cinco mensagens-chave para a educação inclusiva. colocar a

45

Upload: vanhanh

Post on 08-Jan-2017

215 views

Category:

Documents


1 download

TRANSCRIPT

CINCO MENSAGENS-CHAVE PARA A EDUCACcedilAtildeO INCLUSIVA

Colocar a teoria em praacutetica

Agecircncia Europeia para as Necessidades Especiais e a Educaccedilatildeo Inclusiva

A Agecircncia Europeia para as Necessidades Especiais e a Educaccedilatildeo Inclusiva (a Agecircncia anteriormente denominada Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial) eacute uma organizaccedilatildeo independente apoiada pelos paiacuteses membros da Agecircncia e pelas instituiccedilotildees europeias (Comissatildeo e Parlamento)

Esta publicaccedilatildeo foi financiada com o apoio da Comissatildeo Europeia Esta publicaccedilatildeo reflete apenas as opiniotildees do autor e a Comissatildeo natildeo pode ser responsabilizada por qualquer uso que possa ser feito da informaccedilatildeo nela contida

As opiniotildees expressas por qualquer indiviacuteduo neste documento natildeo representam necessariamente a posiccedilatildeo oficial da Agecircncia dos paiacuteses membros ou da Comissatildeo A Comissatildeo natildeo pode ser responsabilizada pela utilizaccedilatildeo que possa ser feita da informaccedilatildeo contida neste documento

Editor Victoria Soriano Membro da Agecircncia

Satildeo permitidos excertos deste documento desde que devidamente referenciada a fonte Este relatoacuterio deve ser referenciado da seguinte forma Agecircncia Europeia para as Necessidades Especiais e a Educaccedilatildeo Inclusiva 2014 Cinco mensagens-chave para a educaccedilatildeo inclusiva Colocar a teoria em praacutetica Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para as Necessidades Especiais e a Educaccedilatildeo Inclusiva

Com vista a uma maior acessibilidade este relatoacuterio estaacute disponiacutevel em 22 idiomas e formatos eletroacutenicos totalmente manipulaacuteveis que estatildeo disponiacuteveis no siacutetio Internet da Agecircncia wwweuropean-agencyorg

ISBN 978-87-7110-534-6 (ed eletroacutenica) ISBN 978-87-7110-512-4 (ed impressa)

copy European Agency for Special Needs and Inclusive Education 2014

Secretariado Oslashstre Stationsvej 33

DK-5000 Odense C Denmark Tel +45 64 41 00 20

secretariateuropean-agencyorg

Escritoacuterio em Bruxelas Rue Montoyer 21

BE-1000 Brussels Belgium Tel +32 2 213 62 80

brusselsofficeeuropean-agencyorg

wwweuropean-agencyorg

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 2

IacuteNDICE

PREAcircMBULO 5

SUMAacuteRIO EXECUTIVO 6

O MAIS PRECOCEMENTE POSSIacuteVEL 8

Introduccedilatildeo 8

Intervenccedilatildeo precoce 8

Deteccedilatildeo e avaliaccedilatildeo precoces 9

Apoio precoce 9

Transiccedilatildeo planeada 10

A EDUCACcedilAtildeO INCLUSIVA BENEFICIA TODOS 11

Introduccedilatildeo 11

A educaccedilatildeo inclusiva como uma abordagem para elevar o sucesso para todos os alunos 12

laquoO que eacute bom para os alunos com NEE eacute igualmente bom para todos os alunosraquo 13

Monitorizaccedilatildeo do progresso 15

PROFISSIONAIS ALTAMENTE QUALIFICADOS 16

Introduccedilatildeo 16

Formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo 16

O perfil dos professores inclusivos e outros profissionais 17

Abordagens ao recrutamento 17

Atitudes positivas 18

Trabalho em rede e coordenaccedilatildeo 19

SISTEMAS DE APOIO E MECANISMOS DE FINANCIAMENTO 21

Introduccedilatildeo 21

Sistemas de apoio e mecanismos de financiamento 21

Intervenccedilatildeo Precoce na Infacircncia (IPI) 22 Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula 23 Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional (EFP) 24 Tecnologias de Informaccedilatildeo e Comunicaccedilatildeo (TIC) 25

