capÍtulo 8 equipamentos de uso...
TRANSCRIPT
Equipamentos de Uso Individual
CAPÍTULO 8
EQUIPAMENTOS DE USO INDIVIDUALVitelio Marcos Brustolin1
1. FelloweVisitingResearcherPhDdaHarvardLawSchooledoHarvardDepartmentoftheHistoryofScience.ProfessoradjuntodoInstitutodeEstudosEstratégicoseRelaçõesInternacionais(Inest)daUniversidadeFederalFluminense(UFF).LemannFellow.Doutor em Políticas Públicas, Estratégias e Desenvolvimento.Website: http://scholar.harvard.edu/brustolin. Contato: [email protected].
INTRODUÇÃO
Equipamentos de uso individual estão entreosmaisempregadospelasforçasarmadasdetodoomundo. Issoporque são idealizadosparautili-zaçãopessoal–poragente.Tratam-sededispo-sitivosquepermeiamaesferatradicional,tendo,algunsdeles, sidousadosnasprimeirasbatalhasregistradas (Cooper,1983),masquetambémre-cebeminovaçõestecnológicaseadiçõesconstan-tes. Do mesmomodo, a sua aplicação frequen-tementeultrapassaaesferamilitar, tendoampladifusãocivil.
Equipamentos tão amplamente utilizados – e,por issomesmo, essenciais – requerem um estudoespecíficoacercadesuafabricaçãoeperspectivasdeinovação,poisoseumercadoconstituiumaquestãodeinteressenacional.
Aolongodestapesquisa,éproduzidoumma-peamento desse segmento noBrasil.Além disso,é traçadaumaperspectivadocenário internacio-nalparaaáreaepossíveisoportunidadesparaasempresasquenelaatuam.Trata-sedeumtrabalhonunca antes feito nessa dimensão, que tambémtem o propósito de auxiliar o governo, os em-presários,osmilitareseas forçasde segurançaa
BID.indb 597 13/06/16 16:43
598 Mapeamentodabaseindustrialdedefesa
tomaremdecisõescujos impactos sociais sãopo-tencialmenterelevantes.
Breve contextualização do segmento
EracomumimportaramaioriadosequipamentosdeusoindividualutilizadosnoBrasilnocomeçodosé-culoXX.Costumava-secomprarnoexteriorosdispo-sitivosnecessáriosecriar,nosarsenaisnacionais,ofici-nasparamontagememanutenção.ComotérminodaPrimeiraGuerraMundial,ascomprasdaépocaforamcessadasecongeladas(Amarante,2004.p.24-25).
Umnovoolharparaosegmentoocorreucomoprimeirocicloindustrialmilitar,queteveinícionadécadade1930,apartirdas reformaspromovidasporGetúlioVargas.OExércitopassou,nessaépoca,amontar uma estrutura fabril para se tornarmaisindependentedasimportações(Amarante,2004.p.25).Essatambémfoiumaestratégiaparalidarcomacrisemundialquepreponderousobreomundona-queladécada.
ASegundaGuerraMundial,marcadapordiver-sosavançoscientíficos,trouxeumciclodepesquisaedesenvolvimentoparaaárea(Brustolin,2014,p.14).Contudo, ao términodesta, equipamentosdebaixocusto,vendidospelosEstadosUnidospormeiodeumacordo de cooperação, amorteceram o desenvolvi-mentotecnológiconacional(Amarante,2004.p.26).Issoprejudicounãosóosegmentodeequipamentosdeusoindividual,masaindústriadedefesaemgeral.
Apartirde1964,teveinícioumperíododedo-míniodasForçasArmadasnoBrasil,queperdurouaté1985.2 O país desenvolveu tecnologias bélicas nasdécadasde1960,1970e1980.Aofinaldestaúltima,aindústriadedefesaatingiuoseuápiceeoBrasilsetornouooitavomaiorexportadormundial(Amarante,2004.p.26).
Noentanto,astransformaçõespolíticasesociaisdasdécadasde1990e2000geraramumaconside-rávelreduçãodasatividadesnoscentrosdepesquisaedesenvolvimentonacionaisenasempresasdaáreadedefesa(Amarante,2004.p.27).
2. Oregimemilitardurouquase21anos:de1odeabrilde1964até15demarçode1985.
Cenário atual
Ao longo desta pesquisa, constatou-se que háempresasbrasileirasdosegmentodeequipamentosdeusoindividualqueseposicionamemsituaçãodecompetitividade internacional. Inovam em termosdeprodutoseprocessos,registrampatentes,produ-zempesquisaaplicada,investemempesquisabásica,abastecem o mercado interno e exportam regular-mente.Sãoempresasdeponta.
Do mesmo modo, há empresas estabelecidasno segmentoqueproduzempouca inovação (geral-menteapenasdestacando-seemtermosdeproces-sosdeprodução),masquecontinuamasemanternomercado, tendoemvistaademanda–nemsempregovernamental – e o aspecto tradicional de algunsdessesequipamentos.Nãodeixamdeserempresasdeconsiderávelrelevânciaparaadefesanacional,po-rém, possuemmenos competitividade internacionaleproduzemmenos inovaçõesdeusodual (militarecivil)doqueasprimeiras.
Antes,porém,deanalisarem-seosdadosdema-peamentodaBase IndustrialdeDefesa (BID)dessesegmento,éimportantequesedemonstremoscon-ceitoseparadigmasempregadosnesteestudo.Esseéotemadaseçãoaseguir.
Delimitação do segmento
Nãohá consenso, nomeio acadêmico, sobre adefinição de “equipamentos de uso individual”. Nadoutrinamilitar,emcontraponto,hádefiniçõesprá-ticasde termosmuitopróximos,acomeçarpelode“equipagem”:3“Umconjuntodesuprimentos(itensdematerial,equipamentoouunidadeerespectivosaces-sórios),organizadoparafinsdeabastecimento,nor-malmenteportátil,quedeveexistiremdeterminadosetordaOM[organizaçãomilitar]paraatenderaum
3. EssaobservaçãoédevedoradacontribuiçãodospareceristasdaDivisãodeLogísticadeMaterialdaMarinhadoBrasil,atravésdo Of. Ext. 40-1419/2014 do EMA aoMinistério da Defesa(anexo12).TambémfoirelevanteacontribuiçãodaDiretoriadeAbastecimentodoExércitoBrasileiro,pormeiodoDIEx8388–SGLFE/D.Abst.(EB:64488.018581/2014-05).
BID.indb 598 13/06/16 16:43
Equipamentosdeusoindividual 599
serviçoespecífico”(Brasil,2009).Sequencialmente,adoutrinamilitardefine“equipagensindividuais”:
a) “conduzidas individualmente pelo militar, des-tinam-se à sua proteção, condução de outrositens dematerial, sobrevivência em campanha,uso de armamento e execução de tarefas co-munsouespecíficas”(Brasil,2012,p.2).
Há,ainda,situaçõestratadasempormenores,dasquaisderivamsubdivisõesdeequipagensindividuais:
b) Quandohouveralgunsitenscomunsatodososparticipantes da atividade e outros necessári-os apenas a alguns integrantes, a EquipagemIndividual pode ser dividida em Básica eSuplementar, desde que haja quantidade deitens que justifiquem a separação. É o casodas Equipagens Individual Básica de Combate(EIBC) e Individual Suplementar de Combate(Eisc).
c) Quando, ao contrário, a atividade for especí-fica de poucosmilitares e a quantidadede itensnão justificar a separação, atribui-se a denomi-nação semaspalavras “Básicaou “Suplementar”.ÉocasodasseguintesEquipagens: IndividualdeDesfileseGuardasEspeciais(EIDGE),IndividualdeOrientaçãoemCampanha(Eiorient)eIndividualdeMotocicletaMilitar(Eimotoc)(Brasil,2012b,p.2).
Além disso, existem normas específicas paraousoeamanutenção (Brasil, 1989a)de “equipa-mentosindividuais”(Brasil,1989b),bemcomoumadefinição para outro termo próximo, o de “equi-pamento de proteção individual” (Brasil, 2014b,p. 10-31): “é todo equipamentodeuso individualcomposto por um ou mais dispositivos capaz deproteger contra um ou mais riscos que possamocorrer simultaneamente e que sejam suscetíveisdeameaçaraintegridadefísicaeasaúdedosservi-dores”(Brasil,2005).
Dadaaproximidadeeaconvergênciadetodosessestermos,épossível,paraosfinsdestapesquisa,
equipararem-seasconcepçõesde“equipamentosdeuso individual” e de “equipagens individuais” – quesão,conformeexposto:“conduzidasindividualmentepelomilitar,destinam-seàsuaproteção,conduçãodeoutrositensdematerial,sobrevivênciaemcampanha,usodearmamentoeexecuçãodetarefascomunsouespecíficas”.
Feita tal equiparação, fica evidente a grandeabrangênciadessesegmento.Aliás,maisdoqueisso,dadaasuaamplitudeevariedade,osequipamentosde uso individual constituem uma categoria, quepodeenglobarsubcategoriasedispositivoseventual-mentemapeadosporoutrasáreas.
O emprego dessa conceituação ampla tem es-treitarelaçãocomoprimeiroescopodestapesquisa:mapearaBaseIndustrialdeDefesadoBrasilelançarumolharparaaindústriainternacional.Nessesenti-do,intersecçõesdeequipamentosincluídosemmaisdeumsegmentosãopossíveiseatédesejáveis,jáquenãofazsentidoexcluirarbitrariamenteequipamentosdeumaououtraáreasepossuemcaraterísticasen-quadráveisemmaisdeumconceito.
Pela perspectiva da indústria, é saudável queosseusprodutosestejaminseridosemmaisdeumaclassificação,afinal,essespodemserestimuladospordiferentes ações governamentais. Pela perspectivaacadêmica,instituirclassificaçõesrígidasearbitráriasapenas empobrece a conceituação e descaracterizaos segmentos eventualmente estudados, transfor-mando-os em pontos de vista absolutamente nãoconsensuais. Por fim, pela ótica governamental, re-conhecerqueháequipamentosquefazempartedemais de um segmento proporciona um olhar maisrealistasobrecomoaindústriaopera,doquetentardelimitar,casoacaso,aclassificaçãoaseradotada.
QuantoàBaseIndustrialdeDefesa,adefiniçãoaquiempregadaéaseguinte:
Denomina-seBaseIndustrialdeDefesa(BID)oconjunto
dasempresasestataisouprivadasqueparticipamdeuma
oumaisetapasdepesquisa,desenvolvimento,produção,
distribuição emanutenção de produtos estratégicos de
defesa – bens e serviços que, por suas peculiaridades,
possamcontribuirparaa consecuçãodeobjetivos rela-
cionadosàsegurançaouàdefesadopaís(Brasil,2014c).
BID.indb 599 13/06/16 16:43
600 Mapeamentodabaseindustrialdedefesa
Trata-se do conceito utilizado pelo Ministério daDefesa(MD)doBrasile,dadaasuaabrangênciaepacifi-cidadenomeioacadêmico,adotadointegralmentenesteestudo.Ressalte-se,ainda,queelecarrega,implicitamen-te,aconcepçãode“produtosestratégicosdedefesa”.
Porsuavez,adefiniçãode“inovação”aquiuti-lizadaéadeSchumpeter,queadelimitacomoqual-quer dos cinco fenômenos a seguir: “1) introduçãodeumnovobem;2)introduçãodeumnovométodode produção; 3) abertura de um novomercado; 4)conquista de uma nova fonte de abastecimento dematérias-primas oubens semimanufaturados e 5) aimplementaçãodeumanovaformadeorganização”(Schumpeter,1934,p.66).4
Numerosasanálisestêmsidofeitasnomeioaca-dêmicosobreadefiniçãode“tecnologia”emuitotemsidoescritoparadelimitar o termo.5AdefiniçãodeAutioeLaamanen,adotadanestapesquisa,ébastan-teclara:
Tecnologia compreende a capacidade de reconhecer
problemastécnicos,acapacidadededesenvolvernovos
conceitosesoluçõestangíveisparaosproblemastécni-
cos,osconceitosesoluçõestangíveisdesenvolvidaspara
resolverosproblemastécnicos,eacapacidadedeexplo-
rarosconceitosesoluçõestangíveisdeumaformaeficaz
(1995,p.647).
Complementarmente,oconceitode“tecnologiadeusodual”tempoucavariaçãonaliteraturaacadê-micaeoqueexisteémuitopróximodoempregadoporMolas-Gallart: “eu definouma tecnologia comodeusodualquandotemaplicaçõesmilitaresecivis,atuaisoupotenciais”(Molas-Gallart,1998,p.3).6
Nesteestudotambéméassimiladaaobserva-ção de Molas-Gallart de que a definição “dual” éapenasparafinsanalíticos,jáque,emgeral,émuito
4. Nooriginal:“1) introduction of a new good; 2) introduction of a new method of production; 3) opening of a new market; 4) conquest of a new source of supply of raw materials or half-manufactured goods; and 5) implementation of a new form of organization”.
5. Ver,porexemplo,Willoughby(1990,p.15-43).6. Nooriginal:“I define a technology as dual use when it has current or
potential military and civilian applications”.
difícildiscernirseumatecnologiateráempregoape-nasciviloumilitar,podendo,portanto,serconside-radade“usosmúltiplos”(Molas-Gallart,1998,p.4).
Enumeração dos equipamentos incluídos na pesquisa
As tecnologias elencadas abaixo são parte dasclassificaçõesdeprodutosproduzidaspelo governodoBrasil.Seguindooconceitomencionadonaseçãoanterior,foramincluídosnestapesquisa:
▪ acessóriosparatreinamentodearmamento;
▪ acessóriosparatreinamentodecomunicações;
▪ alimentos especiais dietéticos e preparadosalimentícios;
▪ armamentosdiversos;
▪ armasdefogodecalibreacimade30mmaté75mm;
▪ armasdefogodecalibreaté30mm;
▪ armasnãoletais;
▪ barracaseencerados;
▪ calçados;
▪ distintivoseinsígnias;
▪ equipamentoparasegurançaesalvamento;
▪ equipamentos de radionavegação, exceto osdeaeronaves;
▪ equipamentoseletrônicosparausoindividual;
▪ equipamentosindividuais;
▪ equipamentosnoturnos;
BID.indb 600 13/06/16 16:43
Equipamentosdeusoindividual 601
▪ equipamentos para comunicação por rádio etelevisão,excetoosdeaeronaves;
▪ gasescomprimidoseliquefeitos;
▪ granadas;
▪ instrumentoseaparelhosmeteorológicos;
▪ instrumentoscortantesemgeral;
▪ instrumentosópticosdeusoindividual;
▪ munição de calibre acima de 30 mm até 75mm;
▪ muniçãodecalibreaté30mm;
▪ muniçãonãoletal;
▪ raçõesembaladas;
▪ recipientes especializados para transporte earmazenagem;
▪ roupasdeproteçãocontraprojéteis;
▪ sacosebolsas;
▪ utensíliosdomésticos;
▪ vestuárioexterno;
▪ vestuárioparafinsespeciais.
Embora a relação acima não seja exaustiva, foiorganizada de modo a abranger o máximo possíveldosequipamentosclassificadospelogoverno.Dessemodo, diferentes dispositivos são enquadrados emcategorias amplas, como “armamentos diversos” ou“equipamentos eletrônicos para uso individual”, porexemplo. Ao longo do estudo, serão enumeradosequipamentosespecíficos,maso fatodenão seremnominalmente mencionados dentre os itens acima
nãosignificaquenãoestejaminseridosnasreferidascategorias.
Objetivos
Sãoquatroosobjetivosdesteestudo: i)mape-ar o segmento de equipamentos de uso individualnaBaseIndustrialdeDefesaexistentenoBrasil; ii) observarcomoosegmentosedesenvolvenocená-rio internacional, identificando-se os principais fa-bricantesdeoutrospaísesequaissãoaspossíveisoportunidadesparaasempresasbrasileirasnoexte-rior;iii)coletardadosdefontesdiversaseinterpre-tá-los, empregandometodologias complementares,afimdequepossamserúteisparaogoverno–emespecialparaosmilitares–,empresários,investido-res,acadêmicoseparaasociedadeemgeral,acercado segmentoemquestão; e iv) perfazer análises econstatações que possam ser empregadas por to-madoresdedecisãoparaageraçãoemelhoriadaspolíticaspúblicas.
CONTEXTO MUNDIAL
Ofocodestaseçãosãoasempresascommaio-resvendasdetecnologiasdedefesanomundoqueproduzem–dentreoutros–equipamentosdeusoindividual.EssasempresasestãoentreoscinquentamaioresvendedoresdeequipamentosdedefesadeacordocomdadosdoStockholmInternationalPeaceResearch Institute – Sipri (Freeman e Wezeman,2014,p.3-4).
Dimensão do mercado mundial para o segmento
No contexto internacional, oito empresas queproduzemequipamentos de uso individual se des-tacam entre as cinquenta maiores companhias domundoemvendasdetecnologiasdedefesa(tabela1). Nenhuma das oito, no entanto, produz apenasequipamentosdeusoindividual,sendoestaumadesuasáreasdeprodução–que,invariavelmente,en-volvesistemasmaioresedeusocoletivo.
BID.indb 601 13/06/16 16:43
602 Mapeamentodabaseindustrialdedefesa
Asempresasconstamnessa relaçãoemvirtu-dedeum ranking devalores comercializados.Nãohá, em tal contexto, companhias brasileiras quevendamequipamentosdeusoindividualnummon-tantesuficienteparaquesejamelencadasentreascinquentamaiores.
Aúnicaempresabrasileiracommençãoentreascemmaiores–masquenãoproduzequipamentosdeusoindividual–éaEmbraer,na66aposição.TambémnãoconstamnarelaçãoempresascomsedenaChina,porém,porrazõesdiferentes:osigiloqueestasman-têmquantoassuasmovimentações(Sipri,2012).
Ográfico1éumarepresentaçãovisualdatabe-la1.Nelepode-seobservaroquantoastecnologiasarmamentistasrepresentamnototaldasvendas:
Note-sequenemtodososequipamentosdeusoindividualsãoconsiderados“armas”,demodoquedi-versosdelestêmmaiorfacilidadedoqueestasparaseremcomercializadosemmercadoscivis.
Uma explanação pormenorizada de cada umadessas firmas e o seu desenvolvimento econômico,retratadonatabelaegráfico1,seráfeitaaseguir.
Tabela 1Maioresempresasdomundodeequipamentosdeusoindividual(2011-2012)
Posição mundial em
vendas EmpresaPaís de origem
Venda de armas (US$ bilhões)
Total de vendas em
2012 (US$ bilhões)
Armas no total de
vendas em 2012 (%)
Total dos lucros, 2012
(US$ milhões)
Total de empregos em 2012
2012 2011 2012 2011
5 4GeneralDynamics
EstadosUnidos
20,94 23,33 31,51 66 -332 92.200
30 28 Rheinmetall Alemanha 3,00 2,98 6,04 50 244 21.76734 37 ElbitSystems Israel 2,74 2,68 2,88 95 168 12.134
35 32RockwellCollins
EstadosUnidos
2,59 2,81 4,72 55 609 19.000
41 40Alliant
TechsystemsEstadosUnidos
2,33 2,55 4,36 53 272 14.000
47 49OrdnanceFactories*
Índia 1,94 2,12 2,42 80 - -
48 43 HarrisEstadosUnidos
1,90 2,40 5,45 35 31 15.200
50 52ST
Engineering(Temasek)
Cingapura 1,89 1,95 5,14 37 461 22.000
Fonte:Sipri(2012)Elaboração:DiretoriadeEstudosePolíticasSetoriaisdeInovação,RegulaçãoeInfraestrutura(Diset)doIpea
*Osnúmerosdevendasdearmasdessaempresasãoestimativaseestãosujeitosaumgraudeincerteza,deacordocomoSipri
Grandes players mundiais do segmento
Dentreasempresascomgrandecomercializaçãoque produzem – dentre outros – equipamentos deusoindividual,destacam-seasseguintes.
General DynamicsTrata-sedeumconglomeradodeempresasfor-
madoporfusõeseaquisições.Temcomofocoprinci-palveículos,navesesistemasdearmas,mastambémproduzarmasemunições(GeneralDynamics,[s.d.]c),sistemasdetecnologiadeinformaçãoecomunicação(GeneralDynamics, [s.d.]a).Temmatriz nosEstadosUnidos.
Em2011foiaquartamaiorvendedoradeequi-pamentosdedefesadomundo,comumtotaldeUS$23,33bilhõesemvendas.Em2012ficouemquintolugar,comUS$20,94bilhões,apresentandoumare-traçãode-US$332milhõesnoslucros.
Armas e demais equipamentos de defesa re-presentaram, em 2012, 66% da receita da compa-nhia,contudo,nãohádadospublicadosdafatiados
BID.indb 602 13/06/16 16:43
Equipamentosdeusoindividual 603
equipamentosdeusoindividualnessetotal.Onúme-rodeempregosgeradospelacompanhiaem2012éestimadoem92,2milpessoas.
A General Dynamics foi fundada em 1952,por meio da fusão da Electric Boat Company e da
Gráfico 1Empresaslíderesmundiaisemvendasdeequipamentosdeusoindividual(2012)
(EmUS$bilhões)
Fonte:Sipri(2012)
Elaboração:Diset/Ipea
Consolidated Vultee, dentre outras companhias demenorporte.Tendorecebidoforteincentivodecon-tratosgovernamentaisdosEstadosUnidosaolongoda Guerra Fria, a empresamudou acentuadamentecomotérminodesta(GeneralDynamics,[s.d.]b).
Assim,emboratenhacrescidoorganicamenteeatravésdeaquisiçõesatéoiníciodosanos1990,nes-seperíodochegouavenderquasetodasassuasdivi-sões,excetoadebarcoelétricoesistemasterrestres.
Apartirdemeadosdadécadade1990,aGeneralDynamicsiniciouumaexpansãoatravésdaaquisiçãodeempresasrelacionadasaveículosdecombate,es-taleiros navais, produtos de tecnologia da informa-ção,empresasdeserviçoseaGulfstreamAerospaceCorporation(GeneralDynamics,2012).Desdeentão,aempresaadquiriueformoufusõescommaisde65empresasparafortalecerecomplementaroseupor-tfóliodenegócios.
Atualmente é composta por quatro gruposempresariais que abastecem clientes comerciais e
governamentaisemtodoomundo.Emboraequipa-mentosdeusoindividualnãosejamoseufocoprin-cipal de atuação, dentre os dispositivos produzidospela empresa destacam-se: armas, munições, siste-masdetecnologiadainformaçãoecomunicação.
Rheinmetall Produzprincipalmenteveículosemuniçõespe-
sadas. No segmento de equipamentos de uso indi-vidual, fabrica munições demédio calibre, além desistemasótico-elétricos,metralhadorasearmascomlaser(Rheinmetall,[s.d.]c).
SediadanaAlemanha,faturouUS$2,98bilhõescomercializandodispositivosdedefesaem2011,fi-candocomoa28aempresacommaioresvendasna
BID.indb 603 13/06/16 16:43
604 Mapeamentodabaseindustrialdedefesa
área.Em2012vendeuUS$3bilhõeseficouemtri-gésimolugar.Armamentosrepresentaram,em2012,50%dofaturamentodacompanhia,cujolucrofoideUS$244milhões.
O total de empregos gerados no ano foi de21.767. Não há dados disponíveis quanto à repre-sentatividadedosequipamentosdeusoindividualnareceitadacompanhia.
A empresa foi fundada em 1889, quando oconglomerado de mineração Hoerder Bergwerks-undHüttenverein estabeleceu, juntamente comumconsórciodebancos,aRheinischeMetallwaren-undMaschinenfabrikActiengesellschaft paraaproduçãode munições. Quase um ano depois, já empregavacercade1,4milpessoaseproduzia800milprojéteispordia.Aofinalde1891,umtotalde120milhõesdecartuchosjátinhamsidofeitos,tendocomoprincipalcompradorogoverno(Rheinmetall,[s.d.]b).
ARheinmetalltemsedestacadocomoumagran-deprodutoradecomponentesautomotivos– tantocivis quantomilitares.A sua áreamilitar, no entan-to,épreponderante,demodoqueaempresaéumadasmaiores fornecedorasdeequipamentosparaasForçasArmadasdaAlemanha,bemcomoparaasdepaíses aliados (principalmente europeus), além deempresasdesegurançaemgeral(Rheinmetall,[s.d.]a).
Elbit SystemsEspecializadanafabricaçãodeaviõesehelicóp-
teros, também produz capacetes, além de sistemaseletrônicos e eletro-ópticos (Elbit Systems, [s.d.]b).Aempresatambémseconcentranaconcepção,de-senvolvimento,fabricaçãoeintegraçãodecomando,controle, comunicações, computadores, inteligência,vigilância e reconhecimento de rede – C4ISR (ElbitSystems,[s.d.]c).
Sediada em Israel, em 2011 comercializou US$2,68 bilhões em equipamentos de defesa, sendo a37amaiorvendedoradaáreanomundo.Em2012co-mercializouUS$2,74bilhões,ficandona34aposiçãomundial.NesseanoolucrodaempresafoideUS$168milhõeseosarmamentosrepresentaram95%dototal.
Os empregos gerados em 2012 foram 12.134.Nãohádadosdequantoosequipamentosdeusoin-dividualrepresentamnototaldasvendas.
AElbitSystemsfoifundadaem1966apartirdaElron Electronic Industries, queprestava serviçoparaoMinistério da Defesa de Israel na área de design decomputadores. InicialmentefoidenominadaElbitComputers(ElbitSystems,[s.d.]a).
Emboratrabalhecomequipamentosquepodemterutilizaçãodual–comoosmencionadossistemaseletrônicos, eletro-ópticos, de comunicação e com-putadores–edrones,dentreoutros,aempresaatuaprincipalmente nas áreas de defesa e segurança.Oseu focoatualmenteénaproduçãodeequipamen-tosparaconflitosdebaixaintensidadeerepressãodeatividadesterroristasemgeral(ElbitSystems,[s.d.]c).
Rockwell CollinsTemcomofocoosetoraeroespacialededefesa,
produzindosistemasdecomunicaçãoeequipamentoseletrônicosdeaviação.Nosegmentodeequipamen-tosdeuso individual, fabricaarmaseequipamentosdefocalizaçãodeprecisão(RockwellCollins,[s.d.]a).
ComsedenosEstadosUnidos,em2011comer-cializouUS$2,81 bilhões emequipamentos de de-fesa,sendoa32amaiorvendedoramundialnaárea.Em 2012vendeuUS$ 2,59 bilhões, ficando na 35a posiçãomundial.
NesseanoolucrodaempresafoideUS$609mi-lhõeseasarmasrepresentaram55%dessetotal,porémnão há dados publicados sobre a representatividadedosequipamentosdeuso individualnessemontante.Osempregosgeradoschegarama19milem2012.
ARockwellCollins foi fundadaem1933,comoCollins Radio, inicialmente concebida para produzirrádios deondas curtas.A empresa foi crescendoe,nas trêsdécadasseguintes,expandiuasuaatuaçãoemcomunicaçãoparaoutrasáreas,inclusiveadede-fesa.Novastecnologias,comoinstrumentosdecon-troledevoo,dispositivosgeraisviarádioetransmis-sõesdevozviasatéliteforamalgunsdeseusnichosdemercado.Temespecialparticipaçãonoprogramaespacial dos Estados Unidos, incluindo os equipa-mentosdecomunicaçãoutilizadospelosastronautas.
Ao longodasuahistória,adquiriudiversasem-presas–incluindoHughes-Avicom’s,Intertrade,FlightDynamics, K Systems, Communication Solutions,Airshow, NLX, Evans & Sutherland, SEOS, Athena
BID.indb 604 13/06/16 16:43
Equipamentosdeusoindividual 605
Technologies,DataPatheAirRoutingInternational–,sefortalecendonomercadodecomunicaçãoetam-bémexpandindoassuasáreasdeatuação.
Em2001aRockwellCollinsfoidesmembradadaRockwell International e começou a negociar açõesnaBolsadeNovaIorque.Atualmenteprojeta,produz,comercializa produtos e oferece suporte tanto naáreamilitarquantonacivil(RockwellCollins,[s.d.]b).
Alliant TechsystemsÉumaempresalíderemfabricaçãodemunição
deprecisão,armasdeataque,mísseisepropulsoresdefoguetes.Tambéméumadasmaioresfabricantesmundiaisdemuniçõesdebaixoemédiocalibre–es-pecialmente 5.56 mm, 7.62 mm e .50 mm (AlliantTechsystems,[s.d.]b).
Com sede nos Estados Unidos, em 2011 foi aquadragésimamaiorvendedoradeequipamentosdedefesa domundo, alcançandoUS$ 2,55 bilhões. Jáem2012,ficouna41aposição,comUS$2,33bilhõesemvendas.Armamentos representam53%do totalcomercializadopelacompanhia,quelucrouUS$272milhõesem2012,gerandocercade14milempregos.Nãohádadossobreomontantedevendasdeequi-pamentosdeusoindividualdiantedototal.
AAlliantTechsystemsfoilançadacomoumaem-presa independente em 1990, quando aHoneywell desmembrouosseusnegóciosdedefesa.AHoneywellhavia fornecidoprodutosesistemasdedefesaparaos EstadosUnidos e seus aliados durante cinquen-ta anos.Aempresaexpandiuparaomercadoaero-espacial com as aquisições da Hercules AerospaceCompany, em 1995, e da Thiokol Propulsion, em2001, tornando-se amaior fornecedoramundial demotores de foguete de combustível sólido e líderno fornecimento de estruturas compostas de altodesempenho.
Uma série de outras aquisições e contratos –especialmentegovernamentais–continuaramaau-mentar apresençadaempresanosmercados aero-espacial,dedefesaecomercial(AlliantTechsystems,[s.d.]a).
Em 2000 foi selecionada para operar a LakeCity Army Ammunition Plant, do Exército dosEstadosUnidos,sendoresponsável,nesselocal,pela
fabricaçãodemuniçãodebaixocalibreparaaquelegoverno. Em 2001 adquiriu a empresa demuniçãoBlount International, tornando-se,assimamaior fa-bricante estadunidense de munição. Em 2009 ad-quiriuaEagleIndustries,expandindonomercadodeacessóriosparadefesae segurança.Em2010com-prouaBlackhawkProductsGroup,especializadaemequipamentotáticoparadefesaeaplicaçãodalei.Em2013adquiriuaCaliberCompany,umadasmaioresfabricantesmundiaisderiflesdecaçaeespingardas.Em2013comprouoBushnellGroupHoldings, líderemequipamentosóticos,acessóriosexterioreseócu-losdealtodesempenho(AlliantTechsystems,[s.d.]a).
Com essa trajetória de aquisições e contratos,aAlliantTechsystems se consolidou como uma dasmaioresempresasdomundonosegmentodeequi-pamentosdeusoindividual.
Ordnance FactoriesEmpresadogovernoda Índia commaisdedu-
zentosanos,produzumagamadeequipamentosquevaidegrandesveículosapistolas, revólveres,muni-ções, paraquedas, equipamentos óticos, coturnos,cintos, bolsas, casacos, kitsmilitares, acessórios emgeraleuniformes(OrdnanceFactories[s.d.]c).
Em2011foia49aempresamundialemnúme-rodevendasdeequipamentosdedefesa,atingindoUS$2,12bilhões.Em2012ficouem47o lugar,em-boraasvendasestimadastenhamsidomenores,deUS$ 1,94 bilhão.Armas representam 80% do totalcomercializado.
Note-sequeosvalores,nocasodestaempresa,sãoestimados,jáquenãohouvedivulgaçãooficialnoperíodo,tampoucosesabeoquantoaempresalucrouem2012ouonúmerototaldeempregosquegera.
A história da Ordnance Factories tem estreitarelaçãocomoreinadobritâniconaÍndia.Devidoaointeresseeconômicoda Inglaterrasobreessepaíseparaaumentara influênciapolítica,considerou-seoequipamentomilitarcomoelementovital.
Em 1775 as autoridades britânicas criaram oBoard of Ordnance, em Fort William, Kolkata. Em1787 uma fábrica de pólvora foi estabelecida emIshapore,tendoiniciadoaproduçãoem1791.Essefoio primeiro estabelecimento daOrdnance Factories.
BID.indb 605 13/06/16 16:43
606 Mapeamentodabaseindustrialdedefesa
Em1947,quandoaÍndiasetornouindependente,jáhaviadezoitofábricasdemuniçõeseequipamentosmilitares.Outras21foramestabelecidasapósainde-pendência–amaioria,devidoaosconflitostravadospelas ForçasArmadas indianas (Ordnance Factories[s.d.]a).Atualmente,aOrdnanceFactoriescontacom41fábricas(OrdnanceFactories[s.d.]b).
Por se tratar de uma empresa governamental,trata-sedeumcasoúnicodentreaslíderesmundiaisselecionadasnestaseção.
Harris CorporationUmadaslíderesmundiaisnaproduçãodeequi-
pamentosesistemasdeaviação,indodoscomponen-teseletrônicosasoftwares, integraçãodesistemasesuporte aos fabricantes de aviões militares (caças,helicópteros e veículos aéreos não tripulados). Nosegmentodeequipamentosdeusoindividual,fabri-carádios táticosesistemasdecomunicação (HarrisCorporation,[s.d.]b).
Com sede nos EstadosUnidos, em 2011 ficouem43olugardentreasmaiorescomerciantesdeequi-pamentosdedefesanomundo,comUS$1,95bilhãoemvendas. Em2012 ficou em48o lugar, comUS$1,89bilhão.
Armamentosrepresentaram37%dofaturamen-todacompanhiaem2012,quando lucrouUS$461milhõesegerou22milempregos.Nãohádadoses-pecíficossobrequantoosequipamentosdeusoindi-vidualrepresentamdessemontante.
AHarrisCorporationfoifundadaem1890comouma produtora de novos equipamentos de impres-são.EmmeadosdoséculoXX, seconsolidoucomouma das maiores fabricantes mundiais de tecnolo-gias de impressão, com o nome deHarris-Seybold.Em1957estapassouporumafusãocomaIntertypeCorporation, líder mundial em dispositivos detipografia.
Nessaépocaaempresapassouatrabalharparaogovernoestadunidensenodesenvolvimentodeco-municaçõeseletrônicas(especialmentederadiodifu-sãoemicro-ondas)paraaEraEspacial.Em1967ad-quiriua1967RadiationInc,fabricantedetecnologiaespacial emilitar. Em1974onomedaempresa foialteradoparaHarrisCorporation.
Nosvinteanosque se seguiram,vendeuo seunegócio de impressão e ampliou significativamenteaofertadeprodutoseletrônicos,obtendomaioral-cancedemercado.Naépocadeseucentenário,em1995, a Harris Corporation tinha emergido comoumaempresaglobal.Atualmenteatendeaumaamplagamademercadosdecomunicaçõesedetecnologiada informação, tantonaáreamilitarquantona civil(HarrisCorporation,[s.d.]a).
ST Engineering (Singapore Technologies Engi-
neering)
Trata-sedeumgrupodeengenharia com sedena República de Cingapura, especializado em solu-ções e serviços tecnológicos nosmercados aeroes-pacial,eletrônico,desistemasterrestresemarítimo.Produztambémumagamadeequipamentosdeusoindividual,comoarmasemuniçõesdebaixocalibreearmamentonãoletal(STEngineering,[s.d.]b).
Em2011foia52aempresadentreasmaioresco-merciantesdearmasdomundo,atingindoUS$1,95bilhão. Em 2012 foi no quinquagésimo lugar, comUS$1,89bilhãoemvendasdearmas,oque repre-sentou37%doseu total.Nomesmoano,os lucroschegaramaUS$461milhõeseonúmerodeempre-gados,a22mil.
