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CADERNOS DE
PESQUISA E EXTENSO
DESAFIOS CRTICOS -
CPEDeC
SADE, EDUCAO E
ADMINISTRAO: NOVOS
DIRECIONAMENTOS E
PERSPECTIVAS
ISSN 1809 - 5399
2
ISSN 1809 - 5399
REVISTA INTERDISCIPLINAR DA
FACULDADE ESTCIO DE SERGIPE
ESTCIO FaSe
ANO 7 V.12 N.12 julho/dezembro de 2013 Aracaju
3
PUBLICAO SEMESTRAL
Ficha Catalogrfica: elaborada pela Biblioteca da Faculdade Estcio de Sergipe Estcio FaSe
Revista Interdisciplinar da Faculdade Estcio de Sergipe-Estcio FaSe
Cadernos de Pesquisa e Extenso Desafios Crticos CPEDeC, ano 7, v.12, n.12,
Jul./dez.---------Aracaju: Faculdade Estcio de Sergipe Estcio FaSe, 2013.
108 p.
Periodicidade: Semestral
ISSN online: 1809 - 5399
1. Cincias Sociais e Aplicadas 2. Cincias Humanas 3. Cincias da Sade. Titulo.
CDU 009(05)
CPEDeC Aracaju v.12 n.12 p.108 jul./dez. 2013
O CPEDeC no se responsabiliza pelas opinies emitidas pelos autores.
Nenhuma parte desta publicao pode ser reproduzida por qualquer meio, sem a
prvia autorizao da ESTCIO FaSe.
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CPEDeC
REVISTA INTERDISCIPLINAR DA FACULDADE ESTCIO DE SERGIPE
ESTCIO FaSe
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Prof. Me. Paulo Rafael Monteiro Nascimento
Direo Acadmica
Prof. Me. Fernando Luiz de Arajo Monteiro
Conselho Consultivo
Prof.Me. Paulo Rafael Monteiro Nascimento
Prof. Ps.doc. Hortncia de Abreu Gonalves
Conselho Editorial
Prof. Me. Dayse Coelho de Almeida
Prof. Me. Eduardo Carpejani
Prof. Dr. Orlando Pedreschi Neto
Prof. Me. Maria Tereza Ettinger Oliveira
Prof. Me. Amintas Figueiredo Lira
Prof Dr Llian de Lins Wanderley
Conselho Cientfica
Prof. Me. Betnia Costa Leite
Prof. Dr. Daniela Carvalho Almeida da Costa
Dr. Llian de Lins Wanderley
Dr. Hlio Mrio Arajo
Comisso de Reviso
Prof. Me. Rosilene Pimentel S. Rangel
Prof Esp.Michelle de Araujo Goes
Prof Esp. Veronice de Ftima Silva Barreto
Comisso de Projeto Grfico
Prof. Esp. Cleberton Carvalho Soares
RP Adnia Santos Andrade
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EDITORIAL
Desafiar criticamente a cincia e da avanar para novas conquistas e inovaes requer a
tomada de conhecimento do que j se pesquisou e produziu, a fim de instrumentalizar aqueles
que pretendem se alinhar com o processo civilizatrio da sociedade e alcanar metas no seu
campo profissional, como contribuio ao aumento da qualidade de vida dos seres humanos.
Nessa perspectiva, a reviso bibliogrfica o primeiro passo quando se busca o conhecimento
do objeto a pesquisar, sendo indubitavelmente um fator motivador na alavancagem do
desenvolvimento tcnico e cientfico dos diversos setores da atividade humana.
O Caderno de Pesquisa e Extenso Desafios Crticos CPEDeC, em sua edio de nmero
doze do perodo julho a dezembro de 2013, congrega dez trabalhos que procuram mostrar o
estado da arte da produo acadmica no mbito da fisioterapia, da gesto socioambiental
empresarial e da educao distncia, temas que assumiram posio de destaque na sociedade
moderna.
A primeira constatao que motivou uma reviso na literatura especfica de certo modo
obvia, uma vez que partiu da premissa de estar a problemtica ambiental entre as
preocupaes que afligem a sociedade. Apresenta, porm, um vis bem particular, pois focado
nas novas abordagens que denotam a responsabilidade das empresas com a qualidade do meio
ambiente e compatvel com a gesto empresarial moderna.
A maior parte dos trabalhos, contudo, trata dos avanos da cincia em prol da reabilitao dos
acometidos por paralisias decorrentes de traumas cerebrais, do desenvolvimento dos
portadores de necessidades especiais, das limitaes fsicas dos idosos, e dos que so
submetidos imobilidade por deficincias permanentes ou eventuais. Para esses pacientes a
Fisioterapia sozinha ou aliada com variadas tcnicas e recursos externos a esse campo
desenvolveu a laserterapia para cicatrizao das lceras de presso e para a acelerao da
regenerao das estruturas nervosas, a Facilitao Neuromuscular Proprioceptiva (FNP) e a
Eletroestimulao, entre outras, e a fisioterapia aqutica como mtodo de fortalecimento de
pacientes idosos, visando a preveno de quedas e a cura de leses por acidentes.
Dois trabalhos focaram a condio dos portadores da Sndrome de Down. Um desses aborda
tcnicas como a equoterapia, que propicia de modo eficiente a independncia e o rpido
desenvolvimento fsico e social das crianas, e outro que busca no acervo bibliogrfico a
compreenso do aparelho fonador, em face da hipotonia da musculatura orofacial e da
macroglossia ou cavidade oral pequena, responsveis por problemas na fala de crianas com
essa deficincia.
Por fim, complementando o conjunto de estudos temticos bem oportunos nos dias atuais um
dos trabalhos investiga o papel da educao distncia, concluindo que cada vez mais as
tecnologias so empregadas em benefcio da aprendizagem, e que essa modalidade de
educao talvez seja o mais importante canal para a obteno de informaes e
conhecimentos.
Llian de Lins Wanderley
Professora Doutora da Universidade Federal de Sergipe
Ps-Doutoranda do Programa de Ps-Graduao em
Geografia da Universidade Federal do Cear
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CPEDeC
CADERNOS DE PESQUISA E EXTENSO DESAFIOS CRTICOS
ISSN 1809 5399 online
ISSN 1808-8511 impresso
v. 12 n. 12 jul./dez. 2013
www.revistadesafioscriticos.fase-se.edu.br
ADMINISTRAO Responsabilidade Socioambiental Empresarial: um Estudo de Reviso sobre as Novas Abordagens de Gesto Socioambiental
Karina Andrade Sampaio Silva.............................................................9
Maria Tereza Ettinger Oliveira
Marlia Barbosa de Azevedo Fontes
EDUCAO Anlise da Modalidade Educao Distncia Como Poltica Educativa: Abordagem Conceitual
Eduardo Jorge Novaes Schoucair.......................................................20
FISIOTERAPIA Tratamento Fisioteraputico na Subluxao do Ombro em Pacientes Hemiplgicos: Reviso Bibliogrfica
Carlos Giovanni Souza Barbosa.........................................................31
Tnia dos Santos Matos
Elaine Andrade de Jesus
Reabilitao na Paralisia Facial Perifrica: Reviso Bibliogrfica
Ana Carolina Silva Santos..................................................................39
Laiza Michelle Matos da Penha
Elaine Andrade de Jesus
Influncia do Tratamento Fisioteraputico para a Paralisia
Cerebral: Reviso da Literatura
Itala Maria Santos Silva......................................................................49
Kathlen Moura Teles
Elaine Andrade de Jesus
Os Benefcios do Laser no Processo de Cicatrizao das lceras de
Presso: Uma Reviso da Literatura
Josinalva Fonseca dos Santos .............................................................58
Elaine Andrade de Jesus
Influncia da Fisioterapia na Preveno de Quedas em Idosos:
Reviso Bibliogrfica
Karlis Mirtis Morais de Jesus..............................................................67
SUMRIO
7
Ana Paula dos Santos
Elaine Andrade de Jesus
Os Benefcios da Fisioterapia Aqutica em Pacientes Idosos:
Reviso de Literatura
Sammy de Almeida Santos.................................................................76
Sheila Teixeira Taveira Elaine Andrade de Jesus
Interveno Fisioteraputica na Sndrome de Down: Uma Reviso
de Literatura
Gerlaine Vieira....................................................................................83
Thallytha Barros
Elaine Andrade de Jesus
LETRAS A Importncia do Aparelho Fonador para Crianas com Sndrome de Down (SD)
Denise Arajo de Jesus.......................................................................92
Jane Arajo Kruschewisky
Michelle de Araujo Goes
NORMAS PARA
SUBMISSO
Linha Editorial...............................................................................104
Estilo de Apresentao dos Artigos..............................................104
Estilo de Apresentao das Resenhas...........................................108
8
ARTIGOS
9
RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL EMPRESARIAL:
UM ESTUDO DE REVISO SOBRE AS NOVAS ABORDAGENS DE GESTO
SOCIOAMBIENTAL
Karina Andrade Sampaio Silva1
Maria Tereza Ettinger Oliveira2
Marlia Barbosa de Azevedo Fontes3
RESUMO
O presente estudo trata da responsabilidade socioambiental empresarial, destacando as novas
abordagens de gesto socioambiental. A anlise parte da premissa de que a problemtica
ambiental assumiu uma posio de destaque entre as preocupaes que afligem a sociedade e,
nas ltimas dcadas, o processo industrial vem passando por uma constante reavaliao. Em
virtude do exposto, esse estudo objetiva verificar, na literatura, as evidncias das
contribuies da responsabilidade socioambiental nas atuais abordagens empresariais. A
metodologia empregada foi a reviso bibliogrfica, cuja trajetria metodolgica se apoiou em
leitura exploratria. A reviso de literatura mostra que a seriedade da degradao ambiental
est transformando a discusso das questes ambientais em matria obrigatria em diversas
reas do conhecimento humano. No cenrio empresarial, a gesto socioambiental fator
primordial na valorizao da questo ambiental, pois incentiva o processo produtivo aliando a
produtividade e com a sustentabilidade. As estratgias de gesto socioambiental consistem em
um conjunto de medidas e procedimentos que permitem reduzir e controlar os impactos
introduzidos por um empreendimento sobre o meio ambiente.
