caracterização de gondomar durante a 1ª república
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Problemática
• Como se caracteriza Gondomar durante a 1ª República:
- A nível político- A nível cultural
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DESCANSO SEMANAL
A República estabelece o Domingo como
dia de descanso semanal. A 3 de Abril de
1911 torna-se obrigatório que as
mercearias fechem desde o meio dia de
Domingo até segunda feira
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ASSOCIAÇÕES
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CENTRO DEMOCRÁTICO LUZ E ESPERANÇA PÁDUA CORREIA, EM VALBOM
Centro Democrático de Instrução Luz e Esperança Pádua Correia foi fundada em 1904, em casa de Francisco António de Campos e Silva. Em 1905 passou a chamar-se Grupo Dramático e Recreativo de Instrução Luz e Esperança, tendo como patrono Pádua Correia.
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Fundação – 1905. O sócio n°1 terá sido Ferreira Calisto.
Centro democrático
Pádua Correia em Fânzeres
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Fundada a 4 de Agosto de 1905,adoptou o nome “Escola Dramática Juventude Valboense” e tinha como lema “Instrução, Recreio e Beneficiência”.
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Número único do 8º aniversário
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Verde como o o crente vigor e a vida … vales , montanhas, planícies.
Branco da inocência, altruísmo, prudência dos anciãos simbolizada nas suas cãs.
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HINO DA ESCOLA DRAMÁTICANo Céu da Pátria adoradaBrilha um astro redentorQue traz nossa alma encantadaCom seu mágico esplendor!É a Instrução, seus efeitosNós os vamos já sentindo:Mais ardor em nossos peitos,Mais luz na mente sorrindo…
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Coro
Coro:
Assim brada em voz potenteA nossa linda bandeiraTremulando altivamente,Do progresso a mensageira!(…)
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Em Valbom, em 1912, funda-se o Centro Republicano Radical que realiza a sua festa de inauguração na Escola Dramática na noite de 4 de Outubro, com uma crescente inscrição de sócios.
Combate, nº25 Agosto, 1912,
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Centro Católico
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CLUBE GONDOMARENSE
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Gente desta terra amada
Que o Crasto domina altivo
Vede o esforço tão vivo
De quem a quer respeitada.
Que todo o Gondomar
pense
Em seguir nosso fanal
- O Progresso – o ideal
Do Club Gondomarense
Caminhe de amor movida
No concelho toda a gente
Junto ao nosso esforço
ingente
De a tornar amada e qu
´rida.
Gravemos deste torrão
Um nome de oiro na
História,
Cheios de luz e de glória
Juntos num só coração
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Siga o nosso brado- Avante!
Avante por Gondomar;
Pela divisa lutar
O nosso labor gigante,
E o nosso Torrão natal
Grande, ilustre e respeitado
Há de ser assignado
Na história de Portugal
Por Gondomar, por
Gondomar
Sempre avante com
valor,
Por Gondomar, por
Gondomar
Cantemos cheios de
amor!
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Orfeão de GondomarEm 1917, nasce, aqui, o Orfeão de GondomarO Coral do Orfeão de Gondomar fez a sua primeira apresentação em 21-11-1920, sob a direcção do maestro José Moura em colaboração com o corpo cénico e Orquestra da Escola Gondomarense
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Banda de Música do MonteiroEm 1850 o reverendo Padre João Ramos das Neves, conhecido por Padre João da Torre, organista, criou um terceto para animar as festividades religiosas.
O mesmo iniciou o ensino da música.Damião Monteiro foi um seu ilustre aluno.
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Tuna Musical Gondomarense
Partiu, também, do Clube Gondomarense.Já não existe.
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Fundação – 1915 Tentou ligar-se ao Clube Gondomarense que declinou o convite. Possui sala de leitura e jogos.
Clube dos Caçadores de Gondomar
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A Voz de Gondomar, nº 2, 6 de Setembro de 1925, p.3
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Centro Democrático Recreativo da Venda Nova
Foi idealizado em 1911. Tinha biblioteca; Jogos.Fez Conferências educativas e festas. As adesões tiveram a sua primeira sede na Farmácia da Venda Nova, onde poderiam ser entregues livros instrutivos.
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Surge, na Travessa de S. Veríssimo, com o nome Grupo Dramático Valboense Luz e Vida, em 1922 com fins essencialmente culturais. Hoje, localiza-se na Rua Dr. Albino Montenegro.
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Grupo Dramático e de Recreio da Mocidade Valboense
Foi fundado em 31-1-1911 com finalidade beneficiente e recreativa. No ano 1928, contava com 280 sócios. Tinha a sua sede no lugar da Culmieira. Possuía um grupo de teatro.
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CLUBE NAVAL INFANTE D. HENRIQUE
Fundação - 4 de Julho de 1925 em Valbom. Patrono D. Henrique Símbolo - Cruz de Cristo. Actividade - o Remo Outras - Polo Aquático e a Natação Mais tarde: o Basquetebol, a Pesca Desportiva e o Ténis de Mesa.
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No Natal de 1960, o Clube inaugurou a sua Sede Social, na Rua Dr. Joaquim Manuel da Costa
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O Legionário, 1.8.1915, p. 1
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“Grupo de Nun´ Álvares de ValbomFundou-se em 1924.
Pretendia difundir a religião católica.Tem a sua origem no Grupo dos Jovens Católicos Valboenses Nun´Álvares Pereira, da iniciativa do padre Joaquim Nunes Barroso.No dia do seu 1º aniversário, um ofício do Grupo Radical do Porto dizia “que se ia realizar uma festa reaccionária”.Elogia, apenas o Mestre Nun´Álvares.Representa duas peças. Actua a Tuna dos Caminhos de Ferro de Portugal.
