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CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO CEARÁ FACULDADE CEARENSE CIÊNCIAS CONTÁBEIS GESTÃO GERENCIAL TRIBUTÁRIA PARA MICRO E PEQUENAS EMPRESAS OPTANTES DO SIMPLES NACIONAL O CASO DE UMA EMPRESA COMERCIAL NO SEGMENTO DE COSMÉTICOS. PAULO CESAR DE SOUSA ARAUJO FORTALEZA-CE 2013

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CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO CEARÁ

FACULDADE CEARENSE

CIÊNCIAS CONTÁBEIS

GESTÃO GERENCIAL TRIBUTÁRIA PARA MICRO E PEQUENAS E MPRESAS

OPTANTES DO SIMPLES NACIONAL – O CASO DE UMA EMPRES A

COMERCIAL NO SEGMENTO DE COSMÉTICOS.

PAULO CESAR DE SOUSA ARAUJO

FORTALEZA-CE

2013

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GESTÃO GERENCIAL TRIBUTÁRIA PARA MICRO E PEQUENAS E MPRESAS

OPTANTES DO SIMPLES NACIONAL – O CASO DE UMA EMPRES A

COMERCIAL NO SEGMENTO DE COSMÉTICOS.

Monografia apresentada á Faculdade

Cearense, como requisito obrigatório para

a obtenção do título de Bacharel em

Ciências Contábeis.

Orientadora: Profa. Ms. Liana Márcia

Costa Vieira Marinho

FORTALEZA-CE

2013

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GESTÃO GERENCIAL TRIBUTÁRIA PARA MICROS E PEQUENAS EMPRESAS

OPTANTES DO SIMPLES NACIONAL – O CASO DE UMA EMPRES A

COMERCIAL NO SEGMENTO DE COSMÉTICOS.

Esta monografia foi submetida á Coordenação do Curso de Ciências

Contábeis, como parte dos requisitos necessários á obtenção do Título de Bacharel

em Ciências Contábeis, outorgado pela Faculdade Cearense – FAC e encontra-se á

disposição dos interessados na Biblioteca da referida Faculdade.

A citação de qualquer trecho desta monografia é permitida, desde que feita

de acordo com as normas de ética cientifica.

Aprovado em ____/____/____

________________________________________________________

Prof.ª Ms. Liana Márcia Costa Vieira Marinho

(Orientadora)

_________________________________________________________

Prof.ª Dra. Liliana Farias Lacerda

__________________________________________________________

Prof.º Especialista Mercidio Gonçalves Filho

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A minha família, tudo em minha vida,

fonte de inspiração e força para enfrentar

todas as dificuldades e vencê-las.

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AGRADECIMENTOS

A DEUS pelo dom da vida e motivo maior de minha existência, sem seu amor

eu não seria nada.

A Meus pais Raimundo e Liduina, pela criação digna e honrosa,

ensinamentos, conselhos, correções e direcionamento.

A Minha esposa e amada Simone, maior incentivadora deste projeto de vida,

por seu amor, carinho, respeito, compreensão, paciência, atitude e por estar sempre

ao meu lado em todos os momentos, por acreditar como ninguém em meu potencial

e fazer-me sentir-me capaz.

Aos Meus filhos Rodrigo e Caio presentes de DEUS e meus motivos de

exemplo e luta.

A Professora Liana Márcia, um dos seres humanos mais dignos que conheci,

pela dedicação, respeito e profissionalismo na ajuda da elaboração e conclusão

deste trabalho.

Aos Professores membros da banca que com seus grandes conhecimentos

contribuíram positivamente para a aprovação deste trabalho.

Aos Meus amigos e companheiros de equipe em sala de aula Clara, Andressa,

Fábio, José Cavalcante, Martins, Fátima e Henri, pelo apoio e respeito sempre

depositados.

E a todos os meus familiares e amigos que de alguma forma contribuíram para

esta vitória.

.

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“Poderia ter o dom de anunciar

mensagens de DEUS, ter todo o

conhecimento, entender todos os segredos

e ter tanta fé, que poderia tirar as

montanhas do seu lugar, mas, se não

tivesse amor, eu não seria nada”.

1. Coríntios 13-2

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RESUMO

No mundo atual as empresas devem fazer o diferencial para se destacarem e se

estabelecerem entre tantas. Ter posse de informações precisas sobre as mais

diversas ações desempenhadas pela empresa é fundamental. Uma gestão gerencial

tributária fornece as informações necessárias para decisão de qual é a melhor forma

de tributação para uma empresa. Por isso esse trabalho tem como objetivo mostrar

por meio de análise precisa e direta de uma empresa do segmento de cosméticos no

Estado do Ceará, que a opção pela tributação do sistema unificado de recolhimento

de impostos – Simples Nacional é a mais qualitativa e eficiente forma para a mesma.

Desta forma foi realizada uma pesquisa bibliográfica buscando entender melhor a

aplicação desta sistemática e sua forma de utilização, posteriormente um estudo de

caso foi realizado, tendo como base os extratos do simples nacional da empresa.

Conclusão encontrada que diante dos testes realizados, utilizando a metodologia de

análise pesquisada, os tomadores de decisão da empresa, podem inferir sobre

diversas situações da empresa e que estas auxiliam na tomada de decisão na

entidade.

Palavras–chave: Simples nacional, microempresa, empresa de pequeno porte,

tributação.

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ABSTRACT

In today's world companies must do to excel and

differential settling among many. Having possession of accurate

information about many different actions performed by the company is crucial. A tax

administration management provides the information necessary for deciding which

the best form of taxation for a company is. Therefore this work aims to show through

direct and accurate e analysis of a company’s cosmetics segment in the state of

Ceará, the option for taxation of the unified tax collection - National Simple is more

qualitative and efficient way to the same. Thus we performed a literature search in

order to understand better the application of this method and its manner of use, then

a case study was conducted, based on extracts from the simple national company.

Found that on completion of the tests, using the methodology of analysis

investigated, the decision makers of the company may infer various situations of the

company and that they assist in decision making in the organization.

Keywords: Simple national microenterprise, small business, taxation.

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Cálculo dos impostos sobre as receitas de atividade de Comércio...........36

Tabela 2. Cálculo de impostos sobre receitas da atividade de Indústria...................37

Tabela 3. Cálculo do imposto sobre receitas das atividades de Locação de Bens

Móveis e prestação de serviços do anexo III.............................................38

Tabela 4. Cálculo do imposto sobre receitas das atividades de prestação de Serviços

do anexo IV................................................................................................39

Tabela 5. Cálculo do imposto sobre receitas das atividades de prestação de Serviços

do anexo V-A.............................................................................................40

Tabela 6. Cálculo do imposto sobre receitas das atividades de prestação de serviços

do anexo V-B..............................................................................................41

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Planilha de cálculo Lucro presumido junho/2013.............48

Figura 2 – Planilha de cálculo Lucro presumido Julho/2013..............49

Figura 3 – Planilha de cálculo Lucro Presumido Agosto/2013...........50

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SUMÁRIO

1 Introdução.........................................................................................12

2 Planejamento Tributário....................................................................16

2.1 Formas de Fazer um Levantamento Tributário.................................17

2.2 Dados a serem verificados no Planejamento Tributário...................17

3 Referencial qualitativo do Simples Nacional.....................................19

3.1 ME e EPP para opção do Simples Nacional.....................................21

3.2 Legislação.........................................................................................24

3.3 Componentes Tributários do Sistema Simples Nacional..................30

3.4 Exclusões..........................................................................................31

3.6 Atividades Impeditivas Para Opção ao Simples Nacional................34

4 Referencial quantitativo do Simples Nacional...................................36

4.1 Demonstrativo de cálculos................................................................43

5 Estudo de Caso.................................................................................47

5.1 Dados Empresarias...........................................................................47

5.2 Extratos do Simples Nacional...........................................................47

6 Conclusão.........................................................................................53

7 Referências......................................................................................55

8 Anexo A............................................................................................57

9 Anexo B............................................................................................66

10 Anexo C...........................................................................................67

11 Anexo D...........................................................................................68

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1 INTRODUÇÃO

Em dezembro de 2006 foi a criado Estatuto Nacional da Microempresa e da

Empresa de Pequeno Porte, por meio da Lei Complementar nº. 123/2006. O intuito

desse estatuto reside em dar um tratamento diferenciado e simplificar o tratamento

dado as Microempresas e Empresas de Pequeno Porte.

Tal tratamento estaria promovendo o desenvolvimento social e econômico,

alcançando uma sociedade mais democrática e justa, reduzindo assim a

informalidade, diminuindo a sonegação de impostos com a possibilidade de

favorecê-las no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos

Municípios, tal qual será explicitado em capítulos posteriores.

Desta maneira instituiu-se uma forma unificada de recolher vários impostos

inerentes a atividade empresária, conforme será apresentado ao longo desse

trabalho, denominada de Simples Nacional.

O Simples Nacional é, pois, um sistema de arrecadação cujo objetivo principal

consiste em aumentar as chances da legalização dos microempresários, que antes

ficavam as sombras da informalidade.

Embora seja um segmento de grande importância para o crescimento do País,

pois se trata do maior empregador de mão de obra nacional mesmo sem contar do

com o apoio do governo, principalmente na concessão de crédito, ainda possibilita a

criação e expansão de varias negócios por todo o território nacional.

A vista disso diminui o desemprego e consequentemente, aumenta a

arrecadação de impostos e também foi uma forma de unificar a atuação da

administração tributária entre todos os entes federativos através de um regime

especifico para as mesmas, atendendo dessa forma o que determina os artigos 170,

IX, 179 E 146, III, “d” parágrafo único da Constituição Federal que instituiu o Regime

Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devido pelas Micro

Empresas e Empresas de pequeno porte.

Ante o exposto, pretende esta pesquisa monográfica principalmente averiguar

e apresentar detalhadamente as funcionalidades, importância do Simples Nacional,

no âmbito tributário, para as empresas que optaram por este sistema, abordando o

histórico deste a sua criação através da Lei 9.317/96 até o Surgimento da Lei

Complementar 123/2006.

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Pretende-se apresentar as variáveis para o pequeno empreendedorismo, como

o diferencial desta lei no que tange aos benefícios que a mesma traz em seu bojo,

evidenciando o impacto desta forma tributária no sistema empresarial brasileiro

através das Leis que criaram a sistemática do Simples Nacional e suas alterações

Para a realização deste trabalho, mister, se faz necessário esclarecer que

serão utilizadas várias maneiras de abordagem do assunto, serão mostradas

primeiramente a forma qualitativa do Simples Nacional onde se discorrera sobre a

melhor forma de utilização pela empresa e como a mesma se beneficiará de tal

regime, serão abordadas também a quantificação tributária através de

demonstrativos de cálculos onde serão destacadas valores de faturamentos,

alíquotas e o resultado final com os valores a recolher, será mostrada uma visão do

simples Nacional em seu todo e se evidenciará um caso específico de uma empresa

comercial no segmento de cosméticos.

Finalmente, este trabalho pretende ainda destacar pelas linhas de seus

capítulos á importância de uma análise de tributos para o bom desenvolvimento da

entidade, pois se faz necessário um planejamento tributário realizado de forma

gerenciada, objetivando ajudar no seu controle interno, trazendo o máximo de

transparência e fortalecendo uma relação íntegra e honesta junto ao Fisco.

No segundo e terceiro capitulo, será apresentado, portanto, uma visão

acurada do Simples Nacional, sua previsão legal, suas particularidades, exigências,

histórico, legislação, tributos embutidos, exclusões, atividades permissivas, tabelas,

demonstrativos de cálculos, sua finalidade, aspectos legais e como deve ser

aplicada para a sua devida apuração, geração de guias e transmissão de declaração

junto a Receita Federal do Brasil.

No quarto capítulo será abordado um estudo de caso de uma empresa

comercial de cosméticos, mostrando versatilidades com relação a carga tributária de

acordo com o enquadramento do regime do Simples Nacional. Com base na sua

previsão de aumento de faturamento, nasce á necessidade de uma análise criteriosa

para verificar se esse regime tributário continuará a ser o mais adequado, não

onerando a saúde financeira. Ou seja, não afetando de forma negativa sua

lucratividade, ajudando seu desenvolvimento empresarial e facilitando assim junto á

gestão a tomada de decisões relativas ao gerenciamento tributário da mesma,

buscando assim cooperar de forma direta e eficaz.

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Nas considerações finais é apresentando o resultado do estudo de caso

mostrando a eficiência da opção do regime de tributação da empresa por meio do

Simples Nacional, um caso específico, podendo outros estudos apresentar

resultados diferentes. Em outras palavras: esta pesquisa prima por apresentar o

regime de arrecadação de impostos criado com a Lei Complementar nº. 123/2006 e

suas alterações, apresentar os benefícios desta forma de arrecadação e como

aplicá-la.

Deste modo este trabalho possui a seguinte problemática:

Qual a viabilidade na opção pelo regime tributário do Simples Nacional como forma

de recolhimento para uma empresa comercial no segmento de cosméticos, levando

em consideração aspectos técnicos, operacionais e sem comprometer a saúde

financeira da empresa, para facilitar as tomadas de decisões no âmbito gerencial em

relação ao futuro da mesma?

As possíveis hipóteses oriundas desta problemática são:

• De acordo com análise realizada evidenciou-se que a opção pelo

regime de tributação do simples nacional é a mais viável para a

empresa, pois se trata da mais rentável e eficiente forma de tributação

para a mesma, não onerando sua situação financeira e adequando-a a

um patamar estável em relação ao fisco.