Palavras-chave: Crise Ambiental. Gesto Ambiental. Responsabilidade Socioambiental
Empresarial
I INTRODUO
A problemtica socioambiental ganhou maior intensidade em pesquisas e estudos nos
ltimos anos e, atualmente, tem se destacado em debates pelo mundo, em que frequentemente,
a mdia registra o agravamento dos impactos ambientais, tais como: poluio dos recursos
hdricos, aquecimento global, efeito estufa, desmatamento, chuvas cidas, aumento da gerao
de resduos slidos, degradao ambiental, entre outros.
Os estudos de Adissi e Almeida Neto (2013) mostram que os desastres ambientais e
a discusso sobre suas causas esto ocupando cada vez mais espao nos meios de
comunicao, reconhecendo-se que as aes humanas so um dos principais problemas que
tm afetado negativamente os recursos ambientais. Pesquisas revelam que a situao do
cenrio ambiental demonstra o evidente interesse pelo estudo da questo socioambiental, visto
que a ao humana tem causado impactos negativos ao ambiente, provocando mudanas em
grande escala na vida diria, capazes de afetar a qualidade de vida da populao e a
1 Graduanda do Curso de Administrao da Faculdade Estcio de Sergipe. E-mail: [email protected]
2Mestre em Administrao de Recursos Humanos, docente da Faculdade Estcio de Sergipe. E-mail:
[email protected] 3 Especialista em Gesto de Marketing e Bacharel em Administrao com nfase em Anlise de Sistemas pela
Universidade Tiradentes UNIT; coordenadora do curso de Tecnologia em Gesto Pblica e professora do
Curso de Administrao da Faculdade Estcio de Sergipe Estcio Fase Aracaju-Sergipe. E-mail:
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sobrevivncia de outras espcies, cujas consequncias so em nvel global (LEITE, 2008;
CHAVES; BATALHA, 2006; NOVAES, 2008; DIAS, 2008).
Como consequncia observa-se que os problemas socioambientais afetam
diretamente a qualidade de vida da humanidade. Torna-se importante para a sociedade e para
a continuidade de operao dos sistemas produtivos em geral a proteo ao meio ambiente. As
razes que justificam tal afirmao so numerosas: estabelecimento de termos legais, melhora
da imagem da empresa atravs da responsabilidade socioambiental, reposta do mercado e,
principalmente, a possibilidade de retorno financeiro.
Diversos estudos de nvel nacional e internacional vm defendendo a necessidade de
integrar esforos nas vrias reas para o desenvolvimento de intervenes de conscientizao
ambiental (TACHIZAWA, 2011; DIAS, 2008). Assim, a seriedade da degradao ambiental
est transformando a discusso das questes ambientais em matria obrigatria em diversas
reas do conhecimento humano.
No Brasil, a discusso acerca da crise ambiental comeou a ganhar notoriedade a
partir de 1960, quando diversos pesquisadores, influenciados por uma srie de fatores que
contribuam para o aumento dos problemas ecolgicos, passaram a estudar a ao do homem
no meio socioambiental. Adentrando a dcada de 1970, a Organizao das Naes Unidas
(ONU) organiza a Conferncia da Biosfera (1968) e a Conferncia de Estocolmo (1972),
eventos estes que discutiram, com maior nfase, os problemas polticos, sociais e econmicos
e suas influncias diretas sobre o meio ambiente.
A partir da a crise ambiental ganhou maior visibilidade, com um alerta sobre a
necessidade de coibir o crescimento urbano desenfreado, sob pena de haver total degradao
no meio ambiente.
Em virtude do exposto, passou a haver uma maior preocupao por parte das
empresas em conciliar o processo produtivo com a conservao e qualidade socioambiental,
sendo este um dos maiores desafios que as empresas enfrentam: investir em desenvolvimento
sustentvel, por meio de estratgias de Responsabilidade Socioambiental que podem trazer
benefcios para o meio ambiente e a sociedade em geral.
Assim, a problemtica socioambiental assumiu uma posio de destaque entre as
preocupaes que afligem a sociedade e, nas ltimas dcadas, vem passando por um processo
constante de reavaliao.
A aproximao e vivncia com o tema evidenciou um vasto campo de pesquisa, o
que permitiu o seguinte questionamento: quais as novas abordagens da gesto socioambiental
que contribuem para reduzir os impactos ambientais ocasionados pelas empresas?
A fim de responder ao questionamento, o objetivo desse estudo verificar na
literatura as evidncias das contribuies da Responsabilidade Socioambiental nas atuais
abordagens de gesto empresarial. Como objetivos especficos foram traados: analisar a
evoluo da crise socioambiental; destacando os termos da conscientizao socioambiental;
descrever os conceitos bsicos, os benefcios e objetivos da Responsabilidade Socioambiental
nas empresas; investigar os processos organizacionais aliados aos princpios da
Responsabilidade Socioambiental empresarial e analisar a importncia da Responsabilidade
Social na minimizao dos problemas socioambientais.
O interesse pela temtica decorrente da percepo de que, apesar dos nmeros de
estudos acerca dessa temtica, ainda h uma necessidade de discutir o tema em virtude dos
questionamentos que o mesmo sucinta, analisando as produes cientficas desenvolvidas nos
ltimos anos (2008-2013), estruturando em trs tpicos, abordando os aspectos histricos e
conceituais da responsabilidade socioambiental das empresas, bem como verificando a
importncia da Responsabilidade Socioambiental na minimizao dos problemas
socioambientais.
11
A metodologia empregada foi a reviso bibliogrfica, cuja trajetria metodolgica se
apoiou em leitura exploratria. No primeiro momento foram selecionadas diversas fontes, em
base de dados cientficos: SCIELO (Scientific Electronic Library Online), consultadas por
meio do site da Biblioteca Virtual e Google acadmico, bem como a Biblioteca da Faculdade
Estcio de Sergipe, utilizando as seguintes palavras chaves: Responsabilidade Socioambiental
Empresarial, Crise Ambiental e Gesto Socioambiental. Foram inclusos artigos e publicaes
acerca do tema, no perodo de 2008 a 2013, em lngua portuguesa, sendo excludos artigos e
publicaes anteriores a essa data.
Esse trabalho relevante socialmente, pois a responsabilidade socioambiental , na
atualidade, um dos princpios sensveis da cidadania e condio essencial da sustentabilidade,
e devendo ser o principal objetivo das organizaes: cuidar e preservar o meio ambiente.
2 REFERENCIAL TERICO
2.1 A Crise Socioambiental
Os fatores como a intensificao da industrializao, a exploso demogrfica, o
aumento da produo industrial e do consumo em massa, aliados urbanizao e
modernizao agrcola, foram decisivos para a evoluo histrica do desenvolvimento
humano, e tambm para configurao da crise socioambiental.
Braga et al. (2008) traam uma anlise acerca da relao existente entre os principais
componentes da crise ambiental: populao, recursos naturais e poluio. O primeiro
contribui para crise ambiental a partir do seu crescimento desigual, que leva a astronave (o
planeta) a utilizar seus recursos de forma desordenada, gerando um desequilbrio ambiental.
O segundo, os recursos naturais, vm sendo explorados de forma invivel, uma vez que o
progresso tecnolgico e a expanso demogrfica vm degradando o meio ambiente, pois
necessita a cada dia de uma maior quantidade de matrias-primas para suprir suas
necessidades. E, finalmente, a poluio, configurada atravs de vrios poluentes que
contaminam o ambiente.
Gasparini (2008) entende que existe um paralelo entre economia e meio ambiente.
Para esse autor, toda e qualquer deciso econmica gera um impacto ao ambiente, e toda
alterao nele causa, ainda que pequena, um impacto econmico. Tal compreenso foi
ignorada por muito tempo pelo setor produtivo, bem como os efeitos negativos das suas
atividades antrpicas no meio ambiente.
A ao humana no ambiente trouxe srias consequncias para vida no planeta, dentre
elas, a degradao ambiental. Snchez (2008) conceitua a degradao ambiental, como sendo,
qualquer modificao adversa dos processos, funes ou componentes ambientais, que afeta a
qualidade ambiental. O autor, ainda refora a ideia de que a qualidade ambiental se refere a
uma medida realizada com base em indicadores, da condio de um determinado ambiente
com relao aos requisitos e necessidades humanas e de outras espcies.
Para Silva (2010) atravs da degradao ambiental ocorre a destruio dos elementos
que compem o meio ambiente, a derrubada das matas, bem como com a contaminao por
meio de substncias qumicas que alteram a sua qualidade, impedindo o seu uso natural,
sendo um exemplo dessa situao a poluio.
Na compreenso de Braga et al (2008, p. 67),
[...] os efeitos da crise ambiental podem ter carter localizado, regional ou
global, sendo os mais conhecidos e perceptveis os locais ou regionais, os
quais, em geral, ocorrem em reas de grande densidade populacional ou
atividade industrial, correspondendo s aglomeraes urbanas em todo o
planeta.
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O aumento da degradao ambiental fomentou debates por governos, grupos
ecolgicos, tcnicos, empresrios e cidados comuns. Todavia, a crise ambiental uma
questo que j vem sendo discutida desde longas dcadas. A partir das dcadas de 1940 e
1950, comeou o movimento ambientalista na Frana, Holanda e Inglaterra, onde se discutiam
os ideais conservacionistas e preservacionistas, defendendo a intocabilidade das reas ainda
inexploradas e o uso racional dos recursos como melhor soluo, tratando-se, j neste
momento, da questo do desenvolvimento sustentvel (JACOBI, 2008).
No Brasil, a discusso acerca da crise ambiental comeou a ganhar notoriedade a
partir de 1960, diversos pesquisadores, influenciados por uma srie de fatores como
problemas ecolgicos passaram a estudar a ao do homem no meio socioambiental.
