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Características gerais do espaço Brasileiro: Posição Geográfica: O Brasil está localizado na região centro-leste da América do Sul, só não fazendo fronteira com três países sul-americanos: Chile, Equador e Trinidad-Tobago. A linha do Equador corta o norte do Brasil, sendo assim somente 7% do território brasileiro está localizado no Hemisfério Norte, e o restante está no Hemisfério Sul. O Trópico de Capricórnio atravessa o sul do país, desse modo praticamente todo o território brasileiro está situado na zona tropical do planeta, sendo apenas 8% localizado na zona subtropical. Conseqüências da nossa situação geográfica: Em nosso país existem diversos tipos de clima (equatorial, tropical e subtropical) tornando- se possível o cultivo de muitos tipos de vegetais importantes para a vida humana. O fato de 93% do território brasileiro está localizado no Hemisfério Sul possibilita amenizar o clima nos países que estão no Hemisfério Norte. Área: Em 1991, houve um aperfeiçoamento nos processos de cálculo e medição das áreas, assim o território brasileiro ficou em 5° lugar entre os países mais vastos do planeta, com 8.547.403,5 Km 2 , sendo que essa área é equivalente à 5,7% das terras emersas ou 1,6 da área total do planeta.

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Page 1: Catho

Características gerais do espaço Brasileiro:

Posição Geográfica:

O Brasil está localizado na região centro-leste da América do Sul, só não fazendo fronteira

com três países sul-americanos: Chile, Equador e Trinidad-Tobago.

A linha do Equador corta o norte do Brasil, sendo assim somente 7% do território brasileiro

está localizado no Hemisfério Norte, e o restante está no Hemisfério Sul.

O Trópico de Capricórnio atravessa o sul do país, desse modo praticamente todo o

território brasileiro está situado na zona tropical do planeta, sendo apenas 8% localizado

na zona subtropical.

Conseqüências da nossa situação geográfica:

Em nosso país existem diversos tipos de clima (equatorial, tropical e subtropical) tornando-

se possível o cultivo de muitos tipos de vegetais importantes para a vida humana.

O fato de 93% do território brasileiro está localizado no Hemisfério Sul possibilita amenizar

o clima nos países que estão no Hemisfério Norte.

Área:

Em 1991, houve um aperfeiçoamento nos processos de cálculo e medição das áreas,

assim o território brasileiro ficou em 5° lugar entre os países mais vastos do planeta, com

8.547.403,5 Km2, sendo que essa área é equivalente à 5,7% das terras emersas ou 1,6 da

área total do planeta.

Page 2: Catho

Vantagens e desvantagens da grande extensão território:

A vantagem da grande extensão do território brasileiro é que possuímos uma grande área

para a atuação da agricultura, em favor das diversas zonas climáticas. Além disso, há mais

possibilidades de recursos vegetais, animais e minerais.

Porém, a desvantagem está na grande distância que há entre um Estado e outro, criando

um grande problema para os órgãos governamentais que precisam desenvolver ferrovias e

rodovias modernas e por alto preço. E, além disso, essa enorme extensão territorial resulta

numa desigualdade social, política e econômica entre as regiões brasileiras.

Limites e pontos extremos:

O Brasil possui 23.086 Km de extensão de sua linha divisória, sendo que 7.367 Km de sua

costa limita-se com o Oceano Atlântico e 15.719 com seus países vizinhos.

Norte: Guiana Francesa (2,83%), Suriname (2,58%), República da Guiana (6,94%),

Venezuela (6,47%).

Nordeste: Colômbia (7,11%).

Oeste: Peru (12,95%) e Bolívia (13,52%).

Sudoeste: Paraguai (5,79%) e Argentina (5,46%).

Sul: Uruguai (4,34%).

Norte, Nordeste, Leste e Sudeste: Oceano Atlântico (32,03%).

Expansões da linha divisória, segundo os países limítrofes e oceano atlântico:

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Existem diversas fronteiras terrestres, sendo que as predominantes são as naturais

formadas por rios, lagos e serras.

Os rios completam 50% das fronteiras, 25% são formadas pelas serras, 20% pelas linhas

geodésicas e 5 % pelos lagos.

Norte: Nascente do Rio Ailã, na Serra do Caburaí (5° 16’20” de latitude norte), que se

encontra no estado de Roraima, fazendo fronteira com a Guiana.

Leste: Ponta Seixas, localizada na Paraíba (34° 47’30” de longitude oeste).

Sul: Arroio Chuí, que está localizado no Rio Grande do Sul (“33° 45’03” de latitude sul),

fazendo fronteira com o Uruguai.

Oeste: Nascente do rio Moa, na Serra de Contamana, localizada no estado do Acre (73°

59’32” longitude oeste), fazendo fronteira com Peru.

Os climas e os ecossistemas terrestres sobre Geografia por Algo Sobre

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O tempo e o clima

O tempo corresponde às condições atmosféricas existentes num dado momento e numa

dada região, o clima por sua vez corresponde às condições atmosféricas médias e à sua

variação ao longo do ano numa dada região. Ou seja, o tempo traduz um estado atual da

atmosfera, ao passo que o clima representa um estado médio da atmosfera. Como

o clima resulta, em última análise, de uma sucessão de estados de tempo, pode-se defini-

lo melhor como sendo “a sucessão mais frequente dos diversos estados de tempo ao

longo do ano”.

O estado de tempo corresponde a uma determinada situação meteorológica existente

numa dada região e num momento. É caracterizado pelo conjunto dos elementos

meteorológicos que assumem na ocasião determinados valores. São a temperatura, a

humidade, a nebulosidade, a precipitação, a pressão atmosférica e o vento.

