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Cadernos do Governo Civil, «Processo Eleitoral»TRANSCRIPT
CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA
MEDIDAS DO GOVERNO
CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA 03
ÍNDICE
Introdução
FAQ's
CAPÍTULO I
Regime Jurídico do Recenseamento Eleitoral
CAPÍTULO II
Enquadramento Legislativo
Lei n.º 13/99, de 22 de Março
Lei n.º 47/2008, de 27 de Agosto
Portaria n.º 1295/2008, de 11 de Novembro
Declaração Rectificativa n.º 54/2008, de 1 de Outubro
Lei n.º 47/2008, de 27 de Agosto
Decreto-Lei n.º 78/2007, de 29 de Março
Lei Orgânica n.º 5/2005, de 8 de Setembro
Lei Orgânica n.º 4/2005, de 8 de Setembro
Declaração n.º 9/2005, de 8 de Julho
Lei n.º 3/2002, de 8 de Janeiro
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ÍNTRODUÇÃO
2009 será o ano de quase todas as eleições. Dia 7 de Junho define-se a composição do Parlamento Europeu (data fixada já
pela Comissão Europeia), haverá Eleições Legislativas (em data a designar pelo Presidente da República, balizada legal-
mente – nos termos da Lei n.º 14/79, de 16 de Maio – entre 14 de Setembro e 14 de Outubro,) e também EleiçõesAutárquicas
(em data a designar pelo Governo, balizada legalmente – nos termos da Lei n.º 1/2001, de 14 de Agosto – entre 22 de
Setembro e 14 de Outubro).
A par destes três actos eleitorais de enorme relevância, e no decurso das alterações ao regime legal do Recenseamento
Eleitoral decorrentes da aprovação da Lei n.º 47/2008, de 27 de Agosto, foi também em 2009 solicitado aos Governos Civis
que assumissem funções de particular destaque no próprio processo de preparação destes actos eleitorais, ao nível da
actualização dos Cadernos de inscrição dos votantes e do interface com a nova plataforma informática de suporte ao
sistema, por via da realização de uma formação em cascata que operacionalizasse no terreno a pirâmide DGAI overnos
Civis Câmaras Municipais Juntas de Freguesia.
A mais este desafio souberam estes serviços desconcentrados do Ministério da Administração Interna dizer presente, e por
todo o País se preparou o Recenseamento Eleitoral de forma integrada e conjunta.
Em Évora, findo um processo que trouxe ao Governo Civil em contexto de formação representantes de todas as Câmaras
Municipais e Juntas de Freguesia do Distrito, publica-se em jeito de corolário o presente 'Caderno', no qual se compilam
todas as alterações legislativas simplificadoras e desburocratizantes introduzidas pelo XVII Governo Constitucional no
Processo Eleitoral.
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G
PROCESSO ELEITORAL
CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA 05
AS COMISSÕES RECENSEADORASE O SISTEMA DE INFORMAÇÃO E GESTÃO DO RECENSEAMENTO ELEITORAL
O QUE MUDANO SISTEMAELEITORALCOM O NOVO ENQUADRAMENTO LEGAL?
COMO?
PARAQUE SERVEABASE DE DADOS DO RECENSEAMENTO ELEITORAL (BDRE)?
COMO SEACTUALIZA?
O QUE É O SIGRE-WEB?
O QUE ÉACREDENCIAÇÃO NO SIGRE-WEB?
A partir da republicação da Lei n.º 13/99, de 22 de Março – com as alterações introduzidas pela Lei n.º 3/2002, de 8 deJaneiro; pelas Leis Orgânicas n.º 4/2005 e 5/2005, de 8 de Setembro; e pela Lei n.º 47/2008, de 27 de Agosto – o recensea-mento eleitoral dos cidadãos maiores de 17 anos passou a ser automático.
Através da interoperabilidade existente entre a Base de Dados do Recenseamento Eleitoral e as plataformas do Cartão doCidadão, dos Registos Civis e Militares e do próprio Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (para o caso dos cidadãos estrangei-ros a residir em Portugal), utilizando o Sistema de Informação e Gestão do Recenseamento Eleitoral.
Para organizar e manter permanente e actual a informação relativa aos cidadãos eleitores inscritos no recenseamentoeleitoral, competindo-lhe a validação de toda informação com vista a garantir a concretização do princípio da inscriçãoúnica.
A BDRE é permanentemente actualizada com base na informação pertinente proveniente dos sistemas de informação daidentificação civil e militar, bem como do sistema integrado de informação do SEF.
É a plataforma informática do Sistema de Informação e Gestão do Recenseamento Eleitoral (SIGRE), que permite concreti-zar online a troca de informações que possibilita o recenseamento automático dos cidadãos e o acesso à BDRE (acesso emhttps://sigre.mai.gov.pt).
É a identificação do utilizador indicando o 'Nome de Utilizador' e a 'Palavra-Chave' fornecidos a todas as ComissõesRecenseadoras. Esta credenciação garante que a informação do recenseamento eleitoral só está acessível a utentesautorizados.
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FAQ’s
QUEM PODE TERACESSOAO SIGRE-WEB NAS COMISSÕES RECENSEADORAS (CR’s)?
QUALÉADIFERENÇAENTREADMINISTRADOR, GESTOR OU CONSULTA?
AQUEM COMPETEAORGANIZAÇÃO, MANUTENÇÃO E GESTÃO DABDRE E DO SIGRE?
OS ELEITORES PODEMACEDER À INFORMAÇÃO CONSTANTE DABDRE?
COMO SE SABE O NÚMERO DE ELEITOR?
COMO SE SABE O LOCALDE VOTAÇÃO?
COMO SÃO COMPOSTASAS COMISSÕES RECENSEADORAS?
Apenas três pessoas por CR: uma como Administrador, outra como Gestor e uma terceira como Consulta. Só a títuloexcepcional, normalmente em função do número de eleitores e mediante pedido expresso à Direcção-Geral daAdministração Interna (DGAI), podem emitir-se mais credencias para uma mesma CR.
A diferença consiste no nível de informação e de acesso a que cada um desses elementos tem acesso, de acordo com o seupapel na própria CR. O Administrador terá acesso a todas as funções, o Gestor terá acesso à gestão corrente do universoeleitoral, enquanto um utilizador com perfil de Consulta só poderá consultar e imprimir informação.
À DGAI, sendo que o acompanhamento e fiscalização das operações está a cargo da Comissão Nacional de Protecção deDados.
Sim. Todo o eleitor, desde que devidamente identificado, tem o direito de conhecer a informação que lhe respeite, bemcomo o de exigir a sua correcção em caso de erro ou omissão. O conhecimento dessa informação pode ser obtido através deinformação escrita, certidão, reprodução de registo informático autenticado, Internet e consulta de elementos individuaisdo recenseamento.
Através da Internet (www.recenseamento-eleitoral.stape.pt), via SMS (escreva a seguinte msg: RE <espaço> nº deIdentificação civil sem check.digito <espaço> data de nascimento AAAAMMDD exemplo: RE 1444880 19531007 e marque3838) ou na CR que funcione na Junta de Freguesia da respectiva área de residência.
Junto das CR's ou das Câmaras Municipais.
No território nacional, pelos membros da Junta de Freguesia e por delegados designados por cada um dos partidos políticoscom assento na Assembleia da República, bem como por delegados de outros partidos/grupos de cidadãos eleito-res/coligações representados naAssembleia de Freguesia.No estrangeiro, pelos funcionários consulares (que não o embaixador) e por delegados designados por cada um dos partidoscom assento naAssembleia da República.
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FAQ’s
QUAISAS COMPETÊNCIAS DAS CR's?
QUALÉ O PAPELDO GOVERNO CIVILNO RECENSEAMENTO ELEITORAL?
E DAS CÂMARAS MUNICIPAIS?
QUANDO É FEITA A ACTUALIZAÇÃOANUALDOS CADERNOS ELEITORAIS?
COMO?
CADERNOS ELEITORAIS
. Efectuar as inscrições que, nos termos da Lei, são feitas presencialmente;
. Facultar o acesso dos eleitores aos seus dados;
. Proceder à impressão e emissão final dos cadernos de recenseamento e eleitorais, com base nos dados comunicados pelaBDRE;
. Emitir as certidões de eleitor;
. Definir as áreas geográficas dos postos de recenseamento em articulação com a DGAI;
. Receber e reencaminhar para a DGAI as reclamações relativas ao Recenseamento Eleitoral;
. Prestar esclarecimentos aos eleitores sobre o recenseamento eleitoral;
. Publicitar a informação sobre a organização do recenseamento;
. Às comissões recenseadoras sediadas no estrangeiro compete ainda remeter à DGAI, através do SIGRE, os dados respei-tantes ao recenseamento eleitoral dos cidadãos portugueses residentes no estrangeiro, para inserção na BDRE.
Ao Governo Civil compete garantir o apoio na formação dos representantes das CR's, para que estas obtenham as compe-tências necessárias para utilizar o SIGRE-WEB durante todo o processo de recenseamento.
O papel das Autarquias passa desde logo por apoiar logisticamente as CR's da sua área de actuação, designadamente emtermos técnicos e informáticos. Ao nível dos actos eleitorais/referendos, as Câmaras Municipais colaboram ainda nadefinição conjunta dos locais de voto, através do conhecimento do universo eleitoral de cada freguesia que o sistemainformático do Recenseamento Eleitoral possibilita, bem como no apoio à extracção das cópias dos Cadernos Eleitorais,que são emitidos via SIGRE-WEB e que devem ser impressos localmente.
Em Fevereiro.
Durante o mês de Março, a Direcção-Geral daAdministração Interna (DGAI) disponibiliza os Cadernos por via informática àsComissões Recenseadoras, que os devem imprimir e fixar em local próprio, para verificação dos interessados e eventuaisreclamações.
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FAQ’s
ATÉ QUANDO PODEM SER INTRODUZIDASALTERAÇÕES/RECLAMAÇÕES?
QUEM PODE PROCEDERAESSASALTERAÇÕES/RECLAMAÇÕES?
DE QUE FORMA?
QUEM TEM PODER PARADECIDIR SOBREAS RECLAMAÇÕES?
QUE PAPELCABE NESTE PROCESSO ÀS COMISSÕES RECENSEADORAS?
QUEM PODE OBTER CÓPIAS DOS CADERNOS ELEITORAIS?
EM QUE LOCAIS SE PODEM OBTER ESSAS CÓPIAS?
ATÉ QUANDO É POSSÍVELO RECENSEAMENTO ELEITORAL?
ADGAI actualizará os Cadernos Eleitorais até ao dia 44.º antes da data das eleições, momento em que enviará para as CR's arelação das alterações a introduzir.
Durante os períodos consignados, qualquer cidadão eleitor ou partido político legalmente constituído.
Por escrito junto das CR's, devendo estas reencaminhar as alterações/reclamações recebidas para a DGAI nesse mesmodia, pela via mais expedita. No caso da reclamação por inscrição indevida, a Comissão dá dela imediato conhecimento aoeleitor, que querendo poderá responder no prazo máximo de dois dias. Da respectiva resposta é de igual modo dadoconhecimento à DGAI.
A DGAI, num período de dois dias após a recepção da reclamação. A decisão é comunicada ao autor da reclamação comconhecimento à respectiva CR, que imediatamente a deverá afixar na sua sede ou local de funcionamento, bem como nospostos de recenseamento, quando existam. À DGAI compete ainda a inserção das alterações na BDRE.
1º - Aceder às listagens de alterações e adoptar as medidas necessárias à preparação da sua exposição;2º - Divulgar entre o 39.º e o 44.º dias anteriores à eleição ou referendo as listagens constantes dos Cadernos Eleitorais
para consulta e reclamação dos interessados.3º - Receber e encaminhar reclamações para a DGAI;4º - Informar imediatamente os eleitores nos casos em que se detectem inscrições indevidas.
Os partidos políticos e os grupos de cidadãos eleitores representados nasAssembleias de Freguesia, desde que suportem osencargos referentes à respectiva cópia, que pode ser requerida em suporte papel ou em suporte digital.
Junto das CR's, das Câmaras Municipais ou da própria DGAI.
Até ao 60º dia anterior à data das eleições, a partir do qual só serão introduzidas modificações perante a existência dereclamações; não podem ser efectuadas nem novas inscrições nem transferências.
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FAQ’s
INSCRIÇÃO DE CIDADÃOS ELEITORES
PARAQUEM É OBRIGATÓRIAA INSCRIÇÃO NO RECENSEAMENTO ELEITORAL?
O QUE É O RECENSEAMENTO VOLUNTÁRIO?
QUEM SÃO ESSES CIDADÃOS?
ONDE SE INSCREVEM ESTES ELEITORES?
COM O NOVO SISTEMAINFORMÁTICO, OS NÚMEROS DE ELEITOR MANTÊM-SE?
Para todos os cidadãos portugueses, residentes no território nacional e maiores de 17 anos. A inscrição é feita automatica-mente na BDRE.
Caso se mude de freguesia ou de posto de recenseamento, o SIGRE atribuirá automaticamente um novo número de eleitorao cidadão. Caso a mudança de residência se verifique dentro da mesma freguesia e posto de recenseamento, o número deeleitor mantém-se.
É o recenseamento de cidadãos que voluntariamente se dirijam a uma qualquer CR para proceder ao seu recenseamento,por não poderem ser recenseados automaticamente.
A. Cidadãos portugueses maiores de 17 anos residentes no estrangeiro (sendo que também os diplomatas e funcionáriosdiplomáticos de carreira podem inscrever-se na CR correspondente ao posto diplomático onde exercem funções,mediante a apresentação do título de identificação nacional e de documento comprovativo do local de exercício defunções, emitido pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros);
B. Cidadãos nacionais de países da União Europeia com residência legal em Portugal: Alemanha, Áustria, Bélgica,Bulgária, Chipre, Dinamarca, Espanha, Eslováquia, Eslovénia, Estónia, Finlândia, França, Grécia, Holanda, Hungria,Irlanda, Itália, Letónia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Polónia, Reino Unido, República Checa, Roménia e Suécia;
C. Cidadãos nacionais de países de língua oficial portuguesa (Cabo Verde e Brasil) com residência legal em Portugal hámais de 2 anos;
D. Cidadãos nacionais de outros países estrangeiros – Noruega, Islândia, Uruguai, Venezuela, Chile e Argentina (Declara-ção n.º 9/2005, de 8 de Julho, dos Ministérios da Administração Interna e dos Negócios Estrangeiros), com residêncialegal em Portugal há mais de 3 anos.
. Os cidadãos portugueses maiores de 17 anos e residentes no estrangeiro, inscrevem-se o junto das CR's do distritoconsular do país de residência, se neste apenas houver embaixada, ou da área de jurisdição eleitoral dos postos consula-res de carreira fixada em Decreto Regulamentar das circunscrições de recenseamento da área da sua residência.
. Os eleitores estrangeiros referidos em B, C e D inscrevem-se junto das CR's ou do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras,ficando inscritos na circunscrição de recenseamento correspondente ao domicílio indicado no título válido de residênciaou no Certificado de Registo ou Certificado de Residência Permanente de Cidadão da União Europeia.
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FAQ’s
. Os cidadãos brasileiros detentores do estatuto de igualdade de direitos políticos, que tenham voluntariamente obtidocartão de cidadão, são automaticamente inscritos na BDRE, na circunscrição eleitoral correspondente à morada queconsta desse documento de identificação, ficando inscritos no recenseamento eleitoral destinado aos cidadãos portu-gueses.
Mediante a designação do documento de identificação que permite aceder aos dados constantes desse mesmo sistema(identificação civil, militar ou SEF), é apresentada a informação relativa ao cidadão eleitor: nome, filiação, data denascimento, naturalidade, nacionalidade, etc..
Não. É impressa uma Ficha do Eleitor, que deve ser verificada e assinada pelo cidadão que voluntariamente se foi recense-ar. A Ficha é entregue ao próprio, ficando a CR com uma cópia assinada, como prova não só da inscrição, como também dasopções e declarações aí constantes.
Não. Os eleitores que possuírem Cartão de Eleitor válido até 26 de Outubro de 2008 poderão mantê-lo, mas deixam de seremitidos novos cartões de eleitor.
Sim, com uma excepção: os cidadãos cujo país de origem seja extra-comunitário não podem votar nas eleiçõesPresidenciais.
COMO SE PROCESSAAINSCRIÇÃO DOS ELEITORES ESTRANGEIROS?
E DEPOIS? É EMITIDO UM CARTÃO DE ELEITOR?
E PARAOS CIDADÃOS PORTUGUESES?AS JUNTAS EMITEM O CARTÃO DE ELEITOR?
TODOS OS CIDADÃOS ESTRANGEIROS RECENSEADOS PODEM VOTAR EM PORTUGAL?
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FAQ’s
Nota sobre os conteúdos da alteração da Lei do Recenseamento Eleitoral(Lei n.º 13/99, de 22 de Março, com as alterações introduzidas pela Lei n.º 3/2002, de 8 de Janeiro, pelas Leis Orgânicasn.ºs 4/2005 e 5/2005, de 8 de Setembro e pela Lei n.º 47/2008 de 27 deAgosto)
As partes marcadas a verde assinalam os aspectos substanciais das alterações introduzidas à Lei n.º 13/99, de 22 de Marçono que respeita à adopção de novos meios tecnológicos de suporte ao recenseamento eleitoral, dando novo impulso à linhade reforma iniciada pela Lei n.º 130-A/97, de 31 de Dezembro, que, de forma inovadora, criou a Base de Dados doRecenseamento Eleitoral (BDRE).
Destacam-se, assim, a verde os seguintes aspectos:. as novas formas de interacção mais eficazes entre a informação da BDRE e os sistemas de informação de identificação
civil existentes, em particular face à realidade recente que constitui o Cartão de Cidadão, que se encontra em fase deexpansão.
. medidas de simplificação com destaque para a inscrição automática no recenseamento dos cidadãos nacionais quecompletam 17 anos e sejam nacionais residentes no território nacional;
. a actualização automática da inscrição no recenseamento eleitoral quando os cidadãos eleitores residentes no territórionacional actualizem a morada no cartão de cidadão;
. a inscrição automática no recenseamento dos cidadãos estrangeiros residentes, com capacidade eleitoral, que façamessa declaração de vontade nos termos legais junto das Comissões Recenseadoras ou do Serviço de Estrangeiros eFronteiras;
. o reforço, através de um Sistema de Informação e Gestão do Recenseamento Eleitoral (SIGRE), dos mecanismos deactualização permanente do recenseamento de forma a que este corresponda tendencialmente ao universo eleitoral;
. a inovação nos meios e procedimentos de interacção entre os sistemas de informação de identificação civil e a BDRE;
. a interoperabilidade do SIGRE com a plataforma de serviços comum do Cartão de Cidadão, modernizando os aspectosessenciais no processamento da informação;
. uma mais moderna forma de acesso das comissões recenseadoras à BDRE, via SIGREweb (internet);
. um processo transparente e seguro que permite efectuar, com plenas garantias para os cidadãos a verificação de duplasinscrições, dos dados inexactos e o regime de eliminações, em casos tipificados, assegurando-se que nos cadernos derecenseamento constem apenas cidadãos eleitores;
. o regime de produção e emissão dos cadernos de recenseamento de forma a assegurar que esta ocorre de forma maiscélere, com recurso intensivo a meios electrónicos, em benefício dos cidadãos e sem prejuízo das competências dasComissões Recenseadoras;
. as medidas de simplificação e modernização introduzidas pelo SIGRE, fazem cessar a emissão do cartão de eleitor,mantendo-se transitoriamente na posse dos titulares para efeitos da legislação eleitoral ou referendária, os já emitidos;
As restantes alterações marcadas a cinzento assinalam alterações de pormenor e de forma, designadamente as decorren-tes da actualização organizacional, em conformidade com a reestruturação, entretanto, ocorrida no Ministério daAdministração Interna.
A amarelo estão destacados os artigos 1.º a 7.º da Lei n.º 47/2008, de 27 de Agosto que procede à 4.º alteração à Lei n.º13/99, de 22 de Março e consagra medidas de simplificação e modernização que asseguram a actualização permanente dorecenseamento. São normas transitórias, extremamente importantes na fase inicial da vigência das novas regras, mas quenão integram a própria lei de recenseamento eleitoral.
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REGIME JURÍDICO DO RECENSEAMENTO ELEITORAL
REGIME JURÍDICO DO RECENSEAMENTO ELEITORAL
Lei n.º 13/99,de 22 de Março
Com as alterações introduzidas pela Lei n.º 3/2002, de 8 de Janeiro, pelas Leis Orgânicas n.ºs 4/2005 e 5/2005,de 8 de Setembro, e pela Lei n.º 47/2008, de 27 de Agosto
(Texto integral)
AAssembleia da República decreta, nos termos da alínea c) do artigo 161.º da Constituição, o seguinte:
O recenseamento eleitoral é oficioso, obrigatório, permanente e único para todas as eleições por sufrágio directo euniversal e referendos, sem prejuízo do disposto nos n.ºs 4 e 5 do artigo 15.º e 2 do artigo 121.º da Constituição daRepública Portuguesa.
1 - O recenseamento eleitoral abrange todos os que gozem de capacidade eleitoral activa.
2 - A inscrição no recenseamento implica a presunção de capacidade eleitoral activa.
1 - Todos os eleitores têm o direito a estar inscritos e o dever de verificar a sua inscrição no recenseamento e, em caso deerro ou omissão, requerer a respectiva rectificação.
TÍTULO I
Recenseamento eleitoral
CAPÍTULO I
Disposições gerais
Artigo 1.º
Regra geral
Artigo 2.º
Universalidade
Artigo 3.º
Oficiosidade e obrigatoriedade
CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA 15
REGIME JURÍDICO DO RECENSEAMENTO ELEITORAL
2 - Todos os cidadãos nacionais, residentes no território nacional, maiores de 17 anos, são oficiosa e automaticamenteinscritos na base de dados do recenseamento eleitoral, adiante designada abreviadamente por BDRE, devendo ainformação para tal necessária ser obtida com base na plataforma de serviços comuns do cartão de cidadão.
O recenseamento é voluntário para:a) Os cidadãos nacionais residentes no estrangeiro;b) Os cidadãos da União Europeia, não nacionais do Estado Português, residentes em Portugal;c) Os cidadãos nacionais de países de língua oficial portuguesa, residentes em Portugal;d) Outros cidadãos estrangeiros residentes em Portugal.
1 - A inscrição no recenseamento tem efeitos permanentes e só pode ser cancelada nos casos e nos termos previstos napresente lei.
2 - O recenseamento é actualizado através de meios informáticos ou outros, nos termos da presente lei, por forma acorresponder com actualidade ao universo eleitoral.
3 - No 60.º dia que antecede cada eleição ou referendo, ou no dia seguinte ao da convocação de referendo, se ocorrer emprazo mais curto, e até à sua realização, é suspensa a actualização do recenseamento eleitoral, sem prejuízo dodisposto no número seguinte do presente artigo, no n.º 2 do artigo 35.º e nos artigos 57.º e seguintes da presente lei.
4 - Caso a eleição ou referendo seja convocada com pelo menos 55 dias de antecedência, podem ainda inscrever-se até ao55.º dia anterior ao dia da votação os cidadãos que completem 18 anos até ao dia da eleição ou referendo.
5 - O disposto no presente artigo, designadamente em matéria de interconexão de sistemas de informação, é aplicável acidadãos nacionais residentes no estrangeiro que se recenseiem voluntariamente, nos termos seguintes:a) A inscrição e o tratamento de dados depende de consentimento do titular que deve ser garantido no momento em
que exerça o direito de recenseamento voluntário previsto no artigo 4.º;b) Após a inscrição voluntária, a actualização e consolidação de dados faz-se, nos termos gerais, mediante a
interacção entre o sistema de informação e gestão do recenseamento eleitoral, adiante designado abreviada-mente por SIGRE, e os sistemas de informação apropriados.
O recenseamento é único para todas as eleições por sufrágio directo e universal e actos referendários.
Artigo 4.º
Voluntariedade
Artigo 5.º
Permanência e actualidade
Artigo 6.º
Unicidade
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REGIME JURÍDICO DO RECENSEAMENTO ELEITORAL
Artigo 7.º
Inscrição única
Artigo 8.º
Circunscrições de recenseamento
Artigo 9.º
Local de inscrição no recenseamento
CAPÍTULO II
Estrutura orgânica do recenseamento eleitoral
SECÇÃO IBase de dados do recenseamento eleitoral
Ninguém pode estar inscrito mais de uma vez no recenseamento.
São circunscrições de recenseamento:a) No território nacional, a freguesia;b) No estrangeiro, consoante os casos, o distrito consular, o país de residência, se nele apenas houver embaixada, ou
a área de jurisdição eleitoral dos postos consulares de carreira fixada em decreto regulamentar.
1 - A circunscrição eleitoral de eleitores detentores de cartão de cidadão é a correspondente à morada a que se refere aalínea b) do n.º 1 do artigo 8.º da Lei n.º 7/2007, de 5 de Fevereiro.
2 - Os eleitores inscritos no recenseamento eleitoral nos locais de funcionamento de entidade recenseadora correspon-dente à morada indicada no bilhete de identidade mantêm a sua inscrição na mesma circunscrição eleitoral, salvo se,tendo obtido cartão de cidadão, deste constar morada diferente.
3 - Os eleitores previstos na alínea a) do artigo 4.º ficam inscritos nos locais de funcionamento da entidade recenseadoracorrespondente à residência indicada no título de residência emitido pela entidade competente do país onde seencontram.
4 - Os eleitores estrangeiros previstos nas alíneas b), c) e d) do artigo 4.º efectuam a sua inscrição voluntária junto dascomissões recenseadoras ou do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, adiante designado abreviadamente por SEF,ficando inscritos na circunscrição de recenseamento correspondente ao domicílio indicado no título válido deresidência.
5 - Os cidadãos brasileiros que, possuindo o estatuto de igualdade de direitos políticos, tenham voluntariamente obtidocartão de cidadão são automaticamente inscritos na BDRE, na circunscrição eleitoral correspondente à moradadeclarada, recorrendo-se para o efeito à plataforma de serviços comuns do cartão de cidadão.
CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA 17
REGIME JURÍDICO DO RECENSEAMENTO ELEITORAL
Artigo 10.º
Base de dados do recenseamento eleitoral
Artigo 11.º
Organização, gestão, acompanhamento e fiscalização da BDRE
Artigo 12.º
Conteúdo e regime de interconexão da BDRE
1 - A BDRE, constituída ao abrigo da Lei n.º 130-A/97, de 31 de Dezembro, tem por finalidade organizar e manter perma-nente e actual a informação relativa aos cidadãos eleitores inscritos no recenseamento eleitoral.
2 - ABDRE é permanentemente actualizada com base na informação pertinente proveniente do sistema de informação daidentificação civil relativamente aos cidadãos nacionais e do sistema integrado de informação do SEF, quanto aoscidadãos estrangeiros residentes em Portugal.
3 - São ainda estabelecidas entre a BDRE e os sistemas de identificação de militares as interacções necessárias paraassegurar o pleno cumprimento das disposições legais que regulam as operações de inscrição e eliminação de registosreferentes a esses cidadãos.
4 - Cabe à BDRE a validação de toda a informação, nos termos dos n.ºs 2 e 3, garantindo a concretização do princípio dainscrição única enunciado no artigo 7.º da presente lei.
5 - A utilização dos meios informáticos não afecta o respeito pelos direitos fundamentais dos cidadãos consignados noartigo 35.º da Constituição da República Portuguesa.