Adentrando a dcada de 1970, a Organizao das Naes Unidas (ONU) organiza a
Conferncia da Biosfera (1968) e a Conferncia de Estocolmo (1972), eventos estes que
discutiram, com maior nfase, os problemas polticos, sociais e econmicos e suas influncias
diretas sobre o meio ambiente (SILVA JNIOR, 2007).
Assim, a crise ambiental ganhou maior visibilidade a partir da dcada de 1960, de
acordo com Almeida Neto, Oliveira e Braga (2013), essa dcada trouxe um despertar mundial
para a necessidade de que a sociedade humana regulamentasse as aes e intervenes de
empreendedores pblicos e privados sobre o meio ambiente.
A partir deste momento, a sociedade em geral foi tomando nova conscincia dos
riscos potenciais decorrentes do contnuo progresso tecnolgico e o modo em que eles afetam
o meio em que vivem, atravs das drsticas consequncias.
importante destacar que a Conferncia das Naes Unidas sobre o meio ambiente,
realizada em Estocolmo, na Sucia, em 1972, foi o primeiro grande evento da ONU a discutir
questes ambientais, realizada durante a Guerra Fria, porm o encontro no chegou a definir
polticas efetivas por causa das divergncias entre os pases do bloco capitalista e os do socia-
lista (DIAS, 2008).
Segundo Dias (2008), com a ampliao dos debates sobre o meio ambiente, na
segunda metade do sculo XX, passaram a ser elaborados estudos sobre o meio natural,
associados ao interesse pela situao do ser humano, tanto no plano da comunidade como no
das necessidades individuais de vida e subsistncia, destacando-se a relao entre os
ambientes artificiais e os naturais.
O debate ambiental ganha impulso em 1992, com a Conferncia das Naes Unidas
sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, no Rio de Janeiro com a Eco-92 ou Rio 92
fazendo-se novos balanos dos problemas ambientais e estabelece a Conveno sobre
Mudanas Climticas - que mais tarde deu origem ao Protocolo de Kyoto -, sendo aprovada a
Agenda 21, um plano de ao com metas para a melhoria das condies ambientais do planeta
(DIAS, 2008).
Uma dcada depois da Eco-92, foi realizado em 2002, o frum mundial denominado
Rio+10, em Johanesburgo, na frica do Sul, onde a cpula mundial discutiu sobre o
Desenvolvimento Sustentvel e a partir deste momento, se disseminou a ideia de
desenvolvimento ecologicamente sustentvel, definindo como aquele que responde s
necessidades do presente, sem comprometer a capacidade das geraes futuras de responder
s suas necessidades.
A conscincia ambiental ganhou impulso no sculo XX, no ps-guerra, uma vez que
este momento histrico acabou por gerar efeitos que definiram o quadro mundial atual,
inclusive efeitos ambientais que provocaram uma mudana de valores, dando origem a
diversas iniciativas sociais que tinham como objetivo criar alternativas e reagir diante os
problemas resultantes da degradao (CAMARGO, 2008).
Por meio dos movimentos descritos a sociedade vem experimentando modificaes
significativas no seu comportamento, frente nova percepo da realidade ambiental e social,
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decorrentes das repercusses do crescimento e desenvolvimento urbano e a fomentao de
inmeros problemas ecolgicos.
Segundo Medina (2008), com a ampliao dos debates sobre o meio ambiente, foram
elaborados estudos sobre o meio natural, integrados ao interesse pela situao do ser humano,
tanto no plano da comunidade como no das necessidades individuais de vida e subsistncia,
destacando-se a relao entre os ambientes artificiais e os naturais.
Neste cenrio, alm dos movimentos ambientalistas, o setor privado e a sociedade
civil comearam a intervir nas questes sociais, configurando em gesto ambiental.
2.2 Gesto Ambiental
Cada vez mais, as questes ambientais esto se tornando matrias obrigatrias em
diversas reas do conhecimento humano. A globalizao, a internacionalizao dos padres
de qualidade ambiental, a conscientizao crescente da sociedade e a disseminao da
educao ambiental revelam o quanto urgente encontrar formas de solucionar ou minimizar
a crise ambiental, buscando estratgias de preservao do meio ambiente e melhoria da
qualidade de vida da populao em escala global (TACHIZAWA, 2011).
Em virtude dos impactos ambientais causados pela ao do homem, surge a
necessidade do desenvolvimento da gesto ambiental, haja vista que atravs dela possvel
alcanar um processo produtivo mais consciente com o meio ambiente.
A gesto ambiental consiste em um conjunto de medidas e procedimentos bem
definidos que, se aplicados permitem reduzir e controlar os impactos introduzidos por um
empreendimento sobre o meio ambiente (VALLE, 2012).
Diante do exposto, verifica-se que h um grande desafio para as organizaes
promoverem aes que visam uma convivncia coerente possvel com o meio ambiente como
um todo, seja no gerenciamento e controle dos processos produtivos, nos aspectos ambientais
significativos adversos, ou mesmo nas aes compensatrias quando no h como evitar o
impacto ambiental para o meio ambiente.
Na viso de Tachizawa (2011), em virtude dos impactos ambientais gerados por
grandes corporaes, a gesto ambiental tornou-se um importante instrumento gerencial para
capacitao e criao de condies de competitividade para as organizaes, qualquer que
seja o seu segmento econmico.
Estudos revelam que a gesto ambiental tornou, nos ltimos tempos, uma importante
ferramenta de modernizao e competitividade para as indstrias brasileiras. O crescimento
desta viso at o reconhecimento como instrumento gerencial veio suplementar abordagem de
comando e controle, que desde sua introduo, h quase duas dcadas, vinha sendo a nica
estratgia para garantir a qualidade ambiental no pas.
Neste novo panorama, os gestores ambientais de um processo produtivo necessitam
partilhar do entendimento de que deve existir um objetivo comum, e no um conflito, entre
desenvolvimento econmico e proteo ambiental, tanto para o momento presente como para
as geraes futuras.
Segundo Adissi e Almeida Neto (2011, p. 09), na gesto ambiental em unidades
produtivas, o gestor desenvolve:
[...] esforos para identificar os aspectos ambientais significativos, isto ,
aqueles capazes de provocar impactos ambientais relevantes; especificar as
formas de controle desses aspectos, considerando custos e eficincia, alm
de implantar e manter soluo mais sustentvel para neutralizar as aes
danosas do aspecto identificado.
14
Portanto, as razes que motivam a adoo de procedimentos de gesto ambiental
so praticamente uniformes por caracterstica organizacional, variando no que se refere
necessidade de conformidade com a poltica nacional ambiental.
Uma das estratgias utilizadas por essas organizaes para conseguir resultados
satisfatrios atravs do Sistema de Gesto Ambiental (SGA). Por meio deste sistema, as
empresas tm conseguido maior valorizao de mercado (NUNES, 2008, p. 12).
Neste cenrio, cada vez mais, as grandes empresas vm buscando conquistar o
reconhecimento de sua Gesto Ambiental com a certificao na norma ISO 14001. De acordo
com DAvignon (2009, p. 16), a srie ISO 14000 um conjunto de 28 normas relacionadas a
Sistemas de Gesto Ambiental, elas abrangem seis reas bem definidas: sistema de Gesto
Ambiental; auditorias Ambientais, avaliao de Desempenho Ambiental; rotulagem
Ambiental; aspectos ambientais nas Normas de Produtos e a anlise do Ciclo de Vida do
Produto.
A norma ISO 14001 estabelece algumas premissas bsicas, entre elas, a necessidade
de que a empresa estabelea parmetros para a rea ambiental. Outro ponto fundamental e
que a norma pode ser aplicada a qualquer organizao independente de sua atividade, origem,
cultura ou localizao. O foco da norma est no meio ambiente e visa preveno da
poluio levando em considerao as necessidades socioeconmicas (DONAIRE, 2008, p.
28).
A ISO 14001 uma norma de gerenciamento que se configura em um processo de
organizao das atividades de uma companhia e tem como principais caractersticas:
A norma ISO 14.001 pode ser utilizada por qualquer tipo de organizao,
industrial ou de servio, de qualquer porte, de qualquer ramo de atividade.
Pr-ativa: seu foco na ao e no pensamento pr-ativo, em lugar de reao
a comandos e polticas de controle do passado. Refora o melhoramento da
proteo ambiental pelo uso de um nico sistema de gerenciamento
permeando todas as funes da organizao (GILBERT, 2008, p.12).
A partir das caractersticas da norma citada, a empresa promove a implementao,
manuteno e melhoria do sistema de gesto ambiental, verifica o atendimento poltica
ambiental estabelecida pela empresa e ao cumprimento da legislao aplicvel e
compromissos assumidos, permite tambm que a sociedade tenha a visibilidade de
cumprimento destas aes, principalmente, atravs da certificao da empresa junto aos
rgos competentes.
Os requisitos esto relacionados regulamentao legal e/ou tcnica aplicvel aos
aspectos ambientais de uma organizao. Reis (2008, p. 29) enfatiza que os benefcios obtidos
por meio da ISO 14001, principalmente, diz respeito melhoria ambiental e ganhos
econmicos a partir da certificao, apesar dos investimentos financeiros com treinamentos,
medies, possveis consultorias, entre outros. Tais benefcios ocorrem devido reduo de
desperdcios com o gerenciamento de resduos, o uso racional dos recursos e o gerenciamento
de energia, gera uma receita superior ao investimento.
