carlos drummond de andrade (1)
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CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE
O MAIOR POETA BRASILEIRO
NASCIDO EM ITABIRA DO MATO DENTRO/MG, EM 31 DE OUTUBRO DE 1902;
EXERCE AS ATIVIDADES DE PROFESSOR, JORNALISTA, VARIOS CARGOS DE CHEFIA NO FUNICONALISMO PUBLICO;
APOSENTA EM 1962, MOMENTO QUE SUA OBRA ACABA SENDO MAIS ABUNDANTE;
FALECIDO EM 17 DE AGOSTO DE 1987, NO RIO DE JANEIRO/RJ.
VIDA PESSOAL
O MODERNISMO É COMUMENTE DIVIDO EM DUAS FASES:1917 – DATA QUE ANITA MALFATI
VOLTA DA EUROPA E TEM SUA SEGUNDA EXPOSIÇÃO INDIVIDUAL; UMA DAS PRINCIPAIS FIGURAS DA SEMANA DE 22
1930 – SEU INICIO É MARCADO PELA PUBLICAÇÃO DE ‘O POETA DE SETE FACES’.
DRUMMOND E O MODERNISMO
SEGUE A LIBERTAÇÃO PROPOSTA POR MÁRIO E OSWALD DE ANDRADE, COM A INSTITUIÇÃO DO VERSO LIVRE, MOSTRANDO QUE ESTE NÃO DEPENDE DE UM METRO FIXO.
DRUMMOND E O MODERNISMO
JOHN GLEDSON
PAUL VALÉRY
JULES SUPERVIELLE
MARIO DE ANDRADE
INFLUÊNCIAS
POESIACOTIDIANO; ‘GAUCHE’;PREOCUPAÇÃO SOCIAL E POLITICA;REMINISCENCIAS;IRONIASAUDOSISMO;AMORIRONIA;ESSENCIA;EROTIZAÇÃO;METALINGUAGEM.
CARACTERISTICAS DAS OBRAS
Casas entre bananeirasmulheres entre laranjeiraspomar amor cantar. Um homem vai devagar.Um cachorro vai devagar.Um burro vai devagar. Devagar... as janelas olham.Eta vida besta, meu Deus.
CIDADEZINHA QUALQUER
Quando nasci, um anjo tortoDesses que vivem na sombraDisse: Vai, Carlos! Ser gauche na vida
As casas espiam os homensQue correm atras de mulheresA tarde talvez fosse azul,Não houvesse tantos desejos
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POEMA DE SETE FACES
POEMA DE SETE FACES
O bonde passa cheio de pernas:Pernas brancas pretas amarelas.Para que tanta perna, meu Deus, pergunta meu coração.Porem meus olhosnão perguntam nada.
O homem atrás do bigodeÉ sério, simples e forte.Quase não conversa.Tem poucos, raros amigosO homem atrás dos óculos e do bigode
POEMA DE SETE FACES
Meu Deus, por que me abandonasteSe sabias que eu não era DeusSe sabias que eu era fraco.
Mundo mundo vasto mundo,Se eu me chamasse RaimundoSeria rima, não seria uma solução,Mundo mundo vasto mundo,Mais vasto é meu coração
POEMA DE SETE FACES
Eu não devia te dizermas essa luamas esse conhaquebotam a gente comovido como o diabo
ELEGIA 1938
Trabalhas sem alegria para um mundo caduco,onde as formas eas ações não enceram nenhum exemplo.Praticas laboriosamente os gestos universais,sentes calor e frio, falta de dinheiro, fome e desejo sexual.
ELEGIA 1938
Heróis enchem os parques da cidade em que te arrastas,e preconizam a virtude, a renúncia, o sangue-frio, a concepção.À noite, se neblina, abrem guardas chuvas de bronzeou se recolhem aos volumes de sinistras bibliotecas.
ELEGIA 1938
Amas a noite pelo poder de aniquilamento que encerrae sabes que, dormindo, os problemas te dispensam de morrer.Mas o terrível despertar prova a existência da Grande Máquinae te repõe, pequenino, em face de indecifráveis palmeiras.