1 - A organização, manutenção e gestão da BDRE e do SIGRE competem à Direcção-Geral de Administração Interna,adiante designada abreviadamente por DGAI.
2 - A Comissão Nacional de Protecção de Dados, adiante designada por CNPD, acompanha e fiscaliza as operaçõesreferidas no número anterior.
1 - A BDRE é constituída pelos seguintes dados identificativos dos eleitores, comunicados pelos respectivos sistemas deidentificação nacional ou pelas comissões recenseadoras:a) Número de inscrição;b) Designação da comissão recenseadora e ou posto de recenseamento onde está inscrito;c) Nome completo;d) Filiação;e) Data de nascimento;f) Naturalidade;g) Sexo;h) Freguesia e concelho ou país de residência conforme a identificação civil ou título válido de residência emitido
pela entidade competente;i) Morada;j) Distrito consular;
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REGIME JURÍDICO DO RECENSEAMENTO ELEITORAL
l) Número e datas de emissão e validade do título válido para identificação e do título válido de residência,consoante os casos;
m) Nacionalidade;n) Data, origem e tipo da comunicação à BDRE;o) Número de telefone, telemóvel e endereço electrónico, desde que obtidos com o consentimento do titular.
2 - À BDRE devem ser comunicados pelos respectivos sistemas de identificação nacional ou comissões recenseadoras,consoante os casos, os seguintes campos de informação:a) Para os eleitores referidos nas alíneas c) e d) do artigo 4.º, título de residência válido comprovativo do tempo
mínimo de residência fixado na Lei Eleitoral dos Órgãos dasAutarquias Locais;b) Menção de «eleitor do Presidente da República» nos casos de inscrições efectuadas em comissão recenseadora
sediada no estrangeiro, conforme o disposto no artigo 42.º;c) Menção da opção feita pelos eleitores da União Europeia não nacionais do Estado Português, nos termos do
disposto no n.º 5 do artigo 37.º;d) A informação relativa à capacidade eleitoral activa;e) Menção de que é titular do estatuto de igualdade de direitos políticos;f) Aopção feita pelos cidadãos portugueses recenseados em países da União Europeia, nos termos do disposto no n.º
1 do artigo 44.º
3 - Para efeitos de verificação da identificação, eliminação de inscrições indevidas, por mudança de morada, por óbito oupela detecção de situações irregulares, a DGAI, em colaboração com as entidades públicas competentes, assegura ainterconexão entre a BDRE e os outros sistemas de informação relevantes, a qual é efectuada, unicamente, quanto àscategorias de dados referidos no presente artigo e fazendo-se de acordo com as regras e procedimentos previstos napresente lei.
1 - O sistema de informação e gestão do recenseamento eleitoral assegura centralmente, no âmbito da BDRE, a actualiza-ção e consolidação da informação que nela consta e o recenseamento automático dos cidadãos, mediante a adequadainteroperabilidade com a plataforma de serviços comuns do cartão de cidadão, com os sistemas de identificação civise militares dos cidadãos nacionais e com o sistema integrado de informação do SEF.
2 - O SIGRE:a) Assegura a gestão automática do recenseamento eleitoral, baseado no respectivo número de inscrição e na
morada constante dos sistemas referidos no número anterior;b) Procede à atribuição de cada eleitor à circunscrição de recenseamento correspondente ao endereço postal físico
do local de residência registado nos sistemas referidos no número anterior;c) Inscreve o eleitor no posto correspondente à sede da circunscrição de recenseamento respectiva, quando não
seja possível atribuir-lhe uma circunscrição de recenseamento concreta, por insuficiência de informação relativaà residência;
d) Possibilita a emissão pela DGAI dos cadernos eleitorais em formato electrónico e a sua impressão ao nível localpelas comissões recenseadoras e, supletivamente, pelas câmaras municipais.
3 - Através do módulo SIGREweb, o SIGRE assegura às comissões recenseadoras:a) Acesso online à BDRE, para a manutenção com actualidade da informação relevante para a definição da área
geográfica dos postos de recenseamento, necessária para o registo automático referido no n.º 2;
Artigo 13.º
Sistema de informação e gestão do recenseamento eleitoral
CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA 19
REGIME JURÍDICO DO RECENSEAMENTO ELEITORAL
b) A possibilidade de promoção ou actualização da informação na BDRE aos eleitores a quem é concedida a inscriçãovoluntária no recenseamento eleitoral procedendo-se à interconexão, se necessária, com os respectivos sistemasde informação, para confirmação e certificação dos dados inseridos;
c) O acesso permanente à informação actualizada do recenseamento correspondente à respectiva área geográfica,permitindo a sua fiscalização e confirmação, bem como a impressão dos cadernos eleitorais.
4 - O SIGRE integra informação completa e actualizada relativa à ligação unívoca entre códigos postais, localidades epostos de recenseamento, com base na comunicação dos dados mantidos ou recolhidos pelas juntas de freguesia oucâmaras municipais, em relação à respectiva área geográfica.
5 - Os eleitores têm acesso à sua informação eleitoral, com vista a assegurar a verificação dos dados que lhes respeitem,devendo poder fazê-lo através da Internet.
6 - Com vista a garantir um elevado grau de protecção do tratamento de dados e das operações relativas ao funcionamen-to do SIGRE e à sua interoperabilidade com outros sistemas de informação:a) São aplicáveis as normas relativas à segurança da informação previstas no artigo 18.º da presente lei;b) A interconexão entre o SIGRE e os sistemas de informação com os quais deve ser assegurada interoperabilidade é
exclusivamente feita através de linhas dedicadas e devidamente securizadas;c) É assegurado o cumprimento, no tocante à interacção com o SIGRE, das regras, mecanismos e procedimentos que,
nos termos da Lei n.º 7/2007, de 5 de Fevereiro, garantem a segurança da plataforma de serviços comuns docartão de cidadão.
A qualquer pessoa, desde que devidamente identificada, é reconhecido o direito de conhecer o conteúdo do registo ouregistos da base de dados que lhe respeitem, bem como o de exigir a correcção das informações nele contidas e o preenchi-mento das total ou parcialmente omissas.
1 - O conhecimento da informação sobre os dados do recenseamento eleitoral pode ser obtido pelas formas seguintes:a) Informação escrita;b) Certidão, fotocópia, reprodução de registo informático autenticado, bem como acesso através da Internet;c) Consulta de elementos individuais de recenseamento eleitoral.
2 - As comissões recenseadoras têm ainda acesso à informação constante na BDRE relativa ao seu universo eleitoral,através do SIGRE.
3 - Os condicionalismos necessários à viabilização do acesso, previsto no n.º 1, devem ser definidos pela DGAI, ou pelascomissões recenseadoras, conforme os casos, mediante prévio parecer vinculativo da CNPD.
Artigo 14.º
Direito de informação e acesso aos dados
Artigo 15.º
Formas de acesso aos dados
CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA20
REGIME JURÍDICO DO RECENSEAMENTO ELEITORAL
Artigo 16.º
Comunicação de dados
Artigo 17.º
Informação para fins estatísticos ou de investigação
Artigo 18.º
Segurança
1 - Sem prejuízo das trocas de informações previstas no artigo 45.º da presente lei, podem ser comunicados dadosconstantes da BDRE a forças e serviços de segurança ou a serviços e organismos daAdministração Pública e da adminis-tração local, quando devidamente identificados e para prossecução das atribuições dos serviços requisitantes, no casode verificação cumulativa dos seguintes requisitos:a) Exista obrigação ou autorização legal ou autorização da CNPD;b) Os dados sejam indispensáveis ao destinatário para cumprimento das suas atribuições, desde que a finalidade do
tratamento do destinatário não seja incompatível com a finalidade que determinou a recolha.
2 - É da exclusiva competência da DGAI a comunicação dos dados referidos no número anterior.
É permitida a divulgação de dados para fins estatísticos e de investigação de relevante interesse público, mediante aautorização do responsável da BDRE, desde que não possam ser identificadas ou identificáveis as pessoas a que os dadosrespeitem.
1 - ABDRE, bem como o SIGRE, devem cumprir requisitos de segurança adequados que impeçam a consulta, modificação,destruição ou aditamento dos dados por pessoa não autorizada a fazê-lo e permitam detectar o acesso indevido àinformação, incluindo quando exista comunicação de dados.
2 - Tendo em vista garantir a segurança da informação da BDRE, os serviços competentes para a recolha, actualização eprocessamento de dados devem obedecer, entre outras, às seguintes regras:a) A entrada nas instalações utilizadas para tratamento de dados pessoais é objecto de controlo, a fim de impedir o
acesso de qualquer pessoa não autorizada;b) Os suportes de dados são objecto de controlo, a fim de impedir que possam ser lidos, copiados, alterados ou
retirados por qualquer pessoa não autorizada;c) A inserção de dados é objecto de controlo para impedir a introdução, consulta, alteração ou eliminação não
autorizada de dados pessoais;d) Os sistemas de tratamento informatizados de dados são objecto de controlo para impedir que possam ser
utilizados por pessoas não autorizadas, através de equipamentos de transmissão de dados;e) O acesso aos dados é objecto de controlo para que as pessoas autorizadas só possam ter acesso aos dados relevan-
tes para o exercício das suas competências legais;f) A transmissão de dados é objecto de controlo para garantir que a sua utilização seja limitada às entidades
autorizadas;g) A introdução de dados pessoais nos sistemas de tratamento informatizado é objecto de controlo que permita
verificar o carácter completo da informação, data e autoria.
CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA 21
REGIME JURÍDICO DO RECENSEAMENTO ELEITORAL
3 - As comissões recenseadoras adoptam as providências necessárias à segurança da informação a que têm acessoaplicando, com as devidas adaptações, os procedimentos previstos no número anterior.
4 - Os sistemas de segurança adoptados nos termos dos números anteriores serão objecto de parecer prévio da CNPD.
1 - O responsável pela BDRE e pelo SIGRE, nos termos e para os efeitos da Lei de Protecção de Dados Pessoais, é o director-geral da DGAI.
2 - O presidente da comissão recenseadora é responsável pelo ficheiro informatizado dos eleitores.
Aquele que, no exercício das suas funções, tome conhecimento de dados pessoais registados na BDRE e no SIGRE ficaobrigado ao sigilo profissional, nos termos do disposto na legislação de protecção de dados pessoais.
1 - Compete às comissões recenseadoras:a) Efectuar as inscrições que, nos termos da lei, são feitas presencialmente;b) Facultar o acesso dos eleitores aos seus dados, nos termos do disposto no artigo 15.º;c) Proceder à impressão e emissão final dos cadernos de recenseamento e eleitorais, com base nos dados comunica-
dos pela BDRE;d) Emitir as certidões de eleitor;e) Definir as áreas geográficas dos postos de recenseamento, nos termos do artigo 25.º;f) Receber e reencaminhar para a entidade competente as reclamações relativas ao recenseamento eleitoral;g) Prestar esclarecimentos aos eleitores sobre os aspectos atinentes ao recenseamento eleitoral;h) Publicitar a informação sobre a organização do recenseamento.
2 - Às comissões recenseadoras sediadas no estrangeiro compete ainda remeter à DGAI, através do SIGRE, os dadosrespeitantes ao recenseamento eleitoral dos cidadãos previstos na alínea a) do artigo 4.º para inserção na BDRE.
Artigo 19.º
Responsáveis pela BDRE e pelos ficheiros informatizados
Artigo 20.º
Sigilo profissional
SECÇÃO II
Comissões recenseadoras
Artigo 21.º
Competência
CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA22
REGIME JURÍDICO DO RECENSEAMENTO ELEITORAL
Artigo 22.º
Composição
Artigo 23.º
Membros das comissões recenseadoras
Artigo 24.º
Presidência
1 - As comissões recenseadoras são compostas:a) No território nacional, pelos membros das juntas de freguesia e integrando ainda um delegado designado por
cada partido político com assento na Assembleia da República, bem como outros partidos ou grupos de cidadãoseleitores representados na respectiva assembleia de freguesia;
b) No estrangeiro, pelos funcionários consulares de carreira ou, quando estes não existam, pelos funcionáriosdiplomáticos, com excepção do embaixador, e por um delegado nomeado por cada partido político com assentonaAssembleia da República.
2 - Para o fim indicado no n.º 1, os partidos políticos comunicam aos presidentes das comissões recenseadoras nosprimeiros 5 dias úteis do ano civil, ou nos 30 dias seguintes à proclamação oficial dos resultados eleitorais daAssembleia da República ou da instalação da assembleia de freguesia, os nomes dos seus delegados, entendendo-seque prescindem deles se os não indicarem naqueles prazos.
3 - Os delegados dos grupos de cidadãos eleitores, indicados nos prazos referidos no número anterior, são designados pore de entre os elementos eleitos para a assembleia de freguesia.
4 - Para os efeitos dos n.ºs 2 e 3 as juntas de freguesia e representações diplomáticas notificam, conforme os casos, ospartidos políticos, associações cívicas e grupos de cidadãos eleitores com uma antecedência mínima de 15 dias.
1 - Só podem fazer parte das comissões recenseadoras cidadãos com capacidade eleitoral activa recenseados narespectiva unidade geográfica de recenseamento.
2 - Ninguém pode fazer parte de mais de uma comissão recenseadora nem ser delegado de partido político ou grupo decidadãos eleitores na comissão recenseadora que funcione junto da entidade de que seja funcionário ou agente.
3 - Os membros das comissões recenseadoras designados pelos partidos políticos e grupos de cidadãos eleitores exercemas suas funções por um ano, com início em 10 de Janeiro, podendo ser substituídos a todo o tempo.
Cada comissão recenseadora é presidida, consoante os casos, pelo presidente da junta de freguesia, pelo encarregado doposto consular de carreira, pelo encarregado da secção consular da embaixada ou pelo funcionário do quadro do pessoaldiplomático com maior categoria a seguir ao embaixador.
CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA 23
REGIME JURÍDICO DO RECENSEAMENTO ELEITORAL
Artigo 25.º
Local de funcionamento
Artigo 26.º
Recursos relativos a postos de recenseamento
Artigo 27.º
Inscrições dos eleitores
1 - As comissões recenseadoras funcionam, consoante os casos, nas sedes das juntas de freguesia, dos consulados, dasembaixadas ou dos postos consulares.
2 - Sempre que o número de eleitores ou a sua dispersão geográfica o justificar, a comissão recenseadora abre postos derecenseamento, tendencialmente coincidentes com assembleias de voto, definindo a respectiva área, identificando-os por letras e nomeando delegados seus.
3 - O funcionamento efectivo desses postos depende de decisão da comissão recenseadora, sem prejuízo da alocação doseleitores às respectivas áreas geográficas.
4 - A criação pelas comissões recenseadoras de novos postos de recenseamento no estrangeiro e a definição da sua área,bem como a sua subsistência, dependem da possibilidade da sua integração por representantes de todos os partidosrepresentados na Assembleia da República, salvo se a não representação de algum dos partidos resultar da falta deindicação do respectivo delegado.
5 - Acriação de novos postos de recenseamento e a definição das suas áreas, bem como a extinção de postos existentes, éfeita em articulação com a DGAI e anunciados:a) No território nacional, por edital a afixar, nos locais de estilo, até 31 de Dezembro de cada ano;b) No estrangeiro, por meio de lista a publicar pelo Governo no Diário da República até 31 de Dezembro de cada ano.
6 - Os membros dos postos de recenseamento têm, no cumprimento das suas funções, os mesmos poderes dos membrosdas comissões recenseadoras.
1 - Das decisões relativas à criação ou à extinção de postos de recenseamento podem recorrer, no prazo de 10 dias, nomínimo 25 eleitores, no território nacional, ou 5 eleitores, no prazo de 30 dias, no estrangeiro.
2 - Os recursos são interpostos:a) No continente, para o representante do Governo no distrito;b) Nas RegiõesAutónomas, para o Representante da República;c) No estrangeiro, para o embaixador.
3 - Os recursos são decididos no prazo de cinco dias e imediatamente notificados às comissões recenseadoras e aoprimeiro dos recorrentes.
4 - As comissões recenseadoras e os recorrentes podem interpor recurso, no prazo de 5 dias, para o TribunalConstitucional, que decide nos 10 dias imediatos.
1 - Os cidadãos portugueses e os cidadãos brasileiros que possuam o estatuto de igualdade de direitos políticos, maioresde 17 anos, residentes no território nacional, são automaticamente inscritos no recenseamento eleitoral, na freguesia
CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA24
REGIME JURÍDICO DO RECENSEAMENTO ELEITORAL
correspondente à morada constante do cartão de cidadão ou, quando deste não disponham, do sistema de identifica-ção civil.
2 - Os cidadãos portugueses maiores de 17 anos, residentes no estrangeiro, promovem a sua inscrição junto das comissõesrecenseadoras do distrito consular, do país de residência, se nele apenas houver embaixada, ou da área de jurisdiçãoeleitoral dos postos consulares de carreira fixada em decreto regulamentar das circunscrições de recenseamento daárea da sua residência.
3 - Os cidadãos estrangeiros maiores de 17 anos residentes em território nacional promovem a sua inscrição nas entidadesrecenseadoras correspondentes ao domicílio indicado no título válido de residência.
4 - Os diplomatas e funcionários diplomáticos de carreira podem inscrever-se na comissão recenseadora correspondenteao posto diplomático onde exercem funções, mediante a apresentação do título de identificação nacional e dedocumento comprovativo do local de exercício de funções, emitido pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros.
1 - Para a prossecução dos trabalhos de recenseamento as comissões recenseadoras podem solicitar a colaboração dasassembleias de freguesia.
2 - As assembleias de freguesia designam, de entre os seus membros, os que sejam necessários para assegurar a colabora-ção prevista no número anterior.
1 - Os partidos políticos e grupos de cidadãos eleitores gozam, relativamente ao recenseamento eleitoral, dos seguintesdireitos:a) Direito de colaboração, sem prejuízo das funções próprias das comissões recenseadoras;b) Direito de pedir informações e de apresentar por escrito reclamações, protestos e contraprotestos, ficando as
comissões recenseadoras e a DGAI, consoante os casos, obrigadas a prestar aquelas e a receber estes;c) Direito de obter cópia informatizada ou fotocópia dos cadernos de recenseamento, desde que ponham à disposi-
ção os meios humanos e técnicos adequados e suportem os respectivos encargos.
2 - A colaboração dos partidos políticos e grupos de cidadãos eleitores faz-se através dos cidadãos que estes indiquem àscomissões recenseadoras nos primeiros cinco dias úteis do ano civil.
3 - As decisões das comissões recenseadoras relativas aos pedidos de informação e às reclamações, protestos e contra-protestos são proferidas no prazo de dois dias e delas podem os partidos políticos e os grupos de cidadãos eleitoresrecorrer nos termos dos artigos 61.º e seguintes.
SECÇÃO III
Colaboração com as comissões recenseadoras
Artigo 28.º
Colaboração das assembleias de freguesia
Artigo 29.º
Direitos dos partidos políticos e grupos de cidadãos eleitores
CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA 25
REGIME JURÍDICO DO RECENSEAMENTO ELEITORAL
SECÇÃO IV
Órgãos e serviços de organização, coordenação, gestão e apoio
Artigo 30.º
Organização, coordenação e apoio geral
Artigo 31.º
Coordenação e apoio local
CAPÍTULO III
Operações de recenseamento
SECÇÃO I
Realização das operações
Artigo 32.º
Actualização contínua
Artigo 33.º
Horário e local
ADGAI tem funções de organização, coordenação e apoio geral das operações de recenseamento eleitoral.
1 - As câmaras municipais têm funções de coordenação e apoio das operações do recenseamento eleitoral na área dorespectivo município.
2 - No estrangeiro, as funções de coordenação e apoio competem aos embaixadores.
No território nacional e no estrangeiro, as operações de inscrição, bem como as de alteração e eliminação de inscrições,para o efeito de actualização do recenseamento, decorrem a todo o tempo, sem prejuízo do disposto nos n.ºs 3 e 4 doartigo 5.º
1 - O recenseamento voluntário e presencial de cidadãos nacionais residentes no estrangeiro e estrangeiros residentesem Portugal é efectuado pelas comissões recenseadoras durante o período normal de funcionamento das entidadesem cujas sedes se encontram instaladas.
2 - As comissões recenseadoras anunciam, através de editais a afixar nos lugares de estilo e, sempre que possível, atravésdos meios de comunicação social de âmbito local ou regional, os locais e horários de atendimento dos eleitores.
CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA26
REGIME JURÍDICO DO RECENSEAMENTO ELEITORAL
SECÇÃO II
Inscrição
Artigo 34.º
Promoção de inscrição
Artigo 35.º
Inscrição de eleitores com 17 anos
Artigo 36.º
Remessa de inscrições
1 - A inscrição no recenseamento é efectuada de forma automática, de acordo com o n.º 2 do artigo 3.º da presente lei.
2 - Os eleitores estrangeiros identificam-se através do título de residência ou, no caso dos nacionais da União Europeia,por título válido de identificação.
3 - Os eleitores que promovam a sua inscrição no estrangeiro identificam-se mediante a apresentação do cartão decidadão ou do bilhete de identidade e certificam a sua residência com esse documento ou com o título de residência,emitido pela entidade competente do país onde se encontram.
4 - Os eleitores referidos no número anterior recebem da comissão recenseadora, no acto de inscrição, certidão compro-vativa da mesma.
1 - Os cidadãos previstos na presente secção que completem 17 anos são inscritos no recenseamento eleitoral, passando aintegrar a BDRE a título provisório, desde que não abrangidos por qualquer outro impedimento à sua capacidadeeleitoral, devendo a informação para tal necessária ser obtida através da plataforma de serviços comuns do cartão decidadão e, quanto aos que deste não disponham, através de informação prestada pelo sistema de informação daidentificação civil.
2 - Os cidadãos referidos no número anterior que completem 18 anos até ao dia da eleição ou referendo constam dosrespectivos cadernos eleitorais.
1 - Compete às entidades recenseadoras remeter à DGAI, através do SIGRE, a informação relativa às inscrições presenciais.
2 - A inscrição dos cidadãos não nacionais contém, antes do número de inscrição, as siglas UE, para os da União Europeia,e ER, no caso dos restantes cidadãos estrangeiros.
3 - No estrangeiro, compete aos serviços competentes do Ministério dos Negócios Estrangeiros remeter à DGAI, através doSIGRE, a informação relativa às inscrições presenciais recebidas.
CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA 27
REGIME JURÍDICO DO RECENSEAMENTO ELEITORAL
Artigo 37.º
Teor da inscrição
1 - Quando a inscrição não seja automática é efectuada, através do SIGRE, mediante o preenchimento dos campos deinformação seguintes:a) Número de inscrição;b) Designação da comissão recenseadora e ou posto de recenseamento onde está inscrito;c) Nome completo;d) Filiação;e) Data de nascimento;f) Naturalidade;g) Nacionalidade;h) Sexo;i) Freguesia e concelho ou país de residência conforme a identificação civil ou título válido de residência emitido
pela entidade competente;j) Morada;l) Distrito consular;m) Número e datas de emissão e validade do título para identificação e do título válido de residência, consoante os
casos;n) Data, origem e tipo de comunicação à BDRE;o) Número de telefone, telemóvel e endereço electrónico, desde que obtidos com o consentimento do titular.
2 - Devem ainda ser preenchidos, consoante os casos, os seguintes campos de informação:a) Para os eleitores referidos nas alíneas c) e d) do artigo 4.º, título de residência válido, comprovativo do tempo
mínimo de residência fixado na Lei Eleitoral dos Órgãos dasAutarquias Locais;b) Menção de «eleitor do Presidente da República» nos casos de inscrições efectuadas em comissão recenseadora
sediada no estrangeiro, conforme o disposto no artigo 42.º;c) Menção da opção feita pelos eleitores da União Europeia não nacionais do Estado Português, nos termos do
disposto no n.º 5 do presente artigo;d) Aopção feita pelos cidadãos portugueses recenseados em países da União Europeia, nos termos do disposto no n.º
1 do artigo 44.º
3 - A identificação para efeitos de inscrição dos eleitores referidos nas alíneas c) e d) do artigo 4.º faz-se exclusivamenteatravés do título de residência válido emitido pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, do Ministério daAdministração Interna.
4 - Quando a inscrição respeitar a cidadão estrangeiro, este deve ainda apresentar declaração formal, especificando:a) Anacionalidade e o endereço no território nacional, o qual deve ser confirmado pela comissão recenseadora;b) Se for caso disso, o caderno eleitoral do círculo ou autarquia local do Estado de origem em que tenha estado
inscrito em último lugar;c) Que não se encontra privado do direito de voto no Estado de origem, exceptuando-se dessa exigência os nacionais
da União Europeia que apenas se inscrevam como eleitores dos órgãos das autarquias locais.
5 - No caso de o eleitor da União Europeia não nacional do Estado Português manifestar a vontade de exercer o direito devoto nas eleições para o Parlamento Europeu, a declaração formal especificará ainda que o eleitor apenas exerceráesse direito de voto em Portugal e não se encontra privado do mesmo no Estado membro de origem, sendo tal opçãodevidamente anotada na BDRE.
CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA28
REGIME JURÍDICO DO RECENSEAMENTO ELEITORAL
6 - Os eleitores que desejem alterar a opção referida no número anterior devem declará-lo junto da comissão recensea-dora respectiva, que a comunica à BDRE.
A informação recolhida nos termos do artigo anterior é impressa, através do SIGRE, e entregue ao eleitor para confirmaçãoe assinatura.
Aaceitação de inscrição só produz efeitos após a sua validação pela BDRE.
Em caso de dúvida, sobre a cidadania portuguesa ou sobre a titularidade de estatuto de igualdade de direitos políticos ainscrição é condicional, sendo confirmada quando, através do SIGRE, forem realizadas junto da Conservatória dos RegistosCentrais ou do SEF as necessárias diligências para certificação.
A inscrição do cidadão eleitor pode ainda ser promovida pela comissão recenseadora, através do SIGRE, sendo confirmadaposteriormente pela BDRE.
As inscrições efectuadas em comissão recenseadora sediada no estrangeiro, nas condições previstas na lei eleitoral doPresidente da República, são anotadas nos cadernos de recenseamento e na BDRE, com a menção «eleitor do Presidente daRepública».
Artigo 38.º
Confirmação da inscrição
Artigo 39.º
Aceitação da inscrição
Artigo 40.º
Aceitação condicional
Artigo 41.º
Inscrição promovida pela comissão recenseadora
Artigo 42.º
Inscrições no estrangeiro
CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA 29
REGIME JURÍDICO DO RECENSEAMENTO ELEITORAL
Artigo 42.º-A
Informação à DGAI
Artigo 43.º
(Revogado.)
Artigo 44.º
Recenseamento em países da União Europeia
Artigo 45.º
Troca de informações
SECÇÃO III
Alteração, transferência e eliminação da inscrição
Sempre que no decurso do processo de recenseamento de cidadãos nacionais no estrangeiro sejam detectadas situaçõesem que o local de residência constante do cartão de cidadão ou do bilhete de identidade não coincida com o título deresidência emitido pela entidade competente, os responsáveis dos postos de recenseamento no estrangeiro ficamobrigados a dar conhecimento das mesmas, através do SIGRE, à DGAI.
1 - Os cidadãos portugueses que promovam a sua inscrição no recenseamento em comissão recenseadora sediada emEstado membro da União Europeia devem, no acto de inscrição, fazer declaração formal sobre se optam por votar nosdeputados do país de residência ou nos deputados de Portugal nas eleições para o Parlamento Europeu, sendo talopção devidamente anotada na BDRE.
2 - Os eleitores que desejam alterar a sua opção devem declará-lo junto da comissão recenseadora respectiva, que, deimediato, a comunica à BDRE.