• Verificou-se que o sistema de tributação do simples nacional não é a

melhor opção tributária para a mesma, pois dentro da sua projeção

futura de faturamento a empresa passaria a ter um recolhimento maior

de tributos o que afetaria diretamente sua lucratividade.

Os objetivos deste trabalho se subdividem em objetivo geral e objetivos

específicos:

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O objetivo geral será:

Discorrer sobre o regime de tributação do simples nacional para as pequenas

e micro empresas para referendá-la ou não como forma de tributação adequada

para as empresas.

Os objetivos específicos são:

• Realizar levantamento técnico sobre o regime de tributação do simples

nacional a fim de conhecer a sua melhor forma de atuação.

• Aplicar exame prático com a finalidade de um melhor controle gerencial

tributário.

Justificativa:

Justifica-se a analise relativa a opção pelo Simples Nacional como sendo um

assunto abrangente e de grande importância, sendo necessário o aprofundamento

do assunto para conhecer sua real capacidade tributária para Micro e Pequenas

Empresas .

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2 PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO

Segundo Francisco Coutinho Chaves (Gestão Tributária Empresarial)

Planejamento Tributário é o processo de escolha de ação, não simulada, anterior à

ocorrência do fato gerador, visando, direta ou indiretamente, economia de tributos, é

também chamada de elisão fiscal. Fazer planejamento tributário, não é apenas um

direito garantido na Constituição Federal, mas também um dever legal determinado

pela Lei 6.404/76 em seu artigo 153.

Art. 153. O administrador da companhia deve empregar, no exercício de suas funções, o cuidado e diligência que todo homem ativo e probo costuma empregar na administração dos seus próprios negócios.

Cabe-se ressaltar que esse planejamento não se propõe a incitar á sonegação

fiscal ou estimular a fraude contra credores, mas sim, estimular a adoção de

medidas preventivas que possam vir a possibilitar não só a continuidade da empresa

como também torná-la mais competitiva diante do mercado, que é tão competitivo,

pois muitas empresas acumulam muitas dívidas com impostos por não terem um

planejamento específico.

Torna-se de grande importância a realização do planejamento tributário, pois

através do mesmo a empresa pode organizar a estrutura de seu negócio buscando

favorecê-la de forma legal, pois esse tipo de procedimento jurídico é lícito e conta

com o entendimento da fazenda pública.

Facilmente é detectado que a carga tributária representa uma grande parcela

dos custos de uma empresa, em muitos casos a maior, então, tornou-se questão de

sobrevivência empresarial o controle administrativo do ônus tributário.

Segundo o IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário) no Brasil, em

média 33% do faturamento empresarial é dirigido ao pagamento de tributos.

Somente o ônus do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro pode

corresponder a 51,51% do lucro liquido apurado. Da somatória dos custos e

despesas, mais da metade do valor é representada pelos tributos. Assim é

imprescindível a adoção de um sistema de economia legal

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De acordo com o que prevê a Constituição brasileira realizar planejamento

tributário é tão essencial para uma empresa como a realização de fluxos de caixa e

investimentos, claro que sempre pautado na honestidade e legalidade da ação.

2.1 FORMAS DE SE FAZER UM PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO

Esse planejamento deve ser realizado por profissionais especializados na área,

podendo ser contadores, advogados ou até mesmo administradores, pois um

profissional qualificado indicará o melhor critério para a realização desse

planejamento como também afastará a empresa de contingências fiscais, pois, as

multas fiscais normalmente são elevadas e podem ocasionar a liquidação precoce

de uma determinada empresa.

Inicialmente busca-se o levantamento histórico da empresa, para se identificar

as origens de todas as transações realizadas pela mesma, procurando escolher a

que menos afetará o financeiro da empresa para operações futuras.

Deve analisar todos os recolhimentos de tributos, se houve ação fiscal sobre os

mesmos e buscar de forma anual qual a melhor forma de tributação para a empresa

e verificar a existência ou não de créditos fiscais.

Depois tem que se buscar um planejamento operacional condizente com a

verdadeira situação da empresa, buscar a expectativa de faturamento, qual o

mercado de atuação, quais os produtos e serviços que serão oferecidos, realizar

uma previsão de despesas operacionais e não operacionais, o que se pretende

comprar junto a seus fornecedores como também a localização dos mesmos e por

fim qual a margem de lucro que se pretende alcançar.

2.2 DADOS A SEREM ANALISADOS NO PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO

Faz-se necessário a verificação de toda legislação pertinente a matéria, pois o

fisco sempre apresentando dispositivos que podem ser fundamentais para

maximizar ou minimizar a carga tributária em questão, levantar toda documentação

contábil, livros contábeis e fiscais, e todas as guias de recolhimento de impostos e

declarações acessórias obrigatórias.

Analisar com detalhes a legislação tributária atual da empresa e compará-la

com outras existentes a fim de enquadrar a empresa na forma de tributação que lhe

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for mais econômica, levando em consideração vários aspectos como operacionais,

perspectivas futuras de faturamento e os procedimentos internos para cumprimento

e realização das obrigações tributárias.

Depois de identificada qual a atividade da empresa, se faz necessário a

realização de um levantamento contábil do resultado obtido no exercício anterior,

como também uma análise tributária e orçamentária para que se possa projetar com

qualidade o exercício seguinte.

A não realização de um Planejamento Tributário poderá ocasionar junto á

empresa uma maior carga tributária, o que fatalmente oneraria seu resultado

operacional e poderia causar uma descontinuidade da empresa.

Com a adesão do sistema SPED – Serviço público de escrituração digital, que

já se tornou obrigatório para muitas empresas faz com que as mesmas

acompanhem de forma correta e em tempo real a movimentação fiscal a fim evitar

problemas com o fisco, pois, esse sistema controla todas as transações contábeis e

fiscais realizadas.

Desta forma no próximo capítulo será abordada toda a referência qualitativa do

Simples Nacional em relação as suas características, desde o seu histórico até as

atividades que são impeditivas para a opção a esta sistemática tributária.

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3. REFERENCIAL QUALITATIVO DO SIMPLES NACIONAL

A busca por um tratamento diferenciado e uma maior valorização das

pequenas empresas no Brasil começou na década de 80 com a inclusão dos artigos

170 e 179 na Constituição Federal de 1988 que instituía que União, Estados, Distrito

Federal e Municípios deveriam promover tratamento diferenciado ás Micro Empresas

e Empresas de pequeno porte, tanto na parte tributária, como na administrativa,

previdenciária e creditícia.

Desta forma nos anos 90 esse movimento fortificou-se mais precisamente em

05 de dezembro de 1996, conforme página 25.973/7 do Diário Oficial da União que

entrou em vigor em 01 de janeiro de 1997, criando assim a Lei das Microempresas e

Empresas de pequeno Porte – Simples ou como ficou denominado Simples Federal.

Conforme o art. 179 da Constituição Federal oferecia um tratamento diferenciado,

simplificado e favorecido em relação aos impostos e as contribuições.

Também com a Lei 9.841 de 05 de outubro de 1999, que criou o Estatuto da

Microempresa e Empresa de Pequeno porte, facilitando assim a constituição e o

funcionamento da Microempresa e Empresa de Pequeno Porte, dando as mesmas,

suporte para participarem mais ativamente do processo de desenvolvimento

econômico e social do Brasil.

Conforme o art. 2º da Lei 9.317/96 era considerada Microempresa a Pessoa

Jurídica que tivesse auferido no ano calendário receita bruta igual ou superior a R$

240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais) e como Empresa de pequeno porte a

Pessoa Jurídica que houvesse auferido no ano calendário valor igual ou inferior a R$

2.400.000,00 (dois milhões e quatrocentos mil reais).

E para as empresas constituídas dentro do ano calendário, esses valores

seriam proporcionais à quantidade de meses dentro do exercício, sendo assim as

empresas enquadradas neste perfil teria o pagamento unificado de alguns impostos

federais, que seriam: IRPJ - Imposto de Renda da Pessoa Jurídica, CSLL -

Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, Contribuição para os Programas de

Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público – PIS/PASEP,

COFINS – Contribuição para financiamento da Seguridade Social, IPI – Imposto

sobre Produtos Industrializados e a Contribuição para a Seguridade Social – INSS

referente à Pessoa Jurídica, ou seja, a parte patronal.

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Com relação à parte dos empregados a mesma seria recolhida através de GPS

– Guia da Previdência Social específica, mas com a Lei 9.841/99 alterou esses

valores ficando da seguinte forma: Microempresa valor igual ou inferior a R$

244.000,00 (Duzentos e quarenta e quatro mil reais) e Empresa de Pequeno Porte

com valor superior a R$ 244.000,00 e inferior a R$ 1.200.000,00 (Hum milhão e

duzentos mil reais).

Em se tratando de impostos estaduais e municipais, mais especificamente o

ICMS – Imposto de Circulação de Mercadorias e serviços e o ISS – Imposto sobre

serviços, esses só poderiam estar incluídos nesta sistemática de recolhimento

mediante convênio a ser realizado entre os entes federativos.

Em 01 de julho de 2007 foi extinto o Simples Federal conforme o disposto no

art. 89 da Lei complementar nº 123 de 14 de dezembro de 2006 que instituiu o novo

regime para as Microempresas e Empresas de Pequeno Porte que foi denominado

Simples Nacional, as empresas optantes pelo Simples Federal permaneceram nesse

regime de tributação até 30 de junho de 2007.

Art. 89. Ficam revogadas, a partir de 1o de julho de

2007, a Lei nº 9.317, de 5 de dezembro de 1996, e a Lei

nº 9.841, de 5 de outubro de 1999.

Muito embora o Estatuto das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte

tenha trazido muitos benefícios o mesmo não foi suficiente, pois pelo fato de ser sido

criado por Lei ordinária Federal e sem poder legislativo sobre Estados e Municípios.

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3.1 ME e EPP Para opção do Simples Nacional

Para fins de direito a opção de enquadramento no regime do Simples Nacional

considera-se microempresa ou empresa de pequeno porte o empresário individual, a

sociedade empresária ou sociedade simples a que se refere o art. 966 da lei 10.406

de 10 de janeiro de 2002 devidamente registradas no órgão de registro das

empresas mercantis ou no Cartório de Registro Civil de Pessoas Jurídicas.

Art. 966. Considera-se empresário quem exerce

profissionalmente atividade econômica

organizada para a produção ou a circulação de bens ou

de serviços.

Parágrafo único. Não se considera empresário quem

exerce profissão intelectual, de natureza científica,

literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares

ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão

constituir elemento de empresa.

De acordo com a art. 3º da Lei complementar 139 de 10 de novembro de 2011

permanecem enquadradas na condição de micro empresa para deste regime de

tributação a entidade que auferir dentro do ano calendário valor igual ou inferior a R$

360.000,00 (Trezentos e sessenta mil reais) e como Empresa de Pequeno Porte

valor igual ou inferior a R$ 3.600.000,00 (Três milhões e seiscentos mil reais), esses

valores servem de base para todo o Estatuto da Micro empresa e Empresa de

Pequeno Porte, tanto no que compreende a parte tributária como também para os

demais assuntos nele tratados, devendo ser dever de todos os entes federativos

respeitá-los e cumpri-los, embora de acordo com a participação no PIB (Produto

interno bruto) de cada Estado os mesmos poderão fazer a opção por sublimites.

São condições obrigatórias para a opção ao sistema do Simples Nacional:

• Enquadrar-se na condição de Microempresa ou de Empresa de

Pequeno Porte

• Cumprir os requisitos previstos na legislação

• Formalizar a opção em tempo hábil

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Principais Características da opção pelo Simples Nacional:

• Ser facultativo

• Ser irretratável para todo ano calendário

• Recolhimento dos tributos abrangidos mediante documento único

de recolhimento – DAS

• Disponibilização ás ME e EPP de sistema eletrônico para realização

do cálculo do valor mensal para o valor devido, constituindo crédito

tributário.

• Apresentação de Declaração única e simplificada de informações

sócia econômica e fiscal.

• Prazo para recolhimento da DAS até o dia 20 (vinte) do mês

subsequente aquele em que houver auferida a receita bruta

• Possibilidade dos Estados adotarem sublimites em função da

participação no PIB (Produto interno bruto)

Vedações ao enquadramento do Estatuto da Micro e Pequena Empresa:

• De cujo capital participe outra PJ

• Que participe do capital de outra PJ

• Que tenha sócio com participação em outra PJ optante do Simples

Nacional e a soma do faturamento de ambos ultrapasse o limite de

R$ 3,6 milhões

• Cujo sócio ou titular seja administrador ou equiparado, de outra PJ

com fins lucrativos, e a soma do faturamento de ambas ultrapasse

o limite de R$ 3,6 milhões.

• Cujo titular ou sócio participe com mais de 10% do capital de outra

PJ não optante pelo Simples Nacional, e a soma do faturamento de

ambos ultrapasse o limite de R$ 3,6 milhões.

• Que seja filial, sucursal, agência ou representação, no Brasil, de PJ

com sede no exterior.

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• Constituída como cooperativas (salvo as de consumo)

• Que exerça atividade de banco, corretora, distribuidora de títulos e

valores mobiliários, leasing, seguradora e previdência

complementar.

• Constituída com S/A

• Que resulte de cisão ou qualquer outra forma de desmembramento

de PJ ocorrido nos últimos 5 (cinco) anos-calendários anteriores.

Vedações a opção pelo Simples Nacional:

• Que tenha sócio domiciliado no exterior

• Que possua débito com o INSS ou com a União, Estado ou

Município cuja exigibilidade não esteja suspensa por ordem

judicial.

