caso clínico (12)c

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JVLN, 26 anos, masc., solteiro, ensino fundamental. Admissão : 16/08/1999. Cargo : Operador de produção. Demissão : 18/02/2003. Ação de indenização. HISTÓRICO OCUPACIONAL O reclamado é montadora de veículos comerciais leves. Como operador de produção, o reclamante desenvolveu, por todo o pacto laboral, atividades de transporte de carrocerias até o elevador (no “Galpão da Funilaria”) e aplicação de sigilantes (espécie de massa vedante) nas mesmas (no “Galpão da Pintura”). Relatou o autor que durante o primeiro ano do pacto laboral, as carrocerias eram posicionados em um carro transportador por uma empilhadeira, sendo então tracionadas manualmente por cerca de 40 metros e a seguir transferidas para o elevador (utilizavam-se calços e alavancas nesta última operação, para ser alcançada a altura do elevador; participando cerca de 4 a 5 funcionários). Posteriormente foi implantado um carro transportador mais apropriado, que se encaixava diretamente no elevador. O sigilante era aplicado através de mangueira, com bico apropriado (linha baixa) Anteriormente ao pacto laboral com o reclamado, o reclamante havia trabalhado como “auxiliar de viagem” (“trocador”), de 11/12/1997 até 03/02/1999 e como “auxiliar de serviços gerais”, de 01/08/1994 até 23/04/1997. HISTÓRICO MÉDICO Conforme relatado pelo periciado e informações de documentos médicos pertinentes apensos aos autos e em anexo, depreende-se: _ “Aproximadamente 2 anos antes de sua demissão, tracionava o carrinho transportador quando o mesmo prendeu-se em uma grade do piso. Ao tentar fazer uma alavanca com um toco, para retirá-lo, sentiu uma dor forte na região

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Page 1: Caso Clínico (12)c

JVLN, 26 anos, masc., solteiro, ensino fundamental.

Admissão : 16/08/1999.

Cargo : Operador de produção.

Demissão : 18/02/2003.

Ação de indenização.

HISTÓRICO OCUPACIONAL

O reclamado é montadora de veículos comerciais leves.

Como operador de produção, o reclamante desenvolveu, por todo o pacto

laboral, atividades de transporte de carrocerias até o elevador (no “Galpão da

Funilaria”) e aplicação de sigilantes (espécie de massa vedante) nas mesmas

(no “Galpão da Pintura”).

Relatou o autor que durante o primeiro ano do pacto laboral, as

carrocerias eram posicionados em um carro transportador por uma empilhadeira,

sendo então tracionadas manualmente por cerca de 40 metros e a seguir

transferidas para o elevador (utilizavam-se calços e alavancas nesta última

operação, para ser alcançada a altura do elevador; participando cerca de 4 a 5

funcionários). Posteriormente foi implantado um carro transportador mais

apropriado, que se encaixava diretamente no elevador. O sigilante era aplicado

através de mangueira, com bico apropriado (linha baixa)

Anteriormente ao pacto laboral com o reclamado, o reclamante havia

trabalhado como “auxiliar de viagem” (“trocador”), de 11/12/1997 até 03/02/1999

e como “auxiliar de serviços gerais”, de 01/08/1994 até 23/04/1997.

HISTÓRICO MÉDICO

Conforme relatado pelo periciado e informações de documentos médicos

pertinentes apensos aos autos e em anexo, depreende-se:

_ “Aproximadamente 2 anos antes de sua demissão, tracionava o carrinho

transportador quando o mesmo prendeu-se em uma grade do piso. Ao tentar

fazer uma alavanca com um toco, para retirá-lo, sentiu uma dor forte na região

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lombar.

Apesar da dor continuou a tarefa e após concluí-la encaminhou-se para o

serviço médico, onde recebeu uma injeção de antiinflamatório, retornando ao

trabalho (estava quase na hora de largar o serviço). No dia seguinte voltou a

trabalhar normalmente, mas passou a manter a dor nas costas, comparecendo

ao serviço médico com freqüência (era apenas prescrito uso de antiinflamatório).

