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PROPOSTA DE UM MODELO DE GESTÃO ECONÔMICA: Um estudo de caso em uma empresa de transportes
Proposal of na Economic Management Model: A case Study in the company
Cristiano Rinaldi dos Santos - [email protected] Estevam da Cruz Junior - [email protected] Luciano Aparecido Vitorino - [email protected]
Winston Bueno Luciano – [email protected] em Ciências Contábeis – UniSALESIANO Lins
Prof. Dr. André Ricardo Ponce dos Santos – [email protected] – UniSALESIANO Lins
Prof. Esp. Érica Cristiane dos Santos Campaner –[email protected] – UniSALESIANO Lins
RESUMO
As empresas nos dias atuais, devido a globalização e o avanço da tecnologia, enfrenta um mercado de extrema concorrência. Isso fez com que essas entidades necessitem de informações sobre ambiente interno e externo para terem vantagens competitivas sobre seus concorrentes por meio de um sistema de informação alimentado pelo controller. Diante disso, o trabalho tem como objetivo desenvolver um sistema de gestão para gerenciamento dos custos e despesas com premissas no modelo de Gestão Econômica (GECON). Criado com base nos princípios da controladoria, este modelo proporciona uma visão analítica de cada processo e um maior controle sobre os gastos operacionais e financeiros. Para atingir este objetivo, foi realizado um estudo de caso na empresa Transmestiço Transportadora Ltda. E, através das informações colhidas na pesquisa bibliográfica, utilizou-se planilhas no software Microsoft Office Excel aplicando os métodos para cálculo do valor do frete e seus custos ocorridos, além das despesas necessárias para realização da atividade do negócio. Tais dados alimentaram um balanço patrimonial e uma demonstração do resultado econômico onde separa o custo variável/direto por modelo de caminhão, também, calcula custo de oportunidade, dentre outros atributos do GECON. Por fim, apresenta uma visão detalhada de seus gastos, possibilitando os gestores fazer decisões assertivas para continuidade do seu negócio.
Palavras-chave: Vantagem competitiva. Controladoria. Modelo de gestão. Gestão econômica.
ABSTRACT
The companies in the present days due to globalization and the advancement of technology face a market of extreme competition, both in national and international organizations. This has meant that these entities need internal and external environment information to have competitive advantages over their competitors through an information system fed by the controller. In this work, the objective was to develop a management system to manage costs and expenses with assumptions in the Economic Management model (GECON). Created by Catelli, and based on control principles, this model provides an analytical view of each process and greater control over operational and financial expenses. To reach this objective, a case study
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was carried out at Transmestiço Transporter Ltda. Thus, with the proper implementations collected in the bibliographic research, spreadsheets were used in Microsoft Office Excel software. The developed system calculates the value of freight and its costs incurred, in addition to the expenses necessary to carry out the business activity. Such data will feed a balance sheet and a demonstration of the economic result where it separates variable / direct cost by truck model, also, calculates opportunity cost, among other attributes of GECON. Finally, it was presented in the course of the research, that the system provides a totally detailed view of its expenses, since the managers will observe what costs and expenses are really necessary or which are high in comparison with the other models of truck and for a assertive choice of which should invest in the case of fleet expansion.
Keywords: Competitive advantage. Controller. Management model. Economic management.
INTRODUÇÃO
Atualmente, as empresas enfrentam um contexto formado por uma
instabilidade econômica, o que faz com que seus gestores vejam a importância das
tomadas de decisões assertivas sobre os negócios.
Para auxiliar estes gestores surgiram vários modelos de gestão para
gerenciamento das necessidades com vistas à continuidade e rentabilidade da
empresa. Dentre vários atributos de um sistema de informações, destacam-se os
sistemas que possibilitem o controle sob todos os processos da empresa, como:
gestão dos preços de vendas, qualidade em seus produtos e serviços, gestão da
margem de lucro e do giro de seu Ativo.
Ainda que um sistema contemple os atributos citados anteriormente, é
relevante que os gestores tenham ferramentas que permitam corrigir desperdícios
para a agregação de valor em seus produtos e serviços. O controle de suas
despesas e custos também deve ser considerado em um sistema de gestão.