• Que preste serviço de transporte intermunicipal e interestadual de

passageiros

• Que seja geradora, transmissora, distribuidora ou

comercializadora de energia elétrica.

• Que tenha por finalidade a prestação de serviços decorrentes do

exercício de atividade intelectual, de natureza técnica, científica,

desportiva, artística ou cultural, que constitua profissão

regulamentada ou não, bem como a que preste serviço de

instrutor, de corretor, de despachante ou de qualquer tipo de

intermediação de negócios.

De acordo com Resolução da CGSN (Comitê Gestor do Simples Nacional) as

empresas poderão realizar o agendamento para inclusão no sistema, isso pode ser

realizado do período de 01 de novembro a 31 de dezembro do ano corrente para

inclusão no ano subsequente, portanto se a empresa pretendente não tiver

impedimentos o agendamento será aceito sem a necessidade de confirmação em

janeiro do ano subsequente, se houver pendências o agendamento será negado, no

entanto, a empresa poderá dentro do prazo legal, ou seja, até 31 de janeiro

regularizar as mesmas e solicitar novamente a opção.

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3.2 A IMPORTÂNCIA DA LEGISLAÇÃO PARA O SIMPLES NACIONAL

O sistema de tributação simplificado das Microempresas e Empresas de

Pequeno Porte – Simples Nacional originou-se com a criação da Lei do Simples

Federal no ano de 1996, assim sendo será apresentada a Lei de criação e as Leis

que a modificaram, mostrando as principais mudanças acontecidas ao longo do

tempo:

A Lei 9.317 de 05 de dezembro de 1996 dispõe sobre o regime tributário das

Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, institui o Sistema Integrado de

Pagamentos de Impostos e Contribuições das Microempresas e Empresas de

Pequeno Porte. Esta Lei regulamentou os limites de faturamento para solicitar,

estar e poder continuar caracterizado no sistema, ou seja, Microempresa até R$

240.000,00 e Empresa de Pequeno Porte R$ 2.400.000,00, considerando a

proporcionalidade para empresas com inicio de atividade no ano corrente.

Dentre os impostos inseridos na mesma estão: IRPJ, PIS/PASEP, CSLL,

COFINS, IPI e CPP, a inscrição nesse regime dispensa a Pessoa Jurídica do

pagamento de demais impostos instituídos pela União.

Sendo que impostos estaduais e municipais somente serão embutidos

mediante convênios, as alíquotas variavam de 3 a 5,4% com faturamento anual de

R$ 60.000,00 á R$ 240.000,00 para Microempresas e 5,4 a 12,6% com

faturamento anual de R$ 240.000,01 a R$ 2.400.000,00 para Empresas de

Pequeno Porte, sendo ambos de forma mensalmente cumulativa.

O pagamento seria em guia única com vencimento até o vigésimo dia do mês

subsequente ao fato gerador, anualmente as empresas estavam obrigadas a

apresentar a Declaração anual simplificada até o último dia do mês de maio do ano

calendário subsequente ao da ocorrência dos fatos geradores, as empresas

ficaram dispensadas da contabilidade comercial desde que mantivessem em

perfeita ordem a escrituração do Livro Caixa, inventário e os documentos que

geraram tais escriturações.

Os valores destinados aos sócios ou proprietários eram isentos do pagamento

de imposto de renda, salvo, pró-labore, aluguéis ou serviços prestados. Os débitos

por ventura existentes poderiam ser parcelados em até 72 (setenta e duas)

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parcelas mensais e sucessivas no valor mínimo de R$ 50,00 (cinquenta reais),

considerados isoladamente os débitos junto a Fazenda Nacional e a Seguridade

Social.

A Lei complementar 123, de 14 de dezembro de 2006, DOU de 15 de

dezembro de 2006, entrou em vigor a partir de 01 de julho de 2007 e revogou as

Leis anteriores, inicialmente mudou a nomenclatura de Simples Federal para

Simples Nacional e instituiu o Estatuto Nacional da Micro Empresa e Empresa de

Pequeno Porte e trata do tratamento diferenciado e favorecido a ser dispensado as

Micro Empresas e Empresas de Pequeno porte no âmbito dos poderes da União,

dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

Inicialmente esta nova Lei abrangeu também o imposto estadual ICMS –

Imposto sobre circulação de mercadorias e serviços e o imposto municipal ISS –

Imposto sobre serviços, como também as obrigações acessórias pertinentes ao

mesmo, condicionou o cumprimento de obrigações trabalhistas e previdenciárias e

ao acesso o crédito e ao mercado, inclusive quanto à preferência nas aquisições de

bens e serviços pelos poderes públicos, á tecnologia, ao associativismo e ás regras

de inclusão.

Fica estabelecido que esta Lei não exclui a incidência dos seguintes impostos:

IOF, II, IE, ITR, CPMF, FGTS, imposto de renda relativo a ganho liquido auferido

em aplicações de renda fixa ou variável, imposto de renda relativo aos ganhos de

capital na alienação de bens do ativo imobilizado, INSS referente ao trabalhador,

contribuição Para a seguridade social referente ao empresário na qualidade de

contribuinte individual e PIS/PASEP, COFINS e IPI incidentes de importação de

bens e serviços e ICMS devido.

Foi criado o Comitê Gestor do Simples Nacional (CGSN) com a finalidade de

acompanhamento e poder decisórios sobre os assuntos inerentes ao Simples

Nacional, o mesmo é composto por 4 (quatro) representantes da Secretaria da

Receita Federal do Brasil, como representantes da União, 2 (dois) dos Estados e

do Distrito Federal e 2 (dois) dos Municípios, para tratar dos aspectos tributários e

fórum permanente das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte.

Também se criou o Comitê para Gestão da Rede Nacional para a simplificação

do registro e da legalização de empresas e negócios vinculados ao Ministério do

Desenvolvimento, Indústria e comércio Exterior, composto por representantes da

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União, dos Estados e do Distrito Federal, dos Municípios e demais órgãos de apoio

e de registro empresarial, na forma definida pelo poder Executivo.

Aumentou o valor para definição de Microempresa e Empresa de Pequeno

porte de acordo com a receita bruta anula auferida, sendo para Micro Empresa

valor menor ou igual á R$ 360.000,00 (Trezentos e sessenta mil reais) e para

Empresa de Pequeno Porte valor menor ou igual a R$ 3.600,000, 00 (Três milhões

e seiscentos mil reais), valores também condicionados aos sublimites estaduais

conforme convênios específicos ficando o Estado do Ceará com o sub limite de R$

2.520.000,00 (Dois milhões quinhentos e vinte reais).

Nasce a personalidade jurídica do MEI - Micro empreendedor Individual com a

finalidade de tirar vários trabalhadores autônomos e demais que estavam a sombra

da informalidade, dando aos mesmos a opção de recolhimento de valores fixos

mensais independente de sua receita bruta auferida desde que não ultrapasse o

limite de R$ 60.000,00 (Sessenta mil reais) dentro de ano calendário, ficando

determinado o valor de R$ 45,65 (Quarenta e cinco reais e sessenta e cinco

centavos), devendo comprovar receita mediante apresentação dos registros de

vendas ou prestação de serviços na forma estabelecida pelo CGSN, ficando

dispensado da emissão de documento fiscal.

As Microempresas e as Empresas de Pequeno Porte optantes pelo Simples

Nacional não farão jus á apropriação, nem transferirão créditos relativos a impostos

ou contribuições abrangidos pelo Simples Nacional. Ficam obrigadas a emissão de

documentos fiscal de venda ou prestação de serviços, manter em boa ordem e

guarda os documentos que fundamentaram a apuração dos impostos e

contribuições devidos. Ficam também obrigadas ao cumprimento das obrigações

acessórias da Lei Complementar enquanto não decorrido o prazo decadencial e

não prescritas eventuais ações que lhes sejam pertinentes.

Em 14 de agosto de 2007 foi promulgada a Lei Complementar nº 127, DOU de

15/08/2007, que entrou em vigor em 01 de julho de 2007, sendo ressalvado o seu

art. 2º que só entrou em vigor em 01 de janeiro de 2008, alterando assim a Lei

complementar 123/2006 nos seguintes aspectos:

São consideradas inscritas no Simples Nacional em 1º de julho de 2007, ás

microempresas e empresas de pequeno porte regularmente optantes por esse

regime tributário, salva as impedidas de optar por alguma vedação imposta por

esta Lei Complementar.

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Também podem optar pelo sistema tributário do Simples Nacional A

microempresa ou empresa de pequeno porte que se dedique á prestação de outros

serviços E não tenham sido objeto de vedação expressa, desde que não incorra

em nenhuma das hipóteses de vedação prevista.

Será excluído do sistema no próprio mês de ocorrência, sendo impedida de

solicitar opção pelos próximos 3 (três) anos calendários seguintes a empresa que

omitir da folha de pagamento ou de documento de informação prevista pela

legislação previdenciária, trabalhista ou tributária, segurado empregado,

trabalhador avulso ou contribuinte individual que lhe preste serviço.

As microempresas e as empresas de pequeno porte serão estimuladas pelo

poder público e pelos serviços sociais autônomos a formar consórcios para acesso

a serviços especializados em segurança e medicina do trabalho.

Será concedido, para ingresso nesse regime diferenciado parcelamento em até

120 (cento e vinte) parcelas mensais e sucessivas, dos débitos relativos aos

impostos e contribuições referidos nesta Lei complementar, de responsabilidade

das microempresas e empresas de pequeno porte e de seu titular ou sócio,

relativos a fatos geradores ocorridos até 31 de maio de 2007.

Em 1º de janeiro de 2009 entrou em vigor a Lei complementar 128/2008

que altera a Lei complementar 123/2006, sendo essas as principais

alterações em relação à mesma:

O valor devido pela microempresa e empresa de pequeno porte no

segmento comercial, será determinado mediante aplicação da tabela do

anexo I desta Lei complementar.

No caso de existência de obrigações tributárias, previdenciárias ou

trabalhistas, o titular, o sócio ou administrador da microempresa e empresa

de pequeno porte que se encontre em movimento há mais de 3 (três) anos

poderá solicitar á baixa nos registros dos órgãos públicos federais, estaduais

e municipais independente do pagamento dos débitos tributários, taxas ou

multas devidas pelo atraso na entrega das respectivas declarações nesses

períodos.

O Comitê Gestor do Simples Nacional disciplinará a forma e as condições em

que será atribuída á microempresa e empresa de pequeno porte optante pelo

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Simples Nacional a qualidade de substituta tributária e poderá disciplinar a forma e

as condições em que será estabelecido o regime de antecipação do ICMS.

As microempresas e empresas de pequeno porte optantes pelo Simples

Nacional poderão realizar negócios de compra e venda de bens, para o mercado

nacional e internacional, por meio de sociedade de propósito específico nos termos

e condições estabelecidos pelo Poder Executivo Federal.

Será concedido para ingresso no Simples Nacional, parcelamento em até 100

(cem) parcelas mensais e sucessivas, dos débitos com o Instituto Nacional do

Seguro Social – INSS, ou com as Fazendas Públicas federal, estadual e municipal,

de responsabilidade da microempresa ou empresa de pequeno porte e de seu

titular ou sócio, com vencimento até 30 de junho de 2008, o parcelamento deve ser

requerido no prazo estabelecido em regulamentação do Comitê Gestor, o mesmo

não se aplica na hipótese de reingresso de microempresa ou empresa de pequeno

porte no Simples Nacional.

O MEI – Micro empreendedor individual poderá optar pelo recolhimento de

impostos e contribuições com valor fixo e se considera o mesmo o empresário

individual que tenha auferido receita bruta no ano calendário anterior de até R$

36.000,00 (trinta e seis mil reais), optante pelo Simples Nacional e que não esteja

impedido de optar por esta sistemática.

A Lei complementar nº 133 de 28 de dezembro de 2009, publicada no DOU de

29 de dezembro de 2012, modificou a Lei Complementar nº 123/2006 para

modificar o enquadramento das atividades de produções cinematográficas,

audiovisuais, artísticas e culturais no Regime Especial Unificado de Arrecadação

de Tributos e contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno

Porte, podendo as mesmas serem tributadas conforme as alíquotas do anexo III

desta Lei complementar.

A última alteração ocorrida foi com a publicação da Lei Complementar nº 139

de 10 de novembro de 2011 no DOU de 11 de novembro de 2011 que trouxe em

seu bojo algumas alterações que se faziam necessárias.

Foi fixado o prazo de 1º de janeiro de 2015, para que o CGSN aprecie a

necessidade revisão dos limites da receita bruta auferida pelas empresas do

Simples Nacional.

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Foram atualizados os limites da receita bruta anual para o devido

enquadramento das microempresas e empresas de pequeno porte, sendo R$

360.000,00 para microempresas, R$ 3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil

reais) para empresas de pequeno porte e R$ 60.000,00 (sessenta mil reais) para o

micro empreendedor individual.

Criou-se o incentivo ás empresas exportadoras, com faturamento até R$

3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais) no mercado interno, que poderão

ter receita igual com as exportações sem o risco de exclusão do Simples Nacional,

inclusive quando realizada por meio de comercial exportadora ou da sociedade de

propósito específico.

Fica criada a determinação legal para que as informações prestadas

mensalmente pelas microempresas e empresas de pequeno porte para cálculos

dos valores devidos no Simples Nacional através de sistema eletrônico, passam a

ter caráter declaratório de confissão de dívidas, e são instrumentos hábil e

suficiente para a exigência do tributo e contribuições que não tenham sido

recolhidos resultantes das informações nele prestadas.

