caderno igreja

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 SEMANA 6 - POR QUE SOMOS BATISTAS? DIA 1 ____/____/____ Origem dos batistas Vamos conhecer um pouco sobre a história da nossa denominação batista. Qual a diferença, relação e implicações entre a história de Cristo e a nossa história, como tradição de cunho evangélico batista? A história de uma denominação não necessariamente representa algum modelo bíblico. Isto é, não vemos na Bíblia nenhuma "denominação" cristã. O cristianismo não está restrito a uma "placa" denominacional. A denominação,  porém, nos ajuda a ter um norte de compreensão do que é e como viver o cristianismo baseado nas Escrituras. É assim que vieram a existir os batistas: na tentativa de ser um grupo cristão mais fiel às Escrituras que os seus  predecessores anglicanos e c atólicos romanos A nossa história denominacional, é bom que se diga, está subjacente à história da revelação de Jesus nas Escrituras Sagradas. Bom seria que cada denominação cristã pudesse sempre buscar viver de acordo com os princípios estabelecidos por Jesus nos escritos do Novo Testamento. A aplicação de uma cosmovisão bíblica à vida, em determinado lugar e geografia, por determinado grupo que se identifica com Cristo, dá origem a uma denominação. Isso significa que os princípios denominacionais não devem se sobrepor aos  princípios do Novo Testamento e da teologia cri stã genuinamente bíblica. Toda vez que os princípios e ensinamentos de uma denominação se sobrepõem aos ensinos de Cristo ou são inferiores àquilo que o Senhor exige, enfrentamos os perigos do legalismo e do liberalismo, respectivamente e temos tristes exemplos desses desvios na história da igreja e na igreja contemporânea. A denominação batista é fruto de uma história de fé, em busca de um cristianismo genuíno que marca nossa t radição. Existem três teorias que procuram explicar a origem dos batistas. Cada teoria defende uma origem diferenciada, cada uma delas com prós e contras quando analisadas de modo desapaixonado por qualquer um de seus defensores. A primeira teoria chama-se JJJ, que quer dizer literalmente: Jerusalém, João e Jordao. É um ponto de vista que supõe que os batistas surgiram de uma linhagem ininterrupta dos tempos de João, o batizador, precursor de Cristo no  Novo Testamento. Teriam os batistas nascido em Jerusalém, por João  batizador, às margens do rio Jordao? A segunda teoria supõe uma relação entre os batistas e os anabatistas. Os  batistas seriam parentes espirituais destes religiosos cristãos do século XVI. O nome, ao menos, é bastante parecido. Os anabatistas eram dissidentes radicais diretamente ligados à reforma protestante, principalmente formados  por dissidentes alemães, ingleses e su íços. Tais cristãos pretendiam restaurar ainda mais alguns aspectos do cristianismo que não foram realizados na  primeira reforma. Qual o tipo de relação entre os batistas e os anabatistas? Seria apenas o nome e a prática de batizar as pessoas pela segunda vez? A terceira teoria defende que os batistas surgiram dos separatistas ingleses do século XVII. Esta é a opinião mais aceita pela historiografia e estudiosos da história do cristianismo. Estes grupos separatistas eram, em sua maioria, congregacionais no modo de governo da igreja e insistiam na necessidade de  batismo às pessoas regeneradas p or Cristo e convictas de sua fé. Logo, não  praticavam o batismo de crianças. Outra ênfase destes separat istas ingleses era quanto à completa separação entre Igreja e Estado, principalmente naquele contexto do Anglicanismo que apenas "revestiu" o antigo catolicismo romano que imperava na época, abrindo margens para novas reformas internas na nova religião. Qual é a teoria mais aceita entre os batistas sobre seu surgimento?

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Semana 6 Caderno Igreja 13

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  • SEMANA 6 - POR QUE SOMOS BATISTAS?

    DIA 1 ____/____/____

    Origem dos batistas

    Vamos conhecer um pouco sobre a histria da nossa denominao batista.

    Qual a diferena, relao e implicaes entre a histria de Cristo e a nossa

    histria, como tradio de cunho evanglico batista?

    A histria de uma denominao no necessariamente representa algum

    modelo bblico. Isto , no vemos na Bblia nenhuma "denominao" crist. O

    cristianismo no est restrito a uma "placa" denominacional. A denominao,

    porm, nos ajuda a ter um norte de compreenso do que e como viver o

    cristianismo baseado nas Escrituras. assim que vieram a existir os batistas:

    na tentativa de ser um grupo cristo mais fiel s Escrituras que os seus

    predecessores anglicanos e catlicos romanos

    A nossa histria denominacional, bom que se diga, est subjacente histria

    da revelao de Jesus nas Escrituras Sagradas. Bom seria que cada

    denominao crist pudesse sempre buscar viver de acordo com os princpios

    estabelecidos por Jesus nos escritos do Novo Testamento. A aplicao de uma

    cosmoviso bblica vida, em determinado lugar e geografia, por determinado

    grupo que se identifica com Cristo, d origem a uma denominao. Isso

    significa que os princpios denominacionais no devem se sobrepor aos

    princpios do Novo Testamento e da teologia crist genuinamente bblica.

    Toda vez que os princpios e ensinamentos de uma denominao se

    sobrepem aos ensinos de Cristo ou so inferiores quilo que o Senhor exige,

    enfrentamos os perigos do legalismo e do liberalismo, respectivamente e

    temos tristes exemplos desses desvios na histria da igreja e na igreja

    contempornea.

    A denominao batista fruto de uma histria de f, em busca de um

    cristianismo genuno que marca nossa tradio.

    Existem trs teorias que procuram explicar a origem dos batistas. Cada teoria

    defende uma origem diferenciada, cada uma delas com prs e contras quando

    analisadas de modo desapaixonado por qualquer um de seus defensores.

    A primeira teoria chama-se JJJ, que quer dizer literalmente: Jerusalm, Joo e

    Jordao. um ponto de vista que supe que os batistas surgiram de uma

    linhagem ininterrupta dos tempos de Joo, o batizador, precursor de Cristo no

    Novo Testamento. Teriam os batistas nascido em Jerusalm, por Joo

    batizador, s margens do rio Jordao?

    A segunda teoria supe uma relao entre os batistas e os anabatistas. Os

    batistas seriam parentes espirituais destes religiosos cristos do sculo XVI.

