canto na história

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Mudanças técnicas do canto na história

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  • 5/27/2018 Canto Na Hist ria

    1/11

    O canto na histria

    Canto; cantare (latim) = cantar, representar, recitar, orar,

    , ,

    rituais mgicos

    IDADE MDIA (300-1450)Msica Sacra Canto re oriano

    Influncia da msica do antigo oriente e grega na msica da Igreja crist.

    Monodia ( 1 melodia sem acompanhamentos).

    Msica vocal funcional.

    Estabelecimento da SCHOLA CANTORUM, no sc. IV, para treinamento

    de meninos e adultos, na qualidade de msicos eclesisticos. Somente vozes

    masculinas.

    Execuo direta (sem alternncia); responsorial (solista X coro); antifonal(coro X coro)

    Silbica (para o celebrante e a congregao), neumatica (para o coro em

    un ssono , me sm ca para o so s a

    Melodia com ritmo livre, seguindo o ritmo das palavras, cantosalmodiado.

    . .

    Pequenos intervalos

    Linhas meldicas longas e fluentes

    ro o o uso e nstrumentos para acompan amento.

    Texto em latim

    Voz lisa, canto suave. Sem variao de dinmicas. Sem passar qualquer sentimento.

    Dificuldades no estudo da msica medieval devido no existncia de notao musical. Somente partir do sc. IX

    surgem exemplos de notao musical (Guido DArezzo). A notao rtmica, somente nos sc. XII a XIII.

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    Canes em latim

    Msicos (mulheres e homens)pro ss ona s, que v a avam empequenos grupos ou szinhos, se

    apresentando. (Menestris)Poetas cantores dos sc. XI XII e

    an es e anas acompan a as ou n o por ns rumen os

    (geralmente os instrumentos tocavam em unssono com a

    voz ou faziam outra linha)Textos na ln ua verncula

    XIII na Frana e Alemanha

    Os instrumentos eram utilizados comoacompanhadores das vozes, ou em danasinstrumentais.

    A msica medieval era basicamente vocal,mono on ca ou po on ca.

    Os instrumentos utilizados comoacompanhadores eram geralmente os de

    pouco som como os de corda com arco(cordas de tripa) ou trastes, as flautas eharpa.

    As mulheres participavam deper ormances secu ares, mas n am ostatus de cortess (era oficialmenteproibido pela Igreja)

    Polifonia Ars Antiqua - Sc. IX a XIII

    Inicia-se a subdiviso das vozes partir do sc. IX

    Diviso em duas vozes: voz organal(a voz

    acrescentada) e voz principal ( voz superior que sustentaOrganum livre

    o cantocho)

    Sc. XII a voz principal, fica abaixo e passa a

    sustentar notas longas. Tenor (do latim tenere): A vozOrganum melismtico .

    As vozes se cruzam e a extenso bem limitada

    (praticamente a mesma para cada voz).

    quadruplum

    triplum ,

    e quadruplum

    Msica vocal

    duplum

    tenor

    Msica secular Motetos (do francs Mot = Palavra)

    onde voz superior, ou duplum (agora motetus), se

    aplicava um texto em outra lngua ou apenas diferente do

    Organum quadruplum Perotin

    tenor.

    Triplum do moteto com ritmos mais subdivididos que o

    duplum (carter de voz solista)

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    Polifonia Ars Nova Sc. XIV e XV

    Liderana musical na Frana e na Itlia

    Msica sacra ordinrio da missa em estilo

    Msica secular baladas e canes, motetos,

    madrigais

    Polifonia mais fluente

    Aumento da extenso das vozes (ainda no to

    .

    Meninos e adultos falsetistas fazem as vozes

    agudas. (Ainda no permitida a castrao pela

    igreja).

    Ainda acontecem cruzamento de vozes

    Presena predominantemente masculina na

    msica, apesar de existirem referncias presena

    Contratenor: a voz ac ma o tenor. Tam m c ama a e a tus,por

    ser a voz mais aguda.

