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Caderno de Recomendações
ALVENARIA ESTRUTURAL
REVISÃO 2 16/11/2010
Este Caderno tem como finalidade informar os envolvidos
no processo de projeto e execução os conceitos básicos e
condicionantes do Sistema de Alvenaria Estrutural.
Como temos uma diretriz de projetar com qualidade e
evitar qualquer possível patologia na edificação, é importante
que os cuidados mencionados neste Caderno sejam seguidos.
Em situações em que não for possível seguir as orientações aqui
descritas, a Pedreira de Freitas deverá ser informada para dar
uma solução adequada ao caso específico.
Objetivos
Mensagem da Pedreira de Freitas
Na Engenharia Civil nenhum conceito é definitivo. Temos
uma evolução e aprimoramento constante das técnicas, dos
materiais e das soluções construtivas.
Aceleramos essa evolução se houver a troca de
informações entre a equipe de projeto e a equipe de
execução.
O processo de melhoramento contínuo precisa desta
retroalimentação de informações. Desta forma, todo
comentário e sugestão sobre as recomendações aqui
apresentadas serão bem-vindos.
Novas edições poderão conter as recomendações de
campo.
Augusto G. Pedreira de Freitas
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Autores
Ana Paula C. Carvalho
Augusto G. Pedreira de Freitas
Fabiana Cristina Mamede
Manoel Bezerra
Melina Baruki e Haack
Vanessa Soldatelli
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Sumário
1. Recomendações para Projeto de Alvenaria Estrutural 4
2. Processos de Projeto 4
3. Radier 6
4. Baldrame 14
5. Controle de Execução – Blocos 15
6. Elevação das Paredes 17
7. Argamassa de Assentamento 22
8. Argamassa de Revestimento 23
9. Graute 24
10. Retração 25
11. Cobertura 26
12. Frisos na Fachada 30
13. Projeto de Instalações e suas interferências na Alvenaria Estrutural 33
14. Controle Tecnológico 38
Anexos 42
Bibliografia 47
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1. Recomendações para Projeto
de Alvenaria Estrutural
De uma forma geral, indicamos abaixo os
cuidados iniciais a serem tomados no
lançamento de um projeto de Arquitetura
destinado a Alvenaria Estrutural:
Os projetos deverão prever paredes com medidas
internas em osso - para bloco de medida modular 20:
a) Preferencialmente múltiplos de 20 cm + 1 (241, 261,
281, etc.)
b) Não sendo possível a opção “a”, pelo menos final 1
(241, 251, 261, etc.)
c) Não sendo possíveis as opções “a” e “b”, pelo
menos final 6 (241, 246, 251, 256, etc.)
Evitar blocos especiais e compensadores para ajuste da
modulação;
Evitar vãos de lajes maiores que 5m (nos dois sentidos);
As paredes que não serão estruturais, visando à
flexibilização do produto, deverão ser analisadas sob o
ponto de vista do melhor desempenho técnico e
econômico;
Evitar terraços com vãos muito grandes (largura acima
de 1,2m e comprimento acima de 3m), quando não
houver a possibilidade de apoiá-los nos 4 lados (em
paredes ou vigas);
No térreo, quando houver toda a transição em
concreto armado, atentar para a altura livre mínima
(medida do piso ao fundo da viga), pois normalmente a
altura da viga fica entre 70 e 120 cm, dependendo da
distancia entre os pilares;
No térreo, quando houver transição parcial,
recomendamos que a alvenaria estrutural não ultrapasse
a altura de 3m.
Em locais de descidas de hidráulicas, verificar as
interferências com as vigas de transição do 1º pavimento;
Quando a viga de transição for de espessura maior que
o bloco, essa deverá ser alinhada pelo lado interno do
bloco, criando um dente de fachada (desde que a
Arquitetura permita essa requadração de fachada).
Sempre que possível minimizar o estrangulamento de
shafts e tubulações de banheiros;
O quadro de luz dos apartamentos deve ser
previamente localizado pelo projetista de elétrica, para
que o projetista de estrutura analise e viabilize este trecho
como não estrutural.
A espessura máxima da laje do tipo poderá ser 12 cm;
A laje de cobertura deverá ser isolada termicamente;
A laje de cobertura deverá ter liberdade de
movimentação (através de elementos de apoios com
redutores de atrito), além do seccionamento da laje,
formando juntas de dilatação, evitando assim fissuras no
sistema;
Para prédios mais altos (acima de 12 pavimentos) deve-
se evitar projetos com uma das faces com dimensões
estreitas em relação à outra, privilegiando seções
quadradas (relação entre lados menor que 1,5).
Prédios com dimensões maiores que 36m, podem
necessitar de junta de dilação física com divisão de
paredes (depende da localidade do empreendimento);
Prever na fachada os frisos específicos do tipo de laje
adotado.
2. Processos do Projeto
A elaboração de um projeto é um processo
complexo e envolve diversas interfaces. Para
haver um bom andamento na troca de
informações, apresentamos abaixo as fases do
projeto e um fluxo genérico do processo de
projeto.
2.1 Fases do Projeto
Durante o processo de desenvolvimento do
projeto temos 5 fases:
FASE A Concepção do Produto (Análises e estudos
qualitativos);
FASE B Definição do Produto (Anteprojeto e dados
quantitativos);
FASE C
Identificação e Solução de Interfaces;
FASE C-a – Pré Executivo
FASE C-b – Executivo
FASE D Detalhamento;
FASE E Pós entrega do Projeto/ Execução da Obra;
Recomendamos que a
contratação do Projeto Estrutural
ocorra logo na primeira fase.
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2.2 Fluxo de Informações no Processo do
Projeto
2.2.1 Fase A - Concepção do Produto:
En
tra
da
Conteúdo
Sa
ída
Arquitetura: planta baixa do pavimento tipo
Croqui do terreno com implantação
Corte esquemático do empreendimento
Formulário Premissas de Projeto (ver Anexo
1)
Recomendações para Projeto de Alvenaria
Estrutural (ver capítulo 1)
Formulário Premissas de Projeto preenchido
Estudo de modulação do pavimento tipo
(definição de medidas internas, paredes
estruturais e paredes de vedação)
Arquitetura: planta baixa do pavimento
térreo
Estudo de Transições
Relatório qualitativo de viabilidade
estrutural da proposta arquitetônica (análise
de conflitos)
Assessoria conceitual ao empreendedor e
projetista de Arquitetura
2.2.2 Fase B - Definição do Produto -
Anteprojeto:
En
tra
da
Conteúdo
Sa
ída
Arquitetura: Projeto Legal
Definições das tecnologias a serem
aplicadas (verificar possíveis interferências
com a Alvenaria Estrutural) e confirmação
de equipamentos disponíveis
Topografia
Geotecnia: previsão de soluções para
fundações e contenções
Estudo de contenções
Instalações: Pré dimensionamento dos
shafts, áreas técnicas, espaços de
entreforro e entrepiso e volume de
reservatórios
Pré-formas do pavimento tipo
Modulação de 1ª fiada do pavimento tipo
com grautes básicos
Pré-cargas
Índices Preliminares de Consumo com
características de materiais (fck, fbk, fak,
fpk, fgk) e estudos de contenções
Obs.: Para os anexos: pré formas (estrutura
convencional) com índices
Assessoria conceitual ao empreendedor e
demais projetistas envolvidos
2.2.3 Fase C-a - Identificação e Solução de
Interfaces – Pré Executivo:
En
tra
da
Conteúdo
Sa
ída
Arquitetura: Projeto Pré Executivo
Formas de todos os pavimentos
Modulação de1ª fiada de todos os
pavimentos
Obs.: Base para lançamento dos projetos
de Instalações
Instalações: Projeto Pré Executivo
Impermeabilização: detalhes que tenham
interferência com a estrutura
Paisagismo: detalhes que tenham
interferência com a estrutura
Locação de cargas
Fundações: Projeto Pré Executivo
Instalações: furação
Relatório de Compatibilização
2.2.4 Fase C-b - Identificação e Solução de
Interfaces – Executivo:
En
tra
da
Conteúdo
Sa
ída
Formas de todos os pavimentos (com
furação)
Modulação de 1ª fiada de todos os
pavimentos (com todos os grautes)
Modulação de 2ª fiada de todos os
pavimentos
Elevações (sem instalações) dos pavimentos
tipo e térreo
Locação de cargas
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Fundação: Projeto Executivo
Forma de Fundação
Relatório de Compatibilização
2.2.5 Fase D - Detalhamento:
En
tra
da
Conteúdo
Sa
ída
Plano de Execução da obra (sequência de
execução de contenções, radier, etc.)