    O nome, ao menos, bastante parecido. Os anabatistas eram dissidentes

    radicais diretamente ligados reforma protestante, principalmente formados

    por dissidentes alemes, ingleses e suos. Tais cristos pretendiam restaurar

    ainda mais alguns aspectos do cristianismo que no foram realizados na

    primeira reforma. Qual o tipo de relao entre os batistas e os anabatistas?

    Seria apenas o nome e a prtica de batizar as pessoas pela segunda vez?

    A terceira teoria defende que os batistas surgiram dos separatistas ingleses do

    sculo XVII. Esta a opinio mais aceita pela historiografia e estudiosos da

    histria do cristianismo. Estes grupos separatistas eram, em sua maioria,

    congregacionais no modo de governo da igreja e insistiam na necessidade de

    batismo s pessoas regeneradas por Cristo e convictas de sua f. Logo, no

    praticavam o batismo de crianas. Outra nfase destes separatistas ingleses era

    quanto completa separao entre Igreja e Estado, principalmente naquele

    contexto do Anglicanismo que apenas "revestiu" o antigo catolicismo romano

    que imperava na poca, abrindo margens para novas reformas internas na

    nova religio.

    Qual a teoria mais aceita entre os batistas sobre seu surgimento?

  • O que voc acha sobre estas teorias? Tem alguma opinio sobre pontos

    positivos e negativos?

    Quais as principais diferenas entre a denominao batista e as demais

    denominaes que voc conhece atualmente?

    Dvidas? Preciso conversar com meu discipulador ou professor sobre...

    Falando com Deus. Registre aqui uma orao a Deus em resposta ao estudo de

    hoje.

    Guardando a palavra no corao. Procure Hebreus 10:25 em sua Bblia e

    escreva aqui:

    SEMANA 6 - POR QUE SOMOS BATISTAS?

    DIA 2 ____/____/____

    Os princpios batistas

    A histria dos batistas maior do que o simples relato do incio de uma

    instituio. Na verdade, nossa histria como batistas tambm a histria de

    uma evoluo de princpios bblicos que foram sendo cunhados, defendidos e

    colecionados no decorrer do tempo.

    Quem batista?

    Quando pensamos no que significa ser batista, temos que separar o que

    cultural geralmente secundrio do que representa um principio distintivo e

    permanente. Imagine se os primeiros batistas nos visitassem hoje e no

    encontrassem os mesmos usos e costumes que os da sua poca, como seria?

    Com certeza, eles poderiam perguntar se de fato somos batistas. Mas o que

    daria certeza a eles de que somos batistas, apenas as diferenas de usos e

    costumes? O que afirmaria nossa identidade batista seriam os princpios

    bblicos que advogamos como nossa herana tradicional.

    Ainda hoje, se voc visitar uma igreja batista em outro estado ou pais, ir

    observar que a liturgia, administrao e aparatos de f so diferentes dos que

    utilizamos aqui em nossa comunidade de f. Dependendo do contexto,

    certamente nos perguntaremos se tal igreja que visitamos realmente batista.

    Por isso, importante voc ter em mente que ser batista no significa adotar

    certos costumes litrgicos. No espere posies monolticas entre os batistas.

    Desde suas origens, os batistas no foram um povo homogneo em sua

    vivncia crist, mas vieram a existir pela sua unidade em meio diversidade.

    Os princpios distintivos dos batistas que lhes do unidade e coeso.

    A caracterstica inequvoca de nossa denominao no a forma, mas a

    essncia: princpios bblicos somados a uma intensa cooperao entre as

    igrejas locais e seus rgos denominacionais. Os rgos denominacionais

    trabalham ativamente em prol da expanso missionria.

  • Os princpios bblicos que distinguem os batistas so:

    Princpios distintivos dos batistas:

    1. A Bblia como nica regra de f e pratica; 2. A igreja composta por pessoas regeneradas e batizadas

    voluntariamente por imerso em nome do Pai e do Filho e do Esprito

    Santo;

    3. Autonomia e democracia da igreja local; 4. Competncia da alma, isto , a liberdade de conscincia religiosa; 5. Completa separao entre Igreja e Estado; 6. Sacerdcio universal dos cristos; 7. Ativa cooperao entre as igrejas de mesma f e ordem.

    O portal eletrnico da Conveno Batista Brasileira faz a seguinte afirmao a

    respeito deste ultimo principio e caracterstica dos batistas; que nos

    caracterizamos:"[...] pela intensa e ativa cooperao entre suas igrejas. No

    havendo nenhum poder que possa constranger a igreja local, a no ser a

    vontade de Deus, manifestada atravs de seu Santo Esprito, os batistas,

    baseados nesse princpio da cooperao voluntria das igrejas, realizam uma

    obra geral de misses, em que foram pioneiros entre os evanglicos nos

    tempos modernos; de evangelizao, de educao teolgica, religiosa e

    secular; de ao social e de beneficncia. Para a execuo desses fins,

    organizam associaes regionais e convenes estaduais e nacionais, no

    tendo estas, no entanto, autoridade sobre as igrejas; devendo suas resolues

    ser entendidas como sugestes ou apelos".

    Estes princpios so valores para voc?

    Algum desses princpios complicado ou de difcil de aceitao por sua

    parte? Por qu?

    O que caracteriza, para voc, um cristo e uma igreja espiritual?

    Se voc est pedindo filiao em nossa igreja batista, mas tem origem em

    outra denominao, voc consegue explicar por que deseja se tornar um

    batista?

    Dvidas? Preciso conversar com meu discipulador ou professor sobre...

    Falando com Deus. Registre aqui uma orao a Deus em resposta ao estudo de

    hoje.

    Guardando a palavra no corao.

    Procure Hebreus 10:25 em sua Bblia e grife. Escreva o versculo num carto

    e deixe-o em um lugar visvel para que voc possa l-lo vrias vezes durante o

    dia.

    SEMANA 6 - POR QUE SOMOS BATISTAS?

    DIA 3 ____/____/____

    As doutrinas batistas: sua confisso de f

  • Voc sabe o que uma "confisso de f"? E qual a diferena entre uma

    confisso de f e um "dogma"? Os batistas tm dogmas ou confisses de f?

    Pense um pouco nessas perguntas. Para ajud-lo, vamos ver de perto o que

    uma confisso de f e o que um dogma.