    Mais tarde a voz que se entrelaa dos altos,ou o seu contracanto

    chamada contraltofeminina (Canterbury Tales de Geoffry Chaucer

    (1328-1400), to bem ela cantou o serviodivino, docemente anasalado...)

    Os ru os musicais so e uenos e uando se

    A voz contrapontstica que surge acima passa a se chamar sopranus,

    superius (do latim supra = sobre) ou ainda discant

    Tratado de Moravia sc. XIII cita trs re istros vocais: vox

    utilizam de instrumentos para acompanhamento

    ou dobramento das vozes, utilizam-se do

    instrumento que tem mo (no pr-definido)

    pectoris (voz de peito), vox guttoris (voz mdia) e vox capitis (voz de

    cabea), este ltimo se referindo voz de falsete.

    RENASCENA (1450-1600)

    Surgimento da msica impressa facilitando a divulgao e

    preciso da msica.

    s ca sacra: m s ca po n ca v r as vozes em es o

    imitativo, em latim, a capella (sem acompanhamento).

    Utilizao do registro grave abaixo do tenor, o bassus

    abaixo e o bartono do refixo re o bari-= rave .

    No mais temos trs ou mais linhas de timbres

    contrastantes (o tenor no mais sustenta notas longas,

    enquanto a voz superior tem mais movimento). Todas as

    vozes possuem o mesmo grau e mpor nc a.

    Ritmo fluido com textura imitativa na msica sacra e

    alguns estilos de msica profana X ritmos marcados em

    algumas danas instrumentais e msica vocal profana.

    Polifonia (horizontal) X inicio da homofonia (vertical).

    A msica sacra ainda vocal. No expressa sentimentos.

    x rema su v s o as vozes, a pon o e n o ma s se

    entender o texto (msica a 32 vozes) msica sacra.Na msica secular, temos o madrigal, cano polifnica na

    lngua verncula, descritiva e expressiva.

    Preocupao em expressar os sentimentos da letra atravs

    da msica, dramaticidade.

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    Grande desenvolvimento na histria do canto, na

    segunda metade do sc. XVI, com o interesse de

    .

    a extenso de D4 (escrito para os falsetistas) para G4

    (para a voz feminina).

    Com a proibio das mulheres de cantar na Igreja

    (prescrito em Corintios 14:34), e com o grande interesse

    do pblico pela voz aguda, a Igreja permite a castrao.

    O primeiro castrati vem da Espanha.

    ,

    perfeito. Timbres anasalados dos instrumentos.

    (Referncias ao anasalamento da voz em textos de

    poca).

    Quadros de poca mostrando os cantores com rostos

    retesados

    Comeam a surgir formas instrumentais puras, alm das

    ,

    vocal, polifnica imitativa, ou da msica vocal profana.

    A principal funo dos instrumentos ainda o

    acompanhamento. Conjuntos instrumentais pequenos, formados pelos

    instrumentos disponveis no momento.

    Instrumentos classificados pelo volume de som (desde aNatividade de Piero della Francesca . ,

    msica domstica, e os hautou altos, para serem tocados

    nas Igrejas, grandes sales e locais abertos.

    A partir da segunda metade do sc. XVI surgem os

    primeiros tratados de canto

    BARROCO (1600 -1750)

    Movimento da reforma no sc. XVI - uso da lngua verncula e simplicidade na msica, permitindo aos

    membros da congregao cantarem durante o servio (Hinos e corais homofnicos).

    Homofonia Linha meldica baseada em um acompanhamento vertical, harmonico.

    Subordinao da msica ao texto. Expresso dos sentimentos. Compreenso do texto.

    Permanncia do uso da polifonia stile antico - (dominncia da msica sobre o texto), principalmente na

    msica sacra e msica coral, coexistindo junto homofonia stile moderno - (dominncia do texto sobre a

    msica).

    Camerata Florentina grupo de intelectuais e msicos, estudiosos do drama grego e seu estilo representativo

    criao da pera

    Domnio Italiano exceo da Frana que busca estilo prprio e no aceita os castrati.