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Círculo Católico de Operários – fundado a 2 de Janeiro de 1910, em casa do coadjutor do pároco. Tinha escola que funcionava das 7 às 9 horas. Possuía, também um grupo dramático e escola. Terminou com a proclamação da república.
Juventude CatólicaPartiu da reunião de um grupo de católicos no Lugar de lamas, na Quinta das Ruas. Tinha grupo cénico.Temendo um assalto, arrolaram os bens e cessaram o contrato de arrendamento.
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Círculo Católico de Valbom, formado em Lamas, em 1914, onde antes funcionou o Clube 31 de Janeiro. Substitui o anterior.Tinha escola e ministrava catequese. Por vezes existia pancadaria entre os alunos do Centro Pádua Correia e estes.
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No final de 1915, o Governador Civil mandou fechar todas as juventudes católicas
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Mas
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Centro de Instrução e Recreio – fundado a 27 de Janeiro de 1916, no lugar da Culmieira, Valbom com fins católicos. Foi destruído em 1919.
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Grupo Dramático Benemérito Valboense
Grupo Dramático e Recreio da Mocidade Valboense
Gabinete Recreativo Camilo Castelo Branco
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Grupo Dramático Honra e Glória Gondomarense
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Centro de Instrução e Recreio Seixoense, de Fânzeres
Fundado em 1926, possuía uma escola nocturna.
Companhia Dramática Estrelas de Fânzeres no lugar da Carvalha – fundada em 1921. Chegou a ter teatro.
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Tuna Musical “União de Fânzeres” - foi fundada em 1925, no lugar da Igreja.
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Assembleia de Rio Tinto – foi fundada em 1921. Celebrou um brilhante festa em benefício do Dispensário para crianças de Rio Tinto.
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Ideal Cinema
Ideal Cinema – em Rio TintoEm 1926, é beneficiado pela luz eléctricaTorna-se muito frequentado.
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DESPORTO
Onze Trevos Valboenses; Sporting Clube Valboense; Oriente Sporting Clube
Em Gondomar havia o campo Alves Pimenta , junto ao Souto, outro em Rio Tinto e outro na Arroteia, em Valbom.
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O Futbol Clube de Gondomar foi fundado em 1 de Maio de 1921 com fins de Educação física e desporto. Tinha a sua sede na Praça Manuel Guedes.
Sport Cub de Rio Tinto, em 1923. Em 1928, contava com 310 sócios. Tinha como fim o estudo e prática de exercícios físicos e jogos ao ar livre, especialmente o futebol. Também tem praticado beneficência. A sua sede ficava na Ferraria ( à Venda Nova).
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Corpo de BombeirosEm S. Cosme foi fundada, em 1916 uma Corporação de Bombeiros – Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Gondomar.
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VIDA POLÍTICA
O antigo presidente D. Luiz Pizarro da Cunha de Portocarrero dá posse à nova Comissão Administrativa Republicana
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15- 10-1910 O novo executivo é composto por: Lucindo Martins de Oliveira; Alexandre de Barros, Doutor Agostinho Emílio de Sousa Pinto, Agostinho Silvestre Cardozo, Manuel Marques de Almeida Russo; Davide Teixeira de Sousa; Joaquim Teixeira. O Dr. Rufino Ferreira Cardoso exercerá as funções de presidente como representante da autoridade civil.
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O vereador Sr. Alexandre de Barros propôs “ que, em homenagem às classes operárias que em Gondomar desfraldaram quando nos dominava um regímen opressivo, a bandeira republicana, o dia de descanso no concelho seja o primeiro de Maio sendo aprovado por unanimidade.”.
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A Associação Comercial de Gondomar envia os seus cumprimentos pelo advento da República
![Page 58: Caracterização de Gondomar durante a 1ª República](https://reader035.vdocuments.pub/reader035/viewer/2022081414/54bf49514a7959db718b45a0/html5/thumbnails/58.jpg)
Questão Central dos Republicanos:
“ensinar ao povo os seus direitos e os benefícios que a República em poucos
mezes lhe trouxe”
“indicar aos dirigentes republicanos do concelho o verdadeiro caminho a seguir”
e
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Conferências em Valbom e Fânzeres ocorrem no 1º de Maio, depois da actuação da Banda do Monteiro que fecha com a actuação com a “Portuguesa”.
Em Fânzeres dá origem a bordoada por parte de alguns indivíduos.
É necessário a intervenção de Miguel Verdial, que com a sua voz potente explica ao povo que estão em festa devido à República.
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O Combate,nº 4, 07.05. 1911, p.3
![Page 61: Caracterização de Gondomar durante a 1ª República](https://reader035.vdocuments.pub/reader035/viewer/2022081414/54bf49514a7959db718b45a0/html5/thumbnails/61.jpg)
Em Valbom existia um “Gabinete de Estudos de Propaganda Social”, de antes da implantação da República.