Page 4: Catho

Cartas sinópticas

O estudo do clima é feito tendo por base as cartas

sinópticas como a da imagem ao lado. Estas dão a situação meteorológica, com maior ou

menor pormenor, numa região mais ou menos extensa e num dado momento. Nelas

inscrevem-se os valores dos principais elementos por meio de números ou símbolos. O

aspecto mais saliente é o traçado das isóbaras, que dão uma imagem sugestiva da

repartição da pressão e, portanto uma indicação da circulação atmosférica à superfície na

região considerada.

A interpretação cuidadosa das cartas sinópticas permite, não só a caracterização do

estado de tempo nesse momento, mas também prever com maior ou menor precisão a

evolução provável do tempo, desde que se disponha de alguns dados complementares.

O Clima

O Clima é constituído por um certo número de elementos que o caracterizam. Entre os

principais, temos, a temperatura e a precipitação, a insolação, a humidade, a

nebulosidade, a pressão atmosférica e o vento. O clima é determinado por um certo

número de fatores que o condicionam. Entre os principais temos a latitude, a altitude, a

proximidade ao mar (também denominada continentalidade), as correntes marítimas, a

orientação das massas do relevo, a natureza do solo e o tipo de vegetação e a exposição

geográfica das vertentes.

Da imensa combinação possível entre elementos determinados pelos factores, resulta uma

miríade de tipos climáticos. A estes correspondem à superfície da Terra uma série

deregiões climáticas.

Em qualquer região climática, mais ou menos extensa, o tipo climático que lhe

corresponde não é uniforme em toda ela. As diferenças locais de relevo, solo, vegetação,

etc., introduzem uma variação espacial de que resultam subtipos climáticos. De acordo

com a extensão da área, podem-se então identificar microclimas e mesoclimas. O estudo

destes climas restritos é muito importante, em especial para a agricultura e a urbanização,

uma vez que correspondem mais à realidade. Já os macroclimas, ou grandes tipos

climáticos das classificações usuais, são sempre generalizações.

A Importância dos Climas

O clima condiciona de tal modo a vegetação e a fauna, que a repartição das plantas e, em

menor grau, dos animais coincide em larga medida com a distribuição dos vários tipos

climáticos. A dependência entre clima e a vegetação é tal que nas classificações climáticas

Page 5: Catho

alguns dos limites entre os diferentes tipos de clima são definidos a partir de limites da

vegetação.

Condiciona ainda de modo decisivo as características dos solos e o comportamento dos

cursos de água. Até o próprio relevo não escapa à sua influência, originando-se tipos de

relevo em estreita ligação com os tipos de climas. Deste modo, as grandes paisagens

naturais da Terra, e portanto as grandes regiões geográficas, coincidem muito

aproximadamente com as regiões climáticas.

Os vários tipos climáticos podem-se classificar atendendo a um, dois ou mais elementos.

Teoricamente, dever-se-ia entrar em linha de conta com todos os elementos para

caracterizar totalmente o clima, mas tal tentativa tornaria qualquer classificação

impossível. Escolhem-se, por isso, para base da classificação apenas um ou dois

elementos principais.

Um só elemento é, no entanto, insuficiente. Como exemplo, têm-se as classificações que

só atendem à temperatura. Já os Antigos dividiram os climas em quentes, temperados e

frios, repartidos pelas cinco zonas terrestres, a tórrida, as temperadas do norte e do sul e

as frígidas do norte e do sul. Note-se de passagem que a palavra grega Klima significa

inclinação. A relação entre a temperatura e a inclinação dos raios era já então evidente.

Dada, pois, a pouca precisão, escolhe-se mais um elemento, em geral a precipitação. O

rigor é já bastante maior.

Os vários tipos climáticos podem-se classificar também atendendo a um, dois ou mais

elementos. As dificuldades são grandes, pois a interdependência é complexa e o modo de

atuação nem sempre conhecido. Além disso, a sua quantificação é impossível na maior

parte dos casos.

Tipos de clima

Climas polares

São climas de baixa temperatura o ano inteiro, chegando por volta, no máximo 10°.

Pois não há concentração de calor, o sol fica sempre baixo no horizonte na época do

verão, e no inverno ele nem aparece. Portanto essas regiões polares (próximas aos

círculos polares Ártico e Antártico) estão sempre cobertas de neve e gelo.

As temperaturas mais baixas foram registradas em Vostok, Antártida, -88°C.

Climas temperados

Os climas temperados são caracterizados por ser possível ver as quatro estações do ano

de uma maneira bem clara, sendo possível as atividades humanas durante a maior parte

do ano. Dividem-se em:

marítimo: Sofre influencia dos oceanos, por isso as temperaturas são constantes.

continental: apresenta verões mais quentes e invernos mais frios e secos.

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Clima mediterrâneo

Apresenta invernos mais brando e chuvosos, verões quentes e secos.

As chuvas ocorrem no outono e inverno. Algumas áreas de sua ocorrência são o sul da

Califórnia, parte meridional da África do Sul e sul da Austrália.

Clima tropical

É considerado como transição entre o clima equatorial e o desértico. Apresenta

temperatura elevada o ano inteiro. Tem duas estações bem definidas: verão, que ocorre as

chuvas, e inverno ameno e seco.

Este tipo de clima ocorre na maior parte do território brasileiro.

Clima equatorial

Ocorre na zona climática mais quente do planeta, faixa Equatorial.

A temperatura média anual é superior a 24°C. As chuvas são abundantes, cerca de

2000mm, com pequena amplitude entre o dia e a noite.

