centro universitÁrio ibmr laureate international ... · ponto de vista nutricional e garantidas...
TRANSCRIPT
CENTRO UNIVERSITÁRIO IBMR – LAUREATE
INTERNATIONAL UNIVERSITIES
CURSO DE NUTRIÇÃO
FATOR DE CORREÇÃO EM CARNES DE UMA UNIDADE DE
ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO NO RIO DE JANEIRO
TATIANA FIGUEIREDO ALVES TIBELLIO
RIO DE JANEIRO
2017
CENTRO UNIVERSITÁRIO IBMR – LAUREATE
INTERNATIONAL UNIVERSITIES
CURSO DE NUTRIÇÃO
FATOR DE CORREÇÃO EM CARNES DE UMA UNIDADE DE
ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO NO RIO DE JANEIRO
TATIANA FIGUEIREDO ALVES TIBELLIO
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado
ao Curso de Nutrição do Centro Universitário
IBMR/Laureate International Universities,
como parte dos requisitos para obtenção do
Título de Bacharel em Nutrição
Orientadora: Profa. Teresa Cristina Miglioli
RIO DE JANEIRO
2017
TATIANA FIGUEIREDO ALVES TIBELLIO
FATOR DE CORREÇÃO EM CARNES DE UMA UNIDADE DE
ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO NO RIO DE JANEIRO
Banca examinadora composta para defesa de Trabalho de
Conclusão de Curso para obtenção do grau de Bacharel em
Nutrição
Aprovada em: ________ de ________________ de _______
Presidente e Orientador: __________________________________________
Membro Avaliador: ____________________________________________
RIO DE JANEIRO
2017
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus, por não me deixar perder a fé, e me ouvir nas
horas difíceis, me dando força e saúde para que eu pudesse seguir em frente, por
mais longo que o caminho pudesse parecer ser.
Agradeço a minha mãe Marisa, ao meu pai Roberto (por me mandar forças lá de
cima) e a minha irmã Rafaela por nunca desistirem de mim e sempre me apoiarem e
me incentivarem em todas as minhas decisões.
Aos meus amigos, meus familiares, meus cachorros e meu namorado pela força e
apoio incondicionais.
Agradeço por fim, mas não menos importante, a minha orientadora Teresa Cristina
Miglioli pelo incentivo e horas perdidas para que esse trabalho se apresentasse da
melhor forma e a todo o corpo docente da faculdade IBMR por esses longos anos de
dedicação e aprendizado.
“Suba o primeiro degrau com fé.
Não é necessário que você veja toda a escada,
apenas dê o primeiro passo.”
(Martin Luther King)
TIBELLIO. Tatiana Figueiredo Alves. Fator de correção em carnes de uma unidade de alimentação e nutrição no Rio de Janeiro . Rio de Janeiro, 2017, 21p. Trabalho de Conclusão do Curso de Graduação em Nutrição, Centro Universitário IBMR/Laureate International Universities.
RESUMO
Atualmente observa-se uma preocupação crescente em relação a utilização máxima do alimento, a fim de diminuir desperdícios. O fator de correção é um importante indicador de desperdício em uma Unidade de Alimentação e Nutrição (UAN), pois avalia a quantidade do produto a ser comprado, com a prevenção média das perdas inevitáveis, que acontecem durante a fase de pré preparo. Este trabalho teve como objetivo determinar e avaliar os fatores de correção de três tipos de carnes bovina (alcatra, patinho e contra filé) de uma Unidade de Alimentação e Nutrição (UAN) do município do Rio de Janeiro, fazendo comparação com a literatura. O estudo foi realizado nos meses de Abril e Maio de 2017, com cinco pesagens em dias alternados a fim de se obter o Fator de Correção de cada carne. Os resultados encontrados na UAN estudada foram comparados com os fatores de correção encontrados na literatura, concluindo que houve uma oscilação dos fatores de correção. No patinho o fator de correção encontrado variou de 1,10 a 1,13 obtendo uma média de 1,11; A alcatra teve uma variação de 1,14 a 1,17 obtendo a média de 1,16; e o contra file de 1,21 a 1,27 com média de 1,24. Pode se concluir que a fase de pré-preparo é de suma importância para obtenção do fator de correção, sendo necessário que cada UAN estabeleça sua tabela. Ficou evidenciado também a importância do treinamento periódico com os manipuladores. Afim que se usem os utensílios adequados e em bom estado de conservação e para que haja uma padronização no serviço. Palavras-chave: Unidade de Alimentação e Nutrição, Fator de correção, Custos.
