calendário vacinal de profissionais de saúde no brasil · quem é o ps que está sendo avaliado?...
TRANSCRIPT
Calendário vacinal de profissionais de saúde no
Brasil
Jacy Andrade
Profa. Titular de Infectologia-UFBA
Ambulatório Viajantes CRIE/UFBA
Quais PS devem se vacinar para doenças imunopreveníveis?
Diferentes PS em diversas frentes de trabalho
Recomendações baseadas no risco de exposição
do PS
Risco baseado no tipo de trabalho desenvolvido
Calendário básico de imunização atualizado
Avaliação calendário anual
Sempre avaliada na admissão de novos PS
Documentação médica x exames sorológicos
Por que os PS não se vacinam?
Evitar uso de medicações
Medo de EAPV
Crença pessoal de que vacina não protege
Percepção de risco baixa para aquisição de
doenças na função que exerce
Políticas locais do serviço de saúde com reforço
constante à valorização dessas medidas / ações
educativas
Resposta imune
Encontro Ag com
Cel T
Delves P; Roitt I. NEJM, july, 2000
Resposta às vacinas se processa através de processo
inflamatório
Processos inflamatórios contínuos interferem
negativamente nas respostas às vacinas
Doenças crônicas/neoplásicas x estados inflamatórios
Resposta a antígenos já conhecidos x resposta a
antígenos novos
Novos sistemas biológicos sendo testados para avaliar
resposta imune às vacinas – novas perspectivas
Resposta imune às vacinas
Quem é o PS que está sendo avaliado?
Imunocompetente
Risco pessoal além do ocupacional?
Grávida
Uso corticoide / imunossupressor
Doença crônica – DM / IRC / cardiopata /
pneumopata
Doença auto imune x uso imunomodulador?
HIV/aids
Transplantado – medula x órgão sólido
Vacinação profissional de saúde
Profissional de saúde X risco de exposição
Recomendações para diminuir risco
Adesão estrita às precauções universais
Notificação rápida/medidas de isolamento e precauções
Imunização pessoal
Revisão da carteira de imunização pré admissão e periódica
Ações integradas com diferentes setores – avaliar restrição ao
trabalho e profilaxia pós exposição
Avaliar período incubação – varicela/rubeola Doença sub-clínica – hepatite A (casos anictéricos) Portador HbsAg/HIV - precauções universais/atividade risco Influenza - afastar até resolução dos sintomas Pertussis em adulto – doença atípica
Restrição trabalho x PS
Vacinas importantes para o PS
Recomendações para o PS imunocompetentes
Sarampo / caxumba / rubéola
Hepatite B
Influenza anual
dTpa
Rotina adulto
Risco específico- BCG,raiva,febre tifoide, hepatite A
ACIP/ACP/SBIm/MS
Imunidade adquirida ATIVA
Participação ativa sistema imune após exposição Ag
O indivíduo produz sua própria proteção
Proteção duradoura
Natural – exposição patógenos
Artificial – através da estimulação com Ag
PASSIVA
Não há desafio do sistema imune com Ag
Transferência de imunoglobulinas
Proteção transitória
Natural – IgG transplacentária, IgA colostro
Artificial – uso imunoglobulina homóloga ou heteróloga
IMUNIZAÇÃO
Mudanças qualitativas de Ac na resposta primária e secundária
Resposta primária IgM
Resposta secundária IgG
(IgA, IgE)
Maturação afinidade >
resposta secundária
com > avidez
Adaptado de pathmicro.med.sc.edu
Quando fazer triagem sorológica?
