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Cidade e Patrimônio: um estudo sobre o Museu Ciência e Vida em Duque
de Caxias, Rio de Janeiro
Jacqueline de Cassia Pinheiro Lima – UNIGRANRIO-JCNE/FAPERJ
Ana Paula Cavalcante Lira do Nascimento - CBNB
Rosane Cristina de Oliveira – UNIGRANRIO
Este trabalho integra a pesquisa de uma das autoras, como JCNE/FAPERJ, de onde
foi criado um Núcleo de Estudos Urbanos, o NURBS, em que as outras autoras o compõe,
justamente para refletir sobre questões atuais da Cidade em sua perspectiva histórica e
sociológica. A principal questão orientadora deste trabalho está em entender como o Museu
Ciência e Vida, localizado na Cidade de Duque de Caxias, Baixada Fluminense, pode definir-
se como expressão de uma monumentalidade que expressa e concretiza um projeto definido
para a Cidade. Para tanto, entendemos monumento como uma evocação ao passado, bem
como uma tendência à perpetuação, conforme Jacques Le Goff em seu texto
“documento/monumento” (1996 :535).
Essas manifestações tornam-se cada vez mais essenciais para a construção das
identidades e são entendidas como instrumentos de poder. Percebemos, assim, que os
monumentos vêm mostrar uma nova concepção de documento, diferente da defendida até o
século XIX, em que só o texto escrito era considerado. No final da década de 1920, o conceito
é ampliado, o documento não seria considerado tão somente o texto escrito.
Tal estudo é relevante em seu tema, por abordar a temática da Cidade e, especialmente
a Cidade sede da Universidade que duas autoras trabalham e uma terminou seu Mestrado.
Também é relevante por caracterizar-se como uma proposta interdisciplinar. Torna-se, deste
modo, um trabalho de Educação Patrimonial, tendo em seu sentido mais claro, a adequação
das discussões sobre a Cidade como cenário, ao mesmo tempo em que o compartilhamento
deste espaço pela população e sua história local.
Hoje vemos que toda construção do sentido de patrimônio e seu trabalho nas áreas
educacionais, não se vê a preocupação em trabalhar com questões, que seja através de
monumentos arquitetônicos, literários, entre outros, produzam nos indivíduos a curiosidade
e a capacidade crítica com relação à cultura local e global.
Deste modo, o objetivo desta pesquisa como um todo está em analisar os conceitos
de Memória e Lugares de Memória, percebendo como se encaixam no objeto estudado;
perceber as características do Museu Ciência e Vida como monumento histórico da Cidade
de Duque de Caxias; construir uma relação entre teoria e prática através do Museu Ciência e
Vida em Duque de Caxias e sua ponte com a população local, sejam os moradores ou os
trabalhadores do Município; propor oficinas sobre Educação Patrimonial para alunos de
algumas Escolas do Município na intenção de relacionar o lugar do Museu como um
Patrimônio da Cidade; identificar culturalmente as heranças culturais e históricas através das
análises teóricas sobre as questões de Patrimônio e Educação; perceber valores sociais como
identidade, cidadania e memória.
Apresentamos, então a seguir um pouco das questões sobre a Cidade de Duque de
Caxias e alguns apontamentos sobre o Museu Ciência e Vida.