LISTA DE SIGLAS
FC - Fator de correção
FTP - Ficha técnica de preparação
PB - Peso bruto
PL - Peso líquido
UAN - Unidade de alimentação e nutrição
SUMÁRIO
1 Introdução ............................................................................................................... 1
2 Objetivos ................................................................................................................. 3
2.1 Objetivo geral ..................................................................................................... 3
2.2 Objetivos específicos ......................................................................................... 3
3 Revisão de literatura .............................................................................................. 4
3.1 Unidades de alimentação e nutrição .................................................................. 4
3.2 Alimentação fora o lar ........................................................................................ 5
3.3 Gestão de custos ............................................................................................... 6
3.4 Fichas técnicas de preparação – FTP ................................................................ 8
3.5 Fator de Correção – FC .................................................................................... 9
4 Material e métodos ............................................................................................... 11
5 Resultados e discussão ........................................................................................ 13
6 Conclusão ............................................................................................................. 17
7 Referências Bibliográficas ..................................................................................... 18
1
1 INTRODUÇÃO
Durante as décadas de 50 e 60, o processo de urbanização e industrialização
que ocorreu no Brasil, refletiu em uma significativa mudança nos hábitos alimentares
e estilo de vida das pessoas, gerando um consequente crescimento no consumo de
alimentos fora do domicílio (DANIELE 2010; DUARTE et al., 2013).
O setor alimentício passou a ser responsável pela produção e prestação do
serviço de alimentação, tendo como finalidade reestabelecer as necessidades
alimentares dos indivíduos que precisam se alimentar fora de suas residências por
diversas razões, como o trabalho, a educação, o lazer e a qualificação profissional.
(DUARTE et al., 2013).
Desde a produção até o produto final, quando chega na mesa do consumidor,
cerca de 20% a 60% de toda refeição produzida é jogada fora. O desperdício de
alimentos no Brasil está entre um dos maiores do mundo (CORRÊA et al., 2006).
Em Unidades de Alimentação e Nutrição (UAN’s) observa-se a perda
frequente de alimentos que reflete no custo da empresa, tendo impacto diretamente
em sua lucratividade (WELFE,2007).
Uma importante etapa do controle de qualidade de uma UAN é o
armazenamento de mercadorias, onde as matérias primas devem ser guardadas em
condições que permitam o controle e garanta proteção contra contaminação, a
redução ao mínimo das perdas nutricionais e a não deterioração do produto
(ABERC, 2003). As áreas de armazenamento que precisem de refrigeração devem
ser planejadas e dimensionadas, a fim de reduzir o risco de contaminação e perda
dos alimentos. Os produtos devem ser estocados respeitando suas características
de perecibilidade. (LIPPEL, 2002)
Dentre os principais problemas encontrados no armazenamento de alimentos,
pode-se destacar a falta de ventilação, temperatura inadequada de freezers,
geladeiras e câmaras, presença de insetos e roedores e a falta de treinamento dos
funcionários (CASTRO, 2002). Tendo uma refrigeração adequada, diminuem-se os
custos de produção, reduzindo o desperdício (RICARTE et al, 2008).
Outro fator importante na diminuição do desperdício são as fichas técnicas de
preparação (FTP, as quais possibilita o cálculo das quantidades de calorias,
rendimento, tempo de preparo, além de dinamizar a preparação diária. Outro
2
aspecto positivo é garantir ao cliente que as preparações tenham sempre os
mesmos aspectos físicos e sensoriais (VASCONCELOS, 2002).
Mesmo com tantas vantagens, ainda existe resistência a utilização da ficha
técnica de preparação devido a falta de compatibilidade, uma vez que os
funcionários apresentam sua forma mais prática de realizar tal atividade e acabam
tendo dificuldade em seguir uma forma já pré-estabelecida (MARTINS, 2003).
O sucesso das UAN´s está na definição clara de seus objetivos, na sua
estrutura administrativa, nas suas instalações físicas e recursos humanos, e
principalmente na padronização das operações desenvolvidas que indicam os meios
e fins para execução das atividades (TEIXEIRA et al., 2004).
O conhecimento e a análise dos fatores que interferem no custo das refeições
são de suma importância para que se obtenha êxito no serviço. É preciso conhecer
todas as atividades para depois analisar o valor de cada uma, para a garantia da
qualidade do serviço prestado e um desempenho financeiro sem prejuízos, que deve
ser evitado através de um planejamento detalhado e estruturado sobre as perdas
ocorridas nas etapas da produção das refeições (ABREU et al., 2013; VAZ, 2003).
Segundo Ornellas (2007) as perdas durante o pré-preparo de carnes é um
dos fatores relevantes para o desperdício, podendo ser controladas através do fator
de correção (FC), o qual é uma constante, calculado pela relação entre o peso bruto
e o peso líquido, depois que o alimento é limpo e se torna pronto para ser utilizado.
Cada serviço de alimentação deve possuir sua tabela de fator de correção, a
fim de possibilitar o reconhecimento de algum tipo de desperdício no momento do
preparo dos alimentos, facilidade para elaborar a lista de compras e aprimorar o
cardápio (BARROS et al., 2010).
Este trabalho teve como objetivo determinar e avaliar os fatores de correção
de carnes de uma Unidade de Alimentação e Nutrição no município do Rio de
Janeiro.
3
2 OBJETIVOS
2.1 Objetivo geral
Determinar e avaliar os fatores de correção de diferentes tipos de carnes
bovinas de uma Unidade de Alimentação e Nutrição (UAN) do município do
Rio de Janeiro.
2.2 Objetivos específicos
• Calcular os fatores de correção de diferentes tipos de carnes bovinas;
• Elaborar tabela com os fatores de correção para padronização das perdas no
pré-preparo;
• Analisar as perdas ocorridas no processo de pré-preparo em comparação
com a literatura.
