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CEEBJA CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA PARA JOVENS E ADULTOS PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO PATO BRANCO PARANÁ 2016

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CEEBJA – CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA

PARA JOVENS E ADULTOS

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

PATO BRANCO – PARANÁ

2016

2

SUMÁRIO

1. APRESENTAÇÃO..................................................................................05

2. IDENTIFICAÇÃO....................................................................................07

2.1 Localização e Dependência Administrativa .....................................07

2.2 Aspectos Históricos..........................................................................08

2.3 Caracterização do Atendimento na Instituição.................................10

2.4 Estrutura Física, Materiais e Espaços Pedagógicos........................12

2.5 Recursos Humanos..........................................................................13

2.6 Instâncias Colegiadas......................................................................14

2.7 Perfil da Comunidade Escolar..........................................................14

2.8 Objetivo Geral...................................................................................17

3. MARCO SITUACIONAL..........................................................................17

3.1 Gestão Escolar..................................................................................18

3.2 Conselho Escolar..............................................................................21

3.3 AMAF – Associação de Mestres, Alunos e Funcionários.................21

3.4 Ensino Aprendizagem.......................................................................22

3.5 Atendimento Educacional Especializado-Educação Especial..... ...24

3.6 Articulação entre as etapas...............................................................25

3.7 Articulação entre Direção, Pedagogos, Professores e demais

Profissionais da Educação................................................................26

3.8 Articulação da Instituição com os Pais e/ou Responsáveis..............41

3.9 Formação Continuada.......................................................................41

3.10 Hora Atividade..............................................................................42

3.11 Organização de Tempos e Espaços.............................................43

3.11.1 Biblioteca................................................................................44

3.11.2 Laboratórios............................................................................44

3.11.3 Laboratório de Informática......................................................45

3.11.4 APED´s...................................................................................47

3.11.5 Exames Supletivos................................................................47

3.11.6 Índices de Aproveitamento Escolar........................................47

3.11.7 Relação entre os Profissionais da Educação.........................48

4. MARCO CONCEITUAL..........................................................................50

4.1 Concepção de Formação Humana...................................................50

4.2 Concepção de Educação..................................................................50

3

4.3 Concepção de Mundo.......................................................................51

4.4 Concepção de Cidadania..................................................................51

4.5 Concepção de Sociedade.................................................................52

4.6 Concepção de Currículo...................................................................52

4.7 Concepção de Tecnologia................................................................53

4.8 Concepção de Cultura......................................................................54

4.9 Concepção de Ensino Aprendizagem..............................................54

4.10 Concepção de Alfabetização e Letramento.................................55

4.11 Concepção de Homem................................................................56

4.12 Concepção de Cuidar e Educar...................................................56

4.13 Concepção de Conhecimento......................................................57

4.14 Concepção de Avaliação.............................................................58

4.15 Concepção de Escola..................................................................58

4.16 Concepção de Trabalho...............................................................59

4.17 Concepção de Tempo e Espaço Pedagógico..............................61

4.18 Concepção de Gestão Escolar....................................................62

4.19 Concepção de Educação Inclusiva e Diversidade.......................63

4.20 Concepção de Formação Continuada.........................................63

5. MARCO OPERACIONAL.......................................................................64

5.1 Calendário Escolar...........................................................................66

5.2 Ações Didáticas Pedagógicas..........................................................66

5.3 Organização/Carga Horária..............................................................68

5.4 Ações Referentes a Flexibilização do Currículo...............................70

5.5 Programa de Combate ao Abandono...............................................71

5.6 Direitos das Crianças e Adolescentes..............................................73

5.7 Uso de Equipamentos Eletrônicos em Sala de Aula........................74

5.8 Práticas avaliativas...........................................................................74

5.9 Aproveitamento de Estudos..............................................................77

5.10 Classificação e Reclassificação...................................................80

6. LEGISLAÇÃO.........................................................................................82

7. AVALIAÇÃO DA INSTITUIÇÃO ESCOLAR............................................82

8. PERIODICIDADE DO MPROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO.............85

9. DESAFIOS SOCIOEDUCACIONAIS......................................................85

9.1 Sexualidade......................................................................................86

4

9.2 Violência contra Criança e Adolescente...........................................86

9.3 Uso Indevido de Drogas...................................................................87

9.4 Educação Tributária..........................................................................87

9.5 Educação Ambiental.........................................................................88

9.6 História do Paraná............................................................................89

9.7 Música...............................................................................................89

9.8 Educação para o Envelhecimento Digno e Saudável.......................90

9.9 História e Cultura Africana e Afro Brasileira......................................92

9.10 História e Cultura Indígena...........................................................92

9.11 Educação para o Trânsito............................................................93

9.12 Educação em Direitos Humanos..................................................93

10. REFERÊNCIAS.......................................................................................95

5

1. APRESENTAÇÃO

O Projeto Político Pedagógico do CEEBJA - Pato Branco está amparado

na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9394/96, em seu artigo 12,

inciso I, no qual prevê que os estabelecimentos de ensino, respeitadas as

normas comuns e o sistema de ensino, conforme a Deliberação nº 14/1999 do

Conselho Estadual de Educação que normatiza a elaboração do PPP e este “tem

o dever de elaborar e executar sua proposta pedagógica", situando-se na

intencionalidade do ato educativo dos envolvidos, tornando o Projeto

Pedagógico, objeto de estudo, discussão e reflexão. Este abarca questões

relevantes sobre o que se pretende ensinar e o que se sonha mudar na mente e

na cultura dos educandos e consequentemente, na sociedade.

Almeja-se que este Projeto seja fonte inspiradora para um trabalho que

envolva todos os integrantes do processo de ensino - aprendizagem

(professores, alunos, pais de alunos menores de 18 anos, funcionários e a

comunidade em geral); que venha ao encontro dos paradigmas da educação na

sociedade, para que se possa cumprir seu verdadeiro papel. A escola deve ser

um lugar profícuo onde todos se sintam bem e para isso é necessário que todos

cumpram seu papel com eficiência e eficácia, conhecendo este documento que

rege todos os trabalhos no interior da entidade.

O Projeto Político Pedagógico é um instrumento básico e de primordial

importância para manter a coerência do conjunto de decisões que são tomadas

no interior da escola. A elaboração e a revisão do Projeto Político Pedagógico

implica uma oportunidade para melhorar e compartilhar as reflexões sobre a

ação educativa de todos os envolvidos.

Para realização do trabalho educativo, comprometido com a formação do

ser humano, essa problemática é especialmente desafiadora, uma vez que exige

da escola a tomada de posição frente à desigualdade estrutural da sociedade,

no sentido de uma ação pedagógica voltada à superação desse caráter

excludente e ainda que enxerga todo o funcionamento da estrutura social,

econômica e política e com este traz todos os temas que envolvem o

funcionamento em busca de qualidade de vida, justiça e equidade para todos,

visto que se entende que a escola é o melhor local para esses debates

perpassando às ciências e traçando novos horizontes para todos, respeitando o

6

legado de cada individuo, buscando unidade na diversidade de todos os

cidadãos.

Portanto, o trabalho dos educadores da EJA é buscar permanentemente

o conhecimento que dialogue, concomitantemente, com o singular e o universal,

o mediato e o imediato, de forma dinâmica e histórica.

Para que a escola possa reorganizar o conhecimento originário na cultura

vivida, e dar significado ao conhecimento escolar, o ponto de partida deve ser a

experiência dos sujeitos envolvidos. Segundo Freire (1996, p.38) a educação

emancipatória valoriza o “saber de experiência feito”, o saber popular, e parte

dele para a construção de um saber que ajude homens e mulheres na formação

de sua consciência política.

É necessário construir uma escola que valorize a cultura de referência de

seus educandos. Nesse sentido, como um primeiro critério para a seleção dos

conteúdos e das práticas educativas está a relevância dos saberes escolares

frente à experiência social construída historicamente. A escola necessita

perguntar para si mesma sobre a procedência e importância dos saberes por ela

mediatizados e ao mesmo tempo, avaliar sobre as possibilidades dos saberes

transpostos didaticamente para as situações escolares repercutirem no contexto

social mais amplo, uma vez que é próprio do processo educativo reelaborar, de

modo singular, o saber já constituído.

Nessa forma de organização curricular as metodologias são um meio e

não um fim para se efetivar o processo educativo. É preciso que essas práticas

metodológicas sejam flexíveis e que adotem procedimentos que possam ser

alterados, adaptados às especificidades da comunidade escolar.

As orientações metodológicas propõem, enfim, que deve ser organizado

um modelo pedagógico próprio para esta modalidade de ensino da Educação

Básica, que propicie condições adequadas, permitindo a satisfação das

necessidades de aprendizagem dos educandos nas suas especificidades, tendo

em vista, que a seleção de conteúdos e as respectivas metodologias para seu

desenvolvimento representem um ato político, pedagógico e social.

Quando se considera a Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996 (LDB), fica

clara a perspectiva de educação contida na Constituição Federal. A LDB,

inclusive na afirmação do conceito ampliado de educação, afirma no art. 1º: “A

educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar,

7

na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos

movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações

culturais”.

Esse artigo vai além dos conteúdos escolares. Explicita, que a educação

“deverá vincular-se ao mundo do trabalho e à prática social” (art. 1º Parágrafo

2º).

No artigo 2º, da LDB aponta com clareza as bases sobre as quais deve

assentar-se o desenvolvimento da pessoa, do cidadão e do trabalho: “A

Educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e

nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento

do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o

trabalho”, contemplando também desafios socioeducacionais, presentes na

regulação da sociedade atual.

2. IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO

2.1 LOCALIZAÇÃO E DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA

Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos – CEEBJA de Pato

Branco.

Rua: tapajós nº 777

Telefone/Fax: (46) 3225-1364

Localização: Urbana

E-mail: [email protected]

Código: 47773

Município: Pato Branco – PR

Código: 1870

Dependência Administrativa: Estadual

NRE: Pato Branco – PR

Entidade Mantenedora: Governo do Estado do Paraná

Ato de Reconhecimento: Resolução nº. 2986/01 DE: 04/12/2001

Ato de Renovação do Reconhecimento: Resolução nº. 834/10 DE 12/03/2010

Distância da Escola/Colégio do NRE: KM: 1 (um)

8

2.2 ASPECTOS HISTÓRICOS

A educação de jovens e adultos em Pato Branco começou a se

concretizar, em 1988, com a implantação do Projeto NPR – Núcleo de

Profissionalização Rural. O referido projeto passou a atender a parte

profissionalizante de filhos de agricultores. Paralelo a isso, criou-se o NAES –

Núcleo Avançado de Estudos Supletivos de Pato Branco, conforme resolução

485/88 de 03/03/1988, ficando autorizado a implantar e desenvolver o curso de

1º grau supletivo (5ª a 8ª série), vinculado ao CES (Centro de Estudos

Supletivos) de Cascavel para fins de expedição de documentação escolar e

regulamentação regimental. Devido ao fluxo de alunos, de acordo com a

resolução 3647/90 de 23/11/1990 foi implantado o CES – Centro de Estudos

Supletivos de Pato Branco. A partir daí, a instituição passou a oferecer um

atendimento integral: alfabetização, 1º Grau pela resolução 2747/91 de

29/08/1991 Diário Of. 3587, 2º Grau – Educação Geral pela resolução 6704/93

de 14/12/1993, Exame de Equivalência, Projeto de Descentralização, Convênio

SENAC e Exames de Suplência.

Ainda em 1996, a SEED, através de vários segmentos da sociedade

organizada, elabora uma proposta educacional para jovens e adultos, traçando

metas norteadoras para o Estado do Paraná para o decênio 1997 a 2006,

contemplando nesta proposta a transformação do CES - Pato Branco em CES –

Polo Pato Branco, com área de atuação nos três núcleos de educação da região

sudoeste: Dois Vizinhos, Francisco Beltrão e Pato Branco, totalizando 42

municípios, conforme resolução 4284/95 de 14/11/1995.

Entre os anos de 1996 até meados de 1999, a escola ainda atendeu a

ADEJA – Associação de Diretores de Escolas Públicas de Jovens e Adultos da

Rede Estadual – CES – Polo – Pato Branco – PR. Esta associação contratava

em convênio com a SEED do Paraná, funcionários para suprir em escolas dos

núcleos de ensino de Pato Branco, Francisco Beltrão e Dois Vizinhos nos setores

de Serviço Geral e Administrativo.

Até o ano de 2001 a escola atendeu aos municípios de jurisdição do NRE

de Pato Branco, num total de 15 municípios, ofertando projetos de

descentralização (1º Segmento) e os projetos PAC - Posto Avançado do

CEEBJA (2º Segmento do Ensino Fundamental). Atendeu também o TCT -

9

Termo de Convênio de Cooperação Técnica com empresas, projetos de

escolarização, Escola do Campo, Projeto de Escolarização dos Caminhoneiros

e Formação de Professores Leigos.

Cabe ressaltar que em outubro de 1999 a escola passa a funcionar em

prédio próprio, adquirido com recursos da AMA (Associação de Mestres e

Alunos) e Exames de Suplência.

Em 2001, implantou-se uma nova proposta pedagógica de EJA –

semipresencial, sendo que o aluno deveria cumprir 30% da carga horária

presencial por disciplina e 70% a distância, sendo submetido ao Banco Estadual

de Itens para a conclusão da disciplina. Esta proposta vigorou de 01/01/2002 a

31/02/2005.

No ano letivo de 2005 a então AMA (Associação de Mestres e Alunos)

transformou-se em AMAF (Associação de Mestres, Alunos e Funcionários),

conforme legislação vigente.

A partir de 2006, o CEEBJA de Pato Branco passou a ofertar o ensino

100% presencial, conforme Diretrizes Curriculares Estaduais da EJA e Proposta

Pedagógica.

A gestão democrática se efetiva através de processo de consulta, este é

validado no período de gestão dos eleitos que como gerentes da instituição

fazem acontecer à gestão democrática, sem perder os princípios de

organização, respeito, e consciência de categorias distintas, onde cada um dos

atores do processo deve estar ciente de seus direitos e de seus deveres para o

perfeito funcionamento do todo e, de se alcançar os objetivos propostos para a

escola, que é o ensino/aprendizagem com qualidade e equidade almejada para

todos.

O CEEBJA de Pato Branco, ao longo de sua história, teve sua situação

legalizada através dos seguintes Atos Oficiais:

Resolução nº. 485/88 (Autorização de Funcionamento) cria o Núcleo

Avançado de Estudos Supletivos de Pato Branco, vinculado ao CES – Polo

Cascavel;

Resolução nº. 3647/90 (Autorização de Funcionamento) Transforma o

NAES de Pato Branco em CES de Pato Branco, desvinculando do CES – Polo

de Cascavel. Autoriza o 1º Grau Supletivo – Função Suplência de Educação

Geral;

10

Resolução nº 6704/93 (Autorização de Funcionamento) Autoriza o 2º Grau

- Educação Geral; Exames de Suplência 1º e 2º Graus;

Resolução nº 834 (Autorização de Funcionamento) Autoriza o

funcionamento de APED Especial, com oferta de Ensino Fundamental Fases I e

II, exclusivamente no CENSE/PROEDUSE;

Deliberação nº. 007/97 . Em 2003, instrução normativa SUED/SEED

009/2003 - PAC’s – Postos Avançados de Centros de Estudos Supletivos fora

das sedes dos Núcleos;

Resolução nº. 2986/01 Diário Of. 6160 de 30/01/2002 - autorização de

funcionamento da modalidade de EJA semipresencial – Ensino Fundamental e

Médio;

Instrução Normativa 007/04 autoriza a solicitação do Termo de

Cooperação Técnica (TCT);

Parecer nº. 618/2007 aprovado em 05/10/2007 pelo CEE - nova proposta

de ensino presencial.

Resolução 834/2010 – renovação do reconhecimento do Ensino

Fundamental Fase I (PROEDUSE), Fase II e Ensino Médio presencial na

modalidade de EJA.

Resolução Nº 2623/13 – renovou o reconhecimento do Centro Estadual

de Educação Básica para Jovens e Adultos de Pato Branco - Ensino

Fundamental e Médio.

2.3 CARACTERIZAÇÃO DO ATENDIMENTO NA INSTITUIÇÃO

Na modalidade de Educação de Jovens e Adultos – Ensino Fundamental

e Médio oferta a sede do CEEBJA, disciplinas em salas de ensino coletivo e

individual, conforme a demanda.

Ensino Fundamental – Fase I

Turmas do Coletivo

Período Arte Educação Física

Ensino Religioso

Estudos da Sociedade e da Natureza (Hist./Geo./Ciên.)

Língua Portuguesa

Matemática

Matutino X X X X X X

Vespertino X X X X X X

11

Fundamental – Fase II

Turmas do Coletivo

Período Arte Ciências Ed.

Física

Ens.

Religioso

Geo. Hist. LEM Líng.

Port.

Mat.

Matutino X X X X X X X X

Vespertino X X X X X X X X

Noturno X X X X X X X X

Fundamental – Fase II

Turmas do Individual

Período Arte Ciências Ed.

Física

Ens.

Religioso

Geo. Hist. LEM Líng.

Port.

Mat.

Matutino X X X X X X X X

Vespertino X X X X X X X X

Noturno X X X X X X X X

Ensino Médio

Turmas do Coletivo

Período Arte Ciências Ed.

Física

Fil. Fís. Geo. Hist. LEM Líng.

Port.

Mat. Quím. Soc.

Matutino X X X X X X X X X X X X

Vespertino X X X X X X X X X X X X

Noturno X X X X X X X X X X X X

Ensino Médio

Turmas do Individual

Período Arte Ciências Ed.

Física

Fil. Fís. Geo. Hist. LEM Líng.

Port.

Mat. Quím. Soc.

Matutino X X X X X X X X X X X X

Vespertino X X X X X X X X X X X X

Noturno X X X X X X X X X X X X

Também são ofertadas Ações Pedagógicas Descentralizadas do CEEBJA

- APED’S em Nível de Ensino Médio e Fundamental – Fase I E II.

Oferta ainda Exames Supletivos conforme as resoluções oriundas do MEC.

Ao ofertar estudos referentes ao Ensino Fundamental – Fase I

(PROEDUSE) e Fase II, esta instituição escolar tem como referência as

Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais. Visa, ainda, ao encaminhamento

12

para a conclusão do Ensino Fundamental e possibilita a continuidade dos

estudos para o Ensino Médio.

O Ensino Médio na instituição escolar tem como referência em sua oferta,

os princípios, fundamentos e procedimentos propostos nas Diretrizes

Curriculares Nacionais para o Ensino Médio – Parecer 15/98 e Resolução n.º02

de 07 de abril de 1998/CNE e nas Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação

de Jovens e Adultos.

TURNOS DE FUNCIONAMENTO

Manhã 7h45min às 11h45min

Tarde 13h15min às 17h15min

Noite 18h15min às 22h15min

Tendo em vista os 03 (três) eixos articuladores da Educação de Jovens e

Adultos (EJA): cultura, trabalho e tempo, conceberam-se o Projeto Político

Pedagógico como um processo transformador, capaz de atender às

necessidades do perfil do educando da Educação de Jovens e Adultos (EJA).

2.4 ESTRUTURA FÍSICA, MATERIAIS E ESPAÇOS PEDAGÓGICOS

Descrição Quantidade Condições de uso

Necessidade de Melhorias? (indicar)

Salas de aula 11 Adequadas Espaços maiores e carteiras novas

Sala de direção

01 Adequada Equipamento eletrônico atualizado

Sala de equipe pedagógica

01 Adequada (porém sem janela para ventilação)

Computador novo atualizado

Sala de professores

01 Boa Pouco espaço

13

Secretaria 01 Boa Pouco espaço para o arquivo inativo

Laboratório (01) Ciências ( ) Química ( ) Matemática ( ) Biologia (01) Informática

Só possui alguns equipamentos

Falta espaço físico

Auditório não existe - -

Cozinha 01 Boa

Pátio ( ) aberto ( X ) fechado

Restrito Não tem espaço para Educação Física

Refeitório 01 _ _

Cantina _ _ _

Biblioteca 01 _ _

Banheiros (01) professores (02) alunos (01) adaptados

_ Rede de esgoto.

Rampas de acessibilidade

Não há

2.5 RECUSOS HUMANOS

Os profissionais que atuam no Centro Estadual de Educação Básica

(CEEBJA de Pato Branco) são supridos pela SEED, sendo professores QPM e

SC02, professores PSS e Agentes educacionais I e II, assim distribuídos:

Função Quantidade Vínculo Formação Turno de Atuação

Diretor(a) 02 QPM Superior completo com Especialização

Manhã: 01 Tarde:01 Noite:02

14

Equipe Pedagógica

05 QPM

Superior completo com Especialização

Manhã: 01 Tarde: 02 Noite: 03

Professores 70 QPM PSS

Superior completo com Especialização

Manhã: 23 Tarde: 23 Noite: 49*

Agente Educacional I

4 QFEB PSS

Ensino Superior e Médio

Manhã: 03 Tarde: 02 Noite: 03

Agente Educacional II

10 QEFB PSS

Ensino Superior com Especialização

Manhã: 04 Tarde: 06 Noite: 06

Secretário (a)

01 QEFB Ensino Superior com Especialização

Manhã: 01 Noite: 01

Interpretes 03 QPM PSS

Ensino Superior com Especialização

Manhã: 01 Tarde: 01 Noite: 01

* 24 professores atendem às APED’s

2.6 INSTÂNCIAS COLEGIADAS

O CEEBJA conta com o Conselho Escolar e com a Associação de Mestres,

Alunos e Funcionários – AMAF.

2.7 PERFIL DA COMUNIDADE ESCOLAR

A comunidade escolar do CEEBJA de Pato Branco é formada por jovens,

adultos e idosos que não tiveram acesso à escola na idade própria, não tiveram

a possibilidade de continuar seus estudos por inadaptação às práticas escolares,

ingresso precoce no mundo do trabalho, ausência de estímulo e repetências

sucessivas na modalidade de ensino regular ou outras situações peculiares.

Para compreender o perfil do educando da educação de jovens e adultos

devemos entendê-lo como sujeito com diferentes experiências de vida que serão

significativas no processo educacional, configurando-se em uma forma

diferenciada de ensino aprendizagem, incluindo também o convívio social e a

realização pessoal. Desta forma na modalidade EJA que atende a educandos -

trabalhadores, em sua maioria, a finalidade e os objetivos são o compromisso

15

com a formação humana e com o acesso à cultura geral, de modo que estes

venham a participar política e produtivamente das relações sociais, com

comportamento ético e compromisso político, através do desenvolvimento da

autonomia intelectual.

Para a concretização de uma prática administrativa e pedagógica

verdadeiramente voltada à formação humana, é necessário que o processo

ensino-aprendizagem, na Educação de Jovens e Adultos seja coerente com:

a) O seu papel na socialização dos sujeitos, agregando elementos e

valores que os levem à emancipação e à afirmação de sua identidade cultural;

b) O exercício de uma cidadania democrática, reflexo de um processo

cognitivo, crítico e emancipatório, com base em valores como respeito mútuo,

solidariedade e justiça e participação;

c) Os três eixos articuladores do trabalho pedagógico com jovens, adultos

e idosos – cultura, trabalho e tempo.

Segundo as Diretrizes Curriculares Estaduais de EJA, as relações entre

cultura, conhecimento e currículo, oportunizam uma proposta pedagógica

pensada e estabelecida a partir de reflexões sobre a diversidade cultural,

tornando-a mais próxima da realidade e garantindo sua função socializadora –

promotora do acesso ao conhecimento capaz de ampliar o universo cultural do

educando – e, sua função antropológica - que considera e valoriza a produção

humana ao longo da história.