    Confisso de f uma declarao dos principais tpicos doutrinrios e ticos

    que uma denominao cr e escreve em forma de postulado. A confisso de f

    pode e deve ser atualizada ao longo das demandas que a Igreja Crist enfrenta

    na cultura em que est inserida. A cada momento em que as circunstncias

    requerem um posicionamento, as confisses de f so revistas e atualizadas.

    Assim, os batistas esclarecem seus pontos de vistas doutrinrios atravs de

    confisses de f.

    Uma das confisses de f batistas mais famosas a que fora cunhada em

    Londres em 1689. Uma das razes pelas quais esta confisso de f batista foi

    escrita tinha haver com a perseguio que a igreja estatal estava realizando

    contra aqueles grupos que batizavam pessoas por imerso.

    C. H. Spurgeon, tambm chamado de prncipe dos pregadores disse anos

    depois respeito dessa confisso de f: s vezes penso que gosto da piscina

    batismal porque tem sido manchada de sangue, e agora est proibida por lei no

    continente europeu. Amo-a porque vejo nela o sangue de homens e mulheres

    que foram martirizados porque amavam a verdade de Deus. Acaso no

    defendero o estandarte da verdade, depois que to ilustre linhagem de

    guerreiros o tem sustentado em suas mos?.

    Spurgeon foi um dos que reeditou esta confisso de f famosa para auxiliar no

    doutrinamento de sua igreja local. Sobre esta confisso ele escreveu em 1855

    que a confisso de f no emitido como uma regra autoritativa, ou cdigo

    de f, pelo que vocs devem ser constrangidos, mas como uma ajuda para

    vocs em controvrsia, uma afirmao de f, e um meio de edificao na

    justia. Aqui os membros mais jovens de nossa igreja tero um Corpo de

    Teologia, que servir como uma pequena bssola, e por meio de provas

    bblicas, estaro prontos para dar razo da esperana que est neles. No se

    envergonhem de sua f; lembrem-se que este o antigo Evangelho dos

    mrtires, confessores, reformadores e santos. Acima de tudo, a verdade de

    Deus, contra o qual todas as portas do inferno no prevalecero. Deixem suas

    vidas adornarem a sua f, deixem o seu exemplo enfeitar o seu credo. Acima

    de tudo, vivam em Cristo Jesus, e andem nele, no crendo em nenhum

    ensinamento, seno no que manifestamente aprovado por ele, e de

    propriedade do Esprito Santo. Apeguem-se fortemente Palavra de Deus que

    est aqui mapeada para vocs.

    Spurgeon sinaliza muito bem o que a confisso de f e para que ela serve.

    No uma regra autoritativa acima da Santa Palavra de Deus. Serve para

    mapear as doutrinas da Bblia com vistas a proclamao e defesa da f

    verdadeira, evangelical.

    O dogma diferente da confisso de f. O dogma algo solidificado e que

    no pode ser alterado e, por vezes, nem discutido. Essa a opinio da Igreja

    Catlica Romana a respeito de suas doutrinas: no devem ser discutidas, j

    esto postuladas.

    Portanto, a diferena reside em que os batistas no creem que se devem

    estabelecer normas inflexveis e que no devem ser discutidas ao longo das

    geraes, mas que os principais pontos teolgicos das Escrituras podem e

    devem ser explanados a cada novo cdigo de linguagem, como uma

    declarao daquilo em que cremos.

    Portanto, ns batistas acreditamos que o melhor a desempenhar em questes

    doutrinarias estabelecer uma confisso de f que norteie e direcione os

    principais assuntos teolgicos sob o ponto de vista bblico. A declarao

    doutrinaria da Conveno Batista Brasileira atualmente conta com 19 artigos.

    Aqui, apenas para fins didticos, ressaltamos mais alguns, totalizando 29

    tpicos, mas que so equivalentes aos descritos pela nossa Conveno

    nacional. Consulte ao final desta semana um descritivo completo do que

    cremos, as doutrinas batistas.

    1. Escrituras Sagradas: 2Tm 3.16,17 2. Deus: Dt 6.4 3. Trindade: Mt 28.19,20 4. Jesus: Fp 2.5-11

    16. Batismo nas guas: Rm 6.3-5 17. Ceia memorial: 1Co 11.20-30 18. Domingo, o dia do Senhor: Ap 1.10 19. Ministrio da Palavra: 1Tm 3.1

  • 5. Esprito Santo: Gn 1.2 6. Pecado: Rm 3.23 7. Ser humano: Gn 1.27 8. Salvao: Ef 2.8-10 9. Regenerao: 2Co 5.17 10. Justificao: Rm 5.1 11. Santificao: 1Ts 5.23 12. Glorificao: Rm 8.28-30 13. Eleio: 1Ts 1.4 14. Reino de Deus: Mt 4.17 15. Igreja: Ef 1.22,23

    20. Oficiais da igreja: Fp 1.1 21. Mordomia: 2Co 9.6,7 22. Evangelizao e misses: At 1.8 23. Educao crist: 1Pe 3.15 24. Liberdade religiosa: Tg 4.12 25. Justia social: Mt 5.13-16 26. Morte: Rm 5.12 27. Vida aps a morte: Ap 22.7 28. Famlia: Ml 2.10 29. Homossexualismo: Gn 1.27,28

    Sobre quais destes tpicos da confisso de f ou doutrinas batistas voc tem

    alguma dvida ou, quem sabe, at uma discordncia? Anote o assunto e leve

    para seu professor de classe ou discipulador:

    Em qual doutrina voc tem maior dificuldade de crer e receber? Por qu?

    Como sua relao com o estudo da Palavra de Deus?

    Dica: acesse o portal da Conveno Batista Brasileira www.batistas.org.br,

    para fazer download da declarao doutrinria, dos princpios batistas e da

    filosofia da CBB, e para conhecer algumas das organizaes e juntas

    executivas que deliberam sobre aes entre as igrejas batistas e para o reino de

    Deus. Escreva aqui suas impresses sobre os Princpios e Doutrinas Batistas.

    Dvidas? Preciso conversar com meu discipulador ou professor sobre...

    Falando com Deus. Registre aqui uma orao a Deus em resposta ao estudo de

    hoje.

    Guardando a palavra no corao. Coloque o versculo na sequncia correta e

    memorize:

    chegando. reunies. alguns No animemos como esto o costume de s nossas

    assistir Pelo uns aos HB 10.25 outros e ainda mais agora que que o dia est

    abandonemos, fazendo, contrrio, vocs vem

    SEMANA 6 - POR QUE SOMOS BATISTAS?

