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FUNDAÇÃO OSWALDO ARANHA
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE VOLTA REDONDA
MESTRADO PROFISSIONAL EM ENSINO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE E DO MEIO
AMBIENTE
MANUAL PRÁTICO E ORIENTATIVO:
NORMA REGULAMENTADORA 17
COMENTADA E ILUSTRADA
Fonte: Os autores
Marcello Silva e Santos.
Mauro da Cruz Souza.
VOLTA REDONDA
1ª EDIÇÃO - 2019
Apresentação do Manual
Este manual é fruto de uma pesquisa de mestrado da UNIFOA, turma de 2017, sob
o título: “ABORDAGEM DIDÁTICA EM ERGONOMIA E SAÚDE: NORMA
REGULAMENTADORA 17 COMENTADA E ILUSTRADA”.
Durante os estudos foi possível identificar que a NORMA NR 17 que versa sobre
ERGONOMIA, regida pela Portaria do Ministério do Trabalho e Previdência Social -
MTPS n.º 3.751/1990, que incorpora dois anexos específicos:
“ANEXO I - TRABALHO DOS OPERADORES DE CHECKOUT” e o ANEXO II –
TRABALHO EM TELEATENDIMENTO/ TELEMARKETIN G”, apresenta uma linguagem
hermética com jargões técnicos em sua redação, o que permite uma vasta diversidade
de interpretações, neste caso principalmente dos auditores fiscais do trabalho, conforme
nos relata o MTE (2000). E isso se torna um transtorno para a sua adequada
implementação, conforme requer a legislação em vigor. Assim este trabalho se justifica
principalmente pela busca de proposta que viabilize uma interpretação mais clara e
uniforme da NR 17, de modo que a requerida implementação possa alcançar o seu
objetivo de prevenir perdas em lesões e vidas.
O objetivo geral é prover contribuições em recursos didáticos ao processo ensino e
aprendizagem no entorno do tema Norma Regulamentadora 17, ampliando a forma de
compreender as questões relacionadas a ergonomia.
O conteúdo deste produto foi desenvolvido listando na tabela a seguir, imagens
didáticas na coluna I, instruções técnicas procedentes da Norma Regulamentadora 17 na
coluna II, associadas a comentários nas colunas III e IV.
Este manual é dedicado a todos os profissionais que buscam aprimorar
conhecimentos e oferecer melhores recursos didáticos de ensino, também a todos os
profissionais de segurança e saúde. Podendo servir ainda como orientação aos que se
interessam por desenvolver conhecimento em benefício de um comportamento adequado
e seguro frente às atividades do cotidiano. Por fim, é esperado que este material também
promova o interesse e adesão de novos leitores e usuários da NR 17.
3 I. Item II. Instrução
Técnica Normativa
III. Aspectos / Situação IV. Impactos / Consequências / Oportunidades de Melhoria
NR 17 - Ergonomia (117.000-7)
A Prática Ergonômica no Brasil – Limites e Abrangência dos Processos de Enquadramento, Conscientização e
Concepção em Ergonomia
17.1
Fonte: https://br.freepik.com/icones-gratis/ parceria _ 752770.htm
Esta Norma
Regulamentadora
visa estabelecer
parâmetros que
permitam a
adaptação das
condições de
trabalho às
características
psicofisiológicas
dos
trabalhadores, de
modo a
proporcionar um
máximo de
conforto,
segurança e
desempenho
eficiente.
O caput da norma apresenta
os critérios básicos de
adequação do posto e do
ambiente de trabalho, de
acordo com os princípios da
Ergonomia; Os aspectos
devem ser aquilo que se
percebe na ação ergonômica
(observacional).
Os impactos são os prováveis
efeitos dos aspectos observados.
Existem impactos visíveis e não
visíveis. Alguns impactos podem
ser evidenciados pelo uso de
ferramentas de ação ergonômica
(ex: Diagrama de Corlett) ou dados
epidemiológicos fornecidos pelos
Serviços Especializados em
Engenharia de Segurança e em
Medicina do Trabalho - SESMT.
4 I. Item II. Instrução
Técnica Normativa
III. Aspectos / Situação IV. Impactos / Consequências / Oportunidades de Melhoria
17.1.1
Fonte: Os autores
Fonte: Os autores
As condições de
trabalho incluem
aspectos
relacionados ao
levantamento,
transporte e
descarga de
materiais, ao
mobiliário, aos
equipamentos e
às condições
ambientais do
posto de trabalho,
e à própria
organização do
trabalho.
Devem-se observar as
condições de conforto e
segurança, bem como
inadequações operacionais no
âmbito do posto de trabalho
ou na execução da tarefa.
São situações observáveis comuns
como o tremor, sudorese, as
posições desajeitadas, expressão
facial ou gestual que indique o grau
de motivação aparente, local com
pouca iluminação, ausência de
janelas, enclausuramento, uso de
mobiliário inadequado ou falta ou
adaptação de acessórios,
ferramentas ou equipamentos,
circulações ruins, fluxos de
processo descontínuos.
5 I. Item II. Instrução
Técnica Normativa
III. Aspectos / Situação IV. Impactos / Consequências / Oportunidades de Melhoria
17.1.2
Fonte: Os autores
Para avaliar a
adaptação das
condições de
trabalho às
características
psicofisiológicas
dos
trabalhadores,
cabe ao
empregador
realizar a análise
ergonômica do
trabalho, devendo
a mesma abordar,
no mínimo, as
condições de
trabalho,
conforme
estabelecido
nesta Norma.
O item reforça a
responsabilidade da empresa
em zelar pelas condições
ideais do trabalho,
destacando a Análise
Ergonômica como recurso
fundamental para garantir
esse cumprimento.
Deve-se ressaltar que a norma não
menciona uma metodologia
específica, o que reforça a
amplitude da ação ergonômica em
função das características da
organização e do processo
analisado.
No entanto, a análise ergonômica
do trabalho, possui escopo mínimo,
definido no ANEXO II, item 8.4
desta norma.
17.2 Levantamento,
transporte e
descarga
individual de
materiais.
6 I. Item II. Instrução
Técnica Normativa
III. Aspectos / Situação IV. Impactos / Consequências / Oportunidades de Melhoria
17.2.1.1
Fonte: Os autores
Transporte
manual de cargas
designa todo
transporte no qual
o peso da carga é
suportado
inteiramente por
um só
trabalhador,
compreendendo o
levantamento e a
deposição da
carga.
Esse item está relacionado a
situações de levantamento e
transporte manual de cargas
toleradas por cada indivíduo
desde o instante do manuseio
inicial.
Deve ser observado tanto o peso
tolerável pelo indivíduo –
respeitando-se características
como força física, idade, gênero –
como a movimentação dimensional
com a carga, o comportamento,
sobretudo o gestual, posturas e
interações verbais de indivíduos ou
grupos em situações de
manipulação de cargas.
No caso de impossibilidade de
redução do risco ergonômico,
prever a adoção de dispositivos
complementares para melhorar os
aspectos fisiológicos durante a
atividade.
Fonte: Os autores
7 I. Item II. Instrução
Técnica Normativa
III. Aspectos / Situação IV. Impactos / Consequências / Oportunidades de Melhoria
17.2.1.2
Fonte: Os autores
Transporte
manual regular de
cargas designa
toda atividade
realizada de
maneira contínua
ou que inclua,
mesmo de forma
descontínua, o
transporte manual
de cargas.
Esse item está relacionado à
freqüência das operações de
carregamento.
Deve ser observada a freqüência e
repetição das operações de
manipulação de cargas, buscando
identificar claramente os impactos
sobre os trabalhadores diretamente
ou indiretamente associados às
operações de pega, levantamento,
transporte manual, descarga, etc.
Fonte: Os autores
17.2.1.3
Fonte: Os autores
Trabalhador
jovem designa
todo trabalhador
com idade inferior
a 18 (dezoito)
anos e maior de
14 (quatorze)
anos.
Esse item visa controlar o uso
de menores em operações de
carga e descarga.
Deve ser evitado o uso de mão de
obra não compatível com a
natureza operacional.
8 I. Item II. Instrução
Técnica Normativa
III. Aspectos / Situação IV. Impactos / Consequências / Oportunidades de Melhoria
17.2.2
Fonte: Os autores
Não deverá ser
exigido nem
admitido o
transporte manual
de cargas, por um
trabalhador cujo
peso seja
suscetível de
comprometer sua
saúde ou sua
segurança.
Esse item visa permitir o
monitoramento sensível do
gestor na inexistência de
limites quantitativos.
Deve ser observado o esforço
aparente (sudorese, cor da pele,
rugosidade facial, etc.) nas
atividades de movimentação de
cargas, levando-se em
consideração aspectos objetivos
(dados epidemiológicos) e
empíricos (experiências análogas).
Padrões internacionais podem ser
referenciados para justificar
medidas restritivas não definidas
pela norma (*).
(*) Nesse caso a norma não quantifica a carga máxima em função da existência de dado conflitante na CLT, que é uma lei maior
no país.
9 I. Item II. Instrução
Técnica Normativa
III. Aspectos / Situação IV. Impactos / Consequências / Oportunidades de Melhoria
17.2.3
Fonte: Os autores
Todo trabalhador
designado para o
transporte manual
regular de cargas,
que não as leves,
deve receber
treinamento ou
instruções
satisfatórias
quanto aos
métodos de
trabalho que
deverá utilizar,
com vistas a
salvaguardar sua
saúde e prevenir
acidentes.
Deve-se observar se
trabalhador adota posturas
forçadas ou movimentos
corporais que comprometam
sua integridade física. O
termo “regular” relaciona-se à
freqüência eventual ou não da
operação.
Deve-se buscar identificar padrões
gerais (guias, manuais, etc.) bem
como orientações diversas
(cartazes, banners, etc.) que
mostrem boas práticas para
realização das atividades de
transporte manual de cargas.
Cartazes e instruções orientativas
devem ser comentadas e treinadas
com os trabalhadores, para
verificação e melhoria da
compreensão do conteúdo.
17.2.4
Fonte: Os autores
Com vistas a
limitar ou facilitar
o transporte
manual de cargas,
deverão ser
usados meios
técnicos
apropriados.
Trabalhadores diretamente
envolvidos no transporte de
cargas regular ou eventual
devem ter a sua disposição
mecanismos que facilitem o
transporte com menor esforço
possível.
Deve-se identificar se existem
carrinhos, esteiras, carretilhas,
paletadeiras ou similares e se os
mesmos são compatíveis com a
natureza do trabalho, peso e
dimensões da carga.
10 I. Item II. Instrução
Técnica Normativa
III. Aspectos / Situação IV. Impactos / Consequências / Oportunidades de Melhoria
17.2.5
Fonte: Os autores
Quando mulheres
e trabalhadores
jovens forem
designados para o
transporte manual
de cargas, o peso
máximo destas
cargas deverá ser
nitidamente
inferior àquele
admitido para os
homens, para não
comprometer a
sua saúde ou a
sua segurança.
Esse item visa parametrizar a
movimentação de carga para
certos indivíduos, sem
determintar um valor
específico para a mesma,
devido ao que está
estabelecido na CLT.
Para efeito de parametrização,
deve-se estabelecer como base
um terço do peso do indivíduo
como sendo a carga máxima para
içamento e um quarto para
movimentação.
11 I. Item II. Instrução
Técnica Normativa
III. Aspectos / Situação IV. Impactos / Consequências / Oportunidades de Melhoria
17.2.6
Fonte: Os autores
O transporte e a
descarga de
materiais feitos
por impulsâo ou
tração de
vagonetes sobre
trilhos, carros de
mão ou qualquer
outro aparelho
mecânico deverão
ser executados de
forma que o
esforço físico
realizado pelo
trabalhador seja
compatível com
sua capacidade
de força e não
comprometa a
sua saúde ou a
sua segurança.
Há que se observar três
aspéctos: as caracteristicas
da carga, a capacidade e tipo
do mecanismo transportador e
as características
psicofisiológicas do
trabalhador. Pode-se
adicionalmente considerar as
condições do piso pertinente
ao trajeto a ser percorrido,
que pode ter influencia nos
respectivos limites de
capacidade.
Quanto a carga procurar identificar
se está definida a capacidade
máxima de empilhamento ou
outras formas de acomodação.
Conforme o projeto e construção
do equipamento mecânico,
vagonete, carrinhos de mão, etc.
(número de rodas, altura do solo,
capacidade da carroçaria, etc.)
identificar sua capacidade máxima
definida que precisa ser
respeitada, por fim a condição mais
restritiva a observar é a
capacidade de esforço fisico do
trabalhador executante do
movimento de impulsão ou tração
do mecanismo com o material, por
intermédio de seu comportamento
e reações diante do esforço
requerido.
12 I. Item II. Instrução
Técnica Normativa
III. Aspectos / Situação IV. Impactos / Consequências / Oportunidades de Melhoria
17.2.7
Fonte: Os autores
O trabalho de
levantamento de
material feito com
equipamento
mecânico de ação
manual deverá
ser executado de
forma que o
esforço físico
realizado pelo
trabalhador seja
compatível com
sua capacidade
de força e não
comprometa a
sua saúde ou a
sua segurança.
Similar ao item anterior
17.2.6, com alternância agora
para o movimento de
levantamento de material que
pode ser de curso bem curto
de alguns centímetros do solo
e até de metros.