A compreensão de que o educando da EJA relaciona-se com o mundo do

trabalho e assim pode melhorar a sua qualidade de vida e ter acesso aos bens

produzidos pelo homem, significam contemplar, na organização curricular, as

reflexões sobre a função do trabalho na vida humana.

É inerente a organização pedagógico-curricular da EJA, a valorização dos

diferentes tempos necessários à aprendizagem dos educandos, considerando

os saberes adquiridos nas suas vivências e no trabalho, face à diversidade de

características de cada um.

Este CEEBJA oferta de forma inclusiva o atendimento a educandos com

necessidades especiais, adolescentes em privação de liberdade e grupos étnico-

raciais. Oferta também sala de recurso multifuncional (SRM) cujos educandos

com avaliação comprobatória de especialistas da área médica, são

16

encaminhados a sala de recurso, onde serão trabalhadas as suas limitações,

através de um cronograma articulado no ato da matricula escolar.

Os educandos do CEEBJA de Pato Branco são oriundos das diversas

camadas sociais com motivações diferenciadas para a procura da escola.

Em sua maioria, desde muito cedo, ingressam no mercado de trabalho

sem qualquer qualificação, dedicam-se a atividades à margem do mercado

formal de trabalho, cientes de que saber mais permite a superação das

dificuldades do cotidiano, possibilitando uma melhor qualificação.

Esses educandos possuem uma bagagem de conhecimentos adquiridos

em outras instâncias sociais que são significativas ao processo educacional.

Possuem uma temporalidade específica no processo de aprendizagem,

devendo-se assim considerar uma forma diferenciada de ações pedagógicas,

visando a aprendizagem como fenômeno pessoal e social, de formação de

sujeitos autônomos, capazes de buscar, criar e aprender ao longo da vida e de

intervir no seu próprio meio e correlacionar os conhecimentos empíricos

adquiridos ao longo do percurso da vida com os conhecimentos escolares de

modo a elevarem seu grau de compreensão e atuação na vida pessoal e de

trabalho.

O CEEBJA de Pato Branco está localizado na região sudoeste do Paraná,

região onde predomina ainda a agropecuária, com crescimento acentuado nas

áreas comercial, industrial e tecnológica, destacando-se também como polo de

educação e saúde.

Vem se ampliando o atendimento dos educandos, quanto à faixa etária,

condição socioeconômica e anseios.

Esta instituição de ensino tem como uma das finalidades, a oferta de

escolarização de jovens, adultos e idosos que buscam dar continuidade a seus

estudos no Ensino Fundamental nível II e Médio, assegurando-lhes

oportunidades apropriadas, considerando suas características, interesses,

condições de vida e de trabalho, mediante ações didático-pedagógicas em

atendimentos de turmas no coletivo e/ou individuais.

A instituição atende educandos no ensino fundamental a partir dos 15

anos de idade e no ensino médio partir dos 18 anos de idade.

17

2.8 OBJETIVO GERAL

Atender à Lei 9394/96 LDBEN - que preconiza a vinculação entre a

educação escolar, o trabalho e as práticas sociais de modo a oportunizar à

Comunidade Escolar o redimensionamento no processo educacional, ensino-

aprendizagem, respeitando a individualidade na diversidade, para que ocorra

com qualidade à formação integral do educando subsidiando-o ao exercício

pleno de sua cidadania.

3. MARCO SITUACIONAL

Os cidadãos que buscam formação no CEEBJA, em sua maioria o fazem

por necessidade, podendo-se citar melhorias no campo de trabalho e também

os que almejam melhorias nas condições de vida para si e para a família.

O aperfeiçoamento constante e consequentemente níveis mais altos de

escolarização é imprescindível para que possam avançar.

Na atualidade vivem-se momentos de desestabilização socioeconômica,

inclusive por falta de formação de pessoal para atender demandas de trabalho

com determinadas especializações sobrando mão de obra em vários setores,

enquanto outros buscam incessantemente por profissionais especializados.

Sabe-se que somente através dos conhecimentos pode-se melhorar a

cultura do povo. Afirma-se ainda que com a evolução rápida no campo das

tecnologias, surgiram novas necessidades e novas oportunidades de trabalho.

Enquanto algumas coisas ficam obsoletas e muitas funções no âmbito trabalhista

vão desaparecendo ou sendo substituídas por máquinas, necessita-se de outro

tipo de profissional que saibam manejar estes novos equipamentos e façam

cursos de aperfeiçoamento técnico em áreas diversificadas. Para tanto se torna

necessário a formação completa do ensino médio regular, devido estes cursos

em sua maioria serem pós-médio, ou seja, que tem como exigência o ensino

médio.

3.1 GESTÃO ESCOLAR

18

Na escola são seguidos os princípios dos direitos e deveres da LDBEN

(Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional), seguindo os preceitos básicos

da Constituição Federal da República, surgindo à necessidade da implantação

da gestão democrática, participativa, onde todos devem ter voz, ouvidos e

atitudes para perceber que o ser humano é social e precisa do outro para existir

e é na escola, o espaço onde se efetivam as relações e a aprendizagem dos

conteúdos necessários para o exercício pleno da cidadania e que isso vai chegar

ao bom termo, pela organização e pelo exercício da dialética, das frequentes

avaliações, para aprimorar o trabalho, tanto dos educandos como dos

educadores, nas suas atribuições, dentro da instituição escolar pública e do

envolvimento de todos os que compõem o colegiado como coadjutores do

processo de gestão democrática.

A função do gestor escolar é uma tarefa árdua, de muitos desafios,

descobertas e aprendizagens, especialmente de muito estudo, para poder

acompanhar as exigências que o cargo requer, advindas das exigências da

sociedade e que cumpram a legislação em todas as ações e atitudes dos

gestores em relação à aplicação das verbas e de proporcionar todos os direitos

assegurados dos cidadãos na escola, desde os educandos, professores,

funcionários dos vários setores e da comunidade, visto que a Instituição

Educacional é vista como fundamental para o aprimoramento da sociedade de

modo geral.

Desta forma cabe repensar a prática administrativa e pedagógica, e

avançar na construção do conhecimento e na melhoria da atuação do Gestor

Escolar, levando em consideração as responsabilidades perante o grupo que o

elegeu, numa demonstração de confiança e, de sanar as expectativas, sempre

com a apresentação de resultados favoráveis no ensino aprendizagem, na busca

de qualidade de ensino que deem formação consistente. Que garanta aos

educandos usufruírem, num futuro próximo no mundo do trabalho. Também no

exercício da sua cidadania, além de adquirirem formação necessária para dar

continuidade aos estudos e ou alcançarem seus objetivos de melhorar a

qualidade de vida.

A gestão democrática é uma prática cotidiana que contempla o princípio

da reflexão, da compreensão e de transformação que envolve toda comunidade

19

escolar. Através do trabalho em sala de aula, pautado nas diretrizes curriculares

pelas quais os trabalhadores da educação se organizam na luta por uma

sociedade mais justa, democrática, solidária, buscando alargar ao máximo os

espaços de participação dos alunos, pela aprendizagem e desenvolvimento do

senso crítico.

A gestão democrática do CEEBJA se efetiva no momento em que envolve

a comunidade escolar, através dos seus representantes, pelo Conselho Escolar,

que assessora o gestor em todas as ações, que requerem estudos das

necessidades e aprovação de aplicação de verbas oriundas do Governo Federal,

Estadual e outras. Da mesma forma existe a participação da Associação de

Mestres, Alunos e Funcionários (AMAF), As quais contam com representantes

de todos os segmentos da comunidade escolar, sendo: representante dos

Professores, dos Pedagogos, dos Agentes Educacionais I, dos Agentes

Educacionais II, dos alunos e dos Pais de alunos com Menos de 15 anos.

A gestão democrática apresenta-se como um desafio para a construção

de novas relações sociais, constituindo um espaço público de decisão e de

discussão junto com o colegiado escolar sendo, portanto, a bandeira de luta da

classe educadora que almeja uma escola democrática de qualidade para todos.

Por isso faz acontecer à participação de todos através de representações de

todas as categorias envolvidas, inclusive de alunos.

É necessário que se façam compreender a necessidade da

hierarquização do trabalho como forma de organização e direcionamento,

inclusive do conhecimento e respeito aos tramites burocráticos necessários, cuja

tarefa é do Diretor como dirigente de todas as ações da instituição escolar.

Este por sua vez precisa se dispor, delegando atividades aos seus

parceiros e colaboradores de todas as funções, especialmente as que lidam

diretamente com o ensino aprendizagem, confiando em suas capacidades,

favorecendo ao equilíbrio e o respeito entre todos nas funções específicas e

dando a melhor formação possível aos educandos. Respeitando-se o tempo de

cada individuo e suas reais necessidades para processar as aprendizagens.

Quando um jovem ou adulto retorna aos bancos escolares, na sua maioria

vem em busca de melhoria na qualidade de vida, de melhor colocação no

mercado de trabalho, enfim por necessidades variadas, no entanto todos com os

mesmos objetivos que é a formação escolar.

20

Tendo em vista este papel, a educação deve voltar-se para uma formação na qual os educandos possam: aprender permanentemente; refletir criticamente; agir com responsabilidade individual e coletiva; participar do trabalho e da vida coletiva; comportar-se de forma solidária; acompanhar a dinamicidade das mudanças sociais; enfrentar problemas novos construindo soluções originais com agilidade e rapidez, a partir da utilização metodologicamente adequada de conhecimentos científicos, tecnológicos e sócio - históricos. (KUENZER, 2000, p. 40).

Conforme o que preconiza a Instrução nº 003/2015 - SUED/SEED, para a

concretização de uma prática administrativa e pedagógica verdadeiramente

voltada à formação humana, é necessário que o processo ensino aprendizagem,

na Educação de Jovens, Adultos e idosos esteja ajustada e disponibilizada ao

conhecimento de todos os envolvidos.

É através do Conselho Escolar, onde representantes das categorias que

formam este, se fazem reuniões, orientados pelos diretores do CEEBJA, para

que sejam agentes de transformação tomando para si o dever de informar,

esclarecer, orientar e despertar interesse, principalmente nos educandos, pela

participação direta no processo educativo no sentido geral, não somente da

escola, mas como cidadão conhecedor dos tramites que envolvem as

instituições escolares, buscando ainda que utopicamente a democratização das

entidades públicas e a equidade quanto aos direitos e deveres dos cidadãos,

ainda que a sociedade política, econômica e social viva cerceada por princípios

capitalistas, enfatizando e valorizando o ter e não o ser.

O Centro Estadual de Educação Básica de Jovens e Adultos de Pato

Branco dispõe de um ambiente pedagógico propício a realização do processo de

ensino aprendizagem a todos os que se propõem a frequentar as aulas, pois

proporciona estudos no processo de ensino individual e no processo de ensino

coletivo, além do educando poder estabelecer os dias e horas semanais que

pode frequentar a escola, conforme suas possibilidades e necessidades,

podendo-se concluir seus estudos no Ensino Fundamental em aproximadamente

três e o Ensino médio em dois anos; além de o estabelecimento escolar estar

bem localizado geograficamente e possibilitando acesso fácil de todos os lodos

da cidade e próximo da avenida principal, dando acesso fácil a educandos que

queiram vir de outros municípios.

21

3.2 CONSELHO ESCOLAR

O Conselho Escolar aprovado por ato próprio é um órgão colegiado,

representativo da comunidade escolar, de natureza deliberativa, consultiva,

avaliativa e fiscalizadora, sobre a organização e realização do trabalho

pedagógico e administrativo da instituição escolar em conformidade com as

políticas e diretrizes educacionais da SEED, observando a Constituição, a LDB,

o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente, o Projeto Político Pedagógico e o

Regimento da Escola/ Colégio, para o cumprimento da função social e específica

da escola).

É concebido, enquanto um instrumento de gestão colegiada e de

participação da comunidade escolar, numa perspectiva de democratização da

escola pública, constituindo-se como órgão máximo de direção da instituição de

ensino.

Deve ser constituído pelos princípios da representatividade democrática,

da legitimidade e da coletividade, sem os quais perde sua finalidade e função

político-pedagógica na gestão escolar.

O conselho escolar abrange toda comunidade escolar e tem como

principal atribuição, aprovar e acompanhar a efetivação do projeto político-

pedagógico da escola, eixo de toda e qualquer ação a ser desenvolvida na

instituição de ensino.

3.3 AMAF – ASSOCIAÇÃO DE MESTRES ALUNOS E FUNCIONÁRIOS

A Associação de Mestres, Alunos e Funcionários desta instituição de

ensino é pessoa jurídica, de direito privado, órgão de representação do corpo

docente e discente da escola, de utilidade pública, não tendo caráter partidário,

religioso, de raça, e nem fins lucrativos, não sendo remunerados seus dirigentes

e conselheiros, tratando-se de trabalho voluntário. Esta associação é regida por

estatuto próprio, de acordo com a lei vigente.

A Associação de Mestres, Alunos e Funcionários tem como função, entre

outras, planejar, acompanhar, aplicar e gerenciar os recursos financeiros,

proporcionar condições aos educandos de participar de todo o processo escolar

22

e participar da elaboração do projeto político pedagógico da escola. A AMAF

pode definir, em assembleia, o valor da contribuição voluntária, em até 10% do

salário mínimo (anual), de acordo com a lei vigente.

O CEEBJA não conta com o Conselho de classe, devido este ser um

órgão colegiado de natureza consultiva em assuntos didático-pedagógicos, com

atuação dirigida a cada educando da instituição de ensino. Devido à modalidade

EJA (Educação de Jovens e Adultos) trabalhar com aproveitamento de carga

horária e não por ano escolar não se faz necessário a existência desta instancia

colegiada pela própria natureza e finalidade desta.

Da mesma forma ocorre com o Grêmio Estudantil, visto que através da

AMAF (Associação de Mestres, Alunos e Funcionários), podem ser tratados de

questões relativas aos estudantes em específico, em situações eventuais.

3.4 ENSINO APRENDIZAGEM

Pensar a educação de jovens, adultos e idosos significa repensar as

especificidades dessa modalidade de ensino e os novos desafios que se impõem

aos educadores e educandos, uma vez que a produção e a reconstrução do

conhecimento constituem-se em uma troca entre esses sujeitos, tendo como

referência a realidade na qual ambos estão inseridos.

Nesta linha de pensamento, o CEEBJA de Pato Branco constrói seu

Projeto Político Pedagógico partindo das necessidades e do saber dos

integrantes da comunidade educativa, da realidade analisada, de forma crítica e

global e da prática libertadora, levando-se em consideração a BNCC (Base

Nacional Curricular Comum), para que se possa garantir a equidade na oferta

dos conhecimentos e que o educando da EJA (Educação de Jovens e Adultos)

tenham igualdade de oportunidades no mundo do trabalho e para que possam

continuar aprendendo, dando continuidade nos estudos.

Os professores preparam cada ano letivo o Plano de Trabalho Docente

(PDT) e estes ficam arquivados e disponibilizados na sala da Coordenação

Pedagógica, além de cada professor possuir sua cópia, sendo os

encaminhamentos dos professores organizados por disciplinas de modo que os

professores tenham uma sequencia Didática em salas de aula por disciplina,

possibilitando o atendimento do mesmo aluno, que frequenta o processo

23

individual de ensino, em turnos diferentes, garantindo-lhes a continuidade dos

conteúdos programáticos conforme prevê a legislação.

Deste modo se prevê avaliações organizadas para aferição dos

conhecimentos adquiridos pelos educandos de forma sistematizada,

oportunizando a todos para que realizem no mínimo três aferições, com valor de

zero a dez, que sejam ao mesmo tempo diagnósticas, possibilitando aos

mesmos a recuperação paralela, ou seja, concomitante a aprendizagem mínima

necessária.

Sempre que necessário os professores das disciplinas, reúnem-se com

os professores pedagogos, direção e interessados para estudarem

possibilidades de levar determinados alunos a avançarem, não somente em

tempo escolar, mas também propondo formas diferenciadas de aprendizagem

personalizadas, que possam contribuir com necessidades individualizadas.

Os educandos que frequentam aulas no coletivo, tem seus registros de

notas e presenças no livro registro de classe, conforme prevê a legislação e

instruções da SEED, um documento oficial, requer preenchimento correto, de

modo que tudo fique esclarecido e que fique em arquivo na instituição após a

conclusão dos registros necessários.

Os educandos que frequentam aulas no individual têm seus registros na

ficha de registro de Avaliação, Frequência e Conteúdo, conforme legislação e

instrução da SEED, da mesma forma que o livro registro de classe contempla

todas as informações pertinentes.

Os registros são os períodos em que cada disciplina requer para cumprir

a carga horária prevista na legislação para trabalhar todos os conteúdos

previstos em cada disciplina, conforme as Diretrizes Curriculares Nacionais.

O CEEBJA tem um compromisso social com a comunidade além da

produção do conhecimento, a instituição de ensino, busca desenvolver um

contexto em que os valores éticos, como honestidade, responsabilidade,

solidariedade, cooperação, afetividade, integridade, entre outros, se concretizem

no educando, visando à formação integral do mesmo. Para tanto se considera a

resolução que estabelece a formação destes conceitos necessários para a vida

cotidiana. A Resolução nº 1, de 30 de maio de 2012, estabelece Diretrizes

Nacionais para a Educação em Direitos Humanos (EDH) a serem observadas

pelos sistemas de ensino e suas instituições.

24

3.5 ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO AO PÚBLICO ALVO

EDUCAÇÃO ESPECIAL.

Considerando o desenvolvimento integral do educando e veiculando

todas as possibilidades de melhor atender a todos, considera-se a questão do

atendimento e acompanhamento dos educandos surdos, mediante legislação

vigente conforme o art.-58,59 e 60 no cap. V da LDBEN 9394/96 e resolução

CNE/CEB Nº 2, de 11 de setembro de 2001, que institui Diretrizes Nacionais para

Educação especial na educação básica. Assim como a lei de LIBRAS, nº 10.436,

de 24 de abril de 2002. E a implementação do TILS (tradutor interprete da língua

de sinais), com a lei nº 12.319, de 1º de setembro de 2010, para atuar como

profissional. Diante disso torna-se direito do educando e dever do órgão oficial

de educação, proporcionar aos indivíduos que apresentarem tal necessidade.

Pensar em uma sociedade para todos, na qual se respeite a diversidade

da raça humana, atendendo às necessidades de todos é concretizar a realização

da sociedade inclusiva, na qual cabe à educação a mediação deste processo.

Para a efetivação da inclusão trabalha-se o incentivo à autonomia,

cooperação, espírito crítico e criatividade do cidadão preparando-o para

participar ativamente no mundo social, cultural, das artes e do trabalho. A escola

prioriza o atendimento personalizado desde a recepção na secretaria,

coordenação, sala de aula, buscando a valorização do aluno como ser humano,

possibilitando seu crescimento integral, dentro de suas peculiaridades e

possibilidades.

No CEEBJA - Pato Branco conta-se com atendimento em Sala de

Recursos Multifuncional Tipo I, Ensino Fundamental (anos finais) e Médio, na

área da deficiência Intelectual; conforme prevê a Resolução Nº 1970/12 da

SEED.

O motivo para a inclusão é que todos os cidadãos tenham oportunidades

para crescerem e aprenderem independente da sua condição acadêmica, física

ou social. A inclusão de todos, ensina a valorização do ser humano e ensina lidar

com as diferenças tanto na escola como na sociedade. Essa visão maior

de inclusão requer a compreensão da realidade dos educandos para atendê-los

25

em sua diversidade e assim criar condições para uma educação de qualidade

para todos os que buscam a formação acadêmica.

Nesse sentido, o currículo para a escola inclusiva não se refere apenas

às adaptações feitas para acomodar os alunos com deficiências ou demais

necessidades especiais, mas implica, em uma nova forma de concepção

curricular, que tem que dar conta da diversidade dos alunos da escola.

A garantia de acesso e permanência com sucesso nas escolas comuns

regulares significa um patamar imprescindível de cidadania para pessoas com

deficiência, na opinião de especialistas. A sua inclusão nos ambientes comuns

de aprendizagem, oferecendo todas as condições de acessibilidade,

possibilidade e preparo para inserção nos espaços sociais, incluindo o mercado

de trabalho. A inclusão não atinge apenas alunos com deficiência é também aos

que apresentam dificuldades, defasagens e lacunas de aprendizagem, enfim

todos os que necessitarem de apoio para obterem sucesso na escola

aprendendo um mínimo necessário para suas vivencias. Sendo assim a

educação inclusiva não se faz por decretos ou diretrizes, ela é construída na

escola por todos os que se utilizam dela para sua formação acadêmica.

3.6 ARTICULAÇÃO ENTRE AS ETAPAS

A escola é, essencialmente, um espaço privilegiado de socialização, de

produção e de ampliação de conhecimentos historicamente acumulados,

visando à formação crítica dos sujeitos.

No entanto cada individuo traz consigo uma bagagem social/cultural

adquirido no percurso de sua vida e isto reflete no seu comportamento em suas

atitudes. Isto por sua vez afeta o desenvolvimento e até mesmo trunca

possibilidades, caso estes indivíduos sintam barreiras intransponíveis de seu

ponto de vista, para enfrentar a escola depois de considerar-se fora da faixa

etária ideal por timidez, insegurança ou outros entraves.

A escola CEEBJA com seus profissionais, sempre estão buscando

melhorar o atendimento dos educandos. Desde a matrícula e o encaminhamento

nos estudos, realizando um trabalho de equipe que faça com que o individuo ao

adentrar no recinto escolar sinta-se acolhido, com explicações que advenham ao

encontro de suas ansiedades e expectativas, ofertando possibilidades que este

26

possa iniciar ou reiniciar a escolarização conforme suas necessidades e ou

possibilidades.

Busca-se sempre manter contato com a Rede Municipal de Ensino, na

modalidade EJA – (Fase I) para que os alunos possam sentir-se apoiados e

passem a frequentar (Fase II) do Ensino Fundamental, nesta instituição e

prosseguir os estudos.

Tão logo o aluno conclua o ensino fundamental ele é motivado a

matricular-se no ensino médio pelos próprios professores, equipe diretiva e

coordenação pedagógica, assim como também os alunos do ensino médio são

fortemente motivados a participarem do ENEM (Exame nacional do Ensino

Médio), Proporcionando aulas específicas em redação e outras áreas afins,

quando próximo da realização das provas oficiais, possibilitando motivos para

enfrentarem e se sentirem aptos, em igualdade de condições para participarem

conforme outros alunos de outras escolas e modalidades.

3.7 ARTICULAÇÃO ENTRE DIRETORES, PEDAGOGOS, PROFESSORES E

DEMAIS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO

A instituição Educacional CEEBJA, funciona baseada nos princípios

básicos de atendimento a educandos jovens, adultos e idosos, que por razões

diversas, precisam da escolarização de forma diferenciada, porém consistente e

igualitária no sentido de ensino aprendizagem, a alunos de escolas e

modalidades regulares.

Desta forma é que a equipe diretiva juntamente com toda a equipe escolar

precisa realizar suas atividades, privilegiado o atendimento desta clientela

criando elos onde todos cumpram seu papel sem descuidar da dinâmica do

processo ensino aprendizagem e especialmente realizando trabalhos

motivadores de acolhimento a todos sem discriminações, levando-os a

compreenderem as dificuldades e a transpô-las de modo natural, como num

processo de aprendizagem e desenvolvimento gradativos que é papel da escola,

onde todos demonstrem as possibilidades.

