ch4 religador

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  • ______________________Religadoresautomticos_________________________

    ________________________________ProteodeSistemasdeDistribuiodeEnergiaEltrica:notasdeaulaProf.GhendyCardosoJr.

    UFSM,DESP

    SUMRIO

    9 RELIGADORAUTOMTICO................................................................................................1

    9.1 CLASSIFICAODORELIGADORESQUANTOAONMERODEFASE.......................................................39.2 CLASSIFICAODORELIGADORESQUANTOAOTIPODECONTROLE...................................4

    9.2.1 ControleHidrulico.....................................................................................................49.2.2 ControleEletrnico......................................................................................................4

    9.3 CLASSIFICAODOSRELIGADORESQUANTOAOMEIODEEXTINO.................................59.4 APLICAOEDIMENSIONAMENTODORELIGADOR.............................................................69.5 AJUSTESDOSRELIGADORES.................................................................................................89.6 COORDENAORELIGADORFUSVEL(FUSVELNOLADODACARGA).............................149.7 COORDENAOFUSVELRELIGADOR(FUSVELNOLADODAFONTE).............................229.8 COORDENAORELIGADORRELIGADOR....................................................................................25

    9.8.1 CoordenaoentreReligadoresHidrulicosoperadossomentepelabobinasrie..289.8.2 CoordenaoentreReligadoresEletrnicos.............................................................319.8.3 AcessriosparaReligadoresEletrnicos...................................................................32

    10 ANEXOSDADOSDERELIGADORES................................................................................38

    10.1 RELIGADORTIPOKFDAMCGRAWEDISON..............................................................................3810.1.1 INTRODUO............................................................................................................3810.1.2 CARACTERSTICASNOMINAIS....................................................................................3810.1.3 CORRENTEDE"PICKUP"ECAPACIDADEDEINTERRUPO.....................................3810.1.4 NMERODEOPERAES..........................................................................................3810.1.5 SEQNCIASDEOPERAES....................................................................................3910.1.6 CURVASCARACTERSTICASDEOPERAODEFASE.................................................3910.1.7 CURVASCARACTERSTICASDEOPERAODETERRA...............................................4110.1.8 TEMPOSDERELIGAMENTO.......................................................................................4710.1.9 TEMPODEREARME..................................................................................................47

    10.2 RELIGADORESTIPOSOYT250EOYT400DAREYROLLE.................................................4810.2.1 INTRODUO............................................................................................................4810.2.2 CARACTERSTICASNOMINAIS....................................................................................4810.2.3 CORRENTESDE"PICKUPS"ECAPACIDADEDEINTERRUPO.................................4810.2.4 NMERODEOPERAES..........................................................................................4910.2.5 SEQNCIASDEOPERAES....................................................................................4910.2.6 CURVASCARACTERSTICASDEOPERAODEFASE.................................................4910.2.7 7CURVASCARACTERSTICASDEOPERAODETERRA............................................5010.2.8 TEMPOSDERELIGAMENTO.......................................................................................5110.2.9 TEMPODEREARME..................................................................................................52

    10.3 RELIGADORESTIPOSEV280DAWESTINGHOUSE.........................................................5210.3.1 INTRODUO............................................................................................................5210.3.2 CARACTERSTICASNOMINAIS....................................................................................5210.3.3 CORRENTESDE"PICKUP".........................................................................................5210.3.4 NMERODEOPERAES..........................................................................................5310.3.5 SEQNCIASDEOPERAES....................................................................................5310.3.6 CURVASCARACTERSTICASDEOPERAODEFASE.................................................5310.3.7 CURVASCARACTERSTICASDEOPERAODETERRA...............................................5410.3.8 TEMPOSDERELIGAMENTO.......................................................................................5510.3.9 TEMPODEREARME..................................................................................................56

    10.4 RELIGADORTIPOPMR115DABRUSHSWITCHGEAR...................................................5610.4.1 INTRODUO............................................................................................................5610.4.2 CARACTERSTICASNOMINAIS....................................................................................56

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    10.4.3 CORRENTEDE"PICKUP"DEFASE.............................................................................5610.4.4 RestriesquantoaoAjustedeMnimaCorrentedeDisparo...................................5710.4.5 CURVASTEMPOXCORRENTEDEFASE.....................................................................5810.4.6 CORRENTEDE"PICKUP"DETERRA(RESIDUAL).......................................................6010.4.7 CURVASTEMPOXCORRENTEDETERRA...................................................................6110.4.8 UNIDADESENSVELDETERRA(UST).........................................................................6110.4.9 NMEROTOTALDEOPERAES..............................................................................6410.4.10 SEQNCIADEOPERAO...................................................................................6510.4.11 TEMPODERELIGAMENTO....................................................................................6510.4.12 TEMPODEREARME..............................................................................................6510.4.13 CURVADEATUAOQUANDOSEUTILIZAOBLOQUEIODORELIGAMENTO......6610.4.14 MNIMOTEMPODERESPOSTA............................................................................66

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    9 Religador Automtico Osreligadoresautomticossoconsideradospelasempresaseltricasdomundo

    inteirocomoumequipamentoessencialparao fornecimentodeenergiaeltricaemcondiesconfiveiseseguras.

    O desenvolvimento dos religadores foi se acelerando na medida em que osinconvenientes e as limitaes dos elos fusveis aumentavam os ndices deinterrupes.Sabesequeoselosfusveispodemocasionarinterrupesprolongadas,embora desnecessrias, porque so incapazes de diferenciar faltas permanentes defaltas temporrias. Isso pode resultar em um elevado custo operacional devido aodeslocamento da equipe de reparo a pontos muito distantes para substituir umsimples fusvel queimado. Com isso, podemse avaliar os altos gastos anuaisdecorrentesdessesservios.

    Considerase ainda a perda de receita durante uma interrupo e osinconvenientescausadosaosconsumidores.Almdeste inconveniente,aseletividadeentreoselosfusveislimitada,nopermitindodessaformaaplicaesemesquemasautomticos ou manuais de controle a distncia, como seccionamento remoto outransfernciadecarga.

    O religador um dispositivo ideal na medida em que interrompe as faltastransitrias, evitando queima de elos fusveis ou, se bem coordenado com elosfusveis, seccionando apenas o trecho sob defeito, permanecendo os demaisenergizados(GIGUER,1988).

    Basicamente,oreligadorumdispositivointerruptorautomticodedefeitos,queabreefechaseuscontatosrepetidasvezesnaeventualidadedeumafaltanocircuitopor ele protegido. Possui caractersticas sofisticadas, podendo ser monofsico outrifsico(ELETROBRAS,1982;GIGUER,1988).

    Aoperaodeumreligadornose limitaapenasasentire interromperdefeitosna linha e efetuar religamentos. Ele tambm dotado de um mecanismo detemporizaodupla.

    No instanteemqueoreligadorsenteumacondiodesobrecorrentena linha,acirculaodessacorrente interrompidapela rpidaaberturadosseuscontatos.Oscontatos so mantidos abertos durante o tempo de religamento, aps o qual sefecham automaticamente para a reenergizao da linha. Se, no momento dofechamento dos contatos, a falta persistir, a seqncia abertura/fechamento repetida at trs vezes consecutivas e aps a quarta abertura dos contatos, estespermanecem abertos e bloqueados sendo somente possvel nesse momento umfechamentomanual.

    Isto proporciona mais tempo para eliminar defeitos permanentes e, suacombinao com as interrupes rpidas, permite uma coordenao efetiva comoutros dispositivos de proteo existentes no sistema, tais como elos fusveis eseccionalizadores.

    Acaractersticadeoperaorpidareduzaomnimoaspossibilidadesdedanosaosistema,evitandoaomesmotempoaqueimadefusveisentreolocaldedefeitoeo religador.O religamentodarsedentrodepoucossegundosou fraesdestes,oquerepresentaumainterrupomnimadoservio.

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    Asoperaesdeumreligadorpodemsercombinadasnasseguintesseqncias:

    Seforajustadoparaquatrooperaes:1. uma rpida e trs lentas;

    2. duas rpidas e duas lentas;

    3. trs rpidas e uma lentas;

    4. todas rpidas;

    5. todas lentas.

    Paraqualquernmerodeoperaesmenorquequatroemcombinaosimilaresdeoperaesrpidasetemporizadas.Asseqnciasdeoperaesrecomendadasso(normaBandeirante):

    o duasrpidaseduastemporizadasnocasodenoexistirseccionalizadoremsriecomfusvelnoladodacarga;

    o caso contrrio, recomendase uma operao rpida e trs operaestemporizadas;

    o em casos especiais, conforme a necessidade de coordenao entreprotees, a seqncia de operaes para faltas entre fases poder serdiferentedaseqnciadeoperaesparafaltasterra;

    o emcasosespeciaispodeserutilizadoumnmerototaldeoperaesmenordoquequatro.

    A partir dessa caracterstica de temporizao dupla, podese coordenar odispositivo com os fusveis dos ramais de um alimentador ou outros dispositivoslocalizadosajusante.

    Asaplicaesdereligadorescomvistasaestabelecerproteodesobrecorrentecoordenada e seccionamento automtico de linhas defeituosas so bastantenumerosas.

    Considerase que 80 a 95% das faltas existentes so temporrias. Portanto, aimportnciados religadores aumenta sensivelmente caso sequeiraobterumtimocustoxbenefcio(GIGUER,1988).

    Analisando a Tabela 9.1 podese constatar que as faltas temporrias so namaioriadoscasosmonofsicas.Nocaso,ocurtocircuitofaseterraomaisprovveldeocorrer.

    Tabela 9.1 Taxa de faltas permanentes e temporrias.

    Faltas Durao

    Permanentes Temporrias

    Trifsicas 95% 5%

    Bifsicas 70% 30%

    Fase-terra 20% 80%

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    9.1 CLASSIFICAO DO RELIGADORES QUANTO AO NMERO DE FASE

    Monofsicos: So utilizados para proteo de linhas monofsicas ou ramaisalimentadorestrifsicos(umparacadafase),ondeascargassopredominantementemonofsicas,pois,naeventualidadedeocorrerumafaltapermanenteparaterra,serbloqueadasomenteafasesobfalta,enquantomantidooservioaosconsumidoresligadossoutras fases.Normalmente,asadadeum ramalsobessascondiesnodever introduzir suficiente desequilbrio no alimentador para a operao de umdispositivodeproteoderetaguarda.Trifsicos:Soutilizadosondenecessrioobloqueiodastrsfasessimultaneamente,paraqualquer tipode faltapermanente, a fimdeevitarque cargas trifsicas sejamalimentadascomapenasduasfases.

    No caso demotores trifsicos, a alimentao com uma ou duas fases provocaaquecimentos indesejveis, resultante do desequilbrio de tenses de alimentao,podendoimplicarnumadiminuiodavidatildosmotoresoumesmoaqueimadosenrolamentos,casonopossuamproteestrmicasadequadas,oqueaconteceparaamaioriadosmotoresC.A.depequenapotncia(normaBanderiante).