Neste item alem das
características da carga, e
capacidade máxima do
equipamento mecânico há de se
observar ainda sua altura máxima
de elevação evitando os artifícios
de improviso para alcançar limites
diferentes de altura. Ficando aqui
também a condição mais restritiva
a capacidade de esforço fisico do
trabalhador executante do
movimento de levantamento,
observável por intermédio de seu
comportamento e reações diante
do esforço requerido.
17.3 Mobiliário dos
postos de trabalho
13 I. Item II. Instrução
Técnica Normativa
III. Aspectos / Situação IV. Impactos / Consequências / Oportunidades de Melhoria
17.3.1
Fonte: Os autores
Sempre que o
trabalho puder ser
executado na
posição sentada,
o posto de
trabalho deve ser
planejado ou
adaptado para
esta posição.
Este item denota a predileção
pela posiçao sentada versus a
em pé, pois embora as
posições tanto em pé quanto
sentada se prolongadas
conduzem ao desconforto,
porém a posição sentada
conduz a fadiga em um
intervalo de tempo muito
maior, alem de ser melhor
suportada.
A posição em pé prolongada pode
ter como principais consequências,
no primeiro momento, os
problemas circulatórios
principalmente nos membros
inferiores e as lombalgias, dores na
região lombar da coluna, se
intervalos adequados de descanso
não forem estabelecidos e
observados.
14 I. Item II. Instrução
Técnica Normativa
III. Aspectos / Situação IV. Impactos / Consequências / Oportunidades de Melhoria
17.3.2
Fonte: Os autores
Para trabalho
manual sentado
ou que tenha de
ser feito em pé, as
bancadas, mesas,
escrivaninhas e
os painéis devem
proporcionar ao
trabalhador
condições de boa
postura,
visualização e
ação e devem
atender aos
seguintes
requisitos
mínimos:
a) ter altura e
características da
superfície de
trabalho
compatíveis com
o tipo de
atividade, com a
distância
requerida dos
Busca-se neste item o bem-
estar, o conforto do
trabalhador de modo a evitar
as consequências nocivas por
falta de adequação
ergonomica. Somado a isto, o
mobiliário e instalações
devem proporcionar boa
eficiência em produtividade.
Entre a população trabalhadora
pode haver grandes variações
antropométricas, indivíduos muito
pequenos e outros muito grandes.
É difícil conceber um conjunto de
mobiliário que satisfaça
completamente os extremos. O
recomendável é que o mobiliário
permita ajustes e regulagem que
atenda a pelo menos 95% da
população em geral, conforme
(MTE, SIT, 2002)
15 I. Item II. Instrução
Técnica Normativa
III. Aspectos / Situação IV. Impactos / Consequências / Oportunidades de Melhoria
olhos ao campo
de trabalho e com
a altura do
assento;
b) ter área de
trabalho de fácil
alcance e
visualização pelo
trabalhador;
c) ter
características
dimensionais que
possibilitem
posicionamento e
movimentação
adequados dos
segmentos
corporais.
As alíneas a), b) e c) alertam
os empresários quanto a
adequação ergonomica dos
ativos em mobiliário, afim de
atender as necessidades de
antropometria nos quesitos de
conforto e bem-estar dos
usuários, bem como as
exigências de atividades e
processos operacionais.
Lembrando que os cuidados
com ergonomia além da
prevenção dos distúrbios de
saúde promove melhor
desempenho e produvidade.
A consulta a especialistas em
ergonomia ou da àrea de saúde,
bem como de manuais ou
catálogos de empresas idôneas em
fornecimento de mobiliário e
equipamentos industriais é de
grande valia nos momentos de
projetar e montar uma empresa
nova, pois os parâmetros
requeridos sobre ergonomia
podem ser atendidos de forma
planejada desde o início. A
consulta as estas mesmas fontes,
podem também oferecer suporte
às empresas que estão procurando
se adequar por intermédio da
atualização, modernização ou
atendimento a exigências de
avaliação ergonomica, de seus
ativos em mobiliários e instalações.
16 I. Item II. Instrução
Técnica Normativa
III. Aspectos / Situação IV. Impactos / Consequências / Oportunidades de Melhoria
17.3.2.1
Fonte: Os autores
Para trabalho que
necessite também
da utilização dos
pés, além dos
requisitos
estabelecidos no
subitem 17.3.2, os
pedais e demais
comandos para
acionamento
pelos pés devem
ter
posicionamento e
dimensões que
possibilitem fácil
alcance, bem
como ângulos
adequados entre
as diversas partes
do corpo do
trabalhador, em
função das
características e
peculiaridades do
trabalho a ser
executado.
Assim como os demais itens
de mobiliarios e utensílios de
execução de atividades, os
pedais devem atender as
necessidades
psicofisiológicas do
trabalhador e exigências do
trabalho, visando o conforto e
predisposição do trabalhador
para a tarefa.
O apoio dos pés e acionamento
dos pedais devem ser projetados
de forma a evitar pressões
excessivas nas articulações
principalmente dos pés e joelhos,
seja pelo esforço de mola a ser
acionada ou pela inclinação do
pedal. Em resumo as pedaleiras
devem permitir um acionamento
leve, seguro e prático.
Neste caso é relevante obter
informações sobre a sensação de
conforto e esforço do operador. A
frequência de acionamento do
pedal associada ao design do
mesmo podem conduzir a
situações de grande cansaço e
fadiga, devendo serem avaliados.
A NR 12 - ANEXO III – PRENSAS
E SIMILARES, estabelece alguns
requisitos para o uso de pedal,
como a proteção do pedal para
evitar acionamentos acidentais,
entre outros.
17 I. Item II. Instrução
Técnica Normativa
III. Aspectos / Situação IV. Impactos / Consequências / Oportunidades de Melhoria
17.3.3
Fonte: Os autores
Os assentos
utilizados nos
postos de trabalho
devem atender
aos seguintes
requisitos
mínimos de
conforto:
a) altura ajustável
à estatura do
trabalhador e à
natureza da
função exercida;
b) características
de pouca ou
nenhuma
conformação na
base do assento;
c) borda frontal
arredondada;
d) encosto com
forma levemente
adaptada ao
corpo para
proteção da
região lombar.
O mercado oferece uma vasta
gama de cadeiras
ergonômicas, para atender as
mais diferentes naturezas de
trabalho e perfis
psicofisiológicos dos
trabalhadores. As alíneas a),
b), c) e d) definem os
principais requisitos a serem
atendidos, no entanto há que
se observar não só as
caracteristicas
antropométricas e
psicofisiológicas, mas também
as condições específicas de
trabalho que a cadeira deve
atender, por exemplo um
painel de comando com layout
longo e arredondado de uma
linha de produção contínua ou
de uma embarcação marítima,
exige muitas vezes que as
cadeiras sejam movimentadas
sobre trilhos para que todos
os dispositivos de comando
sejam alcançados de forma
cômoda e precisa pelos
operadores.
Muitas das vezes acredita-se que a
cadeira disponibilizada aos
usuários é suficientemente
ergonomica e de padrão elevado,
no entanto ainda assim é
necessário estar atento quanto a
sensação de conforto e bem-estar
que os equipamentos e mobiliários
proporcionam efetivamente aos
trabalhadores.
Equipamentos e mobiliários que se
encontram em más condições de
uso devem ser identificados,
sinalizados e retirados para o
encaminhamento à manutenção ou
descarte adequado, de modo a
evitar que sejam usadas
acidentalmente por pessoas
desinformadas ou por engano.
18 I. Item II. Instrução
Técnica Normativa
III. Aspectos / Situação IV. Impactos / Consequências / Oportunidades de Melhoria
17.3.4
Fonte: Os autores
Para as atividades
em que os
trabalhos devam
ser realizados
sentados, a partir
da análise
ergonômica do
trabalho, poderá
ser exigido
suporte para os
pés, que se
adapte ao
comprimento da
perna do
trabalhador.
O apoio para os pés se faz
necessário para evitar a
compressão da parte posterior
das coxas, chamada região
poplítea, de forma a permitir a
circulação sanguínea livre.
Oferece melhores condições
ao sentar, favorecendo
manter a coluna apoiada no
encosto da cadeira e as
partes posteriores do joelho e
pernas confortavelmente
alinhados em relação ao
assento da cadeira.
Se necessário os suportes para os
pés devem ser equipados com
ajustes de altura e de inclinação,
de forma a proporcionar melhor
adaptação ergonômica a diferentes
usuários do mesmo posto de
trabalho.
19 I. Item II. Instrução
Técnica Normativa
III. Aspectos / Situação IV. Impactos / Consequências / Oportunidades de Melhoria
17.3.5
Fonte: Os autores
Para as atividades
em que os
trabalhos devam
ser realizados de
pé, devem ser
colocados
assentos para
descanso em
locais em que
possam ser
utilizados por
todos os
trabalhadores
durante as
pausas.
A criação de áreas de
vivência e descanso devem
ser equipadas com assentos,
de modo a proporcionar uma
sistemática adequada de
alternância entre trabalho e
repouso. Devem ser
compatíveis com o número de
empregados e permitir o uso
de todos segundo suas
rotinas de trabalho e
descanso.
O trabalho em pé durante um
tempo prolongado pode levar a
tensões nas pernas, inchaços e
varizes em função de deficiência
de circulação sanguínea. Portanto
intervalos regulares para descanso
é fundamental para o bom
desempenho do trabalhador na
execução de seua atividade.
17.4 Equipamentos
dos postos de
trabalho.
20 I. Item II. Instrução
Técnica Normativa
III. Aspectos / Situação IV. Impactos / Consequências / Oportunidades de Melhoria
17.4.1
Fonte: Os autores
Todos os
equipamentos que
compõem um
posto de trabalho
devem estar
adequados às
características
psicofisiológicas
dos trabalhadores
e à natureza do
trabalho a ser
executado.
Ao decidir pela aquisição de
equipamentos a análise
técnica deve considerar
aqueles que melhor se
adequam a execução da
atividade ou processo
pretendido, assim como as
caracteristicas
psicofisiológicas de seus
operadores. Uma cadeira para
executar um tarefa de
secretariado certamente não é
apropriada para operar um
painel de comando de uma
linha de produção. Assim é
relevante envolver na escolha
de equipamentos a opinião
técnica experiente em
equipamentos e também dos
seus usuários.
Empresas levam anos e muitas
vezes décadas em funcionamento
e más escolhas de equipamentos
podem acarretar situações
inadequadas, com submissão dos
trabalhadores a condições de
desconforto e muitas reclamações
durante um grande periodo de
tempo, produzindo ainda
deficiência no desempenho da
atividade.
21 I. Item II. Instrução
Técnica Normativa
III. Aspectos / Situação IV. Impactos / Consequências / Oportunidades de Melhoria
17.4.2
Fonte: Os autores
Nas atividades
que envolvam
leitura de
documentos para
digitação,
datilografia ou
mecanografia
deve:
a) ser fornecido
suporte adequado
para documentos
que possa ser
ajustado
proporcionando
boa postura,
visualização e
operação,
evitando
movimentação
freqüente do
pescoço e fadiga
visual;
b) ser utilizado
documento de
fácil legibilidade
sempre que
possível, sendo
vedada a
Entre tais atividades podemos
citar as de secretariado de
diversos segmentos,
industriais, escolares,
cartórios, prefeituras,
laboratórios de pesquisa, etc.
Mesas congestionadas por
objetos muitas das vezes
impedem que um documento
a ser digitado possa ser
posicionado de modo
adequado, assim um suporte
para documentos seria muito
útil, pois teria seu espaço
próprio e sendo ajustável
minimizaria os incômodos de
movimentos repetitivos não
desejados.
O papel brilhante ou similares,
tão comuns em alguns livros e
revistas, pode provocar o
reflexo direto da luz nos olhos
causando ofuscamentos,
pode ser evitado pelo ajuste
do suporte de documentos
adaptável.
A concentração dos olhos por
longo tempo em textos de
documentos para digitação mal
posicionados em altura e/ou muito
afastados em relação a tela do
monitor, pode conduzir a
movimentos repetitivos e posturas
inadequadas desnecessáriamente.
Tais desvios podem ser
melhorados ou mesmo resolvidos
com um suporte para documentos
ajustável.
Por outro lado textos para digitação
com fonte pequena, ou impressos
em papel brilhante que causam
ofuscamento, e outras condições
que dificultam a legibilidade,
exigindo maior concentração e
esforço do globo ocular, podem
resultar em tensão e cansaço nos
músculos dos olhos.
Além dos recursos tecnológicos as
atividades de digitação exigem
pequenos intervalos regulares para
descanso.
22 I. Item II. Instrução
Técnica Normativa
III. Aspectos / Situação IV. Impactos / Consequências / Oportunidades de Melhoria
utilização do
papel brilhante, ou
de qualquer outro
tipo que provoque
ofuscamento.
23 I. Item II. Instrução
Técnica Normativa
III. Aspectos / Situação IV. Impactos / Consequências / Oportunidades de Melhoria
17.4.3
Fonte: Os autores
Os equipamentos
utilizados no
processamento
eletrônico de
dados com
terminais de vídeo
devem observar o
seguinte:
a) condições de
mobilidade
suficientes para
permitir o ajuste
da tela do
equipamento à
iluminação do
ambiente,
protegendo-a
contra reflexos, e
proporcionar
corretos ângulos
de visibilidade ao
trabalhador;
b) o teclado deve
ser independente
e ter mobilidade,
permitindo ao
trabalhador
ajustá-lo de
O processamento eletrônico
de dados pode ocorrer em
atividades de digitação,
programação e controle de
processos industriais,
teleatendimento, etc.