Houve simplificação no processo de abertura, registro, alteração e baixa do

Micro empreendedor individual, conforme disciplinado pelo CGSN, como também a

facilitação no processo de baixa das microempresas e empresas de pequeno porte,

sendo reduzido de 3 (três) anos para 12 (doze) meses o tempo de inatividade

necessário para o processo de baixa simplificado.

Aceitação automática, aos optantes pelo Sistema do Simples Nacional, de

sistema de comunicação eletrônica, destinado, dentre outras finalidades: Cientificar

o sujeito passivo de qualquer tipo de atos administrativos, incluídos os relativos ao

indeferimento de opção, á exclusão do regime e as ações fiscais, encaminharem

notificações e intimações e expedir aviso em geral, o sistema de comunicação

eletrônica será regulamentado pelo CGSN.

Fica definido a competência do CGSN para fixar critérios, condições, para

rescisão, prazos, valores mínimos de amortização e demais procedimentos para

parcelamento dos tributos apurados na forma do Simples Nacional, em até 60

(sessenta) meses, como também, para dispor sobra a exigência da certificação

digital para cumprimentos de obrigações principais e acessórias por parte das

microempresas e empresas de pequeno porte e micro empreendedor individual,

optantes do Simples Nacional, inclusive para o recolhimento do FGTS.

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3.3 COMPONENTES TRIBUTÁRIOS DO SISTEMA SIMPLES NACIONAL

O sistema tributário Simples Nacional unifica em seu recolhimento impostos

federais, estaduais e municipais, facilitando assim a burocracia e promovendo uma

redução na carga tributária, serão apresentados a seguir conforme dados extraídos

do Site da Receita Federal do Brasil os impostos e suas respectivas alíquotas de

acordo com o segmento empresarial.

IRPJ – Imposto de Renda Pessoa Jurídica, para as receitas apuradas nas

atividades de comércio e indústria sua alíquota varia de 0,27% a 0,54%, nas

receitas de locação de bens móveis e de prestação de serviços referentes ao

anexo III de 0,48% a 0,81% e nas receitas de prestação de serviços conforme

anexo IV varia de 0,16% a 6,12%.

CSLL – Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, para as receitas na

atividade de comércio e indústria varia de 0,31% a 0,54%, as receitas na atividade

de locação de bens móveis e de prestação de serviços referidos no anexo III

variam de 0,43% a 0,79% e as receitas decorrentes da prestação de serviços das

atividades relacionadas no anexo IV variam de 1,22% a 2,53%.

COFINS – Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social, para as

receitas decorrentes da atividade de comércio e indústria variam de 0,86% a

1,60%, para as receitas decorrentes de locação de bens móveis e prestação de

serviços relacionadas no anexo III variam de 1,42% a 2,42% e as receitas

decorrentes de prestação de serviços relacionadas ao anexo IV variam de 1,28% a

2,63%.

PIS/PASEP – Programa de Integração social e Programa de Formação do

Patrimônio do Servidor Público, para as receitas decorrentes da atividade de

comércio e indústria variam de 0,23% a 0,38%, para as receitas de locação de

bens móveis e prestação de serviços relacionadas no anexo III variam de 0,35% a

0,57% e para as receitas decorrentes de prestação de serviços relacionadas no

anexo IV variam de 0,24% a 0,57%.

CPP – Contribuição Previdenciária Patronal, para as receitas das atividades

de comércio e indústria 2,75% a 4,70% e para as atividades de locação e

prestação de serviços relacionadas no anexo III variam de 4,00% a 7,83%.

ICMS – Imposto de circulação de mercadorias e serviços, para as receitas

decorrentes das atividades de comércio e serviços variam de 1,25% a 3,95%.

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ISS – Imposto sobre serviços, para as receitas decorrentes de locação de

bens móveis e prestação de serviços relacionadas no anexo III e anexo IV variam

de 2,00% a 5,00%.

IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados, para as recitas da atividade de

indústria a alíquota é de 0,50%.

3.5 EXCLUSÕES DO SIMPLES NACIONAL

As exclusões do Simples nacional poderão ser realizadas através de oficio,

com efeito, a partir do mês de ocorrência deixando o contribuinte fora da

sistemática por um período de 3 (três) a 10 (dez) anos, nos seguintes casos:

• Falta de comunicação de exclusão obrigatória

• Embaraço a fiscalização, caracterizado pela negativa não

justificada de exibição de livros e documentos a que estiverem

obrigadas, bem como pelo não fornecimento de informações sobre

bens, movimentação financeira, negócio ou atividade que

estiverem intimadas a apresentar, e demais hipóteses que

autorizam a requisição de auxilio da força pública.

• Resistência á fiscalização, caracterizada pela negativa de acesso

ao estabelecimento, ao domicilio fiscal ou a qualquer outro local

onde desenvolvam suas atividades ou se encontrem bens de sua

propriedade.

• Constituídas por interpostas pessoas.

• Constatada prática reiterada de infração ao disposto nesta Lei

complementar.

• Se a empresa for declarada inapta, na forma dos arts. 81 e 82 da

Lei nº 9.430/96 e alterações posteriores.

• Comercializar mercadorias objeto de contrabando e descaminho.

• Houver falta de escrituração do livro caixa ou não permitir a

identificação da movimentação financeira, inclusive bancária.

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• For constatado que durante o ano calendário o valor das despesas

pagas supera em 20% (vinte por cento) o valor de ingresso de

recursos no mesmo período, excluído o ano de inicio de atividade.

• For constatado que durante o ano calendário o valor das

aquisições de mercadorias para comercialização ou

industrialização, ressalvadas hipóteses justificadas de aumento de

estoque, for superior a 80% (oitenta por cento) dos ingressos de

recursos no mesmo período, excluído o ano de início de atividade.

• Houver descumprimento reiterado da obrigação de emitir

documento fiscal de venda ou prestação de serviços.

• Omitir de forma reiterada da folha de pagamento da empresa ou de

documento de informações previsto pela legislação previdenciária,

trabalhista ou tributária, segurado empregado, trabalhador

avulso ou contribuinte individual que lhe preste serviço.

São consideradas práticas reiteradas conforme a Lei Complementar nº

139/2011

• A ocorrência, em 2 (dois) anos ou mais períodos de apuração,

consecutivos ou alternados, de infrações, inclusive de natureza

acessória, verificada em relação aos últimos 5 (cinco) anos

calendário, formalizadas por intermédio de auto de infração ou

notificação de lançamento.

• A segunda ocorrência de idênticas infrações, caso seja constatada

a utilização de artifício, ardil ou qualquer outro meio fraudulento

que induza ou mantenha a fiscalização em erro, com o fim de

suprimir ou reduzir o pagamento do tributo.

São formas de exclusão do Simples Nacional mediante comunicação da

Microempresa ou Empresa de Pequeno Porte.

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• Se ultrapassar o limite mais de 20% (vinte porcento), deverá

comunicar até o último dia do mês subsequente, com efeito, a partir

do mesmo.

• Se ultrapassar em menos de 20% (vinte porcento), deverá

comunicar até o último dia útil do mês de janeiro do ano

subsequente aquele em que ocorrida à situação de vedação, com

efeito, a partir do ano seguinte ao excesso.

• Obrigatoriamente quando ultrapassado no ano calendário de inicio

de atividade o limite de R$ 300.000,00 (Trezentos mil reais),

multiplicados pelo número de meses de funcionamento nesse

período, em relação aos tributos e contribuições federais, e, em

relação aos tributos estaduais, municipais e distritais, de R$

105.000,00 (Cento e cinco mil reais) ou R$ 150.000,00 (Cento e

cinquenta mil reais) ou R$ 210.000,00 (Duzentos e dez mil reais),

também multiplicados pelo número de meses de funcionamento no

período e deverá comunicar até o último dia útil do mês de janeiro

do ano calendário subsequente ao do inicio de atividades se não

ultrapassar em mais de 20% (vinte porcento), com efeito desde o

inicio das atividades se ultrapassarem em mais de 20% (vinte

porcento), salvo se o excesso verificado em relação á receita bruta

não for superior a 20% (vinte porcento), neste caso a exclusão será

a partir do ano calendário subsequente.

São formas de exclusão do Simples Nacional mediante alterações no CNPJ -

Cadastro Geral da Pessoa Jurídica, que equivale á comunicação obrigatória nas

seguintes hipóteses.

• Alteração de natureza jurídica para S/A, Sociedade Empresária em

Comandita por Ações, Sociedade em conta de participação ou

estabelecimento de Sociedade Estrangeira.

• Inclusão de atividade econômica vedada á opção pelo Simples

Nacional.

• Inclusão de sócio Pessoa Jurídica

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• Inclusão de sócio domiciliado no exterior

• Cisão parcial ou extinção da empresa

3.6 ATIVIDADES IMPEDITIVAS PARA OPÇÃO AO SIMPLES NACIONAL

Várias são as atividades econômicas sem permissão para ingresso na

sistemática do Simples Nacional, de acordo com a Lei complementar 123/2006 e

suas alterações.

Desta forma se uma empresa que operacionar somente com essas

atividades não poderá ingressar na sistemática do Simples Nacional, mas, se tiver

mais de uma atividade, ou seja, sendo considerada ambígua e a outra não for

impeditiva poderá solicitar a opção desde que declare de forma expressa que

exerce tão somente a atividade que naquele momento não é impeditiva.

Embora sejam concomitantes, permitida e não permitida ao Simples

Nacional a opção será aceita, mas, na hipótese da alteração da relação de

códigos impeditivos ou ambíguos e essa atividade econômica passar a ser

consideradas como impeditiva a Microempresa e Empresa de pequeno porte

deverá efetuar a sua exclusão obrigatória, porém com efeito para o ano

calendário subsequente.

Se a atividade econômica deixar de ser considerada impeditiva então a

Microempresa e Empresa de pequeno porte passará o poder optar pelo Simples

Nacional a partir do ano calendário seguinte ao da alteração desse código, desde

que não incorra em nenhuma das vedações. Desta forma será apresentada à

relação das atividades de forma atualizada no anexo A deste trabalho, de acordo

com a resolução do CGSN nº 94, de 29 de novembro de 2011, em seu artigo 8º,

inciso 1º.

No próximo capítulo será discorrido sobre a referencial quantitativo do

Simples Nacional, onde serão mostradas tabelas de acordo com o que preceitua

a legislação em ordem de anexos por atividades.

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4. REFERENCIAL QUANTITATIVO DO SIMPLES NACIONAL

Serão apresentadas agora as tabelas existentes no bojo do Simples Nacional,

que apresentam conforme a atividade da empresa e de acordo com sua receita as

alíquotas que devem ser utilizadas para o devido cálculo dos impostos pertinentes

ao mesmo de acordo com a última atualização através da Lei complementar 139 de

10 de novembro de 2011 em seu anexo I.

Tabela 1. Para Cálculo dos impostos sobre as receitas de atividade de Comércio:

Receita Bruta em 12 meses (em

R$) Alíquota IRPJ CSLL Cofins PIS/Pasep CPP ICMS

Até 180.000,00 4,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 2,75% 1,25%

De 180.000,01 a 360.000,00 5,47% 0,00% 0,00% 0,86% 0,00% 2,75% 1,86%

De 360.000,01 a 540.000,00 6,84% 0,27% 0,31% 0,95% 0,23% 2,75% 2,33%

De 540.000,01 a 720.000,00 7,54% 0,35% 0,35% 1,04% 0,25% 2,99% 2,56%

De 720.000,01 a 900.000,00 7,60% 0,35% 0,35% 1,05% 0,25% 3,02% 2,58%

De 900.000,01 a 1.080.000,00 8,28% 0,38% 0,38% 1,15% 0,27% 3,28% 2,82%

De 1.080.000,01 a 1.260.000,00 8,36% 0,39% 0,39% 1,16% 0,28% 3,30% 2,84%

De 1.260.000,01 a 1.440.000,00 8,45% 0,39% 0,39% 1,17% 0,28% 3,35% 2,87%

De 1.440.000,01 a 1.620.000,00 9,03% 0,42% 0,42% 1,25% 0,30% 3,57% 3,07%

De 1.620.000,01 a 1.800.000,00 9,12% 0,43% 0,43% 1,26% 0,30% 3,60% 3,10%

De 1.800.000,01 a 1.980.000,00 9,95% 0,46% 0,46% 1,38% 0,33% 3,94% 3,38%

De 1.980.000,01 a 2.160.000,00 10,04% 0,46% 0,46% 1,39% 0,33% 3,99% 3,41%

De 2.160.000,01 a 2.340.000,00 10,13% 0,47% 0,47% 1,40% 0,33% 4,01% 3,45%

De 2.340.000,01 a 2.520.000,00 10,23% 0,47% 0,47% 1,42% 0,34% 4,05% 3,48%

De 2.520.000,01 a 2.700.000,00 10,32% 0,48% 0,48% 1,43% 0,34% 4,08% 3,51%

De 2.700.000,01 a 2.880.000,00 11,23% 0,52% 0,52% 1,56% 0,37% 4,44% 3,82%

De 2.880.000,01 a 3.060.000,00 11,32% 0,52% 0,52% 1,57% 0,37% 4,49% 3,85%

De 3.060.000,01 a 3.240.000,00 11,42% 0,53% 0,53% 1,58% 0,38% 4,52% 3,88%

De 3.240.000,01 a 3.420.000,00 11,51% 0,53% 0,53% 1,60% 0,38% 4,56% 3,91%

De 3.420.000,01 a 3.600.000,00 11,61% 0,54% 0,54% 1,60% 0,38% 4,60% 3,95%

Fonte: Site www.receita.fazenda.gov.br/simplesnacional/tabelas

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36

A tabela número 1 (um) é utilizada para a realização do cálculo do Simples

Nacional das empresas com atividade de comércio e é composta por 08 (oito)

colunas e 21 (vinte e uma) linhas, onde na primeira coluna estão especificadas as

receitas auferidas acumuladamente e nas demais a alíquota destinada a cada

imposto individualmente. Portanto na segunda coluna apresenta-se o percentual

total dos impostos que servirá para realização do cálculo do valor a pagar.

