cap3 macro
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Capítulo 3 Visão Geral da Evolução da
Macroeconomia
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Aula AnteriorCAPÍTULO 2 – Revisão de alguns tópicos
de Contabilidade Social
2.1 O Conceito de Produto;
2.2 Taxa de Desemprego;
2.3 Nível Geral de Preços e Taxa de Inflação;
2.4 Déficit orçamentário;
2.5 Déficit comercial;
2.6 Relação entre os agregados econômicos.
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Nesta AulaCAPÍTULO 3 – Visão geral da evolução da
macroeconomia
3.1 A macroeconomia antes da Teoria Geral;
3.2 A Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda;
3.3 Da Teoria Keynesiana à Síntese Neoclássica;
3.4 Os Monetaristas;
3.5 Os Novos Clássicos e os Novos-Keynesianos;
3.6 Os Pós-Keynesianos;
3.7 A Teoria do Desequilíbrio;
3.8 A Nova Teoria do Crescimento;
3.9 Os Modelos que serão desenvolvidos.
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O marco
• A obra “Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda”, de John Maynard Keynes, publicada em 1936, é considerada um marco na evolução da macroeconomia.
• Pode-se, assim, dividir a evolução da macroeconomia em duas fases:
– Antes da TGEJM
– Após a TGEJM
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A Macroeconomia antes da Teoria Geral
• Antes da década de 1930 não havia a divisão entre microeconomia e macroeconomia.
• O que existia era a Análise Econômica e a Teoria Econômica.
• Os livros sobre esses tópicos tratavam das variáveis que hoje fazem parte da microeconomia e da macroeconomia.
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A Macroeconomia antes da Teoria Geral
• Antes da TGEJM, dois pilares do pensamento macroeconômico eram a Lei de Say e a Teoria Quantitativa da Moeda.
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A Macroeconomia antes da Teoria Geral
• A Lei de Say diz que “a oferta cria a sua própria procura”.
• A conseqüência dessa afirmativa é que o nível de produto de uma nação se equilibraria no nível de produto potencial (ou nível de produto de pleno emprego) se essa economia não fosse afetada por políticas econômicas discricionárias.
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A Macroeconomia antes da Teoria Geral
• Políticas econômicas discricionárias são aquelas que impactam a economia por tomarem os agentes econômicos de surpresa.
• Ou seja, os agentes econômicos não podem se contrapor aos efeitos imediatos das políticas econômicas.
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Efeitos da Lei de Say
• De acordo com o pensamento da Lei de Say:
produto renda demanda
– Assim, todo o aumento de produto geraria o aumento equivalente de renda.
• Quando deveria parar o aumento do produto?
– Quando esse atingisse o seu nível potencial.
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Efeitos da Lei de Say
• Aceitando a Lei de Say, duas variáveis macroecômicas ficam determinadas:
y = nível de produto real
N = nível de emprego
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Teoria Quantitativa da Moeda
• A Teoria Quantitativa da Moeda aceita a seguinte fórmula:
MV = P y
Em que:
M = estoque de moeda
V = velocidade de circulação da moeda
P = nível de preços
y = produto (nacional ou interno) real
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Efeitos da TQM
• Se y é fixo no nível de pleno emprego e V é constante: variações na quantidade de moeda geram variações de preços.
Ou seja:
M P• A inflação passa a ser apenas um fenômeno
monetário.
• Por que mais moeda gera aumento de preços?
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A Macroeconomia antes da Teoria Geral
• Através da Lei de Say se determinava y e N.
• Pela Teoria Quantitativa da Moeda se determinava P.
• A quantidade de moeda era uma variável exógena.
• Outras construções: o mercado de trabalho, o mercado de títulos (representativos de poupança) e o Sistema Padrão-Ouro.
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O mercado de trabalho• A oferta e a demanda de trabalho são colocadas em
função do salário real.– O salário real é gerador de renda para o
trabalhador.• Quanto maior é o salário real, maior é a oferta
de trabalho.– O salário real é visto como custo para as
empresas.• Quanto maior é o salário real, menor é a
demanda de trabalho.• Equilíbrio: determina-se W/P• Sabendo-se P, determina-se W.