    1637 Construo da primeira casa de pera em Veneza

    A msica teatral deixa de ser exclusivamente feita para a realeza e a corte (como nos madrigais). Qualquer um

    que pudesse pagar o ingresso poderia assistir pera.

    Custos altos da montagem da pera, exigindo grandes teatros, grande pblico, orquestras expandidas, maior

    nmero de rcitas, elenco limitado a 6 ou 8 cantores, reduo do coral at a sua eliminao por completo, maior

    - - .

    As apresentaes duravam muitas horas, durante as quais o pblico conversava, comia, namorava, jogava e svezes parava para escutar o mais novo astro da pera (como em um bar, um show de rock ou em um jogo de

    futebol, na atualidade). No piso principal no havia assentos. Os que podiam compravam camarotes, para os

    quais podia-se levar cadeiras.

    Grande importncia do cenrio, com efeitos extraordinrios.

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    Experimentao com o surgimento da pera:

    -Com ositores assam a escrever no novo estilo re resentativo, ex erimentando modos

    de representar as emoes e a dramaticidade atravs da msica.

    -Os papis mais importantes so dados aos cantores mais hbeis e no uma voz

    especfica ou sexo especfico (o heri poderia ser representado por uma voz feminina, j

    que soprano na poca po er a ser uma mu er, um cas ra o, um a se s a ou um men no,

    e o mesmo para o contralto).

    -Pesquisa com relao posio que os instrumentistas deveriam ocupar no teatro(sobre, acima, atrs ou frente do palco). Deciso final: frente do palco, no local

    chamado pelos gregos, em seus anfiteatros, como orcheisthrai, ou local para danar.

    -Os compositores comeam a especificar os instrumentos na partitura. Incio da

    definio da orquestra.

    -Devido ao alto nvel de rudo, criam-se convenes para o final dos recitativos: os

    acordes cadenciais so tocados mais sonoros, de forma a indicar platia, que uma

    importante ria ir comear.

    - ara mascarar o ru o o maqu n r o usa o para os e e os c n cos, os compos ores

    passam a compor msica instrumental.

    -Definio da temporada de pera: o grande calor no vero italiano, aliado poluio

    dentro do teatro, causada pelas velas e lmpadas leo, o acmulo de pessoas e ocheiro de comida, fez com que se convencionassem os meses frios para as

    apresentaes.

    -Os compositores escreviam as obras para cantores especficos, valorizando as suas

    .

    reapresentada por outra companhia, o papel era ento reescrito para este novo cantor.

    -Grande produo por parte do compositor, implicando numa escrita rpida, baixo

    cifrado, sem especificao de dinmica, tempo, fermatas, etc. (o metrnomo s ser

    inventado no final do sc. XVIII).

    -A dramaticidade era dada atravs da movimentao rtmica, pela rapidez do

    movimento musical, e no pela extenso ou pela dinmica.

    -A afinao dos instrumentos no era padronizada. Temperamentos circulares nos quais

    algumas quintas eram menores do que a justa.

    -Criao do recitativo seco: meio cantado, meio recitado, seguindo o ritmo daspalavras, acompanhado de acordes harpejados, dados pelo teclado (cravo), juntamente

    .

    harmnicas para o cantor. Dava seqncia na narrativa.

    -Aria: como uma cano, geralmente estrfica ou com sees contrastantes na formaAABB ou ABB e posteriormente na forma DA CAPO (ABA). Momento no qual

    acontecia uma pausa na narrativa, e concentrava-se na reflexo do personagem sobre a

    sua condio ou suas emoes. Oportunidade para o cantor mostrar as suas habilidades.

    -O Arioso, a terceira unidade formal, era um recitativo mtrico, acompanhado pela. .

    -Alm da pera, surgimento de novas formas vocais: A cantata (sacra ou profana) e ooratrio (como a pera, mas com um tema sacro e sem encenao, e com a utilizaode corais).

    -Formas instrumentais tambm surgiram, como o ballet, na Frana, as aberturas e os

    interldios instrumentais(mascarando os rudos do cenrio). Alm de outras formas

    independentes da pera.

