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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIEURO DE BRASÍLIA CURSO: COMUNICAÇÃO SOCIAL
HABILITAÇÃO: PUBL ICIDADE E PROPAGANDA DISCIPLINA: ESTÁGIO SUPERVISIONADO
PROF. ORIENTADOR: PATRÍCIA LIMA LOCAL DO ESTÁGIO: BANCO DO BRASIL
Checking de Mídia
Francisco Simões Brasil Batista
PP08503N1C1
Brasília, 2010
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIEURO DE BRASÍLIA CURSO: COMUNICAÇÃO SOCIAL
HABILITAÇÃO: PUBL ICIDADE E PROPAGANDA DISCIPLINA: ESTÁGIO SUPERVISIONADO
PROF. ORIENTADOR: PATRÍCIA LIMA LOCAL DO ESTÁGIO: BANCO DO BRASIL
Menção Final:.......................................
Aprovado Reprovado
____________________________
Assinatura do Professor
Brasília, 2010
Sumário
1. Apresentação ................................ ................................ ................................ ...... 1
2. Dados da Instituição ................................ ................................ ............................ 5
2.1 A História do Banco do Brasil ................................ ................................ ........ 5
2.2 Dados Cadastrais: ................................ ................................ ......................... 7
2.3 Principais áreas de atuação:................................ ................................ ......... 7
2.4 Porte da instituição: ................................ ................................ ....................... 8
3. Metodologia ................................ ................................ ................................ ......... 8
4. Desenvolvimento das Atividades do Estágio ................................ ..................... 10
5. Resultado das Atividades ................................ ................................ .................. 14
6. Propostas e Sugestões de Melhoria................................ ................................ .. 15
7. Considerações Finais ................................ ................................ ........................ 15
8. Referências Bibliográficas ................................ ................................ ................. 16
9. Apêndices e Anexos ................................ ................................ .......................... 17
Lista de Abreviaturas
BB – Banco do Brasil
BESC – Banco do Estado de Santa Catarina
BEP – Banco do Estado do Piauí
BRB – Banco Regional de Brasília
CCBB – Centro Cultural Banco do Brasil
DIMAC – Diretoria de Marketing e Comunicação
IBOPE – Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística
PI – Pedido de Inserção
PP- Pedido de Produção
Resumo
Este trabalho tem por objetivo apresentar aos educadores a experiência de
estágio supervisionado realizado no âmbito da escolarização superior no
Departamento de Comunicação e Markenting, da sede III, do Banco do Brasil, em
Brasília. Esse estágio é embasado nas atribuições da área de mídia com o foco na
atuação de checking. Nessa vivência tive a oportunidade de realizar diversas
atividades de checking, como a organização de seqüências de documentos até o
processo de fiscalização por completo de todos eles. A maior relevância desta
experiência tem sido a contribuição efetiva para minha formação, haja visto que é
obrigatória como complemento para o currículo do curso. Considero que somente
a formação acadêmica não subsidia, atualmente, um diferencial no mercado, e
que estágios realizados nesses moldes podem complementar e enriquecer o
curriculo do profissional de publicidade.
Palavras-chave: checking de mídia, estágio supervisionado, publicidade, mídia.
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1. Apresentação
De acordo com José Carlos Veronezzi (2005) o trabalho de checking é uma
atividade complementar às funções de mídia e é também denominado
fiscalização, ou controle, tem a finalidade de verificar se os anúncios autorizados
foram veiculados de acordo com o que foi contratado.Esse trabalho é realizado de
duas maneiras: A partir de documentos e comprovantes enviados pelo próprio
veículo (pedido de inserção, pedido de execução, plano de mídia, mapa de
exibição, exemplares de revistas, páginas de jornal, faturas, notas fiscais etc).E a
partir de relatórios ou sistemas on-line, comprados de empresas que fazem o
trabalho de checagem (Ibope).
Nas grandes agências de publicidade o trabalho de checking passou a fazer
parte de um novo departamento chamado “processamento”, ou “operações”, o
qual também incorporou serviços de faturamento (emissão de faturas) devido à
ligação natural entre as duas funções, pois antes de as faturas serem emitidas é
necessário um “Ok” prévio do checking.
O checking de mídia para ser considerado plenamente realizado precisa –se
verificar 100% de tudo que foi autorizado, e pela sua natureza, idealmente deveria
ser feito por empresas independentes, sem nenhum vinculo – mesmo que
indiretamente – com veículos ou representantes de veículos.