4
3 REVISÃO DE LITERATURA
3.1 Unidades de alimentação e nutrição
De acordo com a Associação Brasileira de Indústrias de Alimentos – ABIA
(2009), o mercado de alimentação vem tendo um constante crescimento em virtude
da geração de empregos e do consequente aumento de renda da população, o que
restringe o tempo de permanência dos indivíduos em suas residências, aumentando
a necessidade e a procura por alimentação nos estabelecimentos distribuídos pelo
país (CAMPOS et al., 2012).
As UANs são destinadas para o preparo e fornecimento de refeições com
adequação de nutrientes, de acordo com o perfil da clientela. São compostas pelos
estabelecimentos que estão envolvidos diretamente na produção e na distribuição
de refeições (ABREU, et al., 2013), na figura 1 pode ser observado o processo
produtivo de refeições em Unidades de Alimentação e Nutrição.
Figura 1. Processo produtivo de refeições em Unidades de Alimentação e Nutrição.
Fonte: LIPPEL, 2002.
5
O principal objetivo de uma UAN é oferecer refeições saudáveis sob o
ponto de vista nutricional e garantidas sob o ponto de vista higiênico-sanitário,
visando manter e/ou recuperar a saúde do consumidor e tendo em vista auxiliar no
desenvolvimento de hábitos alimentares saudáveis (LANZILOTTI et al., 2004;
TRANCOSO, 2004).
Com o intuito de sempre melhorar os serviços prestados, as unidades de
alimentação e nutrição devem ter um planejamento competente, excelência nos
processos executados e disseminação do conceito de alimentação saudável. Para
que se obtenha sucesso, é necessário que haja planejamento e controle das etapas
executadas, afim de que seja estabelecida uma padronização e a qualidade final da
produção das refeições. A padronização coopera para qualidade e favorece o
trabalho do profissional, retirando a necessidade de ordens frequentes durante a
execução das tarefas (AKUTSU et al., 2005).
Segundo Ricarte et al. (2008), é essencial que haja a padronização de
processos e serviços, por meio da elaboração de rotinas e procedimentos técnicos
operacionais, treinamento da equipe, monitoramento das atividades através de
checklist, análises microbiológicas, conferência de temperaturas dos alimentos e
equipamentos e manutenção de registros.
A resolução nº 380/2005 do Conselho Federal de Nutricionistas – CFN no
artigo 2º define a alimentação coletiva como uma das áreas de atuação do
nutricionista:
“atividades de alimentação e nutrição realizadas nas Unidades de
Alimentação e Nutrição (UAN), como tal entendidas as empresas
fornecedoras de serviços de alimentação coletiva, serviços de alimentação
de autogestão, restaurantes comerciais e similares, hotelaria marítima,
serviços de Buffet e de alimentos congelados, comissárias e cozinhas dos
estabelecimentos assistenciais de saúde; atividades próprias da
Alimentação Escolar e da Alimentação do trabalhador”.
3.2 Alimentação fora do lar
O crescimento do consumo de alimentos fora do domicílio está em
expansão e pode ser explicado pela inserção da mulher no mercado de trabalho, os
grandes centros comerciais com alta concentração populacional, a dificuldade de
locomoção para casa, o aumento e a variedade de estabelecimentos que produzem
e comercializam alimentos ou mudanças no estilo de vida dos indivíduos
6
(BENEVIDES et al., 2004). Esses fatores levam a população a buscar uma
alternativa mais prática, fácil, rápida e de baixo custo para a realização de suas
refeições (RODRIGUES et al., 2007).
Em relação às mudanças relacionadas ao mercado de trabalho, de
acordo com dados publicados pela Fundação Carlos Chagas (2009), entre 1976 e
2002, houve um acréscimo de 25 milhões de trabalhadoras no mercado de trabalho.
As mulheres passaram a desempenhar um papel mais relevante do que os homens
no crescimento da população economicamente ativa. No ano de 1976, 28,8% das
mulheres eram economicamente ativas, representando 30,3% entre os empregados
e em 2002, a proporção alcançava 42,5%, o que representava 35,8% entre os
empregados. Nos últimos 25 anos as mulheres alcançaram um maior nível de
escolaridade se comparadas com os homens e a associação entre a escolaridade e
a participação das mulheres não empregadas é forte.
A Pesquisa de Orçamento Familiar – POF/ 2008-2009 revelou que a
população brasileira apresenta elevado consumo alimentar fora de seu domicílio,
sendo a maior frequência (42,8 %) nas áreas urbanas. Na comparação que
considera as classes extremas de rendimento mensal familiar, registrou-se que as
famílias com rendimentos mais baixos (até R$ 830,00) apresentaram uma proporção
de 17,2% de despesa com alimentação fora do domicílio. Já as famílias com
rendimentos acima de R$ 10.375,00, a proporção da despesa com alimentação fora
do domicílio foi de 49,3% (INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E
ESTATÍSTICA, 2011).