Assimcomonoscasosanteriores,nãohádadospublicadossobreaparcelaqueosequipamentosdeusoindividualrepresentamnototaldasvendas.
ASTEngineeringfoicriadaem1997edespontacomoumdosmaioresgruposdedefesaedeenge-nhariadaÁsia.Tambémdestaca-seentreasmaioresempresaslistadasnaBolsadeCingapura.Temcomoclientes organizações comerciais e de defesa emmais de cem países, que são atendidos através deuma redeglobalde cercade cemsubsidiárias efir-masassociadasem46cidadesde24países–dentreosquaisoslocalizadosnaAméricadoNorte,Europa,ÁsiaeOceania(STEngineering,[s.d.])a.
Originalmentecriadacomoumafornecedoradearmas para as Forças Armadas de Cingapura, a STEngineering ganhou notoriedade por despontar en-tre asúltimasempresasnomundoa fabricarminasterrestresantipessoal, tendosido,por isso,excluídadealgunsfundosdeinvestimentodevidoà“produção
BID.indb 606 13/06/16 16:43
Equipamentosdeusoindividual 607
dearmasque,atravésdasuautilizaçãonormal,po-demviolarosprincípioshumanitáriosfundamentais”(LandmineandClusterMunitionMonitor,2009).
Oportunidades para o Brasil
Algunstiposdeequipamentodeuso individualtêmsidoamplamenteempregadosdesdeasépocasmaisremotas.Ruínasencontradasemparquesarque-ológicosdaantigaSuméria(naregiãoondehojeficamoIraqueeoIrã)demonstramquegruposoponentesseenfrentaramcomfoices,adagasepequenasespa-dascomlâminasdeouroecobre,háquase5milanos,em2700a.C.(Cooper,1983).
De instrumentos cortantes em geral, passandoporacessóriosparasegurançaesalvamento,disposi-tivosdiversoscomprojéteis,alimentosparasobrevi-vência,lasers,carregadores,exoesqueletos,sensoresoptrônicos, baterias,palms, roupas especiais para ocombate,proteçõesbiológicas,químicasenucleares,osequipamentosdeusoindividualtêmfeitopartedahistóriahumana.
Tais equipamentos, contudo, também estão pre-sentesnasnossasatuaisestruturasdesegurançapúbli-ca,taisquaisspraysdepimenta,bombasdeefeitomoral(gases comprimidos e liquefeitos), teasers de choque,coletesàprovadebalas,capacetes,escudos,disposi-tivosnãoletaisemgeralearmasleves,dentreoutros.
Paracompletar,algunstiposdeequipamento–aexemplodoseletrônicos,instrumentosdecomunica-ção,utensílioseacessóriosemgeral–sãolegalmenteeamplamentecomercializadostambémnomercadocivil.
Umatendência,contudo,temsefirmadonocon-textointernacional,sobretudocomoadventodaeradigital:ademandaporarmasnãoletais.Háumapro-gressivacobrançadassociedadesdetodoomundopor forçasde segurançapúblicamenos truculentas,quevisualizemoscidadãosnãocomooponentes,massimcomoentesaseremprotegidos(Lima,2014).Talcobrançatemsepotencializadopelasimagenscapta-dascotidianamenteemcâmerasdeaparelhoseletrô-nicosemgeral,pelamídiainternacionalepelocom-partilhamento crescente de dados em redes sociaisviainternet.
AcomercializaçãodearmasnãoletaisnoBrasilé condicionada à autorização expressa do Exército.O país possui empresas de ponta nessa área, queexportam e competem internacionalmente, costu-meiramente, em condições de igualdade com com-petidoresexternos.Trata-sedeumcampoemplenaascensãoe comumaconjunturamundial de cresci-mento.Aomesmotempo,apressãointernadoBrasilpelareestruturaçãodasforçasdesegurançapública,reformulaçãodotreinamentoedesmilitarizaçãodaspolíciascorroboracomessaconjuntura.Evidencia-sequeocaminhonecessariamentepassapelautilizaçãode equipamentos capazes de resolver situações deconflitosemcausarmortes.
Da mesma forma, para utilizar armas menosagressivas, os agentes de segurança precisam estarmaisbemprotegidos.Nessesentido,osequipamen-tosdesegurançaparauso individualsãooutra ten-dênciadeeminentecrescimentoeamplanecessidade.
Cabe,porfim,destacaroaspectocomparativa-mentepacíficoeapolíticaexternanãointervencionis-tadoBrasil,quetemempregadoasForçasArmadasparaoperaçõesdegarantiadaleiedaordem(Brasil,1988,Artigo142)eparamissõesdepaz.Emambasassituações,faz-senecessário,sobretudo,oempregodeequipamentosprotetivos,enãoletais.
Outratendênciacrescenteéautilizaçãodeequi-pamentoseletrônicosdeuso individual,detabletsadispositivosdecomunicação.Trata-sedeummercadodominadoporfábricasorientais,sobretudochinesas– justamenteasquenãodivulgamdados,conformefrisadoanteriormente.Odesigndessesprodutos,noentanto,écostumeiramenteprovenientedecompa-nhiassediadasnosEstadosUnidos,emboraaCoreiadoSultenhacrescidomuitonaárea,firmandoempre-sasinternacionaisquegeralmentepossuemumbraçomilitar.Trata-sedeummercadoeminentementedualedeaplicaçõesmúltiplas–muitasvezesatéimprevi-síveisnomomentodacriaçãodatecnologia.
EssaéumaáreaemqueoBrasil temdemons-trado interesse, mas que não dispõe de empresasdepontacomsedenacional,diferentementedoqueocorreno casodas armasnão letais.Trata-se, alémdisso,deumaempreitadaquenecessitarádeapoiogovernamental para que a indústria local se torne
BID.indb 607 13/06/16 16:43
608 Mapeamentodabaseindustrialdedefesa
competitiva o bastante para se habilitar à inserçãointernacional.
PERFIL DAS FIRMAS DO SEGMENTO DE
EQUIPAMENTOS DE USO INDIVIDUAL NO
BRASIL
Estaseçãotratadocontextonacionaldasempre-sasdosegmentodeequipamentosdeusoindividual,incluindo, dentre outros aspectos, a sua estruturaprodutiva, análise de recursos humanos, distribui-ção regional, políticas públicas, inovaçãoe inserçãointernacional.
Os dados apresentados são divididos em qua-trotipos,quevariamdeacordocomametodologiaempregadapara suaobtenção, conformedescritoaseguir:
▪ fontes governamentais: angariados pela co-ordenaçãodapesquisa,bemcomoporumaequipe interna no Ipea, e repassados aospesquisadoresdecadasegmento,jáprontos,naformadetabelas.Estas,porsuavez,pos-suemosseusnomesoriginaistranscritosnasnotasderodapé,afimdeserempassíveisderápidaverificaçãoeanálisenabasededados.Quasetodososgráficosforamproduzidosapartirdessastabelas.Alémdisso,asanálisesgerais de mapeamento foram geradas so-bre elas.As fontes são diversas (citadas nabasedecadatabela)easdatasdeabrangên-cia variam conforme a disponibilidade dasinformações;7
7. Deveserconsideradaaressalvadequeos itensexportadoseimportados pelas empresas podem ter sido decorrentes deoutrasunidadesdenegóciodasfirmas, enãodiretamentedosegmentodefesa.Omesmoraciocíniovaleparaosdemaisdadossecundários.Note-se,ainda,queaunidadedeanálisedetodooestudoéafirma,oqueécompatívelcomoobjetivocentraldapesquisae comadisponibilidadededadosdas fontesoficiaisdopaís.Aunidadedeanáliseparaasdiscussões,portanto,nãoéaunidadedenegóciosdedefesadafirma,comexceçãoparaos dados dowebsurvey, especialmente nas questões adstritasapenasàdefesa.
▪ websurvey (questionário): produzido pela co-ordenaçãodapesquisaemconjuntocomumaequipeinternadoIpeaecomospesquisadoresdecadasegmento.Foi remetidoàsempresasdecadasegmento,buscando-seomáximodeaderência.Oconvitefoifeitoem18deagostode 2014.A finalização e entrega das respos-tas se deu em29 de setembro de 2014.Nocasodosegmentodeequipamentosdeusoin-dividual,das44empresasmapeadasnoBrasil,nove retornaramosquestionários completos,totalizandoumaamostrade20%detodasasfirmasdaáreaexistentesnopaís.
▪ entrevista presencial com uma amostra deempresas: detodasasempresasmapeadas,os pesquisadores selecionaram cinco decadasegmentoparaperfazerumavisitatéc-nica e uma entrevista. As perguntas foramsubmetidas e aprovadas pela coordenaçãoda pesquisa – constando neste estudo noanexoA, juntamente com as respostas ob-tidas.Asentrevistasforamrealizadas,viaderegra, em conjunto com um representanteda Agência Brasileira de DesenvolvimentoIndustrial (ABDI).Note-sequea identidadedas firmas foi preservada, tratando-as pornúmeros – de “Empresa 1” a “Empresa 5”.No caso do segmento de equipamentos deusoindividual,oscritériosempregadosparaa escolha das entrevistadas tiveram comobaseadiversidade,afimdeseconheceremdiferentes paradigmas, aspectos, aborda-gens e pontos de vista domercado. Dessemodo,aEmpresa1éumarepresentantedecompanhias internacionais que comerciali-zamoupretendemseestabelecernoBrasil;aEmpresa2éinternacional,seestabeleceuno Brasil há dois anos e vem gerando em-pregoseinvestimentosnopaís,comexpec-tativaderetornosfinanceirosqueaindanãose concretizaram; a Empresa 3 é nacional,focadaexclusivamenteemequipamentosdeusoindividualecompetitivanomercadoin-ternacional; a Empresa 4 é nacional e está
BID.indb 608 13/06/16 16:43
Equipamentosdeusoindividual 609
passandoporumprocessodefusãocomou-traempresa,tambémnacional;eaEmpresa5éestatal–umadaspoucasaindaperten-centesaogovernonaáreadedefesa;
▪ pesquisabibliográfica: arevisãodaliteraturaperfeztodooescopodesteestudo.Talme-todologia foiespecialmenteempregadanasduasprimeirasseções,paraasquaisnãoseaplicou nenhum dos itens citados até aqui–dadosrepassadosdefontesgovernamen-tais,websurvey ou entrevista. Ao longo daterceira seção, a pesquisa bibliográfica sefaz presente sobretudo na explanação dosdados apresentados, para fins de esclare-cimentos e análises específicas. Os dadosobtidosnowebsurvey enaentrevista serãoapresentadospontualmente,nostemasquelhesforemafeitos,aolongodetodaestase-ção,bemcomo,nasconsideraçõesfinais.
Estrutura produtiva
Evolução do número de empresas e pessoal
ocupado médio no período
São44asempresasquefazempartedosegmen-toequipamentosdeuso individualnoBrasilnoanode2014.Nemtodasessasempresastêmdeclaradoinformações para a Relação Anual de InformaçõesSociais(Rais).
Osúltimosdadosdisponíveis,de2011,demons-tramquehouveumaumentonaquantidadedeem-presas inseridasnaRaisentre2003–quandoeram29–e2011–quandochegarama37empresas(vertabela2napróximapágina).
Nãoépossível, contudo,afirmarquehouveumcrescimentodosetor, jáquepode ter simplesmenteaumentado o número de empresas que declararaminformações.Dequalquerforma,aquantidadedeem-presasconstantesnaRaiscresceu27,58%noperíodo.
Poroutrolado,onúmeromédiodefuncionários–pessoalocupado(PO)comvínculoativoem31dedezembrodecadaano–aumentouconstantementenointervalode2003a2011.
Gráfico 2Númeromédiodefuncionários(2003-2011)
Fonte:RaisElaboração:Diset/Ipea
Amédiaéde164funcionáriosporempresaaolongodetodooperíodoestudado,porémonúmerodecontrataçõesvemaumentando, jáqueem2003essamédiaerade142funcionárioseem2011che-goua197porempresa.Asexceçõessãonosanosde2004e2005,queapresentampequenas retraçõesemrelaçãoaosanteriores.
SenãoépossívelderivaraprosperidadedosetorcombaseespecificamentenoaumentodeempresasregistradasnaRais,conformeafirmadoacima,esseau-mentonamédiadefuncionárioséumaevidênciaclaradocrescimentodosegmento.Issoporqueascontrata-çõesaumentamconformeanecessidadedaempresaemproduzir.Esta,porsuavez,édiretamenteconecta-daàdemanda.
Deriva-se,assim,aprobabilidadedeasempresasterem, portanto, crescido em termosde contrataçãodevidoànecessidadedeaumentodaproduçãoparaatenderaomercado.Essahipótesefoiconfirmadanasentrevistasrealizadascomempresáriosdosegmento,queserãoapresentadasaolongodaspróximasseções.
Recursos humanosAproporçãodefuncionárioscomnívelsuperior
também aumentou no período, indo de umamédiadedezenoveporempresa,em2003,a22em2011,totalizando15,79%decrescimento(gráfico3).
O fato demonstra que o segmentovem traba-lhandocomtecnologiasque requeremumamãodeobramaisbemqualificadaparaseremoperadas,ain-da que tal qualificação represente um pagamentomaiordesaláriosporpartedasempresas.
BID.indb 609 13/06/16 16:43
610 Mapeamentodabaseindustrialdedefesa
Tabe
la 2
Rais:segmentoequipamentosdeusoindividual(2003-2011)
Ano
NrE
mpr
Se
gm
ento
NrE
mpr
Ra
is
NrE
mpr
CN
A EI
nd
NrE
mpr
N
Ind
POTo
tal
POM
edio
Prop
PON
Su
perio
rPr
opPO
Tec
Prop
PO
Eng
Mas
sa S
alar
ial
Tota
lSa
lario
M
edio
Esc
Med
iaId
adeE
mpr
M
edia
2003
4429
1811
4104,691667
141,541092
0,185907183
0,003853314
0,01349472
119073566,2
2018,4671678,97762484536,05196707
2004
4430
2010
4170,266667139,0088889
0,197415433
0,005515235
0,014915113
127083010,6
1967,6843169,17413652735,46217696
2005
4431
2011
4212,341667135,8819892
0,187130674
0,004550122
0,013735432
121382704,5
2128,482432
9,3357365
36,11126298
2006
4432
266
4604,441667143,8888021
0,175432056
0,004394308
0,011709708
130390288,8
2101,7593949,42737082836,12706355
2007
4433
267
5450,85
165,1772727
0,178527202
0,004441203
0,010911142
151244988,3
2066,1912159,88110548835,60136829
2008
4433
267
5975,508333181,0760101
0,17850922
0,005794486
0,012510791
173046424,6
2196,83569
10,2859617835,92235216
2009
4434
277
6191,391666182,0997549
0,198409889
0,006332717
0,013238811
187631733,2
2311,20727310,4245134236,88880486
2010
4435
287
6798,766667194,2504762
0,203952433
0,006925276
0,015893814
217756965,7
2691,19457
10,6271191136,44791809
2011
4437
289
7276,316667196,6572072
0,22181667
0,009709583
0,016349847
244592434,5
2898,27584310,7927960836,89916628
Fonte:Rais
Elaboraçãodoautor
BID.indb 610 13/06/16 16:43
Equipamentosdeusoindividual 611
Gráfico 3Proporçãodefuncionárioscomnívelsuperior
(2003-2011)
Fonte:RaisElaboração:Diset/Ipea
Dopontodevistadosfuncionários,osnúmerosdenotamque investiremcontinuidadedosestudosé uma alternativaquevem tendo contrapartida emtermos de contratação nas firmas do segmento. Ocrescimento da qualificação também é condizentecomosdadosdaPesquisaNacionalporAmostradeDomicíliosde2012(Pnad),osquaisevidenciamqueaofertademãodeobraqualificadavemaumentandocontinuamente, em especial na última década, en-quantoocustorelativodelavemcaindo.8
Asempresasdosegmentotambémapresentamsituaçãomelhordoqueaindústriaemgeralnocon-cernente a empregados qualificados desde 2008.Isso porque, conforme a análise de dados daPnad,enquantoaindústriaperdeuespaçonototaldeocu-paçõesapartirdesseano,asempresasdosegmentotiveramoperíododemaioraumentodecontrataçãodefuncionárioscomnívelsuperior.
Damesma forma,aumentouonúmerodepro-fissionaistécnico-científicos,partindodeumamédiade0,04porempresaa0,1,em2003e2011respec-tivamente,representandoumcrescimentode150%(gráfico4).
8. INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA.(IPEA). Oferta de mão de obra qualificada aumenta continuamente.Disponívelem<www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=20067>. Acessoem:31ago.2014.
Gráfico 4Proporçãodeprofissionaistécnico-científicos
Fonte:RaisElaboração:Diset/Ipea
Essa quantidade pode parecer pequena, porémdeve-senotarqueoprofissional técnico-científicoégeralmente o encarregado pela supervisão da pro-duçãodaindústria.Dessemodo,ofatodeem2003haveronúmeroquebradode0,4dessesprofissionaisporempresaedetalnúmerochegara1em2011de-monstraapossibilidadedecadaempresadepossuiroseuencarregadotécnicooudealgumaspossuíremmaisde1.
Trata-se,portanto,deumavariável significativa,quedeveserobservadacomoumavançonaqualida-dedosprodutosenasaúdefinanceiradasempresas,sobretudo porque o salário do profissional técnico--científico costuma ser consideravelmentemais ele-vadodoqueodosdemais, justamentedevidoàsuaescolaridadeeresponsabilidadeatribuída.
Aproporçãofoipositivatambémemrelaçãoaosengenheiros, que aumentaramde0,13por empresapara 0,16 de 2003 a 2011 – um adimplemento de23%(gráfico5).
Gráfico 5Proporçãodeengenheiros
Fonte:RaisElaboração:Diset/Ipea
BID.indb 611 13/06/16 16:43
612 Mapeamentodabaseindustrialdedefesa
Oaumentodecontrataçãodeengenheirosde-monstraavançosdequalidadeesaúdedasempresas,damesmaformaqueoaumentodeprofissionaistéc-nico-científicos, tratado acima. Esse quadro é con-dizente com a análise dos dados daPnad, os quaisdeixamclaroqueaofertademãodeobraqualificadavem aumentando progressivamente, sobretudo naúltimadécada,econtrariandoatesedaescassezdetrabalhadorescomqualificaçãonoBrasil–dentreosquaisosengenheiros,costumeiramentecitados.9
AmassasalarialtotalchegouaR$244.592.435,52em2011, com37empresas registradas.Houveumaumento contínuo do salário médio dos funcioná-rios,quepartiudeR$2.018,47paraR$2.898,28em2003e2011respectivamente–umcrescimentode43,61%(gráfico6).Talaumentoéreal,jáqueosda-dossãodeflacionadospeloÍndiceNacionaldePreçosaoConsumidorAmplo(IPCA).10
Gráfico 6Evoluçãodosaláriomédio(2003-2011)
(EmR$)
Fonte:RaisElaboração:Diset/Ipea
Oaumentodossaláriosmédiosnasempresasdosegmento, somadoaoaumentodamédiadeempre-gados(gráfico2)eaosreferidosaumentosdepessoaldenívelsuperior(gráfico3),técnico-científico(gráfico4)eengenheiros(gráfico5),fechaumciclodeanálisedocrescimentoedoaumentodasaúdedasfirmasno
9. INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA.(IPEA). Oferta de mão de obra qualificada aumenta continuamente.Disponívelem<www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=20067>. Acessoem:31ago.2014.
10. ConformeoIPCAdoano-base2013.
períodode2003a2011.Ressalvadasasretrações,quegeralmenteculminamnoanode2007,operíodofoiderelativaprosperidadeparaasempresasdosegmento.
A esses dados soma-se a escolaridademédia dosfuncionáriosemgeral,queevoluiuininterruptamentenoperíodo,indodeumamédiadenoveanosdeestudopara10,8anosem2003e2011respectivamente.Talcresci-mentodemonstraqueoaumentodamédiasalarialnãoocorreapenaspelacontrataçãodefuncionáriostécnico--científicos e engenheiros,mas tambémpelo aumentogeral namédia de qualificação dos funcionários. Cabefrisarquearelaçãoentreaumentodaescolaridadeeme-lhoriadossaláriostemsidocomprovadanoBrasil,geran-doumamelhoriamédiade15%paracadaanoestuda-do,conformedemonstrapesquisadaFundaçãoGetulioVargas(FGV),combasenosdadosdaPnad(FGV,2008).
Distribuição do número de empresas pelo porte em 2005, 2008 e 201111
Onúmero total depessoal ocupadode acordocomoportedasempresasdosegmentopara2005,2008e2011éanalisadoaseguir.
OportedasempresaspelaclassificaçãodaRaisvariaconformeaescalaabaixo:
▪ de0anovefuncionários;
▪ denovea49funcionários;
▪ de49a99funcionários;
▪ de99a249funcionários;
▪ de249a499funcionários;
▪maisde499funcionários.
Ográfico7éumarepresentaçãodatabela3.Esteevidenciaqueamaiorquantidadedeempresasestánafaixadenovea49funcionários.Onúmerototaldessasempresaschegouaquatorzeem2011.Poroutrolado,afaixacommenosempresaséade249a499funcionários.
11. Tabela-base:tab1.1_raisPo_segH.
BID.indb 612 13/06/16 16:43
Equipamentosdeusoindividual 613
TantopelaclassificaçãodaRaisquantopelaclas-sificaçãodoSebraeeconsiderando-seapenasonú-merodefuncionários,asindústriasdosegmentosão,em maior parte, pequenas (Sebrae, [s.d.]). Note-se,contudo,quehouveumaumentodecincoempresascomnúmerodefuncionáriosentre99e249noanode2011emrelaçãoa2008.Alémdisso,umaempresacommaisde499funcionáriosdespontouentre2005e2008,mantendo-senessepatamarem2011.
Comoabasetemcritériosespecíficos,nãoépos-sívelafirmar,apenascomográfico7,onúmerototaldefuncionáriosdasmaioresempresas,oqueimpossibili-ta,nestemomento,asuacomparaçãoemtermosdenúmerodeempregosgeradoscomasempresaslíderesmundiais em vendas no segmento, apresentadas na
segundaseção.Essacomparaçãoseráfeitanapróximaseção.
Cabe,todavia,pontuaroaumentodasmicroempre-sas,comzeroanovefuncionários,quequasedobraramemnúmerode2008,quandoeramquatro,para2011,quandochegaramasete.Tratam-sedeempresascomuma quantidade pequena de funcionários, que estãoinvestindoemumsegmentoespecializadoepoucoco-mumnoBrasil,sobretudoapósaconjunturadasúltimasdécadas,apresentadanaprimeiraseçãodesteestudo.
Considerando-se que as empresas com nove a49 funcionários se mantiveram namesma faixa deempregados entre 2008 e2011, demonstra-se quenãohouveuminchaçodasmicroempresasporcontadareduçãodonúmerodePOdasmaiores,massim
Tabela 3Rais:portedasempresasporpessoalocupado1
PorteNr.Empresas.
Segmento.2005Nr.Empregados.
2005Nr.Empresas.
Segmento.2008Nr.Empregados.
2008Nr.Empresas.
Segmento.2011Nr.Empregados.
2011De0a9 4 16,6 4 5,2416667 7 30,525De9a49 16 418,0583332 14 347,7583332 14 335,7916667De49a99 5 396,1166667 7 484,725 3 237,675De99a249 3 557,525 3 490,1666667 8 1157,041667De249a499 0 0 1 323,075 1 362,0166667Acimade499 3 2824,041667 4 4324,541667 4 5153,266667
Fonte:RaisNota:1Osvaloresdizemrespeitoàsomatóriadopessoalocupadoporportedasempresasdosegmento
Gráfico 7Quantidadedeempresaspornúmerodefuncionários(2005,2008e2011)
Fonte:RaisElaboração:Diset/Ipea
BID.indb 613 13/06/16 16:43
614 Mapeamentodabaseindustrialdedefesa
umaumentorealdasprimeiras.Talevidênciaratificaocrescenteinteressedospequenosempreendedoresematuarnosegmentodeequipamentosdeusoindi-vidualparaaBID.
Distribuição do número de funcionários pelo
porte das empresas
Ográfico8demonstraaevoluçãodaempregabi-lidadenosegmento.
Sobreosdadosdográfico8,éimportantesalien-tarqueonúmerode“pessoalocupado”é“quebrado”,poisaRaiscontaoscontratospeloperíododoanoemquecadafuncionárioesteveempregado.Dessemodo,seumfuncionáriotrabalhouporseismesesnaempre-sa,elecontacomo0,5.
Gráfico 8Evoluçãodaempregabilidadeemempresasde
diferentesportes(2005,2008e2011)
Fonte:RaisElaboração:Diset/Ipea
Dito isso, observe-se que o aumento do nú-merodeempregossedeusobretudonasempresascom maior número de funcionários (mais de 499),quetiveramadimplementossubstanciaisentre2005e2008,quandoessenúmerocresceunaordemde53,13%–saindode2.824funcionáriospara4.324,5.Entre2008e2011,ocrescimento tambémfoi sig-nificativo, de 19,16% – indo de 4.324,5 a 5.153,3funcionários.
Diantedosnúmeros, cabe frisarqueo segmen-topossuía, até2011,quatroempresas commaisde499 funcionários no Brasil, como demonstrado nográfico 7. Considerando-se que as maiores empre-sas do segmento ultrapassaram, no mesmo ano, asomatóriados5milfuncionários,pode-sefazerumacomparação comas empresas líderes emvendas no
contexto internacional,apresentadasnasegundase-ção.AGeneralDynamics,porexemplo,fechou2012com92,2milfuncionários.Comofrisadoanteriormen-te,trata-sedeumaempresaquenãoatuasomentenosegmento de equipamentos de uso individual, tam-poucosónaáreadedefesa,porémacomparaçãodáanítidanoçãodo tamanhodaconcorrência interna-cional.Aindaassim,aGeneralDynamicsfechou2012comumprejuízo deUS$332milhões em relação a2011– comodemonstradona tabela1–, deixandoclaroquenúmerodeempregosefaturamentoanteriornãosãogarantiasde lucratividade.Onomedasem-presasbrasileirasestudadasnestapesquisaestá res-guardado,contudo,aindanestaseção,serãoanalisa-dososmontantesdevendascontabilizadosporestas.
Disponibilidade e dificuldade de manutenção de
mão de obra especializada
Aoseremquestionadassobrecomoavaliamafa-cilidadedeseencontrarmãodeobraespecializadaesuficienteparaasatividadesrealizadasnaáreadede-fesa,amaioriadasempresasdeclararam“difícil”(44,4%dasqueresponderam)ou“muitodifícil”(22,2%delas).
Cabe ressaltar que nenhuma empresa conside-rou“fácil”ou“muitofácil”.Poroutrolado,dadaava-riedade das áreas de atuação e linhas de produçãodasfirmas,33,3%declararamser“nemfácil,nemdifí-cil”encontrarmãodeobra.
Levando-se em consideração uma hipotéticareduçãononúmerodecontratosdeprodutos–es-pecificamentededefesa–,asempresasforamques-tionadas se conseguiriam manter os funcionáriosatuais até surgiremnovas demandas relacionadas àárea.Nestecaso,amaioriadelas,55,6%declararamquenãoconseguiriammantê-los,aopassoque44,4%afirmaramqueconseguiriam.
Esseindicadordemonstraque,apesardeamaiorpartedasempresasdosegmentosedeclararemab-solutamentedependentesdoscontratosdedefesa,adiversificaçãoparaoutrasáreas–dasegurançapú-blica à civil – é considerada suficiente paramanterquasemetadedaamostra.
Areferidadiversidadedasáreasdeatuaçãodasfir-mas,bemcomoavariedadedeatividadeseconômicas,
BID.indb 614 13/06/16 16:43
Equipamentosdeusoindividual 615
podeseresclarecedora sobreapossibilidadedema-nutenção dos funcionários, a despeito de contratosnaáreadedefesa.Taisdadosserãoapresentadosnasseçõesaseguir.Maisadiante,aindanestaseção,serãoabordadasasvendasdiretasaoMinistériodaDefesa,de modo que a análise conjunta desses indicadorespossibilitaránovasinferênciasacercadosegmento.
Distribuição das firmas com base na CnaeAClassificaçãoNacionaldeAtividadesEconômicas
(Cnae 2.0) contabiliza 37 empresas do segmento deequipamentos de uso individual que fazemparte daBID.Dessas,27sãoconsideradas“indústriasdetrans-formação”,comdiferentesclassificaçõesnaCnaecomdoisdígitos.Asoutrasdezconstamcomo“comércio;reparaçãodeveículosautomotoresemotocicletas”.
Tabela 4ClassificaçãodasempresasdosegmentopelaCnae
Cnae Seção DenominaçãoNúmero de empresas
10 C Indústriasdetransformação 213 C Indústriasdetransformação 314 C Indústriasdetransformação 515 C Indústriasdetransformação 120 C Indústriasdetransformação 321 C Indústriasdetransformação 125 C Indústriasdetransformação 226 C Indústriasdetransformação 432 C Indústriasdetransformação 6
46 GComércio,reparaçãodeveículosautomotorese
motocicletas8
47 GComércio,reparaçãodeveículosautomotorese
motocicletas2
Fonte:Cnae2.0Elaboraçãodoautor
DeacordocomoscritériosdaCnae,asindústriasdetransformaçãosão,emgeral,aquelasqueprodu-zembenstangíveis–mercadorias:“Algumasativida-desdeserviçossãotambém incluídasnoseuâmbi-to,taiscomoosserviçosindustriais,amontagemdecomponentesdeprodutosindustriais,ainstalaçãodemáquinaseequipamentoseosserviçosdemanuten-çãoereparação”(Brasil,[s.d.]).
Dito em outras palavras, a grandemaioria dasempresasdosegmentoqueestãoincluídasnaCnae
são, literalmente, indústrias.As restantes trabalhamdiretamentecomacomercializaçãodeequipamentos.
Considerando-sequeointeressegovernamentalédesenvolverabaseindustrial,ofatodeamaioriadasem-presas catalogadas estarem justamente inseridas nessaáreadeatividadeseperfazemumfatordeextremarele-vânciaparaosegmento.Odetalhamentodasatividadesdesenvolvidaspelasempresaséotemadapróximaseção.
Descrição das atividades econômicasOaprofundamentodaclassificaçãodasáreasde
atividadedasempresaseseusrespectivoscódigosdaCnae2.0sãoapresentadosnatabela5.
Combasenatabela4,vistanaseçãoanterior,ficouclaroqueasempresasdosegmentopodemserdividiasemduasfrentesdeatividadeeconômica:aprimeiradefabricaçãoeasegundadecomercialização.Atabela5,porsuavez,delineia,umnívelabaixo,quaissãoospro-dutosfabricadoseasformasdecomercialização.
Emlinhasgerais,asfirmasdosegmentotraba-lham,portanto,comafabricaçãode:
▪ acessóriosparasegurançaeproteção;
▪ aparelhos de uso pessoal: eletromédicos,eletroterapêuticos, de irradiação, comunica-çãoebélicos;
▪ armasdefogo,muniçõeseexplosivos(parausoindividual);
▪ instrumentos ópticos, fotográficos ecinematográficos;
▪ medicamentosparausohumano;
▪ produtosalimentícios,químicosorgânicosepeçasdovestuário.
Poroutrolado,asempresasatuamnocomércioatacadistaerepresentaçãocomercialdeequipamen-tos e artigos de uso pessoal, máquinas, aparelhos,produtosquímicosepetroquímicos.Porfim,ocomér-ciovarejistaseconcentraemartigosdovestuário,cal-çadoseacessórios.
BID.indb 615 13/06/16 16:43
616 Mapeamentodabaseindustrialdedefesa
Tabela 5AtividadeseconômicasdasempresaspelaCnae2.0
Cnae 2.0 Cnae 2d Seção Descrição Denominação10112 10 C Abatedereses,excetosuínos Indústriasdetransformação
10996 10 CFabricaçãodeprodutosalimentíciosnãoespecificados
anteriormenteIndústriasdetransformação
13545 13 C Fabricaçãodetecidosespeciais,inclusiveartefatos Indústriasdetransformação
13596 13 CFabricaçãodeoutrosprodutostêxteisnão
especificadosanteriormenteIndústriasdetransformação
14118 14 C Confecçãoderoupasíntimas Indústriasdetransformação
14126 14 CConfecçãodepeçasdovestuário,excetoroupas
íntimasIndústriasdetransformação
14223 14 CFabricaçãodeartigosdovestuário,produzidosem
malhariasetricotagens,excetomeiasIndústriasdetransformação
15394 15 CFabricaçãodecalçadosdemateriaisnãoespecificados
anteriormenteIndústriasdetransformação
20291 20 CFabricaçãodeprodutosquímicosorgânicosnão
especificadosanteriormenteIndústriasdetransformação
20924 20 C Fabricaçãodeexplosivos Indústriasdetransformação21211 21 C Fabricaçãodemedicamentosparausohumano Indústriasdetransformação
25501 25 CFabricaçãodeequipamentobélicopesado,armasde
fogoemuniçõesIndústriasdetransformação
26329 26 CFabricaçãodeaparelhostelefônicosedeoutros
equipamentosdecomunicaçãoIndústriasdetransformação
26604 26 CFabricaçãodeaparelhoseletromédicose
eletroterapêuticoseequipamentosdeirradiaçãoIndústriasdetransformação
26701 26 CFabricaçãodeequipamentoseinstrumentosópticos,
fotográficosecinematográficosIndústriasdetransformação
32922 32 CFabricaçãodeequipamentoseacessóriosparasegurançaeproteçãopessoaleprofissional
Indústriasdetransformação
32990 32 CFabricaçãodeprodutosdiversosnãoespecificados
anteriormenteIndústriasdetransformação
46141 46 GRepresentantescomerciaiseagentesdocomérciodemáquinas,equipamentos,embarcaçõeseaeronaves
Comércioereparaçãodeveículosautomotoresemotocicletas
46494 46 GComércioatacadistadeequipamentoseartigosdeusopessoaledomésticonãoespecificados
anteriormente
Comércioereparaçãodeveículosautomotoresemotocicletas
46699 46 GComércioatacadistademáquinas,aparelhoseequipamentosnãoespecificadosanteriormente;
partesepeças
Comércioereparaçãodeveículosautomotoresemotocicletas
46842 46 GComércioatacadistadeprodutosquímicose
petroquímicos,excetoagroquímicosComércioereparaçãodeveículosautomotoresemotocicletas
47814 47 GComérciovarejistadeartigosdovestuárioe
acessóriosComércioereparaçãodeveículosautomotoresemotocicletas
47822 47 G ComérciovarejistadecalçadoseartigosdeviagemComércioereparaçãodeveículosautomotoresemotocicletas
Fonte:Cnae2.0Elaboraçãodoautor
BID.indb 616 13/06/16 16:43
Equipamentosdeusoindividual 617
Essa distinção das empresas em categoriase subcategorias econômicas permite recortar osegmentoemapeá-lodeformaconsideravelmen-teprecisa.Note-seque,apesardeadefiniçãodeequipamentosdeusoindividualempregadanesteestudosernecessariamenteampla,conformedes-critona Introdução, asempresasquecompõemosegmento noBrasil podem ser identificadas comfacilidadeparafinsdeacompanhamentoeaplica-çãodepolíticasgovernamentaisemgeral.
Distribuição regional e idade das empresasA localização geográfica das empresas do seg-
mentocatalogadasnaRaiséapresentadanatabela6.ÉevidenteaprevalênciadaregiãoSudestesobre
asdemais.Estacontém29das37empresasconstantesnaRais.RestamapenasseisempresasnaregiãoSuleduasnaregiãoCentro-Oeste.