    Estesreligadorespodemserclassificadosem:

    TrifsicoscomOperaoMonofsicaeBloqueioTrifsico:Soconstitudosdetrsreligadores monofsicos, montados num nico tanque, com os mecanismosinterligados apenas para ser processado o bloqueio trifsico. Cada fase operaindependentemente em relao s correntes de defeito. Se qualquer uma dasfasesoperarcomonmeroprajustadoparaseubloqueio,asduasoutras fasestambmseroabertasebloqueadaspormeiodomecanismoqueasinterliga.

    Trifsicos comOperao Trifsica e Bloqueio Trifsico: So constitudos de umnicoreligador,queoperaebloqueiatrifasicamente, independentementedotipodefaltaocorrida, isto,mesmoqueafaltaafeteapenasumadasfases,todososcontatosrealizamaoperaodeaberturaereligamento.

    AFigura9.1mostraosreligadoresquantoaonmerodefases.

    Figura 9.1- Religadores Monofsico (a) e Trifsico (b) (POWER SYSTEMS COOPER).

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    9.2 CLASSIFICAO DO RELIGADORES QUANTO AO TIPO DE CONTROLE

    9.2.1 Controle Hidrulico

    Em religadores com esse tipo de controle, as correntes so detectadas pelasbobinasdedisparoqueestoligadasemsriecomalinha.Quando,atravsdabobina,fluiumacorrenteigualousuperiorcorrentemnimadedisparo(pickup)doreligador,oncleodabobinaatradoparaoseuinterior,provocandoaaberturadoscontatosprincipais do religador.Omecanismo de fechamento dos religadores com controlehidrulicopodeserdedoistipos(Eletrobrs,1982):

    nos religadores com corrente nominal de at 200 A, so empregadasmolas defechamento,quesocarregadaspelomovimentodoncleodabobinasrie;

    nos religadores de correntes nominais de 280, 400 e 560 A, o fechamento realizadopelabobinadefechamento,queenergizadapelatensodalinha.

    O sistema de controle hidrulico econmico, simples, eficiente e de grandelongevidade.Logo,religadorescomestetipodecontrolesoadequadosparausoemcircuitosqueapresentemasseguintescaractersticas:

    baixa densidade de carga (rurais) ou instalaes que no requeiram nveis deprecisoacentuadosnaoperaodoequipamento;

    correntededisparodefasee/oudeneutronomuitopequena nosejanecessriograndevelocidadenainterrupo ondeoequipamentonopossa ser inspecionadoe testadocom freqnciaede

    forma conveniente. Suamanutenopode ser feita facilmente,no campoounaoficina,semnecessidadedeferramentasetreinamentosespeciaisouequipamentodispendioso.

    Para algumas aplicaes, porm, o controle hidrulico no suficientementeexatoevelozparainterromperrapidamentecorrentesdedefeito.Demodoasuperaressaslimitaesdocontrolehidrulico,surgiuocontroleeletrnico.

    9.2.2 Controle Eletrnico

    Com esse tipo de controle, o religamento apresentamaior flexibilidade emaisfacilidadesparaajusteseensaios,almdesermaisprecisoemrelaoaodecontrolehidrulico.Contudo,essasvantagensdevemsereconomicamenteavaliadasantesdeserrealizadaaescolhaentreumreligadorcomcontrolehidrulicoeumcomcontroleeletrnico.

    Ocontroleeletrnicoabrigadonumacaixaseparadadoreligadorepermiteasseguintes modificaes e ajustes no equipamento, sem que seja necessria suaabertura:

    Caractersticastempoxcorrente; Nveisdecorrentededisparo; Seqnciadeoperao.

    Paraqueestasalteraessejamefetuadas,noprecisodesenergizaroreligadornemretiraroseumecanismodointeriordotanque.

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    Os sinaisparao controleeletrnico soobtidosapartirde transformadoresdecorrentetipobucha,montadosinternamente.Ocircuitoeletrnicocontrolaasfunesdedisparoereligamentodomecanismodoreligador.No lugardasbombasepistesutilizados nos sistemas de controle hidrulico, no controle eletrnico so utilizadoscircuitosimpressos,constitudosdecomponentesestticos.Osprincipaisbenefciosdocontroleeletrnicoso:flexibilidade,versatilidadeeintercambilidadeoperacionais.

    Assim,porexemplo,umnico tipodecontroleeletrnicopodeserutilizadoemvrios tipos de religadores. As curvas caractersticas de operao e os ajustes dedisparosoobtidosporcomponentesdotipoplug,acessveispelafrentedopaineldecontrole,podendoserfacilmentealteradossemanecessidadederetiraroreligadordotanquedeleoouremovlodoservio.

    OIntervalodereligamentoetempoderearmesotambmproporcionadosporcomponentesdotipoplugedisponveisemmuitosvaloresdiferentes.

    Para o disparo de terra e de fase existem vrias combinaes de operaesrpidasouretardadas,independentesentresi.

    O grandenmerode curvas caractersticas tempo x correnteparadefeito faseterra, facilita bastante os estudos de coordenao, proporcionando ento umdispositivodeextremovalorparaproteoderedesdedistribuio.

    AFigura9.2mostraasformasdosreligadoresquantoaotipodecontrole

    Figura 9.2- Religadores de controle Hidralico (a) e Eletrnico (b) (POWER SYSTEMS COOPER, 2003).

    9.3 CLASSIFICAO DOS RELIGADORES QUANTO AO MEIO DE EXTINO

    Quanto ao meio de interrupo, os religadores se classificam em:

    Religadorescominterrupoaleo:O leo utilizado para isolao e como meio dieltrico para a interrupo do

    arco.No caso especfico de religadores hidrulicos o leo utilizado, alm das

    finalidadesacimadescritas,natemporizaoenacontagemdeoperaes.

    Religadorescominterrupoavcuo:

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    Ovcuoutilizadocomomeioeltrico,apresentandocomovantagemprincipalanecessidademnimademanutenoemcomparaocomosinterruptoresleo.

    ReligadorescominterrupoaSF6(hexafluoretodeenxofre).9.4 APLICAO E DIMENSIONAMENTO DO RELIGADOR

    Osreligadorespodemseraplicadosemqualquerlugardosistemadedistribuio.Oslocaisquesomaisindicadosparainstalaoso(McGRAWEDISONCOMPANY):

    Emsubestaes,comodispositivodeproteodoalimentadorprincipal; Nosalimentadores,aumadeterminadadistnciadasubestao,comoobjetivode

    seccionamentoaolongodosalimentadoreseassimprevenirdesligamentosdeumalimentador inteironaocorrnciade faltaspermanentes localizadasprximasdofinaldoalimentador;

    Em ramificaes estratgicas do alimentador principal para proteglo deinterrupesedesligamentosdevidosfaltasnosramais.

    Paraa instalaoadequadadeum religador, seis fatoresdevem ser levadosemconsiderao(McGRAWEDISONCOMPANY):

    Tensodosistema:Oreligadordeverterumatensonominalmaiorou igualqueatensodo local

    dosistemaondeeleseencontrainstalado.Tensonominaldabobinadefechamentooudepotencialdeveserigualtenso

    entrefasesdosistema(normaBandeirante).

    Mximacorrentedefaltadisponvelnopontodeinstalaodoreligador:Amxima correntede curtocircuito simtricano localde instalaodever ser

    conhecida.Acapacidadedeinterrupodoreligadordeversermaiorouigualaessamximacorrentedecurtocircuito.

    Acorrentedecurtocircuitomximaassimtricanopontodainstalaodeversermenor que a corrente mxima de interrupo assimtrica do religador (normaBandeirante).

    Mximacorrentedecarga:Acorrentenominaldoreligadordeversermaiorouigualqueacorrentedecarga

    passanteporele,convenientementemedidaouavaliadanasituaodemaiorcargadocircuito, incluindo manobras usuais, devendo assim, sempre que possvel, preverfuturosaumentosdecarga.

    Mnimacorrentedefaltadentrodazonadeproteodoreligador;O religador deve ser sensvel corrente mnima de curtocircuito no final do

    trechoprotegidoporele.Comoregrageral,ascorrentesdedisparodevemsermenoresdoqueascorrentes

    de curtocircuito na zona de proteo do equipamento, incluindo, sempre quepossvel,ostrechosaseremadicionadosquandoserealizaremmanobrasconsideradasusuais(normaBandeirante).

    Caso o critrio de incluso de trechos sob manobras acarretar coordenaoinsatisfatria entre as protees do sistema, devido a sensibilidade das bobinas de

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    disparoserreduzida,talcondionodeverserconsideradanodimensionamentodetaisbobinas(normaBandeirante).

    Sensibilidadeparacorrentesdefaltaterra; Acoordenaocomoutrosdispositivosdeproteoestandooreligadortantodo

    ladodafontequantodoladodacarga.

    Acoordenaocomoutrosdispositivosdeproteo (tantoamontantequantoajusante) tornase importante quando os quatro primeiros fatores de aplicao sosatisfeitos.devitalimportnciaquesefaaumaseleoadequadadetemporizaese seqnciasdeoperaodo religadorpara garantirqueduranteuma falta, a readesligada fique restrita a menor seco possvel do sistema (McGRAWEDISONCOMPANY).

    O religador possui uma caracterstica de operao temporizada (lenta) e outrarpida. Uma seqncia completa (quando a falta for permanente) de operao doreligadorparaodesligamentodefinitivodotrechoprotegidoporeleestmostradanaFigura 9.3. As primeiras interrupes (uma ou mais) da corrente de falta sodenominadasde rpidasou instantneas,nopossuindo assim inteno algumadeatraso no tempo de operao. As interrupes restantes, denominadas detemporizadas,possuemadiodeatrasode tempoeque,dependendoda situao,podem levaro religadoraumdesligamentodefinitivo.Sea falta forpermanente,asoperaestemporizadaspermitemqueodispositivomaisprximodafaltainterrompaacorrentedefalta,limitandoassimareadesligada(McGRAWEDISONCOMPANY).

    Figura 9.3 Seqncia completa de operao do Religador (McGRAW-EDISON COMPANY).

    As faltas envolvendo a terra so geralmente menos severas do que as faltasbifsicasetrifsicas.Entretanto,estimadoquedecada5faltas4sejamparaaterra.Almdisso,asfaltasmonofsicasocorrem6ou7vezescommaisfreqnciadoqueasbifaseterra (McGRAWEDISON COMPANY). Portanto, tornase essencial ter umsistemadeproteoquesejasensvelsfaltasparaaterra.

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    As faltasa terrapodem serdetectadas tantoem sistemasaterradosquantoemsistemasnoaterrados.Entretanto,em sistemas trifsicosnoaterrados,acorrentedefaltadebaixamagnitude,daordemdemA,eportanto,ocircuitonoprecisaserretiradoimediatamentedeservio.