Reis (2008, p. 29) descreve alguns dos inmeros benefcios trazidos a partir da
implantao bem sucedida de um SGA:
Melhorar o gerenciamento das questes ambientais e para mostrar o comprometimento com a proteo ambiental;
Facilitar a obteno de emprstimo internacional pode estar condicionado implantao do SGA;
Atenuao perante tribunais em caso de demanda judicial, com demonstrao de evidncia do comprometimento e esforos realizados;
15
Aumento da vantagem competitiva;
Melhora a adequao a legislao ambiental da organizao;
Facilita a preveno da poluio e conservao dos recursos;
Conquista de novos clientes e ou mercados;
Reduz os custos operacionais;
Permite o envolvimento e conscientizao dos empregados, com o aumento da moral da equipe;
Ganho de aumento da confiana dos clientes;
Facilita o atendimento exigncias contratuais dos clientes;
Melhoria do desempenho ambiental;
Permite o desenvolvimento de padres voluntrios para a melhoria do desempenho ambiental, se antecipando as novas exigncias legais,
devido publicao de novas legislaes ambientais.
Portanto, as normas ISO da srie 1400 representam uma valiosa estratgia gerencial,
contribuindo para a reduo de custos e o aumento da conscientizao ambiental de todos que
compem uma organizao, como tambm clientes e toda a comunidade, promovendo os
recursos necessrios para controlar e reduzir os impactos ambientais resultantes das atividades
organizacionais.
Nesse contexto, ganhou destaque a responsabilidade socioambiental, uma vez que,
ela auxilia os gestores empresariais na conduo das polticas ambientais de uso gerencial.
2.3 Responsabilidade Socioambiental Empresarial
Nas organizaes, a responsabilidade socioambiental representa um diferencial
competitivo, j que agrega valores e dissemina a imagem de empresa cidad, ganhando maior
visibilidade junto sociedade. Para Nascimento (2008), as empresas esto descobrindo que
assumir compromissos sociais gera vantagens competitivas e resultados favorveis para seus
negcios. Mas tambm os consumidores passaram a valorizar e adquirir produtos e servios
de empresas que adotam prticas de responsabilidade socioambiental.
A sociedade e as empresas assumiram compromissos sociais para gerar melhoria na
qualidade de vida e vantagens competitivas e resultados favorveis para seus negcios.
A responsabilidade socioambiental considerada uma das principais estratgias para
alavancar o crescimento organizacional. As empresas socialmente responsveis so agentes
de uma nova cultura empresarial e de mudana social; produtora de valor para todos
(colaboradores, acionistas, comunidade, entre outros); e diferenciadas e de maior potencial de
sucesso e longevidade. Por conta disso, ela caminha lado a lado com as modernas tcnicas de
gesto empresarial, cujo objetivo a gerao de valor para todos os que interagem com a
empresa, tendo como foco a melhoria da qualidade das relaes, do convvio social e do
sucesso empresarial (NASCIMENTO, 2008).
A responsabilidade socioambiental ganhou maior visibilidade, como um alerta sobre
a necessidade das empresas investirem em aes ambientais. A partir disso, a nfase voltou-se
para o desenvolvimento sustentvel que representa a concretizao de um modelo de
desenvolvimento pautado por relaes sociais e ambientais em que a natureza, os direitos
humanos, a cidadania, a solidariedade e a tica sejam atendidas, prezando pela sobrevivncia
dos seres vivos e integridade ambiental (NASCIMENTO, 2008).
A responsabilidade socioambiental das empresas tem o compromisso de, segundo
Melo Neto (2009), de assegurar o acesso efetivo aos bens, servios e riquezas da sociedade.
Ela se desenvolve por meio da integrao negociada entre o mercado e a sociedade civil. Por
isso que praticar a responsabilidade social uma postura imprescindvel e fator de
competitividade, sobrevivncia e sucesso empresarial, Portanto, o exerccio transparente da
16
responsabilidade social no apenas um bom negcio, mas, no mundo globalizado,
fundamental ao sucesso do prprio negcio e a sobrevivncia empresarial.
Portanto, as empresas mais preocupadas com o ambiente socioambiental tomam
conscincia de que a sociedade est questionando no a empresa em si, mas o sentido do
desenvolvimento econmico que ela traz. Neste contexto, uma empresa de destaque
ultrapassa, segundo Fernandez (2008), os limites de apenas oferecer produtos de qualidade,
empregos, tecnologias, bom atendimento, preos bons. Ela deve ampliar sua atuao para a
rea social, envolvendo-se socialmente com a comunidade na qual se insere. Esta a prova
fundamental do compromisso a empresa com a responsabilidade social.
A esse respeito, comentam Sics e Castelar (2009) sobre a necessidade de haver
maior investimento em qualidade de vida e bem-estar social, estratgia fundamental a
consecuo de um meio ambiente adequado, em que se respeite s necessidades das
coletividades e, sobretudo, que haja uma integrao das pessoas afetadas, garantindo sua
participao nesse processo. Neste contexto, a responsabilidade social desempenha um
importante papel com resultados significantes.
Diversos autores vm sinalizando a importncia do uso sustentvel dos recursos
ambientais, levando em considerao as condies de sustentabilidade e equilbrio ecolgico,
entre os seguintes fatores: resultado econmico, mnimos impactos ambientais e culturais e da
comunidade (NASCIMENTO, 2008).
Ao que se mostra, a presso gerada pelas necessidades de consumo o que define os
objetivos do planejamento territorial, e no a capacidade de suporte do ambiente e os
impactos da atividade transformadora. Pode-se inferir, ento, que sociedades pautadas
exclusivamente pelo incentivo ao consumo desenfreado tm poucas chances de harmonizar
explorao e conservao (TACHIZAWA, 2011).
Os aspectos descritos revelam que no cenrio organizacional, a competitividade entre
as empresas cada vez mais acirrada em virtude do desenvolvimento de novos princpios e
mtodos de gesto, treinamento e informaes. evidente tambm que as empresas buscam
melhoria dos processos produtivos, mas tambm deve focar sua ateno na questo
socioambiental. Por essa razo, um dos principais desafios para as empresas desenvolver
uma proposta de gesto socioambiental, fundamentado nos princpios da responsabilidade
socioambiental aliando o processo produtivo proteo e conservao socioambiental.
O gerenciamento dos problemas ambientais decorrentes dos processos
organizacionais no deve ter ao corretiva, mas sim uma ao educativa, criando condies
para que as empresas envolvidas na cadeia produtiva possam exercer sua responsabilidade
socioambiental sem produzir impactos socialmente negativos (SCHIMDHEINY, 2008). No resta dvida de que a atividade organizacional bem ordenada ocupa um papel relevante
para o desenvolvimento de uma regio. Todavia, este processo requer compromisso com o meio
ambiente e maiores investimentos nesta rea, a fim de minimizar ou superar os impactos ambientais
causados pela produo. Por essa razo, o setor organizacional hoje, no pode ser encarado como uma
atividade comercial ou empresarial em desenvolvimento, mas sim como uma estratgia que alia o
lucro ao desenvolvimento sustentvel.
Nesse sentido, a viabilidade do gerenciamento das questes ambientais e o
aperfeioamento contnuo dos processos organizacionais, proporcionam a harmonizao dos
impactos oriundos dos processos produtivos sobre o meio ambiente, na medida em que so
introduzidos procedimentos que permitam uma administrao adequada das relaes entre
suas atividades e o meio-ambiente.
Diante dos aspectos descritos, acrescenta-se a necessidade de conhecer as
dificuldades e os avanos no gerenciamento dos impactos ambientais, aspecto que se constitui
uma estratgia competitiva focada na gesto socioambiental, a partir da implantao de
procedimentos mais especficos para mitigar os impactos ambientais causados pelas diversas
17
atividades produtivas desenvolvidas por setores organizacionais diversos, conforme enfatiza
Sanchez (2008).
Portanto, as prticas de Responsabilidade Socioambiental so importantes
estratgias que servem de estmulo para que um nmero cada vez maior de empresas busque
utilizar esse recurso. Por conta disso, as organizaes devem levar em considerao que as
aes de responsabilidade socioambiental comeam por aes de cidadania e que suas aes
sociais so apenas a base de sustentao da empresa. Logo, as aes sociais so consequncia
da Responsabilidade Socioambiental que garante uma srie de benefcios para as empresas,
principalmente, melhor imagem perante a sociedade.
3 CONSIDERAES FINAIS
A anlise desenvolvida evidencia que as questes ambientais sempre foram e
continuam a ser latentes na atualidade. Por essa razo, a Constituio Federal Brasileira de
1988 estabeleceu normas direcionais problemtica ambiental, dando as diretrizes de
preservao e proteo dos recursos naturais incluindo nelas a fauna e flora, bem como, as
normas de promoo da educao socioambiental, definindo o meio ambiente como bem de
uso comum do povo.
Apesar dos avanos da legislao brasileira, a realidade mostra um aumento
considervel de agravos ambientais decorrentes do processo de industrializao e
urbanizao.
Diante da problemtica ambiental, a responsabilidade das empresas investir em
Gesto Socioambiental, aliando desenvolvimento econmico e proteo ambiental. Por essa
razo, o desenvolvimento econmico deve estar focalizado em uma poltica de
sustentabilidade, considerando as crescentes preocupaes com o ambiente, a melhoria da
qualidade de vida da sociedade e a percepo das alteraes que as atividades produtivas
provocam no meio socioambiental, a fim de que o consumo ocorra nos moldes da
sustentabilidade.
O desenvolvimento sustentvel o elo que une a preveno do meio ambiente, a
promoo da justia social e o retorno econmico. Para tanto, exigido das empresas
dedicao e aes efetivas para se alcanar essa ideia. Sendo assim, a concluso desse
trabalho apresenta como principal recomendao busca incessante de melhorias e medidas
eficazes que contribuam com a reduo dos agravos ambientais, por meio da prtica da
responsabilidade social ambiental.
Nesse sentido, a gesto socioambiental aplicada s empresas atende aos requisitos de
boas prticas de responsabilidade socioambiental, contemplando a preservao de recursos
naturais. No somente uma estratgia de produzir de forma ecologicamente sustentvel,
primeiramente uma ao econmica e lucrativa, sem a necessidade de investimentos elevados
em estruturas e equipamentos. Ela apresenta considervel contribuio para o meio ambiente,
reduz perdas de insumos e matria prima, melhora qualidade do produto e gera mudanas no
ambiente organizacional em virtude das novas condies de trabalho e envolvimento dos
colaboradores. Constatando assim, a reduo de custos, reutilizao e venda de subprodutos e
tratamento de rejeitos.