1 - Compete à DGAI, em contacto com os organismos competentes dos restantes Estados membros da União Europeia,proceder à troca de informação que permita a permanente correcção e actualização do recenseamento dos eleitoresda União Europeia não nacionais do Estado Português residentes em Portugal e dos eleitores portugueses residentesnos restantes Estados membros da União Europeia, tendo em vista a unicidade da inscrição e da candidatura naseleições para o Parlamento Europeu.
2 - Atroca de informação referida no número anterior deverá ser feita na forma e no prazo adequados.
CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA30
REGIME JURÍDICO DO RECENSEAMENTO ELEITORAL
Artigo 46.º
Alteração de identificação
Artigo 47.º
Mudança de residência
Artigo 48.º
Transferência de inscrição
Artigo 49.º
Informação relativa a eliminações
1 - Qualquer modificação dos elementos de identificação dos eleitores é comunicada à BDRE, através do SIGRE.
2 - No caso previsto no número anterior, o número de inscrição do eleitor não é alterado.
Amudança de residência para outra circunscrição ou posto de recenseamento implica a transferência nos termos do artigoseguinte e a eliminação da inscrição anterior.
1 - Os eleitores abrangidos pelo disposto no artigo 4.º promovem a transferência junto da entidade recenseadora dacircunscrição da nova residência, de acordo com o disposto no artigo 37.º
2 - ADGAI, através do SIGRE, disponibiliza às entidades recenseadoras onde os eleitores estavam anteriormente inscritosinformação sobre as eliminações efectuadas nos termos do artigo anterior.
1 - A DGAI, através do SIGRE, disponibiliza às comissões recenseadoras a informação das seguintes eliminações relativasao seu universo eleitoral:a) As inscrições daqueles que não gozem de capacidade eleitoral activa estipulada nas leis eleitorais;b) As inscrições dos cidadãos que hajam perdido a nacionalidade portuguesa nos termos da lei;c) As inscrições de eleitores que hajam falecido;d) As inscrições canceladas nos termos do artigo 51.º;e) As inscrições dos cidadãos eleitores estrangeiros que deixem de residir em Portugal ou que, por escrito, o
solicitem, devolvendo o cartão de eleitor.f) As inscrições de cidadãos nacionais no estrangeiro quando duplamente inscritos.
2 - No caso de devolução por duas vezes consecutivas dos sobrescritos contendo os boletins de voto para eleitoresrecenseados no estrangeiro, a DGAI cessa oficiosamente o envio de boletins de voto até que o eleitor informe da novamorada.
3 - Em caso de eliminação de inscrição no recenseamento, por qualquer dos motivos legalmente previstos, é proibida ainclusão dos dados do cidadão em causa na BDRE e o seu tratamento pelo SIGRE, designadamente por interacção comsistemas de informação que efectuem a gestão ou actualização de dados pessoais.
CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA 31
REGIME JURÍDICO DO RECENSEAMENTO ELEITORAL
Artigo 50.º
Informações relativas à capacidade eleitoral activa
Artigo 51.º
Inscrições múltiplas
1 - Em caso de dúvida sobre a capacidade eleitoral activa, a DGAI solicita ao Instituto dos Registos e do Notariado, I. P., anecessária informação.
2 - A Conservatória dos Registos Centrais envia à DGAI cópia dos assentos de perda de cidadania portuguesa dos cidadãosmaiores de 17 anos.
3 - A Direcção-Geral da Administração da Justiça, do Ministério da Justiça, envia à DGAI informação dos cidadãos quesejam privados dos seus direitos políticos por decisão judicial transitada em julgado, bem como dos cidadãos que,encontrando-se nessa situação, completem 17 anos.
4 - O Instituto das Tecnologias de Informação na Justiça, I. P., comunica à DGAI a relação dos cidadãos falecidos, bemcomo dos cidadãos que completem 17 anos.
5 - As comissões recenseadoras podem, com base em documento idóneo que possuam, que obtenham por iniciativaprópria ou que lhes seja facultado por qualquer eleitor, proceder à eliminação de inscrição por óbito, comunicando-aimediatamente à BDRE.
6 - No caso de se verificar a existência de inscrição na BDRE de eleitores com idade igual ou superior a 105 anos a DGAIconfirmará a actualidade da inscrição.
7 - A prova referida no número anterior é solicitada à comissão recenseadora respectiva e poderá ser efectuada atravésda exibição do cartão de cidadão ou do bilhete de identidade, cartão da segurança social ou através de declaração dedois eleitores da unidade geográfica respectiva, sob compromisso de honra.
8 - Esgotadas as diligências administrativas tendentes à averiguação da actualidade da inscrição de eleitores com 105 oumais anos, a DGAI comunica ao eleitor a intenção de eliminar a inscrição e, caso se verifique ausência de resposta noprazo de 30 dias, procede à respectiva eliminação.
9 - Os estabelecimentos psiquiátricos enviam à DGAI informação dos cidadãos que neles sejam internados, notoriamentereconhecidos como dementes, bem como dos cidadãos que, encontrando-se nessa situação, completem 17 anos.
10 - As entidades referidas nos n.ºs 2, 3, 4 e 5 também comunicam à DGAI quaisquer factos determinantes da reaquisiçãoda capacidade eleitoral activa.
11 - Compete à DGAI, através do SIGRE, disponibilizar às comissões recenseadoras a informação relativa às alterações quedecorram dos casos previstos nos n.ºs 2, 3, 4, 8, 9 e 10 do presente artigo.
1 - Quando sejam detectados, através da BDRE, casos de inscrição múltipla, prevalece a inscrição mais recente, cance-lando-se as restantes.
2 - Se as inscrições têm a mesma data, notifica-se o interessado para que opte por uma delas, no prazo de 20 dias.
3 - Se não houver resposta, a DGAI, em acto fundamentado, decide qual a inscrição que prevalece.
4 - Não sendo possível apurar a inscrição mais recente, prevalece a última comunicação à BDRE.
5 - A informação das eliminações determinadas pela BDRE será disponibilizada pela DGAI, através do SIGRE, às comissõesrecenseadoras respectivas.
CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA32
REGIME JURÍDICO DO RECENSEAMENTO ELEITORAL
SECÇÃO IV
Cadernos de recenseamento
Artigo 52.º
Elaboração
Artigo 53.º
Organização
Artigo 54.º
Actualização
Artigo 55.º
Adaptação
1 - Os cadernos de recenseamento são elaborados pelo SIGRE com base na informação das inscrições constantes da BDRE.
2 - Há tantos cadernos de recenseamento quantos os necessários para que em cada um deles figurem sensivelmente 1000eleitores.
1 - Os cadernos de recenseamento são organizados pela ordem do número de inscrição.
2 - Os cadernos são numerados e têm um termo de encerramento subscrito e autenticado pelas comissões recenseadoras.
3 - A numeração das folhas dos cadernos de recenseamento é sequencial e contínua de caderno para caderno e única porcomissão recenseadora ou posto de recenseamento.
1 - Aactualização dos cadernos faz-se, consoante os casos:a) Por inserção da modificação do nome dos eleitores;b) Por supressão das inscrições que tenham sido eliminadas;c) Por inserção da modificação do endereço postal dos eleitores quando residentes no estrangeiro;d) Por aditamento das novas inscrições.
2 - A DGAI, através do SIGRE, assegura às comissões recenseadoras acesso à informação sobre todas as alteraçõesreferidas no número anterior e respectivos motivos.
Os cadernos são adaptados, mediante transcrição integral dos elementos respeitantes aos eleitores inscritos nos cadernosexistentes, quando seja modificada a área geográfica da circunscrição de recenseamento ou do posto de recenseamento.
CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA 33
REGIME JURÍDICO DO RECENSEAMENTO ELEITORAL
Artigo 56.º
Consulta dos cadernos de recenseamento e extracção de cópias
Artigo 57.º
Exposição no período eleitoral
Artigo 58.º
Cópias fiéis dos cadernos em período eleitoral
Artigo 59.º
Período de inalterabilidade
1 - No mês de Fevereiro, a DGAI, através do SIGRE, procede à emissão dos cadernos de recenseamento em formatoelectrónico, de modo a permitir a sua impressão pelas comissões recenseadoras, para efeitos de consulta e reclama-ção dos interessados durante o mês de Março.
2 - Esgotados os prazos de reclamação e recurso, as comissões recenseadoras, através do SIGRE, comunicam à BDRE asrectificações pertinentes.
1 - Até ao 44.º dia anterior à data da eleição ou referendo, a DGAI, através do SIGRE, disponibiliza às comissões recensea-doras listagens das alterações ocorridas nos cadernos de recenseamento.
2 - As comissões recenseadoras, através do SIGRE, acedem às listagens previstas no número anterior e adoptam asmedidas necessárias à preparação da sua exposição.
3 - Entre os 39.º e o 34.º dias anteriores à eleição ou referendo, são expostas nas sedes das comissões recenseadoras aslistagens referidas no número anterior, para efeito de consulta e reclamação dos interessados.
4 - As reclamações e os recursos relativos à exposição de listagens referidas no número anterior efectuam-se nos termosdos artigos 60.º e seguintes.
5 - ADGAI, em colaboração com as comissões recenseadoras, pode promover, em condições de segurança, a possibilidadede consulta, por parte do titular, aos dados constantes dos cadernos eleitorais que lhe respeitem, através de meiosinformatizados, nomeadamente pela Internet.
1 - Esgotados os prazos de reclamação e recurso, as comissões recenseadoras comunicam as rectificações daí resultantesà BDRE no prazo de cinco dias.
2 - A DGAI, através do SIGRE, disponibiliza às comissões recenseadoras os cadernos eleitorais em formato electrónico,com vista à sua impressão e utilização no acto eleitoral ou referendo.
3 - Nas freguesias onde não seja possível a impressão de cadernos eleitorais, as respectivas comissões recenseadorassolicitam a sua impressão à DGAI até ao 44.º dia anterior ao da eleição ou referendo.
Os cadernos de recenseamento não podem ser alterados nos 15 dias anteriores a qualquer acto eleitoral ou referendo.
CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA34
REGIME JURÍDICO DO RECENSEAMENTO ELEITORAL
Artigo 59.º-A
Prazos especiais
SECÇÃO V
Reclamações e recursos
Artigo 60.º
Reclamação
Artigo 61.º
Tribunal competente
Caso se trate de referendo convocado com menos de 55 dias de antecedência, os prazos referidos nos artigos anteriores sãoalterados da seguinte forma:
a) Até ao 13.º dia posterior à data da disponibilização das listagens previstas no n.º 1 do artigo 57.º;b) Do 14.º ao 16.º dia posterior à convocação para a exposição referida no n.º 3 do artigo 57.º;c) Redução a metade, arredondada por excesso, dos prazos superiores a um dia, a que se refere o n.º 4 do artigo 57.º;d) Dois dias para a comunicação referida no n.º 1 do artigo 58.º;e) Até ao 13.º dia posterior à convocação para a emissão de cadernos referida no n.º 3 do artigo 58.º;f) Cinco dias para o período de inalterabilidade referido no artigo 59.º
1 - Durante os períodos de exposição, pode qualquer eleitor ou partido político apresentar reclamação, por escrito,perante a comissão recenseadora das omissões ou inscrições indevidas devendo essas reclamações ser encaminhadaspara a DGAI no mesmo dia, pela via mais expedita.
2 - No caso de reclamação de inscrição indevida, a comissão dá dela imediato conhecimento ao eleitor para responder,querendo, no prazo de dois dias, devendo igualmente tal resposta ser remetida, no mesmo dia, à DGAI.
3 - A DGAI decide as reclamações nos dois dias seguintes à sua apresentação, comunicando de imediato a sua decisão aoautor da reclamação, com conhecimento à comissão recenseadora que a afixa, imediatamente, na sua sede ou localde funcionamento, bem como nos postos de recenseamento, se existirem.
4 - Decidida a reclamação e esgotado o prazo de recurso, a DGAI opera, quando for caso disso, as competentes alteraçõesna BDRE e comunica-as às respectivas comissões recenseadoras.
1 - Das decisões da DGAI sobre reclamações que lhes sejam apresentadas cabe recurso para o tribunal da comarca da sededa respectiva comissão recenseadora.
2 - Tratando-se de recurso interposto de decisão de comissão recenseadora no estrangeiro, é competente o Tribunal daComarca de Lisboa.
3 - Nos tribunais em que haja mais de um juízo, procede-se à distribuição no próprio dia da entrada do requerimento, nostermos da lei processual comum.
4 - Das decisões do tribunal de comarca cabe recurso para o Tribunal Constitucional.
CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA 35
REGIME JURÍDICO DO RECENSEAMENTO ELEITORAL
Artigo 62.º
Prazo
Artigo 63.º
Legitimidade
Artigo 64.º
Interposição e tramitação
Artigo 65.º
Decisão
SECÇÃO VI
Operações complementares
O recurso deve ser interposto no prazo de cinco dias a contar da afixação da decisão da DGAI ou da decisão do tribunal decomarca.
1 - Têm legitimidade para interpor recurso os eleitores reclamantes, bem como os partidos políticos.
2 - Os partidos políticos e os grupos de cidadãos eleitores com assento nos órgãos autárquicos consideram-se legitima-mente representados pelos respectivos delegados na comissão recenseadora.
1 - O requerimento de interposição de recurso, de que constam os seus fundamentos, é entregue na secretaria do tribunalacompanhado de todos os elementos de prova.
2 - O tribunal manda notificar imediatamente para responderem, querendo, juntando todos os elementos de prova, noprazo de dois dias:a) ADGAI;b) O eleitor cuja inscrição seja considerada indevida, pelo recorrente, se for esse o caso.
3 - Qualquer partido político ou grupo de cidadãos eleitores com assento nos órgãos autárquicos pode igualmenteresponder, querendo, no prazo fixado no n.º 2.
1 - O tribunal decide definitivamente no prazo de quatro dias a contar da interposição do recurso.
2 - Adecisão é imediatamente notificada à DGAI, ao recorrente e aos demais interessados.
3 - Se a decisão do tribunal implicar alteração no caderno de recenseamento, será a mesma comunicada à DGAI, no prazode um dia, que a transmite, através do SIGRE à comissão recenseadora.
CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA36
REGIME JURÍDICO DO RECENSEAMENTO ELEITORAL
Artigo 66.º
Guarda e conservação
Artigo 67.º
Número de eleitores inscritos
Artigo 68.º
Certidões e dados relativos ao recenseamento
Artigo 69.º
Isenções
CAPÍTULO IV
Finanças do recenseamento
SECÇÃO I
Despesas do recenseamento
Compete à DGAI e às comissões recenseadoras a guarda e conservação dos documentos atinentes a operações de recensea-mento.
No dia 1 de Março de cada ano a DGAI publica, na 2.ª série do Diário da República, o número de eleitores inscritos norecenseamento eleitoral por circunscrição de recenseamento, nos termos do disposto no artigo 8.º
São obrigatoriamente passadas pelas comissões recenseadoras, no prazo de três dias, a requerimento de qualquerinteressado, as certidões relativas ao recenseamento eleitoral.
São isentos de quaisquer taxas, emolumentos, imposto do selo e imposto de justiça, conforme os casos:a) As certidões a que se refere o artigo anterior;b) Todos os documentos destinados a instruir quaisquer reclamações ou recursos previstos nesta lei;c) As procurações forenses a utilizar em reclamações e recursos previstos na presente lei, devendo as mesmas
especificar os processos a que se destinam.
CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA 37
REGIME JURÍDICO DO RECENSEAMENTO ELEITORAL
Artigo 70.º
Despesas do recenseamento
Artigo 71.º
Âmbito das despesas
SECÇÃO II
Pagamento das despesas
Artigo 72.º
Pagamento das despesas
Artigo 73.º
Trabalho extraordinário
Constituem despesas do recenseamento eleitoral os encargos resultantes da sua preparação e execução.
1 - As despesas do recenseamento são locais ou centrais.
2 - Constituem despesas locais as realizadas ao nível da unidade geográfica do recenseamento pelos órgãos autárquicosou consulares ou por qualquer entidade por causa do recenseamento.
3 - Constituem despesas centrais os encargos que, não sendo os previstos no número anterior, são, por causa do recensea-mento, assumidos:a) Directamente pela DGAI;b) Por outras entidades de âmbito reconhecidamente central, designadamente pelo Ministério dos Negócios
Estrangeiros.
1 - As despesas de âmbito local serão satisfeitas:a) As realizadas no continente, nas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira pelas verbas inscritas no orçamento
das autarquias locais, por transferência do Orçamento do Estado, exceptuadas as realizadas por outras entidadesno exercício de competência própria ou sem prévio assentimento daquelas, as quais serão por estas suportadas;
b) As realizadas no estrangeiro, pelas respectivas comissões recenseadoras, através das verbas inscritas no orça-mento do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
2 - As despesas de âmbito central serão satisfeitas através do orçamento da DGAI.
1 - A execução de tarefas no âmbito dos trabalhos de recenseamento por indivíduos vinculados por qualquer título àAdministração Pública não dá direito a remuneração especial.
CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA38
REGIME JURÍDICO DO RECENSEAMENTO ELEITORAL
2 - Quando, por exigência do serviço, os trabalhos relativos à preparação ou execução do recenseamento devam serexecutados para além do período normal de funcionamento, pode haver lugar a remuneração por trabalho extraordi-nário de acordo com a legislação vigente.
3 - O recurso ao trabalho extraordinário deve limitar-se ao estritamente indispensável.
1 - No caso de serem atribuídas tarefas, no âmbito dos trabalhos de recenseamento, a entidades que não façam parte daAdministração Pública, pode haver lugar a remuneração na medida do trabalho prestado.
2 - O recurso à atribuição de tarefas nos termos do número anterior deve limitar-se ao indispensável.
As sanções cominadas nesta lei não excluem a aplicação de outras mais graves pela prática de qualquer crime previsto nalegislação penal.
Constituem circunstâncias agravantes do ilícito relativo ao recenseamento eleitoral:a) Influir a infracção no resultado da votação;b) Ser a infracção cometida por agente da administração eleitoral;c) Ser a infracção cometida por membros da comissão recenseadora;d) Ser a infracção cometida por candidatos, delegados dos partidos políticos ou eleitos não abrangidos na alínea c).
Artigo 74.º
Atribuição de tarefas
TÍTULO II
Ilícito do recenseamento
CAPÍTULO I
Princípios gerais
Artigo 75.º
Concorrência com crimes mais graves
Artigo 76.º
Circunstâncias agravantes
CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA 39
REGIME JURÍDICO DO RECENSEAMENTO ELEITORAL
Artigo 77.º
Responsabilidade disciplinar
Artigo 78.º
Pena acessória de demissão
CAPÍTULO II
Ilícito penal
SECÇÃO I
Disposições gerais
Artigo 79.º
Punição da tentativa
Artigo 80.º
Pena acessória de suspensão de direitos políticos
Artigo 81.º
Prescrição
As infracções previstas nesta lei constituem também faltas disciplinares quando cometidas por funcionários ou agentes daadministração pública central, regional ou local sujeitos a responsabilidade disciplinar.
À prática de crimes relativos ao recenseamento por parte de funcionário público no exercício das suas funções podecorresponder, independentemente da medida da pena, a pena acessória de demissão, sempre que o crime tiver sidopraticado com flagrante e grave abuso das funções ou com manifesta e grave violação dos deveres que lhes são inerentes,atenta a concreta gravidade do facto.
Atentativa é punível.
À prática de crimes relativos ao recenseamento pode corresponder, para além das penas especialmente previstas napresente lei, pena acessória de suspensão, de 6 meses a 5 anos, dos direitos consignados nos artigos 49.º, 50.º, 52.º, n.º 3,124.º, n.º 1, e 207.º da Constituição, atenta a concreta gravidade do facto.
O procedimento por infracções criminais relativas ao recenseamento eleitoral prescreve no prazo de três anos a contar daprática do facto ou de um ano a contar do conhecimento do facto punível.
CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA40
REGIME JURÍDICO DO RECENSEAMENTO ELEITORAL
Artigo 82.º
Constituição dos partidos políticos como assistentes
SECÇÃO II
Crimes relativos ao recenseamento eleitoral
Artigo 83.º
Promoção dolosa de inscrição
Artigo 84.º
Obstrução à inscrição
Artigo 85.º
Obstrução à detecção ou não eliminação de múltiplas inscrições
Artigo 86.º
Atestado médico falso
Qualquer partido político legalmente existente pode constituir-se assistente nos processos por infracções criminaisrelativas ao recenseamento cometidas na área do círculo eleitoral em que haja apresentado candidatos nas últimaseleições para aAssembleia da República.
1 - Quem promover a sua inscrição no recenseamento sem ter capacidade eleitoral é punido com pena de prisão até 6meses ou com pena de multa até 60 dias.
2 - Quem promover a sua inscrição em circunscrição de recenseamento diversa da correspondente à área de residênciaconstante do respectivo título de identificação é punido com pena de prisão até 1 ano ou com pena de multa até 120dias.
Quem, por violência, ameaça ou intuito fraudulento, induzir um eleitor a não promover a sua inscrição no recenseamentoeleitoral ou a promover a sua inscrição fora da circunscrição de recenseamento da área da sua residência é punido compena de prisão até 2 anos ou com pena de multa até 240 dias.
Quem obstruir a detecção de múltiplas inscrições no recenseamento eleitoral é punido com pena de prisão até 2 anos e compena de multa até 240 dias.
O médico que, indevidamente, passar atestado médico comprovativo de incapacidade física para efeitos de inscrição norecenseamento eleitoral é punido com pena de prisão até 6 meses ou com pena de multa até 60 dias.
CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA 41
REGIME JURÍDICO DO RECENSEAMENTO ELEITORAL
Artigo 87.º
Violação de deveres relativos à inscrição no recenseamento
Artigo 88.º
Violação de deveres relativos ao recenseamento
Artigo 89.º
Falsidade de declaração formal
Artigo 90.º
Falsificação do cartão de eleitor
Artigo 91.º
Não cumprimento do dever de informação para efeito do recenseamento
1 - São punidos com pena de prisão até 1 ano ou com pena de multa até 120 dias os membros das comissões recenseadorasque:a) Se recusarem a inscrever no recenseamento um eleitor que haja promovido a sua inscrição;b) Procederem à inscrição ou transferência indevida de um eleitor no recenseamento;c) Eliminarem indevidamente a inscrição de um eleitor no recenseamento.
2 - Os membros da administração eleitoral e das comissões recenseadoras que se recusem a efectuar as eliminaçõesoficiosas a que estão obrigados pela presente lei são punidos com pena de prisão até 1 ano ou pena de multa até 120dias.
3 - Anegligência é punida com multa até 120 dias.
Os membros da administração eleitoral, bem como os membros das comissões recenseadoras, que não procedam de acordocom o estipulado na presente lei, no cumprimento das funções que lhes estão legalmente cometidas, são punidos com penade prisão até 6 meses ou com pena de multa até 60 dias.
O cidadão eleitor estrangeiro que prestar falsas declarações no documento previsto nos n.ºs 4 e 5 do artigo 37.º, com vista aobter a sua inscrição no recenseamento, é punido com pena de prisão até 6 meses ou pena de multa até 60 dias.
Quem, com intuito fraudulento, modificar ou substituir o cartão de eleitor é punido com pena de prisão até 6 meses oupena de multa até 60 dias.
Os responsáveis pelo envio das relações de cidadãos previstos no artigo 50.º que não cumprirem a respectiva obrigaçãoserão punidos com pena de prisão até 6 meses ou pena de multa até 60 dias.
CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA42
REGIME JURÍDICO DO RECENSEAMENTO ELEITORAL
Artigo 92.º
Falsificação dos cadernos de recenseamento
Artigo 93.º
Impedimento à verificação de inscrição no recenseamento
Artigo 94.º
Recusa de passagem ou falsificação de certidões de recenseamento
CAPÍTULO III
Ilícito de mera ordenação social
SECÇÃO I
Disposições gerais
Artigo 95.º
Órgãos competentes
SECÇÃO II
Contra-ordenações
Quem por qualquer modo alterar, viciar, substituir ou suprimir os cadernos de recenseamento é punido com pena de prisãoaté 3 anos ou pena de multa até 360 dias.
Os membros da comissão recenseadora que não expuserem as cópias dos cadernos de recenseamento ou que obstarem aque o cidadão as consulte no prazo legal previsto são punidos com pena de prisão até 6 meses ou com pena de multa até 60dias.
Os membros das comissões recenseadoras que recusarem a passagem de certidões de recenseamento a eleitores que nelese encontrem inscritos ou que passem certidões falsas são punidos com pena de prisão até 6 meses ou pena de multa até 60dias.
Compete à câmara municipal da área onde a contra-ordenação tiver sido praticada aplicar a respectiva coima, comrecurso para o tribunal competente.
CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA 43
REGIME JURÍDICO DO RECENSEAMENTO ELEITORAL
Artigo 96.º
Recusa de inscrição
Artigo 97.º
Não devolução do cartão de eleitor
Artigo 98.º
Incumprimento negligente dos deveres dos membros da administração eleitoral e das comissões recenseadoras
TÍTULO III
Disposições finais e transitórias
Artigo 99.º
Legislação informática aplicável
Artigo 100.º
(Revogado.)
Artigo 101.º
(Revogado.)
1 - Quem, no intuito de impedir a sua inscrição no recenseamento, recusar o preenchimento ou a assinatura do verbete,ou a aposição nele de impressão digital, é punido com coima de € 125 a € 500.
2 - O membro da comissão recenseadora que não promover oficiosamente a inscrição no recenseamento dos cidadãoscom capacidade eleitoral é punido com coima de € 250 a € 500.
Quem não devolver o cartão de eleitor, nos casos previstos na lei, é punido com coima de € 50 a € 100.
Os funcionários e agentes da administração eleitoral e os membros das comissões recenseadoras que, por negligência, nãoprocedam, pela forma prescrita na presente lei, ao cumprimento das funções que lhes estão legalmente cometidas, sãopunidos com coima de € 500 a € 1000.
Aos crimes informáticos previstos na presente lei aplica-se o disposto nas Leis n.ºs 67/98, de 26 de Outubro (Lei daProtecção de Dados Pessoais) e 109/91, de 17 de Agosto (Lei da Criminalidade Informática), e, subsidiariamente, asdisposições do Código Penal.
CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA44
REGIME JURÍDICO DO RECENSEAMENTO ELEITORAL
Artigo 102.º
Comissões recenseadoras
Artigo 103.º
Modelos de recenseamento
Artigo 104.º
Revogação
Os membros das comissões recenseadoras designados pelos partidos políticos em exercício de funções na data da entradaem vigor da presente lei mantêm-se em funções até serem substituídos nos termos do n.º 2 do artigo 22.º
1 - Os modelos de cadernos eleitorais referidos, bem como outros impressos complementares necessários à gestão dorecenseamento eleitoral, são aprovados por portaria do membro do Governo responsável pela área da administraçãointerna, publicada no prazo de 30 dias após a entrada em vigor da presente lei.
2 - Os modelos e impressos referidos no número anterior são obtidos através do SIGRE.
São revogadas as Leis n.ºs 69/78, de 3 de Novembro, 72/78, de 28 de Dezembro, 4/79, de 10 de Janeiro, 15/80, de 30 deJunho, 81/88, de 20 de Julho, 3/94, de 28 de Fevereiro, 50/96, de 4 de Setembro, e 19/97, de 19 de Junho.
Aprovada em 4 de Fevereiro de 1999.O Presidente daAssembleia da República,António deAlmeida Santos.
Promulgada em 26 de Fevereiro de 1999.Publique-se.O Presidente da República, JORGE SAMPAIO.
