caderno de log (sistemática de comércio exterior) rddi_06082014
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7/21/2019 Caderno de LOG (Sistemtica de Comrcio Exterior) RDDI_06082014
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Tcnico em Logstica
Fabiane Veras Klein de Aquino
2014
Sistema de ComrcioExterior
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Presidenta da RepblicaDilma Vana Rousseff
Vice-presidente da RepblicaMichel Temer
Ministro da EducaoJos Henrique Paim Fernandes
Secretrio de Educao Profissional eTecnolgicaAlssio Trindade de Barros
Diretor de Integrao das RedesMarcelo Machado Feres
Coordenao Geral de FortalecimentoCarlos Artur de Carvalho Aras
Coordenador Rede e-Tec BrasilCleanto Csar Gonalves
Governador do Estado de PernambucoJoo Soares Lyra Neto
Secretrio de Educao e Esportes dePernambuco
Jos Ricardo Wanderley Dantas de Oliveira
Secretrio Executivo de Educao ProfissionalPaulo Fernando de Vasconcelos Dutra
Gerente Geral de Educao ProfissionalLuciane Alves Santos Pula
Coordenador de Educao a DistnciaGeorge Bento Catunda
Coordenao do CursoMaria Helena Cavalcanti
Coordenao de DesignInstrucionalDiogo Galvo
Reviso de Lngua PortuguesaEliane Azevdo
DiagramaoKlbia Carvalho
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INTRODUO ............................................................................................................................ 3
1. COMPETNCIA 01 | CONHECER A FORMAO DE PREO DA EXPORTAO ...................... 6
1.1 Determinao do Preo .......................................................................................... 6
1.2 Fatores que Influenciam o Preo de Exportao ................................................. 11
1.3 Metodologia para a Fixao do Preo de Exportao, com Base no Preo do
Produto no Mercado Interno ..................................................................................... 14
2. COMPETNCIA 02 | CONHECER OS PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS NA
EXPORTAO .......................................................................................................................... 17
2.1 Sistema Integrado de Comrcio Exterior (Siscomex) ........................................... 17
2.2 Nomenclatura e Classificao de Mercadorias .................................................... 19
2.3 Documentos Referentes ao Exportador ............................................................... 22
2.4 Documentos Referentes ao Contrato de Exportao .......................................... 24
2.5 Documentos Referentes Mercadoria ................................................................ 27
2.6 Erros mais Comuns no Processo de Exportao .................................................. 39
3. COMPETNCIA 03 | CONHECER OS PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS NA
IMPORTAO ......................................................................................................................... 41
3.1 Tipos de Importao: Aspectos Gerais ................................................................. 41
3.2 Licenciamento de Importao .............................................................................. 45
3.3 Despacho de Importao ..................................................................................... 48
3.4 Declarao Simplificada de Importao .............................................................. 51
3.5 Clculo de Preo de Mercadoria Importada ....................................................... 56
3.6 Conhecer e Evitar Erros mais Comuns no Processo de Importao .................... 59
4. COMPETNCIA 04 | CONHECER OS INCOTERMS ............................................................... 62
4.1 Conceito e Origem ................................................................................................ 62
4.2 Classificao e Aplicao ...................................................................................... 65
4.3 Estratgia de Escolha e Erros ............................................................................... 78
4.3.1 Estratgia de Escolha dos Incoterms ................................................................. 78
4.3.2 Erros comuns no uso dos incoterms ................................................................. 79
5. COMPETNCIA 05 | CONHECER AS FORMAS DE PAGAMENTO ......................................... 81
5.1 Pagamento Antecipado ........................................................................................ 82
5.2 Remessa Direta de Documentos (Remessas em Saque) ...................................... 835.3 Cobrana Documentria ...................................................................................... 85
Sumrio
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Sumrio
5.4 Carta de Crdito ................................................................................................... 88
5.5 Outras Formas de Pagamento .............................................................................. 91
6. COMPETNCIA 06 | CONHECER O TRATAMENTO TRIBUTRIO ......................................... 946.1 Impostos Que Incidem Sobre o Processo de Importao e Exportao .............. 94
6.2 Regimes Aduaneiros Especiais ........................................................................... 101
7. COMPETNCIA 07 | CONHECER O FINANCIAMENTO EXPORTAO ............................ 107
7.1 Conceito e Tipos de Financiamentos.................................................................. 107
7.2 Financiamentos de Crditos Comerciais ............................................................ 108
7.2.1 Adiantamento de Contrato de Cmbio (ACC) ................................................. 108
7.2.2 Adiantamento sobre Cambiais Entregues (ACE) ............................................. 111
7.3 Financiamentos de Crditos Oficiais .................................................................. 113
7.3.1 Financiamento s exportaes pelo Banco Nacional de Desenvolvimento
Econmico e Social (Programa BNDES- Exim). ......................................................... 113
7.3.2 Programa de Financiamento s Exportaes (PROEX) ................................... 116
7.3.2.1 Modalidade de Financiamento .................................................................... 116
7.3.2.1.1.PROEX Financiamento ............................................................................... 116
7.3.2.1.2 PROEX Financiamento Produo Exportvel (PROEXFPE) .................... 119
7.3.2.2 PROEX Equalizao ....................................................................................... 120
7.3.3 PROGER Exportao ........................................................................................ 122
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ............................................................................................ 124
SITES GERAIS RELACIONADOS AO TEMA COMRCIO EXTERIOR. ......................................... 128
CURRCULO DO PROFESSOR-PESQUISADOR ........................................................................ 129
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Competncia 01
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Sistema de Comrcio Exterior
INTRODUOOl! Seja bem vindo disciplina de Sistemtica de Comrcio Exterior. A partir
de agora iremos iniciar uma fascinante viagem ao universo do comrcio
internacional.
Primeiro vamos entender o conceito de comrcio exterior. O comrcio
exterior compreende toda a troca de mercadorias, bens e servios entre um
vendedor e um comprador que esto localizados em pases distintos.
Segundo Soares (2004), o comrcio exterior pode ser considerado como uma
operao de compra e venda internacional, entre agentes que esto em dois
ou mais pases diferentes, onde ocorrer um transporte internacional e
tambm um retorno financeiro, com a troca do cmbio.
No entanto para que estas trocas ocorram, est envolvido um grande nmero
de pessoas, empresas, rgos nacionais e internacionais e uma srie de regrasnecessitam ser cumpridas para que esta compra ou venda seja efetuada. O
quadro abaixo poder explicar melhor esta complexidade de relaes no
comrcio internacional.
Figura 1Universo do comrcio exteriorFonte: Adaptado do curso de comrcio exterior da DLA Internacional, 2004.
Dica: Quem est
vendendo, estexportando. Quemcompra estimportando.
Logo:vendedor =exportador
comprador =importador
Vendedor
Exportador Comprador
Importador
Pas
Exportador
Pas
Importador
Banco
Exportador
Banco
Importador
Transporte Internacional
Organismos e Acordos InternacionaisIncoterms 2010
Despachantes, portos ,aeroportos
Terminais, Transporte interno
Documentos/Garantias/Pagamento
Aduana Aduana
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Como o vendedor e o comprador esto em pases diferentes, temos que
conhecer as leis, regras de fiscalizao na aduana e a cultura de cada pas,antes de fechar o negcio. Deve-se tambm adotar e comercializar os
produtos dentro dos princpios das normas internacionais da Organizao
Mundial do Comrcio. Os prestadores de servios como transportadores,
despachantes, terminais terrestres, porturios ou aeroporturios, devero ser
nacionais e internacionais, tornando assim a operao mais onerosa. Existe
tambm a interrelao com bancos do pas do exportador e do pas do
importador, pois cada pas tem sua moeda prpria e necessrio fazer a troca
da moeda para utilizao domstica. Enfim uma srie de intervenientes sero
envolvidos, tornando assim a simples operao de compra e venda uma
transao bem mais complexa e que envolve vrios fatores para se
concretizar.
Para realizar as operaes de compra e venda no comrcio internacional, faz-
se necessrio entender todos os procedimentos da Sistemtica do Comrcio
Exterior, estes conhecimentos sero aprendidos no desenvolvimento destecaderno de estudo e so:
COMPETNCIA 01 | CONHECER A FORMAO DE PREO DA EXPORTAO
nesta competncia iremos entender como funciona a formao de preos
para exportao e quais fatores influenciam na composio do preo.
COMPETNCIA 02 | CONHECER OS PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS NA
EXPORTAO. _ Nesta, iremos entender todos os procedimentos do processode exportao, os documentos necessrios, o sistema, e os possveis erros no
processo de exportao.
COMPETNCIA 03 | CONHECER OS PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS NA
IMPORTAO. Nesta, iremos entender todos os aspectos gerais do processo
de importao, os documentos necessrios, preo e os possveis erros no
processo de importao.
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Competncia 01
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Sistema de Comrcio Exterior
COMPETNCIA 04 | CONHECER OS INCOTERMS Nesta, vamos conhecer os
Incoterms, termos de comrcio internacional que facilitam as operaes docomrcio internacional.
COMPETNCIA 05 | CONHECER AS FORMAS DE PAGAMENTO _ Nesta, iremos
aprender quais as formas de pagamento que so utilizadas nas operaes de
comrcio internacional.
COMPETNCIA 06 | CONHECER O TRATAMENTO TRIBURIO Nesta
competncia sero apresentados os tributos que influenciam no processo deimportao e exportao.
COMPETNCIA 07 | CONHECER O FINANCIAMENTO EXPORTAO- Nesta
competncia, conheceremos os tipos de financiamentos para exportao
existentes no Brasil. Exemplo: PROEX, BNDES-EXIM e outros.
Figura 2- Professor, aluno e o mundoFonte: Figura do clip-art
Agora vamos seguir em frente?
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Tcnico em Logstica
Competncia 01
1. COMPETNCIA 01 | CONHECER A FORMAO DE PREO DA
EXPORTAO
1.1 Determinao do Preo
Antes de comearmos a entender como feita a determinao do preo,
precisamos esclarecer o conceito do preo e sua influncia no sucesso ou
fracasso da negociao.