O processo de ensino/aprendizagem acontece de forma dialógica desde

o estabelecimento de compromissos com a educação, de forma construtiva,

altruísta e democrática, levados por diretores que conheçam e cumpram seu

27

papel na direção democrática, enfatizando o estudo e conhecimento das funções

através dos conhecimentos dos documentos que regem o funcionamento da

escola, especialmente do Projeto Político Pedagógico e do Regimento Interno,

além das Propostas Pedagógicas Curriculares e outros documentos legais de

funcionamento.

É importante observar que cada indivíduo deve dar sua contribuição e esta

deve ser aceita e discutida em horas de estudos e reflexões, sempre que

propostas na escola, tanto em momentos oficiais, como no dia a dia de modo

que todos participem efetivamente da formação da equipe, valorizando-se a

cada um e a todos, fazendo-se cumprir tanto os direitos, os deveres e as

proibições de sua função, assim como também os alunos, e os pais dos alunos

menores tenham possibilidade de ter esses conhecimentos.

Seguem-se as instruções e as normativas oficiais da SEED (Secretaria

Estadual de Educação), deliberadas pelo NRE (Núcleo Regional de Educação),

conforme a demanda de cada ano letivo, ajustando-se sempre que necessário

pelos responsáveis, que seguem as instruções legais.

Conta-se com Diretores eleitos por meio de consulta eletiva, em acordo

com deliberação da SEED (Secretaria Estadual de Educação), compondo 80

horas de direção entre diretor e diretor auxiliar.

Cabe ao diretor, Gerenciar em acordo com o Conselho Escolar e executar

plano de trabalho construído coletivamente, no sentido de elevar o padrão de

qualidade da instituição escolar.

Em linhas gerais, o diretor trabalha com uma equipe constituída por diretor

auxiliar, coordenação pedagógica composta por professores pedagogos,

professores, equipe administrativa (agentes II), merendeiras e pessoal de

apoio/limpeza (agentes I). Este é responsável pela gestão de todas as atividades

pedagógicas e administrativas

Cabe ao diretor ser um articulador da proposta pedagógica que se quer

desenvolver. Quanto maior for essa articulação, melhor poderão ser

desempenhadas suas atribuições e em todos os aspectos.

Com as atuais diretrizes, a escola passa a ser um espaço com autonomia

administrativa e pedagógica, e o diretor precisa estar apto a administrar os

recursos financeiros que estão sendo descentralizados e também precisa zelar

pelo aspecto pedagógico.

28

Operando a partir dos dados da realidade e das condições concretas

existentes na escola, o diretor tem que cumprir e fazer cumprir a legislação em

vigor; responsabilizar-se pelo patrimônio público escolar recebido no ato da

posse; coordenar a elaboração e acompanhar a implementação do Projeto

Político Pedagógico da escola, aprovado pelo Conselho Escolar. Tem que

coordenar e incentivar a qualificação permanente dos profissionais da educação;

implementar a proposta pedagógica da instituição de ensino, em observância às

Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais e coordenar a elaboração do Plano

de Ação da instituição de ensino, submetê-lo à aprovação do Conselho Escolar,

além de convocar e presidir as reuniões deste conselho, dando encaminhamento

às decisões tomadas.

Elaborar os planos de aplicação financeira sob sua responsabilidade,

consultar a comunidade escolar e colocar em edital público seguindo a lei da

transparência. Prestar contas dos recursos recebidos, submetendo-os à

aprovação do Conselho Escolar e fixando-os em edital público conforme

instruções de aplicação.

Coordenar a construção coletiva do Regimento Escolar, em consonância

com a legislação em vigor, submetendo-o à apreciação do Conselho Escolar e

encaminhá-lo ao Núcleo Regional de Educação para a devida aprovação.

Garantir o fluxo de informações na instituição de ensino e deste com os órgãos

da administração estadual.

Também é função do diretor encaminhar aos órgãos competentes as

propostas de modificações no ambiente escolar, quando necessárias, aprovadas

pelo Conselho Escolar. Deferir os requerimentos de matrícula; elaborar,

juntamente com a equipe pedagógica, o calendário escolar, de acordo com as

orientações da Secretaria de Estado da Educação, submetê-lo à apreciação do

Conselho Escolar e encaminhá-lo ao Núcleo Regional de Educação para

homologação e acompanhar, juntamente com a equipe pedagógica, o trabalho

docente e o cumprimento das reposições de dias letivos, carga horária,

conteúdos aos discentes e estágios como também assegurar o cumprimento dos

dias letivos, horas-aula e horas-atividade previstos.

Promover grupos de trabalho e estudos ou comissões encarregadas de

estudar e propor alternativas para atender aos problemas de natureza

pedagógico-administrativa no âmbito escolar. Propor à Secretaria de Estado da

29

Educação, sempre pelas vias legais, alterações na oferta de ensino e abertura

ou fechamento de cursos; participar e analisar a elaboração dos regulamentos

Internos e convocar o Conselho Escolar para aprovação.

Supervisionar o preparo da merenda escolar, quanto ao cumprimento das

normas estabelecidas na legislação vigente relativamente a exigências

sanitárias e padrões de qualidade nutricional. Presidir o Conselho de Avaliação,

dando encaminhamento às decisões coletivas; definir horário e escalas de

trabalho dos Funcionários que atuam nas Áreas de Administração Escolar e

Operação de Multimeios Escolares e equipe dos Funcionários que atuam nas

Áreas de Manutenção de Infraestrutura Escolar e Preservação do Meio

Ambiente, Alimentação Escolar e Interação com o Educando.

Articular processos de integração da escola com a comunidade; solicitar

ao Núcleo Regional de Educação suprimento e cancelamento na demanda de

funcionários e professores da instituição, observando as instruções emanadas

da Secretaria de Estado da Educação.

O diretor também deve cooperar com o cumprimento das orientações

técnicas de vigilância sanitária e epidemiológica; disponibilizar espaço físico

adequado quando da oferta de Serviços e Apoios Pedagógicos Especializados,

nas diferentes áreas da Educação Especial. Assegurar a realização do processo

de avaliação institucional e sempre zelar pelo sigilo de informações pessoais de

alunos, professores, funcionários e famílias também manter e promover

relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com alunos, pais e

com os demais segmentos da comunidade.

Assegurar o cumprimento dos programas mantidos e implantados pelo

Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação/MEC – FNDE; cumprir e fazer

cumprir o disposto no Regimento Escolar; possibilitar a atuação da Equipe

Multidisciplinar no âmbito escolar referente à Educação das Relações Étnico-

raciais.

Cabe também ao diretor:

No caso de exames supletivos e ou provões, propostos pela SEED, MEC,

seja online ou presencial, tomar conhecimento do edital de Exames. Solicitar

credenciamento de outros espaços escolares, quando necessário, para

realização dos Exames. Solicitar à Secretaria de Estado da Educação via Núcleo

Regional de Educação, as provas em Braille e as ampliadas das etapas a serem

30

realizadas, quando for o caso e também autorização para a realização de

quaisquer bancas especiais. Comunicar ao Núcleo Regional de Educação

todos os procedimentos tomados para realização dos Exames. Receber os

materiais dos Exames Supletivos nos Núcleo Regional de Educação; capacitar

a(s) equipe(s) de trabalho da instituição para a realização dos Exames

Supletivos, quanto ao cumprimento dos procedimentos, em especial, da

organização e do preenchimento dos cartões-resposta. Acompanhar a aplicação

das provas, para que transcorram com segurança e tranquilidade, em

conformidade com os procedimentos inerentes aos Exames.

Compete ao diretor auxiliar assessorar o diretor em todas as suas

atribuições e substituí-lo em sua ausência e impedimentos.

O professor pedagogo tem como responsabilidade desenvolver um

trabalho com todo o coletivo da escola, traçando as estratégias de ação que

favoreça a atuação em grupo, de forma a diagnosticar a situação da escola,

propondo encaminhamentos para melhoria no processo de ensino

aprendizagem, assessorando o trabalho pedagógico de forma dialética

possibilitando tanto o avanço docente quanto discente.

Para efetivação do trabalho do professor pedagogo este deve ser

constante estudioso e pesquisador, oferecendo metodologias adequadas à

modalidade da EJA, adaptadas à realidade da escola, possibilitando aos

professores segurança para reelaboração de suas práticas pedagógicas e

incentivando o programa de educação continuada para docentes.

O professor pedagogo deve estar atento para repassar a sistemática da

escola e informar aos interessados sobre a estrutura e o funcionamento da

instituição, as formas de atendimento, material utilizado e os recursos

disponíveis. Precisa conhecer a realidade escolar assim como os educandos

para compreensão da realidade social em que o processo pedagógico está

inserido, ajudando aos demais profissionais da equipe escolar a estabelecerem

relações pedagógicas produtivas, permitindo a análise das necessidades e a

identificação de prioridades.

Proporcionar aos educandos reflexão sobre suas responsabilidades e

potencialidades, buscando promover situações e condições que favoreçam o

desenvolvimento pleno deste para que o acesso, a permanência e o sucesso

dos estudos sejam assegurados, também é função do professor pedagogo.

31

O professor pedagogo tem funções no contexto pedagógico e também no

administrativo, tais como coordenar a elaboração coletiva e acompanhar a

efetivação do Projeto Político Pedagógico e do Plano de Ação da instituição de

ensino. Orientar a comunidade escolar na construção de um processo

pedagógico, em uma perspectiva democrática. Participar e intervir, junto à

direção, na organização do trabalho pedagógico escolar, no sentido de realizar

a função social e a especificidade da educação escolar, coordenar a construção

coletiva e a efetivação da Proposta Pedagógica Curricular da instituição de

ensino, a partir das políticas educacionais da Secretaria de Estado da Educação

e das Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais. Orientar o processo de

elaboração dos Planos de Trabalho Docente junto ao coletivo de professores da

instituição de ensino. Coordenar reuniões pedagógicas e grupos de estudo para

reflexão e aprofundamento de temas relativos ao trabalho pedagógico visando à

elaboração de propostas de intervenção para a qualidade de ensino para todos.

Participar da elaboração de projetos de formação continuada dos profissionais

da instituição de ensino, que tenham como finalidade a realização e o

aprimoramento do trabalho pedagógico escolar e organizar, junto à direção da

escola, a realização do Conselho de Avaliação, de forma a garantir um processo

coletivo de reflexão-ação sobre o trabalho pedagógico desenvolvido na

instituição de ensino. Coordenar a elaboração e acompanhar a efetivação de

propostas de intervenção decorrentes das decisões do Conselho de Avaliação.

Subsidiar o aprimoramento teórico-metodológico do coletivo de

professores da instituição de ensino, promovendo estudos sistemáticos, troca de

experiência, debates e oficinas pedagógicas. Organizar hora-atividade dos

professores da instituição de ensino, de maneira a garantir que esse espaço-

tempo seja de efetivo trabalho pedagógico. Coordenar o processo coletivo de

elaboração e aprimoramento do Regimento Escolar, garantindo a participação

democrática de toda a comunidade escolar. Participar efetivamente do Conselho

Escolar, quando representante do seu segmento, subsidiando teórica e

metodologicamente as discussões e reflexões acerca da organização e

efetivação do trabalho pedagógico da instituição.

Orientar e acompanhar a distribuição, disponibilização, conservação e

utilização dos livros e demais materiais pedagógicos na instituição de ensino,

fornecidos pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação/MEC –

32

FNDE. Coordenar a elaboração de critérios para aquisição, empréstimo e

seleção de materiais, equipamentos e/ou livros de uso didático-pedagógico, a

partir do Projeto Político Pedagógico da instituição de ensino. Colaborar na

formulação de utilização dos espaços escolares como a biblioteca e outros

ambientes. Acompanhar sempre que possível e necessário as atividades

desenvolvidas nos Laboratórios de Química, Física e Biologia e de Informática.

Propiciar o desenvolvimento da representatividade dos educandos e de sua

participação nos diversos momentos e órgãos colegiados da escola. Coordenar,

junto à direção, o processo de distribuição de aulas e disciplinas, a partir de

critérios legais, didático-pedagógicos e do Projeto Político Pedagógico da

instituição de ensino. Acompanhar estagiários das instituições de ensino quanto

às atividades a serem desenvolvidas no âmbito da escola. Acompanhar a

apresentação periódica, no prazo exigido, de relatório das atividades, quando

tratar-se de estágio não obrigatório. Zelar pelo cumprimento do termo de

compromisso, reorientando o estagiário para outro local em caso de

descumprimento de suas normas, quando tratar-se de estágio não obrigatório.

Elaborar normas complementares e instrumentos de avaliação dos estágios dos

educandos, quando tratar-se de estágio não obrigatório.

Promover a construção de estratégias pedagógicas de superação de

todas as formas de discriminação, preconceito e exclusão social;

Coordenar a análise de projetos a serem inseridos no Projeto Político

Pedagógico da instituição de ensino. Acompanhar o processo de avaliação

institucional. Orientar, coordenar e acompanhar a efetivação de procedimentos

didático- pedagógicos referentes à avaliação processual e aos processos de

classificação, reclassificação, aproveitamento de estudos, adaptação e

progressão parcial, conforme legislação em vigor. Organizar e acompanhar,

juntamente com a direção, as reposições de dias letivos, horas e conteúdos aos

discentes. Orientar, conferir e assinar periodicamente os Livros Registro de

Classe e a Ficha Individual de Controle de Nota e Frequência.

Solicitar autorização dos pais ou responsáveis para realização da

Avaliação Educacional do Contexto Escolar, a fim de identificar possíveis

necessidades educacionais especiais. Coordenar o processo de Avaliação

Educacional no Contexto Escolar, para os alunos com dificuldades acentuadas

de aprendizagem, visando encaminhamento aos serviços e apoios

33

especializados da Educação Especial, se necessário. Acompanhar aspectos de

socialização e aprendizagem dos alunos, realizando contato com a família com

o intuito de promover ações para o seu desenvolvimento integral. Acompanhar

a frequência escolar dos alunos, contatando as famílias e encaminhando-os aos

órgãos competentes, quando necessário. Orientar para uso dos serviços de

proteção aos jovens, adultos e idosos, sempre que houver necessidade de

encaminhamentos. Orientar e acompanhar o desenvolvimento escolar dos

alunos com necessidades educacionais especiais, nos aspectos pedagógicos,

adaptações físicas e curriculares e no processo de inclusão. Manter contato com

os professores dos serviços e apoios especializados de alunos com

necessidades educacionais especiais, para intercâmbio de informações e trocas

de experiências, visando à articulação do trabalho pedagógico entre educação

especial e ensino regular.

Orientar e acompanhar a elaboração dos guias de estudos dos alunos

para cada disciplina. Coordenar ações descentralizadas – APED´s e Exames

Supletivos sempre que houver. Assegurar a realização do processo de avaliação

institucional da instituição de ensino sob a orientação do Diretor(a).

Manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho entre os

profissionais da instituição, educandos, pais e comunidade envolvida com a

instituição escolar.

Zelar pelo sigilo de informações pessoais obtidas no exercício da função.

Elaborar Plano de Ação da função de professor pedagogo.

Assegurar a todos tratamento ético em decorrência de diferenças

individuais de qualquer natureza. Promover a equidade para que haja

permanência do educando na escola, respeitando a diversidade, a pluralidade

cultural e as peculiaridades individuais, no processo de ensino e aprendizagem.

Participar da equipe multidisciplinar da Educação das Relações Étnico-

Raciais subsidiando professores, funcionários e alunos. Fornecer informações

ao responsável pelo Serviço de Atendimento à Rede de Escolarização Hospitalar

no Núcleo Regional de Educação e ao pedagogo que presta serviço na

instituição conveniada, caso ocorra.

É função do coordenador itinerante das APED’s:

Organizar os processos dessas ações para análise pelo Núcleo Regional

de Educação. Seguir a instrução Nº019/2012 – SEED/SUED. Elaborar os

34

cronogramas de funcionamento de cada turma descentralizada. Digitar os

processos no sistema e encaminhar para justificativa da direção da instituição.

Acompanhar o funcionamento das turmas vinculadas a instituição. Acompanhar

a matrículas e a inserção destas no sistema. Organizar a documentação dos

alunos para a matrícula, as listas de frequência, canhoto de notas. Enviar

material de apoio didático para as turmas.

Sempre que necessário responder ao Núcleo Regional de Educação

sobre o funcionamento das turmas, também organizar o rodízio dos professores

nas disciplinas ofertadas, garantindo o atendimento regularizado. Orientar no

cumprimento das atividades a serem realizadas durante horas-atividade dos

professores e realizar reuniões periódicas de estudo que promovam a troca

de experiências e a avaliação do processo ensino/ aprendizagem promovendo

elaboração de materiais de divulgação e chamamento de matrículas em

comunidades que necessitam de escolarização.

Conhecer e fazer cumprir a legislação vigente e prestar contas à direção,

à equipe pedagógica da instituição e ao Núcleo Regional de Educação, quando

solicitado, quaisquer esclarecimentos sobre APED’s.

Realizar a avaliação institucional conforme orientação da Secretaria de

Estado, cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar.

Os docentes têm como dever:

Se envolver com o processo educativo na totalidade. Estar

compromissado com a mudança social, buscar garantir a formação de identidade

dos cidadãos, numa educação emancipatória, onde o ponto de partida deve ser

a experiência dos sujeitos envolvidos.

Pensar na formação do jovem, adulto e idoso trabalhador que responda

às novas exigências da sociedade e ser educador capaz de fazer a mediação

entre o senso comum e o saber sistematizado, através do diálogo e da

observação permanente. Criar espaços de interação, propondo atividades que

propiciem o pensar de forma crítica e reflexiva. Despertar no aluno o espírito de

pesquisa e do prazer em aprender, exercitar a compreensão de si mesmo, dos

outros e do mundo.

Os professores, considerados classe pensante da sociedade devem

tornar-se pesquisadores dos conteúdos que ensinam e da prática pedagógica

35

que desenvolvem, procurando aperfeiçoar seu desempenho profissional e situar-

se no mundo atualizado, engajando-se na luta por transformá-lo.

A escola possui professor de Apoio e Comunicação Alternativa que

atende cadeirantes com suporte pedagógico, com carga horária de 20 horas

semanais.

Cabe também ao docente:

Participar da elaboração, implementação e avaliação do Projeto Político

Pedagógico da instituição. Elaborar, com a equipe pedagógica, a Proposta

Pedagógica Curricular da disciplina, em consonância com o Projeto Político

Pedagógico e as Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais. Participar do

processo de escolha, juntamente com a equipe pedagógica, dos livros e

materiais didáticos da disciplina. Elaborar o Plano de Trabalho Docente.

Desenvolver as atividades de sala de aula, tendo em vista a apreensão crítica

do conhecimento, pelo aluno. Proceder à reposição dos conteúdos, carga horária

e/ou dias letivos aos alunos, quando se fizer necessário, a fim de cumprir o

calendário escolar, resguardando prioritariamente o direito do aluno. Proceder à

avaliação contínua, cumulativa e processual dos alunos, utilizando-se de

instrumentos e formas diversificadas de avaliação, previstas na legislação.

Promover o processo de recuperação concomitante de estudos para os alunos,

estabelecendo estratégias diferenciadas de ensino e aprendizagem, no decorrer

do período letivo. Participar do processo de avaliação educacional no contexto

escolar dos alunos com dificuldades acentuadas de aprendizagem, sob

coordenação e acompanhamento da equipe pedagógica, com vistas à

identificação de possíveis necessidades educacionais especiais e posterior

encaminhamento aos serviços e apoios especializados da educação especial,

se necessário. Participar de processos coletivos de avaliação do trabalho e da

escola, com vistas ao melhor desenvolvimento do processo ensino e

aprendizagem. Participar de reuniões, sempre que convocado pela direção.

Assegurar que, no âmbito escolar, sejam banidos tratamento discriminatório em

decorrência de diferenças físicas, étnicas, de gênero, orientação sexual, credo,

ideologia, condição sócio cultural. Viabilizar a igualdade de condições para a

permanência do aluno na escola, respeitando a diversidade, a pluralidade

cultural e as peculiaridades de cada aluno, no processo de ensino e

aprendizagem. Participar de reuniões e encontros para planejamento e

36

acompanhamento, junto ao professor de Serviços e Apoios Especializados, da

Sala de Apoio à Aprendizagem, da Sala de Recursos e de Contra turno, a fim de

realizar ajustes ou modificações no processo de intervenção educativa, sempre

que houver necessidade. Estimular o acesso a níveis mais elevados de ensino,

cultura, pesquisa e criação artística. Participar ativamente dos Pré-Conselhos e

Conselhos de Classe, na busca de alternativas pedagógicas que visem ao

aprimoramento do processo educacional, responsabilizando-se pelas

informações prestadas e decisões tomadas, as quais serão registradas e

assinadas em Ata. Propiciar ao aluno a formação ética e o desenvolvimento da

autonomia intelectual e do pensamento crítico, visando ao exercício consciente

da cidadania. Zelar pela frequência do aluno à escola, comunicando qualquer

irregularidade à equipe pedagógica. Cumprir o calendário escolar, quanto aos

dias letivos, horas-aula e horas-atividade estabelecidos, além de participar

integralmente dos períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao

desenvolvimento profissional. Cumprir suas horas-atividade no âmbito escolar,

dedicando-as a estudos, pesquisas e planejamento de atividades docentes, sob

orientação da equipe pedagógica, conforme determinações da Secretaria de

Estado da Educação. Manter atualizados os Registros de Classe, conforme

orientação da equipe pedagógica e secretaria escolar, deixando-os disponíveis

na instituição de ensino. Participar do planejamento e da realização das

atividades de articulação da escola com as famílias a comunidade. Dar

cumprimento aos preceitos constitucionais, à legislação educacional em vigor e

ao Estatuto da Criança e do Adolescente, como princípios da prática profissional

e educativa. Participar, com a equipe pedagógica, da análise e definição de

Programas a serem inseridos no Projeto Político Pedagógico da instituição de

ensino. Comparecer a instituição de ensino nas horas de trabalho ordinárias que

lhe forem atribuídas e nas extraordinárias, quando convocado. Zelar pelo sigilo

de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e famílias. Manter

e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com

alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar. Participar

da avaliação institucional, conforme orientação da Secretaria de Estado da

Educação. Trabalhar a temática da Educação das Relações Étnico-raciais para

o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena nas disciplinas,

quando o conteúdo exigir. Utilizar adequadamente os espaços e materiais

37

didático pedagógicos disponíveis, como meios para implementar uma

metodologia de ensino adequada à aprendizagem de cada jovem, adulto e idoso.

Atuar na instituição de ensino sede, nas organizações coletiva e individual, como

também nas Ações Pedagógicas Descentralizadas, autorizadas pela Secretaria

de Estado da Educação. Participar da aplicação dos Exames Supletivos

autorizados pela Secretaria de Estado da Educação, quando docente da

Educação de Jovens e Adultos. Cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento

Escolar.

É dever dos agentes educacionais I:

Os Funcionários que atuam nas Áreas de Manutenção de Infra-estrutura

Escolar e Preservação do Meio Ambiente, Alimentação Escolar e Interação com

o Educando tem a seu encargo zelar pela segurança e realizar os serviços de

conservação, manutenção, preservação, alimentação no âmbito escolar, sendo

coordenado e supervisionado pela direção da instituição de ensino.