3.3 Gestão de custos
Gestor é o profissional responsável por satisfazer as partes envolvidas no
negócio, e otimizar a utilização de recursos na produção ou nos produtos e serviços
que negocia (VAZ, 2003, p. 71).
O controle financeiro constitui um dos grandes desafios, o que torna
essencial o conhecimento do que acontece com o capital nos negócios para um
melhor controle da empresa (VAZ, 2003).
Para Abreu et al. (2013), custo é a soma dos valores de bens e serviços
consumidos para obtenção de novos bens ou serviços, cujos componentes básicos
são: valor das matérias primas adquiridas de outras empresas; valor dos serviços
prestado por pessoas físicas; valor dos serviços prestados por outras empresas:
7
empresas de transportes, empresas fornecedoras de luz, água, gás, seguros,
bancos, entre outros gastos gerais, conforme classificado no quadro a seguir.
Quadro 1. Classificação dos custos
Classificação dos custos
Econômicos Origem Natureza Contábeis
Fixos: aluguel,
seguros, impostos,
salários.
Rateados: sempre
indiretos realizados
mediante critérios e
taxas decorrentes
na divisão da
proporção de um
montante global
comum.
Produção:
transformação de
matéria prima em
produtos
acabados.
Diretos ou
controláveis:
produtos
alimentícios, de
limpeza,
descartáveis e mão
de obra.
Variáveis: matéria
prima, combustível,
água, luz.
Comuns: quando
uma fase da
produção e seus
custos é comum a
um ou mais
produtos.
Comercial: gastos
para a colocação
do produto no
mercado.
Indiretos: aluguel,
telefone, energia,
água.
Padrão: gerados
pela própria
produção de bens
ou serviços.
Administrativo:
intrínseco à
administração da
unidade.
Fonte: Abreu et al;. 2013
Unidades de alimentação e nutrição possuem um funcionamento
complexo, embora tenham uma estrutura administrativa simples. Sendo
desenvolvidas nelas, atividades técnicas, administrativas, financeiras, contábeis e de
recursos humanos (TEIXEIRA et al., 2007).
Para que a UAN tenha um bom desempenho é necessário que se faça o
planejamento adequado e o controle das etapas de produção, visando, entre outros
8
fatores, diminuir o desperdício de alimentos, desde a fase do pré preparo até a
distribuição dos mesmos (PARISOTO, 2013).
De acordo com a Lei nº 8.234/91, que regulamenta a profissão de
nutricionista, compete ao profissional, no exercício de suas atribuições em Unidades
de Alimentação e Nutrição, planejar, organizar, dirigir, supervisionar e avaliar os
serviços de alimentação e nutrição (BRASIL, 1991).
3.4 Fichas técnicas de preparação – FTP
A FTP é “um instrumento gerencial de apoio operacional, pelo qual se
fazem o levantamento dos custos da matéria prima, a ordenação do preparo e o
cálculo do valor nutricional da preparação”, (AKUTSU et al., 2005).
Para que se possa assegurar a padronização de receitas, uma das
modalidades é a utilização das fichas técnicas, a fim de aperfeiçoar os processos de
produção e estabelecer um padrão para as preparações, garantindo assim a
qualidade do serviço. (PROENÇA et al., 2010.; CASTRO et al., 2013).
Com a ficha técnica de preparo é possível obter dados como: per capita,
fator de correção e cocção, composição centesimal em macro e micronutrientes da
preparação, rendimento e número de porções, o que permite o controle financeiro e
a determinação da composição nutricional. Além disso, contém nas FTP a descrição
de cada equipamento e ingredientes utilizados no processo, auxiliando no
planejamento do cardápio, facilitando a aquisição de compras e avaliando a
necessidade de treinamento para os funcionários no que diz respeito ao controle do
desperdício (AKUTSU et al., 2005)
Os problemas em desperdícios de alimentos, em sua maioria, se dão
devido a funcionários que trabalham em turnos diferentes executando a mesma
tarefa, porem de forma diferente, o que acarreta variabilidade no processo de
produção e consequentemente gera perdas no que diz respeito a qualidade e
produtividade. A descrição das etapas, contida na ficha técnica pode assegurar que
as ações sejam executadas em tempo hábil, assim como a eficácia do trabalho.
(AKUTSU et al., 2005)
Desde que concebida de forma adequada, fornecem informações e
instruções claras, que orientam a forma e o uso dos produtos, equipamentos e
utensílios, o que permite a racionalização na área de produção. (VACONCELLOS,
2010)
9
Com a implementação das FTP todas as categorias envolvidas no
processo de produção são beneficiadas, pois facilita o trabalho do nutricionista,
aperfeiçoa os funcionários e controla o valor energético total e os nutrientes
fornecidos em cada preparação, promovendo a melhoria da saúde da população
atendida (AKUTSU et al. 2005).
3.5 Fator de Correção - FC
Segundo Vanin et al. (2008) o desperdício é um item relevante no
gerenciamento de uma UAN; deste modo, um planejamento adequado deve ser
considerado a fim de que perdas sejam minimizadas no decorrer do processamento
das refeições.