Como foi descrito anteriormente, para gerenciar uma empresa, tem como
auxílio modelos de gestão e, para esta pesquisa, o enfoque será no modelo de
gestão chamado GECON – Gestão Econômica – desenvolvido pelo Professor
Armando Catelli da FEA/USP.
O sistema de gestão no modelo GECON diz respeito ao processo de planejamento, execução e controle operacional das atividades e é estruturado com base na missão da empresa, em suas crenças e valores, em sua filosofia administrativa e em um processo de planejamento estratégico que busca em última instância a excelência empresarial e a
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otimização do desempenho econômico da empresa. (CATELLI, 2001, p. 30)
Assim, a empresa precisa ter um departamento orientado para essa finalidade
que é a controladoria, responsável por proporcionar que o modelo de gestão seja
cumprido em sua íntegra, cujo profissional responsável por este controle interno e
noções de ambiente externo é chamado por controller.
Suas funções são muitas, além de ter uma visão sistêmica do todo, como por
exemplo: gerar informações para os gestores para tomada de decisão de todos os
processos e acompanhá-los no decorrer do mesmo, averiguando e formando novas
perspectivas de correção, comparar o que foi planejado com o que está ocorrendo e,
em caso de distorções, buscar uma solução para dar continuidade para sua
conclusão assertiva, além de, ter noções e análise sobre sistemas de informações.
1 GECON
Como já citado na introdução, os modelos de gestão são de suma importância
para as empresas nos dias atuais, devido ao mercado competitivo e para essa
pesquisa abordar-se-á o modelo GECON, como foi ressaltado acima por Catelli, o
mesmo baseia-se na missão, crenças e valores da empresa.
Este modelo está inserido em todos os processos de decisão, planejamento
estratégico, operacional, execução e controle, fornecendo dados e fazendo
projeções das alternativas para que a alta cúpula possa analisar e ver qual será a
melhor opção, o mesmo foca nos eventos econômicos realizados pela empresa e na
otimização dos resultados da empresa.
Segundo Garcia (apud Santos, 2011, p. 37) acrescenta que o modelo deve
compreender os seguintes elementos:
a) modelo de gestão: corresponde a um conjunto de crenças e valores que
orientarão a gestão da corporação;
b) processo de gestão: deve ser estruturado nas fases de planejamento
estratégico, planejamento operacional, execução e controle, e
c) sistema de informações: está voltado para o atendimento das necessidades
informativas dos gestores em cada fase do processo de gestão da
corporação.
O GECON visa a otimização da empresa, mas para que ele consiga esse
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resultado, trabalha com um método diferenciado dos modelos de gestão comuns, o
mesmo visa fragmentar a empresa, ou seja, dividir a empresa em setores de custos,
separar cada departamento como se cada departamento tivesse sua própria
contabilidade com sua própria DRE, confrontando o que foi orçado, planejado pelo
gestor do departamento com o que realmente aconteceu.
Segundo Catelli (2001), a empresa é formada pelos resultados analíticos das
diversas transações que correspondem à materialização das ações dos gestores.
Essas transações ou atividades consomem recursos na intenção de obter produtos,
bens e/ou serviços e essas atividades alteram o patrimônio da empresa,
considerando que cada área adquire e fornece recursos para outras áreas da
empresa, agregando valores e fornecendo resultados de seu processo e o resultado
econômico da área.
Assim, possibilita a alta cúpula uma análise mais detalhada da empresa,
vendo qual área foi eficaz na realização das suas atividades, e podendo cobrar e
buscar saber o porque dos outros departamentos não estarem tendo esta mesma
excelência. Na ótica de Catelli (2001, p. 287), “os gestores devem ser impulsionados
ou motivados a tomar as melhores decisões para a empresa” por conta dessa visão
mais detalhada de seu departamento de responsabilidade.
Se cada departamento usar seus recursos de forma eficiente fará com que
seus resultados sejam maximizados, assim a soma de todos os departamentos será
os lucros consolidados da empresa obtendo o resultado planejado, e conseguindo
um lucro econômico eficaz.