Compete aos funcionários que zelam pela segurança e atuam nos serviços

de conservação, manutenção e preservação do ambiente escolar e de seus

utensílios e instalações, cumprirem as normas estabelecidas na legislação

sanitária vigente. Utilizar o material de limpeza sem desperdícios e comunicar à

direção, com antecedência, a necessidade de reposição dos produtos. Zelar pela

conservação do patrimônio escolar, comunicando qualquer irregularidade à

direção. Auxiliar no acompanhamento da movimentação dos alunos em horários

de recreio, de início e de término dos períodos, mantendo a ordem e a segurança

dos estudantes, quando solicitado pela direção. Atender adequadamente aos

alunos com necessidades educacionais especiais temporárias ou permanentes,

que demandam apoio de locomoção, de higiene e de alimentação. Auxiliar na

locomoção dos alunos que fazem uso de cadeira de rodas, andadores, muletas,

e outros facilitadores, viabilizando a acessibilidade e a participação no ambiente

escolar. Auxiliar alunos com necessidades educacionais especiais quanto à

alimentação durante o intervalo, atendimento às necessidades básicas de

higiene e as correspondentes ao uso do banheiro. Auxiliar nos serviços

correlatos à sua função, participando das diversas atividades escolares. Cumprir

integralmente seu horário de trabalho e as escalas previstas, respeitado o seu

período de férias. Participar de eventos, cursos, reuniões sempre que convocado

ou por iniciativa própria, desde que autorizado pela direção, visando ao

38

aprimoramento profissional. Coletar lixo de todos os ambientes da instituição de

ensino, dando-lhe o devido destino, conforme exigências sanitárias. Participar

da avaliação institucional, conforme orientações da Secretaria de Estado da

Educação. Zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores,

funcionários e famílias. Manter e promover relacionamento cooperativo de

trabalho com seus colegas, com alunos, com pais e com os demais segmentos

da comunidade escolar. Exercer as demais atribuições decorrentes do

Regimento Escolar e aquelas que concernem à especificidade de sua função e

as que constam no Regimento Escolar. Coordenar e orientar a movimentação

dos alunos, desde o início até o término dos períodos de atividades escolares.

Zelar pela segurança individual e coletiva, orientando os alunos sobre as normas

disciplinares para manter a ordem e prevenir acidentes na instituição de ensino.

Comunicar imediatamente à direção situações que evidenciem riscos à

segurança dos alunos. Percorrer as diversas dependências da instituição,

observando os alunos quanto às necessidades de orientação e auxílio em

situações irregulares. Encaminhar ao setor competente da instituição de ensino

os alunos que necessitarem de orientação ou atendimento. Observar a entrada

e a saída dos alunos para prevenir acidentes e irregularidades. Acompanhar as

turmas de alunos em atividades escolares externas, quando se fizer necessário.

Auxiliar a direção, equipe pedagógica, docentes e secretaria na divulgação de

comunicados no âmbito escolar. Cumprir integralmente seu horário de trabalho

e as escalas previstas. Participar de eventos, cursos, reuniões sempre que

convocado ou por iniciativa própria, desde que autorizado pela direção, visando

ao aprimoramento profissional. Zelar pela preservação do ambiente físico,

instalações, equipamentos e materiais didáticos pedagógicos. Auxiliar a equipe

pedagógica no remanejamento, organização e instalação de equipamentos e

materiais didáticos pedagógicos. Atender e identificar visitantes, prestando

informações e orientações quanto à estrutura física e setores da instituição de

ensino.

Compete aos agentes educacionais II:

Os funcionários das áreas de administração escolar e operação de

Multimeios escolares atuam na secretaria, biblioteca e laboratório(s) da

instituição de ensino.

O funcionário que atua na secretaria como secretário (a) escolar é indicado

39

pela direção da instituição de ensino e designado por Ato Oficial, conforme

normas da Secretaria de Estado da Educação. O serviço da secretaria é

coordenado e supervisionado pela direção e coordenação pedagógica. O

secretário escolar deve conhecer o Projeto Político Pedagógico da instituição de

ensino. Cumprir a legislação em vigor e as instruções normativas emanadas da

Secretaria de Estado da Educação, que regem o registro escolar do aluno e a

vida legal da instituição de ensino.

Distribuir as tarefas decorrentes dos encargos da secretaria aos demais

funcionários. Receber, redigir e expedir a correspondência que lhe for confiada.

Organizar e manter atualizados a coletânea de legislação, resoluções, instruções

normativas, ordens de serviço, ofícios e demais documentos. Efetivar e

coordenar as atividades administrativas referentes à matrícula, transferência e

conclusão de curso, mantendo informada a coordenação pedagógica. Elaborar

relatórios e processos de ordem administrativa a serem encaminhados às

autoridades competentes.

Também cabe ao secretário escolar encaminhar à direção, em tempo

hábil, todos os documentos que devem ser assinados. Organizar e manter

atualizado o arquivo escolar ativo e conservar o inativo, de forma a permitir, em

qualquer época, a verificação da identidade e da regularidade da vida escolar do

aluno e da autenticidade dos documentos escolares. Responsabilizar-se pela

guarda e expedição da documentação escolar do aluno, respondendo por

qualquer irregularidade. Manter atualizados os registros escolares dos alunos no

sistema informatizado. Organizar e manter atualizado o arquivo com os atos

oficiais da vida legal da escola, referentes à sua estrutura e funcionamento.

Atender a comunidade escolar, na área de sua competência, prestando

informações e orientações sobre a legislação vigente e a organização e

funcionamento da instituição de ensino, conforme disposições do Regimento

Escolar, encaminhando-os para a coordenação pedagógica.

Zelar pelo uso adequado e conservação dos materiais e equipamentos da

secretaria. Orientar os professores quanto ao prazo de entrega do Livro Registro

de Classe com os resultados da frequência e do aproveitamento escolar dos

alunos, com o conhecimento da equipe pedagógica. Cumprir e fazer cumprir as

obrigações inerentes às atividades administrativas da secretaria, quanto ao

registro escolar do aluno referente à documentação comprobatória, de

40

adaptação, aproveitamento de estudos, progressão parcial, classificação,

reclassificação e regularização de vida escolar, mantendo informada a equipe

pedagógica. Organizar o Livro Ponto de professores e funcionários,

encaminhando ao setor competente a sua frequência, em formulário próprio.

Secretariar os Conselhos de avaliação e reuniões, redigindo as respectivas Atas,

juntamente com a equipe pedagógica. Conferir, registrar e/ou patrimoniar

materiais e equipamentos recebidos. Comunicar imediatamente à direção toda

irregularidade que venha ocorrer na secretaria da escola. Participar de eventos,

cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por iniciativa própria, desde que

autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional de sua função.

Auxiliar a equipe pedagógica e direção para manter atualizados os dados no

Sistema de Controle e Remanejamento dos Livros Didáticos. Fornecer dados

estatísticos inerentes às atividades da secretaria escolar, quando solicitado.

Participar da avaliação institucional, conforme orientações da Secretaria de

Estado da Educação. Zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos

professores, funcionários e famílias. Manter e promover relacionamento

cooperativo de trabalho com seus colegas, com alunos, com pais e com os

demais segmentos da comunidade escolar.

Organizar, registrar e expedir a documentação escolar dos alunos que

frequentam as Ações Pedagógicas Descentralizadas da Modalidade Educação

de Jovens, Adultos e Idosos.

3.8 ARTICULAÇÃO DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO COM PAIS E/OU

RESPONSÁVEIS

Conforme a LDBEN, em seu artigo 165, os pais e/ ou responsáveis têm

garantidos os direitos e os deveres outorgados por toda a legislação e podem

sempre que quiserem ter acesso aos documentos que regem esta, na instituição

escolar.

É direito dos pais ou responsáveis ter ciência do processo pedagógico,

bem como participar da definição das propostas educacionais.

Assim como existem também, proibições, sendo qualquer uso indevido de

material ou equipamento que venha causar prejuízos pedagógicos.

41

No CEEBJA, sempre que necessário os pais ou responsáveis por alunos

menores são convidados para reuniões em horários escolhidos por estes, para

que possam esclarecer quaisquer situações que envolva seus filhos menores de

18 anos.

Existe ainda o processo denominado busca ativa, quando o aluno é menor

de 18 anos, está matriculado e não frequenta as aulas regularmente. Sendo que

os professores detectam a ausência, comunicam a coordenação pedagógica e

assim inicia-se o processo que envolve além da escola, os responsáveis e

posteriormente o conselho tutelar e até, caso necessário, o conselho tutelar

encaminha ao juizado da Vara da Infância e da juventude. Porém tenta-se

esgotar todas as possibilidades de busca através da escola, comunicando-se

com familiares via telefone.

Na escola o atendimento aos alunos, pais e comunidade, pode-se fazer

em qualquer horário de atendimento da escola, visto que a equipe pedagógica

esta preparada para atender aluno que frequenta qualquer turno da escola.

3.9 FORMAÇÃO CONTINUADA DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO

O CEEBJA se preocupa com a qualidade de ensino, proporcionando

grupos de estudo e reuniões pedagógicas, com momentos de reflexão conjunta

sobre o processo educativo, visando o aperfeiçoamento da ação pedagógica da

instituição de ensino como: processo reflexivo contínuo sobre as práticas

escolares; indicativo para o planejamento das ações escolares; processo

sistemático de avaliação do trabalho para reorganização das práticas

pedagógicas; tomada de decisão coletiva quanto ao processo contínuo de

avaliação, recuperação e promoção dos educandos de acordo com a Proposta

Pedagógica e os princípios estabelecidos no Regimento Escolar; capacitação

continuada / permanente da equipe escolar. Inclui-se também conforme previsto

em calendário escolar a semana pedagógica e as oficinas de formação em ação.

Além desta formação proposta pela SEED têm-se ainda vários cursos online, do

PDE (Programa de Desenvolvimento da Educacional).

Uma das formas de formação dos profissionais é a equipe multidisciplinar

se faz necessária para orientar e auxiliar o desenvolvimento das ações relativas

42

à Educação das Relações Etnico-raciais e ao Ensino de História e Cultura Afro-

Brasileira, Africana, Africana e Indígena, ao longo do período letivo.

A equipe multidisciplinar é um grupo de estudos formados pela

comunidade escolar que envolve todo o trabalho escolar, sensibilizando um novo

olhar sobre as diferenças existentes e renovando as necessidades de se

trabalhar os temas relacionados e trazendo um novo ânimo a todos os

professores e alunos da escola quando da exposição de trabalhos, palestras,

excursões, aulas de campo e outros.

3.10 ACOMPANHAMENTO E REALIZAÇÃO DA HORA ATIVIDADE

O CEEBJA de Pato Branco organiza sua hora atividade conforme

orientação do Núcleo Regional de Educação (NRE), SEED/PR conforme a

instrução 08/2015.

Os professores usufruem deste tempo para realizarem as atividades

burocráticas pertinentes, para planejar aulas, preparar materiais como provas,

trabalhos e outros, ainda para pesquisar, trocar informações com colegas da

mesma área, sempre que possível, e se reunir com professor pedagogo para

orientações necessárias e sempre que houver necessidade atender alunos e até

mesmo pais de alunos menores.

3.11 ORGANIZAÇÃO DE TEMPO E ESPAÇO PEDAGÓGICOS E CRITÉRIOS

DE ORGANIZAÇÃO DAS TURMAS

Na organização coletiva, programada pela escola e oferecida aos

educandos por meio de um cronograma que estipula o período, dias e horário

das aulas, com previsão de início e término da disciplina, oportunizando ao

educando a integralização do currículo, com a carga horária prevista na

legislação.

Da mesma forma acontece a oferta das disciplinas de forma individual,

programada pela escola, conforme a demanda e oferecida aos educandos por

meio de um cronograma que estipula o período, dias e horário das aulas,

43

contemplando mais intensamente a relação pedagógica personalizada e o ritmo

próprio do educando, nas suas condições de vinculação à escolarização e nos

saberes já apropriados.

O CEEBJA disponibiliza turmas de coletivos e salas de turmas de

individual conforme a demanda, ou seja, conforme a procura de alunos pelas

disciplinas, adequando-se ao numero de salas disponíveis e aos dias da

semana, buscando sempre atender o maior número de alunos possível.

Está estabelecido que os alunos maiores possam entrar na escola no

horário possível a cada um, no entanto uma vez dentro da escola devem

permanecer até o final da carga horária que pretendem fazer no período, pois se

decidirem sair no intervalo não poderá retornar, igualmente, em casos

específicos que justifiquem.

Em caso de alunos menores de 18 anos, poderão sair com autorização

dos pais e ou conforme combinados com professores e coordenação

pedagógica.

O período de funcionamento da escola nos seguintes turnos e horários:

Manhã das 7h45min às 11h45minutos com intervalo de 10 minutos no

meio do período contemplando 4 horas aula no período.

Tarde das 13h15min às 16h45 minutos com intervalo de 10 minutos no

meio do período, contemplando 4 horas aula.

No período noturno é onde se concentra o maior fluxo de alunos de alunos

devido serem jovens e adultos na maioria trabalhadores de horários diurnos, no

entanto observa-se que nos períodos da manhã e tarde também existe procura

de vagas, porém com demanda mais baixa.

Noite das 18h 45 min. as 22h 15min. com intervalo de 10 minutos no meio

do período, contemplando 4 horas aula.

Sendo o funcionamento de segunda a sexta feira, seguindo-se o

calendário escolar.

3.11.1 BIBLIOTECA

A biblioteca constitui-se em espaço pedagógico, cujo acervo encontra-se

à disposição de toda comunidade escolar e está a cargo de profissionais

competentes para o exercício da função.

44

A biblioteca tem regulamento próprio, onde estão explicitados sua

organização, funcionamento e atribuições do responsável. O regulamento do uso

da biblioteca é elaborado por um agente I responsável, sob orientação da equipe

pedagógica, com aprovação da direção e do conselho escolar, de modo que esta

esteja disponibilizada a todos os que precisam dos livros e do espaço. A

biblioteca não deve ser pensada como um espaço onde apenas o aluno é

frequentador, como também professores e a própria comunidade. Para

entendermos melhor o conceito de biblioteca escolar é preciso vê-la como um

local privilegiado para prática pedagógica (com regulamento próprio).

É organizada para se integrar com a sala de aula no desenvolvimento do

currículo escolar. Além disso, a biblioteca tem como objetivo despertar nos

alunos o interesse pela leitura e pesquisa, podendo servir, também, como

suporte para a comunidade em suas necessidades de informação.

3.11.2 LABORATÓRIO DE CIÊNCIAS NATURAIS, QUÍMICA, FÍSICA E

BIOLOGIA

Ciência e tecnologia são elementos essenciais para a transformação e o

desenvolvimento da sociedade atual. Esta, por sua vez, tem exigido um volume

de informações muito maior do que em qualquer época do passado, quer seja

para o acesso ao mundo do trabalho, quer para o exercício consciente da

cidadania e para as atividades do cotidiano.

As atividades de laboratório, quando bem implementadas, assumem

papel de suma importância, auxiliando o professor no encaminhamento

metodológico de temas ou assuntos em estudos, propiciando a participação ativa

dos educandos, potencializando as atividades experimentais e facilitando a

compreensão de conceitos ou fenômenos.

Assim, seguindo o entendimento do Conselho Estadual de Educação,

expresso no parecer nº 095/99 “... indubitavelmente, um conceito novo para o

espaço denominado laboratório acompanha uma educação científica nova,

espaço que passará a incluir também o pátio da escola, a beira do mar, o bosque

ou a praça pública...” explicitam a não obrigatoriedade de espaço específico e

materiais pré-determinados, para concretização de experimentos nas

instituições de ensino, reforçando o princípio pedagógico da contextualização,

45

que se quer implementar neste Centro Estadual de Educação Básica para

Jovens e Adultos. O laboratório de ciências naturais, Química, Física e Biologia

constitui um espaço pedagógico para o uso dos professores e educandos. Para

isso o professor deverá:

_Deixar os materiais e o laboratório limpos, após o uso;

_Comunicar à direção, a quebra de objetos, falta de reagentes e o não

funcionamento de equipamentos;

_Fazer uso do laboratório somente se os educandos estiverem sob seu

acompanhamento;

_Retirar material do laboratório com autorização prévia da direção escolar;

_Responsabilizar-se quanto ao uso dos materiais que possam causar acidentes,

devendo comunicar imediatamente a direção escolar quando houver ocorrência;

_Esclarecer aos educandos as normas de segurança para o uso do laboratório.

3.11.3 LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA

Vivemos em um tempo de “globalização do conhecimento” quando o

cidadão deve dominar as tecnologias existentes. Assim sendo, a informática na

escola é possibilidade de construir estratégias e habilidades necessárias para

compreensão e inserção no mundo atual com novas formas de expressão e

comunicação. Neste enfoque será tratada como um recurso e estratégia para

garantir e ampliar a qualidade e o processo de ensino aprendizagem.

É preciso ensinar o aluno a trabalhar a informação, utilizando-a para colaborar

na solução dos problemas da realidade. Dessa forma, o uso da tecnologia

possibilita ensinar de formas diferentes, transformando a aula em investigação.

A escola é o lugar da organização dos conhecimentos. E é preciso que jovens

adultos e idosos sejam preparados para lidar com a informação.

Este estabelecimento de ensino oferece recursos tecnológicos de

informática e softwares educacionais ao corpo docente, mantendo-se atualizado

nas novas tecnologias de apoio ao ensino, para garantir e ampliar a qualidade

do processo de ensino e aprendizagem.

O laboratório de informática Paraná Digital constitui-se em um espaço de

apoio ao corpo docente e está à disposição do mesmo e de seus respectivos

educandos.

46

O ensino informatizado na escola tem por objetivos:

Complementar o conteúdo, por meio de abordagens diferentes às desenvolvidas

no processo pedagógico escolar com o professor;

Capacitar os educandos a manusear o computador nas atividades escolares e

cotidianas;

Propiciar ao educando a possibilidade de ser sujeito do seu próprio

conhecimento.

Para o uso do laboratório de informática o professor deve:

Requisitar o uso do laboratório de informática ao professor pedagogo ou ao

diretor, obedecendo a calendário de atividades, bem como das aulas que serão

utilizadas de acordo com o acervo do laboratório;

Comunicar ao responsável a quebra de objetos falta de material ou mesmo o

não funcionamento de equipamentos.

Fazer uso do laboratório somente se os educandos tiverem acompanhamento

ou na presença de um responsável;

Esclarecer os educandos quanto ao uso do laboratório de informática.

3.11.4 AÇÕES PEDAGÓGICAS DESCENTRALIZADAS – APED’S

Esta instituição escolar desenvolve ações pedagógicas descentralizadas,

efetivadas em situações de evidente necessidade, dirigidas a grupos sociais com

perfis e necessidades próprias e onde não haja oferta de escolarização para

jovens, adultos e idosos, respeitadas a proposta pedagógica e o regimento

escolar, desde que autorizado pela SEED/PR, segundo critérios estabelecidos

pela mesma Secretaria em instrução própria que são disponibilizadas em

Colégios Estaduais nos Municípios de Honório Serpa, Itapejara D’oeste, Vitorino,

Mariópolis além de Colégios Estaduais situados nos bairros Planalto, São Roque

do Chopim e São Vicente, em Pato Branco.

No caso das APED’s, em cada local sempre é ofertado uma ou duas

disciplinas por vez de modo coletivo até o termino da disciplina e assim

sucessivamente. São ofertadas disciplinas para o grupo caminhar junto até

47

completarem todas as disciplinas do currículo e assim inicia-se um novo ciclo até

que tenha demanda no local.

As APED’s funcionam regularmente nos locais citados tendo inicio às

18h45min até as 22h15min, com intervalo de 10 minutos no meio do período,

sendo que as turmas funcionam somente no período noturno, devido a procura

de alunos são para este período.

3.11.5 EXAMES SUPLETIVOS

Esta instituição escolar oferta Exames Supletivos, sempre que ofertado

pelo MEC, atendendo ao disposto na Lei nº 9394/96, desde que autorizado e

credenciado pela Secretaria de Estado da Educação, por meio de edital próprio.

3.11.6 ÍNDICES DE APROVEITAMENTO ESCOLAR (INDICADORES

EXTERNOS E INTERNOS), ABANDONO/EVASÃO E RELAÇÃO IDADE/ANO

Conforme a Lei nº 8069/90 – Estatuto da Criança e do Adolescente ECA,

em seu artigo 56, e em conformidade com a Constituição federal, em sua

Emenda nº 59/2009, alterando o artigo 208, esta instituição de ensino participa

do plano de evasão e abandono escolar de adolescentes matriculados.

Cabe a instituição manter-se atenta as presenças dos alunos menores de

18 anos matriculados e fazer-se o acompanhamento através dos professores de

salas de aula, que devem repassar para a equipe pedagógica e direção da

escola.

Este deverá encaminhar o processo de busca ativa do mesmo, através

do contato telefônico, na sequência é feita reunião com os responsáveis em

horários pré-estabelecidos pelas partes, com a equipe pedagógica na busca de

esclarecimentos dos motivos das faltas. Depois disso, se tudo ficar esclarecido

tudo volta à normalidade.

Caso até este momento da busca ativa não se obtenha êxito, nas ações

processuais são encaminhados as fichas de acompanhamento, com todas as

informações possíveis ao conselho tutelar, instituição que irá continuar a busca,

juntamente com o CRAS. Caso não se obtenha sucesso e dependendo da

48

situação tudo é encaminhado à promotoria da Vara da infância e da juventude

para os procedimentos cabíveis.

A instituição escolar tenta ao máximo resolver com a busca pelos

familiares nos telefones deixados pelos responsáveis no ato da matricula e

também baseado nas informações e orientações dadas aos pais e ou

responsáveis neste mesmo momento, quando estes assinam ficha de

responsabilidade e são orientados sobre suas responsabilidades como tutores

deste adolescente.

3.11.7 RELAÇÃO ENTRE OS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO E

DISCENTES

As relações de trabalho em nossa comunidade escolar são amigáveis,

respeitosas, obedecendo à hierarquia, onde cada um desenvolve seu trabalho

visando a um ensino de qualidade. Os problemas de natureza pedagógica,

administrativa e situações emergenciais são resolvidos por grupos de trabalho

envolvendo a direção, equipe pedagógica, coordenadores, professores e

funcionários. A direção exerce a função de liderança na escola, com base no

modelo participativo, dividindo o poder de decisão dos assuntos escolares com

toda a equipe em especial com o conselho escolar em casos específicos.

A convivência entre os profissionais de cada turno escolar vai se

estabelecendo naturalmente no avanço do ano letivo e conforme vão surgindo e

sendo criadas necessidades. Este é um processo que vai se estabelecendo

conforme o perfil dos profissionais e educandos envolvidos, pois ao sentirem que

todos têm voz e vez, devido à abertura dada pelos diretores, cada dia mais é

percebido a participação de professores, educandos e profissionais envolvidos,

que solicitam alterações de procedimentos, solicitam inovações, solicitam

realização de eventos, passeios entre outras coisas que contribuem para a

melhoria do funcionamento e causam bem estar nos envolvidos.

Ocorrem ainda queixas, ou críticas construtivas, encaminhadas a

coordenação pedagógica e ou direção da instituição que buscam ouvir as partes

mediando diálogo, de modo que todos aprendam com as situações e continuem

na convivência pacífica e enriquecedora, compreendendo as diversidades de

pensamento e de postura diante das situações, desenvolvendo princípios de

49

tolerância, coletividade e outros que se possam compreender, promovendo

mudanças de mentalidade, que é dever do cidadão e dever da escola na

formação deste.