Ográfico9reproduzvisualmenteatabela6.Observe-sequeaevoluçãodonúmerodeempresasaolongodosanos,de2003a2011,nãosignificanecessariamenteumcrescimento do setor, conforme mencionado no iníciodestaseção,jáquepodemsimplesmentetersidoacres-centadastardiamenteàbaseRais.
AsregiõesemquenãodespontamempresasdosegmentosãoaNorteeaNordeste.Essedadoédignodenota,jáquenenhumaempresadosegmentosebe-neficiadasisençõesfiscaisdaZonaFrancadeManaus.
Alémdisso,apesardacrescentemovimentaçãomilitar em áreas estratégicas daAmazônia, as em-presas continuamconcentradasemoutras regiões,sendo que as quemais se aproximamda área sãoaquelassediadasnoCentro-Oeste.
Comrelaçãoàidadedasempresas,dasquerespon-deramaowebsurvey,verifica-sematuridade,comidademédiade37,89anosemedianade31.Dessas,trêsem-presaspossuematé25anos,quatropossuemde26acinquenta,umade51a75eumade76acemanos.
Neste caso, a amostra dasfirmasque respon-deram(20%dototal)nãorefletetodoosegmento,pois em termos de idade, cada nova respondentealteraria os dados gerais. Contudo, evidencia-sea existência de firmas bem estabelecidas no país,ultrapassando amarca das décadas desde as suasfundações.Asmaneiras comoessas empresas têmrespondidoaosdiferentesgovernos,políticas,tran-sições de mercado e avanços tecnológicos são ostemasdaspróximasseções.
Tabela 6LocalizaçãodasempresasporregiõesdoBrasil(2003-2011)
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011Norte 0 0 0 0 0 0 0 0 0Nordeste 0 0 0 0 0 0 0 0 0Centro-Oeste 1 1 1 2 3 3 2 2 2Sudeste 22 23 24 24 24 24 26 27 29Sul 6 6 6 6 6 6 6 6 6
Fonte:RaisElaboraçãodoautor
Políticas públicas
Poder de compras das empresas e oscilações
das aquisições da defesa
O número de empresas com vendas registradasnoComprasnetaumentouentre2003–quandoeramquinze–e2010(chegandoa23empresas).Aexceçãoé,novamente,em2007,comdezesseteempresas,repre-sentandoumaretraçãode10,53%emrelaçãoa2006.
Entre2011e2013,houveumareduçãodedezenoveempresas(2011),22(2012)edezessete(2013).
UmaconstânciamenorocorrenasvendasparaoMinistériodaDefesa,umavezquedasdezempresascomtalregistroem2003,háelevaçõesedecréscimosdevendedorasaté2010,quandochegaramadezoito.Nosanosseguintes,osnúmerostambémsãoincons-tantes,passandopordezesseisempresas(2011),de-zessete(2012)echegandoaonze(2013).
BID.indb 617 13/06/16 16:43
618 Mapeamentodabaseindustrialdedefesa
Ovalortotaldasvendastambémsofreuvariaçõesnoperíodo,partindodeR$36.082.861,24em2003echegandoaoápicedeR$270.801.194,21em2012.Contudo, em2007omontanteficouemapenasR$30.866.491,33eoúltimodado,de2013,contabilizaR$67.902.587,02.
Ográfico10éumarepresentaçãovisualdatabe-la7eneleficamevidentesasoscilaçõesao longodoperíodode2003a2013.OsdadosdeixamclaroqueoMinistériodaDefesaéfundamentalparaosegmen-to,sendoresponsávelporaté91,48%dascomprasem2009e88,16%em2010.Oanodemenoscomprasfoiode2004,quandooMDfoiocompradorde27,30%dototaldosegmento.Em2013,últimocontabilizado,asvendasparaoministériochegarama49,69%dototal.
Dos empresários que participaram dowebsurvey,77,8%concordamemabsolutoquetantosituaçõesdeirregularidadequantodebaixovolumedademandaporbenseprodutosdedefesaafetamnegativamenteosfor-necedoresdiretos,aopassoque22,2%concordampar-cialmentecomtalassertiva.
Gráfico 9LocalizaçãodasempresasporregiãodoBrasil(2003-2011)
Fonte:RaisElaboração:Diset/Ipea
Aindasobreoimpactodasoscilaçõesdegastosgovernamentaisemdefesa,44,44%dosempresáriosdestacamqueovalordestinadoporempresaàpes-quisaeaodesenvolvimentofoiimpactadoporessasoscilaçõesentre2004e2013.
Ou seja, para quasemetade dos respondentes, ainconstância das despesas públicas do país em defesaprejudicouoempregoderecursosdasempresasempes-quisaedesenvolvimento(P&D).Poroutrolado,55%dosrespondentesgarantemqueasfirmasmantiveramosin-vestimentosnessasáreas,adespeitodasoscilaçõesdoperíodo, demonstrando confiabilidade no retorno dosrecursos investidosnoavançocientíficoe tecnológico,bemcomonasaúdefinanceirasuficienteecertablinda-gememrelaçãoàscomprasdogoverno.
Complementarmente, para 33% dos empresáriosqueresponderamaoquestionário,acapacidademínimadeutilizaçãoparamanteraestruturaprodutivadaáreadedefesaativaéde50%a75%.Enquantoisso,44%dosres-pondentesconsideramquetalutilizaçãonãopodeserin-feriora25%desuascapacidades(tabela19doapêndice).
BID.indb 618 13/06/16 16:43
Equipamentosdeusoindividual 619
Tabela 7Movimentaçãodecompraevendadeprodutosdasempresas(2003-2009)
Ano NrEmprSegmento NrEmprComprasnet NrEmprComprasnetMD ValorTotalVendas ValorTotalVendasMD1 2003 44 15 10 36082861,24 16263553,532 2004 44 17 11 51351673,57 14017366,73 2005 44 19 16 65076877,76 38007649,664 2006 44 19 13 114462680,6 73865830,75 2007 44 17 15 30866491,33 14394796,046 2008 44 20 16 91654358,6 63104902,727 2009 44 21 16 118915379,3 108783307,98 2010 44 23 18 230226932 202959179,39 2011 44 19 16 71710358,2 61314369,1210 2012 44 22 17 270801194,2 170661678,611 2013 44 17 11 67902587,02 33735291,05
Fonte:ComprasnetElaboraçãodoautor
Gráfico 10PercentualdevendasaoMinistériodaDefesa(2003-2013)
Fonte:ComprasnetElaboração:Diset/Ipea
BID.indb 619 13/06/16 16:43
620 Mapeamentodabaseindustrialdedefesa
Os empresários entrevistados durante as vi-sitas técnicas responderam diretamente à ques-tão “De quemaneira oscilações orçamentárias doMinistériodaDefesatêmafetadoasaúdefinancei-radesuaempresaedeseusfornecedores?”(anexoA, pergunta 7). Das cinco empresas visitadas, to-das játiveram impactossignificativosdevidoaes-sas oscilações.Duas delas (Empresas 1 e 2) aindasofrem por conta disso, enquanto outra (trata-sedaEmpresa5, queé governamental) garanteque,apesardoscontingenciamentosperiódicosdoorça-mentodedefesa,asverbaspassaramasersuficien-tesnosúltimosanos.
ParaaEmpresa4,aBIDsósemantématualmentedevidoaocomérciocomoutrospaísesecomomercadocivil.Segundoosentrevistados,seaempresa“dependessedasForçasArmadas,játeriafechadohábastantetempo.Aprodução,hoje,éde70%paraforadopaís”.
EssaafirmaçãoéreiteradapelaEmpresa3:“Nomo-mento,nãoháumorçamentoemquesepossaconfiar.Éabsolutamenteincerto.Porissoinvestimosetivemosêxitonaexportação,porquequemdependesódomer-cadobrasileironãoconseguesobreviver”.
Nesse sentido, alguns empresários defendem aaprovaçãodeumaemenda constitucional que garantaamanutençãodoorçamentodedefesasemcontingen-ciamentos–“seriaexcelente”,destacaoentrevistadodaEmpresa3,pois“gerariaumamisturadeencomendaparadesenvolvimentoededemandaestabelecidaparapro-duzirsemcontingenciamento”.
Classes de materiais fornecidos ao Ministério da Defesa
Oscincogruposdematerialmaisfrequentesqueas firmas forneceram ao Ministério da Defesa sãoapresentadosaseguir.Caberessaltarqueosprodutoscomercializadosvariambastante,dependendodane-cessidadedasForçasArmadasemcadaperíodo,nãoapresentandoumpadrãodeaquisição.Atabela8ofe-receumavisãodafrequênciadeaquisiçãodeclassesdemateriaisdosegmentopeloMinistériodaDefesanoperíodode2010a2013.
Noperíodoestudado,asnoveclassesdematé-riasdeaquisiçãomaisfrequentessão:
▪ armasde fogodecalibreacimade30mmaté75mm;
▪ barracaseencerrados;
▪ calçadosmasculinos;
▪ distintivoseinsígnias;
▪ equipamentoparasegurançaesalvamento;
▪ equipamentosindividuais;
▪ equipamentosparacomunicaçãoporrádioetelevisão,excetoosdeaeronaves;
▪ itensdiversos;e
▪ vestuárioparafinsespeciais.
A relaçãodemonstraadiversidadedosequipa-mentos, abrangendo praticamente todas as ativida-des econômicas elencadas anteriormente na seçãoDescriçãodasatividadeseconômicas.Asclassescommaiorfrequência,noentanto,sãoade“equipamentoparasegurançaesalvamento”eade“vestuárioparafins especiais”. Cabe ressaltar, complementarmente,quetodasasempresasqueparticiparamdowebsur-veydesenvolvemprodutoscustomizadosparadefe-sa,conformetabela20doapêndice.
Número de produtos adquiridos pelas Forças ArmadasAtabela9condensaosprodutosadquiridospelas
empresasdosegmento,porForçaArmada,demarçode2002aabrilde2014.OsdadossãodoCentrodeCatalogaçãodasForçasArmadas(Cecafa).
▪ Observa-seassimque,dasForçasArmadas,a que mais adquire produtos das empre-sasdosegmentoéaMarinha,seguidapelaForçaAérea.OExércitonãopossuicontra-toscatalogados.12
12. Aindanestaseção,sãoapresentadosesclarecimentosdoCecafaacercadessefato.
BID.indb 620 13/06/16 16:43
Equipamentosdeusoindividual 621
Tabela 8Classesdemateriaisdosegmento(2010-2013)
2010Código da classe de material
Descrição da classe de material Frequência
4240 Equipamentoparasegurançaesalvamento 8
8415 Vestuárioparafinsespeciais 7
8405 Vestuárioexternomasculino 6
1005 Armasdefogodecalibreaté30mm 3
8340 Barracaseencerados 3
2011
8415 Vestuárioparafinsespeciais 5
4240 Equipamentoparasegurançaesalvamento 4
8465 Equipamentosindividuais 4
8405 Vestuárioexternomasculino 4
1005 Armasdefogodecalibreaté30mm 3
2012
4240 Equipamentoparasegurançaesalvamento 7
1005 Armasdefogodecalibreaté30mm 4
8465 Equipamentosindividuais 4
1095 Armamentosdiversos 2
8430 Calçadosmasculinos 2
2013
4240 Equipamentoparasegurançaesalvamento 3
7810 Equipamentoparaatletismoedesporto 2
8465 Equipamentosindividuais 2
5820
Equipamentosparacomunicaçãoporrádioetelevisão,excetoosde
aeronaves
2
9999 Itensdiversos 2
Fonte:MinistériodaDefesaElaboraçãodoautor
Aproporçãodeprodutosadquiridospodeservi-sualizadanográfico11.Caberessaltarquetantonográfico11quantonatabela9onomedasempresasquecomercializaramcomasForçasArmadasfoisubs-tituídopornúmeros,afimdegerarumaanáliseglobalepreservaraidentidadedecadafirma.
Existe a possibilidade de nem todos os produ-toscontratadosteremsidoatualizadosnobancodedadospeloCecafa.Talpossibilidadeexplicariaaau-sênciadeaquisiçõesporpartedoExército,sobretudoporqueasempresasdosegmentoproduzemequipa-mentosfundamentaisparaasatividadestambémdasforças terrestres.Afimdeverificaressahipótese,oCentrodeCatalogaçãodasForçasArmadasfoicon-tatadoeoseuesclarecimentoéqueoExércitonãoapresentaitensporque“aindanãopossuiumsistemadecatalogação”.
Desse modo, embora o banco de dados doCecafa concentre as informações fornecidas pe-las Forças Armadas, “cada uma é responsável pe-las suas aquisições e consequentemente pela suacatalogação”.13
Tabela 9Cecafa:produtosadquiridosporForçaArmada1
Empresas Produtos/serviços
TotalMarinha Exército
Força Aérea
Empresa1 2 0 0 2
Empresa2 0 0 1 1
Empresa3 1 0 0 1
Empresa4 33 0 0 33
Empresa5 59 0 2 61
Empresa6 87 0 8 95
Empresa7 4 0 0 4
Empresa8 25 0 1 26
Empresa9 0 0 16 16
Empresa10 7 0 0 7
Empresa11 22 0 0 22
Empresa12 5 0 0 5
Total 245 0 28 273
Fonte:Cecafa/MDElaboraçãodoautor
1Sãocatalogadosapenas“bens”edesconsiderados“serviços”
13. OsesclarecimentosdoCecafaforamrepassadosporescritoaoIpea.
BID.indb 621 13/06/16 16:43
622 Mapeamentodabaseindustrialdedefesa
Políticas de apoio ao desenvolvimento
tecnológicoAtabela10indicaonúmerodeempresasqueti-
veramparticipaçãoemnprojetosdefundossetoriaisdiretos(FSDs).
Tabela 10Númerodeempresascomparticipaçãoemprojetos
defundossetoriaisdiretosFundo setorial direto
Número de projetos por FSD Número de empresas1 34 2
Fundo setorial indireto (FSI)Número de Projetos FSI Número de empresas
1 12 15 19 1
15 1
Fonte:MinistériodaCiência,TecnologiaeInovação(MCTI)Elaboraçãodoautor
No total, três empresas tiveramumprojeto defundosetorialdireto,enquantoduasempresastive-ramquatroprojetos.Osfundossetoriaisforamapro-vadospeloCongressoNacionalem1999etêmcomoobjetivomanterinvestimentosempesquisacientífica
etecnológica.Asfontesderecursosprovêmdecon-tribuições de empresas públicas e/ou privadas. Osfundossãoadministradosporcomitêsgestores,sobacoordenaçãodoMinistériodaCiência,TecnologiaeInovação(CNPq,[s.d.]).
O fato de cinco empresas terem projetos emfundossetoriaisdiretoséumexcelenteindicadordeque está havendo cooperação público-privada paraodesenvolvimentodeciênciaetecnologia.Alémdosetorprivado,essapolíticacontacomaparticipaçãodacomunidadecientíficaedeagênciasreguladoras,portanto, trata-se, efetivamente, de um projeto deEstado,queveminclusiveatravessandováriosgover-nosdesde1999.
Cabemencionarqueháoutrasformasdeapoioà inovação nas empresas, incluindo o suporte in-direto, via incentivos fiscais, que reduzem o custode pesquisa e desenvolvimento (Alvarenga, PiantoeAraújo,2012).Assim,quantoaosfundossetoriaisindiretos:
▪ umaempresateveumprojeto;
▪ umaempresatevedoisprojetos;
▪ umaempresatevecincoprojetos;
Gráfico 11AquisiçãodeprodutosporForçaArmada(mar./2002-abr./2014)
Fonte:Cecafa/MDElaboração:Diset/Ipea
BID.indb 622 13/06/16 16:43
Equipamentosdeusoindividual 623
▪ umaempresatevenoveprojetos;e
▪ umaempresatevequinzeprojetos.
Novamenteonúmeroédecincoempresas,porémnumtotalde32projetos.Evidentemente,cincoempre-sasnumtotalde44dosegmentoaindaéumnúmeropequeno,porémprojetosdemapeamentoedivulgação–comoesteestudo–podemcontribuirparaqueonú-meroaumentesignificativamente.
Tabela 11Projetoscomapoiodiretoàinovação1
Int_idaprojeto Título do projeto Área Grande área Ano de
inícioValor
contratado
2486 Rádiodefinidoporsoftwareparacomunicaçõestáticas Engenhariaelétrica Engenharias 2005 3180800
2675 Criptografiaparasistemasdecomunicaçõestáticas Engenhariaelétrica Engenharias 2007 809164.4573
12840 Rhodes–sistemadetelemetriaegeorreferenciamento Engenhariaaeroespacial Engenharias 2005 9210006.4
12905 Arquiteturadesoftwaredecomunicação(SCA)comenlacederedeTDMApararádiodefinidoporsoftware
Engenhariaelétrica Engenharias 2008 2236510.901
2118 Parquetecnológicodesegurançaedefesa EngenhariadeProdução Engenharias 2006 601911.2
12674 Câmeradeobservaçãopassivadeimagemtermalmultipropósitonoespectrode8a12mícronscomprocessamentodeimagem NI NI 2007 3662938.398
12797 DesenvolvimentodeIPsparaodesenvolvimentodetelefonessemfio
Engenhariaelétrica Engenharias 2007 5981760.6
12882 InterfacemultimídiadeacessoàinternetparaPABX Engenhariaelétrica Engenharias 2008 2604277.915
12902 Plataforma para o desenvolvimento de centrais PABX comacessoIPintegradoemumúnicochip.
Engenhariaelétrica Engenharias 2008 1469055.615
12958 Telefone sem fio com voz amostrada em espalhamentoespectral
Engenhariaelétrica Engenharias 2005 1057616
13376 Desenvolvimentodeumdispositivodedefesapessoal NI NI 2007 510638.1
Fonte:MCTI1ArazãosocialeoCNPJdasempresasforampreservados
Obs.:NI–nãoinformadoElaboraçãodoautor
Arelaçãodosprojetosdefundossetoriais–diretoseindiretos–dosquaisasempresasdosegmentofizeramparte,bemcomoosvaloresconcedidos,sãoostemasdaspróximasseções.
Projetos dos fundos setoriais de que partici-
param as empresas – modalidades diretas
Atabela11indicaosprojetosdosfundosseto-riaisdequeparticiparamasempresasdosegmentonasmodalidadesdiretas.
Osvaloresdessesprojetostiveramumaquedasignificativade2005a2008,comopodeserob-servadonográfico12.Oanode2006,sobretudo,foi bastante prejudicado em relação ao anterior,tendoumaquedade2.234,29%:
Épossível queo anode2006 tenhatidoumaquedatãoacentuadadevidoàcaptaçãodasempre-sas do segmento em fundos setoriais indiretos noperíodo,comoseráabordadonaseçãoseguinte.
Osprojetosdasempresasdosegmentoqueforamcontempladoscomapoiosdiretosàinovação,bemcomo
aproporçãodevaloresempregados,podemservisuali-zadosnográfico13.Observe-seapreponderânciadeprojetoscomviéstecnológicodentreoscontemplados.
Aquicabedestacarqueoenquadramentodamaiorpartedosprojetosénaáreadeengenharia.Chamaaaten-çãoaespecificaçãotecnológicadeponta,quevaidesis-temasdecriptografiaatelemetriaegeorreferenciamento,passandoporarquiteturadesoftwaredecomunicação,câ-meraparaimagemtermaletelefonecomvozamostradaem espalhamento espectral, dentre outros. São projetosamplos,queenvolvemáreasdiversasetecnologiadeponta.
BID.indb 623 13/06/16 16:43
624 Mapeamentodabaseindustrialdedefesa
Projetos dos fundos setoriais de que parti-
ciparam as empresas – modalidades indiretas
Por suavez, a tabela12 indicaosprojetosdosfundossetoriaisdequeparticiparamasempresasdosegmentonasmodalidadesindiretas.
Considerando-se que há dezesseis modalida-desdefundossetoriais,dasquaisquatorzesãoparasetoresespecíficosedois transversais, énítidoqueasempresasestãoseenquadrandoemmodalidadesdiversas.
Gráfico 12Projetosdefundossetoriais:modalidadesdiretas(2005-2008)
(EmR$)
Fonte:MCTIElaboração:Diset/Ipea
Gráfico 13Projetoscomapoiodiretoàinovação
(EmR$)
Fonte:MCTIElaboração:Diset/Ipea
BID.indb 624 13/06/16 16:43
Equipamentosdeusoindividual 625
Tabela 12Projetoscomapoioindiretoàinovação1
Ano início
Título do projeto ÁreaValor contratado
(R$)2003 Recursoshumanosparaoagronegóciobrasileiro NI 236.349,93
2003C&TeIparaoagronegóciobrasileiro:mensurandoequalificandogastospúblicoseprivados.
Economia 275.020,99
2004Adequaçãodevalvulasdesegurançafundidas,visandocertificaçãoasme,parausonosetordepetróleoegás
Engenhariademateriais 749.707,39
2004 RenaultLMP Engenhariadeprodução 289.546,88
2004Compatibilidadeeletromagnéticaemsistemaselétricosdepotência–modelagememTLMdecondutores
Engenhariaelétrica 165.913,72
2005 Certificaçãodetubulaçãoparaaplicaçãooffshoredepetróleo Engenhariademateriais 254.464,002005 LigasFE-6,5%SIparaaplicaçõesmagnéticasemmotoresetransformadores Engenhariademateriais 216.105,942005 Projetodeumabengalaeletrônica NI 45.883,04
2005Coletoreletrônicodeopiniõesutilizandosystem-on-a-chip,comtransmissãodedadosporGPRSevisualizaçãoderesultadosviaweb
Engenhariadeprodução 533.965,87
2006Diagnósticoemonitoramentoecotoxicológicodoribeirãolimeira:açõesestruturadorasvoltadasàproteçãoerecuperaçãodamicrobaciaemáreaurbanaeperiurbana
NI 264.840,93
2006Desenvolvimentodeamplificadordemicro-ondasdepotênciadotipoondasprogressivas–TWT(320We8.2–12.4GHz)econsolidaçãodeplantadefábrica
Engenhariaelétrica 1.206.892,06
2006 Ciência,tecnologiaearte......tambémtêmlugarnosparques. Física 172.824,78
2006Fortalecimentodainfraestruturadolaboratóriodeavaliaçãodemateriaiseprodutosparaimplantesortopédicosdoccdm/ufscar
NI 2.011.511,99
2006Estudoprospectivoparaaimplementaçãodecentrosregionaisdetecnologiademateriais
NI 526.672,30
2006Inovaçãodeprocessosprodutivos:conformação,usinagemdeprecisãoetratamentotérmico.
Engenhariamecânica 262.076,65
2007 Desenvolvimentodenano-sensoresobtidospeloprocessosol-gel Física 32.895,77
2007Produçãoecaracterizaçãodemicroesferasdevidrofosfatodeferroparaaplicaçõesterapêuticas.
Engenhariademateriais 19.779,20
2007Desenvolvimentodemateriaistermoluminescentesbaseadosemsulfatosimpurificadoscomeu2+e/ouce3+paraaplicaçãonadosimetriadasradiaçõesnaáreamédica
Engenharianuclear 35.306,98
2007 Estudodesuperfícies,interfacesefilmesfinosmetálicos Engenhariademateriais 8.292,03
2007Desenvolvimentodenovasformulaçõesparacompósitospolipropileno/farinhademadeiradealtodesempenho
Engenhariademateriais 426.778,85
2007Acreditaçãodomaglab/ufscjuntoaoinmetroparaarealizaçãodeensaiosdecompatibilidademagnética
Engenhariaelétrica 623.335,93
2007Processamentodigitaldeimagensaplicadoaoaumentodaresoluçãoespacialdeseqüênciasdeimagenseàautenticaçãodedocumentosimpressos
Ciênciadacomputação 18.483,65
2007 Mecanismosdesegurançaparaprocessosdenegóciosemredescolaborativas Ciênciadacomputação 17.398,992007 Projetoeanálisedesistemascodificadosedecomunicaçõessemfio Engenhariaelétrica 11.817,62
2007Pesquisaemautenticaçãoegestãodedocumentosdistribuídosnaformadigitaleimpressa
Ciênciadacomputação 48.751,35
2007Usodatecnologiadedigitalização3dalasermóvelcomoferramentaparaoacessoinformacionaldopatrimôniohistórico
Desenhoindustrial 109.812,50
2008 Interfacemultimídiadeacessoainternetparapabx Engenhariaelétrica 2.604.277,92
2008Plataformaparaodesenvolvimentodecentraispabxcomacessoipintegradasemumúnicochip.
Engenhariaelétrica 1.469.055,61
2008 Projetodedesenvolvimentodeveículoecológico:sabiá6 Desenhoindustrial 135.843,01Total 12.773.605,89
Fonte:MCTIElaboraçãodoautor
1 ArazãosocialeoCNPJdasempresasforampreservados
BID.indb 625 13/06/16 16:43
626 Mapeamentodabaseindustrialdedefesa
Osfundos(CNPq,[s.d.])existentessão:
▪ FundoSetorialAeronáutico;
▪ FundoSetorialdeAgronegócios;
▪ FundoSetorialdaAmazônia;
▪ FundoparaoSetordeTransporteAquaviárioeConstruçãoNaval;
▪ FundoSetorialdeBiotecnologia;
▪ FundoSetorialdeEnergia;
▪ FundoSetorialEspacial;
▪ FundoSetorialdeRecursosHídricos;
▪ Fundo Setorial para Tecnologia daInformação;
▪ FundodeInfraestrutura;
▪ FundoSetorialMineral;
▪ FundoSetorialdoPetróleoeGásNatural;
▪ FundoSetorialdaSaúde;
▪ FundoSetorialdeTransportesTerrestres;
▪ Fundo Verde e Amarelo – Para InteraçãoUniversidade-Empresa;e
▪ Fundo Setorial para o DesenvolvimentoTecnológicodasTelecomunicações.
Dentreeles,umobjetivaainteraçãouniversida-de-empresa (FundoVerde-Amarelo – FVA) e outroalmeja apoiarnamelhoriada infraestruturade ICTs–Infraestrutura(Finep,2012).
Note-se, a partir das tabelas 11 e 12, queas empresas do segmento possuem projetos em
áreas bastante heterogêneas desses fundos, de-monstrando a amplitude de atuação das cincofirmas que apresentaram projetos, dentre as 44mapeadas.Os projetos que, nasmodalidades di-retas, englobavam sobretudo as diversas áreasdeengenharia,nasindiretas,alémdeasengloba-rem,perpassamrecursoshídricos,biotecnologiaeagronegócio.
O gráfico 14 ajuda a compreender, em parte,queoanode2006tevemaiorparticipação indire-ta do que direta nos projetos de fundos setoriais,tendoemvistaqueestedespontacomosmaioresvaloresdentreosacima,contrastandocomaquedade2.134,29%emrelaçãoa2005(demonstradanográfico12).
Porsuavez,asproporçõesdevaloresemprega-dosnosprojetoscomapoio indiretoà inovaçãosãoapresentadasnográfico15.
Portanto,nográfico15ficanítidaaconcentra-çãodosprojetosdealta tecnologia,quecontinuamsendo contemplados, da mesma forma que ocorrecomosapoiosdiretos.
Dasempresasqueresponderamaowebsurvey,as que também fornecembens, serviços, obras ouinformações aomercado civil – alémdeparaodadefesa–são88,9%dototal.Asquepossuemlinhasdeproduçãoconjuntasão66,7%,sendoque11,1%possuemlinhasdeproduçãoseparadasporexigên-cia e outras 11,1%, por necessidade (tabela 15doapêndice).
Quantoaempresasquepossuemlinhasdepro-duçãoseparadasporexigência,cabeaquidestacararespostadaEmpresa5nasentrevistasrealizadasduranteasvisitastécnicas–pergunta6,anexoA:“Há cerceamentos que implicam que certos equi-pamentose insumosnãopossamserempregadospara fabricarmaterial bélico?”Ou seja, de acordocomosrepresentantesdaEmpresa5,existeacon-dição,porpartedosfornecedores,dequealgumasmáquinas de suas linhas demontagemnão sejamusadasparaproduzirarmamentos.Dessemodo,aslinhasdeproduçãoseparadas“porexigência”dife-remdaquelasagrupadas“pornecessidade”,devidoatalcondição.
BID.indb 626 13/06/16 16:43
Equipamentosdeusoindividual 627
Gráfico 14Projetosdefundossetoriais:modalidadesindiretas(2003-2008)
(EmR$)
Fonte:MCTIElaboração:Diset/Ipea
Gráfico 15Projetoscomapoioindiretoàinovação
(EmR$)
Fonte:MCTIElaboração:Diset/Ipea
BID.indb 627 13/06/16 16:43
628 Mapeamentodabaseindustrialdedefesa
Note-se que o número de empresas apoiadasdobrade2008para2013,deseisparadozerespec-tivamente. Em2010 e 2012, chegou-se ao teto detrezeempresasapoiadaspeloBNDES.
Ográfico16éumarepresentaçãovisualdata-bela14eevidenciaqueovalordosapoiostempoucarelaçãocomonúmerodeempresasbeneficiadas.OsapoiosficamnafaixadeR$443milhões,em2009,eR$435milhões,em2010.
OsapoiosdoBNDEStêmoobjetivodeaumen-tar a competitividade das empresas. Isso se dá pormeiodofinanciandodosinvestimentos,quesãofun-damentaisparaacriaçãodeinovações.
Osprincipaistiposdeapoiosão(BNDES,[s.d.]):recursos complementares ao processo de inovaçãodasempresas;
▪ recursosparaageraçãodenovosprodutose/ouprocessosesuaintroduçãonomercado;
▪ recursos para investimentos previstos nosplanosdenegóciodasempresasparafinsdeinovação;e
▪ fortalecimento financeiro das empresasparainovação,comaumentodocapitaldegiro.
Ofatodeatétrezeempresasdosegmentote-remsidoapoiadasde2008a2013demonstraqueosempresáriostêmprocuradorecursosparainves-tirequeogovernotemdisponibilizadoumaestru-tura de financiamento para tanto.O outro lado érecíproco,comasempresasbuscandomaisintera-çãocomogoverno.Issoédemonstradoquantoaosprogramas e serviços disponibilizados pelo gover-nofederalcoma intençãodeassistiràsfirmasnomercado,asrespondentesdowebsurvey indicaramosquedesejamobtermaisinformações(tabela43
Políticas de apoio à exportação
As empresas do segmento que foram beneficia-dasporprogramasfederaisdeapoioàexportaçãosãorelativamentepoucas.HáanosemquenãodespontanenhumacomapoiodoBNDESExim,porexemplo–como ocorre em 2003, 2005 e 2007. Entre aquelesanos emquehá alguma comapoio, 2004 contabilizaduasempresase2006,uma.
O mesmo fato ocorre com o Programa deFinanciamento às Exportações (Proex), para o qual, em2003,2004e2006,nãoconstaqualquerapoio,masqueem2005constamduasempresaseem2007,apenasuma.
JáosDrawbackssãoosmaisempregados,partindodeseteempresasem2003eseguindoumaconstânciadeaumento,chegandoanoveem2007.
Logoadiante,serãoobservadosainserçãointerna-cional,osfluxosdeexportaçõesedeimportaçõesdasempresas do segmento, bem como os resultados emtermosdebalançacomercial.
Apoios do BNDES para as empresas, de 2008 a 2013
Atabela14exibeosapoiosdoBancoNacionalde Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)paraasempresasdosegmentode2008a2013.
Tabela 13Empresasbeneficiadasporprogramasfederaisdeapoioàexportação
Ano NrEmprSegemento NrEmprBNDESExim NrEmprDrawback NrEmprProex2003 44 0 7 02004 44 2 8 02005 44 0 7 22006 44 1 9 02007 44 0 9 1
Fonte:MinistériodoDesenvolvimento,IndústriaeComércioExterior(Mdic)
Elaboraçãodoautor
BID.indb 628 13/06/16 16:43
Equipamentosdeusoindividual 629
Gráfico 16ApoiosdoBNDESrecebidospelasempresas(2008-2013)
(EmR$)
Fonte:BNDESElaboração:Diset/Ipea
doapêndice).Osdemaiorfrequênciasão“compras
governamentais e e-commerce”, “desenvolvimento
deproduto/serviço”e “feiraseeventosdireciona-
dosparaopúblico”.Delineia-se,assim,queasem-
presasprocuramapoiodogovernotantonafasede
desenvolvimentoquantonasdeaquisiçãoprópriae
paraomercadoemgeral.
Tabela 14ApoiosdoBNDESparaasempresas(2008-2013)Ano Número de empresas apoiadas Recursos (R$)2008 6 175.580.793,232009 11 443.510.834,052010 13 435.241.874,142011 12 121.078.299,582012 13 160.241.815,312013 12 274.740.072,12
Fonte:BNDESElaboraçãodoautor
Apoios da Finep para as empresas, de 2007 a 2012Porsuavez,natabela15sãoapresentadosospro-
jetosdasempresasdo segmentoque receberamsub-vençõesdaFinanciadoradeEstudoseProjetos(Finep)de2007a2012eosvaloressubvencionados.Desses,destacam-seprojetoscontempladoscomrecursosqueforam disponibilizados em chamadas públicas, tan-todirigidosà“inovação”quantoà“defesaesegurançapública”. Isso demonstra que o governo tem ofertadooportunidadesparacompetiçãoequealgumasempresasdosegmentotêmconcorridoeobtidorecursos.
A Chamada Pública MCT/Finep de SubvençãoEconômicaàInovaçãono01/2007,porexemplo,contem-plouumaempresacomumasubvençãodeR$2.510.640paraodesenvolvimentodeumprojetodeumacâmeradeobservaçãopassivadeimagemtermal.Trata-sedetecno-logiadepontasubvencionadacomdinheiropúblico.
OmesmoocorrenaSeleçãoPúblicaEconômicaà Inovação MCT/Finep/FNDCT/SUBV no 01/2009,quecontemplouumprojetodemuniçãonãoletaldeincapacitação temporária por choque elétrico comumasubvençãodeR$755.612.
BID.indb 629 13/06/16 16:43
630 Mapeamentodabaseindustrialdedefesa
Tabe
la 1
5ProjetosquereceberamsubvençãodaFinep(2007-2012)
Ano
200
7
Empr
esa
Títu
lo d
o pr
ojet
oD
ata
de in
ício
Dat
a de
té
rmin
oVa
lor
cont
rata
doVa
lor
dese
mbo
lsado
Fund
oTi
po d
e ap
oio
rece
bido
Tipo
de
dem
anda
Cate
goria
Gra
nde
área
1
Desenvolvimento
denovosprodutose
implantaçãodosistema
dequalidadenaempresa
8/10/2007
8/10/2008
11644720
11644720
Reembolsável
Reembolsável
Demandaespontânea
Reembolsável
0
2
Câmeradeobservação
passivadeimagem
termalmultipropósito
noespectrode8
a12mícronscom
processamentode
imagem
12/14/07
14/6/2012
2510640
2510640
Subvenção
economica
Subvenção
ChamadaPública
MCT/Finep
SubvençãoEconômica
àInovação01/2007
Não
reembolsável
Área3:
inovações
em
programas
estratégicos
Ano
201
0
Empr
esa
Títu
lo d
o pr
ojet
oD
ata
de in
ício
Dat
a de
té
rmin
oVa
lor
cont
rata
doVa
lor
dese
mbo
lsado
Fund
oTi
po d
e ap
oio
rece
bido
Tipo
de
dem
anda
Cate
goria
Gra
nde
área
1Muniçãonãoletalde
incapacitaçãotemporária
porchoqueelétrico
14/6/2010
14/12/2014
835906
755612
Subvenção
econômica
Subvenção
SeleçãoPública
MCT/Finep/FNDCT/
Subvençãoeconômica
àinovação01/2009–
área4:defesanacional
esegurançapública
Não
reembolsável
Área4:
defesa
nacionale
segurança
pública
Ano
201
2
Empr
esa
Títu
lo d
o pr
ojet
oD
ata
de in
ício
Dat
a de
té
rmin
oVa
lor
cont
rata
doVa
lor
dese
mbo
lsado
Fund
oTi
po d
e ap
oio
rece
bido
Tipo
de
dem
anda
Cate
goria
Gra
nde
área
3
Projetode
desenvolvimentode
umaproteçãobalística
debaixopesoparaa
blindagemdeveículos
militaresdestinadaao
mercadointernacionalda
modernizaçãodeveículos
militares(Retrofit)
23/1/2012
23/7/2014
1535059,28
1176298,09
Subvenção
econômica
Subvenção
SeleçãoPública
MCT/Finep/FNDCT/
Subvençãoeconômica
àinovação01/2010
(recursos)
Não
reembolsável
Área5:
defesa
Fonte:Finep
Elaboraçãodoautor
BID.indb 630 13/06/16 16:43
Equipamentosdeusoindividual 631
A edição seguinte dessa seleção (01/2010)também subvencionou o projeto de desenvolvi-mento de uma proteção balística de baixo pesocomR$1.176.298,09.