Referendada em 4 de Março de 1999.O Primeiro-Ministro,António Manuel de Oliveira Guterres.
CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA 45
REGIME JURÍDICO DO RECENSEAMENTO ELEITORAL
Lei n.º 47/2008,de 27 de Agosto
Artigo 1.º
Alteração da Lei n.º 13/99, de 22 de Março
Artigo 2.º
Regime de uso
Artigo 3.º
Actualização do recenseamento
Procede à quarta alteração à Lei n.º 13/99, de 22 de Março (estabelece o novo regime jurídico do recenseamento eleitoral)e consagra medidas de simplificação e modernização que asseguram a actualização permanente do recenseamento.AAssembleia da República decreta, nos termos da alínea c) do artigo 161.º da Constituição, o seguinte:
Os artigos 3.º, 5.º, 9.º, 10.º, 11.º, 12.º, 13.º, 15.º, 18.º, 19.º, 20.º, 21.º, 25.º, 26.º, 27.º, 29.º, 30.º, 33.º, 34.º, 35.º, 36.º,37.º, 38.º, 39.º, 40.º, 41.º, 42.º, 42.º-A, 46.º, 47.º, 48.º, 49.º, 50.º, 51.º, 52.º, 53.º, 54.º, 56.º, 57.º, 58.º, 59.º-A, 60.º, 61.º,62.º, 64.º, 65.º, 83.º, 85.º, 86.º, 88.º, 96.º, 97.º, 98.º e 103.º da Lei n.º 13/99, de 22 de Março, alterada pela Lei n.º 3/2002,de 8 de Janeiro, e pelas Leis Orgânicas n. s 4/2005 e 5/2005, de 8 de Setembro, passam a ter a seguinte redacção:
(…)
: consultar a Lei nº 13/99, de 22 de Março (Lei do Recenseamento Eleitoral), que contém já as alterações introduzidaspelo presente diploma.
Os cartões de eleitor válidos à data de entrada em vigor da presente lei mantêm-se na posse dos seus titulares, nãopodendo ser utilizados ou solicitados senão para os efeitos previstos na legislação eleitoral e referendária.
1 - A DGAI, em colaboração com as demais entidades públicas competentes, realiza as operações necessárias para,oficiosamente, integrar na BDRE os cidadãos portugueses residentes em território nacional possuidores de bilhete deidentidade válido que, até à data da entrada em vigor da presente lei, não tenham promovido a sua inscrição norecenseamento eleitoral, bem como para eliminar os registos dos que hajam falecido, ou perdido a capacidadeeleitoral.
2 - Para os efeitos do disposto no número anterior, a BDRE, após a entrada em vigor da presente lei, actualiza a informa-ção relativa à identificação dos eleitores que dela já constavam mediante a interconexão com a informação constantedos sistemas de identificação civis e militares, por forma a evitar, em especial, duplas inscrições, bem como a verificardados incorrectos ou incompletos respeitantes a cidadãos eleitores, procedendo-se à sua rectificação.
o
Nota
CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA46
REGIME JURÍDICO DO RECENSEAMENTO ELEITORAL
3 - A interconexão entre a BDRE e os sistemas de identificação civis e militares efectua-se, unicamente, quanto àscategorias de dados que, nos termos da presente lei, devem constar da BDRE.
4 - A interconexão a que se referem os números anteriores não determina, em nenhum caso, a alteração da circunscriçãode recenseamento dos eleitores, excepto quanto aos que possuem cartão de cidadão, que são inscritos automatica-mente na circunscrição correspondente à morada a que se refere a alínea b) do n.º 1 do artigo 8.º da Lei n.º 7/2007, de8 de Fevereiro.
5 - Para os efeitos do disposto no presente artigo, a última remessa à DGAI pelas comissões recenseadoras de informaçãocontida nos duplicados dos verbetes de inscrição processa-se até ao 30.º dia posterior à data de entrada em vigor destalei, procedendo a DGAI aos trâmites subsequentes tendentes à validação e integração da informação na BDRE.
6 - Após a integração da informação prevista no número anterior, as comissões recenseadoras certificam, perante a DGAIe através do SIGRE, o universo eleitoral respectivo.
7 - Os órgãos da administração eleitoral promovem a adequada informação e publicitação da operação referida no n.º 1junto dos eleitores, para efeitos de reclamação e recurso.
Até à publicação da portaria a que se refere o n.º 1 do artigo 103.º da Lei n.º 13/99, de 22 de Março, na redacção dada poresta lei, mantêm-se em vigor os modelos de impressos anteriormente aprovados e utilizados nas operações de recensea-mento.
São revogados os artigos 43.º, 100.º e 101.º da Lei n.º 13/99, de 22 de Março.
1 - É republicada, em anexo, que é parte integrante da presente lei, a Lei n.º 13/99, de 22 de Março, na redacção actual.
2 - As referências feitas ao Secretariado Técnico dos Assuntos para o Processo Eleitoral - STAPE na Lei n.º 13/99, de 22 deMarço, nas normas não alteradas na presente lei, consideram-se feitas à Direcção-Geral de Administração Interna(DGAI) do Ministério daAdministração Interna.
Artigo 4.º
Norma transitória
Artigo 5.º
Norma revogatória
Artigo 6.º
Republicação
CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA 47
REGIME JURÍDICO DO RECENSEAMENTO ELEITORAL
Artigo 7.º
Entrada em vigor
1 - Apresente lei entra em vigor 60 dias após a sua publicação, sem prejuízo do disposto no número seguinte.
2 - A norma do artigo 1.º que dá nova redacção ao artigo 13.º da Lei n.º 13/99, de 22 de Março, entra em vigor no diaseguinte ao da publicação da presente lei.
Aprovada em 11 de Julho de 2008.O Presidente daAssembleia da República, Jaime Gama.
Promulgada em 31 de Julho de 2008.Publique-se.O Presidente da República,ANÍBALCAVACO SILVA.
Referendada em 1 deAgosto de 2008.O Primeiro-Ministro, José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa.
CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA48
REGIME JURÍDICO DO RECENSEAMENTO ELEITORAL
MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO INTERNA
Portaria n.º 1295/200811 de Novembro
O n.º 1 do artigo 103.º da Lei n.º 13/99, de 22 de Março (Lei do Recen-seamento Eleitoral), na redacção que lhe foi dada pelo artigo 1.º da Lei n.º47/2008, de 27 de Agosto, estabelece que os modelos de cadernos eleitora-is, bem como outros impressos complementares necessários à gestão dorecenseamento eleitoral, são aprovados por portaria do membro doGoverno responsável pela área da administração interna no prazo de 30 diasapós a entrada em vigor do último diploma atrás referido.
Assim:Ao abrigo do disposto no n.º 1 do artigo 103.º da Lei n.º 13/99, de 22 de
Março, na redacção dada pelo artigo 1.º da Lei n.º 47/2008, de 27 de Agosto, manda o Governo, pelo Ministro daAdministração Interna, que sejam aprovados os modelos I a X de folhas intercalares dos cadernos eleitorais e demaisimpressos complementares necessários à gestão do recenseamento eleitoral, que constam em anexo à presente portaria,dela fazendo parte integrante.
O Ministro daAdministração Interna, Rui Carlos Pereira, em 23 de Outubro de 2008.
ANEXO I
Folha intercalar do caderno eleitoral - Eleitores nacionais residentes no território nacional
Aprova os modelos de Cadernos
Eleitorais, bem como outros
impressos complementares
necessários à gestão
do Recenseamento Eleitoral
CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA50
ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO
ANEXO II
ANEXO III
ANEXO IV
Folha intercalar de caderno eleitoral - Eleitores nacionais residentes no estrangeiro
Folha intercalar de caderno eleitoral - Eleitores de países da União Europeia
Folha intercalar de caderno eleitoral - Outros eleitores estrangeiros
CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA 51
ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO
ANEXO V
ANEXO VI
Certidão do eleitor
Certidão a emitir pelas entidades recenseadoras no estrangeiro
CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA52
ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO
ANEXO VII
Ficha do eleitor nacional residente em território nacional
CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA 53
ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO
ANEXO VIII
Ficha de eleitor nacional residente no estrangeiro
CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA54
ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO
ANEXO IX
Ficha de eleitor da UE residente em Portugal
CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA 55
ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO
ANEXO X
Ficha de eleitor estrangeiro (não UE) residente em Portugal
CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA56
ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO
ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA
Declaração de Rectificação n.º 54/20081 de Outubro
Para os devidos efeitos se declara que a Lei n.º 47/2008, de 27 de Agosto,que procede à quarta alteração à Lei n.º 13/99, de 22 de Março (estabeleceo novo regime jurídico do recenseamento eleitoral), e consagra medidas desimplificação e modernização que asseguram a actualização permanentedo recenseamento, publicada no Diário da República, 1.ª série, n.º 165, de27 de Agosto de 2008, saiu com as seguintes inexactidões, que assim serectificam:
Na alínea b) do n.º 2 do artigo 13.º constante do texto da lei e da republica-ção, onde se lê «Procede à atribuição de cada eleitor» deve ler-se «Procede
à alocação de cada eleitor».
No n.º 3 do artigo 29.º da republicação, onde se lê «As decisões das comissões recenseadoras relativas» deve ler-se «Asdecisões da DGAI relativas».
Assembleia da República, 18 de Setembro de 2008. — Pela Secretária -Geral, aAdjunta, Maria do Rosário Boléo.
Rectifica a Lei n.º 47/2008,
de 27 de Agosto, que
procede à quarta alteração
à Lei n.º 13/99,
de 22 de Março
CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA58
ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO
ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA
Lei n.º 47/200827 de Agosto
AAssembleia da República decreta, nos termos da alínea c) do artigo 161.ºda Constituição, o seguinte:
Os artigos 3.º, 5.º, 9.º, 10.º, 11.º, 12.º, 13.º, 15.º, 18.º, 19.º, 20.º, 21.º, 25.º,26.º, 27.º, 29.º, 30.º, 33.º, 34.º, 35.º, 36.º, 37.º, 38.º, 39.º, 40.º, 41.º, 42.º,42.º-A, 46.º, 47.º, 48.º, 49.º, 50.º, 51.º, 52.º, 53.º, 54.º, 56.º, 57.º, 58.º,59.º-A, 60.º, 61.º, 62.º, 64.º, 65.º, 83.º, 85.º, 86.º, 88.º, 96.º, 97.º, 98.º e103.º da Lei n.º 13/99, de 22 de Março, alterada pela Lei n.º 3/2002, de 8 deJaneiro, e pelas Leis Orgânicas n.ºs 4/2005 e 5/2005, de 8 de Setembro,passam a ter a seguinte redacção:
1 - Todos os eleitores têm o direito a estar inscritos e o dever de verificar a sua inscrição no recenseamento e, em caso deerro ou omissão, requerer a respectiva rectificação.
2 - Todos os cidadãos nacionais, residentes no território nacional, maiores de 17 anos, são oficiosa e automaticamenteinscritos na base de dados do recenseamento eleitoral, adiante designada abreviadamente por BDRE, devendo ainformação para tal necessária ser obtida com base na plataforma de serviços comuns do cartão de cidadão.
1 - ......
2 - O recenseamento é actualizado através de meios informáticos ou outros, nos termos da presente lei, por forma acorresponder com actualidade ao universo eleitoral.
3 -
4 -
Artigo 1.º
«Artigo 3.º
Artigo 5.º
......
......
Alteração da Lei n.º 13/99, de 22 de Março
[...]
[...]
Procede à quarta alteração
à Lei n.º 13/99, de 22 de Março
(estabelece o novo Regime
Jurídico do Recenseamento
Eleitoral) e consagra
medidas de simplificação
e modernização que asseguram
a actualização permanente
do recenseamento
CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA60
ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO
5 - O disposto no presente artigo, designadamente em matéria de interconexão de sistemas de informação, é aplicável acidadãos nacionais residentes no estrangeiro que se recenseiem voluntariamente, nos termos seguintes:a) A inscrição e o tratamento de dados, depende de consentimento do titular que deve ser garantido no momento em
que exerça o direito de recenseamento voluntário previsto no artigo 4.º;b) Após a inscrição voluntária, a actualização e consolidação de dados faz-se, nos termos gerais, mediante a
interacção entre o Sistema de Informação e Gestão do Recenseamento Eleitoral, adiante designado abreviada-mente por SIGRE, e os sistemas de informação apropriados.
1 - A circunscrição eleitoral de eleitores detentores de cartão de cidadão é a correspondente à morada a que se refere aalínea b) do n.º 1 do artigo 8.º da Lei n.º 7/2007, de 5 de Fevereiro.
2 - Os eleitores inscritos no recenseamento eleitoral nos locais de funcionamento de entidade recenseadora correspon-dente à morada indicada no bilhete de identidade mantêm a sua inscrição na mesma circunscrição eleitoral, salvo se,tendo obtido cartão de cidadão, deste constar morada diferente.
3 - Os eleitores previstos na alínea a) do artigo 4.º ficam inscritos nos locais de funcionamento da entidade recenseadoracorrespondente à residência indicada no título de residência emitido pela entidade competente do país onde seencontram.
4 - Os eleitores estrangeiros previstos nas alíneas b), e d) do artigo 4.º efectuam a sua inscrição voluntária junto dascomissões recenseadoras ou do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, adiante designado abreviadamente por SEF,ficando inscritos na circunscrição de recenseamento correspondente ao domicílio indicado no título válido deresidência.
5 - Os cidadãos brasileiros que, possuindo o estatuto de igualdade de direitos políticos, tenham voluntariamente obtidocartão de cidadão são automaticamente inscritos na BDRE, na circunscrição eleitoral correspondente à moradadeclarada, recorrendo-se para o efeito à plataforma de serviços comuns do cartão de cidadão.
1 - A BDRE, constituída ao abrigo da Lei n.º 130-A/97, de 31 de Dezembro, tem por finalidade organizar e manter perma-nente e actual a informação relativa aos cidadãos eleitores inscritos no recenseamento eleitoral.
2 - ABDRE é permanentemente actualizada com base na informação pertinente proveniente do sistema de informação daidentificação civil relativamente aos cidadãos nacionais e do sistema integrado de informação do SEF, quanto aoscidadãos estrangeiros residentes em Portugal.
3 - São ainda estabelecidas entre a BDRE e os sistemas de identificação de militares as interacções necessárias paraassegurar o pleno cumprimento das disposições legais que regulam as operações de inscrição e eliminação de registosreferentes a esses cidadãos.
4 - Cabe à BDRE a validação de toda a informação, nos termos dos n.ºs 2 e 3, garantindo a concretização do princípio dainscrição única enunciado no artigo 7.º da presente lei.
5 - (Anterior n.º 4.)
Artigo 9.º
Artigo 10.º
[...]
[...]
CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA 61
ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO
Artigo 11.º
Artigo 12.º
1 - A organização, manutenção e gestão da BDRE e do SIGRE, competem à Direcção-Geral de Administração Interna,adiante designada abreviadamente por DGAI.
2 - (Anterior n.º 3.)
1 - A BDRE é constituída pelos seguintes dados identificativos dos eleitores, comunicados pelos respectivos sistemas deidentificação nacional ou pelas comissões recenseadoras:a) ......b)c)d)e)f)g)h)i) Freguesia e concelho ou país de residência conforme a identificação civil ou título válido de residência emitido
pela entidade competente;j) Morada;k) Distrito consular;l) Número e datas de emissão e validade do título válido para identificação e do título válido de residência,
consoante os casos;m) [Anterior alínea n).]n) Data, origem e tipo da comunicação à BDRE;o) Número de telefone, telemóvel e endereço electrónico, desde que obtidos com o consentimento do titular.
2 - À BDRE devem ser comunicados pelos respectivos sistemas de identificação nacional ou comissões recenseadoras,consoante os casos, os seguintes campos de informação:a) [Anterior alínea b).]b) [Anterior alínea c).]c) [Anterior alínea d).]d) A informação relativa à capacidade eleitoral activa;e) Menção de que é titular do estatuto de igualdade de direitos políticos;f)
3 - Para efeitos de verificação da identificação, eliminação de inscrições indevidas, por mudança de morada, por óbito oupela detecção de situações irregulares, a DGAI, em colaboração com as entidades públicas competentes, assegura ainterconexão entre a BDRE e os outros sistemas de informação relevantes, a qual é efectuada, unicamente, quanto àscategorias de dados referidos no presente artigo e fazendo-se de acordo com as regras e procedimentos previstos napresente lei.
......
......
......
......
......
......
......
......
[...]
Conteúdo e regime de interconexão da BDRE
CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA62
ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO
Artigo 13.º
1 - O sistema de informação e gestão do recenseamento eleitoral assegura centralmente, no âmbito da BDRE, a actualiza-ção e consolidação da informação que nela consta e o recenseamento automático dos cidadãos, mediante a adequadainteroperabilidade com a plataforma de serviços comuns do cartão de cidadão, com os sistemas de identificação civise militares dos cidadãos nacionais e com o sistema integrado de informação do SEF.
2 - O SIGRE:a) Assegura a gestão automática do recenseamento eleitoral, baseado no respectivo número de inscrição e na
morada constante dos sistemas referidos no número anterior;b) Procede à atribuição de cada eleitor à circunscrição de recenseamento correspondente ao endereço postal físico
do local de residência registado nos sistemas referidos no número anterior;c) Inscreve o eleitor no posto correspondente à sede da circunscrição de recenseamento respectiva, quando não
seja possível atribuir-lhe uma circunscrição de recenseamento concreta, por insuficiência de informação relativaà residência;
d) Possibilita a emissão pela DGAI dos cadernos eleitorais em formato electrónico e a sua impressão ao nível localpelas comissões recenseadoras e, supletivamente, pelas câmaras municipais.
3 - Através do módulo SIGREweb, o SIGRE assegura às comissões recenseadoras:a) Acesso online à BDRE, para a manutenção com actualidade da informação relevante para a definição da área
geográfica dos postos de recenseamento, necessária para o registo automático referido no n.º 2;b) A possibilidade de promoção ou actualização da informação na BDRE aos eleitores a quem é concedida a inscrição
voluntária no recenseamento eleitoral procedendo-se à interconexão, se necessária, com os respectivos sistemasde informação, para confirmação e certificação dos dados inseridos;
c) O acesso permanente à informação actualizada do recenseamento correspondente à respectiva área geográfica,permitindo a sua fiscalização e confirmação, bem como a impressão dos cadernos eleitorais.
4 - O SIGRE integra informação completa e actualizada relativa à ligação unívoca entre códigos postais, localidades epostos de recenseamento, com base na comunicação dos dados mantidos ou recolhidos pelas juntas de freguesia oucâmaras municipais, em relação à respectiva área geográfica.
5 - Os eleitores têm acesso à sua informação eleitoral, com vista a assegurar a verificação dos dados que lhes respeitem,devendo poder fazê-lo através da Internet.
6 - Com vista a garantir um elevado grau de protecção do tratamento de dados e das operações relativas ao funcionamen-to do SIGRE e à sua interoperabilidade com outros sistemas de informação:a) São aplicáveis as normas relativas à segurança da informação previstas no artigo 18.º da presente lei;b) A interconexão entre o SIGRE e os sistemas de informação com os quais deve ser assegurada interoperabilidade é
exclusivamente feita através de linhas dedicadas e devidamente securizadas;c) É assegurado o cumprimento, no tocante à interacção com o SIGRE, das regras, mecanismos e procedimentos que,
nos termos da Lei n.º 7/2007, de 5 de Fevereiro, garantem a segurança da plataforma de serviços comuns docartão de cidadão.
Sistema de informação e gestão do recenseamento eleitoral
CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA 63
ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO
Artigo 15.º
Artigo 18.º
Artigo 19.º
Artigo 20.º
1 - ......
2 - ......a) Certidão, fotocópia, reprodução de registo informático autenticado, bem como acesso através da Internet;b) ......c) As comissões recenseadoras têm ainda acesso à informação constante na BDRE relativa ao seu universo eleitoral,
através do SIGRE.
3 - ......
1 - ABDRE, bem como o SIGRE, devem cumprir requisitos de segurança adequados que impeçam a consulta, modificação,destruição ou aditamento dos dados por pessoa não autorizada a fazê-lo e permitam detectar o acesso indevido àinformação, incluindo quando exista comunicação de dados.
2 - ......
3 - As comissões recenseadoras adoptam as providências necessárias à segurança da informação a que têm acessoaplicando, com as devidas adaptações, os procedimentos previstos no número anterior.
4 - ......
1 - O responsável pela BDRE e pelo SIGRE, nos termos e para os efeitos da Lei de Protecção de Dados Pessoais, é o director-geral da DGAI.
2 - ......
1 - Aquele que, no exercício das suas funções, tome conhecimento de dados pessoais registados na BDRE e no SIGRE ficaobrigado ao sigilo profissional, nos termos do disposto na legislação de protecção de dados pessoais.
[...]
[...]
[...]
[...]
CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA64
ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO
Artigo 21.º
Artigo 25.º
Artigo 26.º
1 - Compete às comissões recenseadoras:a) Efectuar as inscrições que, nos termos da lei, são feitas presencialmente;b) Facultar o acesso dos eleitores aos seus dados, nos termos do disposto no artigo 15.º;c) Proceder à impressão e emissão final dos cadernos de recenseamento e eleitorais, com base nos dados comunica-
dos pela BDRE;d) Emitir as certidões de eleitor;e) Definir as áreas geográficas dos postos de recenseamento, nos termos do artigo 25.º;f) Receber e reencaminhar para a entidade competente as reclamações relativas ao recenseamento eleitoral;g) Prestar esclarecimentos aos eleitores sobre os aspectos atinentes ao recenseamento eleitoral;h) Publicitar a informação sobre a organização do recenseamento.
2 - Às comissões recenseadoras sediadas no estrangeiro compete ainda remeter à DGAI, através do SIGRE, os dadosrespeitantes ao recenseamento eleitoral dos cidadãos previstos na alínea a) do artigo 4.º para inserção na BDRE.
1 - ......
2 -
3 -
4 -
5 - Acriação de novos postos de recenseamento e a definição das suas áreas, bem como a extinção de postos existentes, éfeita em articulação com a DGAI e anunciados:a)b)
6 -
1 -
2 -a)b) Nas RegiõesAutónomas, para o Representante da República;c)
3 -
4 -
......
......
......
......
......
......
......
............
......
......
......
[...]
[...]
[...]
CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA 65
ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO
Artigo 27.º
Artigo 29.º
Artigo 30.º
Artigo 33.º
1 - Os cidadãos portugueses e os cidadãos brasileiros que possuam o estatuto de igualdade de direitos políticos, maioresde 17 anos, residentes no território nacional, são automaticamente inscritos no recenseamento eleitoral, na freguesiacorrespondente à morada constante do cartão de cidadão ou, quando deste não disponham, do sistema de identifica-ção civil.
2 - Os cidadãos portugueses maiores de 17 anos, residentes no estrangeiro, promovem a sua inscrição junto das comissõesrecenseadoras do distrito consular, do país de residência, se nele apenas houver embaixada, ou da área de jurisdiçãoeleitoral dos postos consulares de carreira fixada em decreto regulamentar das circunscrições de recenseamento daárea da sua residência.
3 - Os cidadãos estrangeiros maiores de 17 anos residentes em território nacional promovem a sua inscrição nas entidadesrecenseadoras correspondentes ao domicílio indicado no título válido de residência.
4 - Os diplomatas e funcionários diplomáticos de carreira podem inscrever-se na comissão recenseadora correspondenteao posto diplomático onde exercem funções, mediante a apresentação do título de identificação nacional e dedocumento comprovativo do local de exercício de funções, emitido pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros.
1 - ......a)b) Direito de pedir informações e de apresentar por escrito reclamações, protestos e contraprotestos, ficando as
comissões recenseadoras e a DGAI, consoante os casos, obrigadas a prestar aquelas e a receber estes;c)
2 -
3 -
ADGAI tem funções de organização, coordenação e apoio geral das operações de recenseamento eleitoral.
1 - O recenseamento voluntário e presencial de cidadãos nacionais residentes no estrangeiro e estrangeiros residentesem Portugal é efectuado pelas comissões recenseadoras durante o período normal de funcionamento das entidades
......
......
......
......
[...]
[...]
[...]
[...]
CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA66
ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO
em cujas sedes se encontram instaladas.
2 -
1 - A inscrição no recenseamento é efectuada de forma automática, de acordo com o n.º 2 do artigo 3.º da presente lei.
2 - ......
3 - Os eleitores que promovam a sua inscrição no estrangeiro identificam-se mediante a apresentação do cartão decidadão ou do bilhete de identidade e certificam a sua residência com esse documento ou com o título de residência,emitido pela entidade competente do país onde se encontram.
4 - Os eleitores referidos no número anterior recebem da comissão recenseadora, no acto de inscrição, certidão compro-vativa da mesma.
1 - Os cidadãos previstos na presente secção que completem 17 anos são inscritos no recenseamento eleitoral, passando aintegrar a BDRE a título provisório, desde que não abrangidos por qualquer outro impedimento à sua capacidadeeleitoral, devendo a informação para tal necessária ser obtida através da plataforma de serviços comuns do cartão decidadão e, quanto aos que deste não disponham, através de informação prestada pelo sistema de informação daidentificação civil.
2 - Os cidadãos referidos no número anterior que completem 18 anos até ao dia da eleição ou referendo constam dosrespectivos cadernos eleitorais.
1 - Compete às entidades recenseadoras remeter à DGAI, através do SIGRE, a informação relativa às inscrições presenciais.
2 - A inscrição dos cidadãos não nacionais contém, antes do número de inscrição, as siglas UE, para os da União Europeia,e ER, no caso dos restantes cidadãos estrangeiros.
3 - No estrangeiro, compete aos serviços competentes do Ministério dos Negócios Estrangeiros remeter à DGAI, através doSIGRE, a informação relativa às inscrições presenciais recebidas.
......
Artigo 34.º
Artigo 35.º
Artigo 36.º
[...]
Inscrição de eleitores com 17 anos
Remessa de inscrições
CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA 67
ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO
Artigo 37.º
Artigo 38.º
Artigo 39.º
1 - Quando a inscrição não seja automática é efectuada, através do SIGRE, mediante o preenchimento dos campos deinformação seguintes:a) ......b)c)d)e)f)g) [Anterior alínea n).]h) [Anterior alínea g).]i) Freguesia e concelho ou país de residência conforme a identificação civil ou título válido de residência emitido
pela entidade competente;j) Morada;k) Distrito consular;l) Número e datas de emissão e validade do título para identificação e do título válido de residência, consoante os
casos;m) Data, origem e tipo de comunicação à BDRE;n) Número de telefone, telemóvel e endereço electrónico, desde que obtidos com o consentimento do titular.
2 - Devem ainda ser preenchidos, consoante os casos, os seguintes campos de informação:a)b)c)d)
3 -
4 -
5 -
6 -
A informação recolhida nos termos do artigo anterior é impressa, através do SIGRE, e entregue ao eleitor para confirmaçãoe assinatura.
Aaceitação de inscrição só produz efeitos após a sua validação pela BDRE.
......
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......
......
......
......
......
......
......
[...]
Confirmação da inscrição
Aceitação da inscrição
CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA68
ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO
Artigo 40.º
Artigo 41.º
Artigo 42.º
Artigo 42.º-A
Artigo 46.º
Em caso de dúvida, sobre a cidadania portuguesa ou sobre a titularidade de estatuto de igualdade de direitos políticos ainscrição é condicional, sendo confirmada quando, através do SIGRE, forem realizadas junto da Conservatória dos RegistosCentrais ou do SEF as necessárias diligências para certificação.
