caracterizaÇÃo do comportamento ao corte da madeira usando o ensaio de iosipescu j. c. xavier...
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CARACTERIZAÇÃO DO COMPORTAMENTO AO CORTE DA MADEIRA
USANDO O ENSAIO DE IOSIPESCU
J. C. Xavier
Dissertação de Mestrado em Tecnologias das Engenharias
9/10/2003
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro
Plano da apresentação
Introdução
O ensaio de Iosipescu
Simulação numérica do método do vão variável
Simulação numérica do ensaio de Iosipescu
Trabalho experimental
Apresentação e discussão dos resultados experimentais
Conclusões gerais e trabalho futuro
Introdução Modelação da madeira (ao nível macroscópico):
Propriedades ao corte:
─ Módulos de corte : GLR , GLT , GRT .
─ Tensões de rotura por corte: SLR , SLT , SRT .
fff
f
f
f
fff
fff
fff
ffff
66
55
44
333231
232221
131211L
R
T
RT
LT
LR
L
R
T
RT
LT
LR
f11 f12 f13
f21 f22 f23
f31 f32 f33
f44
f55
f66
[5] prEN 408. European Committee for Standardization, 2000.[6] ASTM D198-94. American Society for Testing and Materials, 1994.
[7] ASTM D143-94. American Society for Testing and Materials, 1994.[8] NP 623. Norma Portuguesa, 1973.
Limitações dos ensaios normalizados para a identificação das propriedades ao corte da madeira [3,4]:
(i) Fornecem apenas as propriedades ao corte paralelas às fibras
(módulos de corte: GLR, GLT e tensões de rotura por corte: SLR e SLT).
(ii) O método de vão variável [5,6] proposto para a identificação de EL
e GLR (ou GLT), não é um ensaio
fundamental.
(iii) A rotura do provete do ensaio de corte paralelo às fibras [7,8] proposto para a determinação de SLR e SLT, ocorre sob concentração
de tensões.
[3] Yoshihara et all.. Journal of Wood Science, 44:15-20, 1998.[4] Rammer D.R. e L.A. Soltis. Res. Pap. FPL-RP-527, FPL, 1994.
L [0,0025; 0,035] cL
F/2
F
h
b
F/2
Proposta de trabalho:
Estudo da aplicabilidade do ensaio de Iosipescu na caracterização do comportamento ao corte da madeira de Pinus Pinaster Ait.
(i) Poderá possibilitar a identificação simultânea do módulo de corte e da tensão de rotura por corte, num plano de simetria em particular.
Justificações da escolha do ensaio de Iosipescu:
(ii) Dadas às reduzidas dimensões dos provetes de Iosipescu é possível aplicar este método a todos os planos de simetria material da madeira.
Entre vários ensaios de caracterização do comportamento ao corte de
materiais ortotrópicos consta o ensaio de Iosipescu
(normalizado para materiais compósitos sintéticos [9]).
[9] ASTM D 5379-93. American Society for Testing and Materials, 1993.
O ensaio de Iosipescu Provete de Iosipescu [9]:
[9] ASTM D 5379-93. American Society for Testing and Materials, 1993.
Esquema da amarra de Iosipescu [9]:
[9] ASTM D 5379-93. American Society for Testing and Materials, 1993.
Parafuso da cunha ajustável
Provete
Parte fixada amarra
Parte móvel da amarra
Rolamento linear de guiamento
Base da amarra
Cunhas ajustáveis parao aperto do provete
Ligação ao travessão móvel da máquina de ensaios
Tratamento de dados [9]:
Informação experimental:
+45º , –45º , P Deformação de corte
de engenharia:
Tensão de corte nominal:
6=P/A
6=f12 6 Módulo de corte
aparente:
Relação 6 - 6:
Tensão de rotura por corte aparente:
G12= 6 / 6
a
S12= P / Aa ult
[9] ASTM D 5379-93. American Society for Testing and Materials, 1993.