Os monitores de vídeo devem
ser do tipo ajustáveis e
permitir a adequação de
ângulos em relação ao campo
de visão e tambem de altura,
auxiliando nos incomodos de
iluminação e reflexos,
permitindo posicionamento
confortável, principalmente do
pescoço, cabeça e campo
visual.
O teclado independente torna-
se necessário para permitir os
ajustes de posicionamento
dos cotovelos em relação ao
tronco e dos punhos sobre o
mesa e o mouse.
Esta proximidade de
equalização de distâncias,
são necessárias para
minimizar os ajustes
Todas estes cuidados a serem
tomados em relação aos
equipamentos utilizados no
processamento de dados,
conforme descrito nas alíneas a),
b), c) e d) visam evitar diretamente
os incômodos de saúde
relacionados principalmente ao
cansaço visual, denominado de
astenopatia, dores na parte
cervical e outras anomalias. Assim
como no item 17.4.2 anterior
intervalos regulares para descanso
tornam-se também indispensáveis.
24 I. Item II. Instrução
Técnica Normativa
III. Aspectos / Situação IV. Impactos / Consequências / Oportunidades de Melhoria
acordo com as
tarefas a serem
executadas;
c) a tela, o teclado
e o suporte para
documentos
devem ser
colocados de
maneira que as
distâncias olho-
tela, olho-teclado
e olho-documento
sejam
aproximadamente
iguais;
d) serem
posicionados em
superfícies de
trabalho com
altura ajustável.
repetidamente do foco visual
em relação aos dispositivos
de trabalho.
Como as mesas e
escrivaninhas costumam ser
com altura fixa, os ajustes de
altura que se fazem
necessários podem ser
obtidos, pela regulagem de
altura do monitor e da cadeira
que são fornecidos com
dispositivos de ajustes de
modo mais frequente pelos
fabricantes.
25 I. Item II. Instrução
Técnica Normativa
III. Aspectos / Situação IV. Impactos / Consequências / Oportunidades de Melhoria
17.4.3.1
Fonte: Os autores
Quando os
equipamentos de
processamento
eletrônico de
dados com
terminais de vídeo
forem utilizados
eventualmente
poderão ser
dispensadas as
exigências
previstas no
subitem 17.4.3,
observada a
natureza das
tarefas
executadas e
levando-se em
conta a análise
ergonômica do
trabalho.
A análise ergonomica do
trabalho (AET) pode
caracterizar a natureza da
tarefa que esta sendo
realizada e tambem mensurar
a frequência de utilização dos
equipamentos de
processamento de dados com
terminais de vídeos em
relação ao tempo de
operação.
A eventualidade de utilização dos
equipamentos de processamento
eletrônico de dados com terminais
de vídeo, em função da natureza
da tarefa que está sendo
executada, pode ser comparada
com intervalos para descanso
muito dilatados, o que pode estar
favorecendo as condições de
conforto e bem-estar do
trabalhador neste caso.
17.5 Condições
ambientais de
trabalho.
26 I. Item II. Instrução
Técnica Normativa
III. Aspectos / Situação IV. Impactos / Consequências / Oportunidades de Melhoria
17.5.1
Fonte: Os autores
As condições
ambientais de
trabalho devem
estar adequadas
às características
psicofisiológicas
dos trabalhadores
e à natureza do
trabalho a ser
executado.
As condições ambientais de
trabalho inclue, mas nao se
limitam aos componentes
definidos no subitem 17.5.2
que se apresenta a seguir.
Outros componentes como
instalações com carpets e ar
condicionado mantidos
precariamente, setores com
infiltrações e umidades podem
também comprometer
seriamente as condições
oferecidas à saúde.
As condições ambientais devem
ser mantidas dentro dos
parâmetros estabelecidos no
subitem 17.5.2 de modo que,
sejam adequados as funções
motoras especialmente reflexos,
postura, equilíbrio, coordenação
motora, mecanismo de execução
dos movimentos dos trabalhadores
e a natureza das tarefas
executadas no local determinado
para o trabalho.
Para garantir condições ambientais
adequadas, devem ser aplicadas
de forma sistêmica, as ferramentas
de gestão de Análise Ergonômica
do Trabalho, programas de
monitoramento por intermédio do
PPRA, PCMSO, e de outras
ferramentas disponibilizadas pelas
NRs.
27 I. Item II. Instrução
Técnica Normativa
III. Aspectos / Situação IV. Impactos / Consequências / Oportunidades de Melhoria
17.5.2
Fonte: Os autores
Nos locais de
trabalho onde são
executadas
atividades que
exijam solicitação
intelectual e
atenção
constantes, tais
como: salas de
controle,
laboratórios,
escritórios, salas
de
desenvolvimento
ou análise de
projetos, dentre
outros, são
recomendadas as
seguintes
condiçôes de
conforto:
a) níveis de ruído
de acordo com o
estabelecido na
NBR 10152,
norma brasileira
registrada no
INMETRO;
Tais locais a princípio não
devem ser improvisados,
sendo necessário deverá
passar por uma revisão de
projeto e adequações,
considerando os parâmetros
estabelecidos neste subitem
17.5.2.
Os níveis de ruído
estabelecidos, visam detectar
possíveis prejuízos ao bom
desempenho da tarefa, e não
de lesões ao aparelho auditivo
e provável perda auditiva.
O nível de ruído deve ser
medido em situação real de
trabalho, utilizando-se um
aparelho de dosímetro,
devidamente e
comprovadamente calibrado.
O microfone,
preferencialmente, deve ser
colocado na gola da camisa
do trabalhador, em função de
diversos estudos mostrarem
que, deste modo os erros de
medição relativos à
perturbação do campo de
As fontes de ruído podem ser
variadas, pela utilização de
equipamentos ou proximidade de
áreas externas ruidosas, como
impressoras, aparelhos de ar
condicionado, avenidas de trânsito
movimentado, aeroportos, polos
industriais, etc.
Uma vez detectadas não
conformidades em relação aos
níveis de ruídos estabelecidos por
este subitem, o empresário com
seus profissionais de segurança e
saúde ocupacional, devem adotar
uma busca conjunta de soluções
para minimizar a exposição do
trabalhador por intermédio da
reorganização do trabalho,
considerando a possibilidade de
redução na fonte, seu afastamento
ou tratamento acústico do local.
28 I. Item II. Instrução
Técnica Normativa
III. Aspectos / Situação IV. Impactos / Consequências / Oportunidades de Melhoria
Fonte: Os autores
b) índice de
temperatura
efetiva entre 20oC
(vinte) e 23oC
(vinte e três graus
centígrados);
c) velocidade do
ar não superior a
0,75m/s;
d) umidade
relativa do ar não
inferior a 40
(quarenta) por
cento.
ondas que o equipamento irá
medir são irrelevantes.
É de extrema importância
conhecer as fontes de ruido e
seus níveis sonoros, assim
como as principais
cracterísticas do local e
instalações do trabalho. O
técnico também deverá
planejar os peróodos mais
adequados para tomada das
amostragens de medição.
Para os parâmetros
estabelecidos nas alíneas b),
c) e d), os critérios de
medição de conforto térmico
também devem ser aplicados
em situação real de trabalho.
São utilizados o termo-
higrômetro e o termo
anemômetro, ou outros
aparelhos que permitem a
leitura de todos os
parâmetros. A temperatura
efetiva visa avaliar o conforto
térmico e é estabelecida como
a temperatura ambiente com
ar calmo, saturado em vapor
29 I. Item II. Instrução
Técnica Normativa
III. Aspectos / Situação IV. Impactos / Consequências / Oportunidades de Melhoria
d`água que retrata a mesma
sensação térmica do
ambiente estudado. A
temperatura efetiva é obtida
por intermédio da introdução
em ábaco específico dos
seguintes parâmetros:
temperatura do ar,
temperatura de bulbo úmido e
velocidade do ar, conforme
(MTE, SIT, 2002).
30 I. Item II. Instrução
Técnica Normativa
III. Aspectos / Situação IV. Impactos / Consequências / Oportunidades de Melhoria
17.5.2.1
Fonte:
https://commons.wikimedia.org/File21102011_2.JPG
Para as atividades
que possuam as
características
definidas no
subitem 17.5.2,
mas não
apresentam
equivalência ou
correlação com
aquelas
relacionadas na
NBR 10152, o
nível de ruído
aceitável para
efeito de conforto
será de até 65 dB
(A) e a curva de
avaliação de ruído
(NC) de valor não
superior a 60 dB.
A norma direciona para a
NBR 10152 os casos já
caracterizados e definidos,
portanto já enquadrados em
seus critérios de ruído. E
assim particularmente em
relação aos casos de
ambientes que possam nao
se identificar claramente
dentro dos critérios
estabelecidos, este subitem é
taxativo e mais restritivo
adotando um valor único que
consideramos ser
conservador em saúde e
segurança
A figura ao lado caracteriza a curva
de 65 dB (A) e também (B).
Os critérios de medição seguem
conforme mencionados
anteriormente.
31 I. Item II. Instrução
Técnica Normativa
III. Aspectos / Situação IV. Impactos / Consequências / Oportunidades de Melhoria
17.5.2.2
Fonte: Os autores
Fonte: https://commons.wikimedia.org/File:Optimus_Sound_Level_Meter.jpg
Os parâmetros
previstos no
subitem 17.5.2
devem ser
medidos nos
postos de
trabalho, sendo os
níveis de ruído
determinados
próximos à zona
auditiva e as
demais variáveis
na altura do tórax
do trabalhador.
A recomendação prática
sugere que o microfone seja
colocado na gola da camisa
do trabalhador, em função de
estudos evidenciarem que
dessa forma os erros de
medição relativos à
perturbação do campo de
ondas que o equipamento irá
medir são irrelevantes,
segundo (MTE, SIT, 2002)
Quando os limites estabelecidos
são ultrapassados, a busca por
soluções deve considerar os
crtérios de eliminação ou
atenuação. Podendo a solução
passar por substituição de
equipamentos, separação,
isolamento ou enclausuramento
acústico em janelas, paredes,
pisos e equipamentos.
Ver também o subitem 17.5.2
32 I. Item II. Instrução
Técnica Normativa
III. Aspectos / Situação IV. Impactos / Consequências / Oportunidades de Melhoria
17.5.3
Fonte:
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons.png
Em todos os
locais de trabalho
deve haver
iluminação
adequada, natural
ou artificial, geral
ou suplementar,
apropriada à
natureza da
atividade.
A utilização de iluminação
natural deve ser privilegiada
sempre que possível, em
detrimento da natureza da
atividade, do meio ambiente e
recursos naturais.
A iluminação natural pode ser
obtida por aberturas no teto e
paredes laterais, equipada com
lanternins, telhas translúcidas de
compostos químicos (ex.
policarbonatos) e ou vidros. A
claridade natural deve ser
complementada com a iluminação
artificial para atender os períodos
noturnos e em casos de
insuficiência da luz natural.
17.5.3.1
Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons.png
A iluminaçâo geral
deve ser
uniformemente
distribuída e
difusa.
A iluminação geral deve
atender à natureza da
atividade e também alcançar
todos os espaços em que seja
realizada, incluindo as áreas
de circulação, de forma bem
distribuida e difusa.
A uniformidade de iluminação visa
evitar a fadiga do aparelho ocular,
pela variação na intensidade de
iluminação, quando o trabalhador
exerce movimentos repetitivos com
alternâncias no foco de visão.
33 I. Item II. Instrução
Técnica Normativa
III. Aspectos / Situação IV. Impactos / Consequências / Oportunidades de Melhoria
17.5.3.2
Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons.png
A iluminação geral
ou suplementar
deve ser
projetada e
instalada de forma
a evitar
ofuscamento,
reflexos
incômodos,
sombras e
contrastes
excessivos.
O excesso de claridade e
superficies espelhadas,
polidas ou muito lisas podem
produzir reflexos e
ofuscamento que geram
incômodos e a fadiga visual.
Entre outras medidas, superfícies
de mesas e outros mobiliários e
utensílios devem ser foscos e de
preferência claros, janelas e outras
aberturas devem ser equipadas
para atenuar a incidência direta de
luz solar, por intermédio de vidros
fumê, insufilm, persianas ou
cortinas. Por sua vez os monitores
de vídeos devem ser do tipo que
minimize reflexos e ser ajustados
em ângulos que não permita a
retransmissão de iluminamento na
direção da visão do usuário.
34 I. Item II. Instrução
Técnica Normativa
III. Aspectos / Situação IV. Impactos / Consequências / Oportunidades de Melhoria
17.5.3.3
Fonte: https://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=4596
Os níveis mínimos
de iluminamento a
serem observados
nos locais de
trabalho são os
valores de
iluminâncias
estabelecidos na
NBR 5413, norma
brasileira
registrada no
INMETRO.
A norma remete os requisitos
mínimos de iluminamento à
NBR 5413, que estabelece as
faixas de iluminâncias
requeridas para cada tipo de
ambiente / atividade, que
devem ser observadas em
benefício do bem-estar e
conforto do trabalhador e do
bom rendimento produtivo.