![Page 62: Caracterização de Gondomar durante a 1ª República](https://reader035.vdocuments.pub/reader035/viewer/2022081414/54bf49514a7959db718b45a0/html5/thumbnails/62.jpg)
Fonte: B.P.M. P. O Combate, nº 2, 23.04.1911
Críticas ao recenseamento
![Page 63: Caracterização de Gondomar durante a 1ª República](https://reader035.vdocuments.pub/reader035/viewer/2022081414/54bf49514a7959db718b45a0/html5/thumbnails/63.jpg)
Fontes: Arquivo Municipal de Gondomar: Livros de Recenseamento Eleitoral, vários anos, sem catalogaçãoRecolha de Dr. João Carneiro e Dr. Manuel Couto sob orientação de Maria Antonieta Cruz[1]
![Page 64: Caracterização de Gondomar durante a 1ª República](https://reader035.vdocuments.pub/reader035/viewer/2022081414/54bf49514a7959db718b45a0/html5/thumbnails/64.jpg)
Idem, ibidem
![Page 65: Caracterização de Gondomar durante a 1ª República](https://reader035.vdocuments.pub/reader035/viewer/2022081414/54bf49514a7959db718b45a0/html5/thumbnails/65.jpg)
Idem, ibidem
![Page 66: Caracterização de Gondomar durante a 1ª República](https://reader035.vdocuments.pub/reader035/viewer/2022081414/54bf49514a7959db718b45a0/html5/thumbnails/66.jpg)
Idem, ibidem
![Page 67: Caracterização de Gondomar durante a 1ª República](https://reader035.vdocuments.pub/reader035/viewer/2022081414/54bf49514a7959db718b45a0/html5/thumbnails/67.jpg)
Terra Portuguesa nº 12, 20.06.1915
![Page 68: Caracterização de Gondomar durante a 1ª República](https://reader035.vdocuments.pub/reader035/viewer/2022081414/54bf49514a7959db718b45a0/html5/thumbnails/68.jpg)
OPOSIÇÕESHistórico - republicano antigo.
Adesivo - adere aos novos ideais de alma e coração é “adesivo”
Talassa”, “Reacionário”, “Jesuíta”- não adereCanhotos,- facção esquerdista do Partido Democrático
Bonzos - facção moderada
![Page 69: Caracterização de Gondomar durante a 1ª República](https://reader035.vdocuments.pub/reader035/viewer/2022081414/54bf49514a7959db718b45a0/html5/thumbnails/69.jpg)
![Page 70: Caracterização de Gondomar durante a 1ª República](https://reader035.vdocuments.pub/reader035/viewer/2022081414/54bf49514a7959db718b45a0/html5/thumbnails/70.jpg)
O Combate, nº 10, 14.06.1911
![Page 71: Caracterização de Gondomar durante a 1ª República](https://reader035.vdocuments.pub/reader035/viewer/2022081414/54bf49514a7959db718b45a0/html5/thumbnails/71.jpg)
![Page 72: Caracterização de Gondomar durante a 1ª República](https://reader035.vdocuments.pub/reader035/viewer/2022081414/54bf49514a7959db718b45a0/html5/thumbnails/72.jpg)
Amigo Albino Cá estou e continuo bem de saúde.A vida não mata e como regularmente e há pinguinha. Este grupo é os de Gondomar. A cadelinha é do Sargentoque nos serve e é uma bela pessoa. Dá recados a todos os nossos amigos e aos meus e à tuaesposa e ao Parada. Teu amigo Tomé
![Page 73: Caracterização de Gondomar durante a 1ª República](https://reader035.vdocuments.pub/reader035/viewer/2022081414/54bf49514a7959db718b45a0/html5/thumbnails/73.jpg)
![Page 74: Caracterização de Gondomar durante a 1ª República](https://reader035.vdocuments.pub/reader035/viewer/2022081414/54bf49514a7959db718b45a0/html5/thumbnails/74.jpg)
Republicanos, na altura da Monarquia do Norte, andaram fugidos
![Page 75: Caracterização de Gondomar durante a 1ª República](https://reader035.vdocuments.pub/reader035/viewer/2022081414/54bf49514a7959db718b45a0/html5/thumbnails/75.jpg)
![Page 76: Caracterização de Gondomar durante a 1ª República](https://reader035.vdocuments.pub/reader035/viewer/2022081414/54bf49514a7959db718b45a0/html5/thumbnails/76.jpg)
QUESTÃO RELIGIOSA
Com a lei da Separação do Estado das Igrejas, de 20 de Abril de 1911, as igrejas matrizes e as capelas públicas passaram à categoria de bens nacionais.
![Page 77: Caracterização de Gondomar durante a 1ª República](https://reader035.vdocuments.pub/reader035/viewer/2022081414/54bf49514a7959db718b45a0/html5/thumbnails/77.jpg)
Valbom – questão dos cruzeiros.
Propunha-se arrancar todos os cruzeiros. O da “Havenida Paroquial” muda de sítio.
![Page 78: Caracterização de Gondomar durante a 1ª República](https://reader035.vdocuments.pub/reader035/viewer/2022081414/54bf49514a7959db718b45a0/html5/thumbnails/78.jpg)
O povo pressionou o poder para que nenhum cruzeiro mudasse de sítio, em Gondomar
![Page 79: Caracterização de Gondomar durante a 1ª República](https://reader035.vdocuments.pub/reader035/viewer/2022081414/54bf49514a7959db718b45a0/html5/thumbnails/79.jpg)
![Page 80: Caracterização de Gondomar durante a 1ª República](https://reader035.vdocuments.pub/reader035/viewer/2022081414/54bf49514a7959db718b45a0/html5/thumbnails/80.jpg)
A Avenida paroquial toma o nome de Avenida da Igreja
![Page 81: Caracterização de Gondomar durante a 1ª República](https://reader035.vdocuments.pub/reader035/viewer/2022081414/54bf49514a7959db718b45a0/html5/thumbnails/81.jpg)
![Page 82: Caracterização de Gondomar durante a 1ª República](https://reader035.vdocuments.pub/reader035/viewer/2022081414/54bf49514a7959db718b45a0/html5/thumbnails/82.jpg)
O Progresso de Gondomar, nº 36, 9 de Outubro de 1910
![Page 83: Caracterização de Gondomar durante a 1ª República](https://reader035.vdocuments.pub/reader035/viewer/2022081414/54bf49514a7959db718b45a0/html5/thumbnails/83.jpg)
Apesar de tudo as festas continuam a realizar-se – como a Srª das Neves
![Page 84: Caracterização de Gondomar durante a 1ª República](https://reader035.vdocuments.pub/reader035/viewer/2022081414/54bf49514a7959db718b45a0/html5/thumbnails/84.jpg)
Souto de N. SRª das Neves
![Page 85: Caracterização de Gondomar durante a 1ª República](https://reader035.vdocuments.pub/reader035/viewer/2022081414/54bf49514a7959db718b45a0/html5/thumbnails/85.jpg)
Igreja de Valbom – fecha de 1912-14, porque não possui uma confraria que tomasse conta do culto
![Page 86: Caracterização de Gondomar durante a 1ª República](https://reader035.vdocuments.pub/reader035/viewer/2022081414/54bf49514a7959db718b45a0/html5/thumbnails/86.jpg)
![Page 87: Caracterização de Gondomar durante a 1ª República](https://reader035.vdocuments.pub/reader035/viewer/2022081414/54bf49514a7959db718b45a0/html5/thumbnails/87.jpg)
Em Valbom forma-se uma cultual para dinamizar o culto, mas muitas cerimónias são realizadas em capelas particulares.