Clima subtropical

Ocorre entre os climas tropicais e temperados. Apresentam chuvas abundantes, verões

quentes e invernos frios. É característico das médias latitudes.

Clima desértico

Os desertos baixo índice pluviométrico, cerca de 250mm por ano. É comum uma

temperatura acima de 42°C durante o dia, mas à noite pode chegar a menos de 0°C

principalmente no inverno.

Algumas áreas de desertos são: África do Norte (Saara) e Ásia Ocidental (Arábia).

Clima semiárido

Apresenta poucas chuvas, sendo mal distribuídas durante o ano. São climas de transição,

encontrados tanto em regiões tropicais como em zonas temperadas.

Climas no Brasil

No Brasil predomina climas quentes e úmidos, por possuir maior parte do seu território na

zona intertropical.

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Equatorial

É um clima quente e úmido, que fica ao redor da linha do Equador. As chuvas

são abundantes e maior parte de convecção.

Este tipo de clima fica na região Norte do Brasil.

Com temperaturas que variam de 24°C a 27°C.

Nessa região o índice pluviométrico é de 2000mm por ano.

Tropical úmido

Se situa na costa leste do Brasil, desde o Rio Grande do Norte até São Paulo.

No inverno se formam frentes frias e em alguns dias a temperatura fica baixa.

As chuvas ocorrem no verão, apenas no litoral nordeste que chove mais no

inverno.

É um clima quente e úmido, apesar das “ondas de frios” que ocorrem as vezes.

Tropical típico ou semiúmido

Este tipo de clima ocorre no região central do Brasil.

As médias de temperatura variam de 20° a 28°C.

Chove por volta de 1500mm por ano.

É um tipo de clima quente e semi-úmido, com chuvas no verão e seco no

inverno.

Semiárido

Ocorre no sertão nordestino. Com chuvas inferiores a 800mm por ano.

É seco e árido, mas não como o deserto.

Tem quatro massas que exercem influencia, duas equatoriais e duas tropicais,

que terminam sua trajetória no sertão.

Subtropical

Este tipo de clima se localiza no sul do país até o sul do trópico de Capricórnio.

Tem temperaturas médias nem quentes e nem frias. Com chuvas abundantes e

bem distribuídas durante todo o ano.

O verão é bem quente e o inverno é bem frio, em lugares mais altos ocorrem

geadas. Em alguns lugares chegou a cair neve, mais é raro.

Ecossistemas

Page 8: Catho

Os seres vivos de um determinado ambiente constituem o meio biótico. Os componentes

físicos e químicos de um ambiente constituem o meio abiótico.

O conjunto formado pelo meio biótico e pelo meio abiótico de um ambiente, assim como

suas inter-relações, é chamado ecossistema.

meio biótico + meio abiótico = ecossistema

Em um ecossistema, o meio biótico e o meio abiótico interagem trocando energia e

materiais. Cada ecossistema tem suas características próprias e certa estabilidade.

Em nosso planeta existem diversos ecossistemas. Um lago, um rio, uma floresta, um

deserto e um oceano são alguns exemplos.

O local onde determinada espécie de ser vivo, como por exemplo um animal ou um

vegetal, vive e se desenvolve é chamado hábitat .

Um mesmo ecossistema pode apresentar diversos habitats. Por exemplo, em um

ecossistema marinho, há espécies de seres vivos de hábitat abissal e outras que vivem a

menos de 2000 m de profundidade, ou seja, acima da zona abissal.

Já o conjunto de interações de uma espécie com outras e com o ambiente é

chamado nicho ecológico. Para conhecermos o nicho ecológico de uma espécie, é

preciso observar vários fatores, como do que a espécie se alimenta, onde e quando se

reproduz, em que período do dia é mais ativa, entre outros. Nicho ecológico → Conjunto

de atividades que a espécie desempenha em seu habitat (modo de vida alimentar,

reprodutivo).

Seres vivos em um ecossistema

Nos ecossistemas, os seres vivos são organizados em

níveis, organismo, população e comunidade.

Organismo: Cada ser vivo individualmente é chamado organismo. Ex. piranha.

População: Um conjunto de organismos da mesma espécie que habita determinada área

é chamado população. Todas as piranhas que vivem no ecossistema de um rio formam a

população de piranhas desse ecossistema.

Comunidade: O conjunto de populações que vivem em determinada região e se relaciona

entre si é chamado comunidade. Todas as populações de seres vivos desse rio, como as

Page 9: Catho

populações de piranhas, de lambaris, de pintados, de aguapés e de microrganismos,

representam a comunida desse ecossistema.

Componentes básicos de um ecossistema

Os organismos vivos e o seu ambiente inerte (abiótico) estão inseparavelmente ligados e

interagem entre si. Qualquer unidade que inclua a totalidade dos organismos (isto é, a

"comunidade") de uma área determinada interagindo com o ambiente físico por forma a

que uma corrente de energia conduza a uma estrutura trófica, a uma diversidade biótica e

a ciclos de materiais (isto é, troca de materiais entre as partes vivas e não vivas)

claramente definidos dentro do sistema é um sistema ecológico ou ecossistema.

Do ponto de vista trófico (de trophe = alimento), um ecossistema tem dois componentes

(que como regra costumam estar separados no espaço e no tempo), um componente

autotrófico (autotrófico = que se alimenta a si mesmo), no qual predomina a fixação da

energia da luz, a utilização de substâncias inorgânicas simples e a elaboração de

substâncias complexas, e um componente heterotrófico (heterotrófico = que é alimentado

por outro), no qual predominam o uso, a nova preparação e a decomposição de materiais

complexos.