Conforme pode ser visto, o nível de
iluminamento adequado não
depende só da quantidade de lux a
ser fornecido ao plano de trabalho,
mas também da refletância dos
materiais. Os projetos de
iluminância devem ainda
considerar as necessidades
particulares da natureza das
atividades, por exemplo trabalhos
de usinagem e outros, que
necessitam de verificação
frequênte de dimensões de peças
e conjuntos utilizando instrumentos
de precisão, necessitam por vezes
de uma iluminação localizada tipo
“spotlight”, assim como serviços de
confecção em tecelagem em que
ocorre mudanças constantes de
cores que exigem ajustes e
regulagens de iluminamento.
35 I. Item II. Instrução
Técnica Normativa
III. Aspectos / Situação IV. Impactos / Consequências / Oportunidades de Melhoria
17.5.3.4
Fonte:
https://www.flickr.com/photos/yourbestdigs/3203114114
0/ in/photos/copyrights-under-creative-commons.
Fonte: Os autores
A medição dos
níveis de
iluminamento
previstos no
subitem 17.5.3.3
deve ser feita no
campo de
trabalho onde se
realiza a tarefa
visual, utilizando-
se de luxímetro
com fotocélula
corrigida para a
sensibilidade do
olho humano e
em função do
ângulo de
incidência.
A verificação das condições
de iluminamento inicia-se pela
verificação da situação de
trabalho e as exigências dos
recursos visuais inerentes a
tarefa, e como citado
anteriormente observação das
superfícies no entorno do
trabalho, paredes, teto, pisos.
Identificar as fontes de
iluminamento e a estratégia
para realizar a medição.
Para complementar as informações
observadas sobre o local e
natureza da atividade, entrevistas
com os trabalhadores é de grande
importância para ressaltar as
questões não perceptíveis pela
investigação inicial.
É importante ressaltar conforme na
figura ao lado, que a luz incidente
em uma superfície só se torna
visível ao olho humano, após ser
refletida nesta superfície. O
luxímetro por sua vez, não se
correlaciona com um valor objetivo
de energia irradiada ou refletida, já
que diferentes comprimentos de
onda dentro do espectro visível são
percebidos com sensibilidade
variável ao olho humano. Assim, o
luxímetro avalia a intensidade da
luz considerando a sua própria
variação.
36 I. Item II. Instrução
Técnica Normativa
III. Aspectos / Situação IV. Impactos / Consequências / Oportunidades de Melhoria
17.5.3.5
Fonte: Os autores
Quando não
puder ser definido
o campo de
trabalho previsto
no subitem
17.5.3.4 este será
um plano
horizontal a 0,75m
(setenta e cinco
centímetros) do
piso.
O campo de trabalho onde se
realiza a tarefa visual, nem
sempre pode ser definida
claramente, seja por exemplo,
por muito baixa frequência ou
complexidade da tarefa entre
outros motivos. Assim, este
subitem estabelece esta
referência, afim de enquadrar
estas excessões.
O mercado fabricante de mobiliário
e de equipamentos, muito
frequentemente adotam tal medida
de 0,75 m ou com variação muito
próxima a ela nos seus
fornecimentos. Sendo adotada
como uma referência muito usual
para mesas, escrivaninhas e
planos horizontais similares.
17.6 Organização do trabalho
37 I. Item II. Instrução
Técnica Normativa
III. Aspectos / Situação IV. Impactos / Consequências / Oportunidades de Melhoria
17.6.1
Fonte: Os autores
A organização do
trabalho deve ser
adequada às
características
psicofisiológicas
dos trabalhadores
e à natureza do
trabalho a ser
executado.
A organização do trabalho
inclui, mas não se limita aos
componentes definidos no
subitem 17.6.2 logo a seguir.
A organização do trabalho
leva em consideração a
aquisição e coordenação de
todos os recursos necessários
para se alcançar os objetivos
de um produto. Entre os
recursos podem constar o ser
humano com suas
caracteristicas e
necessidades
psicofisiológicas, os
equipamentos e ferramentas
com seus procedimentos
operacionais e de
manutenção, métodos de
trabalho, ordenação de
tarefas, períodos de
execução, entre outros. Em
função do grande número de
parâmetros a considerar a
organização do trabalho não é
uma tarefa trivial e fácil.
A organização do trabalho passa
no mínimo pelo estabelecido no
subitem 17.6.2, de modo que
sejam adequados as funções
motoras especialmente reflexos,
postura, equilíbrio, coordenação,
mecanismo de execução dos
movimentos dos trabalhadores e a
natureza das tarefas executadas
no local determinado para o
trabalho.
Para garantir condições mínimas
de organização do trabalho, devem
ser aplicadas de forma sistêmica,
as ferramentas de gestão de
Análise Ergonômica do Trabalho
em sentido amplo e programas de
monitoramento por intermédio do
PPRA, PCMSO entre outras
ferramentas disponibilizadas nas
NRs.
38 I. Item II. Instrução
Técnica Normativa
III. Aspectos / Situação IV. Impactos / Consequências / Oportunidades de Melhoria
17.6.2
Fonte: Os autores
A organização do
trabalho, para
efeito desta NR,
deve levar em
consideração, no
mínimo:
a) as normas de
produção;
b) o modo
operatório;
c) a exigência de
tempo;
d) a determinação
do conteúdo de
tempo;
e) o ritmo de
trabalho;
f) o conteúdo das
tarefas.
a) As fontes de normas
necessárias para uma boa
organização do trabalho, pode
ser composta de diversas
naturezas, ex. produção,
qualidade, segurança, meio
ambiente, saúde,
administrativas, etc. que
necessitam não serem
conflitantes. Um exemplo
muito marcante são as
necessidades de produção
que muitas vezes se sobrepõe
as de segurança. Assim torna-
se necessário envolver a
opinião de representantes dos
diversos departamentos para
minimizar as interfaces
contraditórias.
b) O processo produtivo
estabelecido para se chegar a
um produto desejado é que
define o modo operatório, com
a utilização de quais
equipamentos e ferramentas,
bem como todo o
sequenciamento operacional
necessário.
As normas de produção para
serem eficazes devem ser
elaboradas sempre que possível,
com o envolvimento daqueles que
as executam, os trabalhadores, e
para se manterem atualizadas que
passem pelos processos de
auditorias como requerido pela
gestão de melhoria contínua. E
para que sejam compreendidas e
melhor aplicadas os treinamentos,
reciclagens e discussões
periódicas são necessárias.
b) O modo operatório está sujeito a
uma variabilidade conforme
alterações dos insumos, estado ou
qualidade dos equipamentos e
mesmo das próprias condições
psicofisiológicas dos trabalhadores.
Uma análise ergonômica criteriosa
é capaz de identificar os vários
modos operatórios possíveis,
escritos ou praticados. Uma
organização do trabalho mais
flexível, permite que os
trabalhadores desenvolvam modos
operatórios mais apropriados.
39 I. Item II. Instrução
Técnica Normativa
III. Aspectos / Situação IV. Impactos / Consequências / Oportunidades de Melhoria
c) A exigência de tempo,
define por imposição o
período de tempo necessário
para a quantidade a ser
produzida. A capacidade de
produção varia de pessoa
para pessoa e até para um
mesmo indivíduo ao longo do
período de tempo.
d) O conteúdo de tempo está
relacionado ao quanto de
tempo se gasta em subtarefas
ou conjunto de atividades
para se cumprir uma tarefa,
segundo o (MTE, SIT, 2002).
Tais subtarefas e atividades
muita das vezes não são
consideradas ou conhecidas
plenamente pelo requerente
da tarefa.
e) O ritmo de trabalho em
certas situações pode estar
condicionado a velocidade de
um equipamento, como as
esteiras nas linhas de
montagem, ou pelo estímulo
de gratificação por produção,
quanto mais se faz mais se
c) A capacidade produtiva de um
indivíduo pode variar ao longo do
tempo, dia, mês, semana, ano, e
com a idade. E ainda pode variar
bem mais de um indivíduo para
outro. Os limites estabelecidos
pelas empresas se mal
gerenciados, podem ultrapassar a
capacidade dos trabalhadores,
colocando em risco sua saúde,
como exemplo os distúrbios
osteomusculares.
d) Uma análise mais criteriosa
pode ajudar a identificar quanto
tempo se leva nas subtarefas e
atividades além dos imprevistos,
mas que tem papel importante na
tarefa fim e que podem ser
desconhecidos pela liderança da
organização. Este tempo muitas
das vezes não são considerados
ou estimados nos estudos de
tempos para execuçao de tarefas.
e) Do mesmo modo que na alínea
c), o ritmo de trabalho estabelecido
pelas empresas em seus
processos produtivos, se mal
gerenciados, podem ultrapassar a
40 I. Item II. Instrução
Técnica Normativa
III. Aspectos / Situação IV. Impactos / Consequências / Oportunidades de Melhoria
ganha. E ainda pode ocorrer
pelo estímulo de prêmios e
competitividades entre
pessoas ou setores.
f) O conteúdo das tarefas
determina o modo como o
trabalhador percebe as
condições de seu trabalho, se
o mesmo é estimulante,
socialmente importante,
monótono ou abaixo de sua
capacidade, conforme (MTE,
SIT, 2002)
capacidade dos trabalhadores,
colocando também em risco sua
saúde, causando por exemplo os
distúrbios osteomusculares.
f) A maior ou menor valorização do
conteúdo das tarefas está sob a
avaliação do trabalhador e
depende de suas aspirações na
vida, bem como de suas
motivações para o trabalho,
segundo (MTE, SIT, 2002).
Fatores psicossociais são definidos
como as percepções subjetivas
que o trabalhador tem dos fatores
organizacionais, que transmite um
valor emocional ao trabalhador.
Assim uma progressão profissional
pode ser percebida como
estimulante e um reconhecimento
ao bom desempenho, que pode ser
acompanhado de receio e
ansiedade quando o mesmo não
se sente capaz de exercer o novo
cargo (MTE, SIT, 2002).
41 I. Item II. Instrução
Técnica Normativa
III. Aspectos / Situação IV. Impactos / Consequências / Oportunidades de Melhoria
17.6.3
Fonte: Os autores
a)
Fonte: Os autores
Nas atividades
que exijam
sobrecarga
muscular estática
ou dinâmica do
pescoço, ombros,
dorso e membros
superiores e
inferiores, e a
partir da análise
ergonômica do
trabalho, deve ser
observado o
seguinte:
a) para efeito de
remuneração e
vantagens de
qualquer espécie
deve levar em
consideração as
repercussões
sobre a saúde dos
trabalhadores;
A identificação de ocorrências
de distúrbios osteomusculares
relacionadaos ao trabalho –
DORT, em qualquer parte do
corpo, sejam eles pescoço,
ombros, dorso e membros
superiores e inferiores, já é
um indicador da existência de
sobrecarga muscular estática
ou dinâmica.
a) Remuneração e vantagens
de qualquer espécie como as
premiações, implica em
avaliação de desempenho em
algum momento, em função
de objetivos e metas
acordadas no inicio de tarefas
e períodos pré-estabelecidos.
A análise ergonomica do trabalho
deve identificar as questões
sistêmicas que possam estar
afetando os trabalhadores no todo,
e não só individualmente.
a) Segundo o que estabelece o
(MTE, SIT, 2002) as avaliações
quando realizadas individualmente,
provocam stress no trabalhador e
são patogênicas por si mesmas, ou
seja, mesmo que não haja
premiação para quem produza
mais. Assim as avaliações devem
ser coletivas. E que o incentivo a
produção via premiação e
vantagens financeiras, contribui
mais negativamente do que o
mobiliário e equipamentos
inadequados. Sob este olhar o
desafio é que se consiga extinguir
os incentivos à produção, nos
moldes aqui definidos, por
intermédio de ações do auditor-
fiscal, representação do
trabalhador e os próprios
trabalhadores.
42 I. Item II. Instrução
Técnica Normativa
III. Aspectos / Situação IV. Impactos / Consequências / Oportunidades de Melhoria
b)
Fonte: Os autores
c)
Fonte: Autores
b) devem ser
incluídas pausas
para descanso;
c) quando do
retorno do
trabalho, após
qualquer tipo de
afastamento igual
ou superior a 15
(quinze) dias, a
exigência de
produção deverá
permitir um
retorno gradativo
aos níveis de
produção vigentes
na época anterior
ao afastamento.
b) As pausas para descanso
são necessárias para permitir
o retorno das articulações à
posição neutra, o que
contribui de forma relevante
para reduzir a incidência de
DORT. Na prática isto
significa dar uma reduzida na
intensidade produtiva.
c) Após 15 dias de
afastamento sem executar
uma tarefa que era
costumeiramente feita, torna-
se necessário readequar o
trabalho às características
psicofisiológicas dos
trabalhadores, devido ao
processo de inatividade e
relaxamento osteomuscular.
b) Para o trabalho com entrada
eletrônica de dados, está
estabelecido na norma a pausa de
10 minutos a cada 50 minutos
trabalhados. A pausa para outros
processos produtivos necessita de
avaliação dedicada, em função das
particularidades. Em muitos casos
a pausa semelhante a da entrada
eletrônica de dados torna-se
inviável, e como o ritmo de
produção pode variar com a
demanda esta se torna mais
inadequada ainda. Assim diante
das diversidades de condições a
serem analisadas, as pausas
maiores e com menor frequência é
a alternativa mais provável.
c) Os afastamentos por periodo igual ou maior a 15 dias, pode ocorrer por diversos fatores como, casos de acidente, licenças, férias, maternidade, viagens dentro ou fora do trabalho, deslocamentos para cumprir rodízios de cargos, etc. Ao retornar ao posto de trabalho e ser submetido aos níveis de produção anteriores ao afastamento pode acarretar grande
43 I. Item II. Instrução
Técnica Normativa
III. Aspectos / Situação IV. Impactos / Consequências / Oportunidades de Melhoria
risco prematuro de lesões, pela falta de adaptação em diversos sentidos psicofisiológicos.