O desperdício está relacionado com perdas dos alimentos que não são
usados, preparos prontos que não chegam a ser vendidos e/ou servidos e ainda
abrange as sobras dos pratos dos clientes, cujo destino é o lixo. Surge a partir dai a
necessidade de uma educação nutricional apropriada, objetivando não só a
elaboração de pratos nutricionalmente equilibrados, mas também o rígido controle
em relação aos desperdícios (CASTRO, 2002).
O fator de correção (FC), ou indicador de parte comestível é um dos
índices empregados para o acompanhamento do desperdício de alimentos, tendo
como serventia determinar a quantidade de alimento a ser comprado, já avaliando o
que será perdido no decorrer de todas as etapas do processo de produção,
antevendo as perdas inevitáveis que acontecem durante a fase de pré preparo,
quando os alimentos são limpos, descascados, desossados ou cortados (ARAÚJO
et al., 2007)
Na definição de Ornellas (2007):
“o fator de correção é uma constante para um determinado alimento da
mesma qualidade e é decorrente da relação entre o peso bruto (PB) do
alimento, conforme adquirido, e peso líquido (PL) do alimento depois de
limpo e preparado para utilizar”.
A avaliação do FC contribui para medir a qualidade dos gêneros
adquiridos, qualidade dos utensílios e aparelhos utilizados no processo e eficácia no
treinamento da mão de obra. (ABREU et al.; 2013)
10
É importante que toda UAN tenha sua tabela de Fator de Correção com a
descrição da qualidade do alimento, mão de obra do serviço, utensílios e
equipamentos, uma vez que a faca amolada impede o desperdício visto que o
colaborador tem maior controle para retirar apenas a parte desejada do alimento,
empregando maior segurança no que se refere as quantidades necessárias a
comprar (ORNELLAS, 2007).
Toda UAN deve oferecer treinamento aos funcionários na produção, pois
é um dos passos importantes para controlar FC da unidade, quando este depende
da manipulação dos alimentos. Porém para a obtenção de um bom resultado apenas
treinamento não é suficiente, é necessária a associação do treinamento dos
funcionários com a temperatura dos produtos, a forma do pedido da compra (que
deve ser detalhado), observação das características dos alimentos, a estocagem, o
prazo de validade, entre outros. Uma unidade que não tem controle sobre o seu
desperdício se sujeita a elevar o custo da produção e, por conseguinte, o valor das
refeições, levando, dessa forma, à redução de lucro (ARAÚJO et al., 2007).
O percentual ideal de sobras não está totalmente definido e se contradiz
na literatura, porém é consenso que o percentual de sobras limpas varia de
restaurante para restaurante (SPEGIORIN, 2009).
Uma vez consciente que o desperdício é um dos graves problemas
enfrentados no dia a dia de uma UAN, o que se espera é que o nutricionista esteja
vigilante quanto aos diversos fatores que rodeiam a ocorrência dessas perdas,
fazendo-se, portanto, necessário o investimento em treinamento pessoal, calibragem
de equipamentos, troca de utensílios e seleção acertada dos fornecedores (VANIN
et al., 2008).
11
Fator de correção = Peso bruto (PB)
Peso líquido (PL)
4 MATERIAL E MÉTODOS
O trabalho foi realizado em um estabelecimento comercial situado na
zona sul do município do Rio de Janeiro/RJ.
A coleta de dados aconteceu nos meses de abril a maio de 2017.
A etapa da pesagem deu-se em dois momentos, os alimentos analisados
foram aferidos inicialmente para obtenção do peso bruto, em seguida submetidos à
etapa de pré-preparo onde os mesmos foram aparados e cortados conforme a
necessidade para a obtenção do peso líquido, segunda fase do processo.
Foi utilizada uma balança da marca Ramuzza, modelo DP-50, ano de
fabricação 2014, com capacidade máxima para 50 Kg.
As carnes bovinas analisadas foram: alcatra, contra filé e patinho;
compradas do mesmo fornecedor e utilizadas nas preparações servidas para
funcionários e clientes da UAN estudada.
O pré preparo foi sempre realizado pelo mesmo funcionário, que no caso
da UAN era o chefe de cozinha.
As carnes são recebidas na UAN estudada em perfeito estado de
conservação, seguindo um critério constante de qualidade de seus fornecedores,
onde são observados a forma como a carne é transportada, sendo imprescindível
que o veículo seja refrigerado e em condições higiênicas sanitárias adequadas,
aparência e higiene dos entregadores e o cuidado com as embalagens no momento
do recebimento.
O peso, a quantidade dos produtos, validade e suas características
sensoriais são conferidas no ato do recebimento das mercadorias visto que a
maioria dos produtos é adquirida de grandes fornecedores.
As carnes são recebidas refrigeradas e logo após colocadas em câmaras
frigoríficas para congelamento até o envio para o setor de pré preparo onde é feito o
descongelamento. Após o descongelamento foram realizadas as pesagens dos
pesos brutos e dos líquidos para cálculo dos fatores de correção através da fórmula:
12
Os resultados foram apresentados em tabelas, e foi feito a média dos
fatores de correção encontrados nas cinco pesagens aleatórias, a fim de facilitar a
comparação com os fatores descritos na literatura.