Procedência área geográfica de maior risco
Exposição de risco
Uso terapia imunossupressora
Doença hepática
HIV/aids
Gestante
Disponível em:www.uptodate.com Acesso 11/10/16
Outras fontes de contaminação VHB
Instrumentos médicos e odontológicos
contaminados
Fichas contaminadas em laboratório
Unidades de diálise
Lanceta para glicemia capilar compartilhada
Soroproteção
92% < 40 anos
84% em ≥ 40 anos
Calendário ocupacional da
Soc Bras Imunizações /
Profissional de saúde
Disponível em:www.sbim.org.br Acesso 08/10/16
Calendário vacinal profissional de saúde Ministério da Saúde
Vacinação de rotina / adulto
Ênfase nas vacinas
Hepatite B
Varicela
Influenza
Tríplice viral (caxumba)
dTpa – unidades fechadas (rotina
dT)
CASO 1
Mariana é uma PS acabou de ser admitida no HUPES e veio para
triagem de imunização no CRIE/UFBA. Tem 21 anos, solteira,
hígida,tem carteira de vacinação onde constam as seguintes vacinas:
BCG+difteria+tétano+coqueluche+pólio – atualizadas até 10 anos
VHB+ VHA + HPV + Meningococo C + Tríplice viral (2 doses) + Febre
amarela (2 doses) + Influenza – ultimas doses em 2010
Tem AntiHBs > 200 AgHbs negativo e Anti HBc negativo.
Qual o melhor esquema a ser indicado para essa PS?
A - Nada a acrescentar
B - Meningococo C ou ACWY + Influenza + dTpa
C - Pneumococo 23 valente + Tétano + tríplice viral
D - Hepatite B + Tétano
Manual CRIE, 2014
Vacina contra VHB
CASO 2
PS tem dois esquemas de vacinação para VHB
com Anti HBs negativo. Também sabe ser AgHbs
negativo e Anti HBc negativo. Estava puncionando
um paciente e sofreu um acidente perfurante com
agulha contaminada de sangue do paciente, que é
HIV/VHC/VDRL/HTLV negativo e AgHbs positivo.
Condutas:
Em relação às medidas profiláticas no PS
Que orientação seria mais adequada em relação ao
trabalho a ser desenvolvido por esse PS?
Campanha Institucional Contra Hepatite B Ocupacional e Perfil de PS do Complexo HUPES-UFBA
Marques P et al - PPGIm
Manual CRIE, 2014
Vacina contra VHB
Manual CRIE, 2014
Vacina contra VHB
CASO 3
Paciente de 2 anos deu entrada na enfermaria de pediatria para correção
eletiva de hérnia inguinal. Na manha do D2 de internamento, apresentou febre
de 39oC, astenia leve, mantendo bom estado geral, sem queixas respiratórias
e/ou urinarias e/ou digestivas. A cirurgia que estava programada para esse dia
a tarde foi adiada. No D3 amanheceu com lesões maculopapulares e algumas
vesiculares no dorso e em MMSS, quando foi feito SD de varicela. A genitora
então informou que um primo e um vizinho apresentaram quadro de catapora
há 10 dias e que durante todo esse tempo brincaram juntos com o paciente.
Se essa criança estivesse adequadamente vacinada conforme calendário
do PNI já teria utilizado essa vacina?
Uma das técnicas que cuidou do paciente está grávida , no sexto mês, e
refere que nunca teve catapora. Como deve ser orientada?
O paciente está numa enfermaria de cirurgia com mais cinco crianças com
idades que variam entre 8 meses e 5 anos de idade. Qual a conduta para
essas crianças?
Disponível em:www.sbim.org Acesso 11/10/16
Manual CRIE, 2014
Demais contatos
Identificar os contatos da mesma enfermaria e fora
dela (?)
Todos os suscetíveis (pacientes e PS) devem ser
identificados e encaminhados para vacinação ou
uso de IGHAVZ
Imunossuprimidos – IGHAVZ – ver Manual CRIE
Criança hígida < 1 ano? E > 1 ano?
Apenas profissional com história de varicela ou
vacinado deve cuidar dos pacientes
CASO 4 Humberto, estudante de medicina da UFBA, chega ao PA
com história de que ontem estava um pouco astênico, febril
(chegou a medir 38oC) com discreto desconforto em
orofaringe e hoje amanheceu com o rosto inchado e
doloroso na altura da região submandibular direita. Ao
exame apresentava aumento de parótida direita, de
consistência elástica, dolorosa sem outros achados. Refere
que 3 colegas de turma estão febris e um deles teve
diagnóstico de caxumba.
Qual a conduta em relação a Humberto?
E para os colegas de turma?
Para os PS do PA onde foi atendido?
