cd aves firme na luta pelos primeiros lugares entre · a temperatura sobe com uma fusão ... max....

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entre MARGENS BIMENSÁRIO | 17 NOVEMBRO 2016 | N.º 571 DIRETOR: LUÍS AMÉRICO FERNANDES APARTADO 19 . 4796-908 VILA DAS AVES. TELF. E FAX.: 252 872 953 EMAIL: [email protected] PROPRIEDADE: COOPERATIVA CULTURAL DE ENTRE-OS-AVES, CRL 1,00 EURO O EX-AUTARCA DO PORTO MARCOU A REABERTURA DO POLO DE VILA DAS AVES DA ACIST, NO SEU 103.º ANIVERSÁRIO | PAG.S 4 E 5 Rui Rio fala para o país a partir de Vila das Aves Direito de Resposta e Retificação Exercido pela Câmara Municipal de Santo Tirso a propósito da en- trevista concedida por Gonçalves Afonso ao jornal Entre Margens. Os milhões da comunicação são verdade, mentira ou assim-assim? FACT-CHECKING PÁGINAS 12 E 13 PÁGINA 06 FOTO: ACIST CD AVES FIRME NA LUTA PELOS PRIMEIROS LUGARES Jantar de gala em dia de aniversário 86.º ANIVERSÁRIO DOS DESPORTIVO DAS AVES | PÁG.S 16 E 17

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Page 1: CD AVES FIRME NA LUTA PELOS PRIMEIROS LUGARES entre · A temperatura sobe com uma fusão ... Max. 17º / min. 07 ... e Gonçalo Rebelo na guitarra, no sintetizador e na voz

entreMARGENSBIMENSÁRIO | 17 NOVEMBRO 2016 | N.º 571 DIRETOR: LUÍS AMÉRICO FERNANDES

APARTADO 19 . 4796-908 VILA DAS AVES.TELF. E FAX.: 252 872 953

EMAIL: [email protected]: COOPERATIVA CULTURAL

DE ENTRE-OS-AVES, CRL1,00 EURO

O EX-AUTARCA DO PORTOMARCOU A REABERTURADO POLO DE VILA DAS AVESDA ACIST, NO SEU 103.ºANIVERSÁRIO | PAG.S 4 E 5

Rui Rio fala para o paísa partir de Vila das Aves

Direito deRespostae RetificaçãoExercido pela Câmara Municipalde Santo Tirso a propósito da en-trevista concedida por GonçalvesAfonso ao jornal Entre Margens.

Os milhões dacomunicaçãosão verdade,mentira ouassim-assim?

FACT-CHECKING

PÁGINAS 12 E 13

PÁGINA 06

FOTO

: ACI

ST

CD AVES FIRME NA LUTA PELOS PRIMEIROS LUGARES

Jantar de gala em dia de aniversário86.º ANIVERSÁRIO DOS DESPORTIVO DAS AVES | PÁG.S 16 E 17

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||||| TEXTO: MIGUELMIGUELMIGUELMIGUELMIGUEL MIRANDMIRANDMIRANDMIRANDMIRANDAAAAA

David Longstreth é a força motriz dosDirty Projectors. É ele o principal arte-são deste “Bitte Orca”, nome sem umsentido específico e escolhido ape-nas por as duas palavras lhe soarembem juntas. A qualidade é uniforme.Praticamente qualquer melodia podeser a nossa favorita. A que talvez re-úne mais consenso é “Stillness Is TheMove”, infetada por um potente groove.Ficamos confusos se penetra no uni-verso do R&B ou se chega a invadiro território do soul. As vozes deAmber Coffman e Angel Deradoorianfundem-se harmoniosamente.

Com guitarras imprevisíveis e mu-danças de direção desconcertantes,somos atraídos para essas surpresasque se tornam o chamariz deste traba-lho de 2009. Estranhamente intrigan-te, estica convenções sem receios. Ve-mos a fasquia alta em “Cannibal Re-source” e entramos em “TemeculaSunrise”, detetando as tais alteraçõesbruscas. Apreciamos toda aquela ga-guez sonora. Se encaixarmos “Two

Doves” no rótulo indie rock ficamoscom a (ótima) sensação de que agaveta é muito funda. A guitarra acús-tica e o violino como instrumentosde apoio ajudam a preencher a do-çura da voz feminina. Somos iludi-dos em “Useful Chamber”, julgandonós que se perderiam a meio. Os se-paradores elétricos organizam sec-ções e os últimos versos eliminamqualquer insipidez anterior. Recusamo-nos a relaxar em “Remade Horizon”.A temperatura sobe com uma fusãode géneros. Coabitamos com eles na-turalmente. “Fluorescent Half Dome”fecha com extrema elegância, tornan-do-se talvez o ponto alto da voz deDavid. O quarteto de cordas convi-dado conduz-nos para um final com-patível com os atributos positivos re-gistados até então.

“Bitte Orca” saiu em cinco forma-tos diferentes: download digital, CD,duplo CD com extras, LP e, espanto-samente, cassete. Em 2010, foi lan-çado uma edição adicional com fai-xas ao vivo no espaço nova-iorquinoOther Music, lados B e uma versãode “As I Went Out One Morning”do vencedor do Nobel da Literaturadeste ano, Bob Dylan. |||||

FIM DE SEMANA02 | ENTRE MARGENS | 17 NOVEMBRO 2016

Mudançasde direçãodesconcertantes

GANHE UM ALMOÇO PARA DUAS PESSOAS

DEVE O PREMIADO RACLAMAR O SEU JANTAR NO PRAZO DE 3 SEMANAS (SALVO OS SORTEADOS QUE RESIDAM NO ESTRANGEIRO)

O premiado com um almoço para duas pessoas desta quinzena,deve contactar a redação do Entre Margens

Restaurante Estrela do Monte | Lugar da Barca - Monte | Telf: 252 982 607

No restaurante ESTRELA DO MONTE a feliz contemplada nestasegunda saída de novembro foi o nossa estimada assinante

Anabela Alves de Carvalho residente na rua do Rio Ave, em Vila das Aves.

LITERATURA

Bibliotecacelebra16.º aniversáriocom palestrasobre TorgaSanto Tirso celebra um dosmaiores vultos da literaturaportuguesa no dia 18 de no-vembro pelas 21h30, numainiciativa com entrada livre eque marca o 16.º aniversáriodo atual edifício da BibliotecaMunicipal de Santo Tirso.

Em jeito de presente de ani-versário e no âmbito da pro-moção da leitura, o auditórioda Biblioteca Municipal vai re-ceber a palestra “Filho da Ter-ra, minha mãe adorada: o Doiroe os Mitos de Torga” apresen-tada pelo professor emérito daUniversidade de Coimbra enatural de Santo Tirso, José Ri-beiro Ferreira. A sessão integradeclamações de António Sousa.

Com atividade profissionale académica sempre ligada àUniversidade de Coimbra, quetambém Torga frequentou, JoséRibeiro Ferreira é licenciado emFilologia Clássica em 1971 pelaFaculdade de Letras e douto-rado em História da CulturaClássica pela mesma instituição,pela qual ainda alcançou acátedra e onde leciona e pu-blica investigação. |||| A Biblioteca Municipal de Santo Tirso

vai comemorar o Dia Mundial da Fi-losofia com a realização do worshop“Filosofia com Humor” no próximodia 19 de novembro pelas 15 horas.O objetivo desta iniciativa é demons-trar aos participantes a dimensão prá-tica da filosofia e associá-la ao hu-mor, como instrumento fundamentalpara o desenvolvimento da argumen-

tação e porta de entrada acessívelpara o processo mental que o pen-samento filosófico requer.

O workshop conta com adinamização de Miguel Coimbra,coordenador do departamento deFilosofia e Artes da Associação Por-tuguesa de Ética e Filosofia Prática etem entrada gratuita, mas sujeita amarcação prévia. |||||

GUIMARÃES | JAZZDentro de portas - “Bitte Orca”

Com guitarras impre-visíveis e mudançasde direção desconcer-tantes, somos atraí-dos para essas sur-presas que se tornamo chamariz destetrabalho de 2009.Estranhamente intri-gante, estica conven-ções sem receios.

“Filosofia com Humor”para celebrar Dia Mundial

SANTO TIRSO | BIBLIOTECA MUNICIPAL

O Guimarães Jazz encerra este sába-do, com a atuação da Charlie Haden’sLiberation Music Orchestra, sob adireção de Carla Bley. Contudo, ou-tros grandes concertos estão reser-vados para esta última semana dofestival vimaranense.

Esta quinta-feira, o trompetistaAmbrose Akinmusire, um dos maisdestacados e promissores nomes danova geração do jazz norte-america-no, apresenta-se em quarteto, às 22horas, no grande auditório do Cen-tro Cultural Vila Flor. Amanhã, nomesmo horário e local, o GuimarãesJazz tem como protagonista o DonnyMcCaslin Quartet, sendo McCaslinum dos nomes mais mediáticos dojazz contemporâneo, em parte porconsequência da sua contribuição

para a composição e gravação de“Blackstar”, o último álbum editadoem vida por David Bowie.

No sábado, o festival tem agen-dado dois concertos para uma des-pedida em grande. Às 17h00, o pal-co do Vila Flor (pequeno auditório)pertence a Adam Baldych & HelgeLien Trio, projeto que reúne algunsdos mais dinâmicos e promissoresjovens músicos de jazz europeus daatualidade.

Pelas 22 horas, já no grande au-ditório, e para o encerramento, re-gressa a CharlieHaden’s LiberationMusic Orchestra, fundada pelo jáfalecido Charlie Haden, que estevepresente no festival em 2006, e agoraliderada pela pianista Carla Bley. Todaa informação em www.ccvf.pt |||||

Orquestra fundadapor CharlieHaden regressa aoGuimarães Jazz

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SEXTA, DIA 18 SÁBADO, DIA 19Céu nublado. Vento fraco.Max. 17º / min. 07º

Chuva. Vento fraco.Máx. 16º / min. 11º

Aguaceiros. Vento fraco.Máx. 16º / min. 08º

DOMINGO, DIA 20

ENTRE MARGENS | 17 NOVEMBRO 2016 | 03

VILA DAS AVES | MÚSICA

Em novembro, põe tudo a secar,que pode o sol não voltar

O Centro Cultural Municipal de Viladas Aves é o palco escolhido paraduas noites de muita música, prota-gonizada pelas bandas do concelho.Dias 18 e 19 de novembro, pelas21h30, a iniciativa “Jovens Talentos”,promovida pela Câmara Municipal deSanto Tirso, convida a ver e ouvirquatro espetáculos de estilos musi-cais distintos.

No primeiro dia, o multifacetadoLuís Ramos traz a palco o estilo alter-nativo/experimental, representadoartisticamente como “O Triunfo dosAcéfalos”. Com voz, baixo, guitarra epercussão, este projeto musical visaquebrar as barreiras e limitações dosgéneros musicais e apresenta-nos amúsica na sua essência, para ser ouvi-da mas também sentida.

Formados em 2015, os “IN VEIN”são a banda que se segue. Com An-tónio Rocha na voz, André Almeida

Duas noitesde músicacom quatrobandas da casa“O TRIUNFO DOS ACÉFALOS”, “IN VEIN”, “WET STOCKS”E “PIPES BAZAR” SÃO AS BANDAS PROTAGONISTAS DAINICIATIVA “JOVENS TALENTOS”, QUE DECORRE ESTEFIM DE SEMANA NO CENTRO CULTURAL MUNICIPAL DEVILA DAS AVES. OS ESPETÁCULOS TÊM INÍCIO ÀS 21H30 EA ENTRADA É LIVRE

e Paulo Monteiro na guitarra, LuísMoreira na bateria e João Costa nobaixo, este grupo musical tirsense trazo metal para o palco do Centro Cul-tural, combinado com as várias influ-ências de cada um dos elementos.“Unleash” é um dos temas da ban-da, single lançado em 2015.

Dia 19, o rock é o protagonista,apresentado em diferentes vertentes.Com menos de um ano de existên-cia, os “Wet Socks” chegam com o rockpsicadélico com influências punk,num espetáculo que integra GabrielCoelho na guitarra e no baixo, DiogoFaria na bateria, e Gonçalo Rebelona guitarra, no sintetizador e na voz.

A última apresentação da iniciati-va faz-se com o rock alternativo dos“Pipes Bazar”. A banda surgiu em2014, quando quatro estudantes eamigos se reuniram para um concer-to no Colégio das Caldinhas, onde

então estudavam. Dois anos depois,com um som que se prende ao rockexperimental e explora um pouco detodas as variadas tendências musi-cais dos elementos, o grupo continuaa somar músicas originais e a prepa-rar – se para seguir em estúdio, ten-do atuado já em espaços como oArmazém do Chá e o Hard Club, noPorto. A banda integra André Fariana guitarra e voz, Álvaro Granja nobaixo e Tiago Fonteboa na bateria. |||||

No próximo sábado, 19 de novem-bro, o Salão Nobre da Junta de Fre-guesia de Vila das Aves acolhe aapresentação do livro “Para lá deBagdad” de Alberto S. Santos. Forma-do em Direito pela Universidade Ca-tólica Portuguesa, Alberto S. Santos énatural de Paço de Sousa, Penafiel,onde reside. Publicou os bestsellers “AEscrava de Córdova” (2008), “AProfecia de Istambul” (2010), “O Se-gredo de Compostela” (2013) e ago-ra “Para lá de Bagdad” (2016).