Para uma correta mensuração desse resultado econômico citado acima,
Guerreiro (1995, p. 95), cita os seguintes conceitos de mensuração empregados
pelo GECON:
a) valor de mercado a vista;
b) custos correntes a vista;
c) valor de mercado;
d) equivalência de capitais;
e) depreciação econômica;
f) moeda constante;
g) custeio direto;
h) margem de contribuição;
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i) resultados econômico-operacionais;
j) resultados econômico-financeiros;
k) preço de transferência;
l) custo de oportunidade;
m) reconhecimento de ganhos pela valorização dos ativos;
n) reconhecimento de receita pela produção de bens e serviços;
o) orçamentos (original, corrigido, ajustado);
p) realizado (em nível de padrão e efetivo);
q) variações (inflação, ajuste de plano, volume, eficiência);
r) custos controláveis x não controláveis;
s) área de responsabilidade, centro de resultado, e
t) custos fixos identificáveis.
Para essa pesquisa foi utilizado essa mesma ótica de fragmentação interna
dos setores, porém adaptada para a empresa onde foi realizado o estudo de caso.
Por ser uma empresa de pequeno porte não possuía tantos setores e informações
para realizar todos os itens listados acima, assim foi separado por centros de lucros
cada modelo de caminhão por se tratar de uma empresa de transporte rodoviário de
cargas.
Utilizou-se também do conceito de depreciação econômica do GECON para
reposição dos veículos, custo de oportunidade, valor de mercado a vista dos bens,
valor de mercado corrente dos bens em uso, método de custeio variável
consequentemente a margem de contribuição por fazer parte da composição do
método de custeio que está sendo utilizado, resultado econômico financeiro e
resultado econômico operacional.
2 DESENVOLVIMENTO DO MODELO
Para elaboração do modelo de gestão com base no GECON, foi criada uma
planilha no software, Microsoft Office Excel, para implementação na empresa onde
foi realizado o estudo de caso, buscando subsidiar este modelo.
As informações partilhadas para alimentar o sistema foram os custos
variáveis/diretos dos caminhões, despesas gastas com administração, honorários,
energia, dentre outros.
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Além dos dados apresentados pela empresa, houve a necessidade de
pesquisar outros valores que o GECON exige para a implementação do mesmo, as
informações foram separadas por classificações para cada modelo de caminhão
como dito acima, exceto as despesas que não possa ser separada com exatidão.
As premissas utilizadas para esse desenvolvimento foram expostas no tópico
acima deste, mas faz-se necessário dizer que os valores que serão apresentados
são fornecidos pela empresa.
Primeiramente, antes de expor os cálculos dos valores com base nas
premissas utilizadas, segue a figura 1 apresentando o Menu Principal com as
opções da Base de Dados criada no Sistema proposto.
Figura 1 – Estrutura do Modelo GECON Aplicado na Empresa
Fonte: Elaborada pelos autores, 2017.
Com base na figura 1, o modelo proposto apresenta a estrutura do modelo em
que contempla um manual de utilização, para que o usuário possa ter conhecimento
de como ela funciona.
A planilha referente aos pneus compreende o valor dos pneus em reais por
cada km rodado, realizando o cálculo custo total dos pneus divido pela
quilometragem total de vida de um pneu, a planilha informação é onde colocamos os
valores para fazer o cálculo de depreciação econômica, utilizou o valor de mercado
dos bens em uso menos o valor de mercado a vista dele zero km, o resultado foi
dividido pelo período que o proprietário da empresa quer repor esses veículos,
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assim quantificando um valor para inserir no cálculo do frete.
As planilhas onde estão os modelos dos caminhões permite o cálculo de frete
para os mesmos e onde coloca-se o faturamento bruto dos mesmo no final de cada
mês para elaborarmos a DRE e seus custos variáveis pelo modelo GECON usando
o método de custeio variável.
Todos os dados das planilhas que estão expostos acima são transferidos para
a DRE, cuja demonstração tem por finalidade permitir que o gestor da empresa
analise detalhadamente cada custo e sua representatividade em comparação com o
faturamento bruto e em confronto com dos outros modelos.
Quadro 1 - Demonstração do resultado econômico.