Para meios jornal e revista não há necessidade de se fazer serviço de
checking através de empresas fiscalizadoras porque a praxe no mercado é a
agência somente aceitar a nota fiscal ou a da fatura do veículo, se vier
acompanhada de um exemplar da edição – no caso de revista -, ou da página –
no caso de jornal -, em que foi publicado o anúncio.
Antes de a fatura do veiculo ser liberada para o setor de contas a pagar, a
pessoa responsável pelo checking tem a incumbência de verificar se o anúncio
saiu na seção ou posição para o qual foi autorizado e, se a reprodução não
apresenta má qualidade de impressão. “No Brasil, o serviço de checking é denominado pelas agências de ‘despesa burra’, pois alem de caro é feito para que” o anunciante tenha certeza de que não esta sendo
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enganado pelo veiculo “. É a síndrome da desconfiança que perdura até hoje porque no passado, muitos episódios desagradáveis – e comprovados – ocorreram com veiculações de grandes anunciantes em TV, rádio, outdoor e busdoor” (VERONEZZI, 2005, p.65).
Em muitos países não existe o serviço de checking porque é crime cobrar por
anúncio que não foi veiculado intencionalmente. Mas no nosso país a grande
maioria das falhas, principalmente em TV e rádio acontece por erro das
emissoras, que não possuem sistemas automatizados de veiculação. Todas essas
falhas vêm descontadas na fatura. São poucos os casos de anúncios que deixam
de ser veiculados e faturados.
A maioria das ocorrências detectadas pelo checking não se refere a anúncios
que deixaram de ser veiculados, mas a aspectos sobre a forma como se deu a
veiculação.No caso de outdoor, o mais comuns são cartazes que se rasgam ainda
no meio da bissemana de veiculação, ou pior, cartazes colados em tabuletas atrás
de arvores, que, se não forem detectados pelo serviço de checking a tempo, são
cobrados normalmente.
Os maiores problemas encontrados pelos serviços de checking em TV aberta
são comerciais exibidos em programas para os quais não estavam programados.
Normalmente isso é causado por mudanças de última hora na programação da
emissora e o pessoal responsável esquece de falar com a agência para fazer os
remanejamentos. Outro exemplo é o comercial que é exibido dentro do programa
para o qual foi autorizado, mas o horário não é o mesmo daquele que consta na
Tabela de Preços da emissora. Geralmente isso acontece quando a emissora tem
que atrasar a programação, devido a algum imprevisto, e os programas seguintes
são transmitidos com vinte, trinta ou mais minutos de atraso em relação aos seus
horários que constam na Tabela de Preços.
Um bom serviço de checking deve detectar esses casos, porque são situações
que dão todo o direito ao anunciante de não pagar por veiculações que foram
reservadas e contratadas, para serem veiculadas dentro de determinado
programa, e dentro de determinada faixa horária, e os dois itens precisam ser
cumpridos.
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Os custos para a realização do checking de uma campanha são bancados
pelas agências, mesmo nos casos em que a verba de veiculação é baixa porque
estão sendo usados meios cujos veículos, caracteristicamente, têm preços
absolutos baratos, como rádio e cinema, ou emissoras de TV com baixa audiência
ou de mercados pequenos. Nessas situações, o preço pago pela agência à
empresa de checking para ter o respectivo relatório de checking chega a ser de
até 1/3 da comissão que ela recebe sobre a verba de veiculação. Os prejuízos,
nesses casos, que não podem ser muitos, pois senão a agência não suporta, são
compensados pelas comissões das veiculações nos grandes mercados.
O trabalho de checking em vários mercados ainda está baseado em custos
relativamente altos de mão-de-obra, que independe dos baixos preços de
veiculação. O Ibope Mídia está substituindo todos os mercados o tradicional
método de gravação de programação das emissoras em fitas VHS, para posterior
registro comerciais veiculados, por um exclusivo e inovador sistema automático e
digital de checagem. Em mídia exterior a proporção entre o preço da checagem e
o da veiculação, chega a ser até mais alto ainda, porque o serviço é bem mais
trabalhoso, com o funcionário da empresa precisando percorrer inúmeras ruas e
tirar fotos de todos cartazes.