13
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Foram analisados cinco dias aleatórios de amostras das carnes utilizadas na
unidade de alimentação e nutrição do presente estudo. Após a avaliação dos dados,
obtiveram-se os resultados descritos na tabela 2.
A quantidade bruta de carnes utilizadas nos dias analisados, se manteve
praticamente constante (em torno de 50kg), sendo portanto necessário apenas um
funcionário a executar esta tarefa.
Observou-se que praticamente não houve alteração dos fatores de correção
nas amostras analisadas, o que pode ser atribuído ao fato de ser sempre o mesmo
manipulador responsável pelo setor de carnes (tabela 2)
Na carne patinho, o fator de correção encontrado variou de 1,10 e 1,13,
obtendo uma média de 1,11. Esta pequena variação entre os dias analisados,
também foi observado no pré preparo da alcatra, com uma variação, de 1,14 e 1,17,
obtendo-se a média de 1,16.
O contra filé apresentou uma variação mais elevada nos cinco dias, que foi
calculada de 1,21 e 1,27, com média de 1,24.
Encontrou - se fator de correção médio de 1,11 para o patinho, 1,16 para a
alcatra e 1,24 para o contra filé.
É importante relatar que nas aparas, uma pequena parcela, em torno de 15%,
é utilizada para fazer strogonoff, como forma de aproveitamento dos alimentos e
evitando assim o desperdício. No total de 114,09kg de aparas produzidas dos três
tipos de carnes, este percentual representaria 15 quilos de aproveitamento. Nos
valores médios atuais do quilo das carnes (R$25,00) representaria no mês uma
economia de R$375,00.
Este percentual de aparas é pequeno pelo fato desta unidade trabalhar
somente com carnes bem limpas, pelo padrão de qualidade e de clientes
14
Tabela 1. Fator de correção de carnes em uma Unidade de Alimentação e Nutrição.
Rio de Janeiro, 2017.
PATINHO
Pesagens Peso bruto (Kg) Aparas (Kg) Peso líquido (Kg) Fator de Correção
1ª 50,47 5,20 45,27 1,11
2ª 43,80 4,10 39,70 1,10
3ª 49,92 5,10 44,82 1,11
4ª 50,80 5,20 45,60 1,11
5ª 55,60 6,41 49,19 1,13
Média 1,11
ALCATRA
Pesagens Peso bruto (Kg) Aparas (Kg) Peso líquido (Kg) Fator de Correção
1ª 60,48 8,60 51,88 1,16
2ª 55,10 7,09 48,01 1,14
3ª 49,80 7,70 42,10 1,18
4ª 42,51 6,35 36,16 1,17
5ª 56,60 8,43 48.17 1,17
Média 1,16
CONTRA FILÉ
Pesagens Peso bruto (Kg) Aparas (Kg) Peso líquido (Kg) Fator de Correção
1ª 50,98 10,82 40,16 1,26
2ª 51,60 11,02 40,58 1,27
3ª 49,82 9,66 40,16 1,24
4ª 45,56 8,95 36,61 1,24
5ª 52,64 9,46 43,18 1,21
Média 1,24
15
Observou-se que praticamente não houve alteração dos fatores de correção
nas amostras analisadas, o que pode ser atribuído ao fato de ser sempre o mesmo
funcionário a executar esta tarefa.
Na tabela 3 encontram-se os resultados comparados com a literatura. Os
dados apresentados na tabela 2.
De acordo com a tabela de fator de correção proposta por Anjos (2017) pela
Universidade Federal do Paraná (UFPR), como também pela tabela sugerida por
Ornellas (2007), os quais utilizaram os mesmos tipos de carnes, os fatores de
correção do presente estudo se encontram dentro da média dos autores.
No estudo feito por Barros et al (2010) só foi possível comparar alcatra e
patinho, visto que o autor não analisou contra filé. Os fatores de correção da alcatra
e do patinho encontravam-se abaixo do presente estudo.
Ferreira (2015) realizou uma pesquisa em um hospital privado da zona oeste
da cidade do Rio de Janeiro, com dados colhidos de maio a junho de 2015, onde
foram estudados patinho e alcatra. O patinho apresentou fator de correção médio de
1,11 exatamente o mesmo resultado e a alcatra de 1,18. O valor do fator de
correção do patinho foi exatamente o mesmo do presente estudo e a alcatra oscilou
pouco. A autora relatou que a alcatra apresentou em duas amostras analisadas,
fatores de correção mais elevados (1,20 e 1,21), podendo ser explicado pelo fato do
estudo ter sido realizado em um hospital, onde a carne foi usada para a dieta de
pacientes, quando é exigido que esteja totalmente limpa e em um padrão acima do
usual.
O estudo de Martins (2003), que verificou a padronização das preparações de
restaurantes do tipo self service, encontrou fator de correção de 1,06 para o patinho.
Esse número está abaixo do fator de correção do patinho no presente estudo, mas
está próximo a tabela de Barros et al (2010), que encontrou o valor de 1,04.
16
Tabela 2. Comparação dos fatores de correção com dados da literatura.