R$ % R$ % R$ % R$ % R$ % R$ %RECEITA OPERACIONAL BRUTA
Recei tas de Serviços de Tra nsportes 34.598,54 100% 21.844,44 100% 35.054,47 100% 27.348,51 100% 31.943,71 100% 150.789,68 100% Dedução sobre a Receita Bruta
Simples Nacional (5.165,56) 14,9% (3.261,38) 14,9% (5.233,63) 14,9% (4.083,13) 14,9% (4.769,20) 14,9% (22.512,90) 14,9%
RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 29.432,98 85,1% 18.583,07 85,1% 29.820,84 85,1% 23.265,37 85,1% 27.174,52 85,1% 128.276,78 85,1%
CUSTOS VARIÁVEIS/DIRETOSCombusti veis (7.469,78) 21,6% (6.457,80) 29,6% (6.483,53) 18,5% (10.822,93) 39,6% (6.640,20) 20,8% (37.874,24) 25,1%
Pedá gi os (3.686,00) 10,7% (3.456,90) 15,8% (4.084,20) 11,7% (1.376,70) 5,0% (1.493,60) 4,7% (14.097,40) 9,3%
Desgaste dos Pneus : (1.289,13) 3,7% (1.271,57) 5,8% (1.194,34) 3,4% (2.025,85) 7,4% (1.421,95) 4,5% (7.202,84) 4,8%
Custo de Reposi ção (Depreciação) (3.140,59) 9,1% (2.915,05) 13,3% (3.660,71) 10,4% (4.298,94) 15,7% (2.915,05) 9,1% (16.930,34) 11,2%
Outros Custos (700,00) 2,0% (450,00) 2,1% (630,00) 1,8% (1.020,00) 3,7% (600,00) 1,9% (3.400,00) 2,3%
Comissã o sobre faturamento (805,84) 2,3% - 0,0% (855,99) 2,4% (8,34) 0,0% (513,81) 1,6% (2.183,98) 1,4%
TOTAL DAS DESPESAS VARIÁVEIS (17.091,34) 49,4% (14.551,32) 66,6% (16.908,78) 48,2% (19.552,76) 71,5% (13.584,60) 42,5% (81.688,80) 54,2%
MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO 12.341,64 35,7% 4.031,75 18,5% 12.912,06 36,8% 3.712,62 13,6% 13.589,91 42,5% 46.587,98 30,9%
CUSTOS E DESPESAS FIXASFinanciamento/Amorti zação (7.054,02) 20,4% (3.954,54) 18,1% (4.600,87) 13,1% 0,00 0,0% (1.759,00) 5,5% (17.368,43) 11,5%
Salári os e Encargos dos Motoris ta s (3.000,00) 8,7% (3.000,00) 13,7% (3.000,00) 8,6% (3.000,00) 11,0% (3.000,00) 9,4% (15.000,00) 9,9%
Custos de oportunidade (2.970,00) 8,6% (2.700,00) 12,4% (2.565,00) 7,3% (2.565,00) 9,4% (1.845,00) 5,8% (12.645,00) 8,4%
Seguros e Rastreamento (1.360,14) 3,9% (1.368,62) 6,3% (1.282,64) 3,7% (1.610,46) 5,9% (1.543,11) 4,8% (7.164,97) 4,8%
TOTAL CUSTOS FIXAS (52.178,40) 34,6%
DESPESAS OPERACIONAISConservaçã o e Reparação dos Veículos (16.177,85)
(16.177,85)
(21.768,27) 14,4%
OUTRAS DESPESASTelefone (420,00) 0,3%
(59,10) 0,0%
(157,71) 0,1%
(3.000,00) 2,0%
(2.779,95) 1,8%
Despes as com Pessoal (775,42) 0,5%
Outras receitas ( Aluguel ) 2.000,00 1,3%
(5.192,18) 3,4%
RESULTADO ANTES DAS DESPESAS E RECEITA FINANCEIRA (26.960,45)
Despes a fi nanceira com fi nanciamento (3.288,97) Recei ta fi nancei ra -
Resultado economico financeiro (30.249,42)
LUCRO LÍQUIDO DO PERÍODO (30.249,42) 20,1%
SCANIA R420 SCANIA P360
RESULTADO ECONOMICO OPERACIONAL
Energia Elétrica e Cons umo de Água
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO ECONÔMICO
MAN/28.440 TGX SCANIA P-360 VOLVO FH 460 Consolidado
Reti rada Pro LaboreOutros Custos / Despesas Operacionais
Despes as Divers as na Adminis tração
TOTAL DAS OUTRAS DESPESAS
RESULTADO DESPESA OPERACIONAIS
Fonte: Elaborado pelos autores, 2017.
