cartilha das minas

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Esse é um projeto do coletivo feminista Artemísia, com idealizadoras, alunas do curso de artes e design da UFJF, MG. A proposta da cartilha é, principalmente, auxiliar as calouras do curso com informações sobre o campus universitário, como horário de ônibus ou locais mais seguros e menos seguros, sobre o movimento feminista e indicações de artistas e filmes.

TRANSCRIPT

Segundo a História, a luta feminista tem registros de mais de 200 anos e considera-se a Revolução Francesa como um marco na luta organizada das mulheres por seus direitos.

Apesar disso, sabemos que o feminismo é tão complexo, di-verso e particular por ser reflexo das vivências e relações so-ciais das mulheres que é impossível tomarmos esse movi-mento com algo único, portanto não há um feminismo, mas

FEMINISMOS.

O Coletivo Feminista do IAD – Artemísia foi criado incial-mente para ser um espaço onde nós, mulheres do Instituto de Artes e Design, pudéssemos nos reunir para debater sobre feminismo, arte e sobre as nossas vivências enquanto mulheres em uma sociedade que infelizmente ainda é muito machista.

Após recebermos denúncias sobre casos de machismo e mi-soginia em nosso instituto, resolvemos então que era o mo-mento de nos organizarmos de maneira mais séria para que esses problemas fossem solucionados e para que nossa rede

de apoio conseguisse se fortalecer.

No coletivo, não são tolerados discursos racistas, gordofóbi-cos, LGBTfóbicos , etarismo, preconceito de classe, capaci-tismo ou qualquer tipo de opressão, discurso de ódio e violência física ou verbal. O Coletivo Artemísia também é seu e estamos muito felizes de ter mais uma mulher incrível ao nosso lado!

HISTÓRIA

FAQ_artemísia

Não existe uma resposta correta. Mas nós acreditamos que os homens não apenas podem, mas devem ser PRÓ-feminismo, eles apenas não podem querer o protagonismo. Os homens devem usar o seu lugar de privilégio no mundo para poder in-

fluenciar outros homens contra o machismo

Não. O feminismo é um movimento social e político organi-zado. O machismo não é um movimento e, sim, uma estrutura da sociedade que oprime as pessoas, assim como o racismo.

Não. O feminismo é um movimento de luta para a emancipação das mulheres. O que o feminismo pede são direitos iguais. Para homens e mulheres. De acordo com a

blogueira Lola: "Hoje em dia, o feminismo é o combate a todas as opressões, não só de gênero, mas também de raça, orientação

sexual, classe...".sexual, classe...".

Como um movimento que prega a igualdade pode ser excludente? O que pode existir são pessoas que não

entenderam o verdadeiro significado entenderam o verdadeiro significado do movimento e que não se deram conta de que o machismo é o verda-deiro vilão, que ele criou a rivalidade

entre as mulheres.

Mas é claro! O feminismo não é contra a maquiagem e muito menos contra o seu ves-tido curto, que você tem o direito de usar sem sofrer nenhum constrangimento ou assédio. São escolhas que só dizem respeito a você, assim como não passar maquiagem ou não se depilar. O que não quer dizer que não deve-mos lutar contra os padrões de beleza que nos

oprimem.

fonte: site da ASTRANS

525_UFJF

535_UFJF

– de 6:30 a 8:00 – 01 ônibus com letreiro “RU”, circulando aproximadamente a cada 30 em 30 minutos;

– de 8:00 às 11:00 – 01 ônibus com letreiro “CIRCULAR”, circulando aproximadamente a cada 30 em 30 minutos;

– de 11:00 às 14:00 – 04 ônibus com letreiro “RU”, circulando aproxi– de 11:00 às 14:00 – 04 ônibus com letreiro “RU”, circulando aproxi-madamente a cada 10 minutos. Apenas 02 destes ônibus passam no CAS/HU (Faculdade de Medicina);

– de 14:00 às 17:00 – 01 ônibus com letreiro “CIRCULAR”, circulando aproximadamente a cada 30 em 30 minutos;

– de 17:00 às 19:00 – 02 ônibus com letreiro “RU”, circulando aproxi-madamente a cada 20 minutos (estes não passam no CAS/HU).

A trajetória dos ônibus é circular: começam na Faculdade de Engenharia/RU, passam pelo HU/CAS, depois pela Odontologia, ICH, Letras, e voltam para a Faculdade de Engenharia.

HORÁRIO DOS ÔNIBUS QUE CIRCULAM NA U.F.J.F. (ônibus cinza/prateado)

fonte: site da U.F.J.F.

Pode ser que durante percurso de vocês pela história da arte vocês sintam falta de nomes de mulheres que discutem questões de gênero etc. Então, ficam algumas dicas nessa cartilha aqui. É importante, segundo a historiadora Luana Tvardovskas, “compreender que as segundo a historiadora Luana Tvardovskas, “compreender que as

mulheres não produziram da mesma forma que os homens, não tiver-am as mesmas oportunidades, não aprenderam a enxergar o mundo da mesma forma e existem outras preocupações que precisam ser con-

templadas”.

Nós do coletivo Artemísia, gostaríamos de apresentar às calouras do IAD, como forma de boas-vindas, uma listinha de artistas mulheres (sem ordem cronológica, nem nada... selecionamos alguns nomes que nos chamam a atenção pela preocupação de gênero ou por preocu-pações com o universo feminino). Na página do coletivo, semanalmente é postado uma artista brasileira, confiram lá temos per-sonalidades incríveis !!!