6=+45º – – 45º
Para um material ortotrópico as distribuições de 6 e 6
não são homogéneas [10,11].
Os factores de correcção C e S são determinados através de análises por elementos finitos.
G12 = CSG12
a
[10] Pierron F. e A. Vautrin. Composite Science and Technology, 5:61-72, 1994.[11] Pierron F. Journal of Composite Materials, 32(22):1986-2015, 1998.
ooonde C = 6 / (P/A) e S = 6 / 6
ros
G12
a
Aspectos na identificação de G12:
[10] Pierron F. e A. Vautrin. Composite Science and Technology, 5:61-72, 1994.[11] Pierron F. Journal of Composite Materials, 32(22):1986-2015, 1998.
A distribuição de 6 ao longo da
espessura do provete poder ser
heterogénea devido
imperfeições geométricas das
suas faces de carregamento
[10,11].
Este efeito é eliminado considerando 6 como a média das deformações
de corte medidas em ambas as faces laterais do provete [10,11].
Grandes deformaçõesPequenos módulos
Pequenas deformaçõesGrandes módulos
Face frontal do provete
Indeformado
Deformado
P
Aspectos na identificação de S12:
[12] Pierron F. e A. Vautrin. Composite Science and Technology, 57(12):1653-1660, 1997.[13] Pierron F. e A. Vautrin. Journal of Composite Materials, 31(9):889-895, 1997.[14] Odegard G. e M. Kumosa. Journal of Composite Materials, 33(21):1981-2001, 1999.
A rotura dos provetes ocorre sob um estado de tensão homogéneo
mas não de corte puro, existindo componentes 6 e 2 [12-14].
S12 deve ser determinado recorrendo a um critério de rotura.
S12 = P / A representa um valor sobrestimado.a ult
A componente 2 deve ser calculada por elementos finitos, introduzindo
no modelo uma lei de comportamento ao corte adequada.
Simulação numérica do método de vão variável
Objectivo:
Estudo da viabilidade da utilização do método de vão variável [5,6] para validar o ensaio de Iosipescu.
Modelos 3D do ensaio de flexão em 3 pontos desenvolvidos no código ABAQUS 6.2-1®.
Modelos de elementos finitos:
Madeira foi modelada como um material:
– contínuo;
– homogéneo;
– ortotrópico;
– com comportamento linear elástico.
[5] prEN 408. European Committee for Standardization, 2000.[6] ASTM D198-94. American Society for Testing and Materials, 1994.
F
F/2F/2L
500
20
20R
L
L = 120, 135, 160, 200 e 400 mm
Configuração do provete dos ensaios de flexão em 3 pontos:
Configuração do provete usado nos modelos de elementos finitos dos ensaios:
20
L/2
D E,I
F,J
B
C,H
A,G
10
x,L
y,R
A,E,D
B
C,F
G,I
H,J
Propriedades elásticas usadas nos modelos numéricos:
EL(1) ER
(1) ET(1) LR
(1) LT(1) RT
(1) GLR(2) GLT
(2) GRT(2)
(GPa) (GPa) (GPa) (GPa) (GPa) (GPa)
15,13 1,91 1,01 0,47 0,05 0,59 1,11 1,10 0,18(1) Pinus Pinaster Ait. [15].(2) Pinus Tarda L. [16].
Calibração do coeficiente de atrito:
Elemento C3D8
Malha e condições de
fronteira do modelo:
[15] Pereira J.L. Dissertação de Mestrado, UTAD (em curso).[16] FPL. FPL-GTR-113, 1999.