Pode-seargumentarquesãopoucasasopor-tunidadesdeacessoarecursos,alémdofatodete-remperiodicidadedistante,noentanto,tambémépossívelobterem-sevaloresreembolsáveisatravésde demanda espontânea, de propositura das pró-prias empresas. É o que ocorre, por exemplo, em2007,quandoumaempresadosegmentofoicon-templada com R$ 1.1644.720 para o desenvolvi-mentodenovosprodutoseimplantaçãodosistemadequalidade.
Inserção internacional
Exportações das empresasAtabela16indicaaquantidadedeempresasdo
segmentoqueexportaramem2013eafaixadeva-lorexportadoemqueelasseencontram.Ressalte-sequenomesecadastrosnacionaisdepessoasjurídicas(CNPJs)forampreservados.
Tabela 16Númerodeempresasqueexportamporfaixade
valor(2013)
Empresas Faixa_de_Valor_Exportado201312 AcimadeUS$100milhões11 AcimadeUS$100milhões10 EntreUS$10milhõeseUS$50milhões9 EntreUS$1milhãoeUS$10milhões8 EntreUS$1milhãoeUS$10milhões7 AtéUS$1milhão6 AtéUS$1milhão5 AtéUS$1milhão4 AtéUS$1milhão3 AtéUS$1milhão2 AtéUS$1milhão1 AtéUS$1milhão
Fonte:SecretariadeComércioExterior(Secex)doMdicElaboração:Diset/Ipea
Avisualizaçãodatabela16éfacilitadapelográ-fico16,noqualasempresassãoapresentadascomexportaçõesconformeaseguir.
▪ AcimadeUS$100milhões.
▪ EntreUS$10e50milhões.
▪ EntreUS$1e10milhões.
▪ AtéUS$1milhão.
Valeobservar queonomedas empresas tam-bém foi preservado no gráfico 17 e que algumas,emboracomamesmadenominação,possuemCNPJdiferente,ouseja,pertencemaomesmogrupo,masnãosãoamesmapessoajurídica.
Gráfico 17Faixadevalorexportadoemqueseencontraa
empresa(2013)(EmUS$milhões)
Fonte:Secex/MDICElaboração:Diset/Ipea
Asempresasdosegmento, tantona tabela16quantonográfico17,sãoapresentadaspornúme-rosde1a12.Constata-seassimqueduasdelasul-trapassaramamarcadeUS$100milhõesem2013.Tratam-se de indústrias brasileiras com alto índicede vendas no exterior e que colaboraram para oresultadopositivodabalançacomercialdopaísna-queleano.
Em2013asexportaçõestotaisdoBrasilalcan-çaramUS$242,2bilhões–oterceiromelhorresul-tadodahistória, inferiorapenasa2012(US$242,6bilhões) e 2011 (US$ 256 bilhões).As importaçõesem2013ficaramemUS$239,6bilhões,comsaldocomercialdeUS$2,5bilhões(Brasil,2014d).
Paracompletar,umaempresadosegmentofi-counafaixadeexportaçãoentreUS$10milhões
Tabe
la 1
5ProjetosquereceberamsubvençãodaFinep(2007-2012)
Ano
200
7
Empr
esa
Títu
lo d
o pr
ojet
oD
ata
de in
ício
Dat
a de
té
rmin
oVa
lor
cont
rata
doVa
lor
dese
mbo
lsado
Fund
oTi
po d
e ap
oio
rece
bido
Tipo
de
dem
anda
Cate
goria
Gra
nde
área
1
Desenvolvimento
denovosprodutose
implantaçãodosistema
dequalidadenaempresa
8/10/2007
8/10/2008
11644720
11644720
Reembolsável
Reembolsável
Demandaespontânea
Reembolsável
0
2
Câmeradeobservação
passivadeimagem
termalmultipropósito
noespectrode8
a12mícronscom
processamentode
imagem
12/14/07
14/6/2012
2510640
2510640
Subvenção
economica
Subvenção
ChamadaPública
MCT/Finep
SubvençãoEconômica
àInovação01/2007
Não
reembolsável
Área3:
inovações
em
programas
estratégicos
Ano
201
0
Empr
esa
Títu
lo d
o pr
ojet
oD
ata
de in
ício
Dat
a de
té
rmin
oVa
lor
cont
rata
doVa
lor
dese
mbo
lsado
Fund
oTi
po d
e ap
oio
rece
bido
Tipo
de
dem
anda
Cate
goria
Gra
nde
área
1Muniçãonãoletalde
incapacitaçãotemporária
porchoqueelétrico
14/6/2010
14/12/2014
835906
755612
Subvenção
econômica
Subvenção
SeleçãoPública
MCT/Finep/FNDCT/
Subvençãoeconômica
àinovação01/2009–
área4:defesanacional
esegurançapública
Não
reembolsável
Área4:
defesa
nacionale
segurança
pública
Ano
201
2
Empr
esa
Títu
lo d
o pr
ojet
oD
ata
de in
ício
Dat
a de
té
rmin
oVa
lor
cont
rata
doVa
lor
dese
mbo
lsado
Fund
oTi
po d
e ap
oio
rece
bido
Tipo
de
dem
anda
Cate
goria
Gra
nde
área
3
Projetode
desenvolvimentode
umaproteçãobalística
debaixopesoparaa
blindagemdeveículos
militaresdestinadaao
mercadointernacionalda
modernizaçãodeveículos
militares(Retrofit)
23/1/2012
23/7/2014
1535059,28
1176298,09
Subvenção
econômica
Subvenção
SeleçãoPública
MCT/Finep/FNDCT/
Subvençãoeconômica
àinovação01/2010
(recursos)
Não
reembolsável
Área5:
defesa
Fonte:Finep
Elaboraçãodoautor
BID.indb 631 13/06/16 16:43
632 Mapeamentodabaseindustrialdedefesa
Tabela 17Empresasporvalorexportado(2003-2011)
AnoNrEmpr
SegmentoNrEmpr Export
PropEmpr Export
ValorTot Export
ValorMed Export
NrEmpr Import
PropEmpr Import
ValorTot Import
ValorMed Import
2003 44 13 0,295454545 54593731 4199517769 17 0,386363636 27062382 1591904824
2004 44 15 0,340909091 77417271 51611514 17 0,386363636 30494307 1793782765
2005 44 12 0,272727273 81045311 6753775917 18 0,409090909 30613943 1700774611
2006 44 16 0,363636364 110628296 69142685 19 0,431818182 42077774 2214619684
2007 44 14 0,318181818 169228850 12087775 21 0,477272727 61125299 2910728524
2008 44 15 0,340909091 0 0 26 0,590909091 0 0
2009 44 18 0,409090909 0 0 25 0,568181818 0 0
2010 44 18 0,409090909 0 0 25 0,568181818 0 0
2011 44 19 0,431818182 0 0 26 0,590909091 0 0
Fonte:Secex/MDICElaboração:Diset/Ipea
eUS$50milhões,duasnafaixadeUS$1milhãoaUS$10milhõeseseteatéafaixadeUS$milhão.
É importante mencionar que, da amostra deempresas do segmento que responderam aowe-bsurvey, 88,9% possuem certificação de sistemade gestão da qualidade – uma forma internacio-nalmente conhecida de demonstrar excelência deprodutoseserviçosparaparticiparde licitaçõesecontratos. Além disso, 22,2% são catalogadas naOrganizaçãodoTratadodoAtlânticoNorte(Otan),aumentandooseureconhecimentoeassuaschan-cesderealizarnegócios,sobretudoforadoBrasil.
Distribuição das empresas por faixa de va-
lor exportado de 2003 a 2011
Das44empresas, aquantidadedasqueex-portaramnosegmento tevevariaçõesparacimae para baixo entre 2003 (quando eram treze) e2011(quandochegaramadezenoveempresas).
Emalgunsperíodos,houvequedasnaquantidadedeempresasqueexportaramemrelaçãoaoanoan-terior,comoem2005(-20%)e2007(-12,5%).Essasvariaçõespodemserobservadasnográfico18A.
Além disso, a somatória das exportações au-mentou de US$ 54.593.731, em 2003, para US$169.228.850,em2007–nográfico18B.Ressalte-seque,embora2007sejaoanodosúltimosdadosdisponíveisparaessasequênciadedados,estaserácomplementada na seção seguinte, com os princi-pais itens, conforme a Nomenclatura Comum doMercosul(NCM),exportadoseimportadosde2008a2013.Damesmaforma,ovalormédiodasexpor-taçõesporempresaaumentoudeUS$4.199.517,76paraUS$12.087.775,em2003e2007respectiva-mente(gráfico18C).
Também as empresas importadoras aumen-taram constantemente em quantidade entre2003 (quando eram dezessete) e 2011 (quan-do chegaram a 26) – uma diferença de 52,94%(gráfico 19A). De maneira similar, a somatóriadas importações aumentou de US$ 27.062.382paraUS$ 61.125.299, em2003 e 2007 (gráfico19B).Essefatotambémocorreucomovalormé-diodasimportaçõesporempresa,quefoideUS$1.591.904,82paraUS$2.910.728,52,em2003e2007(gráfico19C).
BID.indb 632 13/06/16 16:43
Equipamentosdeusoindividual 633
Gráfico 1818A–Númerodeempresasexportadoras(2003-2011)
18B–Valortotaldasexportaçõesentre2003e2007(EmUS$)
18C–Valormédiodasexportações,porempresa,entre2003e2007(EmUS$)
Fonte:Secex/MDICElaboração:Diset/Ipea
Gráfico 1919A–Númerodeempresasimportadoras(2003-2011)
19B–Valortotaldasimportaçõesentre2003e2007(EmUS$)
19C–Valormédiodasimportações,porempresa,entre2003e2007(EmUS$)
Fonte:Secex/MDICElaboração:Diset/Ipea
BID.indb 633 13/06/16 16:43
634 Mapeamentodabaseindustrialdedefesa
Demonstra-seassimovalortotalexportadoemcadaanodeprodutosdealta,média-alta,média-bai-xaebaixaintensidadetecnológica,alémdasexpor-taçõesnãoindustriais.Nessamesmatabela,constamaindaonúmerocorrespondenteàNCMdistintoex-portadopeloconjuntodefirmaseonúmerodepaí-sesdedestinodistintosdasexportaçõesrealizadas.
Ográfico20éumareproduçãovisualdatabela18enelesepodevisualizarqueosprodutosdemaiorexporta-çãopelosegmentosãodemédia-altaintensidadetecnoló-gica,quealcançamquaseatotalidadedovalorexportado.
Note-se,contudo,queositensexportadosnaca-tegoria de “alta tecnologia” são pouco significativos(gráfico20).Issoocorresobretudoporqueasempresasbrasileirastêmsemantidomaisfortesnaexportaçãodeprodutosmecânicos,comoespingardas,carabinasesuasdevidasmunições.Issoserádemonstradologoadiante,aoseremenumeradososprincipais itensde
Tabela 18Valor exportado por intensidade tecnológica (2008-2013)
(EmUS$)
Ano
Número de NCMs distintos
exportados
Número de países
de destino distintos das exportações
Valor total exportado
Valor exportado –
alta intec
Valor exportado – média-alta
intec
Valor exportado – media-baixa
intec
Valor exportado – baixa intec
Valor exportado
– não industriais
2008 113 75 209.181.056,00 8.704.663,00 199.951.447,00 359.773,00 165.057,00 116,002009 142 79 262.982.100,00 5.274.820,00 256.737.709,00 457.389,00 512.178,00 4,002010 170 75 271.276.765,00 5.667.037,00 262.162.741,00 922.090,00 2.524.897,00 -2011 184 72 258.618.034,00 3.353.706,00 253.770.013,00 437.786,00 1.024.350,00 32.179,002012 116 76 289.904.322,00 1.165.883,00 284.840.396,00 415.937,00 2.744.144,00 737.962,002013 83 75 319.225.049,00 1.214.322,00 313.984.396,00 376.440,00 3.407.091,00 242.800,00
Fonte:Secex/MDICElaboração:Diset/Ipea
Ainda assim, a balança comercial no período2003-2007 aponta para um superavit (exportaçõesmenosimportações)totaldeUS$492.913.348eumsuperavitmédiodeUS$24.904.678porempresa.
Ouseja,tantoasexportaçõesquantoasimpor-taçõesaumentaram,provavelmenteporqueos itensimportados são utilizados para suprir as demandasde fabricação, a fim de serem comercializados noexterior. O resultado positivo da balança comercialdemonstraque ademandaestrangeira é significati-va,superandoaimportaçãoparacomercializaçãoem
territórionacional.Restasaberseositensimportadossãoefetivamentedispositivosparautilizaçãonama-nufaturadeprodutosparaexportação.Esseéotemadasseçõesseguintes.
Principais itens da NCM exportados e importa-
dos de 2008 a 2013
Abaixosegueatabela18,quenãoapenasindicaovalorexportadoanoaanopelasfirmasdosegmen-to,mastambémclassificaa intensidadetecnológicadositensexportados.
altaemédia-alta intensidadetecnológicaexportadosentre2008e2013,noformatodaNCM.
Dequalquerforma,atabela19trazosdadosdeimportação,considerando-setambémosprodutosdealta,média-alta,média-baixaebaixaintensidadetec-nológica,alémdasimportaçõesnãoindustriais.
Ográfico21éuma reproduçãoda tabela19edemonstraapreponderânciadositensdealtaemé-dia-altaintensidadetecnológicanototaldovalorim-portadopelasempresasdosegmento.
Produtoseletrônicos,emgeral,nãosãoofortedaindústrianacionalnestesegmento,conformeafirma-donaprimeira seção.Aindaassim,asempresas têmimportado microprocessadores a fim de produziremequipamentos categorizados como de “alta tecnolo-gia”.Evidentemente,essesitenspodemserutilizadosnamanufaturadeprodutosparaatendermaisaomer-cadonacionaldoqueàsexportações.
BID.indb 634 13/06/16 16:43
Equipamentosdeusoindividual 635
Gráfico 20Valordositensexportadosporintensidadetecnológica(2008-2013)
(EmUS$)
Fonte:Secex/MDICElaboração:Diset/Ipea
Gráfico 21Valordositensimportadosporintensidadetecnológica(2008-2013)
(EmUS$)
Fonte:Secex/MDICElaboração:Diset/Ipea
BID.indb 635 13/06/16 16:43
636 Mapeamentodabaseindustrialdedefesa
Os números demonstram que o segmento vemimportando,emsuamaioria,itensde“altatecnologia”e exportando preponderantemente de “média-alta”.Emborataldinâmicapossaseridentificadanateoriadasvantagenscompetitivas (VasconceloseCyrino,2000,p.20-37),seriabenéficoparaoBrasilaumentaraex-pertiseeacapacidadeprodutivadesuasempresasparaamanufaturadeitensdealtaintensidadetecnológica,como microprocessadores por exemplo. Afinal, estesestãopresentesnasmaisdiversasáreaseequipamen-tos,sendosaudávelparaopaísnãoficareternamenterefémdoconhecimentoedasfirmasestrangeiras.
Sejacomo for,ográfico22demonstrao resul-tadodabalançacomercialdeexportaçõesversusim-portações, cruzando-se os totais apresentados nastabelas18e19.
Observa-se,dessemodo,que,desconsiderando-seaintensidadetecnológicadosprodutos,osaldolíquidotemsidofavorávelparaasempresasdosegmento,sobretudoem2012e2013,períodosemqueosuperavitchegou,respectivamente,aUS$195milhõeseUS$191milhões.
Principais itens de alta e média-alta inten-
sidade tecnológica exportados pelas empresas
de 2008 a 2013
Na tabela 20, são apresentados os principaisitens de alta e média-alta intensidade tecnológica,no formato daNomenclaturaComumdoMercosul,exportadospelasempresasdosegmentoentre2008e2013.
Algumas observações sobre esses itens foramadiantadas na seção anterior ao analisarem-se osvaloresexportadose importadosnoperíodo.Nestemomento,portanto,ofocoédescerumníveldepon-deraçãoeenumerarosprincipaisitensquecompõemabalançacomercial.
AdecodificaçãodasNCMséfeitanográfico23,noqualseobserva,comodestacadopreliminarmente,que“cartuchosparaespingardasecarabinasdecanoliso” foram o principal produto de alta e média-altaintensidade tecnológica de exportação entre 2008 e2013,correspondendoaUS$753.004.062emvendas.Osprodutosseguintessão“espingardaecarabinasparacaçaoutiroaoalvo”,alcançandoUS$719.764.579.
Outrositensexportados,porémcomproporçãodevendabemmenorqueosprimeiros,sãofoguetesde sinalização/artigos de pirotecnia, partes/acessó-riosdearmaseestopins.Tambémdespontamdispo-sitivosdiversificados,comotelefoneseparaquedas,ressaltando,mais uma vez, a variedade tecnológicadosegmento.
Principais itens de alta e média-alta inten-
sidade tecnológica importados pelas empresas
de 2008 a 2013
Porsuavez,atabela21exibeosprincipaisitensdealtaemédia-altaintensidadetecnológicaimporta-dospelasempresasdosegmentoentre2008e2013,seguindo o formato da Nomenclatura Comum doMercosul.
Tabela 19Valorimportadoporintensidadetecnológica(2008-2013)
(EmUS$)
Ano
Número de NCMs distintos
importados
Número de países
de origens distintas das importações
Valor total importado
Valor importado –
alta intec
Valor importado – média-alta
intec
Valor importado – media-baixa
intec
Valor importado – baixa intec
Valor importado
– não industriais
2008 413 45 97.365.196,00 49.705.471,00 27.925.326,00 17.330.136,00 2.207.699,00 196.564,00
2009 405 44 81.804.909,00 36.508.080,00 32.100.103,00 11.093.462,00 2.049.667,00 53.597,00
2010 453 50 131.121.658,00 64.776.556,00 44.799.606,00 17.877.457,00 3.627.912,00 40.127,00
2011 421 46 124.498.008,00 64.562.550,00 33.784.987,00 21.945.865,00 4.204.606,00 -
2012 438 43 94.609.766,00 31.417.473,00 34.761.545,00 23.477.018,00 4.951.811,00 1.919,00
2013 450 41 127.373.741,00 37.479.334,00 36.499.507,00 48.995.060,00 4.399.840,00 -
Fonte:Secex/MDICElaboração:Diset/Ipea
BID.indb 636 13/06/16 16:43
Equipamentosdeusoindividual 637
Tabela 21NCMsImportadosemfunçãodosvalores
(2008-2013)
Principais NCMs importados Valor correspondente (US$)39219012 3065755074031100 2223534185423120 2084321090318099 2053112678019100 1963142685423939 1932506139033020 1888161436010000 1883368993063000 1693594783030000 16463903
Fonte:Secex/MDIC
Elaboração:Diset/Ipea
AvisualizaçãodasNCMspodeserfeitanográfico24.Observa-se,assim,queasempresasvêmimportandoprincipalmente“chapaseplásticos”(US$30.657.550)e
“catodosdecobrerefinado”(US$22.235.341).Algunstiposde“mcroprocessadores”,noentanto,tambémdes-pontamdentreosprincipaisitensdeimportação.
Tabela 20NCMsexportadosemfunçãodosvalores
Principais NCMs exportados Valor correspondente (US$)93062100 75300406293033000 71976457936049090 3945448893059090 2693825636030000 2157781994029090 579538385171891 319612485177010 296538888040000 288925354071021 2611812
Fonte:Secex/MDICElaboração:Diset/Ipea
Observe-sequeadivisãoderecursossobreositens,nocasodasimportações,ébemmaiordoqueaqueocor-renasexportações,mostradasnográfico23,nasquaishaviaumaclaraconcentraçãosobrecartuchoseespin-gardas/carabinas.Nocasodográfico24,osvaloressãobemmaispróximosentresi;contudo,avariedadevaideitenscomocircuitosintegradosamatérias-primas,comochumbocomantimônioepólvoraspropulsivas.Issode-monstranovamenteavariedadedosegmentoeadiver-sidadedeprocessosprodutivospraticadospelasfirmas.
Cabeaquidestacarque44,4%dasempresasquepar-ticiparamdowebsurveyterceirizamparteouatotalidadedoprocessoprodutivo(tabela22doapêndice).Dessas,72,5%perfazemtalterceirizaçãoentreempresasnacionaiseapenas27,5%entreempresasestrangeiras(tabela23doapêndice).Complementarmente,para44,4%dessasempresas,oper-centualmédiodasreceitasquetemsidoutilizadoparacom-pradeinsumosdefornecedoresexternosvaide0%a25%epara22,2%delas,essepercentualvaide25%a50%dasreceitas(tabela25doapêndice).
BID.indb 637 13/06/16 16:43
638 Mapeamentodabaseindustrialdedefesa
Gráfico 23Principaisprodutosexportadospelasempresas(2008-2013)
(EmUS$)
Fonte:Secex/MDICElaboração:Diset/Ipea
Gráfico 22Resultadodabalançacomercial(2008-2013)
(EmUS$)
Fonte:Secex/MDICElaboração:Diset/Ipea
BID.indb 638 13/06/16 16:43
Equipamentosdeusoindividual 639
Quantoaosprodutos/serviços/obras/informaçãoqueasempresasparticipantesdowebsurveyoferecem,55,6%delasdeclararamquesãoutilizadosmateriais/componentes sujeitos a cerceamento tecnológico e22,2%consideraramdedifícilobtenção(tabela26doapêndice).A problemática das barreiras tecnológicasfoitratadanasentrevistasrealizadasduranteasvisitastécnicas.Nessesentido,apergunta6(anexoA)éen-fática:“Suaempresajásofreualgumtipoderestriçãotecnológicaparaaimportaçãoouexportaçãodeequi-pamentosou insumos?Quetipoderestrição?Comoessasrestriçõesafetaramasuaprodução?Quaisforamassoluçõesdaempresaparacontornarassituações?”.
A Empresa 1, que intermedia negócios de foraparadentrodoBrasil–inclusiveimportações–,afir-ma:“muitasdasempresasestrangeirasqueapoiamossofrem restrições de vendas de produtos ou trans-ferênciade tecnologianomercadobrasileiro”.Trata-se, assim,deumaquestãodeproteçãodomercado
Gráfico 24 Principaisprodutosimportadospelasempresas(2008-2013)
(EmUS$)
Fonte:Secex/MDICElaboração:Diset/Ipea
nacionalque,notoriamente,nemsempreéamelhoropçãoemtermosdecompetitividadeestratégicaparaadefesabrasileira.
JáaEmpresa2(internacional,instaladanoBrasilhádoisanos)destacaquenãopassouporrestrições,“massimdificuldadescomumequipamentoparadoporcausadeburocracias.Apesardenãotertidonadailegal,tive-mosquearcarcomaltosgastosnoportoeburocraciasincompreensíveis.Háumabarreiramuitograndenesseaspecto”.Portanto,nestecaso,osempresáriosseressen-temdaprópriaburocraciadoBrasilparaimportação.
AEmpresa3garanteque“nuncachegouaterres-trições,mascomrelaçãoaocomponenteCS,percebe-mosque,seacontecesse,poderiapararanossafabri-caçãodegáslacrimogênio”.Ouseja,aoconstatarqueum componente de necessidade poderia parar todaumalinhadeprodução,aempresafezinvestimentosecrioumecanismosdeproduçãopróprios,afimdenãoficarrefémdofabricanteinternacional.
BID.indb 639 13/06/16 16:43
640 Mapeamentodabaseindustrialdedefesa
2011
PAIS_Exp_2011CO_PAIS_Exp_2011
Val_PAIS_Exp2011
EstadosUnidos 249 115.508.608Alemanha 023 24.469.562ReinoUnido 628 20.999.391Cingapura 741 17.085.842Argentina 063 11.459.557Estônia 251 9.126.976Filipinas 267 7.872.187Colômbia 169 7.023.086Chile 158 3.215.167Tunísia 820 3.087.911
2012
PAIS_Exp_2012CO_PAIS_Exp_2012
Val_PAIS_Exp2012
EstadosUnidos 249 144.889.988Estônia 251 21.703.764Cingapura 741 12.221.972Bélgica 087 10.847.740
2012
PAIS_Exp_2012CO_PAIS_Exp_2012
Val_PAIS_Exp2012
Bahrein 080 10.233.308Chile 158 9.557.704Alemanha 023 8.621.209ReinoUnido 628 7.417.871Emirados ÁrabesUnidos
244 5.578.136
Omã 556 4.497.4692013
PAIS_Exp_2013CO_PAIS_Exp_2013
Val_PAIS_Exp2013
EstadosUnidos 249 162.359.220Emirados ÁrabesUnidos
244 36.468.523
Alemanha 023 14.542.922ArábiaSaudita 053 12.411.297Estônia 251 11.224.643Colômbia 169 7.516.609Chile 158 6.125.644Cingapura 741 4.575.314Bélgica 087 3.970.393Filipinas 267 3.758.734
Fonte:Secex/MDIC
Elaboração:Diset/Ipea
JáaEmpresa4enfatiza: “restrição tecnológica,não.Háumademandaacumuladanaimportaçãodealgunsitens[de]queprecisamos,porqueaquestãodalicençade importaçãoacabasetornandoumacoisarigorosa,masnãotivemosproibiçõesatéomomen-to”.Novamente,nestecaso,aempresaseposicionacontráriaamecanismosdeburocraciaecontroledogovernobrasileiro.
Porfim,aEmpresa5 reitera: “hácerceamentosque implicam que certos equipamentos e insumosnão possam ser empregados para fabricar materialbélico”.Conformemencionado,existeacondição,im-postapelosfornecedores,dequealgumasmáquinasnãosejamusadasparaproduzirarmamentos.Logo,arestriçãoestánoempregodosequipamentosouinsu-mos,enãopropriamentenoseufornecimento.
Principal destino das exportações entre 2010
e 2013
A tabela 22 apresenta os principais países dedestinodasexportaçõesdosprodutosdosegmentoentre2010e2013.Osdadosestãoorganizadosemordemdecrescente,dospaísesquemaiscompraramdasfirmasparaosquemenoscompraram,dentreosimportadores.
Dentre os países importadores localizados naAméricaLatina,despontam,emperíodosnãocons-tantes,Argentina,ColômbiaeChile(gráfico25).
Tabela 22Principaispaísesdedestinodasexportações(2010-2013)
2010
PAIS_Exp_2010CO_PAIS_Exp_2010
Val_PAIS_Exp2010(US$)
EstadosUnidos 249 135.791.672Reinounido 628 28.955.563Alemanha 023 20.936.259Cingapura 741 15.575.192Argentina 063 9.336.191Estônia 251 7.767.783Filipinas 267 4.218.877TrinidadeeTobago 815 4.164.031Colômbia 169 4.083.900Suécia 764 3.692.924
continua...
Tabela 22(continuação)
BID.indb 640 13/06/16 16:43
Equipamentosdeusoindividual 641
Gráfico 25Principaispaísesdedestinodasexportações(2010-2013)
(EmUS$)25A–2010
25B–2011
Aproblemáticadecomoasempresasdosegmen-to são representadas, aumentando as suas possibili-dadesdenegócio,foitratadanasentrevistastécnicas.Nessesentido,apergunta3(anexoA)teveaseguinteformulação:“Agênciasdedesenvolvimentoeassocia-çõesdeempresasdedefesaesegurançatêmsidoúteisparaessessetoresnoBrasil?Porfavor,justifique.”.Asrespostasparatalperguntasãouníssonasereconhe-cemaimportânciadasagênciase,principalmente,dasassociações:
Porcongregarosinteresseseconhecerasdificuldadesdosetor,
[asagênciaseassociações]buscamcontinuamenteacriaçãode
umaconjunturafavorável,defendendoosetor(Empresa1).
A [Associação Brasileira das Indústrias deMateriais de
DefesaeSegurança]Abimdeéessencial.Atravésdesta,é
possívelterumavisãodemercadointegrada(Empresa2).
SeolharmosaAbimdededezanosatrás,aAssociaçãoevoluiu
etemajudadoasempresasdeformaestratégica(Empresa3).
BID.indb 641 13/06/16 16:43
642 Mapeamentodabaseindustrialdedefesa
Gráfico 25Continuação25C–2012
25D–2013
Fonte:Secex/MDICElaboração:Diset/Ipea
–77,8%atribuíramimportância“altaoumuitoalta”paraessesaspectos.Essemesmopercentualfoidadoaofatodeseconsiderarquegovernosdeoutrospaísesauxi-liamassuasempresasmaisdoqueogovernobrasileirofazcomasnossas(apêndice,tabela28).Outrosfatorestambémforamindicadoscomgrandepeso,como:taxade câmbio desfavorável, custos portuários e aeropor-tuários, burocracia interna, falta de seguro de créditoebarreiras técnicasdepotenciaispaísescompradores–todosessesobstáculosconsideradosdeimportânciaaltaoumuitoaltapor66,7%dosrespondentes.
Sãoaspectosvariados,masquedestacamodese-quilíbriodo“custoBrasil”peranteomercadointernacio-nal.Custosdetransporte,taxasportuáriaseexcessodeburocraciainternasãoalgunsexemplostípicoscitadospelosempresáriosduranteasvisitastécnicas.
continuanapróximapágina...
AEmpresa4vislumbraumcrescimentonopa-peldasrepresentantes:“InstituiçõescomoAbimdee[AssociaçãoNacional deArmas eMunições]Aniam são importantes e dentro do conceito de indústria nacional, sem dúvida,essasassociações,comopas-sardotempo,poderãosercadavezmaisrelevantes.Temosqueentenderqueomercadonacionalémuitopequeno;ouexistequalidadeounãoexisteindústria.”.
JáaEmpresa5–queégovernamental–reconheceopapeldasassociações,especialmenteparaarealizaçãode negócios no exterior: “[Elas] têmviabilizado novoshorizontesdenegóciosparaasempresasdosegmento.”.
Emse tratandodeobstáculosnabuscapormer-cados externos, os empresários que responderam aowebsurveyderamelevadarelevânciaparaocusto,tan-todotransporteinternoquantodofreteinternacional
BID.indb 642 13/06/16 16:43
Equipamentosdeusoindividual 643
Principal origem das importações
entre 2010 e 2013
Emcontrapontoàsanálisesrealizadasnaseçãoanterior,atabela23demonstraaprincipalorigemdasimportaçõesdasempresasdosegmentoentre2010e2013.
Tabela 23Principaispaísesdeorigemdasimportações
(2010-2013)
PAIS_Imp_2010CO_PAIS_Imp_2010
Val_PAIS_Imp2010
(US$)China 160 50.621.610Malásia 455 7.399.104EstadosUnidos 249 6.650.998Bélgica 087 4.781.494Taiwan(Formosa) 161 4.687.819RepúblicaTcheca 791 4.571.237Chile 158 4.176.652,00Suécia 764 3.673.885França 275 3.423.266CoreiadoSul 190 3.192.972
PAIS_Imp_2011CO_PAIS_Imp_2011
Val_PAIS_Imp2011
China 160 56.662.049CoreiadoSul 190 6.961.699EstadosUnidos 249 3.405.336Vietnã 858 3.312.271Suécia 764 3.310.160França 275 3.169.007Malásia 455 2.605.582Suíça 767 2.560.602Bélgica 087 2.006.527Taiwan(Formosa) 161 1.992.794
PAIS_Imp_2012CO_PAIS_Imp_2012
Val_PAIS_Imp2012
China 160 26.191.833EstadosUnidos 249 5.729.771Taiwan(Formosa) 161 5.019.639CoreiadoSul 190 4.975.184Bélgica 087 3.066.567Suíça 767 2.881.694Suécia 764 2.639.951França 275 2.620.077Estônia 251 1.906.842Malásia 455 1.800.130
PAIS_Imp_2013CO_PAIS_Imp_2013
Val_PAIS_Imp2013
China 160 27.943.446EstadosUnidos 249 8.726.432Taiwan(Formosa) 161 8.305.292CoreiadoSul 190 6.373.940França 275 2.857.147Tailândia 776 2.813.330Bélgica 087 2.633.910Malásia 455 2.384.540Suécia 764 2.331.061Suíça 767 1.875.735
Fonte:Secex/MDICElaboração:Diset/Ipea
Nestecaso,aChinasemantémcomoaprincipalorigemdas importações. Enquanto isso, os EstadosUnidosficamentreosegundoeoterceirolugar,con-trastandocomaposiçãodeprimeirodestinodasex-portações,demonstradanaseçãoanterior.
Deformasimilaràsanálisesdaseçãoanterior,umpaís,sozinho,contabilizoumais,emquasetodososanos,doqueasomatóriadosdemais.
Neste caso, porém, o país é a China, não osEstadosUnidos,eoparadigmaéodeimportaçõespe-lasfirmasdosegmentonoBrasil.
Em2010foramimportados,daChina,US$50,6milhõesemprodutos,enquantoasomatóriadeim-portaçãodorestantedospaísesfoideUS$42,5mi-lhões.Domesmomodo,em2011adquiriram-sedaChinaUS$56,6milhões, contraUS$29,3 dos de-mais.Noanode2012,aChinaficoucomUS$26,1milhões,aopassoqueorestante(destavezcompar-ticipaçãomaior),comUS$30,6milhões.Finalmente,em2013US$27,9milhõesforamdestinadosàChinaeUS$38,3milhões,aosdemais.
Observa-se, por outro lado, que a variação dosdemaispaísessegueumatrajetóriaascendente–comgastoscadavezmaiselevadosem2011e2013,en-quantoosvaloresdestinadosàChinapassamporumareduçãoquaseconstantenoperíodo.Tambémficacla-roqueasempresasdosegmentoimportarammenos,tantodaChinaquantodosdemaispaíses,de2011a2013doquehaviamfeitoem2010.
Tabela 23(continuação)
continua...
BID.indb 643 13/06/16 16:43
644 Mapeamentodabaseindustrialdedefesa
Indoalém,acomposiçãodareceitaanualdeven-dasinternacionaisde2010a2013–dentreasempre-sasqueresponderamaowebsurvey–foicompostadeumamédiade19,5%devendasparaclientesdaáreadedefesa.Enquanto isso,16,5% foramdestinadosàsegurançapúblicae64,1%,aclientescomerciais (ta-bela24doapêndice).
Inovação
Interação universidade-empresa medida pelo
diretório de grupos de pesquisa
Quanto aos grupos de pesquisa do CNPQ,duasempresasparticipamdeumgrupo,enquantoumaparticipadesetegrupose41nãoparticipamdenenhum.Demonstra-seassimapoucaadesivi-dadedasempresasaosgruposdepesquisa.
Tabela 24Adesividadedasempresasaosgruposdepesquisa
doCNPqNúmero de grupos de
pesquisaNúmero de empresas
1 27 1
Fonte:ConselhoNacionaldeDesenvolvimentoCientíficoeTecnológico(CPNq)
Elaboraçãodoautor
Por outro lado, os grupos de pesquisa exis-tentes apresentam resultados expressivos. Natabela25,sãoapresentadososdadosgeraisdosgrupos e suas características – número de dou-tores, artigospublicadosnoBrasil enoexterior,dentreoutrasinformações.
