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CENTRO DE LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS
DEPARTAMENTO DE LETRAS VERNÁCULAS E CLÁSSICAS
COLEGIADO DO CURSO DE LETRAS VERNÁCULAS E CLÁSSICAS
CADERNO INFORMATIVO
REITORA
Profa. Drª Berenice Quinzani Jordão
VICE-REITOR
Prof. Dr. Ludoviko Carnasciali dos Santos
PRÓ-REITOR DE GRADUAÇÃO
Profa. Dra. Angela Maria de Sousa Lima
CENTRO DE LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS - CLCH
DIRETORA
Prof. Dr. Ronaldo Baltar
VICE-DIRETOR
Prof. Drª Elaine Fernandes Mateus
DEPARTAMENTO DE LETRAS VERNÁCULAS E CLÁSSICAS – LET Vigência: Março de 2016 até Março de 2018
CHEFE DE DEPARTAMENTO Profa. Dra. Rosemeri Passos Baltazar Machado
VICE-CHEFE DE DEPARTAMENTO Prof. Dr. Adilson Dos Santos
COORDENADOR DE COLEGIADO Prof. Dr. Marcelo Silveira
VICE-COORDENADOR DE COLEGIADO Prof. Dr. Jaime dos Reis Sant'anna
APRESENTAÇÃO
O Evento de RECEPÇÃO AOS ESTUDANTES INGRESSANTES DO CURSO DE LETRAS
2016, promovido pelo Departamento e pelo Colegiado de Letras Vernáculas e Clássicas, tem
como objetivo integrar ingressantes por meio de atividades que promovam o conhecimento da
estrutura e abrangência do curso.
O encontro prevê palestras com docentes e discentes, apresentações culturais e tem a
finalidade de proporcionar ao aluno uma visão das diversas possibilidades de participação em
discussões teóricas e práticas das vertentes do conhecimento na área de Letras.
Desejamos que o ano letivo seja muito produtivo!
Departamento e Colegiado do
Curso de Letras
CENTRO DE LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS
Histórico
No início, o Centro de Letras e Ciências Humanas (CLCH) era apenas o Centro de Ciências
Humanas e funcionava junto ao Grupo Escolar Hugo Simas. Ele foi transferido para o campus
em 1973, ocupando o prédio atual, que na época estava inacabado. Vale lembrar que o nosso
Centro foi o primeiro a se mudar para o Campus.
O CLCH é o centro que mantém mais afinidade com a sua origem, a ex-Faculdade Estadual de
Filosofia, Ciências e Letras de Londrina – FAFILO.
No Centro de Ciências Humanas, tiveram origem os Cursos de Educação Artística, de
Biblioteconomia e de Jornalismo, que, antes mesmo de começarem a funcionar, compuseram o
Centro de Comunicação e Artes – CCA. O Curso de Psicologia, criado em 1972, integrou-se ao
Centro de Ciências Biológicas, indo, posteriormente, para o Centro de Ciências Humanas até
1975, quando foi reintegrado ao Centro de sua origem.
Em 1973, foram criados, no Centro de Ciências Humanas, os Cursos de Letras Vernáculas e
Ciências Sociais, de longa duração; Letras e Ciências Sociais de curta duração, funcionando
em período de férias. Já o Curso de graduação em Filosofia foi criado em 1974 e desativado
em 1975, voltando a ser reofertado em 1992, depois da criação do Departamento de Filosofia,
em 1990.
Em 1974, o Departamento de Letras pôs em funcionamento um Curso de especialização em
Teoria da Literatura e Literatura Brasileira que passou por várias reestruturações e que se
mantém até hoje, tendo dado origem ao Curso de mestrado em Letras, em 1993.
Em 1990, o Departamento de Letras foi desmembrado em dois: Departamento de Letras
Vernáculas e Clássicas e Departamento de Letras Estrangeiras Modernas. E, em 1993, passou
a funcionar o Mestrado em Letras – Língua e Literaturas Portuguesa e Brasileira.
O Centro de Ciências Humanas mantém anexo como órgão suplementar o museu Histórico de
Londrina Padre Carlos Weiss. Funcionam ainda junto a ele o Centro de Documentação e
Pesquisa Histórica e o Laboratório de Línguas.
O CLCH é o único Centro de Estudos da Universidade que mantém um periódico funcionando
regularmente. Trata-se do BOLETIM do Centro de Letras e Ciências Humanas. Na realidade, o
BOLETIM do CLCH, que não mudou de nome por implicações técnicas e burocráticas, é
expedido regularmente no final de cada semestre letivo.
No primeiro semestre de 1995, começou a funcionar no CLCH um serviço de extensão à
comunidade, denominado Escritório de Textos, com o serviço de correção de teses,
monografias, dissertações e orienta as pessoas sobre como proceder na elaboração destes
trabalhos. Junto ao Escritório de Textos funciona, desde então, o serviço de pronto-socorro
gramatical com o nome de “Disque-Gramática”, este serviço é aberto à comunidade em geral e
atende através do ramal 4619.
Referência
SILVA, Joaquim Carvalho da. Peroba-rosa: UEL – 25 anos. Editora da UEL. Londrina, 1996.
P.71-74.
DEPARTAMENTO DE
LETRAS VERNÁCULAS E CLÁSSICAS – LET
Histórico
Nossa história começou em 1956, quando da criação da FAFILON (Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras de Londrina). Naquela época, não havia a divisão dos cursos em departamentos. Estes surgiram somente em 1963, quando foi criado o Departamento de Letras. A FAFILON se integrou à UEL em 1970. Em 1991, o Departamento de Letras da UEL dividiu-se em Departamento de Letras Estrangeiras Modernas e Departamento de Letras Vernáculas e Clássicas. O Departamento de Letras Vernáculas e Clássicas faz parte do Centro de Letras e Ciências Humanas – CLCH da Universidade Estadual de Londrina e abriga o Curso de Letras Vernáculas e Clássicas em suas habilitações: Licenciatura em Língua Portuguesa e Respectivas Literaturas e Bacharelado em Estudos Literários. É, ainda, responsável por disciplinas nos cursos de: História, Biblioteconomia, Engenharia Elétrica, Jornalismo, Relações Públicas, Ciências Contábeis, Ciências da Computação, Artes Cênicas, Design Gráfico, Secretariado, Letras Estrangeiras Modernas e Serviço Social. Conta, atualmente, com 58 docentes distribuídos nas áreas de Língua Portuguesa/ Linguística, Literatura e Metodologia. Na pós-graduação, oferece ainda quatro cursos: no Lato Sensu, Especialização em Língua Portuguesa e Especialização em Literatura; e no Stricto Sensu, Programa de Pós-Graduação em Estudos da Linguagem – PPGEL e Programa de Pós-Graduação em Letras – PPGL, ambos com Mestrado e Doutorado. Mais informações podem ser obtidas no site: www.uel.br/cch/pos O Departamento mantém uma página no site da Universidade no seguinte endereço:
http://www.uel.br/cch/let/
COMISSÃO DE PESQUISA
Prof. Dr. Frederico A. Garcia Fernandes Profa. Dra. Eliana Maria Severino Donaio Ruiz Profa. Dra. Isabel Cristiane Jerônimo
COMISSÃO DE EXTENSÃO
Profa. Dra. Lídia Maria Gonçalves Profa. Dra. Maria Isabel Borges Prof. Dr. Vladimir Moreira COMISSÃO DE RECEPÇÃO AOS ALUNOS
Profª Drª Andréia da Cunha Malheiros Santana - Coordenadora
Prof. Dr. Sílvio José Stessuk
Prof. Dr. Sílvio Santos Alves
COORDENAÇÃO DE ESTÁGIO Prof. Dr. Núbio Delanne Ferraz Mafra Profª Drª Sheila Oliveira Lima COORDENAÇÃO DE TCC Prof. Dr. Sívio José Stessuk Prof. Dr. Frederico A. Garcia Fernandes
COORDENAÇÃO DO LATO SENSU - CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM LÍNGUA
PORTUGUESA
Profª Drª Isabel Cristina Cordeiro – Coordenadora
Profª Drª Rosemeri Passos Baltazar Machado Profª Drª Dircel Aparecida Kailer
COORDENAÇÃO DO LATO SENSU - CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM LITERATURA
Profa. Dra. Suely Leite – Coordenadora
Profª Drª Telma Maciel da Silva Prof. Dr. Sílvio José Stessuck
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS DA LINGUAGEM - PPGEL
Prof Dr – Núbio Delanne Ferraz Mafra - Coordenador
Prof Dr Paulo de Tarso Galembeck - Vice-Coordenador
Profª– Drª Elvira Lopes Nascimento
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS – PPGL
Prof. Dr. Luiz Carlos Santos Simon – Coordenador Profa. Dra. Sonia Aparecida Vido Pascolati Profª Drª. Claudia Camardella Rio Doce
CORPO DOCENTE
Língua Portuguesa / Linguística / Produção de Texto
Dircel Aparecida Kailer
Daiany Bonácio Elvira Lopes Nascimento
Eliana Maria Severino Donaio Ruiz
Esther Gomes De Oliveira
Fabiane Cristina Altino
Flávio Luis Freire Rodrigues
Isabel Cristiane Jerônimo
Isabel Cristina Cordeiro
Joyce Elaine De Almeida Baronas
Lidia Maria Gonçalves
Loredana Limoli
Ludoviko Carnasciali Dos Santos
Luiz Carlos Santos Simon
Marcelo Silveira
Maria Beatriz Pacca
Maria Ilza Zirondi
Maria Isabel Borges
Maria José Guerra De Figueiredo Garcia
Mariangela Pecciolli Galli Joanilho
Patrícia De Castro Santos
Paulo De Tarso Galembeck
Rosemeri Passos Baltazar Machado
Silvana Araújo Silva
Suzete Silva
Wagner Ferreira Lima
Estudos Literários
Adelaide Caramuru Cézar
Adilson Dos Santos
Alamir Aquino Corrêa
Bárbara Cristina Marques
Claudia Camardella Rio Doce
Frederico Augusto Garcia
Maria Carolina De Godoy
Miguel Heitor Braga Vieira
Regina Célia Dos Santos Alves
Sílvio José Stessuk
Sílvio Santos Alves
Sonia Aparecida Vido Pascolati
Suely Leite
Telma Maciel Da Silva
Metodologia de Língua Portuguesa e Literatura
Alba Maria Perfeito
Ana Lucia De Campos Almeida
Andréia Da Cunha Malheiros Santana
Angela Maria Pelizer De Arruda
Cláudia Lopes Nascimento Saito
Cristina Valéria Bulhões Simon
Jaime Dos Reis Sant’anna
Maria Teresa Salvadeu Popoff
Núbio Delanne Ferraz Mafra
Paulo Roberto Almeida
Regina Maria Gregório
Sheila Oliveira Lima
Vladimir Moreira
LINHAS DE PESQUISA
Programa de Pós-Graduação em Letras: Estudos Literários
1. Intermedialidade e novas formas artísticas
Ementa: Estudo da intermedialidade enquanto fenômeno de criação/produção de novas formas artísticas (nos campos: literatura, música, teatro, artes visuais, rádio, cinema, novas mídias) e críticas inovadoras, nas práticas culturais contemporâneas, observados aspectos da globalização enquanto transgressão dos loci de produção/produção e a indústria cultural.