O estágio não obrigatório, conforme lei nº 11788/08 para alunos do ensino

médio, como atividade não complementar é opcional ao estudante e deve

permitir que as ações desenvolvidas no ambiente de trabalho sejam

aproveitadas e sirvam de ligação entre a escola e o trabalho, relacionando-as

aos conhecimentos universais necessários.

O professor pedagogo, coordenador de ações pedagógicas é o

responsável pelo acompanhamento das práticas de estágio envolvendo alunos,

acompanham ações pedagógicas que estes desenvolvem como atividades de

estágio, informados sobre as atividades desenvolvidas de modo que os

professores possam contribuir para esta relação prática.

4. MARCO CONCEITUAL

Reconhecer, o direito de pessoas que desejam ou precisam retornar aos

bancos escolares requer compreensão de suas possibilidades e de seus

anseios. Para isso os profissionais da Educação de adolescentes, Jovens,

Adultos e Idosos, no CEEBJA, trabalham de acordo com as seguintes

concepções:

4.1 CONCEPÇÃO DE FORMAÇÃO HUMANA INTEGRAL

A modalidade Educação de Jovens, Adultos e Idosos – EJA atende

educandos trabalhadores e tem como finalidade e objetivos o compromisso com

a formação humana integral do educando, possibilitando-lhe acesso à cultura

geral, de modo que os educandos venham a participar política e produtivamente

das relações sociais, com comportamento ético e compromisso político, através

50

do desenvolvimento intelectual dando-lhe capacidade de ter autonomia em suas

decisões.

A educação de adultos exige uma inclusão que tome por base o reconhecimento do jovem adulto como sujeito. Coloca-nos o desafio de pautar o processo educativo pela compreensão e pelo respeito do diferente e da diversidade: ter o direito a ser igual quando a diferença nos inferioriza e o de ser diferente quando a igualdade nos descaracteriza. Ao pensar no desafio de construirmos princípios que regem a educação de adultos, há de buscar-se uma educação qualitativamente diferente, que tem como perspectiva uma sociedade tolerante e igualitária, que a reconhece ao longo da vida como direito inalienável de todos. (SANTOS, 2004)

Além de que se leva em consideração a injustiça social que estes

indivíduos já sofreram, pela falta de conhecimentos acadêmicos e das

oportunidades de frequentar a escola como centro formador.

4.2 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO

Neste aspecto busca-se levar o educando a formar conceitos básicos

necessários para tomar decisões sobre sua própria vida e a vida social,

econômica e política da comunidade onde vive. Portanto os professores

trabalham de modo a dar subsídios para isso, proporcionando educação de

qualidade, preocupando-se que todos tenham um desenvolvimento que os leve

ao progresso.

A escola como um todo se prepara para receber aos educandos,

independente dos conhecimentos que cada indivíduo adquiriu ao longo de sua

vida, no seu cotidiano, tudo que o individuo traz consigo em relação a sua

vivencia, aos seus conceitos, serão aproveitados e servirão de base para formar

novas concepções, novos conceitos em relação ao mundo e a sua atuação nele.

4.3 CONCEPÇÃO DE MUNDO

A escola tem a tarefa de contribuir, em sua especificidade, para a

atualização histórico-cultural dos cidadãos. Isso implica uma preparação para o

viver com qualidade. O que perpassa pelos conteúdos trabalhados na escola.

Entende-se que educação escolar olhada deste aspecto deve levar a superação

das injustiças sociais através da formação de conceitos de cidadania nos

51

educandos, problematizando questões, de modo que aprendam a pensar e agir

de maneira criativa e comunitária, criando uma visão de mundo que contribua

com a politização do individuo que o leve a usufruir dos bens sócios econômicos

e culturais produzidos de forma gradativa.

Dentro disso implica em que se sintam acolhidos e que percebam que

podem aprender os conhecimentos escolares do ponto em que estão sem

constrangimentos e perceber que o tempo de cada um é diferente, assim como,

cada um tem seu espaço na vida em todos os campos de atuação dos quais

participam em seu cotidiano.

4.4 CONCEPÇÃO DE CIDADANIA

A educação de qualidade tem como referencia o momento histórico, assim

como o passado histórico, e não somente a história da educação, mas a história

social, política, cultural e econômica, que dão subsídios para a formação da

cidadania, transformando o sujeito num cidadão que seja atuante através dos

conhecimentos, das buscas de informação e da pesquisa, ofertando aos

educandos as possibilidades e a autoconfiança de que na atualidade todos

podem ser pesquisadores e assim ser mais ativos e participativos em seus

grupos de convivência para o bem estar de todos do seu grupo assim como da

sociedade em geral.

Buscando inserir um desenvolvimento mental nos educandos que os

leves a compreender princípios de sustentabilidade, no que se refere ao mundo

e a si mesmo como pessoa, como trabalhador, como membro da sociedade,

enfim como ser pensante e responsável pela sua existência.

O CEEBJA-Pato Branco considera fundamental a Constituição Brasileira,

a LDB, as DCES, o Plano Nacional de Educação, o Plano Estadual de Educação,

devido a importância do aspecto legal, para então traçar para esta instituição

escolar, os conceitos fundamentais para o seu funcionamento que leve a atingir

o objetivo proposto neste mesmo documento, que é dar subsídios básicos ao

educando para ser capaz de exercer plenamente sua cidadania, conforme

Preconiza as Diretrizes Curriculares Estaduais de Educação de Jovens, Adultos

e idosos no Estado do Paraná.

52

4.5 CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE

Esta concepção entra em debate frequente, devido aos questionamentos

no interior da escola, quanto a sua função social e a natureza do trabalho

educativo. Partindo daí pode-se afirmar que como diz Busetti, que “o trabalho

pedagógico se transforma num processo de criação e recriação do

conhecimento, reduzindo a distância entre a linguagem dos conceitos abstratos

e a linguagem da concretude da vida. Conceituar é adentrar nas experiências da

vida.” (BUSETTI apud SÃO PAULO, 1995.p.18). Com os trabalhos realizados no

interior da escola pretende-se formar cidadãos conscientes do seu papel na

sociedade, com deveres e direitos e com compromisso ético, político e social.

4.6 CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO

Contendo todos os conteúdos previstos para o ensino regular, ainda deve

ser adaptado às condições do aluno egresso à escola e os professores precisam

respeitar,

(...) os diferentes ritmos, comportamentos, experiências, trajetórias pessoais, contextos familiares, valores e níveis de conhecimentos de cada (...) [Sujeito] (professor) Imprimem ao cotidiano escolar a possibilidade de troca de repertórios, de visão de mundo, confrontos, ajuda mútua e consequente ampliação das capacidades individuais.” (Rego, 1995, p.110)

Enfatizando a necessidade de melhorar as condições de vida dos sujeitos

adequando os conteúdos curriculares as necessidades mais emergentes que

venham ao encontro de suas atividades profissionais e ou dos objetivos de cada

educando junto aos seus.

4.7 CONCEPÇÕES DE TECNOLOGIA

Ao considerar os avanços tecnológicos e o surgimento de novas

necessidades sociais e econômicas, surge a necessidade de aprender a usar

essas ferramentas também na escola e consequentemente criar novos princípios

didáticos pedagógicos, adequando-se as possibilidades dos educandos

frequentadores da escola. Reafirmar as possibilidades de transformação do

cidadão, por meio dos conhecimentos inclusive nesta área.

53

A informática é apresentada como um recurso que contribui para a

construção do conhecimento, e a Educação deve buscar conexão com a

realidade. A História registra que nas atividades das mais variadas sociedades,

ferramentas e instrumentos são importantes para o desenvolvimento do

indivíduo.

O Estado do Paraná vem investindo na melhoria da aprendizagem no

ambiente escolar, seja por meio da oferta de programas de estudo e

desenvolvimento profissional (proporcionado aos seus docentes), seja por meio

de ações de instrumentalização tecnológica nas escolas, contribuindo para a

melhoria da Educação brasileira.

O computador é o artefato tecnológico contemporâneo considerado como

uma ferramenta privilegiada para práticas de aprendizagem e uma alternativa

viável de abordagem para a busca de efeitos significativos na Educação. O uso

da tecnologia na aprendizagem é mais do que objetos, ferramentas,

conhecimentos técnicos e conceituais, pois envolve postura afetiva, social,

simbólica e conceitual por parte do docente e precisa estar ciente de que,

aprimorar os conhecimentos que integram sua atuação, faz parte de seu dever

e também é seu direito como profissional na Educação. Um ambiente

informatizado pode contribuir para desenvolver a comunicação, a troca de ideias,

opiniões, reflexões, num constante aprender e desenvolver a aprendizagem.

4.8 CONCEPÇÃO DE CULTURA

A cultura constitui-se de tudo aquilo que é construção humana: o saber, o

fazer, o ser de cada grupo, impregnados dos valores e significados conferidos

às suas ações. Ela é produto de um eterno labor da sociedade, acumulando em

si o que é adquirido, conservado e transmitido entre as gerações.

Cultura não é acessório da condição humana, é sim seu substrato. O ser

humano é humano porque produz cultura, dando sentido à experiência objetiva,

sensorial. Segundo Saviani (ano 2008, p11), para sobreviver, o homem

necessita extrair da natureza, ativa e intencionalmente, os meios de sua

subsistência. Ao fazer isso, ele inicia o processo de transformação da natureza,

criando um mundo humano (o mundo da cultura).

54

O ser humano cria e recria conforme as necessidades surgidas e vai

agregando alterações e mudanças em seu comportamento conforme surge a

necessidade na escola os educandos são provocados pelos conhecimentos a

refazerem seus conceitos de vida levando-os a ter nova visão e nova leitura do

mundo. Assim ocorre a melhoria cultural do educando e dos que convivem com

este, criando-se novos conceitos de vida e de trabalho.

4.9 CONCEPÇÃO DE ENSINO-APRENDIZAGEM

Para enfatizar o debate da comunidade escolar, sabendo-se que o

processo de ensino-aprendizagem é dinâmico e que resulta na produção de

novos conceitos, daquilo que o educando já conhecia empiricamente e também

da correlação com os conhecimentos científicos, pressupondo diferentes

concepções, muitas vezes antagônicas que o homem tem sobre si, sobre o

mundo e sobre o conhecimento. O conhecimento pressupõe as concepções de

homem, de mundo, Conforme enfatiza Veiga:

O conhecimento escolar é dinâmico e não uma mera simplificação do conhecimento científico, que se adequaria à faixa etária e aos interesses dos alunos. Dessa forma, o conhecimento escolar é resultado de fatos, conceitos, e generalizações, sendo, portanto, o objeto de trabalho do professor. (VEIGA: 1995, p. 27)

Essa dinamicidade do ensino aprendizagem inevitavelmente perpassa

pela realidade dos que frequentam a entidade educacional. O comportamento

da sociedade é determinante para se estabelecer os saberes necessários a

serem trabalhados na escola.

Pelos saberes se criam novas possibilidades de melhorar a cultura e de

agir socialmente a partir das contradições geridas pelo processo de

transformação da base econômica. Para tanto o agir da escola é embasada na

concepção de educação histórico crítica social dos conteúdos, que vê a

possibilidade de evolução de toda uma sociedade pelos conhecimentos.

Segundo o entendimento do modo como funciona a sociedade não pode

se limitar as aparências”. É necessário compreender as leis que regem o

desenvolvimento da sociedade. Obviamente que não se trata aqui de leis

materiais, mas sim de leis que se constituem historicamente.

55

4.10 CONCEPÇÃO DE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO

O sistema de escrita surgiu a partir de desenhos e símbolos usados a

milhares de anos pelos humanos e o aperfeiçoamento foi acontecendo conforme

as necessidades surgidas, para a comunicação entre membros de um grupo,

tribos e com o passar do tempo histórico chegou-se a convenções de escritas e

de seus símbolos gráficos Quando no inicio estas convenções eram registradas

em pedras, posteriormente outros materiais,chegando-se a invenção do papel e

da imprensa.

A aprendizagem do sistema alfabético e ortográfico de escrita e das

técnicas para seu uso foi denominada alfabetização.

Para que o sujeito se torne leitor e escriba são necessários desenvolver

habilidades peculiares e aprender além dos códigos simbólicos da escrita

compreender a representação dos sons da fala. O que ocorre num determinado

tempo de aprendizagem, onde ocorra à interação entre o sujeito que ensina e o

sujeito que aprende, ocorrendo assim o que se chama de letramento e

alfabetização.

4.11 CONCEPÇÃO DE HOMEM (INFÂNCIA, ADOLESCÊNCIA, JUVENTUDE

E IDOSO)

Desta forma se constrói a concepção de homem, que dialeticamente

constrói sua própria identidade, desde sua infância, juventude, continuando a se

desenvolver na idade adulta e na terceira idade. No âmbito individual, o sujeito

só se percebe e se constrói na convivência, no coletivo, visto que os humanos

pela própria natureza são seres interdependentes e sociais, disto depende a

própria sobrevivência e também a subsistência como pessoa.

Nas relações familiares, nas relações de escola, relações de trabalho, nas

relações estéticas, filosóficas, éticas e até religiosas, estabelecendo-se

princípios que passam a redimensionar o agir dos indivíduos na coletividade,

pois o conhecimento se constrói a partir da relação com o outro e com o objeto

a ser conhecido, onde o aluno se conhece no outro num movimento de ida e

volta, onde o conhecimento de diferentes áreas forma uma totalidade articulada

56

entre si, que transforma a forma de pensar o mundo, para nele agir. (ibidem,

p.19).

O CEEBJA busca aflorar em cada educando as possibilidades deste se

perceber e contribuir para a evolução da coletividade a partir das suas

convicções, descobertas através dos estudos, criação de novos conceitos de

mundo, de trabalho, de convivências e de suas melhorias individuais e familiares.

4.12 CONCEPÇÃO DE CUIDAR E EDUCAR

Podem-se citar aqui, os princípios constituídos na carta dos direitos

humanos, que visam melhorar a vida dos indivíduos através de cuidados e

educação para todos, como sendo um avanço para a sociedade e que a cada

dia passam a ser mais evidente a necessidade de levá-los a prática para a

própria subsistência de toda a humanidade em harmonia e paz.

Os educandos que buscam a escolarização no CEEBJA vêm por

necessidades de melhorias das condições de trabalho ou até mesmo para poder

permanecer no mercado de trabalho empregatício. Assim, para o CEEBJA Pato

Branco cuidar e educar vai além de atender diariamente os sujeitos que

procuram a instituição de ensino, mas envolve formar um cidadão integral, com

possibilidades de intervir na realidade em que vive por meio do conhecimento.

Cabe salientar, que o CEEBJA está no município de Pato Branco, e este

conta com a 6ª colocação em relação aos 399 municípios paranaenses, no índice

de desenvolvimento humano (IDH) de acordo com IPARDES (2010), isto se

deve ao surgimento de novas necessidades sociais e econômicas, vindo ao

encontro da necessidade de os sujeitos buscarem a formação escolar para a

inserção neste modelo de sociedade e usufruir destes novos contextos do mundo

do trabalho.

4.13 CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO

É notório que o educando ao se perceber com capacidade decisória

pelo ato de pensar e agir por si mesmo e munido dos conhecimentos, passam a

compreender o valor do saber e do aprender e da importância da escola.

Segundo Saviani (1992, p. 19), a Educação é um fenômeno próprio dos seres

57

humanos, significa afirmar que ele é ao mesmo tempo uma exigência do e para

o processo de trabalho, bem como é ela própria um processo de trabalho.

Deste modo a escola e o trabalho necessariamente precisam ser espaço

de aprendizagem e com isso possibilitar a apropriação de diferentes

conhecimentos gerados pela sociedade. Conforme Veiga:

O conhecimento escolar é dinâmico e não uma mera simplificação do conhecimento científico, que se adequaria à faixa etária e aos interesses dos alunos. Dessa forma, o conhecimento escolar é resultado de fatos, conceitos, e generalizações, sendo, portanto, o objeto de trabalho do professor. (VEIGA: 1995, p. 27)

O conhecimento produzido no âmbito escolar é intencional, porque a

escola está inserida na sociedade e a serviço dela, produzindo os conhecimentos

necessários para que o sujeito possa atuar nesta mesma sociedade, de forma

melhorada e com maior compreensão de seu papel como cidadão.

4.14 CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO

Onde quer que o sujeito esteja de alguma forma está passando pelo

processo da avaliação seja por suas atitudes, pelo seu proceder, por seu

desempenho, pelo seu crescimento, enfim sempre existe uma avaliação, o

sujeito está sendo visto o tempo todo.

Este processo acontece também na escola e no CEEBJA utiliza-se a

avaliação formativa. A avaliação formativa leva em conta a formação ou a

evolução do individuo, comparando-se com ele mesmo, no tocante ao seu

desenvolvimento e aprendizagem.

Na avaliação assim, deve-se reconhecer as diferentes trajetórias de

vida dos estudantes e, para isso, é preciso flexibilizar os objetivos, os conteúdos,

as formas de ensinar e de avaliar de modo que esta não seja um meio de

aprovação ou reprovação na escola, mas um meio de crescimento e

desenvolvimento do individuo, onde quer que ele esteja inserido. Para que se

torne capaz de mudar sua pratica social mediante suas aprendizagens.

A avaliação formativa tem como preocupação os avanços na

aprendizagem do aluno enquanto sua significância na formação de sujeitos

competentes e conscientes de sua ação transformadora da realidade histórico-

social.

58

A escola deve promover uma educação interdisciplinar, dinâmica e

crítica, em busca de soluções para a problemática social e que aponte caminhos

para a realização pessoal. Uma educação que prepare o aluno para ser um

cidadão competente e transformador. Pinto (1994, p.77), afirma que a educação

é um processo histórico de criação do homem para a sociedade e

simultaneamente de modificação da sociedade para o benefício do homem.

4.15 CONCEPÇÃO DE ESCOLA

A escola como instituição educacional deve construir o conhecimento

de forma criativa, dinâmica, humanizante, construtiva, transformadora,

motivadora, acolhedora, socializante e democrática, que integre toda a

comunidade escolar. “A heterogeneidade, característica presente em qualquer

grupo humano, passa a ser visto como fator imprescindível para as interações

na sala de aula” (REGO, 1995, p.110).

À escola, como um todo, cabe o compromisso com a qualidade de

ensino, analisando periodicamente o planejamento, para que o mesmo tenha

relação com a realidade, efetivando uma aprendizagem sólida e consistente que

responda as necessidades dos alunos.

Desta forma, se queremos construir uma instituição participativa e

democrática, a avaliação e reconstrução de conceitos devem estar pautadas em

princípios éticos e políticos que atendam as necessidades e forme o cidadão

crítico e consciente da dinâmica da sociedade atual.

O conhecimento pressupõe as concepções de homem, de mundo e das

condições sociais que o geram configurando as dinâmicas históricas que

representam as necessidades do homem a cada momento, implicando

necessariamente nova forma de ver a realidade, novo modo de atuação para

obtenção do conhecimento, mudando, portanto a forma de interferir na realidade.

Essa interferência traz consequências para a escola, cabendo a ela garantir a

socialização do conhecimento que foi expropriado do trabalho nas suas relações.

Conforme Veiga (1995, p. 27), “o conhecimento escolar é dinâmico e não

uma mera simplificação do conhecimento científico, que se adequaria à faixa

etária e aos interesses dos alunos.” Dessa forma, o conhecimento escolar é

59

resultado de fatos, conceitos e generalizações, sendo portanto, o objeto de

trabalho do professor.

Reafirma-se que todo o trabalho no interior da escola na EJA, deve estar

voltado aos três eixos articuladores do trabalho pedagógico com jovens, adultos

e idosos, cultura, trabalho e tempo.

4.16 CONCEPÇÃO DE TRABALHO

Segundo as Diretrizes Curriculares Estaduais de EJA, as relações entre

cultura, conhecimento e currículo, oportunizam uma proposta pedagógica

pensada e estabelecida a partir de reflexões sobre a diversidade cultural,

tornando-a mais próxima da realidade e garantindo sua função socializadora –

promotora do acesso ao conhecimento capaz de ampliar o universo cultural do

educando e sua função antropológica, que considera e valoriza a produção

humana ao longo da história, ou seja, o trabalho. E que na atualidade, diferente

do que já foi em sua história:

(...) a escola de jovens e adultos seja um espaço de encontro, onde possam falar de si de suas experiências; trocá-las, trocar afetos e afinidades; sentimentos. Onde sejam reconhecidos e valorizados como pessoas, como trabalhadores com uma função social digna. Que as suas falas sejam levadas em conta, como a de seus professores. Que sejam considerados como interlocutores que podem ser escutados, pelo muito que têm a dizer. (PAIVA, 1997, p.5).

A compreensão de que o educando da EJA relaciona-se com o mundo do

trabalho e por meio deste, busca melhorar a sua qualidade de vida e ter acesso

aos bens produzidos pelo homem, significa contemplar, na organização

curricular, as reflexões sobre a função do trabalho e suas relações na vida

humana.

Em síntese, o atendimento à escolarização de jovens, adultos e idosos,

não se refere exclusivamente a uma característica etária, mas à articulação

desta modalidade com a diversidade sócio cultural de seu público composta,

dentre outros, por populações do campo, indivíduos em privação de liberdade,

indígenas, grupos étnico raciais, pessoas com necessidades educativas

especiais, que demandam uma proposta pedagógica curricular que considere o

tempo/espaço e a cultura desses grupos.

A reentrada no sistema educacional dos que tiveram uma interrupção forçada seja pela repetência ou pela evasão, seja pelas desiguais

60

oportunidades de permanência ou outras condições adversas, deve ser saudada como uma reparação corretiva, ainda que tardia, de estruturas arcaicas, possibilitando aos indivíduos novas inserções no mundo do trabalho, na vida social, nos espaços de estética e na abertura de canais de participação (SOARES, 2002, p.38).

E que leve em consideração a inserção de novos princípios de cidadania,

os quais valorizam o ser em detrimento do ter, mesmo vivendo num mundo

materialista, inclusive por falta de conhecimentos da população que tem

dificuldade de lutar por seus direitos e que cumpre seus deveres apenas pela

organização burocrática da sociedade. A ênfase no trabalho como princípio

educativo não deve ser reduzido à preocupação em preparar o trabalhador

apenas para atender às demandas do industrialismo e do mercado de trabalho,

nem apenas destacar as dimensões relativas à produção e às suas

transformações técnicas. Os vínculos entre a educação, escola e trabalho

situam-se numa perspectiva mais ampla, tendo em vista a constituição histórica

do ser humano, de sua formação intelectual e moral, sua autonomia e liberdade

individual e coletiva, sua emancipação.

4.17 CONCEPÇÃO DE TEMPO E ESPAÇO PEDAGÓGICO

A instituição escolar funciona nos períodos matutino, vespertino e noturno,

de acordo com a demanda de alunos e com expressa autorização da Secretaria

de Estado da Educação.

As informações relativas aos estudos realizados pelo educando são

registradas no Histórico Escolar, aprovado pela Secretaria de Estado da

Educação do Paraná.

O relatório final para registro de conclusão do curso, é emitido pela

instituição de ensino a partir da conclusão das disciplinas constantes na matriz

curricular.

Este estabelecimento escolar poderá executar Ações Pedagógicas

Descentralizadas (APED’s) para atendimento de demandas específicas – desde

que autorizadas pela Secretaria de Estado da Educação – em locais onde não

haja oferta de EJA.