    DIA 4 ____/____/____

    O protestantismo e os batistas no Brasil

    http://www.batistas.org.br/

  • O protestantismo uma ramificao da religio crist caracterizada por

    considerar a relevncia da presena de Deus na vida do ser humano e a Bblia

    como nica regra de f e conduta. Por trs do protestantismo existe um

    "principio reformador" da Igreja.

    O principio reformador ocorreu e ocorre, principalmente, em momentos de

    desvio doutrinrio e opresso institucional da Igreja. A Igreja sempre ter a

    necessidade de reforma, principalmente quando estiver fora dos princpios e

    valores revelados nas Escrituras Sagradas.

    Um fato bem conhecido na histria o da Reforma Protestante, que aconteceu

    no sculo 16, antes da histria dos batistas que conhecemos. O cone desta

    reforma o Martinho Lutero, reformador alemo. Lutero foi conhecido por

    fixar as 95 teses contra as indulgencias na porta do Castelo de Wittenberg, em

    31 de outubro de 1517.

    Porm, antes mesmo desta reforma que eclodiu na Alemanha, j existiam

    pessoas insatisfeitas com o modo de vida, pregao, confisso e prticas da

    Igreja dominante. Tais reformadores nem sempre so to lembrados quanto

    Lutero, Calvino e Zwinglio. Precisamos conhecer, tambm, as histrias de

    John Huss, John Wycliffe, John Foxe, William Tyndale, s para citar alguns.

    Depois dessa primeira ou segunda gerao de reformadores, o princpio

    reformador ficou evidente nos grupos separatistas ingleses e radicais. Com o

    termo radicais queremos dizer mais radicais que os primeiros reformadores

    ingleses diante da Igreja Anglicana. Em cada regio do mundo afetada pela

    Reforma (este movimento foi amplo na Europa) houve grupos radicais,

    piedosos e desejosos de viver o evangelho de modo mais intenso, vivo e

    profundo do que tinham aprendido estavam acostumados.

    Houve um profundo sentimento de renovao espiritual diante dos aparatos da

    religio institucionalizada e por vezes opressora. A Reforma Protestante na

    Alemanha foi o divisor de guas de uma histria que j estava sendo escritas

    por personagens annimos, mas que protagonizaram a histria de Jesus na

    nossa histria.

    Por causa de muita gente cheia de arrependimento, f e coragem, ns podemos

    viver princpios que traduzem nossa tradio e f. Sem dvida alguma, ns

    podemos declarar nossa confisso de f aps o sangue derramado de muitos

    mrtires que lutaram pela verdade.

    Como perceber a necessidade do surgimento de novas reformas na nossa vida

    e na vida de nossa igreja?

    Como voc pode ser um agente reformador em sua comunidade de f?

    Os batistas

    A trajetria dos batistas tem incio na Europa, pelo menos at onde sabemos

    por meio dos documentos histricos. Os batistas surgiram na Inglaterra, por

    volta de 1610. O crescimento dos batistas na Inglaterra corroborado pelo

    trabalho e surgimento das associaes que tornavam as igrejas batistas

    cooperadoras umas com as outras, visando expanso do evangelho de Cristo.

    Anos depois, em busca de liberdade religiosa, a tradio batista segue com

    Roger Willians para os Estados Unidos da Amrica, em meados de 1683. A

    Europa, mais uma vez, foi vtima do desfavor religioso e fantico dos

    contrarreformadores. A liberdade religiosa que vinha sendo pregada ainda no

    era uma realidade dos cristos europeus. Roger Willians no foi apenas um

    dos nomes batistas nos Estados Unidos, mas tambm um ativista poltico que

    lutou pela liberdade religiosa nesse pas.

    Ao final de um dos maiores dramas do povo norte-americano (1867) a

    guerra civil entre os estados abolicionistas do norte e os estados agrcolas e

    escravagistas do sul um bom grupo de americanos desembarcou no Brasil.

    Estes antigos irmos estavam em busca de oportunidades, sendo ainda

  • favorveis ao trabalho escravo, dos quais muitos eram batistas. Os batistas

    chegaram, assim, ao solo brasileiro.

    No principio, estes colonos batistas queriam erguer-se da derrota que sofreram

    na guerra civil americana e fixaram residncia em Santa Barbara d'Oeste, no

    interior de So Paulo. Estes batistas sentiram, com o tempo, a necessidade de

    ampliar os horizontes missionrios, educacionais e de interesse social e

    conseguiram que a Junta de Richmond, da Conveno Batista do Sul dos

    Estados Unidos, prestasse ateno ao evangelho no Brasil. H um documento

    brasileiro datado de 1870 e chamado de manifesto para evangelizao do

    Brasil que foi assinado por um batista.

    O Brasil colnia era uma terra promissora para mercadores, mas tambm um

    pas cheio de necessidades. Alguns anos mais tarde, em resposta s cartas

    enviadas pelos irmos de Santa Barbara d'Oeste, a Junta de Richmond enviou

    em 1881 o missionrio William Buck Bagby e sua esposa Ana, para dar incio

    histria oficial dos batistas no Brasil. O casal Bagby migrou para Salvador,

    na Bahia em 1882, de onde o trabalho batista comeou a expandir. A partir

    da, o evangelho e os batistas foram Brasil adentro, crescendo nas principais

    cidades do pas, como So Paulo e Rio de Janeiro. E depois no Paran, em

    Paranagu, por volta de 1902, quando Samuel Pires de Melo desembarcou em

    na cidade.

    Voc conhecia toda essa histria? Quanta informao maravilhosa! Agora,

    agradea a Deus porque ele pensou em voc antes mesmo de voc nascer.

    Agradea pelas vidas de homens e mulheres que pagaram um preo altssimo,

    em alguns casos at a morte, para disseminar valores e princpios que hoje so

    "normais" ou at mesmo "imperceptveis" para muitos de ns, como o da

    liberdade religiosa ou a separao entre Igreja e Estado. Ore para que Deus

    no permita que sua Igreja pare de experimentar o principio reformador, que

    impede que ela seja enganada por erros s vezes bem sutis.

    Nas linhas abaixo, escreva uma frase que represente o tempo com Deus que

    voc teve.

    Reflita e escreva: Qual a importncia para a vida crist de estudar a histria

    dos batistas para os dias atuais?

    Dvidas? Preciso conversar com meu discipulador ou professor sobre...

    Falando com Deus. Registre aqui uma orao a Deus em resposta ao estudo de

    hoje.

