capital humano - o ativo mais relevante de um empreendimento
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Esta apresentação aborda o tema Capital Humano, e disserta sobre a possibilidade ce mensuração desse Ativo, como componente do Ativo Não Circulanto no Grupo de Intagíveis. Trata-se de um estudo inicial com base em artigos que foram encontrado na Web.TRANSCRIPT
O Ativo mais relevante de um Empreendimento.
Ronaldo de Castro – 6º Semestre- Ciências Contábeis.
www.cienciascontabeis-brasil.blogspot.com
CAPITAL HUMANO
INTRODUÇÃO:
O conceito de Capital humano remonta desde a Década de 1950, o qual foi desenvolvido e
popularizado pro Gary Becker, e em 1980, houve uma retomada pelo organismos multilaterais
vinculados ao pensamento Neoliberal, em resumo consiste em demandas resultantes da
reestruturação produtiva.
Como o próprio termo já nos fornece uma prévia definição, Capital Humano, indica capital
incorporado à pessoa, relacionada na forma de educação e saúde.
Hoje vivenciamos a era do conhecimento, onde está em destaque a avaliação do poder
lucrativo e da continuidade de uma entidade empresarial, onde se busca a aplicabilidade real
do verdadeiro conceito de Capital Humano, que também é denominado como Capital
Intelectual, e que vem ganhando cada vez mais destaque nos estudos da Contabilidade e
Gestão Administrativa. Entretanto trata-se de um valor de poder empresarial., imaterial, com
possibilidade de mensuração.
Todavia existem dois fatores deste Campo que podem ser destacados:
Conhecimento Individual;
Conhecimento Coletivo.
CAPITAL HUMANO
ASPECTOS CONCEITUAIS:
O capital humano como elemento estratégico na economia da sociedade do conhecimento
sob a perspectiva da teoria do agir comunicativo.
As pessoas possuem um valor especifico e particular, as empresas necessitam compreender
que as pessoas, os seus colaboradores no desempenho de suas funções, não são apenas
indivíduos movimentado ativos, mas são de certa forma ativos que podem ser
valorizados/mensurados, desenvolvidos como qualquer outro ativo da corporação. Há ainda a
denotação de que não são apenas ativos, mais os ativos mais importantes do
empreendimento, porque são eles que fazem a “engrenagem produzir”.
Na atualidade os métodos utilizados para o recrutamento, desenvolvimento, e formas de
recompensar o trabalhador, formam uma parte importante de valoração de qualquer empresa,
podendo até mesmo afirmar que esta acima de outros ativos, como dinheiro, imobilizados,
equipamentos, propriedade intelectual. E quando há uma má gestão do Capital Humano,
ocorre também uma depreciação na valoração das ações, ou da conceito, de uma empresa,
provocando resultados insatisfatórios quando não déficits propriamente ditos.
CAPITAL HUMANO
A RELAÇÃO COM A ECONOMIA:
O tema Capital Humano, vem ganhando maior destaque na atualidade, e sempre
acompanhou o processo construtivo da teoria econômica. O que vemos hoje, é a
simultaneidade existente entre as atuais análises do crescimento e desenvolvimento
econômico com a o fator indispensável do trabalho que evidencia o alto grau de importância
do Capital Humano nesse conjunto.
Portanto o grau de relevância da Teoria do Capital Humano e sua abrangência relacionada ao
campo de ação da Ciência Econômica, faz necessário que sejam alinhados dois paradigmas:
Tornar demonstrável a estreita relação entre o Capital Humano e os atuais índices de
crescimento e desenvolvimento.;
Reavaliar a abrangência que tal conceito ocupa na análise Econômica Tradicional.
Assim podemos ter como base de conceito e definição de Capital Humano, o que foi proposto
por Sandroni, 1994, p. 41:
“Capital humano é o conjunto de investimentos destinados à formação educacional e
profissional de determinada população. (...) O termo é utilizado também para designar as
aptidões e habilidades pessoais que permitem ao indivíduo auferir uma renda. Esse capital
deriva de aptidões naturais ou adquiridas no processo de aprendizagem. Nesse sentido, o
conceito de capital humano corresponde ao de capacidade de trabalho.”
CAPITAL HUMANO
UM ASPECTO POSITIVO:
Acreditamos que com as palavras preliminares, podemos concluir que o capital humano, trata-
se da mensuração de um valor para cada indivíduo, sendo que essa mensuração ou
valoração pode ser agregada em benefício do crescimento da entidade empresarial,
obedecendo as medidas políticas e pragmáticas de cada gestão empresarial.