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Salário real
Quantidade de trabalho
Oferta de trabalho
Demanda de trabalho
Determinação dos salários segundo os economistas clássicos
N0
WP 0
E
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O mercado de títulos
• Para os economistas antes de Keynes, a taxa de juros equilibrava a oferta de poupança e a demanda por ela.
• Qual é o significado da taxa de juros? • A curva de oferta de poupança• A curva de demanda de poupança
(empréstimos)• O equilíbrio no mercado de títulos.
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Taxa de juros
Quantidade de títulos
Oferta de poupança
Demanda de empréstimos
Determinação da taxa de juros segundo os economistas clássicos
B0
Er0
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Ajuste do balanço de pagamentos
• O balanço de pagamentos sempre estará em equilíbrio (o saldo da conta VIII = 0), a uma taxa de câmbio nominal fixa, se o país adotar o sistema padrão-ouro.
• O sistema padrão-ouro baseia-se em uma moeda lastreada em ouro e em uma série de condições, que são as hipóteses desse sistema.
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O SISTEMA PADRÃO-OURO
Baseado em 5 hipóteses:
1) A quantidade de moeda é lastreada no estoque de ouro.
2) Os preços são proporcionais à quantidade de meios de pagamento. M P e M P
3) os pagamentos internacionais são feitos em ouro
déficit do BP saída de ouro do país
superávit do BP entrada de ouro no país
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O SISTEMA PADRÃO-OURO
hipóteses:
4) Relação entre preços internos e fluxos de X, M e capitais:
P exportações P importações P há saída líquida de capitais do país
P exportações P importações P há entrada líquida de capitais no país
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O SISTEMA PADRÃO-OURO
hipóteses:
5) há um nível interno de preços que equilibra o Balanço de Pagamentos, ou seja, há um nível interno de preços que faz o saldo da conta VIII ser nulo.
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O SISTEMA PADRÃO-OURO
Superávit do BPHipótese 3
Entrada de ouro no país
A quantidade de moeda aumenta
Preços internos sobem
X, M, há saída líquida de capitais
Hipótese 1
Hipótese 2
Hipótese 4
O superávit diminui e o processo continua até STBP = 0
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O SISTEMA PADRÃO-OURO
Déficit do BPHipótese 3
Saída de ouro no país
A quantidade de moeda diminui
Preços internos caem
X, M, há entrada líquida de capitais
Hipótese 1
Hipótese 2
Hipótese 4
O déficit diminui e o processo continua até STBP = 0
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Balanço da Macroeconomia antes da TGEJM
• Lei de Say y e N
• Teoria Quantitativa da moeda P
• Mercado de Trabalho W
• Mercado de Títulos r e B
• Sistema Padrão-Ouro saldo do BP
• A quantidade de moeda era exógena ao modelo e a taxa de câmbio nominal era fixa.
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A Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda
• A TGEJM é considerada um marco na evolução da macroeconomia, pois ela surgiu em um momento onde a teoria convencional não conseguia propor medidas para a solução da crise pela qual vivia a economia.
• A Grande Depressão do começo dos anos 30: recessão, deflação e desemprego.
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“A Grande Depressão da década 1930 foi o
maior choque econômico dos tempos modernos.
Entre 1929 e 1932, a produção industrial sofreu
um a contração mundial, caindo quase 50% nos
Estados Unidos, cerca de 40% na Alemanha,
quase 30% na França e apenas 10% na
Inglaterra, onde o declínio econômico havia
começado na década de vinte ...”
Sachs e Larrain (1995, p.13)
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“As nações industrializadas também presenciaram uma deflação sem paralelos, com preços despencando em quase 25% no Reino Unido um pouco mais de 30% na Alemanha e nos Estados Unidos, e mais de 40% na França. O maior custo humano refletiu-se no desemprego, que chegou a níveis espantosos, até trágicos. Em 1933 a taxa de desemprego nos Estados Unidos chegou a um quarto de toda a força de trabalho. A Alemanha também sofreu um aumento catastrófico de desemprego na década de 1930”
Sachs e Larrain (1995, p.13)
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As propostas da Teoria Ortodoxa
• Mesmo com as economias capitalistas vivendo em uma Depressão Econômica, os economistas ortodoxos propunham:
1) Estabilidade do poder de compra da moeda
2) Orçamento público equilibrado
3) Deixar ao mercado a determinação dos preços• Mas essas medidas não diminuíam a Depressão
Econômica.