Dentreosgrupos,destaca-seode“LaboratóriodeÓpticaeSistemasAmorfos”,compostopordezdoutores.Trata-se daquele commaior número depublicações internacionais dentre os abrangidosnesta pesquisa: 133 artigos. O grupo publicouainda 25 artigos nacionais. Em seguida, despontao “Laboratório deDesign e Seleção deMateriais”,com cinco doutores, 28 artigos nacionais e qua-torze internacionais publicados. Na sequência, o“GrupodeEngenhariadeProdutoeProcesso”,com
cinco doutores, que publicaram 21 artigos nacio-naisequinzeinternacionais.
Quantoàpercepçãoderelevânciadosgrupos,os empresários apresentaram respostas variadasparaosquestionamentos:“OsgruposdepesquisaexistentesnoBrasil (comoosdoCNPQ) têmsidoúteisparaasuaempresa,porquê?Nessamesmali-nha,osartigoscientíficospublicadosporpesquisa-doresbrasileiroseestrangeirostêmsidoúteisparaaempresa,porquê?”(pergunta4,anexoA).
A Empresa 1, por exemplo, que intermedianegóciosinternacionais,nãoconsideraosgruposdepesquisa eos artigosúteis, pois, segundoosempresários, o seu trabalho “está mais voltadoparamarketing, ambiente de negócios e gestãode projetos”. Sobra, assim, “pouco tempo paraatualização científica”. Já a Empresa 2 “utilizapublicações que possam ser aplicadas parapesquisasinternas”.
UmasituaçãosemelhantesedáentreaEmpresa4ea5.Paraaquela,“atéomomento,gruposdepesquisaexistentesnoBrasilnãotêmsidoumbenefício.Quantoaosartigoscientíficos,ospriorizadossãotodosdaáreadeengenharia”.Paraesta,“osetordeengenharia(queéoresponsávelpelaspesquisas)comcertezaachamuitoúteis,tantoosgruposquantoosartigos”.
Nesse contexto, a Empresa 3 é amais ativa daamostra:“HáumgrupodepesquisasdoCNQPdoqualfazemosparteatualmente.Háumprojetodeeditalemandamentocomoobjetivodefixarmestresedoutorespara trabalharemprojetosmaisavançados”.Quandoquestionadossobreseaempresaacompanhaartigoscientíficos publicados por pesquisadores brasileirose estrangeiros, os entrevistados são enfáticos: “Sim,masnoBrasil,especificamenteemarmasnãoletais,aspublicaçõesnoassunto sãoquase zero”. Sobre seaspatentesdaempresasãoabertasnoInstitutoNacionalde Propriedade Intelectual (INPI) ou preservadas deacessoaopúblico–nostermosdaLeino9.279/1996e,sobretudo,doDecretono2.553/1998–,osempre-sários responderam: “Asnossaspatentessãoabertasaopúblico”.Porfim,ficaclaroqueosdepósitosdepro-priedade intelectual também são feitos fora dopaís:“cadapatentetemumlugardeinteresse,comoBrasileEstadosUnidos,ondetambémregistramos”.
BID.indb 644 13/06/16 16:43
Equipamentosdeusoindividual 645
Gráfico 26Principaispaísesdeorigemdasimportações(2010-2013)
26A–2010
26B–2011
26C–2012
26D–2013
Fonte:Secex/MDICElaboração:Diset/Ipea
BID.indb 645 13/06/16 16:43
646 Mapeamentodabaseindustrialdedefesa
Tabe
la 2
5GruposdepesquisadoCNPqdequeasempresasparticipam
1
NRO
_ID
_GRU
PON
ME_
GRU
POG
rand
e_A
rea
Conh
ecim
ento
Qtd
e D
outo
res
Tota
l Arti
gos
Nac
iona
isTo
tal A
rtigo
s In
tern
acio
nais
Tipo
Re
laci
onam
ento
_1Ti
po
Rela
cion
amen
to_2
Tipo
Re
laci
onam
ento
_3
0067105CJCC75Q
Laboratóriode
ÓpticaeSistemas
Amorfos
CiênciasExatas
edaTerra
1025
133
Pesquisacientífica
semconsiderações
deusoimediatodos
resultados
Atividadesde
engenharianão
rotineirainclusiveo
desenvolvimento/
fabricaçãode
equipamentospara
ogrupo
Transferência
detecnologia
desenvolvida
pelogrupoparao
parceiro
00433044680VGC
GrupodePesquisa
emProcessamento
DigitaldeSinais
Engenharias
33
13
Pesquisacientífica
comconsiderações
deusoimediatodos
resultados
--
0043304BDG8XGO
GrupodePesquisa
emComunicações
–GPqCom
Engenharias
719
14
Pesquisacientífica
comconsiderações
deusoimediatodos
resultados
Treinamentode
pessoaldoparceiro
pelogrupo,incluindo
cursosetreinamento
“emserviço”
-
0043304N1KXIW0
Grupode
Engenhariaem
Compatibilidade
Eletromagnética
(Gemco)
Engenharias
74
4
Transferência
detecnologia
desenvolvida
pelogrupoparao
parceiro
--
0043305JCBRMSM
Grupode
Engenhariade
ProdutoeProcesso
(Gepp)
Engenharias
521
15
Pesquisacientífica
semconsiderações
deusoimediatodos
resultados
--
19813049GQ1IS4
Laboratóriode
Microeletrônica
(LME)da
Universidade
Tecnológica
FederaldoParaná
(UTFPR)
Engenharias
10
3
Atividadesde
engenharianão
rotineirainclusive
odesenvolvimento
deprotótipo,
cabeçadesérieou
planta-pilotoparao
parceiro
--
continuanapróximapágina...
BID.indb 646 13/06/16 16:43
Equipamentosdeusoindividual 647
NRO
_ID
_GRU
PON
ME_
GRU
POG
rand
e_A
rea
Conh
ecim
ento
Qtd
e D
outo
res
Tota
l Arti
gos
Nac
iona
isTo
tal A
rtigo
s In
tern
acio
nais
Tipo
Re
laci
onam
ento
_1Ti
po
Rela
cion
amen
to_2
Tipo
Re
laci
onam
ento
_3
31903043BKW5DM
GrupodePesquisa
eDesenvolvimento
emSistemasde
Telecomunicações
Engenharias
21
1
Treinamento
depessoaldo
parceiropelogrupo,
incluindocursose
treinamento“em
serviço”
Atividadesde
consultoriatécnica
nãoenglobadas
emqualquerdas
categoriasanteriores
-
5672103BY4RH3L
GrupodeSistemas
Embarcadose
Distribuídos
CiênciasExatas
edaTerra
38
2
Pesquisacientífica
comconsiderações
deusoimediatodos
resultados
Outrostipos
predominantesde
relacionamentoque
nãoseenquadrem
emnenhumdos
anteriores
-
019261245PLEGA
Laboratóriode
Des
igneSeleção
deMateriais
CiênciasSociais
Aplicadas
528
14
Pesquisacientífica
comconsiderações
deusoimediatodos
resultados
--
Fonte:CNPq
1 ArazãosocialeoCNPJdasempresasforampreservados
Elaboraçãodoautor
Tabe
la 2
5(continuação)
BID.indb 647 13/06/16 16:43
648 Mapeamentodabaseindustrialdedefesa
Das empresas que responderam aowebsurvey eparaasquaisascategoriaselencadasaseguirseaplicam, 14% consideram que parcerias com cen-trosdepesquisamilitarestiveramumaimportânciaaltaparadesenvolverinovaçõesentre2010e2013.Outras14%consideramquetalimportânciafoimé-diae71%aconsiderambaixaounãorelevante.
Quanto a centros de pesquisa civis, 14% dasempresasconsideraramasparceriasdealtaimpor-tância;enquanto29%,demédia;e57%,debaixaounãorelevantes.
Porfim,emrelaçãoàsuniversidades,nenhumaempresa considerou que as parcerias foram rele-vantesde2010a2013,enquanto43%afirmamqueforammedianase57%,debaixaounenhuma rele-vânciaparaodesenvolvimentodeinovações.Asres-postasestãodisponíveisnatabela39doapêndice.
Aindaemrelaçãoàsempresasqueresponderamaoquestionário,66,7%declararamnãoterrecebidotransferênciadetecnologia(know-how)deprocessoouprodutoemsuas atividades comoutrasorgani-zações,aopassoqueapenas33,3%afirmamteremobtidotalexpertise(tabela41doapêndice).
Cinco empresas foram questionadas, duranteasvisitastécnicas,sobreoseurelacionamentocominstitutos de pesquisa e universidades.O questio-namento foio seguinte: “Comodescreveria a rela-çãoentre suaempresaeos institutosdepesquisadasForçasArmadasecomuniversidades/centrosdepesquisa emgeral?A participação da empresa en-volve apenas fornecimento de bens e serviços ouhádesenvolvimentoconjuntodeprojetosdeP&D?Como ocorre essa interação? (pergunta 1). Dentreas repostas,fica claroqueamaior interação sedácomalgunsinstitutosmilitares.Éocasoquesegueabaixo,porexemplo.
Como uma parcela importante do nosso trabalho de
consultoria para grandes fabricantes estrangeiros de
materialdedefesaéauxiliá-losnamontagemdaspro-
postas de offset, mantemos estreito contato com os
institutos de pesquisa das Forças Armadas. Projetos
conjuntosemP&Dsãoatraentesepermitemousode
multiplicadores elevados, no entanto, são os demais
difícilimplementação(Empresa1).
O reconhecimento da integração empresa-uni-versidade/institutodepesquisa,aliás,éumaconstanteentreosentrevistados:
Existeessaintegração.Hápesquisadoresdentrodaem-
presa. No Brasil, já iniciamos acordos com o [Instituto
Militar de Engenharia] IME, [Pontifícia Universidade
Católica] PUC de São Carlos, [Universidade de São
Paulo]USP,[UniversidadeFederaldeSãoCarlos]Ufscar
e[InstitutoTecnológicodeAeronáutica]ITA.Comessas
instituições jáexisteumaaproximação, inclusivealguns
projetosvisualizados.Ofatoéqueparaseterumaem-
presadetecnologiadeponta,éessencialteraajudade
pesquisas nas universidades.A nossa empresa tem em
médiaquatrocentosprofissionaiseofereceoportunida-
desdeestágiosetraineesparauniversitários(Empresa2).
Emtermosdeparcerias,naestruturasoboMinistériodaDefesa,oIMEsesobressainosegmento.AEmpresa4,porexemplo,afirmaque,“dentreosinstitutosdepes-quisa,háumacordocomoIME.Trata-sedeumestágioparaformaçãodeengenheirosmilitares.Gostaríamosdetermaissoluçõesinovadorasemparceriascomossetorespúblico-privado”.AEmpresa5vainessamesmalinha:“háparceriascomoIME.Anossaempresanãofazpesquisa,sódesenvolvimento”.
JáaEmpresa3vembuscando,inclusive,finan-ciamentoacadêmicopúblicoparagerarinovação:
há alguns anos, foram buscados recursos junto à
[Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio
deJaneiro]Faperj, comafinalidadededesenvolvero
primeiroprotótipodearmaelétricanão letal.Háain-
daumoutroprojetodearmasnãoletaisemandamen-
to, em parceria com o [Centro Federal de Educação
TecnológicaCelsoSuckowdaFonseca]Cefet.
Perguntou-setambémàEmpresa3“comoocorreadi-nâmica–seogovernofazumaencomendaouseaempresapercebeoquepodeserútilparaomercado. Arespostafoiesta:“osetordeencomendaaindanãoexiste.Anossaem-presaidentificaoqueestáescassoepropõeumprodutoqueconsideraútilaogoverno.Háumcontatocomousuáriodoprodutoeesteopinaseestábomounão,eaempresaim-plementaalteraçõesaosprodutosanteriormenteoferecidos.
BID.indb 648 13/06/16 16:43
Equipamentosdeusoindividual 649
Quantoàsparcerias,tambémaEmpresa3citaoInstitutoMilitardeEngenhariacomdestaque:“háumconvêniocomoIMEemandamentoparapossibilidadedebolsasdaempresaemcursosdemestradoedouto-radoparaquemtenhainteresseemdesenvolverproje-tos”.Porfim,essafirmademonstraaimportânciaquetemdadonãosóàpesquisaaplicada,masàbásica:“AnossaempresabeneficiouumalunodemestradoemQuímicada [UniversidadeFederaldoRiodeJaneiro]UFRJcomumabolsadeestudospelofatodapesquisadeleserdenosso interesse,apesardenãohaverex-pectativadegerarumapatente,poisonossoobjetivoéconhecermelhoraformulaçãodepesquisasbásicas”.
A próxima seção, referente à propriedade inte-lectual, temênfase justamentenaspatentesgeradaspelasempresasdosegmento.
Propriedade intelectual
Número de empresas que depositaram patentes
no INPI
Atabela26indicaonúmerodeempresasquedepo-sitaramnpatentesnoInstitutoNacionaldaPropriedadeIntelectual.Cabemaquialgumasdistinçõessobreotipodepatente.Primeiro,omodelodeutilidade(MU)“pres-supõeapreexistênciadoobjetoqueelevisamelhorar”(Jucá,2012).Avalidadedestapatenteédequinzeanosacontardadatadodepósito(INPI,2012).
Tabela 26Númerodepedidosdepatentesdepositadospelas
empresasnoINPITipo MU
Número de pedidos MU Número de empresas1 52 13 17 1
Tipo PINúmero de pedidos PI Número de empresas
1 22 13 24 15 2
11 1
Fonte:INPI(2012)Elaboraçãodoautor
Já patente de invenção (PI) inclui “produtos ouprocessosqueatendamaosrequisitosdeatividadein-ventiva,novidadeeaplicaçãoindustrial.Suavalidadeédevinteanosapartirdadatadodepósito”(INPI,2012).
Noconcernenteaospedidosdemodelosdeuti-lidadenoINPI:i)cincoempresasregistraramumpe-dido;ii) umaempresaregistroudoispedidos;iii) umaempresaregistroutrêspedidos;eiv) umaempresare-gistrousetepedidos.QuantoàspatentesdeinvençãonoINPI: i) duasempresasregistraramumpedido; ii) umaregistroudoispedidos;iii)duasregistraramtrêspedidos; iv) uma empresa registrou quatro pedidos;v) duasempresasregistramcincopedidos;evi) umaempresaregistrouonzepedidos.
Nomomentodasvisitastécnicas,foiindagadoaosempresários“Quaissãoosprojetosfuturosdasempre-sasemrelaçãoaosegmentodeequipamentosdeusoin-dividual”(pergunta9doanexoA).Ofocodaquestãoerajustamenteodenovastecnologias,queestãosendopla-nejadasagoraouquejáestejamsendodesenvolvidas.
AEmpresa1,quevemseretirandodosegmento,afirmaque“estaráabertaanovasoportunidadesdenegócios”.Delineia-se,assim,queessafirmapoderáinclusive continuar operando com equipamento deusoindividual,dependendodaconjunturafutura.
JáaEmpresa2está“investindomaisespecifica-mentecominibidores”ecomeça“atrabalharnaáreaderobótica”.
AEmpresa3garanteque:
sempre há coisas em desenvolvimento. A munição
elétrica é desenvolvida pela nossa empresa e há outros
equipamentos em parcerias com países como Canadá,
Estados Unidos e Israel. Há também projetos que são
menosvisíveisparaousuário,como,porexemplo, subs-
tituiçãodepólvoranegraporpólvoradebasesimplesna
proporção.Nóstemosaprimeirageraçãodearmaselétri-
casdopaís.Hámodelosdemuniçãonovoseadaptações
deantigossendodesenvolvidosparausonomercado.
Aoseremquestionadosseofuturodesuasapli-caçõesseriamaisnaáreadedefesaousesegurançapública,osempresáriosafirmaramque “émaisparaapolícia[segurançapública].MasháumaguerrarealparaasForçasArmadashoje: agarantiada lei eda
BID.indb 649 13/06/16 16:43
650 Mapeamentodabaseindustrialdedefesa
ordem”.Ouseja,asoperaçõesmilitaresemterritórionacional,sobretudodepacificação,demandamdade-fesaequipamentosqueatéentãotinhamcomofocoasforçasdesegurança,conformejáexpostonapri-meiraseção.
AEmpresa4temumavisãosemelhanteàda3:“Atendênciaétambémexpandirparaomercadodearmasnãoletais”.
Por suavez, a Empresa 5 está “desenvolvendoum rádio demaior potência e que abranja, de for-ma muito eficiente, as diferentes necessidades decomunicação”.
Naseçãoseguinte,sãoapresentadosospedidosde patente das empresas ao INPI, com os seusrespectivosnúmeros.Alémdisso,sãoabordadasasquestõesdedualidadedastecnologiaseexpectativasem relação ao mercado, que complementamos depoimentos de projetos dos empresários,recém-apresentados.
Enumeração das patentes depositadas pelas em-
presas, de 2000 a 2011, dualidade das inovações
e expectativas
Nototal,82patentestiverampedidosfeitosnoINPIpelasempresasdosegmentoentre2000e2011.Aspa-tentescujospedidosforamdepositadossãoapresenta-dasnatabela27.
Trata-sedeumnúmerobaixodedepósitos,querepresenta umamédia demenos de duas patentessolicitadasporempresadosegmentoemumperíododeonzeanos.
Diantedisso,éimportantedestacarqueatota-lidadedasempresasqueresponderamaowebsurveyafirmam desenvolver pesquisa de projetos (tabela33doapêndice).Alémdisso,todaselasdeclaramterrealizadoatividadescontínuasdeP&Dentre2010e2013(tabela34doapêndice).
Quanto à dualidade das inovações, chegama 44,4% das respondentes as que desenvolveramprodutosoutecnologiasdestinadosaomercadoci-vilequeposteriormenteforamcomercializadosemmercadosmilitares(tabela36doapêndice).Dentreesseseconsiderando-seapenasosdeusoindividu-al,destacam-seosqueseguemabaixo(quadro2doapêndice):
Tabela 27Pedidosdepatentesdepositadospelasempresas1
NO_PEDIDO DATA_INICIO ID_IPCMU8100145 16/1/2001MU9001044 28/7/2010PI0903597 17/5/2011 A23J3/04PI0903597 17/5/2011 A23L1/0562PI0903597 17/5/2011 A23L1/311PI0904688 26/11/2009 B60P3/20PI0904688 26/11/2009 G06Q10/08MU8701991 30/10/2007MU8800128 31/1/2008MU8903061 7/10/2009PI0703384 17/5/2011 C09J193/04PI0802079 10/5/2011 A01N65/00PI1103018 24/6/2011 C06D7/00PI1103018 24/6/2011 F41H9/10PI1103252 7/7/2011 C09J193/04MU9101885 11/10/2011MU9000925 11/6/2010PI0500226 26/1/2005 F42B5/00PI0903295 11/9/2009 F41C27/00PI1002280 11/6/2010 F42B27/00MU8000273 7/2/2000MU8101475 29/6/2001MU8101811 24/7/2001MU8101813 24/7/2001MU8102549 28/9/2001MU8102550 28/9/2001MU8102592 18/1/2002 -PI0103090 28/5/2001 B01D27/08PI0103091 28/5/2001 B01D27/08PI1000476 9/2/2010 F16D65/06PI0202906 18/7/2002 C06B31/56PI0405356 1o/12/2004 F41H1/02PI0409550 6/10/2005 F42B33/14PI0418281 4/8/2006 F42B12/24PI0418281 4/8/2006 F42B12/34PI0418281 4/8/2006 F42B12/74PI0418281 4/8/2006 F42B33/00PI0519999 17/9/2007PI0520595 6/10/2005 F41H1/02PI1002167 17/6/2010 F42B6/00PI1004890 30/11/2010 F41B11/22MU8101441 21/6/2001PI0404086 17/9/2004 G02B21/00PI0204780 17/10/2002 A44B19/30MU8801151 6/6/2008PI0701001 26/2/2007 C14B7/00PI0706262 11/4/2007 C05F11/00MU8200292 14/2/2002PI0003687 15/8/2000 F41C27/00PI0104225 21/5/2001 F41G1/42PI0203776 13/9/2002 F41A17/02PI0301483 23/5/2003 F41A3/00
Fonte:INPI(2012)1ArazãosocialeoCNPJdasempresasforampreservados
Elaboraçãodoautor
BID.indb 650 13/06/16 16:43
Equipamentosdeusoindividual 651
▪ maca retrátil para ambulâncias civis emilitares;
▪ passadoresdeplásticodeengenharia;
▪ maca biarticulada para ambulâncias civis emilitares;
▪ barracasmilitares;
▪ reguladoresdeplásticodeengenharia;
▪ macapantográficaparaambulânciascivisemilitares;
▪ fivelasdeplásticodeengenharia;
▪ pranchadeimobilizaçãoepolietileno;
▪ argolasdeplásticodeengenharia;
▪ padiolamilitarparatransportedeferidos;e
▪ meias-argolasdeplásticodeengenharia.
▪ Poroutrolado,totalizam66,7%asquede-senvolveram produtos ou tecnologias ini-cialmente destinados amercadosmilitaresqueforamcomercializadosnomercadocivil(tabela36doapêndice).Dentreosexemploscitadospelasempresas(quadro3doapên-dice) e considerando-se apenas os de usoindividual,destacam-se:
▪ armamentos–pistolas;
▪ muniçõesdeprecisão;
▪ armamentos–cutelaria;
▪ softwareparaembarcadosedenavegação;
▪ coletesbalísticos;
▪ explosivoseacessórios;
▪ sistemaseletrônicoscríticos;
▪ espingardacalibre12;
▪ sistemasdeabrigostemporários–barracasdealtodesempenho;
▪ sistemasdemapeamento;
▪ nitrocelulose–colódio;e
▪ sistemasC2decomandoecontrole.
O percentual de empresas com expectativas“elevadas”paraqueas inovaçõesna linhadepro-dutoscivissejamaproveitadasparaáreadedefesanospróximoscincoanos(spin in)chegaa88,8%dototal das que responderam aowebsurvey.Apenas11,1%têmexpectativas“nadapromissoras”nesseaspecto.
Os percentuais são osmesmos para as em-presas que esperam que as inovações na linhade produtos de defesa sejam aproveitadas naárea civil (spin off) nos próximos cinco anos.Ouseja,88,8%delastêmexpectativaquevaide“ra-zoavelmente” a “muito promissoras” e somente11,1% uma expectativa de “pouco promissoras”.As respostas estão disponíveis na tabela 37 doapêndice.
Nesseponto,cabeumaanálisemaisespecífica.Conforme exposto anteriormente, são 44 as em-presasdosegmentodeequipamentosdeuso indi-vidual catalogadasnasRais.Destas, aDiretoriadePesquisas do IBGE selecionou dezesseis (36% dototal) paraverificar a implementaçãode inovações– tanto de produtos quanto de processos – entre2009e2011.
Os principais resultados dessa busca são apre-sentadosnatabela28.Nelaverifica-seque,dasde-zesseisempresasselecionadas,oitoproduziramino-vaçõesdeprodutos–50%do totaldaamostra.Damesmaforma,oitoimplementaraminovaçõesdepro-cessos.Alémdisso,seteempresas(43,7%daamostra)geraraminovações,aomesmotempo,deprodutoseprocessos.
BID.indb 651 13/06/16 16:43
652 Mapeamentodabaseindustrialdedefesa
Tabela 28Empresasqueimplementaraminovaçõese/oucomprojetos,segundoosgruposdeempresasselecionados
(2009-2011)
Grupos de empresas
selecionadas
Empresas
Tota
l
Que implementaram inovaçõesQue não
implementaram inovações
Tota
l
De produto De processo
De
prod
uto
e pr
oces
so Com projetos Com projetos
Tota
l
Nov
o pa
ra a
em
pres
a
Nov
o pa
ra o
m
erca
do n
acio
nal
Tota
l
Nov
o pa
ra a
em
pres
a
Nov
o pa
ra o
m
erca
do n
acio
nal
Tota
l
Inco
mpl
etos
Aba
ndon
ados
Am
bos
Tota
l
Inco
mpl
etos
Aba
ndon
ados
Am
bos
SegmentoH 16 8 7 4 3 8 6 3 7 4 2 - 2 1 1 - -
Fonte:IBGE,DiretoriadePesquisas,CoordenaçãodeIndústria,PesquisadeInovação2011Obs.:Foramconsideradasasempresasqueimplementaramprodutoe/ouprocessonovoousubstancialmenteaprimorado
Elaboraçãodoautor
Emboraosnúmerosnãotraduzamasituaçãodosegmento comoum todo, apontamparaumabuscaconstanteporinovação,sobretudoporque,daamos-tra de dezesseis empresas, apenas uma não imple-mentou inovações no período. Não obstante, trêsinovaçõesdeprodutosforamclassificadascomono-vasparaomercadonacional,assimcomooutrastrêsforamconsideradasinovaçõesdeprocessos.Ouseja,dessasignificativaamostrade36%dosegmento,ve-rifica-sequevêmsendoproduzidasnovastecnologiasdeportenacional, aumentando a competitividadeeaimportânciadasempresasdeequipamentosdeusoindividualnopaís.
Complementarmente, nas entrevistas técnicas,foiperguntadoaosempresários: “Quais sãoas suasexpectativas em relação às tendências demercado(internoeexterno)paraosegmentodeequipamen-tosdeusoindividual,considerandoospróximosdezanos?”.Trata-sedapergunta8,noanexoA.
A Empresa 1 mostrou-se desapontada:14 “anossa atuação nesse segmento está diminuindo
14.Nota do pesquisador: a empresa trabalhou durante anosintermediando negócios de equipamentos de uso individualimportados para o Brasil, mas vinha perdendo espaço nessesegmento para fabricantes com sede no país. Entrevistar osempresários nos interessou, neste caso, sobretudo por três
devido às dificuldades encontradas nos últimosanosparatrazerequipamentodeforaparaoBrasil”.Talfatodemonstraqueasfirmasnacionais–dentreas quais a 3, 4 e 5, cujas respostas seguemabai-xo – têm semantido predominantes nomercadointerno.
Em contraponto, a Empresa 2 – que é inter-nacional, instaladanoBrasil hádois anos, confor-me mencionado anteriormente – pretende con-tinuar investindo em inibidores e dispositivos desimulação:
sãosimuladoresdefalaesimuladoresinvisíveisparase-
remusadosemcamporeal.Tambémos integramosof-
tware.Aempresatemequipamentosinibidoresdefrequ-
ênciaparaocombatente.Então,seháalgumabombaa
serativada,oinibidorécapazdefazercomqueelanão
sejaacionada,desativando-a.Aempresatambémpossui
inibidoresdeveículosecelulares.
razões:i)aempresafezpartedosegmentodurantemaisdeumadécadaeadecisãodesairébastanterecente;ii)háperspectivade voltar a atuar no segmento, tanto que os produtos aindaestavam sendo anunciados em seu site; iii) entrevistá-los nosdariaumavisãodecomoosegmentopodeatrairouafugentarinvestidores–nacionaisouestrangeiros(tabela9doapêndice).
BID.indb 652 13/06/16 16:43
Equipamentosdeusoindividual 653
Note-se que tais dispositivos ainda encontrampoucaescaladeproduçãonacional,deixandoimplíci-to que sua importação, ou fabricação local por umaempresainternacional,podegerarbenefíciosparaasForçasArmadaseforçasdesegurança,bemcomolu-croàfabricante.
JáaEmpresa3,nacional,“apostaemumcres-cimentorigoroso,nãosódedemanda”.Naspalavrasdosempresários:“háumcampomuitopropícioparaarmasnãoletais,tantonoBrasilquantonoexterior”.
Porsuavez,aEmpresa4focanoexterior:
omercadocivilrestrito,comexceçãodosEstadosUnidos,
exige uma enorme capacidade de inovação, porque o
americanotendeacomprarprodutosdiferentesenovos.
OmercadoquemaiscrescenosEstadosUnidos,hoje,é
ofeminino.Entãoanossaempresaestádesenvolvendo
produtosespecíficosparaomercadofeminino.Nocaso
demercadodeForçasArmadas,hácadavezmaiseme-
lhoresprodutosqueatendamàdemandadessemercado.
Porfim,aEmpresa5,governamental,contra-riaaanterior–certamentedevidoaosdiferentesperfisnacomposiçãodecapitaldeambas–afir-mandoque“hojeomercadointernoémuitobom.Asexpectativasparaospróximosanossãoaindamelhoresemtermosdeequipamentospequenosdeusoindividual”.
Perfil das empresas com participação de capital estrangeiro
Empresassemparticipaçãoestrangeiradeca-pitaltiveramumareduçãoentre2000(43empre-sas),2005(41empresas)e2010(38empresas).Umanodepois,porém,em2011,houveumaumento,chegandoa41empresas.
Perdeu-se, assim, a participação estrangeirade capital, que semantinha crescente desde 2000,quando apenas uma empresa a possuía, passandoparatrêsem2005eseisem2010.
Osdadosfinaisdaamostra,em2011,demons-tramque apenas três empresas continhampartici-paçãoestrangeiradecapital.Dasfirmasquerespon-deramaowebsurvey,33,3%sãopartedeumgrupo
comcapitalcontroladornacional.Outras66,7%sãototalmenteindependentes,comcapitalcontroladornacional(tabela11doapêndice).Todasasempresasque responderam se declararam sem participaçãoestrangeiradecapital(tabela12doapêndice).
Tabela 29Participaçãoestrangeiradecapitalnasempresas
dosegmento
AnoNrEmpr
Segmento
Nr_Empresas_com_Part_
Estrang_Capital
Nr_Empr_sem_Part_Estrang_
Capital2000 44 1 432005 44 3 412010 44 6 382011 44 3 41
Fonte:CCEdoBancoCentraldoBrasil(BCB)
Aindaacercadosdadosdessaamostra,77,8%das firmas não possuem subsidiárias no exterior.Enquanto11,1%delasaspossuememdoispaíseseoutros11,1%,emtrês(tabela29doapêndice).Essespaíses, por sua vez, são: África do Sul, Argentina,Austrália, Canadá e Estados Unidos (tabela 30 doapêndice).
Paraaprofundarosdadosdaamostra, foiper-guntadoaosempresáriosduranteasvisitastécnicas:“ComoavaliaaentradadeempresasmultinacionaisdedefesanoBrasilatravésdeaquisições,fusõesejoint ventures?Asuaempresaseenquadraemalgu-ma dessas categorias ou possui concorrentes/par-ceirosnelas?”(pergunta5,anexoA).
AEmpresa1 temumaavaliação,evidentemen-te,positiva: “nossaempresapresta consultoriaparagrandes empresas estrangeiras que têm interesseemparticipardomercadobrasileiro.A indicaçãodeparceirosadequadosparaasnecessidades–perfildenewcomer[recém-chegado]éumaspectoimportantedessetrabalho”.
Namesmalinha,aEmpresa2reitera:“seriane-cessárioconciliaromercadoestrangeirocomobrasi-leiroeassimfortaleceromercadobrasileiro”.Navisãodosempresáriosdestafirma,“oBrasilteriaqueabra-çaromercadoquehánoexterior”.
Taisvisões,noentanto,querepresentamopensa-mentodasempresas internacionais sobreoBrasil, são
BID.indb 653 13/06/16 16:43
654 Mapeamentodabaseindustrialdedefesa
completamente antagônicas às dos empresários dasfirmasnacionais.AEmpresa4,porexemplo,éenfática:“comoomercadoestáhoje,quebrariatodomundo.Não
hámaisespaço.NãoháexportaçãoparaaAméricadoSulporqueosprodutoscontroladossofremcom150%deimpostodeexportação.Étodaumaquestãoideológica”.
Já o paradigma da Empresa 5, pertencente aoEstado brasileiro, é bastante crítico em relação aoprópriogoverno:
Avisãoquetínhamos,nopassado,eradequeaindústria
viriaparaocuparlugarnomercado.Issonãoaconteceu.
OproblemaéqueogovernodoBrasilinvestenasForças
Armadasemperíodoscíclicos,deaproximadamentetrin-
taanos.Daíocorremabandonosporpartedogovernoe
éprecisocomeçarumnovociclo,praticamentedozero.
Por fim, a Empresa3, que, alémde abastecer omercado interno, exporta e concorre internacional-mente,afirmaque“éprecisoterumaestratégia”,poistemos “um país grande e um mercado bom”. Nestecaso,aempresadestacaaimportânciadaconcorrência:
noBrasil,anossaempresanãoestásozinha,maséaúnica
dedicadaexclusivamenteaequipamentosnãoletais–ou
seja,nãoháempresasnopaíscomestetipodeportfólio.
Háalgumaconcorrência,porexemplo,comempresasque
Gráfico 27Participaçãoestrangeiradecapitalnasempresas(2000,2005,2010e2011)
Fonte:CCE/BCBElaboração:Diset/Ipea
fabricamspraydepimenta,empresasquefabricamgrana-
daslacrimogênias.Portanto,nãoháumaconcorrênciaque
estimuleaempresae,tampouco,umaparceriaimportante.
Masnoexteriorháumaempresaparceira,naAlemanha.
Nota-seclaramente,nessedepoimento,oquan-toaempresaemquestãovalorizaaconcorrênciaparaaprogressivageraçãodeinovações.
Programas estratégicos
Osprogramasgovernamentaisdedefesacomparticipaçãodasempresasdosegmentoforamin-dicados pela amostra daquelas que responderamao websurvey (tabela 42 do apêndice). Tais pro-gramas,prioritáriosparaopaís,sãoelencadosnoPlanodeArticulaçãodeEquipamentosdeDefesa(Paed):
▪ DefesaCibernética(umaempresa);
BID.indb 654 13/06/16 16:43
Equipamentosdeusoindividual 655
▪ ModernizaçãodeOutrosAviõesdeCombate–AMX,A-4eF-5TigerII(umaempresa);
▪ ProgramaparaDesenvolvimento,ProduçãoeIntroduçãodeNovosAviõesdeCombateGripen(umaempresa);
▪ RecuperaçãodaCapacidadeOperacionaldoExército(duasempresas);
▪ SistemadeDefesaAntiaérea(umaempresa);
▪ SistemadeMísseiseFoguetesAstros2020(umaempresa);
▪ Sistema Integrado de Monitoramento deFronteiras–Sisfron(umaempresa);
▪ SistemaIntegradodeProteçãodeEstruturasEstratégicasTerrestres–Proteger(duasem-presas);e
▪ VeículoBlindadoGuarani(duasempresas).
De todos esses projetos, no entanto, os úni-cos nos quais empresas estão em atividade, nes-temomento, são o deRecuperação daCapacidadeOperacional do Exército e o de Veículo BlindadoGuarani.Emambos,dasduasfirmasdaamostraqueintegramcadaumdeles,umajáestáoperandonopri-meiroeumanosegundo.
Cabe ressaltar que trajes, dispositivos e ope-rações para defesa química, biológica, radiológica enuclear estão em fase de reestruturação no país.15 A ideia é de prontidão para atuação em conflitos,“de operações ofensivas, defensivas, de pacifica-çãoedeapoioaórgãosgovernamentais,facultandoesseapoioemsituaçõesdeguerraedenãoguerra”(Gabino, 2014). Além disso, está sendo pensado ofomentoa “pesquisaseodesenvolvimentodedou-trinas,materiais,equipamentosesistemasmilitarese
15. Sobretudo no Sistema Integrado para a Proteção deInfraestruturas Estratégicas (Proteger), que está inserido noProjetoEstratégicodoExército(PEE).
civisemDQBRN”,16bemcomosealmeja“incentivarainteraçãodoSisDQBRNEx17cominstituiçõescien-tíficasparafinsdecapacitação,pesquisas,desenvol-vimentoouparaasoluçãodeeventuaisemergênciasoucrises”(Gabino,2014).