Os conteúdos escolares estão organizados por disciplinas. As disciplinas

referentes ao Ensino Fundamental – Fase I (PROEDUSE), Fase II e Ensino

61

Médio estão dispostas nas Matrizes Curriculares, de acordo com as Diretrizes

Curriculares Nacionais.

Um dos fatores que leva os educando da EJA a retornarem para a escola

está relacionado à elevação do nível de escolaridade para atender ao contexto

atual do mundo do trabalho. No entanto, cada educando que procura a EJA

apresenta, em sua particularidade, um tempo social e um tempo escolar vivido

no decorrer de sua vida, o que implica na reorganização curricular, dos tempos

e espaços escolares para atender o perfil daqueles que buscam a emancipação.

A emancipação do cidadão perpassa pela compreensão de seus direitos e seus

deveres e este necessitam do estudo de determinados princípios como

solidariedade, respeito, tolerância, equidade, preservação ambiental, entre

outros que levam aos direitos universais da pessoa humana, previstos na Carta

dos Direitos Humanos da UNESCO.

Democratizar o saber, a cultura, o conhecimento, bem como conduzir o educando a aprender o significado social e cultural dos símbolos construídos, tais como, as palavras, as ciências, as artes, os valores, dotados da capacidade de proporcionar-nos meios de orientação, de comunicação e de participação. (Arroyo, 2001, p144)

Para que ocorram mudanças na forma de organizar o conhecimento na

escola, é imprescindível que toda a ação educativa esteja voltada para os

educandos, é preciso rever a cultura escolar em seus aspectos limitadores, como

por exemplo, nas práticas formais de planejamento que desconsiderem a

dinamicidade e da concretude dos processos de ensino e aprendizagem, nas

aulas distanciadas da realidade de referência do educando, nas práticas de

avaliação coercitivas e burocráticas, na ausência de interlocução entre a escola

e a comunidade, dentre outras.

4.18 CONCEPÇÃO DE GESTÃO ESCOLAR

A democracia implica a participação de todos os envolvidos no processo

ensino aprendizagem, para atingir objetivos que são a proposta inicial da escola

pública, ou seja, a formação para a cidadania. A gestão participativa torna-se um

dever para todos os profissionais que atuam na instituição escolar,

desenvolvendo nos educandos a capacidade decisória, possibilitando a

percepção e a compreensão das diferentes alternativas.

62

Nesta forma de gestão, também se permite colaborar no desenvolvimento

de competências profissionais, vinculadas à capacidade e disposição de

construir relações e estabelecer um clima de confiança mútua, entre o gestor e

os co-participantes, havendo o compartilhamento da prática de estudo que

promova uma mudança coletiva na maneira de pensar e agir.

Nesse sentido, propicia o desenvolvimento dos princípios básico

necessários, para garantir a transformação do ensino. Realizar gestão

participativa e democrática é o mesmo que afirmar que o colegiado escolar

instituído, conforme a legislação acontece de fato na realidade da comunidade

escolar do CEEBJA, e atribui responsabilidade á todos os membros

representativos, garantindo o cumprimento dos deveres e possibilitando usufruir

dos direitos de forma mais consciente.

4.19 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA E DIVERSIDADE

A inclusão de todos, ensina a valorização do ser humano. O modo como

é lidado com as diferenças comunica que se quer aceitar a todos de igual forma.

O motivo maior para a inclusão é que todos os educandos tenham oportunidades

para aprender, independente da sua condição acadêmica, física ou social.

O significado da inclusão assim é ampliado e, para isso temos que nos

dar conta de nossas práticas excludentes no dia-a-dia. Estas não ficam restritas

às pessoas com necessidades educativas especiais, mas se estendem a todos

que de alguma forma se sentem excluídos do processo educativo escolar, por

motivos variados e que se caracteriza como injustiça social.

No CEEBJA, por se tratar da modalidade EJA, existe um modo especial

de tratar e encaminhar os trabalhos, desde o ato da matricula até a finalização

das etapas a que se propõem cada educando aqui inserido.

Essa visão maior de inclusão requer à compreensão que em nossa

sociedade o contexto e as condições de vida das pessoas não são iguais.

Portanto é necessário sermos capazes de reconhecer que existem contradições

no enfrentamento das diversidades presentes na sociedade em vários aspectos.

Nesse sentido o contexto educativo tem sido instigado a refletir criticamente

sobre a diversidade cultural, a fim de criar condições para uma educação de

qualidade para todos com equidade.

63

4.20 CONCEPÇÃO DE FORMAÇÃO CONTINUADA

O professor deve ser o ícone mediador deste processo de ensino

aprendizagem, assumindo uma postura de compromisso e seriedade na

construção do conhecimento, buscando qualificação continuada e auto avaliação

constante de sua prática pedagógica.

Promove-se um diálogo constante com os professores, por meio do qual

a Equipe Pedagógica contribua para o redirecionamento das práticas

educacionais, a partir das necessidades e interesses dos próprios docentes,

através do reconhecimento e a valorização dos conhecimentos e práticas dos

quais o professor é portador, bem como a ação organizada através de cursos

propostos pela SEED, tais como formação em ação, semana pedagógica e

outros.

A formação continuada dos professores que atuam nesta modalidade de

ensino EJA (Educação de Jovens e Adultos), deve ser estruturada de forma a

criar oportunidades para o docente repensar criticamente sua atuação

profissional, em suas diferentes dimensões, redefini-la e/ou consolidá-la, com

base na oferta de tempos e espaços nos quais se realize o diálogo entre teoria

e prática, por meio de um percurso no qual ação-reflexão sejam atitudes

constantes que venham em beneficio de todos.

Leva-se em conta a base legal para a instituição da formação

continuada: A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), art. 63, inciso III, e

art. 67, inciso II, a Lei Nº 9424/96 que instituiu o FUNDEF (40% para manutenção

e formação.

5. PLANEJAMENTO- MARCO OPERACIONAL

Diante dos marcos situacional e conceitual esta instituição educacional

trabalha em conformidade com a legislação. O trabalho pedagógico escolar

dirige-se no sentido de estimular o aluno a se tornar pesquisador, o que exige

esforço e disciplina e o prepara melhor para os embates do cotidiano. As normas

se não conhecidas pelos usuários, todos podem ter acesso às informações junto

64

à equipe pedagógica em qualquer horário de funcionamento, prescritas no

regimento escolar. A escola redefine sua caminhada conforme a necessidade

dos usuários, atendendo cada indivíduo em suas expectativas.

A idéia de atender cada educando conforme este apresentar

necessidades e confrontando com suas expectativas em relação a

escolarização, é o cerne da construção coletiva que deve permear as ações

pedagógicas da escola, enfocando a concepção transformadora e dialógica na

qual o aluno deixa de ser dominado e assume o papel de autor de sua história

exercendo sua cidadania, permitindo-se que cada educando possa questionar,

inteira-se e buscar soluções para sua vida através da sua permanência na escola

e do seu sucesso escolar.

Busca-se superar entraves, no dia a dia, para chegar à ideologia de uma

escola democrática de fato, que venha desenvolver uma educação escolar

envolvendo os diversos interesses que perpassam pela organização do ensino

de forma a levar o educando a compreendê-los. Busca-se trabalhar com os

educandos em atividades reflexivas como debates, seminários, apresentações

exposição de murais com trabalhos, apresentações culturais de música, dança,

homenagens, comemorações e outras com intuito de desenvolver habilidades

tais como: desenvoltura, oratória e princípios de solidariedade e outros. Enfim

desenvolver todas as inteligências e habilidades possíveis em cada um.

A escola oferece espaços e infraestrutura distante das expectativas dos

profissionais e educandos para realizar atividades diferenciadas a contento, no

entanto estas são adaptadas ao espaço disponível e divididos os educandos em

pequenos grupos por áreas de conhecimentos e afinidades.

Realizam-se na escola atos que eliminem discriminações por causa das

diferenças existentes, com debates e trabalho em conjunto, para aprender a

conviver; ofertando a educandos com necessidades especiais, apoio pedagógico

em sala de recursos, dentre outras possibilidades que a escola oferece.

Oportuniza-se a todos a possibilidade de inscrever-se no ENEN e entrar na

página do aluno. Desenvolver habilidades em informática. Usufruir do acervo da

biblioteca, extensivo aos familiares além de proporcionar acertos com outras

instituições educacionais, como: palestras, cursos e outros que venham ao

encontro das formações.

65

A escola é também uma instituição de cultura que deve socializar o saber,

a ciência, a técnica e artes produzidas socialmente para que todos possam ter

acesso aos bens culturais produzidos pela sociedade ao longo da história e na

semana de entrelaçamento escola e comunidade e em outros períodos do ano

letivo sempre que houver oportunidades.

Os professores levam os educandos a participar de semana literária,

concertos musicais, cinemas, teatros, exposições culturais e outras atividades

fora do ambiente escolar, além de receber professores e alunos universitários

que contribuem com ações educativas que beneficiam os educandos do

CEEBJA.

A instituição CEEBJA, desenvolve trabalhos pela coordenação

pedagógica de orientação a educandos com dificuldades de relacionamento,

especialmente adolescentes advindos de outras instituições do ensino regular

de modo a acolhê-los e inseri-los no ambiente educativo, levando-os a conhecer

as normas da escola concomitante as normas da sociedade e as travas sociais

necessárias para estabelecer bons relacionamentos, tanto na escola, como no

trabalho e na sociedade.

Os trabalhos do CEEBJA seguem as prerrogativas do calendário escolar

como: semana pedagógicas reuniões de planejamento e replanejamento,

formação em ação, além de reuniões com AMAF (Associação de professores

Alunos e Funcionários) e Conselho Escolar, sempre que se faz necessário,

durante o ano letivo. Nestas ocasiões além de estudos e informações propostas

pela SEED, a equipe diretiva e pedagógica traz ao conhecimento e apreciação

de todos questões relativas ao período,tais como participações em eventos fora

da escola assim como discussões a respeito de PPC, PPP entre outros.

Enfim, a escola deve estar comprometida politicamente preparando o

educando para o exercício da cidadania, para que compreendam a totalidade

dos direitos e dos deveres que tem, tornando-se atores de sua própria vida.

5. 1 CALENDÁRIO ESCOLAR

A educação de Jovens e Adultos a carga horária é de 1200 horas no

Ensino Fundamental fase I distribuídas entre as Áreas do Conhecimento, 1610

horas distribuídas entre as disciplinas do Ensino Fundamental FASE II e 1200

66

horas distribuídas entre as disciplinas do Ensino Médio - Deliberação 05/2010

CEE-PR.

5.2 AÇÕES DIDÁTICAS PEDAGÓGICAS

As ações didático / pedagógicas estão pautadas nas regulamentações e

devem ser instrumentos de orientação aos que lhe são pertencentes. A estes

sempre fazer o clareamento de suas finalidades, enfatizarem-se direitos e

deveres dos participantes. Diante disso todos os envolvidos no processo ensino

aprendizagem se tornam atuantes, com compromissos assumidos no ato da

matrícula para os educandos e no termo de posse e ou ao iniciar atividades de

trabalho funcional aos demais participantes do processo ensino /aprendizagem.

Todos têm o direito e o dever de conhecer estas prerrogativas que constam no

Regimento Escolar e no PPP (Projeto Político Pedagógico) da Instituição

Escolar.

Conta-se com representantes dos seguimentos pertencentes, Através do

Conselho Escolar e da AMAF ( Associação de Mestres, Alunos e Funcionários)

formando um corpo operacional visando em especial o ensino/aprendizagem,

concomitante a documentação, assim como na aplicação das verbas destinadas

que convergem para o ensino -aprendizagem.

Os objetivos e ações educativas são o de levar os educandos a ter

compreensão dos conteúdos programáticos e fazer correlação com suas

vivencias fora da escola, podendo utilizar-se dos mesmos para garantir melhor

qualidade de vida, seja através de melhorias salariais, para continuar os estudos,

e ainda para melhor relacionamento com familiares (filhos e outros).

Os aspectos burocráticos são fundamentais: Matrícula; Transferência;

Aproveitamento de estudos; Revalidação e Equivalência; Regularização da Vida

Escolar; Acompanhamento de frequência dos alunos menores conforme ficou

estabelecido no ano de 2013 pela SEED, formando Rede de Proteção Social da

Criança e Adolescente seguindo a legislação no: Art. 227, da Constituição

Federal de 1988, Art. 86 da Lei nº. 8069/90, Resolução nº. 113 do CONANDA.

Oficinas educativas; Olimpíadas de Matemática; Jogos Escolares

(PROEDUSE); Dia do Estudante; Passeios e Viagens culturais; Mostras de

67

trabalhos; Feiras; Seminários; Festas e ou comemorações culturais regionais;

Relatos de experiências de alunos egressos.

Outros aspectos de ação são necessários, nos quais os educandos

podem optar por aulas coletivas ou aulas individuais como também turmas de

APDEs (turmas descentralizadas ofertando até duas disciplinas por vez).

Exames Supletivos e provões, quando ofertados pelo MEC.

Os educandos têm direito a Sala Multifuncional; avaliações processuais,

Portfólio; recuperação de conteúdos, classificação, reclassificação; conselho de

avaliação, atendimento especializado para alunos inclusos, com necessidades

especiais de aprendizagem, conforme a legislação vigente; laboratório de

química: aula teórica concomitante com a prática; integração da escola com a

comunidade através de parcerias com profissionais de áreas diversificadas.

Tudo em momentos apropriados e de acordo com a necessidade, visando

respeitar o direito de todos à escolarização e a aprendizagem.

Além de Semana Cultural abordando as seguintes temáticas:_ Educação

Ambiental. _Conscientizar para sustentabilidade; _Trabalho com régua e

compasso; _Conhecer um pouco a História de Pato Branco; _Tele cine cultural;

_Viagem pela História da Literatura Brasileira; _Expressões Corporais em

Educação Física; _Desvendar o potencial escondido do ser humano;

_Desenvolver o imaginário, a estética e o belo. _Recital;_ Musicalização, entre

outras atividades aleatórias, relativas a datas comemorativas como: _Semana

da Pátria, Semana Farroupilha; _Festividades Juninas; _ Dia Internacional da

mulher e outras.

5.3 ORGANIZAÇÃO/CARGA HORÁRIA

Os conteúdos escolares estão organizados por disciplinas. As disciplinas

referentes ao Ensino Fundamental – Fase I (PROEDUSE), Fase II e Ensino

Médio estão dispostas nas Matrizes Curriculares, de acordo com as Diretrizes

Curriculares Nacionais.

A seguir estão as matrizes curriculares da EJA para o Estado do Paraná,

elaboradas e organizadas pela equipe da SEED.

MATRIZ CURRICULAR – EJA

ENSINO FUNDAMENTAL – FASE I - ESTADUAL

68

ESTABELECIMENTO: CEEBJA DE PATO BRANCO

ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná

MUNICÍPIO: PATO BRANCO NRE: PATO

BRANCO

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 1º SEM/2010 FORMA:

SIMULTÂNEA

CARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1440 H/A ou 1200 HORAS

ÁREAS DO

CONHECIMENTO

TOTAL DE HORAS TOTAL DE

HORAS/AULA

LÍNGUA PORTUGUESA

1200

1440 MATEMÁTICA

ESTUDOS DA

SOCIEDADE E DA

NATUREZA

TOTAL 1200 1440

TOTAL DE CARGA HORÁRIA DO CURSO 1200 HORAS OU 1440 H/A

MATRIZ CURRICULAR – EJA ENSINO FUNDAMENTAL – FASE II

ESTABELECIMENTO: CEEBJA DE PATO BRANCO

ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná

MUNICÍPIO: PATO BRANCO NRE: PATO BRANCO

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 1º SEM/2015 FORMA: SIMULTÂNEA

CARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1600/1610 HORAS ou 1900/1932 H/A

DISCIPLINAS TOTAL DE HORAS TOTAL DE HORAS/AULA

LÍNGUA PORTUGUESA 280 336

ARTE 94 112

LEM - INGLÊS 213 256

EDUCAÇÃO FÍSICA 94 112

MATEMÁTICA 280 336

CIÊNCIAS NATURAIS 213 256

HISTÓRIA 213 256

GEOGRAFIA 213 256

ENSINO RELIGIOSO* 10 12

TOTAL DE CARGA HORÁRIA DO CURSO 1600/1610 HORAS OU 1900/1932 H/A

*DISCIPLINA DE OFERTA OBRIGATÓRIA PELO ESTABELECIMENTO DE ENSINO E DE MATRÍCULA FACULTATIVA PARA O EDUCANDO

MATRIZ CURRICULAR – EJA

69

ENSINO MÉDIO

ESTABELECIMENTO: CEEBJA DE PATO BRANCO

ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná

MUNICÍPIO: PATO BRANCO NRE: PATO

BRANCO

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2º SEM/2015 FORMA:

SIMULTÂNEA

CARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1440/1568 H/A ou 1200/1306 HORAS

DISCIPLINAS TOTAL DE HORAS TOTAL DE

HORAS/AULA

LÍNGUA PORTUGUESA 174 208

LEM.: INGLÊS 106 128

ARTE 54 64

FILOSOFIA 54 64

SOCIOLOGIA 54 64

EDUCAÇÃO FÍSICA 54 64

MATEMÁTICA 174 208

QUIMICA 106 128

FÍSICA 106 128

BIOLOGIA 106 128

HISTÓRIA 106 128

GEOGRAFIA 106 128

LINGUA ESPANHOLA* 106 128

TOTAL 1200/1306 1440/1568

*LINGUA ESPANHOLA, DISCIPLINA DE OFERTA OBRIGATÓRIA E DE

MATRÍCULA FACULTATIVA PARA O EDUCANDO

A disciplina de Ensino Religioso é de oferta obrigatória pela escola no

Ensino Fundamental Fase II e de matrícula facultativa para o aluno.

O aluno que optar por frequentar as aulas de Ensino Religioso deverá no

ato da matrícula assinar o compromisso de cursar as aulas.

A disciplina de LEM - Espanhol é de oferta obrigatória pela escola no Ensino

Médio e de matrícula facultativa para o aluno. O aluno optante pela disciplina

deverá concluí-la, sob pena de não obter o certificado de conclusão do curso.

70

5.4 AÇÕES REFERENTES À FLEXIBILIZAÇÃO DO CURRÍCULO

Do total de carga horária distribuída na matriz curricular do Ensino

Fundamental Fase I (PROEDUSE), Fase II e do Ensino Médio é obrigatória a

frequência de 75% (setenta e cinco por cento) em cada disciplina, na

organização coletiva, conforme legislação vigente. Já na organização individual

o educando precisa cumprir 100% da carga horária da Disciplina.

O material de apoio didático adotado pela SEED é um dos recursos para

desenvolvimento da escolarização na EJA.

As Ações Pedagógicas Descentralizadas (APED’s) são solicitadas pela

comunidade à instituição de ensino, conforme regulamentação em instrução

própria, ficando sujeitas à aprovação da SEED,caso tenha demanda.

Apresenta a flexibilização curricular, possibilitando ao educando nestas

condições realizar estudos e atividades em casa e apresentar-se ao professor

em datas estabelecidas, de modo a favorecerem ambas as partes, para que o

educando venha sanar dúvidas e dar continuidade nos estudos sem prejuízos,

considerando ainda os educandos, público alvo da educação especial. Os

estudantes atendidos pelo Serviço de Apoio à Rede de Escolarização

Hospitalar/SAREH, Estudantes afastados pelo decreto Lei nº 1044/69,

atendimento aos estudantes em cumprimento de medida socioeducativa; apoio

a alunas gestantes (Lei no 6.202, de 17 de abril de 1975.) Atribui à estudante em

estado de gestação o regime de atividades domiciliares, instituído pelo Decreto-

lei nº 1.044, de 1969, estando esta devidamente matriculada em turma no

coletivo, não ofertando as mesmas possibilidades para o formato de estudo

individual.

Nas ações diferenciadas a escola oferta além das atividades curriculares

inerentes a aplicação dos conteúdos básicos e estruturantes outras atividades

que venham a somar no desenvolvimento e aprendizagem dos educandos,

fazendo-se a ligação dos conteúdos com suas vivências, proporcionando o

mínimo necessário a tais educandos para que estes possam prosseguir nos

estudos.

Sempre que for necessária adaptação curricular, será realizada segundo

a orientação da professora especialista e de acordo com a dificuldade

apresentada (transtorno e/ou deficiência).

71

5.5 PROGRAMA DE COMBATE AO ABANDONO ESCOLAR

O programa de combate ao abandono escolar é um plano de ação

destinado a controlar o abandono e a infrequência escolar de educandos com

idade inferior a 17anos 11 meses e 29 dias, em todas as instituições de ensino

da Rede Estadual de Educação. Tem por objetivo principal resgatar estudantes

com 5 (cinco) faltas/dias consecutivas ou 7(sete) faltas/dias alternados por meio

de ações integradas entre a escola e a Rede de Proteção à criança e ao

adolescente, para evitar que essas faltas se efetivem como evasão escolar.

Para que a evasão não aconteça, a instituição escolar deve ficar atenta, a fim de

perceber em que momento, as causas que levam à infrequência extrapolam a

sua competência, para então acionar as demais instituições que compõem a

Rede de Proteção da criança e do adolescente para promover a reintegração

escolar do estudante infrequente, com idade abaixo dos 18 anos. É dever dos

professores e equipe pedagógica conhecer a realidade dos educandos e da faixa

etária correspondente, visto que a idade mínima para o ingresso na Educação

de Jovens e Adultos é de 15 anos no Ensino Fundamental. Diante de faltas

injustificadas avisar a Coordenação e direção que farão a busca, via telefone no

primeiro momento. Para tanto a escola possui um cadastro de alunos menores,

junto a Equipe de coordenação pedagógica, onde pais e ou responsáveis se

comprometem a acompanhar a frequência dos filhos menores, que é preenchida

e assinada no ato da matricula destes e sempre que necessário entrar em

contato com a escola nos horários de funcionamento.

Existe também uma preocupação com educandos maiores de 18 anos,

com número de faltas que possa caracterizar abandono e ou prejuízos

pedagógicos ao mesmo. Nestes casos após comunicado do professor do aluno,

a equipe pedagógica, faz a busca, através do telefone ou de seus colegas, na

expectativa de que volte a frequentar as aulas e consiga concluir a disciplina em

andamento tanto para educandos frequentadores do formato coletivo, quanto do

individual.

A instituição Escolar, através de todos os seus participantes, deve coibir

atitudes incoerentes ao processo educativo tais como: atitudes racistas,

72

violações de direitos referentes ao gênero e orientação sexual e outras que

possam denegrir e agredir a pessoa humana de modo a desestimular a

frequência na escola.

A instituição escolar estabelece junto com os educandos em inicio de ano

letivo, que será cumprido horário de entrada com tolerância de 15 minutos. No

intervalo no meio do período de aulas nos três turnos, o portão permanece

fechado até o final do turno escolar com exceções, que são negociadas caso a

caso. Esta atitude foi tomada para se evitar alunos em estado de embriagues e

ou sob efeito de substancias que afetam o sistema nervoso central e possam

atrapalhar o andamento dos trabalhos escolares para si e para os colegas por

atitudes que perturbem o andamento das aulas.

Cabe observar que é respeitado o direito de ir e vir, porém com disciplina

e respeito às normas de funcionamento da instituição escolar. Sempre que

necessário todo e qualquer educando, pode dirigir-se ao professor (a) de sala de

aula, a coordenação pedagógica ou a direção e negociar através de diálogo,

sempre que precisar ausentar-se ou chegar em horários diferentes de suas

aulas.