Os ecossistemas são formados pela união de dois fatores: Fatores abióticos - o conjunto

de todos os fatores físicos que podem incidir sobre as comunidades de uma certa região.

Fatores bióticos - conjunto de todos seres vivos e que interagem uma certa região e que

poderão ser chamados de biocenose, comunidade ou de biotaExemplo: chamava-se de

micro flora, flora autóctone ou ainda fora normal todo o conjunto de bactérias e seres, os

corpos que viviam no interior do corpo humano ou sobre a pele. Hoje o termo melhor

usado em consonância com os termos ecológicos seria microbiota normal.

Ecossistemas Terrestres

Entre os diversos tipos de ecossistema terrestre, os que merecem maior destaque por sua

relevância são:

Florestas

Page 10: Catho

As florestas podem ser subdivididas em quatro diferentes subgrupos, mas todos possuem

em comum densa população de árvores e níveis de precipitação de médio a alto. As

florestas tropicais são o lar para uma grande diversidade de animais. O clima é quente

com chuvas excessivas e a vegetação cresce em diversas camadas do chão à copa das

árvores. As florestas da Índia e da região leste do Brasil, porém, possuem estações

específicas de chuva e tempo seco. Essas florestas são chamadas de florestas tropicais

decíduas. Coníferas costais e florestas decíduas tropicais margeiam as costas leste e

oeste dos EUA, respectivamente. Elas passam por quatro estações e têm chuvas apenas

moderadas. As florestas do norte do Canadá são predominantemente de coníferas e

passam por longos invernos sub-árticos.

Pradarias

Uma pradaria, relvado ou estepe é uma planície vasta e aberta onde não há sinal de

árvores nem arbustos, com capim baixo em abundância. Estão localizadas em

praticamente todos os continentes, com maior ocorrência na América do Norte.

Do ponto de vista fitogeográfico, as pradarias podem ser identificadas com ecossistemas

naturais encontrados em muitas outras áreas do globo, como no sul do Brasil, Uruguai e

Argentina, onde recebem o nome de pampas; na África, onde se denominam savanas; na

Rússia e países adjacentes, com o nome de estepes, e em extensas planícies do sul da

Ásia e da Austrália, lugares onde se apresentam como extensas coberturas de grama.

Desertos

Page 11: Catho

Os desertos têm em comum o fato de receber poucas e irregulares precipitações,

apresentar baixíssimas taxas de umidade relativa do ar, céu com poucas nuvens e

evaporação alta.

As temperaturas do deserto apresentam grandes amplitudes térmicas, podendo atingir

50ºC durante o dia e cair para -1ºC à noite. Os solos são sempre muito pobres,

pedregosos ou arenosos. Nestas áreas encontramos plantas xerófitas e, em algumas

regiões com mais umidade, aparecem as “ilhas de vegetação” – os chamados oásis.

Presença de correntes marítimas frias no litoral, altas pressões subtropicais, grandes

altitudes e barreiras montanhosas que impedem a passagem de massas de ar úmido

vindas do oceano são as principais causas da formação de desertos. O Saara, na África

Setentrional, e o deserto da Atacama, no Chile, são exemplos de desertos que se

formaram em áreas onde chove muito pouco ou onde não cai sequer uma gota de chuva.

Temos tanto desertos quentes como desertos frios. Em ambos, a vegetação é composta

de plantas de pequeno porte, muito espalhadas pela extensão arenosa. Os desertos

cobrem cerca de 1/5 da superfície terrestre. Os quentes estão localizados nas

proximidades dos trópicos de Câncer e de Capricórnio e os frios, nas latitudes mais altas.

Nesses últimos há queda de neve pouca chuva na primavera (150 a 260 mm por ano). As

chuvas nos desertos quentes estão concentradas em curtos períodos, intercalados com

prolongadas épocas de seca.

Savanas

São formações típicas de regiões de clima tropical, com estação chuvosa e outra seca.

Localizam-se entre o bioma da floresta tropical e o dos desertos.

Existem vários tipos diferentes de savanas; as mais conhecidas são africanas, onde vivem

muitos leões, zebras, girafas, elefantes, gazelas, entre outros animais.

A savana apresenta dois “andares” de vegetação tropófila: um mais alto, formado por

árvores; e outro mais baixo, composto de gramíneas. Na América do Sul, as savanas

ocupam áreas da Venezuela e da Colômbia (llanos), na bacia do rio Orenoco; o cerrado,

vegetação correspondente no Brasil, cobre grande parte da região Centro-Oeste. Também

encontramos savana no norte da Austrália, onde se destacam os eucaliptos, e na Índia.

Ecossistemas Aquáticos

Page 12: Catho

Ecossistemas aquáticos abrangem os ecossistemas aquáticos continentais, como rios,

lagos, lagoas e geleiras; assim como os recursos hídricos subterrâneos que são certos os

lençóis freáticos e reservatórios subterrâneos, como por exemplo o Aquífero Guarani,

existente na América do Sul; e também os ecossistemas marítimos e costeiros, como

manguezais e restingas, nas áreas costeiras de mares e oceanos.

Segundo a Agência Nacional de Águas do Brasil (ANA), os ecossistemas aquáticos são

analisados de acordo com o bioma ao qual pertencem, como a floresta amazônica, a

caatinga, o cerrado e o pantanal, a mata atlântica e os campos sulinos, e a zona costeira e

marinha. Significa todos os ecossistemas aquáticos, que tem um corpo de biótopo de

água, tais como: mares, oceanos, rios, lagos, pântanos e assim por diante. Os dois mais

importantes são: os ecossistemas marinhos e de água doce dulce.