    -Todos os cantores da companhia, tinham rias para cantar. Os papis menores tinham

    um menor nmero. As rias de um mesmo cantor nunca poderiam ser sucessivas.

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    -O compositor poderia reutilizar trechos de uma antiga ria em uma nova pera, ou at

    emprestar de outra obra (ainda no existiam os direitos autorais).

    - =

    Orquestra Barroca:

    -Basicamente de cordas

    - , ,

    instrumento ou outra voz, ou um solista contra um grupo.

    -Substituio das violas pelos violinos (na Itlia).

    -Na Frana ainda h um grande uso das violas.

    - .

    independncia da msica instrumental.

    -Indicao dos instrumentos na partitura.

    - .

    tocava o cravo e dirigia a orquestra.

    -Ao final do barroco, o rgo, o cravo e o alade tem a extenses

    aumentadas no registro grave. Os baixos se juntam orquestra. O

    obo, o fagote, os trompetes,as trompas e os tmpanos so por

    vezes acrescentados ao ncleo central de cordas.

    Doutrina dos afetos: clichs musicais, ou convenes meldicas para expressar um determinado sentimento.

    Com a evoluo da pera, esta se torna uma industria de entretenimento, com produtores e empresrios tentando

    aumentar a audincia. Com isto os libretistas e cengrafos passam a ocupar um plano secundrio, em favor das

    novas estrelas do canto.

    r a o as compan as e pera, ca a uma com a sua r ma onna soprano- ero na ; econ a onna con ra o-

    confidente ou rival da herona);primo uomo (castrato); secondo uomo (baixo-vilo, padre, rei, pai); comprimrios

    (pequeno grupo de cantores que contracenava com os principais).

    Revoluo no canto atravs da pera:

    -Vozes femininas utilizadas.

    -Dramaticidade.

    -Melodias longas

    -Desenvolvimento das habilidades ara cantar e encenar ao mesmo tem o. .

    -Troca da acstica reverberante da Igreja pela acstica mais seca dos teatros.

    -Presena competitiva do acompanhamento instrumental.

    - umento a st nc a entre o cantor e a p at a, com a orquestra pos c ona a entre e es;grande nvel de rudos; grandiosidade dos teatros; grande platia; rudos da maquinaria

    do cenrio, ocasionando a necessidade de maior projeo vocal, alm da poluio

    ambiental causada pelas velas, lmpadas a leo e grande acmulo de pessoas.

    -Surgimento dos astros da pera (surge pela primeira vez o solista, propriamente dito).Os

    castrati exerceram grande fascnio e fizeram fama, principalmente por sua agilidade

    vocal e capacidade de improvisao. O cantor possua o mesmo grau de importncia que

    o com ositor na rodu o da era

    -Liberdade de interpretao.

    -Uso de contrastes de dinmica (forte-piano) como forma de expresso.

    - u t vo a ornamenta o e mprov sa o no canto, c egan o-se ao extremo no na o

    barroco.

    -O vibrato utilizado apenas como ornamento em notas longas (apesar da necessidade

    de maior ro e o, os con untos instrumentais ainda so e uenos e a beleza da voz

    reside em sua leveza e agilidade, no em seu volume).

    -Surgimento de vrias escolas e dinastias de canto.

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    -Ainda no se utilizava uma grande extenso vocal (maior do que na renascena, mas

    geralmente, no mais do que uma oitava e meia). Apenas nas cadencias e ornamentaes

    (no eram escritas na partitura).

    - orma o e ssem na o o es o a ano e can ar , asea o no

    entendimento e controle vocal. Exceo da Frana, que tem o seu prprio estilo.

    -Diferenas do canto na Frana e na Italia (diferenas baseadas na diferena da lngua):

    a: es o ma s express vo; asea o nas voga s; var a o a ve oc a e e

    volume de ar, de acordo com a intensidade emocional do texto (apoio); vibrato produzido

    atravs da presso da respirao; articulao de garganta para os ornamentos.

    Frana: estilo mais plano e falado; baseado nas consoantes; apoio como na

    fala; vibrato produzido na garganta; articulao de garganta para os ornamentos.