A atuação das empresas de checking e seus procedimentos variam de acordo
com o meio em que realizam seus serviços. No caso da TV aberta, o Ibope Mídia
faz checagem regular em 57 mercados de TV, fiscalizando um total de 146
emissoras. Nos principais mercados em que o instituto tem escritórios, o serviço é
feito por funcionários próprios, nos demais são subcontratadas empresas locais
que seguem um procedimento padrão, e também empresas independentes que
atuam em vários mercados e comercializam seus relatórios diretamente com as
agências, como é o caso da Ágape, que faz checking de TV aberta em cerca de
40 mercados, fiscalizando 58 emissoras. A combinação dos mercados fiscalizados
pelas duas empresas perfaz um total 80 mercados diferentes de TV aberta com
serviço regular de checking. Na TV por assinatura, das 55 emissoras
comercializadas no país, o Ibope Mídia cobre cinco mercados e 30 emissoras, e a
Ágape 29 emissoras sem distinção de mercados. Na rádio, como se trata de um
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meio muito pulverizado, com um total de 3.401 emissoras AMs e FMs espalhadas
pelo Brasil, também é o meio que tem a menor proporção de veículos checados
em relação a quantidade total existente. O Ibope Mídia faz checagem em cinco
mercados e 23 emissoras, e a Ágape, em cinco mercados e 23 emissoras.
Há várias empresas que fiscalizam veiculações em outdoors e mídia exterior,
como no caso da Midiaview que atua em 44 capitais e cidades e fornece inclusive
relatórios fotográficos através da internet, permitindo que eventuais problemas nas
peças possam ser sanados durante o período contratado de veiculação, seja um
outdoor rasgado, um backlight com lâmpadas queimadas, ou algum mobiliário
urbano danificado.
As empresas Fiskanew, ISR e Midiaview fazem checking, regularmente, em
cinemas das grandes capitais, e em qualquer cidade sob consulta prévia. Pelas
particularidades desse meio, a checagem é feita por uma amostragem, pois seria
inviável economicamente a presença física de um funcionário da empresa em
todas as sessões, e em todas as salas em que estivesse sendo exibido o
comercial a ser checado.
Com o crescimento que a participação das verbas de veiculação passou a ter
nos balanços contábeis dos anunciantes, checar regularmente as veiculações se
tornou uma preocupação essencial das suas controladorias e auditorias, e isso foi
mais um dos motivos que fez surgir várias empresas de checking especializadas
em mídia exterior e cinema, e que também fazem sob consulta checagem de
eventos e ações promocionais.
A especialização nessa área conta também com softwares desenvolvidos
pelas empresas de sistemas de mídia Adsolutions e Medialog, especialmente para
anunciantes, com a finalidade não só de checar se os comerciais autorizados
foram veiculados, mas também controlar todo fluxo financeiro de verbas
aprovadas e faturamentos mensais com as agências.
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2. Dados da Instituição
2.1 A História do Banco do Brasil
Ele foi fundado no ano de 1808 por Dom João VI e foi através do seu auxilio
financeiro do banco que a corte portuguesa pode vir para o país, além de
financiador do rei português outra atribuição importante do banco era o de emissor
de moeda. Em 1821, D. João VI e a corte retornaram a Portugal e levaram os
recursos depositados no banco, que já estava em crise devido à sua profunda
vinculação com os interesses da Coroa. O banco foi exaurido por saques da Corte
Portuguesa em seu retorno a Lisboa, por descalabro administrativo e desmandos
financeiros durante todo o Primeiro Reinado. Dom Pedro I declara a
independência do Brasil, em 7 de setembro de 1822, e com o apoio do banco,
fator que foi decisivo para que as autoridades da época custeassem escolas e
hospitais e que equipassem os navios, minaram as últimas resistências lusitanas e
asseguraram a independência do país. Findo o prazo de duração, estabelecido
em 20 anos, e sob intensa oposição política, foi finalmente liquidado no mesmo
ano. Em outubro, foi promulgada pela Assembléia e sancionada pela Regência,
Lei que visava coibir definitivamente a desordem financeira que então se
instaurara no País, fixando novo padrão monetário, gerando novas fontes de
renda e restabelecendo o Banco do Brasil.
Em 22 de agosto de 1860, foi promulgada a Lei nº 1.083, de Reforma
Bancária, que restringia a circulação monetária mediante a emissão restrita dos
bancos sobre a base de metais preciosos neles existentes. Tal lei representava
uma cautelosa reação à proposta de pluralidade de fontes emissoras. O Banco do
Brasil transformou-se, em 1863, no único órgão emissor do território nacional.