Teoria das vigas de Euler – Bernoulli:
EL =L3 F
4h4 f
a f1 = uy
f2 = uy
f3 = uy
f4 = uy – uy
A
B
C
C D
D A
B
C x,L
y,RA
B
C
Resultados numéricos:
Teoria das vigas de Timoshenko:
f1 f2 f3 f4
EL (GPa) 16,63 (9,9%) 16,05 (6,1%) 16,01 (5,8%) 15,57 (2,9%)
GLR (GPa) k = 1,2 0,74 (33,6%) 1,12 (0,6%) 1,22 (9,6%) 1,94 (74,6%)
k = 1,5 0,92 (17,0%) 1,39 (25,8%) 1,52 (37,0%) 2,42 (118,3%)
Lh
EL a
1 =
EL
2 1
+GLR
k
Hipótese cinemática da Teoria das vigas de Timoshenko:
─ de que são iguais os deslocamentos verticais de qualquer ponto
pertencente à mesma recta, inicialmente perpendicular ao eixo
neutro da viga, não se verifica na linha a meio vão (AC).
A
C
B
Simulação numérica do ensaio de Iosipescu
Objectivo:
Determinação dos campos das tensões e das deformações na zona central útil do provete
de Iosipescu de Pinus Pinaster Ait.
Cálculo dos factores de correcção do módulo de corte aparente, C e S.
Modelos de elementos finitos:
Modelos 2D desenvolvidos nos códigos ANSYS 7.0® e ABAQUS 6.2-1®.
Foram consideradas as mesmas hipóteses na modelação da madeira
e as mesmas propriedades elásticas apresentadas na simulação
numérica do método de vão variável.
Dimensões dos provetes de Iosipescu:
Malha dos modelos de elementos finitos:
5577 nós e 1800 elementos.
Elementos: PLANE82 (ANSYS)CPS8 (ABAQUS)
L
R
L
T
R
T
Condições de fronteira [17-19]:
Flexão no plano
i.de base:
ii.iterativas(plano LR):
iii. de contacto:
AN
SYS
AB
AQ
US
[17] Pierron F. Tese de Doutoramento, 1994.[18] Ho H. et al. Composite Science and Technology, 46:115-128, 1993.[19] Ho H. et al. Composite Science and Technology, 50:355-365, 1994.
Comparação e validação das condições de fronteira:
Resultados numéricos:
(Plano LR)
Campos das tensões e das deformações no provete LR:
LR/|P/A|
─ Campo das tensões na zona central do provete:
─ Distribuição das tensões ao longo da linha entre entalhes:
RR/|P/A|LR/|P/A|
RR/|P/A|R
L
─ Campo das deformações na área abrangida pela roseta extensométrica:
LR/|LR| RR/|LR|
Campos das tensões e das deformações no provete LT:
LT/|P/A|
─ Campo das tensões na zona central do provete:
─ Distribuição das tensões ao longo da linha entre entalhes:
TT/|P/A|
LT/|P/A|
TT/|P/A|T
L
─ Campo das deformações na área abrangida pela roseta extensométrica:
LT/|LT| TT/|LT|
Campos das tensões e das deformações no provete RT:
RT/|P/A|
─ Campo das tensões na zona central do provete: ─ Distribuição das tensões ao longo da linha entre entalhes:
TT/|P/A|
RT/|P/A|
TT/|P/A|
T
R─ Distribuição da tensão RT:
─ Campo das deformações na área abrangida pela roseta extensométrica:
RT/|RT| TT/|RT|
Cálculo dos factores de correcção C e S:
AC =6O
FYi=1
m
S=+45º – –45º)i=1
n
ii
n6
1
Planos Factores de correcção
da madeira C S CS
LR 0,97 0,99 0,95 (4,8%)
LT 0,92 0,99 0,91 (8,6%)
RT 1,04 0,97 1,01 (0,6%)
Trabalho experimental Preparação dos provetes:
Material: madeira de Pinus
Pinaster Ait. (pinho marítimo) com 74 anos de idade, proveniente de Viseu.
Provetes de Iosipescu:
Provetes RT
Provetes LT
Provetes LR
─ Teor em água: 9,5 – 12,1%;
─ Densidade: 0,537 – 0,623;
─ Rosetas 0/90 (CEA-06-125WT-350), coladas em ambas as faces dos
provetes com o adesivo M-Bond AE-10.