Arquitetura: Projeto Executivo
Instalações: Projeto Executivo
Elevações (com instalações) dos
pavimentos tipo e térreo
Detalhamento de armações (todos
pavimentos, anexos, fundações e
contenções)
Especificações de materiais e
recomendações para a execução da
Alvenaria Estrutural (prancha 000)
Projeto de Escoramento (cimbramento)
Quantitativos finais (aço, concreto, forma e
blocos)
2.2.6 Fase E - Execução da Obra:
E
ntr
ad
a
Conteúdo
Sa
ída
Visita à obra e apresentação do projeto a
equipe responsável pela execução e
explicações dos conceitos preestabelecidos
(se estiver no escopo contratado)
Assistência à obra para esclarecimentos de
dúvidas relativas ao entendimento do
projeto
Em caso de estaqueamento com
excentricidade, informar (de forma gráfica)
o projetista de Estrutura
Relatório de Reforços com detalhamento
de vigas de travamento necessários.
Assessoria técnica ao empreendedor para
a execução do Manual do Usuário
Obs.: é importante divulgar o sistema
construtivo para os usuários
3. Radier
3.1 Locação
A locação do radier deve ser feita após a
conclusão da terraplanagem.
O terreno deve ser muito bem
compactado, seguindo às orientações do
projetista de fundações.
Locação de equipamentos
Com o uso de aparelhos apropriados e
com a Planta de Locação em mãos, o
topógrafo crava as estacas de marcação.
Marcação das estacas
A Planta de Locação possui os seguintes
dados:
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Contorno dos renque de casas ou prédios (medidas em
osso), com identificação das tipologias;
Eixos (os mesmos existentes nas plantas de Forma de
Radier e 1ª Fiada), facilitando a leitura das plantas e
evitando erros;
CL (Centro de Locação) com cotas coordenadas a
partir do ponto de início de locação do terreno. O CL
coincide com as origens de locação de 1ª fiada,
arranques e marcação de instalações elétricas e
hidráulicas no radier;
Cotas lineares de amarração dos renques, que servem
apenas para conferência com os projetos de Arquitetura;
Exemplo de Planta de Locação
Detalhe ampliado dos principais dados
da Planta de Locação
Estacas de marcação cravadas
3.2 Formas - Radier de Casas
Após a locação, fazer a marcação de
posicionamento das formas e montá-las,
conforme o projeto de Forma do Radier.
Projeto da Forma de Radier
O ideal é utilizar formas metálicas, apesar
de o custo inicial ser mais alto, este tipo de
forma está menos sujeita a deformações,
garantindo melhor qualidade do produto final.
Elas também podem ser reutilizadas muito mais
vezes do que as formas de madeira.
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Colocação de formas nas áreas
previamente marcadas
Niveladores garantem o correto
posicionamento da forma
3.2.1 Instalações
Para locar os pontos de furação no Radier
conforme indicado no Projeto de Pontos de
Instalação, pode-se usar linhas como guias e, a
partir daí, marcar com uso de cal o
caminhamento das tubulações hidráulicas.
Projeto de Pontos de Instalações
Marcação de tubulação hidráulica com cal
Após a marcação fazer a abertura de valas
manualmente para que a tubulação fique por
baixo do Radier.
Abertura das valas para tubulação hidráulica
Esparramar pó de pedra ou areia no fundo
das valas, formando uma base contínua para o
assentamento das tubulações.
Valas com pó de pedra ou areia no fundo
IMPORTANTE:
Não pode existir caixa de gordura
sob a área do radier;
Não deve existir tubulação de
infraestrutura sob a área do radier.
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Na etapa seguinte acrescentar as
tubulações hidráulicas. Para manter as
tubulações de PVC e/ou PEX no lugar e no
prumo, podem-se utilizar guias de ferro.
Posicionamento das tubulações hidráulicas
As tubulações de elétrica podem ser
colocadas ainda nessa fase ou por cima da
lona de impermeabilização, conforme será visto
mais a frente. Seguir os projetos de Instalações
Elétricas.
Para a locação dos pontos de subida,
pode-se utilizar linhas como guia.
Eletrodutos posicionados
com o uso de linhas
As tubulações hidrossanitárias ou elétricas
que, por ventura, esteja abaixo do radier,
deverão ficar envelopadas em camada de
areia, conforme detalhe a seguir:
Detalhe para instalações sob radier
3.2.2 Base
Finalizada a montagem das instalações,
deve-se esparramar pó de pedra ou areia,
sobre toda a superfície, tendo como limite a
forma do radier, criando uma base lisa e
contínua e minimizando as perdas de concreto.
Base feita com areia
Base feita com pó de pedra
3.2.3 Aplicação da Lona
A lona é posicionada sobre a base para
evitar a perda de água do concreto.
IMPORTANTE:
A ponteira das guias não
poderá encostar na lona de
impermeabilização.
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Aplicação da lona
3.2.4 Armação complementar
Caso exista armação complementar às
fibras, estas devem ser posicionadas com
espaçadores, respeitando o recobrimento
solicitado em projeto.
Os arranques para armação vertical
podem ser fixados com arames de Ø 4,2mm ou
Ø 5 mm, caso contrário, deve-se fazer uso dos
espaçadores também. A sua locação pode ser
feita com linhas guias.
3.2.5 Concretagem
A concretagem do radier deve ser feita
com concreto usinado e as fibras devem ser
adicionadas no caminhão durante a mistura.
Concretagem
O lançamento do concreto usinado é o
convencional, apesar da adição de fibras.
Lançamento e nivelamento do concreto
A espessura e o nível do radier devem ser
conseguidos, com o uso de taliscas e mestras
móveis.
Recomendamos utilizar um sistema de
acabamento de Piso Zero, assim a face superior
do radier será o piso acabado da casa.
Radier finalizado
3.2.6 Cuidados importantes
As fibras devem ser adicionadas no caminhão
durante a mistura;
A concretagem do Radier não deve ser
interrompida e depois retomada;
A cura deve ser úmida;
Após a desforma, deve-se ter o cuidado de
não deixar vazios entre a borda da calçada
concretada e o terreno externo, evitando assim
a entrada de água das chuvas que acaba
retirando cada vez mais a terra sob o radier,
causando infiltrações e comprometendo a
estrutura;
IMPORTANTE:
O uso de mestras fixas para a
concretagem não é
recomendado, pois cria zonas de
descontinuidade de fibras.
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Borda do radier protegida
Borda do radier com acabamento final
Solução não recomendada:
borda do radier desprotegida (ver detalhe a seguir)
Detalhe – erosão
Esta solução, por exigir um cuidado maior,
tem sido substituída pela solução a seguir, em
que uma viga de borda faz a proteção da
estrutura contra erosões.