![Page 88: Caracterização de Gondomar durante a 1ª República](https://reader035.vdocuments.pub/reader035/viewer/2022081414/54bf49514a7959db718b45a0/html5/thumbnails/88.jpg)
Igreja de Fânzeres – também se matém fechada de 1912 a 1914
![Page 89: Caracterização de Gondomar durante a 1ª República](https://reader035.vdocuments.pub/reader035/viewer/2022081414/54bf49514a7959db718b45a0/html5/thumbnails/89.jpg)
Capela de Santa EuláliaO culto é realizado em capelas particulares
![Page 90: Caracterização de Gondomar durante a 1ª República](https://reader035.vdocuments.pub/reader035/viewer/2022081414/54bf49514a7959db718b45a0/html5/thumbnails/90.jpg)
Víático A procissão dos enfermos e
entrevados costumava sair em data variável entre o Domingo de Páscoa e a Festa da Santíssima Trindade. Os moradores enfeitavam as ruas por onde passava o Senhor.
É proibida durante a República.
![Page 91: Caracterização de Gondomar durante a 1ª República](https://reader035.vdocuments.pub/reader035/viewer/2022081414/54bf49514a7959db718b45a0/html5/thumbnails/91.jpg)
FUNERAIS E ENTERRAMENTOS
![Page 92: Caracterização de Gondomar durante a 1ª República](https://reader035.vdocuments.pub/reader035/viewer/2022081414/54bf49514a7959db718b45a0/html5/thumbnails/92.jpg)
O Jornal de Notícias, em cinco de Abril de 1899 noticia grande motim no enterro civil da Srª Luiza Roza d´Oliveira, mãe do propagandista das ideias sociais Sr. António D´Oliveira. Populares arremessando pedras tentaram impedir a saída do cortejo para o Cemitério do Prado do Repouso.
![Page 93: Caracterização de Gondomar durante a 1ª República](https://reader035.vdocuments.pub/reader035/viewer/2022081414/54bf49514a7959db718b45a0/html5/thumbnails/93.jpg)
ACOMPANHAMENTO
Alguns funerais ainda se fazem acompanhar por muitos padres, pelos “Meninos Desamparados” e Música.
![Page 94: Caracterização de Gondomar durante a 1ª República](https://reader035.vdocuments.pub/reader035/viewer/2022081414/54bf49514a7959db718b45a0/html5/thumbnails/94.jpg)
• O Combate, nº 10, 18. 06.1911
![Page 95: Caracterização de Gondomar durante a 1ª República](https://reader035.vdocuments.pub/reader035/viewer/2022081414/54bf49514a7959db718b45a0/html5/thumbnails/95.jpg)
Os cemitérios tornam-se campos de igualdade, sem distinção entre espaços para católicos e não católicos
![Page 96: Caracterização de Gondomar durante a 1ª República](https://reader035.vdocuments.pub/reader035/viewer/2022081414/54bf49514a7959db718b45a0/html5/thumbnails/96.jpg)
SUFRAGAÇÃO DA ALMA
Missa à Senhora da Silva
![Page 97: Caracterização de Gondomar durante a 1ª República](https://reader035.vdocuments.pub/reader035/viewer/2022081414/54bf49514a7959db718b45a0/html5/thumbnails/97.jpg)
MUTUALISMO
Associação Fúnebre de S. Bento das Peras de Rio Tinto – Fundada a 14.04.1895Associação de Socorros Mútuos de Nossa Senhora do Amparo de Rio Tinto, Fânzeres e S. Pedro da Cova – fundada a 2 de Janeiro de 1897. A sua sede ficava no lugar da Venda Nova – Sociedade de Socorros Mútuos de S. Cristóvão de Rio Tinto – fundada em 12 de Junho de 1879, com sede no lugar da Boavista.
![Page 98: Caracterização de Gondomar durante a 1ª República](https://reader035.vdocuments.pub/reader035/viewer/2022081414/54bf49514a7959db718b45a0/html5/thumbnails/98.jpg)
Associação de Socorros Mútuos de Rio Tinto, com sede no lugar da LourinhãA Gondomarense foi fundada em Valbom, em 1909. Tinha a sua sede na Escola Dramática. Vê os seus estatutos aprovados em 1910, no final da monarquia.Associação de Socorros Mútuos e Fúnebre familiar de S. Salvador de Fânzeres foi fundada em 2. 04. 1905.
![Page 99: Caracterização de Gondomar durante a 1ª República](https://reader035.vdocuments.pub/reader035/viewer/2022081414/54bf49514a7959db718b45a0/html5/thumbnails/99.jpg)
Associação de Socorros Fúnebre para ambos
os sexos de Jovim - fundada em 24. 06.1911
Associação Fraternal e beneficiência dos
artistas e Industriais de Valbom e S. Cosme
de Gondomar - fundada a 03. 05.1875
Montepio de S. Cosme de Gondomar –
fundada em 8 de Setembro de 1909.