Este seu último romance remete-nos para um dos momentos mais in-trigantes da História da Idade Mé-dia, que dá a conhecer os alicercesde uma civilização ainda hoje tão des-lumbrante quanto desconhecida.

Na presença do autor, em Vila dasAves a apresentação de “Para lá deBagdad”, marcada para as 21h30, seráfeita por Luís Américo Fernandes. Amesma será abrilhantada musicalmen-te Inês Fernandes (na flauta) e JoséFrancisco Dias (no violoncelo). |||||

Alberto S. Santosdá a conhecerúltimo romanceDIA 19, ÀS 21H30 NA JUNTADE FREGUESIA

LIVROS | VILA DAS AVES

NA IMAGEM, OS WETSTOCKS, UMA DASQUATRO BANDASQUE INTEGRAM ESTEFESTIVAL DE JOVENSTALENTOS.

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04 | ENTRE MARGENS | 17 NOVEMBRO 2016

DESTAQUEACIST comemora103º aniversáriocom aberturade novo póloem Vila das Aves

||||| TEXTO: PPPPPAULAULAULAULAULOOOOO RRRRR. . . . . SILSILSILSILSILVVVVVAAAAA

Numa cerimónia marcada pela pre-sença de Rui Rio, ex-autarca do Porto,Joaquim Couto, presidente da CâmaraMunicipal de Santo Tirso e ElisabeteFaria, presidente da junta de Vila dasAves, a associação comercial mostrou-se à população de cara lavada e maisambiciosa.

No evento que decorreu no sa-lão nobre da junta de freguesia deVila das Aves, Miguel Rossi mostrou-se entusiasmado com o novo passoem frente para a ACIST. “Tentámosconciliar a renovação da imagem coma questão de Vila das Aves, pois eraum compromisso eleitoral”, esclare-ceu o presidente da associação comer-cial. “Este processo com a junta deVila das Aves foi muito facilitado, pelaanterior existência de um pólo e peladisponibilidade total da junta. Foram

A ASSOCIAÇÃO COMERCIAL E INDUSTRIAL DE SANTO TIRSO ASSINALOU MAISUM ANIVERSÁRIO COM UMA NOVA IMAGEM E A REABERTURA DO PÓLODE VILA DAS AVES QUE VOLTARÁ A FUNCIONAR NA JUNTA DE FREGUESIACOM O OBJETIVO DE APROXIMAR A ORGANIZAÇÃO DOS EMPRESÁRIOS LOCAIS.

assim criadas as condições para quejá a partir da próxima semana todosos sócios desta zona do concelho pos-sam começar a ser atendidos aqui.”

Para Elisabete Faria, a presença daACIST em Vila das Aves “é uma ne-cessidade para os sócios já existen-tes e um incentivo para os não sóci-os se associarem, porque os serviçosque uma associação como a ACISTfornece são mais-valias.”

Já Joaquim Couto destaca a im-portância deste tipo de associaçõescomerciais para os comerciantes e pe-quenas e médias empresas. “Da mes-ma forma que os trabalhadores seorganizam em sindicatos, as empre-sas se devem organizar associativa-mente. O trabalho destas associaçõesé muito importante, no aconselha-mento às médias, pequenas e micro-empresas, na procura de fundos comu-nitários, na navegação da burocra-cia. É um trabalho que exige muitadedicação e quanto mais forte foremestas associações, mais capacidade têmpara trazer benefícios aos seus sócios”.

Quanto à presença de Rui Rio nacomemoração do aniversário, Miguel

Rossi justifica-a com a necessidadede sublinhar a importância da pró-pria associação. “Nós conseguimosdar relevo à associação se trouxer-mos pessoas que tenham prestígioperante a sociedade.”

O pólo da ACIST em Vila das Avesfuncionará numa sala própria na juntade freguesia, todas as terças-feiras daparte da tarde e será possível tratarqualquer assunto que seria tratadona sede em Santo Tirso. Nos restan-tes dias, o apoio será prestado porum funcionário da junta de fregue-sia. “Vamos por etapas. Veremos o queos sócios nesta altura precisam, va-mos à procura de novos sócios, por-que esta área do concelho tem umdéfice muito grande no rácio entresócios e quantidade de comercian-tes, uma vez que o objetivo final éque quando tudo isto estiver em ve-locidade cruzeiro, todos os nossosserviços estejam aqui disponíveis”. |||||

Polo local da Acistfuncionrá todas asterças-feiras, à tarde

Funerária das AvesAlves da Costa

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ENTRE MARGENS | 17 NOVEMBRO 2016 | 05

O EX-AUTARCA DO PORTO APARECEU COMESTILO VIGOROSO E ASSERTIVO E UM DISCURSOVIRADO PARA AS GRANDES QUESTÕESNACIONAIS, DO PASSADO E DO FUTURO.

Rui Rio falapara o paísa partir deVila das Aves

||||| TEXTO: PPPPPAULAULAULAULAULOOOOO RRRRR. . . . . SILSILSILSILSILVVVVVAAAAA

Durante a hora em que se dirigiu àplateia, Rui Rio pintou o grande qua-dro político-económico do Portugalpós 25 Abril, os avanços, os momen-tos marcantes e as oportunidades per-didas pelo caminho. Em tom catedrá-tico foi, ao longo da sua intervenção,tirando factos e números da cartola,colocando em evidência as fragilida-des do momento que vivemos, de-monstrando cirurgicamente os gran-des erros que, na sua perspetiva, o paíscometeu ao longo dos anos. A dívidapública, dar direitos às pessoas insus-tentáveis no futuro, o endividamentoexterno, quer público, quer privado ea qualidade da despesa pública.

“Portugal perdeu uma oportunida-de única de abater dívida pública, semesforço” elucidou o economista referin-do-se à poupança com juros da dívi-da pública aquando da transição doescudo para o euro. “Hoje sabemosisso, e com certeza que faríamos di-ferente se tivéssemos outra oportu-

nidade, mas aquele momento já foidesperdiçado.”

Tendo em conta este cenário, RuiRio não consegue encontrar um res-ponsável único para a situação dopaís. Das políticas públicas que con-sidera eleitoralistas, às reformas queficaram por fazer por serem impopu-lares, até mesmo a banca e os seusgestores que fomentaram um país ir-real através do endividamento.

Continuando a sua tradição de dis-cursos descentralizadores, Rio apon-tou baterias aos “interesses instala-dos na capital” e ao “crescimento dosoligopólios” que diz serem sintomasde um sistema que se protege a simesmo, elogiando os municípios eo poder local. “A dívida pública por-tuguesa em percentagem do PIB éhoje de 133%. E ouvimos constan-temente afirmar-se que as câmarasmunicipais estão endividadas e são malgeridas. Bem, se as câmaras munici-pais devessem zero, se retirarmos dadívida nacional a totalidade da dívidade todas os 308 municípios, redu-ziríamos drasticamente esse núme-ro, certo? Se fizermos esse exercício

a dívida do país passaria a estar nos130%, isto incluindo aqueles que sãomuito mal geridas, porque se conside-rássemos apenas as bem geridas o nú-mero seria ainda mais residual. Quemcriou dívida pública não foi a adminis-tração local, quem o fez foi a incompe-tência da administração central.”

CAMINHO PARA O FUTURO“O rumo que estamos a seguir estáerrado, porque o consumo privadonão deve ser política, mas comoconsequência”, Rui Rio afirma que aaposta deve passar pela redução dadívida pública e externa, numa primeirafase, e nas exportações, porque sóassim se conseguirá atingir crescimen-to económico sustentável. “O Estadotem que criar o ambiente macroeconó-mico para o investimento”, porque“quem investe são as empresas.”

Para que Portugal possa enfrentaro futuro com melhores perspetivas, Riodeixou quatro ideias fundamentais. Aregionalização, “porque quanto maisperto o poder estiver das pessoasmelhor se adapta às suas necessida-des”; a reforma da justiça, de maneira

a “tirar a política da justiça, uma vezque a justiça não é um espetáculo”; adefinição do papel e consequentereforma do Estado, “para que a des-pesa pública seja menor, mas demelhor qualidade”; a reforma da co-municação social, porque “uma coi-sa é haver liberdade de imprensa, sema qual não existe democracia, outracoisa é utilizar essa liberdade de im-prensa para fins meramente comerci-ais, descredibilizando as pessoas,contando as mentiras necessáriaspara vender jornais. E isto é fácil, bastahaver tribunais competentes que apli-quem a lei.”

Rui Rio terminou a intervenção su-bordinada ao tema “Portugal, Políticae Economia” com um apelo, sugerin-do que “é preciso devolver prestígioà política”, porque “não existe umaquebra do contrato social entre aspessoas e os políticos, existe sim umaquebra desse contrato com a políticao que é mais grave” e mais difícil demodificar, mas que tem que ser feito.“A política é um serviço nobre e temque ser visto como tal, pelas pessoase pelos seus intervenientes.” |||||

Não existe uma quebra do contrato socialentre as pessoas e os políticos, existe simuma quebra desse contrato com a política oque é mais grave”

MACHADO & LOBÃO, LDA.

Telefone: 252 872 305 | Fax: 252 941 681 | Rua António Abreu Machado -4795-034 Vila das Aves | [email protected]

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A propósito do texto publicado naedição de 20 de outubro de 2016 dojornal Entre Margens, vem a Câma-ra Municipal de Santo Tirso, ao abri-go do Direito de Resposta e Retifi-cação previsto nos artigos 24º e 26ºda Lei n.º 2/99, esclarecer o seguinte:

1. A Câmara Municipal não se imis-cui na vida interna nas organizações/associações do concelho, nomeada-mente as de natureza partidária, masnão podia ficar calada a propósito daentrevista dada pelo Dr. GonçalvesAfonso ao jornal Entre Margens;

2. No texto publicado nas páginas 4,5 e 6 da última edição do jornal [n.r:edição de 20 de outubro de 2016],com declarações atribuídas, e não des-mentidas, ao Dr. Gonçalves Afonso,é dito que “Os patetas de Santo Tirsoacharam por bem votar no Dr. Couto”;

3. Ora, a Câmara Municipal conside-ra absolutamente inaceitável que umquadro de um partido com responsa-bilidade no sistema político passe umatestado de menoridade a uma parteda população do concelho de SantoTirso, apenas porque esta livre e demo-craticamente se expressou pelo voto;

4. O Dr. Gonçalves Afonso deve umpedido de desculpa a todos aquelesque insultou só porque votaram noatual presidente da Câmara Munici-pal e um pedido de desculpa a toda

a população do concelho de SantoTirso pelas tristes e intoleráveis de-clarações que prestou publicamente;

5. Não satisfeito por ter insultado apopulação de Santo Tirso, o Dr. Gon-çalves Afonso faltou ainda ao respei-to a todos os presidentes de Junta, aoconsiderar que estes não têm opinião,nem vontade próprias, uma vez quevotam sempre ao lado do presidenteda Câmara para não serem prejudi-cados na atribuição de subsídios;

6. Trata-se, pois, de mais um juízo devalor ofensivo do Dr. GonçalvesAfonso, que se esquece que desde atomada do novo executivo camarário,em outubro de 2013, as Juntas deFreguesias têm sido tratadas por igual,incentivando-se o diálogo e a livreopinião. Desde 2014, para além datransferência de verbas para áreas decompetência das juntas, a Câmara temtransferido mais meio milhão de eurospara as freguesias, de forma a incenti-var a descentralização e a autonomia.

7. Na entrevista concedida ao jornalEntre Margens, o Dr. Gonçalves Afon-so mentiu, não só ao relatar históri-as do passado, como também sobrea própria lei das autarquias.

8. A história dos “dossiês” só podeser fruto da imaginação do Dr. Gon-çalves Afonso, reminiscências, talvez,do tempo em que contava histórias

nas salas de aulas, enquanto profes-sor do 1º Ciclo;

9. A par da imaginação, o Dr. Gonçal-ves Afonso revela ainda memória cur-ta, pois no tempo do Dr. Palhares ascâmaras já tinham poder, ou não ti-vesse sido da responsabilidade doDr. Palhares a infeliz ideia e decisãode demolir o edifício do antigo Ho-tel Cidnay.

10. Quanto às comparações com osconcelhos vizinhos, desafia-se o Dr.Gonçalves Afonso a indicar com da-dos concretos aqueles que estão me-lhor do que Santo Tirso. A gestão daCâmara está de consciência tranqui-la, por todo o trabalho que tem de-senvolvido em prol da população doconcelho.

11. Na entrevista ao jornal Entre Mar-gens, o Dr. Gonçalves Afonso lançouainda suspeitas e referiu-se mesmoao atual presidente da Câmara Muni-cipal em tom desrespeitoso e acintoso,nomeadamente quando chamou àcolação questões de natureza famili-ar e pessoal, o que, por si só, já eramerecedor de repúdio e censura.