44 I. Item II. Instrução
Técnica Normativa
III. Aspectos / Situação IV. Impactos / Consequências / Oportunidades de Melhoria
17.6.4 Nas atividades de
processamento
eletrônico de
dados, deve-se,
salvo o disposto
em convenções e
acordos coletivos
de trabalho,
observar o
seguinte:
a) o empregador
não deve
promover
qualquer sistema
de avaliação dos
trabalhadores
envolvidos nas
atividades de
digitação,
baseado no
número individual
de toques sobre o
teclado, inclusive
o automatizado,
para efeito de
remuneração e
a) De forma similar ao
subitem 17.6.3 alínea a)
Remuneração e vantagens de
qualquer espécie como as
premiações, implica em
avaliação de desempenho em
algum momento, em função
de objetivos e metas
acordadas no início de tarefas
e períodos pré-estabelecidos.
b) Nesta alínea a norma é
explicita e taxativa ao limitar
quantitativamente o máximo
de toques que o empregador
poderá exigir de seus
empregados, ou seja 8000 /
hora trabalhada. Acreditamos
que este dado tenha sido
obtido por pesquisa nos
diversos campos profissionais
que utilizam o teclado como
ferramenta de trabalho.
c) Novamente a norma é bem
explícita e taxativa ao
empregador, quanto ao limite
máximo de horas de 5 horas
a) Segundo declara o (MTE, SIT,
2002) as avaliações quando
realizadas individualmente, neste
caso pelo número individual de
toques sobre o teclado, provocam
stress no trabalhador e são
patogênicas por si mesmas, ou
seja, mesmo que não haja
premiação para quem produza
mais. Assim as avaliações devem
ser preferencialmente coletivas. E
que o incentivo a produção via
premiação e vantagens financeiras,
contribui mais negativamente do
que mobiliário e equipamentos
inadequados. Sob este olhar o
desafio é que se consiga extinguir
os incentivos à produção, nos
moldes aqui definidos, por
intermédio de ações do auditor-
fiscal, representação do
trabalhador e os próprios
trabalhadores.
b) Acreditamos ainda que este
valor limite, em consonância com
outras ações estabelecidas por
esta norma, seja capaz de oferecer
Fonte: https://pixabay.com/en/blogging-blogger-office-
business-336376/copyrights-under-creative-commons.
a) e b)
Fonte: https://www.flickr.com/photos/laffy4k/441037582/in/phot
ostream/copyrights-under-creative commons.
45 I. Item II. Instrução
Técnica Normativa
III. Aspectos / Situação IV. Impactos / Consequências / Oportunidades de Melhoria
c)
Fonte: Os autores
vantagens de
qualquer espécie;
b) o número
máximo de toques
reais exigidos
pelo empregador
não deve ser
superior a 8 (oito)
mil por hora
trabalhada, sendo
considerado toque
real, para efeito
desta NR, cada
movimento de
pressão sobre o
teclado;
c) o tempo efetivo
de trabalho de
entrada de dados
não deve exceder
o limite máximo
de 5 (cinco)
horas, sendo que,
no período de
tempo restante da
jornada, o
que poderá exigir de seus
empregados, para o trabalho
de entrada de dados. Dando-
lhe a liberdade de utilizar o
restante do tempo da mão de
obra do empregado com
outras atividades, desde que
observado a CLT art. 468,
restringindo o trabalho a
atividades que não sejam
semelhantes, no quesito de
repetitividade e visual.
d) Conforme subitem anterior
17.6.3 b), as pausas para
descanso são necessárias
para permitir o retorno das
articulações à posição neutra,
o que contribui de forma
relevante para reduzir a
incidência de DORT. Na
prática isto significa dar uma
reduzida na intensidade
produtiva.
Vale mencionar que o art. 72
da CLT determina: “Nos
serviços permanentes de
a prevenção adequada ao
trabalhador na execução deste tipo
de atividade.
Vale ressaltar que podem ser
alcançados por esta
regulamentação os profissionais de
mecanografia (datilografia,
escrituração ou cálculo),
digitadores, caixas de banco e de
comércio, entre outros.
b) Esta alínea é bem explícita e
taxativa ao empregador, quanto a
pausa para descanso. Porém, a
pausa para outros processos
produtivos necessita de avaliação
dedicada, em função das
particularidades. Em muitos casos
a pausa semelhante a da entrada
eletrônica de dados torna-se
inviável, e como o ritmo de
produção pode variar com a
demanda esta se torna mais
inadequada ainda. Assim diante
das diversidades de condições a
serem analisadas, as pausas
d)
Fonte: https://pxhere.com/sk/photo/1446503/free-images
46 I. Item II. Instrução
Técnica Normativa
III. Aspectos / Situação IV. Impactos / Consequências / Oportunidades de Melhoria
e)
Fonte: https://pxhere.com/en/photo/1381237free-images
trabalhador
poderá exercer
outras atividades,
observado o
disposto no art.
468 da
Consolidação das
Leis do Trabalho,
desde que não
exijam
movimentos
repetitivos, nem
esforço visual;
(117.034-1 / I3)
d) nas atividades
de entrada de
dados deve haver,
no mínimo, uma
pausa de 10 (dez)
minutos para cada
50 (cinqüenta)
minutos
trabalhados, não
deduzidos da
jornada normal de
trabalho;
(117.035-0 / I3)
mecanografia (datilografia,
escrituração ou cálculo), a
cada período de 90 (noventa)
minutos de trabalho
consecutivo corresponderá
um repouso de 10 (dez)
minutos não deduzidos da
duração normal de trabalho”.
Sendo neste caso ao atender
o subitem 17.6.4 c) que é
mais restritivo, o empregador
estará observando também o
art. 72 da CLT.
e) Conforme subitem anterior
17.6.3 c) Após 15 dias de
afastamento sem executar
uma tarefa que era
costumeiramente feita, torna-
se necessário readequar o
trabalho às características
psicofisiológicas do
trabalhadore, devido ao
processo de inatividade e
relaxamento osteomuscular.
maiores e com menor frequência é
a alternativa mais provável.
c) Podemos observar que quanto
ao quesito tempo existem duas
regulamentações relevantes que
se complementam, o subitem
17.6.4 c) e o d). Ou seja limite
máximo de tempo contínuo de 5
(cinco) horas e intervalos para
descanso de 10 minutos a cada 50
minutos
e) Os afastamentos por periodo
igual ou maior a 15 dias, pode
ocorrer por diversos fatores como,
casos de acidente, licenças, férias,
maternidade, viagens dentro ou
fora do trabalho, deslocamentos
para cumprir rodizios de cargos,
etc. Ao retornar ao posto de
trabalho e ser submetido aos níveis
de produção anteriores ao
afastamento pode acarretar grande
risco prematuro de lesões, pela
falta de adaptação em diversos
sentidos psicofisiológicos.
47 I. Item II. Instrução
Técnica Normativa
III. Aspectos / Situação IV. Impactos / Consequências / Oportunidades de Melhoria
e) quando do
retorno ao
trabalho, após
qualquer tipo de
afastamento igual
ou superior a 15
(quinze) dias, a
exigência de
produção em
relação ao
número de tóques
deverá ser
iniciado em níveis
inferiores do
máximo
estabelecido na
alínea "b" e ser
ampliada
progressivamente.
48
NOTA GERAL SOBRE OS ANEXOS DA NR
Os anexos I e II da NR 17 foram implantados em 2007, ou seja, cerca de 17 anos após a Norma Regulamentadora 17, Ergonomia, entrar em vigor. O Anexo I trata do Trabalho dos Operadores de Checkouts e o Anexo II cobre o Trabalho em Teleatendimento/Telemarketing e derivaram de estudos que apontaram necessidades específicas no processo de análise e diagnóstico relativos a essas duas atividades de trabalho. Os anexos devem ser, portanto, entendidos como desdobramentos identificados como necessários pelos órgãos de fiscalização e controle do Ministério do Trabalho, um processo natural de melhoria contínua da NR 17, visando atender necessidades específicas na área de trabalho de operadores de checkout e de trabalhadores de telemarketing.
Os anexos estabelecem parâmetros e diretrizes mínimas adicionais para realização de operações associadas às atividades
supracitadas, porém, ainda mantendo vínculo direto com o texto principal e respectivo enquadramento normativo. Deste modo, estas seções terão apresentação diferenciada, sendo apresentadas considerações e ilustrações apenas sobre itens elencados, de acordo com a especificidade. Também poderão não ser transcritos itens originais do anexo que não seja objeto de comentário (C:), uma vez que tanto a NR 17 como seus anexos podem ser encontrados no site do Ministério do Trabalho, além de outras fontes.
Na prática, atividades produtivas que não tenham relação direta com a destinação dos anexos, mas que possuam correlação
com as características dessas operações tendem a ser avaliadas a partir de recomendações desses complementos à norma principal. Por exemplo, numa operação de manufatura onde o operador trabalha junto a uma esteira transportadora, uma eventual inadequação pode receber uma interpretação, por similaridade, do texto do anexo para o seu enquadramento normativo.
49
ANEXO I DA NR-17 - TRABALHO DOS OPERADORES DE CHECKOUT Publicação Portaria SIT no 8, de 30, de 30/03/2007, D.O.U. de 02/04/2007 1 OBJETIVO E CAMPO DE APLICAÇÃO
1.1 Esta Norma objetiva estabelecer parâmetros e diretrizes mínimas para adequação das condições de trabalho dos operadores de checkout, visando à prevenção dos problemas de saúde e segurança relacionados ao trabalho.
C: O caput do anexo I da norma apresenta os critérios básicos de adequação do posto e do ambiente de trabalho específico de operadores de checkout, de acordo com os princípios da Ergonomia (observacional). Os aspectos devem ser aquilo que se percebe na ação. Os impactos são os efeitos dos aspectos observados. Existem impactos visíveis e não visíveis. Alguns impactos podem ser evidenciados pelo uso de ferramentas de ação ergonômica (ex: Diagrama de Corlett) ou dados epidemiológicos fornecidos pelo SESMT.
Fonte: Os autores
50
1.2 Esta Norma aplica-se aos empregadores que desenvolvam atividade comercial utilizando sistema de autosserviço e checkout, como supermercados, hipermercados e comércio atacadista.
C: Este subitem estabelece a abrangência de aplicação do anexo, que inclui, além dos operadores, também os clientes que estejam em atividade de autosserviço ou passando pelo checkout e possam também serem afetados por questões tanto de segurança quanto de saúde.
Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Supermarket_check_out.JPG Fonte: https://commons.wikimedia.org/w/File:Self_checkout_NCR_.jpg
2 O POSTO DE TRABALHO
C: Entende-se o posto de trabalho como o local imediato onde as atividades de trabalho são desenvolvidas.
2.1 Em relação ao mobiliário do checkout e às suas dimensões, incluindo distâncias e alturas, no posto de trabalho deve-se: alíneas a), b), c), d), e), f), g), h) e i).
C: O mobiliário de Checkout deve respeitar os alcances dos braços, pernas e visão da grande maioria dos trabalhadores, em
90%, ou seja, compatibilizando o campo de visão com o manuseio de mercadorias. As alíneas b), c), d) e e) se complementam e se espelham no item 17.3.2 da NR 17, onde busca-se o bem-estar e o conforto do trabalhador, oferecendo espaço adequado para a colocação da cadeira e flexibilidade de alternância entre as posições sentada e em pé, com livre movimentação nas duas posições, evitando a flexão e torção do tronco.
51
O checkout deve ser equipado com esteira de comprimento mínimo de 2,70 metros, e acionamento eletromecânico para a movimentação de mercadorias. Além do sistema de comunicação, sugere-se estações centralizadas para o pessoal de apoio em relação aos checkouts, pois podem exercer a comunicação e ter visualização privilegiada de possíveis necessidades dos operadores, propiciando ainda atendimento mais rápido. O mobiliário deve ter acabamento isento de quinas pontiagudas, rebarbas, parafusos, pregos ou rebites salientes. De modo a evitar acidentes. Caso necessário deverá ser fornecido apoio para os pés, para melhor adaptação ao comprimento das pernas do trabalhador.
Fonte: Os autores
2.2 Em relação ao equipamento e às ferramentas utilizadas pelos operadores de checkout para o cumprimento de seu trabalho, deve-se: alíneas a), b), c) e d)
C: São diversos os equipamentos operados e ferramentas manuseadas no checkout, entre estes, esteira para movimentação
de mercadorias, balança, monitor de vídeo, caixa registradora, leitor ótico de código de barras, leitora para cartão de banco e o teclado para digitação, área de embalagem, etc., devendo estarem dispostos dentro do limite de alcance dos operadores tanto no manuseio quanto visual acompanhado de livre movimento dos membros superiores e inferiores. A escolha de equipamentos e ferramentas devem favorecer as operações e manuseios sem exigência acentuada de força, pressão, extensão, flexão ou torção do corpo. O espaço no interior do balcão de checkout deve garantir a prevenção de acidentes mecânicos, tipo bater contra, cortes, arranhões ou similares e elétricos principalmente pela necessidade de fiações e tomadas embutidas, que podem causar tanto choques como curtos-circuitos e centelhamentos.