![Page 100: Caracterização de Gondomar durante a 1ª República](https://reader035.vdocuments.pub/reader035/viewer/2022081414/54bf49514a7959db718b45a0/html5/thumbnails/100.jpg)
Associação Fúnebre de S. Bento das Peras de Rio Tinto –
![Page 101: Caracterização de Gondomar durante a 1ª República](https://reader035.vdocuments.pub/reader035/viewer/2022081414/54bf49514a7959db718b45a0/html5/thumbnails/101.jpg)
A GUERRA
Monumentos aos mortos da 1ª Guerra em S. Cosme e Valbom
![Page 102: Caracterização de Gondomar durante a 1ª República](https://reader035.vdocuments.pub/reader035/viewer/2022081414/54bf49514a7959db718b45a0/html5/thumbnails/102.jpg)
9 de Abril, meu amorTriste data em que eu ditei,Quando eu em ti penseiÓ minha adorada flor.São pecados da minha dorE fatalidades da vida.Ao escrever-te estas linhas.Eu só choro, meu coraçãoPor serem palavras tão minhasSó as letras as não são.Olha leva à minha mãeMuitos beijos e caríciasE diz que de mim tens notíciasQue estou vivo e estou bem
![Page 103: Caracterização de Gondomar durante a 1ª República](https://reader035.vdocuments.pub/reader035/viewer/2022081414/54bf49514a7959db718b45a0/html5/thumbnails/103.jpg)
Minhas pobres irmãzinhasQue inocentes, coitadinhasQue só sentem, como tu sentes,Diz-lhes que não és tu quem mentesPorque as palavras são minhasFui ferido e perdi um braçoNuma chuva de metralhaArranja outro namoradoQue eu sou um homem mutilado E futuro algum te oferece.
![Page 104: Caracterização de Gondomar durante a 1ª República](https://reader035.vdocuments.pub/reader035/viewer/2022081414/54bf49514a7959db718b45a0/html5/thumbnails/104.jpg)
Guedes de Oliveira – Rio Tinto
![Page 105: Caracterização de Gondomar durante a 1ª República](https://reader035.vdocuments.pub/reader035/viewer/2022081414/54bf49514a7959db718b45a0/html5/thumbnails/105.jpg)
FESTAS RELIGIOSAS
![Page 106: Caracterização de Gondomar durante a 1ª República](https://reader035.vdocuments.pub/reader035/viewer/2022081414/54bf49514a7959db718b45a0/html5/thumbnails/106.jpg)
![Page 107: Caracterização de Gondomar durante a 1ª República](https://reader035.vdocuments.pub/reader035/viewer/2022081414/54bf49514a7959db718b45a0/html5/thumbnails/107.jpg)
O legionário, 3 Out. de 1925, p. 2
![Page 108: Caracterização de Gondomar durante a 1ª República](https://reader035.vdocuments.pub/reader035/viewer/2022081414/54bf49514a7959db718b45a0/html5/thumbnails/108.jpg)
![Page 109: Caracterização de Gondomar durante a 1ª República](https://reader035.vdocuments.pub/reader035/viewer/2022081414/54bf49514a7959db718b45a0/html5/thumbnails/109.jpg)
A procissão realizava-se no Domingo de
manhã, com a imagem da Nossa Senhora
do Rosário em destaque e os pendões das
Confrarias por ordem de importância. A
festa de S. Cosme e S. Damião juntava-lhe.
Havia música, com a banda do Monteiro e
geralmente outra de fora
![Page 110: Caracterização de Gondomar durante a 1ª República](https://reader035.vdocuments.pub/reader035/viewer/2022081414/54bf49514a7959db718b45a0/html5/thumbnails/110.jpg)
Retábulo do Santíssimo Sacramento – capela-mor.
![Page 111: Caracterização de Gondomar durante a 1ª República](https://reader035.vdocuments.pub/reader035/viewer/2022081414/54bf49514a7959db718b45a0/html5/thumbnails/111.jpg)
Altar de Nossa Senhora do Rosário
![Page 112: Caracterização de Gondomar durante a 1ª República](https://reader035.vdocuments.pub/reader035/viewer/2022081414/54bf49514a7959db718b45a0/html5/thumbnails/112.jpg)
O legionário, 3 Out. de 1925, p. 2
![Page 113: Caracterização de Gondomar durante a 1ª República](https://reader035.vdocuments.pub/reader035/viewer/2022081414/54bf49514a7959db718b45a0/html5/thumbnails/113.jpg)
![Page 114: Caracterização de Gondomar durante a 1ª República](https://reader035.vdocuments.pub/reader035/viewer/2022081414/54bf49514a7959db718b45a0/html5/thumbnails/114.jpg)
1910/11 1911/12 1912/13 1913/14 1918/1919FestividadeRosário
595$700 50 $700$ 75$700 7$700 54$ 39
Pobres e doentes
89$000 89$000 11$407
FestividadeRosas
125$200 13$200 6$200 6$200 19$70
Pobres e doentes
As Confrarias transformam-se em Corporações de Assistência de Beneficência
![Page 115: Caracterização de Gondomar durante a 1ª República](https://reader035.vdocuments.pub/reader035/viewer/2022081414/54bf49514a7959db718b45a0/html5/thumbnails/115.jpg)
O Sao Bento é das Pêras,O S. Lázaro dos anéis,as Marias do Antónios,e as Anas dos Manéis!
A festa de S. Bento em Rio
Tinto é também muito
concorrida com belas
armações e procissão.