Sabemos que ter um bom preo fundamental, mas voc sabe o conceito de
preo? Se voc pesquisar no dicionrio ir encontrar o seguinte conceito:
Preo: Quantia estipulada pelo vendedor para se adquirir alguma mercadoria
ou servio que ele oferece. (Dicionrio escolar da lngua portuguesa,
Academia Brasileira de Letras. 2008, p.1016).
Analisando o conceito sob o ponto de vista contbil, Crepaldi define:
O preo um dos principais indicadores de valor queuma empresa entrega a seus clientes. Ele a expressodo valor monetrio dos benefcios que a empresaacredita que seus produtos trazem para o cliente.(CREPALDI, 2010 p.358).
No contexto internacional, o preo pode ser o fator que define a entrada em
um determinado mercado ou no. Mas tambm so influenciados por outrosfatores externos (incentivos fiscais, taxas de cmbio, legislao do pas do
importador, etc.), que no esto sob o controle do vendedor (exportador).
J De acordo com Faro (2010), o preo do produto exportado dever
proporcionar competitividade ao produto no mercado externo e no
comprometer a sade econmica e financeira do exportador.
Bom, j entendemos que o preo fundamental para o sucesso daexportao, mas como determinar o preo?
Consultar o sitewww.aprendendoa
exportar.gov.br noitem formao de
preo
http://www.aprendendoaexportar.gov.br/http://www.aprendendoaexportar.gov.br/http://www.aprendendoaexportar.gov.br/http://www.aprendendoaexportar.gov.br/ -
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Competncia 01
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Competncia 01
O primeiro passo para determinar o preo de exportao entender o seu
produto e os custos para a sua produo, transporte, despesas de vendas,entre outros. No entanto, no podemos praticar os mesmos preos do
mercado interno, pois os fatores que compem os preos domsticos so
diferentes do internacional.
No mercado interno o preo composto pelos seguintes fatores
Figura 3: Esquema demonstrativo do preo de venda no mercado interno.Fonte: Adaptado de Ricardo e Ftima Faro (2010 p. 78).
No mercado externo o preo composto pelos seguintes fatores
Figura 4: Esquema demonstrativo do preo de venda no mercado externo.Fonte: Adaptado de Ricardo e Ftima Faro (2010 p. 78).
Preo Mercado Interno =Matriaprima e Mo de obra
+
Custos indiretos de fabricao
+
Despesas comerciais, administrativas e
financeiras
+
Tributao e Lucro
Os impostos queincidem no preo doproduto no mercado
interno so:IPI (imposto sobre
produtosindustrializados)
ICMS (Imposto sobrecirculao demercadoria e
servio)PIS (Programa deIntegrao Social)
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Tcnico em Logstica
Competncia 01
Soares (2010) relaciona quatro elementos principais para se montar o clculo
do preo do produto ou servio exportado, tais elementos esto relacionadosno quadro abaixo
Quadro 1: Elementos para a composio do preo para o mercado externo.Fonte: Adaptado de SOUSA (2010, p. 144-145).
Para conseguirmos determinar o preo e o volume mnimo que devero ser
vendidos para que a empresa no tenha prejuzo na operao, podemos
calcular o preo com base no ponto de equilbrio.
O ponto de equilbrio de vendas representa a quantidade mnima de um
determinado produto e o preo mnimo, para que a margem comercial seja
igual a zero. (SOUSA, 2010) Ou seja, o preo e quantidade mnima para que
a empresa no mnimo pague seus custos e despesas.
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Competncia 01
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Sistema de Comrcio Exterior
Competncia 01
A frmula de clculo simples, mas necessrio ter bem definidos os custos
fixos e variveis e o preo unitrio de cada produto
Segue abaixo a frmula usada para definir o Ponto de Equilbrio
Frmula 1: Ponto de EquilbrioFonte: Adaptado de SOUSA, 2010. P. 148.
Exemplo: A empresa Vinho do Mundo S.A., pretende entrar no mercado da
China, e vender cada garrafa do vinho A por R$50. O custo varivel unitrio
de R$ 10 e o custo fixo anual de R$ 150.000. Qual dever ser o ponto de
equilbrio?
PE= ?
CF( custo fixo total)= R$ 150.000
CVu( Custo varivel unitrio)= R$10
Vu (preo unitrio do produto)= R$ 50
Logo: PE = C.F
Vu- CVu
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Competncia 01
PE = 150.000 = 150.000 = 3750 unidades
50-10 40
Suponhamos que para outro produto (Vinho B) a empresa Vinho do Mundo j
saiba o Ponto de Equilbrio de 5000 unidades, tenha um custo varivel de R$
15 e tenha um custo fixo total de R$ 100.000 e precise saber qual ser o preo
unitrio. Como podemos calcular? simples, basta inverter a frmula:
Frmula 2: Valor unitrio de venda
Fonte: Adaptado de SOUSA, 2010. P. 150.
Ento, se:
PE= 5000 uni
CF= R$ 100.000
CVu= R$15
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Competncia 01
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Competncia 01
Vu= 100.000 + 15 = 20 + 15 = 35 => O preo de venda ser R$35,00
5000
Desta forma, conclumos que para determinar o preo de exportao ser
necessrio levantar todos os custos fixos e variveis, internos e externos para
podermos montar um preo que pague os gastos e proporcione o lucro
1.2 Fatores que Influenciam o Preo de Exportao
Como foi visto no tpico anterior existem fatores que influenciam asexportaes, que no esto sobre o controle do exportador. Como exemplos
destes fatores, podemos citar: as flutuaes cambiais, fatores legais,
comerciais, culturais e polticos.
Para Sousa (2010), antes de determinar os preos preciso levar em conta os
seguintes fatores:
1.Converso de moeda no pas importador;
2.Escassez de controle sobre o preo imposto pelos intermedirios
(dependendo da estratgia de venda selecionada);
3.Custos adicionais: transportes, seguros, despesas na alfndega, etc.;
4.Margens para o importador, para o atacadista e para o varejista
(dependendo do canal de distribuio escolhido);
5.O risco global, como barreiras tcnicas e tarifrias impostas por alguns
governos para proteger a indstria local.
O primeiro fator da lista acima extremamente influenciado pela variao da
taxa de cmbio. E esta sofre influncia da economia nacional e internacional.
Falando em cmbio, voc sabe o que Taxa de Cmbio?
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Competncia 01
Figura 5: CmbioFonte: http://www.agkcorretora.com.br/2014
Taxa de cmbio compreende a taxa que define quanto vale a unidade de
moeda estrangeira em relao moeda nacional. Ex.: U$ 1 = R$ 2,40.
No Brasil o cmbio controlado pelo Banco Central. O governo dono de
todas as divisas (moedas estrangeiras) do pas.
De acordo com Maia (2010), o monoplio cambial brasileiro, funciona da
seguinte forma:
Entradas de divisas: quando ocorrem operaes de exportao ou
entrada de capitais estrangeiros, os bancos credores devero
vender estas divisas ao Banco Central, sendo assim ocorre o repasse
cambial.
Sada de divisas: quando ocorre uma operao de importao, o
banco que remeter as divisas do exterior dever comprar ao Banco
Central a moeda estrangeira necessria para liquidar a operao de
cmbio. Sendo assim ocorre a cobertura cambial.
Devido a este controle da moeda quando exportamos, temos que fazer a
troca da moeda no banco, operao chamada de fechamento de cmbio.
Ento, se no ato do fechamento do cmbio a cotao da taxa de cmbioreferente moeda em que a operao foi negociada estiver menor do que no
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Competncia 01
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Competncia 01
dia da negociao, o exportador ir receber menos pela venda. Mas se a
cotao estiver maior ele receber um valor maior. Por este motivo, quando ataxa de cmbio da moeda estrangeira est em alta, aumentam as
exportaes.
Os custos adicionais, tambm influenciam bastante na composio do preo
de exportao. Este fator composto por custos com transporte, seguro,
despesas alfandegrias, despesas em terminais, etc. Estes custos sero ou no
de responsabilidade do exportador, dependendo do incoterm, que foi
definido no ato na negociao da compra e venda do produto.
Incotermsso termos internacionais de comrcio, propostos pela Cmara de
Comrcio Internacional - CCI, com o objetivo de facilitar o comrcio entre
vendedores e compradores de diferentes pases. (CAMEX BRASIL, 2014)
Os Incoterms tambm so conhecidos como clusulas de preo, pois
dependendo da opo que for escolhida, ir determinar que itens de
operao sejam adicionados ao preo final. (FARO R.; FARO F., 2010)
Na prtica, os incoterms servem para definir responsabilidades, direitos e
deveres entre o exportador e o importador na operao logstica
internacional.
Enfim, estes so fatores que devem ser analisados antes da determinao do
preo, para que o exportador possa entrar no mercado com um preocompetitivo. Os incoterms sero estudados mais detalhadamente na
competncia quatro.
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Competncia 01
1.3 Metodologia para a Fixao do Preo de Exportao, com Base no Preo
do Produto no Mercado Interno
Figura 6: preo no alvoFonte:http://www.benitopepe.com.br,2012
Fixao de preos de exportao so estratgias adotadas pelas empresas
para definirem os valores que sero praticados no mercado internacional.
Conforme o programa do governo no portal Aprendendo a Exportar (2014),
existem alguns mtodos para fixao de preos, os mais utilizados so:
Valor presumido de um produto - A fixao do preo baseia-se na
percepo que se tem com relao a determinado grupo de produtos
que, por serem exticos ou nicos, parecem mais caros para os
consumidores do que outros produtos que no tm esse apelo;
Seguir o lder - Este um dos mtodos menos arriscados e maisutilizados por exportadores iniciantes que ainda no tm uma noo
muito clara do mercado que est ingressando. Os preos so fixados
com base nos praticados pelos lderes no mercado-alvo. (APRENDENDO
A EXPORTAR disponvel em www.aprendendoaexportar.gov.br, acesso
em 28/02/ 2014).
http://www.benitopepe.com.br/http://www.benitopepe.com.br/http://www.benitopepe.com.br/http://www.aprendendoaexportar.gov.br/http://www.aprendendoaexportar.gov.br/http://www.benitopepe.com.br/ -
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Competncia 01
De acordo com Sousa (2010, p.151), so trs as estratgias gerais para fixao
de preos que so aplicadas pelas empresas brasileiras.
