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Caderno de Questões Advogado da União e Procurador Federal – 2ª Fase Direito Tributário www.cursoenfase.com.br 1 Disciplina: Direito Tributário Questões: 1. (Procurador Federal – 2007) Visando renovar sua frota, determinada empresa de locação de automóveis firmou contratos de arrendamento mercantil com duas empresas arrendadoras distintas. O primeiro contato teve por objeto automóveis de fabricação nacional, e o segundo ensejou a importação de outros veículos. Nesse caso hipotético, à luz da lei e da atual jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF), esclareça, de maneira fundamentada, se há a incidência do imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação (ICMS), ainda que as operações e as operações e as prestações se iniciem no exterior em razão dos referidos contratos. Discorra, ainda, sobre os princípios da não-cumulatividade e da seletividade quanto ao mencionado imposto, estabelecendo as diferenças de aplicabilidade dos mencionados princípios em relação ao imposto sobre produtos industrializados (IPI). 2. (DPU - 2007) Em contrato de compra e venda de uma empresa, A e B, respectivamente vendedora e compradora, estabelecem que a responsabilidade pelo pagamento de tributos relacionados ao imóvel ou à atividade será de B. Tendo em vista a legislação tributária, responda justificadamente: qual a validade e extensão dessa cláusula? 3. (Juiz Federal 5 a Região/2011) O nome de Jonas Neto, ex-sócio da Locus Amoenus Ltda., que detinha 10% das respectivas quotas do capital social e cuja retirada da sociedade ocorreu em 25/3/2002 (data do arquivamento da alteração societária no registro do comércio), foi consignado no rol de corresponsáveis tributários de uma certidão de dívida ativa, lavrada em 24/3/2006, em desfavor da aludida empresa, relativa a débito de contribuição previdenciária sobre folha de salários, das competências de janeiro a março de 2002. Tal débito tributário é objeto de execução fiscal aforada em 24/3/2010, contra a qual foram opostos embargos à execução ainda pendentes de julgamento. Jonas Neto, que nunca figurou como administrador da referida empresa, é titular de um crédito de indenização, por responsabilidade civil da União, inscrito em precatório judicial. Sabendo da iminente liberação do crédito do precatório, a União atravessou petição pugnando pela compensação do respectivo crédito com a noticiada dívida previdenciária, ou,

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Caderno de Questões Advogado da União e Procurador Federal – 2ª Fase

Direito Tributário

www.cursoenfase.com.br 1

Disciplina: Direito Tributário

Questões:

1. (Procurador Federal – 2007) Visando renovar sua frota, determinada

empresa de locação de automóveis firmou contratos de arrendamento mercantil com

duas empresas arrendadoras distintas. O primeiro contato teve por objeto automóveis

de fabricação nacional, e o segundo ensejou a importação de outros veículos.

Nesse caso hipotético, à luz da lei e da atual jurisprudência do Supremo

Tribunal Federal (STF), esclareça, de maneira fundamentada, se há a incidência do

imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de

serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação (ICMS), ainda

que as operações e as operações e as prestações se iniciem no exterior em razão dos

referidos contratos. Discorra, ainda, sobre os princípios da não-cumulatividade e da

seletividade quanto ao mencionado imposto, estabelecendo as diferenças de

aplicabilidade dos mencionados princípios em relação ao imposto sobre produtos

industrializados (IPI).

2. (DPU - 2007) Em contrato de compra e venda de uma empresa, A e B,

respectivamente vendedora e compradora, estabelecem que a responsabilidade pelo

pagamento de tributos relacionados ao imóvel ou à atividade será de B. Tendo em

vista a legislação tributária, responda justificadamente: qual a validade e extensão

dessa cláusula?

3. (Juiz Federal 5a Região/2011) O nome de Jonas Neto, ex-sócio da Locus

Amoenus Ltda., que detinha 10% das respectivas quotas do capital social e cuja

retirada da sociedade ocorreu em 25/3/2002 (data do arquivamento da alteração

societária no registro do comércio), foi consignado no rol de corresponsáveis

tributários de uma certidão de dívida ativa, lavrada em 24/3/2006, em desfavor da

aludida empresa, relativa a débito de contribuição previdenciária sobre folha de

salários, das competências de janeiro a março de 2002. Tal débito tributário é objeto

de execução fiscal aforada em 24/3/2010, contra a qual foram opostos embargos à

execução ainda pendentes de julgamento. Jonas Neto, que nunca figurou como

administrador da referida empresa, é titular de um crédito de indenização, por

responsabilidade civil da União, inscrito em precatório judicial. Sabendo da iminente

liberação do crédito do precatório, a União atravessou petição pugnando pela

compensação do respectivo crédito com a noticiada dívida previdenciária, ou,

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alternativamente, pela suspensão do pagamento do precatório em razão da dívida

objeto de execução fiscal.

Em face da situação hipotética acima apresentada, responda, de forma

fundamentada, se procede a pretensão da União.

4. (Procurador BACEN-2009) Uma pessoa jurídica, atacadista de gêneros

alimentícios, contratou a empresa de factoring Alfa-7, para a prestação de serviços

referentes a avaliação de riscos, seleção de créditos e gerenciamento de contas a

receber e a pagar, associada à aquisição pro soluto de créditos. No curso da execução

do contrato, a empresa Alfa-7 foi obrigada a recolher o imposto sobre operações

financeiras (IOF), inclusive sobre saques em caderneta de poupança de sua

titularidade.

Considerando a situação hipotética apresentada acima e as normas aplicáveis

ao IOF, redija um texto dissertativo que responda, de modo justificado, aos seguintes

questionamentos.

- O IOF incide sobre operações de factoring praticadas por instituições distintas

das financeiras?

- É legítima a incidência do IOF nos saques em caderneta de poupança?

- Quais operações configuram o fato gerador do IOF?

5. (Procurador BACEN-2009) Considerando que o BACEN é o agente financeiro

máximo e controlador de todas as operações de crédito disciplinadas na Lei de

Responsabilidade Fiscal (LRF) — LC n.º 101/2000 —, discorra, com fulcro na LRF, acerca

das vedações a que está sujeito o BACEN nas suas relações com ente da Federação, no

que concerne às operações de crédito.