![Page 116: Caracterização de Gondomar durante a 1ª República](https://reader035.vdocuments.pub/reader035/viewer/2022081414/54bf49514a7959db718b45a0/html5/thumbnails/116.jpg)
Em S. Pedro da Cova, festejava-se o S. Pedro a
29 de Junho, bem como em Valbom. A Santa
Bárbara, advogada dos mineiros não tinha dia
certo. Em Belói festejava-se a Nossa Senhora
das Mercês, a 15 de Agosto.
![Page 117: Caracterização de Gondomar durante a 1ª República](https://reader035.vdocuments.pub/reader035/viewer/2022081414/54bf49514a7959db718b45a0/html5/thumbnails/117.jpg)
Em Belói festejava-se a
Nossa Senhora das
Mercês, a 15 de Agosto.
![Page 118: Caracterização de Gondomar durante a 1ª República](https://reader035.vdocuments.pub/reader035/viewer/2022081414/54bf49514a7959db718b45a0/html5/thumbnails/118.jpg)
A festa de Santa Justa ( em capela do concelho de
Valongo) dava origem a descantes, na espera, ou
seja quando os pedroenses esperando os
romeiros, nas imediações, onde aproveitavam para
merendar.
Menina, anda a mais eu,
Não tenhas medo à fome,
Que meu pai tem uma quinta
Que mantém a quem não come.
![Page 119: Caracterização de Gondomar durante a 1ª República](https://reader035.vdocuments.pub/reader035/viewer/2022081414/54bf49514a7959db718b45a0/html5/thumbnails/119.jpg)
CONFRARIAS
![Page 120: Caracterização de Gondomar durante a 1ª República](https://reader035.vdocuments.pub/reader035/viewer/2022081414/54bf49514a7959db718b45a0/html5/thumbnails/120.jpg)
A Confraria de S. Cosme
e S. Damião erecta em S.
Cosme de Gondomar, só
ao fim de cinco reuniões,
em 4 de Agosto de 1912,
decide continuar como
confraria e reformar os
estatutos .
![Page 121: Caracterização de Gondomar durante a 1ª República](https://reader035.vdocuments.pub/reader035/viewer/2022081414/54bf49514a7959db718b45a0/html5/thumbnails/121.jpg)
Os estatutos reformados são
apresentados a 11 de Agosto de 1912,
por Manuel Ribeiro de Almeida Júnior,
juiz da confraria e Victorino Martins d
´Oliveira, secretário
![Page 122: Caracterização de Gondomar durante a 1ª República](https://reader035.vdocuments.pub/reader035/viewer/2022081414/54bf49514a7959db718b45a0/html5/thumbnails/122.jpg)
As Confrarias transformas-se em
Corporação de Assistência de
Beneficência como é preceituado no
artigo 36 do Código Civil e no artigo 169
da Lei da Separação do Estado e da
Igreja.
![Page 123: Caracterização de Gondomar durante a 1ª República](https://reader035.vdocuments.pub/reader035/viewer/2022081414/54bf49514a7959db718b45a0/html5/thumbnails/123.jpg)
Confraria de santo Eloi
![Page 124: Caracterização de Gondomar durante a 1ª República](https://reader035.vdocuments.pub/reader035/viewer/2022081414/54bf49514a7959db718b45a0/html5/thumbnails/124.jpg)
Estatutos - 1913Promover o culto e devoção a Santo EloySufragar as almas dos irmãos fallecidosEmpregar a receita disponível em beneficência, socorrendo indigente, inválidos ou tuberculosos, sendo preferidos os irmãos da Confraria.As viúvas de ourives e os ourives pobres e doentes eram o principal objecto da assistência da confraria, inserindo-se desta forma nas directrizes da República, mas privilegiando os seus membros.
![Page 125: Caracterização de Gondomar durante a 1ª República](https://reader035.vdocuments.pub/reader035/viewer/2022081414/54bf49514a7959db718b45a0/html5/thumbnails/125.jpg)
“ A festa principal desta Confraria é no dia
primeiro de Dezembro, quando seja dia
santificado e não o sendo no primeiro
domingo daquele mez.”
![Page 126: Caracterização de Gondomar durante a 1ª República](https://reader035.vdocuments.pub/reader035/viewer/2022081414/54bf49514a7959db718b45a0/html5/thumbnails/126.jpg)
FESTAS CÍVICAS
A festa da bandeira
nacional é
comemorada a 1 de
Dezembro, aliada à
restauração da
independência
nacional.
![Page 127: Caracterização de Gondomar durante a 1ª República](https://reader035.vdocuments.pub/reader035/viewer/2022081414/54bf49514a7959db718b45a0/html5/thumbnails/127.jpg)
FESTA DA ÁRVOREA Festa da Árvore é referida em vários jornais republicanos como tendo especial brilho em Valbom.Em 1913, O cortejo da Festa da Árvore é é abrilhantado com uma orquestra paga a expensas do Clube Gondomarense e a sessão solene realiza-se no salão do clube Gondomarense.São convidados todos os professores primários a entrarem na organização
![Page 128: Caracterização de Gondomar durante a 1ª República](https://reader035.vdocuments.pub/reader035/viewer/2022081414/54bf49514a7959db718b45a0/html5/thumbnails/128.jpg)
Em 1916, em Valbom, a festa que teve lugar a 16 de Março, incluiu a plantação de uma árvore em Fonte Pedrinha, seguida de um cortejo até ao Souto, onde teve lugar uma sessão solene, discursos Inflamados a favor da República e recitativos e cantos escolares.