Diferenças básicas entre ecossistemas aquáticos e terrestres, além do substrato

que os envolve

Lagos

Os lagos são grandes corpos naturais de água doce parada formados quando

precipitação, escoamento ou infiltração de águas subterrâneas enchem depressões da

superfície terrestre.

Os lagos são abastecidos com água da chuva, derretimento de neve e riachos que drenam

as bacias da vizinhança.

Riachos e Rios

A precipitação que não penetra na terra nem evapora é água de superfície. Ela se torna

córrego quando flui para riachos.

O fluxo descendente de água de superfície e das águas subterrâneas das montanhas para

o mar normalmente se dá em três zonas aquáticas caracterizadas por diferentes condições

ambientais: zona fonte, zona de transição e zona de várzea.

Oceanos

São de importância vital para todos os ecossistemas do planeta.

Influencia as características climáticas e atmosféricas da Terra, além de sua importância

nos ciclos minerais (exemplo – ciclo do carbono)

Praias

Page 13: Catho

O ecossistema de praias arenosas pode ser definido, de uma maneira simples, como a

região costeira onde as ondas retrabalham ativamente o sedimento. O sedimento das

praias arenosas usualmente inclui uma variedade de tipos e tamanhos de partículas, como

areias grosseiras e areias finas. Ele abrange desde o mesolitoral, ou região entremarés,

até aproximadamente 20 m de profundidade.

Proximidade de costões rochosos, regime de ondas, características do sedimento,

proximidade de rios e estuários e frequência de fenômenos meteorológicos como

ressacas, estão entre os fatores que determinam o tipo de praia. Uma diversa e bem

adaptada biota se desenvolve nestes ecossistemas, embora os mesmos apresentem a

aparência de um deserto.

Recifes de corais

Formam-se em águas quentes e claras da região tropical e subtropical.

Prestam vários serviços ecológicos:

Amenizam as temperatura

Barreias naturais contra a erosão provocada pelas ondas

Sustentam 1/4 das espécies marinhas

Produzem 1/10 da pesca mundial

Estuários

Ele pode ser considerado zona de transição entre água doce e salgada, mas com

características próprias. A salinidade apresenta uma grande variação durante o ano, por

isso as espécies possuem uma grande tolerância a tais variações.

A comunidade é composta por espécies exclusivas, além das espécies que vêm do

oceano e aquelas que migram do oceano para os rios e vice-versa

Pântanos

São áreas planas de abundante vegetação berbácea e/ou arbustiva, que permanecem

grande parte do tempo inundadas.

O surgimento dos pântanos geralmente ocorre em áreas onde o escoamento das águas se

torna lento.

Ecossistemas brasileiros

A Amazônia

A Floresta Amazônica ocupa a Região Norte do Brasil, abrangendo cerca de 47% do

território nacional. É a maior formação florestal do planeta, condicionada pelo clima

equatorial úmido. Esta possui uma grande variedade de fisionomias vegetais, desde as

florestas densas até os campos. Florestas densas são representadas pelas florestas de

Page 14: Catho

terra firme, as florestas de várzea, periodicamente alagadas, e as florestas de igapó,

permanentemente inundadas e ocorrem na por quase toda a Amazônia central. Os

campos de Roraima ocorrem sobre solos pobres no extremo setentrional da bacia do Rio

Branco. As campinaranas desenvolvem-se sobre solos arenosos, espalhando-se em

manchas ao longo da bacia do Rio Negro. Ocorrem ainda áreas de cerrado isoladas do

ecossistema do Cerrado do planalto central brasileiro.

O semiárido (Caatinga)

A área nuclear do semiárido compreende todos os estados do Nordeste brasileiro, além do

norte de Minas Gerais, ocupando cerca de 11% do território nacional. Seu interior, o

Sertão nordestino, é caracterizado pela ocorrência da vegetação mais rala do semiárido, a

Caatinga. As áreas mais elevadas sujeitas a secas menos intensas, localizadas mais

próximas do litoral, são chamadas de Agreste. A área de transição entre a Caatinga e a

Amazônia é conhecida como Meio-norte ou Zona dos cocais. Grande parte do Sertão

nordestino sofre alto risco de desertificação devido à degradação da cobertura vegetal e

do solo.

O Cerrado

O Cerrado ocupa a região do Planalto Central brasileiro. A área nuclear contínua do

Cerrado corresponde a cerca de 22% do território nacional, sendo que há grandes

manchas desta fisionomia na Amazônia e algumas menores na Caatinga e na Mata

Atlântica. Seu clima é particularmente marcante, apresentando duas estações bem

definidas. O Cerrado apresenta fisionomias variadas, indo desde campos limpos

desprovidos de vegetação lenhosa a cerradão, uma formação arbórea densa. Esta região

é permeada por matas ciliares e veredas, que acompanham os cursos d'água.

A Mata Atlântica

A Mata Atlântica, incluindo as florestas estacionais semideciduais, originalmente foi a

floresta com a maior extensão latitudinal do planeta, indo de cerca de 6 a 32oS. Esta já

cobriu cerca de 11% do território nacional. Hoje, porém a Mata Atlântica possui apenas 4%

da cobertura original. A variabilidade climática ao longo de sua distribuição é grande, indo

desde climas temperados superúmidos no extremo sul a tropical úmido e semiárido no

nordeste. O relevo acidentado da zona costeira adiciona ainda mais variabilidade a este

ecossistema. Nos vales geralmente as árvores se desenvolvem muito, formando uma

floresta densa. Nas enconstas esta floresta é menos densa, devido à freqüente queda de

árvores. Nos topos dos morros geralmente aparecem áreas de campos rupestres. No

extremo sul a Mata Atlântica gradualmente se mescla com a floresta de Araucárias.