    Em sistema trifsico com baixa impedncia de aterramento, um curtocircuitomonofsicopodeimplicaremmagnitudedecorrentesdaordemdacorrentedecarganormalousuperior.Geralmente,asfaltasdessanaturezasodetectadaseeliminadasemmenosdeumoualguns segundosa fimdeprevenirouminimizarosdanosaosequipamentos(McGRAWEDISONCOMPANY).

    9.5 AJUSTES DOS RELIGADORES Os religadores instalados em subestaes e ao ar livre devem ser ajustados de

    modoaatenderaosseguintescritrios:

    AjustedoDisparodeFase:Acorrentemnimadedisparodefasedoreligadordevesermenor que a corrente falta fasefase simtrica dentro da zona de proteodeste, incluindosemprequepossvel,ostrechosaseremadicionadosemcasodemanobras; e deve ser maior ou igual mxima corrente de carga incluindomanobrasusuaisnopontodeinstalaodoreligadormultiplicadoporumfatorK,prevendofuturosaumentodecarga.

    o Casooreligadorpossuadisparoparafaltasaterra(normaBandeirante):

    .

    o Caso o religador no possua dispositivo de disparo para faltas a terra(normaBandeirante):

    .

    Onde:

    o IpickupFacorrentedepickupdefasedoreligador;o FCofatordecrescimentodacarga.o Icarga max a corrente de carga mxima atual passante no ponto de

    instalao,jselevandoemconsideraoasmanobras;o ICC2Focurtocircuitobifsicosimtricono finaldo trechoprotegidopelo

    religador;o FSumfatordesegurana(1,5a2).

    A corrente mnima de disparo dos religadores hidrulicos determinadaexclusivamente pela capacidade nominal bobina srie com a qual o religador estequipado.

    A corrente mnima de disparo de 200% do valor da corrente nominal parabobinassriedequalquercapacidade,excetoasbobinaspertencentesaosreligadoresdaMcGraw Edison sucedidaspela letraX,queoperam com 140% do valorde suacapacidadenominal.

    Porexemplo,considereaTabela9.2.

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    Tabela 9.2 Clculo da corrente de disparo dos religadores hidrulicos.

    Bobina Capacidadenominal(A)

    Correntemnimadedisparo(A)

    400A 400A 400x2=800A400x 400A 400x1.4=560A

    AjustedeDisparodeNeutro:Acorrentemnimadedisparodeneutrodoreligadordevesermenorqueamenorcorrentedefaltafaseterramnima,dentrodazonadeproteodeste,edevesermaiorqueamximacorrentededesbalanoparaoneutro (considerando a queima de um fusvel no lado da carga normaBandeirante).

    Onde:

    o Idesbalanoamximacorrentededesequilbrioadmitidopelaempresa;o IpickupNacorrentededisparo(pickup)deneutrodoreligador;o ICCFTminacorrentedecurtocircuito faseterramnimano finaldo trecho

    protegidopeloreligador.

    Comrelaoaosreligadoreshidrulicos,valemasmesmasconsideraesfeitasnoajustededisparodefase.

    Curvascaractersticasdetempocorrente(FaseeNeutro):Estacaractersticadeveserescolhidademodoaatenderaosseguintesrequisitos:

    o A curvadeoperaodo religador,para todaa faixade valoresde curtocircuito,deveestarsempreabaixodacurvaderecozimentodecondutoresecapabilidadedosequipamentosdocircuito;

    o A curvaescolhidadevepermitir a coordenao comosequipamentosdeproteoamontanteeajusante.

    o Namaioriadasvezesexisteumanicacurvarpidadefase,nessasituao,nohnenhumaescolhaaserfeita.Entretanto,existemalgunsreligadoresque possuem vrias curvas rpidas. Neste caso, sempre que possvel,escolheseamaisrpidaentreelas,porqueissoirpermitirumaregiodecoordenaomaiorcomoselosfusveis(CPFL,2003).

    o Alguns religadores possuem poucas curvas temporizadas, enquanto queoutrospossuemumagamamuitovariadadecurvas.Entretanto,qualquerquesejaocaso,devesedarprefernciaparaacurvalentamaisprximadecurvarpida,desdequeissonoprejudiqueacoordenaoeaseletividadecomosoutrosdispositivos(CPFL,2003).

    SeqnciadeOperao:A seqnciadeoperaodeve serdefinidademodo apermitir a coordenao seletiva dos equipamentos de proteo ao longo docircuito.

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    TempodeReligamento:Deveserajustadodemodoapermitiracoordenaocomos equipamentos de proteo situados a montante e a jusante, cuja operaodependadessetempo.

    Exemplo1:O religador R da Figura 9.4 do tipo KF e possui as caractersticas nominais e

    ajustesabaixodescritosnaTabela9.3:

    Tabela 9.3 Ajustes do religador do exemplo 1.

    Dispositivo(KF) Ajuste SeqnciadeoperaoFase bobinasrie100A 1Ae3BTerra bobinaterra70A 1e6

    Tempodereligamento 2,0segundos

    Subestao

    1

    80 K

    Icc3 = 600 AIcc1 = 150 A

    Inom = 50 AReligador

    Carga

    t(s)

    i(A)

    t1 t3 t3 t3

    t2 t2 t2

    600A

    60A

    Figura 9.4 Exemplo de aplicao com o religador KF.

    Paraumcurtocircuitoentrefasescomvaloriguala600Atemse:a) Primeira operao rpida: num tempo mximo de t1 = 0.09 seg. conforme

    mostraaFigura9.5.

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    Figura 9.5 Caracterstica de operao rpida e temporizada de um religador KF (vcuo) com bobina srie de 100A.

    b) Segundaoperao:apsotempodereligamentodet2=2seg.admitindosequeafaltapermaneanocircuito,haverfechamentoeposterioraberturadoreligadorapsotempodeterminadopelacaractersticatemporizadacurvaBdaFigura9.5paraumamesmacorrentedefalta.Taltempocorrespondeaovalordet3=0,9seg.comtolernciade10%,ouseja,entre0.81se0.99s.

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    c) Admitindose que o curtocircuito permanea, a terceira e quarta operaessero realizadas de forma similar segunda operao descrita no item b,havendobloqueioapsaquartaaberturadoreligador.

    Otempodedesligamentodocircuitocontadoapartirdo instantedeocorrnciadafaltanoponto1ser:

    admitindosetolerncianegativaparat3:

    TMIN = 0,080 + 2,0 + 0,81 + 2,0 + 0,81 + 2,0 + 0,81 = 8,51 segundos

    admitindosetolernciapositivaparat3:

    TMAX = 0,080 + 2,0 + 0,99 + 2,0 + 0,99 + 2 + = 9,05 segundos

    NarealidadeTmineTmaxpoderoser ligeiramente inferioresqueoscalculadosanteriormente,poisotempot3(curvarpidaA)possuitolerncianegativa.

    Na ocorrncia de um curtocircuito terra no ponto 1 da Figura 9.4 com

    magnitudede150A,oreligadordesempenhardaseguinteforma:a) Primeiraoperao:rpidanumtempot1entre0,09seg (+10%=0,99seg.)e

    0,20seg (10%=0,18seg.),poissendoacorrentenominaldocircuitomenorque a corrente nominal do religador (100 A), os capacitores do circuito dedisparoestaroparcialmentecarregados.

    b) Segundaoperao:apso tempodereligamentode t2=2seg,admitindoseque o curtocircuito permanea haver fechamento e abertura do religadoraps o tempo determinado pela caracterstica temporizada 6. Tal tempocorresponder a um valor aproximado de t3 = 3,4 seg (limite superior dacaracterstica 6 mostrada na Figura 9.7), pois nesta situao os capacitoresestariamtotalmentedescarregadosdevidooreligamentodocircuitoestandoomesmoemcurtocircuito.Otempode3,4segincluiumatolerncianegativade10% conformedadosdo fabricante,oque resulta emum tempomnimodet3min=3,06seg.

    c) Admitindosequeocurtocircuitopermanea,a terceiraeaquartaoperaoserorealizadassimilarmentesegundaoperaodescritanoitemb,havendobloqueioapsaquartaaberturadoreligador.

    TalseqnciadeoperaesrepresentadanaFigura9.4.Otempototalparaobloqueioapartirdaocorrnciadafalta:

    TMIN = 0,99 + 2,0 + 3,06 + 2,0 + 3,06 + 2,0 + 3,06 = 15,18 seg.

    TMAX = 0,18 + 2,0 + 3,4 + 2,0 + 3,4 + 2,0 + 3,4 = 16,38 seg.

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    Nos estudos de coordenao devese considerar o casomais desfavorvel que,dependendo de cada situao, poder ser o limite superior ou limite inferior dacaracterstica de operao, com as respectivas tolerncias, sejam elas positivas ounegativas.

    Figura 9.6 - Caracterstica de operao rpida de um religador KF (vcuo) com bobina de terra de 70A (curva 1).

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    Figura 9.7 - Caracterstica de operao rpida de um religador KF (vcuo) com bobina de terra de 70A (curva 6).

    9.6 COORDENAO RELIGADOR FUSVEL (FUSVEL NO LADO DA CARGA)

    Acoordenaoentreumreligadoreumfusvel(dispositivoqueestmaisprximodacarga)satisfatriaquandoofusvelnofundirenquantooreligadorrealizaassuasoperaesrpidas,masfundirduranteaprimeiraoperaotemporizadadoreligador.Acoordenaopode serobtidausandomtodosbaseadosemcurvascaractersticasajustadasporumfatormultiplicativoK.Aprimeiraaberturadoreligadorpermitequecercade80%dasfaltastemporriassejameliminadasenasegunda,emtornode10%.Sea faltaaindapersistir,oquecaracterizauma faltapermanente,o fusvelse fundeantes da terceira abertura do religador, interrompendo assim a falta permanente(McGRAWEDISONCOMPANY).

    Comovistoanteriormente,umreligadorconvencionaldotadodedois tiposdecurva:umacurvarpidaeumafamliadecurvastemporizadas,comomostraaFigura9.8.Nocaso,acurvaAarpidae,ascurvasBeCsotemporizadas,sendoacurvaCmaislentaqueacurvaB.

    Na Figura9.8paraum religador ajustadoemquatrooperaes (duas rpidaseduas lentas), a curva A representa a primeira e a segunda operao, a curva B, aterceiraequartaoperao,respectivamente,paraessereligador(GNEN,1986).

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    Paraqueseconsigaobteraproteocontrafaltaspermanentes,osfusveisdevemser instaladosnasentradaseao longodosramaisdoalimentadorprincipal.Ousodeum religador comoproteode retaguarda contra faltas temporriaspodeeliminarmuitosdesligamentosdesnecessrios,queocorreriamcasofossemutilizadossomenteosfusveis.Nessecaso,oreligador,comodispositivoderetaguarda,podeserinstaladotanto na subestao, geralmente com a seqncia de uma operao rpida e duastemporizadas, ou em ramais laterais do alimentador principal, com duas operaesrpidaseduastemporizadas(GNEN,1986).