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Como pode-se observar, a primeira linha é a receita operacional bruta de
cada modelo de caminhão por coluna e no final a soma de todos os valores tanto
receita quanto custos e despesas que é a DRE consolidada, o Excel usa os dados
da receita de serviço automaticamente das planilhas de fretes, que possuem o nome
de cada caminhão como exposto na figura 1, em seguida calcula as deduções
tributárias (a empresa é optante pelo Simples Nacional sendo alíquota única).
Reduzindo a receita operacional bruta dos impostos, tem a receita
operacional líquida, após isso tem-se todas as contas de custos variáveis que foram
extraídas da mesma planilha que o faturamento, permitindo fazer uma análise mais
detalhada do que em uma DRE comum.
Após isso, vem os custos e despesas fixas, alguns desses gastos foram
rateados por conta de ter a informação exata de qual caminhão ele é pertencente,
como é o caso de custo de oportunidade, que foi considerado a rentabilidade do
CDB do mês de julho do Banco do Brasil, com retorno de 0,90% nesse período,
então criando a hipótese do proprietário não ter comprado os caminhões e ter
deixado nesta aplicação, como exemplo o Man 28 440 TGX, ele tem o custo de
aquisição de R$ 200.000,00 do cavalo mais R$ 100.000,00 da carreta, com isso o
proprietário teria R$ 300.000,00 para deixar rendendo no CDB, que lhe daria no mês
de julho uma rentabilidade de R$ 2.970,00 (300.000,00 x 0,009), esse valor seria um
retorno com baixa taxa de risco, o caminhão tem que render mais do que se tivesse
deixado em outro investimento para ser compensatório.
A conta de seguro e rastreamento foi extraída pela planilha informações, na
figura 1, somando o valor total de custos fixos, em seguida as despesas
operacionais como manutenção do caminhão, após isso obtém-se o resultado
econômico operacional, as próximas rubricas são as despesas fixas, que é só
preencher com os valores de boletos que foram pagos no período, e a conta outras
receitas que é uma carreta que está alugada para terceiros, após isso vem total das
despesas fixas, obtendo o resultado antes das despesas e receitas financeiras, em
seguida a empresa tem somente despesas financeiras, como exposto na DRE,
assim chegando ao lucro líquido do período.
Finalizando essa demonstração financeira, será apresentado o balanço
patrimonial da empresa.
Por fim, foi elaborado Balanço Patrimonial, para uma observação das contas
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CIRCULANTE CIRCULANTEDISPONIBILIDADES Financiamentos/amortização 85.722,63
Emprestimos 6.828,70 Caixa e Bancos 18.620,68 Fornecedores 8.946,54
DESPESA FINANCEIRA A PAGARCRÉDITOS Juros com financiamento 7.564,81
Clientes 39.215,06 OBRIGAÇÕES SOCIAISAluguel a receber 2.000,00 Salários e Encargos a Pagar 12.827,45 Consórcios 86.503,81 OUTRAS OBRIGAÇÕES
ESTOQUES INSS A RECOLHER 1.154,45 Estoque de Mercadorias 13.346,54 IRRF A RECOLHER 161,45
- FGTS A RECOLHER 1.026,15 DESPESAS ANTECIPADAS Total do Grupo 124.232,18
Seguros a apropriar 43.114,17 NÃO CIRCULANTE
Total do Grupo 202.800,26 EXIGÍVEL A LONGO PRAZONÃO CIRCULANTE Financiamentos/amortização 599.261,14
REALIZÁVEL A LONGO PRAZO Emprestimos 36.723,23 Títulos financeiros - Juros com financiamento a longo prazo 34.822,13 Depósitos Judiciais -
Total do Grupo - Total do Grupo 670.806,50 IMOBILIZADO
Imóveis - PATRIMÔNIO LÍQUIDOVeículos 925.000,00 Capital Social 363.011,00 Móveis e Utensílios - Reservas de CapitalMáquinas e Equipamentos - Lucros Acumulados - (-) Depreciações - Lucros do Período (30.249,42)
Total do Grupo 332.761,58 Total do Grupo 925.000,00
1.127.800,26 TOTAL PASSIVO 1.127.800,26 TOTAL DO ATIVO
ATIVO PASSIVO
dos períodos seguintes da empresa, como bens, direito e obrigações
Todos os valores do balanço demonstrado no quadro 2 foram fornecidos com
base nos documentos originais pelo proprietário da empresa, pois a mesma não
possui um controle sobre essas duas demonstrações, DRE e Balanço. Diante disso,
foi elaborado um Balanço Patrimonial com algumas modificações, como separar os
juros dos financiamentos, no caso o saldo devedor do financiamento está na rubrica
de financiamento tanto no circulante como no não circulante, e o juros do mesmo
está na conta de juros sobre financiamento também em circulante e não circulante.
