fosse por isso afastado da submisso aoseu rei.Os outros usos do altar eram, ou para memriade algum fato (Js 22.10), ou para servir de asiloem caso de perigo (1 Rs 1.50); mas isto eraexcepcional, no destruindo a idia geral doaltar como lugar de sacrifcio.No Novo Testamento o emprego do termo altar muito raro. Em Mt 5.23, a referncia aoaltar judaico dos holocaustos. Em 1 Co 9.13 e10.18, o altar pago e a Mesa do Senhor sopostos em relao e em contraste.AMA. A ama, entre as famlias orientais, sempreuma pessoa considerada, fazendo parte dafamlia, seja ela ama de leite ou tenha a posiode aia. Ela acompanha sempre a noiva casa domarido: Ento despediram a Rebeca...e a suaama (Gn 24.59). Veja-se tambm Gn 35.8; Nm11.12; Rt 4.16; 2 Sm 4.4; 2 Rs 11.2; Is 49.23.AMALEQUE, AMALEQUITAS. Segundo oque se diz em Gn 36.12 a 16, era Amaleque netode Esa, e um dos prncipes de Edom (V.l Cr1.36). Em qualquer outra parte o nome no depessoa, mas de tribo amalequitas (x 17.8 a16); e h boa razo para dar tribo maior antigidadedo que a data do seu suposto antepassadoAmaleque. V. Gn 14.7, e cp.com a frase deBalao: Amaleque o primeiro [o mais antigo]das naes (Nm 24.20). Estas tribos errantesaparecem na narrativa de Gn 14, como habitantesde Cana, perto de Cades, onde foram batidaspor Quedorlaomer e seus confederados (Gn14.7). Mais tarde, depois do xodo, atacaram aretaguarda dos israelitas em Refidim, perto doSinai (Dt 25.17 a 19), e foram derrotados porJosu (x 17.8 a 16). Eles, os mais antigos e
  24. 24. Amarias 25 Ammdesapiedados agressores de Israel, foram colocadosdebaixo da maldio divina: Haverguerra do Senhor contra Amaleque de geraoem gerao. A sua memria havia de ser extintade debaixo dos cus. Aliados com os cana-neus,infligiram grave derrota aos israelitas,quando estes primeiramente procuraram entrarna Palestina (Nm 14.43 a 45). No tempo dosjuizes, os amalequitas, com os filhos de Amom,juntaram-se a Eglom, rei de Moabe, e atacaramIsrael, tomando Jeric (Jz 3.13); mas foramcompletamente derrotados por Gideo no valede Jezreel (Jz 6.33; 7.12 a 22). No tempo deSaul, recebeu este rei a ordem de executar odivino decreto de extermnio, e destruiu totalmenteo povo amalequita, mas perdoou ao reiAgague, e no se desfez do melhor do seu despojo,sendo pela sua desobedincia castigadocom a perda do seu reino (1 Sm 15). Na ausnciade Davi, eles invadiram e saquearam Ziclague,e levaram consigo duas mulheres de Davi, eoutras, como cativas; mas foram perseguidos edesbaratados (1 Sm 30.1 a 31). Um dos amalequitas,acusando-se de ter assassinado Saul, foipor Davi condenado morte (2 Sm 1.1 a 16). Oouro e prata daquele povo foram consagradosao SENHOR (2 Sm 8.12; 1 Cr 18.11). Foramtambm derrotados no reinado de Ezequias porquinhentos homens da tribo de Simeo, que emconseqncia disso habitaram em lugar deles (1Cr 4.39 a 43).AMARIAS. O SENHOR prometeu 1. V. 1 Cr6.7, 52.2. Sumo sacerdote do tempo de Josaf (2 Cr19.11); parece ter apoiado os esforos deste reipara a realizao duma reforma em Israel eJud.3. V. 1 Cr 23.19 e 24.23.4. Chefe de um dos vinte e quatro turnos desacerdotes, cujo turno tinha aquele nome notempo de Davi, de Ezequias e de Neemias; etambm chamado Imer (1 Cr 24.14; 2 Cr31.15; Ne 10.3 e 12.2 a 13).5. Um daqueles que no tempo de Esdras casaramcom mulheres estrangeiras (Ed 10.42).6. V. Sf 1.1.7. V. Ne 11.4.AMASA. Portador de carga. 