Amarra EMSE [20]:
[20] Pierron F. Ecole des Mines de Saint-Etienne, No. 940125, 1994.
Aperto das cunhas com chave dinamométrica: 1 Nm
Procedimento experimental:
Máquina universal INSTRON 1125 com capacidade de 100 kN
Sistema de aquisição de dados HBM SPIDER 8
Temperatura de 23ºC (1ºC) e humidade relativa de 45% (5%)
Velocidade do travessão móvel
de 1 mm/mn
Equipamento experimental:
Célula de carga de 5 kN
Apresentação e discussão dos resultados experimentais
Provetes LR:
Dados experimentais tipicamente medidos nos provetes LR:
(A)
(A)
(B)
(B)
Curvas médias aparentes LR – LR:
─ A resposta dos provetes contém alguma variabilidade.
─ O andamento das curvas é não linear, podendo ser devido [19,21]:
(1) ao comportamento não linear do material;
(2) à não linearidade geométrica;
(3) à não linearidade devida às condições do contacto provete/amarra.
[21] Kumosa M. e Y. Han. Composite Science and Technology, 59:561-573, 1999.
Dispersão de valores dos módulos de corte GLR , GLR e GLR :a, A a, B a
GLR GLR GLR
Média (GPa) 1,41 ± 0,151 1,54 ± 0,181 1,48 ± 0,121
C.V.2 (%) 14,1 15,0 10,3
a, A a, B a
─ Redução da dispersão de GLR quando se considera 6 médio entre as
medições nas duas faces do provete.
a
(1) Intervalo de confiança a um nível de significância de 95%;(2) Coeficiente de variação (C.V.).
Teor em água (u), densidade (d) e módulos de corte GLR e GLR :c
(1) Intervalo de confiança a um nível de significância de 95%;(2) Coeficiente de variação (C.V.).
Provetes u (%) d GLR (GPa) GLR (GPa)
1 11,9 0,561 1,33 1,27
2 11,8 0,607 1,59 1,52
3 12,1 0,612 1,57 1,50
4 11,8 0,605 1,62 1,54
5 12,1 0,615 1,48 1,42
6 10,3 0,538 1,32 1,23
7 10,0 0,537 1,22 1,16
8 10,4 0,609 1,53 1,46
9 9,4 0,614 1,65 1,58
Média 11,1 0,589 1,48 ± 0,121 1,41 ± 0,111
C.V.2 (%) 9,1 5,6 10,3 10,3
ca
a
─ Aplicando o teste t de igualdade das médias entre duas amostras conclui-se que
GLR e GLR pertencem à mesma população, a um nível de significância de 95%.a c
Módulo de corte GLR identificado nos ensaios de Iosipescu e off–axis [22]:
(1) Intervalo de confiança a um nível de significância de 95%;(2) Coeficiente de variação (C.V.).
Ensaio mecânico
Iosipescu Off-axis
d GLR (GPa) d GLR (GPa)
Média 0,589 1,41 ± 0,111 0,582 1,11 ± 0,041
C.V.2 (%) 5,6 10,3 4,0 7,0
─ A dispersão dos módulos de corte é da mesma ordem de grandeza.
─ Aplicando o teste t de igualdade das médias entre duas amostras, conclui-se
que os valores de GLR obtidos nos dois ensaios conduzem a propriedades
diferentes, a um nível de significância de 95%.
[22] Garrido N. Dissertação de Mestrado, UTAD (em curso).
─ O valor médio de GLR é superior a GLR em 26%.
Iosipescu Off-axis
Curvas LR – tempo:
Fendas iniciais
Não linearidade geométrica devido à rotação das fibras
Não linearidade devida ao contacto provete/amarra
Esmagamento das faces de carragemento do provete
Tensões de corte identificadas nos provetes LR:
(1) Intervalo de confiança a um nível de significância de 95%;(2) Coeficiente de variação (C.V.).