A partir dos anos 1960 o feminismo foi incorporado no campo artís-tico e muitos artistas se emprenharam em discutir a ausência de

mulheres na história da arte, assim, começou a ser incorporado nas construções de narrativas o questionamento de instituições, cânones artísticos, começando a desconstruir o imaginário de uma cultura

patriarcal e machista.

A história da arte, assim como outras narrativas, é construída por “batalhas”, a construção de quem vai ser lembrado pelo cânone da “batalhas”, a construção de quem vai ser lembrado pelo cânone da história da arte é baseado em uma luta de poder. Para reforçar nosso argumento, a pesquisadora Maria Antonieta Transforini nos contou em uma palestra realizada no IAD no ano de 2013 que, ao longo da história, importantes historiadores (como Gombrich e Houser) mal mencionam existência de mulheres artistas em seus livros (considerados basilares para o estudo da arte), apesar é claro, de sempre terem existido sempre terem existido mulheres protagonistas.

MULHERES NA ARTE

Sua obra intitulada "Aranha" faz parte do acervo permanente do Museu de Arte Moderna (MAM), no Parque do Ibirapuera, em São Paulo.A artista nasceu em Paris, no dia 25 de dezembro de 1911 e se mudou A artista nasceu em Paris, no dia 25 de dezembro de 1911 e se mudou para Nova York em 1938, após se casar com o historiador de arte amer-icano Robert Goldwater. Louise permaneceu praticamente desconhe-cida no mundo da arte até completar seus 70 anos, quando o Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMA) apresentou uma retrospectiva de sua carreira, em 1982.

Com o amadurecimento de idéias do grupo, assina o manifesto Neo-concreto, consolidando as divergências com os concretistas de São Paulo. A ressonância de seu trabalho não pode ser portanto aferida sem que remetamos sua inquietação experimental a esse momento fundador da arte brasileira contemporânea: o neoconcretismo.No final da década de sessenta, época da maior repressão política da di-tadura militar no Brasil (1964/1989), seus trabalhos voltaram-se para a crítica dos valores e repertórios das elites e das instituições culturais. Produz objetos e instalações marcados pela ironia, pelo sarcasmo e por críticas à situação política. Para o crítico inglês Guy Brett, a semente da criatividade desabrocha Para o crítico inglês Guy Brett, a semente da criatividade desabrocha nos trabalhos da artista com sensibilidade e humor. Eles não foram criados para serem consumidos apressadamente, sem reflexão: o modo como são vivenciados pelo espectador é que constitui a obra. A artista não se prende aos mesmos suportes ou procedimentos, seu trabalho é sempre inovador e enfrenta inúmeras questões.

Para fechar essa lista, quisemos colocar uma artista bastante atuante e mais conhecida na internet, através de seu blog e das redes sociais, Evelyn Queiróz conhecida como Negahamburguer. Ela “vem realizan-do um trabalho de denuncia das situações de opressão e preconceito so-frido por mulheres, principalmente, fora do padrão estéticos de corpo. Padrões frequentemente reproduzidos pela grande mídia e normatiza-dos pela sociedade mas que provocam situações de conflito psicológico, desconforto e até mesmo segregação.”Evelyn criou a personagem Negahamburguer que “dá voz a milhares de mulheres por meio de ilustrações que retratam a violência de gênero e os preconceitos produzidos por uma sociedade permeada por padronizações estéticas. A artista frequentemente utiliza plataformas como redes sociais e blogs na internet para divulgar seu trabalho,

Claudia Contreras1956Claudia Contreras nasceu na Argentina. É uma artista Claudia Contreras nasceu na Argentina. É uma artista múltipla em suas formas de criar, destacando-se pela den-sidade de suas reflexões políticas, sobretudo no que se refere à experiência do terrorismo de Estado na Argen-tina. Claudia dialoga com a colagem, a costura e a paródia, modulando sua voz crítica com dados que aludem à história do país.

KilombaKilomba é uma escritora, teórica e artista interdisciplinar. Ela é portuguesa, mas mora em Berlim. O seu trabalho baseia-se em questões de gênero, raça, trauma e memória.

Para sua produção, ela utiliza textos artísticos e acadêmicos, Seu tra-balho é muito conhecido por abordar uma variedade de formatos, de textos teóricos a textos narrativos, de performances a vídeo insta-lações, intencionalmente criando um espaço híbrido entre a línguagem acadêmida e artística, para explorar formas de descolonizar as lingua-gens.

Barbara Kruger1945

Barbara Kruger nasceu em Newark, estado norte-americano de Nova Jersey, em 1945. Começou tra-

balhando como diretora de arte de revistas e como designer para capas de livros, entre outros trabalhos.Entrou para o mundo da arte em 1969, escrevendo poemas e pintando.“Barbara Kruger e sua orientação feminista colocam em xeque os limites “Barbara Kruger e sua orientação feminista colocam em xeque os limites de exposições da arte como socialmente indiscriminadas e sexualmente indiferentes. Para tal, a artista usa diversas imagens e textos, de maneira

a desfazer a natureza especular das representações que submetem a mulher ao olhar de um sujeito masculino unívoco, desorientando a norma e levando a linguagem a uma crise.” (PEQUENO, Fernanda, s/

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