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As propostas da TGEJM
1) O Princípio da Demanda Efetiva. Quem determina a produção é a demanda agregada e não o contrário.
2) Componentes da demanda efetiva. (DA = C + I + G + X – M)
3) O investimento do setor privado depende das expectativas de lucros e da taxa de juros.
4) A oferta de moeda afeta a taxa de juros. Assim, a oferta de moeda afeta o lado real da economia. (MrIDAy)
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As propostas da TGEJM
5) A armadilha da liquidez. Situação onde as expectativas de lucros são muito baixas e não é possível mais reduzir a taxa de juros.
6) O papel dos gastos do governo em afetar a demanda agregada. (GDAy)
7) A função consumo depende da renda e o efeito multiplicador.
8) A ilusão monetária dos trabalhadores.
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Características do modelo da TGEJM
• Não são formulações matemáticas.
• Não é um texto de fácil leitura.
• Apresenta argumentos que mostram que a economia pode estar em equilíbrio abaixo do pleno emprego.
• Para aumentar o nível de produto é necessário aumentar a demanda efetiva.
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TGEJM e Políticas Econômicas
• Como aumentar a demanda efetiva?
• De acordo com a TGEJM esse aumento pode ser feito através de política fiscal expansionista: Aumento dos gastos do governo
G DA y Redução da carga tributária
T C DA y
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Os desdobramentos da TGEJM
• Vários trabalhos surgiram após a TGEJM tentando interpretar suas contribuições.
• Destacam-se dois grupos: Keynes e seus seguidores O modelo da IS/LM que deu origem
à Teoria Keynesiana.
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A Teoria Keynesiana
• A Teoria Keynesiana reuniu trabalhos que procuraram verificar o que Keynes rompeu com a teoria econômica até então existente e o que ele conservou desta teoria.
• As curvas IS/LM surgem como interpretação geométrica do Princípio da Demanda Efetiva.
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A Teoria Keynesiana
• Também foram elaboradas novas construções das funções consumo, investimento e demanda de moeda, bem como teorias sobre o crescimento econômico.
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Os primeiros manuais de macroeconomia
• Nas décadas de 1950 e 1960 surgiram vários manuais de macroeconomia sintetizando as construções da Teoria Keynesiana.
• A ênfase dessa teoria nesse período era na construção da curva de demanda agregada e na formulação de políticas econômicas que levassem ao aumento do produto.
• Sugiu um conflito: aumento de gastos do governo aumentavam o PIB, mas isto se associava com inflação.
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Teoria Keynesiana e suas críticas
• A oposição que surgiu aos keynesianos das décadas de 1950 e 1960 foi feita pelos monetaristas.
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Monetaristas
• Denomina-se de Monetaristas o grupo de economistas que desenvolveu suas idéias a partir do final da década de 1950 e que aceita a construção da curva de demanda agregada e que atribui à moeda um papel primordial na determinação da taxa de inflação e do nível de produto real da economia.
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Propostas (monetaristas)
1) Política monetária é mais ativa na alteração do PIB do que a política fiscal.
2) Variações na quantidade de moeda só afetam o PIB no curto prazo. No longo-prazo, variações de M só causam inflação.
3) A curva de Phillips modificada só é válida no curto prazo.
4) Defendem regras de política econômica simples e estáveis.
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Síntese Neoclássica e Novos Clássicos
• Na década de 70 surgiu um grupo de economistas criticando as formulações da teoria keynesiana quanto a falta de fundamentos microeconômicos explícitos para as suas construções teóricas e a não consideração de expectativas nessas construções.
• Fruto dessas críticas da década de 1970 surgiram dois grupos: A Síntese Neoclássica Os Novos Clássicos
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Síntese Neoclássica
• É um modelo que considera firmas em concorrência perfeita ou em monopólio que procuram maximizar a massa de lucros e trabalhadores que decidem o quanto ofertar de trabalho a partir de suas decisões racionais de alocação do tempo.
• Baseia-se nas construções da microeconomia convencional.
• Divide a economia em cinco mercados, onde os equilíbrios são atingidos simultaneamente. Os mercados são de bens e serviços, moedas, títulos, trabalho e divisas.
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Síntese Neoclássica• Desenvolve diversos modelos da curva de oferta
agregada, que são compatibilizados com as curvas IS/LM, que definem a demanda agregada.