Com a Lei nº 1.349, cessava a faculdade de emissão do Banco do Brasil, que se
transformou num instituto de depósitos, descontos e de empréstimos sobre
hipotecas. O mais poderoso determinante da Lei foi à requisição insaciável de
recursos, em espécies metálicas, para custeio da Guerra do Paraguai, de que
resultou a alienação do Estado de toda a sua reserva metálica. A partir do final
dos anos 80, o BB passou a destacar-se como instituição de fomento econômico.
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Para a agricultura, destinou as primeiras linhas de crédito em 1888, utilizadas no
recrutamento de imigrantes europeus para assentamento em lavouras de café,
então sob o impacto da libertação da mão-de-obra escrava.
Com a proclamação da República, em 1889, o Banco do Brasil foi chamado a
cooperar na gestão financeira do novo regime político e se destacou como agente
saneador das finanças, abaladas pela crise do fim da Monarquia. Em 18 de
setembro, foi autorizado por decreto o funcionamento de uma nova instituição
financeira emissora, o Banco Nacional do Brasil. Na década de 40, o BB esteve
presente na Marcha para o Oeste, deflagrada pelo presidente Getúlio Vargas,
ajudando a incorporar milhares de hectares de terras ao processo produtivo. Na
Segunda Guerra Mundial, o banco acompanhou os pracinhas da Força
Expedicionária Brasileira. Com escritórios em Roma, Nápoles e Pistóia
(posteriormente transferido para Gênova), sua missão era pagar à tropa e
transferir numerário para o Brasil, além de atender à embaixada e aos consulados
brasileiros. No período pós-1945, o Banco atuou decisivamente também no
desenvolvimento industrial, com destaque na implantação da Companhia
Siderúrgica Nacional, um dos marcos mais significativos da industrialização
brasileira. Uma mini reforma cambial patrocinada pela instrução 192 da SUMOC,
em 30 de dezembro de 1959, no apogeu dos anos JK, liberou a taxa de câmbio
das exportações.
A lei 4.595 (Lei da Reforma Bancária) extinguiu a Superintendência da Moeda
e do Crédito, Sumoc, e criou o Banco Central e o Conselho Monetário Nacional.
Ao Banco do Brasil coube continuar a exercer algumas funções de autoridade
monetária, as quais só viria a deixar mais de duas décadas depois. Ao comemorar
os 181 anos de fundação, em 12 de outubro de 1989, o Banco inaugurou, no Rio
de Janeiro, o primeiro Centro Cultural Banco do Brasil, instalado na Rua Primeiro
de Março. Para a implantação do “Plano Real” pelo Governo Federal, o BB
assumiu papel estratégico. Foi responsável pela substituição da antiga moeda
pela nova, em curto espaço de tempo e em todo o Brasil. A operação foi
considerada a maior do gênero já realizada no mundo. Quando o Real entrou em
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vigor, em primeiro de julho, o BB havia distribuído R$ 3,8 bilhões as 31 mil
agências bancárias existentes no país.
O Banco do Brasil foi o primeiro banco a operar no país e, ainda hoje, é
considerada a maior instituição financeira do Brasil. Em seus 200 anos de
existência, acumulou experiências, participando ativamente da história e da
cultura brasileira. Devido ao seu alto investimento em comunicação, o Banco do
Brasil é a marca Top of Mind do segmento bancário por 12 anos consecutivos,
passando a assinar sua publicidade somente com o símbolo. O nível de
reconhecimento do símbolo BB, hoje acima de 90%, coloca o Banco do Brasil no
seleto grupo das empresas que se comunicam somente através de imagens e
ícones.
2.2 Dados Cadastrais:
● Razão Social: Banco do Brasil S. A – DIMAC Marketing COM
● Ramo de atuação: Financeiro – Bancário
● CNPJ: 00.000.000/3170-47
● Endereço: SBS QD 1 BL C ED. SEDE III – 19º Andar
● Telefone: 61-3310-4059
● Home-Page: www.bb.com.br
● Quadro Gerencial: Gerente de Divisão - Marcelo Augusto Passos Cardoso
● Gerente - Juarez Libaino Martins
2.3 Principais áreas de atuação:
● Serviços Bancários
● Leasing
● Poupança
● Fundos de investimento
● Ações na Instituição Depositária
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● Crédito Pessoal e Comercial
● Crédito Consignado
● Crédito Imobiliário
● Empréstimos
● Financiamento de veículos
2.4 Porte da instituição:
● Número de empregados: 111.313 funcionários
● Número de estabelecimentos: São 12.382 pontos de atendimentos
distribuídos por todo o Brasil, sendo 3.155 agências e 9.227 postos de
atendimento diversos, realizando em tempo real todos os serviços e
operações bancárias.