Quanto aos alunos menores de 18 anos, sempre que acontece algo

diferente da normalidade, ou houver suspeitas de uso de substancias nocivas a

saúde e consequentemente ocorrerem comportamentos inadequados, os pais

são alertados.

Em caso de atitudes comportamentais que ferem o direito individual dos

educandos, sendo ele próprio ou outros e, que fogem a competência dos

educadores escolares, busca-se o órgão competente, sendo a policia militar,

preferencialmente a equipe da Patrulha Escolar, sempre com cunho educativo,

de modo a oportunizar a todos a escolarização, com acolhimento e respeito a

cada individuo orientando e quando necessário encaminhando a outros órgãos

de competência, como Saúde Publica e Ação Social.

Em caso de alunos com menos de 18 anos e mais de 15 anos, tem-se um

trabalho que envolve familiares, educadores e o aluno de modo a ofertar a

oportunidade de escolarizar-se em tempo próprio, que foi perdida por qualquer

motivo, para que este tenha frequência e sucesso nesta escola.

No entanto mesmo com todos os esforços, depende bastante do

comprometimento do educando. Visto que nem sempre estes têm a

73

compreensão da necessidade do saber, para a sua própria vida. Isto só ocorre

mediante as necessidades diante da vida, e cada um tem seu tempo para essa

descoberta e ou necessidade, porém a equipe pedagógica trabalha essa

questão sempre que é oportunizado por educandos e pais.

5.6 DIREITOS DAS CRIANÇAS E DOS ADOLESCENTES NO CURRÍCULO

DO ENSINO FUNDAMENTAL

Toda criança e adolescente tem direito a educação escolar, assim como

os pais e ou responsáveis tem o dever de matricular e acompanhar os estudos

de seus filhos, de modo que se apropriem do mínimo necessário para serem

aprovados e continuarem seus estudos,conforme prevê.

Um currículo para a formação humana introduz sempre novos

conhecimentos, não se limita aos conhecimentos relacionados ás vivências do

aluno, as realidades regionais, ou com base no assim chamado conhecimento

do cotidiano. É orientado para a inclusão de todos, ao acesso dos bens culturais

e ao conhecimento. Está, assim, a serviço da diversidade.

A metodologia de ensino é compreendida como um instrumento eficiente

e eficaz para organizar as atividades de sala de aula com experiências

significativas, que possibilitem ao educando aproximar o conhecimento adquirido

na escola da própria vivencia.

Partindo do principio que o aluno é quem constrói o conhecimento em

interação com o meio, o professor trabalha como mediador desse processo,

intervém, dispondo o ambiente com seus materiais e instaurando um clima

democrático de autonomia e reciprocidade. A proposta pedagógica curricular

desta escola está pautada em teorias que valorizam a cultura dos educandos em

consonância aos conteúdos curriculares.

A cultura é considerada um dos maiores bens que a comunidade pode ter,

é através dela que uma sociedade reflete o seu saber, suas vivencias e exerce

sua cidadania.

5.7 O USO DE APARELHOS/EQUIPAMENTOS ELETRÔNICOS EM SALAS

DE AULA

74

É vetado o uso de qualquer equipamento que venha a desviar o foco das

atividades escolares que possam prejudicar o ensino e a aprendizagem. Pode-

se em caso de alunos menores de 18 anos, recolherem qualquer material que

atrapalhe as aulas e depois entregar aos pais e ou responsáveis, mediante

reunião de esclarecimentos com os envolvidos. (Lei 18118 - 24 de Junho de

2014)

5.8 PRÁTICAS AVALIATIVAS

As avaliações são realizadas em função dos conteúdos, utilizando-se

métodos e instrumentos diversificados, coerentes com as concepções e

finalidades educativas expressas neste Projeto Político Pedagógico.

É vedado submeter o educando a uma única forma de aferição de seus

avanços por um único instrumento de avaliação.

Os critérios de avaliação do aproveitamento escolar serão elaborados em

consonância com a organização curricular e descritos no Projeto Político-

Pedagógico.

A avaliação deverá utilizar procedimentos que assegurem o

acompanhamento do pleno desenvolvimento do educando, evitando-se a

comparação dos educandos entre si. O processo avaliativo realizado neste

estabelecimento escolar é o modelo de avaliação formativa, que respeita os

saberes e a cultura do educando assim como seu ponto de partida, realizando a

avaliação a partir das experiências acumuladas e das transformações que

marcarem seu desempenho acadêmico.

O resultado da avaliação deve proporcionar dados, que permitam a

reflexão sobre a ação pedagógica, contribuindo para que a instituição possa

reorganizar conteúdos/instrumentos/métodos de ensino.

Na avaliação do aluno devem ser considerados os resultados obtidos

durante todo o período letivo, num processo contínuo, expressando o seu

desenvolvimento escolar, tomados na sua melhor forma.

Os resultados das atividades avaliativas serão analisados durante o

período letivo, pelo educando e pelo professor, observando os avanços e as

necessidades detectadas, para o estabelecimento de novas ações pedagógicas.

75

A recuperação de estudos é direito dos educandos, independentemente

do nível de apropriação dos conhecimentos básicos. Acontece de forma

permanente e concomitante ao processo ensino e aprendizagem. Será

organizada com atividades significativas, por meio de procedimentos didático-

metodológicos diversificados. Cada educando vai construindo novos conceitos a

respeito da relação dos conteúdos escolares e seus conhecimentos empíricos,

com a supervisão e encaminhamentos do Professor (a). Deste modo surge novo

conceito e também se cria nova cultura avaliativa, diferente da avaliação através

da aferição fria dos conhecimentos por meio de provas e atribuição de notas.

A avaliação passa a ser diagnóstica contínua e cumulativa, vai agregando

novos conceitos aos que o educando possui e este passa a ter uma nova visão

de mundo, o que propicia à escola questionar o seu papel e comprometer-se

com a construção e socialização dos conhecimentos que tornam o educando

pesquisador e o leva a ter pensamento emancipado, com pensamentos próprios,

conhecedor do que quer. A avaliação é um meio e não um fim em si mesma. A

avaliação será significativa se estiver voltada para a formação da cidadania e

autonomia dos educandos.

A avaliação, compreendida como uma prática reflexiva e diagnóstica

orienta a intervenção pedagógica, bem como dá indicativos para acompanhar e

aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos educandos e também a prática

pedagógica dos professores que inevitavelmente irão se aperfeiçoando.

A avaliação formativa visa levar o educando a um avanço no seu

desenvolvimento mental aonde este vai estabelecendo relação daquilo que ele

já sabe com as propostas feitas pelo professor e assim criando novos conceitos

a respeito de tais conteúdos, ou seja, uma nova aprendizagem.

Os instrumentos da avaliação são diversificados, porém sistemáticos,

sempre com valor de 0,0 a 10,0, de modo que a verificação da aprendizagem

dos conteúdos possa oportunizar ao educando e ao professor revê-los, para que

o educando consiga atingir o mínimo necessário e continuar o processo de

aprender. Para tanto ocorrem recuperação de conteúdos de forma concomitante

as avaliações e poder-se-á rever a metodologia conforme as possibilidades do

educando, preponderando os aspectos qualitativos sobre os quantitativos. Para

que ocorra de forma justa e satisfatória o professor precisa submeter o educando

a no mínimo três formas de aferição dos conhecimentos adquiridos, Com peso

76

de 0,0 a 10,0 cada uma, podendo ser em forma de prova documental, prova oral,

trabalhos, seminários, desenvolvimento de atividades em sala de aula ou

extraclasse, relatos, apresentações de trabalhos, mural e outras que permitam

ao professor avaliar o crescimento de cada educando em relação aos conteúdos

trabalhados na disciplina, obtendo-se uma média de todos os instrumentos

utilizados, efetivando média. Observa-se que ao realizar recuperação o

educando fica com a nota maior.

Os resultados das avaliações dos educandos serão registrados em

documentos próprios, dentro da legalidade, a fim de que sejam asseguradas a

regularidade e autenticidade de sua vida escolar que precisa constar a

promoção, ou seja, resultado da avaliação do aproveitamento escolar do

educando, aliada à apuração da sua frequência.

No Ensino Fundamental e no Médio, no formato Coletivo, os educandos

que apresentarem frequência mínima de 75% do total de dias letivos e média

anual igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero) em cada disciplina, serão

aprovados ao concluir, a carga horária e todos os registros necessários.

No caso do formato individual o educando precisa cumprir 100% da carga

horária e média anual igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero) em cada

disciplina, cumprindo devidamente todos os registros para ser aprovado.

Os resultados obtidos pelo educando no decorrer do processo serão

devidamente inseridos no sistema informatizado, para fins de registro e

expedição de documentação escolar pelos agentes II, sob supervisão da

Secretária Escolar.

A avaliação educacional, nesse Estabelecimento Escolar, segue

orientações contidas no artigo 24, da LDBEN 9394/96, e a Deliberação 07/99

– CEE/PR. A avaliação perpassa, pelo coletivo da escola e possibilita a indicação

de caminhos mais adequados e satisfatórios para a ação pedagógica. Em outras

palavras, a avaliação não pode ser um mecanismo para classificar, excluir ou

promover o aluno, mas um parâmetro da práxis pedagógica, tomando os erros e

os acertos como elementos sinalizadores para o seu replanejamento.

Na modalidade EJA não é realizado conselho de classe, no entanto nas

reuniões pedagógicas e momentos de replanejamento e sempre que necessário

o corpo docente, junto com pedagogos e direção dispõe de espaço para tratar

de casos de educandos que requerem atenção, quanto à aprovação e ou outros

77

aspectos do atendimento que requeiram solução do grupo, de modo que as

decisões tomadas sempre sejam as melhores em favor do educando, agindo-se

com justiça e equidade.

5.9 APROVEITAMENTO DE ESTUDOS

Os estudos concluídos com êxito serão aproveitados. No Ensino

Fundamental - Fase I, na modalidade Educação de Jovens e Adultos, o aluno

oriundo de organização por série/período/etapa/semestre, terá matricula inicial

em todas as Áreas de Conhecimento, sem aproveitamento de estudos, podendo

utilizar-se dos procedimentos de reclassificação, desde que o aluno demonstre

possibilidade de avanço, para o Ensino Fundamental - Fase II.

No Ensino Fundamental - Fase II e Médio, na Educação de Jovens e

Adultos, o aluno poderá requerer aproveitamento integral de estudos de

disciplinas concluídas com êxito, por meio de cursos organizados por disciplina,

por etapas, cuja matrícula e resultados finais tenham sido realizados por

disciplina ou de Exames Supletivos, apresentando a comprovação de conclusão.

O aluno que apresentar a comprovação de conclusão da disciplina de

Língua Espanhola terá o registro do acréscimo da carga horária na

documentação escolar. O aluno oriundo de organização de ensino por

série/período/etapa/semestre/bloco concluída com êxito, poderá requerer na

matrícula inicial da disciplina, aproveitamento de estudos, mediante

apresentação de comprovante de conclusão da

série/período/etapa/semestre/bloco a ser aproveitada:

Para o Ensino Fundamental – Fase II e Ensino Médio, o aproveitamento

de estudos de série e de período(s)/etapa(s)/semestre(s)/bloco(s) concluídos

com êxito, equivalente(s) à conclusão de uma série do ensino regular, será de

25% da carga horária total de cada disciplina da Educação de Jovens e Adultos

- EJA.

No Ensino Médio, o aproveitamento máximo será de 50% do total da carga

horária de cada disciplina da Educação de Jovens e Adultos - EJA.

Considerando o aproveitamento de estudos, o aluno deverá cursar a

carga horária restante de todas as disciplinas constantes na Matriz Curricular do

Ensino Fundamental - Fase II e obter as seguintes quantidades de registros de

78

nota:

I - Língua Portuguesa e Matemática, aluno com aproveitamento de estudos de:

25%, deverá ter 4 (quatro) registros de notas;

50%, deverá ter 3 (três) registros de notas;

75%, deverá ter 2 (dois) registros de notas.

II - Geografia, História, Ciências Naturais e LEM o aluno com aproveitamento de

estudos de:

25%, deverá ter 3 (três) registros de notas;

50%, deverá ter 2 (dois) registros de notas;

75%, deverá ter 1 (um) registro de nota.

III - Arte e Educação Física, aluno com aproveitamento de estudos de:

25%, deverá ter 2 (dois) registros de notas;

50%, deverá ter 1 (um) registro de nota;

75%, deverá ter 1 (um) registro de nota.

Considerando o aproveitamento de estudos, o aluno deverá cursar a carga

horária restante de todas as disciplinas constantes na Matriz Curricular do Ensino

Médio e obter as seguintes quantidades de registros de nota:

L. Portuguesa e Literatura e Matemática, aluno com aproveitamento de estudos

de:

25%, deverá ter 4 (quatro) registros de notas;

50%, deverá ter 3 (três) registros de notas;

II.Geografia, História, Língua Estrangeira Moderna, Química, Física e Biologia,

aluno com aproveitamento de estudos de:

25%, deverá ter 3 (três) registros de notas;

50%, deverá ter 2 (dois) registros de notas;

III. Arte, Filosofia, Sociologia e Educação Física, aluno com aproveitamento de

estudos de:

25%, deverá ter 2 (dois) registros de notas;

50%, deverá ter 1 (um) registro de nota;

79

O aluno, oriundo de organização de ensino por

série/período/etapa/semestre/bloco concluído com êxito e com a disciplina de

Língua Espanhola em curso, de forma opcional, esta não terá aproveitamento de

estudo na Educação de Jovens e Adultos – EJA.

Na Educação de Jovens e Adultos a disciplina de Língua Estrangeira

Moderna obrigatória, concluída através de curso organizado por disciplina ou de

Exames, diferente de Inglês, ofertado na Educação de Jovens e Adultos - EJA

poderá ser aproveitada para fins de conclusão da disciplina de Língua

Estrangeira Moderna: Inglês, mediante apresentação do Histórico Escolar.

5.10 CLASSIFICAÇÃO E RECLASSIFICAÇÃO

São realizadas conforme a Deliberação 09/2001, a qual consta no Art. 21

que “a Classificação é o procedimento que o Estabelecimento adota, segundo

critérios adaptados, para posicionar o aluno na etapa de estudos compatível com

a idade, experiência e desempenho, adquiridos por meios da educação formal

ou informal”

De acordo com o Art. 22 da Deliberação 09/01

A classificação pode ser realizada:

a) por promoção, para alunos que cursaram com aproveitamento, a série, etapa,

ciclo, período ou fase anterior na própria escola;

b) por transferência, para candidatos procedentes de outras escolas do país ou

do exterior, considerando a classificação na escola de origem;

c) independentemente de escolarização anterior, mediante avaliação feita pela

escola, que defina o grau de desenvolvimento e experiência do candidato e

permita sua inscrição na série, ciclo, período, fase ou etapa adequada.

Para educandos que desejam se matricular na segunda fase do ensino

fundamental e não apresente documentação de conclusão da primeira fase, a

classificação é feita mediante aplicação de avaliação contemplando conteúdos

essenciais, aplicada por professor (a) pedagogo (a) que na sequência faz à

correção, conforme gabarito, aprovando o individuo que atinja média oficial (nota

6,0) nas três áreas: Linguagens, Ciências e Natureza e Estudos Sociais, com

inclusão de redação.

80

A classificação é realizada também para alunos do Ensino Fundamental

e Médio Aplicada por professor (a) pedagogo (a), em determinadas disciplinas

na qual o aluno sinta-se apto e por algum motivo, em acordo com a equipe

diretiva, pedagógica e secretária da instituição fique estabelecida possibilidades

de avanço do educando solicitante. Na sequência o professor (a) pedagogo(a),

aplicará prova minuciosamente preparada por professores da área,

contemplando os conteúdos essenciais da disciplina em questão, que na

sequencia fará à correção conforme gabarito e critérios pré estabelecidos

seguindo-se a tabela de Classificação:

Ensino Fundamental Ensino Médio

Porcentagem Notas Porcentagem Notas

25% 6,0 a 6,5 25% 6,0 a 7,0

50% 7,0 a 7,5 50% 7,5 a 8,5

75% 8,0 a 9,5 75% 9,0 a 10,0

100% 10,0

Com base no Art. 24 da Deliberação 09/01 “a Reclassificação é o

processo pelo qual o estabelecimento de ensino avalia o grau de experiência do

aluno matriculado, levando em conta as normas curriculares gerais, a fim de

encaminhá-lo à etapa de estudos compatíveis com sua experiência e

desenvolvimento, independentemente do que registre o seu Histórico Escolar.”

Cabe aos professores (as) ,quando verificarem que os conhecimentos

curriculares de determinado educando está além dos conteúdos trabalhados na

série/ano escolar, os quais são pré-requisitos para continuar avançando nas

séries/ anos posteriores, já são de domínio do mesmo e constatadas as

possibilidades de avanço na aprendizagem deste, devidamente matriculado e

com frequência na série/disciplina.

Após isso o professor deve trazer a situação ao conhecimento da equipe

diretiva, secretária do estabelecimento e equipe pedagógica, para que estas

possam iniciar o processo de reclassificação, se realmente for o caso.

Posterior a esse encaminhamento do professor e constatadas as reais

possibilidades pela equipe diretiva e pedagógica. Comunicar-se-á, com a devida

81

antecedência, ao educando, os procedimentos próprios do processo a ser

iniciado.

Nesta avaliação serão contemplados conteúdos de todo o período que o

educando possa avançar, minuciosamente elaboradas questões, por professor

da(s) disciplina(s). Aplicar-se á, pelo professor (a) pedagogo (a) a avaliação.

Na sequencia feita à correção aprovando o individuo caso realmente

esteja apto a seguir seus estudos no período proposto pelo professor no inicio

do processo com nota superior a média de modo que o educando possa seguir

seus estudos e comprovados os conhecimentos necessários para continuar seu

percurso acadêmico na série/período proposto inicialmente no processo, visto

que a reclassificação tem caráter pedagógico, centrada no conhecimento e na

constatação do professor à vantagem do educando na série/ disciplina.

6. LEGISLAÇÃO VIGENTE

6.1 LEI ESTADUAL N° 17.335/2012 – Institui o Programa de Combate ao

Bullying, de ação interdisciplinar e de participação comunitária, nas Escolas

Públicas e Privadas do Estado do Paraná.

Comentário: Bullyng é um termo usado para designar uma forma de tratar o

semelhante no ambiente escolar, repetidamente de maneira que este se sinta

agredido e venha prejudicá-lo psicologicamente de forma a causar prejuízos na

aprendizagem e no desenvolvimento.

6.2 LEI ESTADUAL N° 18.447/2015 – Institui a Semana Maria da Penha nas

escolas estaduais. Segundo a lei, todos os anos, no mês de março, os colégios

estaduais realizarão atividades para instituir os jovens sobre a Lei Maria da

Penha, que criminaliza e pune atos de violência contra a mulher.

6.3 RESOLUÇÃO SEED N° 2.527/2007 – Institui o Serviço de Atendimento à

Rede de Escolarização Hospitalar SAREH, no Estado do Paraná.

6.4 LEI FEDERAL N° 12.031/2009 – Determina obrigatoriedade de execução

semanal do Hino Nacional nos estabelecimentos de ensino fundamental.

82

6.5 LEI ESTADUAL N° 18.118/2014 – Dispõe sobre a proibição do uso de

aparelhos/equipamentos eletrônicos, durante o horário de aulas para fins não

pedagógicos no Estado do Paraná.

6.6 LEI ESTADUAL N° 18.424/2015 – Instituição do Programa Brigada Escolar

– Defesa Civil na Escola.

7. AVALIAÇÃO DA INSTITUIÇÃO ESCOLAR

A avaliação da instituição escolar significa acompanhar sistematicamente

todas as ações objetivando verificar se a função está sendo realizada e atendida

a contento de seus usuários. Para tanto se considera os seguintes aspectos:

gestão participativa, ações pedagógicas, gerenciamento de funções, qualidade

dos serviços de apoio, aprimoramento dos recursos físicos, aplicação adequada

dos recursos financeiros, melhoria na qualidade do ensino e dos resultados,

conservação e investimentos na infraestrutura em conformidade a instrução nº

003/2015 – SUED/SEED.

Propicia rever valores, redimensionar ações e construir e reconstruir

bases para a evolução constante dos trabalhos desenvolvidos na instituição. É

também forma de avaliar a proposta pedagógica, uma vez que os demais

aspectos notoriamente convergem para o trabalho de ensinar e aprender,

objetivo fundamental da mesma.

A avaliação institucional tem por principio detectar possíveis falhas e

superá-las, também propiciar melhorias tendo em vista planejamento, com

estabelecimento de metas, na busca da melhoria constante na qualidade dos

trabalhos ofertados aos educandos. Visando amadurecimento na

implementação da gestão democrática, nas propostas de formação continuada

e nos planos de ação dos profissionais de todos os seguimentos.

Enfim, constata-se que a avaliação institucional se articula intimamente à

gestão democrática e a formação continuada dos trabalhadores da mesma,

justamente por ser um processo de tomada de consciência acerca das

responsabilidades individual concomitante as coletivas a cerca da formação de

consciências criticas, com capacidades de transformar o mundo em seu entorno.

83

Incluem-se aí os trabalhos de coparticipação de todos para inventariar,

harmonizar, tranquilizar, apoiar, orientar, reforçar e integrar tudo e todos de modo

a criar ambiente favorável às funções da Escola. A avaliação deve ser uma

prática cotidiana de todos os profissionais que atuam na instituição que precisam

conhecer profundamente a realidade a fim de estabelecer diretrizes para o

desenvolvimento da proposta pedagógica que seja viável no contexto e que

represente avanços na qualidade dos serviços. Embora seja uma ação contínua,

devem ser previstos tempos específicos para que ela ocorra, com a participação

de todos os envolvidos na instituição escolar, com o plano de ação semestral.

Através da avaliação pode-se constatar a realidade dos atos e dos fatos

que permitirá reflexão e tomada de decisões frente às conquistas já realizadas

e/ou entraves a serem superados, delineando-se o caminho a ser percorrido no

período. Também podem constituir objeto desta dimensão avaliativa as

situações macro-sociais que ultrapassam o contexto da instituição, que

interferem no andamento das ações da mesma.

A avaliação institucional é bastante complexa, pois deve levar em conta

aspectos organizacionais, materiais e envolver todas as pessoas que participam

do contexto (professores, pais de alunos menores, alunos, agentes educacionais

I e II, Professores (as) pedagogos (as) e diretores (as)).

É necessário ressaltar que esse processo requer o envolvimento de todos

esses sujeitos, numa dinâmica de corresponsabilidade levando os envolvidos

por um percurso formador, articulando as demandas, as condições de trabalho

dos profissionais e as instruções que norteiam suas práticas seguindo se as

atribuições, direitos e deveres e proibições de cada um.

A avaliação da instituição perpassa pelo crivo da sociedade que observa,

aprova e desaprova os trabalhos da mesma quando a curto, médio e longo prazo

veem-se os frutos do trabalho. Portanto é necessário realizar um trabalho que

venha a repercutir positivamente, como garantia de credibilidade.

Realiza-se anualmente será feito mapeamento através de uma pesquisa

avaliativa, através de um questionário quanto ao grau de satisfação dos

trabalhos da Instituição escolar o CEEBJA. Junto aos professores pedagogos,

professores das disciplinas, agentes educacionais I e II e alunos.