Tabela 2. Para Cálculo de impostos sobre receitas da atividade de Indústria

conforme anexo II.

Receita Bruta em 12 meses (em

R$) Alíquota IRPJ CSLL Cofins PIS/Pasep CPP ICMS IPI

Até 180.000,00 4,50% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 2,75% 1,25% 0,50%

De 180.000,01 a 360.000,00 5,97% 0,00% 0,00% 0,86% 0,00% 2,75% 1,86% 0,50%

De 360.000,01 a 540.000,00 7,34% 0,27% 0,31% 0,95% 0,23% 2,75% 2,33% 0,50%

De 540.000,01 a 720.000,00 8,04% 0,35% 0,35% 1,04% 0,25% 2,99% 2,56% 0,50%

De 720.000,01 a 900.000,00 8,10% 0,35% 0,35% 1,05% 0,25% 3,02% 2,58% 0,50%

De 900.000,01 a 1.080.000,00 8,78% 0,38% 0,38% 1,15% 0,27% 3,28% 2,82% 0,50%

De 1.080.000,01 a 1.260.000,00 8,86% 0,39% 0,39% 1,16% 0,28% 3,30% 2,84% 0,50%

De 1.260.000,01 a 1.440.000,00 8,95% 0,39% 0,39% 1,17% 0,28% 3,35% 2,87% 0,50%

De 1.440.000,01 a 1.620.000,00 9,53% 0,42% 0,42% 1,25% 0,30% 3,57% 3,07% 0,50%

De 1.620.000,01 a 1.800.000,00 9,62% 0,42% 0,42% 1,26% 0,30% 3,62% 3,10% 0,50%

De 1.800.000,01 a 1.980.000,00 10,45% 0,46% 0,46% 1,38% 0,33% 3,94% 3,38% 0,50%

De 1.980.000,01 a 2.160.000,00 10,54% 0,46% 0,46% 1,39% 0,33% 3,99% 3,41% 0,50%

De 2.160.000,01 a 2.340.000,00 10,63% 0,47% 0,47% 1,40% 0,33% 4,01% 3,45% 0,50%

De 2.340.000,01 a 2.520.000,00 10,73% 0,47% 0,47% 1,42% 0,34% 4,05% 3,48% 0,50%

De 2.520.000,01 a 2.700.000,00 10,82% 0,48% 0,48% 1,43% 0,34% 4,08% 3,51% 0,50%

De 2.700.000,01 a 2.880.000,00 11,73% 0,52% 0,52% 1,56% 0,37% 4,44% 3,82% 0,50%

De 2.880.000,01 a 3.060.000,00 11,82% 0,52% 0,52% 1,57% 0,37% 4,49% 3,85% 0,50%

De 3.060.000,01 a 3.240.000,00 11,92% 0,53% 0,53% 1,58% 0,38% 4,52% 3,88% 0,50%

De 3.240.000,01 a 3.420.000,00 12,01% 0,53% 0,53% 1,60% 0,38% 4,56% 3,91% 0,50%

De 3.420.000,01 a 3.600.000,00 12,11% 0,54% 0,54% 1,60% 0,38% 4,60% 3,95% 0,50

Fonte: Site www.receita.fazenda.gov.br/simples nacional/tabelas

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37

A tabela número 2 (dois) é utilizada para o cálculo do Simples Nacional das

empresas com atividade de Indústria, sendo composta por 9 (nove) colunas e 21

(vinte e uma) linhas, também na primeira coluna apresenta-se a faixa de receitas

auferidas mostrando desde a condição de Micro empresa até o valor máximo para

as Empresas de pequeno porte. Nas linhas discriminam-se as alíquotas relativas a

cada imposto incluso no cálculo.

Tabela 3. Para Cálculo do imposto sobre receitas das atividades de Locação de

Bens Móveis e prestação de serviços conforme anexo III.

Receita Bruta em 12 meses (em R$) Alíquota IRPJ CSLL Cofins PIS/Pasep CPP ISS

Até 180.000,00 6,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 4,00% 2,00%

De 180.000,01 a 360.000,00 8,21% 0,00% 0,00% 1,42% 0,00% 4,00% 2,79%

De 360.000,01 a 540.000,00 10,26% 0,48% 0,43% 1,43% 0,35% 4,07% 3,50%

De 540.000,01 a 720.000,00 11,31% 0,53% 0,53% 1,56% 0,38% 4,47% 3,84%

De 720.000,01 a 900.000,00 11,40% 0,53% 0,52% 1,58% 0,38% 4,52% 3,87%

De 900.000,01 a 1.080.000,00 12,42% 0,57% 0,57% 1,73% 0,40% 4,92% 4,23%

De 1.080.000,01 a 1.260.000,00 12,54% 0,59% 0,56% 1,74% 0,42% 4,97% 4,26%

De 1.260.000,01 a 1.440.000,00 12,68% 0,59% 0,57% 1,76% 0,42% 5,03% 4,31%

De 1.440.000,01 a 1.620.000,00 13,55% 0,63% 0,61% 1,88% 0,45% 5,37% 4,61%

De 1.620.000,01 a 1.800.000,00 13,68% 0,63% 0,64% 1,89% 0,45% 5,42% 4,65%

De 1.800.000,01 a 1.980.000,00 14,93% 0,69% 0,69% 2,07% 0,50% 5,98% 5,00%

De 1.980.000,01 a 2.160.000,00 15,06% 0,69% 0,69% 2,09% 0,50% 6,09% 5,00%

De 2.160.000,01 a 2.340.000,00 15,20% 0,71% 0,70% 2,10% 0,50% 6,19% 5,00%

De 2.340.000,01 a 2.520.000,00 15,35% 0,71% 0,70% 2,13% 0,51% 6,30% 5,00%

De 2.520.000,01 a 2.700.000,00 15,48% 0,72% 0,70% 2,15% 0,51% 6,40% 5,00%

De 2.700.000,01 a 2.880.000,00 16,85% 0,78% 0,76% 2,34% 0,56% 7,41% 5,00%

De 2.880.000,01 a 3.060.000,00 16,98% 0,78% 0,78% 2,36% 0,56% 7,50% 5,00%

De 3.060.000,01 a 3.240.000,00 17,13% 0,80% 0,79% 2,37% 0,57% 7,60% 5,00%

De 3.240.000,01 a 3.420.000,00 17,27% 0,80% 0,79% 2,40% 0,57% 7,71% 5,00%

De 3.420.000,01 a 3.600.000,00 17,42% 0,81% 0,79% 2,42% 0,57% 7,83% 5,00%

Fonte: Site www.receita.fazenda.gov.br/simplesnacional/tabelas

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38

A tabela número 3 (três) referente às atividades pertinentes conforme o anexo

III da Lei complementar 123/2006 é utilizada para as empresas com a atividade de

locação de bens móveis e prestação de serviços, é composta por 8 (oito) colunas e

21 (vinte e uma) linhas, onde nas colunas estão detalhadas as faixas de receita

acumulada.

Tabela 4. Para Cálculo do imposto sobre receitas das atividades de prestação de

serviços conforme anexo IV.

Receita Bruta em 12 meses (em

R$) Alíquota IRPJ CSLL Cofins PIS/Pasep ISS

Até 180.000,00 4,50% 0,00% 1,22% 1,28% 0,00% 2,00%

De 180.000,01 a 360.000,00 6,54% 0,00% 1,84% 1,91% 0,00% 2,79%

De 360.000,01 a 540.000,00 7,70% 0,16% 1,85% 1,95% 0,24% 3,50%

De 540.000,01 a 720.000,00 8,49% 0,52% 1,87% 1,99% 0,27% 3,84%

De 720.000,01 a 900.000,00 8,97% 0,89% 1,89% 2,03% 0,29% 3,87%

De 900.000,01 a 1.080.000,00 9,78% 1,25% 1,91% 2,07% 0,32% 4,23%

De 1.080.000,01 a 1.260.000,00 10,26% 1,62% 1,93% 2,11% 0,34% 4,26%

De 1.260.000,01 a 1.440.000,00 10,76% 2,00% 1,95% 2,15% 0,35% 4,31%

De 1.440.000,01 a 1.620.000,00 11,51% 2,37% 1,97% 2,19% 0,37% 4,61%

De 1.620.000,01 a 1.800.000,00 12,00% 2,74% 2,00% 2,23% 0,38% 4,65%

De 1.800.000,01 a 1.980.000,00 12,80% 3,12% 2,01% 2,27% 0,40% 5,00%

De 1.980.000,01 a 2.160.000,00 13,25% 3,49% 2,03% 2,31% 0,42% 5,00%

De 2.160.000,01 a 2.340.000,00 13,70% 3,86% 2,05% 2,35% 0,44% 5,00%

De 2.340.000,01 a 2.520.000,00 14,15% 4,23% 2,07% 2,39% 0,46% 5,00%

De 2.520.000,01 a 2.700.000,00 14,60% 4,60% 2,10% 2,43% 0,47% 5,00%

De 2.700.000,01 a 2.880.000,00 15,05% 4,90% 2,19% 2,47% 0,49% 5,00%

De 2.880.000,01 a 3.060.000,00 15,50% 5,21% 2,27% 2,51% 0,51% 5,00%

De 3.060.000,01 a 3.240.000,00 15,95% 5,51% 2,36% 2,55% 0,53% 5,00%

De 3.240.000,01 a 3.420.000,00 16,40% 5,81% 2,45% 2,59% 0,55% 5,00%

De 3.420.000,01 a 3.600.000,00 16,85% 6,12% 2,53% 2,63% 0,57% 5,00%

Fonte: Site www.receita.fazenda.gov.br/simplesnacional/tabelas

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39

A tabela número 4 (quatro) é composta por 7 (sete) colunas e 21 (vinte e uma)

linhas, e é utilizada para cálculo do Simples Nacional das empresas com atividade

de prestação de serviços relacionadas no anexo VI da Lei complementar 123/2006.

Nas colunas estão especificados os valores referentes a variação de receita bruta

auferida acumuladamente e nas linhas as alíquotas referentes a cada imposto

inserido nesta esfera de tributação.

Tabela 5. Para Cálculo do imposto sobre receitas das atividades de prestação de

serviços conforme anexo V.

TABELA V-A

Receita Bruta em 12 meses (em

R$) (r)<0,10

0,10≤

(r)

e

(r) <

0,15

0,15≤

(r)

e

(r) <

0,20

0,20≤

(r)

e

(r) <

0,25

0,25≤

(r)

e

(r) <

0,30

0,30≤

(r)

e

(r) <

0,35

0,35≤

(r)

e

(r) <

0,40

(r) ≥ 0,40

Até 180.000,00 17,50% 15,70% 13,70% 11,82% 10,47% 9,97% 8,80% 8,00%

De 180.000,01 a 360.000,00 17,52% 15,75% 13,90% 12,60% 12,33% 10,72% 9,10% 8,48%

De 360.000,01 a 540.000,00 17,55% 15,95% 14,20% 12,90% 12,64% 11,11% 9,58% 9,03%

De 540.000,01 a 720.000,00 17,95% 16,70% 15,00% 13,70% 13,45% 12,00% 10,56% 9,34%

De 720.000,01 a 900.000,00 18,15% 16,95% 15,30% 14,03% 13,53% 12,40% 11,04% 10,06%

De 900.000,01 a 1.080.000,00 18,45% 17,20% 15,40% 14,10% 13,60% 12,60% 11,60% 10,60%

De 1.080.000,01 a 1.260.000,00 18,55% 17,30% 15,50% 14,11% 13,68% 12,68% 11,68% 10,68%

De 1.260.000,01 a 1.440.000,00 18,62% 17,32% 15,60% 14,12% 13,69% 12,69% 11,69% 10,69%

De 1.440.000,01 a 1.620.000,00 18,72% 17,42% 15,70% 14,13% 14,08% 13,08% 12,08% 11,08%

De 1.620.000,01 a 1.800.000,00 18,86% 17,56% 15,80% 14,14% 14,09% 13,09% 12,09% 11,09%

De 1.800.000,01 a 1.980.000,00 18,96% 17,66% 15,90% 14,49% 14,45% 13,61% 12,78% 11,87%

De 1.980.000,01 a 2.160.000,00 19,06% 17,76% 16,00% 14,67% 14,64% 13,89% 13,15% 12,28%

De 2.160.000,01 a 2.340.000,00 19,26% 17,96% 16,20% 14,86% 14,82% 14,17% 13,51% 12,68%

De 2.340.000,01 a 2.520.000,00 19,56% 18,30% 16,50% 15,46% 15,18% 14,61% 14,04% 13,26%

De 2.520.000,01 a 2.700.000,00 20,70% 19,30% 17,45% 16,24% 16,00% 15,52% 15,03% 14,29%

De 2.700.000,01 a 2.880.000,00 21,20% 20,00% 18,20% 16,91% 16,72% 16,32% 15,93% 15,23%

De 2.880.000,01 a 3.060.000,00 21,70% 20,50% 18,70% 17,40% 17,13% 16,82% 16,38% 16,17%

De 3.060.000,01 a 3.240.000,00 22,20% 20,90% 19,10% 17,80% 17,55% 17,22% 16,82% 16,51%

De 3.240.000,01 a 3.420.000,00 22,50% 21,30% 19,50% 18,20% 17,97% 17,44% 17,21% 16,94%

De 3.420.000,01 a 3.600.000,00 22,90% 21,80% 20,00% 18,60% 18,40% 17,85% 17,60% 17,18%

Fonte: Site www.receita.fazenda.gov.br/simplesnacional/tabelas

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40

A tabela número 5 A (cinco A) é composta por 9 (nove) colunas e 21 (vinte e

uma) linhas, é utilizada por empresas prestadoras de serviços, nas colunas estão

apresentadas as faixas de receita auferidas que define a condição de Micro empresa

ou Empresa de pequeno porte e nas linhas as fórmulas e percentuais para se

chegar ao fator R, para cálculo do INSS destas empresas sobre o montante da folha

de pagamento e receita auferida, como também do cálculo do Simples Nacional.