• As funções consumo, investimento e demanda de moeda, originárias das curvas IS/LM, passaram a ser tratadas com fundamentos microeconômicos.
• Recupera as propostas da Teoria Keynesiana, mas se distancia das propostas originais de Keynes.
• Dominou os manuais de macroeconomia na década de 1970.
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Novos Clássicos
• Desenvolveram modelos macroeconômicos que se baseiam em:
Fundamentos microeconômicos explícitos;
Adoção de expectativas racionais;Realçam o papel limitado das políticas
econômicas discricionárias
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Modelos dos Novos Clássicos
• Entre os resultados dos trabalhos dos autores novos-clássicos se destacam:
o Modelo de Informação Imperfeita (também denominado de Modelo de Informação Incompleta), do qual se deriva a curva de oferta de Lucas; e
o Modelo de Ciclo Econômico Real.
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Modelo de Informação Incompleta• O Modelo de Informação Incompleta surgiu no início
da década de 70 do século XX e demonstrava que a política monetária só tinha efeitos sobre a atividade econômica quando aquela política não fosse previamente antecipada pelos agentes econômicos.
• Tal situação só ocorria no curto prazo. No longo prazo, a política monetária não tinha efeitos reais sobre a economia.
• As conclusões do Modelo da Informação Incompleta coincidem com a argumentação dos Monetaristas.
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Modelo do Ciclo Real• Os novos clássicos assumem que o produto
efetivo está em seu nível natural, ou potencial. • Assim, todas as flutuações do produto constituem
em alterações do próprio nível natural do produto. • Este cresce em função de novas inovações
tecnológicas que causam o aumento da produtividade.
• Para os Novos Clássicos, a recessão econômica surge de um regresso tecnológico.
• O Modelo do Ciclo Real não atribui às variações de moeda efeitos sobre o produto.
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Modelo do Ciclo Real• Três legados importantes:
– A necessidade de se modelar com
fundamentos microeconômicos as construções
macroeconômicas;
– O uso de expectativas racionais ao se modelar
as previsões dos agentes econômicos; e,
– A importância da credibilidade do setor privado
nas políticas econômicas, para que estas
atinjam o seu objetivo.
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Novos Keynesianos
• Os Novos Keynesianos surgiram na década de 80, como uma reação aos modelos dos Novos Clássicos e com novos fundamentos para a curva de oferta agregada, alternativos às construções da Síntese Neoclássica.
• Os Novos Keynesianos recuperam a curva de demanda agregada da Teoria Keynesiana, incorporam as expectativas e os fundamentos microeconômicos.
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Novos Keynesianos• Consideram firmas em concorrência monopolística
e em oligopólio que têm a capacidade de determinar o preço e salário na economia.
• Seus Modelos são: Multiplicidade de equilíbrio no longo prazo Modelos que explicam a rigidez real de certas
variáveis Modelos que explicam a rigidez nominal de
certas variáveis Modelos que explicam o processo inflacionário.
![Page 50: Cap3 macro](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022061420/5588c725d8b42a6d1d8b462b/html5/thumbnails/50.jpg)
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Modelos que mostram múltiplos equilíbrio no longo prazo
• A multiplicidade de equilíbrios de longo prazo surge da complementariedade estratégica dos agentes econômicos, por meio dos quais o maior nível de ação de um agente faz com que outro agente também procure maior nível de ação.
![Page 51: Cap3 macro](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022061420/5588c725d8b42a6d1d8b462b/html5/thumbnails/51.jpg)
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Modelos de rigidez real• O modelo Insider-Ousider (rigidez do
desemprego).– Os insiders são trabalhadores
ocupados, recebendo salários maiores do que os desempregados aceitariam. Por que não substituir os empregados (insiders)?
• O modelo do Salário Eficiência (rigidez do salário real). O salário real pago é maior do que o que o mercado aceita. Isto garante o nível de produtividade.
![Page 52: Cap3 macro](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022061420/5588c725d8b42a6d1d8b462b/html5/thumbnails/52.jpg)
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Modelos de rigidez nominal
• Modelo do Menu Cost.– Alterar preços tem custo. Quais são
esses custos?– Se esse custo for maior do que o
aumento de receitas, não se altera os preços.