A inscrição do cidadão eleitor pode ainda ser promovida pela comissão recenseadora, através do SIGRE, sendo confirmadaposteriormente pela BDRE.
As inscrições efectuadas em comissão recenseadora sediada no estrangeiro, nas condições previstas na lei eleitoral doPresidente da República, são anotadas nos cadernos de recenseamento e na BDRE, com a menção'eleitor do Presidente da República'.
Sempre que no decurso do processo de recenseamento de cidadãos nacionais no estrangeiro sejam detectadas situaçõesem que o local de residência constante do cartão de cidadão ou do bilhete de identidade não coincida com o título deresidência emitido pela entidade competente, os responsáveis dos postos de recenseamento no estrangeiro ficamobrigados a dar conhecimento das mesmas, através do SIGRE, à DGAI.
1 - Qualquer modificação dos elementos de identificação dos eleitores é comunicada à BDRE, através do SIGRE.2 - ......
[...]
[...]
[...]
Informação à DGAI
[...]
CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA 69
ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO
Artigo 47.º
Artigo 48.º
Artigo 49.º
Artigo 50.º
Amudança de residência para outra circunscrição ou posto de recenseamento implica a transferência nos termos do artigoseguinte e a eliminação da inscrição anterior.
1 - Os eleitores abrangidos pelo disposto no artigo 4.º promovem a transferência junto da entidade recenseadora dacircunscrição da nova residência, de acordo com o disposto no artigo 37.º.
2 - ADGAI, através do SIGRE, disponibiliza às entidades recenseadoras onde os eleitores estavam anteriormente inscritosinformação sobre as eliminações efectuadas nos termos do artigo anterior.
1 - A DGAI, através do SIGRE, disponibiliza às comissões recenseadoras a informação das seguintes eliminações relativasao seu universo eleitoral:a) ......b)c)d)e)f)
2 - No caso de devolução por duas vezes consecutivas dos sobrescritos contendo os boletins de voto para eleitoresrecenseados no estrangeiro, a DGAI cessa oficiosamente o envio de boletins de voto até que o eleitor informe da novamorada.
3 - Em caso de eliminação de inscrição no recenseamento, por qualquer dos motivos legalmente previstos, é proibida ainclusão dos dados do cidadão em causa na BDRE e o seu tratamento pelo SIGRE, designadamente por interacção comsistemas de informação que efectuem a gestão ou actualização de dados pessoais.
1 - Em caso de dúvida sobre a capacidade eleitoral activa, a DGAI solicita ao Instituto dos Registos e do Notariado, I. P., anecessária informação.
2 - A Conservatória dos Registos Centrais envia à DGAI cópia dos assentos de perda de cidadania portuguesa dos cidadãosmaiores de 17 anos.
......
......
......
......
......
[...]
[...]
Informação relativa a eliminações
[...]
CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA70
ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO
3 - A Direcção-Geral da Administração da Justiça, do Ministério da Justiça, envia à DGAI informação dos cidadãos quesejam privados dos seus direitos políticos por decisão judicial transitada em julgado, bem como dos cidadãos que,encontrando-se nessa situação, completem 17 anos.
4 - O Instituto das Tecnologias de Informação na Justiça, I. P., comunica à DGAI a relação dos cidadãos falecidos, bemcomo dos cidadãos que completem 17 anos.
5 - ......
6 - No caso de se verificar a existência de inscrição na BDRE de eleitores com idade igual ou superior a 105 anos a DGAIconfirmará a actualidade da inscrição.
7 - A prova referida no número anterior é solicitada à comissão recenseadora respectiva e poderá ser efectuada atravésda exibição do cartão de cidadão ou do bilhete de identidade, cartão da segurança social ou através de declaração dedois eleitores da unidade geográfica respectiva, sob compromisso de honra.
8 - Esgotadas as diligências administrativas tendentes à averiguação da actualidade da inscrição de eleitores com 105 oumais anos, a DGAI comunica ao eleitor a intenção de eliminar a inscrição e, caso se verifique ausência de resposta noprazo de 30 dias, procede à respectiva eliminação.
9 - Os estabelecimentos psiquiátricos enviam à DGAI informação dos cidadãos que neles sejam internados, notoriamentereconhecidos como dementes, bem como dos cidadãos que, encontrando-se nessa situação, completem 17 anos.
10 - As entidades referidas nos n.ºs 2, 3, 4 e 5 também comunicam à DGAI quaisquer factos determinantes da reaquisiçãoda capacidade eleitoral activa.
11 - Compete à DGAI, através do SIGRE, disponibilizar às comissões recenseadoras a informação relativa às alterações quedecorram dos casos previstos nos n.ºs 2, 3, 4, 8, 9 e 10 do presente artigo.
1 - ......
2 - ......
3 - Se não houver resposta, a DGAI, em acto fundamentado, decide qual a inscrição que prevalece.
4 - ......
5 - A informação das eliminações determinadas pela BDRE será disponibilizada pela DGAI, através do SIGRE, às comissõesrecenseadoras respectivas.
1 - Os cadernos de recenseamento são elaborados pelo SIGRE com base na informação das inscrições constantes da BDRE.
2 - Há tantos cadernos de recenseamento, quantos os necessários para que em cada um deles figurem sensivelmente 1000eleitores.
Artigo 51.º
Artigo 52.º
[...]
[...]
CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA 71
ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO
Artigo 53.º
Artigo 54.º
Artigo 56.º
Artigo 57.º
1 - ......
2 - Os cadernos são numerados e têm um termo de encerramento subscrito e autenticado pelas comissões recenseadoras.
3 - ......
1 - ......
2 - A DGAI, através do SIGRE, assegura às comissões recenseadoras acesso à informação sobre todas as alteraçõesreferidas no número anterior e respectivos motivos.
1 - No mês de Fevereiro, a DGAI, através do SIGRE, procede à emissão dos cadernos de recenseamento em formatoelectrónico, de modo a permitir a sua impressão pelas comissões recenseadoras, para efeitos de consulta e reclama-ção dos interessados durante o mês de Março.
2 - Esgotados os prazos de reclamação e recurso, as comissões recenseadoras, através do SIGRE, comunicam à BDRE asrectificações pertinentes.
1 - Até ao 44.º dia anterior à data da eleição ou referendo, a DGAI, através do SIGRE, disponibiliza às comissões recensea-doras listagens das alterações ocorridas nos cadernos de recenseamento.
2 - As comissões recenseadoras, através do SIGRE, acedem às listagens previstas no número anterior e adoptam asmedidas necessárias à preparação da sua exposição.
3 - ......
4 - ......
5 - ADGAI, em colaboração com as comissões recenseadoras, pode promover, em condições de segurança, a possibilidadede consulta, por parte do titular, aos dados constantes dos cadernos eleitorais que lhe respeitem, através de meiosinformatizados, nomeadamente pela Internet.
[...]
[...]
[...]
[...]
CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA72
ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO
Artigo 58.º
Artigo 59.º-A
Artigo 60.º
1 - ......
2 - A DGAI, através do SIGRE, disponibiliza às comissões recenseadoras os cadernos eleitorais em formato electrónico,com vista à sua impressão e utilização no acto eleitoral ou referendo.
3 - Nas freguesias onde não seja possível a impressão de cadernos eleitorais, as respectivas comissões recenseadorassolicitam a sua impressão à DGAI até ao 44.º dia anterior ao da eleição ou referendo.
1 - Caso se trate de referendo convocado com menos de 55 dias de antecedência, os prazos referidos nos artigos anterio-res são alterados da seguinte forma:a) Até ao 13.º dia posterior à data da disponibilização das listagens previstas no n.º 1 do artigo 57.º;b) Do 14.º ao 16.º dia posterior à convocação para a exposição referida no n.º 3 do artigo 57.º;c) Redução a metade, arredondada por excesso, dos prazos superiores a um dia, a que se refere o n.º 4 do artigo 57.º;d) Dois dias para a comunicação referida no n.º 1e) do artigo 58.º;f) [Anterior alínea f).]g) [Anterior alínea g).]
1 - Durante os períodos de exposição, pode qualquer eleitor ou partido político apresentar reclamação, por escrito,perante a comissão recenseadora das omissões ou inscrições indevidas devendo essas reclamações ser encaminhadaspara a DGAI no mesmo dia, pela via mais expedita.
2 - No caso de reclamação de inscrição indevida, a comissão dá dela imediato conhecimento ao eleitor para responder,querendo, no prazo de dois dias, devendo igualmente tal resposta ser remetida, no mesmo dia, à DGAI.
3 - A DGAI decide as reclamações nos dois dias seguintes à sua apresentação, comunicando de imediato a sua decisão aoautor da reclamação, com conhecimento à comissão recenseadora que a afixa, imediatamente, na sua sede ou localde funcionamento, bem como nos postos de recenseamento, se existirem.
4 - Decidida a reclamação e esgotado o prazo de recurso, a DGAI opera, quando for caso disso, as competentes alteraçõesna BDRE e comunica -as às respectivas comissões recenseadoras.
[...]
[...]
[...]
CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA 73
ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO
Artigo 61.º
Artigo 62.º
Artigo 64.º
Artigo 65.º
1 - Das decisões da DGAI sobre reclamações que lhe sejam apresentadas cabe recurso para o tribunal da comarca da sededa respectiva comissão recenseadora.
2 - ......
3 - ......4 - ......
O recurso deve ser interposto no prazo de cinco dias a contar da afixação da decisão da DGAI ou da decisão do tribunal decomarca.
1 - ......
2 - ......a) ADGAI;b) ......
3 - ......
1 - ......
2 - Adecisão é imediatamente notificada à DGAI, ao recorrente e aos demais interessados.
3 - Se a decisão do tribunal implicar alteração no caderno de recenseamento, será a mesma comunicada à DGAI, no prazode um dia, que a transmite, através do SIGRE, à comissão recenseadora.
[...]
[...]
[...]
[...]
CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA74
ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO
Artigo 83.º
Artigo 85.º
Artigo 86.º
Artigo 88.º
Artigo 96.º
1 - ......
2 - Quem promover a sua inscrição em circunscrição de recenseamento diversa da correspondente à área de residênciaconstante do respectivo título de identificação é punido com pena de prisão até 1 ano ou com pena de multa até 120dias.
Quem obstruir a detecção de múltiplas inscrições no recenseamento eleitoral é punido com pena de prisão até 2 anos e compena de multa até 240 dias.
O médico que, indevidamente, passar atestado médico comprovativo de incapacidade física para efeitos de inscrição norecenseamento eleitoral é punido com pena de prisão até 6 meses ou com pena de multa até 60 dias.
Os membros da administração eleitoral, bem como os membros das comissões recenseadoras, que não procedam de acordocom o estipulado na presente lei, no cumprimento das funções que lhes estão legalmente cometidas, são punidos com penade prisão até 6 meses ou com pena de multa até 60 dias.
1 - Quem, no intuito de impedir a sua inscrição no recenseamento, recusar o preenchimento ou a assinatura do verbete,ou a aposição nele de impressão digital é punido com coima de € 125 a € 500.
2 - O membro da comissão recenseadora que não promover oficiosamente a inscrição no recenseamento dos cidadãoscom capacidade eleitoral é punido com coima de € 250 a € 500.
[…]
[…]
[…]
Violação de deveres relativos ao recenseamento
[…]
CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA 75
ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO
Artigo 97.º
Artigo 98.º
Artigo 103.º
Artigo 2.º
Artigo 3.º
Quem não devolver o cartão de eleitor, nos casos previstos na lei, é punido com coima de € 50 a € 100.
Os funcionários e agentes da administração eleitoral e os membros das comissões recenseadoras que, por negligência, nãoprocedam, pela forma prescrita na presente lei, ao cumprimento das funções que lhes estão legalmente cometidas, sãopunidos com coima de € 500 a € 1000.
1 - Os modelos de cadernos eleitorais referidos, bem como outros impressos complementares necessários à gestão dorecenseamento eleitoral, são aprovados por portaria do membro do Governo responsável pela área da administraçãointerna, publicada no prazo de 30 dias após entrada em vigor da presente lei.
2 - Os modelos e impressos referidos no número anterior são obtidos através do SIGRE.»
Os cartões de eleitor válidos à data de entrada em vigor da presente lei mantêm-se na posse dos seus titulares, nãopodendo ser utilizados ou solicitados senão para os efeitos previstos na legislação eleitoral e referendária.
1 - A DGAI, em colaboração com as demais entidades públicas competentes, realiza as operações necessárias para,oficiosamente, integrar na BDRE os cidadãos portugueses residentes em território nacional possuidores de bilhete deidentidade válido que, até à data da entrada em vigor da presente lei, não tenham promovido a sua inscrição norecenseamento eleitoral, bem como para eliminar os registos dos que hajam falecido, ou perdido a capacidadeeleitoral.
2 - Para os efeitos do disposto no número anterior, a BDRE, após a entrada em vigor da presente lei, actualiza a informa-ção relativa à identificação dos eleitores que dela já constavam mediante a interconexão com a informação constantedos sistemas de identificação civis e militares, por forma a evitar, em especial, duplas inscrições, bem como a verificardados incorrectos ou incompletos respeitantes a cidadãos eleitores, procedendo-se à sua rectificação.
[…]
[...]
[...]
Regime de uso
Actualização do recenseamento
CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA76
ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO
3 - A interconexão entre a BDRE e os sistemas de identificação civis e militares efectua-se, unicamente, quanto àscategorias de dados que, nos termos da presente lei, devem constar da BDRE.
4 - A interconexão a que se referem os números anteriores não determina, em nenhum caso, a alteração da circunscriçãode recenseamento dos eleitores, excepto quanto aos que possuem cartão de cidadão, que são inscritos automatica-mente na circunscrição correspondente à morada a que se refere a alínea b) do n.º 1 do artigo 8.º da Lei n.º 7/2007,de 8 de Fevereiro.
5 - Para os efeitos do disposto no presente artigo, a última remessa à DGAI pelas comissões recenseadoras de informaçãocontida nos duplicados dos verbetes de inscrição processa-se até ao 30.º dia posterior à data de entrada em vigor destalei, procedendo a DGAI aos trâmites subsequentes tendentes à validação e integração da informação na BDRE.
6 - Após a integração da informação prevista no número anterior, as comissões recenseadoras certificam, perante a DGAIe através do SIGRE, o universo eleitoral respectivo.
7 - Os órgãos da administração eleitoral promovem a adequada informação e publicitação da operação referida no n.º 1junto dos eleitores, para efeitos de reclamação e recurso.
Até à publicação da portaria a que se refere o n.º 1 do artigo 103.º da Lei n.º 13/99, de 22 de Março, na redacção dada poresta lei, mantêm-se em vigor os modelos de impressos anteriormente aprovados e utilizados nas operações de recensea-mento.
São revogados os artigos 43.º, 100.º e 101.º da Lei n.º 13/99, de 22 de Março
1 - É republicada, em anexo, que é parte integrante da presente lei, a Lei n.º 13/99, de 22 de Março, na redacção actual.
2 - As referências feitas ao Secretariado Técnico dosAssuntos para o Processo Eleitoral — STAPE na Lei n.º 13/99, de 22 deMarço, nas normas não alteradas na presente lei, consideram-se feitas à Direcção-Geral de Administração Interna(DGAI) do Ministério daAdministração Interna.
Artigo 4.º
Norma transitória
Artigo 5.º
Norma revogatória
Artigo 6.º
Republicação
CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA 77
ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO
Artigo 7.º
ANEXO
TÍTULO I
CAPÍTULO I
Artigo 1.º
Artigo 2.º
1 - Apresente lei entra em vigor 60 dias após a sua publicação, sem prejuízo do disposto no número seguinte.
2 - A norma do artigo 1.º que dá nova redacção ao artigo 13.º da Lei n.º 13/99, de 22 de Março, entra em vigor no diaseguinte ao da publicação da presente lei.Aprovada em 11 de Julho de 2008.
O Presidente daAssembleia da República, Jaime Gama.
Promulgada em 31 de Julho de 2008.Publique-se.O Presidente da República,ANÍBALCAVACO SILVA.
Referendada em 1 deAgosto de 2008.O Primeiro-Ministro, José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa.
O recenseamento eleitoral é oficioso, obrigatório, permanente e único para todas as eleições por sufrágio directo euniversal e referendos, sem prejuízo do disposto nos n.ºs 4 e 5 do artigo 15.º e 2 do artigo 121.º da Constituição daRepública Portuguesa.
1 - O recenseamento eleitoral abrange todos os que gozem de capacidade eleitoral activa.
2 - A inscrição no recenseamento implica a presunção de capacidade eleitoral activa.
Entrada em vigor
Republicação da Lei n.º 13/99, de 22 de Março(estabelece o novo regime jurídico do recenseamento eleitoral)
Recenseamento eleitoral
Disposições gerais
Regra geral
Universalidade
CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA78
ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO
Artigo 3.º
Artigo 4.º
Artigo 5.º
1 - Todos os eleitores têm o direito a estar inscritos e o dever de verificar a sua inscrição no recenseamento e, em caso deerro ou omissão, requerer a respectiva rectificação.
2 - Todos os cidadãos nacionais, residentes no território nacional, maiores de 17 anos, são oficiosa e automaticamenteinscritos na base de dados do recenseamento eleitoral, adiante designada abreviadamente por BDRE, devendo ainformação para tal necessária ser obtida com base na plataforma de serviços comuns do cartão de cidadão.
1 - O recenseamento é voluntário para:a) Os cidadãos nacionais residentes no estrangeiro;b) Os cidadãos da União Europeia, não nacionais do Estado Português, residentes em Portugal;c) Os cidadãos nacionais de países de língua oficial portuguesa, residentes em Portugal;d) Outros cidadãos estrangeiros residentes em Portugal.
1 - A inscrição no recenseamento tem efeitos permanentes e só pode ser cancelada nos casos e nos termos previstos napresente lei.
2 - O recenseamento é actualizado através de meios informáticos ou outros, nos termos da presente lei, por forma acorresponder com actualidade ao universo eleitoral.
3 - No 60.º dia que antecede cada eleição ou referendo, ou no dia seguinte ao da convocação de referendo, se ocorrer emprazo mais curto, e até à sua realização, é suspensa a actualização do recenseamento eleitoral, sem prejuízo dodisposto no número seguinte do presente artigo, no n.º 2 do artigo 35.º e nos artigos 57.º e seguintes da presente lei.
4 - Caso a eleição ou referendo seja convocada com pelo menos 55 dias de antecedência, podem ainda inscrever-se até ao55.º dia anterior ao dia da votação os cidadãos que completem 18 anos até ao dia da eleição ou referendo.
5 - O disposto no presente artigo, designadamente em matéria de interconexão de sistemas de informação, é aplicável acidadãos nacionais residentes no estrangeiro que se recenseiem voluntariamente, nos termos seguintes:a) A inscrição e o tratamento de dados depende de consentimento do titular que deve ser garantido no momento em
que exerça o direito de recenseamento voluntário previsto no artigo 4.º;b) Após a inscrição voluntária, a actualização e consolidação de dados faz-se, nos termos gerais, mediante a
interacção entre o sistema de informação e gestão do recenseamento eleitoral, adiante designado abreviada-mente por SIGRE, e os sistemas de informação apropriados.
Oficiosidade e obrigatoriedade
Voluntariedade
Permanência e actualidade
CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA 79
ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO
Artigo 6.º
Artigo 7.º
Artigo 8.º
Artigo 9.º
O recenseamento é único para todas as eleições por sufrágio directo e universal e actos referendários.
Ninguém pode estar inscrito mais de uma vez no recenseamento.
São circunscrições de recenseamento:a) No território nacional, a freguesia;b) No estrangeiro, consoante os casos, o distrito consular, o país de residência, se nele apenas houver embaixada, ou
a área de jurisdição eleitoral dos postos consulares de carreira fixada em decreto regulamentar.
1 - A circunscrição eleitoral de eleitores detentores de cartão de cidadão é a correspondente à morada a que se refere aalínea b) do n.º 1 do artigo 8.º da Lei n.º 7/2007, de 5 de Fevereiro.
2 - Os eleitores inscritos no recenseamento eleitoral nos locais de funcionamento de entidade recenseadora correspon-dente à morada indicada no bilhete de identidade mantêm a sua inscrição na mesma circunscrição eleitoral, salvo se,tendo obtido cartão de cidadão, deste constar morada diferente.
3 - Os eleitores previstos na alínea a) do artigo 4.º ficam inscritos nos locais de funcionamento da entidade recenseadoracorrespondente à residência indicada no título de residência emitido pela entidade competente do país onde seencontram.
4 - Os eleitores estrangeiros previstos nas alíneas b), c) e d) do artigo 4.º efectuam a sua inscrição voluntária junto dascomissões recenseadoras ou do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, adiante designado abreviadamente por SEF,ficando inscritos na circunscrição de recenseamento correspondente ao domicílio indicado no título válido deresidência.
5 - Os cidadãos brasileiros que, possuindo o estatuto de igualdade de direitos políticos, tenham voluntariamente obtidocartão de cidadão são automaticamente inscritos na BDRE, na circunscrição eleitoral correspondente à moradadeclarada, recorrendo-se para o efeito à plataforma de serviços comuns do cartão de cidadão.
Unicidade
Inscrição única
Circunscrições de recenseamento
Local de inscrição no recenseamento
CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA80
ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO
CAPÍTULO II
SECÇÃO I
Artigo 10.º
Artigo 11.º
Artigo 12.º
1 - A BDRE, constituída ao abrigo da Lei n.º 130-A/97, de 31 de Dezembro, tem por finalidade organizar e manter perma-nente e actual a informação relativa aos cidadãos eleitores inscritos no recenseamento eleitoral.
2 - ABDRE é permanentemente actualizada com base na informação pertinente proveniente do sistema de informação daidentificação civil relativamente aos cidadãos nacionais e do sistema integrado de informação do SEF, quanto aoscidadãos estrangeiros residentes em Portugal.
3 - São ainda estabelecidas entre a BDRE e os sistemas de identificação de militares as interacções necessárias paraassegurar o pleno cumprimento das disposições legais que regulam as operações de inscrição e eliminação de registosreferentes a esses cidadãos.
4 - Cabe à BDRE a validação de toda a informação, nos termos dos n.ºs 2 e 3, garantindo a concretização do princípio dainscrição única enunciado no artigo 7.º da presente lei.
5 - A utilização dos meios informáticos não afecta o respeito pelos direitos fundamentais dos cidadãos consignados noartigo 35.º da Constituição da República Portuguesa.
1 - A organização, manutenção e gestão da BDRE e do SIGRE competem à Direcção-Geral de Administração Interna,adiante designada abreviadamente por DGAI.
2 - A Comissão Nacional de Protecção de Dados, adiante designada por CNPD, acompanha e fiscaliza as operaçõesreferidas no número anterior.
1 - A BDRE é constituída pelos seguintes dados identificativos dos eleitores, comunicados pelos respectivos sistemas deidentificação nacional ou pelas comissões recenseadoras:a) Número de inscrição;b) Designação da comissão recenseadora e ou posto de recenseamento onde está inscrito;c) Nome completo;
Estrutura orgânica do recenseamento eleitoral
Base de dados do recenseamento eleitoral
Base de dados do recenseamento eleitoral
Organização, gestão, acompanhamento e fiscalização da BDRE
Conteúdo e regime de interconexão da BDRE
CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA 81
ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO
d) Filiação;e) Data de nascimento;f) Naturalidade;g) Sexo;h) Freguesia e concelho ou país de residência conforme a identificação civil ou título válido de residência emitido
pela entidade competente;i) Morada;j) Distrito consular;k) Número e datas de emissão e validade do título válido para identificação e do título válido de residência,
consoante os casos;l) Nacionalidade;m) Data, origem e tipo da comunicação à BDRE;n) Número de telefone, telemóvel e endereço electrónico, desde que obtidos com o consentimento do titular.
2 - À BDRE devem ser comunicados pelos respectivos sistemas de identificação nacional ou comissões recenseadoras,consoante os casos, os seguintes campos de informação:a) Para os eleitores referidos nas alíneas c) e d) do artigo 4.º, título de residência válido comprovativo do tempo
mínimo de residência fixado na Lei Eleitoral dos Órgãos dasAutarquias Locais;b) Menção de «eleitor do Presidente da República» nos casos de inscrições efectuadas em comissão recenseadora
sediada no estrangeiro, conforme o disposto no artigo 42.º;c) Menção da opção feita pelos eleitores da União Europeia não nacionais do Estado Português, nos termos do
disposto no n.º 5 do artigo 37.º;d) A informação relativa à capacidade eleitoral activa;e) Menção de que é titular do estatuto de igualdade de direitos políticos;f) Aopção feita pelos cidadãos portugueses recenseados em países da União Europeia, nos termos do disposto no n.º
1 do artigo 44.º.
3 - Para efeitos de verificação da identificação, eliminação de inscrições indevidas, por mudança de morada, por óbito oupela detecção de situações irregulares, a DGAI, em colaboração com as entidades públicas competentes, assegura ainterconexão entre a BDRE e os outros sistemas de informação relevantes, a qual é efectuada, unicamente, quanto àscategorias de dados referidos no presente artigo e fazendo-se de acordo com as regras e procedimentos previstos napresente lei.
1 - O sistema de informação e gestão do recenseamento eleitoral assegura centralmente, no âmbito da BDRE, a actualiza-ção e consolidação da informação que nela consta e o recenseamento automático dos cidadãos, mediante a adequadainteroperabilidade com a plataforma de serviços comuns do cartão de cidadão, com os sistemas de identificação civise militares dos cidadãos nacionais e com o sistema integrado de informação do SEF.
2 - O SIGRE:a) Assegura a gestão automática do recenseamento eleitoral, baseado no respectivo número de inscrição e na
morada constante dos sistemas referidos no número anterior;b) Procede à atribuição de cada eleitor à circunscrição de recenseamento correspondente ao endereço postal físico
do local de residência registado nos sistemas referidos no número anterior;
Artigo 13.º
Sistema de informação e gestão do recenseamento eleitoral
CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA82
ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO
c) Inscreve o eleitor no posto correspondente à sede da circunscrição de recenseamento respectiva, quando nãoseja possível atribuir-lhe uma circunscrição de recenseamento concreta, por insuficiência de informação relativaà residência;
d) Possibilita a emissão pela DGAI dos cadernos eleitorais em formato electrónico e a sua impressão ao nível localpelas comissões recenseadoras e, supletivamente, pelas câmaras municipais.
3 - Através do módulo SIGREweb, o SIGRE assegura às comissões recenseadoras:a) Acesso online à BDRE, para a manutenção com actualidade da informação relevante para a definição da área
geográfica dos postos de recenseamento, necessária para o registo automático referido no n.º 2;b) A possibilidade de promoção ou actualização da informação na BDRE aos eleitores a quem é concedida a inscrição
voluntária no recenseamento eleitoral procedendo–se à interconexão, se necessária, com os respectivos sistemasde informação, para confirmação e certificação dos dados inseridos;
c) O acesso permanente à informação actualizada do recenseamento correspondente à respectiva área geográfica,permitindo a sua fiscalização e confirmação, bem como a impressão dos cadernos eleitorais.
4 - O SIGRE integra informação completa e actualizada relativa à ligação unívoca entre códigos postais, localidades epostos de recenseamento, com base na comunicação dos dados mantidos ou recolhidos pelas juntas de freguesia oucâmaras municipais, em relação à respectiva área geográfica.
5 - Os eleitores têm acesso à sua informação eleitoral, com vista a assegurar a verificação dos dados que lhes respeitem,devendo poder fazê-lo através da Internet.