12. Nas respostas à entrevista, o Dr.Gonçalves Afonso manifesta-se con-tra o presidente da Câmara Munici-pal, porque, segundo ele, “os patetasde Santo Tirso acharam bem votar noDr. Couto”; mostra-se indignado com

a atual lei eleitoral e o modo comofuncionam o executivo e a AssembleiaMunicipal; critica os presidentes deJunta por não terem voz própria; criti-ca os partidos por não se incomoda-rem com o facto de os presidentes deJunta não terem voz própria nas As-sembleias Municipais e nunca vota-rem contra as propostas da CâmaraMunicipal. Critica tudo e todos.

13. Mas, afinal, o que fez o Dr. Gon-çalves Afonso para mudar o atualestado de coisas, via partido ou poriniciativa própria? E que trabalho éconhecido do Dr. Gonçalves Afon-so em Santo Tirso?;

14. Em sentido oposto, o atual presi-dente da Câmara de Santo Tirso temtrabalho à vista. Ajudou a criar a CAID– Cooperativa de Apoio à Integra-ção do Deficiente, cujo papel que de-sempenha hoje na sociedade é portodos reconhecido; foi cofundadore presidente da Associação de Muni-cípios do Vale do Ave, responsávelpor obras e projetos como o SistemaIntegrado de Despoluição Vale doAve, a construção da VIM, ou a cons-trução de escolas C+S e secundári-as, nomeadamente a Escola Secundá-ria D. Afonso Henriques, em Vila dasAves, e a Escola EBI de S. Martinho doCampo; foi um dos primeiros presi-dentes de Câmara a criar o SubsídioMunicipal ao Arrendamento; proje-tou o Centro Cultural de Vila das Aves,

a Biblioteca Municipal e o PavilhãoMunicipal, arrancou com o Plano deUrbanização das Margens do Ave,entre muitos outros projetos e medi-das implementadas no terreno.

15. Lamentavelmente, para prejuízoda política e da participação cívica, oDr. Gonçalves Afonso está desfasadoda realidade e tem uma visão muitoprópria da Democracia, segundo aqual esta só é boa quando favoreceos seus interesses e opiniões;

16. Felizmente, o atual presidente daCâmara Municipal de Santo Tirso nun-ca se escusou ao escrutínio livre edemocrático, nomeadamente em mo-mentos difíceis, em que muitos nãolhe davam a vitória como certa. Mes-mo assim, fê-lo por convicção, poracreditar nos princípios que defen-de, e com o sentido de dedicação àcausa pública, aceitando sempre osresultados obtidos;

17. Já o Dr. Gonçalves Afonso pare-ce ser daqueles que avalia o valor daDemocracia pelos seus pontos de vistae pelos seus interesses. Se estes pre-valecem, a Democracia é boa; se es-tes não prevalecem, a Democracia jánão presta;

18. A Câmara Municipal prefere, con-tudo, respeitar os valores do 25 deAbril: Liberdade, Igualdade e Frater-nidade. |||||

06 | ENTRE MARGENS | 17 NOVEMBRO 2016

Direito de Resposta e Retificação

O Dr. Gonçalves Afonso deve um pedidode desculpa a todos aqueles queinsultou só porque votaram noatual presidente da Câmara Municipal.”

Nome: ............................................................................................................................................................................Morada: ................................................................................................................................................................Código Postal: ......................... / .................... Localidade: ..............................................................................Telefone: ............................................. Número de Contribuinte: .............................................................................Data de Nascimento: ......... / .......... / ..........Forma de pagamento: Cheque número (riscar o que não interessa): ....................................................................................ou por transferência bancária para o NIB: 0035 0860 00002947030 05Data ..... / ..... / ..... Assinatura: ..........................................................................

FICHA DE ASSINATURA

FAÇA UMA ASSINATURA DO ENTRE MARGENS

O Dr. Gonçalves Afonso tem uma visãomuito própria da Democracia,segundo a qual esta só é boa quandofavorece os seus interesses e opiniões.”

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CARTOON // VAMOS A VER...

ENTRE MARGENS | 17 NOVEMBRO 2016 | 07

O que se passa? Está tudo louco?Isto é o fim do mundo ou o

princípio do fim do mundo?Deitamo-nos com uma certeza.

Acordamos com uma certeza di-ferente.

Não há verdades nem menti-ras. Há factos e momentos.

E assim temos de viver e conti-nuar a viver.

O célebre director de campa-nha de Bill Clinton, na sua 1ª elei-ção, James Carville, criou a famo-sa frase “It´s the economy, stupid!”.

A partir de agora temos de mu-dar o slogan para “It´s politics, stupid”.

Do Brexit a Trump, o melhor étermos bem presente que tudo é vo-látil, imprevisível, surpreendente.

O melhor que podemos fazeré traçar estratégias rigorosas, pro-fissionais, implacáveis e imunes aoerro, à “gaffe”, ao escândalo.

É difícil? É impossível?Será. Mas a gestão dos danos e

a valorização das boas acções, éalgo que temos sempre de fazer.

O mundo está perigoso, assimcomo a nossa pequena cidade, ouvila ou aldeia.

A política mudou. Já nem sechama política. Chama-se partilhae proximidade.

Temos de continuar atentos ealertas.

No fundo, temos de olhar a ár-vore e não a floresta.

Depois é tudo uma questão decontinuar a ler os sinais. Eles nãose enganam nunca. ||||| *Pedro Fon-seca escreve de acordo com a antigaortografia

Pedro Fonseca* As novas tecnologias e as redes soci-ais são hoje um instrumento incrívelaté para nos proporcionarem umolhar mais eficiente e profundo quan-to à capacidade de intervenção e deprojeção de muitos dos nossos vizi-nhos e residentes que nos habituá-mos a ver como amigos que encon-tramos no café e nos lugares comunse que, afinal, pela sua iniciativa e“know-how” conseguem superar-nos, projetar-se e projetar-nos no país eno mundo. É claro que sem o recur-so a um “facebook” quase não nosdaríamos conta que um jovem avensecomo Miguel Pereira, que faz do seuhobbie e “brinquedo”, a fotografia, uminstrumento precioso ao serviço daimprensa e da comunicação, ajudan-do com a sua arte a produzir umareportagem que está patente na capae num Magazine-Notícias , revista in-cluída no JN e DN de domingo 06de novembro passado. Quase nosterá escapado o seu nome e a suaquota-parte na relevância da repor-tagem “O regresso da Castanha, en-tre as ameaças ambientais, a investi-

Luís Américo FernandesO DIRETOR

AVES em Movimentogação e o negócio”, uma reportagemcom texto de Ricardo J. Rodrigues queos levou até terras de Trancoso a da-rem-nos a perceber os desafios e aspreocupações ambientais que as gen-tes daquela região enfrentam com oprecioso fruto dos seus soutos quesão o prazer das nossas tradições cul-turais e gastronómicas do S. Martinhoe que mobilizam já técnicos e equi-pas laboratoriais no sentido de encon-trar “remédios” e soluções que com-pensem a perda de metade da produ-ção anual, em resultado de pragas, in-cêndios e, em grande parte, do aque-cimento global que se faz sentir e quealteram geneticamente as condiçõesda flora local e da atividade econó-mica que ela gera.

Soubemos também pelo Face queo avense Vitor Martins, um já nossoreconhecido técnico da WEB, respon-sável pelo PPLWARE.COM, um site detecnologia informática sedeado emVila Nova de Famalicão que tem comoparceiro Pedro Pinto, cujos conteúdospatentes também no “face” começama despertar atenção mediática, foi umadas presenças no megaevento reali-zado este ano em Lisboa no MeoArena reunindo aí 40 mil participan-tes, mais de duas mil empresas, milinvestidores e 650 oradores das mai-ores tecnológicas globais, evento quese prolongará pelas próximas duasedições de 2017 e 2018 em Lisboa,podendo vir a receber a con-ferênciatambém em 2019 e 2020.

Não posso deixar de envolver nes-te mesmo nicho inovador avense e,porventura de forma mais persisten-te e consistente, quer no tempo quernas agruras por que tem passado comum incêndio que a obrigou a ultra-passar-se a si mesma, a Casa de Re-clamos, do meu amigo Francisco efilhos Miguel e Isabel Abreu que vêmequipando os melhores museus, ins-tituições culturais, autárquicas e em-presas do país e do estrangeiro comspots, totems luminosos e publicitários,e outros trabalhos verdadeiramentechamativos com uma estratégia pu-blicitária que promete cada vez maioreficiência e inovação. Vou-me dan-do conta também pelo “face” de al-gumas da suas produções mais re-centes, nomeadamente para o Cen-tro Cultural Vila Flor de Guimarãesnos 25 anos do Guimarães-Jazz masnão posso esquecer o trabalho no-tável que, já lá vão uns anos, cincotalvez, esta empresa desenvolveu parauma exposição que tive o prazer dever e admirar no Centro Interpretativoda Casa do Infante no Porto, nomea-damente “Marcas do Vinho no Por-to: homenagem à Ferreirinha nos 200anos do seu nascimento”, trabalhoaliás, que na opinião do seu líder,Miguel Abreu, juntamente com o quedesenvolveram no Museu do Vinhode S. João da Pesqueira, na mesmalinha interpretativa da abordagem daGeografia do Douro Vinhateiro, vêmsendo experiências marcantes na evo-lução da empresa, tanto assim que, sehonram de terem contribuído, à suamaneira, para que este último museutenha sido galardoado com umamenção Honrosa no “Prémio MuseuPortuguês 2015. Como diria Galileu,parece que nada se move nesta terramas na verdade Eppur si muove!”, ouseja, “lá que se move, move”, graças aestes e outros empreendedores. |||||

Olhosabertos

“Do Brexit a Trump, omelhor é termos bempresente que tudo évolátil, imprevisível,surpreendente.

Como diria Galileu,parece que nada semove nesta terramas na verdadeEppur si muove!”,ou seja, “lá que semove, move”, graçasa estes e outrosempreendedores.

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OPINIAO

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08 | ENTRE MARGENS | 17 NOVEMBRO 2016

OPINIAOComeço a crer que os progressos sociaisalcançados nas últimas décadas foram umailusão e que, na verdade, continua tudo igual.

De novo se batalha com questões de ra-cismo que pensávamos estarem ultrapassa-das. Neste aspeto, o crescente debate sobrebrutalidade policial contra a raça negra nosEstados Unidos da América é apenas umapequena parte de um todo ocupado, maiorita-riamente, por ódio e medo a tudo o que vemdo Médio Oriente.

O objetivo de unificar a Europa, outroraa um palmo de nós, parece, agora, estar cadavez mais distante com um sentimento cres-cente de desagrado pela União Europeia.

Depois de tanto se lutar contra a polui-ção ambiental (alimentada pela ganânciahumana), uma das maiores superpotênciasdo mundo acaba de eleger como seu presi-dente um homem que diz que as alteraçõesclimáticas não passam de uma invenção daChina para prejudicar os EUA. Se a ciênciafosse viva, choraria.

Mas será tudo isto surpreendente? Re-pare-se que todos estes progressos foramalimentados pela garra de quem queria amudança. Quem não a queria não se pro-nunciava com tanta paixão e as suas vozesforam abafadas pelos gritos dos progressis-tas. Agora, com os progressistas mais con-formados (apesar de ainda haver muito paramelhorar), são as suas vozes a serem abafa-das pela indignação de quem vê mal emtudo o que não existia aquando do seunascimento.

Espero estar enganado. No dia em quepararmos de progredir, e os tradicionalistasganharem, perderemos parte da chama a quechamamos alma. |||||

Faz praticamente um ano desde que aatual maioria parlamentar viabilizou oExecutivo, encabeçado pelo PS, que per-manece até hoje em funções.

No entanto, muitos duvidavam que talviesse simplesmente a acontecer e mesmoapós a celebração do acordo insistiam emvaticinar um fim relativamente breve paraa «geringonça». Apelavam sobretudo paraa alegada incompatibilidade ideológica domodelo social e económico que caracte-riza o PS relativamente aos preconizados,respetivamente, por BE e PCP, o que aca-baria mais tarde ou mais cedo por se re-velar, eventualmente nas relações com aEuropa. Em contrapartida, conforme o pas-sado demonstrara, existiria, supostamen-te, uma maior afinidade, apesar da rivali-dade, com o PSD propícia à obtenção deconsensos ao centro.

Posto isto, não sendo obviamente cer-to que aguente toda a legislatura, comose explica que a «gerigonça» dure, para ládo expectável, e já com dois orçamentosaprovados?

No meu entendimento, o modo espe-cífico como se olha para as desigualda-des diz muito acerca do modelo que sepretende seguir.

Os partidos de inspiração marxista,entendem que praticamente todas as de-sigualdades económicas são ilegítimasporque resultam da exploração de unsHomens sobre os outros e nessa medida

O que mantém a«geringonça» viva?

INSCRITO NA D.G. DA C.S. SOB O Nº112933

DEPÓSITO LEGAL: 170823/01

PERIODICIDADE: BIMENSAL

DIA DE SAÍDA: QUINTA-FEIRA

TIRAGEM MENSAL: 4.000 EXEMPLARES.