Solução recomendada:
borda do radier protegida
3.3 Formas - Radier de Edifícios
3.3.1 Estudo de caso - “Radier A”
Após a locação, inicia-se a montagem da
forma da primeira laje e viga de borda,
seguindo o projeto de Forma de Radier.
Planta de Forma do Radier
Era premissa para este projeto, um
desnível considerável entre o nível externo e
nível interno, por isso adotou-se o uso de EPS
como material inerte.
Elementos do Radier
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Monta-se a armação da 1ª laje e da viga
externa e concretar.
1ª laje concretada e armação da viga externa
Após o 1º dia da concretagem da 1ª laje,
posicionar as placas de EPS e a armação da 2ª
laje.
Para dimensionamento e montagem das
placas deve-se ver projeto de armação do
radier. As dimensões das placas são separadas
por cor, para facilitar o entendimento do
projeto.
Montagem das placas EPS e tabela de corte
Usar espaçadores para garantir a espessura
correta das nervuras e grampear os cantos das
placas para garantir que não saiam do lugar.
Uso de espaçadores e grampos
Detalhe do espaçador
Posicionar a armação da 2ª laje, os
arranques e os eletrodutos. Para garantir que os
eletrodutos fiquem no lugar correto, utilizar
curvas de PVC rígido.
Armação da 2ª laje, arranques e eletrodutos
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Forma montada
Terminada essa etapa, começar a
concretagem pelas nervuras, viga externa e
finalizar com a laje.
Inicio da concretagem
Concretagem das nervuras
2ª laje concretada
Radier finalizado
3.3.2 Cuidados Importantes
Qualquer escavação necessária abaixo do
nível inferior do Radier (cota -0,20 do detalhe a
seguir), esta deve ficar a uma distância da viga
de borda de 1,5 vezes a profundidade de
escavação;
Distância mínima para escavações
Seguir as recomendações da consultoria de
fundações;
Não deve existir tubulação de infraestrutura
sob a área do radier.
É obrigatório que o prédio possua calha, pois
a água do telhado não pode cair diretamente
sobre o radier;
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A distância mínima entre a face da viga
externa do radier e o início do talude é de 1m e
talude com ângulo de 30° (ver detalhe abaixo):
Distância mínima do talude
4. Baldrame
4.1 Formas – Baldrame de Edifícios
4.1.1 Estudo de caso – Baldrame “A”
Após a locação feita e as estacas
cravadas, procede-se a execução dos blocos
de fundação, deixando as esperas para as
vigas baldrames (grampos de amarração),
conforme detalhe abaixo:
Radier finalizado
Com os blocos concretados, inicia-se a
montagem das formas das vigas baldrames,
conforme projeto de forma da fundação.
Forma de fundação – vigas baldrames
Era premissa deste projeto ter um desnível
entre a parte externa e interna de 50cm e um
chanfro na baldrame para evitar o acúmulo de
água, conforme figura a figura a seguir:
Detalhe da baldrame
A estratégia adotada para facilitar a
execução do chanfro e a reutilização das
formas foi concretar as vigas baldrames em
duas etapas. A primeira etapa caracterizava-se
por concretar as vigas até a altura do fundo da
laje de piso.
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PÁGINA 15 Caderno de Recomendações
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Primeira parte das vigas de borda concretadas
Primeira parte das vigas internas concretadas
Após a desforma dos painéis internos,
executa-se o reaterro e as instalações
hidrossanitárias.
Concluída esta etapa, todas as vigas são
lavadas para retirar o material solto e, em
seguida, coloca-se a lona sobre o aterro
compactado para que a ferragem não fique
em contato direto com este. Faz-se a
amarração das ferragens positivas e negativas e
instalações das tubulações elétricas, concluindo
com a concretagem da laje de piso.
A segunda etapa contemplava a
concretagem do restante das vigas baldrames
bem como o detalhe do chanfro e a laje de
piso por completo.
Detalhe do painel de fora da viga de borda,
com o chanfro e a armação positiva e negativa,
presas a ferragem da viga
Erro de execução: não se deve passar os
conduítes, quando em feixe, pelo meio da
seção comprimida do baldrame, pois
compromete a seção de concreto
e aderência do aço. Deve-se passar
por baixo do baldrame
5. Controle de Execução – Blocos
O executor deverá estabelecer um plano
de controle da qualidade, onde deve estar
definido:
os responsáveis pelo controle;
os responsáveis pelo tratamento das não
conformidades;
registro e arquivamento das informações.
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5.1 Recebimento
Todos os materiais devem ser inspecionados
no recebimento e imediatamente antes do uso.
A inspeção visual deve conferir blocos
homogêneos, compactos, com os cantos vivos,
sempre livres de trincas e imperfeições que
possam prejudicar o assentamento ou afetar a
resistência e a durabilidade da construção.
Bloco com aparência “saudável”
Os blocos devem ser descarregados em
uma superfície plana e nivelada que garanta a
estabilidade da pilha.
Armazenamento dos blocos no solo
protegido contra contaminação
A superfície pode ser o solo desde que
protegido para evitar contaminação ou sobre
lajes devidamente escoradas.
Pilha de blocos protegido com lona plástica
É preciso comprar os insumos de fabricantes
que primem pelo controle da qualidade e
possuam blocos aprovados em conformidade
com as normas técnicas segundo o
acompanhamento de um laboratório.
Além da qualidade do fornecedor, a obra
também deve fazer o controle tecnológico
conforme indicado no Capítulo 13.
5.2 Assentamento
Durante a elevação das paredes, os blocos
devem ser assentados e alinhados conforme
especificado em projeto e de forma a exigir o
mínimo de ajuste possível.
Devem ser posicionados enquanto a
argamassa ainda estiver trabalhável e plástica
e, em caso de necessidade de reacomodação,
a argamassa deve ser removida e o
componente assentado novamente de forma
correta.
Os blocos depois de assentados não
devem ser movidos da sua posição para não
perder a aderência com a argamassa.
Para a 1ª e 2ª fiadas, sugerimos assentar os
blocos sem o preenchimento da junta vertical
de imediato. Caso seja necessário algum ajuste,
este pode ser feito com maior facilidade.
Imediatamente após a parede locada (1ª fiada
IMPORTANTE:
Para cada lote deve haver
indicação das resistências com a
numeração do lote e o local da sua
aplicação.
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PÁGINA 17 Caderno de Recomendações
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assentada) e a 2ª fiada executada, procede-se
o preenchimento das juntas verticais.
Assentamento dos blocos da 1ª fiada
Assentamento dos blocos da 2ª fiada
As paredes de alvenaria devem ser
executadas apenas com blocos inteiros e seus
complementos. Para utilizar peças cortadas ou
pré-moldadas estas devem estar previstas em
projeto.
Alvenarias recém elevadas devem ser
protegidas da chuva, evitando remoção da
argamassa das juntas e possíveis manchas
prejudiciais no caso de alvenaria aparente.
Qualquer parede que ficar com a fiada de
respaldo exposta ao tempo deve ser protegida
da chuva seja por meio de concretagem ou
proteção de topo, evitando-se que o excesso
de umidade através dos vazados dos blocos
provoque problemas com eflorescências.
6. Elevação das Paredes
6.1 Locação
Para a Locação das paredes deve-se
utilizar a planta de Modulação de 1ª Fiada,
marcar os pontos de Origem 0,0 no piso e,
seguindo as cotas acumuladas indicadas, fazer
a marcação das paredes.