Sobre a cidade de Duque de Caxias
Pensar a cidade e, por conseguinte, o direito à cidade, nos remete à necessidade de
compreender como a população interage cotidianamente com seus espaços. De meados dos
anos 1980 em diante, verificam-se os debates sobre o direito à cidade a partir dos movimentos
sociais (nacionais e internacionais), cuja luta baseia-se na busca por direitos sociais, políticos
e econômicos; direito à moradia, direito à opinião pública, direito à vida. Sobre a concepção
acerca do termo “direito à cidade”, chamamos a atenção para a discussão de Henri Lefebvre
(2001), autor de O Direito à Cidade. O texto de Lefebvre (2001), parte da questão histórica
em relação à cidade e as transformações sofridas pelo processo de industrialização. Além
disso, o autor chama a atenção para a dimensão filosófica que envolve a construção do direito
à cidade, bem como os problemas que a realidade urbana apresenta. Para Lefebvre (2001),
O direito à cidade não pode ser concebido como um simples direito
de visita ou de retorno às cidades tradicionais. Só pode ser formulado
como direito à vida urbana, transformada, renovada. Pouco importa
que o tecido urbano encerre em si o campo e aquilo que sobrevive da
vida camponesa conquanto que o ‘urbano’, lugar de encontro,
prioridade do valor do uso, inscrição no espaço de um tempo
promovido à posição de supremo bem entre os bens, encontro sua
base morfológica, sua realização prático-sensível. (LEFEBVRE,
2001, P. 117-118)
Neste sentido, a perspectiva dos lugares de memória, patrimônios e monumentos são
fundamentais, pois fazem parte do direito à cidade, uma vez que são bens que a população
pode e deve usufruir. Assim, o nosso trabalho alicerça-se na tentativa de compreensão
especificamente do uso do espaço público em Duque de Caxias, cidade situada na Região
Metropolitana do Rio de Janeiro.
A Região Metropolitana do Rio de Janeiro foi criada pela Lei Complementar n. 20/74
e possui 21 municípios e área de 6.737 km². Em 2010 a Região Metropolitana tinha um grau
estimado de 99% de urbanização e com 75% da população do Estado residente nesta área.1
Além do município-sede, a cidade do Rio de Janeiro, fazem parte da RM os seguintes
municípios: Belford Roxo, Duque de Caxias, Guapimirim, Itaboraí, Itaguaí, Japeri, Magé,
Mesquita, Nilópolis, Niterói, Nova Iguaçu, Paracambi, Queimados, São Gonçalo, São João
de Meriti, Seropédica e Tanguá, Cachoeira de Macacu, Rio Bonito e Maricá.
O município de Duque de Caxias, situado na Baixada Fluminense, possui a maior
densidade demográfica da região que estava estimada, em 2010, em 855.048 habitantes
(IBGE, 2010). Aproximadamente 53% da população do município vive em situação de
1 Ver informação completa sobre os Índices de Desenvolvimento Humano da região metropolitana do Rio de
Janeiro em Atlas do Desenvolvimento Humano nas Regiões Metropolitanas (2010). Disponível em:
http://www.pnud.org.br/arquivos/AtlasdoDesenvolvimentoHumanonasRegi%C3%B5esMetropolitanas.pdf
pobreza. Do ponto de vista urbano, o crescimento desordenado da região da Baixada
Fluminense, e, em especial, Duque de Caxias, s dificuldades em relação à mobilidade urbana
e os altos índices de pobreza, nos revela inúmeras dificuldades em pensar, por exemplo, um
projeto de remodelação urbana para a cidade caxiense. Provavelmente, tal perspectiva
traduza a necessidade de pensarmos os lugares de patrimônio e cultura da referida cidade,
como uma forma de despertar no cotidiano da população maior apreço pelo espaço urbano
do qual fazem parte.
O município de Duque de Caxias, de acordo com dados da Fundação CIDE (2005)
possui 468km² em extensão territorial e faz divisa com o Rio de Janeiro, São João de Meriti,
Belford Roxo, Nova Iguaçu, Miguel Pereira, Petrópolis e Magé. Em 2010, os dados
divulgados pelo Censo realizado pelo IBGE, indicaram que a população residente nos
municípios da Baixada Fluminense corresponde aproximadamente a 24% da população do
Estado do Rio de Janeiro. Destes números, a maior parcela reside no município de Duque de
Caxias, conforme o quadro abaixo:
MUNICÍPIO POPULAÇÃO EM
2010
Nova Iguaçu 796.257
Duque de Caxias 855.048
Belford Roxo 469.332
São João de Meriti 458.673
Itaguaí 109.091
Magé 227.322
Nilópolis 157.425
Paracambi 47.124
Queimados 137.962
Mesquita 168.376
Quapimirim 51.43
Japeri 95.492
Seropédica 78.186
Total 3.651.771
Fonte: Censo IBGE, 2010.