![Page 129: Caracterização de Gondomar durante a 1ª República](https://reader035.vdocuments.pub/reader035/viewer/2022081414/54bf49514a7959db718b45a0/html5/thumbnails/129.jpg)
O Combate nº 4, 7 .05.1911, p1
1º de Maio
![Page 130: Caracterização de Gondomar durante a 1ª República](https://reader035.vdocuments.pub/reader035/viewer/2022081414/54bf49514a7959db718b45a0/html5/thumbnails/130.jpg)
Calendário Festivo Republicano
Natal : festa da Família
1º de Janeiro consagrado à Fraternidade
Universal,
31 de Janeiro aos precursores e Mártires da
República,
5 de Outubro aos Heróis da República,
1º de Dezembro à Independência de Portugal
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INSTRUÇÃO
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Em 1910 Gondomar possuía um analfabetismo global de 56,5, em 1915 é de 54,5,
A reforma do ensino primário consta do Decreto-Lei de 29 de Março de 1911.
O Ensino Primário passa a ser custeado pelas Câmaras. A partir de 1918-1919, passam a ser administrados pelo Estado.
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INSTRUÇÃO
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Postal com a Escola do Souto, e a Capela de S.to António no Largo do Souto, actual Praça da Republica
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Aspecto actual da Escola da Gandra, tal como ficou após a reconstrução.
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Desenho parcial com o projecto primitivo da escola de 1886
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A reforma do ensino primário consta do Decreto-Lei de 29 de Março de 1911.
O Ensino Primário passa a ser custeado pelas Câmaras. A partir de 1918-1919, passam a ser administrados pelo Estado.
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São criadas escolas móveis para adultos, aos quais será ministrado o ensino da leitura, escrita, contas, rudimentos de geografia, história-pátria e educação cívica”.
Centro Democrático de instrução Luz e Esperança Pádua Correia, em Valbom
“Escola Bernardino Machado”, em Rio Tinto
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Em 1918/19 existiam:3 escolas, na Foz do Sousa; S. Cosme; e Rio Tinto; 4 em S. Pedro da Cova; 2 em Valbom; Covelo; Fânzeres; Jovim; Lomba; Medas; Melres. Em Melres e S. Pedro da Cova, 2 eram masculinas. Nas restantes, 1 era masculina. Covelo, Jovim e Lomba não tinham escolas femininas.
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1920
Analfabetos Sabem ler
Varões Fêmeas Varões Fêmeas
39% 51% 24% !7%
Em 1910, a média do país era de 75 %Em 1920 - 66 %
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13 de Dezembro de 1921 - Escola Industrial de Gondomar, com sede em Valbom.
Cursos; de marcenaria, talha, ourivesaria e de labores femininos.
Tinha como patrono Marques Leitão.
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Na escola destacam-se bons professores
sobretudo mulheres.:
Em Rio Tinto destaca-se: Maria Rosa
Pinheiro, que recebe um voto de louvor pelo
seu zelo e bons resultados”.
Em S. Cosme destaca-se: Emília Augusta
Lopes de Araújo, professora oficial do sexo
feminino do Souto que, durante a Monarquia
do Norte toma posições a favor da República.
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MOVIMENTO OPERÁRIO
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A 14.07.1898 é criada a Associação de Classe dos Operários Marceneiros Valboenses. Tinha a sede em Fonte Pedrinha.
2. 04 de 1898-Greve dos carreteiros contra as licenças (1 por cada carro em vez de um pagamento único).
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20.08. de 1901- Pádua Correia fez conferência no Centro Socialista Oriental.
Em 29 de Setembro o centro Socialista Oriental inicia missões de propaganda rural para constituir secções em Valbom; Campanha; Rio Tinto; Águas Santas.
16 . 01. 1901 -Greve nas Minas de S. Pedro da Cova
15-09-1903 -greve dos ourives em Gondomar, por acabar a contrastaria.
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Em 1906 – fazem-se grandes comícios em Torres Vedras, Labrugeira, Merceana, Atalaia, Alenquer, Lourinhã, Setúbal, Almeirim e Gondomar.17 -02-1907- reunem os Mineiros em S. Pedro
da Cova para formar associação de Classe.
20-09- 1908 -Comício de leiteiras em Valbom contra os zeladores municipais
10-15-16 - greve de carreteiros: incidentes nas barreiras, apedrejamentos
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28 de Dezembro de 1909, quando o rei visita o Porto, a cidade está às escuras, porque foram roubados , 60 a 70 candeeiros de noite.
1 de Dezembro de 1910 -Greve dos funcionários da Companhia de Gás e Electricidade do Porto, e Lisboa.
1914, cria-se a Associação de Classe de Operários Mineiros e Anexos
Em 1915, a Associação dos Operários Marceneiros de Valbom não comemoram o 1º de Maio devido à “enorme crise que assoberba as classes trabalhadoras
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1915, há greve mineira em S. Pedro da Cova, pela melhoria dos salários
1917 - Os mineiros de S. Pedro da Cova entram uma greve, devido aos baixos salários à carestia de vida, sobretudo do pão. Esta greve, que se arrasta por várias semanas é, duramente reprimida. Vários mineiros são mortos
1918- pede-se a suspensão do imposto sobre as mobílias que passam as barreiras da cidade do Porto devido à Crise de trabalho dos marceneiros.
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1923 é marcado pela maior greve dos mineiros de S. Pedro da Cova – 11 semanas. As reivindicações são as mesmas: melhores
salários, melhores condições de vida. Desenrola-se ao longo de 11 semanas
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J: N: Sexta-feira,9.11.1923
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OUTRAS FORMAS DE REIVINDICAÇÃO
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Conclusão:• Gondomar, um concelho rural, recebe a influência do
porto em muitos aspectos e torna-se muito dinâmico durante a 1º República, quer do ponto de vista reivindicativo , quer cultural.