Nesta pesquisa avaliativa direcionada a cada categoria, busca-se o grau

de satisfação de todos os participantes da escola e os pontos deixados a desejar,

84

apontados nas respostas, que são compiladas e discutidas em reuniões

pedagógicas.

Caso seja necessário, grupos são convidados a participar mais

diretamente para busca de soluções e melhorias dentro das possibilidades em

todos os aspectos apontados.

Para que ocorra uma avaliação com resultados positivos, faz-se a cada

inicio de ano letivo o plano de ação da instituição escolar e criam-se expectativas,

traçam-se metas e planejam-se os caminhos a percorrer para se alcançar êxito.

8. PERIODICIDADE DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

O presente documento denominado PPP (Projeto Político Pedagógico), é

um instrumento que dispõe das orientações a serem seguidas por todo o

colegiado escolar. É um documento considerado proposta, pois pode ser

alterado assim que surgir necessidade e serem anexados adendos, durante o

ano letivo escolar.

Justificam-se alterações que venham em benefício dos que se utilizam da

instituição, por alterações da legislação e, que principalmente possa servir de

melhoria do ensino aprendizagem. Portanto deve ser revisto no período de um

ano, sempre num processo participativo dos representantes de todas as

instâncias do colegiado, que deve ter acesso a este sempre que achar

necessário, inclusive toda a comunidade.

9. DESAFIOS SOCIOEDUCACIONAIS

Na escola contemporânea e com o Neoliberalismo existente e a

Globalização, surgem novos desafios mediante a evolução rápida em

consequência das mídias e das tecnologias. A população passa a ser mais

exigente, pois o mercado de trabalho também exige mais conhecimentos.

A escola faz parte da sociedade, abarca nessa evolução e precisa

subsidiar seus educandos de forma a organizar, sistematizar e viabilizar as

85

inovações, visto que todas as mudanças sociais são um processo que leva

tempo para se compreender as necessidades de mudanças.

Tudo isto requer mudança cultural do povo para seguir a ordem

socioeconômica, ou seja, manter o equilíbrio entre formação para o trabalho

mediante as novas exigências e a escolarização. O povo só evolui através dos

conhecimentos e da necessidade de tê-los, isto se produz inicialmente na escola,

considerados conhecimentos acadêmicos e científicos.

Dentro disso também são trabalhados as temáticas História e Cultura

Afro-Brasileira, Africana e Indígena, Prevenção ao Uso Indevido de Drogas,

Sexualidade Humana e prevenção de DST (doenças sexualmente transmitidas),

Educação Ambiental, Educação Fiscal e enfrentamento à violência contra as

crianças, adolescentes e idosos. Os temas transversais serão trabalhados ao

longo da carga horária de todas as disciplinas, valorizando-se todas as temáticas

no decorrer do ano em qualquer período e evitando ênfase num período

específico do ano letivo, sabe-se que a evolução perpassa por todos os temas

oriundos das convivências sociais e podem e devem ser debatidos na escola.

9.1 SEXUALIDADE

Em tempos atuais a sociedade enxerga a sexualidade humana por

prismas diferentes do que se via a poucos anos atrás. Isso devido a referencias

quanto aos direitos universais do ser humano, que contempla cada ser como é,

na sua essência, o que dá conotação inclusive de sua orientação sexual.

Devido aos movimentos de grupos específicos (tribos) que lutam em

defesa da igualdade de direitos entre homens e mulheres; também os que lutam

por direitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e

Transgêneros (LGBT,) a escola considerada como local de grande influencia na

formação de novos conceitos, através da pesquisa e dos estudos torna-se

responsável por contribuir nesta tarefa sócio cultural, para o exercício da

cidadania, que nada mais é que a organização social, onde se preservam os

direitos e os deveres de todos os cidadãos, independentemente de qualquer

circunstâncias, sem constranger a individualidade.

86

Sendo assim no interior da escola exige-se o respeito aos direitos

individuais, além de se trabalhar concomitante aos conteúdos das disciplinas de

forma interdisciplinar as questões referentes à sexualidade.

9.2 VIOLÊNCIA CONTRA A CRIANÇA E O ADOLESCENTE

Depois da invenção da infância na Europa, onde as crianças eram

tratadas como adultos em miniatura, passou-se a vê-las como seres em

formação e por necessidades sócio econômicas surgiu a necessidade de se

repensar também a situação dos adolescentes e criar um Estatuto próprio para

se organizar os direitos e os deveres destes cidadãos em formação. Existiu uma

grande polemica em torno da ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), no

entanto nos anos iniciais de sua implantação houve vários equívocos de

entendimento onde se privilegiava o direito em detrimento do dever e atualmente

quando a ECA já tem mais de 21 anos, ainda existem debates em torno de

questões sociais que envolvem crianças e adolescentes que são polemicas e

divergentes até mesmo para especialistas. Sendo assim a escola é um campo

para debates muito importante, e oportunamente nos Desafios contemporâneos

de forma interdisciplinar, concomitante aos conteúdos curriculares das

Disciplinas, sempre será trabalhado questões referentes a crianças e

adolescentes na sociedade.

Inclui-se nestes trabalhos fazer referencia sempre que necessário a casos de

Bullyng, que por ventura possam acontecer e ou simplesmente realizar trabalhos

de aceitação dos diferentes, visto que a diversidade cultural, de idade e outros,

estão muito mais presente na EJA do que em outros meios escolares.

9.3 USO INDEVIDO DE DROGAS

As substancias psicoativas sempre estiveram presentes nas sociedades

desde os tempos mais remotos, porém com conceituações diferenciadas nos

grupos sociais e nas épocas históricas. Na sociedade atual devido aos

transtornos causados por dependências destas substancias e das alterações de

comportamentos vindo em prejuízos sócio econômicos à sociedade como um

87

todo, são necessários estudos em torno deste tema e a escola concomitante aos

conteúdos das ciências aborda tais questões indubitavelmente.

9.4 EDUCAÇÃO FISCAL E TRIBUTÁRIA

Numa sociedade democrática como a nossa e com grande

desvirtuamento de valores, que existem devido à formação histórica de nosso

povo, onde uns sobrepujam outros e tentam justificar tais atitudes como sendo

direitos adquiridos dos antepassados sem mesmo buscar esclarecimentos a

respeito de tributações e suas fiscalizações. A Escola deve contemplar na

formação do cidadão:

(...) despertar da consciência para a função sócio econômica do tributo, o incentivo ao acompanhamento da aplicação dos recursos públicos pela sociedade e a criação das condições para uma relação harmoniosa entre o Estado e o cidadão, de acordo com os objetivos e diretrizes do “Programa Nacional de Educação Fiscal – PNEF” (...). ( Decreto 5739/2012).

Assim sendo torna-se necessário implementar estudos no âmbito escolar

a todos e em todos os níveis da escolarização para que num tempo próximo

possa-se colher frutos dessa educação onde todos contribuam com equidade e

justiça para a sustentação de uma sociedade saudável onde todos tenham

direitos e vez para usufruir dos bens socialmente produzidos historicamente, que

já se sabe é direito de todos, porém ainda existem muitos privilegiados em

detrimento de injustiças sociais, daqueles que detém o capital e vivem de renda.

Diante disso acredita-se que só pelos conhecimentos e formação de novas

consciências, da população trabalhadora isso pode mudar.

Outra situação depreciativa da sociedade sem renda ou baixa renda são

os programas sociais. Ocorre no Brasil deturpação de entendimento dos direitos

dos cidadãos, havendo incompreensão dos objetivos dos programas do governo

que privilegiam alguns sem a devida contrapartida dos mesmos, tornando-se

assistencialismo viciante, que não contribuem para o desenvolvimento e sim

para solução aparente dos problemas sócio econômico que ora vive o Estado

Brasileiro. Estes estudos devem ser contemplados na escola ao serem

trabalhados textos nas disciplinas de História, Geografia, Língua Portuguesa e

outras sempre que houver oportunidade.

88

9.5 EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Preservar nossa morada é o grande desafio coletivo dos últimos anos de

toda a população mundial. Para tanto, muitas discussões nacionais e

internacionais envolvendo governos e técnicos e sociedade civil ocorrem

anualmente. No entanto, os resultados efetivamente só vão acontecer mediante

a consciência de todos os cidadãos independentemente de onde moram ou de

qual nacionalidade são.

Os meios acadêmicos são lugares de se ensinar e aprender a viver em

sociedade, logo meios eficazes para estudos, debates e formação de novos

conceitos que são descritos os desafios de se trabalhar a Educação Ambiental

na educação formal sob a ótica interdisciplinar em consonância com as Diretrizes

da Política Nacional de Educação Ambiental (Lei 9795/99) Reafirma a

importância da integração do conhecimento e da ação ambiental no campo da

educação e tão logo colher novas atitudes baseadas nos conhecimentos

científicos através de mudanças saindo do discurso para as atitudes da

população como um todo.

9.6 HISTÓRIA DO PARANÁ

Muito se fala nos meios escolares sobre a importância de se conhecer a

realidade da sociedade onde se vive, e a própria legislação exige o trabalho

sobre a história do nosso povo, através da Lei nº. 13.381/01, a qual torna

obrigatória no Ensino Fundamental e Médio da Rede Pública o ensino de História

do Paraná. Como nos diz BITTENCOURT (2004 p.168),

[…] têm sido indicada como necessária para o ensino por possibilitar a compreensão do aluno, identificando o passado sempre presente nos vários espaços de convivência – escola, casa, comunidade, trabalho e lazer, e igualmente por situar os problemas significativos da história do presente.

No entanto os conteúdos curriculares contemplam estudos direcionados

em determinados anos escolares e isso acaba sendo um modo de se fechar no

currículo, um tempo especifico para estudar a história do nosso Estado, o

Paraná. Devem-se sempre fazer relações com a história dos antepassados aos

fatos atuais da nossa história, que são a base, para poder se construir uma

realidade inovadora, onde se privilegie a dignidade do ser humano em todos os

89

aspectos: físicos, políticos, sociais, econômicos, educacionais, traçando a linha

de evolução e compreendendo a atualidade, visto que este e consequência do

passado.

A História e Geografia do Paraná são estudadas nestas disciplinas e

fazem parte dos conteúdos curriculares, e nas demais disciplinas quando o

conteúdo oportunizar.

9.7 MÚSICA

Lei nº 11.769, de 18 de agosto de 2008, que determina a presença do

ensino de música nas escolas de educação básica vem ao encontro do que já

se sabe: que a música é uma forma de expressão universal e independente da

nacionalidade a comunicação se torna possível. Vale dizer da influência da

musica na formação e na existência do ser, visto que os sons desenvolvem

capacidades intrínsecas que se relacionam com outras áreas do

desenvolvimento humano, trazendo benefícios não somente culturais, mas até

de comportamentos, entrelaçamentos, quebra de paradigmas, e novas

conceituações a respeito de arte, filosofia, sociologia e outras áreas onde a

Musicalização pode servir de apoio ao crescimento e a fundamentação de

estudos, pesquisas e novas descobertas, além de comprovada a possibilidade

de contribuir para desenvolver conexões cerebrais e aumentar a capacidade

humana no sentido cognitivo. A Musicalização faz parte de um dos eixos dos

conteúdos de arte, onde são trabalhados as nuances da musica: a melodia, o

ritmo, sua duração, notas, o timbre dos instrumentos e vozes, sua intensidade,

altura nota ritmo, enfim é necessário que o individuo aprenda a perceber os sons

e desenvolver aptidões auditivas refinadas que lhe sirvam para as vivencias.

9.8 EDUCAÇÃO PARA O ENVELHECIMENTO DIGNO E SAUDÁVEL

Os marcos legais Nacionais e Estaduais da Política da Pessoa Idosa

determinam a tarefa da educação em todos os seus níveis e modalidades de

ensino e se torna uma revestida de urgência considerando a realidade atual e

porque as crianças e os jovens que frequentam a escola nos dias atuais serão

os adultos que viverão a realidade demográfica que, em 2050, os fará conviver

90

com 25% de pessoas idosas. Ainda, segundo publicação recente do IBGE, em

2060, o Brasil terá 218 milhões de habitantes, sendo que 8 milhões serão

pessoas idosas.

Considere-se também que nossos estudantes de hoje, dependendo da

idade atual, farão parte do contingente de cidadãos e cidadãs idosas brasileiros.

Portanto, tanto para o convívio, quanto para o próprio envelhecimento digno e

saudável é necessária a preparação devida. O envelhecimento não é um fato

social isolado. É um fato biológico com suas decorrências e especificidades, que

se estabelece nas sociedades, requerendo o entendimento adequado e a

preparação de todos para tal.

Assim, a Secretaria de Estado da Educação do Paraná coloca à

disposição de seu Sistema de Educação alguns subsídios capazes de dar base

às disciplinas que precisam disponibilizar os saberes que dão conta da

preparação de nossos estudantes para sua vida entendida como valor máximo

de uma sociedade e que tem ciclos que se completam com o envelhecimento,

de igual importância dos demais; inclusive orientar para a reformulação de

conceitos nos alunos que frequentam a escola e já se encontram nesta fase,

para que busquem vida plena ,sendo conhecedores de seus limites, seus

direitos e suas possibilidades.

A Lei 10.741, de 03 de outubro de 2003, dispõe sobre a instituição do

Estatuto do Idoso, assegurando os direitos das pessoas com idade igual ou

superior a 60 (sessenta) anos, e atribuindo à família, à comunidade, à sociedade

e ao Poder Público, o dever de efetivar, com absoluta prioridade, o direito à vida,

à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho,

à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e

comunitária (art. 3º).

A Política Nacional do Idoso foi instituída em 1994, em âmbito nacional, e

em 1997, com a Lei Estadual nº 11.863, de 03 de outubro de 1997, o estado do

Paraná consolida a sua Política Estadual do Idoso. Em ambas as leis são

delegadas atribuições para a educação, o que foi mantido também no Estatuto

do Idoso de 2003, com a mesma redação para a tarefa educacional, em seu

Artigo 22, que determina:

Nos currículos mínimos dos diversos níveis de ensino formal serão inseridos conteúdos voltados ao processo de envelhecimento, ao

91

respeito e à valorização do idoso, de forma a eliminar preconceito e a produzir conhecimentos sobre a matéria. (BRASIL, 2003)

Nesse sentido, é importante ressaltar que o Estado do Paraná assume

uma organização disciplinar do currículo, entendendo que a escola é um espaço

democrático de socialização do conhecimento e que, os professores, ao

organizarem o trabalho pedagógico, devem fazê-lo “a partir dos conteúdos

estruturantes de sua disciplina” (DCE,2008, p. 27).

9.9 HISTÓRIA E CULTURA AFRICANA E AFRO BRASILEIRA

A Lei nº 10.639/2003 alterou a Lei de Diretrizes e Bases (LDB - 9.394 /

1996), que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir

no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática "História e

Cultura Afro-Brasileira" e dá outras providências, como incluir o dia 20 de

novembro como "Dia Nacional da Consciência Negra”.

No inicio da colonização e exploração das terras brasileiras, novas formas

de trabalho foram surgindo, aí iniciou a escravidão negra. Muito negros africanos

foram trazidos para realizar trabalho escravo, tratados sem dignidade.

Somente esse fato já justifica um trabalho que faça jus a esse povo além

do legado trazido por eles que contribuiu para o enriquecimento da nossa cultura.

Por causa das diferenças de crenças e costumes esses povos, foram vítimas,

não somente da escravidão no trabalho, mas proibidos de praticarem sua

religiosidade sofrendo constrangimentos e até hoje se tem sequelas e conceitos

equivocados a respeito, diante disso cabe estudar sobre essa cultura para

desmistificar tais conceitos.

Não se pode negar que em nosso país, a cultura afro-brasileira faz parte

de nossa raiz histórica e resgatar esta cultura significa valorizar e enriquecer o

patrimônio cultural brasileiro, ofertando subsídios históricos para se

compreender esta parte da história de forma dialógica. Além dos trabalhos

realizados anualmente pela equipe multidisciplinar, nas disciplinas são

trabalhados os conteúdos relativos enfatizando a cultura afro e afro-brasileira.

92

9.10 HISTÓRIA E CULTURA INDÍGENA

A formação do povo brasileiro tem como base a cultura indígena que eram

os primeiros habitantes do espaço brasileiro, no entanto houve ao longo da

história da formação do povo brasileiro a desvalorização da cultura indígena, da

desaculturação e até mesmo da tentativa de extinção destas tribos.

Hoje existem projetos de retomada destas culturas em detrimento da

formação básica do povo brasileiro que é miscigenado e não cabe nenhum modo

de preconceito visto que somos todos coparticipantes de todos os resíduos

culturais de nossas bases, mesmo para quem não saiba ou até não queira. Foi-

se introduzida a obrigatoriedade de se trabalhar as bases culturais do povo

brasileiro além do que já se faziam, após a criação da Lei nº 11.645/2008 tornou-

se obrigatório este trabalho. Por isso a importância de se estudar para rever

nossos conceitos e abolir pré-conceitos infundados e negligentes.

Ao estudar na disciplina de História o inicio da civilização e ocupação das

terras brasileiras vai se elucidando o surgimento de tais conceitos. A temática

será abordada em outras disciplinas conforme o conteúdo oportunizar.

9.11 EDUCAÇÃO PARA O TRANSITO

Com o crescimento das cidades e o aumento das populações urbanas

também aumentou o número de veículos motorizados que circulam nas vias.

Diante disso o número de acidentes e até de mortes em consequência de

acidentes de trânsito e da imprudência, surge a necessidade emergente de

buscar meios de inibir tais fatos que acabam por causar danos socioeconômicos

às famílias e ao Estado.

Sabe-se que somente se pode mudar a cultura de um povo através da

educação, portanto nada mais adequado que se discutam temas relacionados

em salas de aula para minimizar em curto prazo, diminuir em médio prazo e quiçá

até no futuro zerar o número dos acidentes de trânsito, em especial os por

negligencia. Diante de tal necessidade tornou-se fator preponderante trabalhar

nos bancos escolares a o código de transito através da lei Nº 9.503/97,

93

enfatizando-se os índices de morte, através dos gráficos divulgados ao longo do

ano pelas entidades responsáveis.

9.12 EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS

A Educação em Direitos Humanos é basicamente ensinar na escola o

respeito à dignidade humana, pois se acredita que a cultura de um povo pode

ser modificada através da educação.

O ser humano pode aprender qualquer coisa e como disse Nelson

Mandela (1995),em sua auto biografia,depois de 27 anos preso, saiu sem ódio

no coração e afirmou em outras palavras que da mesma forma com que as

pessoas aprendem a odiar, podem igualmente aprender a amar o semelhante,

desde que lhe sejam dadas oportunidades de conhecer as diferenças entre as

pessoas e assim compreender, aceitar e respeitar.

Do ponto de vista ético pode-se dizer que devemos partir do princípio

básico filosófico que o que não queremos para nós, nem desejamos aos que

amamos, não podemos aceitar que se faça a outros.

Para tanto se deve inserir na escola discussões sobre os valores

essenciais para a existência humana: da liberdade, da justiça, da igualdade, da

solidariedade, da cooperação, da tolerância e da paz.

Estes temas podem ser abordados em todas as disciplinas e com

frequência nas aulas, visto que conteúdos de Historia, Ciências, Biologia, Língua

Portuguesa e outras, oferecem aberturas curriculares que propiciam trabalhar

esses temas dentro das aulas propriamente ditas e assim é feito no CEEBJA-

Pato Branco.

Inclui-se nestes trabalhos, no mês de março, realização de atividades tais

como seminários, debates, mesa redonda, Cine debate, entre outras, com intuito

de instruir jovens quanto à criminalização e punição de toda violência contra a

mulher.

Instruir educandos da Instituição na realização de trabalho referente ao

abandono do prédio, realizando treinamentos práticos, duas vezes ao ano em

datas pré estabelecidas, para caso haja sinistro possa – se estabelecer

organização e calma na evacuação do ambiente.

94

10. REFERÊNCIAS ARROYO, Miguel Gonzáles. Trabalho – Educação e Teoria Pedagógica. In: CEEBJA. Parecer nº 004/2008. Regimento Escolar. ALLAL, L., Cardinet J. et Perrenoud, Ph. (dir.). À avaliação formativa num ensino diferenciado. 1996. BENEVIDES, Maria Victoria, - Palestra de abertura do Seminário de Educação em Direitos Humanos. São Paulo, 18/02/2000. Disponível http://www.rcdh.es.gov.br/sites/default/files/Benevides%20MV%202000%20Educa%C3%A7%C3%A3o%20em%20DH%20de%20que%20se%20trata.pdf). Acesso em 04/11/2016. BITTENCOURT, C. M. F. Ensino de História: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2004. BRASIL. Diretrizes nacionais para educação de jovens e adultos. Ministério da Educação. Brasília. 2000. _______________. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, 1988. _______________. Institui o Código de Trânsito Brasileiro. Lei Nº 9.503 de 23 de setembro de 1997. _______________. Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências. Lei 9795 de 27 de abril de 1999. _______________. LDB - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília, MEC, 1996. _______________. Dispõe sobre o estágio de estudantes; altera a redação do art. 428 da Consolidação das Leis do Trabalho. CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943, e a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996; revoga as Leis nos 6.494, de 7 de dezembro de 1977, e 8.859, de 23 de março de 1994, o parágrafo único do art. 82 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, e o art. 6o da Medida Provisória no 2.164-41, de 24 de agosto de 2001;

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e dá outras providências. Lei nº 11.788/08 – Dispõe sobre estágios. Brasília, 2008. _______________. Lei Federal Nº 12.031/2009 – Determina obrigatoriedade de execução semanal do Hino Nacional nos estabelecimentos do Ensino Fundamental. Brasília, 2009. _______________. Dispõe sobre o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério, na forma prevista no art. 60, § 7º, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, e dá outras providências. LEI nº 9.424, de 24 de dezembro de 1996. _______________. Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira", e dá outras providências. Lei nº 10.639 de 09 de janeiro de 2003. _______________. Dispõe sobre o Estatuto do Idoso e dá outras providências. Lei nº 10.741, de 01 de outubro de 2003 . _______________. Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, Lei de Diretrizes e Bases da Educação, para dispor sobre a obrigatoriedade do ensino da música na educação básica. Lei nº 11.769, de 18 de agosto de 2008. _______________. Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras e dá outras providências. Lei de LIBRAS, nº 10.436, de 24 de abril de 2002. _______________. Regulamenta a profissão de Tradutor e Intérprete da Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS. Lei nº 12.319, de 1º de setembro de 2010. _______________. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências. Lei nº 8.069 de 13 de julho de 1990. DELORS, Jacques. Educação: Um Tesouro a Descobrir. Cortez, 4ª edição, São Paulo, 2000. EDUCAÇÃO. Conselho Estadual De Educação. Indicadores para elaboração da proposta pedagógica dos estabelecimentos de ensino da Educação Básica em suas diferentes modalidades. Deliberação nº 14/99 – CEE/PR de 08 de outubro de 1999. _______________. Normas Gerais para Avaliação do Aproveitamento Escolar, Recuperação de Estudos e Promoção de Alunos, do Sistema Estadual de Ensino, em Nível do Ensino Fundamental e Médio. Deliberação 07/99 – CEE/PR de 09 de abril de 1999. ____________________. Matrícula de ingresso, por transferência e em regime de progressão parcial; o aproveitamento de estudos; a classificação e a reclassificação; as adaptações; a revalidação e equivalência de estudos feitos no exterior e regularização de vida escolar em estabelecimentos que ofertem Ensino Fundamental e Médio nas suas diferentes modalidades. Deliberação

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