No universo empresarial, as pessoas trabalham muito mais se comparado à décadas
anteriores, e esse “a mais”, vem sendo uma dos grandes causadores de estresse e dessa
forma reduzindo a produtividade empresarial como um todo. Por isso os empreendedores vem
se preocupando cada vez mais em melhorar as relações de trabalho no sentido qualitativo
ambiental, investindo no capital humano onde se observa a conceitualização de uma nova
matriz que demonstra a diferenciação mercadológica e conceitual da empresa, e dessa forma
revertendo o clima organizacional interno para um patamar mais produtivo, positivo e
qualitativo.
O economista norte-americano Milton Fiedaman, relata sobre a educação profissional: “ Uma
forma de investimento em capital humano precisamente análoga ao investimento em
maquinaria, instalações ou outra forma qualquer de capital não humano. Sua função é
aumentar a produtividade econômica do ser humano(…. )Os trabalhadores transformaram-se
em capitalistas, não pela difusão da propriedade das ações da empresa (…), mas pela
aquiição de conhecimentos e de capacidades que possuem valor econômico”
CAPITAL HUMANO
MENSURANDO O CAPITAL HUMANO:
Como já foi demonstrado nos slides anteriores, vimos que o Capital Humano é, hoje,
indispensável na avaliação das empresas, e na conjuntura atual, o administrador deve ter
consciência de que para manter clientes fieis e seguros, precisa não apenas manter a
qualidade do empreendimento mas melhorá-la progressivamente e para isso é imprescindível
manter a entidade competitiva, alcançando as metas e objetivos predeterminados, e que as
habilidades humanas, o Capital Humano, envolvido, necessita estar altamente qualificado por
meio da instrução e conhecimento, reconhecimento que possivelmente manterão o estimulo e
a motivação, coletivas.
É sabido que cada dia mais, nós, vimos a desempenhar nossas atividades como um todo em
uma economia alicerçada no conhecimento e saberes; e os avanços tecnológicos, conceituais
e científicos, vem exigindo cada vez mais dos profissionais que desejam se destacar no
mercado de trabalho, não permitindo que haja estagnação em relação a continuidade
educacional.
CAPITAL HUMANO
MENSURANDO O CAPITAL HUMANO (continuação):
O Capital humano, é um ativo que se for registrado deverá compor o grupo de intangíveis, até
aqui digamos que foi fácil, a conta poderia ser nomenclaturada como: Investimentos
Profissionais, Capital Humano, Gestão do Desempenho Humano, etc.
Dessa maneira, sabendo que os recursos humanos, é na verdade o Capital Humano
propriamente dito, fica a questão como mensurá-lo?
Segundo Hamermesh e Rees, 1993; Becker 1962, este capital pode ser definido como o
conjunto de características imersas no indivíduo, tais como conhecimentos, experiências,
perícias, atitudes, aprendizagem, fatores estes que tornam o ser humano produtivo.
Se tomarmos como base a IAS 38 (IASB, 2004) que se refere aos Ativo Intangíveis, e sendo
a proposta de mensuração do Capital Humano, como um Ativo Intángivel, no grupo do Ativo
Não Circulante; é sabido que até o presente não há qualquer base sólida quanto a adoção de
tal conceito de Intangível – Capital Humano – isto por não se tratar de um ativo identificável,
sendo que a única referencia quanto à recursos humanos e pela existência de Dívidas de (do
profissional para com a empresa), ou, Dividas a (da empresa com o Profissional).
CAPITAL HUMANO
MENSURANDO O CAPITAL HUMANO (Continuação):
Porém existe o registro contábil, de custos com os Recursos Humanos, tipo Custos com
Pessoal, porém apenas evidencia a relação contratual, e não especificamente o Capital
Humano.
Essa mensuração de Custos abrange, não apenas as remunerações, mas também os
investimentos com desenvolvimento e treinamentos profissionais, fatores esses que agregam
valor ao Capital Humano. Vide quadro a seguir:
CAPITAL HUMANO
MENSURANDO O CAPITAL HUMANO (Continuação):
CAPITAL HUMANO
MENSURANDO O CAPITAL HUMANO (Continuação):
Assim é nota-se que os moldes contábeis atuais não dispõe de mecanismos que possibilitem
o registros das interações relativas ao Capital Humano, ocultando o real desempenho
organizacional das empresas que promovem uma boa gestão deste Capital.
Problematizando a o registro contábil do Capital Humano, destacaremos:
Existe, de fato, a possibilidade do Capital Humano ser tratado de forma contábil como um
Ativo?
Somente os investimentos em Capital Humano, como por exemplo a formação/treinamento,
é que deverão ser levados em conta?
De acordo com o conceito proposto pela IASB (IAS 38, 2004), diz que uma empresa emprega
habitualmente seus ativos para a produção de bens ou serviços que resultaram na satisfação
dos desejos ou necessidades de seus clientes... A existência de um ativo não significa o
direito de propriedade (IASB, EC: § 57).