    Figura 9.8- Curvas caractersticas do religador (GNEN, 1986)

    Oreligadorajustadoparadispararnocasodeuma falta temporriaantesquequalquerfusvelpossafundir,religandoemseguidaocircuito.Entretanto,seafaltaforpermanente,elaeliminadapelafusodofusvelantesqueoreligadorpossaoperarna sua seqncia temporizada depois de ter operado em uma ou duas seqnciasrpidas(GNEN,1986).

    Acoordenaoobtidaemmenorsucessoquandoaseqnciadeoperaesdoreligadorajustadaemumaoperaorpidaetrstemporizadas,poiscercade80%das faltas so eliminadas na primeira abertura. Geralmente, essa seqncia adequada quando se deseja incluir um seccionalizador em um ponto intermedirioentreoreligadoreofusvel(McGRAWEDISONCOMPANY).

    AFigura9.9mostraumtrechodeumsistemadedistribuioemqueoreligadorinstaladoamontantedofusvel.Afiguratambmmostraasuperposiodascurvasdofusvel com as do religador. Se houver uma falta temporria alm do ponto deinstalaodo fusvel,aoperaorpidadoreligadorprotegero fusveldequalquerdano.IstopodeserobservadonafigurapelofatodacurvarpidaAdoreligadorestarabaixo da curva do fusvel para correntes menores desde o ponto de intersecorepresentadoporIb.

    Entretanto, se a falta alm do fusvel for permanente, o fusvel elimina a faltaenquantoo religador caminhapara anova seqnciadeoperao (temporizadaB).Isto pode ser observado na Figura 9.9, onde a curva temporizada do religador estaacimadacurvadetempototaldofusvelparacorrentesmaioresdoqueIa.Adistncia

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    entreospontosdeintersecoIaeIbdointervalodecoordenaoentreofusveleoreligador.

    Figura 9.9 Superposio de curvas caractersticas do Religador e Fusvel (GNEN, 1986).

    Durante a coordenao preciso evitar que o fusvel sofra danos durante asoperaes instantneas do religador. Para isso necessrio que se leve em contafatores tais como: prcarregamento, temperatura ambiente, tolerncia nas curvas,aquecimentoeresfriamentodosfusveisdurantea(s)operaorpida(s)doreligador.Isto,conseqentemente,irtornarointervalodecoordenaomaisestreito.

    Omtodo exposto na Figura 9.9 no leva em considerao tais fatores.Assim,tornasenecessrioa inclusodesses fatoresparaque seassegurea integridadedofusvelduranteasoperaesinstantneasdoreligador(McGRAWEDISONCOMPANY).

    Existembasicamenteduasregrasqueviabilizamousodefusveiscomodispositivoprotetorereligadorescomodispositivoprotegido,ouseja:

    Para todos os valores possveis de correntes de falta no trecho protegido pelofusvel, o tempo mnimo de fuso do fusvel deve ser maior que o tempo deaberturadoreligadornacurvarpidadeoperaomultiplicadapelofatorK,fatoreste caracterstico do religador. Esses fatores de multiplicao permitem umaadaptaonotempoentreotempodeoperaodoreligadornacurvarpidaeotempo mnimo de fuso do elofusvel de forma a prevenir os elosfusveis dedanos e fadigas.Amagnitude desses fatores varia com onmero deoperaesrpidas e com o tempo de religamento do religador comomostra a Tabela 3.3.

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    Notequeparaosvaloresdereligamentomaiscurtosofatormultiplicativomaior,poisofusveltermenostempoparaseresfriar.

    Para todos os valores possveis de correntes de falta no trecho protegido pelofusvel, o tempo total de fuso do fusvel dever ser menor que o tempo deaberturadoreligadornacurvatemporizada.

    O intervalodecoordenaoentre religadore fusveldescritopelas regrasacimafixanovasextremidadesao intervalodecoordenaocomomostraaFigura9.10,ouseja:

    IaAcorrentemnimadecoordenaoaquelaobtidapelaintersecodacurvado tempo total de fuso do elo fusvel com a curva temporizada do religadormultiplicadapor0,9paralevaremcontapossveiserrosdacurvadoreligador.Quandonohouverintersecoentredacurvadetempototaldefusodofusvelcomacurvatemporizadadoreligador,acorrentemnimadeintersecoseracorrentededisparode fasedoreligador (McGRAWEDISONCOMPANY).Aseletividadeasseguradaseainterseodessascurvascoincidircomacorrentedepickupdaunidadetemporizadadoreligador.

    Ic amximacorrentedecoordenao,aquelaobtidada intersecoentreecurva de tempo mnimo de fuso do fusvel com a curva rpida do religadormultiplicadapelofatorK.

    Acoordenaoentreoreligadoreoelofusveldeverserverificadaparaovalor

    de curtocircuito faseterra mnimo no final do trecho protegido pelos doisdispositivos. Sempre que a coordenao for conseguida para defeitos faseterramnimo, ser garantido que, para os defeitos entre fases, haver, pelo menos,seletividade,podendoocorreracoordenaoparaosdoistiposdedefeitos.

    Para defeitos com correntes maiores que Ia e menores que Ic havercoordenao.ParacorrentesmenoresqueIanohavercoordenao,pormhaverseletividadeumavezqueoreligadordevercompletarasuaseqnciadeoperaoantes da queima do fusvel. J para as correntes maiores que Ic haver somenteseletividade, isto,oelo fusvelqueimarantesqueoreligadorpossarealizarasuaoperaorpida;podendoocorrer,ainda,aqueimadoelofusvelenquantooreligadorrealizaasuaprimeiraoperaorpida.

    Tabela 9.4 - Fator multiplicativo para seqncias em funo do nmero de operaes do religador com o fusvel no lado da carga (ELETROBRAS, 1982).

    Tempo de Religamento em

    ciclos

    Fator Multiplicativo K 1 Rpida 2 Rpidas

    25-30 1,2 1,8 60 1,2 1,35 90 1,2 1,35

    120 1,2 1,35

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    Figura 9.10- Coordenao Religador Fusvel (Corrigida para aquecimento e resfriamento) (GNEN, 1986).

    Os mesmos critrios utilizados para a coordenao de fase so vlidos para acoordenaodoneutro.Entretanto,emalgunscasos,acoordenaodeneutrotornase difcil tendo em vista os valores reduzidos das correntes de curtocircuitoapresentadas, sobretudo, pelos sistemas noefetivamente aterrados (ELETROBRAS,1982).

    QuandoofatorKnoforconhecido:Ialimiteinferiordafaixadecoordenaoomesmodoscasosanteriores;Ic o limite superiorda faixade coordenaoobtidopela interseoentrea

    curva de tempomnimo de fuso do elo fusvelmultiplicada por 0,75 e a curva deoperao rpida do religador multiplicada pelo nmero de operaes rpidas doreligador,conformemostradonaFigura9.11.

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    Figura 9.11 Coordenao Religador Fusvel (Corrigida para aquecimento e resfriamento) quando o fator K no for conhecido.

    Semprequepossveldeveseescolherumaseqnciadeoperaoquepermitaaoreligador realizar 2 operaes rpidas seguidas de 2 operaes temporizadas, poisassim, evitase a queima de um nmero maior de elos fusveis, devido faltastransitrias.

    Exemplo1:

    AnalisandoocoordenogramamostradonaFigura9.12podeseconcluirque:

    Parafalhaspermanentes(PR)comcorrentesdecurtocircuitosuperioresa(I1)ficaasseguradaaproteoseletiva;

    Entre as correntes (I1) e (I2) fica definida uma faixa de coordenao tanto parafalhaspermanentes(PR)comotransitrias(TR);

    Falhastransitriascomcorrentesdecurtocircuitoinferioresa(I2)noprovocaroaqueimadeelosfusveisevitandosedesligamentosprolongados;

    Falhastransitriascomcorrentesdecurtocircuitosuperioresa (I2)provocaroaqueima dos elos fusveis e a operao do religador, causando desligamentosprolongados.

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    Figura 9.12 Exemplo de coordenao Religador Elo fusvel.

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    Exemplo2:FaaoestudodecoordenaoeseletividadeparaosistemamostradonaFigura9.13.

    Figura 9.13 Coordenao Religador Elo fusvel (Exemplo 1).

    Exemplo:FaaoestudodecoordenaoeseletividadeparaosistemamostradonaFigura

    9.14.

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    Figura 9.14 Coordenao Religador Elo fusvel (Exemplo 2).

    9.7 COORDENAO FUSVEL RELIGADOR (FUSVEL NO LADO DA FONTE)

    Normalmente em redes de distribuio no se aconselha a utilizao de elosfusveis a montante de religadores. Esse tipo de configurao utilizado emsubestaes (geralmente rurais) onde as sadas so equipadas com religadores e aproteo do(s) transformadore(s) de fora feita com fusveis no primrio do(s)mesmo(s),conformemostradonaFigura9.15(ELETROBRAS,1982).Isto,poisataxade falhados transformadoresbemmenorquea taxade falhadosalimentadosdedistribuio.

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    pV

    sV

    Figura 9.15 - Coordenao entre Fusvel (no lado da fonte) e Religador (McGRAW-EDISON COMPANY).

    Geralmente, os fusveis situados no lado da fonte de um religador protegem otransformador contra faltas interna e/ou o barramento secundrio do mesmo(McGRAWEDISONCOMPANY).

    Essetipodecoordenaorequerqueostempodeoperaorpidasdoreligadorsejammenorqueos tempode fusodoeloem todaa faixade coordenao,almdisso,necessrioqueoelo fusvel sejacapazde suportaroefeitoacumulativodocalorproduzidoporsucessivasoperaesdoreligadornoladodacarga.

    Essesefeitos soavaliadosutilizandoseascurvasdeaquecimento/resfriamentodos fusveis, ou atravs de frmulas numricas baseadas no fator de resfriamento.Essas anlisespodem ser simplificadaspelautilizaode fatoresmultiplicativosquelevam em conta a situao prcarga, tolerncia e efeito prdanificao (GIGUER,1988). A Tabela 9.5 mostra os diferentes fatores de multiplicao K, utilizados nacoordenaoelofusvelreligador,emfunodotempodereligamentoeseqnciadeoperaodoreligador.

    Tabela 9.5 Fator multiplicativo para seqncias em funo do nmero de operaes do religador com o fusvel no lado da fonte (McGRAW-EDISON COMPANY).

    Tempo de Religamento

    em ciclos

    Fator Multiplicativo K 2 Rpidas + 2 temporizadas

    1 Rpida + 3 temporizadas

    4 Temporizadas

    25 2,7 3,2 3,7 30 2,6 3,1 3,5 60 2,1 2,5 2,7 90 1,85 2,1 2,2

    120 1,7 1,8 1,9 240 1,4 1,4 1,45 600 1,35 1,35 1,35

    Para coordenar o religador com o fusvel necessrio considerar os seguintes

    fatores:

    Para a mxima corrente de falta eficaz simtrica no ponto de instalao doreligador, o tempomnimo de fuso do fusvel deve sermaior que o tempo deinterrupodacurva temporizadado religadormultiplicadoporum fatorK,cujo

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    valorvariacomaseqnciadeoperaodotempodereligamento.EssesfatoresdemultiplicaoestoilustradosnaTabela9.5.