1.Preo- padro (em todos os mercados mundiais)
2.Preo adaptado (preo de exportao diferente do mercado interno);
3.Preo adaptado a cada mercado individualmente.
A primeira estratgia de fixao, preo-padro, consiste em aplicar o mesmopreo independente do mercado em que a empresa atua. Em outras palavras,
vender o produto pelo mesmo preo independente do cliente. Monta-se o
preo apenas baseado em custos fixos e variveis.
Vamos comentar logo a terceira, pois a segunda a estratgia que toma por
base o preo do mercado interno, e mais usada e abordaremos por ltimo.
A terceira estratgia, preo adaptado a cada mercado, toma por base
questes mercadolgicas como: segmentao de mercado, clientes
estratgicos, demanda etc. Sendo assim ela varivel de empresas a
empresa.
A segunda estratgia, preo adaptado, consiste em usar um preo de
exportao diferenciado do preo do mercado interno. SOUSA (2010)
considera que esta estratgia pode ser dividida em dois tipos:
Mtodo de custos real: calculado somando todos os custos que a
empresa tem tanto do mercado interno quanto externo. Neste mtodo
o custo do produto pode se tornar muito caro e o exportador perder a
competitividade no mercado externo. Em alguns casos, o clculo feito
tomando por base os custos e aplicando um valor adicional (mark-up),
em cima do preo.
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Competncia 01
Mtodo de custos marginais: calculado apenas somando os custos de
fabricao e os custos de exportao, os custos fixos sodesconsiderados, pois so alocados no mercado interno.
Para as pequenas empresas que desejam entrar no comrcio internacional, a
forma mais simples de compor o preo de exportao tomar por base o
preo de venda do produto no mercado interno.
Conforme apresentado por SOUSA (2010, p.155) a estrutura de clculo desta
metodologia toma por base as seguintes premissas:
Excluso dos elementos que compem normalmente o preo do
produto no mercado interno, mas no estaro presentes no preo da
exportao (como os impostos, ex.: ICMS, PIS, IPI, etc.)
Incluso das despesas que no integram a composio do preo
interno, mas faro parte do preo de exportao, na modalidade FOB
(Por exemplo, gastos com transporte at o porto de embarque,
embalagem e comisso de agentes no exterior).
Logo, podemos concluir que o mtodo utilizado para a fixao de preo
depender do porte da empresa (pequena, mdia ou grande) e da estratgia
adotada para a entrada e permanncia do mercado internacional.
Vamos seguir nossa viagem rumo Competncia 2, para conhecer os
processos administrativos da exportao.
FOBFree onBoard (livre a bordodo navio): significaque o exportador
ir arcar com todasas despesas e o
seguro, para deixar
a carga dentro donavio no porto de
embarque ( pas doexportador),
indicado peloimportador
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Competncia 02
2. COMPETNCIA 02 | CONHECER OS PROCEDIMENTOS
ADMINISTRATIVOS NA EXPORTAO
2.1 Sistema Integrado de Comrcio Exterior (Siscomex)
No Brasil, o rgo que controla e fiscaliza a entrada e sada de mercadorias a
Receita Federal, atravs dos seus auditores fiscais, que trabalham na
alfndega inspecionando, liberando ou apreendendo mercadorias nas
fronteiras, portos e aeroportos do pas.
Em 1993 com a finalidade de auxiliar na fiscalizao, tornar o processo mais
gil, menos burocrtico e mais eficiente, o governo, decidiu criar o Sistema
Integrado de Comrcio Exterior SISCOMEX, como forma de informatizar as
etapas da exportao.
De acordo com Ricardo e Ftima Faro (2010) at 1992, o licenciamento das
exportaes e importaes era realizado por intermdio de formulrios paraestes fins, com emisso de muitas vias tornando o processo extremamente
burocrtico e arriscado
O processo de implantao foi realizado em etapas, primeiro a exportao e
depois a importao. O SISCOMEX foi implantado no primeiro dia til de 1993.
Inicialmente, esteve disponvel o Mdulo Exportao, e apenas em 1997,
que o Mdulo Importao foi disponibilizado. (FARO R.; FARO F., 2010)
Em 2008 foi realizada integrao do SISCOMEX com o Sistema Mercante
(Sistema informatizado do Departamento de Fundos da Marinha Mercante -
DEFRMM), sendo criado o SISCOMEX CARGA. Este sistema permitiu que, alm
do controle das cargas, a Receita Federal tambm pudesse acompanhar todas
as entradas e sadas das embarcaes (navios de carga) nos portos
alfandegados, possibilitando um maior controle na fiscalizao de
importaes e exportaes, via martima.
Por meio do
Sistema Mercado
gerada a cobrana
do Adicional aoFrete para a
Renovao daMarinha MercanteAFRMMincide
sobre o frete, que a remunerao do
transporteaquavirio da carga
de qualquernatureza, ovao dafrota descarregadaem porto brasileiro.Com a finalidade de
arrecadar fundospara a renovao
da frota deembarcaes
brasileiras(Lei10.893, de julho
de 2004)
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Tcnico em Logstica
Competncia 02
O SISCOMEX foi elaborado pelo Servio Nacional de Processamento de Dados
- SERPRO, empresa ligada ao Ministrio da Fazenda responsvel pelodesenvolvimento e controle das tecnologias de informao para o servio
pblico. (SEPRO, 2014)
Para uma empresa exportadora ou importadora obter acesso ao SISCOMEX
ela ter que primeiro fazer o cadastramento na Receita Federal e depois ir ao
SERPRO de sua regio para obter o certificado digital (que ser liberado para o
CPF do representante legal da empresa) e o programa do sistema que ser
instalado no computador do usurio. Para credenciamento junto Receita
Federal os exportadores, como pessoas jurdicas, devero se inscrever no
Registro de Exportadores e Importadores - REI, na Secretria de Comrcio
Exterior- SECEX do Ministrio das Relaes Exteriores (FARO R.; FARO F.
2010).
Com o SISCOMEX, a Receita Federal acompanha, em tempo real, cada etapa
do processo de exportao. A incluso de dados no sistema comea com o
exportador; depois o despachante acessa o sistema e com base nas
informaes do exportador inicia-se o processo de despacho aduaneiro; o
porto, aeroporto ou armazm alfandegado, informa quando a carga foi
depositada; aps estas etapas os auditores fiscais da Receita Federal fazem as
conferncias finais e o sistema informa se a carga est liberada ou no para
embarque.
Segue abaixo uma figura que mostra o layout do Siscomex exportao web
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Sistema de Comrcio Exterior
Competncia 02
Figura 7: tela do SISCOMEXFonte:http://www.desenvolvimento.gov.br/arquivos/dwnl_1286802323.pdf. 2014.Acesso em14/03/14.
2.2 Nomenclatura e Classificao de Mercadorias
No mundo moderno, a maior parte dos objetos possuem um cdigo
numrico, os produtos possuem cdigo de barra, os carros placas e at
mesmo as pessoas possuem um cdigo, os documentos de identificao
(Registro Geral RG e Cadastro de Pessoa Fsica CPF). Estes cdigos so
individuais e servem para distinguir um objeto ou pessoa da outra.
Da mesma forma ocorre no mercado internacional. Cada produto possui um
cdigo para identific-lo e facilitar as negociaes e a conferncia pelas
alfndegas do mundo todo. Pois imagine como seria difcil identificar o
produto, quando cada exportar pode descrever o seu produto de forma
diferente. Por exemplo, um exportador de acar pode descrever seu
produto, como: produto derivado da cana de acar usado para alimentos, eoutro exportador poder descrever o mesmo tipo de acar como: granulado
http://www.desenvolvimento.gov.br/arquivos/dwnl_1286802323.pdf.%202014http://www.desenvolvimento.gov.br/arquivos/dwnl_1286802323.pdf.%202014http://www.desenvolvimento.gov.br/arquivos/dwnl_1286802323.pdf.%202014http://www.desenvolvimento.gov.br/arquivos/dwnl_1286802323.pdf.%202014 -
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Competncia 02
de cana de acar branco. Assim ficaria difcil para um importador e para um
fiscal na alfndega identificar se os produtos so iguais ou no. Alm do mais,temos que levar em considerao as diferenas culturais, do idioma, das
unidades de medidas (centmetros, ps, etc.) e outros fatores que influenciam
na descrio do produto.
Com o objetivo de facilitar e padronizar a identificao dos produtos no
mbito mundial foi criado um sistema de codificao, o Sistema
Harmonizado de Designao e de Codificao de Mercadorias, ou
simplesmente Sistema Harmonizado (SH). O mesmo foi criado no Brasil pelo
Decreto n 97.409, de 23 de dezembro 1988.
O Sistema Harmonizado foi implantado no comrcio internacional pelo ento
Conselho de Cooperao Aduaneira (CCA), estabelecido em Bruxelas, na
Blgica em 1983. Atualmente este organismo internacional chama-se
Organizao Mundial de Alfndegas (OMA), com a finalidade de facilitar,
padronizar e buscar constantemente melhorias aos processos de controle
alfandegrios, uma vez que todos os pases-membros passam adotar o
Sistema Harmonizado para codificar os produtos (FARO R.; FARO F., 2010).