Cotas Acumuladas a Partir dos Eixos X e Y
na Planta de 1ª Fiada
A marcação pode ser feita com tinta, com
risco feito com barronete de ferro ou com linhas.
Independente do método adotado, o
importante é que essa marcação não seja
perdida facilmente.
Risco no Radier
O escantilhão é um facilitador para manter
o alinhamento, o nível e o prumo das paredes.
Estes são posicionados após a marcação no
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PÁGINA 18 Caderno de Recomendações
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piso e retirados após o termino da elevação da
parede.
Colocação dos escantilhões
Em seguida, distribuir os blocos em
pequenos palets, conforme a quantidade
necessária para cada parede. Para tipo e
quantidade de blocos deve-se consultar o
Quantitativo de Blocos e folha de produção de
Elevação de Paredes.
Distribuição Racionalizada dos Blocos
Quantitativo de Blocos por Pavimento
Projeto de Elevação de Paredes
6.2 Distribuição dos Blocos
Executar o berço de argamassa, com altura
variando entre 0,8cm e 1,2cm, seguindo a
marcação da parede, feita na etapa anterior.
Berço de Argamassa para colocação de blocos
Caso necessário, para corrigir imperfeições
de nível na laje, o berço de argamassa poderá
chegar até 2 cm.
Seguindo a planta de Modulação de 1ª
Fiada, colocar primeiro os blocos que são
conhecidos como Blocos Estratégicos, sobre o
berço de argamassa.
Blocos Estratégicos para marcação
Blocos estratégicos para marcação são
aqueles que servem como guia para o
alinhamento da 1ª fiada da parede e que
também determinam o início e o fim dela.
1ª Fiada Completa
h = 0,8 a 1,2cm
BERÇO DE ARGAMASSA
RADIER/LAJE
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PÁGINA 19 Caderno de Recomendações
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A partir destes blocos, completar a 1ª fiada
seguindo sempre a planta de modulação.
Nesse momento, sem aplicação de argamassa
vertical para distribuição uniforme das juntas
verticais, que podem variar entre 8 mm e 12
mm.
A melhor forma de distribuir os blocos é
começando pelo lado oposto à existência de
compensadores e/ou enchimentos, como
mostra a figura seguinte, onde as setas indicam
o sentido de colocação dos blocos.
Sequência de Distribuição de Blocos
Depois de montada a 1ª fiada, deve-se
preencher as juntas verticais com argamassa
com o auxílio de bisnaga.
Recomendamos onde houver arranques,
que os blocos já possuam a abertura de visita,
para posterior limpeza, ver mais detalhes no
Capítulo 8.
Blocos com Visitas Para Limpeza
Blocos em baldrame
Blocos em Radier/Laje
Seguir os mesmos procedimentos para a 2ª
fiada, exceto às visitas.
Marcação da 2ª fiada
2ª Fiada Completa
VISITAS
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PÁGINA 20 Caderno de Recomendações
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Para as demais fiadas seguir a modulação
existente, até chegar às aberturas de janelas,
onde o procedimento para distribuição de
juntas deve ser repetido.
As paredes devem ser elevadas de forma
contínua. Quando isso não for possível, as
elevações que ficarão incompletas devem ser
finalizadas em forma de escalonamento
(chamados também de “castelinhos”).
Paredes incompletas
Verificação de alinhamento e prumo
6.3 Grauteamento Vertical
Quando chegar na 5ª ou 6ª fiada,
recomenda-se preencher com graute os furos
dos blocos indicados em planta e elevação.
Quando chegar à penúltima fiada, repete-se o
processo para completar o preenchimento de
graute.
Leia mais sobre preparo e cuidados para
aplicação de graute no Capítulo 8.
Lançamento de graute
6.4 Grauteamento Horizontal
A última fiada da parede estrutural (fiada
de respaldo) que recebe laje é sempre com
bloco canaleta, armada e preenchida com
graute.
Como sugestão, a fiada de respaldo pode
ser grauteada à tarde e iniciar a forma pela
manhã do dia seguinte. O importante é que a
canaleta esteja grauteada pelo menos 12horas
(no mínimo) antes da montagem da forma de
laje.
Os esforços de encaixe de forma e batidas
na montagem, podem provocar pequenos
deslocamentos na última fiada que são
imperceptíveis na época da construção, mas
que formam pequenas fissuras na ligação
Fechamento da visita
IMPORTANTE:
Nunca utilize nas áreas de graute
o concreto convencional.
IMPORTANTE:
Durante o assentamento, é
importante utilizar de maneira
constante a régua-prumo-nível
para verificar alinhamento e prumo
da alvenaria.
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argamassa x bloco muito suscetíveis às
patologias.
Armação horizontal na fiada canaleta
Canaleta grauteada
6.5 Telas
Em situações de interfaces, como por
exemplo, pilar-parede, parede de vedação-
parede estrutural, recomendamos o uso de tela
soldada com malha 20x20mm ou similar em
fiadas intercaladas. A quantidade e em que
fiadas aplicar, devem ser verificadas no projeto
de elevação de paredes.
Normalmente as telas são fornecidas
cortadas, em tamanhos predeterminados, com
50 cm de comprimento e a largura variável
para diferentes espessuras de paredes. O seu
tamanho exato deve ser acertado em obra,
respeitando o recobrimento mínimo de 1 cm.
Recobrimento de telas
As telas podem ser aplicadas de duas
formas, retas ou dobradas em “L”, dependendo
da interface em que será aplicada.
Dobra e aplicação de tela
Em prédios, as paredes de vedação são
elevadas após a execução de todas as paredes
estruturais, nesse caso as telas são colocadas
posteriormente com uso de tiro finca pino e pino
com arruela.
Pistola Finca Pino
Pino com arruela
Em casas as telas podem ser colocadas
durante a elevação das paredes, já que
normalmente todas as paredes são elevadas na
mesma sequência, independente de ser
estrutural ou de vedação.
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Tela em elevação para casa
6.6 Paredes de Vedação
Como apresentado no item anterior, em
prédios as paredes de vedação devem ser
elevadas após a finalização das paredes
estruturais e em casas são elevadas juntamente
com as paredes estruturais.
Em ambos os casos, os blocos da última
fiada devem ser cortados na altura para que a
parede fique com 2 cm abaixo da laje, para
posterior encunhamento.
Corte das Paredes
7. Argamassa de Assentamento
7.1 Função
A argamassa de assentamento é o
elemento de ligação entre as unidades de
alvenaria.
7.2 Juntas Longitudinais e Transversais
As juntas longitudinais e transversais dos
blocos deverão sempre ser preenchidas.
Aplicação da argamassa nas paredes
longitudinais e transversais
IMPORTANTE:
O traço da argamassa deverá
seguir as orientações de um
tecnólogo;
A resistência da argamassa será
especificada pelo projetista de
Estrutura – esta informação
aparece na folha 000 dos projetos
da Pedreira de Freitas;
O controle tecnológico é de
responsabilidade da Construtora.
CUIDADO:
A junta transversal pode ser ponte
para infiltrações.
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Nos pontos onde não houver concordância
de septos dos blocos, a argamassa transversal
pode ser eliminada.
Para casas é permitido o não
preenchimento com argamassa nas paredes
transversais dos blocos.
7.3 Juntas Verticais
As juntas verticais devem ser sempre
preenchidas com argamassa. Em casos em que
se opte por não preenchê-las, o projetista de
estrutura deve ser consultado para analisar e
verificar a viabilidade desta solução.
7.4 Dimensão das Juntas
As juntas horizontais e verticais deverão ter
dimensão de 10 mm. A variação admissível é de
2 mm, ou seja, pode variar entre 8 mm a 12 mm.