Em agosto de 2001 fraturou a mão esquerda no serviço, tendo

permanecido afastado do trabalho de 24/08/2001 à 31/01/2002. Quando

retornou ao trabalho, continuava sentindo dores nas costas, passando a fazer

avaliações com ortopedista, com seguidas licenças do trabalho.

Realizou exame de tomografia computadorizada da coluna lombo-sacra,

em 10/05/2002, que revelou pequena protusão discal L4-L5, sendo então

encaminhado para a perícia médica do INSS, que concedeu auxílio-doença

(espécie 31). Manteve-se em controles com ortopedista e fazendo fisioterapia,

permanecendo em gozo do auxílio-doença de 03/07/2002 até 15/02/2003.

Recebeu alta da perícia médica do INSS em 15/02/2003, sendo demitido

a seguir. Após a demissão, não fez novas avaliações ou tratamentos médicos.

Atualmente queixa-se de dor na perna direita (em toda coxa) e na região

lombar, associada à dormência em todo o membro inferior direito. Relata

dificuldade para permanecer muito tempo numa mesma posição e para andar; ‘a

perna trava, o músculo embola, não consegue levantar’. Apresenta ainda dores

de cabeça freqüentes. Recentemente requereu reabertura do benefício

previdenciário (está aguardando). Sem uso de medicamentos no momento.

Nega outros problemas de saúde. Pai também tem problema de coluna,

devido acidente (futebol). Possuí carteira de motorista (foi tirada em 2001), mas

não tem veículo próprio.

EXAME FÍSICO:

O periciado possui atualmente 26 anos de idade.

Durante a entrevista mostrou-se orientado no tempo e espaço, com

atenção e memória preservadas, pensamento lógico com base na razão, sem

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alterações de senso-percepção e com conduta coerente.

Peso = 93,5 Kg e Estatura = 1,84 m.

Ao exame apresentou estado geral preservado. Curvaturas fisiológicas da

coluna vertebral. Marcha normal (inclusive na ponta dos pés e sobre os

calcanhares e bordas dos pés). Força muscular preservada. Sensibilidade dos

membros inferiores preservada. Reflexos tendinosos (aquileu e patelar)

preservados. Movimentos do quadril e da coluna lombar preservados (referiu-se

a dor leve na região lombar, durante flexão forçada, extensão, desvio lateral e

rotação à direita). Agachou-se com facilidade. Na manobra de elevação da

perna retificada foi negativa.

IMPRESSÃO DIAGNÓSTICA PERICIAL:

Alterações degenerativas da coluna lombo-sacra (pequena protusão

discal em L4-L5), sem transtorno funcional evidente.

COMENTÁRIOS PERICIAIS JUDICIAIS:

O histórico médico do autor revelou um quadro de dor lombar aguda

ocorrido no trabalho, em setembro de 2000, mas sem incapacidade associada,

tendo permanecido normalmente no serviço até agosto de 2001, quando

apresentou uma contusão do punho esquerdo. Em decorrência desta contusão

do punho, permaneceu em gozo de auxílio-doença até fevereiro de 2002. No

retorno ao trabalho, após, portanto, 5 meses de afastamento, voltou a referir-se

a dores lombar, com consecutivas licenças até nova concessão de auxílio-

doença, que perdurou até fevereiro de 2003.

Alterações degenerativas da coluna lombo-sacra são achados comuns na

população geral e não indicam, necessariamente, incapacidade física e funcional.

Deve haver uma valorização da propedêutica clínica (adequada interpretação e

correlação dos sintomas queixados e dos sinais evidenciados ao exame clínico) e

não atribuir excessivo valor ao exame complementar, sobre o risco de equívocos e

insucessos na condução do problema.

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Cecin (1993), neste sentido e corroborando tais assertivas, encontrou 81,5%

de alterações tomográficas em pessoas que nunca haviam experimentado dor

lombar, enquanto os pacientes com lombociatalgia apresentaram 92,5% de

alterações, uma prevalência semelhante, do ponto de vista estatístico (p>0,05).

Maurren C. Jensen e cols (Magnetic Ressonance Imaging of The Lumbar

Spine in People Whithouth Back Pain. The N. Eng. J. Med. Vol. 331 nº 2:69-73),

usando a ressonância nuclear magnética, encontraram 64,4% de alterações em

pessoas que também nunca haviam sofrido dor lombar.