Duque de Caxias está dividido em 4 distritos e 40 bairros. O primeiro distrito é
composto pelos seguintes bairros: Jardim 25 de agosto, Parque Duque, Periquitos, Vila São
Luiz, Gramacho, Parque Sarapuí, Centenário, Centro, Dr. Laureano, Olavo Bilac, Bar dos
Cavalheiros. Estes bairros estão situados na região central do município. O segundo distrito
pelos bairros: Jardim Primavera, Saracuruna, Vila São José, Parque Fluminense, Campos
Elíseos, Cangulo, Figueira, Chácaras Rio-Petrópolis, Chácara Arcampo, Eldorado, São
Bento, Pilar. O terceiro distrito agrega os seguintes bairros: Santa Lúcia, Santa Cruz da Serra,
Imbariê, Parada Angélica, Jardim Anhangá, Parada Morabi, Taquara, Cidade Parque
Paulista, Barro Branco. E, o quarto distrito, pelos bairros: Xerém, Parque Capivari,
Mantiqueira, Lamarão, Amapá, Santo Antônio, Meio da Serra, Cidade dos Meninos. (IBGE,
Censo 2010).
Economicamente, Duque de Caxias é o município que apresenta os números mais
elevados: é o segundo maior PIB do Estado, com R$ 11.477,26 per capita. Este panorama
econômico explica-se pela presença, desde 1961, em seu território, de uma das refinarias de
petróleo mais importantes do país, a Refinaria Duque de Caxias (REDUC). Além disso, o
Censo do IBGE de cadastro central de empresas, divulgado em 2009, apontou a existência
de 13.054 empresas sediadas no município e, destas, 12.515 são atuantes.
Um Estudo de caso: observando atividades no Museu Ciência e Vida
Criado no ano de 2010, como iniciativa do Governo do Estado do Rio de Janeiro, o
Museu Ciência e Vida situado no antigo Fórum da Cidade de Duque de Caxias e em frente à
Delegacia da Cidade, tem como uma de suas tarefas difundir a cultura e a ciência na Cidade,
possuidora de poucos espaços destinados à Cultura da Cidade. Embora amplie o estímulo de
novos visitantes, seu espaço abriga, hoje, diferentes atividades e possuem cada vez mais
visitantes das escolas da região.
As atividades são gratuitas em 5.000m2 de espaço, aproximadamente, tanto no
auditório, exposições, planetário, entre outras. Com várias atividades culturais, artísticas e
educativas, o Museu Ciência e Vida é um empreendimento da Fundação CECIERJ
– Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro,
em parceria com a Secretaria de Ciência e Tecnologia do Estado do Rio de Janeiro e apoio
da FAPERJ, como indica o site do Museu (http://www.museucienciaevida.com.br/).
O Museu Ciência e Vida oferece atividades bem diversificadas para o público do
município de Duque de Caxias e suas adjacências. A participação do público dá-se por
agendamento ou demanda espontânea. No caso das visitas educativas com agendamento
prévio, as escolas públicas e particulares ocupam a maior parte da agenda dessas atividades.
Como intuito de facilitar a compreensão, podemos organizar a maior parte dessas
atividades na tabela abaixo:
Atividade Público em geral Público escolar Professores
Exposições temporárias X X X
Oficinas X X
Oficinas para professores X
Cineclube X X
Visitas educativas com
agendamento prévio
X
Atividades lúdicas
educacionais
X X
Sessões no Planetário X X
Robótica X X
O estudo de caso foi pensado na forma de observação participante de atividades que
foram escolhidas de acordo com a oferta do referido Museu durante o ano de 2015. Portanto,
a experimentação das atividades deu-se em diferentes momentos, com participação ora
individual, ora em grupo. A observação foi realizada durante os meses de: fevereiro, outubro
e novembro de 2015. Os participantes não tinham conhecimento prévio do Museu.