    A curva caracterstica do fusvel dever ser rebatida para o secundrio dotransformador multiplicandose seus valores pela relao de transformao(V(AT)/V(BT)).

    AFigura9.16mostraogrficodecoordenaoparaocasoFusvelReligador.

    Figura 9.16 - Curvas caractersticas para o fusvel (no lado primrio e secundrio do transformador) e Religador (McGRAW-EDISON COMPANY).

    Ascurvasdetempomnimodefusodofusvelnoladoprimriodotransformador

    estoplotadasemlinhasverdesslidasetracejadasnogrficodaFigura3.9.Devidoacoordenaoserbaseadaemcorrentesdefaltanoladosecundriodotransformador,as curvas do fusvel devem ser referidas para o lado BT por meio da relao detransformao(V(AT)/V(BT)).

    AinterseodacurvamnimadefusodoelofusvelcomacurvadeatuaolentadoreligadormultiplicadapelofatorKdeterminaamximacorrentedecoordenao.

    Quando o fator K no for conhecido, verificase a coordenao parauma dadacorrentedefaltaaplicandosefatoresdecorreoaotempomnimodefusodoelofusvel e ao tempo de operao do religador na curva temporizada. Esse ltimodepende do nmero de religamentos e da curva de tempo retardada e rpida doreligador,conformemostradonaFigura9.17.

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    Figura 9.17 - Curvas caractersticas para o fusvel (no lado primrio e secundrio do transformador) e Religador (McGRAW-EDISON COMPANY), com o fator K desconhecido.

    Semprequepossveldeveseescolhera seqnciadeoperaoquepermitaaoreligadorrealizar2operaesrpidasseguidasde2operaestemporizadas,evitandoaqueimadeumnmeromaiordeelosfusveis,devidofaltastransitrias.

    9.8 COORDENAO RELIGADOR RELIGADOR Para se obter a coordenao ReligadorReligador necessrio primeiramente

    selecionar diferentes valores nominais para as bobinas sries de religadoreshidrulicos ou, caso estes sejam eletrnicos, selecionar valores diferentes para amnimacorrentededisparopickup(McGRAWEDISONCOMPANY).

    As curvas caractersticas dos religadores hidrulicos so similares s curvas de

    tempoinversoutilizadasemrels.Aincorporaodeummecanismodetemporizaoadicionalaosreligadorespodeproduzirumafamliadecurvascaractersticasquesoparalelas as curvas de tempo inverso. Isso tende a simplificar a coordenao(McGRAWEDISONCOMPANY).

    Osreligadoreseletrnicosoferecemumafamliadecurvascaractersticas.Opontodepartidadeuma curvaemparticular influenciadopelo valormnimodedisparoprogramado no religador, ou seja, a curva passa a existir a partir do ponto que

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    correspondeacorrentemnimadedisparo.Comumafamliadecurvasevriosvaloresdisponveis de correntes de disparo (pickup), as caractersticas de um religadoreletrnico podem ser customizadas de modo a se adaptarem s necessidades dequalquercoordenaoespecfica(McGRAWEDISONCOMPANY).

    As curvas caractersticaspodem ser selecionadaspara se fazeromelhorusodatemporizao rpida e lenta, caracterstica esta disponvel em todos os religadoresque, por sua vez, podem ser programados demodo a terem em sua seqncia deoperao, uma ou mais operaes rpidas seguida de operaes temporizadas(McGRAWEDISONCOMPANY).

    Umcritrio importanteparaacoordenaodedois religadoresadiferenadetempo(emciclos)entreassuascurvascaractersticas(tempoxcorrente).

    TodososmtodosdecoordenaoReligadorReligadorsobaseadosnasuposiode que, na base de 60 ciclos, dois religadores em srie com curvas caractersticas(tempo x corrente) separadas em menos de 2 ciclos (0,033 segundos) iro operarsempre simultaneamente, se separados em 2 e 12 ciclos (0,2 segundos) poderooperar simultaneamente, mas, se separados mais que 12 ciclos no iro operarsimultaneamente.

    Havercoordenaoentredoisreligadoresquaisqueremsrie,seosreligadoresoperaremsimultaneamentenacurvainstantnea,masnonatemporizada,demodoahaver seletividade (ver Figura 9.18). Por outro lado, haver seletividade caso oreligador protegido estiver com o acessrio de seqncia de coordenao ativada,quandoentoesteacompanharaseqnciadeoperaodoreligadorprotetor (verFigura9.19).Notequenestecaso,acurvainstantneadoreligadorR1maislentaquea instantnea do R2. Esta condio fundamental para que a coordenao daseqnciadeoperaosejaefetuada.

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    Figura 9.18 Coordenao entre dois religadores.

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    Figura 9.19 Seletividade entre dois religadores.

    9.8.1 Coordenao entre Religadores Hidrulicos operados somente pela bobina srie

    Existem trsmtodos para a coordenaode religadoresoperadosporbobinasrieebobinadefechamento.Todoselesbaseiamsenasuposiodeque,nabasede60Hz,acurvatemporizadadoequipamentoprotegido,multiplicadapor0,9,deveser12 ciclos (0,2 segundos) mais lentas que a curva temporizada do equipamentoprotetor,multiplicadapor1,1(CPFL).Almdisso,ospickupsdoequipamentoprotetordevemseriguaisoumenoresqueospickupsdoequipamentoprotegido.

    Porordemdecrescentedeaplicao,osmtodosdecoordenaosoosseguintes(ELETROBRAS,1982):

    Primeiromtodo:Destinase a religadores com bobinas de capacidades nominais diferentes,mas

    comamesmaseqnciadeoperao.AFigura9.20mostraotrechodeumdiagramaunifilar e as curvas caractersticas para trs religadores. Neste exemplo, trsreligadores so ajustados com a mesma seqncia de operao (2A2B). Asramificaesestolocalizadasempontosintermediriosentreosreligadores.

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    Figura 9.20 Curvas da coordenao Religador-Religador por meio de seleo de bobinas srie para trs tipos de religadores (ELETROBRAS, 1982).

    Note que podero correr desligamentos simultneos durante a operao dosreligadores na curva rpida, porm, para faltas permanentes commagnitude at acorrente mxima de coordenao, somente o religador B35 ir desligardefinitivamenteocircuito.Logo,paraquehajacoordenaonecessrioqueparaovalordeImaxcoord:

    tB70tB35>0,2s E tB140tB70>0,2s

    Segundomtodo:Destinase a religadores com bobinas demesma capacidade nominal,mas com

    diferentesseqnciasdeoperao,conformemostradonaFigura9.21.Estemtodo indicado em situaes especiais onde os religadores tm os mesmos valoresnominaisdebobinasrie.Asseqnciasdeoperaopodemserobtidasdaseguintemaneira:

    o Mesmonmerodeoperaes,pormonmerodeoperaes rpidasdoprotetormaiorqueonmerodeoperaesrpidasdoprotegido;

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    Figura 9.21 Exemplo de coordenao Religador-Religador usando o segundo mtodo (nmero de operaes rpidas do protetor maior que o protegido) (ELETROBRAS, 1982).

    OsreligadoresR1eR2operaroumasvezsimultaneamenteparaumafaltanopontoF,jqueambososreligadoresestooperandonamesmacurvainstantnea.OR2 completa a sua segunda operao rpida antes do R1 operar na sua curvatemporizadaC.Seafaltaforpermanente,R2operaebloqueia,poiseleutilizaacurvatemporizadaB,quemaisrpidaqueacurvaCdoR1.Paraqueoesquemafuncione,deve ser consideradoum intervalode tempoentre as curvasBeC capazdeevitaroperaessimultneasdeacordocomonveldefaltadesejado.

    Nestemtodo,oR1sircompletarasuaseqnciadeoperaoparaumafaltapermanentenopontoK.Para faltasna zonadeproteodeR2eR4 shaverumnicoerpidodesligamento(R1eR2ouR1eR4)doalimentador.

    o Nmero total de operaes do religador protetor menor que o nmerototaldeoperaesdoreligadorprotegido.

    Figura 9.22 - 9.23 - Exemplo de coordenao Religador-Religador usando o segundo mtodo (nmero total de operaes do protegido maior que o nmero de operaes do protetor).

    Terceiromtodo:Este mtodo permite a combinao de religadores com diferena tanto nas

    capacidadesnominaisdesuasbobinasquantonasseqnciasdeoperao,ouseja,umacombinaoentreosdoismtodoscitadosanteriormente.AFigura3.21mostraotrechodeumdiagramaunifilarparaoterceiromtododescrito.

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    Figura 9.24 - Exemplo de coordenao Religador-Religador usando o terceiro mtodo (ELETROBRAS, 1982).

    9.8.2 Coordenao entre Religadores Eletrnicos

    Os religadoreseletrnicosoferecemumagrandevariedadedecaractersticasdeoperao. Para que esses religadores sejam coordenados, algumas consideraesdevemserestabelecidas,ouseja:nveisdecorrentededisparoparafaltasentrefasesefaltasaterra,escolhadecurvascaractersticas,seqnciadeoperao,intervalosdereligamentoeaaplicaodeacessrios(McGRAWEDISONCOMPANY).

    Nestetipodereligador,acoordenaopoderserobtidaajustandoseodisparode terra (pormeiode resistoresououtromtodoqualquer)do religadorprotetoravaloresinferioresaodoreligadorprotegido(GUIGUER,1988).

    Damesma forma, as curvas rpidase lentasdo religadorprotetordevero ser,sempre que possveis, inferiores as do religador protegido. Ao se obedecer a essecritrio,acoordenaoestargarantida(GUIGUER,1988).

    Umadiretrizgeralparaacoordenaodereligadoreseletrnicoscoordenlospormeiodosajustesmnimosdedisparoepelascurvascaractersticas.

    Depoisdeseterestabelecidoastensesnominais,ascapacidadesdeinterrupoeascapacidadesnominaisdosreligadoresaseremutilizados,devemserdeterminadasascurvascaractersticaseosajustesmnimosdedisparos.

    No caso dos religadores hidrulicos, a corrente nominal da bobina srieselecionada altera a capacidade de interrupo do mesmo. Por outro lado, nosreligadoreseletrnicos,ovalordoajustemnimodedisparonoalteraacapacidademximadeinterrupodomesmo.

    Demodoagarantirproteocontra faltas temporriaso religador localizadonasubestaodeve, semprequepossvel, realizarpelomenosumaoperaona curvarpida. Para que o religador protetor coordene com o religador protegido o seunmero de operaes na curva rpida deve ser maior ou igual ao o nmero deoperaesnacurvarpidadoreligadorprotegido.Parafaltaspermanentes,ascurvastemporizadasdevemserescolhidasdeformaqueoreligadorprotetorelimineafaltapermanentesemqueoreligadorprotegidocompleteasuaseqnciadeoperaoebloqueie.