• Há diferenças entre as freguesias, podendo destacar Fânzeres e Valbom como mais conflituosas, já que aqui se confrontam com denodo republicanos e monárquicos. Rio Tinto salienta-se pela qualidade dos seus cidadãos, destacando entre eles Carlos Amaral.
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S. Cosme adopta uma postura moderada e pouco embarca em confrontos de monta. Quanto a S. Pedro da Cova, se a Junta está ao lado do Pároco e luta constantemente por uma sede própria já que tem que reunir na sacristia da igreja ou na escola, reivindica melhorias para a freguesia, reverenciando a Companhia das Minas capaz de ser sua parceira em tais benefícios.
De qualquer forma, Gondomar, tal como o país teve oportunidade de lutar por um ideal, praticar a intervenção cívica e aprender a tolerância.
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BibliografiaFontes Manuscritas:Arquivo da Câmara Municipal de Gondomar :• Livro de Registo das Actas das Sessões de
Vereação da Câmara de Gondomar , Livro nº 13 e 14.
Arquivo da Junta de S. Cosme de Gondomar: A.J.S.G. – Actas da Junta da Paróquia de S. Cosme de Gondomar, Livro nº 3; 4; 5 e 6.
Caderno das Actas da Comissão do Recenseamento Escolar da Freguesia de São Cosme
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Arquivo da Junta de S. Pedro da Cova :Actas da Junta da Paróquia da freguesias de S. Pedro da
Cova – Livro nº 5; 6; 7.Arquivo da Junta de S. Pedro da Cova :• Actas da Junta da Paróquia da freguesias de Valbom –
Livro nº 4; 5; 6.Arquivo da Confraria de S. Cosme e S. Damião e N. Srª do
Rosário:Estatutos da Confraria de S. Cosme e S. Damião da freguezia
de S. Cosme de Gondomar1882 e 19 12• Estatutos da Confraria de Nossa Senhora do Rosário da
freguezia de S. Cosme de – 1893 e 1912 • Diário Manuscrito de António Fereira
![Page 167: Caracterização de Gondomar durante a 1ª República](https://reader035.vdocuments.pub/reader035/viewer/2022081414/54bf49514a7959db718b45a0/html5/thumbnails/167.jpg)
• Livro Diário de Receita e despesa da Confraria de S. Cosme e S. Damião – 1895-1921
• Registo de orçamento e contas da Confraria da Senhora do Rosário de Sam Cosme de Gondomar – 1891 – 1923
• Livro nº 2 - Registo de orçamento e contas da Confraria da Senhora do Rosário de Sam Cosme de Gondomar – 1917 – 1936
• Confraria de S. Cosme e S. Damião – Copiador da Correspondência expedida – 1896-1924
• Copiador da Correspondência da Confraria de Da Senhora do Rosário –– 1880-1925
![Page 168: Caracterização de Gondomar durante a 1ª República](https://reader035.vdocuments.pub/reader035/viewer/2022081414/54bf49514a7959db718b45a0/html5/thumbnails/168.jpg)
• Livro nº 1 das Actas da Confraria de S. Cosme e S. Damião – 1895- 1913
• Livro das Actas da Confraria da Nossa Senhora da Rosa e Nossa Senhora do Rosário – 1891- 1928
• Livro de matrícula dos irmãos da Confraria de s. Cosme e S. Damião erectos na egrja parochial de S. Cosme de Gondomar
• Livro do tombo dos bens capitais, móveis e alfaias pertencentes à Confraria de S. Cosme e S. Damião erecta na igreja parochial de S. Cosme, concelho de Gondomar
• Diário de António Ferreira da Fonseca, S. Pedro da Cova.
![Page 169: Caracterização de Gondomar durante a 1ª República](https://reader035.vdocuments.pub/reader035/viewer/2022081414/54bf49514a7959db718b45a0/html5/thumbnails/169.jpg)
Fontes ImpressasBiblioteca Pública Municipal do Porto• Jornal de Notícias – várias datas• Periódicos gondomarenses do período da 1ª
República
ARQUIVO CLUBE GONDOMARENSE• Clube Gondomarense – Resumo da História do
Clube – 1908 a 1958 – 1ª , ed. C. Gondomarense.
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• AZEVEDO, Carlos Moreira, Dicionário de História Religiosa de Portugal, Círculo de Leitores, Ri de Mouro, 2001.
• CATROGA, Fernando, Revolução e Secularização dos Cemitérios em Portugal, Atitudes perante a Morte, Coimbra, Livraria Minerva, 1991.
• COSTA, Francisco Barbosa, Romaria de Nossa Senhora do Rosário em S. Cosme de Gondomar, ed. C. NSrª do Rosário, Gondomar , 2009
• CRUZ, Antonieta, Eleições no Porto e em Gondomar: da Monarquia para a República, Revista da Faculdade de Letras - História,III série, vol 8, Porto 2007.
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• FIGUEIRAS, Paulo de Passos Figueiras, S. Veríssimo de Valbom, Subsídios para uma Monografia, 1ªed. Centro Social e Cultural da Paróquia de S. Veríssimo de Valbom, Gondomar, Gondomar 1998.
• MAGALHÃES, Albano, SILVA, Fátima, D´Armada, Fina, LOPEs, Licínia, CORREIA, Natália, CASTRO, Olga, Rio Tinto – Apontamentos Monográficos, 2 vols, ed. J.F. R. Tinto, 1999.
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• REIS, António (DIR), Portugal Contemporâneo (1910-1926), Alfa, Lisboa, 1990.
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ROSAS, Fernando, ROLLO, Maria Fernanda, História da primeira República Portuguesa, Tinta da China, Lisboa, 2009
Blogues: Aguiaríssimo, Junho de 2009Novas cartas Portuguesas, Junho de 2009