    -Grande parte do treinamento do cantor era dedicado ao desenvolvimento da agilidade e

    da flexibilidade. VIRTUOSISMO.

    Excess va ornamentao por parte os cantores.

    Retorno do coral, na pera sria, no final do barroco (a funo do coro no barroco era apenas comentar e no

    participar das cenas).

    Temperamento os nstrumentos

    Construo do primeiro pianoforte em 1700 (novo instrumento de teclado com possibilidade de realizao de

    dinmicas).

    CLSSICO (1750 -1810)

    Naturalismo, racionalismo. Equilbrio entre a forma e a expresso.

    Textura homofonica, melodia sustentada por acompanhamento de acordes.

    Contraste de tonalidades, melodias, ritmos, timbres e dinmicas (crescendo e sforzando).

    Melodias curtas.

    Compositores passam a ter maior importncia do que os cantores (no mais podem improvisar to livremente,

    apenas nas cadencias).

    A pera buffa italiana se dissemina para os outros pases, na lngua materna de cada pas, com finais felizes, estilo

    musical ecltico, dilogos falados (em lugar dos cantados), e tendo o drama como principal premissa.

    Personagens e situaes naturais e realistas.

    Arias no mais dirigidas audincia. Solilquios ou comunicaes entre personagens. No mais rias DA CAPO,

    mas com uma breve recapitulao.

    Desenvolvimento da cena final onde todos os personagens cantam em conjunto.

    Desenvolvimento da habilidade de atuar enquanto canta (movimentao no palco).

    Os corais passam a ter papel mais ativo na cena.

    Maior detalhamento das partituras (dinmica, andamento, instrumentao, etc.).

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    A orquestra deixa o seu papel subservincia e passa a ocupar uma importante posio:

    -Desenvolvimento dos instrumentos (extenso, volume de som, mecnica).

    -O continuo cai em desuso e substitudo por partes escritas para instrumentos da orquestra.

    - .

    -As madeiras se tornam uma seo independente.

    -A msica instrumental passa a ter a mesma importncia da

    msica vocal (Sonata, concerto, sinfonia)

    -A orquestra passa a ser usada para acompanhar alguns recitativos.

    .

    Nova forma vocal em miniatura: a cano.

    umen o a ex ens o voca u za a reg s ro agu o -

    (mas as obras ainda so escritas para cantores especficos).

    ROMANTISMO (1810 -1910)Liberdade formal e de concepo. Expresso intensa das emoes.

    Grandes mudanas na histria do canto ocidental. Amplitude e agilidade se fazem necessrias, levando um

    enfoque mais cientfico em relao voz, encarando-a como um instrumento musical e levando a uma maior

    .

    As casas de pera aumentam para abrigar um maior pblico, com assentos para toda a platia (o que aumenta

    ainda mais). Aumento do palco com reas laterais, criao do ponto e um grande fosso para a orquestra, com o

    maestro posicionado de tal forma, que permita aos msicos direcionar o som para a platia enquanto o seguem.

    Aumento das orquestras. Em 1816 o Teatro La Escala

    ossua um nai e de cordas de 50 msicos.

    Reforo do brao dos instrumentos de cordas para receber

    o novo tipo de corda de alta tenso (cordas de ao), com um

    som ma s r ante e ma s orte.

    Evoluo na mecnica dos instrumentos de sopro,

    aumentando a sua amplitude.

    Introduo de instrumentos como o corne-ingles, clarinete

    baixo, contrafagote e a harpa moderna.

    Eleva o da afina o.

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    Explorao por parte dos compositores da amplitude e da flexibilidade, levando necessidade de uma maior

    especializao por parte dos cantores.

    Subdiviso das classificaes (tenor robusto, tenor de fora, baritono verdiniano, soprano dramtico, soprano

    spinto, etc), refletindo a grande demanda do repertrio.

    Registros agudos mais brilhantes, graves mais sonoros.

    Grande volume em geral.