Conforme descrito pelo Ministrio de Desenvolvimento e Comrcio Exterior
MDIC (2014) o Sistema Harmonizado (SH) abrange:
Nomenclatura Compreende 21 sees, composta por 96 captulos,
alm das Notas de Seo, de Captulo e de Subposio. Os captulos, porsua vez, so divididos em posies e subposies, atribuindo-se cdigos
numricos a cada um dos desdobramentos citados. Enquanto o
Captulo 77 foi reservado para uma eventual utilizao futura no SH, os
Captulos 98 e 99 foram reservados para usos especiais pelas Partes
Contratantes. O Brasil, por exemplo, utiliza o Captulo 99 para registrar
operaes especiais na exportao;
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Sistema de Comrcio Exterior
Competncia 02
Regras Gerais para a Interpretao do Sistema Harmonizado
Estabelecem as regras gerais de classificao das mercadorias naNomenclatura;
Notas Explicativas do Sistema Harmonizado (NESH) Fornecem
esclarecimentos e interpretam o Sistema Harmonizado, estabelecendo,
detalhadamente, o alcance e contedo da Nomenclatura.
Visando facilitar a circulao e comercializao dos produtos entre os pases
que compem o bloco econmico Mercado Comum do Sul - MERCOSUL os
pases pertencente a este bloco em 1995 criaram um sistema de codificao
baseado no Sistema Harmonizado, chamado Nomenclatura Comum do
MERCOSUL (NCM/SH).
A Nomenclatura Comum do MERCOSUL (NCM) formada por oito dgitos,
onde os seis primeiros so formados pelo Sistema Harmonizado,
correspondente ao captulo, posio e subposio, enquanto o stimo e
oitavo dgitos correspondem a desdobramentos especficos atribudos no
mbito do MERCOSUL (FARO R.; FARO F., 2010).
A sistemtica de classificao dos cdigos na Nomenclatura Comum do
MERCOSUL (NCM) obedece seguinte estrutura:
Figura 8 : NCM, estrutura de classificao.FONTE: MDIC-www.desenvolvimento.gov.br,2014.
Segue abaixo, um exemplo apresentado por Ricardo e Ftima Faro (2014, p.
30), que descreve o produto creme de leite UHT( ultra high temperature), no
Para identificar oNCM correto paraum determinado
produto Consultaro site:
http://www4.receita.fazenda.gov.br/simulador/Pesquisar
NCM.jsp
http://www.desenvolvimento.gov.br/http://www.desenvolvimento.gov.br/http://www.desenvolvimento.gov.br/http://www4.receita.fazenda.gov.br/simulador/PesquisarNCM.jsphttp://www4.receita.fazenda.gov.br/simulador/PesquisarNCM.jsphttp://www4.receita.fazenda.gov.br/simulador/PesquisarNCM.jsphttp://www4.receita.fazenda.gov.br/simulador/PesquisarNCM.jsphttp://www4.receita.fazenda.gov.br/simulador/PesquisarNCM.jsphttp://www4.receita.fazenda.gov.br/simulador/PesquisarNCM.jsphttp://www4.receita.fazenda.gov.br/simulador/PesquisarNCM.jsphttp://www4.receita.fazenda.gov.br/simulador/PesquisarNCM.jsphttp://www4.receita.fazenda.gov.br/simulador/PesquisarNCM.jsphttp://www.desenvolvimento.gov.br/ -
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Competncia 02
concentrado nem adicionado de acar ou de outros edulcorantes, com um
teor, em peso de matrias gordas, superior a 6%:
Cdigo NCM: 0401.30.21
Captulo 04 - leite e laticnios: ovos de aves; mel natural; produtos
comestveis de origem animal; no especificados, nem compreendidos
em outros captulos;
Posio 0401 - Leite e creme de leite, no concentrados nem
adicionados de acar ou de outros edulcorantes; Suposio 0401.30 - Com um teor, em peso, de matrias gordas,
superior a 1 %, mas no superior a 6 %;
Item 0401.30.2 - creme de leite;
Subitem 0401.30.21 - UHT( ultra high temperature).
O NCM, tambm usado para codificar as mercadorias no Brasil na emisso
das notas fiscais eletrnicas, pois para emitir o Documento Auxiliar da Nota
Fiscal Eletrnica - DANFE necessrio incluir o cdigo do produto.
de extrema importncia definir o cdigo correto para o produto, seja ele o
SH ou o NCM. Pois, caso seja definido um cdigo que no corresponda ao
produto, o exportador poder no conseguir fechar a venda ou a carga ficar
retida na alfndega do pas de destino e estas ocorrncias iro gerar um custo
maior ou prejuzos para os exportadores.
2.3 Documentos Referentes ao Exportador
Para iniciar o procedimento de exportao a empresa necessita se cadastrar
no Registro de Exportadores e Importadores - REI e no Registro e
Rastreamento da Atuao dos Intervenientes Aduaneiros, o RADAR.
Conforme relatado na Portaria n 23 do cadastro Registro de Exportadores e
ImportadoresREI:
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Competncia 02
Alm destes cadastros o exportador dever ir Junta Comercial para alterar a
sua atividade comercial no Cadastro Nacional de Pessoa Jurdica- CNPJ. Aps arealizao de todos estes registros o exportador estar apto para iniciar o
processo administrativo da exportao.
2.4 Documentos Referentes ao Contrato de Exportao
No ato da negociao entre o exportador e o importador faz-se necessrio
emitir alguns documentos que se referem ao contrato entre vendedor e
comprador. Estes documentos so: Fatura Pro Forma, Carta de crdito, Letrade Cmbio e Contrato de Cmbio.
Fatura Pro Forma: este documento enviado pelo exportador para o
importador no ato da negociao, antes do fechamento do negcio. Ela
funciona como um documento de cotao, aonde o exportador ir passar as
informaes sobre o produto, condies de venda definindo um incoterms,
uma espcie de espelho da nota fiscal. Com este documento o importador ir
analisar e posteriormente responder com o de acordo ou no referente
negociao. Mas ateno, pois este documento no tem valor fiscal, ele no
a nota fiscal, apenas uma cotao.
Segue na prxima pgina um exemplo deste documento.
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Sistema de Comrcio Exterior
Competncia 02
Figura 9 : Fatura Prof. FormaFonte: http://www.aprendendoaexportar.gov.br, 2014.
Carta de Crdito: corresponde a um tipo de modalidade de pagamento,
frequentemente usada no comrcio internacional, com a participao do
banco do exportador e do importador. A carta de crdito (letter of credit)
um documento emitido para um banco garantindo o pagamento damercadoria negociada pelo importador, mediante o cumprimento de
condies (preestabelecidas) por parte do exportador. (Redeagentes- MDIC,
2006). As modalidades de pagamento sero detalhadas da competncia 5.
Letra de Cmbio: um documento que representa a ordem de saque por
parte do exportador. Trata-se de um documento que contempla os seguintes
dados: nmero, praa, data da emisso, data de vencimento e beneficirio.
Representa o direito do exportador s divisas vinculadas a uma venda no
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Tcnico em Logstica
Competncia 02
mercado externo (FARO R.; FARO F., 2010).
Contrato de Cmbio: um documento feito entre o exportador e uma
instituio financeira, com a finalidade deixar por escrito os termos da
operao de troca de moeda estrangeira pela moeda nacional (FARO R.; FARO
F., 2010).
Segue abaixo modelo deste documento:
Figura 10: Contrato de CmbioFonte: http://www.aprendendoaexportar.gov.br, 2014
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Sistema de Comrcio Exterior
Competncia 02
Todos estes documentos so elaborados no processo de negociao com o
importador e so importantssimos para o sucesso das demais etapas daexportao.
2.5 Documentos Referentes Mercadoria
Aps o processo de negociao entre o exportador e importador ser finalizado
e a venda ser efetivada, chega o momento de operacionalizar o embarque da
mercadoria vendida. O vendedor ir agora produzir e embarcar a mercadoria
vendida. Para este processo ele ter que emitir diversos documentos queformalizam a exportao. Segue abaixo cada documento e suas definies e
aplicaes.
Registro de Exportao (RE): um documento emitido eletronicamente que
consolida todas as informaes de uma exportao. Aps o cadastro e
aquisio do sistema SISCOMEX, o exportador ir acessar o sistema e
preencher os dados para a emisso do Registro de Exportao - RE. O
exportador dever transcrever as informao da Fatura Pro Forma, como:
dados do importador (nome, pas, endereo, contato, etc.), dados financeiros
(valor da operao e moeda acordada) e toda a descrio da carga. Aps
preencher todos estes dados, o sistema ir gerar o Registro de Exportao.
Este o documento que inicia o processo administrativo da exportao, a
partir da a Receita Federal comea a fazer o controle fiscal , aduaneiro e
cambial do processo de exportao. Com a numerao do RE que o
despachante conseguir iniciar o processo de despacho aduaneiro.
Segue na prxima pgina um modelo de RE:
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Competncia 02
Figura 11 : Registro de ExportaoFonte:www.aprendendoaexportar.gov.br, 2014.
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Competncia 02
Registro de Operaes de Crdito (RC): representa o conjunto de
informaes comerciais, financeiras e cambial em relao a uma exportaofinanciada, que dever ser emitido antes do Registro de Exportao-RE (nos
casos da exportao financiada). Corresponde a um documento eletrnico
que autoriza a concesso de prazo para pagamento da exportao com prazo
superior a 360 dias. (FARO R.; FARO F., 2010)
Registro de Vendas (RV): documento que detalha informaes referentes
exportao de commodities ou de produtos negociados em bolsa de valores.
Tambm dever ser emitido antes do RE. (REDEAGENTES- MDIC, 2006)
Registro Simplificado de Exportao (RES) - Simplex: o registro especfico
para operaes de exportaes com valores limitados at US$ 50.000 (
cinquenta mil dlares) ou equivalente a outra moeda(FARO R.; FARO F.,
2010, p. 48).
Nota Fiscal Interna: Para transitar a carga dentro do territrio brasileiro at a
cidade de fronteira internacional, o porto ou aeroporto de embarque,
necessrio a emisso da nota fiscal (nacional), pois os documentos
internacionais no so vlidos para circulao no Brasil.