TABELA V-B

Receita Bruta em 12 meses (em R$) CPP IRPJ CSLL COFINS PIS/Pasep

I J K L M

Até 180.000,00 N x

0,9

0,75 X

(100 - I)

0,25 X

(100 - I)

0,75 X

(100 - I - J - K) 100 - I - J - K – L

De 180.000,01 a 360.000,00 N x

0,875

0,75 X

(100 - I)

0,25 X

(100 - I)

0,75 X

(100 - I - J - K) 100 - I - J - K – L

De 360.000,01 a 540.000,00 N x

0,85

0,75 X

(100 - I)

0,25 X

(100 - I)

0,75 X

(100 - I - J - K) 100 - I - J - K – L

De 540.000,01 a 720.000,00 N x

0,825

0,75 X

(100 - I)

0,25 X

(100 - I)

0,75 X

(100 - I - J - K) 100 - I - J - K – L

De 720.000,01 a 900.000,00 N x

0,8

0,75 X

(100 - I)

0,25 X

(100 - I)

0,75 X

(100 - I - J - K) 100 - I - J - K – L

De 900.000,01 a 1.080.000,00

N x

0,775

0,75 X

(100 - I)

0,25 X

(100 - I)

0,75 X

(100 - I - J - K) 100 - I - J - K – L

De 1.080.000,01 a 1.260.000,00 N x

0,75

0,75 X

(100 - I)

0,25 X

(100 - I)

0,75 X

(100 - I - J - K) 100 - I - J - K – L

De 1.260.000,01 a 1.440.000,00 N x

0,725

0,75 X

(100 - I)

0,25 X

(100 - I)

0,75 X

(100 - I - J - K) 100 - I - J - K – L

De 1.440.000,01 a 1.620.000,00 N x

0,7

0,75 X

(100 - I)

0,25 X

(100 - I)

0,75 X

(100 - I - J - K) 100 - I - J - K – L

De 1.620.000,01 a 1.800.000,00 N x

0,675

0,75 X

(100 - I)

0,25 X

(100 - I)

0,75 X

(100 - I - J - K) 100 - I - J - K – L

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41

De 1.800.000,01 a 1.980.000,00

N x

0,65

0,75 X

(100 - I)

0,25 X

(100 - I)

0,75 X

(100 - I - J - K) 100 - I - J - K – L

De 1.980.000,01 a 2.160.000,00 N x

0,625

0,75 X

(100 - I)

0,25 X

(100 - I)

0,75 X

(100 - I - J - K) 100 - I - J - K – L

De 2.160.000,01 a 2.340.000,00 N x

0,6

0,75 X

(100 - I)

0,25 X

(100 - I)

0,75 X

(100 - I - J - K) 100 - I - J - K – L

De 2.340.000,01 a 2.520.000,00 N x

0,575

0,75 X

(100 - I)

0,25 X

(100 - I)

0,75 X

(100 - I - J - K) 100 - I - J - K – L

De 2.520.000,01 a 2.700.000,00 N x

0,55

0,75 X

(100 - I)

0,25 X

(100 - I)

0,75 X

(100 - I - J - K) 100 - I - J - K – L

De 2.700.000,01 a 2.880.000,00 N x

0,525

0,75 X

(100 - I)

0,25 X

(100 - I)

0,75 X

(100 - I - J - K) 100 - I - J - K – L

De 2.880.000,01 a 3.060.000,00 N x

0,5

0,75 X

(100 - I)

0,25 X

(100 - I)

0,75 X

(100 - I - J - K) 100 - I - J - K – L

De 3.060.000,01 a 3.240.000,00 N x

0,475

0,75 X

(100 - I)

0,25 X

(100 - I)

0,75 X

(100 - I - J - K) 100 - I - J - K – L

De 3.240.000,01 a 3.420.000,00 N x

0,45

0,75 X

(100 - I)

0,25 X

(100 - I)

0,75 X

(100 - I - J - K) 100 - I - J - K – L

De 3.420.000,01 a 3.600.000,00 N x

0,425

0,75 X

(100 - I)

0,25 X

(100 - I)

0,75 X

(100 - I - J - K) 100 - I - J - K – L

Fonte: Site www.receita.fazenda.gov.br/simplesnacional/tabelas

A tabela número 5 B (cinco B) é composta por 6 (seis) colunas e 21 (vinte e

uma) linhas, é utilizada por empresas prestadoras de serviços, nas colunas estão

apresentadas as faixas de receita auferidas que define a condição de Micro empresa

ou Empresa de pequeno porte e nas linhas as fórmulas e percentuais para se

chegar ao fator R, para cálculo do INSS destas empresas sobre o montante da folha

de pagamento e receita auferida e do cálculo do Simples Nacional.

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42

4.1 DEMONSTRATIVOS DE CÁLCULOS

A apuração do valor devido do Simples Nacional pelas microempresas e

empresas de pequeno porte será determinada conforme aplicação nas tabelas

existentes mediante a devida atividade, onde encontra-se as 20 (vinte) diferentes

alíquotas correspondentes a 20 (vinte) faixas de faturamento, conforme o que

preceitua o artigo 2º da resolução CGSN nº 51 de 22 de dezembro 2008.

Art. 2 º A base de cálculo para a determinação do

valor devido mensalmente pelas ME e pelas EPP

optantes pelo Simples Nacional será a receita

bruta total mensal auferida, segregada na forma

do art. 3º.

§ 1º Na hipótese de a ME ou a EPP possuir filiais,

deverá ser considerado o somatório das receitas

brutas de todos os estabelecimentos.

§ 2º As ME e EPP poderão se utilizar da receita

bruta total recebida, conforme regulamentado pela

Resolução CGSN nº 38, de 1º de setembro de

2008, sendo essa opção irretratável para todo o

ano-calendário.

Depois de detectada a tabela a ser aplicada a micro empresa ou empresa de

pequeno porte deverá realizar a apuração do Simples Nacional a pagar com base na

receita auferida no mês anterior.

A apuração do Simples Nacional para o devido recolhimento é realizada de

forma mensal, mas, a alíquota a ser aplicada vai ser definida conforme o resultado

encontrado na soma das receitas apuradas nos últimos 12 (doze) meses que

antecedem a competência que está sendo apurada, sendo que, se empresa estiver

em início de atividade o valor da receita acumulada será proporcional ao número de

meses para fins de se encontrar á referida alíquota.

Sendo assim para se encontrar alíquota de uma microempresa ou empresa de

pequeno porte em seu primeiro mês de atividade deverá se utilizar como receita

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bruta total acumulada, a receita do próprio mês de apuração multiplicada por 12

(doze).

Já para o cálculo dos 11 (meses) posteriores ao do início de atividade para

que se possa encontrar a alíquota, a micro empresa ou empresa de pequeno porte

deverá utilizar á média aritmética da receita bruta total dos meses anteriores ao da

competência apurada multiplicada por 12 (doze).

Então em seguida será observado situações onde será determinada a faixa de

enquadramento conforme alíquota.

A – Em Início de atividade enquadrada no anexo I

Situação - Uma determinada empresa começou suas atividades em agosto de 2013,

neste mês auferiu receitas decorrentes exclusivas de revenda de mercadorias sem

substituição tributária no valor de R$ 30.000,00 (Trinta mil reais).

Base de cálculo para alíquota – R$ 30.000,00 x 12 = R$ 360.000,00

Alíquota encontrada – 5,47% (cinco inteiros e quarenta e sete centésimos por cento)

Valor do Imposto a pagar – R$ 1.641,00 (Um mil, seiscentos e quarenta e um reais)

B – Com dois meses de atividade enquadrada no anexo II

Situação - Uma determinada empresa começou suas atividades em agosto de 2013,

neste mês auferiu receitas decorrentes exclusivas de industrialização de

mercadorias sem substituição tributária no valor de R$ 32.000,00 (Trinta e dois mil

reais) e em setembro o valor de R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais).

Base de cálculo para alíquota – R$ 32.000,00 x 12 = R$ 384.000,00

Alíquota encontrada – 7,34% (sete inteiros e trinta e quatro centésimos por cento)

Valor do Imposto a pagar – R$ 1.835,00 (Um mil, oitocentos e trinta e cinco reais)

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C – Com três meses de atividade enquadrada no anexo III

Situação - Uma determinada empresa começou suas atividades em agosto de 2013,

neste mês auferiu receitas decorrentes exclusivas de prestação de serviços no valor

de R$ 18.000,00 (dezoito mil reais), em setembro o valor de R$ 15.000,00 (quinze

mil reais) e em outubro R$ 17.000,00 (dezessete mil reais).

Base de cálculo para alíquota – R$ 18.000,00 + 15.000,00 = R$ 33.000,00: 2 = R$

16.500,00 X 12 = R$ 198.000,00

Alíquota encontrada – 8,21% (oito inteiros e vinte e um centésimos por cento)

Valor do Imposto a pagar – R$ 1.395,70 (Um mil, trezentos e noventa e cinco reais e

setenta centavos).

Conhecida a alíquota a ser utilizada, a base de cálculo será apurada de forma

mensal, observando um dos critérios de apuração que será escolhido pela

Microempresa e Empresa de pequeno porte no mês de novembro do exercício

anterior, podendo ser de regime de caixa ou regime de competência, como também

o cálculo torna-se específico para cada tipo de atividade existente e realizada pela

empresa.

Por se tratar de uma forma complexa de cálculo onde existe alíquota

específica por atividade e por faixa de receita auferida conforme a Lei complementar

123/2006 em seu artigo 18 § 15.

§ 15-A. As informações prestadas no sistema

eletrônico de cálculo de que trata o § 15: (Incluído

pela Lei Complementar nº 139, de 10 de novembro

de 2011 ) (Produção de efeitos – vide art. 7º da Lei

Complementar nº 139, de 2011 )

I - têm caráter declaratório, constituindo confissão

de dívida e instrumento hábil e suficiente para a

exigência dos tributos e contribuições que não

tenham sido recolhidos resultantes das

informações nele prestadas; e ( Incluído pela Lei

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45

Complementar nº 139, de 10 de novembro de

2011 ) (Produção de efeitos – vide art. 7º da Lei

Complementar nº 139, de 2011 )

II - deverão ser fornecidas à Secretaria da Receita

Federal do Brasil até o vencimento do prazo para

pagamento dos tributos devidos no Simples

Nacional em cada mês, relativamente aos fatos

geradores ocorridos no mês anterior. (Incluído pela

Lei Complementar nº 139, de 10 de novembro de

2011 ) (Produção de efeitos – vide art. 7º da Lei

Complementar nº 139, de 2011

Que estabelece que esse procedimento deverá ser realizado por meio de

sistema eletrônico disponibilizado no portal do Simples Nacional na internet na

página da Receita Federal do Brasil no programa gerador denominado PGDAS-D

(Programa Gerador do Documento de Arrecadação do Simples Nacional

Declaratório).

No capítulo seguinte deste trabalho monográfico será apresentado um Estudo

de Caso de uma Empresa comercial varejista no segmento de cosméticos e o

resultado final após comparações entre legislações tributárias.

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5 ESTUDO DE CASO

Será realizado um estudo de caso de uma empresa do segmento de

cosméticos. Os dados foram fornecidos pelo setor fiscal da empresa. Para a

preservação da identificação e dos dados de faturamento oriundos do Simples

Nacional, a empresa será identificada como LABEL LTDA ME.

Serão apresentados os extratos do Simples Nacional dos últimos 3 (três)

meses conforme anexos B, C e D, onde será dado um enfoque maior dos dados

encontrados.

5.1DADOS EMPRESARIAIS

A Empresa é uma sociedade limitada, sua atividade principal é o comércio

varejista de cosméticos, perfumaria e produtos de higiene pessoal, iniciou suas

atividades em 11 de maio de 2009 e seu mercado de atuação é Fortaleza e algumas

cidades do interior do Estado do Ceará.

É uma empresa que vem em fase de crescimento no cenário estadual, por

isso mantém uma estrutura organizacional capaz de conduzi-la á saltos cada vez

mais altos, portanto, se utiliza de profissionais para a realização de um planejamento

gerencial tributário afim de que possa estar sempre bem orientada e facilitando

assim a sua tomada de decisão.

5.2 OS EXTRATOS MENSAIS DO SIMPLES NACIONAL

Ao final os anexos B, C e D contendo os extratos dos últimos 3 (três) meses

referente a receita auferida e o cálculo do valor a pagar do imposto em reais, e

abaixo três planilhas com os mesmos valores de receita caso a empresa optasse

pelo regime de tributação do lucro presumido, fazendo assim um comparativo e

apresentando aos sócios a melhor forma de tributação, ressaltando que a empresa

possui 54 empregados e um valor bruto de folha de pagamento mensal equivalente

a R$ 45.773,51 (Quarenta e cinco mil, setecentos e setenta e três reais e cinquenta

e um centavos), para os três meses em análise.