A primeira atividade escolhida foi uma palestra para professores. A proposta do
Museu Ciência e Vida é oferecer uma atividade de linguagem acessível e cuja metodologia
associe conceitos teóricos à prática. No dia 28/02/2015, um sábado pela manhã, aconteceu
um encontro com a participação da Profª. Andréa Costa. O auditório do Museu Ciência e
Vida tem capacidade para, paroximadamente, 80 pessoas. A palestrante convidada é
professora do Departamento de Estudos e Processos museológicos da UNIRIO e educadora
da Seção de Assistência ao Ensino do Museu Nacional (UFRJ). O assunto da palestra era
adequado para o público específico de professores (vide cartaz abaixo). Foi bem
desenvolvida, com duração de 2 horas e boa participação da plateia. A maioria dos
participantes era da área de Educação e a atividade garantia certificado de participação.
Fonte: Site do Museu Ciência e Vida
A Exposição temporária foi a segunda atividade a ser observada como demanda
espontânea do Museu. No período de observação era oferecido ao público quatro opções de
apresentações, a saber:
“Evolução e natureza tropical”, cujo material foi organizado em 2010 pelo Museu da
Vida (FIOCRUZ). Convidava os visitantes a seguir os caminhos que foram trilhados pelos
naturalistas Charles Darwin e Alfred Wallace.
“Floresta dos Sentidos”, mais interativa principalmente por ser voltada para o público
infantil. Pensada como uma caça ao tesouro, a “floresta” desafiava as crianças a encontrar
espécies que estavam escondidas no cenário da “mata”.
“Sustentabilidade – o que é isso” apresentava possibilidades de sustentabilidade e
tinha uma proposta mais reflexiva baseada nos 3R’s: repensar, recriar e reutilizar. Buscava
incentivar no público uma “participação social mais consciente e prática”.
“Do Mangue ao Mar” – expunha um apelo à preservação dos manguezais e da Baía
de Guanabara. A exposição era organizada pela ONG Guardiões do Mar/Projeto Caranguejo
Uçá.
Para essa exposição, convidamos um grupo de pais e responsáveis de alunos do 2º
ano do ensino fundamental que estudam em um colégio federal da Ilha do Governador a
participar de uma visita ao museu.
Este foi o primeiro contato do grupo com o museu, completamente desconhecido para
eles. A visita foi combinada em um dia de sábado, na parte da manhã. O ponto de encontro
era a Praça Roberto da Silveira, referência muito conhecida no município.
Fonte: Arquivo pessoal
O grupo formado tinha 35 pessoas. Avaliando a dinâmica do museu pudemos
observar que a equipe trabalhou bem com um fator inesperado. O quantitativo desse público
movimentou o museu num período em que não há muita procura. O sentimento demonstrado
pelos monitores era de empolgação através dos comentários durante a visita como “é muito
ruim ficar aqui sem fazer nada” ou “nesse horário nunca aparece ninguém porque as pessoas
preferem as atividades da tarde, como o planetário”. Em contrapartida o grupo sentiu-se
muito acolhido, tanto o público infantil quanto os adultos. Todos participaram bastante das
propostas dos monitores.
Outro fator importante para a pesquisa são as impressões relatadas pelos adultos do
grupo, como: desconhecimento do museu como patrimônio da cidade - motoristas e
passageiros dos coletivos que passam diariamente em frente à referida praça não sabiam dar
informações sobre o museu. Alguns disseram desconhecer que existia um museu naquele
local.
A surpresa dos responsáveis quanto à ótima estrutura e atendimento do museu e
reconhecimento desse espaço como algo acessível, público e gratuito. O grupo tão
impressionado que extrapolou a proposta inicial e os integrantes pediram para visitar a
exposição que acabara de ser inaugurada.