6 - Com vista a garantir um elevado grau de protecção do tratamento de dados e das operações relativas ao funcionamen-to do SIGRE e à sua interoperabilidade com outros sistemas de informação:a) São aplicáveis as normas relativas à segurança da informação previstas no artigo 18.º da presente lei;b) A interconexão entre o SIGRE e os sistemas de informação com os quais deve ser assegurada interoperabilidade é
exclusivamente feita através de linhas dedicadas e devidamente securizadas;c) É assegurado o cumprimento, no tocante à interacção com o SIGRE, das regras, mecanismos e procedimentos que,
nos termos da Lei n.º 7/2007, de 5 de Fevereiro, garantem a segurança da plataforma de serviços comuns docartão de cidadão.
A qualquer pessoa, desde que devidamente identificada, é reconhecido o direito de conhecer o conteúdo do registo ouregistos da base de dados que lhe respeitem, bem como o de exigir a correcção das informações nele contidas e o preenchi-mento das total ou parcialmente omissas.
1 - O conhecimento da informação sobre os dados do recenseamento eleitoral pode ser obtido pelas formas seguintes:a) Informação escrita;b) Certidão, fotocópia, reprodução de registo informático autenticado, bem como acesso através da Internet;c) Consulta de elementos individuais de recenseamento eleitoral.
Artigo 14.º
Artigo 15.º
Direito de informação e acesso aos dados
Formas de acesso aos dados
CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA 83
ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO
2 - As comissões recenseadoras têm ainda acesso à informação constante na BDRE relativa ao seu universo eleitoral,através do SIGRE.
3 - Os condicionalismos necessários à viabilização do acesso, previsto no n.º 1, devem ser definidos pela DGAI, ou pelascomissões recenseadoras, conforme os casos, mediante prévio parecer vinculativo da CNPD.
1 - Sem prejuízo das trocas de informações previstas no artigo 45.º da presente lei, podem ser comunicados dadosconstantes da BDRE a forças e serviços de segurança ou a serviços e organismos da Administração Pública e daadministração local, quando devidamente identificados e para prossecução das atribuições dos serviços requisitan-tes, no caso de verificação cumulativa dos seguintes requisitos:a) Exista obrigação ou autorização legal ou autorização da CNPD;b) Os dados sejam indispensáveis ao destinatário para cumprimento das suas atribuições, desde que a finalidade do
tratamento do destinatário não seja incompatível com a finalidade que determinou a recolha.
2 - É da exclusiva competência da DGAI a comunicação dos dados referidos no número anterior.
É permitida a divulgação de dados para fins estatísticos e de investigação de relevante interesse público, mediante aautorização do responsável da BDRE, desde que não possam ser identificadas ou identificáveis as pessoas a que os dadosrespeitem.
1 - ABDRE, bem como o SIGRE, devem cumprir requisitos de segurança adequados que impeçam a consulta, modificação,destruição ou aditamento dos dados por pessoa não autorizada a fazê-lo e permitam detectar o acesso indevido àinformação, incluindo quando exista comunicação de dados.
2 - Tendo em vista garantir a segurança da informação da BDRE, os serviços competentes para a recolha, actualização eprocessamento de dados devem obedecer, entre outras, às seguintes regras:a) A entrada nas instalações utilizadas para tratamento de dados pessoais é objecto de controlo, a fim de impedir o
acesso de qualquer pessoa não autorizada;b) Os suportes de dados são objecto de controlo, a fim de impedir que possam ser lidos, copiados, alterados ou
retirados por qualquer pessoa não autorizada;c) A inserção de dados é objecto de controlo para impedir a introdução, consulta, alteração ou eliminação não
autorizada de dados pessoais;d) Os sistemas de tratamento informatizados de dados são objecto de controlo para impedir que possam ser
Artigo 16.º
Artigo 17.º
Artigo 18.º
Comunicação de dados
Informação para fins estatísticos ou de investigação
Segurança
CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA84
ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO
utilizados por pessoas não autorizadas, através de equipamentos de transmissão de dados;e) O acesso aos dados é objecto de controlo para que as pessoas autorizadas só possam ter acesso aos dados relevan-
tes para o exercício das suas competências legais;f) A transmissão de dados é objecto de controlo para garantir que a sua utilização seja limitada às entidades
autorizadas;g) A introdução de dados pessoais nos sistemas de tratamento informatizado é objecto de controlo que permita
verificar o carácter completo da informação, data e autoria.
3 - As comissões recenseadoras adoptam as providências necessárias à segurança da informação a que têm acessoaplicando, com as devidas adaptações, os procedimentos previstos no número anterior.
4 - Os sistemas de segurança adoptados nos termos dos números anteriores serão objecto de parecer prévio da CNPD.
1 - O responsável pela BDRE e pelo SIGRE, nos termos e para os efeitos da Lei de Protecção de Dados Pessoais, é o director-geral da DGAI.
2 - O presidente da comissão recenseadora é responsável pelo ficheiro informatizado dos eleitores.
Aquele que, no exercício das suas funções, tome conhecimento de dados pessoais registados na BDRE e no SIGRE ficaobrigado ao sigilo profissional, nos termos do disposto na legislação de protecção de dados pessoais.
1 - Compete às comissões recenseadoras:a) Efectuar as inscrições que, nos termos da lei, são feitas presencialmente;b) Facultar o acesso dos eleitores aos seus dados, nos termos do disposto no artigo 15.º;c) Proceder à impressão e emissão final dos cadernos de recenseamento e eleitorais, com base nos dados comunica-
dos pela BDRE;d) Emitir as certidões de eleitor;e) Definir as áreas geográficas dos postos de recenseamento, nos termos do artigo 25.º;f) Receber e reencaminhar para a entidade competente as reclamações relativas ao recenseamento eleitoral;
Artigo 19.º
Artigo 20.º
SECÇÃO II
Artigo 21.º
Responsáveis pela BDRE e pelos ficheiros informatizados
Sigilo profissional
Comissões recenseadoras
Competência
CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA 85
ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO
g) Prestar esclarecimentos aos eleitores sobre os aspectos atinentes ao recenseamento eleitoral;h) Publicitar a informação sobre a organização do recenseamento.
2 - Às comissões recenseadoras sediadas no estrangeiro compete ainda remeter à DGAI, através do SIGRE, os dadosrespeitantes ao recenseamento eleitoral dos cidadãos previstos na alínea a) do artigo 4.º para inserção na BDRE.
1 - As comissões recenseadoras são compostas:a) No território nacional, pelos membros das juntas de freguesia e integrando ainda um delegado designado por
cada partido político com assento na Assembleia da República, bem como outros partidos ou grupos de cidadãoseleitores representados na respectiva assembleia de freguesia;
b) No estrangeiro, pelos funcionários consulares de carreira ou, quando estes não existam, pelos funcionáriosdiplomáticos, com excepção do embaixador, e por um delegado nomeado por cada partido político com assentonaAssembleia da República.
2 - Para o fim indicado no n.º 1, os partidos políticos comunicam aos presidentes das comissões recenseadoras nosprimeiros 5 dias úteis do ano civil, ou nos 30 dias seguintes à proclamação oficial dos resultados eleitorais daAssembleia da República ou da instalação da assembleia de freguesia, os nomes dos seus delegados, entendendo-seque prescindem deles se os não indicarem naqueles prazos.
3 - Os delegados dos grupos de cidadãos eleitores, indicados nos prazos referidos no número anterior, são designados pore de entre os elementos eleitos para a assembleia de freguesia.
4 - Para os efeitos dos n.ºs 2 e 3 as juntas de freguesia e representações diplomáticas notificam, conforme os casos, ospartidos políticos, associações cívicas e grupos de cidadãos eleitores com uma antecedência mínima de 15 dias.
1 - Só podem fazer parte das comissões recenseadoras cidadãos com capacidade eleitoral activa recenseados narespectiva unidade geográfica de recenseamento.
2 - Ninguém pode fazer parte de mais de uma comissão recenseadora nem ser delegado de partido político ou grupo decidadãos eleitores na comissão recenseadora que funcione junto da entidade de que seja funcionário ou agente.
3 - Os membros das comissões recenseadoras designados pelos partidos políticos e grupos de cidadãos eleitores exercemas suas funções por um ano, com início em 10 de Janeiro, podendo ser substituídos a todo o tempo.
Cada comissão recenseadora é presidida, consoante os casos, pelo presidente da junta de freguesia, pelo encarregado do
Artigo 22.º
Artigo 23.º
Artigo 24.º
Composição
Membros das comissões recenseadoras
Presidência
CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA86
ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO
posto consular de carreira, pelo encarregado da secção consular da embaixada ou pelo funcionário do quadro do pessoaldiplomático com maior categoria a seguir ao embaixador.
1 - As comissões recenseadoras funcionam, consoante os casos, nas sedes das juntas de freguesia, dos consulados, dasembaixadas ou dos postos consulares.
2 - Sempre que o número de eleitores ou a sua dispersão geográfica o justificar, a comissão recenseadora abre postos derecenseamento, tendencialmente coincidentes com assembleias de voto, definindo a respectiva área, identificando -os por letras e nomeando delegados seus.
3 - O funcionamento efectivo desses postos depende de decisão da comissão recenseadora, sem prejuízo da alocação doseleitores às respectivas áreas geográficas.
4 - A criação pelas comissões recenseadoras de novos postos de recenseamento no estrangeiro e a definição da sua área,bem como a sua subsistência, dependem da possibilidade da sua integração por representantes de todos os partidosrepresentados na Assembleia da República, salvo se a não representação de algum dos partidos resultar da falta deindicação do respectivo delegado.
5 - Acriação de novos postos de recenseamento e a definição das suas áreas, bem como a extinção de postos existentes, éfeita em articulação com a DGAI e anunciados:a) No território nacional, por edital a afixar, nos locais de estilo, até 31 de Dezembro de cada ano;b) No estrangeiro, por meio de lista a publicar pelo Governo no Diário da República até 31 de Dezembro de cada ano.
6 - Os membros dos postos de recenseamento têm, no cumprimento das suas funções, os mesmos poderes dos membrosdas comissões recenseadoras.
1 - Das decisões relativas à criação ou à extinção de postos de recenseamento podem recorrer, no prazo de 10 dias, nomínimo 25 eleitores, no território nacional, ou 5 eleitores, no prazo de 30 dias, no estrangeiro.
2 - Os recursos são interpostos:a) No continente, para o representante do Governo no distrito;b) Nas RegiõesAutónomas, para o Representante da República;c) No estrangeiro, para o embaixador.
3 - Os recursos são decididos no prazo de cinco dias e imediatamente notificados às comissões recenseadoras e aoprimeiro dos recorrentes.
4 - As comissões recenseadoras e os recorrentes podem interpor recurso, no prazo de 5 dias, para o TribunalConstitucional, que decide nos 10 dias imediatos.
Artigo 25.º
Artigo 26.º
Local de funcionamento
Recursos relativos a postos de recenseamento
CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA 87
ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO
Artigo 27.º
SECÇÃO III
Artigo 28.º
Artigo 29.º
1 - Os cidadãos portugueses e os cidadãos brasileiros que possuam o estatuto de igualdade de direitos políticos, maioresde 17 anos, residentes no território nacional, são automaticamente inscritos no recenseamento eleitoral, na freguesiacorrespondente à morada constante do cartão de cidadão ou, quando deste não disponham, do sistema de identifica-ção civil.
2 - Os cidadãos portugueses maiores de 17 anos, residentes no estrangeiro, promovem a sua inscrição junto das comissõesrecenseadoras do distrito consular, do país de residência, se nele apenas houver embaixada, ou da área de jurisdiçãoeleitoral dos postos consulares de carreira fixada em decreto regulamentar das circunscrições de recenseamento daárea da sua residência.
3 - Os cidadãos estrangeiros maiores de 17 anos residentes em território nacional promovem a sua inscrição nas entidadesrecenseadoras correspondentes ao domicílio indicado no título válido de residência.
4 - Os diplomatas e funcionários diplomáticos de carreira podem inscrever-se na comissão recenseadora correspondenteao posto diplomático onde exercem funções, mediante a apresentação do título de identificação nacional e dedocumento comprovativo do local de exercício de funções, emitido pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros.
1 - Para a prossecução dos trabalhos de recenseamento as comissões recenseadoras podem solicitar a colaboração dasassembleias de freguesia.
2 - As assembleias de freguesia designam, de entre os seus membros, os que sejam necessários para assegurar a colabora-ção prevista no número anterior.
1 - Os partidos políticos e grupos de cidadãos eleitores gozam, relativamente ao recenseamento eleitoral, dos seguintesdireitos:a) Direito de colaboração, sem prejuízo das funções próprias das comissões recenseadoras;b) Direito de pedir informações e de apresentar por escrito reclamações, protestos e contraprotestos, ficando as
comissões recenseadoras e a DGAI, consoante os casos, obrigadas a prestar aquelas e a receber estes;c) Direito de obter cópia informatizada ou fotocópia dos cadernos de recenseamento, desde que ponham à disposi-
ção os meios humanos e técnicos adequados e suportem os respectivos encargos.
2 - A colaboração dos partidos políticos e grupos de cidadãos eleitores faz-se através dos cidadãos que estes indiquem àscomissões recenseadoras nos primeiros cinco dias úteis do ano civil.
Inscrições dos eleitores
Colaboração com as comissões recenseadoras
Colaboração das assembleias de freguesia
Direitos dos partidos políticos e grupos de cidadãos eleitores
CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA88
ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO
3 - As decisões das comissões recenseadoras relativas aos pedidos de informação e às reclamações, protestos e contra-protestos são proferidas no prazo de dois dias e delas podem os partidos políticos e os grupos de cidadãos eleitoresrecorrer nos termos dos artigos 61.º e seguintes.
ADGAI tem funções de organização, coordenação e apoio geral das operações de recenseamento eleitoral.
1 - As câmaras municipais têm funções de coordenação e apoio das operações do recenseamento eleitoral na área dorespectivo município.
2 - No estrangeiro, as funções de coordenação e apoio competem aos embaixadores.
No território nacional e no estrangeiro, as operações de inscrição, bem como as de alteração e eliminação de inscrições,para o efeito de actualização do recenseamento, decorrem a todo o tempo, sem prejuízo do disposto nos n.ºs 3 e 4 doartigo 5.º.
SECÇÃO IV
Artigo 30.º
Artigo 31.º
CAPÍTULO III
SECÇÃO I
Artigo 32.º
Órgãos e serviços de organização, coordenação, gestão e apoio
Organização, coordenação e apoio geral
Coordenação e apoio local
Operações de recenseamento
Realização das operações
Actualização contínua
CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA 89
ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO
Artigo 33.º
SECÇÃO II
Artigo 34.º
Artigo 35.º
1 - O recenseamento voluntário e presencial de cidadãos nacionais residentes no estrangeiro e estrangeiros residentesem Portugal é efectuado pelas comissões recenseadoras durante o período normal de funcionamento das entidadesem cujas sedes se encontram instaladas.
2 - As comissões recenseadoras anunciam, através de editais a afixar nos lugares de estilo e, sempre que possível, atravésdos meios de comunicação social de âmbito local ou regional, os locais e horários de atendimento dos eleitores.
1 - A inscrição no recenseamento é efectuada de forma automática, de acordo com o n.º 2 do artigo 3.º da presente lei.
2 - Os eleitores estrangeiros identificam-se através do título de residência ou, no caso dos nacionais da União Europeia,por título válido de identificação.
3 - Os eleitores que promovam a sua inscrição no estrangeiro identificam–se mediante a apresentação do cartão decidadão ou do bilhete de identidade e certificam a sua residência com esse documento ou com o título de residência,emitido pela entidade competente do país onde se encontram.
4 - Os eleitores referidos no número anterior recebem da comissão recenseadora, no acto de inscrição, certidão compro-vativa da mesma.
1 - Os cidadãos previstos na presente secção que completem 17 anos são inscritos no recenseamento eleitoral, passando aintegrar a BDRE a título provisório, desde que não abrangidos por qualquer outro impedimento à sua capacidadeeleitoral, devendo a informação para tal necessária ser obtida através da plataforma de serviços comuns do cartão decidadão e, quanto aos que deste não disponham, através de informação prestada pelo sistema de informação daidentificação civil.
2 - Os cidadãos referidos no número anterior que completem 18 anos até ao dia da eleição ou referendo constam dosrespectivos cadernos eleitorais.
Horário e local
Inscrição
Promoção de inscrição
Inscrição de eleitores com 17 anos
CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA90
ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO
Artigo 36.º
Artigo 37.º
1 - Compete às entidades recenseadoras remeter à DGAI, através do SIGRE, a informação relativa às inscrições presenciais.
2 - A inscrição dos cidadãos não nacionais contém, antes do número de inscrição, as siglas UE, para os da União Europeia,e ER, no caso dos restantes cidadãos estrangeiros.
3 - No estrangeiro, compete aos serviços competentes do Ministério dos Negócios Estrangeiros remeter à DGAI, através doSIGRE, a informação relativa às inscrições presenciais recebidas.
1 - Quando a inscrição não seja automática é efectuada, através do SIGRE, mediante o preenchimento dos campos deinformação seguintes:a) Número de inscrição;b) Designação da comissão recenseadora e ou posto de recenseamento onde está inscrito;c) Nome completo;d) Filiação;e) Data de nascimento;f) Naturalidade;g) Nacionalidade;h) Sexo;i) Freguesia e concelho ou país de residência conforme a identificação civil ou título válido de residência emitido
pela entidade competente;j) Morada;k) Distrito consular;l) Número e datas de emissão e validade do título para identificação e do título válido de residência, consoante os
casos;m) Data, origem e tipo de comunicação à BDRE;n) Número de telefone, telemóvel e endereço electrónico, desde que obtidos com o consentimento do titular.
2 - Devem ainda ser preenchidos, consoante os casos, os seguintes campos de informação:a) Para os eleitores referidos nas alíneas c) e d) do artigo 4.º, título de residência válido, comprovativo do tempo
mínimo de residência fixado na Lei Eleitoral dos Órgãos dasAutarquias Locais;b) Menção de «eleitor do Presidente da República» nos casos de inscrições efectuadas em comissão recenseadora
sediada no estrangeiro, conforme o disposto no artigo 42.º;c) Menção da opção feita pelos eleitores da União Europeia não nacionais do Estado Português, nos termos do
disposto no n.º 5 do presente artigo;d) Aopção feita pelos cidadãos portugueses recenseados em países da União Europeia, nos termos do disposto no n.º
1 do artigo 44.º.
3 - A identificação para efeitos de inscrição dos eleitores referidos nas alíneas c) e d) do artigo 4.º faz-se exclusivamenteatravés do título de residência válido emitido pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, do Ministério daAdministração Interna.
Remessa de inscrições
Teor da inscrição
CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA 91
ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO
4 - Quando a inscrição respeitar a cidadão estrangeiro, este deve ainda apresentar declaração formal, especificando:a) Anacionalidade e o endereço no território nacional, o qual deve ser confirmado pela comissão recenseadora;b) Se for caso disso, o caderno eleitoral do círculo ou autarquia local do Estado de origem em que tenha estado
inscrito em último lugar;c) Que não se encontra privado do direito de voto no Estado de origem, exceptuando-se dessa exigência os nacionais
da União Europeia que apenas se inscrevam como eleitores dos órgãos das autarquias locais.
5 - No caso de o eleitor da União Europeia não nacional do Estado Português manifestar a vontade de exercer o direito devoto nas eleições para o Parlamento Europeu, a declaração formal especificará ainda que o eleitor apenas exerceráesse direito de voto em Portugal e não se encontra privado do mesmo no Estado membro de origem, sendo tal opçãodevidamente anotada na BDRE.
6 - Os eleitores que desejem alterar a opção referida no número anterior devem declará-lo junto da comissão recensea-dora respectiva, que a comunica à BDRE.
A informação recolhida nos termos do artigo anterior é impressa, através do SIGRE, e entregue ao eleitor para confirmaçãoe assinatura.
Aaceitação de inscrição só produz efeitos após a sua validação pela BDRE.
Em caso de dúvida, sobre a cidadania portuguesa ou sobre a titularidade de estatuto de igualdade de direitos políticos ainscrição é condicional, sendo confirmada quando, através do SIGRE, forem realizadas junto da Conservatória dos RegistosCentrais ou do SEF as necessárias diligências para certificação.
A inscrição do cidadão eleitor pode ainda ser promovida pela comissão recenseadora, através do SIGRE, sendo confirmadaposteriormente pela BDRE.
Artigo 38.º
Artigo 39.º
Artigo 40.º
Artigo 41.º
Confirmação da inscrição
Aceitação da inscrição
Aceitação condicional
Inscrição promovida pela comissão recenseadora
CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA92
ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO
Artigo 42.º
Artigo 42.º-A
Artigo 43.º
Artigo 44.º
Artigo 45.º
As inscrições efectuadas em comissão recenseadora sediada no estrangeiro, nas condições previstas na lei eleitoral doPresidente da República, são anotadas nos cadernos de recenseamento e na BDRE, com a menção «eleitor do Presidente daRepública».
Sempre que no decurso do processo de recenseamento de cidadãos nacionais no estrangeiro sejam detectadas situaçõesem que o local de residência constante do cartão de cidadão ou do bilhete de identidade não coincida com o título deresidência emitido pela entidade competente, os responsáveis dos postos de recenseamento no estrangeiro ficamobrigados a dar conhecimento das mesmas, através do SIGRE, à DGAI.
1 - Os cidadãos portugueses que promovam a sua inscrição no recenseamento em comissão recenseadora sediada emEstado membro da União Europeia devem, no acto de inscrição, fazer declaração formal sobre se optam por votar nosdeputados do país de residência ou nos deputados de Portugal nas eleições para o Parlamento Europeu, sendo talopção devidamente anotada na BDRE.
2 - Os eleitores que desejam alterar a sua opção devem declará-lo junto da comissão recenseadora respectiva, que, deimediato, a comunica à BDRE.
1 - Compete à DGAI, em contacto com os organismos competentes dos restantes Estados membros da União Europeia,proceder à troca de informação que permita a permanente correcção e actualização do recenseamento dos eleitoresda União Europeia não nacionais do Estado Português residentes em Portugal e dos eleitores portugueses residentesnos restantes Estados membros da União Europeia, tendo em vista a unicidade da inscrição e da candidatura naseleições para o Parlamento Europeu.
2 - Atroca de informação referida no número anterior deverá ser feita na forma e no prazo adequados.
Inscrições no estrangeiro
Informação à DGAI
(Revogado.)
Recenseamento em países da União Europeia
Troca de informações
CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA 93
ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO
SECÇÃO III
Artigo 46.º
Artigo 47.º
Artigo 48.º
Artigo 49.º
1 - Qualquer modificação dos elementos de identificação dos eleitores é comunicada à BDRE, através do SIGRE.
2 - No caso previsto no número anterior, o número de inscrição do eleitor não é alterado.
Amudança de residência para outra circunscrição ou posto de recenseamento implica a transferência nos termos do artigoseguinte e a eliminação da inscrição anterior.
1 - Os eleitores abrangidos pelo disposto no artigo 4.º promovem a transferência junto da entidade recenseadora dacircunscrição da nova residência, de acordo com o disposto no artigo 37.º.
2 - ADGAI, através do SIGRE, disponibiliza às entidades recenseadoras onde os eleitores estavam anteriormente inscritosinformação sobre as eliminações efectuadas nos termos do artigo anterior.
1 - A DGAI, através do SIGRE, disponibiliza às comissões recenseadoras a informação das seguintes eliminações relativasao seu universo eleitoral:a) As inscrições daqueles que não gozem de capacidade eleitoral activa estipulada nas leis eleitorais;b) As inscrições dos cidadãos que hajam perdido a nacionalidade portuguesa nos termos da lei;c) As inscrições de eleitores que hajam falecido;d) As inscrições canceladas nos termos do artigo 51.º;e) As inscrições dos cidadãos eleitores estrangeiros que deixem de residir em Portugal ou que, por escrito, o
solicitem, devolvendo o cartão de eleitor;f) As inscrições de cidadãos nacionais no estrangeiro quando duplamente inscritos.
2 - No caso de devolução por duas vezes consecutivas dos sobrescritos contendo os boletins de voto para eleitoresrecenseados no estrangeiro, a DGAI cessa oficiosamente o envio de boletins de voto até que o eleitor informe da novamorada.
Alteração, transferência e eliminação da inscrição
Alteração de identificação
Mudança de residência
Transferência de inscrição
Informação relativa a eliminações
CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA94
ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO
3 - Em caso de eliminação de inscrição no recenseamento, por qualquer dos motivos legalmente previstos, é proibida ainclusão dos dados do cidadão em causa na BDRE e o seu tratamento pelo SIGRE, designadamente por interacção comsistemas de informação que efectuem a gestão ou actualização de dados pessoais.
1 - Em caso de dúvida sobre a capacidade eleitoral activa, a DGAI solicita ao Instituto dos Registos e do Notariado, I. P., anecessária informação.
2 - A Conservatória dos Registos Centrais envia à DGAI cópia dos assentos de perda de cidadania portuguesa dos cidadãosmaiores de 17 anos.
3 - A Direcção-Geral da Administração da Justiça, do Ministério da Justiça, envia à DGAI informação dos cidadãos quesejam privados dos seus direitos políticos por decisão judicial transitada em julgado, bem como dos cidadãos que,encontrando-se nessa situação, completem 17 anos.
4 - O Instituto das Tecnologias de Informação na Justiça, I. P., comunica à DGAI a relação dos cidadãos falecidos, bemcomo dos cidadãos que completem 17 anos.
5 - As comissões recenseadoras podem, com base em documento idóneo que possuam, que obtenham por iniciativaprópria ou que lhes seja facultado por qualquer eleitor, proceder à eliminação de inscrição por óbito, comunicando -aimediatamente à BDRE.
6 - No caso de se verificar a existência de inscrição na BDRE de eleitores com idade igual ou superior a 105 anos a DGAIconfirmará a actualidade da inscrição.
7 - A prova referida no número anterior é solicitada à comissão recenseadora respectiva e poderá ser efectuada atravésda exibição do cartão de cidadão ou do bilhete de identidade, cartão da segurança social ou através de declaração dedois eleitores da unidade geográfica respectiva, sob compromisso de honra.
8 - Esgotadas as diligências administrativas tendentes à averiguação da actualidade da inscrição de eleitores com 105 oumais anos, a DGAI comunica ao eleitor a intenção de eliminar a inscrição e, caso se verifique ausência de resposta noprazo de 30 dias, procede à respectiva eliminação.
9 - Os estabelecimentos psiquiátricos enviam à DGAI informação dos cidadãos que neles sejam internados, notoriamentereconhecidos como dementes, bem como dos cidadãos que, encontrando-se nessa situação, completem 17 anos.
10 - As entidades referidas nos n.ºs 2, 3, 4 e 5 também comunicam à DGAI quaisquer factos determinantes da reaquisiçãoda capacidade eleitoral activa.
11 - Compete à DGAI, através do SIGRE, disponibilizar às comissões recenseadoras a informação relativa às alterações quedecorram dos casos previstos nos n.ºs 2, 3, 4, 8, 9 e 10 do presente artigo.
1 - Quando sejam detectados, através da BDRE, casos de inscrição múltipla, prevalece a inscrição mais recente, cance-lando-se as restantes.
Artigo 50.º
Artigo 51.º
Informações relativas à capacidade eleitoral activa
Inscrições múltiplas
CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA 95
ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO
2 - Se as inscrições têm a mesma data, notifica-se o interessado para que opte por uma delas, no prazo de 20 dias.
3 - Se não houver resposta, a DGAI, em acto fundamentado, decide qual a inscrição que prevalece.
4 - Não sendo possível apurar a inscrição mais recente, prevalece a última comunicação à BDRE.