    Os disparos simultneos entre os religadores podem ser evitados pormeio daseleo adequada de curvas e uso do acessrio de seqncia de coordenao. Acoordenaoentrereligadoreseletrnicospodermuitasvezessetornarumatarefacomplicada,poisascurvascaractersticasdosdiversostiposdereligadoreseletrnicossomuitasvezesbastantediferentesentresi.

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    Nocasoespecficodecoordenaodereligadorescomcontroleeletrnico,deveseobservaroseguinte(Eletrobrs):

    Coordenar as unidades pela seleo adequada dos nveis de disparo mnimo ecurvas tempo x corrente, respeitando o tempo de coordenao de 0,2s (curvastemporizadas).

    Escolher os intervalos de religamento de modo que o religador de retaguardaestejafechadonoinstantedofechamentodoreligadorprotetor.

    Escolherosintervalosderearmedemodoquecadareligadorpossacumprirasuaseqnciapredeterminadadeoperaes,paratodasascondiesdefalta.

    Acorrentemnimadedisparodoreligadorderetaguardadeveser igualoumaiorque a do religador protetor, de modo que este opere antes do religador deretaguarda.

    Osintervalosderearmedevemsercoordenadoscomaseqnciadeoperaodecadareligadoreletrnico,demodoaimpediroseurearmeduranteaseqnciadeoperaes com corrente prxima da de disparomnimo.O valor terico para otempoderearmepodesercalculadodaseguintemaneira:

    Tempoderearme=1,1x(tempototaldetodasasoperaesdeaberturaconsiderandoacorrentededisparomnimo)+1,15x(tempototaldeintervalosdereligamento)

    O intervalode rearmedo religadorde retaguardadeveser igualoumaiorqueotempoderearmedoreligadorprotetor.

    Comootempodeaberturaparaascurvasdeterrageralmentemaiordoqueparaas de fase, aquelas so geralmente utilizadas para calcular o tempo de rearmeterico,quandooreligadorequipadocomacessriodedisparoparadefeitosdeterra.

    9.8.3 Acessrios para Religadores Eletrnicos

    Os acessrios podero complicar a tarefa de coordenao, porm, podemfornecer muitos benefcios de forma a melhorar o desempenho do sistema dedistribuio.

    AcessriodeSeqnciadeCoordenao:usadoparamanteracontinuidadedoserviodeenergiaemramaisprotegidosporreligadores instaladosemsrie.Esteacessrioprevinequeo religadorprotegidooperedesnecessariamente,em suascurvasrpidas,parafaltasqueestoalmdoreligadorprotetor.Destemodo,elefornecebenefciosimediatoscomareduodedesligamentosmomentneos.Esteacessrio permite reduzir a freqncia mdia de interrupes momentneas(POWERSYSTEMSCOOPER,2001).

    A Figura 9.25 mostra que para os dois religadores em srie, para uma faltapermanenteoutemporriaemF,osdoisoperaroemsuascurvasrpidas.Nestecaso,oreligadorR1desligardesnecessariamenteotrechoR1R2porduasvezes.

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    Figura 9.25 Coordenao Religador Religador sem o acessrio de seqncia de coordenao (exemplo 1).

    MesmoqueoreligadorR1estejaajustadoparaumacurvarpidamaislentaquearpidadoR2,parauma faltapermanenteemF,oreligadorR1operarnasuacurvarpida (neste caso, dois desligamentos) quando o religador R2 estiver operando nacurva lenta, conforme mostra a Figura 9.26. Note que neste caso, para uma faltatemporriaemF,oreligadorR1nodesligarocircuito.

    Figura 9.26 Coordenao Religador Religador sem o acessrio de seqncia de coordenao (exemplo 2).

    Oobjetivoevitarqueoreligadorprotegidoatuepelacurvainstantneaquandoo religador protetor tiver atingido uma posio na sua seqncia de operaotemporizada.

    Com o acessrio de seqncia de coordenao ativado o religador montantemonitora apassagem da correntede falta e suas interrupes durante um perodoequivalenteaotempodereligamentoselecionadooutempodeoperaodaproteo(tempodeinterrupo),aquelequeformaior(CPFL,2003).

    AFigura9.27mostraumexemplodecoordenaoondeo religadoramontanteestcomoacessriodecoordenaoativado.

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    Figura 9.27 Coordenao Religador Religador com o acessrio de seqncia de coordenao ativado.

    Se a corrente de falta vier a ser interrompida pelo religador protetor ento o

    religadordemontantesemoveparaaprximacurvacaractersticadesuaseqnciadeoperaoeiniciaacontagemdetempoparaorearme.OtempoderearmeparaaseqnciadecoordenaoSeafaltanoforinterrompidadentrodotempopermitidopeloreligadorprotegidoaproteodomesmooperar.

    Este acessrio funciona somente nas operaes rpidas, assim o nmero deoperaesaseremcoordenadasdeterminadopelonmerodeoperaesrpidasdoreligadorprotegido.Acurvainstantneautilizadanoreligadorprotegidodeveterumarespostamais lentaqueacurva instantneadoreligadorprotetor.Estaconsideraotambmvaleparaosestudosdeseletividadeparadefeitosaterra,ondesousadasascurvasdeterradedoisreligadoresemsrie.

    Acessrio de Disparo Instantneo: um acessrio que amplia o intervalo decoordenaodoreligadorcomosdispositivosdeproteoamontante(noladodafonte)quandodaocorrnciadeelevadascorrentesdefalta.Paracorrentesacimadeumprdeterminadonvel,esteacessriopermitecontornarascaractersticasde tempo x corrente da curva temporizada do religador e eliminarinstantneamente a falta (McGRAWEDISON COMPANY). O ajuste do disparoinstantneofunodomltiplodacorrentemnimadedisparo.Assim,quandoacorrentedefaltaexcederovalorresultantedoprodutoentremltiploescolhidonoacessrio e a mnima corrente de disparo (pickup) do religador, o religador irdisparar instantaneamente, como mostra a Figura 9.28 (McGRAWEDISONCOMPANY).Osmltiplosdedisparode terranoprecisam sernecessariamenteiguaisaosdefase.Paracorrentesdefaltaabaixodomltiploselecionado,valemascaractersticas originais das curvas temporizadas (McGRAWEDISON COMPANY).Casohajamudanasnascaractersticasdosistema,omltiplopodeserfacilmentemudadoparaoutrovalorouparadiferentesoperaesdeseqncias(McGRAWEDISONCOMPANY).

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    A Figura 9.28 mostra um religador eletrnico com este acessrio. Para umasituao em que no haja o acessrio de disparo instantneo, o intervalo decoordenaoseriaataintersecoentredacurvadoreligador(tracejadaemazul)eacurvaminadefusodoelofusvelreferidaaoladodebaixatensodotransformador.Coma inclusodoacessrio,este intervaloaumenta,possibilitandoassimumamaiorregiode coordenao,oqueumgrandebenefcioparaaproteodo trechodosistemaondeeleseencontrainstalado.

    Curva do religador alterada pelo

    acessrio

    Corrente (A)

    Tem

    po (s

    )

    Intervalo de coordenao sem o acessrio

    Intervalo de coordenao com o

    acessrio

    Curva temporizada do religador x K

    Curva de mnima fuso do fusvel referida ao lado BT

    M

    Corrente mnima de disparo (pickup) do religador

    I Disparo

    Mltiplo escolhido no Acessrio

    I Min Disparo I Min Disparo x M

    Fusvel Religador

    Figura 9.28 Coordenao Fusvel-Religador (fusvel no lado da fonte) utilizando o acessrio de disparo instantneo (McGRAW-EDISON COMPANY).

    Acessrio de Desligamento Definitivo Instantneo: um acessrio que, aodetectarumacorrentedefaltaacimadonvelprselecionado(ajuste)decorrente,interrompe imediatamente a seqncia de operao programada e abre emdefinitivoosseuscontatos(McGRAWEDISONCOMPANY).

    Este acessrio bastante til quando se deseja minimizar os efeitos das altasmagnitudes de corrente de falta, nas proximidades do religador, onde alta aprobabilidade da falta ser permanente, e tambm quando a coordenao comdispositivosa jusanteno forexigida (McGRAWEDISONCOMPANY).Comeliminaodas tentativas de religamento, reduzse ainda o estresse aos quais os cabos eequipamentossosubmetidosduranteafalta.

    A corrente de disparo do acessrio de desligamento definitivo instantneo ajustadademodo semelhanteaoacessriodedisparo instantneo,ou seja,os seusmltiplos de ajuste so escolhidos em funo da corrente mnima de disparo do

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    religador.Esteacessriopermiteat4operaesdereligamentoantesdobloqueiodoreligador(McGRAWEDISONCOMPANY).

    Acessrio de Disparo Instantneo / Acessrio de Desligamento DefinitivoInstantneo:

    Por meio da combinao dos dois acessrios comentados anteriormente,consegueseproverproteopormeiodetrszonasdeoperao,conformemostraaFigura9.29.

    1600 A

    6400 A

    Icc max

    simtrica

    Figura 9.29 Zonas de operao do religador em funo dos acessrios de desligamento definitivo instantneo e disparo instantneo.

    Para faltas permanentes em F1 o religador poder operar at 03 vezes, pois oseccionalizadorisolarodefeitoapsaterceiraoperaodoreligador.

    ParaumafaltaemF2,oreligadoreoelofusveldeveroestarcoordenados.

    AcessriodeReset:Esteacessriopermitequeo religadorde retaguarda resetcompletamentesuas

    seqnciasdeoperaonumcurto intervalodetempo(menorqueopadro),depoisdoreligadorprotetortertidosucessonaeliminaodafalta.

    Normalmente,opadrodetemporizaoderesetdeumreligadortem incionaprimeira operao de disparo e deve ser longo o suficiente para comportar aseqnciacompletadeoperaodoreligador.Mas,comesseacessrio,oresetiniciasemprequeo religadordetectarumacorrentemenordoqueamnimacorrentededisparoajustada,depoisdeumaoualgumasoperaes. IstopodeserverificadopormeiodaFigura9.30.

    Quandodoisreligadores,queestocoordenadoseinstaladosemsrie,disparamsimultaneamentenacurvarpida(ouquandooreligadorderetaguardaprogramadopara operar na sua curva rpida antes que a unidade a jusante dele opere em suacurva temporizada) o religador de retaguarda freqentemente estar fora de sua

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    posioinicialdeseqnciadeoperao.Istofazcomqueoreligadorfiquesuscetvelaoperaestemporizadasparafaltasdentrodesuazonadeproteoequedeveriamtersidoeliminadas,primeiro,porsuasoperaesrpidas.

    Otempoderesetdevesermaiorqueomais longo intervalodereligamentodosreligadoresajusanteouamontante,comoqualoreligadorircoordenar.