Provetes LR LR
1 14,4 14,9
2 12,6 16,3
3 17,2 18,6
4 16,2 17,9
5 19,1 19,1
6 13,2 13,8
7 14,9 15,0
8 15,9 16,8
9 19,5 19,5
Média (MPa) 15,9 ± 1,91 16,9 ± 1,61
C.V.2 (%) 15,2 12,1
1f ult
─ Não é possível determinar SLR recorrendo a um critério de rotura adequado, uma vez que não é conhecida a lei de
comportamento ao corte não linear do Pinus Pinaster Ait.
Tensões de corte identificadas nos ensaios de Iosipescu e off–axis [22]:
Ensaio mecânico
Iosipescu Off-axis
LR LR LR SLR1
Média (MPa) 15,9 ± 1,91 16,9 ± 1,61 14,1 ± 0,91 16,5 ± 1,51
C.V.3 (%) 15,2 12,1 12,1 16,7
[22] Garrido N. Dissertação de Mestrado, UTAD (em curso).
1f ult ult
(1) Tensão de rotura por corte determinada usando o critério de rotura de Tsai – Hill;(2) Intervalo de confiança a um nível de significância de 95%;(3) Coeficiente de variação (C.V.).
─ O ensaio de Iosipescu fornece uma boa estimativa de SLR para o Pinus
Pinaster Ait.:
LR < sLR < LR
1f ult
Provete LT:
Dados experimentais tipicamente medidos nos provetes LT:
Curvas médias aparentes LT – LT:
─ A resposta dos provetes contém alguma variabilidade.
─ O andamento das curvas é não linear, podendo ser devido [19,21]:
(1) ao comportamento não linear do material;
(2) à não linearidade geométrica;
(3) à não linearidade devida às condições do contacto provete/amarra.
Dispersão de valores dos módulos de corte GLT , GLT e GLT :a, A a, B a
GLT GLT GLT
Média (GPa) 1,33 ± 0,121 1,34 ± 0,101 1,34 ± 0,081
C.V.2 (%) 12,2 10,3 8,5
a, A a, B a
(1) Intervalo de confiança a um nível de significância de 95%;(2) Coeficiente de variação (C.V.).
─ Redução da dispersão de GLT quando se considera 6 médio entre as
medições nas duas faces do provete.
a
Teor em água (u), densidade (d) e módulos de corte GLT e GLT :c
(1) Intervalo de confiança a um nível de significância de 95%;(2) Coeficiente de variação (C.V.).
Provetes u (%) d GLT (GPa) GLT (GPa)
1 11,7 0,603 1,38 1,26
2 11,7 0,595 1,41 1,29
3 11,7 0,590 1,43 1,31
4 11,5 0,599 1,55 1,42
5 11,4 0,592 1,29 1,17
6 10,8 0,581 1,19 1,09
7 10,6 0,606 1,38 1,26
8 11,3 0,556 1,27 1,16
9 10,8 0,574 1,21 1,11
10 10,5 0,593 1,25 1,15
Média 11,2 0,589 1,34 ± 0,081 1,22 ± 0,071
C.V.2 (%) 4,5 2,6 8,5 8,5
ca
a
─ Aplicando o teste t de igualdade das médias entre duas amostras conclui-se que
GLT e GLT pertencem à mesma população, a um nível de significância de 99%.a c
Módulo de corte GLT identificado nos ensaios de Iosipescu e off–axis [22]:
(1) Intervalo de confiança a um nível de significância de 95%;(2) Coeficiente de variação (C.V.).
Ensaio mecânico
Iosipescu Off-axis
d GLT (GPa) d GLT (GPa)
Média 0,589 1,22 ± 0,071 0,538 1,04 ± 0,051
C.V.2 (%) 2,6 8,5 4,0 8,1
[22] Garrido N. Dissertação de Mestrado, UTAD (em curso).