Preenchimento de juntas
Quando há alguma irregularidade na laje,
a compensação pode ser feita na junta de
assentamento inicial, a qual pode variar até
2cm.
7.5 Cuidados Importantes
Após o assentamento do bloco, utilizar a
colher para retirar o excesso de argamassa (não
deslocar o bloco da posição depois de
assentado);
Colher de pedreiro para retirada
do excesso de argamassa
No caso de chuvas, as paredes deverão ser
protegidas contra a entrada de água nos furos
dos blocos.
A argamassa de assentamento, após
preparada, deve ser consumida no prazo
máximo de 2h30min. Qualquer mistura não
utilizada neste prazo deve ser descartada.
Durante o período de uso, a argamassa
poderá ter a consistência ajustada mediante a
adição de água no máximo duas vezes. Em
climas quentes e com ventos acentuados,
recomendamos que a perda de água seja
amenizada cobrindo o recipiente de
argamassa.
A argamassa deve ser misturada com
misturador mecânico.
8. Argamassa de Revestimento
8.1 Função
As funções da argamassa de revestimento
são:
Proteger os elementos de vedação dos
edifícios da ação direta dos agentes agressivos;
Proporcionar isolamento térmico acústico e
estanqueidade à água e aos gases;
Regularizar a superfície dos elementos de
vedação, servindo de base regular e adequada
ao recebimento de outros revestimentos ou
acabamento final.
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8.2 Número de Camadas
O revestimento de argamassa pode ser de
camada única (massa única) ou de duas
camadas (emboço e reboco) conforme figura
a seguir.
Esquema para número de camadas
8.3 Espessuras de revestimento
Revestimento Espessura (mm)
Parede interna 7 ≤ e ≤ 15 mm *
Parede externa 20 ≤ e ≤ 30 mm
Tetos e ≤ 10 mm
* dados válidos também para revestimento de gesso
corrido.
8.4 Cuidados Importantes
Eliminar as irregularidades superficiais
(rebarbas de concretagem e excessos de
argamassas nas juntas) e incrustações
metálicas.
O chapisco deve ser sempre aplicado nas
fachadas e nas superfícies de concreto.
Não recomendamos o uso de revestimento
interno em gesso corrido para o 1º, penúltimo e
último pavimento, devido a estes pavimentos
sofrerem maiores deformações. Na cobertura
por conseqüência da dilatação térmica e no 1º
pavimento por esforços de maior grandeza.
Para estes pavimentos recomendamos o uso de
argamassa de revestimento.
9. Graute
O graute é um concreto fluido composto
de cimento, agregado miúdo, agregado
graúdo, água e cal ou outra adição destinada
a conferir trabalhabilidade e retenção de água
de hidratação à mistura.
É usado para o preenchimento dos vazios
dos blocos e canaletas, para solidarização da
armadura a estes elementos e/ou aumento de
capacidade portante;
O graute deve ser produzido
obrigatoriamente com misturador mecânico.
Misturador mecânico para o graute
O graute deve ser utilizado dentro de
1h30min contado a partir da adição da água
na mistura. Este tempo pode ser prolongado se
for adicionado um retardador de pega.
Atenção para o transporte do graute para
evitar que haja segregação e perda de
componentes, sendo desaconselhável o uso de
depósitos intermediários.
Durante o grauteamento os vazados dos
blocos não podem ter rebarbas de argamassa
IMPORTANTE:
O traço da argamassa de
revestimento deverá seguir as
orientações de um tecnólogo;
O controle tecnológico é de
responsabilidade da Construtora.
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e as dimensões mínimas recomendadas são de
50mmx70mm.
Antes de verter o graute, os furos devem
estar perfeitamente desobstruídos. Para tal
recomenda-se a limpeza das rebarbas de
argamassa.
Visita de inspeção
Os pontos de visita dos vazios devem ter
dimensão mínima de 7,0 cm de largura por 10
cm de altura e devem ser cuidadosamente
limpos.
Visita para inspeção intermediária
A altura máxima de lançamento do graute
deverá ser de 1,60m.
Como já mencionado, recomenda-se a
concretagem a cada 5 ou 6 fiadas, sendo a
altura da primeira etapa definida pela altura
das contra-vergas das janelas. Se o graute for
devidamente aditivado, garantida a coesão
sem segregação, a altura de lançamento
máximo permitido é de 2,80m.
O adensamento deve ser feito
concomitantemente com o lançamento do
graute. A armadura das paredes não deve ser
utilizada como ferramenta de compactação.
No adensamento manual deve-se empregar
haste de 10 e 15 mm de diâmetro, devendo a
mesma ter comprimento para atingir o fundo do
furo a preencher.
Recomenda-se que os vazados sejam
grauteados no mínimo 12 horas após a
execução da alvenaria.
10. Retração
10.1 Retração do Bloco-Argamassa
A retração do bloco e da argamassa
ocorre, principalmente, por perda de água,
resultando na diminuição de volume da parede
e conseqüentemente no aparecimento de
fissuras.
Parede fissurada devido à retração
Observações:
Quanto maior a resistência do bloco maior a retração;
Os blocos fornecidos por fabricantes com vibroprensa
de pequeno porte sem controle rigoroso de fabricação
têm maior tendência à retração.
10.1.1 Cuidados Importantes
Dar preferência a fabricantes que utilizam a
cura a vapor dos blocos;
Nunca molhar os blocos de concreto antes
do assentamento, estes devem ser assentados
secos;
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Os blocos cerâmicos devem ser molhados
antes de serem assentados;
Utilizar argamassas com baixo módulo de
deformação;
Em regiões de grandes variações térmicas,
com períodos de estiagem, recomenda-se
adotar a prática de preenchimento posterior
das juntas verticais, obrigatoriamente com
bisnaga.
Preenchimento de junta vertical com bisnaga
10.2 Retração das Lajes
A retração das lajes ocorre durante a
secagem. Se estas ficarem sujeitas à forte
insolação ou ação do vento podem aparecer
fissuras.
Fissuras nas paredes devido à retração das lajes
Essa retração pode ser minimizada com a
adoção da cura úmida e com o controle desse
processo.
11. Cobertura
A laje de cobertura, por ficar mais exposta
às variações climáticas, tende a se movimentar
mais que o restante do edifício.
Figura ilustrando a movimentação
da laje de cobertura
Essa movimentação gera fissuras e outros
desconfortos visuais nas paredes.
PRÁTICA DO PREECHIMENTO
POSTERIOR DAS JUNTAS VERTICAIS:
Fazer alvenaria sem o
preenchimento das juntas
verticais;
Desenvolver argamassa para a
aplicação com bisnaga;
Prever andaime para descer
preenchendo (do último
pavimento para o térreo) as
juntas;
Executar o revestimento
somente após o preenchimento
de todas as juntas.
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Fissuras nas paredes devido à dilatação térmica
da laje de cobertura
11.1 Cuidados com a Laje da Cobertura
Para evitar o superaquecimento da laje de
cobertura algumas medidas são de grande
importância:
Sombreamento da laje com telhado. Para
tanto deve-se prever espaço para circulação
do ar, com entrada de ar frio por baixo e saída
de ar quente por cima;
Executar o telhado 5 dias após a
concretagem da laje de cobertura;
Executar o revestimento interno (de
argamassa) do último pavimento somente após
o a execução do telhado;
Aplicação de subcobertura de alumínio;
Uso de telhas com cores claras ou refletivas
(sugestão: pintura branca).
Para minimizar os efeitos da movimentação
são previstas em projeto juntas de dilatação
com 2 cm preenchidas com isopor (no caso das
lajes tipo "Boc" pode-se deixar este espaço
vazio).