Quadro 2 - Balanço Patrimonial
Fonte: Elaborado pelos autores, 2017
Para os imobilizados foram considerados os valores de mercado dos veículos
da empresa, pois se utilizou o conceito da Depreciação Econômica em que consta
na DRE e nas Aplicações Financeiras, se acaso o proprietário começar a guardar
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esses valores, no investimento que ele achar melhor, os restantes das contas foram
feitos de forma comuns de um balanço normal.
CONCLUSÃO
Com o desenvolvimento da pesquisa com foco no modelo de gestão
econômica, percebe-se muitos benefícios e oportunidades para a empresa tais
como: detalha cada processo das atividades realizadas incluindo diversos centros de
lucro cujo estão separados por modelos de caminhões; busca a otimização do
resultado de cada um dos veículos sendo eficiente em cada execução de uma
viagem para obter a eficácia do todo; permite um melhor controle interno sobre
custos e despesas; proporciona ao gestor, através da planilha elaborada, a
representatividade dos gastos em comparação ao faturamento bruto de cada modelo
de caminhão e do consolidado.
Esse detalhamento permite analisar qual caminhão é mais rentável, qual
modelo tem a maior capacidade de gerar receita e qual modelo tem a maior
capacidade de redução de custos todos esses fatores permitem os gestores tomar
decisões mais assertivas na busca por resultados positivos, e assim, possam
eliminar prejuízos aumentando os ganhos que não poderiam identificar numa DRE
comum.
Com base na missão, visão e valores e com um planejamento estratégico
bem elaborado por conta das informações proporcionada pelo modelo GECON,
todos esses benefícios da utilização permitirão que seja realizada com êxito o
objetivo que a empresa quer alcançar e a otimização do resultado, assim como, a
geração de valor para com os acionistas garantindo um planejamento operacional
que venha ser executado com uma performance elevada.
REFERÊNCIAS
CATELLI, A. (Coord.). Controladoria: uma abordagem da gestão econômica. São Paulo: Atlas, 2001.
GUERREIRO, R. A teoria das restrições e o sistema de gestão econômica: uma proposta de integração conceitual. 1995. Tese (Livre-Docência) - FEA/USP. São
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Paulo.
SANTOS, A. R. P. Proposta de um modelo de mensuração baseado no modelo GECON para avaliação dos resultados decorrentes da otimização de uma linha de produção usando a TOC: um estudo de caso em uma indústria moveleira. 2011. Tese (Doutorado em Engenharia de Produção) Faculdade de Engenharia, Arquitetura e Urbanismo, Universidade Metodista de Piracicaba, Santa Bárbara D’Oeste-SP.
SANTOS, A. R. P. Contribuição à estrutura de sistemas de informações de controladoria estratégica: um estudo de caso exploratório em empresa de grande porte. 2006. Dissertação (Mestrado Profissional em Administração) – Faculdade de Gestão e Negócios – Universidade Metodista de Piracicaba, Piracicaba-SP.
SANTOS, E. S.; PONTE, V. Gestão econômica: um modelo para a integração sistêmica da empresa. In: Anais do V Congresso Brasileiro de Gestão Estratégica de Custos. v. 2, p. 705-721. Fortaleza, set. 1998.
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