caso samsung

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ESTUDO DE CASO A CADEIA LOGÍSTICA DA SAMSUNG HOLDING COMPANY 1 INTRODUÇÃO No contexto atual, as organizações precisam atualizar seus processos e sua estrutura, visando manter seus níveis de competitividade, buscando maior racionalização dos recursos disponíveis no processo da Cadeia Logística. Dentro de uma nova postura frente ao mercado, a logística surge como fator determinante para o sucesso empresarial. O ciclo de vida das organizações, principalmente em mercados competitivos, são muito curtos, como mostram os dados, a média nos EUA para empresas de capital aberto é de 45 anos, e as empresas familiares é de 21 anos. Na economia brasileira a situação não se diferencia. Os fatores que encurtam a vida média das organizações podem ser separados como externos, ou seja, as relações da organização junto ao meio ambiente, e internos que definem a forma que estas administram seus recursos financeiros, tecnológicos e de gestão para fazer frente às ameaças do ambiente. Estas diversas relações dinâmicas se refletem no desenvolvimento das organizações. Ressalte-se que, ao mesmo tempo em que a organização é impactada com a turbulência ambiental, também interage com seu ambiente em constante mutação. Tal fato gera oportunidades e ameaças para a mesma. Desta forma, os gestores precisam conhecer profundamente a organização que esta sob sua responsabilidade, bem como o ambiente competitivo em que se encontra, a fim de identificar ameaças e oportunidades e criar um cenário capaz de dar continuidade em suas atividades.

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ESTUDO DE CASO

A CADEIA LOGÍSTICA DA SAMSUNG HOLDING COMPANY

1 INTRODUÇÃO

No contexto atual, as organizações precisam atualizar seus processos e sua estrutura,

visando manter seus níveis de competitividade, buscando maior racionalização dos recursos

disponíveis no processo da Cadeia Logística. Dentro de uma nova postura frente ao mercado, a

logística surge como fator determinante para o sucesso empresarial.

O ciclo de vida das organizações, principalmente em mercados competitivos, são muito

curtos, como mostram os dados, a média nos EUA para empresas de capital aberto é de 45 anos, e

as empresas familiares é de 21 anos. Na economia brasileira a situação não se diferencia.

Os fatores que encurtam a vida média das organizações podem ser separados como

externos, ou seja, as relações da organização junto ao meio ambiente, e internos que definem a

forma que estas administram seus recursos financeiros, tecnológicos e de gestão para fazer frente

às ameaças do ambiente.

Estas diversas relações dinâmicas se refletem no desenvolvimento das organizações.

Ressalte-se que, ao mesmo tempo em que a organização é impactada com a turbulência ambiental,

também interage com seu ambiente em constante mutação. Tal fato gera oportunidades e ameaças

para a mesma.

Desta forma, os gestores precisam conhecer profundamente a organização que esta sob sua

responsabilidade, bem como o ambiente competitivo em que se encontra, a fim de identificar

ameaças e oportunidades e criar um cenário capaz de dar continuidade em suas atividades.

Com a globalização da economia mundial uma nova situação surgiu: não é mais possível

administrar preços. O novo ambiente mudou a dinâmica da economia fechada. Onde o preço até

então, era definido pela soma de custo + lucro, para a nova realidade onde custo é definido pela

diferença do preço pago pelo mercado menos os custos.

Segundo Corrêa e Gianesi (Corrêa 1998), a porta de competitividade das empresas nacionais

deve-se em grande parte a obsolescência das práticas gerenciais e cronológicas aplicadas, tendo

sua origem atribuída a cinco pontos básicos: Deficiência nas quedas de desempenho, negligência

com considerações tecnológicas, especialização excessiva das funções de produção sem a devida

integração, perda de foco dos negócios e perca em assumir novas posturas produtivas.

Para que as organizações possam interagir.

Necessitam coordenar suas atividades visando exercê-las, realizar seus processos internos,

fornecer produtos e serviços de modo integrado entre suas partes.

Necessitam considerar seu futuro, procurando entender, de forma sistêmica, a implicação

futura de decisões presentes, introduzindo uma prática de pensamento presente em longo prazo.

Precisam de racionalidade através da adoção de procedimentos formalizados, padronizados e

sistêmicos.

Precisam exercer controle através da influência sobre o interior da empresa e sobre o

ambiente.