1. Filho duma irmde Davi (2 Sm 17.25). Absalo nomeou-o comandante-chefe do seu revoltoso exrcito emlugar de Joabe, por quem foi derrotado no bosquede Efraim (2 Sm 18.6 ). Mais tarde Amasafoi perdoado por Davi e nomeado para o lugarde Joabe, que tinha incorrido no desagrado dorei pelo fato de ter matado a Absalo (2 Sm19.13). Depois disto, Joabe matou traioeiramenteAmasa, quando fingia saud-lo (2 Sm20. 10).2. Um dos chefes dos filhos de Efraim (2 Cr28.12).AMASAI. Portador de carga. 1. V. 1 Cr 6.25.2. Chefe dos homens de Jud e Benjamim, quese juntaram a Davi em Ziclague; talvez omesmo que Amasa (1) (1 Cr 12.18).3. Um sacerdote que tocava a trombeta dianteda arca, quando Davi a levou da casa deObede-Edom (1 Cr 15.24).4. Um levita mencionado em 2 Cr 29.12.AMAZIAS. Fortaleza do SENHOR. 1. Oitavorei de Jud, que, tendo vinte e cinco anos deidade, sucedeu a seu pai Jos, que tinha sidoassassinado pelos seus servos (2 Rs 12 e 14).Declarou guerra aos edomitas, derrotou-os novale do Sal, ao sul do mar Morto, e tomou-lhes asua capital, Sela ou Petra (2 Cr 25). Amaziasrealizou cerimnias religiosas em honra dosdeuses deste ltimo pas e por causa deste atode idolatria principiaram os infortnios no seureinado. Foi inteiramente derrotado na batalhade Bete-Semes por Jeos, rei de Israel, a quemtinha provocado, e por quem foi preso e conduzidos portas de Jerusalm, que caiu sem resistncia(2 Rs 14.13). No 27 ano do seu reinadofoi Amazias assassinado por conspiradores emLaquis, para onde se tinha retirado, fugindo deJerusalm (2 Cr 25.27).2. Sacerdote de Betei, que mandou a Jerobooacusaes contra o profeta Ams, e esforou-seem lev-lo de Israel para Jud (Am 7.10; V. 1Rs 12.25 a 33).3. Um dos filhos de Simeo, mencionado em 1Cr 4.34.4. Um levita (1 Cr 6.45).AMM. Advrbio hebraico, formado duma raiz,que significa assegurar, firmar, e por isso empregado no sentido de confirmar o que outremdisse. Am m - assim seja.1. No Antigo Testamento aceita e ratifica umamaldio (Nm 5.22; Dt 27.15 a 26; Ne 5.13), euma ordem real (1 Rs 1.36); e uma profecia (Jr28.6); e qualquer orao, especialmente no fimduma doxologia (Ne 8.6); e constitui respostado povo s doxologias, que se acham depois dosprimeiros quatro livros de salmos (41.13,72.19,89.52, 106.48; v. 1 Cr 16.36).Este costume passou dos servios religiosos dasinagoga para o culto cristo.2. No Novo Testamento:(a) Emprega-se no culto pblico (1 Co 14.16). Adoxologia e o Am m que fecham a orao dominicalem Mt 6.13 so, sem dvida, devidos aouso litrgico da orao.(b) E ste modo de responder com Am mgeneralizou-se, para confirmar oraes individuaise de ao de graas (Rm 1.25, 9.5, 11.36;G1 6.18; Ap 1.6,7, etc.)(c) Jesus costumava, dum modo particular, empregaro mesmo termo, quando se tratava dechamar a ateno para assunto de especial solenidade:em verdade vos digo (Jo 1.51