Consonantemente, há um foco especial so-bre equipamentos de uso individual no projeto“CombatenteBrasileiro” (Cobra). SegundoogeneralMoura,4osubchefedoEstado-MaiordoExército,talprojeto“darámaisproteçãoaosoldado,paraqueeletenhamaiscontroledoseuequipamento;quepossaintegraravisãonoturnacomampliaçãodevisão,commira holográfica, uma integração [via] computadorparaacompanharseushomens”(Padilha,2013).
Deacordocomasideiasexternadaspelogene-ral,oprojetoestáemfasedeexperimentaçãoeen-volvediretamenteosegmentodeequipamentosdeuso individual,comoobjetivode“melhorarosnos-sosrequisitos”,comdispositivosmaisaperfeiçoadosemelhores:
Nósestamosagoramontandoquatropelotõesparaexpe-
rimentaçãodoutrinária.Ouseja,vendoosequipamentos
quepodemmelhorarasituaçãodocombatente:optrôni-
coseequipamentosderádio,integraçãocomtabletsdo
tipolaptop;queoelementopossacontrolarseushomens
e teraposiçãodecadahomemnoterreno;oconsumo
demuniçãodecadahomemdeumaesquadraoudeum
grupodecombate(GC),porexemplo,deumpelotãode
cavalariamecanizado–PelCMec(Padilha,2013).18
EssesprojetostransparecemavisãodasForçasArmadas do Brasil (FAB) para o segmento nos diasatuaiseo rumodas inovaçõesdaáreaparao futu-ropróximo.Assim,seosequipamentos“tradicionais”continuamemvoga,nãofaltaespaçoparanovastec-nologias.Pelocontrário,aintegraçãocadavezmaiordeacessóriosedispositivosdeusoindividualasiste-mascomplexoseinterligados,assimcomooemprego
16. DefesaQuímica,Biológica,RadiológicaeNuclear.17. “SistemadeDefesaQuímica,Biológica,RadiológicaeNuclear
doExército.”18. Cabe salientar aqui a colaboração do pesquisador Ricardo
Cabralacercadoempregodeequipamentosdeuso individualnoProjetoCobra.
BID.indb 655 13/06/16 16:43
656 Mapeamentodabaseindustrialdedefesa
denovosmateriais,éocaminhointernacionalmentetrilhadoecomoqualoBrasilprecisaestaremsincro-nia–preferencialmentenavanguarda.
Um enfoque diferenciado para o segmentotambém está sendo dado pela segurança pública,sobretudo tendo em vista diretrizes como a Lei no 13.060/2014,queproíbeagentesdeempregararmasletais“contrapessoaemfugaqueestejadesarmada”e“contraveículoquedesrespeitebloqueiopolicialemviapública,excetoquandooatorepresenteriscodemorteoulesãoaosagentesdesegurançapúblicaouaterceiros”(Brasil,2014a,Artigo2o,incisosIeII).
Apesardeconterparadigmasjáempregadospe-lasforçaspoliciaisdopaís,anovalegislaçãoratificaopensamentomaisprotetivoatribuídoàsegurançapú-blicanaatualidade,oquecertamenterepercutenastecnologiasutilizadas.Damesmaforma,aexistênciade novas tecnologias permite umempregodiferen-ciadodosagentesdesegurança.
CONCLUSÃOPrincipais resultados, elencados de acordo com os objetivos do estudo
Estapesquisafoidesenvolvidasobrequatroobjetivosprincipais,apresentadosnaIntrodução. Ao longo desta seção, portanto, serão delinea-dososprincipaisresultadosapartirdaproposi-turainicial.
Ointuitodeobservarcomoosegmentosede-senvolvenocenáriointernacional–identificandoosprincipaisfabricantesdeoutrospaísesequaissãoaspossíveis oportunidadespara as empresasbrasilei-rasnoexterior.Nestaseobservouqueoitoempre-sas produtoras de equipamentos de uso individualsedestacamentreascinquentamaiorescompanhiasdomundoemvendasdetecnologiasdedefesa,con-formecatalogaçãodoSipri.
Nenhumadasoitopertenceapenasaosegmen-to,jáqueassuasáreasdeproduçãotambémenvol-vemdispositivosdeusocoletivo.Asempresasforamapresentadasdeacordocom tecnologiasproduzidas,nacionalidade,dimensãodevendas,empregosgera-dos,posiçãonorankinginternacionalebrevehistóri-co.Sãoelas:
▪ GeneralDynamics,commatriznosEstadosUnidos;
▪ Rheinmetall, sediadanaAlemanha;
▪ ElbitSystems,comsedeemIsrael;
▪ Rockwell Collins, cujo país-sede são osEstadosUnidos;
▪ Alliant Techsystems, outra empresaestadunidense;
▪ OrdnanceFactories–empresadogovernodaÍndia;
▪ Harris Corporation, sediada nos EstadosUnidos;e
▪ STEngineering, comsedenaRepúblicadeCingapura.
Considerando-seorankingdevalorescomercia-lizados, constatou-se que não há firmas brasileirasque vendam equipamentos de uso individual nummontantesuficienteparaquesejamelencadasentreascinquentamaiores.Contudo,observou-sequeasempresas nacionais vêm se destacando em termosdeinovaçãoecompetitividade,sobretudonoconcer-nenteaarmasnãoletais.Alémdisso,concluiu-sequeequipamentos de uso individual em geral tambémestãopresentesnasestruturasdesegurançapúblicaequeasperspectivasparacrescimentodosetorsãopositivas,emespecialdevidoàconjunturainternacio-naldemudançassociais,inovaçãoeintegraçãoentredispositivos–quepossuemcadavezmaiorconecti-vidadeentresi.
Nasequência,doisobjetivosdesteestudoper-fizeram-secomplementaresentresi:omapeamentodosegmentonaBaseIndustrialdeDefesadoBrasileacoletaeinterpretaçãodedadosdefontesprimáriase secundárias.Os resultados dessa intersecção sãoapresentadosaseguir.
Quanto à estrutura produtiva, verificou-se que44 empresas compunham o segmento noBrasil noano de 2014. Dessas, 37 declararam informações
BID.indb 656 13/06/16 16:43
Equipamentosdeusoindividual 657
para aRais até 2011– ano dos últimos dados dis-poníveis.ApartirdaRais,constatou-sequeonúme-rode funcionáriosaumentouconstantementeentre2003e2011,quandosechegouaumamédiade197por empresa. Oaumento namédia de funcionárioséumaevidênciaclaradocrescimentodosegmento,isso porque as contratações aumentam conforme anecessidadedasempresasdeproduzir.Esta,porsuavez,édiretamenteconectadaàdemanda.Deriva-se,assim,aprobabilidadedeasempresasteremcrescidoemtermosdecontrataçãodevidoànecessidadedeaumentodaproduçãoparaatenderaomercado.Essahipóteseseráconfirmadanasanálisesseguintes,so-bretudonasentrevistasrealizadascomempresários.
Comrelaçãoàqualificaçãodosrecursoshuma-nos,ficouclaroqueaproporçãodefuncionárioscomnível superior também aumentou no período, indodeumamédiadedezenoveporempresa,em2003,a22,em2011,totalizando15,79%decrescimento.O fato demonstra que o segmento vem trabalhan-docomtecnologiasquerequeremumamãodeobramaisbemqualificadaparaseremoperadas,aindaquetalqualificação representeumpagamentomaiordesalários por parte das empresas.Dopontodevistados funcionários, os númerosdenotamque investiremcontinuidadedosestudoséumaalternativaquevemtendocontrapartidaemtermosdecontrataçãonasfirmasdosegmento.
O crescimento da qualificação também mos-trou-secondizentecomosdadosdaPnadde2012,osquaisevidenciaramqueaofertademãodeobraqualificadavemaumentandocontinuamente,emes-pecialnaúltimadécada,enquantoseucustorelativovem caindo.Além disso, as empresas do segmentoapresentam situaçãomelhor do que a indústria emgeralnoconcernenteaempregadosqualificadosdes-de 2008. Isso porque, conforme a análise da Pnad,enquantoaindústriaperdeuespaçonototaldeocu-paçõesapartirdesseano,asfirmasdosegmentoti-veramoperíododemaioraumentodecontrataçãodefuncionárioscomnívelsuperior.
Da mesma forma, verificou-se o aumento nonúmerodeprofissionais técnicos/científicos,partin-dodeumamédiade0,4porempresaem2003a1em2011, representandoumcrescimentode150%.
Apesar dessa quantidade parecer pequena, obser-vou-sequeoprofissional técnico/científicoégeral-mente o encarregado pela supervisão da produçãodaindústria.Dessemodo,ofatodeem2003haveronúmeroquebradode0,4dessesprofissionaisporempresa e de tal número chegar a 1 em 2011 de-monstra a possibilidade de cada empresa possuir oseuencarregadotécnicooualgumaspossuíremmaisde1.Trata-se,portanto,deumavariávelsignificativa,quedeveseranalisadacomoumavançonaqualida-dedosprodutosenasaúdefinanceiradasempresas,sobretudoporqueo saláriodoprofissional técnico/científico costuma ser consideravelmentemais ele-vadodoqueodosdemais,justamentedevidoàsuaescolaridadeeresponsabilidadeatribuída.
Complementarmente, ponderou-se que a pro-porçãofoipositivatambémemrelaçãoaosengenhei-ros,queaumentaramde1,3porempresaem2003a1,6em2011–umadimplementode23%.Oaumentodecontrataçãodessesprofissionaisdemonstraavan-ços de qualidade e saúdedas empresas, damesmaformaqueoaumentodeprofissionaistécnico/cientí-ficos,tratadoacima.EssequadrofoicondizentecomaanálisedosdadosdaPnad,quedeixamclaroqueaofertademãodeobraqualificadavemaumentan-do progressivamente, sobretudo na última década,e contrariandoa tesedaescassezde trabalhadorescomqualificaçãonoBrasil–dentreosquaisosenge-nheiros,quesãocostumeiramentecitados.
Destacou-se que amassa salarial total chegou amaisdeR$244milhõesem2011,com37empresasre-gistradas.Tambémenfatizou-sequehouveumaumentocontínuodosaláriomédiodosfuncionários,quepartiudeR$2.018,47em2003paraR$2.898,28em2011–umcrescimentode43,61%.Talaumentofoireal,jáqueosdadossãodeflacionadospeloIPCAde2013.
Conclusivamente,oaumentodossaláriosmédiosnasempresasdosegmento,somadoaoaumentodamédiadeempregadose aos referidosaumentosdepessoaldenívelsuperior,técnicos/científicoseenge-nheiros,fechaumciclodeanálisedocrescimentoedoaumentodasaúdedasfirmasnoperíodode2003a 2011. Ressalvadas as retrações, que geralmenteculminamnoanode2007,operíodofoiderelativaprosperidadeparaasempresasdosegmento.
BID.indb 657 13/06/16 16:43
658 Mapeamentodabaseindustrialdedefesa
Aessesdadossoma-seaescolaridademédiadosfuncionáriosemgeral,queevoluiuininterruptamen-tenoperíodo, indodeumamédiadenoveanosdeestudoem2003para10,8anosem2011.Talcresci-mentodemonstrouqueoaumentodamédiasalarialnãoocorreuapenaspelacontrataçãodefuncionáriostécnicos/científicoseengenheiros,mastambémpeloaumentogeralnamédiadequalificaçãodosfuncio-nários.Cabe frisar que a relação entre aumento daescolaridadeemelhoriados salários tem sido com-provada noBrasil, gerando umamelhoriamédia de15%para cada ano estudado, conformedemonstrapesquisadaFGV,combasenosdadosdaPnad.
Quanto à distribuição do número de empresaspeloporte,tantopelaclassificaçãodaRaisquantodoSebrae,econsiderando-seapenasonúmerodefun-cionários,asindústriasdosegmentoforamconside-radas,emmaiorparte,pequenas.Ressalte-se,contu-do,quehouveumaumentodecincoempresascomnúmero de funcionários entre 99 e 249 no ano de2011emrelaçãoa2008.Alémdisso,umaempresacommaisde499funcionáriosdespontouentre2005e2008,mantendo-senessepatamarem2011.Cabeaindapontuaroaumentodonúmerodemicroempre-sasnosegmento(comzeroanovefuncionários),quequasedobroude2008para2011,passandodequatroparaseterespectivamente.Ponderou-sequesãoem-presascomumaquantidadepequenadefuncionáriosequeestãoinvestindoemumsegmentoespecializa-doepoucocomumnoBrasil.Paracompletar,consi-derando-sequeasempresasdenovea49funcioná-rios semantiveramnamesma faixadeempregadosentre 2008 e 2011, demonstrou-se que não houveuminchaçodasmicroempresasporcontadareduçãodonúmerodepessoalocupadodasmaiores,massimumaumentorealdasprimeiras.Talevidênciaratificouocrescenteinteressedospequenosempreendedoresem atuar no segmento de equipamentos de usoindividualparaaBaseIndustrialdeDefesadoBrasil.
No concernente àdistribuiçãoedificuldadedemanutençãodemãodeobraespecializada,oaumen-to do número de empregos se deu, sobretudo, nasempresascommaiornúmerodefuncionários–maisde499,quetiveramadimplementossubstanciaisen-tre 2005 e 2008, quando esse número cresceu na
ordem de 53,13% – saindo de 2.824 funcionáriospara4.324,5.Entre2008e2011,ocrescimentotam-bém foi significativo, de 19,16%– indo de 4.324,5a 5.153,3 funcionários. Diante dos números, cabefrisarqueosegmentopossuía,até2011,quatroem-presascommaisde499funcionáriosnoBrasilequeasmaioresempresasdosegmentoultrapassaram,nomesmoano,asomatóriade5milfuncionários.
Ao serem questionados sobre como avaliam abuscapormãodeobraespecializadaesuficienteparaasatividadesrealizadasnaáreadedefesa,amaioriados empresários a classificou como “difícil” (44,4%dos que responderam) ou “muito difícil” (22,2%).Cabe ressaltar que nenhuma empresa a considerou“fácil”ou“muitofácil”.
Jáa respeitodopoderdecomprasdasempre-saseoscilaçõesdasaquisiçõesdadefesa,onúmerodeempresascomvendasregistradasnoComprasnetaumentouentre2003(quandoeramquinze)e2010– chegandoa23empresas.UmaconstânciamenorocorreunasvendasparaoMinistériodaDefesa,sen-doque,dasdezempresascomtalregistroem2003,háelevaçõesedecréscimosdevendedorasaté2010,quando chegaram a dezoito.Ovalor total dasven-dastambémsofreuvariaçõesnoperíodo,partindodeR$36milhõesem2003echegandoaoápicedeR$270milhõesem2012.OsdadosdeixamclaroqueoMinistériodaDefesaéfundamentalparaosegmen-to, sendo responsável por até91,48%das comprasem2009e88,16%em2010.Oanodemenoscom-pras foi ode2004, quandooMD foi o compradorde27,30%do total do segmento.Dos empresáriosqueparticiparamdowebsurvey,77,8%concordamemabsolutoquetantosituaçõesderestriçõesquantodebaixovolumedademandaporbenseprodutosdede-fesaafetamnegativamenteosfornecedoresdiretos,aopassoque22,2%concordamparcialmentecomtalassertiva.
Aindasobreoimpactodasoscilaçõesdegastosgovernamentaisemdefesa,44,44%dosempresáriosdestacamqueovalordestinadoporempresaàpes-quisaeaodesenvolvimentofoiprejudicadoporessasoscilações entre 2004 e 2013.Ou seja, para quasemetadedosrespondentes,ainconstânciadasdespe-saspúblicasdopaísemdefesaprejudicouaaplicação
BID.indb 658 13/06/16 16:43
Equipamentosdeusoindividual 659
de recursosdasempresasemP&D.Poroutro lado,55%dosrespondentesgarantemqueasfirmasman-tiveramos investimentosnessasáreas–adespeitodasoscilaçõesdoperíodo–,demonstrandoconfiabi-lidadenoretornodosrecursosinvestidosnoavançocientíficoetecnológico,bemcomosaúdefinanceirasuficienteeumabuscaporindependênciaemrelaçãoàscomprasdogoverno.
Quanto à localização geográfica das empresasdo segmento catalogadas na Rais, evidencia-se aprevalênciadaregiãoSudestesobreasdemais.Estacontém29das37empresasconstantesnabasededados. Restam apenas seis empresas na região Sule duas na Centro-Oeste. As regiões em que nãodespontamempresasdo segmento sãoaNorteeaNordeste.Essedadofoiconsideradodignodenota,jáquenenhumaempresadosegmentosebeneficiadasisençõesfiscaisdaZonaFrancadeManaus.Tambémressaltou-seque,apesardacrescentemovimentaçãomilitaremáreasestratégicasdaAmazônia,asempre-sascontinuamconcentradasemoutrasregiões,sen-doqueasquemaisseaproximamdaáreasãoaquelassediadasnoCentro-Oeste.
Noconcernenteàinovação,foramencontrados82pedidosdepatentesaoINPIpelasfirmasdoseg-mentode2000a2011.Nãoobstante, a totalidadedas empresas que responderam aowebsurvey afir-mamdesenvolverpesquisadeprojetos.Alémdisso,todaselasdeclaramterrealizadoatividadescontínuasdeP&Dentre2010e2013.Aomesmotempo,che-gama44,4%asquedesenvolveramprodutosoutec-nologiasdestinadasaomercadocivilequeposterior-menteforamcomercializadosemmercadosmilitares.Poroutro lado,totalizam66,7%asquedesenvolve-ramprodutosoutecnologias,inicialmentedestinadosamercadosmilitares,queforamcomercializadosnomercadocivil.Opercentualdeempresascomexpec-tativas“elevadas”paraqueasinovaçõesnalinhadeprodutoscivissejamaproveitadasparaaáreadede-fesa,nospróximoscincoanos(spin in)chegaa88,8%dototaldasqueresponderamaowebsurvey.Apenas11,1% têm expectativas “nada promissoras” nes-se aspecto.Os percentuais são osmesmos para asempresasqueesperamqueasinovaçõesnalinhadeprodutosdedefesasejamaproveitadasnaáreacivil
(spin off) nos próximos cinco anos. Ou seja, 88,8%delas têm expectativas que vão de “razoavelmen-te”a“muitopromissoras”esomente11,1%,“poucopromissoras”.
Tratando-sedeinserçãointernacional,duasem-presasdo segmentoultrapassaramamarcadeUS$100milhõesemexportaçõesem2013.Destacou-seo fatodeserem indústriasbrasileirascomalto índi-cedevendasnoexteriorequecolaboraramparaoresultadopositivodabalança comercial dopaísna-queleano.Em2013asexportaçõestotaisdoBrasilchegaramaUS$242,2bilhões–oterceiromelhordahistória, inferiorapenasa2012 (US$242,6bilhões)e2011(US$256bilhões).Asimportaçõesem2013ficaramemUS$239,6bilhões,comsaldocomercialdeUS$2,5bilhões.Paracompletar,umaempresadosegmentoficounafaixadeexportaçãoentreUS$10eUS$50milhões,duasnafaixadeUS$1milhãoaUS$10milhõeseseteatéafaixadeUS$1milhão.A balança comercial no período2003-2007 apontaparaumsuperavitdosegmento(exportaçõesmenosimportações)totaldeUS$492,9milhõeseumsupe-ravitmédiodeUS$24,9milhõesporempresa.
Comrespeitoaosprincipaisdestinoseprodutosdasexportações,osdadosdemonstramaimportân-ciaestratégicadosEstadosUnidosparaasempresasdosegmento.Essepaís semantém invariavelmentecomoomaiorimportadordosprodutosebemàfren-tedossegundoscolocados,quemudamdeanoaano.Os“cartuchosparaespingardasecarabinasdecanoliso” foramoprincipal produtodealta emédia-altaintensidadetecnológicadeexportaçãoentre2008e2013,correspondendoaUS$753milhõesemven-das.Osprodutos seguintes são “espingarda e cara-binasparacaçaoutiroaoalvo”,alcançandoUS$719milhões.Caberessaltarquesãoequipamentosmanu-faturadosequeamaiorpartedasimportaçõesére-lativaamatérias-primas.Aindaassim,ficouclaroqueprodutoseletrônicos,emgeral,nãosãoofortedain-dústrianacionalnestesegmento.Verificou-sequeasempresas têm importadomicroprocessadores a fimdeproduziremequipamentoscategorizadoscomode“alta tecnologia”. Concluiu-se que, embora tal dinâ-micapossa ser identificadana teoriadasvantagenscompetitivas,seriabenéficoparaoBrasilaumentara
BID.indb 659 13/06/16 16:43
660 Mapeamentodabaseindustrialdedefesa
expertiseeacapacidadeprodutivadesuasempresasparaamanufaturade itensdealta intensidade tec-nológica, como microprocessadores, por exemplo.Afinal,estesestãopresentesnasmaisdiversasáreaseequipamentos,sendosaudávelparaopaísnãofi-careternamenterefémdoconhecimentoedasfirmasestrangeiras.
Constatou-se que a China semantém comoaprincipalorigemdasimportaçõesdosegmento.Enquanto isso, os Estados Unidos ficam entre osegundo e o terceiro lugar, contrastando com aposiçãodeprimeirodestinodasexportaçõesmen-cionadaacima.Asempresasvêmimportandoprin-cipalmente“chapaseplásticos”(US$30.657.550)e “catodosdecobre refinado” (US$22.235.341).Alguns tipos de “microprocessadores”, no entan-to,tambémdespontamdentreosprincipais itensde importação,conformemencionadoacima,de-lineando a preponderância de empresas orien-tais, sobretudo chinesas, na fabricação dessastecnologias.
Considerações finaisOquartodosobjetivospropostosparaoestudo
foi perfazer análises e constatações que pudessemser empregadas por tomadores de decisão para ageraçãoemelhoriadaspolíticaspúblicas.Tendoemvistatalproposituraeafimdedemocratizarapesqui-sa,osempresáriosforamdiretamentequestionados,duranteasentrevistasdasvisitas técnicas, sobre “oqueprecisaserfeitoparafortaleceredesenvolveraBase IndustrialdeDefesadoBrasil?” (anexoA,per-gunta10).As respostas foramvariadase compõemummosaicodesugestões.Asprincipaisforamrepro-duzidasabaixo.
ReduçãodoscustoscompessoalnasForçasArmadas,au-
mentandoosrecursosparanovosinvestimentosemanu-
tençãodossistemasexistentes(Empresa1).
Programas continuados, não focando somente em as-
pectos estruturantes e estratégicos, além de permitir a
continuidade do orçamento para incentivar as Forças.
Adicionalmente, alteraçõesna lei, de formaqueasem-
presas se sintam confortáveis e que o governo possa
contribuir comasForçasnacontinuidadeda renovação
(Empresa2).
É necessário que o governo tenha uma demanda bem
estabelecidaequetenhaplanejamentoem,pelomenos,
ummédioprazo,alémdemanterativasasencomendas
dedesenvolvimentotecnológico(Empresa3).
NapartedemercadocivilnoBrasil,énecessáriocumprir
oqueestána lei, jáqueoplebiscitododesarmamento
tevecomoresultadoamanutençãodapossibilidadedeas
pessoasteremarmasparasedefender(Empresa4).
Só sedesenvolvequalquertipode indústriaquando se
temdemanda,eesta,nocasodadefesa,temqueseco-
meçarpelogovernofederal.Écrucialqueogovernocum-
praoseupapel,dandooaporte inicialparaqueasem-
presassedesenvolvamnomercadoemgeral(Empresa5).
Note-se que todas as sugestões dos empresá-riossãoendereçadasaogovernodoBrasil,aindaquea pergunta tenha sido feita de forma aberta. Cabe,porisso,mencionarqueumainiciativagovernamen-talqueteveparticipaçãoativadaAbimdefoiaLeino 12.598/2012.AAbimde vinha publicando cartilhasnas quais delineava “medidas viabilizadoras” parasuasassociadas.Algumasdelasforamatendidaspelareferidalei.Deumaformaresumida:
A Lei no 12.598/2012 instituiu o [Regime Especial
Tributárioparaa IndústriadeDefesa]Retid,criouade-
signação de [Empresa Estratégica deDefesa] EED com
acesso diferenciado a financiamentos de programas,
projetoseaçõesparaosetoresuspendeuaexigênciade
pagamentodo[ProgramadeIntegraçãoSocial/Programa
de Formação do Patrimônio do Servidor Público]
PIS/Pasep, do [Contribuição para Financiamento da
SeguridadeSocial]Cofinsedo Imposto sobreProdutos
Industrializados–IPI(Mota,2012,p.7).
Os empresários também foram questionadosacercadessalegislação(anexoA,pergunta2).Aopi-niãogeral “équeestásendo levadomaisemconsi-deraçãoaempresaserbrasileiradoqueelaagregartecnologias”. Em outras palavras: “seria necessário
BID.indb 660 13/06/16 16:43
Equipamentosdeusoindividual 661
conciliaromercadoestrangeirocomobrasileiroeas-simfortaleceromercadonacional”.
Esseúltimopontodevistaécompartilhadotantopelosrepresentantesdasempresasquantoporoutrosestudiososquesedebruçaramsobreanova legisla-ção(Mota,2012,p.9).Dessemodo,noequilíbriodosbenefíciosdogovernoàsindústriasnacionais,hádeseterocuidadodenãoastornarpoucocompetitivaspara omercado internacional.Alémdisso, comoosprópriosempresáriosobservam,aprioridadedeveseropaís–enemsempreastecnologiasquemaisbemoatendemsãoasproduzidasemterritórionacional,aindaquesedêprioridadeaestas.
Tambéméimportantequeseprotejamasfirmasnacionaisdeseremcompradaspelasfirmasdefora,evitandooqueseconstatou,napesquisa,comoumadas principais estratégias das empresas internacio-nais,quetambéméverificadaporoutrospesquisado-res:“Convémressaltarapossibilidadelegaldeaqui-siçãodeempresasnacionaisatuantesemdefesaporempresas e consórcios estrangeiros, com possíveisprejuízosparaastecnologiassobdomínionacionaleparaosesforçosdeinvestimentospúblicosefetuadospormeiodeagênciasdefomento”(LongoeMoreira,2013,p.277-304).
Complementarmente, 77,8% dos empresáriosque responderam aowebsurvey atribuíram impor-tância “alta oumuito alta” para o fato de se con-siderar que governos de outros países auxiliam assuasempresasmaisdoqueogovernobrasileirofazcom as dele, conforme destacado anteriormente.Ouseja,asfirmasqueremoapoiodogoverno,masde formaque possam crescer em competitividadeinternacional.
Nesseponto,éfundamentalressaltarosbenefí-ciosdasparceriasentre:governo/militares;universi-dades/institutosdepesquisa; e empresas; cumprin-do,assim,aEstratégiaNacionaldeDefesa:
Resguardados os interesses de segurança do Estado
quantoaoacessoainformações,serãoestimuladasinicia-
tivasconjuntasentreorganizaçõesdepesquisadasForças
Armadas, instituições acadêmicas nacionais e empresas
privadasbrasileiras.O objetivo será fomentar o desenvol-
vimento de um complexo militar universitário-empresarial
capaz de atuar na fronteira de tecnologias que terão quase
sempre utilidade dual, militar e civil(Brasil,2012).
Conformedemonstrado,dasempresasqueres-ponderamaowebsurvey,14%consideramqueparce-rias comcentrosdepesquisamilitarestiveramumaimportância“alta”paradesenvolver inovaçõesentre2010 e 2013. Outras 14% consideram que tal im-portânciafoi“média”e71%aconsideram“baixaounão relevante”.Quanto a centros de pesquisa civis,14%dasempresasconsideramasparceriasde“alta”importância, enquanto 29% de “média” e 57% de“baixa” ou “não relevante”. Por fim, com relação àsuniversidades,nenhumaempresaconsiderouqueasparceriasforamde“alta”relevânciade2010a2013,enquantoque43%afirmamqueforam“medianas”e57%,debaixaou“nenhumarelevância”paraodesen-volvimentodeinovações.Nota-se,assim,oquãodis-tanteopaísestádeestabeleceroque,naspalavrasdaEstratégiaNacionaldeDefesa,seriaum“comple-xo militar universitário-empresarial capaz de atuar nafronteiradetecnologiasqueterãoquasesempreuti-lidadedual”.
SegundodadosdaCapes,oBrasilpossui5.689cursos de pós-graduação (Capes, 2014). Possuindotalestruturaacadêmica,opaístemsemantidoentreosquinzecommaiorproduçãocientífica,deacordocomaBaseScopus.19Nessecontexto,hácomprova-damentepotencialparamodelosdeinovaçãotecno-lógicaquecontemplemtambémadefesa.Porexem-plo:em2005,2008ecomrepublicaçãoem2013,foirealizadaumainiciativadeconsiderávelreceptividadecomacomunidadeacadêmicanessaárea:oProgramaPró-Defesa(Brustolin,2014,p.67). UmalinhamentosemelhanteocorreucomoEditalPró-Estratégia,em2011.Tratam-sedemedidaspontuaisebem-sucedi-das,quenecessitamserampliadasereplicadas–afi-nal,todaessaestruturauniversitáriaedecentrosdepesquisaprecisatermaiorintegraçãocomabasein-dustrial,afimdeampliarapesquisabásicaeaplicadaemambas.
19. Conforme dados de The SCImago Journal. Disponível em:<http://goo.gl/43Dycm>.Acessoem:22nov.2014.
BID.indb 661 13/06/16 16:43
662 Mapeamentodabaseindustrialdedefesa
As parcerias entre governo, universidades eindústrias impulsionaram o complexo de defesadosEstadosUnidosecontinuamsendoreplicadas,comasdevidasadaptaçõesinstitucionais,porpa-ísescomoCoreiadoSule Israel (Brustolin,2014,p.9).AocumpriraEND,sobretudonessepreceitonorteador,oBrasilestaráampliandofortementeodesenvolvimento da indústria, da pesquisa cien-tífica e, emúltima análise, da suaprópriaDefesaNacional.Paraesseviésháduaspropostas, resu-midasaseguir.
1.UmamudançanadinâmicapelaqualaCapeseoCNPq,
dentreoutrasinstituiçõespúblicas,fomentamapesquisa
naáreadedefesa,passandopelavisitaconstantedeuma
equipetécnicaauniversidadeseindústrias,comainten-
çãodepreenchernecessidadestecnológicasdogoverno
naárea,deformasemelhanteaoqueaDefenseAdvanced
ResearchProjectsAgency(Darpa)faznosEstadosUnidos
(Brustolin,2014,p.100).
2. A criação de uma agência de fomento dentro do
MinistériodaDefesa,desdequeestatenharecursospró-
priosestáveis,nãosujeitosacontingenciamentos,eque
tambématuedeformaprática,conformedescritoacima.
Por fim, não há desenvolvimento industrial dedefesaqueresistaà incertezadecontratos,faltadetransparênciadasintençõesdogovernoparaaquisi-ções,descontinuidadedos investimentosecusteios– tampouco a contingenciamentos corriqueiros noorçamento.Os depoimentos dos empresários apre-sentados nesta seção deixam isso muito claro. Emtodoomundo,pesquisaedesenvolvimentosãofei-toscomcontinuidadeemanutençãodeinvestimen-tos, mediante resultados. Portanto, se se pretendedesenvolver a Base Industrial de Defesa do Brasil,são fundamentaisoplanejamentode longoprazoeo progressivo aumento e manutenção dos investi-mentos governamentais no setor. Neste sentido, odetalhamentoeavinculaçãoorçamentáriadoPlanodeArticulação e de Equipamento daDefesa (Paed)é umbom começo. Isso só funcionará, contudo, seopaístiverumaclaraeobjetivaPolíticaTecnológicadeDefesaNacional,devidamenteinseridanosPlanos
Plurianuais.Complementarmente,énecessáriaacria-ção demecanismos legais que impeçam os contin-genciamentosdoorçamento,aexemplodaPropostadeEmendaConstitucional(PEC)no85/2003,queal-mejavedaralimitaçãodeempenhoemovimentaçãofinanceira das dotações consignadas ao orçamentodas ForçasArmadas, inicialmente, por um prazo dedezanosapartirdesuaaprovação.
REFERÊNCIAS
ALLIANTTECHSYSTEMS.ATK:corporateoverview,Washington, [s.d.]a.Disponívelem:<http://goo.gl/QNgj15>.Acessoem:22set.2014.
ALLIANTTECHSYSTEMS.ATKdefense.Orbital ATK,Washington, [s.d.]b.Disponívelem:<http://goo.gl/ASgvkV>.Acessoem:22set.2014.
ALVARENGA,G.V.;PIANTO,D.M.;ARAÚJO,B.C.Impactos dos fundos setoriais nas empresas: novas perspectivas a partir da função dose-re-sposta. In: PRÊMIO CNI DE ECONOMIA, 5.Disponívelem:<http://goo.gl/0ejz0H>.
AMARANTE,J.A.IndústriaBrasileiradeDefesa:umaquestãodesoberaniaedeautodeterminação. In: PINTO,J.R.A.;ROCHA,A.J.R.;SILVA,R.D.P.(Orgs.).As forças armadas e o desenvolvimen-to científico e tecnológico do país.Brasília:MD,2004. (Pensamento Brasileiro sobre Defesa eSegurança,v.3).
AUTIO,E.;LAAMANEN,T.Measurementandevalua-tionoftechnologytransfer:reviewoftechnologytransfermechanismsandindicators.International Journal of Technology Management, v. 10, p.643-664,7Aug.1995.
BRASIL. Constituição da República Federativa doBrasilde1988. Brasília:AssembleiaConstituinte,1988. Art. 142. Disponível em: <http://goo.gl/UUlrbg>.Acessoem:15out.2014.
______. Ministério do Planejamento, Orçamento eGestão. Cnae 2.0. CNAEWeb, Brasília, [s.d.].Disponível em:<http://goo.gl/68ZT2o>.Acessoem:14out.2014.
______. Ministério da Defesa. Portaria no 069, de14 de agosto de 1989. Brasília: Comando doExército,1989a.
BID.indb 662 13/06/16 16:43
Equipamentosdeusoindividual 663
______. ______.Portariano110,de30denovembrode1989.Brasília:ComandodoExército,1989b.
______. Ministério da Defesa. Gerenciamento de Equipamento de Proteção Individual no âmbito do COMGAP.Brasília:ComandodaAeronáutica,2005.
______.SecretariaGeraldaMarinhadoBrasil.SGM-201:normasparaaexecuçãodoabastecimento.6.ed.Brasília:SGM,2009.
______. Ministério da Defesa. Estratégia Nacionalde Defesa. Brasília: MD, 2012. Disponível em:<http://goo.gl/NUgrPp>.
______.MinistériodaDefesa.Normas para adminis-tração de material do corpo de fuzileiros navais. Brasília:ComandodaMarinha,2012.
______.Leino13.060,de22dedezembrode2014.Disciplina o uso dos instrumentos de menorpotencial ofensivo pelos agentes de segurançapública, em todo o território nacional. Brasília:CongressoNacional,2014a.
______.Ministério daDefesa.Estrutura e funciona-mento da Comissão de Segurança do Trabalho (CST).Brasília:ComandodaAeronáutica,2014b.
______. Base Industrial de Defesa. Ministério da Defesa,Brasília,2014c.Disponívelem:<http://goo.gl/1REtQU>.Acessoem:2nov.2014.
______. Ministério do Desenvolvimento, Indústria eComércio Exterior. Balança comercial brasile-ira – 2013. Brasília: Mdic, 2014d. Disponívelem:<http://goo.gl/9NfyMT>.Acessoem:6nov.2014.