Detalhe da junta de dilatação com isopor
11.2 Cuidados no encontro Laje da
Cobertura com Alvenaria
Na junta de encontro da última fiada com
a laje de cobertura é colocado um material
que tem por função soltar a ligação entre esses
dois elementos liberando a movimentação da
laje.
Utilização de material redutor de atrito entre
a laje de cobertura e a última fiada
Exemplo da utilização do material redutor
entre a laje de cobertura e a última fiada
Exemplos de materiais utilizados nas juntas
entre a parede e a laje:
Fórmica ou manta asfáltica;
Borracha Borindus*;
Papel Kraft betumado;
Manta aluminizada.
* Borindus é o nome de um fabricante
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11.2.1 Fórmica
Recomendamos a utilização desse material
como redutor de atrito apenas para lajes pré-
moldadas.
Nesta técnica são utilizadas duas lâminas
fórmicas (espessura de 0,8 a 1 mm), uma sobre
a outra, sendo que a partes rugosas devem ficar
em contato com a laje e com a alvenaria.
Detalhe do posicionamento das fórmicas
Podemos substituir a fórmica por lâmina de
manta asfáltica de 5 mm de espessura (tipo
Tirodin APS), utilizando os lados que tem o
polietileno (menor atrito) um contra o outro, e o
lado com acabamento em areia contra o
bloco ou laje.
11.2.2 Borracha Borindus
Para a utilização dessa borracha não existe
restrição em relação ao sistema construtivo das
lajes.
São encontradas no mercado diferentes
larguras para essa borracha.
Exemplo de borracha com 14 cm de largura
e 17 mm de espessura
A borracha deve ser posicionada entre a
última fiada e a laje de cobertura.
Detalhe do sistema com borracha
Borracha posicionada sobre a alvenaria
antes da concretagem da laje
11.2.3 Papel Kraft Betumado (200g/m²)
Para a utilização desse material como
redutor de atrito não existe restrição em relação
ao sistema construtivo das lajes.
A execução desta técnica trata-se de
dobrar o papel Kraft betumado sete vezes,
cortar e posicioná-lo sobre os blocos de
alvenaria. Ele deve ser cortado de forma a ter
largura maior que a do bloco nos casos de laje
moldada “in loco” ou pré-moldada.
Detalhe para posicionamento do
papel Kraft betumado
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Após a concretagem das lajes o papel
excedente é cortado.
Detalhe do papel Kraft betumado
após o corte e concretagem da laje
11.2.4 Manta Aluminizada
Para a utilização desse material como
redutor de atrito não existe restrição em relação
ao sistema construtivo das lajes.
São utilizadas duas camadas de manta
aluminizada (3 mm), sendo que entre elas é
colocado isopor (1 cm) ou chapa plana de PVC
(3 mm).
Para a execução, deve-se cortar a manta e
o isopor (ou PVC) e posicioná-los sobre os
blocos de alvenaria. A parte aluminizada da
manta deve ficar em contato com o isopor (ou
PVC). Eles devem ser cortados de forma a ter
largura maior que a do bloco nos casos de laje
moldada “in loco” ou pré-moldadas.
Detalhe do posicionamento da
manta aluminizada
Após a concretagem das lajes o material
excedente é cortado.
Detalhe do “sanduíche” manda aluminizada,
isopor e manta aluminizada
11.3 Apartamento tipo duplex
Para prevenir fissuras em paredes de
apartamentos duplex de cobertura, também é
importante tomas os cuidados especificados no
detalhe a seguir:
Detalhe para paredes de apartamento duplex
Além disso, deve atentar para os seguintes itens:
A execução do piso térmico deve ser feito 3
dias após a concretagem da laje de cobertura;
Após a execução do piso térmico, deixá-lo
submerso em lâmina d’água de 3 cm por 5 dias.
Não usar gesso nos revestimentos das paredes
internas nestes níveis (duplex inferior e superior).
Usar revestimento em argamassa.
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11.4 Platibandas
11.4.1 Cuidados com posicionamento de
andaimes, balancins e ganchos
Não deve-se apoiar andaimes e balancins
na platibanda de alvenaria. Normalmente as
platibandas não são dimensionadas para
receber os esforços que estes equipamentos
geram.
Caso seja necessário apoiar andaimes ou
balancins, esta condição deve ser prevista e
dimensionada em projeto. Recomendamos,
nestes casos, soluções como a da figura abaixo:
Detalhe de fixação de andaimes
através de ganchos na laje
O gancho de segurança, geralmente
utilizado para eventuais manutenções, cuja
capacidade de carga máxima é de 1200 Kg,
pode ser instalado na alvenaria da platibanda
desde que tenha sido previsto em projeto. No
entanto, para redução de custos com a
armação da platibanda, recomendamos que
este também esteja localizado na laje.
12. Frisos na Fachada
Os frisos são detalhes construtivos feitos
para esconder as pequenas fissuras que em
certos casos são inevitáveis.
A posição desses frisos depende do sistema
construtivo adotado para as lajes, desde que
haja revestimento.
12.1 Frisos no Último Pavimento
Para as paredes internas, o friso é
posicionado entre a laje de cobertura e a
última fiada, independentemente do sistema
construtivo das lajes.
Detalhe de friso na cobertura para
paredes internas
Para as paredes externas os frisos são
posicionados de acordo com o sistema
construtivo da laje de cobertura.
12.1.1 Lajes Moldadas “in loco” ou Pré-
moldadas (com complemento)
No caso das lajes de cobertura com beiral
em concreto fazer um friso na base da fiada da
canaleta (alvenaria de respaldo).
Deve-se utilizar tela e aplicar
pintura elastomérica
na região dos frisos.
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Detalhe dos frisos para paredes de
fachada com beiral de concreto
Para cobertura com beiral em madeira ou
outro material que não seja concreto, o friso
acontecerá na base da fiada da canaleta e
abaixo do beiral.
Detalhe dos frisos para paredes de fachada
com beiral de madeira
Nos casos em que há platibanda fazer dois
frisos: um friso entre a platibanda e a laje e um
logo abaixo da alvenaria de respaldo.
Detalhe dos frisos quando há platibanda
12.1.2 Laje tipo "Boc" (pré-moldada maciça)
Para esse sistema construtivo, quando há
beiral, é feito somente um friso entre a laje de
cobertura e a última fiada.
Posição dos frisos no caso de laje tipo "Boc"
com beiral de concreto
Quando existe beiral de madeira ou outro
material, é feito um friso na interface do forro do
beiral e revestimento externo, conforme o
detalhe a seguir.
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Detalhe dos frisos para paredes de fachada
com beiral de madeira
Quando houver platibanda, prever dois
frisos: um acima e um abaixo da laje.
Posição dos frisos no caso de laje
tipo "Boc" com platibanda
12.2 Frisos em Todos os Pavimentos
Além dos frisos na cobertura são previstos
frisos nas paredes externas em todos os
pavimentos. Estes também têm a sua posição
relacionada ao sistema construtivo das lajes.
Nesses casos não são exigidas as telas e pintura
elastomérica.
12.2.1 Lajes Moldadas “in loco” ou Pré-
moldadas (com complemento)
Para estes tipos de lajes prever dois frisos:
um friso entre a 1ª fiada do pavimento superior e
a laje e um abaixo da última fiada do
pavimento inferior.
Detalhe dos frisos quando a laje for moldada
“in loco” ou pré-moldada
12.2.2 Laje tipo "Boc" (pré-moldada maciça)
Para o caso de laje tipo "Boc", fazer dois
frisos: um acima e um abaixo da laje.
