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Cecília Meireles

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Page 1: CecíLia Meireles

Cecília Meireles

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“Nasci no Rio de Janeiro, três meses depois da morte do meu pai, e perdi minha mãe antes dos três anos. Essas e outras mortes ocorridas na família acarretaram muitos contratempos materiais, mas ao mesmo tempo me deram, desde pequenina, uma tal intimidade com a morte que docemente aprendi essas relações entre o Efêmero e o Eterno. Em toda a vida, nunca me esforcei por ganhar nem me espantei por perder. A noção ou sentimento da transitoriedade de tudo é o fundamento da minha personalidade."

Cecília Meireles

Cecília Meireles Nasceu no Rio, em 7 de novembro de1901, mesma cidade

em que morreu em 9 de novembro de 1964

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Poeta e Educadora

A paixão pelos livros e a leitura norteia o caminho da jovem Cecília. Aos 16 anos, ela se diploma professora. A vontade e o fascínio pelo "saber" a conduzem, então, para o estudo de outros idiomas e para o Conservatório Nacional de Música, onde tem aulas de canto e violino. Ainda que "fizesse versos" e compusesse cantigas para os seus brinquedos desde a escola primária, é na adolescência que Cecília Meireles começa a "escrever poesias", segundo sua própria definição. Em 1919, aos 18 anos, ela publica seu primeiro livro de poemas: ESPECTROS, iniciando um período de grande produção.

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A partir de 1925, a educadora Cecília Meireles se sobressai à poeta. Em 1927, ela publica a prosa poética CRIANÇA, MEU AMOR, livro que posteriormente seria indicado como leitura oficial nas escolas. Dois anos depois, ela se candidata à cátedra de literatura da Escola Normal, mas o cargo, de acordo com as cabeças pensantes, destinava-se a alguém reconhecidamente católico. Cecília concorre à vaga com a tese O ESPÍRITO VITORIOSO, um trabalho liberal onde discorria sobre a liberdade individual na sociedade. Perde para um técnico em educação sem qualquer pretensão literária, perfil que agradava mais aos "eleitores"da vaga a que Cecília Meireles concorria.

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Alguns poemas *Leilão de jardim*O cavalinho branco*Colar de Carolina*O mosquito escreve*Sonhos de menina*O menino azul*A pombinha da mata , Entre outros.

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Leilão do jardim.

Quem me compra um jardim com flores?Borboletas de muitas cores,lavadeiras e passarinhos,ovos verdes e azuis nos ninhos?

Quem me compra este caracol?Quem me compra um raio de sol?Um lagarto entre o muro e a hera,uma estátua da Primavera?

Quem me compra este formigueiro?E este sapo, que é jardineiro?E a cigarra e a sua canção?E o grilinho dentro do chão?

(Este é o meu leilão.)

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É preciso não esquecer nada

É preciso não esquecer nada:nem a torneira aberta nem o fogo aceso,nem o sorriso para os infelizesnem a oração de cada instante.

É preciso não esquecer de ver a nova borboletanem o céu de sempre.

O que é preciso é esquecer o nosso rosto,o nosso nome, o som da nossa voz, o ritmo do nosso pulso.

O que é preciso esquecer é o dia carregado de atos,a idéia de recompensa e de glória.

O que é preciso é ser como se já não fôssemos,vigiados pelos próprios olhosseveros conosco, pois o resto não nos pertence.

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Frases• "Aprendi com a primavera a me deixar cortar.

E a voltar sempre inteira."

• “Liberdade é uma palavra que o sonho humano alimenta, não há ninguém que explique e ninguém que não entenda.”

• “No mistério do sem-fim equilibra-se um planeta. E no planeta um jardim e no jardim um canteiro no canteiro uma violeta e sobre ela o dia inteiro entre o planeta e o sem-fim a asa de uma borboleta.”

Cecília Meireles

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Livros de Cecília Meireles