Alimentos FC
(2017)
ORNELLAS
(2007)
ANJOS
(UFPR)
BARROS
(2010)
FERREIRA
(2015)
MARTINS
(2003)
Alcatra 1,16 1,12 - 1,20 1,12 – 1,20 1,08 1,18 -
Patinho 1,11 1,10 - 1,13 1,10 – 1,13 1,04 1,11 1,06
Contra Filé 1,24 1,25 1,25 - - -
FC = PB/ PL * Resultados expressos como média
Os estudos comparados não mencionam as metodologias utilizadas para
chegar a tal resultado, assim como se os utensílios utilizados possuem o mesmo
nível de eficiência e eficácia, não sendo encontrado na literatura estudos mais
detalhados sobre o tema, o que leva a acreditar que esse comparativo poderia
render novas bases para novas tabelas de fatores de correção baseados em
metodologias atuais e melhores do que as propostas até o presente momento pelos
autores usados como comparação.
17
6 CONCLUSÃO
Foi observado no presente estudo a importância da fase de pré-preparo
para a obtenção do fator de correção, sendo a padronização tanto da qualidade do
produto quanto da mão de obra, um aspecto relevante para evitar o desperdício. É
necessário que cada UAN estabeleça sua tabela de fator de correção, uma vez que
a mesma é essencial para uma avaliação mais precisa do desperdício de alimentos
e quais os possíveis fatores que interferem nessas perdas.
É importante que a UAN promova treinamento periódico com
manipuladores no intuito de que sejam utilizados os utensílios adequados e em bom
estado de conservação e também, para a padronização do serviço, uma vez que a
falta de conscientização e habilidade dos colaboradores envolvidos no processo
pode gerar prejuízos financeiros ao estabelecimento. Para uma maior otimização
devem aproveitar ao máximo os alimentos e quando possível, utilizá-los para outras
finalidades, a fim de reduzir a perda.
O nutricionista, em uma UAN, deve acompanhar, monitorar e orientar
cada etapa da produção, para a devida correção dos pontos críticos. Somente com o
planejamento adequado e efetivo, com conscientização e monitoramento será
possível reduzir o desperdício.
As informações contidas neste trabalho foram disponibilizadas para
auxiliar o gestor nas medidas cabíveis para aprimorar o funcionamento da UAN, bem
como contribuir para a elaboração do planejamento.
18
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABERC – Associação Brasileira das Empresas de Refeições Coletivas. Manual de
práticas de elaboração e serviço de refeições para coletividades. 8.ed. São
Paulo: ABERC, 2003. 120p.
ABREU, E.S.; SPINELLI, M.G.N.; PINTO, A.M.S. Gestão de unidades de
alimentação e nutrição: um modo de fazer. 4. ed. São Paulo, 2013.
AKUTSU, R.C.; BOTELHO, R.A.; CAMARGO, E.B.; SÁVIO, K.E.O; ARAUJO, W.C.
A ficha técnica de preparação como instrumento de qualidade na produção de
refeições. Revista Nutrição de Campinas, v. 18, n. 2, p. 277-279, 2005.
ANJOS, M. C. R. Relação de fatores de correção e índice de conversão (cocção) de
alimentos. Universidade Federal do Paraná – UFPR. Departamento de Nutrição.
Disponível em: <https://docs.ufpr.br/~monica.anjos/Fatores.pdf>. Acesso em: 4 de
abril de 2017.
ARAÚJO, W.M.C. et al. Alquimia dos alimentos. v. 2. Brasília: Editora SENAC,
2007.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS INDÚSTRIAS DE ALIMENTOS (ABIA). Alimentos
fora do lar, 2009. Disponível em: <http://www.abia.org.br/sp> Acesso em 22 de Abril
de 2017.
BARROS, R.M.; GARCIA, P.P.C.; ALMEIDA, S.G. Análise e elaboração dos fatores
de correção e cocção de alimentos. Anuário da Produção de Iniciação Científica
Discente, v. 13, n. 16, p. 103-113, 2010.
BENEVIDES, C. M. J.; LOVATTI, R. C. C. Segurança alimentar em estabelecimentos
processadores de alimentos. Revista Higiene Alimentar, v.18, n. 125, p. 24-27,
2004.
BORGES RF. Panela Furada: O incrível desperdício de alimentos no Brasil. São
Paulo (SP). Columbus, 1991.
BRASIL. Lei nº 8.234, de 17 de setembro de 1.991 Regulamenta a profissão de
nutricionista e determina outras providências. Diário Oficial da União 18 de
setembro de 1991.
19
CAMPOS, J.R; IKEDA, V.; SPINELLI, M.G.N. Otimização de espaço físico em uma
unidade de alimentação e nutrição (UAN) considerando avanços tecnológicos no
segmento de equipamentos. Revista Univap, v.18, n. 32, p. 31-41, 2012.
CASTRO, M.H.C.A. Fatores determinantes de desperdício de alimentos no
Brasil: Diagnóstico da situação. 2002. 93p. Monografia (Especialização em
Gestão de Qualidade em Serviços de Alimentação) – Universidade Estadual do
Ceará, Fortaleza, 2002.
CONSELHO FEDERAL DE NUTRICIONISTAS. Resolução CFN Nº 380/2005.