CAXUMBA
Transmissão - respiratória – replicação nasofaringe –
virêmia 12 a 15 dias após exposição
Período incubação – 14 a 18 dias
Pródromos – inespecífico – mialgia, cefaleia, febre
Parotidite – 30 a 40% casos – 20% casos
assintomaticos
Complicações – SNC, orquite, pancreatite, surdez
CAXUMBA
O PS deve ter duas doses de tríplice viral
Muitas vezes a primeira é TV e a segunda dose
pode ter sido Dupla viral (sarampo + rubéola)
Se assim for deve fazer nova TV
CASO 5 O PS está na emergência e recebe o paciente que está
exemplificado no vídeo que se segue de um senhor de 66
anos que há e 3 semanas apresenta um quadro de
exacerbação e asma (DPOC), em uso de corticoide e sem
melhora. Na emergência apresenta o quadro respiratório
que está documentado no vídeo e é então prescrito
antibiótico e encaminhado material para definição
diagnóstica do quadro respiratório.
NEnglJMed 2012; 366:e39. June 21, 2012 – DOI
10.1056/NEJMicm111189
Filme
CASO 6 Joana tem 23 anos, é PS, e está grávida do primeiro filho.
Já esá no quinto mês e ainda não foi tomar as vacinas
recomendadas para ela logo no início da sua gravidez. Não
tem caderneta de vacinação mas lembra que utilizou
vacina de tétano aos 19 anos porque teve um corte com
vidro no pé. Não sabe informar sobre outras vacinas. Não
tem comorbidades. Qual grupo de vacinas é prioridade
para essa PS ? Esse comportamento é adequado para um
PS?
Hepatite B + Tríplice viral + febre amarela
Hepatite B + tétano + pneumococo
Hepatite B + Influenza + dTpa
EFEITO PROTETOR ANTICORPOS MATERNOS NO SORO E LEITE
Zinkernagel: NEnglJMed, 2001
CASO 7 PS portador de HIV/aids desde 2010, tem 28 anos,
trabalha na emergência de um hospital público e vem ao
CRIE/UFBA atualizar seu calendário de vacinação. Faz
acompanhamento médico regular, está em uso de TARV
(TNF+EFV+3TC), com CV indetectável e CD4= 790 cel,
exame realizado há 2 meses. Assintomático. Contudo não
tem registro de tríplice viral, pneumococo, hepatite A e
hepatite B.
Atualizar todas as vacinas que estão faltando de uma só
vez?
Fazer primeiro as atenuadas e em seguida as inativadas?
Qual o melhor momento para vacinar esse PS?
Imunização imunodeprimido
Diferentes perspectivas
Próprio indivíduo imunodeprimido
Grávida HIV positiva
Pessoas que convivem com o imunodeprimido
Tipo imunização - passiva x ativa
Disponível em:www.sbim.org.br Acesso 11/10/16
Imunização de PVHA
Imunização de PVHA
Disponível em:www.sbim.org.br Acesso 11/10/16
CASO 8 João é PS, médico pediatra e vai se engajar num projeto
pessoal de ajuda humanitária. Vai para Àfrica, para uma
comunidade onde vivem 5.000 crianças órfãs em situações
de pobreza extrema. O local onde ele vai ficar instalado é
um acampamento onde os dormitórios são em containers
com tela nas janelas e ventiladores, a agua é mineral e a
comida é preparada no acampamento para que todos os
profissionais que trabalham no projeto se alimentem lá
mesmo. É comum encontrar gatos e cachorros no local. Ele
tem um calendário vacinal com todas as vacinas
disponíveis para a rotina de vacinação de um adulto da
sua idade e todos os esquemas atualizados. Que vacinas
seriam importantes de serem checadas?
CASO 9 Paulo é PS, enfermeiro, e é portador de IM secundária a
febre reumática na infância. Tem ICC capacidade funcional
grau 2 e trabalha como diarista numa UTI neonatal. Veio
atualizar seu cartão de vacina porque soube da
importância de usar dTpa em função de trabalhar na UPL.
Contudo na avaliação do seu cartão de vacinas não há
registro de vacina para pneumococo, além de faltar a dTpa.
Como deve ser o esquema de vacina de Paulo?
Apenas dTpa
dTpa + pneumococo 23 valente
dTpa + pneumococo 13 valente + pneumococo 23 valente