2. Construções e processos identitários
Ementa: Estudo das identidades em objetos literários, buscando refletir sobre as diferenças existentes e fundadas em gênero, faixa etária, constituição familiar e de parentesco, vivência das sexualidades, religiosidades, etnia/etnicidades, nacionalidades e regionalidades.
3. Representações e textualidades
Ementa: Estudo das representações de mundo e da história, colocados em discussão os conceitos de texto, hipertexto e intertexto, as práticas discursivas e constitutivas nos objetos literários, e as relações sociais de poder em suas manifestações e contestações.
Programa de Pós-Graduação em Estudos da Linguagem 1. Descrição e Análise Linguística Objetivos: Conceituação, descrição e análise de níveis linguísticos. Variação sincrônica e diacrônica. 2. Estudos do Texto/Discurso Objetivos: Estudos de processos de construção contextual e aspectos interativo-discursivos da linguagem. 3. Ensino/Aprendizagem e Formação do Professor de Língua Portuguesa e Outras Linguagens Objetivos: Estudos direcionados às situações de ensino / aprendizagem de língua portuguesa e de linguagens sincréticas, objetivando estabelecer relações entre os aspectos teóricos e prática docente. 4. Ensino/aprendizagem e formação do professor de língua estrangeira Objetivos: Estudos direcionados às situações de ensino/aprendizagem e de formação do professor de língua estrangeira, objetivando estabelecer relações entre aspectos teóricos e a prática docente. Maiores informações: http://www.uel.br/proppg/portal/pages/arquivos/pesquisa/Areas-e-linhas-de-Pesquisa-2009/CCH/Depto-de-Letras-Vernaculas-e-Classicas.PDF
DISQUE GRAMÁTICA
O projeto oferece suporte para falar, ler e escrever corretamente a língua portuguesa, via
consulta telefônica, e-mail e pessoalmente; faz revisão de textos de até 30 páginas e atende
ainda a questões ligadas a línguas estrangeiras de conhecimento da equipe como francês,
inglês, espanhol e latim. A experiência mostra que a população-alvo é a sociedade, em todos
os níveis de cultura. O Disque-Gramática é um Projeto de Extensão Universitária do
Departamento de Letras Vernáculas e Clássicas da UEL que funciona há 13 (treze) anos e tem
por objetivo atender às dificuldades das pessoas no dia-a-dia quanto ao uso da língua
portuguesa.
POPULAÇÃO ALVO: toda a sociedade, do nível primário ao nível superior
DOCENTES ENVOLVIDOS:
Joaquim Carvalho da Silva - Coordenador
Maria Isabel Borges
COLEGIADO DE LETRAS VERNÁCULAS E CLÁSSICAS
O Colegiado de Letras Vernáculas e Clássicas coordena o Curso de Letras nas habilitações em
Licenciatura em Língua Portuguesa e Respectivas Literaturas e o Bacharelado em Estudos
Literários. Cabe ao colegiado acompanhar e avaliar a implementação e andamento das
habilitações, realizar estudos de adequações curriculares, apreciar solicitações de discentes e
docentes referentes às questões pedagógicas.
CURSOS
Habilitações:
Licenciatura em Língua Portuguesa e Respectivas Literaturas
Objetivos do curso: O Curso de Graduação em Letras - Habilitação: Licenciatura em Língua
Portuguesa e Respectivas Literaturas - tem por objetivo formar professores para atuar nas
áreas de Língua Portuguesa e Literaturas de Língua Portuguesa, no ensino fundamental e
médio, capazes de aliarem a formação teórica com a prática profissional, de forma crítica e
reflexiva.
Perfil do estudante: O Curso de graduação em Letras - Habilitação: Licenciatura em Língua
Portuguesa e Respectivas Literaturas - possibilita a formação de um profissional com
habilidades investigativas diante de seu objeto de estudo e de práticas educacionais. O Curso
de Graduação em Letras - Habilitação: Licenciatura em Língua Portuguesa e Respectivas
Literaturas -deve formar um profissional crítico e comprometido com a ética, com domínio de
recursos didático-pedagógicos e tecnológicos voltados para práticas democráticas de
educação.
Turnos: vespertino e noturno.
Número de vagas: 60 (sessenta) por turno
Modalidade: Bacharelado em Estudos Literários
Objetivos do curso: Curso de Graduação em Letras - Habilitação: Bacharelado em Estudos
Literários - tem por objetivo formar profissionais capazes de aliarem a formação teórica com a
prática profissional, de forma crítica e reflexiva.
O Curso de Graduação em Letras - Habilitação: Bacharelado em Estudos Literários - deve
formar um profissional crítico e comprometido com a ética, com domínio de recursos
tecnológicos voltados para práticas democráticas de promoção cultural.
Perfil do estudante: O Curso de Graduação em Letras - Habilitação: Bacharelado em Estudos
Literários possibilita a formação de um profissional com habilidades investigativas diante de
seu objeto de estudo, capaz de prestar consultorias e assessorias técnicas para instituições
promotoras de cultura.
Turno: As disciplinas específicas para a habilitação Bacharelado em Estudos Literários serão
ofertadas apenas no período noturno. As disciplinas do tronco comum deverão ser cursadas
pelos estudantes no turno de matrícula.
PORTAL DO ALUNO
APROVEITAMENTO DE ESTUDOS
O estudante que tiver cursado disciplinas de nível superior em curso reconhecido poderá solicitar aproveitamento delas à Pró-Reitoria de Graduação, no prazo previsto no Calendário de Graduação.
O requerimento de aproveitamento de estudo de disciplinas já cursadas em Instituição de Ensino Superior deverá ser efetuado na PROGRAD, apresentando os seguintes documentos:
a) Para disciplinas cursadas em outras instituições:
Histórico Escolar em que conste o aproveitamento e a carga horária de cada disciplina
cursada;
Indicação dos critérios de avaliação e, sobretudo, dos valores atribuídos para
aprovação, por disciplina;
Certidão ou indicação do número do Decreto ou da Portaria Ministerial de autorização
ou de reconhecimento da Instituição de Ensino Superior e do curso;
Fotocópia dos programas das disciplinas cursadas com aproveitamento, devidamente
autenticada pela Instituição de ensino Superior.
b) Para disciplinas cursadas na Universidade Estadual de Londrina:
Último Histórico Escolar acumulado.
Para maiores esclarecimentos acesse a(s) página(s) da PROGRAD
HTTP://www.uel.br/prograd
AVALIAÇÕES
Os alunos têm o direito de solicitar esclarecimentos a respeito de suas avaliações, bem como,
em caso de se considerarem prejudicados, pedir vistas e revisões das provas.
Para tanto, o aluno deverá seguir as normas e procedimentos vigentes que regulamentam a
avaliação discente (Resolução CEPE nº 016/2014), entregue aos alunos pelo colegiado ou
pela PROGRAD.
SISTEMA DE PROMOÇÃO
Frequência: A frequência a quaisquer atividades acadêmicas constitui aspecto obrigatório para
a aprovação do estudante. É obrigatório a cumprimento de, no mínimo, 75% (setenta e cinco
por cento) de frequência. É vedado o abono de faltas.
Promoção: É promovido para a série subsequente o estudante:
I. aprovado em todas as atividades acadêmicas da série.
II. reprovado por nota ou por falta em até 2 (duas) atividades acadêmicas da série
em curso.
Dependência: O regime de dependência é permitido ao estudante reprovado por nota ou por
falta em até 2 (duas) atividades acadêmicas de cada série do curso desde que:
I. a reprovação não ocorra simultaneamente por nota e por insuficiência de frequência;
II. a atividade acadêmica não esteja caracterizada como essencial nesta Resolução.
Retenção: Fica com a matrícula retida na série o estudante que:
I. reprovar, por nota ou por falta, em mais de 2 (duas) atividades acadêmicas da
série;
II. reprovar simultaneamente por nota e por insuficiência de frequência em uma ou
mais atividade acadêmica.
ATIVIDADE ACADÊMICA COMPLEMENTAR
Para a integralização curricular da habilitação Licenciatura em Língua Portuguesa e
Respectivas Literaturas, o estudante deverá cumprir, além das atividades acadêmicas
constantes da seriação, 204 (duzentas e quatro) horas em horas de Atividades Acadêmicas
Complementares, denominadas Formação Livre.
Para a integralização curricular da habilitação Bacharelado em Estudos Literários, o
estudante deverá cumprir, além das atividades acadêmicas constantes da seriação, 476
(quatrocentas e setenta e seis) horas de atividades acadêmicas complementares,
denominadas Formação Livre.
Do total de carga horária exigida em Atividades Acadêmicas Complementares, denominadas Formação Livre, o estudante deverá cumprir obrigatoriamente 60 (sessenta) horas em disciplinas eletivas ou disciplinas especiais programadas pelo Departamento de Letras Vernáculas e Clássicas. As atividades acadêmicas complementares são correspondentes à participação do estudante em:
a) monitoria acadêmica; b) projetos de ensino, de pesquisa, de extensão e integrados; c) programas de extensão e de formação complementar no ensino de graduação; d) disciplinas especiais; e) cursos de extensão; f) eventos; g) estágios não-obrigatórios; h) disciplinas eletivas.
De acordo com a Instituição de Serviço 003/09, disponível no endereço abaixo, essas horas
devem ser cumpridas, preferencialmente, até o final do 1º semestre letivo da 4ª série das
habilitações do curso de Letras Vernáculas e Clássicas.
HTTP://www.uel.brprograd/docs_prograd/instrucao_servicos/inst_prograd_03_09.pdf,
Modalidades de Atividades Acadêmicas
MONITORIA: Monitoria é uma atividade discente de preparação para o exercício da docência.
Para se inscrever como candidato a monitor, o aluno deverá ter cursado a disciplina na qual
pretende atuar como monitor.
INICIAÇÃO CIENTÍFICA: O aluno poderá se inscrever em projetos de Pesquisa, Ensino e
Extensão ofertados pelo Departamento de Letras Vernáculas e Clássicas ou por outros
Departamentos (neste último caso, com aprovação do Colegiado). Para acesso aos projetos
em andamento na UEL acesse: HTTP://www.uel.br/proppg/index.php?content=pesquisa.html
BOLSAS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA: O aluno poderá concorrer a bolsas de Iniciação
Cinetífica oferecidas pela UEL e por agências de fomento. Para acesso às regras de
concorrência a bolsas, consulte www.uel.br/proppg.
ESTÁGIOS: Você pode encontrar todos os documentos necessários para realização de seu
estágio curricular (obrigatório e não obrigatório) consultando a página
HTTP://www.uel.br/prograd/?content=divisao-estagios-projetos-monitoria/Estagios.html
REPRESENTACAO DISCENTE
Os discentes têm representação junto à Comissão Executiva do Colegiado e no Colegiado.
Para mais informações sobre o assunto, procure os alunos representantes nas instâncias
mencionadas ou o (a) Presidente do CA.
CUMPRIMENTO DE PRAZOS
É importante que o aluno observe os prazos estabelecidos pelo Regimento da UEL para poder
exercer seus direitos.
Recomenda-se, em caso de dúvidas, a leitura do regimento da UEL, acessível em:
HTTP://www.uel.br/proplan/oem/Regimento_Geral_2013_03_01.pdf
PROJETOS DE PESQUISA
ATLAS LINGUÍSTICO DO BRASIL
Coordenador: VANDERCI DE ANDRADE AGUILERA / FABIANE CRISTINA ALTINO
Este projeto tem como meta elaborar um atlas linguístico do brasil com os objetivos de: a)
descrever a realidade linguística do brasil no que tange a língua portuguesa com enfoque na
identificação das diferenças diatópicas, diastráticas e diageracionais (fônicas, prosódicas,
morfossintáticas, léxico-semânticas) consideradas na perspectiva da geolinguística
pluridimensional; b) oferecer aos estudiosos da língua portuguesa, aos pesquisadores de áreas
afins e aos pedagogos subsídios para o aprimoramento do ensino/aprendizagem e para uma
melhor interpretação do caráter multidialetal do Brasil.
TESOURO DO LÉXICO PATRIMONIAL GALEGO E PORTUGUÊS: INVENTÁRIO
PARANENSE
Coordenador: VANDERCI DE ANDRADE AGUILERA / FABIANE CRISTINA ALTINO
O “Tesouro do léxico patrimonial galego e português: inventário paranaense” é parte integrante
de um projeto internacional tesouro do léxico patrimonial galego e português consiste na
elaboração e disponibilização de uma base de dados lexical, informações contidas em obras
sobre o léxico dialetal das línguas galega e português (europeu e do Brasil). Desenvolvido em
parceria com a Universidade de Santiago de Compostela (USC) – idealizadora e coordenadora
do projeto, a Universidade de Coimbra (CLUL) e a Universidade de Lisboa (CELGA), o núcleo
nacional envolve 20 universidades brasileiras e os primeiros resultados já foram
disponibilizados na página do projeto em funcionamento desde 2014 (http://ilg.usc.es/tesouro/),
permite a consulta rápida e fácil das informações contidas nas obras lexicográficas e dialetais
catalogadas pelas equipes.
LITERATURA AFRO-BRASILEIRA E SUA DIVULGAÇÃO EM REDE.
Coordenadora: MARIA CAROLINA DE GODOY
A pesquisa envolve duas universidades: UEL (Universidade Estadual de Londrina) e
PACC/UFRJ (Programa Avançado de Cultura Contemporânea da Universidade Federal do Rio
de Janeiro), uma vez que está relacionada à linha de pesquisa dos estudos culturais e das
novas tecnologias. A proposta é refletir sobre o conceito de literatura afro-brasileira a partir de
obras publicadas por autores afrodescendentes, sobretudo na segunda metade do século XX e
início do século XXI, e difundir os resultados desses estudos entre educadores. Essa proposta
atende à Lei 10.639/03 com o intuito de levar alunos da graduação, pós-graduação,
pesquisadores e educadores a entrarem em contato com autores e obras que não fazem parte
da chamada literatura canônica. O procedimento metodológico para esta pesquisa consiste em
leitura, discussão e análise de obras de autores afro-brasileiros a partir de teorias dos estudos
culturais e críticos que se debruçaram sobre o tema; pesquisa em livros, periódicos, materiais
disponíveis na internet e acervos; discussões em grupos de estudos para encaminhamento das
leituras de obras, textos teóricos e críticos para reflexões; elaboração de artigos acadêmicos
para publicação, resenhas de obras e materiais a serem disponibilizados on-line; elaboração de
páginas on-line para divulgação dos resultados da pesquisa; criação de grupos na internet para
discussão do tema entre pesquisadores, educadores, leitores e demais interessados no
assunto da literatura afro-brasileira; análise dos dados e disseminação em eventos
acadêmicos.
PERSPECTIVAS DA ESCRITA CRIATIVA NO CONTEXTO DA UEL
Coordenador: FLAVIO LUIS FREIRE RODRIGUES
Este projeto objetiva investigar um campo recente de conhecimento denominado escrita
criativa; recente no Brasil, uma vez que há cursos de graduação e pós-graduação na Europa e
EUA há praticamente cem anos. O pressuposto básico da escrita criativa é a formação de
escritores; para tanto, assume postulados da linguística e da teoria literária, que contribuem
com suportes textuais, de um lado, e de modelos literários, de outro. A partir da leitura,
discussão e análise dos grandes escritores, parte-se para um laboratório de textos literários. É
uma nova possibilidade para o ensino de texto, até mesmo para a comunidade externa, uma
vez que tem aumentado significativamente o número de publicações de todo tipo no Brasil,
aumentando, consequentemente, a demanda por escritores profissionais. Depois da fase de
pesquisa bibliográfica, está previsto um curso piloto nos moldes da escrita criativa, que servirá
de baliza para as alterações que se fizerem necessárias para a oferta de cursos de escrita
criativa para a comunidade londrinense, num momento após o término do projeto. A avaliação
do curso será feita por meio de entrevistas aos sujeitos participantes. Espera-se o domínio dos
conceitos básicos desta nova área, a ser revertido em uma alternativa didática para as
disciplinas regulares de produção de texto, bem como na oferta de disciplina especial e curso
oferecido à comunidade.
RESSONÂNCIAS DO SURREALISMO
Coordenador: CLAUDIA CAMARDELLA RIO DOCE
O Surrealismo, conhecido movimento de vanguarda dos anos 20, aparece em Paris com um
grupo de escritores e suas propostas, que ultrapassam questões literárias e acabam se
alastrando por outras artes e influenciando pensadores. Com adeptos em muitos países e
identificado a um estado de espírito, o impacto da revolução surrealista reverbera até os dias
atuais. “Ressonâncias do Surrealismo” tem por objetivo investigar algumas dessas
reverberações. O projeto, portanto, apesar de pressupor o estudo de textos surrealistas e sobre
o surrealismo, pretende investigar manifestações particularizadas que se associem ao
movimento. Embora o interesse principal do projeto seja o estudo de tais manifestações na
literatura brasileira, ele não se restringirá nem ao âmbito literário nem ao nacional. Como
limitação para nossas investigações, utilizaremos o período que vai dos anos 20 aos anos 70.
Já foi observado que no Brasil o surrealismo constituiu-se em presença minoritária e sofreu um
processo de abafamento devido, principalmente, a aspectos socioculturais e políticos que não
o favoreciam. Por este motivo, talvez, ainda carecemos de estudos sobre suas manifestações
entre nós, sobretudo na literatura. O projeto pretende, então, contribuir para estes estudos,
bem como explicitar os aspectos multifacetados que o Surrealismo pode assumir.
TESSITURAS DA MODERNIDADE – FRAGMENTO E DETRITO
Coordenador: SILVIO JOSÉ STESSUK
O presente projeto de pesquisa tem por fito analisar o processo de conformação da linguagem,
do comportamento e do pensamento poéticos na modernidade a partir de dois aspectos
compreendidos como centrais para os interesses investigativos, a saber: o fragmento e o
detrito. Estabelecendo-se a perspectiva teórica de que tais aspectos funcionam como
proeminentes pontos de estrutura do discurso moderno, são eleitas como corpus primário
deste trabalho as poéticas de Manoel de Barros e de Stela do Patrocínio. Entretanto, fica
prevista a abordagem complementar de outras poéticas da literatura brasileira dos séculos XIX
a XXI, as quais serão deliberadas posteriormente pelo coordenador e pela equipe de
colaboradores, conforme o andamento e direção dos estudos. A expectativa é de que o projeto
de pesquisa, mediante leituras, análises e discussões, desperte reflexões teóricas que
possibilitem avançar os estudos acerca dos conceitos de fragmento e de detrito no panorama
da modernidade. Pretende-se ainda que o debate em torno de Manoel de Barros e Stela do
Patrocínio propicie um melhor conhecimento crítico de suas obras. Aguarda-se enfim que o
desenvolvimento de subprojetos nos patamares da iniciação científica e da pós-graduação
redunde em publicações acadêmicas dos participantes, nas áreas de literatura brasileira, teoria
literária e assemelhadas.
IDEOLOGIA E LITERATURA JUVENIL BRASILEIRA CONTEMPORÂNEA: CONTRIBUIÇÃO
PARA A FORMAÇÃO DO LEITOR CRÍTICO NO ENSINO BÁSICO
Coordenador: JAIME DOS REIS SANT'ANNA
O presente projeto pretende contribuir para a formação inicial e continuada dos professores de
língua materna no contexto das preocupações com a formação do leitor crítico, refletidas nos
principais documentos norteadores do ensino de língua portuguesa no ensino básico (PCN,
OCEM, DCE), notadamente quando, citando Antonio Candido, consideram o texto literário
como de especial valor para a “formação do sujeito, atuando como instrumento de educação,
ao retratar realidades não reveladas pela ideologia dominante”. A partir do aprofundamento da
perspectiva marxista acerca do conceito de ideologia – aqui resumidamente entendido como a
distorção e o mascaramento da realidade, legitimada pelas ferramentas da superestrutura
cultural (literatura, teatro, religião, filosofia, etc.), e por meio das quais os poderes dominantes
da infraestrutura (capital, mercado) integram os demais atores sociais –, este projeto propõe o
estudo dos motivadores ideológicos presentes no conjunto das obras da literatura juvenil
brasileira contemporânea, quer em seus aspectos estético-literários, quer na construção de
modelos comportamentais para atual geração de adolescentes, quer nas estratégias de
divulgação e retroalimentação mercadológica. O trabalho será desenvolvido mediante uma
quádrupla articulação, a saber: a) estudo do conceito de ideologia, visando a compreender os
diferentes modos de abordagem do termo e as múltiplas formas de sua reificação no campo da
literatura juvenil brasileira contemporânea; b) levantamento de autores e obras da LJBC e dos
meios de produção, divulgação e assimilação; c) avaliação crítica dos processos de
aproximação deste fenômeno mercadológico com a sala de aula e suas implicações na ação
docente; d) estudos de casos que possam servir de paradigmas para o entendimento da
relação entre a LJBC, as ações mercadológicas, a ação docente e a mundividência do
adolescente. Ao analisar os elementos ideológicos envolvidos neste complexo processo, o
objetivo principal é construir um instrumental teórico que contribua para a autonomia intelectual
do professor de língua materna, a fim de capacitá-lo para o exercício pleno da leitura crítica de
textos literários, do questionamento acerca dos interesses do mercado editorial e da percepção
das intencionalidades de vozes ideológicas implícitas, pressupostos essenciais para cumprir o
propósito de formação do leitor crítico no Ensino Fundamental II e Médio.
ATIVIDADES DE LINGUAGEM E TRABALHO EDUCACIONAL
Coordenador: ELVIRA LOPES NASCIMENTO
A partir dos pressupostos de base do interacionismo sociodiscursivo, as práticas de linguagem
se constituem como ferramentas semióticas para o agir quando os sujeitos delas se apropriam,
o que implica a responsabilidades da escola que tem a função de propiciar o contato, o estudo
e a apropriação de saberes sobre as práticas discursivas em uso na sociedade. As ações dos
pesquisadores envolvidos se concentram em diferentes focos, mas interdependentes no agir
educacional: 1. os dispositivos didáticos; 2. os modos de tratamento dos objetos de ensino na
interação em sala de aula; 3. as relações dos participantes entre si e com os objetos; 4. os
gêneros de atividades escolares moldados pelos gestos profissionais. Os polos específicos de
abrangência da pesquisa se articulam aos três polos do triângulo didático: os saberes, o
trabalho do professor e o trabalho dos alunos. Com a atenção nos três polos, propomos uma
abordagem do ensino como trabalho (BRONCKART, 2007; BULEA, 2010; MACHADO, 2011;
CLOT, 2006; FAÏTA, 2004), procurando compreender como o professor exerce sua atividade
profissional, como enfrenta as dificuldades inerentes a seu contexto e como encontra soluções
para elas, com base na ideia do agir dotado das dimensões de uma semântica da ação. As
contribuições das pesquisas também se materializam na elaboração de material didático e
dispositivos de ensino a partir dos gêneros textuais e da ideia de agir por meio da linguagem.
Em todos os polos é crucial o conceito de instrumento, fundamentado em Vygotsky (1997) e
desenvolvido por Friedrich (2012). Esses três polos estão intimamente ligados e representam o
direcionamento da interpretação que damos à problemática do ensino-aprendizagem de língua
portuguesa. Com esse escopo de pesquisa, procuraremos compreender melhor o contexto de
aprendizagem da língua portuguesa e de formação de futuros professores, com a finalidade de
identificar como se dá o desenvolvimento de alunos e professores por meio da linguagem.
ENSINO-APRENDIZAGEM DE LÍNGUA PORTUGUESA NA EDUCAÇÃO PRESENCIAL E
ONLINE: MÚLTIPLOS OLHARES
Coordenador: ELIANA MARIA SEVERINO DONAIO RUIZ
Este projeto de pesquisa tem como grande tema o discurso, o sujeito e as práticas de ensino-
aprendizagem da língua portuguesa e de linguagens sincréticas, mediadas (ou não) pelas
novas tecnologias de informação e comunicação (NTICs). inserido na perspectiva da análise do
discurso de linha franco-brasileira, em convergência com os estudos arquegenealógicos de
Foucault, os estudos socioculturais e os postulados teóricos acerca da pós-modernidade, o
projeto pretende investigar as representações de aluno, professor, ensino, aprendizagem,
língua portuguesa e linguagem, que emergem de textos de vários gêneros discursivos, de
diferentes esferas comunicativas (com ênfase na educacional), que tematizem o ensino-
aprendizagem, de modo geral, e o da língua portuguesa, em particular, nas modalidades
presencial e/ou a distância.
CONTRIBUIÇÕES PARA A HISTÓRIA DA DRAMATURGIA E DO TEATRO LONDRINENSES
Coordenador: SONIA APARECIDA VIDO PASCOLATI
Londrina é uma jovem cidade de apenas 79 anos, mas desde a década de 1960 conta com
significativa atividade dramatúrgica e teatral. Este projeto propõe a recolha de textos
produzidos desde a década de 1960, a compilação do material encontrado, elaboração de uma
ficha catalográfica com informações sobre a obra, o autor e as montagens realizadas até o
presente e realização de estudos analíticos e críticos sobre obras que se destaquem por
aspectos formais ou temáticos e sejam representativas da atividade teatral londrinense até o
presente momento, isto é, segunda década do século XXI. Um levantamento inicial, realizado
durante pesquisa de iniciação científica revelou a existência de mais de 300 textos escritos e
representados na cidade desde a década de 1960, dos quais apenas 30 a 40% conhecem
publicação impressa. Da maioria dos textos se tem apenas notícia por notas em jornais,
catálogos de festivais – com destaque para o FILO – ou arquivos de escolas e bibliotecas;
portanto, o acesso aos textos não é fácil, mesmo quando se entra em contato com os autores,
pois nem mesmo eles guardam cópias de seus trabalhos.
PAD – PESQUISAS EM ANÁLISE DO DISCURSO: OS PROCESSOS DE SIGNIFICAÇÃO EM
DIVERSOS GÊNEROS
Coordenador: ROSEMERI PASSOS BALTAZAR MACHADO
Este projeto de pesquisa visa, dentro de um cenário composto dos mais variados gêneros
(publicitário, de humor, literário, religioso, jurídico, entre outros), apresentar vários olhares
sobre os processos de constituição dos sentidos e, com base nos posicionamentos do sujeito,
compreender as várias ideologias buscando a leitura e compreensão do outro a partir de si
mesmo. Tendo em vista que a relação do ser humano com mundo é mediada pela linguagem,
por meio das análises dos mecanismos do funcionamento discursivo, é perfeitamente possível
verificarmos como as práticas sociais, discursivas e ideológicas dos sujeitos são construídas e
reveladas no meio social. O aporte teórico utilizado para os trabalhos propostos nesse projeto é
a Análise do Discurso de linha francesa. Assim, como é grande o leque de gêneros para a
análise, justifica-se uma teoria cujo domínio também seja amplo. Conforme Schiffrin (1994, p.
407), “a análise do discurso é uma das regiões mais vastas e menos definidas da linguística”. A
análise do discurso configura-se como uma “transdisciplina” de interpretação, devido à sua
natureza diversa, ou seja, múltiplos são os interesses projetados pela análise do discurso sobre
um determinado objeto, possibilitando, dessa forma, a ampliação do quadro metodológico e
uma fundamentação teórica mais ampla que nos permita estudar os fenômenos da linguagem
sob várias perspectivas. Os resultados são abordagens cada vez mais completas e orientadas
para as pesquisas nos universos discursivos. Podemos destacar alguns aspectos que, de
alguma forma, estão associados às preocupações dessa teoria: o processo enunciativo
(heterogeneidade, polifonia, argumentação entre outros); o processo histórico (social,
ideológico, cultural etc.); o processo interativo (dentre os quais: as estratégias de persuasão,
de preservação dos espaços de interlocução...); o processo linguístico (anáforas, estrutura
sintático-semântica etc.), entre outros (MARI et al., 1999). Passando pelos construtos teóricos
da análise do discurso, estudaremos os aspectos ideológicos nos quais o sujeito se inscreve,
sempre se atentando aos possíveis sentidos pretendidos e efetivamente produzidos pelo
sujeito no momento do dizer. Partindo do princípio de que as formações ideológicas só são
apreensíveis por meio do discurso, é necessário passarmos pela língua enquanto estrutura,
pois o texto é a materialização do discurso, ou seja, o texto é o objeto empírico do discurso
(SOUZA, 2006, p.16).
VALE – VARIAÇÃO LINGUÍSTICA NA ESCOLA
Coordenador: JOYCE ELAINE DE ALMEIDA BARONAS
O projeto objetiva concretizar as ideias expostas sobre o ensino de língua portuguesa, mais
especificamente no que diz respeito à variação linguística, a partir da elaboração de materiais
didáticos que contemplem conteúdos sobre as diferentes formas linguísticas orais e escritas do
português do Brasil. Trata-se de um trabalho que busca abordar as diferentes normas
existentes no Brasil, com a finalidade crucial de colaborar para a eliminação do preconceito
linguístico, tão arraigado no país. Pretende-se, com este trabalho, fornecer subsídios ao
professor de língua materna para trabalhar com a variação da língua, levando o aluno a ser
proficiente em sua língua, o que significa absorver a noção da adequação linguística, sendo
capaz de utilizar as diferentes normas esperadas para as diferentes situações sociais. Espera-
se que os resultados desta pesquisa sejam úteis a demais pesquisadores que se ocupam do
ensino da língua portuguesa no brasil.
GRAMÁTICA, PRAGMÁTICA E TIRAS: EM BUSCA DA ORGANIZAÇÃO GRAMATICAL DE
FATO E VALOR
Coordenador: MARIA ISABEL BORGES
A partir dos usos heterogêneos observados nas materialidades textuais do gênero tira,
pertencente ao hipergênero quadrinhos, uma análise descritiva, explicativa e interpretativista da
gramática estruturante da imbricação fato/valor será feita. O objetivo principal é delinear a
organização e o funcionamento gramatical quando a imbricação fato/valor está em jogo nas
tiras no âmbito de um contexto de uso. As tiras de cartunistas consagrados tanto no cenário
internacional, quanto nacional funcionarão como objeto de observação, tais como: as tiras
"Calvin e Haroldo" (Bill Watterson); as tiras da "Mafalda" (Quino); as tiras do "Snoopy" (Schulz);
as tiras "Hagar, o horrível" (Dick e Chris Browne); as tiras de "Garfield" (Davis); as tiras "As
cobras" (Veríssimo); as tiras "Pagando o pato" (Ciça); as tiras do cartunista Henfil; as tiras do
cartunista Orlandeli. A princípio, o objeto de observação será constituído de nove cartunistas,
cinco estrangeiros e quatro brasileiros. O objeto teórico consiste no funcionamento pragmático-
gramatical quando a imbricação fato/valor se manifesta nas tiras. Teoricamente, é aliar nova
pragmática e gramática funcional, afastando-se da análise centrada apenas na sentença.
Metodologicamente, o projeto de pesquisa não concentra apenas em uma técnica de pesquisa,
recorrendo às estratégias da pesquisa bibliográfica e do levantamento bibliográfico, pesquisa
descritiva, explicativa e interpretativista (qualitativa). No âmbito científico, espera-se refletir
sobre alguns aspectos pragmático-funcionais durante o delineamento da organização
gramatical quando a imbricação fato/valor está em jogo nas tiras analisadas.
Consequentemente, espera-se que tal reflexão propicie uma redefinição dos temas de
interesse da nova pragmática aliada à gramática funcional, sobretudo as classes gramaticais.
Com isso, será possível identificar as contribuições dessa interface e das relações
interdisciplinares estabelecidas entre a linguística, filosofia, história, comunicação, sociologia,
por exemplo, tudo isso para propor um estudo sobre a linguagem centrado no texto, e não na
sentença. A partir desta proposição, no âmbito político-social, espera-se reforçar alguns
princípios da política educacional brasileira (que também é uma política linguística): estudo
linguístico focado no texto, de modo que a análise linguística seja socialmente situada e
relevante; interdisciplinaridade; multimodalidade textual; afastamento da abordagem tradicional
de gramática em que o texto é colocado como mero pretexto para exploração gramatical, na
maioria das vezes desconectada das práticas de leitura e produção de textos, dentre outros.
Por fim, espera-se desencadear uma formação, sobretudo inicial, de professores em sintonia
com a política educacional brasileira e com as atuais perspectivas da linguística que tematizam
a análise e o ensino da língua portuguesa.
VARIAÇÃO FONÉTICO-FONOLÓGICA NAS REGIÕES SUL, CENTRO-OESTE E NORTE DO
BRASIL
Coordenador: DIRCEL APARECIDA KAILER
O presente projeto, à luz dos pressupostos teóricos e metodológicos da sociolinguística e da
geolinguística, objetiva investigar a variação fonético-fonológica da região Sul, Centro-Oeste e
Norte do Brasil com base nos dados do projeto ALIB (Atlas Linguístico do Brasil, 1996). Neste
sentido, pretende-se discutir a literatura específica (fonética, fonologia, sociolinguística e
geolinguística), ouvir e recortar dados coletados pela equipe do ALIB (1996), por meio do
programa Soundforge (2010); codificar esses dados, conforme: a) as variáveis dependentes
(variantes referentes aos fenômenos em estudo: róticos em coda silábica e rotacismo; b) as
variáveis independentes (contextos linguísticos e extralinguísticos). Terminada a codificação,
esses dados serão submetidos aos programas de análise estatística Varbrul (1998) e/ou
Goldvarb (2001); após fazer os ajustes necessários, interpretaremos os resultados em
percentual e em peso relativo para, finalmente, produzirmos artigos que serão disseminados
em simpósios e congressos em forma de comunicação.
O CURSO DE LETRAS EM ANÁLISE: O PAPEL DO ENADE NA ELABORAÇÃO DO
CURRÍCULO
Coordenador: ANDREIA DA CUNHA MALHEIROS SANTANA
Este projeto de pesquisa tem como objetivo principal investigar quais conhecimentos são
exigidos pelo ENADE e a sua relação com o currículo desenvolvido nos cursos com boa
avaliação neste exame. O ENADE (Exame Nacional de Desempenho Acadêmico) foi
implantado com o objetivo de aferir a qualidade dos cursos superiores, o que significa, ou
deveria significar, que os cursos com melhores conceitos têm boa qualidade, portanto formam
um bom profissional, um bom professor. Ultrapassando o limite do que o ENADE deveria fazer,
acreditamos que ele tem desempenhado um efeito regulador nas instituições de ensino
superior, sobretudo nas particulares, levando muitas a adaptarem seus currículos ao que é
exigido na prova, e posteriormente, utilizarem um bom resultado como estratégia de marketing.
Esta pesquisa se desenvolverá abordando temas que estão interligados e muito presentes na
realidade do ensino superior, como o ranqueamento das instituições de ensino, as avaliações
em larga escala e o currículo. Para o desenvolvimento desta pesquisa, será utilizado o método
misto (CRESWELL, 2007), uma vez que serão articulados procedimentos quantitativos e
qualitativos de pesquisa. O primeiro momento desta pesquisa se destina a identificar os
conhecimentos exigidos nas três edições do ENADE e atrelá-los às suas respectivas
concepções teóricas, dessa forma identificaremos quais conhecimentos são valorizados nessa
avaliação externa. Em seguida, identificaremos os cursos do Paraná que mantiveram o
conceito 5 nos três ENADEs (2005, 2008 e 2011) e os que melhoraram o seu desempenho ao
longo dos exames. Após esta identificação, serão selecionados quatro cursos de Letras de
universidades públicas para uma análise mais detalhada, dois que sempre tiveram bons
conceitos e dois em ascensão, o mesmo procedimento será feito com quatro universidades
particulares. Nas universidades selecionadas, investigaremos a estrutura curricular, incluindo
as ementas das disciplinas e quando passaram a vigorar. Além disso, analisaremos o Projeto
Político Pedagógico, a fim de descobrir se o ENADE guiou mudanças curriculares nessas
instituições. Como resultado, esperamos poder descobrir se há uma relação (ou não) entre os
conteúdos cobrados na avaliação e os desenvolvidos pelas universidades melhor avaliadas, e
se estas universidades modificaram seu currículo a fim de obter melhor desempenho no
ENADE, o que pode ter acontecido tanto na pública como na privada. Caso haja esta
interferência, será possível comprovar que o ENADE apresenta um efeito regulador do
currículo nas universidades, influenciando o que deve ser ensinado, o que interfere diretamente
na fundamentação teórica trabalhada na formação inicial do professor de língua portuguesa e
ultrapassa os objetivos para os quais este instrumento foi criado.
FIGURAÇÕES DA PAISAGEM NA LITERATURA BRASILEIRA
Coordenador: REGINA CELIA DOS SANTOS ALVES
Em razão da abertura para novas abordagens da paisagem trazidas por diferentes disciplinas,
em especial pela geografia cultural, os estudos acerca da paisagem no âmbito da literatura têm
ganhado fôlego ímpar nos últimos anos e se mostrado um instigante e revelador terreno de
pesquisa. Dentro desse contexto, o projeto “figurações da paisagem na literatura brasileira”,
acercando-se da potencialidade presente nesse viés pesquisa, busca contribuir para essa área
de estudo ao propor a abordagem de certas figurações da paisagem na literatura brasileira,
tanto na prosa quanto na poesia, do Romantismo às duas primeiras décadas do século XX. O
período selecionado parece-nos bastante expressivo quanto à importância concedida à
paisagem. Se o viés figurativo é o que predomina, tanto no século XIX quanto nos primeiros
anos do século XX, os sentidos e os modos de representação se modificam em face da
percepção que dela se tem e das forças individuais e culturais que agem nesse processo de
percepção e figuração da mesma. Tendo isso em vista, o projeto em questão pretende: (a)
analisar os olhares inscritos em determinadas representações da paisagem; (b) observar a
importância da mesma na construção do sentido de determinados textos; (c) atentar para o
processo de construção, valoração e desvalorização de determinadas paisagens; (d) pensar a
representação da paisagem na literatura brasileira na sua possível relação com a construção
de um imaginário nacional (de uma imagem do Brasil) que vai da idealização utópica de um
mundo, eivada de imagens grandiosas e de sentimentos intensos, como na literatura
romântica, às figurações de ordem mais objetiva, em que a expressão exterior, mais
distanciada, toma a cena, como na literatura realista de final do século XIX e em parte da
produção literária das primeiras décadas do século XX; e (e) pensar, ainda, como parte da
literatura dos primeiros anos do século XX retoma um certo idealismo ao valorizar o campo e o
pitoresco como imagens constitutivas de uma nação buscada, possivelmente oposta a uma
outra de conformação urbana, cosmopolita e calcada em modelos europeus, bastante
valorizados à época.
FOCALIZANDO A “POIESIS” EM CONTEXTO DE LETRAMENTOS VERNACULARES
Coordenador: PAULO ROBERTO ALMEIDA
Apoiado nos pressupostos teóricos de Bhabha (1990; 1998), de uma ressignificação do
conceito de cultura, vista como constitutivamente híbrida, produtiva e dinâmica, no conceito de
hibridismo cultural; na perspectiva teórica dos estudos de letramentos (HEATH, 1982, 1983),
(STREET, 1993, 1995), (BARTON, 1998), (BARTON; HAMILTON, 2000), (BARTON;
HAMILTON; IVANIC, 2000), (MARINHO; CARVALHO, 2010), (KLEIMAN, 2006), (SOARES,
1998, 2010), dos estudos sobre gêneros do discurso (BAKHTIN, 1953) e, ainda, na perspectiva
de um sujeito “trabalhador” (POSSENTI, 1988, 1995, 1996, 1998; CERTEAU, 1990), o presente
projeto tem como objetivo investigar e analisar a “poiesis” em produções orais e/ou escritas,
produzidas nas práticas sociais de letramentos vernaculares nas culturas populares. Buscar-
se-á investigar nas produções orais e/ou escritas, em seus mais diferentes gêneros discursivos
(“causos”, pichações, chistes, anedotas, grafites, trovas, trocadilhos, cantigas etc.), os modos
de um “fazer poético” (do grego ποιέω (“poiéo”) = criar, inventar, gerar), as táticas no trabalho
de um fazer poético de dizer o mundo. Tais práticas, parte de letramentos vernaculares pouco
investigados, porque invisibilizados, podem trazer à tona (tornar visíveis), sobretudo no
universo escolar, o “trabalho” de sujeitos com e sobre a linguagem, na produção de um “fazer
poético”; produções orais e/ou escritas que podem indiciar a exploração das potencialidades da
linguagem, da palavra e da escrita num “jogo estético”, ou seja, a “fabricação” ou “modos de
fazer” o poético. Por esse viés, amplia-se o conceito de “poesia”, do fenômeno poético como
um motor de elicitação de um processo básico de conhecimento, que no dizer de Osakabe
(2008), dá-se, como qualquer acontecimento se dá, o que implica a mobilização de dispositivos
sensoriais que se ativam na percepção (ou invenção?) de um objeto dado, num momento
dado. Essa ressignificação abre caminho para a visibilização de outras produções culturais, em
diferentes gêneros discursivos, que singularizam os sujeitos na construção de um modo próprio
de se fazerem donos da linguagem. Um olhar crítico para este “espaço” constitutivamente
heterogêneo, um contexto em que estão envolvidos/imersos os sujeitos em suas vivências
cotidianas, buscará indiciar nas práticas de/sobre linguagem não valorizadas e, portanto, pouco
investigadas, a singularidade ou indícios de autoria de sujeitos falantes, em seu “trabalho” com
e na sua própria língua. Esse deslocamento pode permitir, mais claramente, visibilizar e
valorizar o hibridismo, ambivalência e a indeterminação na linguagem, desestabilizando e
revisando aparentes certezas.
FORMAÇÃO DO LEITOR NO ENSINO FUNDAMENTAL – CICLO 3: DEMANDAS,
CONCEPÇÕES E PRÁTICAS
Coordenadora: SHEILA OLIVEIRA LIMA
A formação do leitor autônomo e crítico ao longo do Ensino Fundamental apresenta-se como
um dos objetivos primordiais do ensino de língua materna, tanto nas prescrições nacionais
(Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN) quanto nas do estado do paraná (Diretrizes
Curriculares Estaduais – DCE). No entanto, mesmo após quinze anos de publicação dos PCN
ou de quase oito das DCE, segundo os resultados da Prova Brasil, ainda persiste nas escolas
públicas do Estado do Paraná um nivelamento abaixo das expectativas no tocante à língua
portuguesa. Parte desses resultados, certamente, reflete as demandas por uma formação
leitora mais densa e intensa, com vistas a situar o estudante em uma apropriação mais
complexa de sua língua, para que possa lidar com os mais diversos tipos de discurso,
veiculados pelos mais diferentes textos. Na busca de uma compreensão mais vertical das reais
demandas das escolas públicas do Estado do Paraná no tocante à formação leitora dos
estudantes, este projeto tem como proposta focalizar sua pesquisa no Ciclo 3 (6º e 7º anos) do
Ensino Fundamental, entendendo que se trata de um setor fulcral na passagem de um estágio
mais elementar para outro mais complexo da leitura. Por meio de pesquisa exploratória e
explicativa e metodologia qualitativa, o projeto investigará as práticas didáticas para a formação
do leitor a partir de: (1) identificação e análise de atividades de leitura nos livros didáticos do
segmento; (2) identificação e análise de atividades de leitura realizadas nas salas de aula das
séries do ciclo 3. Após a identificação e análise das demandas e práticas preponderantes nas
situações de ensino e nos materiais investigados e com base em discussões teóricas que
visualizem novas possibilidades de concepção da leitura e do próprio leitor, será constituída
uma proposta para formação de leitores no ciclo 3 do ensino fundamental.
POLISSISTEMAS LITERÁRIOS E ESTRATÉGIAS DE INSERÇÃO DA POESIA NO ESPAÇO
PÚBLICO
Coordenador: FREDERICO AUGUSTO GARCIA
O projeto de pesquisa “Polissistemas literários e estratégias de inserção da poesia no espaço
público” tem por objetivo principal identificar, analisar e interpretar ações de poetas que se
qualificam como formas de inserção da poesia no espaço público. Nesse sentido, seu objeto
constitui-se de textos de poesia contemporânea performática, em meio ao contexto de
realização de festivais poéticos na Itália e no Brasil. O princípio teórico-metodológico assenta-
se na Teoria do Polissistema de Itamar Even-Zohar, segundo a qual a literatura é um sistema
em relação a outros sistemas culturais, constituídos por diferentes artes e campos artísticos,
formas de disseminação, instituições, repertórios, mercados etc., que influenciam-se
mutuamente. A identificação, compreensão e análise de estratégias de inserção poética no
espaço público, mediante a aplicação do referencial teórico de Even-Zohar, possibilita adentrar
o campo de tensão de criação da poesia contemporânea que se vale de inúmeros suportes, da
hibridação de diferentes linguagens artísticas e construção de redes específicas de poetas,
responsáveis também por lançar variados produtos culturais sob o rótulo de “poesia”. Portanto,
a proposta em tela traz, como principal contribuição, o entendimento da poesia contemporânea
a partir da ação de seus poetas, sendo a realização da escrita tomada como um fenômeno
importante no processo, mas não único.
LEITURA SEMIÓTICA DO TEXTO SINCRÉTICO
Coordenador: LOREDANA LIMOLI
O estudo problematiza as novas formas contemporâneas de leitura, observando, na mídia e
nas artes, em geral, enunciados que articulam diferentes linguagens em sua organização. O
objetivo principal é incorporar reflexões e elementos conceituais oriundos da pesquisa
semiótica à análise de textos sincréticos de diferentes gêneros, tratando-os como possíveis
objetos de ensino no domínio da língua portuguesa. O corpus de análise é constituído de textos
presentes em diferentes esferas de comunicação, extraídos de jornais, revistas, histórias em
quadrinhos, teatro, internet, cinema e televisão. Utiliza-se como instrumental teórico-
metodológico a teoria semiótica de base greimasiana.
PRODUÇÃO DE SENTIDOS E SIGNIFICAÇÃO NA HISTÓRIA: MEMÓRIA E DISCURSO NAS
CIÊNCIAS DA LINGUAGEM
Coordenador: MARIANGELA PECCIOLI GALLI
Para formular as questões de pesquisa e poder apresentar este programa de estudos,
reunimos alguns apontamentos e apresentamos algumas reflexões sobre a questão de
linguagem pela qual somos interpelados em nosso percurso investigativo mais recente: a
tentativa de compreender o funcionamento da significação, quando se promove um
deslocamento nos modos de pensar/conceber o fazer científico em ciências da linguagem. Um
fio condutor essencial desta investigação é então favorecer a discussão multidisciplinar sobre o
estado atual das pesquisas acerca da enunciação e do discurso, no eixo das relações
sobredeterminadas entre os elementos linguísticos que denotam a estrutura/o enunciado em
seu deslocamento, e no eixo das discursividades trazidas pela produção de sentido no
acontecimento. Assim, para dar conta de nossa questão, nosso interesse é: a) de um lado,
apresentar um esboço de nosso caminho de estudos sobre o funcionamento da significação
nesse duplo eixo, a partir da discussão de determinados enunciados metafóricos que
produzem um movimento fundamental para a linguística do século XIX, pois descrevem, em
nossa compreensão, uma etapa epistemológica na disciplinarização da linguística e marcam a
distinção de um modelo de pensamento fundador do que poderíamos chamar de uma escola
linguística naturalista ou de uma ciência positiva das línguas; b) de outro lado, estudar a
composição de determinados paradigmas epistemológicos, a fim de construir um dispositivo
teórico-analítico, no qual a compreensão dos enunciados metafóricos sobre o par
língua/ciência se faça a partir de deslocamentos conceituais, para produzir a análise dos
processos de designação que possibilitam a construção da referência no acontecimento
enunciativo. A grande questão para nós será verificar como se dá a representação nesse lugar,
isto é, como se constrói a textualidade produzida por novas posições de sujeito.
CRÔNICA, ENSINO E MÍDIA: DIÁLOGOS POSSÍVEIS
Coordenador: LUIZ CARLOS SANTOS SIMON
O projeto busca estabelecer relações entre o ensino de literatura, tendo como base textos de
crônicas, e as novas mídias, resultando em alternativas de trabalho para o professor de
literatura atuante na sala de aula. Para tanto, utilizaremos a crônica como gênero literário
privilegiado de análise e os suportes virtuais atualmente usados por escritores contemporâneos
para publicação de seus escritos. Assim, pretendemos verificar de que maneira as novas
tecnologias, ferramenta de divulgação, atreladas ao texto crônica, possibilitam renovações no
ensino de literatura.
PAPÉIS MASCULINOS: O ENFOQUE DAS MASCULINIDADES NO CONTO E NA CRÔNICA
A PARTIR DO FIM DO SÉCULO XX
Coordenador: LUIZ CARLOS SANTOS SIMON
O projeto concentra-se na avaliação do enfoque das masculinidades em contos e crônicas
produzidos por autores brasileiros a partir do final do século XX. O estudo procura deter-se em
um campo de pesquisa que se dispõe a superar questões que podem ter contribuído para a
discrição das pesquisas sobre masculinidades, como uma histórica posição confortável e mais
homogênea dos homens ao longo dos tempos, em comparação às experiências vivenciadas
pelas mulheres, e a emergência dos estudos feministas como campo de estudos atraente no
decorrer do século XX. O objetivo geral da pesquisa, portanto, é o mapeamento das
representações do masculino nas produções de contistas e cronistas brasileiros desde as duas
últimas décadas do século XX até o início do século XXI. O que se pretende mais
especificamente é contribuir para a pluralidade de vertentes nos estudos literários através da
articulação de conceitos provenientes de outras áreas do saber, como psicologia, psicanálise,
filosofia, sociologia e história com a abordagem de textos literários. Também é meta do projeto
promover maior discussão em torno da produção de contistas e cronistas brasileiros
contemporâneos a partir do enfoque de uma questão central, as masculinidades, além de
inserir as perspectivas sobre as masculinidades em um plano de diálogo mais consistente com
os debates sobre as relações de gêneros dentro e fora do âmbito dos estudos literários. Enfim,
espera-se proporcionar a aproximação entre as representações do masculino e abordagens de
temáticas como amor e sexualidade, através do contato com textos literários. No âmbito
teórico, serão relevantes autores como: Agamben (2007), Badinter (1993), Bauman (2004),
Beck (2011), Boris (2002), Bourdieu (2005), Bruckner (2014), Butler (2008), Carmo (2011),
Cecchetto (2004), Connell (1995), Costa (1999), Del Priore (2011), Estacolchic (2011), Ferry
(2012), Foucault (1990), Freyre (1988), Garcia (2006), Giddens (1993), Goldenberg (2000),
Monteiro (2013), Mosse (1998), Nolasco (1993), Oliveira (2004), Resende (2011), Sennett
(1989), Welzer-Lang (2004), entre outros. Entre os contistas selecionados, figuram: Caio
Fernando Abreu, Marçal Aquino, Beatriz Bracher, João Anzanello Carrascoza, Márcia Denser,
Roberto Drummond, Rubens Figueiredo, Rubem Fonseca, Marcelino Freire, Adriana Lisboa,
Cíntia Moscovich, José Rezende Júnior, Edgard Telles Ribeiro, Sérgio Sant’anna, Moacyr
Scliar, Lygia Fagundes Telles e Luiz Vilela. Entre os cronistas: Carlos Drummond de Andrade,
Aldir Blanc, Rubem Braga, Ignácio de Loyola Brandão, Marina Colasanti, Lourenço Diaféria,
Marilene Felinto, Fernando Gabeira, Ferreira Gullar, Hilda Hilst, Danuza Leão, Martha
Medeiros, Carlos Eduardo Novaes, Marcelo Rubens Paiva, Mario Prata, Rachel de Queiroz,
Fernando Sabino, Affonso Romano de Sant’Anna, Luis Fernando Verissimo, entre os nomes
que já produziam no século XX; e, ainda, aqueles que despontaram com maior projeção no
gênero mais recentemente: Ivan Ângelo, Tati Bernardi, Fernando Bonassi, Eliane Brum,
Carpinejar, Walcyr Carrasco, Milly Lacombe, Marcelo Mirisola, Reinaldo Moraes, Domingos
Pellegrini, Antonio Prata, Kledir Ramil, Xico Sá, Miguel Sanches Neto, Joaquim Ferreira dos
Santos, Cidinha da Silva, Fernanda Torres.
ESTUDOS DE DRAMATURGIA MODERNA E CONTEMPORÂNEA
Coordenador: SONIA APARECIDA VIDO PASCOLATI
O projeto propõe o estudo de obras nacionais e estrangeiras produzidas desde as últimas
décadas do século XX até o início do século XXI a fim de investigar a multiplicidade de
dramaturgias produzidas no bojo do teatro moderno e caracterizar as linhas de força do teatro
contemporâneo, assim como compreender as relações de ruptura e contiguidade entre o teatro
moderno e o contemporâneo. Parte-se da premissa de que não é possível definir
satisfatoriamente a(s) sintaxe(s) dramatúrgica(s) – e as respectivas projeções sobre as práticas
cênicas – moderna e contemporânea se não forem consideradas as peculiaridades das
dramaturgias, razão pela qual o projeto está aberto à investigação dos mais variados
dramaturgos. O projeto acolherá pesquisas sobre dramaturgia moderna e contemporânea
nacional e estrangeira nas mais diversas modalidades: iniciação científica, trabalho de
conclusão de curso, monografia (especialização), mestrado, doutorado e estágio pós-doutoral.
MATERIALIDADES LITERÁRIAS DIGITAIS: PROBLEMÁTICAS E FUNDAMENTOS NA
CRIAÇÃO POÉTICA
Coordenador: ALAMIR AQUINO CORREA
O plano de estudos “Materialidades literárias digitais: problemáticas e fundamentos na criação
poética” se perfaz como um conjunto de experiências didáticas e de pesquisa, em que o
principal motor é o estudo do conceito e do papel das materialidades na produção e na
recepção da literatura em meio digital, por meio do estudo bibliográfico e da recolha e crítica da
produção poemática digital, especialmente em língua portuguesa, vinculado à linha de
pesquisa “Intermedialidade e novas formas artísticas” do programa de Pós-Graduação em
Letras da Universidade Estadual de Londrina, cuja ementa é a seguinte: “Estudo da
intermedialidade enquanto fenômeno de criação/produção de novas formas artísticas (nos
campos: literatura, música, teatro, artes visuais, rádio, cinema, novas mídias) e críticas
inovadoras, nas práticas culturais contemporâneas, observados aspectos da globalização
enquanto transgressão dos loci de produção/produção e a indústria cultural”. Em termos de
pesquisa, há algumas inquietações já detectadas acerca do papel das materialidades na
percepção do objeto literário digital, sobre a construção de novos significados pela
intermedialidade, em face da multimedialidade e os experimentalismos visuais, em contraste
com o conjunto de textos teórico-explicativos que costumeiramente acompanham as produções
literárias em meio digital. Fundamental se torna desde já a discussão das respostas críticas a
esse corpus e suas significações. O plano prevê a compreensão de fundamentos e a discussão
das problemáticas inerentes à produção poemática digital acerca das materialidades não
digitais e do livro enquanto meio (medium), bem como das mediações centradas na
compreensão da voz e da escrita.
O FANTÁSTICO NA CONTÍSTICA DO SÉCULO XIX
Coordenador: ADILSON DOS SANTOS
O projeto o fantástico na contística do século XIX tem por objetivo analisar contos da literatura
ocidental do século XIX pertencentes à categoria do fantástico. Do conhecimento teórico
acerca das especificidades próprias do gênero, partir-se-á para a análise de textos que
integram diversas antologias de contos fantásticos. Além de possibilitar a diferenciação do
fantástico de outras categorias igualmente pertencentes à esfera do insólito (o maravilhoso, o
estranho, o realismo maravilhoso ou mágico e o neofantástico) mediante conhecimento teórico,
por meio desta pesquisa, será possível apreciar o mérito ou questionar a seleção empreendida
pelos organizadores das antologias estudadas com base na suposta natureza fantástica dos
contos selecionados.
O GROTESCO EM KAFKA E MURILO RUBIÃO
Coordenador: ADELAIDE CARAMURU CEZAR
O projeto “O grotesco em Kafka e Murilo Rubião” tem por objetivo analisar contos dos dois
referidos autores, seja separada, seja, principalmente, de maneira comparativa, quando
possível. O elo que os une é a pertença à categoria do "grotesco" com sua característica fusão
de elementos antagônicos, o terrível e o cômico, a defini-la e a caracterizá-la em relação a
outras categorias estéticas com as quais por vezes se confunde: o fantástico, o maravilhoso, o
realismo maravilhoso. Espera-se, começando pelo estudo de uma categoria estética, o
grotesco, alcançar sua efetivação nas obras dos autores citados. Ater-se-á à fusão do terrível
com o cômico, buscando pela dominante (Roman Jakobson) em cada um dos contos
analisados. Será o terrível (monstruoso, macabro, sinistro, aterrorizante, angustiante, abjeto...)
ou o cômico com seu efeito libertador? Em se tratando de obras do século XX, pressupõe-se
encontrar o terrível como dominante, enquanto o riso, longe de ser descontraído, à maneira de
Rabelais, mais próximo do humor negro.
CADERNOS DE TEORIAS DA LINGUAGEM
Coordenador: MARIA JOSÉ GUERRA DE FIGUE
O projeto dá prosseguimento ao fio condutor teórico que vem alicerçando nossas pesquisas
desenvolvidas na área dos estudos barthesianos, dos estudos sociolinguísticos aplicados ao
bilinguismo e povos indígenas, e também serve à atualização de conhecimentos para
realimentar nosso trabalho na disciplina especial Teoria Linguística – Fundamentos
Conceituais. Esta proposta de trabalho segue a mesma direção: está voltada para os domínios
da fundamentação teórica dos modelos descritivos das ciências da linguagem, em cujas
dimensões está incluída a linguística, disciplina fundamental para a formação e capacitação do
licenciado em língua portuguesa. A questão central tem origem na preocupação com as
habilidade e competências com as quais o licenciado assumirá a sala de aula. A educação
exige uma massa crítica capaz de debater as políticas educacionais. A reflexão crítica só é
possível se se tem em conta o corpo conceitual que determina os valores que subjazem a toda
metodologia. A relação entre método e objeto é a base sobre a qual se ergue o olhar e se
traçam caminhos que determinado modelo teórico conduz na aplicação das tecnologias
produzidas. Para dar conta dessas particularidades da pesquisa e como fruto das experiências
já mencionadas, propomos um projeto panorâmico, cujo eixo central está baseado na reflexão
crítica sobre os modelos da área da linguagem e as consequentes aplicações desses modelos
nas diversas esferas da vida cotidiana. Exatamente por ser um trabalho dessa abrangência
teórica, o exercício interdisciplinar e as relações constitutivas com as ciências aplicadas
obrigam-nos a manter um diálogo com outras pesquisas. Assim, as análises barthesianas e as
pesquisas sobre bilinguismo serão aqui incorporadas, desta feita com um olhar mais apurado
sobre as bases teóricas. Quando se trata de um autor – no caso Barthes – ou de um método e
objeto linguageiros – sociolinguística e bilinguismo em povos indígenas –, esta proposta de
trabalho terá sempre o olhar teórico. Será sempre a contribuição teórica que será analisada. Da
mesma forma, quando falarmos em gramáticas, não falaremos em técnicas de aplicação
didática, letramento ou produção textual, mas, sim, quais são os fundamentos que garantem
uma reflexão crítica e científica a tais procedimentos metodológicos. Para dar conta desses
debates, temos em vista a preparação dos cadernos de teorias da linguagem, publicação
eletrônica, anual, que nos permite abrir várias parcerias e que servirá como uma maneira de
ordenar os trabalhos desenvolvidos pelo projeto. Esta é a organização operacional de nossos
trabalhos: a publicação e a disseminação de reflexões teóricas acerca das aplicações e dos
desdobramentos que os vários modelos apresentam no panorama geral das pesquisas sobre
linguagem da atualidade objetivo primeiro a criação de uma publicação acadêmica
propriamente dita, mas a construção, passo a passo, da pesquisa acadêmica e a respectiva
validação pelo meio científico. Aqui, o importante é formar o jovem pesquisador desde o
período que antecede à obtenção da licenciatura.
GÊNEROS DISCURSIVOS E ARGUMENTAÇÃO
Coordenador: ESTHER GOMES DE OLIVEIRA
Diante do contexto histórico dos estudos a respeito da argumentação, relacionado com a noção
de gêneros discursivos, a argumentação é explorada por diferentes abordagens linguísticas
resultantes de compreensões de linguagem divergentes. O foco de interesse desse projeto de
pesquisa é a construção de sentidos nos diversos gêneros discursivos; para tanto, optou-se por
tratar a argumentação a partir da semântica argumentativa. A teoria da argumentação, de
Oswald Ducrot, justifica-se porque a semântica argumentativa preocupa-se com o uso da
linguagem, pois considera que a análise de textos e a linguística devem ser combinadas de
modo que uma contribua para o entendimento da outra, da mesma forma que o sistema serve
ao uso e o uso serve ao sistema. Nessa perspectiva, a argumentação não é agregada ao
sentido, ela constitui o sentido que, por sua vez, é construído por uma ordem puramente
linguística. No âmbito dos estudos linguísticos, as pesquisas têm tratado da argumentação com
afinco, tanto que é constantemente abordada por diferentes teorias fundamentadas na retórica,
na lógica, na análise do discurso e na semântica linguística. Dentre os enfoques linguísticos da
argumentação, pode-se encontrar o tema relacionado aos estudos sobre os gêneros do
discurso iniciados por Mikhail Bakhtin. Isso porque, por meio da noção dos gêneros do
discurso, a argumentação é concretizada no uso. Essa abordagem da argumentação
associada aos gêneros do discurso converge para os propósitos da pesquisa pretendida que
se propõe a analisar diferentes textos sob a perspectiva da semântica argumentativa para
demonstrar que a argumentação é constitutiva da natureza da língua, ela não é característica
exclusiva do texto dissertativo (classificação tradicional), como se veiculou até pouco tempo.
Todo e qualquer gênero discursivo apresenta marcas linguísticas que imprimem no discurso a
orientação argumentativa pretendida ou não pelo locutor, considerando que a língua, na
perspectiva semântico-pragmática de Oswald Ducrot, é fundamentalmente argumentativa. Se a
língua é fundamentalmente argumentativa, é preciso que se tenha noção de como a
argumentatividade está marcada linguisticamente nos gêneros discursivos, que dê subsídios
para trabalhar com leitura e produção de textos em uma perspectiva semântico-pragmática.
Ressalta-se que, embora a semântica argumentativa constitua o alicerce teórico de base para
as investigações, há necessidade de recorrer à linguística textual para explicar fenômenos
linguístico-argumentativos não contemplados pela teoria da argumentação.
DAS PASSAGENS OU PARA UMA PARTILHA DO SENSÍVEL: EXPERIÊNCIAS ENTRE
LITERATURA E CINEMA
Coordenador: BARBARA CRISTINA MARQUES
O projeto “Das passagens ou para uma partilha do sensível: experiências entre literatura e
cinema”, a ser ofertado pelo Departamento de Letras Vernáculas e Clássicas (LET), surge de
uma série de inquietações referentes às relações entre literatura, cinema e outros audiovisuais
que se mostram, cada vez mais, híbridas, na convergência e nos processos de apropriação e
remediação de outras linguagens, mídias, suportes e materialidades. Essa é uma discussão
que, desde a década de 1960, com o trabalho de McLuhan (1964), e com virada significativa a
partir de 1980 (Gumbrecht, Kittler, Flusser), tem frequentado vigorosamente as reflexões
teórico-críticas de inúmeros pesquisadores em domínio interdisciplinar. Noções como
intermedialidade e materialidade, compreendidas nos estudos de “teoria das mídias” em países
de língua alemã, remediação, convergência (JENKINS, 2009), hibridismo ou hibridação,
midiatização/mediação/medialidade têm aparecido com frequência nos estudos compreendidos
em várias áreas das humanidades e das artes. No campo da teoria da literatura e da literatura
comparada, essas reflexões, e muitas investigações nessa perspectiva, mostram-se muito
apropriadas, ou pertinentes, para se pensar o texto literário na contemporaneidade a se fazer
em camadas com outras linguagens e mídias diversas. Na interface com o cinema, é recorrente
encontrarmos, na base de uma teoria a respeito da relação literatura-cinema/cinema-literatura,
discussões voltadas à prática da adaptação. Do ponto de vista da intermedialidade, pensar
essas relações de modo a buscar por similitudes ou por diferenças entre literatura e cinema
torna, de saída, o próprio entrecruzamento frustrante na medida em que não se observam
outras situações nas quais literatura, cinema e outros media figuram em processos
intermediais. Nessa direção, este projeto de pesquisa propõe um estudo dos diálogos possíveis
entre literatura e cinema de forma a tratar desses objetos crítica e teoricamente em perspectiva
transversal, isto é, na dobra entre os estudos literários e a comunicação.
PROJETOS DE EXTENSÃO
IMPULSO NO CONHECIMENTO DA LÍNGUA PORTUGUESA POR MEIO DOS GÊNEROS
TEXTUAIS DA ESFERA JORNALÍSTICA EM INSTITUIÇÕES DE ENSINO DA REGIÃO DE
LONDRINA / PR
Coordenador: LIDIA MARIA GONCALVES
Este projeto extensionista visa desenvolver um conjunto de práticas de letramento com base
em gêneros textuais da esfera jornalística, levando os alunos das escolas participantes a
refletirem sobre práticas sociais que ocorrem em situações enunciativas concretas. Também
possibilita aos docentes e discentes da UEL, colaboradores do projeto, um caminho para
atuarem como mediadores no desenvolvimento de capacidades de linguagem dos alunos das
escolas atendidas, além de ser um meio de busca de fundamentos teóricos, articulados à
prática de sala de aula, no tocante ao ensino-aprendizagem de língua portuguesa por meio dos
gêneros textuais em circulação na mídia impressa.
ESCOLAS LONDRINENSES DA EJA: TEXTOS DA MÍDIA IMPRESSA NA FORMAÇÃO DE
LEITORES E PRODUTORES TEXTUAIS
Coordenador: LIDIA MARIA GONCALVES
Uma equipe formada por uma professora doutora em letras, alguns alunos da graduação e
pós-graduação em letras, bem como colaboradores externos pretende atuar em escolas de
educação de jovens e adultos (EJA) para contribuir nestas instituições de ensino no tocante à
aprendizagem de língua portuguesa, dada a importância social da formação de leitores e de
produtores textuais. Para tanto, pretendemos desenvolver um projeto extensionista que
estabeleça uma ponte entre os universitários e os alunos que cursam o ensino médio por meio
da EJA. Assim, no espaço acadêmico teremos um grupo de estudo sobre os processos de
leitura e escrita, como também a elaboração de uma proposta metodológica para analisar
textos oriundos da mídia impressa e a aplicação dessas práticas pedagógicas junto aos
estudantes da EJA. Esse processo otimizará a experiência didática dos membros da equipe
universitária, favorecerá o aprofundamento de relevantes teóricos da semântica argumentativa,
da estilística lexical, da linguística textual e da linguística aplicada (como Geraldi, Martins,
Koch, entre outros seguidores de Bakhtin). Além disso, a equipe atendida pelo projeto contará
com um grupo de apoio na recepção/leitura de textos circulantes da mídia impressa,
beneficiando a interação entre textos e leitores, promovendo a análise de aspectos linguísticos
(lexicais, semânticos e estilísticos) e discursivos (situacionais, argumentativos e característicos
do gênero textual). Tal trabalho contribuirá para a interpretação de diferentes textos da esfera
midiática (artigo de opinião, carta do leitor, editorial, notícia, reportagem, entre outros) e
também para a produção de textos que dialoguem com os discursos lidos, no sentido de levar
a uma reflexão sobre temas sociais urgentes (veiculados pela mídia) e ajudar na capacitação
dos alunos da EJA que cursam o nível fundamental e médio e se preparam para a prova de
redação em concursos públicos, dente eles, o vestibular.
O TEXTO: ELEMENTO ARTICULADOR ENTRE O ADOLESCENTE E A CIDADANIA
Coordenador: REGINA MARIA GREGORIO
A extensão universitária é uma ação processual e contínua de caráter educativo, social,
cultural, científico ou tecnológico, com objetivo específico. É a possibilidade que professores e
estudantes têm de colaborar com a comunidade, socializando os conhecimentos acumulados
na academia, buscando melhorar a qualidade de vida daqueles que buscam nos projetos de
extensão algo a mais para si. É próprio desses projetos a relação entre a teoria e a prática, ou
seja, o conhecimento sendo partilhado, saindo da sala de aula e incidindo na sociedade. O
resultado de projetos anteriores, que deram origem a este, tem comprovado um melhor
desempenho dos adolescentes na escola, no entrosamento social e no setor profissional, visto
que a linguagem é, para eles, a ferramenta mais importante na sua relação com o mundo. A
avaliação sempre foi realizada de forma contínua, de processo, sempre analisando as tarefas
realizadas, para sanar as eventuais falhas e realizar um trabalho que efetivamente leve a
atingir a meta almejada – o adolescente-aluno, homem, cidadão. Ao aluno colaborador da UEL
é oferecida a oportunidade de vivenciar a vida profissional, pois ele vai atuar como responsável
por uma sala de aula durante todo o ano letivo. Essa vivência da prática docente permite que
ele possa observar e se envolver inclusive com obstáculos inerentes às atividades cotidianas
de uma escola pública ou de uma instituição educacional, tendo sempre o respaldo do
professor supervisor. Enfim, ao passar por todas as etapas do projeto, o aluno de letras
vernáculas e clássicas, futuro professor, terá a oportunidade de planejar, organizar e executar
unidades de aulas, de extrema importância para sua formação profissional.
DISQUE-GRAMÁTICA
Coordenador: MARIA ISABEL BORGES
O projeto de extensão Disque-Gramática está em andamento desde 1995, sob a coordenação
do professor Joaquim Carvalho da Silva. Trata-se de uma extensão universitária cujo foco é o
atendimento gratuito à comunidade interna da Universidade Estadual de Londrina (UEL) e
externa, incluindo outros estados brasileiros: o público-alvo. Por meio desse atendimento, é
oferecido um suporte para falar, ler e escrever corretamente a língua portuguesa, via consulta
telefônica, virtual (emeio, blogue e "facebook") e pessoalmente. No triênio de 2014 a 2017,
duas ferramentas tecnológicas serão acrescentadas a esse atendimento: blogue e "facebook".
A integração de outras ferramentas ao projeto permitiu-nos traçar os seguintes objetivos
fundamentais: a) atender às dúvidas que as pessoas encontram na expressão corrente da
língua portuguesa; b) construir um blogue e um "facebook" do projeto para ampliar o
atendimento ao público-alvo; c) possibilitar aos discentes participantes do projeto o
aprendizado pela pesquisa e pela prática. Também esperamos contribuir na complementação
dos conhecimentos necessários para a atuação dos futuros professores de língua portuguesa.
Tudo isso visa fortalecer a luta contra a crise do ensino no Brasil, especialmente no que se
refere ao ensino da língua portuguesa na educação básica.
PROJETO DE ENSINO
BILINGUISMO E A PRESENÇA INDÍGENA NA UNIVERSIDADE: UMA TROCA DE SABERES.
Coordenador: LUDOVIKO CARNASCIALI DOS SANTOS
A partir da publicação da Lei Estadual nº 13.134/2001, modificada pela Lei nº 14.995, de 2006,
reservaram-se vagas suplementares para indígenas nas IES estaduais paranaenses, criando
demanda pelo ingresso de estudantes indígenas, com duas situações características: a
evidente diferença cultural, que não é facilmente assimilada pelos demais estudantes,
chegando a resultar em isolamento dos estudantes indígenas, e a baixa qualidade da
escolarização com que chegam à graduação. O curso de Letras Vernáculas, pela primeira vez,
recebe estudantes indígenas, que precisam ultrapassar as duas situações acima para que
logrem êxito formando-se e tendo a possibilidade de contribuir para a visibilidade da população
indígena no paraná. Por isso, propomos o acompanhamento desses estudantes sob três eixos:
i. discussão dos conteúdos trabalhados em sala de aula; ii. comparação das línguas kaingang e
portuguesa, bem como abordagem do contexto bilíngue de nossas estudantes indígenas; iii.
reflexões sobre o contexto intercultural em que se desenvolve a relação ensino-aprendizagem
dos indígenas. Em cada um dos eixos, estarão envolvidos estudantes de graduação do curso
de Letras/UEL e da Pós-Graduação em Estudos da Linguagem/UEL, sob a orientação dos
professores do projeto. Essas ações procuram sistematizar mecanismos de suporte acadêmico
para que o aluno indígena bilíngue possa acompanhar o curso, considerando-se a realidade
político-cultural tão diversa e, ainda, tornar a presença dos acadêmicos indígenas no curso de
Letras um fator decisivo para o desenvolvimento de pesquisas sobre a língua kaingang, bem
como para contribuir com as questões de inclusão social presentes em nossa região.
Fonte: https://www.sistemasweb.uel.br/system/prj/ens/pdf/ens_projetoscadastrados_2016-03-
31_15-47-09.pdf Acesso em: 31/03/2016