18
CORPORATE ENVIRONMENTAL RESPONSIBILITY: A STUDY ON THE
REVIEW OF ENVIRONMENTAL MANAGEMENT NEW APPROACHES
ABSTRACT
The present study talks about corporate social and environmental responsibility, highlighting
new approaches to environmental management. The analysis takes as its premise the idea that
the environmental issue has assumed a prominent position among the concerns that plague
society and, in recent decades, the process industry has been undergoing constant
reassessment. Thus, this study aims to verify in the literature the contributions of
environmental responsibility in the approaches current business. The methodology used was
the bibliographic review, whose trajectory methodology relied on exploratory reading. The
literature review shows that the seriousness of environmental degradation is transforming the
discussion of environmental in issues compulsory in various areas of human knowledge. In
the business scenario, the environmental management is a key factor in valuing environmental
issue because it encourages the production process combining productivity and sustainability.
Environmental management strategies consist of a set of measures and procedures that reduce
and control the impacts introduced by a project on the environment.
Keywords: Environmental Problems. Environmental Management. Corporate Social
Responsibility.
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20
ANLISE DA MODALIDADE EDUCAO DISTNCIA COMO POLTICA
EDUCATIVA: ABORDAGEM CONCEITUAL
Eduardo Jorge Novaes Schoucair4
RESUMO
O ensino distncia teve seu incio no sculo XV, quando Johannes Guttenberg inventou a
imprensa na Alemanha. Porm, a consolidao da mesma deu-se somente com o advento da
internet, perodo em que a educao distncia passou de mtodo para modalidade, e assim
consolidou-se como uma nova opo de aprendizagem. Diante desta realidade, vrias
discusses sobre sua importncia foram estimuladas. Este artigo norteado por esta questo,
tem como objetivo analisar a modalidade educao distncia como poltica educativa,
fazendo assim uma abordagem conceitual. Foram delineados como objetivos especficos:
identificar as caractersticas e geraes da modalidade educao distncia; verificar as
vantagens, desvantagens e tecnologias da modalidade educao distncia e mostrar a
evoluo da modalidade educao distncia no exterior e no Brasil. A metodologia utilizada
baseou-se quanto natureza em pesquisa bsica. Quanto aos objetivos a mesma foi alicerada
por um estudo exploratrio-descritivo, e finalmente quanto aos procedimentos em
bibliogrfica. A pesquisa teve como questo problemtica investigar at que ponto a
modalidade educao distncia contribui como poltica educativa como processo de ensino-
aprendizagem. Ao final, conclu-se que cada vez mais as tecnologias so empregadas em
benefcio da aprendizagem, e a educao distncia talvez seja o mais importante canal deste
processo para a obteno de informaes e conhecimentos.
Palavras-Chave: Ensino distncia. Evoluo. Tecnologia.
1 INTRODUO
No se pode falar hoje em educao sem mencionar-se a modalidade Educao
Distncia - EaD, a qual vem ganhando cada vez mais espao no mundo e se firmando de
forma definitiva como uma opo de ensino. A referida modalidade foi trilhada por vrias
fases dentre elas: o ensino por correspondncia; computadores em rede local nas
universidades; uso de mdias de armazenamento como videoaulas, CD-ROM; uso intensivo
de teleconferncias via satlites, etc.
Diante deste contexto, pode-se afirmar que a educao distncia uma realidade
mundial que veio para ficar, prova disso a constatao a cada ano do crescente nmero de
alunos matriculados, criao de novas universidades abertas e oferta de cursos em todo o
mundo, sejam nos nveis tcnicos, graduao ou ps-graduao, o que consolida de forma
significativa a educao distncia como uma nova opo de aprendizagem.
Entretanto, a modalidade educacional em questo ainda vista por parte de alguns
tericos de forma preconceituosa em virtude da fuga aos parmetros da educao tradicional
como horrios fixos, aulas presenciais, realizao de seminrios, etc., o que muitas vezes pode
comprometer na opinio destes, a qualidade do ensino. Por outro lado, profissionais que
atuam de forma efetiva ou que j tiveram algum tipo de experincia com a modalidade
4 Graduado em Cincias Econmicas pela Universidade Tiradentes - UNIT. Especialista em Estatstica pela Universidade Federal de Sergipe-UFS. Professor da Faculdade Estcio de Sergipe-Estcio Fase. E-mail-
21
distncia afirmam que nos cursos on-line as oportunidades de troca de informaes so muito
grandes, o que garante de forma efetiva a interao dos alunos.
Na educao distncia, o professor deixa de ser o supervisor e assume o papel de
mediador potencializando o processo de aprendizagem. Assim, na EaD com qualidade, a
relao professor/aluno pode ser superior a convencional, uma vez que a presena do
professor suprida por uma tutoria e pelo acompanhamento contnuo do desempenho do
aluno.
Acreditamos que a eficincia do ensino a distncia depende no somente da
sequncia didtica, mas tambm da organizao do contedo, em que a tecnologia permite a
criatividade, e o aluno no pode ser colocado apenas como simples consumidor de
informao, mas como parte do processo educativo.
2 CONSIDERAES SOBRE O QUE EAD E SUA ORIGEM
Existem atualmente vrias denominaes de como a educao distncia
conhecida em determinadas partes do mundo, assim, segundo Perriault (1996 apud
BELLONI, 2006) poderamos afirmar que:
Educao distncia um termo genrico que inclui o elenco de estratgias
de ensino e aprendizagem referidas como educao por correspondncia,
ou estudo por correspondncia em nvel ps-escolar de educao, no
Reino Unido; como estudo em casa, no nvel ps-escolar, e estudo
independente, em nvel superior, nos Estados Unidos; estudos externos,
na Austrlia; e como ensino distncia, pela Open University. Na
Frana, referido como tele-ensino ou ensino a distncia; e como
estudo a distncia e ensino a distncia, na Alemanha; educao
distncia, em espanhol, e tele educao, em portugus.
Porm, independente da denominao que seja dada a esta modalidade mundo a fora,
o que realmente vem ser educao distncia? Entendemos como sendo um processo de
ensino-aprendizagem mediado por tecnologias de comunicao, em que professores e alunos
esto separados espacialmente e ou temporalmente.
Vale ressaltar, contudo, que h variaes na forma e intensidade de interao, pois de
forma generalizada, a EaD pode ser realizada de diversas maneiras. Os cursos podem ser
totalmente distncia, ou seja, sem nenhum encontro direto entre o professor e o aluno, como
tambm, semipresencial, caracterizado pelo contato entre aluno e professor, caso haja
necessidade de desenvolver uma determinada atividade, em determinado local durante alguns
perodos.
certo que, independente da forma e da intensidade de interao, a EaD dispe de
diversos modos de promover a mesma, seja por intermdio de correspondncia, como foi no
incio do seu surgimento, no qual o contato entre aluno e professor feito com o envio de
impressos pelo correio; aulas por transmisses de rdio, TV aberta, a cabo ou por satlites;
videoconferncias, etc.
Teoricamente, qualquer meio que se possa utilizar para promover interao e troca de
contedo entre duas pessoas pode servir. Porm, a educao distncia via internet
propriamente chamada de ensino on-line, que tem tornado a modalidade mais eficaz e
atraente. Os recursos de comunicao que a rede mundial de computadores tem
disponibilizado vm tornando a EaD muito semelhante aos tradicionais cursos presenciais. Os
bate-papos virtuais, ou chats, contando inclusive com a possibilidade de o interlocutor ser
visto por meio de cmeras conectadas aos computadores, as webcams, alm dos fruns de
discusso, aproximam as partes. A banda larga via cabo, linha telefnica ou satlites facilitam
22
a tarefa. E os computadores portteis, os notebooks, aliados s redes sem fio, ou wireless,
permitem muita mobilidade ao alunado. Tambm auxiliam na interao a facilidade de
operao das plataformas dos cursos on-line e os programas de computador utilizados como
ferramentas no cotidiano das aulas. Esses softwares permitem a produo e troca de
documentos de forma muito rpida.
Assim, independente de onde estejamos, podemos considerar a EaD como uma
relao ensino-aprendizagem, porque apesar de professores e alunos no estarem juntos,
fisicamente, seja total ou parcialmente, esto conectados por tecnologias, principalmente as
telemticas, como a internet e ou semelhantes. Por outro lado, consideramos uma modalidade
educacional, porque a mediao didtico-pedaggica ocorre com a utilizao de tecnologias
de informao e comunicao, onde professores e alunos desenvolvem atividades educativas
em lugares e ou tempos diversos.
Quanto a sua origem, muitos tericos datam o surgimento da EaD no mundo no
sculo XV, quando Johannes Guttenberg inventou a imprensa na Alemanha, utilizando
caracteres mveis para a composio de palavras. At aquele momento, a produo de livros
era realizada manualmente e era extremamente onerosa, dificultando o acesso ao universo do
conhecimento.
Segundo Litwin (2001), no incio do sculo XX, o aperfeioamento dos servios de
correio, a agilidade dos meios de transporte e, sobretudo, o desenvolvimento tecnolgico
aplicado ao campo da comunicao e da informao, influenciaram de forma decisiva nos
destinos da educao distncia.
Aps as dcadas de 60 e 70, a educao distncia, embora mantendo os materiais
escritos como base, passou a incorporar de forma articulada e integrada o udio e o
videocassete, as transmisses de rdio e televiso, o videotexto, o computador e, mais
recentemente, a tecnologia de multimeios, que combina textos, sons, imagens, assim, como
mecanismos de gerao de caminhos alternativos de aprendizagem (hipertextos, diferentes
linguagens) e instrumentos para fixao de aprendizagem com feedback imediato (programas
tutoriais informatizados).