Assim, devemos entender que muitas das alterações degenerativas da

coluna vertebral (tais como alterações ou acentuações das curvaturas fisiológicas

[escoliose ou lordose], transtornos dos discos intervertebrais [hérnias ou protusões

discais] e osteófitos [“bicos de papagaio”]) são achados comuns na população

geral e não indicam, necessariamente, incapacidade física e funcional. Logo,

impõe-se admitir que a “clínica é soberana”, ressaltando-se que o exame

complementar é de extraordinário valor apenas quando se correlaciona com os

dados clínicos.

As explanações acima são necessárias para se entender o trabalho pericial

nos casos de demandas judiciais por queixas de dores lombares, devendo-se

apurar se existe de fato uma lesão incapacitante e, posteriormente, se há evidente

nexo com o trabalho desenvolvido pelo periciado. Para a adequada resposta a

estas indagações, deve-se inicialmente ter em vista:

Lombalgias são manifestações freqüentes na população geral, e numa

grande proporção dos casos não se chega a uma conclusão etiológica

definitiva de sua causa (sendo consideradas como “idiopáticas” ou

“inespecíficas”);

A maioria dos casos (estimada em 90%) resolve-se num período de até 4

semanas, com ou mesmo sem tratamento, independentemente da causa.

É possível que a maioria da população venha a apresentar um ou mais

episódios de lombalgia ao longo da vida, contudo sem maiores ou

prolongadas repercussões funcionais;

Exames complementares, como radiografias, tomografias e ressonância

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magnética devem ser avaliados com cautela, não se devendo deduzir de

imediato que traduzem necessariamente uma lesão prolongadamente

incapacitante, dado que uma expressiva parcela da população,

principalmente a partir dos 20 anos de idade, começa a apresentar

manifestações de cunho degenerativo da coluna vertebral (como

protusões discais), quase sempre sem correlação clínica;

Deve haver uma maior valorização dos sinais objetivos à avaliação clínica

(formas de apresentação e evolução dos sintomas, sinais ao exame

clínico, como amplitude dos movimentos, irradiação da dor, sintomas

concomitantes, força muscular, alterações motoras e sensitivas, etc.) em

detrimento dos exames complementares, que são métodos auxiliares ao

exame clínico e só têm valor quando adequadamente correlacionado com

os mesmos.

No caso do autor, não há, no momento, presença de sinais objetivos de

radiculopatia (isto é, de compressões de raízes nervosas cervicais que inervam os

membros inferiores) ou de outros transtornos funcionais que venham a dar suporte

à qualidade das alterações degenerativas discais (protusão em L4-L5), verificadas

por estudo tomográfico anterior.

Portanto, no entendimento desta perícia judicial, não é o periciado

portador de patologia incapacitante da coluna lombo-sacra e nem há claro

nexo de concausalidade do processo degenerativo demonstrado pelo

exame de imagem (protusão discal) com o trabalho no reclamado.

CONCLUSÃO:

Com base nos elementos e fatos expostos e analisados, conclui-se que o

periciado é portador de alterações de cunho degenerativo da coluna vertebral

(protusão discal lombar), porém sem evidências de incapacidade física, funcional

e/ou laborativa atual.

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RESPOSTA AOS QUESITOS

5.1 – Quesitos do Reclamado (fls. 472/474)

5.1.1 – Existe na ré unidade de engenharia de segurança do trabalho eComissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA?R.: Sim.

5.1.2 – O principal objetivo daquela unidade e da Comissão acima mencionadasé a prevenção de acidentes do trabalho, incluindo patologias ocupacionais?R.: Sim.

5.1.3 – Existe, também, serviço de medicina do trabalho? Em caso afirmativo,informe ao Douto Juízo qual é, também, o objetivo fim deste serviço?R.: Prevenção de agravos à saúde dos trabalhadores.

5.1.4 – Descrever as atividades desenvolvidas pelo periciado em sua jornadadiária de trabalho, durante todo o pacto laboral com a reclamada.R.: Vide o item 2.1.