ASSINATURAS: PORTUGAL - 15 EUROS / EUROPA - 27,00 EUROS / RESTO DO MUNDO - 30,00 EUROS

NÚMERO AVULSO: 1,00 EURO. PARA PAGAMENTO POR TRANSFERÊNCIA UTILIZAR NIB: 0035 0860

00002947 030 05. IBAN: PT50 0035 0860 00002947 030 05. BIC: CGDIPTPL

PROPRIEDADE: COOPERATIVA CULTURAL DE ENTRE-OS-AVES, C.R.L. NIF: 501 849 955

DIREÇÃO DA CCEA: PRESIDENTE: AMÉRICO LUÍS CARVALHO FERNANDES; TESOUREIRA: LUDOVINA SILVA;

SECRETÁRIO: JOSÉ CARVALHO. VOGAIS: JOAQUIM FANZERES E JOSÉ MACHADO.

DIREÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E REDAÇÃO: LARGO DR. BRAGA DA CRUZ, Nº 234 (ANTIGO EDIF. DA ESCOLA DA PONTE)

APARTADO 19 - 4796-908 AVES - TELEFONE E FAX: 252 872 953

DIRETOR: LUÍS AMÉRICO CARVALHO FERNANDES (TE - 1172). CONSELHO DE REDAÇÃO: JOSÉ PEREIRA MACHADO,

LUÍS ANTÓNIO MONTEIRO, LUDOVINA SILVA. REDAÇÃO: LUÍS AMÉRICO FERNANDES, PAULO R. SILVA, CATARINA

SOUTINHO (C.P.N.º 1391), LUDOVINA SILVA, ELSA CARVALHO (C.P.N.º 9845).

COLABORAM NESTE JORNAL: JOSÉ PACHECO, JOSÉ PEREIRA MACHADO, TIAGO GROSSO, AMÉRICO LUÍS FERNANDES,

PEDRO FONSECA, NUNO MOTA, FERNANDO TORRES, MIGUEL MIRANDA, ANTÓNIO LEAL, ADÉLIO CASTRO, CATARINA

GONÇALVES, FELISBELA FREITAS E FELISBELA LUÍS FREITAS.

DESIGNER GRÁFICO: JOSÉ ALVES DE CARVALHO

REPORTER FOTOGRÁFICO: VASCO OLIVEIRA.

COMPOSIÇÃO E PAGINAÇÃO: JORNAL ENTRE MARGENS

COBRANÇAS E PUBLICIDADE: LINO ALVES

IMPRESSÃO: EMPRESA DO DIÁRIO DO MINHO, LDA.

RUA CIDADE DO PORTO | PARQUE INDUSTRIAL GRUNDIG, LOTE 5 - FRACÇÃO A - 4700-087 BRAGA

ENTRE MARGENS - Nº 571 - 17 NOVEMBRO 2016

Progressistas

Tiago Grosso

o sistema capitalista deve, enquanto raizdo problema, ser suplantado.

Já aqueles ancorados no socialismodemocrático, por um lado admitem-nasaté determinado ponto, enquanto conse-quência das escolhas, imputáveis à liber-dade de cada um e/ou como mecanis-mo de incentivo, por outro, defendem aintervenção estatal de maneira a corrigiras imperfeições do mercado e assim ga-rantir a equidade distributiva, procuran-do alcançar o equilíbrio entre justiça eeficiência. Estando esta última subordi-nada à primeira. O Bloco de Esquerdaparece oscilar entre um marxismo hete-rodoxo e esta última posição.

Quanto aos conservadores, posicionan-do-se distantes de uma conceção laissez-faire foram, a nível europeu, preponderan-tes na construção do Estado Social do pós-guerra, permitindo-lhes estabelecer con-sensos de regime com os socialistas, quemarca entre outra coisas o processo de in-tegração europeia. Porém, no rescaldo dacrise das dívidas soberanas, decidiram,pondo em causa esse mesmo Estado Soci-al, enveredar por uma agenda neoliberal,que perversamente subsume a justiça so-cial e a uma determinada noção de efi-

cácia, ao qual o PSD de Passos Coelho, eli-minando todo e qualquer resquício soci-al-democrata, aderiu entusiasticamente, tor-nando o país ainda mais pobre e desigual.

Perante isto, António Costa tinha duassoluções, ou se aliava à direita, como amaioria dos seus homólogos fizera – sin-tomático da crise atual da social-demo-cracia - traindo quer o eleitorado quer amatriz ideológica do PS, uma vez que oPSD havia queimado todas a bandeiras queos poderia aproximar, ou, pelo contrário,se virava para a esquerda e tentava encon-trar em partidos tão distintos algum de-nominador comum. De facto, o modelosocial e económico do PS é muito diferen-te dos de BE e PCP, mas embora não par-tilhem exatamente a mesma visão no querespeita às desigualdades, todos concor-dam, contudo, quanto à injustiça daque-las que foram desencadeadas por PSD eCDS nos quatro anos que lhes antecede-ram e que estes continuariam a agudizar,caso ainda governassem. É isso que man-tém a «gerigonça» viva e pelo mesmo moti-vo as reversões não são de somenos im-portância. Representam o abandono de umcaminho, apesar dos limites que o TratadoOrçamental impõe. ||||| *[email protected]

Hugo Rajão

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ENTRE MARGENS | 17 NOVEMBRO 2016 | 09

||||| TEXTO: PPPPPAULAULAULAULAULOOOOO RRRRR. . . . . SILSILSILSILSILVVVVVAAAAA

Está em marcha a intervenção quetem por objetivo a criação da muitoambicionada paragem de autocar-ros coberta na escola secundária D.Afonso Henriques. A obra que temsido uma reclamação de muitosanos por parte dos alunos atravésdas sucessivas Associações de Es-tudantes, vai contemplar ainda areformulação do estacionamento emfrente ao portão principal.

Rui Sousa, diretor do Agrupamen-to de Escolas D. Afonso Henriques,enaltece a importância que esta in-tervenção tem no quotidiano da es-cola. “Como diretor há três anosdeste agrupamento, logo me fizeramsentir essa necessidade, para de al-gum modo pressionar a câmaramunicipal a resolver esta situação efazer disto uma prioridade.”

O atual presidente da associa-ção de estudantes do escola secun-dária, André Fernandes, já fazia parteda lista que, há dois anos, colocouno papel este desejo muito antigo.“Eu fiz parte dessa equipa que im-

VILA DAS AVES | ESCOLA SECUNDÁRIA

Finalmente, a paragemde autocarros vai passar aser uma realidadeRUI SOUSA, DIRETOR DO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS D. AFONSO HENRIQUES,ENALTECE A IMPORTÂNCIA QUE ESTA INTERVENÇÃO TEM NO QUOTIDIANO DA ESCOLA.

||||| TEXTO: PPPPPAULAULAULAULAULOOOOO RRRRR. . . . . SILSILSILSILSILVVVVVAAAAA

Esta iniciativa tem como objetivo ofe-recer aos estudantes a possibilidadede aprenderem com alguém igual asi, que terá outras competências. “Sehá um aluno que percebe mais dematemática e outro que percebe maisde português, podem ajudar-se a sie a outros, criando uma dinâmica degrupo onde todos são iguais”, expli-ca a professora Antónia Brandão, umadas coordenadoras do projeto. Paraa docente, “a ideia é que se valori-zem as relações entre os alunos e seincentive o estudo em grupo, colo-cando a autonomia totalmente dolado deles com intervenção mínimada nossa parte”.

Este projeto foi desenvolvido a par-tir da ideia de um antigo aluno quedurante uma época de exames sedisponibilizara a fazer este tipo detrabalho. “Na altura aquilo correumuito bem, foi concorrido, tinha vári-os alunos, a diferentes horas dispo-níveis a ajudar nas mais variadas dis-ciplinas, mas nunca conseguimostransformar aquela ideia em algomais, até vermos o panfleto da Fun-dação Gulbenkian”, revelou a vice-diretora da escola e uma das respon-sáveis pelo projeto, Severina Fontes.

“A informação era relativa ao Pro-jeto EMA (Estímulo à Melhoria deAprendizagem) e pensámos imedia-tamente que seria uma excelenteoportunidade de adaptar aquela ini-ciativa e integrá-la num plano maisvasto. Foi o que fizemos”. Para AntóniaBrandão, “este é um projeto únicono concelho”.

Para além da sala que estará dis-

Iniciativa da Sec.D. Afonso Henriquesrecebe fundos daFundaçãoGulbenkianO PROJETO DE APOIO EM GRUPOS DE PARESPRETENDE MODIFICAR AS ROTINAS DE ESTUDO DOSALUNOS E REVITALIZAR O ESPAÇO DA BIBLIOTECA.

ponível para os Grupos de Pares, oprojeto é composto por três vertentesque se articulam entre si, Espaço, Tec-nologia e Pedagogia para criarem am-bientes inovadores de aprendizagem.A biblioteca será totalmente remode-lada e ampliada, serão colocadosquadros interativos e as mais diver-sas ferramentas de aprendizagem di-gital à qual se juntará uma compo-nente física de treino funcional a car-go dos docentes de educação física.

A iniciativa vai marcar uma novaera no ensino da escola secundáriaD. Afonso Henriques, sendo apoia-da também pela Câmara Municipalde Santo Tirso, Junta de Freguesia deVila das Aves, Faculdade de Psicolo-gia da Universidade do Porto.

VILA DAS AVES | ESCOLA SECUNDÁRIA

A iniciativa vai mar-car uma nova erano ensino da escolasecundária D.Afonso Henriques.

pulsionou o projeto na altura. Por-que até lá falava-se muito, estavasempre na agenda, mas nós con-cretizámo-lo e apresentamos a ideiaà câmara”.

“Nesse ano, a presidente da as-sociação de estudantes”, continuouo diretor, “pediu ao pai que é arqui-teto para fazer um esboço para umpossível projeto para solucionar aquestão e foi com esse projeto, quea associação de estudantes e eu pró-prio, levantámos a questão junto dacâmara municipal. No ano seguin-te, e já com o novo presidente, PedroRibeiro, o presidente da câmara, Jo-aquim Couto, e a vereadora da edu-cação, Ana Maria Ferreira, visitarama escola secundária e quando con-frontados pela associação de estu-dantes, anunciaram que a interven-ção seria para avançar.”

Em nota à imprensa, Joaquim Cou-to afirma que esta “era uma reivindi-cação antiga, por parte da associa-ção de estudantes, e foi um compro-misso que assumi quando visitei aescola. É, por isso, com agrado quevejo agora a concretização da obra”.

Para além da paragem de autocar-ro, estão ainda previstos trabalhosde levantamento e reposição de pavi-mentos, drenagem de águas pluvi-ais, pavimentação da faixa de roda-gem, passeios, a devida sinalizaçãovertical e horizontal e a criação deuma via de sentido único que permi-ta uma melhor circulação do trânsito.

André Fernandes reitera aindaos dois pilares fundamentais paraesta obra, “a questão climatérica,devido à chuva durante o Inverno,é muito importante, mas também aquestão da segurança, já que mui-tas vezes os motoristas de autocar-ros eram obrigados a fazer as ma-nobras sem espaço, praticamente emcima de nós alunos que nos amon-toávamos na berma da estrada”, sen-do que esta intervenção vem resol-ver esses problemas.

Ainda não há data concreta parao término da obra, mas segundo RuiSousa, esta encontra-se numa faseadiantada, estando para breve a suaconclusão. O investimento da autar-quia de Santo Tirso rondará os 40mil euros. |||||

ATUALIDADE

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10 | ENTRE MARGENS | 17 NOVEMBRO 2016

ATUALIDADE

5ª EDIÇÃO DA EXPOSIÇÃO DE AVES “MARGENS DO RIO AVE” TEVE LUGARNO SALÃO DOS BOMBEIROS DE VILA DAS AVES

Na “montra de Honra” da especi-alidade, em destaque nesta ex-posição, ficaram os seguintes cri-adores (e as aves anilhadas como respetivo nº de registo):

Franquelim Ferreira - 637M;Paulo Jorge Pereira da Silva,985M; João Manuel RodriguesVitoria - 978B; Fernando Luís deAlmeida Martins - 487H; José Fer-nando Ferreira Neto - 746B; Eduar-do Mota Martins -531A ; João Car-los Cunha Costa - 380G; LucianoAlmeida Neto - 509 A; Abílio Ri-beiro Machado - 979 E ; FábioAndré Coelho Silva 738 L; JoséCarlos Oliveira Vilaça 934 D; JoséManuel Rodrigues Moreira Alves498 A; e António Maria DiasMonteiro - 588 F. |||||

||||| TEXTO: LUÍSLUÍSLUÍSLUÍSLUÍS AMÉRICOAMÉRICOAMÉRICOAMÉRICOAMÉRICO FERNANDESFERNANDESFERNANDESFERNANDESFERNANDES

Os Clubes Ornitológicos de SantoTirso e Lordelo tiveram patente nosalão dos Bombeiros Voluntários deVila das Aves a 5ª edição da exposi-ção Margens do Ave de pássaros cria-dos em cativeiro. Foi uma edição re-pleta de êxitos quer pela participaçãode um grande número de associados,que expuseram cerca de 800 pássa-ros, quer pela disposição ornamen-tal que conseguiram dar à exposição,com grandes cartazes coloridos repre-sentando exemplares de aves de plu-magens diversificadas ali presentes.