Detalhe dos frisos quando a laje for tipo "Boc"
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Existem casos em que são utilizados
detalhes como molduras de gesso e materiais
como mastique no lugar dos frisos, para isso a
moldura deve ser fixada apenas na parede,
deixando um espaço entre ela e a laje ou
complementado com mastique.
Detalhe da utilização de moldura
Recomendamos a utilização da moldura de
gesso apenas nos casos em que se tem laje tipo
"Boc".
Espaço entre moldura e laje de cobertura
denunciando a movimentação da laje
13. Projeto de Instalações e suas
interferências na Alvenaria
Estrutural
13.1 Diretrizes para Projeto de Instalações
Os projetos de Instalações devem ser
lançados sobre a base do projeto de
modulação de 1ª fiada da Alvenaria Estrutural,
para que as instalações elétricas e telefônicas
coincidiam com os furos dos blocos e as
instalações hidrossanitárias estejam localizadas
em shafts, etc.
Exemplo de projeto elétrico lançado sobre
base de 1ª fiada – instalações dentro dos furos do bloco
Exemplo de projeto hidrossanitário lançado sobre base
de 1ª fiada- instalações em áreas de shaft e forros
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O eletroduto desce em cada ponto de
força/comando ou ponto telefônico, ou seja, os
eletrodutos caminham na vertical, dentro dos
furos dos blocos. Na horizontal eles caminham
nas lajes e sobre forros.
Exemplo de encaminhamento
dos pontos elétricos
Quando necessário, onde os pontos estão
imediatamente no furo ao lado ou, no máximo,
no 2º furo ao lado, utiliza-se um eletroduto de
ligação, onde passa de uma caixa elétrica a
outra pela região central superior das paredes
transversais do bloco, através de rasgos
executados nos locais indicados com o auxílio
de serras.
Exemplo de ligação horizontal entre
dois pontos elétricos
Deve-se ter um cuidado especial quando
os pontos de luz e interruptores forem
localizados ao lado das aberturas das portas,
pois a primeira prumada de vazados após a
abertura é normalmente grauteada, com isso
não permitindo posterior embutimento das
caixas.
Grautes em vãos de portas
Em cantos do perímetro também é comum
ter graute. Deve-se ter cuidado no lançamento
do Projeto de SPDA. A coincidência de graute e
descida do sistema de SPDA até pode
acontecer, porém a armadura do graute não
poderá ser usada para conduzir a descarga
elétrica, devendo ser colocada uma segunda
barra para esta função.
A localização do CD (centro de
distribuição) também deve ser projetada em
paredes de vedação (mínimo 14 cm) ou em
trechos interrompidos da parede estrutural,
desde que seja previamente previsto no
cálculo.
Exemplo de CD em trecho interrompido
da Alvenaria Estrutural
Recomenda-se também ter um padrão de
altura de pontos elétricos e hidrossanitário
compatível com o bloco a ser utilizado
(concreto ou cerâmico).
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PÁGINA 35 Caderno de Recomendações
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Exemplo de padrão de alturas
de pontos elétricos
Os blocos cerâmicos normalmente são
fornecidos com os furos no centro e os blocos
de concreto são cortados rentes à face inferior
ou superior (sugerimos optar por um somente).
O bloco cerâmico tem, normalmente,
o furo para a caixa elétrica no centro
Os blocos de concreto são cortados junto à
face inferior (como a ilustração) ou superior
Além disso, aconselha-se ter uma diretriz do
traçado das instalações elétricas com caminhos
otimizados.
Outro ponto que, com freqüência, interfere
na estrutura é o traçado das bandejas de
elétrica, também chamadas eletrocalhas.
Alertamos para que seu traçado seja pensado
logo no lançamento da Estrutura, para que no
decorrer do processo, não seja necessário criar
reforços estruturais ou, até mesmo, reestudar o
lançamento da Estrutura.
Segundo a NBR 10837 – Cálculo da
Alvenaria Estrutural de Blocos Vazados de
Concreto - é proibida a passagem de
tubulações que conduzam fluídos dentro das
paredes com função estrutural.
Caso seja necessário que a instalação seja
embutida, o cálculo deve prever o trecho
necessário como alvenaria de vedação
(também chamadas paredes hidráulicas).
As instalações hidrossanitárias caminharão
preferencialmente por espaços acessíveis
(shafts, carenagens, etc.), a fim de sempre
garantir o fácil acesso às instalações em caso
de manutenção, sem a necessidade de
quebrar a parede.
Exemplo de instalação com
carenagem de fechamento
No caso de prumadas de esgoto, os shafts
abrigam as tubulações, devido ao grande
diâmetro destas. Os shafts podem ser
executados de duas formas: interrompendo-se
a parede para a passagem da tubulação ou
faceando externamente à parede estrutural. As
duas soluções acarretam em um fechamento
posterior (com função de vedação).
13.2 Diretrizes para a Execução das
instalações
Para termos uma boa marcação dos
pontos de instalações, é importante que o
projeto de Locação das Instalações esteja
compatibilizado com o de Alvenaria Estrutural,
para que os pontos coincidam com os furos do
bloco e shafts.
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PÁGINA 36 Caderno de Recomendações
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O Projeto de Locação das Instalações não
é escopo do projetista Estrutural, exceto quando
tivermos radier ou lajes pré-moldadas (tipo
"Boc").
Conferência da posição das instalações
Caso ocorra algum ponto locado em
desacordo com o projeto de Locação, deve-se
contatar o projetista de Estrutura para
orientação de correção.
Após a conferência dos pontos é marcada
a 1ª fiada. Os pontos de Instalação devem
coincidir com os furos dos blocos. Sugere-se
contratar um Projeto de Produção.
1ª fiada assentada: instalações
compatibilizadas com a Alvenaria Estrutural
Após a marcação da 1ª fiada, o Projeto de
Elevações é necessário para verificação e
execução de todas as instalações que
estiverem interferindo com a parede.
Exemplo de Elevação
É importante evitar situações como a
ilustrada a seguir, onde a instalação não foi
locada corretamente. Para consertar o erro, a
parede precisou ser cortada, prejudicando o
desempenho estrutural. Nestes casos, orienta-se
consultar o projetista de Estrutura para verificar
a necessidade do reforço.
Erro de execução: locação de instalações
incompatível com furos do bloco
O instalador dever estar presente durante a
elevação da parede, para que faça as
intervenções necessárias e não seja preciso
quebrar a parede posteriormente para viabilizar
as instalações.
Não são autorizados cortes nas alvenarias
estruturais para a execução das instalações,
exceto onde estiver indicado em projeto. As
alvenarias de vedação poderão ser cortadas
para a passagem das instalações. Para esses
cortes deve-se verificar as informações nos
respectivos projetos de Instalações.
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PÁGINA 37 Caderno de Recomendações
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Restrição: cruzamento entre
Instalações Elétricas e Hidráulicas
Restrição: caminhar com o eletroduto na
diagonal em Alvenaria Estrutural
Restrição: colocar instalação junto com graute
Restrição: caminhar com o
eletroduto na horizontal
Os blocos com caixas elétricas deverão ser
preparados antes da execução da parede e
assentados no local indicado nas elevações.
Os eletrodutos devem ser colocados à
medida que se levanta a parede.
A instalação elétrica será feita pela descida
(ou subida) do eletroduto pelo vazado dos
blocos.
Descida do eletroduto pelo
vazado do bloco
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Detalhe do bloco elétrico com o eletroduto embutido
Após a colocação do eletroduto, inicia-
se a fixação das caixas de tomadas e
interruptores e do CD, observado o detalhe das
posições para a caixa.