Neste artigo objetiva-se demonstrar, através do caso o Ciclo Logístico da Samsung Holding

Company, como a cadeia logística provocou alterações dentro da organização. Em termos

específicos, o artigo tem o intuito de:

Apresentar o ambiente da organização;

Identificar e analisar a logística organizacional;

Avaliar a forma e resultados obtidos.

2 CADEIA LOGÍSTICA

Cadeia Logística, é tudo o que se refere à movimentação de materiais. Engloba desde o

transporte e fornecimento de insumos, até a entrega ao cliente final, passando por transferências,

armazenagem, conferência e preparação de produtos para a expedição. Esta movimentação pode

ser feita pela própria empresa ou através de um operador logístico que é um fornecedor de serviços

logísticos especializado em gerenciar e executar todas ou parte das atividades logísticas nas várias

fases da cadeia de abastecimento de seus clientes, sejam estas no controle de estoques,

armazenagem ou gestão de transportes.

Os operadores logísticos podem utilizar estruturas próprias ou exercer suas atividades em

áreas de clientes, trazendo para si a responsabilidade dos procedimentos administrativos e

manutenção de depósitos, contratação de pessoal e monitoramento do transporte de produtos, que

pode ainda ser feito por transportadoras independentes (terceirizadas).

3 ESTUDO DE CASO: A CADEIA LOGÍSTICA DA SAMSUNG HOLDING COMPANY

3.1.1 HISTÓRIA SAMSUNG

1938 – Estabelecimento da Samsung CO.

1953 – Alimentos e Químicas

1954 – Sintéticos Inc.

1965 – Chonju Manufatureira de Papel

1967 – Korea Fertilizantes Químicos.

1969 – Estabelecimento da Samsung Eletronic CO.

1970 – Samsung Engenharia CO.

1974 – Samsung Petroquímica CO.

1974 – Samsung Indústria Pesada CO.

1977 – Samsung Indústria Aeroespacial

1993 – Samsung Identidade Corporativa (novo logotipo)

1994 - Samsung Automóveis

1995 – Seda – Samsung Eletrônica da Amazônia Ltda.

3.1.2 HISTÓRIA DA SAMSUNG NO BRASIL

Dezembro de 1986

Início das atividades do escritório em São Paulo.

Samsung Eletrônica do Brasil Ltda.

Maio 1994

Implantação do Serviço Center.

Maio 1995

Início da produção de CTN e VCR em Manaus

Junho de 1996

Início das produções de FMO em Manaus.

Agosto de 1997

Início da comercialização de refrigeradores e aspiradores de pó.

3.1.3 GRUPO SAMSUNG

Segundo a revista Fortune, o grupo Samsung é o 14º maior conglomerado do mundo, e a

Samsung Eletronics é uma das maiores empresas de eletrônica mundial, com vendas anuais

superiores a US$ 12 bilhões, de um total médio do grupo de US$ 26,8 bilhões.

Sua linha mundial de produtos é composta por áudio e vídeo, sistemas de telecomunicação,

eletrodomésticos, semicondutores e informática. Conta com um quadro funcional de 260.000

funcionários distribuídos em 68 países, contando com 423 fábricas e escritórios, sendo 49.000

pessoas empregadas fora da Coréia do Sul, onde teve sua origem em 1938.

Sua alta tecnologia é garantida pelo uso de componentes originais Samsung, graças a sua

capacidade de produção interna de semicondutores, chips de memória, computadores e sistemas de

telecomunicação.

Isto significa que ao comprar um produto Samsung, está se comprando um nome amplamente

conhecido e confiável. Produtos Samsung, como televisores, videocassetes e formo de microondas,

estão sempre entre os de melhor qualidade, designe e praticidade de uso disponíveis para o

consumidor em todo o mundo.

A Samsung Eletronics, investe pelo menos 7% da sua receita anual em pesquisas e

desenvolvimento de forma a aumentar constantemente a sua competitividade tecnológica.

Esta estratégia de investimento tem como resultado o desenvolvimento de produtos de qual

lado suportar.

A Samsung possui fábricas de IV em 10 países, Inglaterra, Espanha, Hungria, México,

Tailândia, Indonésia, China, Índia, Turquia e Brasil. Sua colocação e participação no Holding Mundial

e respectivamente com tubos de imagem participa com 17% em uma produção de 44 milhões de

tubos, no mercado DRAM tem o 1º lugar com 15% e monitores coloridos com 17%, em 2º lugar com

fornos de microondas com 20% e videocassetes com 11% contando com excelente qualidade de

seus produtos.