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Figura 1. Planilha de Cálculo Lucro Presumido junho/2013

CÁLCULO PARA EFEITO DE OPÇÃO NO REGIME DO LUCRO PRESUMIDO NO

MÊS 06 2013

RECEITA AUFERIDA: R$ 86.269,20

IRPJ: R$ 1.035,23

CSLL: R$ 931,71

CPP: R$ 10.070,17

TOTAL A PAGAR R$ 12.037,11

ECONOMIA TRIBUTÁRIA R$ 8.827,90

Fonte: Elaborada pelo autor

A figura número 1 (um) apresenta a planilha realizada com a receita auferida

do mês de junho/2013 no valor total de R$ 86.269,20 (oitenta e seis mil duzentos e

sessenta e nove reais e vinte centavos) e o cálculo dos impostos caso a empresa

optasse pela tributação pelo Lucro Presumido, onde, teria como valores de impostos

a pagar um total de R$ 12.037,11 (doze mil trinta e sete reais e onze centavos),

sendo R$ 1.035,23 (hum mil trinta e cinco reais e vinte e três centavos) de IRPJ, R$

931,71 (novecentos e trinta e um reais e setenta e um centavos) de CSLL e R$

10.070,17 (dez mil setenta reais e dezessete centavos) de CPP, tendo assim neste

mês na condição de optante pelo Simples Nacional uma economia tributária de R$

8.827,90 (oito mil oitocentos e vinte sete reais e noventa centavos).

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Figura 2. Planilha de Cálculo Lucro Presumido julho/2013

CÁLCULO PARA EFEITO DE OPÇÃO NO REGIME DO LUCRO PRESUMIDO NO

MÊS 07/2013

RECEITA AUFERIDA: R$ 75.909,69

IRPJ: R$ 910,92

CSLL: R$ 819,82

CPP: R$ 10.070,17

TOTAL A PAGAR R$ 11.800,91

ECONOMIA TRIBUTÁRIA R$ 8.734,16

Fonte: Elaborada pelo autor

A figura número 2 (dois) apresenta a receita auferida no mês de julho/2013 no

total de R$ 75.909,69 (setenta e cinco mil novecentos e nove reais e sessenta e

nove centavos) que serviu de base de cálculo dos impostos para fins de opção pela

tributação no Lucro Presumido no valor total de R$ 11.800,91 (onze mil oitocentos

reais e noventa e um centavos), sendo R$ 910,92 (novecentos e dez reais e noventa

e dois centavos) de IRPJ, R$ 819,82 (oitocentos e dezenove reais e oitenta e dois

centavos) de CSLL e R$ 10.070,17 (dez mil setenta reais e dezessete centavos) de

CPP, desta forma verificou-se uma economia tributária de R$ 8.734,16 (oito mil

setecentos e trinta e quatro reais e dezesseis centavos), na sua condição atual de

optante pelo Simples Nacional.

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Figura 3. Planilha de Cálculo Lucro Presumido Agosto/2013

CÁLCULO PARA EFEITO DE OPÇÃO NO REGIME DO LUCRO PRESUMIDO NO

MÊS 08/2013

RECEITA AUFERIDA: R$ 65.070,21

IRPJ: R$ 780,84

CSLL: R$ 702,76

CPP: R$ 10.070,17

TOTAL A PAGAR R$ 11.553,77

ECONOMIA TRIBUTÁRIA R$ 8.924,93

Fonte: Elaborada pelo autor

A figura número 3 (três) apresenta a receita auferida no mês de agosto de

2013 no valor total de R$ 65.070,21 (sessenta e cinco mil setenta reais e vinte e um

centavos) tendo um total de imposto a pagar de R$ 11.553,77 (onze mil quinhentos

e cinquenta e três reais e setenta e sete centavos), sendo que R$ 780,84

(setecentos e oitenta reais e oitenta e quatro centavos) referente a IRPJ, R$ 702,76

(setecentos e dois reais e setenta e seis centavos) referente a CSLL e R$ 10.070,17

(dez mil setenta reais e dezessete centavos) referente a CPP, e como optante do

Simples Nacional a empresa teve uma economia tributária de R$ 8.924,93 (oito mil

novecentos e vinte e quatro reais e noventa e três centavos).

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Antes de se iniciar a análise dos dados fornecidos com relação ao

faturamento e o imposto devidamente calculado para recolhimento em relação a

planilha do Simples nacional, salientamos que os valores descritos neste trabalho

são a expressão da verdade e que a planilha para o lucro presumido são com os

mesmos valores, mas, com o devido cálculo para este tipo de tributação, para que

em cima dessa informação, se pudesse realizar a análise e diferenciar as duas

formas.

Portanto, diante dos valores especificados pode-se verificar que em relação

à competência de Junho de 2013 a empresa auferiu receita operacional de R$

86.269,20 (oitenta e seis mil duzentos e sessenta e nove reais e vinte centavos) e

teve uma folha de pagamento bruta na ordem de R$ 45.773,51 (quarenta e cinco

mil setecentos e setenta e três reais e cinquenta e um centavos).

Calculando o valor do Simples nacional a pagar utilizando a tabela número 1

que é relativa ao anexo I (comércio) dentro da sua faixa de receita acumulada nos

últimos 12 meses que até aquela data era de R$ 896.580,25 (oitocentos e noventa

e seis mil, quinhentos e oitenta reais e vinte e cinco centavos) e considerando que

o ICMS é recolhido na forma de substituição tributária, ou seja, pago pelo

fornecedor, pois o mesmo se encontra localizado dentro do Estado do Ceará e PIS

E CONFINS possuem tributação monofásica, pago uma única vez e dessa forma

pela indústria dos produtos, desta forma, chegamos a uma alíquota líquida de

3,72%.

Finalmente chega-se ao valor do imposto a pagar de R$ 3.209,21 (três mil,

duzentos e nove reais e vinte e um centavos), calculando sobre os mesmos dados

financeiros e levando em consideração a tributação pelo lucro presumido e a

mesma situação em relação a ICMS, PIS e COFINS chega-se a um percentual de

13,95% sobre a receita auferida e um valor total de pagamento de impostos na

ordem de R$ 12.037,11 (doze mil, trinta e sete reais e onze centavos), assim, a

tributação pelo Simples nacional neste mês ofereceu uma economia na carga

tributária de R$ 8.827,90 (oito mil oitocentos e vinte e sete reais e noventa

centavos), que corresponde a 10,23% da receita bruta.

Considerando as mesmas situações do mês de junho. Em julho tivemos uma

receita bruta auferida de R$ 75.909,69 (setenta e cinco mil, novecentos e nove

reais e sessenta e nove centavos) e uma folha de pagamento de R$ 45.773,51

(quarenta e cinco mil, setecentos e setenta e três reais e cinquenta e um centavos),

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51

então, utilizando a mesma tabela anterior para cálculo do simples nacional temos

um imposta a pagar de R$ 3.066,75 (três mil, sessenta e seis reais e setenta e

cinco centavos) que representa 4.03% da receita.

Na mesma proporção e levando em consideração se a empresa fosse

tributada pelo lucro presumido teria um imposto total a pagar de R$ 11.800,91

(onze mil, oitocentos reais e noventa e um centavos) que representaria 15,54% da

receita bruta, nesta situação a empresa economizou tributariamente a quantia de

R$ 8.734,16 (oito mil, setecentos e trinta e quatro reais e dezesseis centavos) que

representa 11,51 % da receita total.

Utilizando-se da mesma forma de cálculo para o mês de agosto, é

encontrada uma receita auferida bruta de R$ 65.070,21 (sessenta e cinco mil,

setenta reais e vinte e um centavos) e uma folha de pagamento da ordem de R$

45.773,51 (quarenta e cinco mil, setecentos e setenta e três reais e cinquenta e um

centavos) que origina um valor de imposto relativo ao simples nacional de R$

2.628,84 (dois mil seiscentos e vinte e oito reais e oitenta e quatro centavos) que

corresponde a 4.03% da receita bruta.

Da mesma forma calculando pela tributação do lucro presumido encontramos

um valor total de imposto a pagar de R$ 11.553,77 (onze mil quinhentos e

cinquenta e três reais e setenta e sete centavos) que representa 17,75% da receita,

desta forma constatamos uma economia nesse mês de R$ 8.924,93 (oito mil,

novecentos e vinte e quatro reais e noventa e três centavos), ou seja, 13,72%

sobre a receita bruta.

Deste modo os tomadores de decisão da empresa podem verificar que a

empresa teve em média nos 3 (três) meses analisados uma economia de R$

8.829,00 (oito mil, oitocentos e vinte e nove reais) que representa 11,82% sobre a

média da receita bruta, podendo dessa forma aumentar o seu investimento,

buscando assim um melhor faturamento, pois, embora aumente a sua receita sem

ultrapassar o valor permitido e desta forma continuando como optante do simples

nacional, essa será a mais benéfica forma de tributação para a empresa em

questão.

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52

6 CONCLUSÃO

A partir do problema definido na introdução deste trabalho, ou seja, qual a

viabilidade na opção pelo regime tributário do Simples Nacional como forma de

recolhimento para uma empresa comercial no segmento de cosméticos, levando

em consideração aspectos técnicos, operacionais e sem comprometer a saúde

financeira da empresa, para facilitar as tomadas de decisões no âmbito gerencial

em relação ao futuro da mesma e de acordo com as hipóteses definidas que de

acordo com os resultados obtidos da percepção do estudo de caso da empresa

Label Ltda, verificou-se que a hipótese correta é que de acordo com análise

realizada evidenciou-se que a opção pelo regime de tributação do simples nacional

é a mais viável para a empresa, pois se trata da mais rentável e eficiente forma de

tributação para a mesma, não onerando sua situação financeira e adequando-a a

um patamar estável em relação ao fisco.

Conforme os objetivos específicos iniciais deste trabalho que foram o de

realizar levantamento técnico sobre o regime de tributação do simples nacional a

fim de conhecer a sua melhor forma de atuação e aplicar exame prático com a

finalidade de um melhor controle gerencial tributário foi conduzida uma análise dos

dados dos extratos mensais originais gerados no sistema do Simples Nacional

extraído do portal do Simples no site da Receita Federal do Brasil fornecidos pela

empresa e exposto nos anexos B, C e D deste trabalho, como também criadas

planilhas de adequação aos mesmos valores de receitas auferidas e valor total

mensal de folha de pagamento conforme as figuras 1,2 e 3.

Desta forma pôde-se fazer um comparativo entre as duas formas de

tributação a qual a empresa poderia optar, e conclui-se que a opção pela

sistemática do Simples Nacional é mais vantajosa para a empresa em questão,

pois a referida forma de cálculo utilizando a tabela pertinente que combina receita

acumulada de faturamento e alíquota básica torna a sua carga tributária menos

onerosa, melhorando assim a lucratividade da empresa, condicionado-a a melhores

investimentos futuros.

Com a apresentação aos sócios dos dados relativos a essa análise tributária,

os mesmos terão um maior embasamento para facilitar o processo de tomada de

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decisão, podendo claro, verificarem outras possibilidades que julgarem

convenientes e realizarem outras análises que se fizerem necessárias.

Saliento que o estudo aplicado para outras atividades e faixa de faturamento

faz-se necessário, justificando assim a analise relativa à opção pelo Simples

Nacional como sendo um assunto abrangente e de grande importância, sendo

necessário o aprofundamento do assunto para conhecer sua real capacidade

tributária para as Micro e Pequenas Empresas, pois apesar da precocidade dessa

pesquisa e sabedor que sou mero estudante, reconhecedor da exímia sapiência

eclética dos mestres, inclusive a que me orientou neste trabalho, percebo

diferenças qualitativas entre as duas formas de tributação.

Espero, portanto que o estudo em referencia possa auxiliar estudantes e

profissionais na busca de um maior e melhor entendimento sobre a sistemática do

Simples Nacional.

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7 REFERÊNCIAS

BRASIL. Lei 9.317, de 05/12/1996. Dispõe sobre o regime tributário das

microempresas e das empresas de pequeno porte, institui o Sistema Integrado de

Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e das Empresas de

pequeno Porte - SIMPLES e dá outras providências. Disponível em

<www.receita.fazenda.gov.br/legislacao/leis/ant2001/lei931796.htm>. Acessos em

15/08/2013, 18/08/2013 e 20/08/2013

BRASIL. Lei Complementar nº 123, de 14/12/2006. Institui o Estatuto Nacional da

Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte; altera dispositivos das Leis nºs

8.212 e 8.213, ambas de 24 de julho de 1991, da Consolidação das Leis do

Trabalho – CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, da Lei

nº 10.189, de 14 de fevereiro de 2001 , da Lei Complementar nº 63, de 11 de

janeiro de 1990; e revoga as Leis nºs 9.317, de 5 de dezembro de 1996, e 9.841,

de 5 de outubro de 1999. Disponível em

<www.receita.fazenda.gov.br/legislacao/leiscomplementares/2006/leicp123.htm>.

Acessos em 21/08/2013, 25/08/2013 e 03/09/2013.

BRASIL. Lei Complementar nº 127, de 14/08/2007. Altera a Lei Complementar nº

123, de 14 de dezembro de 2006. Disponível em

<www.receita.fazenda.gov.br/legislacao/leiscomplementares2007/leicp127.htm>.