3. Metodologia
Para a composição metodológica desse estudo são utilizados como meios
de pesquisa: a bibliográfica, documental e a de ação. Como embasamento teórico,
é utilizada, principalmente, a perspectiva do conceito da área de checking e suas
derivações, utilizando como base livros que tratam das funções do atual
profissional de mídia, sempre com o foco na área de checking, tanto em agências
publicitárias quanto em empresas que possuem esse serviço de fiscalização.
Pesquisa Bibliográfica: é uma etapa fundamental em todo trabalho científico que
influenciará todas as etapas de uma pesquisa, na medida em que der o
embasamento teórico em que se baseará o trabalho. Consistem no levantamento,
seleção, fichamento e arquivamento de informações relacionadas à pesquisa.
Antes de qualquer trabalho científico é necessário fazer uma pesquisa
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bibliográfica extensa sobre o tema em questão. Essa pesquisa tem os seguintes
objetivos: Fazer um histórico sobre o tema; Atualizar-se sobre o tema escolhido;
Encontrar respostas aos problemas formulados; Levantar contradições sobre o
tema; Evitar repetição de trabalhos já realizados; O acesso à bibliografia pode ser
realizado por dois modos: manualmente ou eletrônicamente. O primeiro consiste
em pesquisar diretamente nos livros de referencias disponíveis na biblioteca e o
segundo, que é o mais prático e simples é a pesquisa na internet.
Pesquisa Documental: tanto a pesquisa documental quanto a bibliográfica têm o
documento como objeto de investigação. No entanto, o conceito de documento
ultrapassa a idéia de textos escritos e/ou impressos. O documento como fonte de
pesquisa pode ser escrito e não escrito, tais como filmes, vídeos, slides,
fotográficas etc. Esses documentos são utilizados como fontes de informações,
indicações e esclarecimentos que trazem seu conteúdo para elucidar
determinadas questões e servir de prova para outras, de acordo com o interesse
do pesquisador. Oliveira (2007) se posiciona sobre a pesquisa documental da
seguinte maneira: “a documental caracteriza-se pela busca de informações em
documentos que não receberam nenhum tratamento científico, como relatórios,
reportagens de jornais, revistas, cartas, filmes, gravações, fotografias, entre outras
matérias de divulgação. Na pesquisa documental o trabalho do pesquisador
requer uma análise mais cuidadosa, visto que os documentos não passaram antes
por nenhum tratamento científico”.
Pesquisa ação: é um tipo de pesquisa social com base empírica que é concebida
e realizada em estreita associação com uma ação ou com a resolução de um
problema coletivo e na qual os pesquisadores e os participantes representativos
da situação ou do problema estão envolvidos de modo cooperativo ou participativo
(THOLLENT, 1997). A pesquisa-ação é um método de condução de pesquisa
aplicada, orientada para elaboração de diagnósticos, identificação de problemas e
busca de soluções. É um método intervencionista que permite ao pesquisador
testar hipóteses sobre o fenômeno de interesse implementando e acessando as
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mudanças no cenário real. Neste tipo de pesquisa, o pesquisador assume a
responsabilidade não apenas de assistir os atores envolvidos através da geração
de conhecimento, mas também de aplicação desse conhecimento.
4. Desenvolvimento das Atividades do Estágio
As principais atividades realizadas no estágio de checking de mídia do
Banco do Brasil são: Cadastramento das Faturas enviadas pelas agências;
Checking dos DOACS; Envio dos DOACS a DILOG; Baixa dos DOACS no
SISCONF e Arquivamento dos DOACS. Para compreender melhor a atuaçao do
estágiario de checking de mídia do Banco do Brasil, precisa-se obter
conhecimento de como funciona todo esse processo.