52
Fonte: Os autores
3 A MANIPULAÇÃO DE MERCADORIAS
3.1 O empregador deve envidar esforços a fim de que a manipulação de mercadorias não acarrete o uso de força muscular excessiva por parte dos operadores de checkout, por meio da adoção de um ou mais dos seguintes itens, cuja escolha fica a critério da empresa: alíneas a), b), c), d) e e).
C: Quanto aos esforços este subitem oferece ao empregador flexibilidade administrativa de escolher e combinar entre alguns
itens sugeridos, para manter os esforços nos limites estabelecidos. Sendo sugeridos: negociação com fornecedores sobre o tamanho e volume das embalagens de mercadorias; utilização de tecnologias mais apropriadas em equipamentos e instrumentos; modos alternativos em manuseio para passar o código de barras pelo leitor ótico e disponibilização de pessoal para auxiliar, entre outras medidas cabíveis.
53
Sempre que ocorrer o risco de uso de força muscular excessiva a empresa deverá adotar recursos apropriados para auxiliar na redução da sobrecarga no manuseio de mercadorias.
Fonte: Os autores
3.3 O empregador deve adotar medidas para evitar que a atividade de ensacamento de mercadorias se incorpore ao ciclo de trabalho ordinário e habitual dos operadores de checkout, tais como: alíneas a), b) e c)
C: Não deve ser parte do escopo de trabalho rotineiro do operador de checkout, a atividade de ensacamento de mercadorias,
assim é estabelecido que a empresa mantenha no mínimo um ensacador a cada três checkouts em funcionamento. E que proporcione facilidades, de modo que o ensacamento seja feito pelo próprio cliente.
54
Fonte: Os autores
3.4 A pesagem de mercadorias pelo operador de checkout só poderá ocorrer quando os seguintes requisitos forem atendidos simultaneamente: alíneas a), b), c), d) e e).
C: A balança deve estar localizada frontalmente e próxima ao operador, nivelada com a superfície da mesa do checkout, admitindo-se até dois centímetros de descontinuidade para cada lado da balança. O teclado para digitação deve estar localizado a uma distância máxima de 45 (quarenta e cinco) cm da borda interna do checkout. Número máximo de 8 (oito) dígitos para os códigos de mercadorias que tenham a necessidade de ser pesadas.
55
Fonte: Os autores
3.5 Para o atendimento no checkout, de pessoas idosas, gestantes, portadoras de deficiências ou que apresentem algum tipo de incapacidade momentânea, a empresa deve disponibilizar pessoal auxiliar, sempre que o operador de caixa solicitar.
C: Sempre que for solicitado pelo operador de checkout, a empresa deve disponibilizar pessoal para dar suporte no atendimento
a pessoas idosas, gestantes, portadoras de deficiências ou que apresentem algum tipo de necessidade momentânea.
56
Fonte: Os autores
57
4 A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO 4.3 É vedado promover, para efeitos de remuneração ou premiação de qualquer espécie, sistema de avaliação do desempenho
com base no número de mercadorias ou compras por operador. C: Mantendo a mesma determinação do item 17.6 Organização do trabalho e subitem 17.6.4 alínea a) da NR 17, e segundo
declara o (MTE, SIT, 2002) as avaliações quando realizadas individualmente, neste caso pelo número de mercadorias ou compras por operador, provocam stress no trabalhador e são patogênicas por si mesmas, ou seja, mesmo que não haja premiação para quem produza mais. Assim as avaliações devem ser preferencialmente coletivas. E que o incentivo à produção via premiação e vantagens financeiras, contribui mais negativamente do que o mobiliário e equipamentos inadequados. Sob este olhar o desafio é que se consiga extinguir os incentivos à produção, nos moldes aqui definidos, por intermédio de ações do auditor-fiscal, representação do trabalhador e os próprios trabalhadores.
Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Supermarket_check_out.JPG
4.4 É atribuição do operador de checkout a verificação das mercadorias apresentadas, sendo-lhe vedada qualquer tarefa de
segurança patrimonial.
58
C: Não caberá ao operador de checkout além de suas atribuições normais, ser responsabilizado também pela segurança
patrimonial, ou seja, saída do estabelecimento de mercadorias e outros itens de forma irregular, ou seja, sem o controle devido de registro, pagamento ou liberação. Assim a empresa deverá manter sistema de controles e pessoal de apoio dedicado à esta tarefa.
Fonte: Os autores
59
5 OS ASPECTOS PSICOSSOCIAIS DO TRABALHO 5.1 Todo trabalhador envolvido com o trabalho em Checkout deve portar um dispositivo de identificação visível, com nome e/ou
sobrenome, escolhido(s) pelo próprio trabalhador. C: A identificação com o nome e/ou sobrenome do profissional, identifica-o como um funcionário da empresa e que
supostamente está qualificado para exercer sua função, ao mesmo tempo permite que seja tratado pelo nome, o que sugere uma atitude de respeito para com o mesmo.
Fonte: Os autores
5.2 É vedado obrigar o trabalhador ao uso, permanente ou temporário, de vestimentas ou propagandas ou maquilagem
temática, que causem constrangimento ou firam sua dignidade pessoal. C: É muito comum nos períodos de festas como natal, páscoa, ano novo e também para promoção de produtos, que o
estabelecimento utilize em seus empregados vestimentas, adornos, propagandas ou maquiagem temática. Tal atitude é vedada ao empregador, sem o consentimento do empregado, afim de evitar constrangimentos ou questões de dignidade das pessoas.
60
Fonte: Os autores
61
6 INFORMAÇÃO E FORMAÇÃO DOS TRABALHADORES 6.1 Todos os trabalhadores envolvidos com o trabalho de operador de checkout devem receber treinamento, cujo objetivo é
aumentar o conhecimento da relação entre o seu trabalho e a promoção à saúde. C: O treinamento visa prover o empregado com uma qualificação mínima, em relação ao conhecimento sobre seu trabalho e
questões de saúde e de segurança, oferecendo-lhe capacitação suficiente para exercer sua tarefa com qualidade e de forma prevencionista, permitindo ao mesmo desenvolvimento de experiência de forma adequada.
6.2 O treinamento deve conter noções sobre prevenção e os fatores de risco para a saúde, decorrentes da modalidade de
trabalho de operador de checkout, levando em consideração os aspectos relacionados a: a) posto de trabalho; b) manipulação de mercadorias; c) organização do trabalho; d) aspectos psicossociais do trabalho; e) agravos à saúde mais encontrados entre operadores de checkout.
C: Deve ser estabelecido o conteúdo programático com os aspectos mínimos a serem ministrados no treinamento, em relação a atividade e a prevenção de riscos relacionados à segurança e a saúde principalmente os agravos mais frequentes entre os operadores de checkout, como as doenças musculoesqueléticas que afetam os membros superiores e inferiores, além do estresse do quotidiano. Na sequência o subitem 6.2.1 estabelece que o treinamento tenha carga horária mínima de (2) duas horas até o trigésimo dia da data de admissão e reciclagem anual. O subitem 6.4 estabelece ainda a obrigatoriedade de disponibilização de material didático com os tópicos aqui estabelecidos em suas alíneas de a) a e). O subitem 6.5 deixa a livre critério de cada empresa sobre a forma do treinamento, se contínuo ou intermitente, presencial ou a distância, palestras, cursos ou audiovisual.
62
Fonte: Os autores
6.6 A elaboração do conteúdo técnico e avaliação dos resultados do treinamento devem contar com a participação de
integrantes do Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho e da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes, quando houver, e do coordenador do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional e dos responsáveis pela elaboração e implementação do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais.
C: Este item estabelece que devem ser considerados o envolvimento de integrantes do SESMT regido pela NR 4 e da CIPA
regida pela NR 5 (quando houver), do PCMSO regido pela NR 7 e do PPRA regido pela NR 9, na elaboração do conteúdo técnico e avaliação dos resultados do treinamento. Todas as evidências do envolvimento destes integrantes, realização e avaliação dos resultados de treinamentos e devem ser mantidas, por serem alvos de ação de auditorias do trabalho.
63
ANEXO II DA NR-17 - TRABALHO EM TELEATENDIMENTO/TELEMARKETING Publicação Portaria SIT n.o 9, de 30, de 30/03/2007, D.O.U. de 02/04/2007
1 O presente Anexo estabelece parâmetros mínimos para o trabalho em atividades de teleatendimento/telemarketing nas diversas modalidades desse serviço, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança, saúde e desempenho eficiente. E subitens 1.1, 1.1.1, 1.1.1.1 e 1.1.2.
C: Este anexo estabelece os parâmetros mínimos específicamente com foco nas atividades de teleatendimento/telemarketing,
visando proporcionar, como um ícone da NR 17, o máximo de conforto, segurança, saúde e desempenho eficiente. As disposições deste anexo se aplicam aos serviços de teleatendimento/telemarketing nas modalidades ativo ou receptivo em centrais de atendimento telefônico e/ou centrais de relacionamento com clientes (call centers). No call center a atividade principal ocorre via telefone e/ou rádio com utilização simultânea de terminais de computador. No teleatendimento/telemarketing a comunicação com interlocutores e usuários ocorre por intermédio de voz e/ou mensagem eletrônica, com a utilização simultânea de equipamentos de audição/escuta e fala telefônica utilizando sistemas informatizados ou manuais de processamento de dados.
Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Customer_support_2.jpg
64
2 MOBILIÁRIO DO POSTO DE TRABALHO 2.1 Para trabalho manual sentado ou que tenha de ser feito em pé deve ser proporcionado ao trabalhador mobiliário que atenda
aos itens 17.3.2, 17.3.3 e 17.3.4 e alíneas, da Norma Regulamentadora n.º 17 (NR 17) e que permita variações posturais, com ajustes de fácil acionamento, de modo a prover espaço suficiente para seu conforto, atendendo, no mínimo, aos seguintes parâmetros: alíneas a), b), c), d), e), f), g), h) e i).
C: Destaque a ser dado a manutenção dos itens 17.3.2, 17.3.3 e 17.3.4 e respectivas alíneas da NR 17 para o trabalho manual
a ser realizado sentado ou em pé. As alíneas mencionadas, definem principalmente as medidas fundamentais e condições de ajustes e regulagens que devem fazer parte da forma construtiva do mobiliário, alem da disposição ou posicionamento dos utensílios operacionais, de forma a prover ao trabalhador: boa postura; visualização ampla e com fácil acesso a todas as partes do posto de trabalho; variações posturais confortáveis; ajustes e regulagens de fácil manuseio e espaços de trabalho apropriados e seguros.
j) os assentos devem ser dotados de: subitens 1), 2), 3), 4), 5), 6), 7), 8) e 9) C: Os subitens de 1) a 9) mencionados, também procuram definir as principais medidas, ajustes, regulagens, acessórios e
características dos materiais que devem fazer parte do “design” de fabricação dos assentos para operadores de teleatendimento/telemarketing. Destacando-se as condições de: apoio da cadeira sobre 05 (cinco) pés com rodízios; superfície do assento deve ser estofada e ter regulagem de altura em relação ao piso; apoio de braços com regulável em altura; encosto duplamente ajustável em altura e em sentido antero-posterior com formato que forneça proteção da região lombar; todas as superfícies onde ocorre contato corporal devem ser estofadas e revestidas de material que permita a perspiração e é permitido a adoção de até 03 (três) tipos de cadeiras com alturas diferentes, de forma a atender as necessidades de todos os operadores. E caso necessário deverá ser fornecido apoio para os pés, para melhor adaptação ao comprimento das pernas do trabalhador. Em resumo os postos de trabalho devem ser equipados com mobiliário que permita fazer ajustes e regulagens de maneira prática e fácil, de modo a prover ao trabalhador o bem-estar, o conforto, a saúde e eficiência na execução de suas atividades.
65
Fonte: Os autores
66
3 EQUIPAMENTOS DOS POSTOS DE TRABALHO 3.1 Devem ser fornecidos gratuitamente conjuntos de microfone e fone de ouvido (head-sets) individuais, que permitam ao
operador a alternância do uso das orelhas ao longo da jornada de trabalho e que sejam substituídos sempre que apresentarem defeitos ou desgaste devido ao uso. E subitem 3.1.2
C: O conjunto de microfone e fone de ouvido, também conhecido como “head-sets”, é de fornecimento obrigatório pela empresa a cada empregado, sendo do tipo que permita a alternância de orelha sempre que o operador necessitar. E por motivos de defeitos ou desgastes seja por danos acidentais, uso ou fim de vida útil devem ser imediatamente substituídos. Como alternativa o “head-set” poderá ser um para cada posto de trabalho, desde que as partes que possam transmitir qualquer tipo de contágio ou risco à saúde sejam de uso individual.