A Qualidade Total é o lema da Samsung que tem como objetivo fornecer sempre produtos e

serviços com a maior qualidade possível. Utilizando a mais avançada tecnologia e idéias inovadoras.

Visando reforçar a sua imagem perante ao consumidor, não se contentou em oferecer apenas

um produto de qualidade. Estendeu a sua qualidade nos serviços de pós-venda, introduzindo um

novo padrão de assistência técnica, rápido e eficiente, chamado Onick Service, emprestando um

produto ao consumidor caso não seja possível concertá-lo em 72 horas.

Linhas diretas de atendimento ao consumidor, campanhas de serviço nacional, através da

visita de técnicos qualificados na residência de alguns consumidores verificando o estado dos

produtos e o nível de satisfação a eles atribuída, atendendo inclusive produtos comprados em outros

países que não produzidos no Brasil.

3.1.4 FILOSOFIA SAMSUNG

“Nós dedicaremos nossos recursos humanos e tecnologia para criar produtos e serviços

superiores, e assim, contribuir para uma melhor sociedade global”.

3.1.5 SIGNIFICADO DO LOGOTIPO

O logotipo do grupo Samsung pretende projetar a determinação do grupo de ser a líder

mundial.

Sua cor azul, sugere estabilidade e confiança.

A forma elíptica simboliza o movimento pelo espaço, combinando uma imagem de inovação e

de mudança.

As letras S e G , parcialmente vazadas nas extremidades se conectam com o interior e o

exterior, mostrando o desejo da Samsung de ser integrante com o mundo.

3.1.6 RECURSO HUMANOS

Por Recursos Humanos a Samsung está se referindo a pessoas que possuem conhecimento

e técnicas e que acreditam em negócios conduzidos com alta integridade.

Eles fazem o melhor uso de seus talentos individuais para o desenvolvimento de novos

conceitos produtos e trabalho para o aperfeiçoamento da sociedade. Isto é :

Os Recursos Humanos são individuais e são quem comandam as mudanças;

Os Recursos Humanos são individuais e vivem para o desafio;

SAMSUNG

ELETRONICS

Os Recursos Humanos são quem contribuem para a melhoria da sociedade.

3.1.7 META SAMSUNG

A meta final da Samsung é contribuir para a sociedade para que satisfaça unicamente as

necessidades dos clientes.

Para alcançar uma meta muitos esforços são feitos para oferecer aos clientes melhores

produtos e serviços isto é:

A Samsung tem sempre que estar pronta a ser audaciosa, para enfrentar novos

desafios e estar a um passo adiante para ser a primeira a capitalizar suas oportunidades.

Pode ainda desenhar todos estes produtos e serviços, para serem competitivos,

constantemente realçar seus valores e proporcioná-los a seus clientes com completa satisfação.

A Samsung tem se posicionado como uma das melhores indústria do mundo.

3.1.8 TECNOLOGIAS

Todas as atividades de negócio podem diretamente ou indiretamente adicionar valores para

os produtos com tecnologia a Samsung não se refere-se apenas as aplicações de engenharia e

ciência, mas também a experiência em qualquer área relacionada ao trabalho.

Em outras palavras o termo refere-se a tudo que pode ser adicionado de valor ultimamente

melhorando a qualidade de vida de alguma maneira. Isto é:

A tecnologia é usada em pesquisas desenvolvimento e produção de mercadorias

(Tecnologia Pesada).

A tecnologia é usada como suporte de inovações administrativas e métodos de

transação (Tecnologia Leve).

3.1.9 ESPÍRITO SAMSUNG

Participar ativamente com os clientes (Interagir);

Reconhecer e condicionar os desafios globais (Globalizar);

Criar um futuro melhor para todos (Planejar/desenvolver).

O espírito da Samsung proporciona princípios gerais para que cada funcionário faça-a

individualmente e coletivamente para por a filosofia da Samsung em ação.

Os princípios gerais podem ser divididos em duas categorias principais “Seguir o Espírito”(os

clientes, o mundo e o futuro) e “Elementos de Ação” (participação, desafio e criatividade).

3.1.10 COMPROMISSO PARA O SÉCULO XXI

“A estabilidade da filosofia do homem as Samsung são o quanto do compromisso para sermos

uma excelente companhia do século XXI”

“Eu sou o que pode modificar, e a partir daí cultivamos nossa própria corporação cultural para

ser respeitada pelos nossos consumidores e ter a confiança do mundo”.