Atualmente a conta publiciitária do Banco do Brasil é dividida entre quatro
grandes agências, que são a Master, Artplan, Olgivy e Matisse. Através dessas
quatro agências que são produzidas todas as campanhas publicitárias do banco
em âmbito nacional e internacional. A atividade de checking está baseada na
comprovação dos serviços prestados pela agência para o cliente o BB. A DIMAC
(Departamento de Marketing e Comunicação), possui um núcleo denominado
“Núcleo de Contrapartidas”, esse núcleo atesta a conformidade dos serviços
prestados pelas agências publicitárias para o banco e somente após a
comprovação dos mesmos que o núcleo libera as faturas para o pagamento em
outro núcleo que é denominado DILOG (Departamento de Logistica). O estagiário
de checking refaz todo o trabalho do profissional de checking da agência. O
motivo obviamente é a falta de confiança no serviço de checking realizado pelas
agências, pois elas cometem constamentente graves erros.
Quinzenalmente, recebemos na DIMAC uma média de 200 faturas. Essas
faturas são enviadas pelas quatro agências de 15 em 15 dias. Porque existem
duas datas de vencimento, que é todo dia 14 e 29. Cada fatura é composta pelos
seguintes itens: DOAC; Nota fiscal da agência; Nota fiscal do veículo; Cartas de
abatimento de erros; PI ou PP; Plano de Mídia; Carta-contrato (somente quando
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tratar de campanha fechada por contrato); Carta do artigo 299; Comprovante da
fiscalizadora ou Material de comprovação (quando tratar revistas, jornais etc).
Através dos documentos anexados nas faturas e dos nossos documentos originais
que conseguimos atestar a conformidade dos serviços que foram prestados e
assim liberar as faturas para o pagamento. Para cada serviço das agências existe
um documento que as autoriza, esse documento é denominado DOAC. Ele
descreve todo o processo da campanha, exemplo: o local e o meio de
comunicação onde ela será veiculada, a quantidade de inserções naquele meio, o
valor total de toda ação etc. Outro documento de igual valor e ao meu ver muito
importante é o Plano de Mídia. É nesse documento que está demonstrado, mais
detalhadamente, todo o processo da campanha, utiliza tabelas com colunas de
dias, de programação, de números de inserções, de valores etc.
A primeira quinzena de checking foi realizada no periodo entre 1 a 14 de
julho. Nos primeiros 3 dias do mês são recebidas as faturas, sempre de forma
desordenada, pois a cada instante aparecem os motoboys com um envelope
cheio de faturas. Primeiramente, cada fatura recebida deve ser cadastrada no
sistema interno do banco, o SISCONF. Esse procedimento é de suma importância
para que se obtenha um controle maior das informações de cada documento
recebido pelos funcionários do Núcleo de Contrapartida. No campo do SISCONF
são preenchidos os números do processo (PT); os números do documento
(DOAC); o nome da campanha; a data de vencimento da fatura; o nome do
veículo; o nome da agência publicitária responsável; o departamento do Banco do
Brasil responsável por esse processo; opção de PI ou PP. Os únicos campos não
preenchidos são: Conferência e Data de entrega a DILOG.
Entre os dias 7 a 11 de julho, é iniciado o checking. Para realizar
corretamente esse procedimento o estagiário deve ter acesso aos DOACS e
Planos de Mídia das campanhas publicitárias para confronta-los com os
documentos enviados pelas agências publicitárias e veículos. Somente desse
modo pode-se atestar a conformidade dos serviços prestados por eles. Os
DOACS e Planos de Mídia encontram-se dentro de pastas específicas criadas
somente para eles e estão enumeradas por ordem de Processo (PT) e ano de
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veiculação da Campanha (exemplo: PT 715 a 834/PASTA 1/PROJETO VÔLEI
2010). Em cada pasta de DOAC estão arquivados os Contratos, as Ações
Avulsas e os Planos de Mídia. Esses são os únicos documentos utilizados para a
realização do checking pelo estagiário. Para encontrar o DOAC correto, é utilizada
a numeração do PT, que está localizada na parte superior de cada DOAC. O
número do PT é a junção do ano da campanha, do número do processo, da
numeração da campanha e da numeração da agência publicitária responsável por
aquele projeto. Cada agência possui uma numeração diferente, por exemplo: 001,
002, 003 e 004 (referentes as quatro agências pulicitárias). Estes números servem
para facilitar a sua localização nas pastas. O seguinte DOAC de uma determinada
campanha “X” com o número de PT 20090715.09715 -02.201.004 deve ser
compreendido da seguinte maneira: 2009(ano), 0715(Processo), 09715(Repetição
do ano e do processo), 02.201(Campanha) e 004(Numeração da Agência).