Fonte: Os autores
3.1.3 Os “head-sets” devem: alíneas a), b), c) e d) C: Os “head-sets” devem ter a correta higienização e adequada condição operacional garantidas pelo empregador. Seus
dispositivos de operação e controles devem ser de fácil uso e alcance. Possuir dispositivos de regulagem individual da intensidade do nível sonoro e de proteção contra choques acústicos e ruídos indesejáveis de alta intensidade, de forma a garantir o entendimento claro das mensagens.
3.2 O empregador deve garantir o correto funcionamento e a manutenção contínua dos equipamentos de comunicação,
incluindo os conjuntos de “head-sets”, utilizando pessoal técnico familiarizado com as recomendações dos fabricantes. C: O correto funcionamento e a manutenção contínua dos equipamentos de comunicação, devem ser de responsabilidade e
garantidos pelo empregador.
67
Fonte: Os autores
3.4 Toda introdução de novos métodos ou dispositivos tecnológicos que traga alterações sobre os modos operatórios dos
trabalhadores deve ser alvo de análise ergonômica prévia, prevendo-se períodos e procedimentos adequados de capacitação e adaptação.
C: Sempre que ocorrerem mudanças devido a novos métodos ou dispositivos tecnológicos que possam provocar alterações
nos modos operatórios dos trabalhadores, deve ser considerado a realização de análise ergonômica, prevendo-se ainda períodos e procedimentos adequados de capacitação e adaptação, ou seja, como se fosse um novo processo de integração com as condições de trabalho.
68
4 CONDIÇÕES AMBIENTAIS DE TRABALHO 4.1 Os locais de trabalho devem ser dotados de condições acústicas adequadas à comunicação telefônica, adotando-se
medidas tais como o arranjo físico geral e dos postos de trabalho, pisos e paredes, isolamento acústico do ruído externo, tamanho, forma, revestimento e distribuição das divisórias entre os postos, com o fim de atender o disposto no item 17.5.2, alínea “a” da NR-17. E item 4.2 com alíneas a), b), c) e d).
C: O subitem 17.5.2 e alínea a) da NR 17, é dedicado aos locais de trabalho que exijam solicitação intelectual e atenção
constante, que inclui os de teleatendimento/telemarketing. Estabelecendo-se ainda a NBR 10152 para os níveis de ruído a serem atendidos e ainda nas alíneas b) e c), o índice de temperatura efetiva e a velocidade do ar requeridos. Como prevenção geral em relação as condições ambientais inadequadas no local de trabalho.
Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Call_Center_(8620101136).jpg Fonte: https://www.flickr.com/photos/jurvetson/5439665407/copyrights-under-creative-commons.
4.2.2 As empresas podem instalar higrômetros ou outros equipamentos que permitam ao trabalhador acompanhar a
temperatura efetiva e a umidade do ar do ambiente de trabalho. C: Este subitem fornece como sugestão para as empresas, a instalação de instrumentos como o higrômetro ou outros, de
forma a permitir que o trabalhador possa monitorar sempre que julgar necessário ou que sinta algum desconforto, em relação as condições ambientais no seu posto de trabalho.
69
......Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Hygrometer-Thermometer.JPG
4.3 Para a prevenção da chamada “síndrome do edifício doente”, devem ser atendidos: alíneas a), b) e c) C: Cita-se as regulamentações a serem seguidas, para a “Qualidade do Ar de Interiores em Ambientes Climatizados” portaria
do Ministério da Saúde MS no 3523, de 28/07/1998, e como Padrões Referenciais de Qualidade do Ar Interior em ambientes climatizados artificialmente de uso público e coletivo, Resolução RE no 9, de 16/01/2003 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA, ou outros documentos que venham a substitui-las, à exceção dos parâmetros físicos de temperatura e umidade definidos no item 4.2 deste ANEXO II. Toda esta regulamentação visa prevenir condições inadequadas de ventilação, proliferação de fungos, bactérias, mofo, maus odores, etc. que possam causar danos à saúde do trabalhador.
70
Fonte: Os autores
71
5 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO
5.1 A organização do trabalho deve ser feita de forma a não haver atividades aos domingos e feriados, seja total ou parcial, com exceção das empresas autorizadas previamente pelo Ministério do Trabalho e Emprego, conforme o previsto no Artigo 68, “caput”, da CLT e das atividades previstas em lei. E subitens 5.1.1, 5.1.2 e 5.1.3.
C: A organização do trabalho neste item e seus subitens 5.1.1, 5.1.2 e 5.1.3, definem os requisitos a serem observados quanto
ao repouso semanal remunerado, escalas para fins de semana e feriados levando em conta as necessidades especiais de família, pausas, intervalos e descansos. Nestes requisitos são fortemente citados e embasados nos artigos da CLT - Consolidação das Leis Trabalhistas, onde além do texto do item 5.1, podemos ainda destacar: É assegurado pelo menos um dia de repouso semanal remunerado coincidente com o domingo a cada mês, independentemente de metas, faltas e/ou produtividade, nos casos previamente autorizados. Devem ser definidas e informadas aos trabalhadores com antecedência necessária as escalas de fins de semana e de feriados, em observância aos Artigos 67, parágrafo único, e 386 da CLT. As escalas laborais devem acomodar as necessidades especiais da vida familiar dos trabalhadores com dependentes sob seus cuidados, especialmente necessidades de nutrição, flexibilizando trocas de horários e utilização das pausas. As jornadas de trabalho de rotina, somente poderão ser prolongadas em casos excepcionais, por motivo de força maior, necessidade imperiosa ou para a realização ou conclusão de serviços inadiáveis ou cuja inexecução possa acarretar prejuízo manifesto, em observância ao Artigo 61 da CLT, ainda comunicando à autoridade, prevista no § 1º do mesmo artigo, no prazo de 10 (dez) dias.
.........................................Fonte: Os autores Fonte: https://pxhere.com/sk/photo/1446503/free-images
72
5.2 O contingente de operadores deve ser dimensionado às demandas da produção no sentido de não gerar sobrecarga habitual ao trabalhador. E subitem 5.2.1.
C: Este item conjugado com seu subitem 5.2.1, visam obter um contingente de operadores quantitativamente adequado, de
modo a não gerar sobrecarga habitual ou rotineira ao trabalhador e que todos possam usufruir das pausas e intervalos previstos neste Anexo.
Fonte: Os autores
5.3 O tempo de trabalho em efetiva atividade de teleatendimento/telemarketing é de, no máximo, 06 (seis) horas diárias, nele
incluídas as pausas, sem prejuízo da remuneração. E subitens 5.3.1 e 5.3.2. C: Este item, assim como seu detalhamento nos subitens 5.3.1 e 5.3.2, é reforçado por citar a observância ao limite de 36 (trinta
e seis) horas semanais de tempo efetivo em atividade. Devendo ser computado no tempo efetivo em atividade de teleatendimento/telemarketing os períodos em que o trabalhador se encontra no posto de trabalho, os intervalos entre os ciclos laborais e os deslocamentos para solução de questões relacionadas ao trabalho.
73
Fonte: Os autores
5.4 Para prevenir sobrecarga psíquica, muscular estática de pescoço, ombros, dorso e membros superiores, as empresas devem permitir a fruição de pausas de descanso e intervalos para repouso e alimentação aos trabalhadores. E subitens 5.4.1 com alíneas a), b) e c), 5.4.2, 5.4.3 e 5.4.4 com os subitens 5.4.4.1 e 5.4.4.2.
C: As pausas para descanso e intervalos, segue com detalhamento nos subitens 5.4.1 e alíneas a), b) e c), 5.4.2, 5.4.3 e 5.4.4
com seus subitens 5.4.4.1 e 5.4.4.2, de onde se destacam: As pausas deverão ser realizadas, fora do posto de trabalho, em 2 (dois) períodos de 10 (dez) minutos contínuos, após os primeiros e antes dos últimos 60 (sessenta) minutos de trabalho em atividade de teleatendimento/telemarketing. A empresa deve dispor de 20 (vinte) minutos de intervalo para repouso e alimentação, sendo que a instituição de pausas não prejudica este direito ao intervalo obrigatório, conforme previsto no §1° do Artigo 71 da CLT. Concessão de uma pausa para descanso contínua de 10 (dez) minutos, para a condição de tempo de trabalho efetivo de até 04 (quatro) horas diárias; Concessão de pausas no trabalho imediatamente após operação onde haja ocorrido ameaças, abuso verbal, agressões ou que tenha sido especialmente desgastante, que permitam ao operador recuperar-se e socializar conflitos e dificuldades com colegas, supervisores ou profissionais de saúde ocupacional, especialmente capacitados para tal acolhimento.
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As pausas para descanso devem ser consignadas em registro impresso ou eletrônico, podendo ser acessada pelos trabalhadores e, disponibilizadas sempre que solicitado pela fiscalização do trabalho no curso de inspeções.
.............Fonte: Os autores
Fonte: https://pxhere.com/sk/photo/1446503/free-images
5.5 O tempo necessário para a atualização do conhecimento do operador e para o ajuste do posto de trabalho é considerado
como parte da jornada normal. C: Neste caso treinamentos, por intermédio de reuniões, palestras, vídeos, e outros modos para atualização do conhecimento
do operador e para ajuste do posto de trabalho, deve ser considerado como parte da jornada de trabalho e consequentemente remunerada.
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................Fonte: Os autores
5.6 A participação em quaisquer modalidades de atividade física, quando adotadas pela empresa, não é obrigatória, e a recusa
do trabalhador em praticá-la não poderá ser utilizada para efeito de qualquer punição. C: O trabalhador terá o livre arbítrio de participar ou não de atividades físicas propostas pela empresa, sem que sua recusa
possa ser objeto de punição.
....Fonte: https://commons.wikimedia.org/Laboral_Chemtech.jpg-
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5.7 Com o fim de permitir a satisfação das necessidades fisiológicas, as empresas devem permitir que os operadores saiam de seus postos de trabalho a qualquer momento da jornada, sem repercussões sobre suas avaliações e remunerações.
C: A qualquer momento da jornada independente de pausas e intervalos, pois necessidades fisiológicas muitas das vezes são
imprevisíveis e difíceis de ser contidas, e assim não devem ter consequências em avaliações e remunerações.
Fonte: Os autores
5.8 Nos locais de trabalho deve ser permitida a alternância de postura pelo trabalhador, de acordo com suas conveniência e necessidade.
C: A alternância de postura constitui-se em uma forma de prevenção do cansaço e da fadiga e consequentemente de eficiência
no trabalho, sendo assim deve ser permitida e utilizada livremente.
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5.9 Os mecanismos de monitoramento da produtividade, tais como mensagens nos monitores de vídeo, sinais luminosos, cromáticos, sonoros, ou indicações do tempo utilizado nas ligações ou de filas de clientes em espera, não podem ser utilizados para aceleração do trabalho e, quando existentes, deverão estar disponíveis para consulta pelo operador, a seu critério.
C: Tais mecanismos podem ser utilizados como forma de controle geral e estudos estatísticos, identificação de necessidades
de melhoria do processo global de atendimento, e outros fins, porém para ao ser associados à aceleração do trabalho podem conduzir ao estresse e fadiga precoce. Requerido então que seja de conhecimento e disponibilizado ao trabalhador para sua utilização conforme conveniência.
Fonte: Os autores
5.10 Para fins de elaboração de programas preventivos devem ser considerados os seguintes aspectos da organização do
trabalho: alíneas a), b), c), d) e e). C: Os programas preventivos, ou seja, de prevenção aos agravos ao bem-estar e a saúde, devem levar em conta:
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Compatibilização de metas a serem estabelecidas com as condições oferecidas para execução do trabalho e tempo. Monitoramento de desempenho, que pode ser um gatilho para se realizar investigações de condições anormais identificadas. Repercussões sobre a saúde dos trabalhadores decorrentes de todo e qualquer sistema de avaliação para efeito de remuneração e vantagens de qualquer espécie, pois tais sistemas podem conduzir a sobrecarga de trabalho e serem altamente prejudiciais à saúde do trabalhador, devendo-se dar preferência a sistemas de avaliação coletivos em relação aos individuais. Pressões aumentadas de tempo em horários de maior demanda. Períodos para adaptação ao trabalho, são necessários para adequação gradativa das necessidades psicofisiológicos do trabalhador.
5.11 É vedado ao empregador: alíneas a) e b), e subitens 5.12, e 5.13 com alíneas a), b) e c). C: Este conjunto de itens e alíneas do Anexo é dedicado explicitamente, a não permitir o empregador de:
Exigir o atendimento restrito do script ou roteiro de atendimento. Responsabilizar o operador sobre os períodos de tempo ou interrupções no trabalho não dependentes de sua conduta. Utilizar procedimentos de monitoramento por escuta e gravação de ligações, sem o conhecimento do operador. Utilizar métodos que causem assédio moral, medo ou constrangimento, tais como estímulo abusivo à competição entre trabalhadores ou grupos/equipes de trabalho; Exigir que os trabalhadores usem, de forma permanente ou temporária, adereços, acessórios, fantasias e vestimentas com o objetivo de punição, promoção e propaganda. Expor publicamente avaliações de desempenho dos operadores.
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Fonte: Os autores
Fonte: Os autores
5.14 Com a finalidade de reduzir o estresse dos operadores, devem ser minimizados os conflitos e ambiguidades de papéis nas tarefas a executar, estabelecendo-se claramente as diretrizes quanto a ordens e instruções de diversos níveis hierárquicos, autonomia para resolução de problemas, autorização para transferência de chamadas e consultas necessárias a colegas e supervisores.