ELEGIA 1938
Caminhas por entre os mortos e com eles conversassobre coisas do tempo futuro e negócios do espírito.A literatura estragou tuas melhores horas de amor.Ao telefone perdeste muito, muitíssimo tempo de semear..
ELEGIA 1938
Coração orgulhoso, tens pressa de confessar tua derrotae adiar para outro século a felicidade coletiva.Aceitas a chuva, a guerra, o desemprego e a injusta distribuiçãoporque não podes, sozinho, dinamitar a ilha de Manhattan.
CONFIDÊNCIA DO ITABIRANO
Alguns anos vivi em Itabira.Principalmente nasci em Itabira.Por isso sou triste, orgulhoso: de ferro.Noventa por cento de ferro nas calçadas.Oitenta por cento de ferro nas almas.E esse alheamento do que na vida é porosidade e comunicação.
CONFIDÊNCIA DO ITABIRANO
A vontade de amar, que me paralisa o trabalho,vem de Itabira, de suas noites brancas, sem mulheres e sem horizontes.E o hábito de sofrer, que tanto me diverte,é doce herança itabirana.
CONFIDÊNCIA DO ITABIRANO
De Itabira trouxe prendas que ora te ofereço:este São Benedito do velho santeiro Alfredo Duval;este couro de anta, estendido no sofá da sala de visitas;este orgulho, esta cabeça baixa...
CONFIDÊNCIA DO ITABIRANO
Tive ouro, tive gado, tive fazendas.Hoje sou funcionário público.Itabira é apenas uma fotografia na parede.Mas como dói!
NÃO SE MATE
CARLOS, sossegue, o amoré isso que você está vendo:hoje beija, amanhã não beija,depois de amanhã é domingoe segunda-feira ninguém sabeo que será.
NÃO SE MATE
Inútil você resistirou mesmo suicidar-se.Não se mate, oh, não se mate,reserve-se todo paraas bodas que ninguém sabequando virão,se é que virão.
NÃO SE MATE
O amor, Carlos, você telúrico, a noite passou em você,e os recalques se sublimando,lá dentro um barulho inefável,rezas,vitrolas,santos que se persignam,anúncios do melhor sabão,barulho que ninguém sabede quê, praquê.
NÃO SE MATE
Entretanto você caminhamelancólico e vertical.Você é a palmeira, você é o gritoque ningém ouviu no teatroe as luzes tôdas se apagam.O amor no escuro, não, no claro,é sempre triste, eu filho, Carlos, mas não diga nada a ninguém,ninguém sabe nem saberá.
50 POEMAS ESCOLHIDOS PELO AUTOR
AO ESCOLHER meio centode poemas, entre milhares,o autor confia que o ventoleve o resto, pelos ares? Era melhor levar tudo- diz o crítico sisudo.Influências
BIBLIOGRAFIA
Presença da Literatura Brasileira: Modernismo História e Antologia – Antonio Candido José Aderaldo Castello; EDITORA BERTRAND BRASIL; pág 169.
Língua e Literatura - Faraco & Moura - Editora Ática à bibliografia do trabalho
Novas Palavras - Emília Amaral, Mauro Ferreira, Ricardo Leite e Severino Antônio - Editora FTD.
Carlos Drummond de Andrade - Obra Completa, Volume Único - Companhia José Aguiar Editora.
Carlos Drummond de Andrade – Obra completa em um volume Rio de Janeiro, GB, Companhia Jose Aguilar Editora, 1967 Segunda Edição.
REFERÊNCIAS DIGITAIS
http://veja.abril.com.br www.tirodeletra.com.br www.releituras.com/drummond_bio.aspwww.estadao.com.br/arquivo/avteelazer/2003/not20030825p416.htmhttp://manifestotavernista.blogspot.com/2010/09/uma-noite-na-taverna-com-poesia-de.htmlwww.memoriaviva.com.br/drummond
INTEGRANTES
Carlos Leonardo Elles Nicolete R.A. 13745
Grennda Leonarda Peixoto Garcia R.A.Luciana de Oliveira Soares R.A. 22663Lydio Andrade Perfetto R.A. 37608