    Oacessrioderesetpertencenteaoreligadorqueobtevesucessonaeliminaodafalta,rapidamenteresetafazendocomqueoreligadorvolteaoseuestadoinicialdeseqncia.Ascondiesparaqueesseacessrioinicieoperododetemporizaoderesetqueo religadoresteja com seus contatos fechadosequenohaja correntealgumapassanteporelecomvalorsuperioraonvelmnimodedisparo.

    Figura 9.30 Acessrio de reset

    .

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    10 ANEXOS DADOS DE RELIGADORES 10.1 RELIGADOR TIPO KF DA MCGRAW-EDISON

    10.1.1 INTRODUO

    O religador KF um religador com controles hidrulicos, com isolao leo eaberturafeitaemgarrafasdevcuo.

    10.1.2 CARACTERSTICAS NOMINAIS

    Correntenominal:280ATensonominal:14,4kVNBI:110kV** Esta tenso no deve ser aplicada com os contatos abertos. Nesta condio a

    isolaodereligadormenorque110kV.

    10.1.3 CORRENTE DE "PICK-UP" E CAPACIDADE DE INTERRUPO

    O religador KF utiliza bobinas sries como elemento sensor de fase, sendo que acorrente de "pickup" da bobina o dobro de sua capacidade nominal. Tambm acapacidadedeinterrupoafetadapelabobinausada.VejaaTabela10.1paraosvaloresdisponveis.

    O sensor para as operaes de terra eletrnico e possuios seguintes ajustes decorrentededisparo:5A,10A,20A,35A,50A,100A,140A,200Ae280A.Apesardagrandequantidadedeajustesdisponveis,deveseutilizarosvalores5Ae10A.

    Tabela 10.1- Bobinas sries do Religador KF.

    Corrente nominal

    Corrente de pickup

    Capacidade de interrupo

    simtrica 14,4 kV 5 10 500 10 20 1000 15 30 1500 25 50 1500 35 70 3500 50 100 5000 70 140 6000 100 200 6000 140 280 8200

    10.1.4 NMERO DE OPERAES

    Oreligadorpodeserajustadoparaexecutar2,3ou4operaesparabloqueio(umaoperao para bloqueio s conseguida abaixandose a alavanca de bloqueio aps a

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    primeira operao). O ajuste nico para as operaes de fase e terra, isto , aquantidadedeoperaesparabloqueioparafaseeterraseromesmo.

    Comoomecanismodeintegraodonmerodeoperaesnicoparafaseeterra,em um bloqueio as operaes podem ser todas de fase, todas de terra ou umacombinaodelas.

    10.1.5 SEQNCIAS DE OPERAES

    O religador KF possui seqncias de operaes independentes para fase e terra,sendo que para qualquer uma delas possvel termos de nenhuma at 4 operaesrpidas.Onmerodeoperaestemporizadasseronmerodeoperaesparabloqueiomenosonmerodeoperaesrpidas.

    10.1.6 CURVAS CARACTERSTICAS DE OPERAO DE FASE

    AscurvascaractersticasdeoperaodefaseparaoreligadorkFsoatempoinverso.Estereligadorpossuiumanicacurvarpida(curvaA)queserusadaquandooreligadorrealizarsuasoperaesrpidas.AcurvaAmostradanaFigura10.1otempomximodeinterrupo do equipamento, e portanto, todos os erros sero negativos. O religadorofereceainda,duascurvastemporizadas(BeC)paraaescolhadoprojetista,aFigura10.1mostraotempomdiodeoperao,cujavariaode10%paramaisouparamenos.

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    Figura 10.1 Curva caracterstica tempo x corrente de fase do religador KF.

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    10.1.7 CURVAS CARACTERSTICAS DE OPERAO DE TERRA

    OreligadorKFofereceascurvasdeoperaodeterraatempodefinido,mostradasnaTabela10.2enasfigurasXII.2aXII.10.Notenestasfigurasquecadacurvacompostaporumpardecurvas.Acurvainferioromenortempoemqueoreligadoropera,jlevandose em considerao os erros.A curva superior omximo tempo em que o religadoroperar,quandooseucapacitordecargaestivertotalmentedescarregado.Seacorrentede carga for maior que 5A o capacitor pode ser considerado como carregado para aprimeiraoperao.

    Nos casos em que a corrente da linha menor que 5A, ou em operaessubsequentes primeira, ou outros casos em que o capacitor no estiver totalmentecarregado,o tempodeaberturaestarentreascurvassuperiore inferior.Assimparaaverificaodacoordenaocomrelsotempodacurvasuperiordeveseroconsiderado.Observe ainda que as curvas de terra so dadas em amperes, e que portanto, no necessriodesloclasquandoo"pickup"fordiferentede5A,bastandodesprezaroinciodacurvaato"pickup"desejado.

    Tabela 10.2 - Curvas caractersticas de operao para terra.

    Curva TempoMdio(s)1 0,12 0,23 0,54 1,05 2,06 3,07 5,08 10,09 15,0

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    Figura 10.2 Curva caracterstica tempo x corrente de terra do religador KF 2.

    Figura 10.3 Curva caracterstica tempo x corrente de terra do religador KF 3.

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    Figura 10.4 Curva caracterstica tempo x corrente de terra do religador KF 4.

    Figura 10.5 Curva caracterstica tempo x corrente de terra do religador KF 5.

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    Figura 10.6 Curva caracterstica tempo x corrente de terra do religador KF 6.

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    Figura 10.7 Curva caracterstica tempo x corrente de terra do religador KF 7.

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    Figura 10.8 Curva caracterstica tempo x corrente de terra do religador KF 8.

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    Figura 10.9 Curva caracterstica tempo x corrente de terra do religador KF 9.

    10.1.8 TEMPOS DE RELIGAMENTO

    OreligadorKFpossuiumnicotempodereligamento,noajustvel,de2s.

    10.1.9 TEMPO DE REARME

    O tempo de rearme do religador KF em torno de 1 minuto a 1,5 minuto poroperao, sendo que o tempo total de rearme aps o bloqueio do religador deaproximadamente7minutos.

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    10.2 RELIGADORES TIPOS OYT-250 E OYT-400 DA REYROLLE

    10.2.1 INTRODUO

    EsteanexotrazosajustesecurvasqueestodisponveisnosreligadoresOYT250eOYT400daReyrolle.

    OsreligadoresOYTsoreligadorescomcontrolehidrulicoe isolaoeaberturaemleo.

    10.2.2 CARACTERSTICAS NOMINAIS

    CorrenteNominal:250Aou400ATensoNominal:14,4kVNBI:110kV

    10.2.3 CORRENTES DE "PICK-UPS" E CAPACIDADE DE INTERRUPO

    OsreligadoresOYTutilizambobinassriescomoelementosensordefase,sendoquea corrente de "pickup" o dobro da corrente nominal. A capacidade de interrupotambmafetadapelabobinausada.VejaaTabela10.3paraosvaloresdisponveis.

    Osensorparadefeitosterraeletrnicoepodeserajustadoem5A,10Aou20A.

    Tabela 10.3 - Bobinas sries dos religadores OYT.

    CorrenteNominal

    (A)

    Correntede

    pickup(A)

    CapacidadedeinterrupoAt11kV At13,8kV

    Sim. Assim. Sim. Assim.5 10 1056 1510 1056 160010 20 2112 3020 2112 320015 30 5250 7500 4000 605020 40 5250 7500 4000 605025 50 5250 7500 4000 605030 60 5250 7500 4000 605035 70 5250 7500 4000 605050 100 5250 7500 4000 605075 150 5250 7500 4000 6050100 200 5250 7500 4000 6050150 300 5250 7500 4000 6050200 400 5250 7500 4000 6050250 500 5250 7500 4000 6050

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    10.2.4 NMERO DE OPERAES

    OsreligadoresOYTpermitemoajustedonmerototaldeoperaesparaobloqueioem 1, 2, 3 ou 4 operaes. O nmero de operaes para bloqueio escolhido ser onmero de operaes para fase, para terra ou mesmo para uma combinao deoperaesdefaseeterra.

    10.2.5 SEQNCIAS DE OPERAES

    AsseqnciasdeoperaesparaosreligadoresOYTamesmaparafaseeterra. possvel selecionarse de nenhuma a quatro operaes temporizadas, sendo o

    nmerodeoperaesrpidasadiferenaentreonmerodeoperaesparaobloqueiomenosonmerodeoperaeslentas,excetoquandotodasasoperaesforemlentas.

    10.2.6 CURVAS CARACTERSTICAS DE OPERAO DE FASE

    Os religadoresOYT oferecem apenas uma curva rpida de fase, a curvaH, e duascurvas temporizadas,KleKs,sendoquealguns religadorespossuemaindauma terceiracurvatemporizada,curvaD,quemaislentaqueasduasanteriores.AoutilizaracurvaDdeveseverificarseoreligadoraserusadopossuiestacurva.

    AFigura10.10mostraascurvasdefasedosreligadoresOYT,acurvaHmostrandoomximo tempode interrupo e asoutras curvasmostrandoo tempomdio,osquaispodemterumavariaode10%paramaisouparamenos.

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    Figura 10.10 - Curvas de fase dos religadores OYT.

    10.2.7 7 CURVAS CARACTERSTICAS DE OPERAO DE TERRA

    OsreligadoresOYToferecemumacurvarpidadeterraevriascurvastemporizadas,sendoqueestasltimassocurvasatempodefinido.

    AscurvastemporizadasdeterraoferecidasoriginalmentepelosreligadoresOYTsode0,5s;1,0s;2,0s;5,0s;9,0se13s.Entretanto,devidoasubstituiodostemporizadoresoriginais por outros temporizadores fabricados na prpria CPFL, atualmente existemreligadores com outros valores de tempo. So encontradas normalmente as seguintescombinaesdecurvas:

    0,5s;1,0se2,0s; Ou,1,0s;2,0se3,0s.

    Ao usar uma curva de terra que no seja comum a todos os religadores, deveseverificarseoequipamentoaserutilizadopossuiacurvadesejada.

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    AFigura10.11mostraascurvasoriginaisdosreligadoresOYT.Notequeosvaloresdecorrentes esto em ampres e que, portanto, no h necessidade de desloclas paravaloresde"pickup"diferentesde5A,bastandodesprezaroinciodacurva.Comexceodacurva rpida,quemostrao tempomximode interrupo, todasasoutras tmumatolernciade10%paramaisouparamenos.

    Figura 10.11 Curvas de terra dos religadores OYT.

    10.2.8 TEMPOS DE RELIGAMENTO

    OtempodereligamentodosreligadoresOYTde2,0s.Estetemponicoenoajustvel.

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    10.2.9 TEMPO DE REARME

    OtempoderearmedosreligadoresOYTde1,5minutoporoperao.Otempototalderearmeapsobloqueiodeaproximadamente7minutos.Estetemponoajustvel.

    10.3 RELIGADORES TIPO SEV-280 DA WESTINGHOUSE

    10.3.1 INTRODUO

    Osajusteseas curvasdisponveisparao religadorSEV280daWestinghouse serodescritosaseguir.