5 - A informação das eliminações determinadas pela BDRE será disponibilizada pela DGAI, através do SIGRE, às comissõesrecenseadoras respectivas.
1 - Os cadernos de recenseamento são elaborados pelo SIGRE com base na informação das inscrições constantes da BDRE.
2 - Há tantos cadernos de recenseamento quantos os necessários para que em cada um deles figurem sensivelmente 1000eleitores.
1 - Os cadernos de recenseamento são organizados pela ordem do número de inscrição.
2 - Os cadernos são numerados e têm um termo de encerramento subscrito e autenticado pelas comissões recenseadoras.
3 - A numeração das folhas dos cadernos de recenseamento é sequencial e contínua de caderno para caderno e única porcomissão recenseadora ou posto de recenseamento.
1 - Aactualização dos cadernos faz-se, consoante os casos:a) Por inserção da modificação do nome dos eleitores;b) Por supressão das inscrições que tenham sido eliminadas;c) Por inserção da modificação do endereço postal dos eleitores quando residentes no estrangeiro;d) Por aditamento das novas inscrições.
2 - A DGAI, através do SIGRE, assegura às comissões recenseadoras acesso à informação sobre todas as alteraçõesreferidas no número anterior e respectivos motivos.
SECÇÃO IV
Artigo 52.º
Artigo 53.º
Artigo 54.º
Cadernos de recenseamento
Elaboração
Organização
Actualização
CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA96
ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO
Artigo 55.º
Artigo 56.º
Artigo 57.º
Artigo 58.º
Os cadernos são adaptados, mediante transcrição integral dos elementos respeitantes aos eleitores inscritos nos cadernosexistentes, quando seja modificada a área geográfica da circunscrição de recenseamento ou do posto de recenseamento.
1 - No mês de Fevereiro, a DGAI, através do SIGRE, procede à emissão dos cadernos de recenseamento em formatoelectrónico, de modo a permitir a sua impressão pelas comissões recenseadoras, para efeitos de consulta e reclama-ção dos interessados durante o mês de Março.
2 - Esgotados os prazos de reclamação e recurso, as comissões recenseadoras, através do SIGRE, comunicam à BDRE asrectificações pertinentes.
1 - Até ao 44.º dia anterior à data da eleição ou referendo, a DGAI, através do SIGRE, disponibiliza às comissões recensea-doras listagens das alterações ocorridas nos cadernos de recenseamento.
2 - As comissões recenseadoras, através do SIGRE, acedem às listagens previstas no número anterior e adoptam asmedidas necessárias à preparação da sua exposição.
3 - Entre os 39.º e o 34.º dias anteriores à eleição ou referendo, são expostas nas sedes das comissões recenseadoras aslistagens referidas no número anterior, para efeito de consulta e reclamação dos interessados.
4 - As reclamações e os recursos relativos à exposição de listagens referidas no número anterior efectuam-se nos termosdos artigos 60.º e seguintes.
5 - ADGAI, em colaboração com as comissões recenseadoras, pode promover, em condições de segurança, a possibilidadede consulta, por parte do titular, aos dados constantes dos cadernos eleitorais que lhe respeitem, através de meiosinformatizados, nomeadamente pela Internet.
1 - Esgotados os prazos de reclamação e recurso, as comissões recenseadoras comunicam as rectificações daí resultantesà BDRE no prazo de cinco dias.
2 - A DGAI, através do SIGRE, disponibiliza às comissões recenseadoras os cadernos eleitorais em formato electrónico,com vista à sua impressão e utilização no acto eleitoral ou referendo.
Adaptação
Consulta dos cadernos de recenseamento e extracção de cópias
Exposição no período eleitoral
Cópias fiéis dos cadernos em período eleitoral
CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA 97
ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO
3 - Nas freguesias onde não seja possível a impressão de cadernos eleitorais, as respectivas comissões recenseadorassolicitam a sua impressão à DGAI até ao 44.º dia anterior ao da eleição ou referendo.
Os cadernos de recenseamento não podem ser alterados nos 15 dias anteriores a qualquer acto eleitoral ou referendo.
Caso se trate de referendo convocado com menos de 55 dias de antecedência, os prazos referidos nos artigos anteriores sãoalterados da seguinte forma:a) Até ao 13.º dia posterior à data da disponibilização das listagens previstas no n.º 1 do artigo 57.º;b) Do 14.º ao 16.º dia posterior à convocação para a exposição referida no n.º 3 do artigo 57.º;c) Redução a metade, arredondada por excesso, dos prazos superiores a um dia, a que se refere o n.º 4 do artigo 57.º;d) Dois dias para a comunicação referida no n.º 1 do artigo 58.º;e) Até ao 13.º dia posterior à convocação para a emissão de cadernos referida no n.º 3 do artigo 58.º;f) Cinco dias para o período de inalterabilidade referido no artigo 59.º.
1 - Durante os períodos de exposição, pode qualquer eleitor ou partido político apresentar reclamação, por escrito,perante a comissão recenseadora das omissões ou inscrições indevidas devendo essas reclamações ser encaminhadaspara a DGAI no mesmo dia, pela via mais expedita.
2 - No caso de reclamação de inscrição indevida, a comissão dá dela imediato conhecimento ao eleitor para responder,querendo, no prazo de dois dias, devendo igualmente tal resposta ser remetida, no mesmo dia, à DGAI.
3 - A DGAI decide as reclamações nos dois dias seguintes à sua apresentação, comunicando de imediato a sua decisão aoautor da reclamação, com conhecimento à comissão recenseadora que a afixa, imediatamente, na sua sede ou localde funcionamento, bem como nos postos de recenseamento, se existirem.
4 - Decidida a reclamação e esgotado o prazo de recurso, a DGAI opera, quando for caso disso, as competentes alteraçõesna BDRE e comunica-as às respectivas comissões recenseadoras.
Artigo 59.º
Artigo 59.º-A
SECÇÃO V
Artigo 60.º
Período de inalterabilidade
Prazos especiais
Reclamações e recursos
Reclamação
CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA98
ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO
Artigo 61.º
Artigo 62.º
Artigo 63.º
Artigo 64.º
1 - Das decisões da DGAI sobre reclamações que lhes sejam apresentadas cabe recurso para o tribunal da comarca da sededa respectiva comissão recenseadora.
2 - Tratando-se de recurso interposto de decisão de comissão recenseadora no estrangeiro, é competente o Tribunal daComarca de Lisboa.
3 - Nos tribunais em que haja mais de um juízo, procede-se à distribuição no próprio dia da entrada do requerimento, nostermos da lei processual comum.
4 - Das decisões do tribunal de comarca cabe recurso para o Tribunal Constitucional.
O recurso deve ser interposto no prazo de cinco dias a contar da afixação da decisão da DGAI ou da decisão do tribunal decomarca.
1 - Têm legitimidade para interpor recurso os eleitores reclamantes, bem como os partidos políticos.
2 - Os partidos políticos e os grupos de cidadãos eleitores com assento nos órgãos autárquicos consideram - se legitima-mente representados pelos respectivos delegados na comissão recenseadora.
1 - O requerimento de interposição de recurso, de que constam os seus fundamentos, é entregue na secretaria do tribunalacompanhado de todos os elementos de prova.
2 - O tribunal manda notificar imediatamente para responderem, querendo, juntando todos os elementos de prova, noprazo de dois dias:a) ADGAI;b) O eleitor cuja inscrição seja considerada indevida, pelo recorrente, se for esse o caso.
3 - Qualquer partido político ou grupo de cidadãos eleitores com assento nos órgãos autárquicos pode igualmenteresponder, querendo, no prazo fixado no n.º 2.
Tribunal competente
Prazo
Legitimidade
Interposição e tramitação
CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA 99
ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO
Artigo 65.º
SECÇÃO VI
Artigo 66.º
Artigo 67.º
Artigo 68.º
Artigo 69.º
1 - O tribunal decide definitivamente no prazo de quatro dias a contar da interposição do recurso.
2 - Adecisão é imediatamente notificada à DGAI, ao recorrente e aos demais interessados.
3 - Se a decisão do tribunal implicar alteração no caderno de recenseamento, será a mesma comunicada à DGAI, no prazode um dia, que a transmite, através do SIGRE à comissão recenseadora.
Compete à DGAI e às comissões recenseadoras a guarda e conservação dos documentos atinentes a operações de recensea-mento.
No dia 1 de Março de cada ano a DGAI publica, na 2.ª série do Diário da República, o número de eleitores inscritos norecenseamento eleitoral por circunscrição de recenseamento, nos termos do disposto no artigo 8.º.
São obrigatoriamente passadas pelas comissões recenseadoras, no prazo de três dias, a requerimento de qualquerinteressado, as certidões relativas ao recenseamento eleitoral.
São isentos de quaisquer taxas, emolumentos, imposto do selo e imposto de justiça, conforme os casos:a) As certidões a que se refere o artigo anterior;b) Todos os documentos destinados a instruir quaisquer reclamações ou recursos previstos nesta lei;c) As procurações forenses a utilizar em reclamações e recursos previstos na presente lei, devendo as mesmas
especificar os processos a que se destinam.
Decisão
Operações complementares
Guarda e conservação
Número de eleitores inscritos
Certidões e dados relativos ao recenseamento
Isenções
CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA100
ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO
CAPÍTULO IV
SECÇÃO I
Artigo 70.º
Artigo 71.º
SECÇÃO II
Artigo 72.º
Constituem despesas do recenseamento eleitoral os encargos resultantes da sua preparação e execução.
1 - As despesas do recenseamento são locais ou centrais.
2 - Constituem despesas locais as realizadas ao nível da unidade geográfica do recenseamento pelos órgãos autárquicosou consulares ou por qualquer entidade por causa do recenseamento.
3 - Constituem despesas centrais os encargos que, não sendo os previstos no número anterior, são, por causa do recensea-mento, assumidos:a) Directamente pela DGAI;b) Por outras entidades de âmbito reconhecidamente central, designadamente pelo Ministério dos Negócios
Estrangeiros.
1 - As despesas de âmbito local serão satisfeitas:a) As realizadas no continente, nas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira pelas verbas inscritas no orçamento
das autarquias locais, por transferência do Orçamento do Estado, exceptuadas as realizadas por outras entidadesno exercício de competência própria ou sem prévio assentimento daquelas, as quais serão por estas suportadas;
b) As realizadas no estrangeiro, pelas respectivas comissões recenseadoras, através das verbas inscritas no orça-mento do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
2 - As despesas de âmbito central serão satisfeitas através do orçamento da DGAI.
Finanças do recenseamento
Despesas do recenseamento
Despesas do recenseamento
Âmbito das despesas
Pagamento das despesas
Pagamento das despesas
CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA 101
ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO
Artigo 73.º
Artigo 74.º
TÍTULO II
CAPÍTULO I
Artigo 75.º
Artigo 76.º
1 - A execução de tarefas no âmbito dos trabalhos de recenseamento por indivíduos vinculados por qualquer título àAdministração Pública não dá direito a remuneração especial.
2 - Quando, por exigência do serviço, os trabalhos relativos à preparação ou execução do recenseamento devam serexecutados para além do período normal de funcionamento, pode haver lugar a remuneração por trabalho extraordi-nário de acordo com a legislação vigente.
3 - O recurso ao trabalho extraordinário deve limitar - se ao estritamente indispensável.
1 - No caso de serem atribuídas tarefas, no âmbito dos trabalhos de recenseamento, a entidades que não façam parte daAdministração Pública, pode haver lugar a remuneração na medida do trabalho prestado.
2 - O recurso à atribuição de tarefas nos termos do número anterior deve limitar-se ao indispensável.
As sanções cominadas nesta lei não excluem a aplicação de outras mais graves pela prática de qualquer crime previsto nalegislação penal.
Constituem circunstâncias agravantes do ilícito relativo ao recenseamento eleitoral:a) Influir a infracção no resultado da votação;b) Ser a infracção cometida por agente da administração eleitoral;c) Ser a infracção cometida por membros da comissão recenseadora;d) Ser a infracção cometida por candidatos, delegados dos partidos políticos ou eleitos não abrangidos na alínea c).
Trabalho extraordinário
Atribuição de tarefas
Ilícito do recenseamento
Princípios gerais
Concorrência com crimes mais graves
Circunstâncias agravantes
CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA102
ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO
Artigo 77.º
Artigo 78.º
CAPÍTULO II
SECÇÃO I
Artigo 79.º
Artigo 80.º
Artigo 81.º
As infracções previstas nesta lei constituem também faltas disciplinares quando cometidas por funcionários ou agentes daadministração pública central, regional ou local sujeitos a responsabilidade disciplinar.
À prática de crimes relativos ao recenseamento por parte de funcionário público no exercício das suas funções podecorresponder, independentemente da medida da pena, a pena acessória de demissão, sempre que o crime tiver sidopraticado com flagrante e grave abuso das funções ou com manifesta e grave violação dos deveres que lhes são inerentes,atenta a concreta gravidade do facto.
Atentativa é punível.
À prática de crimes relativos ao recenseamento pode corresponder, para além das penas especialmente previstas napresente lei, pena acessória de suspensão, de 6 meses a 5 anos, dos direitos consignados nos artigos 49.º, 50.º, 52.º, n.º 3,124.º, n.º 1, e 207.º da Constituição, atenta a concreta gravidade do facto.
O procedimento por infracções criminais relativas ao recenseamento eleitoral prescreve no prazo de três anos a contar daprática do facto ou de um ano a contar do conhecimento do facto punível.
Responsabilidade disciplinar
Pena acessória de demissão
Ilícito penal
Disposições gerais
Punição da tentativa
Pena acessória de suspensão de direitos políticos
Prescrição
CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA 103
ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO
Artigo 82.º
SECÇÃO II
Artigo 83.º
Artigo 84.º
Artigo 85.º
Artigo 86.º
Qualquer partido político legalmente existente pode constituir-se assistente nos processos por infracções criminaisrelativas ao recenseamento cometidas na área do círculo eleitoral em que haja apresentado candidatos nas últimaseleições para aAssembleia da República.
1 - Quem promover a sua inscrição no recenseamento sem ter capacidade eleitoral é punido com pena de prisão até 6meses ou com pena de multa até 60 dias.
2 - Quem promover a sua inscrição em circunscrição de recenseamento diversa da correspondente à área de residênciaconstante do respectivo título de identificação é punido com pena de prisão até 1 ano ou com pena de multa até 120 dias.
Quem, por violência, ameaça ou intuito fraudulento, induzir um eleitor a não promover a sua inscrição no recenseamentoeleitoral ou a promover a sua inscrição fora da circunscrição de recenseamento da área da sua residência é punido compena de prisão até 2 anos ou com pena de multa até 240 dias.
Quem obstruir a detecção de múltiplas inscrições no recenseamento eleitoral é punido com pena de prisão até 2 anos e compena de multa até 240 dias.
O médico que, indevidamente, passar atestado médico comprovativo de incapacidade física para efeitos de inscrição norecenseamento eleitoral é punido com pena de prisão até 6 meses ou com pena de multa até 60 dias.
Constituição dos partidos políticos como assistentes
Crimes relativos ao recenseamento eleitoral
Promoção dolosa de inscrição
Obstrução à inscrição
Obstrução à detecção ou não eliminação de múltiplas inscrições
Atestado médico falso
CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA104
ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO
Artigo 87.º
Artigo 88.º
Artigo 89.º
Artigo 90.º
Artigo 91.º
1 - São punidos com pena de prisão até 1 ano ou com pena de multa até 120 dias os membros das comissões recenseadorasque:a) Se recusarem a inscrever no recenseamento um eleitor que haja promovido a sua inscrição;b) Procederem à inscrição ou transferência indevida de um eleitor no recenseamento;c) Eliminarem indevidamente a inscrição de um eleitor no recenseamento.
2 - Os membros da administração eleitoral e das comissões recenseadoras que se recusem a efectuar as eliminaçõesoficiosas a que estão obrigados pela presente lei são punidos com pena de prisão até 1 ano ou pena de multa até 120 dias.
3 - Anegligência é punida com multa até 120 dias.
Os membros da administração eleitoral, bem como os membros das comissões recenseadoras, que não procedam de acordocom o estipulado na presente lei, no cumprimento das funções que lhes estão legalmente cometidas, são punidos com penade prisão até 6 meses ou com pena de multa até 60 dias.
O cidadão eleitor estrangeiro que prestar falsas declarações no documento previsto nos n.ºs 4 e 5 do artigo 37.º, com vista aobter a sua inscrição no recenseamento, é punido com pena de prisão até 6 meses ou pena de multa até 60 dias.
Quem, com intuito fraudulento, modificar ou substituir o cartão de eleitor é punido com pena de prisão até 6 meses oupena de multa até 60 dias.
Os responsáveis pelo envio das relações de cidadãos previstos no artigo 50.º que não cumprirem a respectiva obrigaçãoserão punidos com pena de prisão até 6 meses ou pena de multa até 60 dias.
Violação de deveres relativos à inscrição no recenseamento
Violação de deveres relativos ao recenseamento
Falsidade de declaração formal
Falsificação do cartão de eleitor
Não cumprimento do dever de informação para efeito do recenseamento
CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA 105
ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO
Artigo 92.º
Artigo 93.º
Artigo 94.º
CAPÍTULO III
SECÇÃO I
Artigo 95.º
SECÇÃO II
Quem por qualquer modo alterar, viciar, substituir ou suprimir os cadernos de recenseamento é punido com pena de prisãoaté 3 anos ou pena de multa até 360 dias.
Os membros da comissão recenseadora que não expuserem as cópias dos cadernos de recenseamento ou que obstarem aque o cidadão as consulte no prazo legal previsto são punidos com pena de prisão até 6 meses ou com pena de multa até 60dias.
Os membros das comissões recenseadoras que recusarem a passagem de certidões de recenseamento a eleitores que nelese encontrem inscritos ou que passem certidões falsas são punidos com pena de prisão até 6 meses ou pena de multa até 60dias.
Compete à câmara municipal da área onde a contra-ordenação tiver sido praticada aplicar a respectiva coima, comrecurso para o tribunal competente.
Falsificação dos cadernos de recenseamento
Impedimento à verificação de inscrição no recenseamento
Recusa de passagem ou falsificação de certidões de recenseamento
Ilícito de mera ordenação social
Disposições gerais
Órgãos competentes
Contra-ordenações
CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA106
ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO
Artigo 96.º
Artigo 97.º
Artigo 98.º
TÍTULO III
Artigo 99.º
Artigo 100.º
1 - Quem, no intuito de impedir a sua inscrição no recenseamento, recusar o preenchimento ou a assinatura do verbete,ou a aposição nele de impressão digital, é punido com coima de € 125 a € 500.
2 - O membro da comissão recenseadora que não promover oficiosamente a inscrição no recenseamento dos cidadãoscom capacidade eleitoral é punido com coima de € 250 a € 500.
Quem não devolver o cartão de eleitor, nos casos previstos na lei, é punido com coima de € 50 a € 100.
Os funcionários e agentes da administração eleitoral e os membros das comissões recenseadoras que, por negligência, nãoprocedam, pela forma prescrita na presente lei, ao cumprimento das funções que lhes estão legalmente cometidas, sãopunidos com coima de € 500 a € 1000.
Aos crimes informáticos previstos na presente lei aplica-se o disposto nas Leis n.ºs 67/98, de 26 de Outubro (Lei daProtecção de Dados Pessoais) e 109/91, de 17 de Agosto (Lei da Criminalidade Informática), e, subsidiariamente, asdisposições do Código Penal.
Recusa de inscrição
Não devolução do cartão de eleitor
Incumprimento negligente dos deveres dos membros da administração eleitoral e das comissões recenseadoras
Disposições finais e transitórias
Legislação informática aplicável
(Revogado.)
CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA 107
ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO
Artigo 101.º
Artigo 102.º
Artigo 103.º
Artigo 104.º
Os membros das comissões recenseadoras designados pelos partidos políticos em exercício de funções na data da entradaem vigor da presente lei mantêm-se em funções até serem substituídos nos termos do n.º 2 do artigo 22.º
1 - Os modelos de cadernos eleitorais referidos, bem como outros impressos complementares necessários à gestão dorecenseamento eleitoral, são aprovados por portaria do membro do Governo responsável pela área da administraçãointerna, publicada no prazo de 30 dias após a entrada em vigor da presente lei.
2 - Os modelos e impressos referidos no número anterior são obtidos através do SIGRE.
São revogadas as Leis n.ºs 69/78, de 3 de Novembro, 72/78, de 28 de Dezembro, 4/79, de 10 de Janeiro, 15/80, de 30 deJunho, 81/88, de 20 de Julho, 3/94, de 28 de Fevereiro, 50/96, de 4 de Setembro, e 19/97, de 19 de Junho.
(Revogado.)
Comissões recenseadoras
Modelos de recenseamento
Revogação
CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA108
ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO
MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO INTERNA
Decreto-Lei n.º 78/200729 de Março
No quadro das orientações definidas pelo Programa de Reestruturação daAdministração Central do Estado (PRACE) e dos objectivos do Programa doGoverno no tocante à modernização administrativa, à melhoria da qualida-de dos serviços públicos com ganhos de eficiência, importa concretizaro esforço de racionalização estrutural consagrado no Decreto-Lein.º 203/2006, de 27 de Outubro, que aprovou a lei orgânica do Ministério
da Administração Interna, avançando na definição dos modelos organiza-cionais dos serviços que integram a respectivaestrutura.
O Programa de Reestruturação da Administração Central do Estado (PRACE) identificou a necessidade, transversal aosdiversos ministérios, da existência de um serviço central que se encarregasse das funções de planeamento estratégico,política legislativa e relações internacionais e europeias. Concomitantemente, vinha sendo há muito identificada noâmbito do Ministério da Administração Interna a carência de um serviço que pudesse apoiar o Governo na elaboração eacompanhamento da execução das políticas de segurança interna e nas demais áreas atribuídas ao Ministério.
Deste quadro, resultou a oportunidade de desenhar uma estrutura coerente do MAI, patente na sua nova lei orgânicaDecreto-Lei n.º 203/2006, de 27 de Outubro emergindo uma nova direcção-geral, a DGAI, que preenche a lacuna organiza-tiva detectada no Ministério, ocupa-se das tarefas enunciadas no PRACE para este tipo de serviço central de suporte eainda absorve as competências do MAI em matéria de administração eleitoral, numa lógica de racionalização de estruturase optimização de recursos.
O presente decreto-lei estabelece, assim, a orgânica da Direcção-Geral de Administração Interna (DGAI) que se ocupa detrês áreas fundamentais e imprescindíveis para a boa execução das atribuições do Ministério da Administração Interna: ado planeamento estratégico e política legislativa, a das relações internacionais e a da administração eleitoral. Na criaçãodesta nova estrutura concorrem as atribuições e os meios humanos de dois serviços que agora se extinguem o SecretariadoTécnico dos Assuntos para o Processo Eleitoral (STAPE) e o Gabinete de Assuntos Europeus (GAE), a que acrescem as novascompetências na área referida do planeamento estratégico e política legislativa.
A DGAI apresenta características inovadoras de organização, que se enquadram numa nova visão da gestão integrada doMinistério, designadamente em matéria de recursos humanos. Assim, a Direcção-Geral detém um quadro de pessoalpróprio para as áreas de competência técnica específica, provendo as restantes necessidades de pessoal através demecanismos de mobilidade a partir, designadamente, dos quadros de pessoal da Secretaria-Geral e das forças e serviços desegurança do MAI.Apossibilidade de nomeação em comissão de serviço de consultores de elevado perfil académico para seencarregarem de assuntos de grande especificidade, para os quais não há, naturalmente, nos quadros da função públicapessoal habilitado, completam a opção por uma estrutura de grande flexibilidade e de geometria variável, capaz deresponder aos importantíssimos desafios que o mundo actual oferece aos Estados no sector da segurança, com a maioragilidade e o menor encargo para o erário público.
A DGAI tem pela sua frente, no momento da sua criação, grandes desafios de futuro. Desde logo a de dar continuidade aosexcelentes serviços que a administração central tem vindo a prestar ao País constituindo-se num importante contributopara a consolidação a Democracia, na área da administração eleitoral através do STAPE que ora se extingue por fusão nanovel direcção-geral.
Aprova a Lei Orgânica
da Direcção-Geral
da Administração Interna
CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA110
ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO
No âmbito do planeamento e política legislativa centraliza-se uma função fulcral da política do Ministério, libertandooutros serviços, designadamente as forças de segurança, de tarefas que os vêm ocupando, em prol das que devem constitu-ir a sua vocação central. Paralelamente, desenvolve novas capacidades e competências na área das relações internaciona-is do Ministério, com especial destaque para a da cooperação com outros Estados, da coordenação das relações externas detodos os serviços do MAI e a ligação com os representantes do MAI junto de missões diplomáticas portuguesas de organiza-ções internacionais. Na área específica das elações europeias, avulta a crescente evidência da centralidade das políticasde segurança e de combate à criminalidade organizada e à imigração ilegal no âmbito da construção da União Europeiacomo espaço de liberdade, segurança e justiça.Assim:Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 198.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte:
A Direcção-Geral de Administração Interna, abreviadamente designada por DGAI, é um serviço central de suporte daadministração directa do Estado no âmbito do Ministério daAdministração Interna, dotado de autonomia administrativa.
1— ADGAI tem por missão garantir o apoio técnico à formulação de políticas, ao planeamento estratégico e operacional, àpolítica legislativa e às relações internacionais bem como assegurar e coordenar tecnicamente a administraçãoeleitoral.
2— ADGAI desenvolve a sua missão em três áreas de atribuições:a) Planeamento estratégico e política legislativa;b) Relações internacionais;c) Administração eleitoral.
3— ADGAI prossegue as seguintes atribuições no âmbito do planeamento estratégico e política legislativa:a) Planear estrategicamente as necessidades do sistema de segurança interna;b) Conceber e apoiar tecnicamente a execução de iniciativas legislativas no âmbito do Ministério;c) Dar apoio técnico em matéria de formulação e acompanhamento da execução das políticas, das prioridades e dos
objectivos do Ministério e contribuir para a concepção e a execução da política legislativa do Ministério;d) Apoiar a definição das principais opções em matéria orçamental, proceder à elaboração dos instrumentos de
planeamento integrado, de acordo com os diplomas programáticos e de opção estratégica do Governo, assegu-rando a articulação entre os instrumentos de planeamento, de previsão orçamental, de reporte e de prestação decontas, e elaborar estudos de prospectiva em cenário global, nacional, regional e sectorial, identificando eacompanhando as tendências de longo prazo nas áreas de intervenção do Ministério;
e) Avaliar projectos de investigação e desenvolvimento com interesse para a segurança interna e coordenar aparticipação nos respectivos grupos de projecto, quer no âmbito nacional quer no âmbito internacional;
f) Elaborar estudos comparados e análise do ambiente externo;
Artigo 1.º
Artigo 2.º
Natureza
Missão e atribuições
CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA 111
ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO
g) Proceder à avaliação de execução do planeado, identificando desvios, definindo os factores críticos de sucesso eos momentos de avaliação da execução das políticas, e desenvolvendo estratégias de gestão de desvios no âmbitodo planeamento;
h) Assegurar o desenvolvimento dos sistemas de avaliação dos serviços no âmbito do MAI, coordenar e controlar a suaaplicação, e exercer as demais competências que lhe sejam atribuídas na lei sobre esta matéria;
i) Garantir a recolha, produção e o tratamento, designadamente estatístico, e acesso da informação adequada, nasáreas de atribuições do Ministério, formatando-a e disponibilizando-a em função das necessidades dos utilizado-res institucionais e do público;
j) Prever e acompanhar o impacte das alterações sociais, económicas e normativas na caracterização do ambientesocial em que operam os diversos serviços do sistema de segurança interna;
l) Acompanhar, apoiar e sugerir trabalhos a entidades ou organismos que desempenhem funções de observatório desegurança;
m) Estabelecer relações com serviços de missão idêntica de sectores conexos com a segurança interna, promovendointercâmbio de informação relevante para a prossecução das respectivas atribuições.