5.1.5 – Esclarecer se durante a jornada de trabalho a tarefa executada peloautor estava reduzida a uma operação ou se existiam rodízio e alternância nasoperações executadas.R.: Vide o item 2.1.

5.1.6 – Durante o trabalho pericial foi verificada procedimento inadequado daempresa ré que justificasse os sintomas alegados pelo reclamante em suacoluna cervical? Em eventual resposta afirmativa, pede-se esclarecer com osdetalhes necessários.R.: Vide o item 2.2.

5.1.7 – Após exame clínico do autor, foi diagnosticada patologia ocupacional emsua coluna cervical?R.: Vide os itens 2.3 e 2.4.

5.1.8 – Em eventual resposta positiva ao quesito anterior, pede-se informar onome desta patologia, quais são suas possíveis etiologias e, por fim, quais foramas razões para desconsiderar aquelas não ocupacionais.R.: Vide o item 3.

5.1.9 – A alegada moléstia mencionada nos quesitos anteriores, se confirmadapelo perito, podem ser adquiridas em atividades outras alheias às atividadeslaborativas do autor na ré?R.: Vide o item 3.

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5.1.10 – A patologia que acomete a coluna cervical do autor é degenerativa. Emeventual resposta negativa, pede-se esclarecer, trazendo aos autosdocumentação idônea e robusta.R.: Vide o item 3.

5.1.11 – O expert corrobora a conclusão dos médicos da ré, de que a patologiaque acomete o periciado em sua coluna cervical é de etiologia não ocupacional,ou seja, doença comum.R.: Vide o item 3.

5.1.12 – Também, alicerçando a conclusão dos médicos da reclamada, élegítima a assertiva de que o benefício concedido ao autor pela PrevidênciaOficial (fls. 32) não guarda qualquer relação com patologia ocupacional? Emeventual resposta negativa, pede-se esclarecer.R.: Vide o item 2.2.

5.1.13 – Quais as atividades atuais do autor? O mesmo encontra-sedesenvolvendo alguma atividade laborativa, social, esportiva ou outra atividadequalquer?R.: Negado.

5.1.14 – O reclamante é habilitado para conduzir veículo automotivo? Em casopositivo, qual foi a data da última renovação de sua carteira? Ela é válida atéquando?R.: Vide o item 2.2.

5.1.15 – Sabendo-se que as patologias ocupacionais regridem com o repouso,qual foi a melhora apresentada pelo autor após sua demissão da reclamada?R.: Não referiu melhora.

5.1.16 – Durante o exame realizado, o periciado queixou-se de dor em algumamanobra especial?R.: Vide o item 2.3.

5.1.17 – Em caso de resposta afirmativa ao quesito anterior, em que grau seclassifica a dor apresentada: leve, moderada ou acentuada?R.: Vide o item 2.3.

5.1.18 – O periciado informa já ter se submetido a algum tratamento para apatologia questionada?R.: Vide o item 2.2.

5.1.19 – Em caso de resposta afirmativa ao quesito anterior, qual foi otratamento, qual a melhora apresentada e qual a melhora esperada com otratamento instituído?R.: Vide o item 2.2.

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5.1.20 – O periciado encontra-se em tratamento médico atual? Em caso deresposta afirmativa, indique os tratamentos e prognósticos.R.: Vide o item 2.2.

5.1.21 – É legítimo assegurar que as doenças degenerativas da coluna podemjustificar crises dolorosas, mas que fora dessas crises as pessoas conseguemdesempenhar suas atividades laborativas, raramente tendo necessidade dereadaptação profissional?R.: Vide o item 3.

5.1.22 – O reclamante é incapaz para o trabalho?R.: Não.

5.1.23 – O INSS concedeu ao periciado Aposentadoria por Invalidez – Acidentedo Trabalho?R.: Não.

5.1.24 – Qual a situação pericial (frente à Previdência Social) do autor nos diasatuais?R.: Vide o item 2.2.

5.2 – Quesitos do Reclamante (fl. 469)

5.2.1 – Houve lesão à integridade corporal ou à saúde do Reclamante?R.: Não. O periciado é portador de alterações degenerativas da coluna lombo-sacra (pequena protusão discal), comumente vista na população geral a partirdos 20 anos de idade. Vide o item 3.