    Guardando a palavra no corao. Complete o versculo de e memorize:

    No ___________________, como alguns esto fazendo, o

    _________________ de assistir s nossas ________________. Pelo

    _________________, animemos uns aos __________________ e ainda mais

    agora que vocs __________ que o dia est _____________________. HB

    10.25

    SEMANA 6 - POR QUE SOMOS BATISTAS?

    DIA 5 ____/____/____

    A PIB de Curitiba: nosso legado de f

  • A histria da Primeira Igreja Batista de Curitiba, nossa igreja local, tem inicio

    em Paranagu, com a obra pioneira de Samuel Pires de Melo. Primeiramente,

    o trabalho de Samuel Pires de Melo no era deliberadamente batista. Ele era

    um cristo convicto de seu chamado para pregar e, com isso, uma igreja foi

    formada no litoral paranaense. Num certo tempo de seu ministrio, quando

    estava doente e no tinha mais condies de continuar o trabalho missionrio,

    Melo foi em busca de auxilio.

    Nosso pioneiro identificou-se com o trabalho dos batistas e entrou em contato

    com os batistas brasileiros, que j comeavam a expandir seus horizontes. Foi

    o mesmo William B. Bagby, que comeou o trabalho em Salvador, que foi

    enviado para sondar o trabalho em Paranagu e, posteriormente, abraar essa

    obra e t-la como batista. A igreja em Paranagu tornou-se a Primeira Igreja

    Batista de Paranagu, a primeira do estado do Paran, em dezembro de 1910

    com 230 membros. Samuel Pires de Melo veio a falecer em 1911.

    Da Primeira Igreja Batista de Paranagu originaram-se os demais trabalhos

    missionrios no Estado, sendo um deles em Curitiba. O movimento batista em

    Curitiba foi implementado por meio do Pr. Manoel Virginio de Souza e a

    igreja foi organizada em 13 de maio de 1914.

    Lderes de ontem e de hoje

    Para Mulholland (2004, p.187), liderar implica mais do que guiar e mostrar o

    caminho; implica incorporar em nosso modo de viver aquilo que cremos e

    pregamos. A Bblia, por si, raramente utiliza a terminologia "lder" para

    descrever os lderes do povo de Deus. A liderana crist bem sucedida, ao

    contrrio de qualquer outro tipo de liderana, deve estar muito bem alicerada

    na pessoa e ensino de Jesus Cristo.

    O tipo de liderana que Jesus esperava dos seus seguidores era para ser bem

    diferente daquela apresentada pelos religiosos de seu tempo. Jesus inseriu na

    humanidade um novo conceito sobre liderar: liderar servir. Jesus os

    chamou e disse: "Vocs sabem que aqueles que so considerados governantes

    das naes as dominam, e as pessoas importantes exercem poder sobre elas.

    No ser assim entre vocs. Pelo contrrio, quem quiser tornar-se importante

    entre vocs dever ser servo; e quem quiser ser o primeiro dever ser escravo

    de todos. Pois nem mesmo o Filho do homem veio para ser servido, mas para

    servir e dar a sua vida em resgate por muitos (Mc 10.42-45).

    A liderana que voc almeja (ou j executa) desenvolver esse tipo de

    liderana? Ou a liderana empregada no mundo, com ambio, autoritarismo e

    galardes, ainda chama sua ateno? Sua resposta independe de se voc um

    lder eclesistico ou um lder em qualquer outra rea da sociedade.

    Os pastores na histria da PIB Curitiba

    O ministrio dos pastores no pode ser confundido com o ministrio pastoral

    da Igreja. Deus delegou o servio pastoral a toda a Igreja: cuidar uns dos

    outros com toda a dimenso que a palavra cuidado possa ter. O ministrio

    pastoral no o mesmo que o dos pastores e oficiais contratados pela igreja

    local. O ministrio dos pastores pastorear: Portanto, apelo para os

    presbteros que h entre vocs, e o fao na qualidade de presbtero como eles

    e testemunha dos sofrimentos de Cristo, como algum que participar da

    glria a ser revelada: Pastoreiem o rebanho de Deus que est aos seus

    cuidados. Olhem por ele, no por obrigao, mas de livre vontade, como

    Deus quer. No faam isso por ganncia, mas com o desejo de servir. No

    ajam como dominadores dos que lhes foram confiados, mas como exemplos

    para o rebanho. Quando se manifestar o Supremo Pastor, vocs recebero a

    imperecvel coroa da glria (1Pe 5.1-4).

    Os pastores foram chamados por Deus e tm sido preparados pelo Senhor para

    exercer sua vocao quando e no lugar que o Senhor quiser. Todos somos

    ministros de Deus. Por isso, o ministrio pastoral no pode ficar delegado

    apenas a pastores oficiais, mas toda igreja deve participar do processo de

    cuidado mtuo e edificao. Os pastores, porm, trabalham preparando

    efetivamente a igreja para o pleno uso de seus dons espirituais em prol do

    avano do reino de Deus, da misso crist para Deus, para a Igreja e para o

    mundo.

    A igreja do Novo Testamento nos ensina que devemos reconhecer a

    autoridade dos que ministram na igreja e investi-los para que sejam exemplos

    a todo o rebanho. Esses, a quem a igreja local constituiu seus lderes oficiais,

    so os pastores. Deus convoca e prepara, mas o reconhecimento da igreja faz

  • tambm faz parte do processo do Senhor ao levantar lderes e oficiais na

    comunidade.

    Os pastores so pessoas que Deus permite que dediquem sua vida e vocao

    em prol do reino de Deus, servindo em uma igreja local. So parceiros de

    Deus no aperfeioamento dos santos. So humanos, portanto passveis de

    erros. Mas so modelos da vida com Deus para todos os membros da

    comunidade. So guardies da s doutrina, em meio aos modismos e heresias

    que tanto surgem em nossos dias. Eles so instrumentos de disciplina e sade

    nos relacionamentos da comunidade de f. Todavia, nem todos os pastores

    podem e devem ficar toda sua carreira proposta por Deus em uma igreja local

    apenas. Seu ministrio pertence ao Senhor, e o Senhor pode mudar sua

    geografia e at mesmo suas nfases de trabalho. Alm disso, como qualquer

    pessoa, esses irmos no so eternos.