Fatura Comercial (Commercial Invoice) -Este documento corresponde nota
fiscal internacional o documento fiscal internacional de extrema
importncia para o despacho aduaneiro na origem e no destino. Nele so
descritas as informaes fechadas na negociao, com base na fatura proforma, so dos dados finais da negociao.
Segue na prxima pgina o modelo deste documento:
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Sistema de Comrcio Exterior
Competncia 02
Figura 13: Romaneio (packing list)Fonte: Aprendendo a exportar. Disponvel em:http://www.mdic.gov.br/sistemas_web/aprendex/default/index/popup/id/223,acesso em17/03/2014.
Declarao de Despacho Aduaneiro de Exportao (DDE): este documento
elaborado pelo despachante aduaneiro, com base no Registro de Exportao
RE. A Declarao de Despacho Aduaneiro de Exportao (DDE) o
documento que inicia o processo de Despacho Aduaneiro, o procedimento
documental, pagamento das taxas alfandegrias para a exportao. Conforme
relatado por Ricardo e Ftima Faro (2010, p. 49):
a partir da sua emisso, torna- se possvel adotar osprocedimentos alfandegrios que envolvem odesembarao aduaneiro do produto negociado(examedocumental, verificao de mercadoria, autorizaopara embarque ou transposio de fronteira pelamercadoria e a emisso do comprovante de exportao
CE).
Acesse o link abaixono Portal
Aprendendo a
Exportar paraanalisar as etapasdo processo de
despachoaduaneiro.
http://www.mdic.gov.br/sistemas_web/aprendex/default/index/conteudo/id
/206
http://www.mdic.gov.br/sistemas_web/aprendex/default/index/popup/id/223http://www.mdic.gov.br/sistemas_web/aprendex/default/index/popup/id/223http://www.mdic.gov.br/sistemas_web/aprendex/default/index/popup/id/223 -
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Tcnico em Logstica
Competncia 02
No Brasil para se efetivar o processo de exportao obrigatrio o processo
de despacho aduaneiro, que realizado pelo Despachante (profissionalautnomo, que possui uma habilitao da Receita Federal para efetuar o
processo de desembarao aduaneiro).
Ricardo e Ftima Faro (2010, p. 72 -73) descrevem as cinco etapas do
Despacho Aduaneiro. So estas:
1.Registro da Declarao de Despacho de Exportao (DDE): procedimento
informatizado, a etapa inicial, onde o despachante ir inserir no sistemaSISCOMEX informaes com base no RE. O sistema ir gerar um cdigo
numrico para identificar o processo de exportao.
2.Confirmao da presena de carga e recepo de documentao: aps a
mercadoria ser carregada na empresa do exportador ela seguir para o porto,
aeroporto ou recinto alfandegado (ptios, armazm, terminais de cargas, e
outros locais aonde as mercadorias destinadas s exportao, sob controle
aduaneiro), neste momento registrada a presena de carga. Aps, o
despachante ir coletar os documentos (Nota fiscal, Invoice, Packinglist) e
formalizar junto alfndega entregando os documentos ao fiscal da Receita
Federal na alfndega.
3.Parametrizao e distribuio da DDE: nesta etapa que a Receita Federal,
realiza a fiscalizao aduaneira, analisando a documentao e a mercadoria.
Esta fiscalizao feita com o apoio do SISCOMEX. Como todas asinformaes do processo j esto includas no sistema, neste momento o
SISCOMEX, indica automaticamente as cargas que sero fiscalizadas, atravs
de parmetros (como: volume ou valor da exportao, caracterstica da
mercadoria, origem, regularidade fiscal do exportador, etc.) preestabelecidos
pela Receita Federal. De acordo com essa parametrizao as mercadorias
podem ser classificadas em trs canais:
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Sistema de Comrcio Exterior
Competncia 02
Verde: significa que aps a conferncia do sistema, todas as informaes
esto corretas, dentro dos padres de conformidade e a exportao serliberada automaticamente sem a necessidade de anlise dos documentos,
nem da carga.
Laranja: significa que aps a conferncia do sistema, ocorreu divergncia
em algum dos documentos. Neste caso o despachante ter que levar todos os
documentos originais para que o fiscal analise. Aps a conferncia ser dado o
parecer se estar liberar ou no para exportar.
Vermelho: significa que aps a conferncia do sistema, alm da
documentao o fiscal ter que tambm fazer a vistoria fsica da carga, para
confirmar se o que est sendo informado realmente condiz com a carga fsica.
4.Desembarao aduaneiro e registro dos dados para embarque: aps a
anlise destes Canais de parametrizao, se o embarque for aprovado pelo
fiscal da Receita Federal na alfndega gerado o registro numrico do DDE e
a mercadoria liberada para embarque. Neste momento registra-se o
desembarao aduaneiro e o registro de dados para embarque.
5.Averbao de embarque/emisso do Comprovante de Exportao (CE):
consiste na confirmao pelas autoridades aduaneiras (fiscais) que a
mercadoria foi efetivamente embarcada ou realizou a transposio da
fronteira. Ao final do processo o SISCOMEX disponibiliza para o exportador a
emisso do Comprovante de Exportao CE, que atesta a sada da carga dopas de origem.
Declarao simplificada de exportao (DSE): tambm um documento
elaborado pelo despachante no SISCOMEX, mas para exportaes que no
tenham cobertura cambial. Como por exemplo: doaes, ou nos casos de
exportao temporria. Com relao s exportaes com DSE, Ricardo e
Ftima Faro (2010, p.49) descreva:
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Sistema de Comrcio Exterior
Competncia 02
Conhecimento de Embarque Martimo (Bill of Lading - B/L) - usado
exclusivamente para o transporte internacional usando o modal aquavirio
Figura 14: Conhecimento de transporte Martimo ( Bill of lading BL)Fonte:http:/www.mdic.gov.br/sistemas_web/aprendex/default/index/popup/id/339,17/03/2014
http://www.mdic.gov.br/sistemas_web/aprendex/default/index/popup/id/339http://www.mdic.gov.br/sistemas_web/aprendex/default/index/popup/id/339http://www.mdic.gov.br/sistemas_web/aprendex/default/index/popup/id/339http://www.mdic.gov.br/sistemas_web/aprendex/default/index/popup/id/339 -
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Competncia 02
Conhecimento de Embarque Areo (Airway Bill - AWB)- usado
exclusivamente para o transporte
Figura 15: Conhecimento de transporte areo (Airway Bill AWB)Fonte:www.mdic.gov.br/sistemas_web/aprendex/default/index/popup/id/216, 17/03/2014.
http://www.mdic.gov.br/sistemas_web/aprendex/default/index/popup/id/216,%2017/03/2014http://www.mdic.gov.br/sistemas_web/aprendex/default/index/popup/id/216,%2017/03/2014http://www.mdic.gov.br/sistemas_web/aprendex/default/index/popup/id/216,%2017/03/2014http://www.mdic.gov.br/sistemas_web/aprendex/default/index/popup/id/216,%2017/03/2014 -
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Sistema de Comrcio Exterior
Competncia 02
Conhecimento de Transporte Rodovirio (CRT) usado exclusivamente para o
transporte internacional usando o modal rodovirio.
Figura 16: Conhecimento de transporte rodovirio internacionalFonte:www.mdic.gov.br/sistemas_web/aprendex/default/index/popup/id/217. 17/03/2014.
http://www.mdic.gov.br/sistemas_web/aprendex/default/index/popup/id/217.%2017/03/2014http://www.mdic.gov.br/sistemas_web/aprendex/default/index/popup/id/217.%2017/03/2014http://www.mdic.gov.br/sistemas_web/aprendex/default/index/popup/id/217.%2017/03/2014http://www.mdic.gov.br/sistemas_web/aprendex/default/index/popup/id/217.%2017/03/2014 -
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Tcnico em Logstica
Competncia 02
Conhecimento de Transporte Ferrovirio (TIF/DTA - usado exclusivamente
para o transporte internacional usando o modal ferrovirio.
Figura 17: Conhecimento de transporte ferrovirioFonte:www.mdic.gov.br/sistemas_web/aprendex/default/index/popup/id/218,17/03/2014.
Estes documentos devero ser escritos na lngua inglesa ou na do pas do
importador.
http://www.mdic.gov.br/sistemas_web/aprendex/default/index/popup/id/218http://www.mdic.gov.br/sistemas_web/aprendex/default/index/popup/id/218http://www.mdic.gov.br/sistemas_web/aprendex/default/index/popup/id/218http://www.mdic.gov.br/sistemas_web/aprendex/default/index/popup/id/218 -
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Sistema de Comrcio Exterior
Competncia 02
Certificado de Origem: um documento emitido com a finalidade de
assegurar ao importador que a mercadoria originria de um determinadopas. Ela alega a procedncia da carga. No obrigatrio para toda a
exportao, vai depender da exigncia do importador, alfndega de destino
ou particularidade do produto. (FARO R.; FARO F.,2010).
Aps o Despacho ser concludo e a mercadoria ser embarcada o exportador
dever juntar as documentaes e enviar para o importador para que o
mesmo possa iniciar os procedimentos junto alfndega de destino. De todos
os documentos acima, a Fatura Comercial (CommercialInvoice), Romaneio
(Packinglist) e o Conhecimento de Embarque so de extrema importncia
para a nacionalizao da mercadoria no destino, sem eles o importador no
conseguir realizar o processo de nacionalizao.
2.6 Erros mais Comuns no Processo de Exportao
Como foi visto no desenvolver desta competncia o processo administrativo
da exportao bem mais complexo que uma operao de venda interna.
Alm das questes culturais das negociaes, as questes legais e
documentais so mais burocrticas. E para que o processo ocorra sem falhas,
todos os envolvidos devero executar as atividades e emitir os documentos
corretamente, caso contrrio toda a operao poder ser travada ou at
mesmo cancelada pelo importador.