O autor destas linhas, entrou naexposição como um autêntico leigonesta matéria mas saiu com uma vi-são alargada do que esta atividade,tido como um “hobbie” educativo decerca de 150 associados destascoletividades, implica e acrescenta àmãe-natureza.

Graças ao vice-presidente do clu-be tirsense, Luciano Neto que me re-cebeu e me acompanhou numa visi-ta à exposição, pude perceber tudo oque está por trás desta mostra, inclu-sive o trabalho organizativo de todauma semana desde o rececionamentodas aves das mãos dos associados ecriadores, da sua catalogação e etique-

Exposição depássaros juntou cercade 800 exemplares

tagem em contexto de anonimato, daatribuição de pontuações por um júridevidamente conhecedor da ornito-logia criada em cativeiro, segundoregras criteriosas, até à montagem daexposição tal como o público a des-fruta e já com a etiquetagem que nospermite saber quem são os criadorese que pontuação tiveram.

Se, à partida, imaginávamos, comoo comum dos visitantes, que esta ati-vidade era um “atentado” à mãe natu-reza, vendo cuidadosamente os exem-plares multifacetados de uma mesmaespécie, obtidos por cruzamentos e ‘tru-ques’ de manipulação obtidos aquandoda postura, em condições que estescriadores vão dominando com maisou menos técnica e golpes de sorte,concluímos que os ‘maluquinhos’ destaarte, no fundo, replicam o que a natu-

reza, nas circunstâncias da evoluçãoe diferenciação ao longo de épocase de aclimatação a locais ambientaistambém diferenciados, conseguiu.

Assim, pássaros de um mesmo gé-nero ou família, através da “hibrida-ção”, diferenciam-se por plumagenscheias de fantasia, de uma paleta decores estonteante, com “máscaras” eelementos diferenciadores aqui ou ali,com peculiaridades de “encanto” ede “canto” que, na liberdade da natu-reza, constituem o segredo da atraçãoentre macho e fêmea e da reprodu-ção. Soubemos que esta atividadereplicativa “em cativeiro” não é demodo nenhum uma atividade “sel-vagem”, tem regras bem definidas queimpedem a captura não importa comoe quando, é objeto de permutas en-tre associados, e, mesmo quandosujeita a alguma mercantilização, estálonge de atingir preços exorbitantescomo noutras atividades similares,havendo até nestas exposições uma“feirinha” a preços simbólicos.

O representante deste clube quenos orientou, esclarecendo algunsconstrangimentos da legislação emvigor, lá nos foi dizendo que acredi-ta que, com um pouco mais de ousa-dia e abertura, esta atividade poderávir a compensar e a contribuir decisi-vamente para a recuperação de es-pécies em vias de extinção e a seurepovoamento. Entretanto o prazer es-tético na obtenção de exemplaresúnicos e a qualificação que os cui-dadores procuram obter nestas mos-tras que se realizam sempre nesta

época que precede as posturas, nasexposições de proximidade (e sãomuitas!), nas federações do norte oudo sul (por dezembro fora) e depoisa nível internacional (já em janeiromas reportando-se ao ano anterior)e o carinho e cuidados tidos comestes seres vivos ainda vão compen-sando o tempo e a entrega a este“hobbie” ecológico a que se dedicampessoas de várias classes e formaçãodiversa mas, infelizmente, de umageração, em média já adulta, sendoimperioso passá-lo a gerações maisnovas, até mesmo em ambiente es-colar como complemento das ciênci-as e da biologia em especial. ||||||

5ª EDIÇÃO DA EXPOSIÇÃO DE AVES “MARGENS DO RIO AVE”

MONTRA DE HONRA

A 5ª EDIÇÃO DA EXPOSIÇÃODE AVES “MARGENS DO RIOAVE” FOI ORGANIZADAPELOS CLUBESORNITOLÓGICOS DE SANTOTIRSO E LORDELO

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Tenha a suaassinatura em dia e

Estrela do Monte

ENTRE MARGENS | 17 NOVEMBRO 2016 | 11

Ciclo de Teatro paraa infância dá aconhecer Saramagoaos mais jovens

Recuperado TeatroAviscena regressacom “Anunciação”A companhia de teatro amadorAvense - Aviscena - volta aos es-petáculos no dia 1 de dezembropara a encenação de um peque-no episódio bíblico no âmbito dasatividades do “Aves em Natal”. Aencenação da “Anunciação” de-correrá na rotunda de São Miguelàs 21h30 e contará com a cola-

Estará em cena no próximo dia 26de novembro, pelas 16h00, no Cen-tro Cultural de Vila das Aves a peça“A maior flor e outras histórias se-gundo José”, inspirada na obra deJosé Saramago.

O teatro Art’imagem apresenta adramatização da obra “A maior flordo mundo” do nobel português numespetáculo inserido no “Ciclo Teatropara a Infância”, promovido pela Câ-mara Municipal de Santo Tirso.

PEÇA “A MAIOR FLOR E OUTRAS HISTÓRIAS SEGUNDOJOSÉ”, É APRESENTADANO DIA 26 DE NOVEMBRO,ÀS 16H00 NO CENTRO CULTURAL DE VILA DAS AVES

O evento que decorre pela pri-meira vez no dia 1 de dezembropelas 10 horas ligará a Câmarade Santo Tirso ao Parque Urbanoda Rabada. As inscrições no va-lor de 3 euros revertem na totali-dade para a Cooperativa de Apoioà Integração do Deficiente (CAID).

Inscrições para a primeiracaminhada solidáriada CAID estão abertas

O presidente da Câmara Municipalde Santo Tirso terá ficado desagradocom a desorganização do check-ine poderá apresentar ação judicialcontra a companhia aérea.

Após um longo tempo de esperano cais de embarque, o autarca teráficado revoltado com o facto de vári-as pessoas passarem à frente, protes-tando pela alegada desorganizaçãoda lowcost, tentando embarcar parao avião sem autorização. Segundofontes da Câmara Municipal de San-to Tirso citadas pelo Correio da Ma-nhã, já depois de estar sentado noseu lugar, o presidente foi informadoque teria que abandonar a aeronave.

Ao Jornal de Notícias, fonte daautarquia negou que o presidentetenha embarcado sem autorização eque o impedimento de viajar terá sidouma retaliação por parte da compa-nhia aérea pela reclamação feita nocheck-in. Joaquim Couto acabou porser acompanhado para fora do aviãopela PSP sem qualquer tipo deconflitualidade.

O autarca de Santo Tirso viajariaem direção a Ponta Delgada nos Aço-res para participar no Encontro Naci-onal de Cidades Educadoras na pas-sada quinta-feira. |||||

Joaquim Coutoretiradode aviãoda RyanAir

Os participantes terão direitoa um kit de caminhada que in-clui uma t-shirt, uma garrafa deágua e uma maçã. As inscriçõespodem ser feitas na CAID, naofician TOP CAR, Ginásio MyWay, Loja Opticália e Café do Rio,parceiros desta iniciativa. |||||

boração do grupo coral do ARVAnos cânticos de Natal. Apela-sea todos os espectadores que le-vem uma vela que será utilizadana performance.

Esta iniciativa tem o apoio dajunta de freguesia de Vila dasAves e dos Bombeiros Voluntári-os da Vila das Aves. |||||

Em palco, dois atores, uma mu-lher e um homem, interpretam e re-presentam as palavras e ações escri-tas e descritas pelo autor, oferecen-do-lhes uma nova dimensão artísti-ca. O espetáculo tem encenação deJosé Leitão, com interpretações deDaniela Pêgo e Flávio Hamilton.

A apresentação de “A maior flore outras histórias segundo José” tementrada livre e é dirigida a maioresde 6 anos. |||||

DIA 1 DE DEZEMBRO, NA ROTUNDA DE S. MIGUEL

“RONDAS” PELO PATRIMÓNIO RELIGIOSONo próximo dia 26 de novembro, o programa “Rondas”, promovido pela Câmara de Santo Tirsoconvida a conhecer o património religioso. A iniciativa, com partida da Loja Interativa deTurismo pelas 09h00, integra a passagem pelas Capelas do Senhor do Padrão, Nossa Senhorade Valinhas e Nossa Senhora do Parto. A visita, realizada em autocarro, termina na Capelado Nosso Senhor dos Passos. Aberta ao público em geral, a iniciativa tem inscrição gratuita.

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de 11,6 milhões de euros. Em com-pensação, registou-se também umaumento de 3,55 milhões em “má-quinas, aparelhos, material elétrico”.

CONCLUSÃOO valor global é verdadeiro,a justificação é incorreta.

“Assistimos à criação de 500novas empresasnos últimos 3 anos”(TÍTULO DA PÁGINA CENTRAL DO JORNALDE SANTO THYRSO DE 14 OUT 2016)

Os números do INE indicam que fo-ram constituídas, no concelho deSanto Tirso, 563 “pessoas coletivasou entidades equiparadas” entre ou-tubro de 2013 e setembro de 2016,o que é um pouco mais que o indi-cado na citação. Porém, porque, talcomo na vida sempre a morte andaà espreita, o INE apresenta ao lado,os dados de dissolução de “pessoascoletivas ou entidades equiparadas”.E, no caso de Santo Tirso, para o mes-mo período elas são 433. Há por-tanto um saldo positivo de 130 em-presas, um número bastante signifi-cativo mas incapaz do impacto me-diático do número quinhentos.

CONCLUSÃOO número apresentado é verdadeiromas a análise da situação deve de serfeita pelo saldo, que é, ainda assim,positivo e significativo.

“ Em abril deste ano, osdados oficiais do IEFP indica-vam que havia menos 2141desempregados inscritos, oque, comparativamente com

EM ANALISE12 | ENTRE MARGENS | 17 NOVEMBRO 2016

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VILA DAS AVES (EM FRENTE AO MERCADO)

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A magia dosnúmeros: os milhõesda comunicaçãosão verdade, mentiraou assim-assim?||||| TEXTO: PPPPPAULAULAULAULAULOOOOO RRRRR. . . . . SILSILSILSILSILVVVVVAAAAA

AMÉRICOAMÉRICOAMÉRICOAMÉRICOAMÉRICO LUÍSLUÍSLUÍSLUÍSLUÍS FERNANDESFERNANDESFERNANDESFERNANDESFERNANDES

Com base na última ronda mediáticaem comemoração dos três anos demandato de Joaquim Couto, o EntreMargens apresenta um exercício deconfrontação com a realidade dos fac-tos para ajudar os leitores a interpre-tar a inundação comunicacional vindada Câmara Municipal de Santo Tirso.

Não é fácil proceder, de forma ri-gorosa e sistemática, à confrontaçãodas informações recebidas das fontesinstitucionais de que se servem os ór-gãos de comunicação para produzirnotícias com os factos a que se repor-tam. Como consequência resulta daíum sentimento de dependência quenão é saudável para a democracia. Ci-entes dessa dependência, os gabine-tes de comunicação altamente profis-sionalizados procuram sistematicamen-te estratégias de “marketing” político emque a magia dos milhões desempe-nha um papel importante pela formacomo se serve da pouca destreza paraos números (inumeracia, diz-se agora)

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“Só no ano passado, asempresas de Santo Tirsoexportaram cerca de 540milhões de euros. Estes sãovalores ancorados pelasmedidas de incentivo doINVEST – Gabinete deDinamização Económica,criado pela Câmara em 2015”(“INFORMAÇÃO MUNICIPAL, OUT. 2016)

O número indicado é muito próximodo valor que o Instituto Nacional deEstatística (INE) publicou: 535,5 mi-lhões. Tecnicamente, pode dizer-seque arredondando às unidades, são540 milhões. Os dados são de 2015.

A segunda parte da afirmação nãotem fundamento porque as exporta-ções de 2015 estão sobretudo anco-radas no crescimento das exportaçõesde um único setor industrial. De fac-to, analisando os dados do INE veri-fica-se que as exportações do conce-lho de Santo Tirso cresceram 24,5milhões de euros, quase 5%, entre2014 e 2015, sendo que o setor de“plásticos e suas obras” aumentou asexportações em 24,8 milhões deeuros. A maior parte desse crescimen-to, se não o total, deverá ser credita-da à “Casfil”, sediada em Vila das Aves,que é líder no fabrico de filmes plás-ticos para embalagem de alimentos.Esta empresa construiu em 2014 epôs em funcionamento, sem pompasinaugurativas, a sua segunda base deprodução, localizada em Santa Cristi-na do Couto, Santo Tirso para, de acor-do com notícia do Expresso (de junho2015) aumentar a sua faturação totalem 40%, “atingindo a cifra de 110 mi-lhões, 80% nos mercados externos”.