Complexo Pantaneiro

O Pantanal mato-grossense é a maior planície de inundação contínua do planeta, coberta

por vegetação predominantemente aberta e que ocupa 1,8% do território nacional. Este

ecossistema é formado por terrenos em grande parte arenosos, cobertos de diferentes

fisionomias devido a variedade de microrelevos e regimes de inundação. Como área

Page 15: Catho

transicional entre Cerrado e Amazônia, o Pantanal ostenta um mosaico de ecossistemas

terrestres com afinidades sobretudo com o Cerrado.

Geografia do Brasil (relevo, clima, hidrografia e vegetação) Por Cristiana Gomes

Geografia do Brasil:

RELEVO

O relevo brasileiro pode ser classificado da seguinte forma:

- Planalto: formado a partir de erosões eólicas (pelo vento) ou pela água

- Planície: como o próprio nome já diz são áreas planas e baixas. As principais planícies

brasileiras são as planícies Amazônica, do Pantanal e Litorânea

- Depressões: resultado de erosões

CLIMA

São todas as variações do tempo de um lugar.

Através do conceito de massas de ar, podemos entender todas as mudanças no

comportamento dos fenômenos atmosféricos, pois elas atuam sobre as temperaturas e

índices pluviométricos nas várias regiões do Brasil. Existem massas de

ar polares, equatoriais, oceânicas e continentais.

Existe uma certa movimentação de massas onde cada uma vai empurrando a outra,

passando a ocupar o seu lugar. Toda essa dinâmica é responsável pelas alterações do tempo

de uma determinada região.

Quando duas massas de ar se encontram temos o que chamamos de frente.

No território brasileiro ocorrem as seguintes massas de ar:

- MASSA EQUATORIAL ATLÂNTICA (mEa): quente e úmida

- MASSA EQUATORIAL CONTINENTAL (mEc): quente e muito úmida

- MASSA TROPICAL ATLÂNTICA (mTa): quente e úmida

- MASSA TROPICAL CONTINENTAL (mTc): quente e seca

- MASSA POLAR ATLÂNTICA (mPa): fria e úmida

OS CLIMAS DO BRASIL

Page 16: Catho

Clima Equatorial (úmido e semi-úmido): quente e úmido

- pouca variação de temperatura durante o ano

- compreende a Amazônia brasileira

- é um clima dominado pela mEc em quase toda sua extensão e durante todo o ano. Na

parte litorânea da Amazônia existe um pouco de influência da mEa, e algumas vezes,

durante o inverno a frente fria atinge o sul e o sudoeste dessa região, ocasionando uma

queda da temperatura chamada friagem

Clima Litorâneo Úmido

- influenciado pela mTa

- compreende as proximidades do litoral desde o Rio Grande do Norte até a parte

setentrional do estado de São Paulo.

Clima Tropical (alternadamente úmido e seco)

- é o clima predominante na maior parte do Brasil

- é um clima quente e semi-úmido com uma estação chuvosa (verão) e outra seca ( inverno)

Clima Semi-Árido

- sertão do nordeste

- clima quente mais próximo do árido

- as chuvas não são regulares e são mal distribuídas

Clima Subtropical

- abrange a porção do território brasileiro ao sul do Trópico de Capricórnio.

- Predomina a mTa, provocando chuvas abundantes, principalmente no verão. No inverno há

o predomínio das chuvas frontais

- Apesar de chover o ano todo, há uma maior concentração no verão

HIDROGRAFIA

Características da Rede Hidrografia Brasileira

- Rica em rios e pobre em lagos

- Os rios brasileiros dependem das chuvas para se “alimentarem”. O Rio Amazonas embora

precise das chuvas ele também se alimenta do derretimento da neve da Cordilheira dos

Andes, onde nasce

- A maior parte dos rios é perene (nunca seca totalmente)

- As águas fluviais deságuam no mar, porém podem desaguar também em depressões no

interior do continente ou se infiltrarem no subsolo

- A hidrografia brasileira é utilizada como fonte de energia (hidrelétricas) e muito pouco

para navegação.

BACIAS HIDROGRÁFICAS

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É a área compreendida por um rio principal, seus afluentes e subafluentes.

Principais Bacias Hidrográficas do Brasil:

- Bacia Amazônica: considerada a maior do planeta, ela abrange na América do Sul, uma

área de 6 milhões de km.

- Bacia do Tocantins: ocupa quase 10% do território nacional. É a maior bacia localizada

inteiramente dentro do território brasileiro.

- Bacia do São Francisco: também é totalmente brasileira, juntamente com a Bacia do

Tocantins.

- Bacia do Paraná: essa bacia é usada na construção de usinas hidrelétricas, dentre

elas, Furnas, Marimbondo e a maior hidrelétrica do mundo – Itaipu – (entre o Brasil e

Paraguai).

- Bacia do Uruguai: apesar de não ser muito usada para a fabricação de usinas

hidrelétricas podemos destacar as

usinas Garibaldi, Socorro, Irai, Pinheiro e Machadinho.

- Bacias secundárias: formada por rios que não pertencem a nenhuma bacia principal,

porém foram reunidas em 3 grupos de bacias isoladas devido a sua localização:

- Bacia do Norte-Nordeste

- Bacia do Leste

- Bacia do Sudeste-Sul

VEGETAÇÃO

Vários fatores como luz, calor e tipo de solo contribuem para o desenvolvimento da

vegetação de um dado local.