Seguem alguns erros comuns neste processo:
1. Escolher o Cdigo SH ou NCM, inadequado para o produto. Isto pode
ocasionar que seu produto fique retido na alfndega de destino, caso
exista alguma barreira legal para o produto do cdigo (errado)
escolhido ou at mesmo a rejeio do produto por parte do
importador.
2. Incluso de dados errados no Sistema SISCOMEX. Quando o exportador
elabora o Registro de Exportao - RE, os dados inclusos neste
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Tcnico em Logstica
Competncia 02
momento serviro de base para o despacho aduaneiro e se estes dados
estiverem em desacordo com a Fatura Comercial, a mercadoria ficarbloqueada na receita antes do embarque.
3. Divergncia documental no processo de Despacho Aduaneiro de
Exportao. Neste momento o despachante dever conferir todos os
documentos fsicos exigidos para o embarque e todos os dados destes
documentos, devero ser idnticos aos dados que esto registrados no
SISCOMEX. Caso ocorra alguma divergncia dever ser retificada antes
de chegar alfndega.
4. Os documentos Internos: So os documentos para circular com a
mercadoria dentro do Brasil. Mesmo a carga sendo com destino ao
exterior para circular dentro do pas, ser necessrio emitir a nota fiscal
nacional, pois se for transportada sem esta nota fiscal ficar retida no
posto fiscal da Secretria da Fazenda - SEFAZ;
5. Falta de conhecimento da Legislao e procedimentos aduaneiros do
pas do importador. de extrema importncia que o exportador
entenda os procedimentos legais do pas de destino, para poderelaborar os documentos conforme as regras do pas do importador.
Caso o exportador no consiga dominar este assunto, interessante
procurar um parceiro no conhecimento das regras.
6. Atraso no envio dos documentos ao importador. Aps o embarque, o
exportador dever juntar a documentao do processo de exportao e
enviar para o importador. Principalmente a Fatura Comercial
(CommercialInvoice), Romaneio (Packinglist) e o Conhecimento de
Embarque, pois sem estes documentos, em lugar nenhum do mundo, oimportador conseguir nacionalizar a carga.
Enfim o processo de exportao requer muito cuidado e ateno, na
realizao de cada etapa e na emisso da documentao, pois um pequeno
erro poder causar um enorme prejuzo.
Prximo destino da nossa viagem a Competncia 3 , onde iremos conhecer
os processos administrativos da importao.
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Tcnico em Logstica
Competncia 03
necessrias para suprir de alimentos o mercado interno, devido quebra na
produo causada por seca, geada, ou at mesmo como medidas econmicaspara equilibrar o preo do produto do mercado interno. Como exemplo,
temos o caso do feijo, que o governo brasileiro reduziu as taxas (fato
ocorrido em meados do ano de 2013) para estimular a importao e controlar
o preo.
As importaes so necessrias para manter o equilbrio da balana comercial
do pas e o desenvolvimento da economia. No entanto o governo necessita
manter um controle e vigilncia sobre as importaes (atravs da fiscalizao
aduaneira) para que os preos e o volume de importados no prejudiquem a
indstria local.
Segue na prxima pgina uma figura que apresenta a pauta de produtos
importados no Brasil em 2013:
Balana comercial: a diferena entre
o total deexportaes e
importaes dopas.
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Competncia 01
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Sistema de Comrcio Exterior
Competncia 03
Figura 19: Produtos importados no Brasil 2013
Fonte: MDIC-www.desenvolvimento.gov.br,2014.
Conforme analisamos na figura acima o produto que tem uma maior
participao na pauta dos produtos importados, so os combustveis e
lubrificantes. Este dado pode at parecer estranho, pois o Brasil possui jazidasde petrleo e tambm somos exportadores, mas compramos combustveis
(gasolina, diesel, etc.), pois as refinarias que o Brasil possui no refinam o tipo
de petrleo que produzimos. Assim para atender o mercado interno (que est
aquecido tanto pelo aumento dos veculos nas ruas, como pela utilizao de
combustveis nas usinas termoeltricas), o governo necessita importar
combustveis.
Quanto ao tipo, as importaes podem ser classificadas como:
http://www.desenvolvimento.gov.br/http://www.desenvolvimento.gov.br/http://www.desenvolvimento.gov.br/http://www.desenvolvimento.gov.br/ -
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Tcnico em Logstica
Competncia 03
Importao direta: quando o produto vendido diretamente pelo fornecedor
(exportador) estrangeiro para o comprador (importador) brasileiro semintermdio de nenhuma outra empresa.
Importao indireta:quando a operao de compra e venda intermediada
por uma terceira pessoa/empresa, via agente ou trading company (empresa
que compra o produto do exportador e revende para um importador).
De acordo com o SEBRAE, a escolha entre importar mercadoria estrangeira
por conta prpria ou por meio de um intermedirio contratado para esse fim
livre e perfeitamente legal, seja esse intermedirio um prestador de servio,
seja um revendedor. (SEBRAE, 2014)
A Secretaria da Receita Federal reconhece como legal os seguintes tipos de
operaes terceirizadas: importao por conta e ordem; e a importao por
encomenda.
A Importao por conta e ordem de terceiro um servio prestado por uma
empresa (a importadora) a qual promove, em seu nome, o despacho
aduaneiro de importao de mercadorias adquiridas por outra empresa a
adquirente, em razo de contrato previamente firmado, que pode
compreender ainda a prestao de outros servios relacionados com a
transao comercial, como a realizao de cotao de preos e a
intermediao comercial (art. 1 da IN SRF n 225/02 e art. 12, 1, I, da IN
SRF n 247/02). Fonte: Extrado do site da Receita Federal. Disponvel em:
. Acesso em 22/03/14
Importao por encomenda: nesta, a operao cambial para pagamento de
uma importao por conta e ordem pode ser realizada em nome da
importadora ou da adquirente, conforme estabelece o Regulamento do
Mercado de Cmbio e Capitais Internacionais (RMCCI Ttulo 1, Captulo 12,
Seo 2) do Banco Central do Brasil (BACEN). Fonte: Extrado do site da
Receita Federal. Disponvel em:
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Competncia 01
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Sistema de Comrcio Exterior
Competncia 03
Default.asp?Pos=2&Div=Aduana/ContaOrdemEncomenda/ContaOrdem/>.
Acesso em 22/03/14
Da mesma forma da exportao as importaes tambm possuem mtodos
diretos e indiretos para entrada no mercado internacional. Uma empresa
pode ao mesmo tempo ser uma empresa exportadora e tambm
importadora. Por exemplo, uma empresa de baterias automotivas pode
importar o chumbo (uma das matrias-primas da composio) de um
determinado pas e exportar a bateria automotiva (produto acabado) para
outro pas.
3.2 Licenciamento de Importao
Antes de janeiro de 1997, o procedimento de importao era feito em papel
atravs da guia de importao, aps esta data passou a ser feito atravs do
Sistema SISCOMEX, via Licenciamento de Importao. Este procedimento
tornou o processo de importao mais gil, encurtando as etapas do processo
de nacionalizao da carga. (VASQUEZ, 2009)
A Licena de Importao (LI) um documento eletrnico registrado pelo
importador no SISCOMEX, que contm informaes acerca da mercadoria a
ser importada e da operao de importao de maneira geral, tais como
importador, exportador, pas de origem, procedncia e aquisio, regime
tributrio, cobertura cambial, entre outras. (MDIC, 2014).
O licenciamento pode ser dividido em Licenciamento Automtico e
Licenciamento No Automtico e em alguns casos, as importaes so
dispensadas de licenciamento.
No caso de importaes dispensadas de Licenciamento, o importador dever
apenas providenciar a declarao de importao no SISCOMEX e pagar as
devidas taxas que o despacho aduaneiro ser aprovado e a carga poder ser
nacionalizada.
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Tcnico em Logstica
Competncia 03
De acordo com o art. da seo I da Portaria n 35 da SECEX, podemos
considerar os seguintes casos para as importaes dispensadas delicenciamento:
Isob os regimes de entrepostos aduaneiros e industriais;
IIsob o regime de admisso temporria, inclusive de bens amparados pelo
Regime Aduaneiro Especial de Exportao e Importao de Bens Destinados
s Atividades de Pesquisa e de Lavra das Jazidas de Petrleo e de Gs Natural
(REPETRO);
III sob os regimes aduaneiros especiais nas modalidades de loja franca,
depsito afianado, depsito franco e depsito especial alfandegado;
IV de partes, peas e demais componentes aeronuticos voltados
manuteno de aeronaves, novos ou recondicionados, de interesse de
empresas autorizadas pela Agncia Nacional de Aviao Civil - ANAC;
V com reduo da alquota de imposto de importao decorrente da
aplicao de ex-tarifrio *Resoluo n 8, de 23 de maro de 2001, da
Cmara de Comrcio Exterior (CAMEX)];
VI de mercadorias industrializadas, destinadas a consumo no recinto de
congressos, feiras e exposies internacionais e eventos assemelhados,
observado o contido no artigo 70 da Lei n. 8.383, de 30 de dezembro de1991;
VIIpeas e acessrios abrangidos por contrato de garantia;
VIIIdoaes, exceto de bens usados;
IXfilmes cinematogrficos;
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Sistema de Comrcio Exterior
Competncia 03
Xretorno de material remetido ao exterior para fins de testes, exames e/ou
pesquisas, com finalidade industrial ou cientfica;
XIamostras;
XII arrendamento mercantil (leasing), arrendamento simples, aluguel ou
afretamento;
XIIIinvestimento de capital estrangeiro;
XIV produtos e situaes que no estejam sujeitos a licenciamento
automtico e no automtico.
No licenciamento automtico, sero enquadradas as importaes sob o
amparo do regime aduaneiro especial Drawback ou operaes previstas na
tabela de tratamento administrativo do SISCOMEX (FARO R.; FARO F., 2010)
J para os casos de Licenciamento No Automtico, na declarao de
importao, ser informado que o processo necessitar de um controle
especial de algum rgo licenciado (SECEX) ou dos demais rgos federais que
atuem como anuentes.