C: Principalmente no período de familiarização com a organização no caso de novos empregados, ou a qualquer momento que
se faça necessário, o conhecimento de organogramas com os principais níveis hierárquicos tanto para cima quanto para baixo, apresentação da descrição de cargo com a delimitação das atividades de responsabilidade do empregado. Além de definições sobre autonomia para resolução de problemas e autorização para transferência de chamadas e consultas de necessidade a colegas e supervisores, são fatores que sem dúvida ajudam a prevenir expectativas, insegurança e estresse dos operadores.
5.15 Os sistemas informatizados devem ser elaborados, implantados e atualizados contínua e suficientemente, de maneira a
mitigar sobretarefas como a utilização constante de memória de curto prazo, utilização de anotações precárias, duplicidade e concomitância de anotações em papel e sistema informatizado.
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C: A implantação e atualização contínua de novas tecnologias tanto em “hardwares” como e em “softwares” além das necessidades básicas de modernização e melhoria do desempenho produtivo, devem ser sempre exploradas no sentido de mitigar sobretarefas como a utilização constante de memória de curto prazo, utilização de anotações ineficientes, duplicidade e concomitância de anotações em papel e sistema informatizado.
Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:IUIUI.jpg. Fonte: https://pxhere.com/pt/photo/1449121/ free-images
5.16 As prescrições de diálogos de trabalho não devem exigir que o trabalhador forneça o sobrenome aos clientes, visando
resguardar sua privacidade e segurança pessoal. C: Além da não exigência o trabalhador deve estar bem informado/treinado sobre o não fornecimento do seu sobrenome aos
clientes, como medida preventiva para sua segurança pessoal.
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6 CAPACITAÇÃO DOS TRABALHADORES 6.1 Todos os trabalhadores de operação e de gestão devem receber capacitação que proporcione conhecer as formas de
adoecimento relacionadas à sua atividade, suas causas, efeitos sobre a saúde e medidas de prevenção. E subitem 6.1.1. C: A capacitação deverá incluir todos os trabalhadores, sejam eles efetivos e temporários de operação e de gestão. O objetivo
é fornecer amplo treinamento sobre as questões relacionados a melhor forma de executar a atividade de teleatendimento/telemarketing, para evitar todas as possíveis consequências indesejáveis à saúde, conhecendo as formas de enfermidades, suas causas e medidas prevencionistas. Colocando-se em prática o antigo ditado, “melhor prevenir do que remediar”.
6.1.2 A capacitação deve incluir, no mínimo, aos seguintes itens: alíneas a), b), c), d), e), f) e g). C: O escopo de requisitos à capacitação de trabalhadores em teleatendimento/telemarketing, considera o seguinte currículo:
Noções sobre os fatores de riscos para a saúde. Medidas de prevenção para a redução dos riscos relacionados ao trabalho. Informações sobre os sintomas de adoecimento que possam estar relacionados a atividade, principalmente os que envolvem o sistema osteomuscular, a saúde mental, as funções vocais, auditivas e acuidade visual dos trabalhadores. Informações sobre a utilização correta dos mecanismos de ajuste do mobiliário e dos equipamentos dos postos de trabalho, incluindo orientação para alternância de orelhas no uso dos fones mono ou bi-auriculares e limpeza e substituição de tubos de voz. Duração de 04 (quatro) horas na admissão e reciclagem a cada 06 (seis) meses, independentemente de campanhas educativas que sejam promovidas pelos empregadores. Distribuição obrigatória de material didático impresso com o conteúdo apresentado. Realização durante a jornada de trabalho.
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Fonte: Os autores
6.2 Os trabalhadores devem receber qualificação adicional à capacitação obrigatória referida no item anterior quando forem introduzidos novos fatores de risco decorrentes de métodos, equipamentos, tipos específicos de atendimento, mudanças gerenciais ou de procedimentos.
C: Sempre que houver mudanças no processo de execução da atividade de teleatendimento/telemarketing, mesmo que as
mudanças sejam pequenas, em métodos, equipamentos, tipos diferenciados de atendimento, alterações gerenciais seja em hierarquia ou de pessoas e em procedimentos, que podem introduzir novos fatores de risco. O trabalhador deve receber qualificação adicional em relação a capacitação inicial obrigatória. Ou seja, treinamentos adicionais e reciclagens periódicas são necessários para que o trabalhador esteja sempre atualizado em relação a sua qualificação.
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..........Fonte: Os autores
6.3 A elaboração do conteúdo técnico, a execução e a avaliação dos resultados dos procedimentos de capacitação devem contar com a participação de: alíneas a), b), c), d) e e).
C: De forma semelhante aos trabalhadores em Checkout, está estabelecido que devem ser considerados a participação: do
pessoal de organização e métodos responsável pela organização do trabalho (quando houver); de integrantes do SESMT regido pela NR 4 (quando houver); representantes dos trabalhadores na CIPA regida pela NR 5 (quando houver), do médico coordenador do PCMSO regido pela NR 7 e responsáveis pelo PPRA regido pela NR 9, e por fim de representantes dos trabalhadores e outras entidades, quando previsto em acordos ou convenções coletivas de trabalho, para a elaboração do conteúdo técnico e avaliação dos resultados dos procedimentos de capacitação. As evidências do envolvimento destes integrantes devem ser mantidas, por serem alvos de ação de auditoria fiscal.
Fonte: https://br.freepik.com/icones-gratis/parceria_752770.htm
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7 CONDIÇÕES SANITÁRIAS DE CONFORTO 7.1 Devem ser garantidas boas condições sanitárias e de conforto, incluindo sanitários permanentemente adequados ao uso
e separados por sexo, local para lanche e armários individuais dotados de chave para guarda de pertences na jornada de trabalho. C: A empresa deve estabelecer manutenções periódicas em relação a limpeza e higiene sanitária do ambiente de trabalho e
dos sanitários, para que estejam sempre apropriados ao uso. As instalações devem ter sanitários separados por sexo, local para lanche e armários individuais com chave para guarda de objetos pessoais durante a jornada de trabalho.
Fonte: Os autores
7.2 Deve ser proporcionada a todos os trabalhadores disponibilidade irrestrita e próxima de água potável, atendendo à Norma Regulamentadora n.º 24 – NR 24.
C: A NR 24 – Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho, estabelece detalhes sobre como devem ser as
instalações sanitárias, em nível de qualidade e instalações. O fornecimento de água potável aos trabalhadores está definido principalmente no item 24.7 Disposições gerais e subitens 24.7.1 e 24.7.1.1
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7.3 As empresas devem manter ambientes confortáveis para descanso e recuperação durante as pausas, fora dos ambientes de trabalho, dimensionados em proporção adequada ao número de operadores usuários, onde estejam disponíveis assentos, facilidades de água potável, instalações sanitárias e lixeiras com tampa.
C: Os locais para descanso e pausas, além das facilidades estabelecidas neste item como ambiente confortável e separado do
ambiente de trabalho, instalações de água potável e de sanitários, lixeira com tampa, pode incluir adicionalmente condições para a refeição de lanches.
Fonte: Os autores
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8 PROGRAMAS DE SAÚDE OCUPACIONAL E DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS 8.1 O Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO, além de atender à Norma Regulamentadora n.º 7 (NR
7), deve necessariamente reconhecer e registrar os riscos identificados na análise ergonômica. E subitem 8.1.1. C: O PCMSO regido pela NR 7, deve ser compatível com o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA regido pela
NR 9, que por sua finalidade identifica e estabelece requisitos para identificação e prevenção aos riscos, entre esses os riscos identificados na análise ergonômica do trabalho. O PCMSO estabelece e gerencia a rotina de exames de saúde a serem realizados, sendo de responsabilidade do empregador fornecer ao trabalhador os Atestados de Saúde Ocupacional –ASO e os resultados dos demais exames.
Fonte: Os autores
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8.2 O empregador deve implementar um programa de vigilância epidemiológica para detecção precoce de casos de doenças relacionadas ao trabalho comprovadas ou objeto de suspeita, que inclua procedimentos de vigilância passiva (processando a demanda espontânea de trabalhadores que procurem serviços médicos) e procedimentos de vigilância ativa, por intermédio de exames médicos dirigidos que incluam, além dos exames obrigatórios por norma, coleta de dados sobre sintomas referentes aos aparelhos psíquico, osteomuscular, vocal, visual e auditivo, analisados e apresentados com a utilização de ferramentas estatísticas e epidemiológicas.
C: O empregador por intermédio do serviço médico e de recursos da ferramenta do PCMSO, deve planejar e implementar
programa de vigilância epidemiológica, que considere procedimentos de vigilância passiva e ativa, processando a demanda espontânea de procura por serviços e exames médicos dirigidos considerando os obrigatórios por norma, coleta de dados sobre sintomas referentes aos aparelhos psíquico, osteomuscular, vocal, visual e auditivo, analisados e apresentados com a utilização de ferramentas estatísticas e epidemiológicas.
8.2.1 No sentido de promover a saúde vocal dos trabalhadores, os empregadores devem implementar, entre outras medidas:
alíneas a), b) e c). C: Estratégias utilizando modelos de diálogos com interlocutores que favoreçam micropausas e evitem carga vocal intensiva
do operador; identificação e redução de ruídos de fundo e, métodos que estimulem a ingestão frequente de água potável disponibilizada gratuitamente.
8.3 A notificação das doenças profissionais e das produzidas em virtude das condições especiais de trabalho, comprovadas ou
objeto de suspeita, será obrigatória por meio da emissão de Comunicação de Acidente de Trabalho, na forma do Artigo 169 da CLT e da legislação vigente da Previdência Social.
C: O procedimento de emissão da Comunicação de Acidente de Trabalho – CAT, conforme artigo 169 da CLT e da legislação
vigente da Previdência Social, é o documento obrigatório para comunicação a Previdência Social, que o trabalhador sofreu acidente de trabalho ou suspeita-se que tenha adquirido uma doença de trabalho. A regulamentação estabelece ainda que a CAT deve ser emitida no primeiro dia útil após o diagnóstico médico.
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Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Blood_Pressure_png Fonte: http://www.previdencia.gov.br/
8.4 As análises ergonômicas do trabalho devem contemplar, no mínimo, para atender à NR-17: alíneas a), b) com subitens de 1 a 8, c), d), e) e f).
C: A Análise Ergonômica do Trabalho – AET, estabelece sequencialmente e em primeiro plano, sobre a caracterização dos
postos de trabalho, ressaltando o mobiliário, utensílios, ferramentas, espaço físico disponibilizado para execução do trabalho, bem como condições de posicionamento e movimentação de segmentos corporais. E em segundo momento sobre a avaliação da organização do trabalho, onde deve ser demonstrado os requisitos definidos na alínea b) e seus subitens de 1 a 8. Devem ser incorporados também a AET: relatório estatístico da incidência de queixas de agravos à saúde colhidas pela Medicina do Trabalho nos prontuários médicos; relatórios de avaliações de satisfação no trabalho e clima organizacional, se realizadas no
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âmbito da empresa; registro e análise de impressões e sugestões dos trabalhadores com relação aos aspectos dos itens anteriores e; recomendações ergonômicas expressas em planos e propostas claras e objetivas, com definição de datas de implantação.
8.4.1 As análises ergonômicas do trabalho deverão ser datadas, impressas, ter folhas numeradas e rubricadas e contemplar, obrigatoriamente, as seguintes etapas de execução: alíneas a), b), c), d), e) e f).
C: Este subitem se caracteriza por definir a formatação de apresentação e conteúdo do relatório de AET, onde além dos
requisitos supracitados, devem contemplar: a demanda do estudo; análise das tarefas e atividades; discussão e retorno dos resultados aos trabalhadores; recomendações ergonômicas específicas; avaliação e revisão das intervenções realizadas com a participação dos trabalhadores e lideranças e por fim avaliação da eficiência das recomendações.
Fonte: Os autores
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9 PESSOAS COM DEFICIÊNCIA 9.1 Para as pessoas com deficiência e aquelas cujas medidas antropométricas não sejam atendidas pelas especificações deste
Anexo, o mobiliário dos postos de trabalho deve ser adaptado para atender às suas necessidades, e devem estar disponíveis ajudas técnicas necessárias em seu respectivo posto de trabalho para facilitar sua integração ao trabalho, levando em consideração as repercussões sobre a saúde destes trabalhadores.
9.2 As condições de trabalho, incluindo o acesso às instalações, mobiliário, equipamentos, condições ambientais, organização
do trabalho, capacitação, condições sanitárias, programas de prevenção e cuidados para segurança pessoal devem levar em conta as necessidades dos trabalhadores com deficiência.
C: Os dois únicos itens desta seção visam a questão de inclusão das pessoas com deficiência nas atividades objeto deste
ANEXO II, no tocante as necessidades antropométricas especiais em relação ao mobiliário e disponibilização de ajuda técnica para facilitar a integração ao trabalho e a preservação da saúde. Assim todo o conjunto de aspectos ressaltados sobre as condições de trabalho, relacionados às instalações, mobiliário, equipamentos, condições ambientais, organização do trabalho, capacitação, e outros, além dos cuidados com a segurança pessoal, devem ser estendidos também as necessidades dos trabalhadores com deficiência.
Fonte: https://pixabay.com/en/disabled-veteran-call-center-2199122/copyrights-under-creative-commons. Fonte: Os autores