No dia 12 e 13, todas as faturas já devem estar conferidas e entregues ao
Departamento de Logistica, que é a DILOG. É nesse local que é realizado o
pagamento de todas as faturas da agências. Quando elas estão conferidas pelos
estagiários e recebem o “ok” do gerente do Núcleo de Contrapartidas, elas são
enviadas para a DILOG, mas antes de serem entregues, o estagiário deve realizar
uma cópia do DOAC de cada fatura, pois uma dessas cópias ficará com a DIMAC
e outra com a DILOG. Os DOACS originais e as cópias são entregues e
autenticados pela DILOG, as cópias ficam na DILOG e os originais autenticados
voltam para a DIMAC. O próximo procedimento é realizar a baixa no sistema
desses DOACS autenticados. Abre-se o SISCONF, o mesmo sistema que é
utilizado no recebimento das faturas, e complementam-se as informações que
ficaram pendentes, dessa vez são preenchidos os campos de “Conferência”
(coloca-se o nome do estagiário que realizou o checking) e “Data de entrega a
DILOG” (data que foi entregue o DOAC para pagamento). O vencimento de todas
essas faturas, da primeira quinzena, acontece no dia 14 e sempre devem ser
entregues na DILOG com um dia de antecedência.
Na segunda quinzena do mês de julho, que vai de 16 a 29. Recomeça todo
processo para a conformidade das faturas, mas agora o vencimento é no dia 29.
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Portanto, se repetem todos os processos de cadastramento, checking, DOACS a
DILOG e baixa no sistema. Mais dessa vez, o estagiário adquire outra atribuição,
o arquivamento dos DOACS da primeira quinzena do mês. Quando os DOACS
recebem a baixa no sistema eles estão prontos para serem arquivados.
Atualmente, existem 30 armários, com pastas de PTS e arquivados em ordem
cronológica. Para o arquivamento, os DOACS devem ser separados por ordem PT
e arquivados em suas respectivas pastas. A ordem de arquivamento dentro das
pastas segue a data de autenticação da DILOG, portanto devem ser arquivadas
em ordem cronológica.
Na primeira quinzena do mês de agosto, seguiram-se os mesmos
procedimentos apresentados no mês anterior. A partir do dia 30 de julho
recomeçou o cadastramento das faturas de vencimento do dia 14 de agosto no
SISCONF. Esse processo leva em média dois a três dias no máximo,
normalmente essa fase é realizada por completo em apenas um único dia, pois os
quatros estagiários trabalham em conjunto para agilizar o cadastramento. Após
esse cadastramento inicia-se o checking, mais ou menos entre os dias 5 a 13,
pois a data de vencimento nesse mês não caiu em dia útil, portanto as faturas
foram pagas no dia 16 de agosto. Tivemos mais tempo para realizar a conferência
dessas faturas. Normalmente em conjunto com o checking, realizamos outros
procedimentos também, como cadastramento de faturas que chegaram atrasadas,
devolução de faturas com erros e/ou falta de documentos que atestem sua
conformidade, arquivamento de DOACS do mês anterior etc. A partir do dia 16,
começaram a chegar as novas faturas para o vencimento do dia 29. Realizou-se o
cadastramento e o checking, enviamos de volta para as agências algumas faturas
com erros e entramos em contato com elas para que enviassem cartas
retificadoras, para corrigir erros menores, evitando que fossem devolvidas na
época. Após o checking de todas as faturas da segunda quinzena do mês de
agosto, elas foram enviadas para a DILOG, receberam a autenticação, voltaram
para a DIMAC, foi dado baixa no SISCONF e elas foram arquivadas em ordem
cronologica. E assim sucessivamente no mês seguinte.
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5. Resultado das Atividades
As atividades realizadas durante o período de estágio foram bem produtivas
e me ajudaram na consol idação de conhecimentos adquiridos no curso. Em minha
atribuição no banco, como checking, para se obter uma satisfatória produção era
necessário possuir uma boa bagagem acadêmica, conhecimentos bem
especificos e que só podem ser adquiridos no curso, caso contrário eu não
conseguiria compreender o propósito das atribuições do cargo ocupado e muito
menos todos os seus processos de fiscalização e acompanhamento. Todas as
atribuições do estagiário de checking do Banco do Brasil possuem um grau de
importância. Na minha classificação pessoal, em uma escala de 0 a 10 e baseado
em tudo que eu vivenciei e aprendi durante esses meses no banco, eu classifico
esse estágio com nota 8. Porque existem muitas atividades atribuídas ao
estagiário que são voltadas para outros fins, fugindo totalmente do foco da área
de checking e indo em direção a atribuições especificas de outras áreas.