5.2.2 – Se positivo quais as lesões e locais do corpo?R.: Prejudicado.

5.2.3 – Da lesão resultou deformidade permanente de algum membro, sentido oufunção?R.: Não.

5.2.4 – Qual a natureza da moléstia que é acometida o Reclamante?R.: Vide o item 3.

5.2.5 – Toma medicamentos, e para qual finalidade?R.: Não.

5.2.6 – É necessário submeter à cirurgia, para recuperação dos danos? Qual operíodo?R.: Não há indicação para tratamento cirúrgico na atualidade.

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5.2.7 – Essa doença é hereditária ou transmitida por contágio?R.: Não, é degenerativa.

5.2.8 – Pode afirmar o Sr. Perito, se a Reclamante é portadora da LER (lesão poresforço repetitivo)?R.: Não.

5.2.9 – Qual o método para diagnosticar tal doença? Se afirmativa aeletroneuromiografia, ou tomografia computadorizada, é possível ilustrar quais osníveis de amplitude da condução sensitiva e motora do reclamante?R.: Exames como tomografia e eletroneuromiografia, são meros complementos aavaliação clínica, que é o principal parâmetros de avaliação da capacidade física,funcional e laborativa. Vide o item 3.

5.2.10 – Reclamante sofreu alguma lesão em seus nervos periféricos, tendões,nervo ulnar, ou paralisia dos músculos, inclusive dos ombros e músculosintrínsecos da coluna? E se afirmativo, pode precisar a sensibilidade emotricidade do diagnóstico?R.: O periciado é portador de pequena protusão discal da coluna lombo-sacra,alteração esta de cunho degenerativo e não incapacitante. Vide o item 3.

5.2.11 – Tal moléstia a impede de realizar o seu trabalho?R.: Não.

5.2.12 – Pode precisar se existe tratamento específico para o Reclamante?R.: Repouso e antiinflamatório, durante eventuais crises de lombalgia, sãosuficientes para aliviar os sintomas na imensa maioria dos casos. Vide o item 3.

5.2.13 – Tal moléstia é reversível ou irreversível?R.: A alteração degenerativa é irreversível, mas eventual incapacidade associadaé geralmente temporária e reversível.

5.2.14 – Da lesão resultou incapacidade para o trabalho, ou ainda a redução dasfunções laborais profissionais?R.: Apenas temporária.

5.2.15 – Qual o período da convalescência?R.: Vide o item 3.

5.2.16 – Está o Reclamante inválido?R.: Não.

5.2.17 – Da lesão produzida, ainda necessita submeter a tratamento médico?R.: Na atualidade não se submete mais a tratamentos. Lombalgias podem serrecorrentes e necessitar de novos tratamentos, sem determinar, contudo,incapacidade definitiva.

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5.2.18 – Poderão serem restauradas as seqüelas deixadas pelas moléstia?R.: Não se aplica.

5.2.19 – Qual o quantum a ser gasto para serem restauradas as seqüelasdeixadas pela moléstia (cirurgia ou outros procedimentos)?R.: Não se aplica.

5.2.20 – Poderá o Reclamante carregar peso, e qual seu limite?R.: Sim, dentro das técnicas ergonômicas preconizadas. Não há limite precisodefinido, mas não se deve, em geral, transportar individualmente (e semdispositivos apropriados) cargas superiores a 40 Kg.

5.2.21 – Houve lesão aos vasos sangüíneos e a o tecido ósseo?R.: Não se aplica.

5.2.22 – Pode ser restaurado os vasos sangüíneos e tecido ósseo?R.: Não se aplica.

5.2.23 – Pode confirmar os quesitos respondidos anteriormente, cfe. Cópia?R.: Quesito inintelegível.

5.2.24 – Existe nexo de causalidade entre a moléstia contraída pelo Reclamantee sua função laborativa?R.: Não.

5.2.25 – Sr. Expert, pode nos esclarecer se com as lesões ocorreriaconstrangimento do Réu perante a sociedade?R.: Não se aplica.