A Floresta Amazônica

- milhares de espécies vegetais

- não perde suas folhas no outono, ou seja, está sempre verde

- é dividida em 3 tipos de matas: Igapó, Várzea, Terra Firme

- vive do seu próprio material orgânico

- a fauna é rica e variada

- espécies ameaçadas: mogno (tipo de madeira) e a onça-pintada

- Desmatamento da Amazônia

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A Mata Atlântica

- é menos densa que a Floresta Amazônica

- quase 100% dela já foi destruída, porém, antes podíamos encontrar o pau-brasil, cedro,

peroba e o jacarandá (leia mais sobre o desmatamento da Mata Atlântica).

- os micos-leões, a lontra, a onça-pintada, o tatu-canastra e a arara-azul-pintada são

originários da Mata Atlântica, porém estão ameaçados de extinção

vivem ainda na mata, os gambás, tamanduás, preguiça, mas estão fora do perigo das

extinção.

- Em razão da Mata Atlântica tenha sido muito utilizada no passado para a fabricação de

móveis, hoje calcula-se que apenas 5% de sua área ainda permaneça.

Caatinga

- vegetação típica do clima semi-árido do sertão nordestino

- vegetação pobre, com plantas que são adaptadas à aridez, são as chamadas plantas

xerófilas (mandacaru, xiquexique, faveiro), elas possuem folhas atrofiadas, caules grossos e

raízes profundas para suportar o longo período de estiagem

- arbustos e pequenas árvores (juazeiro, aroeira e braúna) também fazem parte da

paisagem

Mata de Araucária

- corresponde às áreas de clima subtropical, é uma mata homogênea, pois há o predomínio

de pinheiros, erva-mate, imbuia, canela, cedros e ipês

- Quanto a fauna, destacam-se a cutia e o garimpeiro (espécie de ave)

Cerrado

Típica da região centro-oeste do Brasil é formada por plantas tropófilas, ou seja, plantas

adaptadas a uma estação seca e outra úmida. Há também o predomínio de arbustos com

galhos retorcidos, cascas grossas e raízes profundas, para ajudar a suportar o período de

seca.

Quase 50% da vegetação dos cerrados foi destruída devido o crescimento da agropecuária

no Brasil. O cerrado é cortado por 3 grandes bacias hidrográficas (Tocantins, São Francisco e

Prata) contribuindo muito para a biodiversidadeda região que é realmente surpreendente,

por exemplo, existem mais de 700 espécies de aves, quase 200 espécies de répteis e mais

de 190 mamíferos.

Pantanal

Vegetação heterogênea: plantas higrófilas (em áreas alagadas pelo rio) e

plantas xerófilas (em áreas altas e secas), palmeiras, gramíneas.

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O Pantanal sofre a influência de vários ecossistemas (cerrado, Amazônia, chaco e Mata

Atlântica), ou seja, o Pantanal é a união de diferentes formações vegetais.

Por causa da sua localização e também às temporadas de seca e cheia com altas

temperaturas, o Pantanal é o local com a maior reunião de fauna do continente americano,

encontramos jacarés, araraunas, papagaios, tucanos e tuiuiú.

Quase todas as espécies de plantas e animais dependem do fluxo das águas. Durante um

período de 6 meses (de outubro a abril) as chuvas aumentam o volume dos rios que

inundam a planície, por esta razão muitos animais buscam abrigo nas terra “firmes”

ocupando todas as áreas que não foram inundadas, assim vários peixes se reproduzem e as

plantas aquáticas entram em processo de floração.

Quando as chuvas começam a parar (entre junho e setembro), as águas voltam ao seu curso

natural, deixando no solo todos os nutrientes necessários que fertilizarão o solo.

Os Campos

- é uma vegetação rasteira e está localizada em diversas áreas do Brasil

- a paisagem é marcada pelos banhados (ecossistemas alagados)

- predomínio da vegetação de juncos, gravatas e aguapés que propiciam um habitat ideal

para as várias espécies de animais (garças, marrecos, veados, onças-pintadas, lontras

e capivaras)

De todos os banhados, o banhado do Taim, considerado ótimo para a pastagem rural, é o

mais importante, devido a riqueza do seu solo.

Vegetações Litorâneas

São características das terras baixas e planícies do litoral.

Formam vários tipos de vegetação: mangues ou manguezais, a vegetação de praias, a

vegetação das dunas e a vegetação das restingas.

CARTOGRAFIA A cartografia é a ciência da representação gráfica da superfície terrestre, tendo como produto final o mapa. Ou seja, é a ciência que trata da concepção, produção, difusão, utilização e estudo dos mapas. Na cartografia, as representações de área podem ser acompanhadas de diversas informações, como símbolos, cores, entre outros elementos. A cartografia é essencial para o

ensino da Geografia e tornou-se muito importante na educação contemporânea, tanto para as pessoas atenderem às necessidades do seu cotidiano quanto para estudarem o ambiente em que vivem.

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O surgimento

Os primeiros mapas foram traçados no século VI a.C. pelos gregos que, em função de suas expedições militares e de navegação, criaram o principal centro de conhecimento geográfico do mundo ocidental. O mais antigo mapa já encontrado foi confeccionado na Suméria, em uma pequena tábua de argila, representando um Estado. A confecção de um mapa normalmente começa a partir da redução da superfície da Terra em seu tamanho. Em mapas que figuram a

Terra por inteiro em pequena escala, o globo se apresenta como a única maneira de representação exata. A transformação de uma superfície esférica em uma superfície plana recebe a denominação de projeção cartográfica. Na pré-história, a Cartografia era usada para delimitar territórios de caça e pesca. Na Babilônia, os mapas do mundo eram impressos em madeira, mas foram Eratosthenes de Cirene e Hiparco (século III a.C.) que construíram as bases da cartografia moderna, usando um globo como forma e um sistema de longitudes e latitudes. Ptolomeu desenhava os mapas em papel com o mundo dentro de um círculo. Com a era dos descobrimentos, os dados coletados durante as viagens tornaram os mapas mais exatos. Após a descoberta do novo mundo, a cartografia começou a trabalhar com projeções de superfícies curvas em impressões planas.