    Agradecemos a Deus pela vida dos pastores que j "dormem" no Senhor, mas

    fizeram diferena e deixaram seu legado entre ns, na PIB Curitiba. E

    incentivamos voc a orar pelos pastores que atuam hoje, servindo o Senhor

    com alegria.

    Manoel Virginio de Souza, fundador da PIB Curitiba, nasceu em 6 de abril de

    1875, em Pilas, Alagoas. Chegou ao Paran em 2 de dezembro de 1912.

    Faleceu no dia 6 de julho de 1951 em Curitiba e foi homenageado pela

    Conveno Batista Paranaense pelos seus 39 anos de fecundo ministrio.

    Roberto Pettigrew foi pastor da PIB Curitiba de 1914 at 1938.

    Arthur Beriah Deter foi pastor a partir de 1938, com alguns intervalos.

    Guilherme Butler foi pastor de 1919 at 1921.

    Alberto Luper foi pastor de 1921 at 1922.

    Djalma Cunha foi pastor de 1927 at 1933.

    Joo Emilio Henk foi pastor de 1933 at 1948.

    A. Ben Oliver foi pastor de 1948 at 1950.

    Walter Kaschel foi pastor de 1951 at julho de 1959.

    Arthur Gonalves foi pastor de julho a dezembro de 1959.

    Harald Schaly foi pastor de 1960 at 1967.

    Joo Henrique Diedam foi pastor de 1967 at 1968.

    Richard Thomas Plampin foi pastor de maro de 1968 at julho de 1978 com

    intervalos.

    Cornlio Dorta Bernardes foi pastor de janeiro de 1969 at 1972.

    Avelino Ferreira foi pastor de novembro de 1972 at fevereiro de 1973.

    Marcilio Gomes Teixeira foi pastor de fevereiro de 1973 at 1983.

    Derek Punchard e Henrique Diedam foram pastores interinos quando da sada

    do Pr. Marclio Gomes Teixeira.

    Paschoal Piragine Junior pastor desde agosto de 1986 at o presente

    momento.

    Junto ao pastorado do Pr. Paschoal Piragine Junior, a igreja conta com um

    colegiado de pastores e ministros(as) que se dedicam em tempo integral para

    fazer a diferena nesta igreja to abenoada. Voc conhece cada um de seus

    pastores? Se ainda no os conhece, procure saber quem so, ajude-os em suas

    tarefas ministeriais para que todos cumpramos com excelncia o trabalho de

    "aperfeioar" a Igreja de Deus e propagar o reino de Deus.

    Aliste, aqui, o nome e ministrio especfico de cada um dos pastores da igreja.

    Oua o Esprito de Deus gui-lo para atuar em algum desses ministrios,

    cooperando na obra de Deus.

    E o seu ministrio? Voc j conhece os dons e talentos que Deus lhe

    emprestou e quer usar para fazer diferena nessa obra atravs de voc? Qual

    o legado de f que voc est deixando para a prxima gerao de seguidores

    de Jesus desta igreja local?

    Dvidas? Preciso conversar com meu discipulador ou professor sobre...

  • Falando com Deus. Registre aqui uma orao a Deus em resposta ao estudo de

    hoje.

    Guardando a Palavra no corao. Procure escrever o versculo de da semana

    de cor.

    Agora, v at sua Bblia e confira se est correto. Se sim, parabns!!! Se no,

    corrija o versculo e continue memorizando.

    Faa uma reviso das lies desta semana e escreva o que voc fixou de cada

    uma delas preparando-se para o encontro de ensino que voc ter sobre o tema

    desta semana.

    DOUTRINAS BATISTAS

    1 - Escrituras Sagradas: 2Tm 3.16,17. Cremos que a Bblia nossa nica

    regra de f e prtica. A Bblia revela em linguagem humana o que podemos e

    devemos saber sobre Deus e sua vontade. A Bblia nos revela Deus

    completamente na pessoa de Jesus Cristo. O que as Escrituras dizem o que

    Deus disse. medida que algum busca a verdade bblica de corao, o

    prprio autor da Bblia, isto , o Esprito Santo, se coloco ao lado da pessoa

    para ajuda-la a entender e interpretar as verdades sagradas.

    2 - Deus: Dt 6.4. Cremos que h um nico Deus pessoal, criador e sustentador

    do universo. Deus esprito e por isso devemos ador-lo em esprito e em

    verdade. A Bblia destaca a onipotncia, a oniscincia e a onipresena de Deus

    entrelaados com seu perfeito amor, bondade, santidade e justia.

    3 - Trindade: Mt 28.19,20. Cremos que Deus Pai, Filho e Esprito Santo,

    como nos foi revelado nas Escrituras. Deus nico, mas existente em trs

    pessoas. Cada pessoa da Trindade singular, tecnicamente: distintas e co-

    iguais. Um mistrio, mas revelado a ns. um privilegio conhecer Deus como

    ele . No cremos que a Trindade se trata de trs deuses ou que seriam

    poderes emanados de uma divindade superior. Cremos no Deus trino.

    4 - Jesus: Fp 2.5-11. Cremos que Jesus Cristo Filho de Deus, Deus

    encarnado, a segunda pessoa da Trindade divina e que efetuou de uma vez por

    todas na cruz do Calvrio a salvao eterna de todos que se achegam a ele por

    meio do arrependimento e da f. Jesus ressuscitou dentre os mortos

    corporalmente, mas glorificado. Ele ascendeu aos cus o nico e suficiente

    mediador entre Deus e os homens. Cremos que ele voltar um dia, em grande

    glria, para julgar os vivos e os mortos e executar cabalmente o plano de

    redeno de Deus para a humanidade.

    5 - Esprito Santo: Gn 1.2. Cremos que o Esprito Santo, a terceira pessoa da

    Trindade divina Deus, consolador, doador de dons aos salvos e opera a

    salvao da cruz no pecador arrependido para que ele viva para a glria de

    Deus em santificao e crescimento espiritual.

    6 - Pecado: Rm 3.23. Cremos que o pecado original foi passado para toda a

    humanidade. O pecado nos separa totalmente de Deus. Por causa do pecado

    todos os seres humanos so merecedores da ira e justia punitiva de Deus.

    Pode-se definir pecado como uma inconformidade lei e vontade de Deus.

    Todo ser humano, portanto, um pecador por natureza. A evidencia da raiz do

  • pecado em nosso corao se d pela manifestao dos pecados cometidos. O

    nico antidoto para o pecado o sangue de Cristo.