A verdade que muito se tem escrito e falado sobre educao distncia. Dessa
forma, o que no podemos deixar de ressaltar que a atual modalidade j faz parte inclusive
das atenes pedaggicas em todo o mundo. Ela surgiu da necessidade do preparo
profissional e cultural de milhes de pessoas que, por vrios motivos, no podem freqentar
um estabelecimento de ensino presencial, e no restam dvidas que vem evoluindo atravs
das tecnologias disponveis em cada momento histrico, as quais influenciam o ambiente
educativo e a sociedade.
2.1 Caractersticas e Geraes da EaD
Gradativamente, os computadores e a internet cada vez mais vm ganhando espao
nas salas de aula em todo mundo, no como forma de substituir o professor, mas, sobretudo
com o objetivo de colaborar com o processo ensino-aprendizagem. Por meio da interao das
novas tecnologias, possvel promover atividades em que o aluno se sinta parte do processo
educacional, podendo consequentemente, interagir atravs da troca de ideias com professores
e especialistas em diferentes localidades.
Uma das caractersticas marcantes da educao distncia que por se tratar de uma
modalidade baseada na responsabilidade do aluno pelo seu processo cognitivo, a mesma
mais disseminada junto ao pblico adulto, por este valorizar de forma mais significativa a sua
autonomia e autoaprendizagem.
importante salientar ainda, que mediante esta realidade, cabe ao aluno da EaD ser
autodisciplinado e automotivado, da a importncia de se voltar referida modalidade de
23
ensino essencialmente a este pblico alvo, para que dessa forma ele possa superar os possveis
desafios presentes na relao ensino-aprendizagem.
Segundo Litwin (2001), a EaD caracteriza-se fundamentalmente pelo
estabelecimento de uma comunicao de mltiplas vias, onde suas possibilidades ampliam-se
em meio s mudanas tecnolgicas como uma modalidade alternativa para superar limites de
tempo e espao.
Ainda de acordo com a autora supra, a modalidade a distncia vem se redefinindo na
base do impacto dos novos desenvolvimentos tecnolgicos, onde computadores cada vez mais
sofisticados; instalao de redes; extenso da fibra tica; habilidades requeridas para o uso da
tecnologia; e a formao no campo da informtica oferecida atravs da mdia, instalam novas
formas culturais que produzem impacto nos modos de conhecer e aprender.
De acordo com Rosa (2001), existem algumas caractersticas do ensino distncia no
que diz respeito s variveis: alunos; docentes; comunicao/recursos e
estrutura/administrao (Quadro 1 ).
Quadro 1: Caractersticas da EaD VARIVEIS CARACTERSTICAS
Alunos
Heterogneos quanto idade e qualificao
Populao dispersa
Escolha do local de estudo
A maioria do pblico alvo trabalha
A maioria do pblico alvo adulta
Realiza-se menor interao social
A educao atividade secundria
Tempo parcial
Docentes
Suporte e orientao da aprendizagem
Recurso substituvel parcialmente
Basicamente, produtor do material
Habilidades e competncias so menos conhecidas
Os problemas anteriores dependem do sistema como um todo
Comunicao/Recursos
Ensino multimdia
Comunicao diferenciada em espao e tempo
Oficinas e laboratrios de outras instituies
Uso massivo de meios
Estrutura/Administrao
Mltiplas unidades e funes
Menos docentes e mais administrativos
Intensa relao entre docentes e administrativos
Os administrativos so basicamente insubstituveis
Muitos alunos por curso
Tende a ser mais democrtica no acesso de alunos
Altos custos iniciais, mas menos elevados em funo da varivel
aluno
Fonte: ROSA, Vanderley Flor da. Educao continuada a distncia, um estudo de caso. So Carlos, 2001.
Pertinente evoluo da educao distncia em funo da tecnologia de
transmisso de informao adotada, segundo Moore (1996 apud ROSA, 2001), a evoluo da
mesma pode ser dividida em trs geraes. A primeira refere-se gerao textual,
caracterizada pelo modelo por correspondncia baseado na tecnologia impressa no incio do
sculo XIX. A segunda foi denominada gerao analgica, modelo baseado atravs dos
recursos de programas radiofnicos e televisivos, aulas expositivas, fitas de vdeo e material
impresso. Nesta fase, vale ressaltar a Telescola em Portugal. E finalmente a terceira gerao e
atual, a gerao digital, caracterizada por ambientes interativos, com a eliminao do tempo
fixo para acesso educao. A comunicao assncrona em tempos diferentes e as
informaes so armazenadas e acessadas em tempos diferentes sem perder, contudo a
interatividade.
24
Na atual gerao, os meios disponveis so dentre outros:
teleconferncia,
chat,
fruns de discusso
correio eletrnico
weblogs
espaos wiki e
plataformas de ambientes virtuais. Possibilitando dessa forma uma total interao multidirecional entre alunos e tutores,
superando assim a distncia social, bem como a distncia geogrfica.
2.2 Vantagens, Desvantagens e Tecnologias da EaD
Apesar da educao distncia j ser considerada uma realidade em todo o mundo e
estar ganhando cada vez mais popularidade, a referida modalidade por representar uma
mudana significativa de paradigma ao sair do ensino tradicional para o novo, apresenta
algumas vantagens e desvantagens quanto sua acessibilidade. Assim, de acordo com Ikeda e
Cavalheiro (2005), o quadro 2 retrata de forma generalizada esse panorama.
Quadro 2: Vantagens e Desvantagens da EaD VANTAGENS DESVANTAGENS
Flexibilidade de tempo e local. Isolamento dos alunos, impossibilitando a
socializao com os demais.
Economia proporcionada quando comparada aos mtodos
tradicionais de ensino, sala de aula.
Falta de preparo dos professores e dos tutores do
ensino a distncia.
Remoo de barreiras ao acesso informao. Excesso de expectativa, com promessa demais e
entrega de menos.
Reduo do efeito timidez, que compromete o aprendizado
nos mtodos tradicionais de ensino.
Baixa quantidade de comunicao humana
despendida e a falta de interao nas atividades
desenvolvidas.
Possibilidade de o aluno aprender em seu prprio ritmo. Baixa credibilidade em relao a esta forma de
ensino.
Praticidade da forma como os assuntos so abordados. Falta de qualidade nas ferramentas de aprendizado
disponveis.
Rompimento de barreiras geogrficas e sociais. Possvel inadequao dos critrios de avaliao
utilizados.
Fonte: Adaptado de Ikeda e Cavalheiro, 2005
Fazendo uma anlise das vantagens propostas pelos autores, certo que os benefcios
mencionados, anteriormente, atuam de forma significativa no processo ensino-aprendizagem,
uma vez que o alunado encontra-se diante de um ensino com maior praticidade, podendo o
mesmo estudar dentro do seu prprio ritmo, alm de uma comunicao proporcionada por
meio da mdia eletrnica.
Por outro lado, apesar da certeza de que essa realidade chegou para ficar,
paralelamente as vantagens, ainda existem aqueles que as vm de forma preconceituosa,
muitas vezes devido falta de informao, porm, diante da atual sociedade digital em que
nos encontramos, uma coisa certa, no d mais para sermos totalmente contra a EaD, pois
esta j se transformou em todo o mundo como um meio a mais de se adquirir conhecimento.
Sabemos, contudo, que o caminho a ser trilhado na busca pelo pleno sucesso da
educao distncia ainda grande, desafios ainda estaro presentes nesta caminhada, porm,
o mais importante para que se alcance o seu real objetivo e total credibilidade que os cursos
tenham propostas, metodologias e pblico alvo, sendo necessrio para tanto o ajuste dessas
25
variveis, em que o cuidado para que no haja o nivelamento por baixo torne-se
imprescindvel.
Atrelado a todo esse novo processo educacional nos deparamos com a sua mola
mestra, a tecnologia, e dentro deste contexto, segundo Litwin (2001), percebemos nitidamente
que desde o surgimento da educao distncia, as diferenas tecnolgicas presentes a esta
modalidade contriburam para definir os suportes fundamentais dessa nova proposta. Como j
foi visto no tpico geraes da EaD, no incio tivemos como ferramentas os livros e cartilhas,
em seguida a televiso e o rdio, mais tarde o aparecimento dos udios e vdeos e atualmente
a incorporao das redes de satlites, o correio eletrnico, os programas desenvolvidos para os
suportes informticos e a utilizao da internet. Entretanto, para que haja uma interatividade
em um curso ministrado no formato on-line, necessrio dispor de algumas funcionalidades,
tais como chats integrados, sistemas de teleconferncia e tecnologias streaming, atravs das
quais contedos de udio e ou vdeo so disponibilizados em tempo real. Cursos
desenvolvidos dentro dessas tecnologias permitem ao aluno, por exemplo, acompanhar
seminrios ou ver o professor em uma tela acompanhando o resumo do que ele explana,
fazendo perguntas e comentrios. Elas misturam Web e TV. Essa interatividade deve se
desenvolver entre todos os participantes do grupo, ou seja, professor-aluno, aluno - professor
e aluno-aluno. Ressaltamos ainda, que os cursos on-line tambm devem investir nas
ferramentas assncronas, como os fruns, troca de e-mails e as listas de discusso.
Ressaltamos que grande parte dos cursos so compatveis com os browsers mais conhecidos
do mercado, como Internet Explorer, Mozila, Firefox,etc. e utilizam principalmente a
plataforma Windows.
Dentro desse contexto, percebemos que o desenvolvimento da tecnologia favorece o
enriquecimento das propostas do ensino distncia, resolvendo de maneira significativa um
dos problemas da EaD, a interatividade, alm de identificar novas atividades cognitivas, visto
que as tecnologias de forma permanente vo gerando possibilidades diferentes, permitindo
ainda uma comunicao sncrona e assncrona.
A seguir, atravs do quadro 3, retrataremos segundo Bryant et al.(2005), apud Ikeda
e Cavalheiro (2005), as principais tecnologias voltadas a educao distncia concernentes ao
formato, modo de transmisso, autonomia do ritmo do aprendiz e caractersticas.