Atualmente... Hoje, a cartografia é feita por meios modernos, como as fotografias aéreas (realizadas por aviões) e o sensoriamento remoto por satélite. Além disso, com os recursos dos computadores, os geógrafos podem obter maior precisão nos cálculos, criando mapas que chegam a ter precisão de até 1 metro. As fotografias aéreas são feitas de maneira que, sobrepondo-se duas imagens do mesmo lugar, obtém-se a impressão de uma só imagem em relevo. Assim, representam-se os

detalhes da superfície do solo. Depois, o topógrafo completa o trabalho sobre o terreno, revelando os detalhes pouco visíveis nas fotografias. A outra técnica cartográfica, o sensoriamento remoto, consiste na transmissão, a partir de um satélite, de informações sobre a superfície do planeta ou da atmosfera. Quase toda coleta de dados físicos para os especialistas é feita por meio de sensoriamento remoto, com satélites especializados que tiram fotos da Terra em intervalos fixos.

Para a geração das imagens pelos satélites, escolhe-se o espectro de luz que se quer enxergar, sendo que alguns podem enviar sinais para captá-los em seu reflexo com a Terra, gerando milhares de possibilidades de informação sobre minerais, concentrações e tipos de vegetação,

entre outros. Existem satélites que chegam a enxergar um objeto de até vinte centímetros na superfície da Terra, quando o normal são resoluções de vinte metros.

Mapas A localização de qualquer lugar na Terra pode ser mostrada em um mapa. Os mapas são normalmente desenhados em superfícies planas, em proporção reduzida do local da Terra escolhido. Nenhum mapa impresso consegue mostrar todos os aspectos de uma região. Mapas, em contraposição a foto aéreas e dados de satélite, podem mostrar concentração populacional e de renda, diferenças de desenvolvimento social, entre outras informações.

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Como os mapas possuem representação plana, eles não representam fielmente a forma geóide da Terra, o que levou cartógrafos a utilizarem globos para imitar essa forma. Os mapas mais comuns são os políticos e topográficos. Os políticos representam graficamente os continentes e as

fronteiras entre os países, enquanto os topográficos representam o relevo em níveis de altura (normalmente inclui também os rios mais importantes). Para desenhar mapas cartográficos depende-se de um sistema de localização com longitudes e latitudes, uma escala, uma projeção e símbolos. Atualmente, boa parte do material que o cartógrafo necessita é obtido por sensoriamento remoto com foto de satélite ou fotografias aéreas.

Projeções cartográficas Sabemos que a maneira mais adequada de representar a Terra como um todo é por meio de um globo. Porém, precisamos de mapas planos para estudar a superfície do planeta. Transformar uma esfera em uma área plana do mapa seria impossível se os cartógrafos não utilizassem uma técnica matemática chamada projeção. No entanto, imagine como seria se abríssemos uma esfera e a

achatássemos para a forma de um plano. Com isso, as partes da esfera original teriam que ser esticadas, principalmente nas áreas mais próximas aos os pólos, criando grandes deformações de área. Então, para chegar a uma representação mais fiel possível, os cartógrafos desenvolveram vários métodos de projeções cartográficas, ou seja, maneiras de representar um corpo esférico sobre uma superfície plana. Como toda projeção resulta em deformações e incorreções, às vezes algumas características precisam ser distorcidas para representarmos corretamente as outras. As deformações podem acontecer em relação às distâncias, às áreas ou aos ângulos. Conforme o sistema de projeção utilizado, as maiores alterações da representação localizam-se em uma ou outra parte do globo: nas regiões polares, nas equatoriais ou nas latitudes médias. É o cartógrafo define qual é a

projeção que vai atender aos objetivos do mapa.

A projeção mais simples e conhecida é a de Mercator (nome do holandês que a criou). Outras técnicas foram evoluindo e muitas outras projeções tentaram desfazer as desigualdades de área perto dos pólos com as de perto do equador, como por exemplo a projeção de Gall. Como não há como evitar as deformações, classifica-se cada tipo de projeção de acordo com a característica que permanece correta. Temos então:

Projeções eqüidistantes = distâncias corretas

Projeções conformes = igualdade dos ângulos e das formas dos continentes

Projeções equivalentes = mostram corretamente a distância e a proporção entre as áreas

Os três principais tipos de projeção são:

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Cilíndricas: consistem na projeção dos paralelos e meridianos sobre um cilindro envolvente, que é posteriormente desenvolvido (planificado). Uma das projeções cilíndricas mais utilizadas é a de Mercator, com uma visão do planeta centrada na Europa.

Cônicas: é a projeção do globo terrestre sobre um cone, que posteriormente é

planificado. São mais usadas para representar as latitudes médias, pois apenas as áreas próximas ao Equador aparecem retas.

Azimutais: é a projeção da superfície terrestre sobre um plano a partir de um determinado ponto (ponto de vista). Também chamadas planas ou zenitais, essas projeções deformam áreas distantes desse ponto de vista central. São bastante usadas para representar as áreas polares.