Acesso em 06/09/2013 e 10/09/2013.

BRASIL. Lei Complementar nº 128, de 19/12/2008. Altera a Lei Complementar

nº123, de 14 de dezembro de 2006 , altera as Leis nºs 8.212, de 24 de julho de

1991, 8.213, de 24 de julho de 1991, 10.406, de 10 de janeiro de 2002 – Código

Civil , 8.029, de 12 de abril de 1990, e dá outras providências. Disponível em

<www.receita.fazenda.gov.br/legislacao/leiscomplementares/2008/leicp128.htm>.

Acesso em 15/09/2013 e 18/09/2013.

BRASIL. Lei Complementar nº 133, de 28/12/2009. Altera a Lei Complementar nº

123, de 14 de dezembro de 2006, para modificar o enquadramento das atividades

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de produções cinematográficas, audiovisuais, artísticas e culturais no Regime

Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas

Microempresas e Empresas de Pequeno Porte. Disponível em

<www.receita.fazenda.gov.br/legislacao/leiscomplementares/2009/leicp133.htm>.

Acesso em 21/09/2013 e 02/10/2013.

BRASIL. Lei Complementar nº 139, de 10/11/2011. Altera dispositivos da Lei

Complementar nº 123 de 14 de dezembro de 2006, e dá outras providências.

Disponível em

<www.receita.fazenda.gov.br/legislacao/leiscomplementares/2011/leicp139.htm>.

Acessos em 06/10/2013 e 15/10/2013.

BRASIL. Resolução Comitê Gestor do Simples Nacional nº 94 de 29/11/2011.

Dispõe sobre o Simples Nacional e dá outras providências. Disponível em

<www.receita.fazenda.gov.br/Legislacao/Resolucao/2011/CGSN/Resol94.htm>.

Acesso em 14/09/2013 e 16/09/2013.

PEREIRA, Francisco Orlando Silveira, Simples Nacional: aspectos práticos,

comentários: microempresas e empresas de pequeno porte ./Francisco Orlando

Silveira Pereira. 2.ed. – Fortaleza: Fortes, 2010.

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8. ANEXO A

• Atividades de apoio à extração de petróleo e gás natural

• Fabricação de aguardente de cana-de-açúcar

• Fabricação de outras aguardentes e bebidas destiladas

• Fabricação de vinho

• Fabricação de malte, inclusive malte uísque.

• Fabricação de cervejas e chopes

• Fabricação de refrigerantes

• Fabricação de cigarros

• Fabricação de cigarrilhas e charutos

• Fabricação de filtros para cigarros

• Fabricação de pólvoras, explosivos e detonantes.

• Fabricação de equipamento bélico pesado, exceto veículos militares

de combate.

• Fabricação de armas de fogo, outras armas e munições.

• Fabricação de automóveis, camionetas e utilitários.

• Fabricação de motocicletas

• Geração de energia elétrica

• Atividades de coordenação e controle da operação da geração e

transmissão de energia elétrica

• Transmissão de energia elétrica

• Comércio atacadista de energia elétrica

• Distribuição de energia elétrica

• Captação, tratamento e distribuição de água.

• Gestão de redes de esgoto

• Tratamento e disposição de resíduos não perigosos

• Tratamento e disposição de resíduos perigosos

• Descontaminação e outros serviços de gestão de resíduos

• Incorporação de empreendimentos imobiliários

• Administração de obras

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• Representantes comerciais e agentes do comércio de veículos

automotores

• Representantes comerciais e agentes do comércio de peças e

acessórios novos e usados para veículos automotores

• Representantes comerciais e agentes do comércio de motocicletas

e motonetas, peças e acessórios.

• Representantes comerciais e agentes do comércio de matérias-

primas agrícolas e animais vivos

• Representantes comerciais e agentes do comércio de combustíveis,

minerais, produtos siderúrgicos e químicos.

• Representantes comerciais e agentes do comércio de madeira,

material de construção e ferragens.

• Representantes comerciais e agentes do comércio de máquinas,

equipamentos, embarcações e aeronaves.

• Representantes comerciais e agentes do comércio de

eletrodomésticos, móveis e artigos de uso doméstico.

• Representantes comerciais e agentes do comércio de têxteis,

vestuário, calçados e artigos de viagem.

• Representantes comerciais e agentes do comércio de produtos

alimentícios, bebidas e fumo.

• Representantes comerciais e agentes do comércio de

medicamentos, cosméticos e produtos de perfumaria.

• Representantes comerciais e agentes do comércio de instrumentos

e materiais odonto médico hospitalares

• Representantes comerciais e agentes do comércio de jornais,

revistas e outras publicações.

• Outros representantes comerciais e agentes do comércio

especializado em produtos não especificados anteriormente

• Representantes comerciais e agentes do comércio de mercadorias

em geral não especializado

• Comércio atacadista de cerveja, chope e refrigerante.

• Comércio atacadista de bebidas não especificadas anteriormente

• Comércio atacadista de cigarros, cigarrilhas e charutos.

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• Transporte ferroviário de passageiros intermunicipal e interestadual

• Transporte rodoviário coletivo de passageiros, com itinerário fixo,

intermunicipal em região metropolitana.

• Transporte rodoviário coletivo de passageiros, com itinerário fixo,

intermunicipal, exceto em região metropolitana.

• Transporte rodoviário coletivo de passageiros, com itinerário fixo,

interestadual.

• Transporte rodoviário coletivo de passageiros, sob-regime de

fretamento, intermunicipal, interestadual e internacional.

• Organização de excursões em veículos rodoviários próprios,

intermunicipal, interestadual e internacional.

• Outros transportes rodoviários de passageiros não especificados

anteriormente

• Transporte marítimo de cabotagem - passageiro

• Transporte por navegação de travessia, intermunicipal.

• Terminais rodoviários e ferroviários

• Administração da infraestrutura portuária

• Atividades de agenciamento marítimo

• Operação dos aeroportos e campos de aterrissagem

• Comissária de despachos

• Atividades de despachantes aduaneiros

• Agenciamento de cargas, exceto para o transporte marítimo.

• Organização logística do transporte de carga

• Operador de transporte multimodal - otm

• Atividades do correio nacional

• Atividades relacionadas à televisão por assinatura, exceto

programadoras.

• Consultoria em tecnologia da informação

• Banco central

• Bancos comerciais

• Bancos múltiplos, com carteira comercial.

• Caixas econômicas

• Bancos cooperativos

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• Cooperativas centrais de crédito

• Cooperativas de crédito mútuo

• Cooperativas de crédito rural

• Bancos múltiplos, sem carteira comercial.

• Bancos de investimento

• Bancos de desenvolvimento

• Agências de fomento

• Sociedades de crédito imobiliário

• Associações de poupança e empréstimo

• Companhias hipotecárias

• Sociedades de crédito, financiamento e investimento - financeiras.

• Sociedades de crédito ao microempreendedor

• Bancos de câmbio

• Outras instituições de intermediação não monetária não

especificada anteriormente

• Arrendamento mercantil

• Sociedades de capitalização

• Holdings de instituições financeiras

• Holdings de instituições não financeiras

• Outras sociedades de participação, exceto holdings

• Fundos de investimento, exceto previdenciários e imobiliários

• Fundos de investimento previdenciários

• Fundos de investimento imobiliários

• Sociedades de fomento mercantil - factoring

• Securitização de créditos

• Clubes de investimento

• Sociedades de investimento

• Fundo garantidor de crédito

• Caixas de financiamento de corporações

• Concessão de crédito pelas oscip

• Outras atividades de serviços financeiros não especificados

anteriormente

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• Seguros de vida

• Planos de auxílio-funeral

• Seguros não vida

• Seguros-saúde

• Resseguros

• Planos de saúde

• Previdência complementar fechada

• Previdência complementar aberta

• Bolsa de valores

• Bolsa de mercadorias

• Bolsa de mercadorias e futuros

• Administração de mercados de balcão organizados

• Corretoras de títulos e valores mobiliários

• Distribuidoras de títulos e valores mobiliários

• Corretoras de câmbio

• Corretoras de contratos de mercadorias

• Agentes de investimentos em aplicações financeiras

• Administração de cartões de crédito

• Serviços de liquidação e custódia

• Representações de bancos estrangeiros

• Caixas eletrônicos

• Operadoras de cartões de débito

• Outras atividades auxiliares dos serviços financeiros não

especificados anteriormente

• Peritos e avaliadores de seguros

• Auditoria e consultoria atuarial

• Corretores e agentes de seguros, de planos de previdência

complementar e de saúde.

• Atividades auxiliares dos seguros, da previdência complementar e

dos planos de saúde não especificadas anteriormente.

• Atividades de administração de fundos por contrato ou comissão

• Aluguel de imóveis próprios

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• Loteamento de imóveis próprios

• Corretagem na compra e venda e avaliação de imóveis

• Corretagem no aluguel de imóveis

• Serviços advocatícios

• Atividades auxiliares da justiça

• Agente de propriedade industrial

• Cartórios

• Atividades de consultoria e auditoria contábil e tributária

• Atividades de consultoria em gestão empresarial, exceto consultoria

técnica específica.

• Serviços de arquitetura

• Serviços de engenharia

• Serviços de cartografia, topografia e geodésia.

• Atividades de estudos geológicos

• Serviços de perícia técnica relacionados à segurança do trabalho

• Atividades técnicas relacionadas à engenharia e arquitetura não

especificadas anteriormente

• Testes e análises técnicas

• Pesquisa e desenvolvimento experimental em ciências físicas e

naturais

• Pesquisa e desenvolvimento experimental em ciências sociais e

humanas

• Agências de publicidade

• Criação de estandes para feiras e exposições

• Consultoria em publicidade

• Pesquisas de mercado e de opinião pública

• Design

• Serviços de tradução, interpretação e similares.

• Serviços de agronomia e de consultoria às atividades agrícolas e

pecuárias

• Atividades de intermediação e agenciamento de serviços e negócios

em geral, exceto imobiliários.

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• Agenciamento de profissionais para atividades esportivas, culturais

e artísticas.

• Outras atividades profissionais, científicas e técnicas não

especificadas anteriormente.

• Atividades veterinárias

• Gestão de ativos intangíveis não financeiros

• Seleção e agenciamento de mão de obra

• Locação de mão de obra temporária

• Fornecimento e gestão de recursos humanos para terceiros

• Atividades de investigação particular

• Condomínios prediais

• Emissão de vales-alimentação, vales-transportes e similares.

• Leiloeiros independentes

• Serviços de levantamento de fundos sob contrato

• Administração pública em geral

• Regulação das atividades de saúde, educação, serviços culturais e

outros serviços sociais.

• Regulação das atividades econômicas

• Relações exteriores

• Defesa

• Justiça

• Segurança e ordem pública

• Defesa civil

• Seguridade social obrigatória

• Educação superior - graduação

• Educação superior - graduação e pós-graduação

• Educação superior - pós-graduação e extensão

• Educação profissional de nível tecnológico

• Administração de caixas escolares

• Atividades de apoio à educação, exceto caixas escolares.

• Atividades de atendimento hospitalar, exceto pronto-socorro e

unidades para atendimento a urgências.

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• Atividades de atendimento em pronto-socorro e unidades

hospitalares para atendimento a urgências

• UTI móvel

• Serviços móveis de atendimento a urgências, exceto por UTI móvel

• Atividade médica ambulatorial com recursos para realização de

procedimentos cirúrgicos

• Atividade médica ambulatorial com recursos para realização de

exames complementares

• Atividade médica ambulatorial restrita a consultas

• Atividade odontológica

• Serviços de vacinação e imunização humana

• Atividades de reprodução humana assistida

• Atividades de atenção ambulatorial não especificada anteriormente

• Serviços de diálise e nefrologia

• Serviços de quimioterapia

• Serviços de radioterapia

• Serviços de hemoterapia

• Serviços de litotripsia

• Serviços de bancos de células e tecidos humanos

• Atividades de serviços de complementação diagnóstica e

terapêutica não especificada anteriormente

• Atividades de enfermagem

• Atividades de profissionais da nutrição

• Atividades de psicologia e psicanálise

• Atividades de fisioterapia

• Atividades de terapia ocupacional

• Atividades de fonoaudiologia

• Atividades de terapia de nutrição enteral e parenteral

• Atividades de profissionais da área de saúde não especificadas

anteriormente

• Atividades de apoio à gestão de saúde

• Atividades de práticas integrativas e complementares em saúde

humana

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• Atividades de bancos de leite humano

• Atividades de acupuntura

• Atividades de podologia

• Outras atividades de atenção à saúde humana não especificada

anteriormente

• Clínicas e residências geriátricas

• Atividades de assistência a deficientes físicos, imunodeprimidos e

convalescentes.

• Centros de apoio a pacientes com câncer e com aids

• Atividades de centros de assistência psicossocial

• Atividades de assistência psicossocial e à saúde a portadores de

distúrbios psíquicos, deficiência mental e dependência química não

especificada anteriormente.

• Atividades de assistência social prestadas em residências coletivas

e particulares não especificadas anteriormente

• Serviços de assistência social sem alojamento

• Atividades de artistas plásticos, jornalistas independentes e

escritores

• Atividades de organizações associativas patronais e empresariais

• Atividades de organizações associativas profissionais

• Atividades de organizações sindicais

• Atividades de associações de defesa de direitos sociais

• Atividades de organizações religiosas

• Atividades de organizações políticas

• Atividades de organizações associativas ligadas à cultura e à arte

• Atividades associativas não especificadas anteriormente

• Organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais