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CENTRO UNIVERSITÁRIO LUTERANO DE MANAUS-CEULM CURSO DE ENGENHARIA AMBIENTAL
RAMON RODRIGUES CAMPOS
PROPOSTA DE PROGRAMA DE APOIO A RECICLAGEM E EDUCAÇÃO
AMBIENTAL (PARE) NO CENTRO UNIVERSITÁRIO LUTERANO DE MANAUS
MANAUS
2016
RAMON RODRIGUES CAMPOS
PROPOSTA DE PROGRAMA DE APOIO A RECICLAGEM E EDUCAÇÃO
AMBIENTAL (PARE) NO CENTRO UNIVERSITÁRIO LUTERANO DE MANAUS
Trabalho de Conclusão de Curso II
apresentado ao Curso de Graduação
em Engenharia Ambiental do
Centro Universitário Luterano de
Manaus – CEULM - ULBRA,
como parte dos requisitos para
obtenção do grau de Bacharel em
Engenharia Ambiental.
Orientadora: Profa. DSc. Maryana Antônia Braga Batalha
Souza
MANAUS
2016
Modelo de ficha catalográfica ou dados internacionais de catalogação-na-publicação
(Registro das informações que identificam a publicação na sua situação atual)
LOCALIZAÇÃO: Verso da Folha de Rosto
OBS: Solicitar junto à Bibliotecária após a aprovação e correção do TCC.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
C198p Campos, Ramon Rodrigues. Proposta de programa de apoio a reciclagem e educação ambiental (PARE) no Centro
Universitário Luterano de Manaus. / Ramon Rodrigues Campos. – 2016. 57 f. il.
Trabalho de conclusão de curso (Graduação em Engenharia Ambiental) – Centro Universitário Luterano de Manaus CEULM/ULBRA, Manaus, 2016.
Orientadora Prof.ª DSc. Maryana Antônia Braga Batalha 1. Resíduo. 2. Gestão. 3. Educação. I. Batalha, Maryana Antônia Braga. II. Centro Universitário Luterano de Manaus- CEULM/ULBRA. III. Título.
CDU 504
Biblioteca Martinho Lutero / Setor de Processamento Técnico / Manaus – AM Bibliotecária Kamile Nascimento CRB11 - 672
RAMON RODRIGUES CAMPOS
PROPOSTA DE PROGRAMA DE APOIO A RECICLAGEM E EDUCAÇÃO
AMBIENTAL (PARE) NO CENTRO UNIVERSITÁRIO LUTERANO DE MANAUS
Trabalho de Conclusão de Curso II apresentado ao Curso de Graduação em Engenharia
Ambiental do Centro Universitário Luterano de Manaus – CEULM - ULBRA, como parte dos
requisitos para obtenção do grau de Bacharel em Engenharia Ambiental.
Aprovado em 13 de dezembro de 2016.
Banca examinadora
Prof.ª. DSc. Maryana Antônia Braga Batalha Souza
Centro Universitário Luterano de Manaus CEULM/ULBRA
Prof. MSc. Alan dos Santos Ferreira
Centro Universitário Luterano de Manaus CEULM/ULBRA
Prof. DSc. André Luís Willerding
Centro Universitário Luterano de Manaus CEULM/ULBRA
Dedico este trabalho aos meus pais Valdino Pinheiro Campos e Ivanilda
Rodrigues Campos pelo apoio e incentivo em todos os momentos de
minha vida.
Aos meus professores.
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus, por sempre está iluminando meu caminho.
Aos meus pais Valdino Pinheiro Campos e Ivanilda Rodrigues Campos, por me
apoiarem e acreditarem em mimem todos os momentos da minha vida.
Aos meus familiares e amigos que sempre torceram pelas minhas conquistas e sucesso
na vida.
A professora e orientadora DSc.Maryana Antônia Braga Batalha Souza, pela paciência,
confiança e oportunidade concedida em realizar este trabalho.
Ao professor Prof. MSc. Alan dos Santos Ferreira, pelas sugestões, orientações e pela
amizade.
A todos os professores, que durante todos esses anos de convívio diário, através da
transmissão de seus conhecimentos, proporcionaram a minha formação acadêmica.
Semear ideias ecológicas e plantar
sustentabilidade é ter a garantia de
colhermos um futuro fértil e
consciente. Sivaldo Filho
RESUMO
O Centro Universitário Luterano de Manaus (CEULM-ULBRA) começou suas
atividades em 1992, portanto está atuando na formação de profissionais há mais de 24 anos na
cidade de Manaus. No decorrer dos anos, a instituição foi atendida de forma empírica no que
diz respeito a gestão dos resíduos sólidos. Hoje o sistema de gestão de resíduos ainda não atende
totalmente os critérios de coleta seletiva, reciclagem e educação ambiental, constituindo assim,
uma lacuna a ser preenchida, haja vista, a instituição ser pioneira na formação de profissionais
de engenharia ambiental na cidade de Manaus e Região Norte. Buscando alinhar-se a Lei
12.305/2010 que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, o objetivo principal deste
trabalho é contribuir para a adoção de novas práticas sustentáveis na gestão dos resíduos gerados
na universidade, estimulando a participação positiva do público acadêmico em geral, por meio
de um Programa de Apoio a Reciclagem e Educação Ambiental (PARE). Primeiramente, foi
realizado a verificação da existência de programa de gestão de resíduos em operação no
CEULM/ULBRA, partindo dessa premissa foi elaborado um material informativo, a saber, uma
cartilha explicativa com temas voltados a coleta seletiva, reciclagem e educação ambiental,
contemplando a realidade dos resíduos gerados na instituição. Esse trabalho se justifica pela
necessidade de se adequar os resíduos sólidos gerados no Centro Universitário Luterano de
Manaus às prerrogativas da Lei 12.305/2010, PNRS.
Palavras-chave: Resíduo. Gestão. Educação.
ABSTRACT
The Lutheran University Center of Manaus (CEULM-ULBRA) beganits activities in
1992, there foreit has been workingin the training of professionals formore than 24 years in
thecity of Manaus. Overth eyears, the institutionhas received an empirical answer regarding
the management of solidwaste. Eventoday, the waste management system does notmeet the
criteria of selective collection, recycling and environmental education, thus constituting agap
to befilled, given that the institutionis apioneerin the training of environmental engineering
professionals in thecity of Manausand the North Region, See king to align with Law 12,305/
2010 that establishes the National Solid Waste Policy. The main objective of this work isto
contribute to the adoptionof new sustainable practices in the management of waste generated
in the university, stimulating the positive participation of the academic publicin general,
through a Programto Support Recycling and Environmental Education (PARE). The specific
objectives will be carried out firstly with verification of the existence of awaste management
programin operationat CEULM/ULBRA. Basedon this premise, informative material will be
elaborated, namely explanatory book letwith themes focused on selective collection, recycling
and environmental education contemplating the reality of Wastegenerated in the institution.
Keywords: Waste. Management. Education.
.
LISTA DEFIGURAS
Figura 1 - Fluxo 3R’s................................................................................................................20
Figura 2 – Símbolos da coleta seletiva......................................................................................24
LISTA DE QUADROS
Quadro 1– Composicao do lixo no Brasil .....................................................................................16
Quadro 2- Destino do lixo no Brasil...............................................................................................16
Quadro 3- Estatística da Coleta Seletiva SEMULSP/2014............................................................25
Quadro 4-Vantagens da Compostagem .........................................................................................27
LISTA DE ABREVIATURASE SIGLAS
CEULM Centro Universitário Luterano de Manaus
ULBRA Universidade Luterana do Brasil
PARE Programa de Apoio a Reciclagem e Educação Ambiental
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
ABRELPE Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais
PNRS Política Nacional de Resíduos Sólidos
MMA Ministério do Meio Ambiente
PEV’S Postos de Entrega Voluntária
SEMULSP Secretária Municipal de Limpeza Pública
EA Educação Ambiental
3R’s Reduzir, Reutilizar e Reciclar
PGRS Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO..........................................................................................................14
2 REFERENCIAL TEÓRICO.......................................................................................16
2.1 LIXO GERADO NO BRASIL...................................................................................16
2.2 RESIDUOS SOLIDOS...............................................................................................19
2.3 CONCEITO DOS 3R’S: REDUZIR, REUTILIZAR E RECICLAR.........................20
2.4 CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS........................................................................21
2.5 RECICLAGEM...........................................................................................................21
2.5.1 A IMPORTÂNCIA DA RECICLAGEM...................................................................22
2.6 COLETA SELETIVA.................................................................................................23
2.6.1 COLETA SELETIVA EM MANAUS.......................................................................24
2.7 EDUCAÇÃO AMBIENTAL.....................................................................................25
2.8 COMPOSTAGEM.....................................................................................................26
2.9 COOPERATIVAS DE COLETORES DE RESÍDUOS............................................27
3 METODOLOGIA........................................................................................................29
4 RESULTADOS...........................................................................................................28
5 CONCLUSÃO.............................................................................................................30
REFERÊNCIAS...........................................................................................................31
APÊNDICE A – CARTILHA SOBRE O PROGRAMA DE APOIO A RECICLAGEM E
EDUCACAO AMBIENTAL (PARE).....................................................................................34
APÊNDICE B – QUESTIONARIO SOBRE O “PARE” ......................................................55
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1. INTRODUÇÃO
O Centro Universitário Luterano de Manaus (CEULM-ULBRA) começou suas
atividades 1992 e está atuando na formação de profissionais há mais de 24 anos na cidade de
Manaus. Desde o início de suas atividades até os dias atuais, foram implantados programas de
gestão de resíduos sólidos com o intuito de gerir, da melhor forma possível, o lixo gerado na
instituição. Entretanto, os programas de gestão de resíduos sólidos foram aplicados
basicamente, para o cúmulo e o transporte até o ponto de coleta. Deste modo, se faz necessário
uma aplicação de políticas ambientais voltadas a atender a Lei 12305/2010, que estabelece a
Política Nacional de Resíduos Sólidos.
O reaproveitamento dos resíduos é muito importante, ao contrário do senso comum,
esses materiais definidos como sendo inservíveis, possuem grande potencial de
reaproveitamento, pois em sua maioria podem ser reciclados, contribuindo positivamente para
conservação de recursos naturais não renováveis.
Segundo Dias (2006, p.57) a palavra “lixo” não deve ser mais usada, “lixo” expressa “o
que não presta, não serve para nada”. E esse conceito deve ser substituído pela cultura dos
“resíduos sólidos: matéria-prima a ser reaproveitada” em outros processos.
Uma das formas de lidar como ‘lixo’ é a coleta seletiva e a reciclagem, aliadas a
mecanismos contínuos de educação ambiental, onde os valores das iniciativas de gestão dos
resíduos passa a conduzir processos de destinação ambientalmente adequados, sendo
considerada parte significativa das mudanças necessárias para regular o comportamento dos
geradores.
O meio ambiente em uma realidade que não preconiza a destinação e tratamento
responsável dos resíduos, passa a ser o meio para a eliminação do ‘lixo’ produzido na sociedade,
sendo esta realidade o motivo pelo qual cabem instrumentos de intervenção socioambiental,
que coloca no centro da questão a visão e a abrangência dos valores de uma gestão dos resíduos
proativa e bem executada.
No que tange a instrumentalização de mecanismos de gestão sustentável de resíduos
sólidos, a coleta seletiva surge como solução atraente, pois agrega valores aos resíduos por meio
da separação criteriosa dos tipos de resíduos gerados.
A questão do “lixo” é uma das mais inquietantes, entre os vários problemas ambientais
em todo o mundo civilizado, aponta para a necessidade de haver posturas individuais no
controle da geração e descarte. “Tratar a questão da produção e destinação dos resíduos sólidos
15
é um desafio da qual a solução passa pela compreensão do indivíduo como parte atuante no
meio em que vive” (LEMOS, 1999).
Os resíduos sólidos, também chamado de lixo ou rejeito, sofre um processo de exclusão,
onde é posto para fora de casa, sendo assim, não deve ser deixado em qualquer lugar, uma vez
que sua composição apresenta muitas substâncias que podem causar danos à saúde humana,
seja pelo contato direto ou indireto através de macro e/ou micro vetores, e, ainda causam
impactos negativos ao meio ambiente (AZEVEDO, 1996).
A proposta de implantação de um programa de apoio a reciclagem, coleta seletiva e
educação ambiental no CEULM-ULBRA, visa condicionar o comportamento colaborativo da
comunidade acadêmica e de todo o público frequentador do campus à aderirem a proposta,
valendo-se de material informativo, a saber, uma cartilha educativa voltada a estimular boas
práticas na separação criteriosa dos resíduos gerados na instituição, bem como a destinação
ambientalmente correta dos resíduos orgânicos provenientes das áreas de alimentação, para
processos de compostagem.
16
2. REFERENCIALTEÓRICO
2.1 LIXO GERADO NO BRASIL
A população mundial cresceu de 2,5 bilhões em 1950 para 6,2 bilhões no ano de 2002
(U.S Census Bureau, 2004), atualmente, a taxa de crescimento se aproxima de 1,13% ao ano, o
que nos remete a pensar que o planeta vem sustentando 6,2 bilhões de vidas humanas, e a cada
ano, este valor é incrementado em 74 milhões de pessoas, á vidas, direta ou indiretamente para
consumir recursos naturais e gerar resíduos, criando uma realidade de pressão sobre o suporte
da vida na Terra, o meio ambiente natural.
O Brasil assume sua participação nesta realidade contribuindo com uma população de
190.732.694 pessoas, com um incremento de 12,3% nos últimos dez anos, o que em números
absolutos significa 20.933.524 pessoas (IBGE, 2010).
Quadro 1- Composição do Lixo no Brasil
Tipo Qtda%
Lixo Orgânico 52 %
Papel e papelão 26 %
Metais (Alumínio, ferro, aço e etc.)
2 %
Vidros 2 %
Outros 15 %
Fonte: IBGE/2010.
A destinação do lixo brasileiro segue a seguinte ordem descrita no quadro abaixo.
Quadro 2 -Destino do Lixo no Brasil
Destino Qtda%
Aterros sanitários 53%
Aterros Controlados 23 %
Lixões 20 %
Compostagem e Reciclagem 2 %
Outros destinos 2 %
Fonte: IBGE, 2010.
17
De acordo com dados do Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2010, publicado pela
Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais– ABRELPE,
informa que a geração de resíduos sólidos, no Brasil, registrou um crescimento expressivo entre
2009 e 2010, superando a taxa de crescimento populacional urbano que foi de cerca de 1% no
período.
Um fato importante que corrobora para o panorama em discussão é a economia
brasileira, que cresceu de forma significativa. Hoje o país é considerado emergente, mesmo em
meio a uma crise político-econômica, além de ser também, um dos grandes produtores agrícolas
no cenário mundial com grandes contribuições no fornecimento de alimentos para o mundo. Ao
mesmo tempo, é industrializado, com um parque industrial diversificado e com notória
capacidade de evolução, já percebida por mercados internacionais concernente às reservas de
minerais estratégicos. Diversas estimativas colocam o país como potência para o futuro, tendo
em vista o grande potencial que possui, o que direciona para padrões de consumo da sociedade
cada vez mais elevados.
Com o aumento da população brasileira nos últimos anos e a preocupação com a geração
e o descarte inadequado do lixo, foi criada a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) Lei
nº 12.305/2010, que configura um instrumento importante no avanço necessário ao país, no
enfrentamento dos principais problemas ambientais, sociais e econômicos decorrentes do
manejo inadequado dos resíduos sólidos, são abordados na presente lei, a redução e a prevenção
na geração de resíduos, tendo como proposta, a prática de hábitos de consumo sustentáveis e
um conjunto de instrumentos para proporcionar o aumento da reciclagem e da reutilização dos
resíduos sólidos, mais propriamente, o que tem valor econômico e pode ser reciclado ou
reaproveitado, norteando ainda, a destinação ambientalmente adequada dos rejeitos, ou seja,
que por falta de tecnologias adequadas ainda não pode ser reciclado ou reutilizado em escala
comercial.
A Política Nacional de Resíduos Sólidos(PNRS) institui dentro do universo jurídico a
responsabilidade compartilhada dos atores geradores de resíduos como os fabricantes,
importadores, distribuidores, comerciantes, cidadãos e titulares de serviços de manejo dos
resíduos urbanos, sob a égide da Logística Reversa dos resíduos e embalagens pós-consumo. A
Lei 12.305/2010 postula ainda, a criação de metas importantes que progressivamente evoluíram
para a eliminação dos lixões.
A institucionalização dos instrumentos de planejamento nos níveis nacional, estadual,
microrregional, intermunicipal, metropolitano e municipal abre pontos positivos precedentes na
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tratativa e gestão dos resíduos sólidos urbanos, e ainda, impõe que geradores particulares de
resíduos elaborem seus Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS).
A Política Nacional de Resíduos Sólidos, representa o que temos de mais moderno na
legislação brasileira para o setor da esfera ambiental, colocando o Brasil em patamar de
igualdade com os principais países desenvolvidos. Diante do exposto, observa-se que no cenário
atual muito já foi feito, mas o que fazer para mobilizar mais a população, à assumir seu papel
de protagonista na gestão dos resíduos sólidos gerados, proteção e conservação do meio
ambiente seja ele natural ou artificial?
As mudanças antrópicas as quais são submetido o meio ambiente natural vêm ocorrendo
no mundo desde a Revolução Industrial (1760 a 1860 – primeira etapa) e com maior magnitude
nos últimos anos, fazendo com que a problemática ambiental esteja cada vez mais em evidência,
e dessa forma, aumentam as pressões acerca da correta utilização dos recursos naturais,
renováveis ou não. O que é produzido de resíduo pela sociedade precisa ser tratado de forma
responsável com a devida técnica, minimizando os impactos negativos gerados.
A realidade brasileira compõe um quadro de grandes prejuízos ao meio ambiente, pois
cerca de metade dos municípios do país descarta os resíduos de forma errada, em vazadouros
ou lixões sem quaisquer consideração acerca dos impactos negativos causados ao meio
ambiente. O lixo descartado de forma incorreta pode gerar danos, não só ao meio ambiente em
geral, mas especificamente à água superficial e subterrânea, ao ar e ao solo, assim como, riscos
à saúde pública e à segurança das pessoas, seja de forma direta ao causar inúmeras doenças, ou
de forma indireta, como, por exemplo, maximizando o efeito das enchentes, evidenciando a
importância de acondicioná-los e descartá-los de forma adequada.
Na realidade amazônica essa problemática ganha outras proporções, por se tratar de uma
região de grande influência hídrica, com agrupamentos humanos espalhados pelo vasto
território com diversas especificidades, o que reflete um cenário preocupante e de difícil
gerenciamento, cabendo estratégias audaciosas na mitigação dos impactos negativos.
Os referenciais acima citados, servem de base fundamental para expressar a importância
dos aspectos envolvidos nesta proposta, onde se busca interferir na tratativa do manejo de
resíduos sólidos, ou ainda sugerir intervenções onde não exista. Portanto pertinente se faz a
formulação do Programa de Reciclagem e Educação Ambiental do Centro Universitário
Luterano de Manaus, que contribuirá positivamente para o panorama municipal de gestão dos
resíduos sólidos.
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2.2 RESÍDUOS SÓLIDOS
A Lei n. 12.305 (BRASIL, 2010). Define resíduos sólidos como sendo:
[...]material, substância, objeto ou bem descartado resultante de atividades
humanas em sociedade, a cuja destinação final se procede, se propõe
procede ou se está obrigado a proceder, nos estado sólido ou semissólido,
bem como gases contidos em recipientes e líquidos cujas particularidades
tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou em corpos
d'água, ou exijam para isso soluções técnica ou economicamente inviável
em face da melhor tecnologia disponível.
Para Gonçalves (2005), lixo é designado como todo material inútil, descartável que se
joga fora, geralmente, em lugar público. Pode ser composto por: material orgânico (sobras de
comidas), o que representa cerca de 65% a 70% nos países em desenvolvimento; rejeitos como
(lixo de banheiro, pilhas, lâmpadas), corresponde em 5% da massa total dos resíduos, ou seja,
o lixo propriamente dito que não é passível de reciclagem, reuso ou compostagem. Os materiais
recicláveis como (plásticos, papéis, metais e vidros) compõem aproximadamente 25% a 30%
do peso bruto do lixo, mas em contra partida, representa a maior parcela em volume.
Segundo Dantas (2001), os resíduos sólidos são materiais heterogêneos, (inertes,
minerais e orgânicos), resultante das atividades humanas e da natureza, os quais podem ser total
ou parcialmente utilizados, gerando, entre outros aspectos, proteção à saúde pública e economia
de recursos naturais.
Para Naime (2010), atualmente há uma compreensão que os materiais separados,
passíveis de reciclagem ou reaproveitamento recebem tratamento de resíduos sólidos, enquanto
os materiais misturados e acumulados têm mais uma conotação de lixo.
Os resíduos sólidos são reconhecidos como objetos reutilizáveis e recicláveis que devem
ser tratados pelas tecnologias disponíveis. Aquilo que não é recuperável é denominado de rejeito
e tem como destinação a disposição adequada no solo (BRASIL, 2010), ou seja, nos aterro
sanitários, onde por força da lei, deve ser realizado o tratamento de efluentes para impedir a
degradação ambiental do solo e das águas.
Entretanto, a definição utilizada é a de que o lixo, é o que ninguém quer ou que não tem
valor comercial. Neste caso, pouca coisa jogada fora pode ser chamada de lixo segundo
(PELIZZOLI, 2002).
20
2.3 CONCEITO DOS 3R’ S: REDUZIR, REUTILIZAR E RECICLAR
A gestão de resíduos sólidos de modo geral, deve ter como um dos seus objetivos
reduzir a geração dos mesmos e a quantidade de materiais a serem destinados para o sistema de
disposição final. Isso só pode ser alcançado, reduzindo-se a geração de resíduos sólidos e
promovendo o reaproveitamento de materiais, através da reutilização e da reciclagem (MOTA,
2000).
Os benefícios a redução e do reaproveitamento de resíduos são de grande relevância,
abrangendo os aspectos socioambientais e econômicos. A gestão de resíduos sólidos deve ser
feita observando as prioridades no conceito dos 3R’s. Antes do destino final, deve-se adotar
medidas, afim de reduzir, reutilizar e reciclar os resíduos sólidos, o que é possível adotando os
seguintes conceitos:
Reduzir – fator envolvido no processo deve aprender a reduzir a quantidade do lixo que
gera, sempre que possível. Deve entender que a redução não significa diminuir seu padrão de
vida. É simplesmente uma questão de reordenar os materiais que usamos no dia a dia. Uma das
formas de se tentar reduzir a quantidade de lixo gerada é combatendo o desperdício de produtos
e alimentos consumidos.
Reutilizar – existem inúmeras formas de reutilizar os mesmos objetos, até por motivos
econômicos. Por exemplo, escrever nos dois lados da folha de papel, usar embalagens
retornáveis e reaproveitar embalagens descartáveis para outros fins dentre outros.
Reciclar – a reciclagem constitui o terceiro ponto do tripé, sendo a alternativa quando
não é mais possível reduzir nem reutilizar.
Figura 1-Fluxo 3R’s
Fonte: Tavares (2011).
21
2.4 CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS
Entender a origem, composição e a classificação, representa vantagem na determinação
do processo mais adequado no tratamento dos resíduos sólidos. Segundo (CALDERONI, 2002),
os resíduos originários das diversas atividades econômicas podem ser classificados da seguinte
forma:
Resíduo domiciliar é aquele originado do cotidiano das residências constituído de
restos de alimento (cascas de frutas, verduras, etc.) produtos deteriorados, jornais e revistas,
garrafas, embalagens em geral, papéis higiênicos, fraldas descartáveis e uma grande diversidade
de outros itens.
Resíduo comercial é aquele originado dos diversos estabelecimentos e de serviços, tais
como supermercados, estabelecimentos bancários, lojas, bares, restaurantes, etc. O resíduo
desses estabelecimentos e serviços tem um forte componente de papel, plásticos, embalagens
diversas, e resíduos de asseios dos funcionários (papel toalha, papel higiênico, etc.).
Resíduo público é aquele originado dos serviços de limpeza pública e urbana, incluindo
todos os resíduos de varrição das vias públicas.
Resíduo de serviços de saúde e hospitalar (hospitais, clínicas, laboratórios, farmácias,
clínicas veterinárias, postos de saúde, etc.) geram resíduos sépticos, ou seja, que contêm ou
potencialmente podem conter germes patogênicos. São agulhas seringas, gazes, bandagens,
algodões, órgão e tecidos removidos, meios de culturas e animais usados em teste, sangue
coagulado, luvas descartáveis, remédios com prazo de validade vencido, filmes fotográficos de
raios-X, e outros. Os resíduos assépticos destes locais são considerados como domiciliares.
O cenário no Centro Universitário Luterano de Manaus, não contempla grande
diversidades de resíduos gerados, entretanto, podem ser classificados os resíduos gerados como
domiciliar e comercial, elevando-se em consideração o volume, a proposta de se implantar a
coleta seletiva na universidade, ganha significado, representando ganhos positivos para a
instituição e o público frequentador em geral.
2.5 RECICLAGEM
O conceito de reciclagem é simples: Trata-se de pegar algo que não tem mais utilidade
na aplicação original e transformá-lo em matéria-prima para que se transforme em item igual,
ou sem relação com o anterior. Isto é feito de várias maneiras e vemos o resultado desse
22
processo no nosso cotidiano. Segundo a Lei Nº 12.305, de 2 de Agosto de 2010, que Institui a
Política Nacional de Resíduos Sólidos no Capítulo II, na parte de Definições, esclarece:
Art. 3º Para os efeitos desta Lei, entende-se por:
XIV -reciclagem: processo de transformação dos resíduos
sólidos que envolve a alteração de suas propriedades
físicas, físico-químicas ou biológicas, com vistas à
transformação em insumos ou novos produtos, observadas
as condições e os padrões estabelecidos pelos órgãos
competentes do Sisnama e, se couber, do SNVS e do
Suasa.
A Reciclagem também visa reduzir a retirada de matérias-primas da natureza, a exemplo
do papel que, segundo a Revista do Meio Ambiente (2009), a reciclagem de cerca de 50kg de
papel evita o corte de uma árvore para a produção dessa mesma quantidade de papel. Além
disso, a reciclagem ainda possui sua contribuição sócio econômica, possibilitando a geração de
trabalho e renda a partir dessa prática.
Reciclar é tornar a usar o que já foi usado- até, em alguns casos, infinitas vezes. Assim,
não é preciso tirar da natureza, novamente, aquilo que ela já nos deu. Reciclar é combater o
desperdício. É garantir o futuro, copiando a sabedoria da própria natureza (CMRR, 2008, p.5).
No Brasil (SCHOLZ, 2002), muito pouco do que se produz de lixo é reciclado ou
reaproveitado. O maior motivo na baixa taxa de reciclagem no Brasil ainda é o modelo de coleta
vigente em muitas cidades brasileiras, que impossibilita maior valorização do material,
comprometendo o desenvolvimento de programas eficientes de reciclagem e reaproveitamento
do lixo orgânico, o que só é possível com uma coleta eficiente e organizada.
A implantação de um Programa de Apoio a Reciclagem e Educação Ambiental- (PARE)
no CEULM/ULBRA, representará um marco institucional importante, haja vista, a instituição
ser pioneira na formação de profissionais de engenharia ambiental, o que requer da mesma,
papel de destaque na gestão corretas dos resíduos gerados em suas dependências.
2.5.1 A IMPORTÂNCIA DA RECICLAGEM
O meio ambiente é a plataforma de suporte de vida no planeta Terra, incluindo a vida
humana. É nele que se vive, e é dele que se retiram recursos naturais necessários para a
formatação dos ambientes antropizados. Porém, mesmo com todo o desenvolvimento
23
tecnológico, ainda somos deficitário sem reverter, minimizar ou controlar grande parte dos
problemas ambientais que geramos, má manutenção do nosso modo de vida, principalmente os
que envolvem, à exploração excessiva de recursos e ao descarte inadequado de resíduos sólidos.
E é neste contexto que a reciclagem se aloca, como ferramenta para atenuar os problemas de
geração de resíduos. Segundo Brasil e Santos (2004, p.70),” reciclar é economizar energia,
poupar recursos naturais e trazer de volta ao ciclo produtivo o que é jogado fora”. Sendo assim,
a importância da reciclagem consiste em estancar o fluxo direto do descarte e direcionar os
resíduos para processos de reaproveitamento e inserção em outros processos. Através da
aplicação do processo da reciclagem, é possível reaproveitar matéria-prima que já foi utilizada,
contribuindo assim, para a redução da poluição e para a preservação dos recursos naturais.
A reciclagem pode gerar uma série de importantes benefícios sociais. Em
primeiro lugar, trata-se de um comportamento que aumenta a consciência
ecológica na comunidade despertando os cidadãos para mudanças de atitudes
em prol do meio ambiente. [...]A reciclagem também gera benefícios diretos
na economia local já que ela, além de gerar empregos, ainda corrobora para
a injeção de recursos na economia local. Isso tudo aliado ao fato de que a
maioria das empresas que atuam no ramo da reciclagem não necessita de
grandes investimentos (PINTO-COELHO, 2009, p.323).
2.6 COLETA SELETIVA
A Coleta Seletiva de Lixo é um processo socioambiental que se baseia no recolhimento
de materiais potencialmente recicláveis (papéis, plásticos, vidros, metais) previamente
separados na origem do processo de geração.
Como considerável aumento da consciência ecológica das populações urbanas, surgiram
diversas alternativas para se aproveitar os produtos contidos no lixo urbano. No caso dos
resíduos sólidos domésticos as principais alternativas restringem-se a implementação de
programas de coleta seletiva em áreas ou bairros selecionados das cidades, nos quais podem ser
aproveitados vidros, plásticos, metais e papéis (RIBEIRO&BESEN, 2007). Segundo
(BRINGHENTI, 2004), um dos instrumentos mais eficientes de gestão ambiental em perímetro
urbano, aplicado em muitos países, é o da coleta seletiva. Este instrumento gestor objetiva a
recuperação de materiais recicláveis. A coleta seletiva representa uma etapa importante do
processo de gestão dos resíduos sólidos, uma vez que a ação seletiva de separação, organiza os
24
resíduos para as etapas posteriores da reciclagem, agregando valor, e atribuindo status de
matéria-prima.
A coleta seletiva e a reciclagem são consideradas partes da mudança de um costume
abusivo onde o meio ambiente é o responsável pela eliminação dos resíduos produzidos pelos
humanos, e que segundo Dias (2006) uma pessoa chega a produzir 1kg de resíduo por dia no
mundo.
“A coleta seletiva constitui processo de valorização dos resíduos, em que estes são
selecionados e classificados na própria fonte geradora, visando seu reaproveitamento e
reintrodução no ciclo produtivo” (DIDONET, M.1999, p.17).
Figura 2- Símbolos da coleta seletiva
Fonte: (Inspirada na Resolução CONAMA 275).
2.6.1 Coleta Seletiva em Manaus
A Secretária municipal de limpeza pública-SEMULSP, atualmente, apoia cerca de 200
catadores de resíduos, distribuídos em 17 entidades (entre núcleos e associações). Em
concordância com a Política Nacional de Resíduos Sólidos, a Prefeitura de Manaus, por meio
da SEMULSP, já viabilizou o aluguel de 4 galpões para acomodar as associações e melhorar as
condições de trabalho desses profissionais. No ano de 2014, a coleta Seletiva do Sistema de
Limpeza Pública de Manaus foi responsável pelo recolhimento de 11.388,50 toneladas de
materiais recicláveis, o que permitiu a recuperação de materiais recicláveis em 1,2%.
O quadro abaixo expõe as modalidade de coleta e os valores coletados em toneladas,
bem como os percentuais alcançados em cada tipo de coleta em 2014.
25
Quadro 3 -Estatística da Coleta Seletiva SEMULSP/ 2014
Tipo Quantidade coletada 2014 (toneladas) %
Porta a porta 792,2 6,96%
Centro 10.358,2 90,95%
Semulsp 238,1 2,09%
Total 11.388,5 100%
Fonte: adaptada de SEMULP (2014).
2.7 EDUCAÇÃO AMBIENTAL
A educação ambiental é o instrumento, em que se atua, na formação de pessoas
capacitadas em disseminar, uma nova forma de enxergar a realidade do meio ambiente que os
cercam. Permite que o conhecimento seja compartilhado de forma direta e indireta entres os
atores do processo, podendo chegar além das fronteiras do sistema de gestão de resíduos sólidos.
O Ministério do Meio Ambiente (MMA) em 1999 através da Lei 9.795 define a Política
Nacional de Educação Ambiental. Segundo a política, a educação ambiental é um componente
essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em
todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não formal. Portanto
a Educação Ambiental surge como ferramenta importante na formulação do entendimento da
população acerca da gestão e proteção do meio ambiente.
Conceituando Educação Ambiental podemos colocá-la como sendo, os processos por
meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos,
habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de
uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade (Lei
9.795/1999).
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Ambiental, Lei 9.795/1999 Art.2°, é
mencionada como:
“A Educação Ambiental é uma dimensão da educação, é atividade
intencional da prática social, que deve imprimir ao desenvolvimento
individual um caráter social em sua relação com a natureza e com os outros
seres humanos, visando potencializar essa atividade humana com a finalidade
de torná-la plena de prática social e de ética ambiental.”
26
O entendimento sobre Educação Ambiental é largamente discutido e debatido, tema de
grande controvérsia na sociedade global. Segundo QUINTAS, J.S., 2013, a Educação
Ambiental (EA) deve proporcionar as condições para o desenvolvimento das capacidades
necessárias; para que grupos sociais, em diferentes contextos socioambientais do país,
intervenham, de modo qualificado tanto na gestão do uso dos recursos ambientais quanto na
concepção e aplicação de decisões que afetam a qualidade do ambiente, seja físico- natural ou
construído, ou seja, educação ambiental como instrumento de participação e controle social na
gestão ambiental pública.
Carvalho (2004, p. 158) apresenta também que:
Seja no âmbito da escola formal, seja na organização comunitária, a EA
pretende provocar processos de mudanças sociais e culturais que visam obter
do conjunto da sociedade tanto a sensibilização à crise ambiental e à urgência
em mudar os padrões de uso dos bens ambientais quanto o reconhecimento
dessa situação e a tomada de decisões a seu respeito– caracterizando o que
poderíamos chamar de um movimento que busca produzir novo ponto de
equilíbrio, nova relação de reciprocidade, entre as necessidades sociais e
ambientais.
2.8 COMPOSTAGEM
Dá-se o nome de compostagem ao processo biológico de decomposição da matéria
orgânica contida em restos de origem animal ou vegetal. Este processo tem como resultado final
um produto que pode ser aplicado ao solo para melhorar suas características, sem ocasionar
riscos ao meio ambiente.
Há muito tempo, a compostagem é praticada no meio rural utilizando-se de restos
vegetais e esterco animal. Pode-se, também, utilizar a fração orgânica do lixo domiciliar, desde
que de forma controlada, em instalações chamada usinas de triagem e compostagem. No
contexto brasileiro, a compostagem tem grande importância, já que cerca de 50% do lixo
municipal é constituído por matéria orgânica.
27
Quadro 4 –Vantagens da compostagem
Vantagens da Compostagem:
• economia de aterro;
• aproveitamento agrícola da matéria orgânica;
• reciclagem de nutrientes para o solo;
• processo ambientalmente seguro;
• eliminação de patógenos.
Fonte: CEMPRE (1995)
2.9 Cooperativas de Coletores de Resíduos
Existem em Manaus 8 (oito) cooperativas credenciadas, 5 (cinco) Núcleos de catadores
e 4 (quatro) Grupos independentes de catadores de resíduos com cerca de 260 catadores
cadastrados pela Prefeitura (SEMUSP, 2015), divididos entre associações, cooperativas e
núcleos, recebendo suporte da Semulsp. Uma possível parceria com a classe poderia ser de
grande importância para instituição um salto de responsabilidade social pós consumo, uma vez
que os resíduos gerados no CEULM/ULBRA poderiam ser disponibilizados para esse fim.
As cooperativas e afins recebem apoio da Secretária municipal de limpeza pública-
SEMULSP, onde já foi disponibilizado através do programa “Dê a Mão para o Futuro:
Reciclagem, Trabalho e Renda” espaços físicos (galpões) para a instalação das cooperativas,
bem como toda a infraestrutura de máquinas e equipamentos como esteiras e mesas de triagem,
prensas ,big bags (grandes sacolas usadas para coletar os produtos), balanças, elevadores de
fardos, trituradores de vidro, fragmentadores de papéis, fragmentadores de PETs, carrinhos,
computadores, equipamentos de proteção individuais, entre outros itens (SEMULSP, 2015).
Toda essa infraestrutura de apoio a coleta seletiva por parte da prefeitura de Manaus e
cooperativas, núcleos de coletores e grupos independentes compõe espaço promissor para se
firmar parcerias com esses atores municipais e destinar os resíduos sólidos produzidos no
CEULM/ULBRA para esse caminho de destinação ambientalmente correto.
28
3 METODOLOGIA
Primeiramente partiu-se da análise itálico para identificar a existência de mecanismos
de coleta seletiva, educação ambiental e reciclagem de resíduos sólidos gerados no Centro
Universitário Luterano de Manaus.
Na segunda fase buscou-se identificar o público alvo da proposta, haja vista a faculdade
funcionarem período integral, pela manhã alunos do ensino fundamental e médio, e no período
da noite alunos dos cursos superiores e funcionários e outros frequentadores do
CEULM/ULBRA.
Na terceira fase, foi elaborado uma cartilha explicativa expondo os valores da coleta
seletiva, reciclagem e educação ambiental na instituição, o conteúdo da cartilha, está voltado a
realidade da Universidade, abordando o tipo de resíduo gerado na rotina do campus.
29
4 RESULTADOS
O Centro Universitário de Manaus, não possui política interna de coleta seletiva e
reciclagem, todo o resíduo gerado é acumulado em recipientes sem identificação de seletividade
por tipo de resíduo, e encaminhado ao sistema de limpeza pública como destinação final.
A educação ambiental é pouco difundida na universidade, tendo apenas o incentivo para
a redução de uso de papel toalha nos banheiros, copos plásticos e água nos setores onde estão
localizados os bebedouros, com sugestão de adoção de recipientes reutilizáveis para o consumo
de água, o que foi bem aceito por parte da comunidade acadêmica, fato de fácil percepção, haja
vista o grande número de pessoas com recipientes como garrafas térmicas e até o uso de garrafas
pet de 600ml como recipientes de consumo individual de água, o que aponta para um cenário
promissor para adoção de outras práticas de gestão de resíduos e desperdício na instituição.
Nos setores das cantinas, ou praça de alimentação onde se gera o maior volume de
resíduo não há incentivo ou qualquer apelo no sentido da seletividade dos resíduos, o que
favorece a mistura de lixo, possivelmente reciclável, com o resíduo orgânico, o que compromete
programas de compostagem para produção de composto orgânico, o que poderia encontrar
destinação nos serviços de jardinagem na universidade. O mesmo cenário pode ser percebido
nas outras dependências do CEULM/ULBRA, como salas de aula, quadra de esporte,
estacionamento, corredores de acesso, salas de espera, área de convivência entre outros espaços.
O fato de não haver seletividade dos resíduos na instituição, torna parcerias com
instituições de coletores, como cooperativas dentre outras, ou até mesmo coletores individuais
impossível, pois o principal atrativo para essas cooperativas é a seletividade dos resíduos.
A não utilização do método da compostagem dos resíduos gerados diariamente na
instituição, representa um ponto negativo importante, uma vez que o composto orgânico
resultante da compostagem, poderia compor adubo para os trabalhos de manutenção dos jardins
da instituição, representando economia coma aquisição de adubos industrializados e destinação
ambientalmente corretados resíduos orgânicos.
30
5 CONCLUSÃO
A implantação de programa de apoio a reciclagem e coleta seletiva na instituição,
poderá gerar um volume menor de resíduo e favorecer a segregação dos resíduos
recicláveis, o que caberia a instituição firmar parcerias com cooperativas de coletores, o
que contemplaria as prerrogativas da Lei 12.305/2010, trazendo benefícios
socioambientais importantes para instituição e comunidade acadêmica em geral, além de
servir como exemplo para outras universidades que não possuem programa de apoio a
reciclagem e coleta, sensibilizando cada gerador de resíduo a dar uma destinação final
adequada.
A cartilha explicativa do Programa de Apoio a Reciclagem e Educação Ambiental
poderá ser empregada em campanhas futuras de educação ambiental, podendo passar por
todos os níveis de ensino da universidade, ressaltando os valores da instituição e
reforçando o compromisso de gerir de maneira sustentável os resíduos e o meio ambiente.
Propostas como a que compõe este trabalho, representam um passo importante
para equilibrar a geração de resíduos e a destinação responsável destes, contribuindo para
uma tomada de decisão por parte do gerador individual mais consciente e colaborativa
para qualquer sistema de gestão de resíduos sólidos favorecendo o meio ambiente, seja
natural ou artificial.
Em anexo contém um questionário, aonde o mesmo faz uma pesquisa, para que
possa ser avaliado sobre o conhecimento e atitudes do gerador de resíduos, poderá ser
usado para as melhorias futuras da proposta do Programa de Apoio a Reciclagem e
Educação Ambiental dentro do Centro Universitário Luterano de Manaus - CEULM.
31
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17 Dez. 2012.
Lei Nº 1705 de 27/12/2012- Dispõe sobre a coleta, reutilização, reciclagem, tratamento e
disposição final de lixo tecnológico no município de Manaus.
34
Decreto Nº 2348 de 13/05/2013 - Fixa preço público para destinação final de resíduos
sólidos que especifica no aterro municipal.
A Lei nº 1.411/2010 - Considerados resíduos domiciliares os resíduos comuns originados
em residências, os resíduos de estabelecimentos públicos, institucionais, de prestação de
serviços, comerciais e industriais Classe II ABNT
LEI N.º 1.404, DE 18 DE JANEIRO DE 2010.
DISPÕE sobre a implantação de coleta seletiva de lixo em shopping centers e centros
comerciais no município de Manaus e dá outras providências.
DECRETO Nº 1.349, DE 9 DE NOVEMBRO DE 2011
APROVA o Plano Diretor Municipal de Resíduos Sólidos de Manaus, na forma do Anexo
Único deste Decreto.
PORTARIA Nº 011/2012, DE 14 DE MARÇO DE 2012
Proíbe o descarte para destinação final e tratamento dos denominados “resíduos de terceiros”
nas dependências do Aterro de Resíduos Sólidos Públicos do Município de Manaus e dá outras
providências.
LEI N.º 605, DE 24 DE JULHO DE 2001
INSTITUI o Código Ambiental do Município de Manaus e dá outras providências.
LEI Nº 1.648, DE 12 DE MARÇO DE 2012
INSTITUI o Programa de Reciclagem, Reutilização ou Reaproveitamento de garrafas de
tereftalato de polietileno (PET) ou plásticas em geral no município de Manaus e dá outras
providências.
34
APÊNDICE A – PROGRAMA DE APOIO A RECICLAGEM E EDUCAÇÃO
AMBIENTAL
CENTRO UNIVERSITÁRIO LUTERANO DE MANAUS CEULM/ULBRA CURSO DE ENGENHARIA AMBIENTAL
PROGRAMA DE APOIO A RECICLAGEM E EDUCAÇÃO AMBIENTAL (PARE)
ALUNO: RAMON RODRIGUES CAMPOS
COORDENADORA: DSc MARYANA
ANTÔNIA BRAGA BATALHA SOUZA
35
APRESENTAÇÃO
O Centro Universitário Luterano de Manaus (CEULM-ULBRA)
começou suas atividades 1992, portanto está atuando na formação de
profissionais há mais de 24 anos, na cidade de Manaus. Por seu
pioneirismo na formação de profissionais de engenharia ambiental desde
(1996), a instituição passa a se posicionar junto à comunidade manauara
de forma positiva na gestão dos resíduos sólidos gerados em suas
dependências.
Esta cartilha tem o objetivo de orientar e incentivar o público
acadêmico a adotar boas práticas sustentáveis de separação de resíduos
sólidos e educação ambiental no Centro Universitário Luterano de
Manaus.
Todos os participantes podem avaliar quais os principais resíduos
que as atividades do dia a dia geram, dando sugestões e adotando
medidas para evitar a geração destes, prioritariamente, seguido das
alternativas de minimização, reutilização e reciclagem. Essas práticas
contribuíram para tornar a Ulbra Manaus cada vez mais sustentável,
protegendo o meio ambiente e assegurando melhor qualidade de vida para
todos.
Para os resíduos que não podem ser evitados, são dadas algumas
orientações nesta cartilha, visando assegurar o sucesso da coleta
seletiva.
O QUE É COLETA SELETIVA? “A coleta seletiva constitui processo de valorização dos resíduos,
em que estes são selecionados e classificados na própria fonte geradora,
visando seu reaproveitamento e reintrodução no ciclo
produtivo” (DIDONET, M. 1999).
O QUE É RECICLAGEM? É o processo de transformação dos resíduos sólidos que envolve a
alteração de suas propriedades físicas, físico-químicas ou biológicas, com
vistas à transformação em insumos ou novos produtos, observadas as
condições e os padrões estabelecidos pelos órgãos competentes do
Sisnama (PNRS,2010).
36
BENEFÍCIOS DA COLETA SELETIVA:
Diminui a exploração de recursos naturais.
Reduz o consumo de energia e água.
Diminui a poluição do solo, da água e do ar.
Prolonga a vida útil dos aterros sanitários.
Possibilita a reciclagem de materiais que iriam para o lixo.
Diminui custos de produção, com o aproveitamento de recicláveis pelas
indústrias.
Diminui os gastos com a limpeza urbana.
Cria oportunidade de fortalecer organizações cooperativas.
Possibilita geração de emprego e renda pela comercialização dos
recicláveis.
Melhora as condições de trabalho dos catadores de recicláveis.
COMO REALIZAR A COLETA SELETIVA?
A coleta seletiva pode ser realizada seguindo o que indica a Resolução
CONAMA nº 275, quanto ao uso de recipientes coletores, que distingue
os tipos de coletores pelas cores, o que recomenda cada tipo de resíduo
que cada coletor pode receber. Cada coletor também possui um símbolo
que identifica o tipo de resíduo, o que facilita na hora de identificar qual o
coletor correto.
Figura 1– Cores e símbolos da coleta seletiva
Fonte: (CEMPRE, 2015)
37
NÃO RECICLÁVEL OU
RESÍDUO RECICLÁVEL COM LIMITAÇÕES PARA
A RECICLAGEM
Papel
Plástico
Metal
Vidro
Orgânicos
Serviços de
Saúde
Jornais, revistas;
cartões; envelopes;
folhas de caderno;
embalagens de ovo;
papelão, etc.
Garrafas, sacos; frascos de
xampu e detergente;
embalagens de margarina e
de material de limpeza;
canos; tubos, etc.
Latinhas de aço, latinhas de
alumínio; panelas; pregos;
fios; arames; sucatas de
automóveis, etc.
Garrafas, copos; potes;
Frascos; cacos, etc.
Fotografias, papéis metalizados, plastificados,
Carbonados; papéis de fax; papéis sujos, etc.
Cabos de panelas; tomadas e materiais de acrílico em
Geral, etc.
Clipes, grampos; esponjas de aço; latas de tinta ou
Com materiais tóxicos, etc.
Espelhos, lâminas; fibra de vidro; tubos de tv;
porcelana; cerâmica; ampolas de remédios; vidro
temperado, etc.
Restos de alimentos;
Resíduos de poda, etc.
Resíduos orgânicos que tenham mantido contato com
secreções, excreções ou outro fluido corpóreo, etc.
Resíduos comuns - não
entram em contato com
pacientes (escritório, restos
de alimentos etc.).
Resíduos Perfuro cortantes (bisturis, agulhas, lâminas
etc.); resíduos infectantes (sépticos – sangue, tecidos,
cultura, vacina vencida etc.); resíduos químicos;
resíduos especiais (rejeitos radioativos;)
Outros
Embalagens longa-vida;
Isopor; resíduos da
construção civil (cerâmica,
madeira, gesso, terra,
entulhos etc.).
Resíduos inorgânicos sujos e/ou contaminados
Fontes: Ministério do Meio Ambiente; Ministério das Cidades; Movimento Nacional dos Catadores de Materiais
Recicláveis (MNRC); Compromisso Empresarial para a Reciclagem (Cempre); Indicadores de Desenvolvimento
Sustentável de 2010 do IBGE; Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
38
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6.
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6.
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16
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O QUE FAZER COM OS RESÍDUOS INORGANICOS DA COLETA SELETIVA?
Ao contrário dos resíduos orgânicos,
o lixo inorgânico é todo o material
que não possui origem vegetal ou
animal, mas sim tudo aquilo que foi
produzido através de meio humanos.
Exemplos: sacos, plásticos, garrafas
de plástico, vidro, isopor etc.
Pelotão Eco Vidas, 2011.
Coleta seletiva
Ceasa compras, 2016.
CEMPRE, 2015.
Entendeu né!
não tem erro!
Alvinho Patriota, 2016.
Ricardo Breda, 2013.
Ceasa compras, 2016. É só lembrar que o
planeta é seu também,
participe.
39
O QUE É POSSÍVEL FAZER COM OS RESÍDUOS ORGÂNICOS DA COLETA SELETIVA?
Compostagem:
Os resíduos orgânicos, como folhas, papel e restos de comida,
podem ser transformados em ADUBO, através de processo biológico
realizado por microrganismos. Este material pode ser aplicado para
paisagismo, jardins e hortas no CEULM/ULBRA.
Fonte: EMBRAPA, 2005.
QUAIS OS BENEFÍCIOS DESTE PROCESSO?
O ADUBO melhora a qualidade do solo e reduz a contaminação e poluição ambiental; estimula o exercício à cidadania pela contribuição na diminuição de resíduos destinados aos aterros sanitários; melhora a eficiência dos fertilizantes químicos; economiza espaços físicos em aterros sanitários; recicla os nutrientes e elimina agentes patogênicos dos resíduos domésticos (EMBRAPA, 2005).
Fonte: Tônia Amanda Paz dos Santos, 2011.
40
APRENDENDO A FAZER COMPOSTAGEM Produzir adubo no CEULM/ULBRA é uma prática fácil de
fazer, pois, toda matéria prima a ser usada é obtida de resíduos
orgânicos como o lixo doméstico das cantinas e os restos de
culturas (folhas, ramos, cascas de frutos, etc.) das podas e
jardinagem, ou seja, toda matéria que se joga fora (descarta).
O que pode ser usado?
Grupos Verdes (Nitrogênio)
Arroz,
Biscoitos,
Borras e coadores de papel
de café,
Cascas de batatinha,
mandioca e etc....
Cascas de frutas,
Cascas de ovos,
Cereais,
Esterco de galinha, gado ou
cavalo (animais
herbívoros),
Farinhas, Folhas e
sacos de chá,
Hortaliças,
Legumes,
Massas,
Pão.
Restos de comida de
cozinha (sem gordura ou
muito e sal).
Grupos Castanho ou Marrom
(Carbono) Aparas de
ervas, raízes
Aparas de madeira e serragem
Arbustos e árvores
Capim seco
Cascas de árvores
Folhas secas
Grama seca
Restos de podas e jardinagem secos
Lembre-se a presença de
verdes e castanhos em
proporções adequadas
garante uma boa
compostagem.
CanStock, 2016.
41
COMPOSTAGEM EM POUCOS PASSOS
1º Passo: Escolha do Local; A área escolhida deve apresentar pouca declividade;
proteção de vento e insolação direta; ser de fácil acesso, permitindo o reviramento
da mistura e a passagem de veículos para transporte de material; e ter água disponível
para regar as medas (pilhas).
2º Passo: Prepare o local para montar as pilhas;
A construção da pilha deve ser
iniciada espalhando na área uma
camada de restos de culturas com
material pobre em nitrogênio
(milho, feijão, gramíneas) até a
altura de 20cm, e em seguida
molhar a camada. Deve-se evitar
o encharcamento de modo que a
umidade ideal esteja em torno de
45% a 50%.
A pilha deve ter de 1 a 2 metros
de largura, 1,5 a 1, 8 metro de
altura. Quanto ao comprimento,
dependerá da quantidade de
Fonte: EMBRAPA, 2005 Resíduos disponíveis.
Os materiais após serem colhidos e separados, devem ser triturados ou
cortados em pequenos pedaços, para uma melhor uniformidade e decomposição
dos mesmos.
A construção da pilha deve ser iniciada espalhando na área uma camada de
restos de culturas com material pobre em nitrogênio (milho, feijão, gramíneas)
até a altura de 20cm e em seguida molhar a camada.
Deve-se evitar o encharcamento
De modo que a umidade ideal
Esteja em torno de 45% a 50%. Can Stock, 2016.
Fonte: Tônia Amanda Paz dos Santos, 2011
42
COMPOSTAGEM EM POUCOS PASSOS
3º Passo: Escolha do Local; Feita a 1ª camada, espalhar sobre esta a 2ª com
material rico em nitrogênio (esterco), a uma altura de 5 cm. Molhar novamente.
Repetir esta operação, de modo que a pilha atinja a altura recomendada, sendo a última
camada com material pobre em nitrogênio.
Fonte: Orlando Simões Júnior,2003.
4º Passo: Pilha Pronta;
A pilha depois de pronta, deve
ser coberta com folhas de
bananeira ou palha de coqueiro,
para proteger das intempéries
(chuvas, vento, insolação, etc.)
e reduzir a evaporação. No caso
de não haver material natural
para a cobertura da pilha no
momento de chuva, pode-se
usar uma lona comum, mas
depois de passar a chuva deve-
se removê-la.
Com o termino do trabalho de formação da pilha, os procedimentos mudam
acompanhe. Mantenha a
Pilha sempre
úmida e não
encharcada.
Fonte: Orlando Simões Júnior,2003.
O tempo total de decomposição fica em torno de 90 a 120 dias. Atualmente
existe no mercado especializado um produto a base de bactérias que tem a função de
acelerar o processo de decomposição, diminuindo o tempo de preparação do adubo
orgânico pela metade.
Nesta fase é bom ficar atento ao possível surgimento insetos indesejados como
moscas, mosquitos e outros, recomenda-se cobrir a pilha de com material seco, como
palha de coqueiro, bananeira, arroz ou palha de milho. Observe também a humidade
da pilha, molhe sempre que for preciso.
43
COMPOSTAGEM EM POUCOS PASSOS
5º Passo: Importância da temperatura, reviramento e umidade;
A temperatura ideal para que se obtenha com sucesso o adubo orgânico, deve
ser mantida entre a 60° a 70° C (não suportável ao tato), pois se ocorrer a variação
desses limites para cima ou pra baixo, poderá ocasionar a queima ou
apodrecimento do material, perdendo com isso o seu valor nutritivo para as plantas.
O controle da temperatura é conseguida fazendo o reviramento periódico das pilhas
de 15 em 15 dias, até que a temperatura chegue ao ideal. A medida da temperatura
pode ser obtida através de um termômetro apropriado ou uma barra de ferro de 1,5
metro, introduzida até o centro da pilha por 30 minutos. Ao retira-la, fazer a medição
da temperatura pelo tato.
Medição da temperatura: Entre
60° e 70° C.
Fonte: Orlando Simões Júnior, 2003.
O tempo total de decomposição fica em torno de 90 a 120 dias. Atualmente
existe no mercado especializado um produto a base de bactérias que tem a função
de acelerar o processo de decomposição, diminuindo o tempo de preparação
do adubo orgânico pela metade.
Para se ter uma boa atividade microbiana, além de controlar a temperatura,
deve-se ter cuidado na preparação das camadas quanto à umidade, evitando o
encharcamento ao molhá-las. Se isto não for evitado, provocará uma decomposição
lenta devido à falta de aeração e o empobrecimento do esterco em substâncias
nutritivas.
44
FATORES QUE INFLUENCIAM A COMPOSTAGEM
1. AERAÇÃO: É fundamental a presença de oxigênio, se faltar, haverá
um atraso na decomposição do material, além da produção de gases que
causam o mau cheiro.
A Falta de oxigênio pode ocorrer por vários fatores:
Excesso de umidade
Compactação em função do próprio material
Tamanho da pilha
Elevada demanda biológica de oxigênio (DBO)
O consumo máximo de oxigênio ocorre quando a temperatura da pilha
está em 55°C, onde é necessário um mecanismo de aeração.
A queda de oxigênio no
processo de decomposição,
implica em surgimento de outro
processo de decomposição da
matéria orgânica, resultando no
surgimento de gás sulfídrico e
outros como o enxofre o que
pode atrair insetos indesejados
Como por exemplo moscas.
Figura 1– Aeração manual
Revolver mais vezes a pilha e Reduzir a altura, resolve o problema.
Fonte: EMBRAPA, 2005.
Decomposição de matéria orgânica em
ambiente aeróbio não deve gerar odor.
Gases desprendidos são: CO2, vapor d’água e ar
Quente e esses são inodoros.
No final do processo o cheiro deverá ser de
solo molhado pela chuva ou cheiro de terra da mata.
45
FATORES QUE INFLUÊNCIAM A COMPOSTAGEM
2. UMIDADE: A umidade inicial deve ser entre 55 a 60%, sendo a
ótima 55% e a mínima 40%. A Falta de oxigênio pode ocorrer por
vários fatores:
Umidade ótima =55%
Umidade maior que 60%, deve-se revolver a pilha.
Umidade menor que 40%, deve-se molhar a pilha sem encharcá-la. No fim do processo a umidade deve estar em 30%.
A água é necessária aos microrganismos
que decompõe a matéria orgânica, mas muita
água na compoteira dificulta a circulação de
ar que também é importante. A pilha precisa
estar sempre úmida(molhada) sem estar
encharcada, não pode estar seca.
H2O= umidade
3. RELAÇÃO CARBONO/NITROGÊNIO:
O Carbono faz parte dos seres vivos, das folhas secas e verdes, restos de comida, estrepo e demais materiais utilizados nas compoteiras. O Nitrogênio é um nutriente essencial para o crescimento e desenvolvimento dos microrganismos que realizar a compostagem.
C/N
Se faltar Nitrogênio =>Atraso no trabalho dos microrganismos.
Se houver excesso de Nitrogênio => Pode ocorrer mau cheiro.
46
MANUTENÇÃO
QUANDO REVOLVER A PILHA?
Em temperaturas maiores que 70°C
Umidade maior que 60ºC
Quando houver mau cheiro, ou presença de mós
TESTE DA VARA DE MADEIRA:
Fria e molhada: Sem fermentação;
Morna e seca: Necessita mais água;
Quente, úmida e escurecida: Condições corretas;
Sem “barro preto”, cheirando mofo: Composto pronto.
TESTE DA TEMPERATURA (Barra de ferro):
Introduzir barra a 40cm no meio da pilha e deixar alguns
minutos, segurar a barra com a mão, se não conseguir segurar,
revirar e irrigar a pilha, pois internamente, a pilha está quente demais.
COMO PROCEDER EM HORAS DE CHUVA
Chuvas finas e longas encharcam a pilha, cobrir com material
seco como: palha de bananeira ou de coqueiro.
Chuvas fortes mas curtas não causam grandes danos,
recomenda- se cobrir a pilha com lona plástica.
TEMPO DE MATURAÇÃO DA PILHA
O tempo médio de compostagem da pilha é em torno de 4
meses podendo variar de acordo com as condições ambientais e
características dos materiais utilizados.
Um modo prático para verificar o final do processo é através
da análise da temperatura do material, isto pode ser feito pegando
um pouco do material compostado com a mão e comparar a
temperatura da parcela coletada com a temperatura ambiente.
47
QUANDO O COMPOSTO ESTÁ PRONTO
TEMPO DE COMPOSTAGEM
Bioestabilização: 30 a 60 dias;
umificação: 90 a 120 dias.
Ao término do processo de compostagem, a relação C/N final será
de cerca de 10 a 12/1 (C/N). Nessa fase o composto está curado,
Isto é, em forma de húmus.
COLORAÇÃO
A matéria orgânica fica mais escura, quando pronta terá a
coloração cinza escura a preta.
TESTE DA MÃO
Teste das mãos: As palmas ficarão recobertas por uma espécie de
manteiga cada vez mais escura.
Pegue uma amostra umedecida, e molde com os dedos, esfregue
contra as mãos. E observe:
Mãos limpas, material se desfazendo em pedaços, possivelmente o
composta está cru, requerendo mais tempo de maturação da pilha.
Parte d amostra fica na mão e deixa mancha como café: composto
Semicurado;
Mãos com “graxa preta”, e ao lavá-las em bacia, água fica preta:
Composto curado/umificado.
TESTE DO COPO D’ÁGUA:
Pegue uma pequena quantidade do material da pilha e coloque
em um Copo d’água e observe:
O líquido, após misturado, torna-se escuro como se fosse uma
tinta preta com partículas em suspensão, mostrando que o composto
está curado, pronto para uso.
Se a mistura tornar-se escura com o composto e logo formar
depósitos no fundo do copo o processo de compostagem ainda não
terminou, requerendo mais tempo de compostagem.
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BENEFICÍOS DO COMPOSTO ORGANICO
Os benefícios são inúmeros, como o aumento do teor de
matéria orgânica, o que melhora as características física, química e
biológica do solo além de prestar um grande serviço ambiental.
MELHORIA FÍSICA:
Melhora a estrutura do solo;
Aumenta a retenção de água no solo;
Aumenta a porosidade do solo;
Diminui a compactação;
Aumento da infiltração de água no solo, diminuindo a erosão.
MELHORIAS QUÍMICAS:
Fornece micronutrientes e macro nutrientes a planta;
Libera lentamente os nutrientes no solo;
Acúmulo de matéria orgânica no solo;
Possível melhora do PH do solo.
GANHOS AMBIENTAIS
Permite o aproveitamento de parcela orgânica dos resíduos
gerados, permitindo uma destinação mais adequada e assim
protegendo o meio ambiente de impactos negativos.
O composto após a compostagem pode ser empregado
na recuperação de áreas degradadas e demais aplicações. O certo é
que a compostagem é uma atividade parceira do meio ambiente e
precisa ser mais difundida na sociedade permitindo a expansão
Dessa prática positiva.
Agora é a sua vez,
pratique essa. Ideia.
Obrigado!
49
LOGÍSTICA REVERSA
Além dos produtos oriundos da coleta seletiva, são gerados no
CEULM/ ULBRA outros tipos de resíduos, tais como: eletrônicos,
lâmpadas, pilhas e baterias.
Projeto Natureza limpa, 2014.
O ponto principal da
logística reversa é proporcionar
a reinserção do produto pós
consumo no ciclo produtivo,
fazendo com que ele seja
reutilizado, diminuindo custos e
impactos ambientais, como
contaminação do solo.
Para estes resíduos pode-se
implementar a logística reversa que
trata de um conjunto de ações,
procedimentos e meios destinados
a viabilizar a coleta e a restituição
dos resíduos sólidos ao fabricante
para reaproveitamento, em seu
ciclo ou em outros ciclos
produtivos, ou outra destinação
final ambientalmente a d e q u a d a
(PNRS, 2010).
Logística Reversa, está aí
uma boa ideia.
Coleta Seletiva Digital, 2015.
50
Fon
te: A
uto
r, 2
016.
COMO VIABILIZAR A LOGÍSTICA REVERSA?
Devemos identificar empresas que possam receber os resíduos e
reprocessá-los. A Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/2010)
obriga a estruturação e a implementação do sistema de logística reversa
para agrotóxicos, seus resíduos e embalagens, assim como para outros
produtos que são considerados resíduos perigosos, após o uso.
O “caminho de volta” também deve ser aplicado a pilhas e
baterias, pneus, óleos lubrificantes, lâmpadas fluorescentes de vapor de
sódio, mercúrio e de luz mista, além de produtos eletroeletrônicos e seus
componentes.
LÂMPADAS FLUORESCENTES, DE VAPOR DE
SÓDIO E MERCÚRIO E DE LUZ MISTA:
Para descartar as lâmpadas fluorescentes, é preciso armazenar em
local seco, na própria caixa da embalagem original, e respeitar os limites
de estocagem indicados nas embalagens. A lâmpada deve ser protegida
contra eventuais choques, para não haver rupturas. Se não puder guardar
as lâmpadas fluorescentes na própria embalagem, utilizar caixas de
papelão ou outros recipientes seguros.
As lâmpadas que estiverem quebradas devem ficar em recipientes
adequados, como tambores de aço sem furo e vazamento, em local coberto,
à sombra e em temperatura ambiente. Ao Final leve nos pontos de coleta
voluntários distribuídos na cidade de Manaus, consulte a Secretaria
municipal de limpeza pública (SEMUSLP) para saber onde tem um
pontos de coleta voluntária (PE’vs) mais perto de você.
SEMULSP fone:( 092-) 3215-6375
51
PRODUTOS ELETROELETRÔNICOS E SEUS
COMPONENTES:
Todo tipo de equipamento eletroeletrônico, ao final da vida útil, ao
ser descartado, pode ser considerado como resíduos de equipamentos
eletroeletrônicos. É importante lembrar que esse tipo de resíduo não pode
ser descartado de maneira convencional (PNRS 12.305/2010). Já existem
diversos fabricantes de equipamentos eletroeletrônicos, bem como
empresas de reciclagem que recebem esses resíduos para
encaminhamentos adequados. Fabricantes de celulares, por exemplo,
recebem aparelhos e baterias por meio de centrais instaladas em postos de
atendimento das operadoras.
Vivaldo Perreira da Silva, 2016 CEMPRE, 2015.
Esse resíduo moderno requer tratamento especial no destino final
porque pode ter em sua composição metais pesados e outros elementos
químicos contaminantes. Seu descarte inadequado pode causar poluição
do solo e do lençol freático. Além disso, se a desmontagem for realizada
de maneira i n a d e q u a d a e sem os cuidados necessários, pode causar
contaminação do ar e nas pessoas que o manuseiam.
CEMPRE, 2015. Fonte: Autor ,2016.
52
Car
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01
6
PILHAS E BATERIAS:
As pilhas e baterias devem ser armazenadas em coletores apropriados
ou em outros recipientes seguros. Conforme as novas regras para o uso,
descarte, transporte e reciclagem, estabelecidas pela (PNRS, 2010), a
forma mais correta para descartá-las é a entrega em estabelecimentos que
as comercializam ou em redes de assistência técnica autorizadas pelas
indústrias.
Então, faz-se necessário implantar uma coleta seletiva própria para a
realização do descarte ambientalmente adequado desse material, evitando
exposição às substâncias tóxicas potencialmente perigosas que compõem
as pilhas e baterias.
RESPONSABILIDADE COMPARTILHADA PELO
CICLO DE VIDA DOS PRODUTOS
A Política Nacional de
Resíduos Sólidos
(PNRS,2010) dispõe que a
Gestão dos Resíduos Sólidos
é de responsabilidade de
todos: governo, indústria e a
sociedade em geral. Portanto,
todos devem fazer sua parte!
Fonte: CEMPRE, 2015
Participe dessa mobilização!
Divulgue também em sala estimule
a participação de seus colegas e
juntos teremos uma meio ambiente
mais limpo e sustentável.
53
Referências
ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária: Gerenciamento dos Resíduos de
Serviços de Saúde. Disponível em: http://bvsms.
saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_gerenciamento_residuos.pdf acesso 17
Dez. 2012.
BRASIL: Lei Federal Nº 12.305, de 02 de agosto de 2010. Política Nacional de
Resíduos Sólidos. Disponível em: https://www.iusnatura. com/DetalheNormas.aspx?
IdCal=19655 acesso 19 Nov.2012. BRASIL: Uso e descarte de pilhas e baterias têm
novas regras. Disponível em: http://www.brasil.gov.br/ noticias/arquivos/2012/09/04/uso-
edescarte-de-pilhas-e-baterias-tem-novas-regras acesso 20 Dez. 2012. EMBRAPA:
Compostagem caseira de lixo orgânico doméstico. Disponível em:
<http:// www.cnpmf.embrapa.br/publicacoes/circulares/ circular_76.pdf> acesso 18 Out.
2012.
MMA – Ministério do Meio Ambiente: Apresentação da Política Nacional de Resíduos
Sólidos. Disponível em: <http://www.abinee.org. br/informac/arquivos/bsb1204.pdf>
acesso 17 Dez. 2012.
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APÊNDICE B – QUESTIONARIO SOBRE O PROGRAMA (PARE)
PROGRAMA DE APOIO A RECICLAGEM E EDUCAÇÃO AMBIENTAL (PARE)
QUESTIONÁRIO
Qual seu curso? ........................ Que período você está? ....... DATA: …/…/….
1) Você sabe o que é lixo? ( ) sim ( ) não
2) O que você faz com lixo que você produz?
( ) Joga no lixo
( ) Separa para coleta seletiva
( ) Joga em terrenos baldios ou no chão
( ) Separa para produção de artesanatos
3) O que você faz com o lixo que você produz no CEULM/ULBRA?
( ) Joga no lixo
( ) Seleciono e procuro as lixeiras de coleta seletiva
( ) Não me preocupo, jogo em qualquer lugar
( ) Guardo e procuro uma lixeira para jogar
4) Você sabe o que é coleta seletiva? ( ) Sim ( ) Não
5) Você separaria o lixo da sua casa para reciclagem em seu município? ( ) Sim ( ) Não
6) Você sabe separar corretamente o lixo para reciclagem? ( ) Sim ( )Não
7) Você costuma reutilizar algum tipo de material que vai para o lixo?
a) Não, porque não sei fazer reaproveitamento de materiais.
b) Não, porque lixo é para ser jogado no lixo.
c) Sim, transformo caixas de sapato em embalagens para presentes ou as utilizo para
guardar outros objetos
d) Sim, uso garrafas pet para armazenar o óleo que não uso mais, ou outros materiais.
e) Sim, uso as sacolas que antes iam para o lixo para fazer compras.
f) Sim. Outros: ______________________________________ (O entrevistado diz o
que faz com o lixo).
8) Você se preocupa com as questões ambientais? ( ) sim ( ) não
9) Em sua opinião, o aterro sanitário deve receber todo tipo de lixo?
a) Sim, porque ele foi feito para isto.
b) Sim, desde que você saiba qual o lixo que pode ser jogado no aterro.
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c) Não, porque lixo hospitalar precisa ir para outro local.
d) Não, matérias como pilhas precisam voltar para as empresas por meio da logística
reversa.
10) Você sabe qual é o destino do lixo do seu município? ( ) sim ( ) não
11) Você sabe o significado de reciclar, reutilizar e reaproveitar? ( ) sim ( ) não
12) Você acha importante iniciativas que promovam a educação ambiental? ( ) sim ( ) não
13) De 1 a 10, qual nota você atribui a iniciativas como esta no CEULM/ULBRA?