    Necessidade de uma maior explorao do uso das ressonncias para aumentar a projeo da voz (negligenciadoantes pela tradio do bel canto). Cantar com o nariz ( defendido pelo tenor Jean de Reszke).

    Grande aumento da extenso vocal na pera.

    Maior uso do vibrato devido uma maior presso da coluna de ar, ocasionada pela necessidade de maior

    volume de voz.

    Preferncia pelos timbres mais pesados, grande volume e dramaticidade ao invs do estilo gil e ornamentado

    dos castratti (Napoleo proibiu a castrao na Itlia em 1806, a Frana nunca aceitou e a Inglaterra ouviu um

    castratto pela ltima vez em 1844; o ltimo castrato do coral episcopal morreu em 1922).

    Reorganizao da escola de canto de Munique visando a formao de cantores para as peras de Wagner.

    A distribuio dos papis na pera passa agora a ser feita de acordo com o tipo de voz e o gnero, ao invs das

    habilidades vocais e permanece at os nossos dias. Apenas as peras de Rossini privilegiam a voz de contralto, .

    Repertrio de canes (lieder) com carter mais intimista, cheio de expressividade e dramaticidade, nascido do

    gnero de salo. No incio apenas cantores de reputao insignificante (pouco volume) o realizavam, mais tarde

    os cantores mais famosos passam a se interessar tambm por este repertrio. Profundidade literria.

    Retorno do gosto pelo repertrio virtuosstico.

    Nova classe de cantores especializada em recitais e oratrios.

    Surgimento do interesse pela dramaticidade (capacidade de atuao) em detrimento do volume na opera-

    cm ca em Par s.

    As temporadas de pera, alm de novas peras, tambm remontam as antigas peras, que so reescritas para as

    novas habilidades da orquestra e com mulheres nos papis de castratti.

    Compan as e pera com vr os cantores e ma s e um para o mesmo pape em no tes a terna as.

    A pera no mais dominada pelos artistas italianos. Vrias escolas desenvolvidas, com base nas diferenas

    lingsticas.

    ra o e canto, termo comumente usa o para es gnar a v rtuos a e e a e eza o repert r o voca ,particularmente do perodo romntico.

  • 5/27/2018 Canto Na Hist ria

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    WagnerDramas musicais perfeita fuso entre todas as artes cnicas

    Leitmotiv (motivos condutores) expressando determinado tipo de emoo ou carter, ou algum objeto,personagem ou lugar. Estes motivos vo e vem e se alteram de acordo com a situao (com isto a orquestra

    tambm passa a narrar a histria juntamente com o cantor, e no apenas a acompanh-lo).

    , .

    momentos possveis, deve-se mostrar a fora e o poder vocal aliados dramaticidade.

    Os dramas musicais no se estruturavam em nmeros distintos (rias, duetos, recitativos, coros, etc.), mas

    em uma melodia ininterrupta, tecida do incio ao fim de cada ato.

    .

    Wagner escrevia o que a sua imaginao lhe pedia, depois buscava algum cantor que fosse capaz de cantar.

    Grande extenso das peras, chegando a durar de 4 a 5 horas,exigindo do cantor no apenas grande poder vocal,

    Devido ao tamanho das orquestras, mas tambm stamina, ou habilidade de cantar por perodos extensos.

    .

    Posicionamento da orquestra em um fosso abaixo do palco, de forma que o som da orquestra se projetava

    mais em direo aos cantores do que platia, aliviando os cantores.

    Mudanas tambm com relao aos efeitos visuais: luzes da platia apagadas durante a pera, abertura da

    .

    Cromatismo excessivo, com harmonias audaciosas para seu tempo.

    VerdiManteve o formato tradicional da pera (arias, recitativos, duetos, etc.).

    O cantor como principal protagonista da trama, tendo a orquestra como acompanhadora.

    Preferncia para as vozes dramticas.

    Grande detalhamento na artitura assim como Wa ner.