Detalhe de fixação de caixa de luz
É necessário assentar a cinta de forma que
as esperas de instalações viabilizem a fiação
até o ponto e a emenda com o restante do
sistema.
Tubulação passando pela cinta de amarração
Esperas deixadas na cinta para passagem
de tubulações
14. Controle Tecnológico
O controle tecnológico é importante para
assegurar que os parâmetros usados em projeto
sejam garantidos e conferidas na obra.
Um dos requisitos do controle de grande
importância é a resistência à compressão dos
elementos da alvenaria. Este controle deve ser
feito antes e durante a execução da obra.
14.1 Controle Tecnológico Antes do Início
da Obra
Deve ser feita a caracterização dos
materiais da alvenaria. Esta pode ser feita:
Pelo fornecedor de materiais: desde que os
ensaios antecedam 180 dias o início da obra.
Por ensaios: ver tipos de elementos da
alvenaria e ensaios recomendados nas tabelas
1 e 3.
Tabela 1 - Número mínimo de corpos-de-prova
por tipo de elemento de alvenaria
Tipo de elemento Nº. de corpos-de-prova
Prisma 12
Pequena Parede 6
Parede 3
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14.2 Controle Tecnológico Durante a Obra
Durante a obra deve ser verificada a
resistência da alvenaria através de ensaios dos
blocos, prismas ou paredes, grautes e
argamassas.
Geralmente os blocos são atestados pelos
fabricantes. Havendo este controle, parte-se
para o controle dos prismas.
Os prismas são corpos-de-prova constituídos
de dois blocos sobrepostos, íntegros e isentos de
defeitos preparados aleatoriamente durante a
execução do lote, utilizando-se os mesmos
operadores, equipamentos e argamassa que
executam a alvenaria.
Prisma de dois blocos
O projeto estrutural é desenvolvido tendo
como referência a resistência à compressão do
prisma em relação à área bruta.
Os prismas devem ser atestados ocos e
cheios aos 28 dias, porém, sempre em relação à
área bruta.
A norma brasileira que regulamenta o
método de ensaio do prisma é a NBR8215
Prismas de Blocos Vazados de Concreto Simples
para Alvenaria Estrutural – Preparo e Ensaio à
Compressão.
Atualmente a revisão de norma permite
que haja uma diferenciação do controle
tecnológico em função do tipo do
empreendimento. Está dividido em padrão e
otimizado, conforme a tabela 2.
14.2.1 Controle padrão
No controle padrão cada pavimento de
cada edificação representa um lote para
coleta de amostras. O número de amostras
deve estar de acordo com a tabela 3.
14.2.2 Controle Otimizado
Deve ser feito em função do tipo de
empreendimento, o qual se divide em:
Edificação isolada;
Conjunto de edificações iguais.
São consideradas edificações iguais
aquelas que atendem às seguintes condições:
Fazem parte de um único empreendimento;
Têm o mesmo projetista estrutural;
Têm especificadas as mesmas resistências de
projeto;
Utilizam os mesmos materiais e procedimentos
para a execução.
14.2.3 Controle de Aceitação
Para a alvenaria ser aceita, a resistência
característica estimada dos prismas, blocos e
grautes, bem como a resistência média à
compressão da argamassa dos lotes colhidos no
pavimento devem ser maiores ou iguais às
resistências especificadas em projeto.
Caso esta condição não seja atendida,
devem ser feitos os ensaios com os prismas de
contraprova.
No caso de existência de não-
conformidades, devem ser adotadas as
seguintes ações corretivas:
revisão do projeto para determinar se a
estrutura, no todo ou em parte, pode ser
considerada aceita, considerando os valores
obtidos nos ensaios;
determinar as restrições de uso da estrutura;
providenciar o projeto de reforço;
decidir pela demolição parcial ou total.
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Tabela 2 - Quadro resumo de controle de prismas. Número mínino de prismas por
lote para mesmos materiais e procedimentos
Legenda:
Fpk – resistência do prisma
Tabela 3 – Tipos de ensaios e número de amostragem
Ensaios Esquema Componentes Amostragem
Exemplares
Resistência
à compressão
Bloco 6 exemplares
por lote
Resistência à
compressão
Prisma
(2 blocos)
6 exemplares
por lote
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Resistência à
compressão
Parede 3 exemplares
por lote
Resistência à
compressão
Graute 6 exemplares
por lote
Resistência à
compressão
Argamassa 6 exemplares
por lote
Lote para prisma, graute/argamassa:
(prevalecer a menor quantidade)
- uma semana de produção;
- execução de um pavimento;
- 200 m2 de área construída;
- 500 m2 de parede;
Lote para bloco: Conjunto de blocos
com as mesmas características,
produzidas pelo mesmo fabricante, sob
as mesmas condições e utilizando os
mesmos materiais. Numero máximo de
20.000 unidades.
OBS: Sugere-se que seja retirado o
dobro das amostras para eventuais
contraprovas.
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Anexos
Anexo 1: Premissas
1. Família de blocos:
Blocos de concreto
Blocos cerâmicos
½ bloco 14x19x14
½ bloco 14x19x19
Bloco 29 14x19x29
Bloco 34 14x19x34
Bloco 39 14x19x39
Bloco 54 14x19x54
Pastilha 14x19x4
Pastilha 14x19x9
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Bloco “jotinha”
Bloco semi-canaleta
Bloco canaleta
½ bloco 14x19x14
2. Caixilhos
Padrão de medidas osso:
JANELAS (alumínio)
Medida Arquitetura + ______ cm = final ______
PORTAS INTERNAS (madeira)
Medidas Arquitetura + ______ cm = final ______
PORTA CORTA FOGO
Medida Arquitetura + ______ cm = final ______
Pingadeira pré-moldada
Vão de h=2,20 m na alvenaria para as portas Outros h= _______m
Palitos para acerto da modulação vertical dos vãos das portas de madeira.
Porta com bandeira.
Dimensão em osso (na alvenaria) para os vãos horizontais das portas internas: __________
Dimensão em osso (na alvenaria) para os vãos horizontais das portas externas: __________
Verga pré-moldada
Abertura para ar condicionado de janela
Especificar medida do vão osso: __________ Dreno
Ar condicionado tipo split (descrever interferências instalações X alvenaria)
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3. Instalações
Instalações externas à alvenaria Uso de carenagem
Instalações embutidas
Vaso sanitário
Filtro de cozinha
Especificar: ___________________________________________________________________
Instalações passam sob os baldrames da fundação
4. Revestimentos
Piso acabado = nível osso + _____ cm
Revestimento parede externa = _____ cm
Revestimento parede interna = _____ cm
Revestimento parede interna – área molhada = _____ cm
5. Gerais
Altura de piso a teto (em osso): __________m
Escadas:
Pré-moldada
jacaré
Pré-moldada Moldada no
local
Metálica ou
madeira
Beiral
Beiral com laje
Beiral em madeira
Alvenaria de vedação
Blocos de espessura 9 cm
Dry wall
Caixa d’ água apoiada na estrutura (para alvenaria h até 2m)
Platibanda na cobertura, h=________
Arrimos em alvenaria Arrimos em concreto armado
Empreendimento localizado próximo à orla
Andaime fachadeiro
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Balancim apoiado na laje de cobertura
Desvincular a laje da cobertura da parede com sistema
____________________________________________________________________________
(especificar – ver item 11.2 do Caderno de Recomendações – Alvenaria Estrutural
da Pedreira de Freitas):
Opções de planta de venda. Especificar:
_____________________________________________________________________________
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Anexo 2: Exemplo de Relatório de Controle Tecnológico de blocos
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Bibliografia
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