BRUSTOLIN,V.Inovação e desenvolvimento via def-esa nacional nos EUA e no Brasil. 2014. Tese(Doutorado) – Universidade Federal do Rio deJaneiro/Harvard University, Rio de Janeiro/Cambridge,2014.
CAPES–COORDENAÇÃODEAPERFEIÇOAMENTODEPESSOALDENÍVELSUPERIOR.Mestrados/Doutorados reconhecidos.Brasília:Capes,2014.Disponívelem:<http://goo.gl/V03ML0>.Acessoem:21nov.2014.
CNPq – CONSELHO NACIONAL DEDESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO ETECNOLÓGICO. Fundos setoriais. CNPq,
Brasília, [s.d.].Disponívelem:<http://goo.gl/bb-VJ5w>.Acessoem:17out.2014.
COOPER, J. Reconstructing history from ancient inscriptions: the Lagash-Umma border conflict.Malibu:UndenaPublications,1983.
ELBIT SYSTEMS. Areas of business. Elbit Systems,Haifa, [s.d.]a. Disponível em: <http://goo.gl/Li3wgB>.Acessoem:20set.2014.
______.Areas.Elbit Systems,Haifa,[s.d.]b.Disponívelem: <http://goo.gl/B5L1il>. Acesso em: 20 set.2014.
______. Introduction. Elbit Systems, Haifa, [s.d.]c. Disponível em: <http://goo.gl/B5L1il>. Acessoem:20set.2014.
ST ENGINEERING– SINGAPORETECHNOLOGIESENGINEERING. Overview, [s.d.]a. Disponívelem:<>.Acessoem:2out.2014.
______. Products and solutions, [s.d.]b. Disponívelem: <www.stengg.com/products-solutions/list-ing-by-product-category>. Acesso em: 2 out.2014.
FGV – FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS. Você no mercado de trabalho.RiodeJaneiro:FGV/Ibre,2008. Disponível em: <http://goo.gl/a9cbwF>.Acessoem:29set.2014.
FINEP – FINANCIADORA DE ESTUDOS EPROJETOS.O que são fundos setoriais.Finep,Brasília, dez. 2012.Disponível em: <http://goo.gl/TB8ZCf>.Acessoem:19out.2014.
FREEMAN,S.P.;WEZEMAN,P.The SIPRI TOP 100 arms-producing and military services compa-nies:2012.Stocolmo:SipriFactSheet,Jan.2014.
GABINO,A.A evoluçãodadefesaquímica, biológi-ca, radiológica e nuclear do ExércitoBrasileiro.Revista Operacional, Rio de Janeiro, 26 dez.2014. Disponível em: <http://goo.gl/zVtfKi>.Acessoem:26dez.2014.
GENERALDYNAMICS.AboutGD.General Dynamics,New York, [s.d.]a. Disponível em: <http://goo.gl/9syh8X>.Acessoem:16out.2014.
______.Corporateoverview. General Dynamics,NewYork, [s.d.]b. Disponível em: <http://goo.gl/cK3IRm>.Acessoem:16out.2014.
BID.indb 663 13/06/16 16:43
664 Mapeamentodabaseindustrialdedefesa
______. Supplier diversity. General Dynamics, NewYork,[s.d.]c.Disponívelem:<http://goo.gl/jnrH-Qd>.Acessoem:15out.2014.
______.Brochure.NewYork:GD,2012.HARRISCORPORATION.About.Harris,Melbourne,
[s.d.]a. Disponível em: <http://goo.gl/2wGTzV>.Acessoem:24set.2014.
______.Products: defense. Harris,Melbourne,[s.d.]b.Disponível em: <http://goo.gl/M4SnSr>.Acessoem:24Sept.2014.
INPI – INSTITUTONACIONALDE PROPRIEDADEINTELECTUAL. Patente. Portal Inpe, Rio deJaneiro, nov. 2014.Disponível em: <http://goo.gl/m04pDz>.Acessoem:20ago.2014.
JUCÁ, F. Entenda os diferentes tipos de patentes.Endeavor Brasil, São Paulo, 20 mar. 2012.Disponível em: <http://goo.gl/xU6kXy>.Acessoem:18ago.2014.
LIMA,M.Senadoaprovaleiqueobrigausoprioritáriodearmasnãoletaisemaçõespoliciais.O Globo,Rio de Janeiro, 26 nov. 2014. Disponível em:<http://goo.gl/UoRWbm>. Acesso em: 27 nov.2014.
LONGO, W. P.; MOREIRA, W. S. Tecnologia e in-ovação no setor de defesa: uma perspectivasistêmica.Revista da Escola de Guerra Naval,RiodeJaneiro,v.19,n.2,p.277-304,jul./dez.2013.
MOLAS-GALLART,J.Dualusetechnologiesandthedifferenttransfermechanisms.CoPS Publication,Brighton,n.55,p.3,Aug./Sept.1998.Disponívelem:<http://goo.gl/Wysejb>.Acessoem:27ago.2014.
MOTA,R.M.;RODRIGUES,G.A.P.Debatendo o for-talecimento da BID no Brasil. In: ENCONTRONACIONALDAASSOCIAÇÃOBRASILEIRADEESTUDOS DE DEFESA, 6. São Paulo: Abed,2012. Disponívelem:<http://goo.gl/WsNQFm>.Acessoem:11nov.2014.
ORDNANCEFACTORIES.History. Indian Ordnance Factories, [s.d.]a.Disponívelem:<http://goo.gl/GJWxEX>.Acessoem:23set.2014.
______.Ourunits. Indian Ordnance Factories,[s.d.]b.Disponível em: <http://goo.gl/pgvaY4>. Acessoem:23set.2014.
______. Sporting arms. Indian Ordnance Factories,[s.d.]c. Disponível em: <http://goo.gl/r9nypv>.Acessoem:23set.2014.
PADILHA,L.ProjetoCobra.Defesa Aérea e Naval,RiodeJaneiro,15nov.2013.Disponívelem:<http://goo.gl/ideC46>.Acessoem:14nov.2014.
RHEINMETALL. About the company. Rheinmetall Defense, Düsseldorf, [s.d.]a. Disponível em:<http://goo.gl/lkReLS>. Acesso em: 17 out.2014.
______. Corporate history. Rheinmetall Defense,Düsseldorf, [s.d.]b. Disponível em: <http://goo.gl/UhAArU>.Acessoem:17out.2014.
______. Weapons and ammunition. Rheinmetall Defense, Düsseldorf, [s.d.]c. Disponível em:<http://goo.gl/bKRlep>. Acesso em: 17 out.2014.
ROCKWELLCOLLINS.Precisiontargetingandweap-ons. Rockwell Collins, [s.d.]a. Disponível em:<http://goo.gl/ps9sfb>.Acessoem:21set.2014.
______. Company history. Rockwell Collins, [s.d.]b.Disponívelem:<http://goo.gl/e6MD4f>.Acessoem:21set.2014.
SCHUMPETER,J.The theory of economic develop-ment:aninquiryintoprofits,capital,credit,inter-est,andthebusinesscycle.Cambridge:HarvardUniversityPress,1934.
SEBRAE – SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀSMICROEPEQUENASEMPRESAS. Critérios de classificação de empresas.Brasília:Sebrae,[s.d.].Disponível em: <http://goo.gl/JtFp1q>. Acessoem:10out.2014.
SIPRI – STOCKHOLM INTERNATIONAL PEACERESEARCHINSTITUTE.The Sipri Top 100 arms producing and military services companies in the world excluding China: 2012. Stockholm:Sipri, 2012. Disponível em: <http://goo.gl/gzz-1Tx>.Acessoem:20maio2014.
VASCONCELOS, F.; CYRINO,A. B.Vantagem com-petitiva: os modelos teóricos atuais e a con-vergênciaentreestratégiae teoriaorganizacio-nal. Revista de Administração de Empresas,SãoPaulo,v.40,n.4,p.20-37,out./dez.2000.Disponível em: <http://goo.gl/5qR7cy>. Acessoem:17nov.2014.
BID.indb 664 13/06/16 16:43
Equipamentosdeusoindividual 665
WILLOUGHBY,K.W.Technology choice:acritiqueoftheappropriatetechnologymovement.Boulder;London:WestviewPress,1990.
BIBLIOGRAFIACOMPLEMENTARAUMENTO da escolaridade amplia renda do tra-
balho.Ipea,7out.2013.Disponívelem<http://goo.gl/4kFR4K>.Acessoem:31ago.2014.
BASHFORD,D.Helmets and body armor in modern warfare.Augsburg:Taschenbuch,2008.
BNDES – BANCO NACIONAL DEDESENVOLVIMENTOECONÔMICOESOCIAL. Programa BNDES de Apoio a Micro, Pequenae Média Empresa Inovadora. BNDES, Rio deJaneiro,[s.d.].Disponívelem:<http://goo.gl/aw-wLoY>.Acessoem:8nov.2014.
BRASIL.Leino9.279,de14demaiode1996.Reguladireitoseobrigaçõesrelativosàpropriedadein-dustrial.Brasília:CongressoNacional,1996.
______. Decreto no 2.553, de 16 de abril de 1998.Regulamenta os Arts. 75 e 88 a 93 da Lei no 9.279,de14demaiode1996,quereguladireit-oseobrigaçõesrelativosàpropriedadeindustri-al.Brasília:PresidênciadaRepública,1998.
______. Decreto no 3.665, de 20 novembro de2000.DánovaredaçãoaoRegulamentoparaaFiscalização de Produtos Controlados (R-105).Brasília:PresidênciadaRepública,2000.
______.MinistériodaDefesa.Portariano764/MD,de27dezembrode2002.AprovaaPolíticaeasDiretrizesdeCompensaçãoComercial,IndustrialeTecnológicadoMinistériodaDefesa.Brasília:MD,2002.
______.______.Portariano611/MD,de12maiode2005.DispõesobreainstituiçãodaComissãoMilitardaIndústriadeDefesa(CMID).Brasília:MD,2005.
______. ______. Portaria no 899/MD, de 19 julho de2005.AprovaaPolíticaNacionaldaIndústriadeDefesa(PNID).Brasília:MD,2005.
______. ______. Portaria no 777/MD de 31 demaio de 2007. Instituiu a Comissão deImplantação do Sistema de Certificação,Metrologia,Normalização e Fomento Industrial(COMISCEMEFA).Brasília:MD,2007.
______. Lei no 12.598, de 21 de março de 2012.Estabelece normas especiais para as compras,ascontrataçõeseodesenvolvimentodeprodu-tos e de sistemas de defesa; dispõe sobre re-grasde incentivoàáreaestratégicadedefesa;alteraaLeino12.249,de11dejunhode2010;e dá outras providências. Brasília: CongressoNacional,2012.
IPEA – INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICAAPLICADA. Oferta de mão de obra qualifi-cada aumenta continuamente. Brasília: Ipea,Disponível em <www.ipea.gov.br/portal/in-dex.php?option=com_content&view=arti-cle&id=20067>.Acessoem:31ago.2014.
LANDMINEANDCLUSTERMUNITIONMONITOR. Singapore. The Monitor, Geneva, 2009.Disponívelem:<http://goo.gl/EWJHtZ>.Acessoem:5nov.2014.
PURSELL, C. W. (Ed.). The Military-Industrial Complex.NewYork:HarperandRow,1972.
RILLER JUNIOR,V. Fabricação conjunta fez a dife-rença.O Globo, Rio de Janeiro, 19 dez. 2013.Disponível em: <http://goo.gl/CTsYaB>. Acessoem:1fev.2014.
SMITH,R.M.Military enterprise and technological change. Cambridge:TheMITPress,1985.
STENGINEERING.Overview.ST Engineering, [s.d.].Disponívelem:<http://goo.gl/1aDGz6>.Acessoem:2out.2014.
______.Productsandsolutions.ST Engineering,[s.d.].Disponível em: <http://goo.gl/hn4phu>.Acessoem:2out.2014.
BID.indb 665 13/06/16 16:43
666 Mapeamentodabaseindustrialdedefesa
ANEXO A
ENTREVISTAS, SEGMENTO H: EQUIPAMENTOS DE USO INDIVIDUALCritério para a seleção das empresas a passarem por entrevistas20
Optou-sepeladiversidade,afimdeseconhecerdiferentesparadigmas,aspectos,abordagensepontosdevistadomercado.Dessemodo:
▪ aEmpresa1éumarepresentantedecompanhiasinternacionaisquecomercializamoupretendemseestabelecernoBrasil;
▪ aEmpresa2éinternacional,seestabeleceunoBrasilhádoisanosevemgerandoempregoseinvesti-mentosnopaís,comexpectativaderetornosfinanceirosqueaindanãoseconcretizaram;
▪ aEmpresa3énacional,focadaexclusivamenteemequipamentosdeusoindividualecompetitivanomercadointernacional;
▪ aEmpresa4énacionaleestápassandoporumprocessodefusãocomoutraempresa,tambémna-cional;e
▪ aEmpresa5éestatal–umadaspoucasaindapertencentesaogovernonaáreadedefesa.
Tabela A.1Cronogramadevisitas
Data Entrevista
29/7/2014 Empresa1
1o/8/2014 Empresa2
8/8/2014 Empresa3
11/8/2014 Empresa4
16/9/2014 Empresa5
PERGUNTA 1Como descreveria a relação entre sua empresa e os institutos de pesquisa das Forças Armadas e com univer-sidades/centros de pesquisa em geral? A participação da empresa envolve apenas fornecimento de bens e serviços ou há desenvolvimento conjunto de projetos de P&D? Como ocorre essa interação?Resposta – Empresa 1:Comoumaparcelaimportantedonossotrabalhodeconsultoriaparagrandesfabrican-tesestrangeirosdematerialdedefesaéauxiliá-losnamontagemdaspropostasdeoffset,mantemosestreitocontatocomosinstitutosdepesquisadasForçasArmadas.ProjetosconjuntosemP&Dsãoatraentesepermi-temousodemultiplicadoreselevados,noentanto,sãoosdemaisdifícilimplementação.Resposta – Empresa 2:Sim.Existeessaintegração.Hápesquisadoresdentrodaempresa.NoBrasil,jáiniciamosacordoscomoIME,PUCdeSãoCarlos,USP,UFSCAReITA.Comessasinstituiçõesjáexisteumaaproximação,
20. Onomedasempresasfoipreservado.
BID.indb 666 13/06/16 16:43
Equipamentosdeusoindividual 667
inclusivealgunsprojetosvisualizados.Ofatoéqueparaseterumaempresadetecnologiadeponta,éessen-cialteraajudadepesquisasnasuniversidades.Anossaempresatememmédia400profissionaiseofereceoportunidadesdeestágiosetraineesparauniversitários.Resposta – Empresa 3:Arelaçãocomgruposdepesquisaéfundamentalparaodesenvolvimentodanossaempresa. Internamentetemosumgrupodepesquisabemestruturadodedesenvolvimento–umgrupodeengenhariadeproduto.Háalgunsanos forambuscados recursos juntoàFAPERJ [FundaçãodeAmparoàPesquisadoEstadodoRiodeJaneiro],comafinalidadededesenvolveroprimeiroprotótipodearmaelétricanãoletal.Háaindaumoutroprojetodearmasnãoletaisemandamento,emparceriacomoCEFET[CentroFederaldeEducaçãoTecnológicaCelsoSuckowdaFonseca].1.1. Como ocorre a dinâmica? O governo faz uma encomenda ou a empresa percebe o que pode ser útil para o mercado? Osetordeencomendaaindanãoexiste.Anossaempresaidentificaoqueestáescassoepropõeumprodutoqueconsideraútilaogoverno.Háumcontatocomousuáriodoprodutoeesteopinaseestábom,ounão,eaempresaimplementaalteraçõesaosprodutosanteriormenteoferecidos.1.2. A empresa produz pesquisas em conjunto com institutos das Forças Ar-madas? HáumconvêniocomoIMEemandamento,parapossibilidadedebolsasdaempresaemcursosdemestradoedoutoradoparaquemtenhainteresseemdesenvolverprojetos.AnossaempresabeneficiouumalunodemestradoemQuímicadaUFRJ[UniversidadeFederaldoRiodeJaneiro]comumabolsadeestudospelofatodapesquisadeleserdenossointeresse,apesardenãohaverexpectativadegerarumapatente,poisonossoobjetivoéconhecermelhoraformulaçãodepesquisasbásicas.Resposta – Empresa 4:Dentreosinstitutosdepesquisa,háumacordocomoIME.Trata-sedeumestágioparaformaçãodeengenheirosmilitares.Gostaríamosdetermaissoluçõesinovadorasemparceriascomossetorespúblico-privado.Resposta – Empresa 5:HáparceriascomoIME.Anossaempresanãofazpesquisa,sódesenvolvimento.
PERGUNTA 2Há interesse em tornar-se (ou permanecer) uma Empresa Estratégica de Defesa, nos termos da Lei 12.598, de 21 de março de 2012? Por favor, justifique.Resposta – Empresa 1:NãotemosinteresseemnostornarumaEmpresaEstratégicadeDefesa.Nãopreen-chemososrequisitos.Resposta – Empresa 2:Sim.HojenoBrasilnãohácomonãopensarnisso.Ofatoéqueestásendolevadomaisemconsideraçãoaempresaserbrasileiradoqueelaagregartecnologias.Serianecessárioconciliaromercadoestrangeirocomobrasileiroeassimfortaleceromercadonacional.OBrasiltemprofissionaisbrilhantes,masfaltatecnologiaporfaltaderecursos,investimentoseumasériedeoutrascoisas.Então,oBrasilteriaqueabraçaromercadoquehánoexterior.Detodaforma,háinteressesimdanossaempresaserEstratégicadeDefesa.Resposta – Empresa 3:AnossaempresaéEstratégiaeDefesa,eoquegeracomobenefícioaindanãoestádefi-nido.Resposta – Empresa 4:Aempresafazparteequerpermanecersempre.Resposta – Empresa 5:AnossaempresaéEstratégicadeDefesaedevecontinuarsendo,poisissoéinteressedogoverno.
PERGUNTA 3Agências de desenvolvimento e associações de empresas de defesa e Segurança têm sido úteis para esses setores no Brasil? Por favor, justifique.Resposta – Empresa 1:Sim.Porcongregarosinteresseseconhecerasdificuldadesdosetor,buscamcontinu-amenteacriaçãodeumaconjunturafavorável,defendendoosetor.
BID.indb 667 13/06/16 16:43
668 Mapeamentodabaseindustrialdedefesa
Resposta – Empresa 2:AAbimdeéessencial.Atravésdesta,épossívelterumavisãodemercadointegrado.Oinvestimentoemdefesanopaísémuitobaixo.Acontinuidadenaindústriadedefesaépoucovista.Quantoàproduçãodual:Astecnologiasdepontaeasgrandesrevoluçõestecnológicasvieramdatecnologiadedefesa,danecessidadedatecnologiamilitar.Quandosefaladomercadomilitaredocivil,trata-secomomilitarasForçasArmadaseasegurançapúblicacomocivil.Paraaempresaistojáéumusodual,porqueemprega-seomesmoequipamentoparadefesanacionaleparaasegurançapública.Resposta – Empresa 3:Sim,seolharmosaAbimdede10anosatrás,aAssociaçãoevoluiuetemajudadoasempresasdeformaestratégica.Resposta – Empresa 4:Sim.InstituiçõescomoAbimdeeANIAMsãoimportantesedentrodoconceitodein-dústrianacional,semdúvidaessasassociações,comopassardotempo,poderãosercadavezmaisrelevantes.Temosqueentenderqueomercadonacionalémuitopequeno;ouexistequalidadeounãoexisteindústria.3.1 Dos produtos que a empresa produz, quais são duais (civis-militares)?Ocapacetedeaçãocivil.Anossaempresafabricaocapacetedemotociclistaeocapaceteantitumulto.ÉparaaGLO(GarantiadaLeiedaOrdem),nãoéparacombate.Outrosprodutospodemnãoserduais,masatecnologiaempregadanafabricaçãodealgunscomponentes,sim.Resposta – Empresa 5:Sim,porquetêmviabilizadonovoshorizontesdenegóciosparaasempresasdoSegmento.
PERGUNTA 4Os grupos de pesquisa existentes no Brasil (como os do CNPQ) têm sido úteis para a sua empresa, por quê? Nessa mesma linha, os artigos científicos publicados por pesquisadores brasileiros e estrangeiros têm sido úteis para a empresa, por quê?Resposta – Empresa 1:Não.Nossotrabalhoestámaisvoltadoparamarketing,ambientedenegóciosegestãodeprojetos.Infelizmente,sobrapoucotempoparaatualizaçãocientífica.Resposta – Empresa 2:Sim,aempresautilizapublicaçõesquepossamseraplicadasparapesquisasinternas.Resposta – Empresa 3:HáumgrupodepesquisasdoCNQPdoqualfazemosparte,atualmente.Háumprojetodeeditalemandamentocomoobjetivodefixarmestresedoutoresparatrabalharemprojetosmaisavança-dos.4.1. A empresa acompanha artigos científicos publicados por pesquisadores brasileiros e estrangeiros? Sim,masnoBrasil,especificamenteemarmasnãoletais,aspublicaçõesnoassuntosãoquasezero.4.2. As patentes da empresa são abertas no INPI ou são fechadas para acesso ao público? Asnossaspatentessãoabertasaopúblico.Cadapatentetemumlugardeinteresse,comoBrasileEstadosUnidos,ondetambémregistramos.Resposta – Empresa 4:Atéomomento,gruposdepesquisaexistentesnoBrasilnãotêmsidoumbenefícioparaanossaempresa.Quantoaosartigoscientíficos,ospriorizadossãotodosdaáreadeengenharia.Resposta – Empresa 5:Osetordeengenharia(queéoresponsávelpelaspesquisas),comcertezaachamuitoúteis,tantoosgrupos,quantoosartigos.
PERGUNTA 5Como avalia a entrada de empresas multinacionais de defesa no Brasil através de aquisições, fusões e joint ventures? A sua empresa se enquadra em alguma dessas categorias ou possui concorrentes/parceiros nelas?Resposta – Empresa 1:Nossaempresaprestaconsultoriaparagrandesempresasestrangeirasquetêminte-resseemparticipardomercadobrasileiro.Aindicaçãodeparceirosadequadosparaasnecessidades–perfildenewcomer[recém-chegado]éumaspectoimportantedessetrabalho.Resposta – Empresa 2:Respondidoanteriormentenasegundaquestão:“Serianecessárioconciliaromercadoestrangeirocomobrasileiroeassimfortaleceromercadobrasileiro.OBrasiltemprofissionaisbrilhantes,masfaltatecnologiaporfaltaderecursos,investimentoseumasériedeoutrascoisas.Então,oBrasilteriaqueabraçaromercadoquehánoexterior”.
BID.indb 668 13/06/16 16:43
Equipamentosdeusoindividual 669
Resposta – Empresa 3:Éumdosproblemasapresentadosanteriormente.Éprecisoterumaestratégia,poistemosummercadorazoável,umpaísgrandeeummercadobom.5.1. A empresa tem algum concorrente, algum tipo de parceiro nessa categoria? Nomomentonão.NoBrasil,anossaempresanãoestásozinha,maséaúnicaempresadedicadaexclusivamenteaequipamentosnãoletais–ouseja,nãoháempresasnoBrasilcomestetipodeportfólio.Háalgumaconcorrência,porexemplo,comempresasquefabricamspraydepimenta,em-presasquefabricamgranadaslacrimogênias.Portanto,nãoháumaconcorrênciaqueestimuleaempresae,tampouco,umaparceriaimportante.Masnoexterior,háumaempresaparceiranaAlemanha.Resposta – Empresa 4:Comoomercadoestáhoje,quebrariatodomundo.Nãohámaisespaço.Nãoháexpor-taçãoparaaAméricadoSulporqueosprodutoscontroladossofremcom150%deimpostodeexportação.Étodaumaquestãoideológica.Resposta – Empresa 5:Avisãoquetínhamos,nopassado,eradequeaindústriaviriaparaocuparlugarnomercado.Issonãoaconteceu.OproblemaéqueogovernodoBrasilinvestenasForçasArmadasemperíodoscíclicos,deaproximadamente30anos.Daíocorremabandonosporpartedogovernoeéprecisocomeçarumnovociclo,praticamentedozero.
PERGUNTA 6Sua empresa já sofreu algum tipo de restrição tecnológica para a importação ou exportação de equipamentos ou insumos? Que tipo de restrição? Como essas restrições afetaram a sua produção? Qual foram as soluções da empresa para contornar as situações?Resposta – Empresa 1:Muitasdasempresasestrangeirasqueapoiamossofremrestriçõesdevendasdepro-dutosoutransferênciadetecnologianomercadobrasileiro.Resposta – Empresa 2:Sim,masnãoforamrestrições,esimdificuldadescomumequipamentoparadoporcausadeburocracias.Apesardenãotertidonadailegal,tivemosquearcarcomaltosgastosnoportoeburo-craciasincompreensíveis.Háumabarreiramuitograndenesseaspecto.Resposta – Empresa 3:Aempresanuncachegouaterrestrições,mascomrelaçãoaocomponenteCS,perce-bemosque,seacontecesse,poderiapararanossafabricaçãodegáslacrimogênio.Resposta – Empresa 4:Restriçãotecnológica,não.Háumademandaacumuladanaimportaçãodealgunsitensqueprecisamos,porqueaquestãodalicençadeimportaçãoacabasetornandoumacoisarigorosa,masnãotivemosproibiçõesatéomomento.Resposta – Empresa 5:Hácerceamentosqueimplicamquecertosequipamentoseinsumosnãopossamserempregadosparafabricarmaterialbélico.Emoutraspalavras:acondição,dosfornecedores,dequealgumasmáquinasdasnossaslinhasdemontagemnãopossamserusadasparaproduzirarmamentos.
PERGUNTA 7De que maneira oscilações orçamentárias do Ministério da Defesa têm afetado a saúde financeira de sua empresa e de seus fornecedores?Resposta – Empresa 1:Significativamente.Apesardeatuarmostambémnaáreacomercial,nossofaturamentoéfortementeconcentradonadefesa.Resposta – Empresa 2:Afetaemtodosossentidos.Aestratégiadaempresamudaconformeoorçamento.Resposta – Empresa 3:Nomomento,nãoháumorçamentoemquesepossaconfiar.Éabsolutamenteincerto.Porissoinvestimosetivemosêxitonaexportação,porquequemdependesódomercadobrasileironãocon-seguesobreviver. 7.1. Qual a sua visão sobre uma Emenda Constitucional que garanta a manutenção do orçamento de defesa, sem contingenciamentos? Seriaexcelente.Gerariaumamisturadeencomendaparadesenvolvimentoededemandaestabelecidaparaproduzir.Semcontingenciamento.7.2. Sobre as ações afirmativas, como Projeto Pró-defesa: as considera uma solução para as parcerias com as universidades? Tudoqueogovernopuderincenti-
BID.indb 669 13/06/16 16:43
670 Mapeamentodabaseindustrialdedefesa
varémuitobom,maséumpoucodemorado.Duranteaditaduraessetemaeramilitar,easuniversidadesseafastarammuitodisso.Hápoucotempoascoisascomeçaramamelhorar.Oprincipalpapeldauniversidadeégeraredisseminarconhecimento,massepudertambémparticipardodesenvolvimentotecnológico,serámui-tobom.Entãosetiverassociaçãocomalgumaempresaparagerarproduto,riquezaetrabalho,serámuitobom.Resposta – Empresa 4:OquemantemestaBaseIndustrialdeDefesaéocomérciocomosoutrospaísesemercadocivil.SeanossaempresadependessedasForçasArmadas, já teria fechadohábastantetempo.Aprodução,hoje,éde70%paraforadoPaís.Resposta – Empresa 5:Jáprejudicarambastante,mashojeemdianãoafetamaempresa,mesmocomalgunscortes,oorçamentotemsidosuficiente.
PERGUNTA 8Quais são as suas expectativas em relação às tendências de mercado (interno e externo) para o segmento de equipamentos de uso individual, considerando os próximos 10 anos?Resposta – Empresa 1:Anossaatuaçãonessesegmentoestádiminuindodevidoàsdificuldadesencontradasnosúltimosanos,paratrazerequipamentodeforaparaoBrasil.Resposta – Empresa 2:Nocasonanossaempresa,parausoindividual,háosequipamentosdesimulação.Sãosimuladoresdefalaesimuladoresinvisíveis,paraserusadosemcamporeal.Tambémosintegramosoftware.Aempresatemequipamentosinibidoresdefrequênciaparaocombatente.Entãoseháalgumabombaaserativada,oinibidorécapazdefazercomqueelanãosejaacionada,desativando-a.Aempresatambémpossuiinibidoresdeveículosecelulares.Resposta – Empresa 3:Háaapostaemumcrescimentorigoroso,nãosódedemanda.Háumcampomuitopropícioparaarmasnãoletais,tantonoBrasilquantonoexterior.Resposta – Empresa 4:Omercadocivilrestrito,comexceçãodosEstadosUnidos,exigedanossaempresaumaenormecapacidadedeinovação,porqueoamericanotendeacomprarprodutosdiferentesenovos.OmercadoquemaiscrescenosEstadosUnidos,hoje,éofeminino.Entãoanossaempresaestádesenvolvendoprodutosespecíficosparaomercadofeminino.NocasodemercadodeForçasArmadas,hácadavezmaisemelhoresprodutosqueatendamademandadessemercado.Resposta – Empresa 5:Hojeomercadointernoémuitobom.Asexpectativasparaospróximosanossãoaindamelhoresemtermosdeequipamentospequenosdeusoindividual. PERGUNTA 9Quais são os projetos futuros de sua empresa em relação ao segmento de equipamentos de uso individual?Resposta – Empresa 1:Anossaempresaestaráabertaanovasoportunidadesdenegócios.Casosurjamboasoportunidades,estudaremoscomatenção.Resposta – Empresa 2:Anossaempresaestáinvestindomaisespecificamentenapartedosinibidores,tantoodamochilaquantoodeveículo,ecomeçamosatrabalharnaáreaderobótica.Resposta – Empresa 3:Semprehácoisasemdesenvolvimento.AmuniçãoelétricaédesenvolvidapelanossaempresaeháoutrosequipamentosemparceriascompaísescomoCanadá,EstadosUnidoseIsrael.Hátam-bémprojetosquesãomenosvisíveisparaousuário,comoporexemplo,substituiçãodepólvoranegraporpólvoradebasesimplesnaproporção.Nóstemosaprimeirageraçãodearmaselétricasdopaís.Hámodelosdemuniçãonovoseadaptaçõesdeantigossendodesenvolvidosparausonomercado. 9.1. Segurança pública ou defesa? Émaisparaapolícia.MasháumaguerrarealparaasForçasArmadashoje:agarantiadaleiedaordem.Resposta – Empresa 4:Nãohápatentenestaárea.HátrâmitesdenovosprodutosnosEstadosUnidosaserlançado.Atendênciaétambémexpandirparaomercadodearmasnãoletais.
BID.indb 670 13/06/16 16:43
Equipamentosdeusoindividual 671
Resposta – Empresa 5:Háequipamentosjáconsolidados.Estamosdesenvolvendoumrádiodemaiorpotênciaequeabranja,deformamuitoeficiente,asdiferentesnecessidadesdecomunicação. PERGUNTA 10O que precisa ser feito, em sua opinião, para fortalecer e desenvolver a Base Industrial de Defesa do Brasil?Resposta – Empresa 1:ReduçãodoscustoscompessoalnasForçasArmadas,aumentandoosrecursosparanovosinvestimentosemanutençãodossistemasexistentes.Resposta – Empresa 2:Programascontinuados,nãofocandosomenteemaspectosestruturanteseestraté-gicos,alémdepermitiracontinuidadedoorçamentopara incentivarasForças.Adicionalmente,alteraçõesnalei,deformaqueasempresassesintamconfortáveisequeogovernopossacontribuircomasForçasnacontinuidadedarenovação.Resposta – Empresa 3:Avançarnaquestãodeentenderessaáreacomoestratégicaeapartirdomomentoquedefinirisso,criaraçõesquetenhamcoerência.Énecessárioqueogovernotenhaumademandabemestabe-lecidaequetenhaplanejamentoem,pelomenos,ummédioprazo,alémdemanterativasasencomendasdedesenvolvimentotecnológico.Resposta – Empresa 4:NapartedemercadocivilnoBrasil,énecessáriocumpriroqueestánalei,jáqueoplebiscitododesarmamentotevecomoresultadoamanutençãodapossibilidadedeaspessoasteremarmasparasedefender.Resposta – Empresa 5:Sósedesenvolvequalquertipodeindústriaquandosetemdemanda,eesta,nocasodadefesa,temquesecomeçarpelogovernoFederal.Écrucialqueogovernocumpraoseupapel,dandooaporteinicialparaqueasempresassedesenvolvamnomercadoemgeral.
BID.indb 671 13/06/16 16:43
672 Mapeamentodabaseindustrialdedefesa
APÊNDICE
RESPOSTAS AO QUESTIONÁRIO (WEBSURVEY), SEGMENTO H: EQUIPAMENTOS DE USO INDIVIDUAL
Tabela 1Datasdosconvites,lembretesefinalizaçãodoquestionário1
Pré-convite 4/8/2014-18/8/2014Enviodosconvites 18/8/2014Lembretes1 25/8/2014Lembretes2 29/8/2014Lembretes3 3/9/2014Lembretes4 8/9/2014Lembretes5 12/9/2014Lembretes6 18/9/2014Lembretes7 22/9/2014Lembretes8 26/9/2014
Finalizaçãodoquestionário 29/9/2014
Nota:1Tabela-base:DadossobreoQuestionário.xls
Tabela 2EnvioderelatóriosparaaABDI1
Envio1 22/8/2014Envio2 29/8/2014Envio3 5/9/2014Envio4 12/9/2014Envio5 19/9/2014Envio6 26/9/2014Envio7 30/9/2014
Nota:1Tabela-base:DadossobreoQuestionário.xls
Tabela 3Prorrogaçãodoquestionário1
Datafinaloficial 31/8/2014Prorrogação1 12/9/2014Prorrogação2 21/9/2014Prorrogação3 28/9/2014
Nota:1Tabela-base:DadossobreoQuestionário.xls
BID.indb 672 13/06/16 16:43
Equipamentosdeusoindividual 673
Tabela 4Relação:questionárioscompletos versus incompletos1
SegmentoTotal do
segmento
Total de convites enviados
Total de questionários
iniciadosCompletos Completos (%) Incompletos
Incompletos (%)
Opt.out.
Opt.out. (%)
A 19 18 10 7 39 2 11 1 6
B 130 123 55 37 30 14 11 4 0
C 355 337 82 38 11 22 7 22 7
D 34 32 6 4 13 1 3 1 3
E 28 27 9 5 19 4 15 3 11
F 362 325 90 58 18 21 6 11 3
G 115 99 38 25 25 9 9 4 4
H 44 44 15 9 20 2 5 4 9
Nota:1Tabela-base:Questionárioscompletosporsegmento.xls
Caracterização geral da empresa1.Anodefundaçãodaempresa.
Tabela 5Idadedasempresas1
Faixa etária da empresa Frequência
Até25anos 3
De26a50anos 4
De51a75anos 1
De76a100anos 1
Nota:1Tabela-base:Tabela1_IdadeEmpr_SegHQuestão3.xls
Tabela 6Idademedianaemédiadasempresas¹
Mediana da idade Média da idade
31 37,89
Nota:1Tabela-base:Tabela1_IdadeEmpr_SegHQuestão3.xls
BID.indb 673 13/06/16 16:43
674 Mapeamentodabaseindustrialdedefesa
2.Qualéasituaçãoatualdaempresa?