─ A dispersão dos módulos de corte é da mesma ordem de grandeza.
─ Aplicando o teste t de igualdade das médias entre duas amostras, conclui-se
que os valores de GLT obtidos nos dois ensaios conduzem a propriedades
diferentes, a um nível de significância de 95%.
─ O valor médio de GLT é superior a GLT em 17%.
Iosipescu Off-axis
Curvas LT – tempo:
Fendas iniciais
Não linearidade geométrica devido à rotação das fibras
Não linearidade devida ao contacto provete/amarra
Esmagamento das faces de carragemento do provete
Tensões de corte identificadas nos provetes LT:
(1) Estes valores não segue uma distribuição normal (teste de Shapiro-Wilk);
(2) Intervalo de confiança a um nível de significância de 95%;
(3) Coeficiente de variação (C.V.).
Provetes LT LT
1 15,4 16,6
2 14,7 19,0
3 15,5 17,3
4 14,5 18,6
5 16,1 17,3
6 16,5 18,1
7 19,1 20,6
8 16,0 17,5
9 14,7 18,1
10 16,1 18,1
Média (MPa) 15,9 1 18,1 ± 0,82
C.V.3 (%) 8,4 6,1
1f ult
─ Não é possível determinar SLT recorrendo a um critério de rotura adequado, uma vez que não é conhecida a lei de
comportamento ao corte não linear do Pinus Pinaster Ait.
Tensões de corte identificadas nos ensaios de Iosipescu e off–axis [22]:
Ensaio mecânico
Iosipescu Off-axis
LT LT LT SLT1
Média (MPa) 15,9 18,1 ± 0,81 14,0 ± 0,81 16,6 ± 1,01
C.V.3 (%) 8,4 6,1 9,5 10,9
[22] Garrido N. Dissertação de Mestrado, UTAD (em curso).
1f ult ult
(1) Tensão de rotura por corte determinada usando o critério de rotura de Tsai – Hill;(2) Intervalo de confiança a um nível de significância de 95%;(3) Coeficiente de variação (C.V.).
─ O ensaio de Iosipescu fornece uma boa estimativa de SLT para o Pinus
Pinaster Ait.:
LT < sLT < LT
1f ult
Provete RT:
Dados experimentais tipicamente medidos nos provetes RT:
Curvas médias aparentes RT – RT:
─ A resposta dos provetes contém alguma variabilidade.
─ O andamento das curvas é não linear.
Dispersão de valores dos módulos de corte GRT , GRT e GRT :a, A a, B a
GRT GRT GRT
Média (GPa) 0,278 ± 0,0631 0,286 ± 0,0301 0,282 ± 0,0381
C.V.2 (%) 27,2 12,4 16,2
a, A a, B a
─ Redução da dispersão de GRT quando se considera 6 médio entre as
medições nas duas faces do provete.
a
(1) Intervalo de confiança a um nível de significância de 95%;(2) Coeficiente de variação (C.V.).
Teor em água (u), densidade (d) e módulos de corte GRT e GRT :c
(1) Intervalo de confiança a um nível de significância de 95%;(2) Coeficiente de variação (C.V.).
Provetes u (%) d GRT (GPa) GRT (GPa)
1 11,3 0,542 0,221 0,216
2 11,6 0,551 0,254 0,259
3 11,7 0,559 0,341 0,348
4 11,7 0,556 0,271 0,276
5 12,1 0,548 0,249 0,254
6 10,2 0,622 0,338 0,345
7 9,8 0,622 0,311 0,318
8 11,4 0,623 0,280 0,285
Média 11,2 0,578 0,282 ± 0,0381 0,288 ± 0,0391
C.V.2 (%) 7,2 6,5 16,2 16,2
ca
a
─ Aplicando o teste t de igualdade das médias entre duas amostras conclui-se que
GRT e GRT pertencem à mesma população, a um nível de significância de 95%.a c
Módulo de corte GRT identificado nos ensaios de Iosipescu e Arcan [23]:
(1) Intervalo de confiança a um nível de significância de 95%;(2) Coeficiente de variação (C.V.).