Conforme Art. 9 da Portaria da SECEX n 35, de 24/11/2006, as importaes
a Licenciamento No Automtico se enquadram nas seguintes operaes:
I de produtos relacionados no Tratamento Administrativo do Siscomex e
tambm disponveis no endereo eletrnico do MDIC para simples consulta,
prevalecendo o constante do aludido Tratamento Administrativo; onde esto
indicados os rgos responsveis pelo exame prvio do licenciamento no
automtico, por produto;
IIas efetuadas nas situaes abaixo relacionadas:
a) sujeitas obteno de cotas tarifria e no tarifria;
DRAWBACK um regime
aduaneiroespecial queconsiste na
suspenso oueliminao de
tributos incidentes
sobre insumosimportados para
utilizao emproduto exportado.
O mecanismofunciona como um
incentivo sexportaes, poisreduz os custos de
produo deprodutos
exportveis,
tornando-os maiscompetitivos no
mercadointernacional.Fonte:Receita
Federal.Disponvel em:
http://www.receita.fazenda.gov.br/aduana/drawback/regime.htm, acesso em
31/03/14.
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Competncia 03
b) ao amparo dos benefcios da Zona Franca de Manaus e das reas de Livre
Comrcio;
c) sujeitas anuncia do Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientfico e
Tecnolgico (CNPq);
d) sujeitas ao exame de similaridade;
e) de material usado;
f) originrias de pases com restries constantes de Resolues da ONU;
g) substituio de mercadoria sem cobertura cambial nos casos previstos na
Norma. Portaria MF n. 150, de 26 de julho de 1982. (Ex. Importao dos
equipamentos da Frmula 1 ou exposies de arte).
Caso o Licenciamento No Automtico no seja aprovado, a mercadoria no
poder ser nacionalizada. Portanto, necessrio que o importador faa a
Declarao de Importao (DI) para identificar a necessidade da aprovao do
licenciamento, antes do embarque da mercadoria pelo exportador, pois, se o
licenciamento no for liberado, mesmo se a mercadoria j estiver no porto,
no aeroporto ou na cidade fronteira, ela no entrar no pas do importador e
ter que retornar para o pas exportador.
3.3 Despacho de Importao
Da mesma forma que ocorre na exportao, os processos de importao
tambm necessitam de despacho aduaneiro. O Despacho Aduaneiro de
Importao - DDI se inicia aps a chegada da carga da mercadoria na zona
primria ou nos recintos alfandegados.
No entanto, antes do incio do despacho, o importador dever elaborar alguns
documentos eletrnicos no SISCOMEX. Seguem abaixo:
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Competncia 01
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Sistema de Comrcio Exterior
Competncia 03
Declarao de Importao- DI - Compreende o conjunto de informaes
gerais correspondentes a uma determinada operao de importao.Elaborada com base na Nota Fiscal Internacional (Invoice) e Romaneio
(Packinglist), documentos enviados pelo exportador.
Adio da DI - Conjunto de informaes especficas de cada mercadoria
objeto da importao
Extrato da DI- o documento que contm um resumo das informaes gerais
da operao e especfica de cada mercadoria, gerado pelo SISCOMEX.
A partir da chegada da mercadoria, o despachante ir registrar a Declarao
de Importao - DI no SISCOMEX para iniciar o processo de despacho. Aps o
registro da DI, ser feita a verificao das informaes, da exatido dos dados
informados pelo importador com os documentos originais (Invoice, Packinglist
e Conhecimento de embarque) e pagamento dos tributos.
Depois deste procedimento chega o momento da anlise da Secretaria da
Receita Federal SRF, que ser feita de acordo com os canais de
parametrizao informados no SICOMEX. Na exportao os canais so
divididos em trs, j na importao o processo mais detalhado e existem
quatro canais. Seguem abaixo:
Verde: significa que aps a conferncia do sistema, todas as informaes
esto corretas, dentro dos padres de conformidade e a exportao serliberada automaticamente sem a necessidade de anlise dos documentos,
nem da carga.
Amarelo: significa que aps a conferncia do sistema, ocorreu divergncia
em algum dos documentos. Neste caso o despachante ter que levar todos os
documentos originais para que o fiscal analise. Aps a conferncia ser dado o
parecer se est liberada para importar, ou seja, nacionalizar a carga.
Consulte o manualde despacho de
importao no siteda Receita Federal,
segue olinkhttp://www.receita.fazenda.gov.br/manuaisweb/importacao/preenchimento/versao_antiga/dsi/dsi_eletronica/transmissao/diagnos
tico.htm
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Tcnico em Logstica
Competncia 03
Vermelho: significa que aps a conferncia do sistema, alm da
documentao, o fiscal ter que tambm fazer a vistoria fsica da carga, paraconfirmar se o que est sendo informado realmente condiz com a carga fsica.
Cinza: significa que a conferncia do sistema, alm da documentao
fiscal, da vistoria fsica da carga, para confirmar se a mercadoria informada
realmente condiz com a carga fsica, necessrio a confirmao do valor
aduaneiro (valor de venda da mercadoria, informado na fatura comercial). Ou
seja, alm do procedimento de checar os documentos e a carga, o importador
ter que solicitar ao exportador uma declarao oficial do pas de origem
atestando que a mercadoria realmente foi vendida e seu preo de mercado
realmente o declarado nos documentos.
A ltima etapa feita aps a liberao do registro do desembarao no
SISCOMEX pela Secretaria da Receita Federal - SRF, possibilitando ao
despachante emitir o Comprovante de Importao (CI). Este documento
atesta a regularidade da mercadoria e possibilita ao importador emitir a nota
fiscal de entrada no pas, o processo de nacionalizao ser concludo e a
mercadoria ser retirada da zona primria e ser entregue ao importador.
NACIONALIZAO: a sequncia de
atos que transfere amercadoria
estrangeira para aeconomia nacional
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Competncia 01
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Sistema de Comrcio Exterior
Competncia 03
Figura 20: Etapas do Despacho de ImportaoFonte:http://www.riverfreight.com.br,2014
3.4 Declarao Simplificada de Importao
Declarao Simplificada de Importao DSI: consiste em um despacho
aduaneiro de forma simplificada para operaes de importao que no
caracterizem operaes comerciais com ou sem cobertura cambial.
De acordo com o art. 3 da Instruo Normativa n 611/, de 18-01-2006, a
Declarao Simplificada de Importao (DSI) poder ser utilizada no despacho
aduaneiro de bens:
Admissotemporria: umregime aduaneiro
especial quepermite a
importao de bensque devam
permanecer no Pas
durante prazofixado, com
suspenso total dopagamento de
tributos, ou comsuspenso parcial,
no caso deutilizao
econmica, naforma e nas
condies previstasnesta Instruo
Normativa.(art. 4 daInstruo
Normativa da SRFn 285/03,
disponvel em:http://www.receita.fazenda.gov.br/Legislacao/Ins/2003/in
2852003.htm.(Acesso em
24/03/2014)
http://www.riverfreight.com.br/http://www.riverfreight.com.br/http://www.riverfreight.com.br/http://www.receita.fazenda.gov.br/Legislacao/Ins/2003/in2852003.htmhttp://www.receita.fazenda.gov.br/Legislacao/Ins/2003/in2852003.htmhttp://www.receita.fazenda.gov.br/Legislacao/Ins/2003/in2852003.htmhttp://www.receita.fazenda.gov.br/Legislacao/Ins/2003/in2852003.htmhttp://www.receita.fazenda.gov.br/Legislacao/Ins/2003/in2852003.htmhttp://www.receita.fazenda.gov.br/Legislacao/Ins/2003/in2852003.htmhttp://www.receita.fazenda.gov.br/Legislacao/Ins/2003/in2852003.htmhttp://www.receita.fazenda.gov.br/Legislacao/Ins/2003/in2852003.htmhttp://www.receita.fazenda.gov.br/Legislacao/Ins/2003/in2852003.htmhttp://www.receita.fazenda.gov.br/Legislacao/Ins/2003/in2852003.htmhttp://www.receita.fazenda.gov.br/Legislacao/Ins/2003/in2852003.htmhttp://www.receita.fazenda.gov.br/Legislacao/Ins/2003/in2852003.htmhttp://www.receita.fazenda.gov.br/Legislacao/Ins/2003/in2852003.htmhttp://www.receita.fazenda.gov.br/Legislacao/Ins/2003/in2852003.htmhttp://www.riverfreight.com.br/ -
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Tcnico em Logstica
Competncia 03
I - importados por pessoa fsica, com ou sem cobertura cambial, em
quantidade e frequncia que no caracterize destinao comercial, cujo valorno ultrapasse US$ 3.000,00 (trs mil dlares dos Estados Unidos da Amrica)
ou o equivalente em outra moeda;
II - importados por pessoa jurdica, com ou sem cobertura cambial, cujo valor
no ultrapasse US$ 3.000,00 (trs mil dlares dos Estados Unidos da Amrica)
ou o equivalente em outra moeda;
III - recebidos, a ttulo de doao, de governo ou organismo estrangeiro por:
a) rgo ou entidade integrante da administrao pblica direta, autrquica
ou fundao, de qualquer dos Poderes da Unio, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municpios;
b) instituio de assistncia social;
IV - submetidos ao regime de admisso temporria, nas hipteses previstas no
art. 4 daInstruo Normativa SRF n 285, de 14 de janeiro de 2003 ;
V - reimportados no mesmo estado ou aps conserto, reparo ou restaurao
no exterior, em cumprimento ao regime de exportao temporria; e
VI - que retornem ao Pas em virtude de:
a) no efetivao da venda no prazo autorizado, quando enviados ao exterior
em consignao;
b) defeito tcnico, para reparo ou substituio;
c) alterao nas normas aplicveis importao do pas importador; ou
d) guerra ou calamidade pblica;
http://www.receita.fazenda.gov.br/Legislacao/Ins/2003/in2852003.htmhttp://www.receita.fazenda.gov.br/Legislacao/Ins/2003/in2852003.htm -
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Sistema de Comrcio Exterior
Competncia 03
VII - contidos em remessa postal internacional cujo valor no ultrapasse US$
3.000,00 (trs mil dlares dos Estados Unidos da Amrica) ou o equivalenteem outra moeda;
VIII - contidos em encomenda area internacional cujo valor no ultrapasse
US$ 3.000,00 (trs mil dlares dos Estados Unidos da Amrica) ou o
equivalente em outra moeda, transportada por empresa de transporte
internacional expresso porta a porta, nas seguintes situaes:
a) a serem submetidos ao regime de admisso temporria, nas hipteses deque trata o inciso IV deste artigo;
b) reimportados, nas hipteses de que trata o inciso V deste artigo;
c) a ser objeto de reconhecimento de iseno ou de no incidncia de
impostos;
d) destinados revenda;
IX - integrantes de bagagem desacompanhada;
X - importados para utilizao na Zona Franca de Manaus (ZFM) com os
benefcios do Decreto-Lei n o 288, de 28 de fevereiro de 1967, quando
submetidos a despacho aduaneiro de internao para o restante do territrio
nacional, at o limite de US$ 3.000,00 (trs mil dlares dos Estados Unidos daAmrica) ou o equivalente em outra moeda;
XI - industrializados na Zona Franca de Manaus (ZFM) com os benefcios do
Decreto-Lei n 288, de 1967, quando submetidos a despacho aduaneiro de
internao para o restante do territrio nacional, at o limite de US$ 3.000,00
(trs mil dlares dos Estados Unidos da Amrica) ou o equivalente em outra
moeda;
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Competncia 03
XII - importados para utilizao na Zona Franca de Manaus (ZFM) ou
industrializados nessa rea incentivada, com os benefcios do Decreto-Lei n288, de 1967, quando submetidos a despacho aduaneiro de internao por
pessoa fsica, sem finalidade comercial; ou
XIII - importados com iseno, com ou sem cobertura cambial, pelo Conselho
Nacional de Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico (CNPq) ou por
cientistas, pesquisadores ou entidades sem fins lucrativos, devidamente
credenciados pelo referido Conselho, em quantidade ou frequncia que no
revele destinao comercial, at o limite de US$ 10.000,00 (dez mil dlares
dos Estados Unidos da Amrica) ou o equivalente em outra moeda.