    7 - Ser humano: Gn 1.27. Cremos que o ser humano foi criador por Deus em

    perfeio, mas rebelou-se contra Deus e carente da graa, da misericrdia e

    da salvao de Jesus Cristo. Fomos feitos imagem e semelhana de Deus e

    somente no encontro com Cristo podemos ser totalmente restaurados do

    pecado, da carne e do diabo.

    8 - Salvao: Ef 2.8-10. Cremos que Deus efetuou, voluntariamente e

    motivado por amor incondicional, a salvao do ser humano pecador atravs

    do sacrifcio substitutivo de Jesus Cristo na cruz para que todo aquele que em

    seu Filho crer, tenha a vida eterna. As obras so importantes, essencialmente

    por aqueles que foram salvos. Mas a salvao no por obras, isso seria

    autojustificao. A salvao um resgate miraculoso de nossas vidas do

    pecado e do diabo.

    9 - Regenerao: 2Co 5.17. Cremos que regenerao quando a pessoa nasce

    de novo. Tal conceito indica que Deus renovou o corao dos salvos

    implantando uma nova natureza, que dispe nossa alma para o Evangelho e a

    santificao. A renerao realizada unicamente por Deus, assim como na

    justificao e na glorificao, onde acontece a transio do estado espiritual de

    morte para Deus, para o estado de vida. Isso acontece pela graa de Deus.

    10 - Justificao: Rm 5.1. Cremos na doutrina da justificao pela f em

    Cristo Jesus. A justificao um ato judicial de Deus por meio do qual declara

    perdoado o pecador, aceitando-os como justos e definindo de maneira

    permanente sua relao com o pecador justificado. A concesso da

    justificao s possvel mediante a obra redentora de Cristo, isto , o

    Evangelho de Deus.

    11 - Santificao: 1Ts 5.23. Cremos que a santificao uma obra de

    renovao da mente e dos atos daquele que foi regenerado. Quando fomos

    salvos por Deus, mediante a f, nossos pecados no foram erradicados

    totalmente da vida. O pecado foi dominado. Deixamos de ser escravos dele e o

    Esprito Santo produz uma transformao constante em nosso viver. Cabe

    alguma parte a ns, em nossa santificao, como buscar conhecer a Deus

    baseados na Palavra de Deus, desenvolver nosso relacionamento com ele

    numa vida dedicada de orao e prestamos ateno no que Deus faz para nos

    juntarmos a ele.

    12 - Glorificao: Rm 8.28-30. Cremos que a glorificao a etapa final da

    nossa salvao em Cristo Jesus. Num primeiro estgio, fomos salvos no ato da

    justificao. Em seguida, estamos sendo salvos no processo da santificao. O

    terceiro e final estgio quando seremos livres plenamente do poder e das

    consequncias do pecado. A morte ser totalmente conquistada. O ensino da

    glorificao proporciona ao cristo a esperana de completa salvao por meio

    da volta de Cristo e da habitao eterna no cu.

    13 - Eleio: 1Ts 1.4. Cremos que a Bblia fala explicitamente sobre os eleitos

    de Deus e que se trata de uma importante doutrina a respeito da soberania e

    iniciativa de Deus salvar os pecadores. Mesmo que ainda haja algumas

    controvrsias respeito da eleio da parte de grupos cristos, essa doutrina

    revelada para encorajar os filhos de Deus confiana em Cristo, fidelidade

    Palavra e santidade no Esprito.

    14 - Reino de Deus: Mt 4.17. Cremos que o Reino de Deus possu trs

    aspectos multidimensionais: escatolgico, ou seja, o Reino que est por vir;

    cosmolgico, isto , a Criao em sua totalidade pertence ao Senhor; pessoal e

    moral, quer dizer, a habitao de Cristo no corao humano transformando

    vidas e temperando o dissabor do mundo.

    15 - Igreja: Ef 1.22,23. Cremos que a Igreja de Cristo composta por pessoas

    regeneradas pelo Esprito Santo, convictas de sua f pessoal unicamente em

    Jesus Cristo, e que foram batizadas biblicamente para servir a Deus numa

    igreja local com outros salvos.

    16 - Batismo nas guas: Rm 6.3-5. Cremos que o batismo nas guas um ato

    simblico que marca o incio pblico e comunitrio da vida crist do salvo.

    Por conseguinte, no batizamos crianas recm-nascidas ou pequenas porque

    elas no tm conscincia do pecado e convico de f ainda. No cremos que

    o batismo pode salvar ou outorgar beno, sejam elas quais forem, mas algo

    importante que deve ser feito voluntariamente, com entendimento e em

    obedincia ao Senhor pelos que nele creem.

  • 17 - Ceia memorial: 1Co 11.20-30. Cremos que ceia do Senhor deve ser

    realizada em memria do sacrifcio de Jesus. A ceia deve ser realizada

    segundo os parmetros deixados por Cristo, a respeito dos elementos que

    representam seu sangue e corpo e da periodicidade de sua realizao. Se o

    batismo o rito inicial que marca a vida crist, a ceia memorial o rito de

    continuidade da vida espiritual que visa o cu. Em outras palavras, no cremos

    na transubstanciao nem na consubstanciao. A ceia no sacramento, um

    smbolo festivo que Deus fez por ns e da ceia escatolgica que o salvo

    celebrar no cu.

    18 - Domingo, o dia do Senhor: Ap 1.10. Cremos que o domingo o dia do

    Senhor para os cristos. Adoramos em comunidade no domingo porque Jesus

    ressuscitou no domingo e porque os cristos desde a poca do Novo

    Testamento se renem aos domingos para celebrar a Deus e edificar-se sob a

    Palavra de Deus. Nossos irmos da igreja primitiva possuam a clareza que o

    sbado judaico no o dia de culto da Igreja. Todos os dias so de cultos, o

    domingo separado como um dia diferencial.

    19 - Ministrio da Palavra: 1Tm 3.1. Cremos que que o ministrio da

    Palavra pertence a Cristo e delegado s igrejas para sua edificao,

    encorajamento e ensino. O ministrio da Palavra no pertence a celebridades

    evanglicas nem exige o culto a personalidades do momento. Todos os crentes

    so chamados para o servio, possuem dons espirituais e so igualmente

    importantes no Reino. H, no entanto, uma diferena no exerccio de funes.