4— ADGAI prossegue as seguintes atribuições no âmbito das relações internacionais:a) Apoiar a definição e a execução da política de relações internacionais e cooperação no âmbito do Ministério;b) Executar a política, articulando as acções de cooperação em matéria de segurança interna e técnico-policial,
política de imigração e fronteiras e administração eleitoral, em particular com os países ou territórios de línguaoficial portuguesa;
c) Assegurar a coordenação das relações externas e da política de cooperação entre todos os serviços e organismosdo MAI;
d) Estabelecer relações com entidades congéneres de outros países com que Portugal tenha acordos de cooperaçãonas áreas de atribuição do MAI;
e) Acompanhar e apoiar a política internacional do Estado Português nas áreas de atribuição do MAI, coordenando arepresentação do Ministério na negociação de convenções, acordos e tratados internacionais de naturezabilateral ou multilateral;
f) Coordenar a representação do Estado Português em todas as comissões, reuniões, conferências ou organizaçõessimilares que, no plano internacional, se realizem na área da administração interna;
g) Assegurar a coordenação e a ligação funcional e técnica com os oficiais de ligação do MAI junto das missõesdiplomáticas de Portugal, sem prejuízo das competências próprias dos respectivos chefes de missão;
h) Coordenar a participação das forças e serviços de segurança do MAI em missões internacionais;i) Manter actualizado um sistema de informação sobre as disposições normativas vigentes constantes de diplomas
internacionais, comunitários e nacionais com aplicação na área de atribuições do Ministério, bem como o arquivoe conservação dos instrumentos internacionais assinados no âmbito do Ministério;
j) Dar apoio às delegações internacionais presentes em Portugal para participar em iniciativas do Governo relativasà área da administração interna;
l) Acompanhar a actividade das jurisdições internacionais e do Tribunal de Justiça das Comunidades Europeias nasquestões relativas ao contencioso do Estado português nas áreas de atribuição do MAI;
m) Recolher e estudar as normas de direito internacional, de direito comparado e de direito da União Europeia nasáreas de atribuição do MAI;
n) Assegurar a representação do Ministério na Comissão Interministerial para os Assuntos Europeus (CIAE), naComissão Interministerial para a Cooperação (CIC), no secretariado permanente da CIC e no secretariadopermanente da Conferência dos Ministros da Administração Interna e da Segurança da Comunidade dos Países deLíngua Portuguesa (CPLP).
CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA112
ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO
5 ADGAI prossegue as seguintes atribuições no âmbito da administração eleitoral:a) Organizar e apoiar tecnicamente a execução dos referendos e dos processos eleitorais de âmbito nacional,
regional, local e da União Europeia;b) Dirigir os escrutínios provisórios dos actos eleitorais e de outros sufrágios;c) Assegurar o recenseamento eleitoral e receber e decidir as reclamações nesse âmbito apresentadas pelos
cidadãos eleitores;d) Organizar, manter e gerir a base de dados central do recenseamento eleitoral;e) Assegurar a estatística do recenseamento e dos actos eleitorais, bem como de outros sufrágios, publicitando os
respectivos resultados;f) Manter actualizada e disponibilizar ao público um sistema de informação dos resultados eleitorais;g) Organizar o registo dos cidadãos eleitos para os órgãos de soberania, das regiões autónomas e do poder local e
para o Parlamento Europeu;h) Difundir informação pública sobre o sistema e os actos eleitorais;i) Emitir parecer técnico, a solicitação dos órgãos da administração eleitoral e outros intervenientes e interessados
nos processos de recenseamento, eleitorais e referendários;j) Propor as medidas adequadas à participação dos cidadãos nos processos de recenseamento, eleitorais e referen-
dários;l) Proceder a estudos em matéria eleitoral;m) Propor e organizar acções de formação para agentes e técnicos locais da administração eleitoral;n) Informar e dar parecer sobre matéria eleitoral;o) Cooperar com as administrações eleitorais de outros países e realizar acções de assistência técnica e observação
eleitoral.
6— A DGAI desenvolve as suas atribuições no âmbito das relações internacionais do MAI sem prejuízo das competênciaspróprias do Ministério dos Negócios Estrangeiros e de acordo com os objectivos definidos para a política externaportuguesa.
7— Para assegurar a prossecução das suas atribuições, a DGAI pode promover formas alargadas de parceria e de coopera-ção com outras entidades, nacionais ou estrangeiras, designadamente com universidades, centros de investigação eempresas de consultoria e de serviços de tradução.
ADGAI é dirigida por um director-geral, coadjuvado por três directores, cargos de direcção superior de primeiro e segundograu, respectivamente.
1— Sem prejuízo das competências que lhe forem conferidas por lei ou nele delegadas ou subdelegadas, compete aindaao director-geral:a) Representar o MAI junto de entidades nacionais, estrangeiras e internacionais, salvo quando o contrário resulte
da lei ou de decisão do Governo;
—
Artigo 3.º
Artigo 4.º
Órgãos
Director-geral
CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA 113
ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO
b) Representar a DGAI junto de quaisquer organizações ou entidades, bem como em quaisquer actos ou contratos emque aquela haja de intervir, em juízo e fora dele.
2— O director-geral pode delegar nos directores as funções de direcção, coordenação e orientação dos serviços quanto aáreas de atribuições e ou serviços especificamente considerados.
3— O director-geral é substituído, nas suas ausências e impedimentos, pelo director designado pelo membro do Governoresponsável pela área daAdministração Interna e, no silêncio deste, pelo indicado pelo director-geral.
Aorganização interna dos serviços obedece ao modelo de estrutura hierarquizada.
1— Todo o apoio administrativo e logístico ao funcionamento da DGAI é prestado pela Secretaria-Geral que gere, igual-mente, o património afecto à Direcção-Geral.
2— Sem prejuízo da articulação que devem fazer os dirigentes máximos de ambos os serviços, a ligação entre a DGAI e a SGpara efeitos do presente artigo faz-se entre um núcleo de apoio administrativo da DGAI e os serviços respectivamentecompetentes da Secretaria-Geral.
1— ADGAI dispõe das receitas provenientes de dotações que lhe forem atribuídas no Orçamento do Estado.
2— ADGAI dispõe ainda das seguintes receitas próprias:a) As verbas provenientes da venda de publicações;b) Os subsídios, subvenções, comparticipações, doações e legados que lhe forem atribuídos por quaisquer entidades
de direito público ou privado, nacionais ou estrangeiras;c) As verbas provenientes de taxas e coimas que lhe caibam nos termos da lei;d) Os rendimentos dos bens que possua a qualquer título;e) Quaisquer outras receitas provenientes da sua actividade ou que lhe sejam atribuídas por lei ou contrato.
3— As receitas enumeradas no número anterior obedecem ao regime de tesouraria do Estado e são afectas ao pagamentode despesas da DGAI mediante inscrição de dotações com compensação em receita.
Artigo 5.º
Artigo 6.º
Artigo 7.º
Tipo de organização interna
Apoio administrativo e logístico
Receitas
CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA114
ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO
Artigo 8.º
Artigo 9.º
Artigo 10.º
Artigo 11.º
Artigo 12.º
Constituem despesas da DGAI as que resultem de encargos decorrentes da prossecução das atribuições que lhe estãocometidas.
Os lugares de direcção superior de 1.º e 2.º graus e de direcção intermédia de 1.o grau constam do mapa anexo ao presentedecreto-lei, do qual faz parte integrante.
O pessoal necessário à prossecução das atribuições previstas no artigo 2.o é afecto nos termos previstos no artigo 11.º doDecreto-Lei n.º 76/2007, de 29 de Março.
1— Na DGAI podem desempenhar funções, em regime de comissão de serviço pelo período de um a três anos, renovável,consultores nomeados pelo membro do Governo responsável pela área daAdministração Interna sob proposta do director-geral, de entre doutores ou mestres, ou outras personalidades de reconhecido mérito, nas áreas de atribuição do MAI.
2— Os consultores exercem funções em regime de isenção de horário de trabalho.
3— O exercício de funções nos termos dos números anteriores é contado, para todos os efeitos legais, designadamentepara a progressão nas respectivas carreiras, como prestado nos lugares de origem.
4— Os consultores são remunerados pelo índice 820 da escala salarial do regime geral.
5— A dotação de consultores é aprovada por portaria dos membros do Governo responsáveis pelas áreas da AdministraçãoInterna, das Finanças e daAdministração Pública.
A DGAI sucede nas atribuições do Secretariado Técnico dos Assuntos para o Processo Eleitoral (STAPE) e do Gabinete deAssuntos Europeus (GAE), que se extinguem, e ainda nas atribuições no domínio do estudo e análise das questões relativasa segurança interna, asilo e imigração, previsão e gestão de emergências, do Gabinete de Estudos e de Planeamento deInstalações (GEPI).
Despesas
Quadro de cargos de direcção
Pessoal
Consultores
Sucessão
CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA 115
ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO
Artigo 13.º
Artigo 14.º
Artigo 15.º
ANEXO
É fixado como critério geral e abstracto de selecção do pessoal necessário à prossecução das atribuições fixadas no artigo2.o, o exercício de funções no STAPE, no GAE, bem como o exercício de funções directamente relacionadas com o estudo eanálise das questões relativas a segurança interna, asilo e imigração, previsão e gestão de emergências, do GEPI.
São revogados:a) O Decreto-Lei n.º 15/89, de 11 de Janeiro;b) O artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 92/92, de 23 de Maio;c) O Decreto-Lei n.º 103/99, de 31 de Março.
O presente decreto-lei entra em vigor no 1.º dia do mês seguinte ao da sua publicação.
Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 18 de Janeiro de 2007. — José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa —António LuísSantos Costa — Fernando Teixeira dos Santos.
Promulgado em 19 de Março de 2007.Publique-se.O Presidente da República,ANÍBALCAVACO SILVA.
Referendado em 21 de Março de 2007.O Primeiro-Ministro, José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa.
Critérios de selecção de pessoal
Norma revogatória
Entrada em vigor
Quadro de cargos dirigentes a que se refere o artigo 9.º
Designaçãodos cargosdirigentes
Qualificação dos cargosdirigentes Grau Número de lugares
Director-geralDirector
Director de serviços
Direcção superiorDirecção superior
Direcção intermédia
1.º2.º1.º
136
CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA116
ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO
ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA
Lei Orgânica n.º 5/20058 de Setembro
AAssembleia da República decreta, nos termos da alínea c) do artigo 161.ºda Constituição, a seguinte lei orgânica:
1 - São alterados os artigos 1.º, 2.º e 3.º do Decreto-Lei n.º 319-A/76, de 3de Maio (regulamenta a eleição do Presidente da República), alteradopelos Decretos-Leis n.º 377-A/76, de 19 de Maio, 445-A/76, de 4 deJunho, 456/76, de 8 de Junho, 472-A/76 e 472-B/76, de 15 de Junho, e495-A/76, de 24 de Junho, pelas Leis n.ºs 45/80, de 4 de Dezembro,
e 143/85, de 26 de Novembro, pelo Decreto-Lei n.º 55/88, de 26 de Fevereiro, e pelas Leis n.ºs 31/91, de 20 de Julho,72/93, de 30 de Novembro, 11/95, de 22 de Abril, 35/95, de 18 de Agosto, e 110/97, de 16 de Setembro, pela Lei Orgânican.º 3/2000, de 24 deAgosto, e pela Lei Orgânica n.º 4/2005, de 8 de Setembro:
1 - São eleitores do Presidente da República os cidadãos portugueses recenseados no território nacional e os cidadãosportugueses residentes no estrangeiro que se encontrem inscritos nos cadernos eleitorais para a eleição daAssembleiada República à data da publicação da presente lei.
2 - São também eleitores do Presidente da República os cidadãos portugueses recenseados no estrangeiro que preenchamos requisitos seguintes:a) Cuja inscrição tenha sido posterior à data referida no número anterior, mas efectuada por transferência de
inscrição do território nacional ou de inscrição no estrangeiro anterior àquela data;b) Cuja inscrição tenha sido, ou venha a ser, efectuada com a idade de 18 anos;c) Tenham exercido o direito de voto na última eleição daAssembleia da República.
3 - São também eleitores do Presidente da República os cidadãos de outros países de língua portuguesa que residam noterritório nacional e beneficiem do estatuto de igualdade de direitos políticos, nos termos de convenção internacionale em condições de reciprocidade, desde que estejam inscritos como eleitores no território nacional.
1 - ......
Artigo 1.º
«Artigo 1.º
Artigo 2.º
[. . .]
[. . .]
Procede à décima-sétima
alteração ao Regime Jurídico
da Eleição do Presidente
da República e terceira
alteração ao Regime Jurídico
do Recenseamento Eleitoral
CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA118
ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO
2 - Salvo o disposto nos artigos 1.º-A e 1.º-B da presente lei, não são eleitores do Presidente da República os cidadãosportugueses que, sendo também cidadãos de outro Estado, residam no respectivo território.
1 - Não são eleitores do Presidente da República os cidadãos portugueses que tenham obtido estatuto de igualdade dedireitos políticos em país de língua portuguesa, nos termos do n.º 3 do artigo 15.º da Constituição.
2 - Não são também cidadãos eleitores do Presidente da República:a) [Anterior alínea a)];b) [Anterior alínea b)];c) [Anterior alínea c)].»
São aditados os artigos 1.º-A e 1.º-B ao Decreto-Lei n.º 319-A/76, de 3 de Maio, que aprova o regime jurídico da eleição doPresidente da República:
1 - São admitidos ao recenseamento eleitoral do Presidente da República os cidadãos portugueses residentes no estran-geiro nas seguintes situações:a) Titulares de órgãos da União Europeia e de organizações internacionais;b) Diplomatas e outros funcionários e agentes em serviço em representações externas do Estado;c) Funcionários e agentes das comunidades e da União Europeia e de organizações internacionais;d) Professores de escolas portuguesas, como tal reconhecidas pelo Ministério da Educação;e) Cooperantes, com estatuto como tal reconhecido pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros.
2 - São ainda eleitores do Presidente da República os cônjuges ou equiparados, parentes ou afins que vivam com oscidadãos portugueses residentes no estrangeiro mencionados no número anterior, desde que preencham os requisitosprevistos na presente lei.
1 - São admitidos ao recenseamento eleitoral do Presidente da República os cidadãos portugueses residentes nos Estadosmembros da União Europeia ou nos países de língua oficial portuguesa que tenham deixado de ter residência habitualno território nacional há menos de 15 anos.
Artigo 3.º
Artigo 2.º
«Artigo 1.º-A
Artigo 1.º-B
[. . .]
Cidadãos em serviço ou em actividade de interesse público no estrangeiro
Cidadãos residentes no estrangeiro
CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA 119
ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO
2 - Os cidadãos portugueses residentes nos demais Estados são igualmente admitidos ao recenseamento eleitoral doPresidente da República no caso de terem deixado de residir habitualmente no território nacional há menos de 10anos.
3 - São também admitidos ao recenseamento eleitoral do Presidente da República, para além dos casos referidos nosnúmeros anteriores, os cidadãos portugueses que se tenham deslocado a Portugal e aí permanecido pelo menos 30 diasnos últimos cinco anos e tenham feito prova de conhecimento da língua portuguesa.»
É alterado o artigo 42.º da Lei n.º 13/99, de 22 de Março (estabelece o novo regime jurídico do recenseamento eleitoral),alterada pela Lei n.º 3/2002, de 8 de Janeiro, e pela Lei Orgânica n.º 4/2005, de 8 de Setembro:
As inscrições efectuadas em comissão recenseadora sedeada no estrangeiro nas condições previstas no artigo 1.º doDecreto-Lei n.º 319-A/76, de 3 de Maio (regulamenta a eleição do Presidente da República) são anotadas nos cadernos derecenseamento e na base de dados do recenseamento eleitoral com menção 'eleitor do Presidente da República'.»
Aprovada em 28 de Julho de 2005.O Presidente daAssembleia da República, Jaime Gama.
Promulgada em 26 deAgosto de 2005.Publique-se.O Presidente da República, JORGE SAMPAIO.
Referendada em 29 deAgosto de 2005.O Primeiro-Ministro, José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa.
Artigo 3.º
«Artigo 42.º
[. . .]
CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA120
ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO
ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA
Lei Orgânica n.º 4/20058 de Setembro
AAssembleia da República decreta, nos termos da alínea c) do artigo 161.ºda Constituição, a lei orgânica seguinte:
A presente lei tem por objecto a flexibilização dos mecanismos de realiza-ção de referendos, alterando os prazos do procedimento de referendo, desuspensão e de actualização do recenseamento eleitoral com vista aprocedimento de referendo e de convocação da eleição do Presidente daRepública.
Os artigos 8.º, 35.º, 40.º, 41.º, 77.º e 79.º da Lei Orgânica n.º 15-A/98, de 3deAbril (Lei Orgânica do Regime do Referendo), passam a ter a seguinte redacção:
Não pode ser praticado acto de convocação ou realizado o referendo entre a data da convocação e a da realização deeleições gerais para os órgãos de soberania, de governo próprio das Regiões Autónomas e do poder local, bem como dedeputados ao Parlamento Europeu.
1 - ......
2 - O decreto integra as perguntas formuladas na proposta, o universo eleitoral da consulta e a data da realização doreferendo, que tem lugar entre o 40.º e o 180.º dia a contar da publicação do decreto, excepto se o universo eleitoralabranger cidadãos residentes no estrangeiro, circunstância em que o referendo tem lugar entre o 55.º e o 180.º dia.
3 - ......
Artigo 1.º
Artigo 2.º
«Artigo 8.º
Artigo 35.º
[. . .]
[. . .]
Procede à primeira alteração
à Lei Orgânica n.º 15-A/98,
de 3 de Abril, flexibilizando
os mecanismos de realização
de referendos, à segunda
alteração à Lei n.º 13/99, de 22
de Março, e à décima-sexta
alteração ao Decreto-Lei
n.º 319-A/76, de 3 de Maio
CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA122
ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO
Artigo 40.º
Artigo 41.º
Artigo 77.º
Artigo 79.º
Até ao 30.º dia anterior ao da realização do referendo, os partidos legalmente constituídos ou coligações fazem entrega àComissão Nacional de Eleições da declaração prevista no n.º 2 do artigo anterior.
1 - Até ao 30.º dia anterior ao da realização do referendo, podem cidadãos eleitores, em número não inferior a 5000,constituir-se em grupo, tendo por fim a participação no esclarecimento das questões submetidas a referendo.
2 - ......
3 -
4 -
5 -
1 - Até ao 30.º dia anterior ao do referendo, o presidente da câmara municipal determina o desdobramento em secçõesde voto, quando necessário, da assembleia de voto de cada freguesia, comunicando-o imediatamente à correspon-dente junta de freguesia.
2 -
3 -
4 -
1 - Compete ao presidente da câmara municipal determinar os locais de funcionamento das assembleias e das secções devoto, comunicando-os às correspondentes juntas de freguesia até ao 25.º dia anterior ao do referendo.
2 - Até ao 23.º dia anterior ao do referendo as juntas de freguesia anunciam, por editais a afixar nos lugares do estilo, oslocais de funcionamento das assembleias e das secções de voto.»
......
......
......
......
......
......
[. . .]
[. . .]
[. . .]
[. . .]
CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA 123
ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO
Artigo 3.º
«Artigo 5.º
Artigo 4.º
«Artigo 59.º-A
Artigo 5.º
O artigo 5.º da Lei n.º 13/99, de 22 de Março (estabelece o novo regime jurídico do recenseamento eleitoral), passa a ter aseguinte redacção:
1 - ......
2 - ......
3 - No 60.º dia que antecede cada eleição ou referendo, ou no dia seguinte ao da convocação de referendo, se ocorrer emprazo mais curto, e até à sua realização, é suspensa a actualização do recenseamento eleitoral, sem prejuízo dodisposto no número seguinte do presente artigo, no n.º 2 do artigo 35.º e nos artigos 57.º e seguintes da presente lei.
4 - Caso a eleição ou referendo seja convocada com pelo menos 55 dias de antecedência, podem ainda inscrever-se se atéao 55.º dia anterior ao dia da votação os cidadãos que completem 18 anos até ao dia da eleição ou referendo.»
É aditado à Lei n.º 13/99, de 22 de Março (estabelece o novo regime jurídico do recenseamento eleitoral), o artigo 59.º-A,com a seguinte redacção:
Caso se trate de referendo convocado com menos de 55 dias de antecedência, os prazos referidos nos artigos anteriores sãoalterados da seguinte forma:
a) Até ao 6.º dia posterior à convocação para a comunicação referida no n.º 1 do artigo 57.º;b) Até ao 13.º dia posterior à convocação para a extracção referida no n.º 2 do artigo 57.º;c) Do 14.º ao 16.º dia posterior à convocação para a exposição referida no n.º 3 do artigo 57.º;d) Redução a metade, arredondada por excesso, dos prazos superiores a um dia, a que se refere o n.º 4 do artigo 57.º;e) Dois dias para o envio referido no n.º 1 do artigo 58.º;f) Até ao 13.º dia posterior à convocação para a emissão de cadernos referida no n.º 3 do artigo 58.º;g) Cinco dias para o período de inalterabilidade referido no artigo 59.º»
O artigo 11.º do Decreto-Lei n.º 319-A/76, de 3 de Maio (regulamenta a eleição do Presidente da República), passa a ter aseguinte redacção:
[. . .]
Prazos especiais
CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA124
ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO
«Artigo 11.º
Artigo 6.º
1 - O Presidente da República marcará a data do primeiro sufrágio para a eleição para a Presidência da República com aantecedência mínima de 60 dias.
2 - ......
3 - »
Apresente lei entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação.
Aprovada em 28 de Julho de 2005.O Presidente daAssembleia da República, Jaime Gama.
Promulgada em 26 deAgosto de 2005.Publique-se.O Presidente da República, JORGE SAMPAIO.
Referendada em 29 deAgosto de 2005.O Primeiro-Ministro, José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa.
......
[. . .]
CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA 125
ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO
Em cumprimento do disposto nos artigos 2.º, n.º 2, e 5.º, n.º 2, e no artigo1.º, n.º 1, da Lei Orgânica n.º 1/2001, de 14 de Agosto, torna-se público quesão os seguintes os países a cujos cidadãos é reconhecida capacidadeeleitoral activa e passiva em Portugal nas eleições dos órgãos das autarquiaslocais:
1 - Capacidade eleitoral activa:a) Países da União Europeia;b) Brasil e Cabo Verdec) Noruega, Islândia, Uruguai, Venezuela, Chile eArgentina;
2 - Capacidade eleitoral passiva:a) Países da União Europeia;b) Brasil e Cabo Verde.
Ministérios da Administração Interna e dos Negócios Estrangeiros, 24 de Junho de 2005. — O Ministro de Estado e daAdministração Interna, António Luís Santos Costa. — O Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Diogo Pinto deFreitas doAmaral.
MINISTÉRIOS DA ADMINISTRAÇÃO INTERNAE DOS NEGÓCIOS ESTRANGEIROS
Declaração n.º 9/20058 de Julho
Estabelece os países a cujos
cidadãos é reconhecida
capacidade eleitoral activa
e passiva em Portugal,
nas eleições dos órgãos
das autarquias locais
CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA 127
ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO
ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA
Lei n.º 3/20028 de Janeiro
AAssembleia da República decreta, nos termos da alínea c) do artigo 161.ºda Constituição, para valer como lei geral da República, o seguinte:
São alterados os artigos 9.º, 27.º, 34.º, 37.º, 49.º e 83.º da Lei n.º 13/99, de22 de Março, que passam a ter a seguinte redacção:
1 - Os eleitores são inscritos nos locais de funcionamento da entidaderecenseadora correspondente à residência indicada no bilhete de identida
de, ou, no caso dos cidadãos previstos no artigo 4.º, nos locais de funcionamento da entidade recenseadora correspon-dente ao domicílio indicado no título de residência emitido pela entidade competente.
2 - ......
1 - Os eleitores são inscritos na entidade recenseadora correspondente à residência indicada no bilhete de identidade,salvo o disposto nos números seguintes.
2 - Havendo postos de recenseamento, os eleitores são inscritos no posto correspondente à residência indicada no bilhetede identidade ou no título de residência emitido pela entidade competente do país em que se encontram.
3 - ......
1 - ......
2 - Os eleitores estrangeiros identificam-se através do título de residência ou, no caso dos nacionais da União Europeia,por título válido de identificação.
Artigo 1.º
«Artigo 9.º
Artigo 27.º
Artigo 34.º
[. . .]
[. . .]
[. . .]
Reconhece o título
de residência para efeitos
de Recenseamento Eleitoral
no estrangeiro e procede
à primeira alteração à Lei
n.º 13/99, de 22 de Março,
que estabelece
o novo Regime Jurídico
do recenseamento eleitoral
CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA 129
ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO
3 - Os eleitores que promovam a sua inscrição no estrangeiro identificam-se mediante a apresentação do bilhete deidentidade e certificam a sua residência com esse documento ou com o título de residência, emitido pela entidadecompetente do país onde se encontram.
4 - (Anterior n.º 3.)
1 - ......a) ......b)c)d)e)f)g)h) Freguesia e concelho ou país de residência conforme o bilhete de identidade ou título de residência emitido pela
entidade competente;i)j)k)l)m)n)
2 -
3 -
4 -a)b)c) Que não se encontra privado do direito de voto no Estado de origem, exceptuando-se dessa exigência os nacionais
da União Europeia que apenas se inscrevam como eleitores dos órgãos das autarquias locais.
5 -
6 -
1 -a)b)
Artigo 37.º
Artigo 49.º
......
......
......
......
......
......
......
......
......
......
......
......
......
......
..................
......
......
..................
[. . .]
[. . .]
CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA130
ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO
c) ......d) ......e) ......
2 - As inscrições de cidadãos nacionais no estrangeiro quando duplamente inscritos.
3 - ......
1 - ......
2 - Quem promover a sua inscrição em circunscrição de recenseamento diversa da correspondente à área da residênciaconstante no bilhete de identidade ou no título de residência é punido com pena de prisão até 1 ano ou com pena de multaaté 120 dias.»
É aditado um artigo 42.º-Aà Lei n.º 13/99, de 22 de Março:
Sempre que no decurso do processo de recenseamento de cidadãos nacionais no estrangeiro sejam detectadas situaçõesem que o local de residência constante do bilhete de identidade não coincida com o título de residência emitido pelaentidade competente, os responsáveis dos postos de recenseamento no estrangeiro ficam obrigados a dar conhecimentodas mesmas ao STAPE.»
Apresente lei entra em vigor 30 dias após a sua publicação.
Aprovada em 30 de Novembro de 2001.O Presidente daAssembleia da República,António deAlmeida Santos.
Promulgada em 17 de Dezembro de 2001.Publique-se.O Presidente da República, JORGE SAMPAIO.
Referendada em 19 de Dezembro de 2001.O Primeiro-Ministro,António Manuel de Oliveira Guterres.
Artigo 83.º
Artigo 2.º
«Artigo 42.º-A
Artigo 3.º
[. . .]
Informação ao STAPE
Entrada em vigor
CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA 131
ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO
FICHA TÉCNICA
PropriedadeLayoutConcepção e PaginaçãoImpressãoTiragemData
Governo Civil do Distrito de ÉvoraPostigo Aberto
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