Como o aumento deste setor ésuperior ao aumento total das expor-tações, houve, setores industriais emperda. Só nos têxteis as perdas deexportações entre 2014 e 2015 são

de grande parte da população.Saber como os políticos gastam o

dinheiro de todos é um princípio pri-mordial da nossa democracia. Saberque contas fazem os políticos quandoanunciam a forma como gastam o di-nheiro não é menos importante. Estaanálise pretende mostrar que não noscontentamos com a publicação da in-formação que nos chega à redação deuma ou outra forma e que procuramos,apesar das dificuldades relacionadascom a falta de recursos humanos emateriais, validar tais informações.

Este dispositivo a que os norte-ame-ricanos chamaram fact-checking tem es-tado nas bocas do mundo devido aopapel que os média têm desempenha-do nas eleições da terra do tio Sam,mas ainda é raro vê-lo aplicado eficaz-mente na imprensa nacional, salvoraríssimas excepções. É um puro exer-cício de factualidade, comparação decitações, verificação de números e con-tas, para o bem ou para o mal, semjuízo ideológico. Hoje, deixámos aqui onosso contributo, para que todos pos-samos ver para lá do que está à vista. ||||| FA

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por defeito. A descida do númerode desempregados no período de 4anos foi de facto maior do que oanunciado (40% em vez de 32%).Podemos afirmar mais: o concelho deSanto Tirso melhorou, passando daposição 80 para a posição 55 naordem dos 85 municípios da regiãoem termos do indicador local dedesemprego (ILDR) e para compara-ção com os concelhos vizinhos re-giste-se Famalicão passou de 55º a23º e a Trofa de 79º a 53º.

CONCLUSÃOA descida do número de desempregadosinscritos foi ainda maior que oanunciado.

“Por via da diminuição deimpostos como o IMI, o IRS ea Derrama, a Câmara Munici-pal de Santo Tirso já abdicoude oito milhões de receitas”(ENTRE MARGENS, 20 NOVEMBRO 2016,PÁGINA 4 DO SUPLEMENTO

O Imposto Municipal sobre Imóveis(IMI) é cobrado pelo Estado masconstitui uma receita própria do mu-nicípio e tem sido notícia, nos anosmais recentes, por motivos relaciona-dos com a reavaliação dos prédios aqual, de modo geral, deu origem aaumento do imposto pago, tendohavido mesmo necessidade de esta-belecer uma “lei-travão” para limitaro montante do aumento do impostoa pagar após reavaliação, em épocade crise. As autarquias têm a possibi-lidade de definir as taxas a aplicarpara calcular o imposto, fixando-asentre um mínimo de 0,3% e um má-ximo de 0,5% (este será 0,45% a par-tir de 2017). Santo Tirso tem defini-dos, atualmente, 0,375%, o que é umvalor 25% abaixo do máximo permi-tido. Esta taxa foi definida pelo atual

ENTRE MARGENS | 17 NOVEMBRO 2016 | 13

Cristiano Machado - Comércio de Tintas, Lda.Av. Comendador Silva Araújo, nº 3594795-003 Vila das AvesTel/Fax: 252 941 105TLM: 919 696 844Email: [email protected] www.cinaves.com

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2012, significa uma acentuadadescida de 32% “ e “Noterceiro trimestre de 2015 ataxa de desemprego concelhiacaiu 20% em comparaçãocom o mesmo período de2014”(ENTRE MARGENS, 20 NOVEMBRO 2016,PÁGINA 4 DO SUPLEMENTO

À falta de números oficiais da “taxade desemprego” por concelho (queo INE não faculta), a Comissão de Co-ordenação da Região Norte (CCDRN)elabora e tem vindo a publicar umindicador local de desemprego re-gistado (ILDR). Este indicador resultada conjugação do número de inscri-tos nos Centros de Emprego (sendoconhecidos os valores por concelho,mês a mês) com a população médiacom idades entre 15 e 64 anos. Oraentre 2012 e 2016 o número dedesempregados inscritos caiu mais de40% (ver gráfico), de forma persisten-te apesar de algumas oscilações sa-zonais e o ILDR atrás referido caiu de12,2% em 2014 para 10,3% em 2015(3º trimestre), cerca de 16%.

As informações publicadas, sen-do globalmente verdadeiras, pecam

executivo em novembro de 2013,para vigorar a partir de 2014, só fa-zendo portanto sentido analisar osnúmeros apresentados a partir daí.

A receita em IMI da Câmara deSanto Tirso foi de 6,6 milhões de eurosem 2014 e 6,9 milhões em 2015,pelo que a quebra de receitas resul-tante da definição de uma taxa inferi-or ao valor definido em vez dos 0,5%,foi de 2,2 milhões em 2014 e de2,3 milhões em 2015. Temos assimum total de 4,5 milhões. O ano cor-rente está por apurar, como é óbvio.

Para a Derrama e para o IRS socor-remo-nos de uma declaração políti-ca do Partido Socialista em reuniãode Câmara: “com a decisão de baixara taxa do IRS sobre a participação doMunicípio naquele imposto, o PS estáa abdicar de cerca de 300 mil eurosde receita em três anos” (reunião de18 de fevereiro de 2016). Quanto àderrama, e de acordo com a mesmadeclaração, “o Município deixa decobrar às empresas do concelho cer-ca de 200 mil euros/ ano”.

Tudo somado, ficamos pelos 5,4milhões. Dizer que já está incluido oano corrente vinha compor o discur-so, aproximando o somatório do va-lor anunciado.

Há, porém, outra perspetiva a con-siderar: podia ter sido adotada umataxa mais baixa (como Famalicão, com0,35% ou Paços de Ferreira com0,30% ), tanto mais que as receitasdo IMI no concelho cresceram 18%entre 2013 e 2014 e 14% entre 2014e 2015, um acréscimo de 2,37 mi-lhões em 2 anos.

CONCLUSÃOÉ verdade que a autarquia abdicou devários milhões de euros que com toda alegalidade podia ter cobrado, mas omontante indicado parece exagerado:à data da publicação, o montanteadequado será da ordem dos 5,4milhões. Contudo, não esquecer, que areceita total do IMI aumentou mais de2,37 milhões.

“Nós gastamos por ano doismilhões e meio de euros napromoção do desporto”(Jornal do Ave, edição 59 de24 de Outubro 2016, pág.14) e “Desde o início domandato a Câmara Munici-pal de Santo Tirso já investiumais de quatro milhões deeuros em infraestruturas eapoios a entidadesdesportivas”(INFORMAÇÃO MUNICIPAL, OUT. 2016)

Claramente existe aqui uma grandediscrepância de números, não só noseu valor total como no universo quequerem abranger. Na primeira afirma-ção podemos verificar que os dois mi-lhões e meio de euros anuais divulga-dos chocam frontalmene com a cita-ção seguinte que se refere a valorestotais de todas as atividades ligadas aodesporto, investimento em infraestru-turas, contratos-programa com associ-ações desportivas de todo o concelhoe promoção de outras iniciativas. Qualdelas então estará mais próxima daverdade? Claramente a segunda.

Uma pesquisa pelas atas das reu-niões executivas dos últimos três anos,confirmada pela própria Câmara Mu-nicipal, revela que o valor total distri-buído em contratos-programa é de1.8 milhões de euros às atividadesdesportivas do concelho. Se a istojuntarmos os investimentos em infra-estruturas e as mais variadas iniciati-vas desportivas apoiadas pela autar-quia chegaremos aos 4 milhões deeuros referidos na afirmação.

CONCLUSÃOA primeira afirmação é falsa, nãosendo sequer compatível com asegunda que vai de encontro aosdados reais confirmados pela própriacâmara municipal.

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DESEMPREGO EM SANTO TIRSO 2012 - 2016

ENTRE 2012 E 2016 ONÚMERO DE DESEM-PREGADOS INSCRITOSCAIU MAIS DE 40%(VER GRÁFICO), DEFORMA PERSISTENTEAPESAR DE ALGUMASOSCILAÇÕES SAZONAIS

Saber como os políticos gastam o dinheiro de todos éum princípio primordial da nossa democracia. Saberque contas fazem os políticos quando anunciam aforma como gastam o dinheiro não é menos importante.

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14 | ENTRE MARGENS | 17 NOVEMBRO 2016

VILA DAS AVES E NEGRELOS | FÁBRICA DO RIO VIZELA

||||| TEXTO: AMÉRICOAMÉRICOAMÉRICOAMÉRICOAMÉRICO LUÍSLUÍSLUÍSLUÍSLUÍS FERNANDESFERNANDESFERNANDESFERNANDESFERNANDES

Na edição anterior do Entre Margensargumentamos a favor do reconheci-mento da importância da Central deCaniços no conjunto patrimonial in-

DEVEMOS COMEÇAR A EXIGIR RESPONSABILIDADESA QUEM, NAS AUTARQUIAS OU NAS ORGANIZAÇÕESLIGADAS ÀS QUESTÕES DO PATRIMÓNIO, TEMOBRIGAÇÕES, PARA QUE COMECE A VERCOM OUTROS OLHOS O PATRIMÓNIO EXISTENTE

Arqueologia industrialno Vale do Ave: aimportância daFábrica do Rio Vizela

dustrial do Vale do Ave por se tratarde um conjunto (edifício, barragem,equipamento) que se apresenta hojetal como foi projetado há mais de110 anos e que ainda há bem pou-cos anos estava em pleno funciona-mento. O escrito surgiu a propósitoda visita de delegação da ERIH (Euro-pean Route of Industrial Heritage) àFabrica do Rio Vizela e à Fábrica deSanto Tirso e a intenção foi alertar opúblico e as autoridades competen-tes para um caso particular que pare-ce particularmente esquecido.

Francisca Machado Guimarães, agestora da Rio Vizela, teve a amabili-dade de nos dar a conhecer algunsmotivos concretos da referida visitada delegação da ERIH, em abono dasua importância, acabando por con-vencer-nos da necessidade de nosmanifestarmos, de forma insistente esistemática, pela preservação daquiloque possa ser integrado numa rotado Património Industrial.

Segundo Francisca Machado Gui-marães a evolução da Fabrica deNegrelos, desde os primeiros tempos,fez-se sempre sem destruir o passa-do: foi-se fazendo novo ao lado doantigo e só o grande incêndio de1911 terá tido como consequênciaalterações importantes do perfil es-trutural da fábrica antiga. E, à exceção

do que foi demolido por razões desegurança, o resto está lá, nomeada-mente o núcleo da margem esquerdado Vizela e, em parte, ainda ao servi-ço. O edifício que foi mostrado aosvisitantes internacionais é magnífico,ao nível do que de melhor é mostra-do no sítio da ERIH. Sim, ao mesmonível de importância, mas falta-lhetudo: falta-lhe a recuperação e revitali-zação para uma apresentação ade-quada num Roteiro do Património.

Francisca Machado Guimarãesvem demonstrando uma paixão pelopatrimónio arquitetónico, técnico, ar-tístico e documental da fábrica fun-dada em 1845 que o facto de serneta de Narciso Machado Guima-rães não explica, pois a sua famíliasó está ligada à fábrica desde 1973.A sua paixão abraça toda a evolu-ção relacionada com a riqueza gera-da na fábrica e que deu origem aSerralves e outras iniciativas dos Con-des de Vizela.

Mas nem uma circunstância nema outra permitem, como é óbvio, es-perar milagres da entusiasmada ges-tora. Podemos dar graças por ser al-guém que vibra com as questões dopatrimónio industrial mas devemoscomeçar a exigir responsabilidades aquem, nas autarquias, no estado ounas organizações ligadas às questõesdo património, tem obrigações, paraque comece a ver com outros olhosestas situações.

Parece significativo de manifestafalta de critérios que a página dainternet da ADRAVE (Agência parao Desenvolvimento Regional do Valedo Ave) tenha numa entrada, sob otema “Património Industrial do Valedo Ave”, uma página sobre a RioVizela ilustrada com uma foto da Fá-brica de Santo Thyrso. E que, em ter-mos de museu têxtil esta entidadetenha apenas, ao que parece, umaespécie de armazém de maquinaria.

Já a Câmara de Santo Tirso nãopoderá usar os projetos para a anti-ga Fábrica do Teles como argumentopara um alheamento: a Rio Vizela tempotencialidades numa perspetiva degestão do património da arqueolo-gia industrial que não colidem como que tem vindo a ser definido paraa Fábrica do Teles, sendo aliás maisantiga, mais significativa e tendo mes-mo servido de incubadora à mesma.

O valor da Rio Vizela para a ar-queologia industrial do Vale do Ave,da região e do país é inestimável e épreciso que isso seja assumido deforma concreta por todas as entida-des com responsabilidades no assun-to. E que, como cidadãos, o assuma-mos também de forma empenhada. |||||

O valor da Rio Vizela para a arqueologiaindustrial do Vale do Ave, da regiãoe do país é inestimável e é preciso queisso seja assumido de forma concreta.