3.1.11 COMENTÁRIOS

Analisar a Samsung como empresa global, constatar seu potencial, em nível internacional,

não é nada difícil com a apresentação de dados tão expressivos, contudo avaliando desde seu

ingresso no mercado nacional, verificaremos que dentro da cadeia logística a tão cuidadosamente

elaborada, não se deu atenção a detalhes fundamentais para o seu sucesso, sejam eles de cunho

cultural ou comercial.

O início de suas atividades em abril de 1996, atuando num mercado consumidor onde a

margens ainda eram atraentes, e os volumes vendidos no ano chegavam a 800 milhões de

televisores com uma concorrência tímida, os planos de ações da empresa contavam com um

sistema logístico ainda adaptativo,

Com a participação de cinco filiais distribuídas de norte a sul, a opinião de cada profissional

era analisada e colocada em prática sempre que agregasse algum valor.

Neste período, com outros concorrentes entrantes, totalizando 21 fornecedores, o mercado

cada vez mais dividido e a necessidade de se desovar estoques, os preços e prazos oferecidos à

revenda pressionada por ofertas milagrosas, forçaram os preços ao consumidor a abaixarem, já no

ano de 1997 a patamares de até 40%.

Com a troca do presidente e diretoria tanto coreano quanto brasileira, através da consultoria,

reestruturou-se a área comercial, fechando todas as regionais disponibilizando o trabalho de campo

para serviço terceirizado através de representantes comerciais.

O desconhecimento da cultura local, criou uma demora nas tomadas de decisão ocasionando

distorções de preços, falta de foco, baixo índice de flexibilidade, grandes prejuízos, e um sistema de

distribuição ineficiente.

Novamente a Samsung em atitude desesperada, muda o presidente e alguns executivos da

área comercial, mudando para o ano de 1998 suas ações estratégicas, já que o setor previa a venda

de um bilhão de televisores, seu carro chefe, confiante na estabilidade econômica e num ano ímpar,

o ano da Copa do Mundo de Futebol. Estas previsões acabaram sendo frustradas, pois as vendas

chegaram a 600 milhões de aparelhos/ano, amargando um prejuízo, não só na margem de

lucratividade, mas nas concordatas e falências que tomaram conta das maiores redes do país, entre

outras de pequeno e médio porte. Com as mudanças ocorridas no ano de 1999, desvalorização da

moeda inviabilizando a importação de componentes, a perda de confiança na política monetária e

quedas nas vendas do varejo, observou um planejamento de cunho unilateral, onde o patrão

determina e o subalterno cumpre. Neste momento os níveis de informações foram prejudicados não

se tendo conhecimento do futuro da empresa no Brasil.

Todos esses fatores complicadores se traduziram em paralisação de linhas de produção da

chamada linha marrom (áudio e vídeo) e linha branca (microondas e refrigeradores), alguns

importados, outros montados na Zona Franca de Manaus sem foco mudou radicalmente, saindo do

varejo para a venda do atacado com a produção de telefones celulares, monitores para computador

e tubos de imagem para as indústrias de televisão instaladas em toda a América Latina, perdendo

desta maneira a oportunidade de participar de um mercado potencial após três anos de altos

investimentos e de conquistas significativas junto a este mesmo mercado.

Podemos analisar a Cadeia Logística da Samsung Eletronics iniciou a importação de

televisores de 14” e 20” e videocassetes ao mesmo tempo que se iniciava a Samsung Eletrõnica Da

Amazõnia Ltda. Com os incentivos fiscais obtidos na Zona Franca de Manaus, iniciou-se a

montagem destes aparelhos já no seu terceiro mês de atividade comercial. Para tanto, peças e

componentes eram importados da matriz coreana e programadas para uma produção semestral

chegavam via transporte marítimo na condição CFR. Vitória com um trans-time de 10 dias onde

efetivamente eram armazenados por um trading visando incentivos fiscais no Estado do Espírito

Santo.

Em seguida os componentes eram transferidos para Manaus via Transporte marítimo-fluvial

onde ficavam armazenados em depósitos próprios até sua entrada no processo produtivo o que era

feito usando seus sistema Kamban (Just-In-Time).