    Com isso, a Bblia deixa claro que Deus chama pessoas para o exerccio do

    ensino e da pregao da Palavra. Isto , alguns irmos podem e devem ser

    reconhecidos pela igreja local como aqueles que tm os dons, a maturidade e a

    competncia necessria para liderar a comunidade de f local.

    20 - Oficiais da igreja: Fp 1.1. Cremos que os oficiais de uma igreja batista

    so os pastores e os diconos. Esses oficiais podem servir em tempo integral

    ou no, dependendo das escolhas e possibilidades da igreja junto a seu oficial

    ordenado. O oficio pastoral no substitu o ministrio/servio pastoral que a

    igreja local deve exercer em sua localidade. As atribuies para a escolha e

    exerccio do ministrio dos oficiais da igreja encontra-se claramente em 1

    Timteo 3.1-13. Por isso, a igreja batista no admite apstolos, profetas,

    paipstolos, querubins (ou qualquer outra nomenclatura estranha que surgir)

    como oficiais da igreja. Esses ttulos inflamam egos e descaracterizam o que

    cremos como o papel dos oficiais batistas. O dom do apostolado o mesmo

    que o do missionrio que planta igrejas em locais onde o Evangelho ainda no

    chegou. O dom de profecia a capacitao especial que Deus concede a

    alguns para expor com fidelidade as Escrituras, aplicando-a na vida das

    pessoas.

    21 - Mordomia: 2Co 9.6,7. Cremos que Deus o dono de tudo que existe,

    inclusive dos recursos materiais que permitem a manuteno da vida. Por isso,

    entendemos que a prtica de dar o dzimo e ofertas um ato de adorao, de

    gratido e dever de todo cristo. No barganhamos com Deus, mas

    devolvemos parte do que ele nos d como forma de reconhecimento de seu

    sustento total em nosso viver.

    22 - Evangelizao e misses: At 1.8. Cremos que o ministrio de

    evangelizao e misses primordial na vida de uma igreja local e de uma

    denominao saudvel. Evangelizar significa para ns compartilhar a boa-

    notcia que Jesus morreu pelos pecadores afim de dar-lhes a vida eterna,

    restaurar sua amizade com Deus e que podemos fazer parte disto por meio do

    arrependimento e f em Cristo. Evangelizar tarefa de todo cristo, que

    capacitado pelo Esprito Santo para ser uma testemunha eficaz da obra de

    Cristo e um proclamador da mensagem da cruz.

    23 - Educao crist: 1Pe 3.15. Cremos que de suma importncia o

    ministrio de ensino da igreja local. A igreja deve se esmerar em ensinar a

    Palavra porque o prprio Jesus e os apstolos tinham a pregao e o ensino

    em alta considerao em seus ministrios. Ensinar para transformar vidas

    significa que devemos conhecer a Palavra, amar a Deus e o prximo e praticar

    a palavra atravs do servio abnegado em nome de Jesus e de ministrios.

    Quando fala-se em educao na igreja, trata-se de uma educao

    fundamentalmente crist e baseada firmemente nas Escrituras Sagradas. O

    termo educao religiosa que foi usado por muitos anos transmite outra ideia

    de educao, por isso, caiu em desuso. Falamos de educao unicamente crist

    para a igreja local.

    24 - Liberdade religiosa: Tg 4.12. Cremos que a liberdade religiosa um

  • direito de todo ser humano. Depreendendo deste princpio chegamos em outro

    que reza que cada ser humano deve ter liberdade de conscincia religiosa. Em

    outras palavras, todo ser humano livre para crer do modo que quiser, assim

    como realizar suas prticas religiosas no pas, desde que no fira qualquer

    direito vida. Outrossim, apesar deste direito de cada indivduo, entendemos

    que devemos leva-los ao conhecimento do Evangelho com respeito e em

    amor.

    25 - Justia social: Mt 5.13-16. Cremos que a justia perfeita de Deus pode

    ser exercida na terra atravs dos discpulos de Cristo que se engajam

    ativamente na justia social. Deus nos chamou para sermos sal da terra e luz

    do mundo. As boas obras tm sua importncia no engajamento do cristo em

    prol de um mundo mais justo e correto. Os cristos so cidados deste mundo

    e devem marcar sua presena de forma positiva e saudvel em meio aos

    dilemas sociais da atualidade.

    26 - Morte: Rm 5.12. Cremos que a morte uma separao. Existem trs

    tipos de morte: a fsica, a espiritual e a eterna. A morte fsica a separao da

    alma do corpo; a morte espiritual a separao de Deus; a morte eterna ser a

    separao eterna de Deus, daquele que morto espiritualmente. Ningum

    escapar da morte fsica. Mas possvel escapar das morte espiritual e eterna

    atravs da obra redentora de Jesus Cristo.

    27 - Vida aps a morte: Ap 22.7. A morte para o mpio, ou seja, a pessoa sem

    Cristo, desgraa. Porque o destino eterno dos no-salvos o inferno. A

    morte do crente motivo de consolo para os que ficam e alegria para ele que

    cumpriu sua carreira crist. O destino eterno do salvo o cu. possvel

    matar o corpo, mas a jamais a alma. impossvel qualquer tipo de

    comunicao com os mortos. Uma vez que a pessoa morreu, ela encontrou seu

    destino eterno, ou cu, ou inferno.

    28 - Famlia: Ml 2.10. Cremos que a famlia foi criada e instituda por Deus.

    A famlia tem incio no casamento heterossexual e monogmico. O casamento

    um compromisso vitalcio entre um homem e uma mulher, que escolhem

    viver em fidelidade e amor. O(s) filho(s) so uma bno do Senhor e devem

    ser educados segundo os princpios e valores bblicos. Porm, no poder ter

    filhos no significa necessariamente uma maldio. Divorcio e qualquer

    manifestao de abusos na famlia so pecados e podem ser perdoados e

    restaurados por Deus na medida que houver santificao das partes.

    29 - Homossexualismo: Gn 1.27,28. Cremos que Deus criou macho e fmea,

    isto , homem e mulher, como no relato literal da Criao. No aceitamos

    qualquer prtica homossexual como correta, mesmo que isso seja bem visto

    ou aceitvel pela sociedade como um todo. Importa dizer que qualquer outro

    tipo de prtica sexual depravada contrria da vontade de Deus. Sendo o sexo

    uma ddiva de Deus para os casados, conforme as prescries bblicas de

    heterossexualidade, monogamia e compromisso conjugal, os batistas creem

    que Deus os conclama a uma postura de santidade em todas as reas da vida.