Quadro 3: As Tecnologias da EaD
FORMATO
MODO DE
TRANSMISSO
AUTONOMIA
DO RITMO
DO APRENDIZ
CARACTERSTICAS
Estudo por
correspondncia
Assncrono Alta Aprendiz e tutor se comunicam via e-mail.
TV Comercial
Assncrono
Alta
Aprendiz deve assistir ao programa, mas pode grav-lo e assisti-
lo quando quiser. No h interao pessoal entre o tutor e o
aprendiz.
TV Interativa Sncrono Baixa Cmeras nos locais do tutor e aprendiz. H interao entre
ambos.
Classe Virtual Sncrono Baixa Cmeras no local do tutor.
Classe
possibilitada pela
Web
Sncrono e
Assncrono
Mdia
Ferramentas de administrao de cursos como Blackboard,
sesses de discusso, bate-papos on line, atendimento on-line,
grupos virtuais, etc.
Classe baseada na
Web
Sncrono e
Assncrono
Baixa Dirigida por software, ambiente sncrono, onde o aprendiz no
controla o ritmo.
Fonte: BRYANT, Stephanie M; KAHLE, Jennifer B; SCHFER, Brad A. A distance education: a review of the
contemporary literature. Issues. Accouting Education, v.20, n3, p.259, 2005.
26
2.3 Evoluo da EaD no Exterior e no Brasil
A educao distncia passou por diferentes fases desde o seu surgimento. Inicialmente,
caracterizando-se por meio dos cursos por correspondncia, e hoje essencialmente caracterizado pelo
uso macio das novas tecnologias, mais precisamente a utilizao da internet, marco da era digital.
Ao longo da histria, devido necessidade da busca pelo novo, o mundo aos poucos foi
aderindo a este modelo educacional, e o que comeou inicialmente como sendo um simples mtodo de
ensino, j que no incio era tido como um processo de tcnica, portanto limitado, terminou se
transformando em uma nova modalidade dentro do processo ensino-aprendizagem, estando presente
hoje de forma significativa em grande parte do mundo.
Vale ressaltar, portanto, que o aluno que se interessa em participar desta modalidade de
ensino, tem que ter alguns requisitos tais como: motivao intensa e grande senso de responsabilidade;
proatividade nas intervenes em fruns e discusses; disciplina para criar e manter novos horrios e
rotina; alguma experincia no uso de computadores e navegao na internet; prazer quanto ao uso de
tecnologias de informao e comunicao e acima de tudo disponibilidade para lidar com elas; ter
acesso ilimitado internet seja em casa ou no trabalho, e proficincia na lngua. Salientamos ainda
que, h mais de 30 anos, existem instituies pelo mundo especializadas no ensino distncia dentro e
fora do pas de origem, e que atravs do advento da internet, a partir de 1995, houve um
fortalecimento significativo desse canal, no qual atualmente a maioria das universidades abertas se
apoia.
Diante do exposto, apresentaremos a seguir os registros pertinentes aos principais
acontecimentos quanto evoluo da educao distncia no exterior, ressaltando, destaque ao Japo,
Espanha e Portugal. Japo por ser considerado o pas mais desenvolvido em termos hi-tech. Espanha e
Portugal, por estarem mais prximos do Brasil, e consequentemente por serem os mais procurados
pelos brasileiros.
1833 - Registro da primeira experincia na Sucia com o curso bsico de contabilidade.
1840 Criao na Europa, da primeira escola de ensino por correspondncia: Sir Isaac Pitman
Correspondence Colleges no Reino Unido.
1856 Fundao do primeiro Instituto de Ensino de Lnguas por correspondncia, na Alemanha.
1874 Implantao do ensino distncia nos Estados Unidos com a Weeleyan University.
1939 Fundao do CNED, Center National d Education a Distance na Frana.
1946 A Universidade de South frica (UNISA) leciona os primeiros cursos superiores de educao
distncia.
1948 Primeira lei sobre escolas de ensino por correspondncia na Noruega, iniciando o controle do
Estado sobre as escolas privadas de ensino por correspondncia.
1969 Fundao da Open University no Reino Unido.
1972 Fundao da UNED, Universidade Nacional de Educacin a Distncia na Espanha. A UNED
uma universidade pblica e est presente atualmente, em 60 centros na Espanha, e em 20
centros no estrangeiro, nomeadamente em Bata, Berlim, Berna, Bruxelas, Buenos Aires,
Caracas, Lima, Londres, Malabo, Mxico, Paris e So Paulo. considerada a segunda maior
universidade europia com mais de 150.000 estudantes, e desde 1997, est associada a
UNESCO promovendo o desenvolvimento do ensino distncia.
1972 Implantao do Programa de Universidade Aberta atravs da Universidade Autnoma do
Mxico.
1974 A Universidade Aberta Allma Iqbal, inicia curso de formao para docentes via a distncia no
Paquisto.
1977 Criao da Universidade Estatal a Dstncia da Costa Rica.
1977 Criao da Universidade Nacional Aberta da Venezuela.
1978 Fundao do National Institute of Multimedia Education no Japo. Em 2007, foi inaugurada a
primeira universidade ciberntica do Japo, prevendo atividades exclusivamente pela internet,
tanto para a freqncia das aulas quanto para a realizao das provas. Esta localizada na
cidade de Fukuoka, ao sul do Japo. Oferece cursos de graduao com durao de 4 (quatro)
anos nas reas de tecnologia da Informao e Bens Culturais. As aulas so transmitidas em
udio-vdeo, e os materiais, como textos de apoio e anotaes, encontram-se disponveis para
download na internet. A capacidade de 100 professores e de aproximadamente 1.300 alunos,
27
essa preocupao com o nmero reduzido de matriculados para preservar a qualidade do
ensino, pelo menos nos primeiros anos de atuao.
1980 Criao da Universidade Aberta de Sri Lanka, com o objetivo de atender setores importantes
para o desenvolvimento do pas, ofertando cursos voltados a profisses tecnolgicas e
formao docente.
1983 Criao da Universidade Estatal Aberta e a Distncia da Colmbia.
1983 Criao da Universidade Aberta Sukhothiai Thommathirat, que conta atualmente com cerca de
300.000 alunos em diferentes setores e modalidades.
1984 Criao da Universidade Aberta de Terbuka na Indonsia, fundada com o objetivo de atender a
forte demanda de estudos superiores.
1985 Criao da Universidade Nacional Aberta Indira Gandhi na ndia.
1988 Fundao da Universidade Aberta de Portugal. Tem a sua sede em Lisboa e delegaes no
Porto e em Coimbra. Quanto oferta de cursos, os mesmos so divididos em licenciatura (1
ciclo), mestrado (2 ciclo) e doutoramento (3 ciclo) Atualmente so disponibilizadas 12
(doze) cursos para licenciatura, tais como: Cincias da Informao e da Documentao,
Cincias do Ambiente, Estudos Artsticos, Gesto de Lnguas, Literatura e Cultura Estudos
Portugueses, etc. No mestrado so oferecidos 04 reas de estudos, como: Cincias e
Tecnologias; Cincias Sociais e Gesto; Educao e Ensino Distncia e Humanidades. J o
doutoramento conta atualmente com a realizao de 06 cursos. A partir de 2007 a
Universidade Aberta de Portugal passou a oferecer todos os seus cursos em regime on line
atravs da plataforma e-learning.
1991 Criao do EDEN, European Distance Education Network, baseado na Declarao de
Budapeste.
1993 Criao da International Commission Of Education for the Twenty-First Century, no mbito da
UNESCO, presidida por Jacques Delors.
Um enfoque especial ser dado a duas instituies, a Open Univertity e o MIT Massachusetts
Institute of Technology.
No primeiro momento ser feita uma abordagem em uma das instituies que mais se
destaca no oferecimento de cursos distncia no mundo, The Open University, considerada como a
maior universidade da Europa e uma das mais prestigiadas das universidades abertas devido
seriedade e qualidade dos cursos oferecidos. Criada em 1969, comeou suas atividades na dcada de
70 com cerca de 80 alunos, sendo utilizado como recursos o ensino por correspondncia e a
transmisses de rdio e TV pela BBC, empresa estatal de comunicao da Inglaterra. Em 1980 j
contava com cerca de 70.000 alunos, tendo uma mdia de 6.000 discentes se graduando ao ano.
Atualmente, a OU, como conhecida internacionalmente, conta hoje com cerca de 250.000 alunos,
The Open University serviu de referncia para o surgimento de universidades abertas em vrios pases
do mundo, a exemplo da Open Polytechnic na Nova Zelndia e a Open University Heerlen na
Holanda.
Concernente ao MIT Massachusetts Institute of Technology, fundado em 1861, o mesmo
um centro universitrio de educao e pesquisa privado localizado em Cambridge, Massachustts, nos
Estados Unidos. O MIT um dos lderes mundiais em cincia e tecnologia. Dentre seus proeminentes
departamentos e escolas, destacam-se: Sloan School of Management, Lincoln Laboratory, Computer
Science and Artificial Intelligence Laboratory, Media Lab e Whitehead Institute. O MIT investe de
forma significativa nas reas de pesquisa em computao e microeletrnica. Ao longo dos seus anos
de funcionamento, estabeleceu contato com outras universidades, governos e empresas em todos os
pases do mundo. Oferece ainda a seus estudantes de mestrado e doutorado um total de seis residncias
com as mesmas caractersticas e os mesmos servios que as residncias para estudantes de licenciatura
e curso superior de curta durao. O MIT dedica uma grande parte de seu oramento para ajudar os
estudantes a financiar seus estudos nessa instituio. Em 2006, a universidade investiu
aproximadamente US$ 42 milhes em bolsas de estudo. Por ter como uma de suas propostas expandir
os cursos que oferece, o MIT neste mesmo ano publicou ainda 1.400 cursos alm de receber mais de
25.000 mensagens via e-mail, reconhecendo que so lderes em fornecer informaes gratuitas pela
Web. At 2006, 61 membros ou ex-membros da comunidade do MIT haviam recebido o Prmio
Nobel. Atualmente, possui um consrcio com diversas universidades, principalmente na Espanha e
Portugal. Porm, fazer parte desta famlia no tarefa fcil, pois para ingressar no MIT torna-se
28
necessrio a realizao de trs exames: o SAT I (Scholastic Aptitude Test), que so testes de admisso
que fazem parte do processo de seleo para o ensino superior americano. TOEFL (Test of English as
a Foreign Language), no caso da lngua materna no ser o ingls, e o SAT II (Teste de matrias
especficas). Por ser uma das melhores instituies dos EUA em proporcionar educao aos estudantes
de todo o mundo, seus programas de mestrado e doutorado so dos mais completos e importantes dos
Estados Unidos. Destacam-se o mestrado nas reas de Cincia, Engenharia, Arquitetura, Urbanismo,
Administrao e Negcios e Meio Ambiente. Quanto aos programas de doutorado, destacam-se as
reas de Filosofia e Cincias.