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ENTRE MARGENS | 17 NOVEMBRO 2016 | 15

Natural de S. Tomé de Negrelos, HugoManuel Fernando Rajão, 25 anos, élicenciado em Filosofia e mestre emFilosofia Contemporânea, ambos pelaFaculdade de Letras da Universidadedo Porto, instituição na qual foi dirigen-te associativo ao longo de três man-datos. Dentro deste campo discipli-nar, dedica uma atenção especial àFilosofia Política, tendo desenvolvidonesse âmbito a sua dissertação: “Co-mo avaliar a qualidade de vida numcontexto social e político? Bens Soci-ais Primários, Recursos ou Capabilities.”É, desde esta edição, colaborador doJornal Entre Margens (ver página 8)

Do que sente falta no concelho deSanto Tirso?Sinto falta de uma oferta cultural subs-tancial e diversificada.

Do que gostava de ver no Centro Cul-tural de Vila das Aves?Cinema, teatro, mais concertos, coló-quios, conferências, debates e umconjunto de workshops e oficinasartísticas.

Qual das prometidas obras camará-rias sente mais falta?O cineteatro claramente. É inconce-bível que cidade não tenha uma salade espetáculos.

Qual o seu palpite para o início dasobras do cineteatro de Santo Tirso?Sinceramente já perdi a esperança.

Eu gostava de ser presidente da Câ-mra por um dia para...

“Faria um abaixo-assinado paratrazer osRadiohead àsfestas de S. Bento”

Num dia não dá para fazer pratica-mente nada. Tentaria, porventura, de-linear um conjunto de prioridades.

A Casa de Chá, no Parque D. Ma-ria II dá-lhe vontade de tomarum Xanax ou um Dom Péri-gnon?Uma Superbock.

Complete a frase: Eu ainda soudo tempo em que…O café custava 80 escudos.

Eu faria um abaixo-assinadopara…Trazer os Radiohead às festas deS. Bento.

Onde se comem os melhores jesuí-tas?Confeitaria Moura, sem margem paradúvidas.

Eu pagava para…Assistir a uma reunião entre Merkele Hollande.

Em que década vai o PSD conquistara Câmara Municipal de Santo Tirso?Acho muito difícil, mas a democraciacausa-nos surpresas.

Com quem nunca iria à bola (ou àmissa)?Com o senhor Schäuble.

Com quem gostava de se coligar?Talvez com o Pacheco Pereira.

Sabe o nome da diretora do CentroCultural de Vila das Aves?Dra. Maria do Céu, mas não tenho acerteza.

Quantas vezes já esteve em Rabada?Imensas vezes.

Depois do Parque da Rabada, do ri-beiro do Matadouro e do AmieiroGalego, que outro nome lhe ocorrepara outro parque no concelho?Parque dos Jesuítas.

Gostava que o Couto fosse interrom-pido?A Ryanair já o fez.

A quem dava um pau de selfie?Ao senhor Presidente da República.

Santo Tirso tem pedalada para tan-ta festa?Se as restantes áreas não forem des-curadas, as atividades recreativas sãopositivas.

A quem oferecia uma medalha demérito?Ao tipo que inventou a prática hono-rífica de oferecer medalhas. |||||

INQUÉRITO A HUGO RAJÃO, MESTRE EMFILOSOFIA CONTEMPORÂNEA

“Gostava que oCouto fosseinterrompido?A Ryanair já o fez.HUGO RAJÃO

´́́́́INQUERITO

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16 | ENTRE MARGENS | 17 NOVEMBRO 2016

DESPORTO

www.ortoneves.pt

||||| TEXTO: CACACACACATTTTTARINAARINAARINAARINAARINA GONÇALGONÇALGONÇALGONÇALGONÇALVESVESVESVESVES

FOTOS: VVVVVASCOASCOASCOASCOASCO OLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRA

No jogo mais recente, realizado nosábado, dia 5, antes da paragem docampeonato (para jogos da seleçãoe taça), os avenses orientados porIvo Vieira venceram, desta vez em casa,a equipa de Coimbra, Académica, por2-0. Como que para provar a todosque é hora de voar, a águia do em-blema do clube assumiu, pela primeiravez, ao que consta, uma demonstra-ção da sua capacidade de voo e dasua envergadura: uma águia autênti-ca a voar esteve no Estádio do Clu-be Desportivo das Aves.

Apesar de a Académica ter entra-do melhor, com duas ocasiões degolo na primeira parte, o 2º tempofoi de total domínio dos homens doAves, que marcaram por intermédiode Mendy (73’) e Hackman (90+1).

Com esta vitória o Desportivo dasAves isolou-se no segundo lugarcom 29 pontos. Os próximos jogossão de extrema importância para aformação avense no que diz respeitoà sua caminhada ate à 1ª liga.

O Desportivo das Aves joga dia

Aves B deixaescapar a vitória

2ª LIGA DE FUTEBOL - CDAVES, FUTEBOL SAD

Aves firme e fortena luta pelosprimeiros lugaresDEPOIS DE VENCER NOS AÇORES O SANTA CLARA POR 2-0,O CLUBE DE VILA DAS AVES CONTINUA A SUA CAMINHADAFIRME E FORTE, SEM DERROTAS NOS ÚLTIMOS CINCOJOGOS, COM O OBJETIVO DE CHEGAR À 1ª LIGA NO FIM DOCAMPEONATO.

17 - FAFE 15

18 - AC VISEU 15

19 - GUIMARÃES B 14

20 - LEIXÕES 11

21 - FREAMUNDE 10

22 - OLHANENSE 08

FUTEBOL // DISTRITAIS

09 - VIZELA 20

10 - FC PORTO B 19

11 - UNIÃO DA MADEIRA 18

12 - GIL VICENTE 17

13 - BRAGA B 17

15 - FAMALICÃO 16

14 - VARZIM 16

1516 - SPORTING COVILHÃ

FUTEBOL // DISTRITAIS

CLASSIFICAÇÃO II LIGA P01 - PORTIMONENSE 36

02 - CD AVES 29

03 - COVA DA PIEDADE 28

04 - SANTA CLARA 27

05 - BENFICA B 25

07 - PENAFIEL 22

06 - ACADÉMICA 23

2108 - SPORTING B

23 de novembro, na Serra da Estre-la, com o Covilhã e no dia 27 denovembro com o primeiro classifica-do, o Portimonense. Este jogo terátransmissão na Sport TV às 11h15.

FUTEBOL | DIVISÃO DEELITE PRO NACIONAL

Depois de ter vencido fora de casa oGondomar, com dois golos sem res-posta de Rodrigues (66’ e 75’), o Avesescorrega em casa com o Rebordosae empata a uma bola.

Num jogo entre adversários de am-bições idênticas com vista à disputados lugares cimeiros, adivinhava-seum jogo aguerrido e de muita inten-sidade. Ambas as equipas protagoni-zaram um bom futebol mas o Avessoube aproveitar o facto de estar ajogar em casa dominando por com-pleto a 1ª parte, com um golo deÓscar aos 37’. Na 2ª parte, os visi-tantes entraram determinados emanular a desvantagem mas valeu aexibição da defesa avense que nãose deixou transpor.

Poderia ter sido uma tarde des-portiva de nível e de futebol espe-táculo mas, nem tudo correu bem de-vido ao “mau comportamento” dealguns adeptos junto à grade de se-paração do campo. Após este reboli-ço, gerou-se uma grande confusãodentro e fora de campo, com a ne-cessidade de intervenção das forçasde segurança. A equipa de Rebor-dosa aproveitou a confusão e ten-são imposta no jogo por estes inci-dentes e marcou o golo do empateque aca-ba por parecer injusto.

TIRSENSEO Tirsense de Andrés Madrid, quefez o pleno dos pontos possíveis nasoito primeiras jornadas, perdeu osprimeiros pontos em casa no empatecom o Lixa e, na última jornada, no-vamente em casa, deixou-se surpre-ender pelo Paredes (0 -3). O Tirsensecontinua isolado na liderança com28 pontos, perseguido agora porRebordosa e Aves B com 24. |||||

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ENTRE MARGENS | 17 NOVEMBRO 2016 | 17

VOLEIBOL CDAVES

As equipas de Voleibol Femininodo Desportivo das Aves contampor vitórias os jogos oficiais efetua-dos até ao momento. No fim desemana de 5 e 6 de novembrorealizaram-se jogos oficiais, tantopara as juniores como para as se-niores. Em jogo a contar para oCampeonato Inter-regional deJuniores – 1ª fase – série C da As-sociação de Voleibol do Porto, aequipa júnior deslocou-se ao Pa-vilhão Municipal de Amarante on-de venceu a AD Amarante pelamargem máxima; já a equipa sé-nior, nessa jornada recebeu e ven-ceu o CV Vila Real também por 3-0. O caminho da vitória conti-nuou no fim de semana de 12 e13 de Novembro, com mais doisjogos oficiais. A equipa júnior fe-minina deslocou-se à Povoa e ven-ceu os locais por 1-3. Com esta vitó-ria assume o 1ºlugar da sua série.Quanto à equipa sénior jogou noPavilhão do Politécnico do Portocom o CD IPP e venceu por 2-3,numa partida a contar para o Cam-peonato Inter-regional de Senio-res 3ª divisão – 1ª fase – série Ada AVP, que lidera isolada.

O apoio dos adeptos, nomea-damente da Força Avense, tem si-do constante e constitui uma ino-vação na modalidade que vem aju-dando a afirmação do clube nopanorama atual do voleibol naci-onal. ||||| CACACACACATTTTTARINAARINAARINAARINAARINA GONÇALGONÇALGONÇALGONÇALGONÇALVESVESVESVESVES

O VOLEIBOL DODESPORTIVO DAS AVESCONTINUA A SUAFABULOSA CAMPANHA.

Excelentecampanhano feminino

FUTSAL | AVES EMPATA COM GUALTARNo último fim de semana, o futsal do Aves empatou a três bolas com o Gualtar (Braga).Com este empate, continua a não conhecer, o sabor da derrota quando já estáapenas a uma jornada da viragem do campeonato. O Aves continua focado nacorrida por um lugar na fase final de acesso à primeira divisão nacional de futsal.

|||||| TEXTO: JOSÉJOSÉJOSÉJOSÉJOSÉ MIGUELMIGUELMIGUELMIGUELMIGUEL FERNANDESFERNANDESFERNANDESFERNANDESFERNANDES

Realizou-se no passado dia 12 de novem-bro, na Quinta de Vila Verde, em Bairro,o Jantar de Gala comemorativo do 86.ºaniversário do Clube Desportivo das Aves.O calendário do ano civil permitiu, destavez, que a data de realização do evento– tradicionalmente o mais concorrido doprograma de comemorações – coincidis-se com a data exacta de aniversário do

VILA DAS AVES | C D AVES

Jantar de galaem dia deaniversárioO EVENTO MAIS MEDIÁTICO DA AGENDA DECOMEMORAÇÕES DO 86.º ANIVERSÁRIO DO CLUBEDESPORTIVO DAS AVES JUNTOU CERCA DE 200 PESSOASNA QUINTA DE VILA VERDE.

Na edição anterior do Entre Mar-gens foi noticiado que a Assem-bleia Geral do Clube Desportivodas Aves tomou conhecimento deque o Clube não tinha recebido,em 2015, qualquer verba de apoioda parte da Câmara Municipal deSanto Tirso.

O Entre Margens procurouobter da Câmara um esclarecimen-to sobre a não celebração de con-trato-programa, em 2015, com oAves tendo obtido o seguinte es-clarecimento:

“Estes contratos programas sãocelebrados entre as partes, deacordo com uma negociação pré-via, entre a câmara e as institui-ções desportivas, tendo em contaas necessidades nas áreas da for-mação, promoção de iniciativas, cri-ação ou requalificação de equi-pamentos desportivos. Com basesnestes pressupostos, é decidido omontante que a Câmara Munici-pal atribui em valor monetário. Em2015, o Clube Desportivo das Avesapenas apresentou a documenta-ção necessária para a realizaçãodo contrato programa em finaisde novembro desse ano, pelo quenão era possível em tempo útilcabimentar a verba, uma vez queo respetivo contrato programa ter-minaria a 31 de dezembro.” A Câmara esclareceu ainda que“a relação institucional entre aCâmara e a direção do Clube éboa, e tem havido um total enten-dimento entres as duas partes.”

Clube, fundado a 12 de Novembro de1930. Em linha com a afluência regista-da nos últimos anos, estiveram presen-tes neste evento cerca de 200 pessoasentre dirigentes, atletas, elementos dasequipas técnicas, sócios, simpatizantes econvidados de honra.

Em ambiente festivo, contagiado pe-los assinaláveis resultados desportivosalcançados neste princípio de tempora-da pela grande maioria das equipas querepresentam o emblema avense, nas di-versas modalidades, o Clube prestou ho-menagem a Joaquim Pereira (ex-Presiden-te) e Lelo (antigo roupeiro) pelos anosde dedicação e serviço à casa.

Nos tradicionais discursos dos convi-dados – entre eles, Hermínio Loureiro,vice-Presidente da Federação Portuguesade Futebol – destaque para a unanimi-dade nos elogios ao Clube, em particu-lar à estratégia de investimento em infra-estruturas que a instituição e a SAD têmvindo a implementar. E, naturalmente, vo-tos de muito sucesso desportivo para oque resta da presente temporada.