A totalidade das atividades realizadas pelo estágiário de checking, para o
Banco do Brasil é de sumo importância atualmente. Devido a necessidade de se
obter um controle maior e evitar fraudes, das agências publicitárias e veículos de
mídia contratados, nas publicidades do banco. É impressionante a quantidade de
erros que o departamento de checking de mídia das agências comete
quinzenalmente (principalmente quanto à fiscalização e comprovação da
publicidade em geral). Fato esse, que levou o banco a criar um departamento para
cuidar desse serviço (atribuindo essa atividade a responsabilidade exclusiva do
Núcleo de Controle e Contrapartidas e dos seus respectivos estagiários). A
atividade de checking do BB ficaliza as agências e veículos identificando erros
(como cobranças indevidas e discordância de informações), cobra abatimentos
nas faturas de cobrança, normatiza documentos etc. Percebe-se a importância
desse trabalho e fica claro como é extremamente necessár io para o controle
administrativo publicitário e financeiro de qualquer empresa.
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6. Propostas e Sugestões de Melhoria
Atualmente uma mudança extremamente necessária, no Núcleo de
Controle e Contrapartida do Banco do Brasil, seria a digitalização dos documentos
dos arquivos (que são utilizados para o checking). O banco possui muitos
processos com documentos ainda em aberto (serviços contratados que não foram
realizados). Esses documentos datam de 2006 a 2010 e ainda não foram
fechados por falta de pessoal e pela lentidão do procedimento adotado. A
problemática dessa atividade é tamanha, que ela acaba sendo atribuída para os
estagiários de checking. Atribuição essa, que é totalmente contrária a proposta do
estágio. Realizei muitos fechamentos de processos e não consegui atribuir valor
de conhecimento da minha área. Acredito, que com a digitalização de tais
documentos, o banco agilizaria bastante o fechamento desses processos e esta
atribuição seria excluída das atividades dos estagiários, que se dedicariam
exclusivamente as suas reais funções.
7. Considerações Finais
Fico muito grato pela oportunidade de estágio que obtive no Banco do
Brasil. Pois acredito que não exista um modo melhor de aprender do que colocar
em prática todo o conhecimento adquirido durante o curso. É muito importante
estar preparado para o mercado e para os desafios que advém da carreira
publicitária. Temos que estar abertos para as oportunidades, pois no final das
contas, não somos nós que escolhemos em qual área, do vasto leque publicitário,
que vamos seguir e sim somos escolhidos por elas, através das oportunidades
que nos aparecem durante o período do curso. O meu estágio propiciou
conhecimentos únicos através de experiências reais vividas no mercado, de
situações negativas a positivas. Portanto concluo que esse estágio foi super
importante para meu crescimento profissional e pessoal na área de mídia.
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8. Referências Bibliográficas VERONEZZI, José Carlos. Midia de A a Z. Ed. 2º edição, Flight, 2005.
AMARAL, JOÃO J. F. Como fazer uma pesquisa bibliográfica. Fortaleza:
NEAPI, 2007. 1 p.
KRAFTA, Lina; FREITAS, Henrique; MARTENS, Cristina Daí Prá; ANDRES
Rafael. O Método da Pesquisa-Ação: um estudo em uma empresa de coleta e análise de dados: Rio Grande do Sul: UFRGS, 2007. 1 p.
CELLARD, A. A análise documental. In: POUPART, J. et al. A pesquisa
qualitativa: enfoques epistemológicos e metodológicos. Petrópolis, Vozes, 2008.
STUMPF, Ida Regina C. Pesquisa bibliográfica. In: DUARTE, Jorge e BARROS,
Antonio (orgs). Métodos e técnicas de pesquisa em comunicação. São Paulo:
Atlas, 2005 p.54.
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9. Apêndices e Anexos
Foto 1: Entrada do Departamento de Comunicação e Marketing
Foto 2: Visão panorâmica do Núcleo de Controle e Contrapartida
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Foto 3: Baias de trabalho
Foto4: Baias de trabalho