Ensaio de corte
Iosipescu Arcan
d GRT (GPa) d GRT (GPa)
Média 0,578 0,288 ± 0,0391 0,650 0,229 ± 0,0351
C.V.2 (%) 6,5 16,2 5,9 24,0
[23] Oliveira M. Dissertação de Mestrado, UTAD (em curso).
─ A dispersão dos módulos de corte é superior nos ensaios de Arcan.
─ Aplicando o teste t de igualdade das médias entre duas amostras, conclui-se
que os valores de GRT obtidos nos dois ensaios conduzem a propriedades
diferentes, a um nível de significância de 95%.
─ O valor médio de GLR é superior a GLR em 20%.
Iosipescu Arcan
Curvas RT – tempo:
Fendas Fendas
Tensões de corte identificadas nos provetes RT:
Provetes RT RT
1 2,38 3,29
2 2,76 3,88
3 0,97 4,16
4 2,86 3,36
5 4,65 4,65
6 1,01 4,62
7 1,16 5,63
8 3,27 5,18
Média (MPa) 2,38 ± 1,08 2 4,35 ± 0,702
C.V.2 (%) 54,3 19,2
1f ult
(1) Intervalo de confiança a um nível de significância de 95%;(2) Coeficiente de variação (C.V.).
Tensões de corte identificadas nos ensaios de Iosipescu e Arcan [23]:
Ensaio de corte
Iosipescu Arcan
RT RT
Média (MPa) 4,35 ± 0,701 4,54 ± 0,311
C.V.2 (%) 19,2 12,1
ult ult
[23] Oliveira M. Dissertação de Mestrado, UTAD (em curso).
─ Embora se obtenha uma boa concordância de RT entre os dois ensaios, uma
vez que que o modo de rotura dos provetes RT não é adequado, não é
possível afirmar que o ensaio de Iosipescu forneça uma boa estimativa de sRT
do Pinus Pinaster Ait.
(1) Intervalo de confiança a um nível de significância de 95%;(2) Coeficiente de variação (C.V.).
ult
Comparação entre os provetes LR e LT:
─ Aplicando o test t de igualdade das médias entre duas
amostras conclui-se, a um nível de significância de 95%,
que:
(1) GLR e GLT são propriedades diferentes, com GLR > GLT .
(2) LR e LT são propriedades iguais, sugerindo que para a
madeira de Pinus Pinaster Ait.: SLR = SLT .
ult ult
Conclusões gerais e trabalho futuro
Os módulos de corte GLR, GLT e GRT identificados nos ensaio de
Iosipescu são superiores em relação aos obtidos nos ensaios off-axis e
Arcan em 26%, 17% e 20%, respectivamente, conduzindo a
propriedades diferentes a um nível de significância de 95%.
Embora não seja possível identificar directamente as tensão de rotura
por corte SLR, SLT e SRT usando o ensaio de Iosipescu, foi demonstrado
que este ensaio fornece uma boa estimativa dessas propriedades,
pelo menos nos planos LR e LT.
Áreas de trabalho futuro:
─ Uso de métodos de campo baseados em técnicas ópticas de
medição dos campos de deslocamento ou de deformação, para a
identificação de múltiplas propriedades a partir de um único ensaio.
─ Uso de técnicas micro/macro mecânicas que permitam prever o
comportamento macroscópico da madeira através da sua
caracterização micro-estrutural.
Agradecimentos
Sandra Ricardo, José Morais, Pedro Camanho, Fabrice Pierron, Marcelo Oliveira, Patrick Ghidossi, Nuno Garrido, João Luís Pereira, Nuno Dourado, José Luís Lousada, Abílio de Jesus, Cristóvão Santos.