• Modelos de contratos de salários e prestação de bens e serviços. Os preços são fixos.
![Page 53: Cap3 macro](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022061420/5588c725d8b42a6d1d8b462b/html5/thumbnails/53.jpg)
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Os Pós-Keynesianos• Vários autores retomaram a leitura dos trabalhos de
Keynes e de seus discípulos, observando pontos que a Teoria Keynesiana e a Síntese Neoclássica perderam. Esses autores, conhecidos como pós-keynesianos, se caracterizam por: dar grande ênfase ao Princípio da Demanda
Efetiva ressaltar o papel da moeda, definindo nova
função de produção e ligando o presente ao futuro.
Ressaltar as expectativas na explicação do comportamento das economias, em especial as expectativas sobre lucros na determinação do investimento.
![Page 54: Cap3 macro](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022061420/5588c725d8b42a6d1d8b462b/html5/thumbnails/54.jpg)
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Teoria do Desequilíbrio• Autores que surgiram na década de 1970
e consideram preços fixos e determinados fora do modelo macroeconômico.
– Realça as restrições de quantidade nas decisões das famílias e empresas.
– O ponto central é que salários e preços não conseguem equilibrar os mercados rapidamente, o que é feito pelos ajustes de quantidades.
![Page 55: Cap3 macro](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022061420/5588c725d8b42a6d1d8b462b/html5/thumbnails/55.jpg)
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A Nova Teoria do Crescimento• São autores que surgiram em meados da
década de 1980 e que destacam o papel do progresso tecnológico e dos rendimentos crescentes à escala na determinação do crescimento do produto potencial.– Foram, inicialmente, classificados como
novos clássicos e, posteriormente, reclassificados em novo grupo.
– Esses modelos destacam o papel do capital humano no crescimento do produto e o modo com a inovação tecnológica se propaga na economia.
![Page 56: Cap3 macro](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022061420/5588c725d8b42a6d1d8b462b/html5/thumbnails/56.jpg)
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Os modelos a serem desenvolvidos
• Em nossa disciplina, serão desenvolvidos
oito modelos macroeconômicos,
considerando a curva de demanda
agregada elaborada a partir do modelo
IS/LM e combinada com oito diferentes
tipos de curvas de oferta agregada
advindas da Síntese Neoclássica, dos
novos clássicos e dos novos keynesianos.
![Page 57: Cap3 macro](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022061420/5588c725d8b42a6d1d8b462b/html5/thumbnails/57.jpg)
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Esquema da evolução da macroeconomia
A MACROECONOMIA ANTES DA TEORIA GERALAté 1935
A Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda 1936
Keynes e os seus discípulos decifrando
a Teoria Geral
Os Monetaristas
Teoria Keynesiana com ênfase na
demanda agregada
Décadas de 1940, 1950 e 1960
Novos Clássicos
Novos Keynesianos
Pós Keynesianos
Nova Teoria do Crescimento
Teoria do Desequilíbrio
Síntese Neoclássica
Décadas de 1970, 1980 e 1990
![Page 58: Cap3 macro](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022061420/5588c725d8b42a6d1d8b462b/html5/thumbnails/58.jpg)
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Próxima AulaCAPÍTULO 4 – Modelos macroeconômicos
simplificados de determinação de renda
4.1 A identidade dispêndio-renda;
4.2 A identidade dispêndio renda em valores reais;
4.3 A distinção entre investimento planejado e realizado;
4.4 1º Modelo macroeconômico simplificado;
4.5 2º Modelo macroeconômico simplificado;
4.6 Limitações dos modelos macroeconômicos discutidos até agora.
![Page 59: Cap3 macro](https://reader033.vdocuments.pub/reader033/viewer/2022061420/5588c725d8b42a6d1d8b462b/html5/thumbnails/59.jpg)
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Referências Bibliográficas
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• BLANCHARD, O. Macroeconomia: teoria e política econômica. 2 ed. Rio de Janeiro: Campus, 2001.
• BONOMO, M.A. Teoria Macroeconômica Novo-Keynesiana. In: Literatura Econômica, número especial, junho de 1992. Pág. 67 a 72.
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Makron/Mcgraw-Hill, 1991.• DORNBUSCH, R. Novos-Clássicos e Novos Keynesianos. In: Literatura
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1995