O evento terminou já pela noite den-tro mas apenas após ser entoado emuníssono, conforme manda a tradição, oHino do Clube Desportivo das Aves: “(…)Saudemos pois a nossa bandeira / Em toda aparte sempre a primeira!”. |||||

AVES | SUBSÍDIOS

Atraso naapresentação dedocumentaçãoexplica falta deapoio ao clube

O EX-PRESIDENTE DOCLUBE, JOAQUIMPEREIRA FOI UM DOSHOMENAGEADOSDA NOITE, PELOSANOS DE DEDICAÇÃOE SERVIÇO À CASA.

Nos termos do artigo 16º dos Estatutos da Associação-ARVA, convoco os associados para aAssembleia-Geral Extraordinária, a realizar no dia 26 de novembro de 2016 no Salão Nobre daJunta de Freguesia de Vila das Aves pelas 14:30 horas, com a seguinte Ordem de Trabalhos:

1º Ponto: Apresentação para apreciação, discussão e votação da proposta de atualização dasquotas anuais de 6€ para 10€;

2º Ponto: Apresentação do Plano de Atividades para o ano de 2017 nos termos do artigo 15ºalínea c) dos Estatutos;

Os sócios devem fazer-se acompanhar do seu Cartão do Cidadão ou Bilhete de Identidade válidoe do Cartão de Sócio com as quota s de 2016 em dia.

Vila das Aves, 07 de novembro de 2016A Presidente da Assembleia-Geral, Elisabete Conceição da Silva Guimarães Neiva

ASSOCIAÇÃO DEREFORMADOS DE

VILA DAS AVES - ARVA

CONVOCATÓRIA

Assembleia-GeralExtraordinária

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A empresa FTB recruta engenheiro civil(m/f), para área técnico-comercial.

FUNÇÕES PRINCIPAIS A DESEMPENHAR:- Divulgação dos produtos da empresa, junto degabinetes de arquitetura e engenharia (mercadonacional).

Outras funções, juntamente com a restanteequipa técnica:- Execução de desenhos de pormenor;- Acompanhamento de ensaios laboratoriais, noâmbito da marcação CE;- Gestão de obras.

PERFIL DO CANDIDATO/A:- Engenheiro civil (c/ ou s/ experiência);- Conhecimentos de estruturas, térmica, acústicae segurança contra incêndio;- Conhecimentos em programas de desenho(Autocad, Inventor, etc);- Conhecimentos de orçamentação, gestão deobras e sistemas construtivos,- Capacidade de trabalho em equipa;- Capacidade de organização;- Disponibilidade imediata.(Formação e/ou experiência nestas áreas serãovalorizados)

INFORMAÇÕES:- A empresa FTB localiza-se em Vila das Aves,Santo Tirso.- Preferencialmente pretende-se um candidatocom residência num raio de 15 km da empresa.- Para formalizar a sua candidatura, deverá enviaro seu CV, em mensagem privada ou e-mail para:[email protected]

CONTATOS:Tel. +351 967 014 660 | Site: http://www.ftb.pt/

VILA DELORDELO

Isaura Mendes Martins Oliveira

A família participa o falecimento da sua ente queri-da, natural de Lordelo, com 81 anos de idade, faleci-da no Hospital de Guimarães. O funeral realizou-seno dia 10 de Outubro, na Capela Mortuária da Vila deLordelo, para a Igreja Paroquial, indo de seguida asepultar no Cemitério da Vila de Lordelo. Sua famí-lia, renovam os sinceros agradecimentos pela parti-cipação no funeral e missa de 7º. Dia.

Funeral a cargo de: Funeral a cargo de: Funeral a cargo de: Funeral a cargo de: Funeral a cargo de: Agência Funerária de Abílio Godinho

AGRADECIMENTO

VILA DAS AVES

Emília Ferreira da Silva Lemos

A família participa o falecimento da sua ente queri-da, natural de Vila das Aves, com 51 anos de idade,falecida na Alemanha. O funeral realizou-se no dia14 de Outubro, na Capela Mortuária de Vila das Aves,para a Igreja Matriz, indo de seguida a sepultar noCemitério de Vila das Aves. Sua família, renova ossinceros agradecimentos pela participação no fune-ral e missa de 7º. Dia.

Funeral a cargo de: Agência Funerária de Abílio Godinho

AGRADECIMENTOS. TOMÉ DENEGRELOS

Isabel Deveza Ferreira(Viúva do Sr. Armindo Oliveira)

A família participa o falecimento da sua ente queri-da, natural de Rebordões, com 85 anos de idade,falecida no Hospital de V. N. de Famalicão no dia 22de Outubro de 2016. O funeral realizou-se no dia 23de Outubro, na Casa Mortuária da Vila de S. Tomé deNegrelos, para a Igreja Paroquial, indo de seguida asepultar no Cemitério da Vila de S. Tomé de Negrelos.Sua família, renova os sinceros agradecimentos pelaparticipação no funeral e missa de 7º. Dia.

Funeral a cargo de: Agência Funerária de Abílio Godinho

AGRADECIMENTO

VILA DAS AVES

Maria da Conceição PereiraRibeiro da Costa

A família participa o falecimento da sua ente querida,natural de Guardizela - Guimarães, com 65 anos deidade, falecida na sua residência no dia 30 de Outu-bro de 2016. O funeral realizou-se no dia 31 de Outu-bro, na Capela Mortuária de Vila das Aves, para aIgreja Matriz, indo de seguida a sepultar no Cemitériode Vila das Aves. Sua família, renova os sincerosagradecimentos pela participação no funeral e missade 7º. Dia.

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AGRADECIMENTO

VILA DELORDELO

Maria Emília Coelho Dias(Irmã do Sr. Padre Geraldo)

A família participa o falecimento da sua ente querida,natural de Lordelo, com 77 anos de idade, falecida noLar de S. José em Fafe no dia 22 de Outubro de 2016.O funeral realizou-se no dia 23 de Outubro, na CapelaMortuária da Vila de Lordelo, para a Igreja Paroquial,indo de seguida a sepultar no Cemitério da Vila deLordelo. Sua família, renova os sinceros agradeci-mentos pela participação no funeral e missa de 7º.Dia.

Funeral a cargo de: Funeral a cargo de: Funeral a cargo de: Funeral a cargo de: Funeral a cargo de: Agência Funerária de Abílio Godinho

AGRADECIMENTO

VILA DAS AVES

Narcisa Coelho de Magalhães da Cunha

A família participa o falecimento da sua ente querida,natural de Vila das Aves, com 83 anos de idade, fale-cida no Hospital de Famalicão. O funeral realizou-seno dia 11 de Outubro, na Capela Mortuária de Vila dasAves, para a Igreja Matriz, indo de seguida a sepultarno Cemitério de Vila das Aves. Sua família, renova ossinceros agradecimentos pela participação no fune-ral e missa de 7º. Dia.

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AGRADECIMENTOPRECISA-SE

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ENTRE MARGENS | 17 NOVEMBRO 2016 | 19

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Grupo de Jovens os Leões das Avesé um pequeno grupo de dez pesso-as que reuniu as condições para fa-zer parte do Núcleo do Sporting emVila das Aves, criado no dia 16 deSetembro de 1994. Grupo que usa

O renascimentodo primeiroGrupo de Jovensdos Leões das Aves

o nome de uma freguesia que todostemos que honrar, o nome da fre-guesia onde nascemos e criamos erenascemos, onde temos os nossosamigos e os pais com quem partilha-mos nas nossas vidas. Este núcleo édas pessoas, faz parte das suas vidas,dá tudo para estar tudo bem e seorgulhem das coisas que fazemos.Estamos aqui Núcleo do Sporting deVila das Aves por gosto, porque nosdá outra vida e queremos estar bemna comunidade avense.

Tem que se saber que este núcleoé uma casa onde partilhamos as nos-sas vidas, que nos traz força eentusiamo. Esta nova vida é uma re-construção de um grupo em home-nagem aos dez fundadores que es-forçaram e dedicaram o seu traba-lho, ultrapassando todas dificuldadesque apareceram para segurar estacasa. Por isso toda juventude que fre-quenta casa tem homenagear esseshomens heróis.

Queremos dar os parabéns a todagente e à atual direção que esta fazertudo bem no trabalho que está a de-senvolver, em especial a uma pessoa,que é o presidente deste núcleo. Eleé uma pessoa humildade, honesta eserena e devia ficar até ao fim. Mas omais importante é a atitude dele, afirmeza, porque temos que ser ho-mens com pulso firme. Queremosconvidar toda juventude a juntar-seao grupo de jovens os leões das avese dizer que temos uma voz ativa nacomunidade avense. |||||

Texto de André Mesquita

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ASSOCIAÇÃO HUMANITÁRIABOMBEIROS DE VILA DAS AVES

ASSEMBLEIA-GERALPara dar conhecimento ao estipulado nos Estatutos, arti-go 47º (alínea b, nº2), convoco os Senhores Associados areunirem-se em Assembleia-Geral Ordinária, no próximodia 2 de Dezembro de 2016, pelas 21h, no auditório daAssociação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Viladas Aves, com a seguinte:

ORDEM DE TRABALHOS

1 - Apresentação e votação do Plano de Atividades e Orça-mento para o Ano 2017;

2 - Meia hora para tratar de assuntos de interesse da Associ-ação.

Assembleia-Geral não pode deliberar em primeira Con-vocação, sem a presença de, pelo menos, metade dos As-sociados, podendo deliberar 30 minutos depois da horainicial, com qualquer número de presenças, desde quenão seja inferior a três Associados Efetivos (artigo 49º,alínea 1).

Vila das Aves, 14 de novembro de 2016O Presidente da Assembleia-Geral,António Adalberto Alves Carneiro (Dr.)

RORIZ | UNIÃO DESPORTIVA REÚNE NO DIA 25A União Desportiva e Social de Roriz reúne no dia 25 de novembro em AssembleiaGeral Ordinária, pelas 18 horas, na sede da instituição, sita na rua José Rodriguesde Castro, 170, em Roriz. Da ordem de trabalhos faz parte a apreciação e votação doOrçamento e Programa de Ação para 2017, bem como a apreciação e votação doRegulamento dos Atletas para a época 201672017.

Page 20: CD AVES FIRME NA LUTA PELOS PRIMEIROS LUGARES entre · A temperatura sobe com uma fusão ... Max. 17º / min. 07 ... e Gonçalo Rebelo na guitarra, no sintetizador e na voz

20 | ENTRE MARGENS | 17 NOVEMBRO 2016

A FECHARPróxima edição

do Entre Margensnas bancas a

01 de dezembro

A Associação Portuguesa de Gestãodo Desporto (Apogesd) revelou queSanto Tirso será um dos primeirosconcelhos do país a receber esta dis-tinção pelas preocupações e práticasdo desporto solidários, instalações eeventos desportivos do concelho.

Para Joaquim Couto, presidente daCâmara de Santo Tirso, “É um orgu-lho ser um dos primeiros municípiosa nível nacional a receber este galar-dão”, recordando ainda a dinâmicaque a autarquia tem criado nesta ver-tente e do papel proeminente dosequipamentos desportivos de exce-lência como o Pavilhão Municipal ou

Santo Tirsodeclarado“Município Amigodo Desporto”

o Parque Desportivo da Rabada.A autarquia tem apostado na pro-

gramação de iniciativas desportivastransversais a todas as faixas etárias,desde o corta-mato concelhio interes-colar, às manhãs desportivas nas fé-rias letivas e incluindo todo um le-que de atividades de desporto sénior.

Segundo o autarca, “tem havido apreocupação em criar programas queincentivem a prática de exercício físi-co, enquanto sinónimo de hábitos devida saudável”, para todas as idades,sem deixar ninguém de fora.

Todavia, o concelho não vive sóde iniciativas de âmbito local, Santo

Tirso encontra-se hoje na rota deeventos de nível nacional e interna-cional. Exemplos disto são o campe-onato do mundo de Trial, o TorneioInternacional de Karaté, o Santo TirsoUltra Trail e o Rali de Santo Tirso.Sendo que, a nível local, têm sidomuito importantes as relações comassociações e clubes no terreno atra-vés de parcerias e contratos-progra-ma que percorrem todo o concelho.

No sentido de proporcionar me-lhores condições aos atletas de alto-rendimento, o município está em pro-cesso de criar um regulamento parao patrocínio desportivo a atletas de

alto rendimento, de modo a apoiaros desportistas com um distinto graude excelência, reconhecendo o seupapel enquanto veículos de promo-ção do desporto e de elevado inte-resse municipal.

Nas palavras do presidente, “odesporto assume hoje em dia umpapel fundamental na sociedade ci-vil sendo um forte veículo de trans-missão de valores e princípios e con-tribuindo para a educação e forma-ção geral das crianças e jovens.”

O reconhecimento “MunicípioAmigo do Desporto” será oficializa-do no dia 17 de novembro, emcerimónia da associação portuguesade gestão do desporto. O objetivodeste prémio é reconhecer o valordesportivo, ambiental e solidário deorganizações, instalações, eventos eprogramas desportivos implemen-tados nos municípios portugueses. |||||

O reconhecimento“Município Amigo doDesporto” será oficia-lizado no dia 17 denovembro, emcerimónia da associa-ção portuguesa degestão do desporto

ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE GESTÃO DO DESPORTO