CAPITAL HUMANO
MENSURANDO O CAPITAL HUMANO (Continuação):
E se E se continuarmos a investigar as determinações propostas pela IASB, com relação ao
Ativo, constataremos que o Capital Humano, satisfaz plenamente os requisitos de ativo, pois
trata-se da ação humana, somada com os recursos físicos da empresa, cujo resultado será a
geração de benefícios econômicos futuros.
Porém como existe a problemática da identificação do fluxo de caixa gerado por esse recurso
(ativo), não possibilitando que haja uma separação mensurável, o que tem tornado difícil ou
quase impossível identificar o valor participativo do Capital Humano em todo esse processo,
mesmo sabendo que o nível de desempenho da empresa esta intimamente ligado à qualidade
produzida por seus Recursos Humanos, Capital Humano, porque são as decisões desses
indivíduos que executam suas funções que geram o valor, resultado financeiro, para a
empresa.
CAPITAL HUMANO
CALCULANDO O VALOR ECONÔMICO DO CAPITAL HUMANO:
Hoje existem vários modelos que foram desenvolvidos para calcular o valor dos recursos
humanos, entre eles, podemos citar:
Brummet et al (1968), trouxeram a proposta de um sistema de contabilização dos encargos
envolvidos com os gestores, definindo regras que distinguem as despesas do Ativo.
Eric Falmholtz (1971, 1972), propôs o modelo de avaliação dos recursos humanos, com
atenção a sua mobilidade/progressão, no seu desenvolvimento dentro da organização, onde
lançou mão de um modelo estocástico, que parte do estudo da permanência do profissional
no desempenho de determinada função, “estado de serviço”, e se o mesmo atende a “vida
esperada do serviço” (capacidade e desempenho). E, considera também que o valor do
indivíduo para a organização demonstra duas variáveis interativas:
O valor condicional [E(CV)], e a,
Probabilidade de manter-se na empresa.
CAPITAL HUMANO
CALCULANDO O VALOR ECONÔMICO DO CAPITAL HUMANO (continuação)
Onde o valor condicional de um indivíduo pode ser definido como:
CAPITAL HUMANO
CALCULANDO O VALOR ECONÔMICO DO CAPITAL HUMANO (continuação)
Outro modelo que podemos destacar é o proposto por Lev e Schwartz (1971) qu visa
determinar o valor do Capital Humano dentro de uma empresa, onde os recursos humanos
serão divididos em grupos homogêneos e elaborados com os respectivos perfis médios de
rendimento, tendo como base dados dos censos internos, para que depois se possa calcular o
valor atual ou real do Capital Humano; sendo que nesse modelo o valor econômico de um
trabalhador é o valor real (atual) de seus rendimentos, durante sua vida útil, ajustada pela
probabilidade de óbito:
CAPITAL HUMANO
CONCLUSÃO
O conhecimento passou a ocupar lugar de destaque, imprescindível, em todas as atividades
humanas. Dessa forma, o Capital Humano ou Intelectual, não pode ser ignorado, ou utilizado
de forma tão desvalorizada no seio empresarial, já que esse fator (Ativo Intangível) é um dos
grandes responsáveis pelo aumento da rentabilidade da entidades empresariais, e por não
mencionar a economia global como um todo.
Devido a crescente importância que hoje vem sendo dada ao Capital Humano, como Ativos
Intangíveis, bem como seu impacto financeiro direto nos resultados da empresa. Porém nos
deparamos com a insuficiência de técnicas ou modelos mensurativos que proporcione calcular
um valor digno, real, objetivo e racional na questão da valoração do Capital Humano, e dessa
forma não poderemos preencher a lacuna da questão de quanto é esse valor enquanto não
chegarmos a um consenso plausível de medidas cabíveis à tamanha grandeza. Porém
acreditamos que os profissionais da Contabilidade e irão em breve conceber a metodologia
conceitual eficaz para estimar tal magnitude econômica, e dessa maneira chegarmos a uma
resposta eficaz e convincente de quanto pode Valer a participação do Capital Humano no seio
empresarial, e não apenas mensurá-lo, mas também apresentá-lo nas Demonstrações
Contábeis e Financeiras exigidas na atualidade.
Mas o que fica para refletirmos é que ainda fica a plena certeza de que serão necessários
horas de estudos e dedicação a respeito desse assunto, e isso cabe aos Cientistas Contábeis,
por que não simplificar Contadores, que sem sombra de duvidas em breve trarão a resposta
definitiva a esta questão.
CAPITAL HUMANO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
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SANDRONI, Paulo, org. Novo dicionário de economia. 4. ed. São Paulo: Best Seller,
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