Tabela 7Situaçãodaempresa¹
Situação atual da empresa Frequência
Emoperação/emimplantação 9
Nota:1Tabela-base:Tabela2_SitEmpr_SegHQuestão4.xls
3.Identifique,dentreossegmentosesubsegmentosdedefesaabaixo,aquelesemqueasuaorganizaçãoatua.
Tabela 8Subsegmentosdeatuaçãodaempresa¹
Subsegmentos FrequênciaMuniçãonãoletal 2Armasdefogodeaté30mm 2Acess.trein.armamento 2Equipamentosdesegurançaesalvamento 2Armamentosdiversos 2Roupasdeproteçãocontraprojéteis 2Barracaseencerados 2Equipamentosderadion.,excetoaeron. 1Muniçãodeaté30mm 1Al.esp.dietét.eprep.alim. 1Ed.pré-fabricadaseport. 1Distintivoseinsígnias 1Granadas 1Equipamentoseletr.deusoindividual 1Equipamentoscomun.rádioTV,exc.aer. 1Equipamentosnoturnos 1Utensíliosdomésticos 0Equipamentosdiv.mov.materiais 0Sacosebolsas 0Recip.esp.transporteearm. 0Raçõesembaladas 0Muniçãoacimade30mmaté75mm 0Mob.diversoseacessórios 0Armasdefogode30mmaté75mm 0Instr.apar.metereológicos 0Armasnãoletais 0Vestuárioexterno 0Calçados 0Gasescomprimidoseliquefeitos 0Acess.trein.comunicações 0Equipamentosindividuais 0Vestuárioparafinsespeciais 0
Nota:1Tabela-base:Tabela3_Subsegmentos_SegHQuestão5.xls
BID.indb 674 13/06/16 16:43
Equipamentosdeusoindividual 675
Tabela 9Empresassaindodosegmento¹
Não se consideram deste segmento 1
Nota:¹Tabela-base:Tabela3_Subsegmentos_SegHQuestão5.xls.
Obs.:Nasvisitastécnicasparaentrevistas,encontramosumaempresaquefezpartedosegmentoatéoiníciode2014,masqueresolveuseretirar.Aempresatrabalhouduranteanos intermediandonegóciosdeequipamentosdeusoindividualimportadosparaoBrasil,masvinhaperdendoespaço,nessesegmento,parafabricantescomsedenopaís.Prosseguimosaentrevista,naocasião,portrêsrazões:
▪ aempresafezpartedosegmentodurantemaisdeumadécada,eadecisãodesairerabastanterecente;
▪ háperspectivadevoltaraatuarnosegmento,tantoqueosprodutosaindaestavamsendoanunciadosemseusite;
▪ entrevistá-losnosdariaumavisãodecomoosegmentopodeatrairouafugentarinvestidores–nacio-naisouestrangeiros.
Foiumaentrevistabastanteesclarecedora,quenosfezconstatar,naprática,umadasprincipaisestraté-giasdeempresasinternacionaisdedefesaparaseestabeleceremnoBrasil:comprarumaparteouatotalidadedeempresaspequenasaquisediadas.
Verificaratabela9desteapêndice,portanto,nãonossurpreendeu.Pelocontrário:validouoresultadoesperadonaentrevista,jáqueosentrevistadoshaviamavisadoqueseclassificariamforadosegmento,ades-peitodesuaatuaçãoneleduranteanos.
BID.indb 675 13/06/16 16:43
676 Mapeamentodabaseindustrialdedefesa
4.Selecione,entreasatividades listadasaseguir,quaissãodesenvolvidasnoâmbitodasuaempresa.Identifiqueapenasumadasáreascomoprincipal,considerandopara issoaquelaatividadeemquesãoalocadosmaisrecursosnaorganização.
Tabela 10Atividadesdesenvolvidaspelasempresas¹
Atividade Frequência_ÁreaPrincipal Frequência_ÁreaSecundáriaAcabamento 0 2Des.sist.fabrisegerenc. 1 1Distr/corret/revenda/varejo 0 4Engenharia,designeprodução 0 7Ensaiosevalidações 0 4Fabr.peçasplásticasemat.comp. 2 2Fabr.deplataf.eprod.finais 1 5FormaçãodeRHetrein.edu. 0 2Fornecedordesistemascompletos 2 1Fornecedordesubsist.ecomp. 0 2Equipamentoseletrônicos 1 0Informaçãotecnológica(software) 0 3Informação(pesquisa) 0 2Inspeçãoecontroledequalidade 0 4Integração(plataformas) 0 2Integração(produtos) 0 4Integração(sistemas) 0 2Manut.Serv.pós-venda,reparo,ren. 0 3Obras 0 0Pesquisaedesenvolvimento 2 5Serviçosprofissionais 0 2Usinagemgeral 0 3
Nota:1Tabela-base:Tabela4_AtividadesDes_SegHQuestão6.xls
5.Aempresaé:
Tabela 11Participaçãoestrangeiradecapitalnasempresas¹
Participação na empresa Frequência Proporção (%)
Independente,comcapitalcontroladornacional 6 66,67
Partedeumgrupo,comcapitalcontroladornacional 3 33,33
Nota:1Tabela-base:Tabela5_PartEmpr_SegHQuestão7.xls
Tabela 12Totaldeempresassemparticipaçãoestrangeiradecapital1
Participação de capital Frequência Proporção (%)Semparticipaçãoestrangeiranocapital 9 100,00
Nota:1Tabela-base:Tabela5_PartEmpr_SegHQuestão7.xls
BID.indb 676 13/06/16 16:43
Equipamentosdeusoindividual 677
Tabela 13Paísescomparticipaçãonasempresas¹
País Frequência0
Nota:1Tabela-base:Tabela6_CapEstr_SegHQuestões7.1e7.2.xls
Tabela 14Capitalvotanteestrangeironasempresas¹
Capital votante Frequência0
Nota:1Tabela-base:Tabela6_CapEstr_SegHQuestões7.1e7.2.xls
6.Alémdebens,serviços,obrasouinformaçõesdeDEFESA,aempresaofertaoutrosbens,serviços,obrasouinformaçõesdestinadosaomercadocivil?
Tabela 15Bens,serviços,obrasouinformaçõesparaomercadocivil¹
Nr_Empr_Seg
Nr_Mercado Civil
Nr_Linhas prod conjuntas
Nr_Prod separada por exig
Nr_Prod separada por necess
Nr_Não se aplica
9 8 6 1 1 0
Nota:1Tabela-base:Tabela7_MercadoCiv_SegHQuestão8.xls
7.AempresapossuiCertificaçãodoSistemadeGestãodaQualidade?
Tabela 16Empresascomcertificaçãodosistemadegestãodaqualidade¹
Nr_Empr_Seg NrEmpresasCertificação SGQ9 8
Nota:1Tabelasbase:Tabela8_CertificaçãoSGQ_SegHQuestão9.xls
Produção8.AempresaécatalogadanaOrganizaçãodoTratadodoAtlânticoNorte(Otan)?
Tabela 17EmpresascatalogadaspelaOtan¹
Nr_Empr_Seg NrEmpresasOTAN9 2
Nota:1Tabela-base:Tabela9_Otan_SegHQuestão10.xls
9.EstimequalataxadeutilizaçãodascapacidadesdasuaempresaemprodutoseserviçosvoltadosparaDEFESAemcadaano.
BID.indb 677 13/06/16 16:43
678 Mapeamentodabaseindustrialdedefesa
Tabela 18Produtoseserviçosparaadefesa,de2010a2013¹
Tx_Utiliz_Serv_Defesa 2010 2011 2012 2013De0a25 5 6 5 5
De25a50 1 0 0 0
De50a75 2 2 3 2
De75a100 1 1 1 2
Nota:¹Tabela-base:Tabela10_TxUtilizDefesa_SegHQuestão11.xls.
10.Qualéacapacidade(em%)deutilizaçãomínimaparamanteraestruturaprodutivadaáreadedefesaativa?
Tabela 19Capacidademínimaparamanteráreadedefesaativa¹
Capac_Min_Def_Ativa FrequênciaDe0a25 2De25a50 4De50a75 3
Nota:¹Tabela-base:Tabela11_CapMinDef_SegHQuestão12.xls
11.Indique,entreasalternativasabaixo,aquelasquesuaempresafornece,considerandoapenasomer-cadoDEFESA.
Tabela 20Produção/fornecimentodasempresasparaadefesa¹
Categorias Build_to_print Desenvolvimento_Customizado Pronta Entrega (off-the-shelf)Informações 1 3 ²Obra 0 0 ²Produto 5 9 6Serviço 3 5 *
Notas:¹Tabela-base:Tabela12_Fornece_Defesa_SegHQuestão13.xls²Nãoexisteaopção«ProntaEntrega(off-the-shelf)”paraascategoriasinformações,obraeserviço
12.AsuaempresaprovêmaisprodutoscustomizadosparaclientesdeDEFESAouNÃODEFESA?13.Asuaempresaterceirizaalguma(s)etapa(s)doprocessoprodutivo?
Tabela 21Produção/fornecimentoparaclientesdadefesaxnãodefesa¹
Nr_Empr_Seg Nr_Empr_Clientes_Defesa Nr_Empr_Clientes_NãoDefesa Não_se_aplica9 4 4 1
Nota:¹Tabela-base:ProdutosTabela13_CliDef_Terc_SegHQuestões14e15.xls
Tabela 22Númerodeempresasqueterceirizamoprocessoprodutivo¹
Nr_Empr_Terceiriza_Processo 4
Nota:¹Tabela-base:ProdutosTabela13_CliDef_Terc_SegHQuestões14e15.xls
BID.indb 678 13/06/16 16:43
Equipamentosdeusoindividual 679
13.1 Indique qual o percentual relativo da terceirização entre aquela realizada junto a empresas nacionais e a realizada junto a empresas estrangeiras.
Tabela 23Percentualrelativodaterceirização¹
Percentual médio nacional Percentual médio estrangeiro
72,5 27,5
Nota:¹Tabela-base:Tabela18_Terc_SegHQuestões15.1e15.2.xls.
14.Indique,emtermospercentuais,acomposiçãodareceitaanualdevendasinternacionaisdesuaempresanosúltimosanosentreosdiferentesgruposdeclientes.15.Identifiquequaléoprodutoprincipaldasuaempresa,qualétipodeconsumidor,tipodedesenvolvimentodeumademanda.Informequaléoseuconcorrenteprincipalecasosejaestrangeiro,selecioneopaísdeorigemdele.16.Estimeopercentualmédiodereceitasdaempresautilizadasparaacompradeinsumosdefornecedoresexternos.17.QualopercentualdeconteúdonacionalestimadoparaosprodutosdeDEFESAfeitospelasuaempresa?
BID.indb 679 13/06/16 16:43
680 Mapeamentodabaseindustrialdedefesa
Tabe
la 2
4Percentualdareceitaanualinternacionalporgruposdeclientes¹
Vend
as
anua
isN
r_Em
pr_
Resp
onde
ram
Mín
imo
2010
Med
iana
2010
Méd
ia20
10M
áxim
o20
10M
ínim
o20
11M
edia
na20
11M
édia
2011
Máx
imo
2011
Mín
imo
2012
Med
iana
2012
Méd
ia20
12M
áxim
o20
12M
ínim
o20
13M
edia
na20
13M
édia
2013
Máx
imo
2013
Vendas
para
defesa
70
1,00
19,71
660
1,00
21,43
690
1,00
18,71
550
1,00
18,00
49
Vendas
para
segurança
pública
70
0,00
11,29
550
0,00
10,86
550
5,00
21,71
700
5,00
22,00
70
Vendas
comerciais
70
99,00
69,00
100
099,00
67,71
100
048,00
59,57
100
046,00
60,00
100
Nota:1Tabela-base:Tabela14_RecVendaInt_SegHQuestão16.xls.
BID.indb 680 13/06/16 16:43
Equipamentosdeusoindividual 681
Tabela 25Médiadareceitautilizadaparacomprasdefornecedoresexternos¹
Media_Rec_Compr_Forn_Ext Frequência
De0a25 4
De25a50 2
De50a75 1
De75a100 0
Nãoseaplica 2
Nota:1Tabela-base:Tabela15_ForEx_ContNacDef_SegHQuestões18e19.xls
18.Nosprodutos/serviços/obras/informaçãoquesuaempresaoferece,éutilizadoalgummaterial/com-ponenteque:
Tabela 26Statusdemateriaisecomponentes¹
Categorias Número_de_empresas NrEmpresas_AlternativaViável
Nãoémaisproduzido 0 0
Nãosejamaisconsideradoestadodearte 0 0
Dedifícilobtenção 2 2
Sujeitoacerceamentotecnológico 5 5
Nota:1Tabela-base:Tabela16_Uso_MatComp_SegHQuestão20.xls
19.Indique,nasquestões21.1e21.2,aalternativaquemaisseaproximadasuapercepção. 19.1. O baixo volume da demanda de DEFESA afeta negativamente meus fornecedores diretos. 19.2. A irregularidade da demanda de DEFESA afeta negativamente meus fornecedores diretos.
Tabela 27Percepçõesacercadademandadadefesa¹
Percepção
O baixo volume da demanda da DEFESA
afeta negativamente os fornecedores diretos
Percentual (%)
A irregularidade da demanda DEFESA
afeta negativamente fornecedores diretos
Percentual (%)
Concordototalmente 7 77,8 7 77,8
Concordoparcialmente 2 22,2 2 22,2
Indiferente 0 0,0 0 0,0
Discordoparcialmente 0 0,0 0 0,0
Discordototalmente 0 0,0 0 0,0
Nota:1Tabela-base:Tabela21_DemandaDefesa_segH_Questão21.xlsObs.:Opercentualfoicalculadocombasenonúmerototaldeempresasdecadasegmento
BID.indb 681 13/06/16 16:43
682 Mapeamentodabaseindustrialdedefesa
20.Comovocêavaliaaimportânciadosseguintesobstáculosnabuscapormercadosexternos?
Tabela 28Obstáculosnabuscapormercadosexternos¹
Importância Muito alta Alta Média Baixa Muito baixaTaxadecâmbiodesfavorável 4 2 1 2 0Custosportuárioseaeroportuários 3 3 1 1 1Custodofreteinternacional 5 2 1 1 0Custodotransporteinterno 2 5 1 1 0Barreirastécnicasdepotenciaispaísescompradores 1 5 1 1 1
Faltadeinformaçãosobreasleisdospotenciaispaísescompradores 1 3 3 1 1
Faltadecrédito 4 1 3 0 1Faltadesegurodecrédito(garantias) 5 1 2 0 1Burocraciainterna 3 3 3 0 0ImagemdoBrasilnãoéassociadaaprodutosdaáreadeDefesa 1 2 3 0 3Preçonãoécompetitivocomsimilaresdeempresasestrangeiras 3 1 4 0 1Qualidade/tecnologianãoécompetitivacomsimilaresdeempresasestrangeiras
0 1 5 1 2
Governosdeoutrospaísesauxiliamasempresasdeseusrespectivospaísesmaisdoqueogovernobrasileirofazcomnossasempresas
4 3 1 0 1
AempresanãotemcondiçõesdeexporprodutosemfeirasinternacionaisdosetorforadoBrasil(Eurosatory,Farnborough,DSEietc.)
2 1 2 1 3
Nota:1Tabela-base:Tabela22_ObstMercadoExterno_segH_Questão22.xls
21.Asuaempresapossuisubsidiáriasnoexterior?Searespostafor“sim”,indiqueaté5subsidiárias.
Tabela 29Subsidiáriasnoexterior¹
Número de países subsidiários Número de empresas0 72 13 1
Nota:1Tabela-base:Tabela23.1_SubsidiáriasExt_SegH_Questão23.xls
21.1. Indique o país e o tipo de até cinco de suas principais subsidiárias
Tabela 30¹Países com subsidiárias no exterior Frequência
Argentina 1
Austrália 1
Canadá 1
EstadosUnidos 1
ÁfricadoSul 1
Nota:1Tabela23_SubsidiáriaExt_SegH_Questão23.xls
BID.indb 682 13/06/16 16:43
Equipamentosdeusoindividual 683
Mão de obra22.CasohajareduçãononúmerodecontratosdeprodutosdeDEFESA,asuaempresaconseguirámanterosfuncionáriosatuaisatésurgiremnovasdemandasrelacionadasàDEFESA?
Tabela 31Dependênciadecontratosdedefesa¹
RespostaCaso haja redução no número de contratos de produtos de DEFESA a sua
empresa conseguirá manter os funcionários atuais até surgirem novas demandas relacionadas à DEFESA
Percentual (%)
Não 5 55,6
Sim 4 44,4
Nota:1Tabela-base:Tabela24_segH_Questão24.xls
23.ComoaempresaavaliaafacilidadeemseencontrarmãodeobraespecializadaesuficienteparaasatividadesrealizadasnaáreadeDEFESA?
Tabela 32Dificuldadeemseencontrarmãodeobradedefesa¹
Avaliação da empresa quanto a facilidade em se encontrar mão de obra especializada e suficiente para as atividades realizadas na área de DEFESA
Frequência Percentual (%)
Muitodifícil 2 22,2
Difícil 4 44,4
Nemfácilnemdifícil 3 33,3
Fácil 0 0,0
Muitofácil 0 0,0
Nota:1Tabela-base:Tabela25_MãodeObraEspec_segH_Questão25.xlsObs.:Opercentualfoicalculadocombasenonúmerototaldeempresasdecadasegmento
Inovação e Competitividade24.Aempresarealizadesenvolvimentoepesquisadeprojeto?
Tabela 33AtividadesdeP&Dnasempresas¹
Resposta Número de empresas que realizaram desenvolvimento e pesquisa de projetos Percentual (%)Sim 9 100Não 0 0
Nota:1Tabela-base:Tabela26_DesenPesqdeProjeto_segH_Questão26.xlsObs.:Opercentualfoicalculadocombasenonúmerototaldeempresasdecadasegmento
BID.indb 683 13/06/16 16:43
684 Mapeamentodabaseindustrialdedefesa
25.AsatividadesdePesquisaeDesenvolvimento,realizadasnoperíodoentre2010e2013,foram:
Tabela 34ContinuidadedeatividadesdeP&D¹
Número de empresas do segmento
Número de empresas que realizaram desenvolvimento e
pesquisa de projeto
Tipo de atividade P&D realizadas no período entre 2010 e 2013
Contínuas Ocasionais
9 9 9 0
Nota:1Tabela-base:Tabela2627_AtividadesPD_segH_Questão26e27.xls
Questões26e27:SegundoaequipedoIpearesponsávelpelacoletadedadosdoquestionário:“Astabelas-respostasdasques-tões26e27nãoforamenviadas,poisaequipedecoordenaçãodoprojetopreferiuaretiradadetaispergun-tas.Istoocorreudevidoaofatodealgumasempresasserecusaremaresponder,pormotivosdepolíticain-terna.Tambémtivemosalgunscasosemqueasempresasrespondiamcomnúmerosaleatórios,somenteparaavançarnoquestionário.Pelaintegridadedoquestionárioedosdadoscolhidos,optamosporestasanulações”.
38.Entre2004e2013,osvaloresdestinadosporsuaorganizaçãoàP&DforamimpactadosporoscilaçõesdegastosgovernamentaisnaáreadeDEFESA?
Tabela 35Impactodasoscilaçõesdegastosgovernamentaisemdefesa¹
RespostaNúmero de empresas que consideraram que os valores destinados à P&D entre 2004 e
2013 foram impactados por oscilações de gastos governamentais na área da DefesaPercentual (%)
Sim 4 44,44Não 5 55,55
Nota:1Tabela-base:Tabela30_ImpactoGastoPD_segH_Questão30Obs.:Opercentualfoicalculadocombasenonúmerototaldeempresasdecadasegmento
29.Asuaempresadesenvolveuprodutosoutecnologiasqueinicialmenteeramdestinadosaomercadocivileemseguida,foramcomercializadosemmercadosmilitares?
Tabela 36Dualidadedastecnologias¹
Resposta
Número de empresas que desenvolveram produtos
ou tecnologias destinados ao mercado civil que foram
comercializados em mercados militares
Percentual (%)
Número de empresas que desenvolveram
produtos ou tecnologias destinados a mercados
militares que foram comercializados no
mercado civil
Percentual (%)
Sim 4 44,4 6 66,7
Não 5 55,6 3 33,3
Nota:1Tabela-base:Tabela3133_MCDefesa_segH_Questão31e33.xlsObs.:Opercentualfoicalculadocombasenonúmerototaldeempresasdecadasegmento
BID.indb 684 13/06/16 16:43
Equipamentosdeusoindividual 685
29.1. Cite até cinco exemplos.
Tabela 37Expectativasquantoàdualidadedastecnologias¹
PerspectivaNúmero de empresas que esperam que as inovações na linha de produtos civis sejam aproveitadas para área de defesa
Percentual (%)
Número de empresas que esperam que as inovações na linha de produtos de defesa
sejam aproveitadas na área civil
Percentual (%)
Extremamentepromissora
1 11,1 0 0,0
Muitopromissora
4 44,4 4 44,4
Razoavelmentepromissora
3 33,3 4 44,4
Poucopromissora
0 0,0 1 11,1
Nadapromissora
1 11,1 0 0,0
Nota:1Tabela-base:Tabela3234_PerspecInov_segH_Questão32e34.xlsObs.:Opercentualfoicalculadocombasenonúmerototaldeempresasdecadasegmento
33.Entre2009e2013,considerandoapenasosetordeDEFESA,aempresaintroduziu:34.Entre2009e2013,econsiderandoapenasosetordeDEFESA,aempresaintroduziu:35.HouveaquisiçãodeP&Dexternonoperíodode2009a2013?(Entende-secomoatividadedeP&Dexternaaquelarealizadaporoutraorganização,empresaouinstituiçãotecnológica).
Tabela 38Geraçãodepesquisaedesenvolvimentonasempresas(2009-2013)¹
Número de empresas Frequência
Dosegmento 9
ComaquisiçãodeP&Dexterno 4Queintroduziramproduto(bemouserviço)novoousignificativamenteaperfeiçoadoparaempresa,masjáexistentenomercado
3
Queintroduziramprodutonovoousignificativamenteaperfeiçoadoparaomercadonacional 2
Queintroduziramprodutonovoousignificativamenteaperfeiçoadoparaomercadomundial 4Que introduziram processo novo ou significativamente aperfeiçoado para empresa, mas já existente nomercado
2
Queintroduziramprocessonovoousignificativamenteaperfeiçoadoparaomercadonacional 4
Queintroduziramprocessonovoousignificativamenteaperfeiçoadoparaomercadomundial 3
Nota:1Tabela-base:Tabela35a37_EmpresaProd_segH_Questão35a37.xls
BID.indb 685 13/06/16 16:43
686 Mapeamentodabaseindustrialdedefesa
36. Entre2010e2013, a empresa esteve envolvida emarranjos cooperativos comoutra(s) organiza-ção(ões)comvistasadesenvolveratividadesinovativas? 36.1. Indique a importância de cada categoria de parceiro.
Tabela 39Parceriasdasempresasparadesenvolverinovação¹
Categoria de parceiroImportância
Não se aplicaAlta Média Baixa
Não relevante
Centrosdecapacitaçãoprofissionaleassistênciatécnica 0 3 2 2 2
Clientesouconsumidores 3 4 0 0 2
Fornecedores 2 4 0 1 2
Concorrentes 0 1 3 3 2
CentrosdePesquisaMilitares 1 1 3 2 2
CentrosdePesquisaCivis 1 2 1 3 2
Instituiçõesdetestes,ensaiosecertificações 4 1 2 0 2
Outraempresadogrupo 2 0 0 5 2
Universidades 0 3 4 0 2
Outros 0 0 1 6 2
Nota:1Tabela-base:Tabela38_ArranjosCoopInov_segH_Questão38.xls.
37.Recebeutransferênciadetecnologia(know-how)deprocessoouproduto?
Tabela 40Transferênciadetecnologiaparaasempresas¹
RespostaNúmero de empresas que receberam transferência de tecnologia know-
how de processo ou produtoPercentual (%)
Sim 3 33,3
Não 6 66,7
Nota:1Tabela-base:Tabela39_Tecnolknowhow_segH_Questão39.xlsObs.:Opercentualfoicalculadocombasenonúmerototaldeempresasdecadasegmento
Aspectos institucionais38.Asuaempresaparticipadealgum(ns)dosprogramasgovernamentaisdaáreadedefesa?39.Informeapenasosprogramasgovernamentaisemquesuaempresaparticipa,bemcomoaatualsituaçãodovínculo.
BID.indb 686 13/06/16 16:43
Equipamentosdeusoindividual 687
Tabela 41Participaçãodasempresasemprogramasgovernamentaisdedefesa¹
Programas governamentaisFrequência de empresas que
participam
Tipo de participação
Participação em andamento
Participação finalizada
Participação prevista no projeto, mas ainda
não iniciadaRecuperação da Capacidade Operacional(Marinha)
0 0 0 0
ProgramaNucleardaMarinha(PNM) 0 0 0 0ConstruçãodoNúcleodoPoderNaval 0 0 0 0Programa de Desenvolvimento de Submarinos(Prosub)
0 0 0 0
Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul(SisGAAZ)
0 0 0 0
Complexo Naval da 2ª Esquadra/2ª Força deFuzileirosdeEsquadra(2ªFFE)
0 0 0 0
SegurançadaNavegação 0 0 0 0Recuperação da Capacidade Operacional(Exército)
2 1 0 1
DefesaCibernética 1 0 0 1VeículoBlindadoGuarani 2 1 0 1Sistema Integrado de Monitoramento deFronteiras(Sisfron)
1 0 0 1
Sistema Integrado de Proteção de EstruturasEstratégicasTerrestres(Proteger)
2 0 0 2
SistemadeDefesaAntiaérea 1 0 0 1SistemadeMísseiseFoguetesAstros2020 1 0 0 1GestãoOrganizacionaleOperacionaldoComandodaAeronáutica
0 0 0 0
Recuperação da Capacidade Operacional (ForçaAérea)
0 0 0 0
SistemadeControledoEspaçoAéreo 0 0 0 0Programa para desenvolvimento, produção eintroduçãodenovosaviõesdecombateGripen
1 0 0 1
Modernização de outros aviões de combate(AMX,A-4eF-5TigerII)
1 0 0 1
Aviõesdetreinamento:primárioebásico 0 0 0 0KC-390 0 0 0 0Introdução emodernização de outros aviões detransporteereabastecimentoaéreo
0 0 0 0
Aviõesdevigilância,patrulhaeinteligência 0 0 0 0HelicópteroEC-725 0 0 0 0Introduçãoemodernizaçãodeoutroshelicópteros 0 0 0 0Vants 0 0 0 0Armasaerotransportadas 0 0 0 0Capacitação Científico-Tecnológica daAeronáutica
0 0 0 0
Fortalecimento da Indústria Aeroespacial e deDefesaBrasileira
0 0 0 0
Desenvolvimento e Construção de EngenhosAeroespaciais
0 0 0 0
Nota:1Tabela-base:Tabela4041_ProgramaGov_segH_Questão4041.xls
BID.indb 687 13/06/16 16:43
688 Mapeamentodabaseindustrialdedefesa
40.ExistemprogramaseserviçosdisponibilizadospeloGovernoFederalcomaintençãodeassistirsuaorganizaçãonomercado.Indiquesobrequaisprogramas/serviçossuaempresagostariadeobtermaioresinformações.
Tabela 42Solicitaçãodeinformaçõesdeprogramaseserviçosdogovernofederalparaassistirasempresasno
mercado¹
Principais programas e serviços do Governo Federal que as empresas gostariam de obter informações Frequência
Comprasgovernamentaisee-commerce 7
Desenvolvimentodeproduto/serviço 7
Feiraseeventosdirecionadosparaopúblico 7
Desenvolvimentodenegócios(joint ventures,novosmercadosetc.) 6
Desenvolvimentodetecnologiasdeprodução 6
Guiascomerciaisdepaíses 6
Patentes 6
Financiamento(acessoacapital,empréstimosetc.) 5
Licençasparaexportação 4
Oportunidadesglobaisdeexportação 4
ProgramasparaP&D 4
Habilidadesdeavaliaçãodemarketing 3
Oportunidadesdetreinamento 3
Produçãoconscientecomomeioambiente 3
Outros 0
Nota:1Tabela-base:Tabela42_ProgServGovFed_segH_Questão42.xlsObs.:Atabelarefere-seàquestão42dasurvey,quepermitiaàempresamarcarmaisdeumprogramaouserviçodogovernofederal.
Obs.:ConformeaequipedoIpearesponsávelpelacoletadedadosdoquestionário,“emrelaçãoàsques-tõescompreendidasentrea43ea54,astabelas-respostasnãoforamdisponibilizadasparaosegmentoH,porseremasperguntasespecíficasdossegmentosC,EeG,feitaspelosseusrespectivosespecialistas”.
Osnúmerosdevendasdearmasdessaempresasãoestimativaseestãosujeitosaumgraudeincerteza,deacordocomoSipri.
BID.indb 688 13/06/16 16:43
Equipamentosdeusoindividual 689
Qua
dro
1Produtoprincipaldaempresa,tiposdeconsumidorededesenvolvimento¹
q17_
1_1
q17_
1_2
q17_
1_3
q17_
1_4
q17_
2_1
q17_
2_2
q17_
2_3
q17_
2_4
q17_
3_1
q17_
3_2
q17_
3_3
q17_
3_4
Alimentos
termopro
-cessados
Autônomo
Estrangeiro
Estados
Unidos
Alimentos
termopro
-cessados
Autônomo
Estrangeiro
Estados
Unidos
Alimentos
termopro
-cessados
Cooperativo
InternacionalEstrangeiro
Estados
Unidos
Armamento
Leve-Fuzil
Transferência
detecno-
logia
Estrangeiro
Estados
Unidos
Armamento
–pistola
Autônomo
Nacional
Munições
pesadas
Transferência
detecno-
logia
Estrangeiro
Espanha/
Estados
Unidos
Munições
parafuzise
metralha-
doras
Munições
pararevólve-
resepistolas
Estados
Unidos
Munições
parafuzise
metralha-
doras
--
Estados
Unidos
Proteção
balística
Autônomo
Estrangeiro
Alemanha
Proteção
balística
Autônomo
Estrangeiro
Israel
Proteção
balística
Autônomo
Estrangeiro
Índia
Redede
camuflagem
Acessórios
plásticos
--
Sistemas
Vant,UGVe
USV
--
--
Equipamen
-tosnãoletais
Autônomo
Nacional
--
--
-Equipamen
-tosnãoletais
Autônomo
Estrangeiro
CTS(Estados
Unidos),Al-
setex(Fran-
ça),Defense
Technology
(Estados
Unidos),
Daekwang
(Coreiado
Sul),Chemi-
ring(Reino
Unido)
Macase
padiolas
Autônomo
Estrangeiro
Estados
Unidos
Macase
padiolas
Autônomo
Estrangeiro
Estados
Unidos
Macase
padiolas
Autônomo
Estrangeiro
Estados
Unidos
continuanapróximapágina...
BID.indb 689 13/06/16 16:43
690 Mapeamentodabaseindustrialdedefesa
Qua
dro
1(continuação)
q17_
1_1
q17_
1_2
q17_
1_3
q17_
1_4
q17_
2_1
q17_
2_2
q17_
2_3
q17_
2_4
q17_
3_1
q17_
3_2
q17_
3_3
q17_
3_4
Sistemas
deacampa
-mento
--
-Sistemas
deacampa
-mento
--
Estados
Unidos
Sistemas
deacampa
-mento
--
Estados
Unidos
q17_
4_1
q17_
4_2
q17_
4_3
q17_
4_4
q17_
5_1
q17_
5_2
q17_
5_3
q17_
5_4
q17_
6_1
q17_
6_2
q17_
6_3
q17_
6_4
Alimentos
termopro
-cessados
-Nacional
-Alimentos
termopro
-cessados
Autônomo
Estrangeiro
Estados
Unidos
Alimentos
termopro
-cessados
Nacional
-
Nitrocelulose
Autônomo
Nacional
--
--
--
--
-
Munições
parapistola
--
-
Munições
parafuzise
metralha-
doras
Estados
Unidos
Cartuchos
decaçae
esportivose
carabinasde
pressão
Diversos
Proteção
balística
Nacional
Proteção
balística
Autônomo
Estrangeiro
Índia
Proteção
balística
Nacional
-
--
--
--
--
Acessórios
plásticos
--
-
--
--
--
--
--
--
Macase
padiolas
Autônomo
Estrangeiro
Estados
Unidos
Macase
padiolas
Autônomo
Estrangeiro
Estados
Unidos
Macase
padiolas
Autônomo
Estrangeiro
Estados
Unidos
Sistemas
deacampa
-mento
--
-Sistemas
deacampa
-mento
Estados
Unidos
Sistemas
deacampa
-mento
--
-
Nota:1Tabela-base:Tabela17_PrincProd_SegHQuestão17.xls
BID.indb 690 13/06/16 16:43
Equipamentosdeusoindividual 691
Quadro 2Exemplosdetecnologiascivis-militares¹
Exemplosdeprodutosoutecnologiasqueinicialmenteeramdestinadosaomercadocivileemseguida,foramcomercializadosemmercadosmilitares
Macaretrátilparaambulânciascivisemilitares
Carnemoídacozidaecongelada
ContêineresexpansíveisISOmilitares
Passadoresdeplásticosdeengenharia
Macabiarticuladaparaambulânciascivisemilitares
Costelacommandiocapouch
Barracasmilitares
Reguladoresdeplásticosdeengenharia
Macapantográficaparaambulânciascivisemilitares
Frangoemcubospouch
Aparelhosdearcondicionadomilitaresrobustecidos
Fivelasdeplásticosdeengenharia
Pranchadeimobilizaçãoepolietileno
Carneemcubospouch
Argolasdeplásticosdeengenharia
Padiolamilitarparatransportedeferidos
Almondegaaomolhopouch
Meias-argolasdeplásticosdeengenharia
Nota:1Tabela-base:Tabela31.1_ExProdTecnoMCMM_SegH_Questão31.1.xls
BID.indb 691 13/06/16 16:43
692 Mapeamentodabaseindustrialdedefesa
30.Asuaempresadesenvolveuprodutosoutecnologiasqueinicialmenteeramdestinadosamercadosmilitareseemseguida,foramcomercializadosnomercadocivil?33.1.Citeatécincoexemplos.
Quadro 3Exemplosdetecnologiasmilitares-civis¹
Exemplosdeprodutosoutecnologiasqueinicialmenteeramdestinadosamercadosmilitareseemseguida,foramcomercializadosnomercadocivil
Armamentos–pistolas
Padiolamilitarparatransportedeferidos
LonaemPVCespecialanti-UV,antifungos,hip stop
SistemasVant
Muniçõesdeprecisão
Passadoresdeplásticosdeengenharia
Armamentos–cutelaria
Softwareparaembarcadosedenavegação
Coletesbalísticos
Reguladoresdeplásticosdeengenharia
Explosivoseacessórios
Sistemaseletrônicoscríticos
Espingardacalibre12
Fivelasdeplásticosdeengenharia
Sistemasdeabrigostemporários–barracasdealtodesempenho
Sistemasdemapeamento
Argolasdeplásticosdeengenharia
Nitrocelulose–colódio
SistemasC2ecomandoecontrole
Meias-argolasdeplásticosdeengenharia
Nota:1Tabela-base:Tabela33.1_ExProdTecnoMMMC_SegH_Questão33.1.xls
31.Casoafirmaproduzabensdestinadosaomercadocivil,quaisasperspectivasdequeasinovaçõesnalinhadeprodutoscivissejamaproveitadasparaaáreadeDEFESAnospróximoscincoanos(spin in)?
32.QuaisasperspectivasdequeasinovaçõesnalinhadeprodutosdeDEFESAsejamaproveitadasparaaáreacivilnospróximoscincoanos(spin off)?
BID.indb 692 13/06/16 16:43