Fonte: Site Cederj
Por contar com um espaço físico de grandes dimensões, é dificultoso conhecer todas
as atividades disponíveis em uma única manhã. O grupo despediu-se no início da tarde e
vários responsáveis ficaram interessados em retornar ao museu num outro momento.
Fonte: Arquivo pessoal
A terceira atividade observada era uma oficina para professores. Foi realizada no
sábado na parte da manhã e a inscrição foi realizada por telefone. Assim como a palestra
realizada para os professores, a oficina também tinha como proposta uma metodologia focada
em um “processo de aprendizagem criativo e divertido”, na relação teoria e prática e numa
linguagem acessível. O tema proposta era “Ilusões de Óptica”.
A oficina foi realizada por uma mediadora e dois auxiliares. O público era formado
por seis professores de diferentes áreas, a saber: Ciências (01), Matemática (01), Educação
Infantil (01), Pedagoga/ensino fundamental I (02) e Pedagoga/Secretária escolar (01). A
atividade foi realizada de acordo com a proposta de linguagem acessível e na dualidade
teoria/prática. No primeiro momento o conceito trabalhado foi apresentado em projetor. Em
seguida, a parte prática era realizada individualmente. O material utilizado era de baixo custo,
pensado de maneira que o docente poderia reproduzir com facilidade a experiência com os
alunos. Os participantes demonstraram apreciar bastante a mediação e a atividade proposta.
Ao final, foi oferecida uma apostila para cada participante. A oficina teve uma duração de 2
horas.
A quarta atividade era a participação em oficina como público espontâneo. Foi
escolhido o dia 15 de outubro. No site constava nesse dia uma oficina às 10h e uma contação
de histórias às 14h. Chegando ao Museu com 10 minutos de antecedência para a primeira
atividade a informação recebida foi que a oficina não seria realizada por falta de público. O
mínimo exigido era de 05 participantes. O mesmo repetiu-se na parte da tarde. Uma dupla de
mãe e filho aguardavam a contação. Mas, o número era insuficiente novamente. Eles
informaram que eram frequentadores do local desde a inauguração. As atividades preferidas
eram as exposições e a sessão do Planetário. Seria a primeira vez que a dupla participaria de
uma oficina.
Neste sentido, pretendemos observar as questões relativas ao aproveitamento do
espaço público da cidade de Duque de Caxias, município do Estado do Rio de Janeiro, na
intenção de perceber como estes espaços vêm sendo entendidos e incorporados ao cotidiano
da população, dos transeuntes, daqueles de uma forma ou de outra transitam na Cidade.
Questões como sociabilidade ou a perda dela e a relação do indivíduo com sua identidade
como ser social também são manifestações que surgem no cotidiano da Cidade. Por que os
passantes na cidade não param seu tempo para olhar ou aproveitar-se de um monumento?
Até onde um prédio faz sentido para a população que passa por ele? Em que momento este
espaço é entendido como um possível espaço de sociabilidade e de um questionamento com
aquilo que é público e do que é privado? A sociabilidade tem traços individuais. Há uma
preocupação com as habilidades de cada um. Produz-se uma artificialidade, quebra-se o
sentido de sociabilidade (SIMMEL, 1976).
Referencias:
BRAZ, Antonio Augusto; ALMEIDA, Tania Maria Amaro de. De Merity a Duque de
Caxias: Encontro com a História da Cidade. Duque de Caxias: APPH-CLIO, 2010.
LEFEBVRE, Henri. O direito à cidade. São Paulo: Centauro, 2001.
LE GOFF, Jacques. “ Documento/Monumento” e “Memória”. In: História e Memória.
São Paulo: UNICAMP, 1996.
SIMMEL, Georg. “A Metópole e a Vida Mental”, in: VELHO, Otávio (org.). O Fenômeno
Urbano. Revista Tempo Brasileiro, 1976.