Disponível em <www.cfn.org.br> Acesso em 15 de abril de 2017.
CORRÊA, T. A. F.; SOARES, F. B. S.; ALMEIDA, F. Q. A. Índice de resto-ingestão
antes e durante a campanha contra o desperdício, em uma unidade de alimentação
e nutrição. Revista Higiene Alimentar, v. 21, n. 140. Abril. 2006.
FERREIRA, Luciene Crespo. Fator de Correção de Carnes e Legumes em
Unidade de Alimentação e Nutrição. 36p. 2015. (Graduação em Nutrição) –
Instituto Brasileiro de Medicina e Reabilitação – IBMR.
FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS <Disponível em www.fcc.org.br> Acesso em 21 de
Maio de 2017
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA <Disponível em
www.ibge.org.br> Acesso em 20 de Maio de 2017
LANZILLOTTI, H.S. Aplicação de um modelo para avaliar projetos de unidades de
alimentação e nutrição. Nutrição Brasil. v. 3, n. 1, p. 11-17, 2004.
LIPPEL, I.L. Gestão de custos em restaurantes – Utilização do método ABC.
2002. 179p. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) – Universidade
Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2002.
MARTINS, CARLA CAMARGOS. Padronização de restaurantes do tipo self
service. 2003. 66p. Monografia (Especialização em qualidade dos alimentos) –
Universidade de Brasília, 2003.
ORNELLAS, L.H. Técnica dietética: seleção e preparo de alimentos. 8. ed. São
Paulo: Atheneu, 2007.
20
PARISOTO, D. F.; HAUTRIVE, T. P.; CEMBRANEL, F. M. Redução do desperdício
de alimentos em um restaurante popular. Universidade Tecnológica Federal do
Paraná– UTFPR. v. 7, n. 2, p.1106-1117, 2013.
PROENÇA, R.P.C.; CAVALLI, S.B.; BORJES, L.C. Proposta de classificação de
vegetais considerando características nutricionais, sensoriais e de técnicas de
preparação. Revista de Nutrição. v. 23, n. 4, p.645-654, 2010.
RICARTE, M. P. R.; FÉ, M. A. B. M.; SANTOS, I. H. V. S.; LOPES, A. K. M.
Avaliação do desperdício de alimentos em uma unidade de alimentação e nutrição
institucional em Fortaleza-CE. Saber Científico, Porto Velho, v. 1, n. 1, p.158-175,
2008.
RODRIGUES, T.C.et al. Mudanças no padrão de consumo alimentar no município
de Viçosa-MG. In: CONGRESSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE ECONOMIA,
ADMINISTRAÇÃO E SOCIOLOGIA RURAL, 45, 2007, Londrina. Anais
Conhecimentos para Agricultura do Futuro. Londrina: Editora da SOBER, 2007.
p. 1-15.
SCOTTON, V; KINASZ, T. R; COELHO, S. R. M. Desperdício de alimentos em
Unidades de Alimentação e Nutrição: a contribuição do resto-ingestão e da sobra.
Revista Higiene Alimentar, v. 24, n. 186/187, p. 19-24. jul., ago., 2010.
SILVA, A. M; SILVA, C. P. PESSINA, E. L. Avaliação do índice de resto – ingesta
após campanha de conscientização dos clientes contra o desperdício de alimentos
em um serviço de alimentação hospitalar. Revista Simbio – logias, v. 3, n. 4, p. 43-
56. jun., 2010.
SPEGIORIN L. A; MOURA P.N. Monitoramento de sobras limpas: um passo para a
redução do desperdício em unidades de alimentação e nutrição (UAN’S). Revista
Salus-Guarapuava. Paraná – PR. Jan /Jun 2009.
TEIXEIRA, S. M. F. G. et al. Administração aplicada as unidades de alimentação
e nutrição. Rio de Janeiro: Atheneu Editora, 2007. 219 p.
TEIXEIRA, S. Milet Z, F. Carvalho J, Biscontini TM. Administração aplicada as
unidades de alimentação e nutrição. São Paulo: Atheneu Editora, 2004. 219 p.
21
TRANCOSO, S.C.; TOMASIAK, F.S. Estruturação de uma unidade de alimentação e
nutrição. Nutrição Brasil, v. 3, n. 1, 2004.
VANIN, M.; NOVELLO, D. Avaliação do desperdício no pré-preparo de saladas em
uma unidade de alimentação e nutrição. Revista Salus-Guarapuava.; v. 2, n. 2, p.
52-62, 2008.
VASCONCELLOS, F.; CAVALCANTI, E.; BARBOSA, L. Menu: como montar um
cardápio eficiente. São Paulo: Roca; 2002.70p.
VAZ, C. Alimentação de coletividade: uma abordagem gerencial. Brasília, 2003.
WELFE, C.; PEREIRA, E. L. Análise de desperdício em uma Unidade de
Alimentação e Nutrição (UANs) Industrial na cidade de Quedas do Iguaçu.
2007. 12 f. Trabalho de conclusão de curso (Graduação em Nutrição), Faculdade
Assis Gurgacz, Cascavel – PR, 2007.