Após a fabricação resguardando um estoque de 10 dias eram transferidos para São Paulo

inicialmente embarcados em carretas do tipo baú que atravessavam em balsas sem o cavalo-

mecânico até a cidade de Belém onde outro cavalo-mecânico retirava a carreta balsa conduzindo os

produtos via transporte rodoviário até um depósito alugado no referido destino, com o trans-time de

15 dias onde eram faturados e transferidos aos revendedores de todo o país usando a malha

rodoviária existente.

Utilizando-se de transporte rodoviário terceirizado através de prestadores de serviço logístico

o que muitas vezes não eram eficientes, obrigavam a empresa a transportar produtos via aérea

direto para o depósito em São Paulo, para garantir a distribuição de seus produtos dentro dos prazos

previstos nas negociações com seus clientes.

Num segundo momento a Samsung inicia a comercialização de produtos da linha branca

refrigeradores e ar condicionado e de aparelhos portáteis como aspiradores de pó, importados direto

da Coréia, na condição de produto acabado. Os produtos ficavam em um armazém alfandegado na

cidade de Vitória até a empresa necessitar retirá-los ou vencer o prazo para o seu perdimento. Neste

caso, as despesas com o desembaraço aduaneiro ficam suspensas até a retirada do produto. Em

seguida eram transferidas para o depósito em São Paulo vias rodoviárias até a efetivação de sua

venda e respectiva distribuição nas redes de varejo.

Com a crise enfrentada no setor de eletro-eletrônico a produção da linha marrom foi

desativada e a linha branca teve sua importação interrompida inviabilizadas pela desvalorização

cambial e pelo super dimensionamento da produção dos últimos dois anos.

Neste momento há uma mudança de postura frente ao mercado, com uma visão estratégica

renovadora, na qual a Samsung adaptou sua linha de montagem para a produção de monitores de

computador e aparelhos de telefonia celular. Esses produtos chegam da Coréia em forma de peças

e componentes seguindo o mesmo fluxo da Cadeia Logística anterior com alguns ajustes de

melhoria de processo e de parceiros, principalmente no que se refere a prestadores de serviço

logístico.

O que muda:

O transporte de telefones celulares de Manaus para São Paulo é feito via aérea por ter um

custo mais baixo em função de seus volumes. No caso dos revendedores o faturamento é feito direto

de Manaus e entregue na via aérea com um trans-time de dois dias.

Os monitores de computador seguem a mesma rotina anteriormente utilizada para os

televisores contudo segundo os princípios Just-In-Time sendo também lacrados e entregues

diretamente aos revendedores via Manaus com um trans-time 50% menor, no caso de até oito dias.

O depósito de São Paulo não é mais alocado. Um contrato com um operador logístico agilizou

as operações de transporte ganhando em agilidade e competitividade.

No caso de cargas fechadas muitas vezes é dado ao cliente frete CIF, quando as distâncias

de transporte percorridas são pequeno caso contrário o frete é FOB.

4 CONCLUSÃO

Nos propusemos através da apresentação do estudo de caso Samsung demonstrar a

necessidade que as indústrias tem no sentido de planejar e desenvolver ações voltadas tanto para

os aspectos internos quanto aos aspectos externos de distribuição de seus produtos.

Num mundo global onde a competitividade é cada vez mais intensa os executivos de

empresas devem ter uma Visão Holística de seu negócio sem desprezar suas particularidades. O

Planejamento Logístico em seu mais amplo conceito deve projetar aspecto corporativo entre seus

diversos modelos, visto que o mercado atual é dinâmico, não desprezando a participação e o

comprometimento de todos os envolvidos.

É concludente a necessidade que as instituições empresariais tem no que se refere à

aplicação de conceitos de qualidade e produtividade além de se colocarem dentro de um

planejamento estratégico visando a melhor maneira de distribuir seus produtos no mercado tanto

nacional como internacional, pois uma Cadeia Logística eficiente e integrada a todas as áreas afins

da empresa proporciona o aumento das condições competitivas e a maximização de resultados

assegurando a satisfação de clientes, parceiros, fornecedores e de todos os envolvidos com o

negócio da empresa.

Uma empresa pode elaborar seu Sistema Logístico utilizando economias de escala com

elevados volumes de produção, descontos, etc. e tentar estabelecer a rota de custo mais econômica

para transportar seus produtos, lembrando contudo, que um eficiente Sistema Logístico não visa

somente a redução de custos, mas também colocar seus produtos de forma correta ao alcance dos

seus clientes com agilidade, eficiência e segurança.