No Brasil, a presena da modalidade data do incio do sculo passado, onde a seguir, ser
mostrado de forma generalizada um apanhado da Educao Distncia, destacando vrios projetos
que contriburam para a sua disseminao.
1904 - escolas privadas internacionais comearam a oferecer cursos pagos por correspondncia.
1934 Edgard Roquete Pinto instalou a Rdio-Escola Municipal no Rio de Janeiro. Os alunos tinham
acesso prvio a folhetos e esquemas de aula. Utilizava-se tambm a correspondncia para
estabelecer contato com os alunos.
1939 criado o Instituto Universal Brasileiro em So Paulo.
1941 criada a primeira Universidade do Ar, que durou dois anos.
1947 criada a Nova Universidade do Ar, patrocinada pelo Senac, Sesc e emissoras associadas.
1961/65 Foi criado o movimento de Educao de Base (MEB), pela Igreja catlica e o governo
federal, que passou a utilizar um sistema radioeducativo: educao, conscientizao,
politizao e educao sindicalizada.
1970 Institui-se o Projeto Minerva, um convnio entre a Fundao Padre Landell de Moura e a
Fundao Padre Anchieta para produo de textos e programas.
1972 O governo federal enviou a Inglaterra um grupo de educadores, tendo frente o conselheiro
Newton Sucupira. O relatrio final marcou uma posio reacionria s mudanas no sistema
educacional brasileiro, colocando um grande obstculo implantao da universidade aberta e
a distncia no Brasil.
Na dcada de 70, a Fundao Roberto Marinho institui um programa de Educao supletiva a distncia
para o 1 e 2 graus.
1992 Foi criada a Universidade Aberta de Braslia (Lei 403/92), com possibilidade de atingir trs
campos distintos:
a) Ampliao do conhecimento cultural
b) Educao continuada
c) Ensino superior
2006 O MEC lana a Universidade Aberta do Brasil (UAB), um sistema integrado por universidades
pblicas que se valem da metodologia de ensino distncia para atender camadas com
dificuldades no acesso formao universitria, com prioridade para professores e demais
profissionais da rede bsica de ensino.
2007- O MEC elabora a Rede e-Tec, proposta de EaD para o Ensino Mdio, com oferta de cursos
tcnicos de nvel mdio distncia, pblicos e gratuitos, em regime de colaborao entre
Unio, estados e municpios.
2011- A UAB oferece o primeiro mestrado em rede nacional, o profissional em matemtica, voltado
para a formao de docentes em matemtica da escola bsica.
3 CONCLUSO
A emergncia de um novo tipo de estudante universitrio, na modalidade distncia, na
atual conjuntura, j uma realidade a qual no podemos fugir. fundamental que discusses amplas e
baseadas em dados esclarecedores possam traar o real impacto da insero desse alunado na vida
acadmica e universitria.
Cada vez mais as tecnologias so empregadas em benefcio da aprendizagem, e a educao
distncia talvez seja o mais importante canal deste processo de obteno de informaes e
conhecimentos.
29
No h dvidas de que essa ferramenta est minimizando distncias e derrubando muitas
fronteiras at ento existentes, passando a ser um meio fascinante para a promoo da educao e do
treinamento distncia.
Dessa forma, a modalidade a distncia passa a ser norteada por trs variveis imprescindveis
que so: conhecimento, habilidade e informao atravs de tecnologias web.
O que h de novo na aplicao das novas tecnologias da EaD voltado para os cursos de
graduao, que atravs da Internet todas as possibilidades so envolvidas dando nova modalidade
maior interao.
O ritmo acelerado da sociedade tecnolgica rico de possibilidades, por isso, obriga os
educadores e governantes a buscarem respostas pedaggicas para se adequar chamada sociedade
tecnolgica e/ou da informao.
ANALYSIS MODE DISTANCE EDUCATION AS EDUCATIONAL
POLITICS: CONCEPTUAL APPROACH
ABSTRACT
Distance learning had its beginning in the fifteenth century, when Johannes Gutenberg
invented the printing press in Germany, however, its consolidation occurred only with the
advent of the internet, during which distance education passed from method to method, and
thus established itself as a new learning option. Given this reality, several discussions were
stimulated its importance. This article is guided by this question aims to analyze the mode
distance education as educational policy, thus a conceptual approach. Were outlined specific
objectives: to identify the characteristics of generations and distance education mode; Check
the advantages, disadvantages and technologies of distance education mode and show the
evolution of the mode distance education abroad and in Brazil. The methodology used was
based on the nature in basic research. As to the objectives it has been founded by a descriptive
exploratory study, and finally about the procedures in the literature. The research was
problematic investigate to what extent the mode distance education contributes to education
policy as a process of teaching and learning. At the end we find that more and more
technologies are employed for the benefit of learning, and distance education is perhaps the
most important channel of the process of obtaining information and knowledge.
Key Words: Distance Learning. Evolution. Technology.
REFERNCIAS
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BRYANT, Stephanie M; KAHLE, Jennifer B; SCHFER, Brad A. A distance education: a review of the
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distncia. Disponvel em: . Acesso em: 25 ago. 2013
LITWIN, Edith.educao a distncia. Temas para o debate de uma nova agenda educativa. Porto
Alegre: Artmed, 2001.
NISKIER, Arnaldo. Histrico da EaD. Disponvel em:
. Acesso em: 28 ago. 2013.
30
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ROSA, Vanderley Flor da. Educao continuada a distncia, um estudo de caso. So Carlos, 2001.
Dissertao (mestrado) Instituto de Cincias Matemticas e de Computao, da Universidade de So
Paulo, USP.
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TRATAMENTO FISIOTERAPEUTICO NA SUBLUXAO DO OMBRO EM
PACIENTES HEMIPLGICOS: REVISO BIBLIOGRFICA
Carlos Giovanni Souza Barbosa5
Tnia dos Santos Matos6
Elaine Andrade de Jesus7
RESUMO
A hemiplegia a principal sequela causada pelo Acidente Vascular Cerebral (AVC), que
ocorre quando h uma interrupo do fluxo sanguneo arterial para o crebro, sendo de origem
isqumica ou hemorrgica. O hemiplgico tem como caracterstica a espasticidade, que
aumenta a rigidez dos msculos, dificultando as aes dos mesmos. Por ser a articulao mais
mvel do sistema msculo esqueltico, o ombro sofre com frequentes subluxaes. O objetivo
deste estudo evidenciar os diversos tipos de tratamentos utilizados pela Fisioterapia, que
mais se mostraram eficazes para os pacientes hemiplgicos que sofrem subluxao no ombro.
Foram pesquisadas em sites como Scielo, MedLine e Lilacs e revistas especializadas, atravs
de palavras chaves como: subluxao, tratamento fisioteraputico, hemiplgico,
physiotherapeutic, subluxation e outros, terapias convencionais como a Cinesioterapia e
Eletroterapia, atravs de tcnicas como Facilitao Neuromuscular Proprioceptiva (FNP) e
Eletroestimulao respectivamente, alm do recurso de algumas rteses, tendo a Kinesio
Taping como o mais utilizado. Concluiu-se que as tcnicas estudadas so eficazes para
pacientes hemiplgicos que sofrem com a subluxao de ombro, tendo cada uma delas sua
importncia em determinado momento da reabilitao, auxiliando tambm na diminuio de
dependncia para realizao das atividades da vida diria.
Palavras-Chave: Hemiplgico. Subluxao. Tratamento Fisioteraputico.
1 INTRODUO
Sndrome neurolgica complexa, o Acidente Vascular Cerebral (AVC) envolve
anormalidade ordinariamente sbita do funcionamento cerebral decorrente de uma interrupo
do fluxo sanguneo por um trombo ou mbolo em 60 a 85% dos casos, que so os de origem
isqumica. Pode ocorrer tambm de cunho hemorrgico, seja parenquimatoso ou
subaracnideo. O AVC continua a ser uma das principais causas de incapacidade e morte de
pessoas de todas as raas e etnias. A doena atinge 15 milhes de pessoas mundialmente a
cada ano. Destes, seis milhes falecem. Nos pases desenvolvidos, o AVC a terceira causa
de morte e motivo mais importante de incapacidade crnica. Nos ltimos anos a doena atinge
cada vez mais pessoas na faixa etria produtiva (BEZERRA, 2012).
responsvel por grandes prejuzos neurolgicos e incapacidades funcionais que
limitam atividades pessoais no ambiente social, profissional e familiar. Os pacientes
geralmente apresentam como conseqncia fsica a hemiplegia ou hemiparesia, que
5 Graduando em Fisioterapia pela Faculdade Estcio de Sergipe Estcio Fase. Aracaju-Sergipe.
6 Graduanda em Fisioterapia pela Faculdade Estcio de Sergipe Estcio Fase. Aracaju Sergipe.
7 Mestre em Sade e Ambiente pela Universidade Tiradentes; professora do curso de Fisioterapia da Faculdade
Estcio de Sergipe Estcio FaSe. Aracaju - Sergipe. E-mail: [email protected]
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correspondem paralisia completa ou parcial dos msculo