    OreligadorSEV280 isoladoaleoefaza interrupodacorrenteemgarrafasdevcuo.Estereligadorpossuicontroleeletrnicoparatodasassuasfunes.

    10.3.2 CARACTERSTICAS NOMINAIS

    Correntenominal:280ATensonominal:11,5kVe13,2kVCapacidadedeinterrupo:6000AsimtricosNBI:110kV**Noaplicvelentrecontatosabertos.Capacidadedeisolamento25%inferiornestacondio.

    10.3.3 CORRENTES DE "PICK-UP"

    O religadorSEV280possuiumnmerograndede"pickup"para faseepara terra,entretanto,deve serobservadoqueo"pickup"de terradependentedo"pickup"defase.Os"pickups"possveisestoindicadosnaTabela10.4.

    ACPFLpossuiosmduloscalibradoresdacorrentedepickupdeterranmeros9,10,11e12,quedevematenderatodasasnossasnecessidades.

    Tabela 10.4 Pickup de terra do rel SEV-280.

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    10.3.4 NMERO DE OPERAES

    Onmerodeoperaesparabloqueiocomumparaasoperaesdefaseeterraepodeserajustadodesde1at4operaesparabloqueio.

    10.3.5 SEQNCIAS DE OPERAES

    AsseqnciasdeoperaesdoreligadorSEV280comumparafaseeterra, isto,umamesmaseqnciaserexecutada,querodefeitosejaparaaterraquerelesejaentrefases.

    Podem ser ajustadas desde nenhuma at trs operaes rpidas. O nmero deoperaes lentas ser o nmero de operaes para bloqueio menos o nmero deoperaes na curva rpida.Note que se o ajuste escolhido for quatro operaes parabloqueiohaver,ento,pelomenosumaoperaonacurvatemporizada.

    Deveserobservadoaindaqueasoperaesnascurvasrpidassempreprecedemasoperaesnacurvatemporizada.

    10.3.6 CURVAS CARACTERSTICAS DE OPERAO DE FASE

    OreligadorSEV280ofereceasseguintescurvasdefase:

    Rpidas:A,B,C,D Temporizadas:E,F,G,H,

    Dessas a CPFL possui as curvas B, C, E, F, e G. Todas as curvas oferecidas peloreligadorSEV280socurvasmuito inversas.AFigura10.12mostraascurvasdefase.Ascurvasmostradassocurvasdeatuaoderel,otempototaldeoperaodereligador

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    obtidosomandose36mscurvadada.Paraseverificaracoordenaodoreligadorcomfusveis,devesesomaros36msnasoperaestemporizadas.

    OstemposmostradosnaFigura10.12sotemposmdios,comvariaode10%paramaisouparamenos.

    Figura 10.12 - Curvas de fase do religador SEV-280

    10.3.7 CURVAS CARACTERSTICAS DE OPERAO DE TERRA

    OreligadorSEV280ofereceasseguintescurvasdeterra:

    Rpidas:J,K,L Temporizadas:N,O,PeQ

    DessasaCPFLpossuiascurvasK,L,OeP.A Figura 10.13 mostra as curvas de terra. As curvas mostradas so as curvas de

    atuaodo rel.Para seobservaro tempo totalde interrupo somase36mscurva

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    dada.Paraaverificaodacoordenaoentreoreligadoreoselosfusveis,necessriosomarseos36msnascurvasdasoperaesrpidas,masnonascurvasdasoperaestemporizadas.Ostemposmostradostambmsotemposmdios,comvariaode10%paramaisouparamenos.

    Figura 10.13 - Curvas de terra do religador SEV-280.

    10.3.8 TEMPOS DE RELIGAMENTO

    Porserum religadorcom releletrnico,o religadorSEV280apresenta temposdereligamentoajustveis.ATabela10.5mostraostemposdisponveis.

    Tabela 10.5 - Tempos de religamento do religador SEV-280.

    Primeiroreligamento(s) 0,6 1,25 2,5 Segundoeterceiroreligamento(s) 2,5 5,0 10,0 20,0

    Paraoprimeiroreligamentouseotempode2,5s.Useostemposmenoresapenasse

    houvernecessidade.Paraosegundoeoterceiroreligamentousetambmostemposde2,5s.Sehouver

    necessidade,devidocoordenaocomrels,podeseusarotempode5,0s.Ostemposmaioresdeveroserevitados.

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    10.3.9 TEMPO DE REARME

    OreligadorSEV280tambmoferecevriostemposderearme.OtempoderearmenoreligadorSEV280otempoqueoreligadordemoraparavoltarprimeiraoperao.Acontagemdetempoderearmeiniciaseapsumaoperaodefechamentoautomticatersidoexecutadaecontinuaatqueotempoderearmesecomplete,ououtraoperaodeaberturaefechamentosejaefetuada.

    Ostemposderearmedisponveissoosseguintes:20s,40s,80se160s.

    10.4 RELIGADOR TIPO PMR-1-15 DA BRUSH SWITCHGEAR

    10.4.1 INTRODUO

    EsteanexotrazascurvaseosajustesdisponveisnoreligadortipoPMR115daBrushSwitchgear.

    O religador PMR115 um religador com isolao e interrupo em SF6(hexafluoretode enxofre) e que possui controle totalmente eletrnico, atravs do relDynatripII.

    10.4.2 CARACTERSTICAS NOMINAIS

    Correntenominal:400ATensonominal:11,9kVe13,8kVCapacidadedeinterrupo:6kAsimtricosNBI:110kV

    10.4.3 CORRENTE DE "PICK-UP" DE FASE

    UnidadeTemporizadaAcorrentede"pickup"daunidadetemporizadadefasepodeserajustadaem25%,

    50%,75%,100%,125%,159%,200%e225%darelaonominaldoTCdoreligador.Comoos religadores adquiridos pela CPFL tem relaes nominais de 1001A e de 2001A osvaloresquepodemserajustadossoaquelesdaTabela10.6.

    UnidadeInstantneaEstaunidadepossuium"FatordeEscala"(FE),queaumentao"pickup"daunidade

    instantneaemrelaounidadetemporizada.EsteFatordeEscalapodeserajustadoem1,0;1,2;1,4;1,6;1,8;2,0;2,2e2,4.

    O valor da corrente de "pickup" da unidade instantnea determinadomultiplicandoseovalorda correntede "pickup"daunidade temporizadade fasepelofatordeescala.

    Esterecursodaunidade instantneapodeserutilizadoparaaumentaracorrentedepickupdacurvainstantneaparavaloresacimadacorrentedeinrush.

    Sugereseque inicialmentesejautilizadooFE=1,oque farcomqueacorrentedepickup da unidade instantnea seja igual da unidade temporizada.A utilizao defatoresdeescalamaioresde1prejudicaacoordenaocomelosfusveis.

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    Tabela 10.6 Corrente de "pick-up" da fase.

    10.4.4 Restries quanto ao Ajuste de Mnima Corrente de Disparo

    Orelmicroprocessador foiprojetadoparaconsumiromnimodeenergiapossvel.Dessa forma o rel permanece em estado dormente at que a corrente detectada seaproxime da mnima corrente de disparo ajustada. Neste momento o relmicroprocessadorativadoeoconsumodeenergiaaumenta.

    Orelativadocomaproximadamente90%damnimacorrentededisparoajustadaeentraemestadodormenteparaumvalorigualoumenorque70%desseajuste.

    O consumodo relemestadodormentedeaproximadamente36Aede60mAquandoemestadoativado.

    Parapreveniroconsumodesnecessrio,quecausaodescarregamentoprematurodabateria, recomendase que a mnima corrente de disparo seja ajustada a pelo menos160%domximovalordecorrentedecargaesperado.

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    Observao:ACPFLatravsdeorientaesdofabricante,estmodificandoosrels,demaneiraqueosmesmospassemaoestadoativocom100%doajustede"pickup"eretornem ao estado dormente com 90% da corrente de "pickup". Caso o rel a serutilizado j tenha sofrido amodificao, ento o "pickup" de fase poder ser apenasligeiramentemaiorqueamaiorcorrentedecargaesperada.

    10.4.5 CURVAS TEMPO X CORRENTE DE FASE

    CurvasTemporizadas

    Figura 10.14 Curvas normalmente inversa.

    O religador PMR115 permite dois tipos de curva tempo x corrente, umanormalmente inversa eumamuito inversa,oquepermiteque a curvado religador seadapteaotipodecurvautilizadopeloequipamentodeproteodasubestao.

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    Paracadatipodecurva(normalmenteinversaoumuitoinversa)existem8diferentestemporizaes.

    Sugeresequequandonohouverprejuzonaproteoounacoordenaoentreoreligador PMR115 e o equipamento de proteo da SE a curva utilizada seja anormalmenteinversa.EstascurvasestomostradasnasFigurasXV.1eXV.2.

    Figura 10.15 Curvas muito inversa.

    CurvaRpidadeFase uma curva nica, mostrada na Figura 10.16, qual, entretanto, podem ser

    acrescidos tempos, conforme ser mostrado no item referente ao tempo mnimo deresposta.

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    Figura 10.16 Curva rpida de fase e fator de escala

    10.4.6 CORRENTE DE "PICK-UP" DE TERRA (RESIDUAL)

    UnidadeTemporizadaAcorrentede"pickup"daunidadetemporizadadeterrapodeserajustadaem10%,

    20%,30%,40%,50%,60%,70%,80%e90%da relaonominaldoTCdo religador.Aspossveiscorrentesde"pickup"temporizadadeterraestonaTabela10.7.

    UnidadeInstantneaAssimcomoaunidadeinstantneadefase,aunidadeinstantneadeterrapossuium

    "FatordeEscala"(FE),queaumentao"pickup"daunidadetemporizada,equepodeserajustadoem1,0;1,2;1,4;1,6;1,8;2,0;2,2e2,4.

    Tabela 10.7 Corrente de "pick-up" de terra residual.

    O valor da corrente de "pickup" da unidade instantnea de terra determinado

    multiplicandoseacorrentede"pickup"daunidade temporizadade terrapelo fatordeescala.

    Sugerese que inicialmente seja utilizado o FE=1. A utilizao de fatores de escalamaioresque1prejudicaacoordenaocomelos fusveis,entretantoestespoderoser

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    usadosparaseevitarqueacurva instantneacubrapartedaUSToquepoderiafazeroreligadoroperarmaisde4vezesemumamesmaseqncias.

    10.4.7 CURVAS TEMPO X CORRENTE DE TERRA

    CurvasTemporizadasSoasmesmascurvasqueasutilizadasparafase,entretantooajustedotipodecurva

    edatemporizaoindependentedosajustesfeitosparafase.Sugereseque,quandonohouverprejuzonaproteoounacoordenaoentreo

    religador PMR115 e o equipamento de proteo da S/E a curva utilizada seja anormalmenteinversa.

    CurvaInstantneadeTerraumacurvanicaeidnticacurvainstantneadefase.

    10.4.8 UNIDADE SENSVEL DE TERRA (UST)

    Oreligad