Nos casos das importaes com valores at US$ 500( quinhentos dlares dos
Estados Unidos da Amrica) ou equivalente em outra moeda, que so
realizadas via remessa postal internacional, atravs dos Correios ou por
empresas de transporte internacional expresso (habilitada pela RSF), estaro
submetidas ao Regime de Tributao Simplificada - RTS. Nestes casos, o
pagamento dos tributos ser feito autoridade aduaneira por meio de Nota
Tributria Simplificada (NTS) (VAZQUEZ, 2009).
Como exemplo deste tipo de operao, podemos citar as compras de
equipamentos celulares de baixo valor via sites de importadoras, que chegam
ao consumidor final pelos correios.
Os documentos usados para o processo de Declarao Simplificada deImportao so basicamente os mesmos da Declarao de Importao
(Invoice, packing list, e outros especficos em decorrncia de acordos
comerciais ), e DARF que comprove o pagamento. A partir do registro da DSI
se inicia o processo de despacho aduaneiro (VAZQUEZ, 2009).
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Competncia 03
Conforme art. 13 Instruo Normativa n 611, de 18-01-2006, os bens
submetidos a despacho aduaneiro com base em DSI podero serdesembaraados:
I - sem conferncia aduaneira, hiptese em que ficam dispensados o exame
documental, a verificao fsica e o exame do valor aduaneiro; ou
II - com conferncia aduaneira, hiptese em que a mercadoria somente ser
desembaraada e entregue ao importador aps a realizao do exame
documental e da verificao fsica e, se for o caso, do exame do valoraduaneiro.
Nos casos de DSI a conferencia aduaneira dever ser executada no prazo
mximo de um dia til, contados a partir do dia seguinte da entrega da DSI e
seu documentos. Podendo ultrapassar esta prazo caso o importador tenha
que providenciar algum documento ou pagamento de taxas adicionais.
(VAZQUEZ, 2009).
A figura a seguir detalha as etapas da DSI.
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Sistema de Comrcio Exterior
Competncia 03
indstria local. Os principais impostos cobrados so: Imposto de Importao
(II), Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), Imposto sobre Mercadoriase servios (ICMS).
Alm destes tributos podemos citar outras taxas aplicveis apenas s
importaes como: Adicional ao Frete para Renovao da Frota da Marinha
Mercante (AFRMM), Taxa de Capatazia (paga ao terminal porturio para
cobrir a operao de carga e descarga da mercadoria), Taxa de Adicional de
Tarifa Aeroporturias (ATA) (exclusiva para importaes via modal areo) e
Taxa de armazenagem (caso ultrapasse o prazo concedido pelo transportador)
(FARO R.; FARO F. , 2010).
Para a importao os custos so mais abrangentes, devem ser contabilizados
custos referentes escolha do Incoterm, tributos do processo de importao,
tributos internos, e outras despesas como custos de assessoria (despachantes,
empresas terceirizadas, corretoras de cmbio, etc.)(SOUSA, 2010).
Segue planilha com as etapas para a composio dos custos de importao:
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Competncia 01
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Sistema de Comrcio Exterior
Competncia 03
Durante a verificao aduaneira, o despachante dever acompanhar o
processo no sistema, pois caso a mercadoria caia no canal, amarelo, vermelhoou cinza, o despachante dever realizar o mais rpido possvel os
procedimentos especficos para cada canal.
Aps todos os procedimentos serem realizados os documentos referentes ao
processo de importao devero ser mantidos em arquivos por um perodo de
cinco anos, com o intuito de atender possveis exigncias de ordem fiscal,
tributria e contbil, que possam eventualmente ocorrer no futuro.
Agora que j aprendemos a formular o preo, a exportar e importar, vamos
seguir nossa viagem para competncia 4. Nela iremos conhecer todos os
incotermse os contratos de navegao. Vamos l?
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Tcnico em Logstica
Competncia 04
4. COMPETNCIA 04 | CONHECER OS INCOTERMS
4.1 Conceito e Origem
Figura 24: Incoterms 2010 bannerFonte:http://goldenwave.vn/en/specialized-knowledge/incoterms-2010.html,2014.
No comrcio Internacional para que toda a operao de compra e venda
ocorra sem problemas, desde a sada da mercadoria do fornecedor at sua
chegada ao comprador, necessrio que no ato da negociao seja
esclarecido quais so as obrigaes e direitos do comprador e do vendedor.
Na transao comrcio internacional preciso definir e esclarecer questes
do tipo (DAVID; STEWART, 2010):
Quais tarefas sero executadas pelo exportador?
Quais tarefas sero executadas pelo importador?
Quais atividades sero pagas pelo exportador?
Quais atividades sero pagas pelo importador?
Quando a transferncia de responsabilidade da mercadoria acontecer?
Com o intuito de esclarecer estas questes, a Cmara de Comrcio
Internacional CCI (International Chamber of Commerce - ICC)criou os
Incoterms (InternationalCommercialTerms / Termos Internacionais de
Comrcio). De acordo com o Portal Aprendendo a exportar (2014) os
Incoterms so regras internacionais, imparciais, de carter uniformizador, que
http://goldenwave.vn/en/specialized-knowledge/incoterms-2010.htmlhttp://goldenwave.vn/en/specialized-knowledge/incoterms-2010.htmlhttp://goldenwave.vn/en/specialized-knowledge/incoterms-2010.htmlhttp://goldenwave.vn/en/specialized-knowledge/incoterms-2010.html -
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Tcnico em Logstica
Competncia 04
Ao total j foram realizadas oito verso, pois como os Incoterms, servem para
estabelecer os parmetros de negociao, medida que as relaescomerciais esto mudando eles tambm precisam ser revisados.
Em 2010 foi realizada a ltima atualizao, que excluiu quatro termos da
verso anterior e incluiu mais dois novos termos, fechando um total de onze
incoterms. De acordo com a Resoluo da CAMEX n 21, de 07/04/11, as
alteraes foram s seguintes:
Incotermsexcludos pela verso 2010:
DAF (Delivered At Frontier): entregue na fronteira do pas de destino. O
exportador se responsabiliza pela mercadoria at o ponto de fronteira com o
pas de destino. Este incotermera usado para o transporte terrestre.
DES (Delivered Ex-Ship): Entregue a bordo do navio no porto de destino. O
exportador se responsabiliza pela mercadoria at o navio chegar ao porto de
destino, a partir deste ponto o importador assume a responsabilidade.
DEQ (DeliveredEx-Quay): Entregue a partir do cais no porto de destino. O
exportador se responsabiliza pela mercadoria at ela ser descarregada no cais
do porto de destino, a partir deste ponto o importador assume a
responsabilidade.
DDU (Delivered Duty Unpaid): Entregue sem direitos pagos, ou seja, amercadoria entregue na casa do importador, mas o exportador no se
responsabilizar pelo despacho aduaneiro de importao.
Incotermsincludos na verso 2010:
DAT (Deliveredat Terminal)Entregue no terminal de destino.
DAP (DeliveredatPlace) Entregue no Local de destino nomeado peloimportador.
http://www.mdic.gov.br/arquivos/dwnl_1311715093.pdfhttp://www.mdic.gov.br/arquivos/dwnl_1311715093.pdf -
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Competncia 01
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Sistema de Comrcio Exterior
Competncia 04
Alm destes novos termos, ocorreu alterao no termo FOB, a "entrega" (de
vendedor para o comprador) ocorre no momento em que as mercadoriasestiverem a bordo, prontas para embarque, no porto de embarque. Na verso
2000 a "entrega" ocorria no momento em que a mercadoria cruzava a
amurada (quando a mercadoria sai do cho e direcionada para dentro do
navio, a amurada a linha entre o casco