    Grandes avanos na cincia, tecnologia e no sistema legal, no que diz respeito voz e ao canto, no final do sculo:

    Em 1860, Manuel Garcia, cantor e professor, cria o laringoscpio. Observao das pregas vocais em

    unc onamen o pe a pr me ra vez. r a o e um m o o e pro u o voca v san o a amp a o o vo ume

    de som, baseado no entendimento do aparelho fonador (laringe, garganta, palato , lngua, etc.),enfocando aspectos

    como postura, controle da respirao, pronuncia, e o uso dos trs registros (peito, mdio e de cabea).

    Em 1877, Thomas Edison cria o fongrafo. Apenas em 1904 ele utilizado seriamente em gravaes da cantora

    e na a .

    As cortes reais da Europa vo caindo uma a uma e assim tambm o seu patronato vital de artistas e das artes.

    Torna-se importante prover os compositores financeiramente com os direitos autorais, o que acontece a partir

    de 1886.

    m , em ena, a o a-se o e v ra es por segun o como o c a na uropa.

    Nova escola de pera na Itlia, o Verismo. A pera passa a retratar cada vez mais a realidade (injustias sociais,

    traio, tortura, etc.). Musicalmente, d-se continuidade linha de Verdi, com a orquestra seguindo na sua posio de

    Acompanhamento. (Cavalleria Rusticana Mascagni; I Pagliacci Leoncavallo; La Boheme Puccini).

  • 5/27/2018 Canto Na Hist ria

    11/11

    SCULO XXIm ressionismo

    Debussy como seu primeiro representante busca uma nova forma de composio em reao ao pesado estilo

    romntico alemo e ao excessivamente passional estilo italiano, se utilizando das harmonias e timbres

    instrumentais como as cores e luzes da pintura impressionista.

    CubismoAssim como na I Guerra Mundial temos exploses e defragmentaes, com a conseqente transformao do

    mundo, que nunca mais seria o mesmo, na arte tambm temos um estilo abstrato no qual os fragmento so

    Expressionismo , , ,

    mental. Na msica, temos harmonias cada vez mais cromticas que chegam ao atonalismo. Como seus

    representantes temos Schnberg, Alban Berg e Webern.

    Sprechgesang - forma vocal entre o canto e a fala, na qual o cantor ataca a nota na afinao indicada e depois tema liberdade de infleccionar a afinao como na fala, ao invs de sustenta-la como no canto.

    Utilizao de tessituras no convencionais, extenses extremas, grandes intervalos, trechos recitados para coral,

    boca chiusa, glissandos e gritos controlados.

    Partituras cada vez mais detalhadas revelando um dese o de controle total da erformance or arte do com ositor.

    O pblico no consegue acompanhar a excessiva defragmentao da msica contempornea e se volta para uma

    msica mais accessvel como o jazz, o blue, o swing e outros estilos populares. A separao entre a msica erudita se

    torna mais evidente com a criao e evoluo do microfone, para o qual no se faz necessrio um estudo vocal to

    aprofundado, nem uma grande projeo vocal.

    O uso da amplificao eletrnica diminui o esforo da produo vocal, permitindo uma maior concentrao

    no texto (retorno da idia da camerata florentina, onde o texto deve ser o principal), e o uso apenas de uma regio mais

    central da voz.

    As gravaes e o rdio levam msica aos lares, facilitando o acesso tanto msica erudita quanto popular. Alm disso

    podemos conhecer e perpetuar as grandes vozes do passado e do presente e observar as diferentes interpretaes de umamesma obra ou por diferentes interpretes, ou pelo mesmo nas diferentes fases de sua carreira.

    A inveno do microfone e das tcnicas eletrnicas de amplificao iro contribuir para o surgimento de novos estilos

    tambm na msica erudita, onde o microfone utilizado para manipular eletrnicamente as vozes ou para criar novos

    efeitos.

    Ainda na msica erudita, vamos ter uma corrente nacionalista, que se inicia na segunda metade do sc. XIX, que vai se

    valer de melodias folclricas, danas, marchas e hinos em suas composies. Vamos ter tambm a influncia direta do

    jazz em determinados compositores como Gershwin, Ravel, Stravinsky e outros.