DADOS FIAacuteVEIS 27

Colocar a teoria em praacutetica 3

Introduccedilatildeo 27

Monitorizaccedilatildeo dos direitos dos alunos 28

Monitorizaccedilatildeo da eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusiva 31

OLHAR EM FRENTE 34

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS 35

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 4

PREAcircMBULO

Em novembro de 2013 a Agecircncia Europeia para a Educaccedilatildeo Especial e a Educaccedilatildeo Inclusiva (a Agecircncia) organizou uma conferecircncia internacional destinada a promover um debate aberto sobre a educaccedilatildeo inclusiva O debate envolveu todas as partes interessadas relevantes decisores investigadores e profissionais bem como pessoas com incapacidade e as suas famiacutelias Falar sobre a educaccedilatildeo inclusiva implica falar sobre diferenccedilas como gerir as diferenccedilas nas escolas nas salas de aula e no curriacuteculo em geral O debate atual jaacute natildeo assenta no que eacute a inclusatildeo e por que eacute necessaacuteria a questatildeo-chave eacute como deve ser alcanccedilada Como fazer progressos a niacutevel nacional como implementar as poliacuteticas corretas a niacutevel regional e local e de que forma os professores podem gerir melhor as diferenccedilas na sala de aula estas foram as questotildees-chave abordadas durante a conferecircncia

Este documento apresenta as cinco mensagens relevantes apresentadas pela Agecircncia e debatidas em grupos durante a conferecircncia Os participantes foram convidados a contribuir e a debater estas cinco mensagens-chave

bull O mais precocemente possiacutevel o impacto positivo da deteccedilatildeo e intervenccedilatildeo precoces bem como de medidas proativas

bull A educaccedilatildeo inclusiva beneficia todos o impacto educativo e social positivo da educaccedilatildeo inclusiva

bull Profissionais altamente qualificados a importacircncia de dispor de profissionais altamente qualificados em geral e de professores em particular

bull Sistemas de apoio e mecanismos de financiamento a necessidade de sistemas de apoio bem estabelecidos e mecanismos de financiamento relacionados

bull Dados fiaacuteveis o importante papel desempenhado pelos dados bem como os benefiacutecios e limitaccedilotildees do seu uso

Estas mensagens-chave resumem uma parte essencial do trabalho realizado pela Agecircncia na uacuteltima deacutecada e abordam questotildees relevantes relativamente agrave educaccedilatildeo inclusiva A Agecircncia deseja expressar a sua gratidatildeo a todos os participantes da conferecircncia pela sua contribuiccedilatildeo e empenho neste importante debate

Per Ch Gunnvall Cor JW Meijer

Presidente Diretor

Colocar a teoria em praacutetica 5

SUMAacuteRIO EXECUTIVO

A Conferecircncia Internacional tem sido uma plataforma uacutetil para a reflexatildeo e o debate sobre a educaccedilatildeo inclusiva sob diferentes perspetivas e envolvendo todas as partes interessadas

As questotildees centrais da conferecircncia incluem como gerir as diferenccedilas como apoiar alunos professores e famiacutelias como tirar partido das diferenccedilas a niacutevel da educaccedilatildeo como implementar as medidas certas e qual a melhor forma de investir

A Agecircncia destacou cinco mensagens-chave que foram discutidas em profundidade e que levaram a consideraccedilotildees e accedilotildees adicionais

Os participantes sugeriram uma seacuterie de consideraccedilotildees e propostas de accedilotildees relacionadas com as mensagens-chave

bull O mais precocemente possiacutevel todas as crianccedilas tecircm o direito de receber o apoio necessaacuterio logo que possiacutevel e sempre que necessaacuterio Isso implica a coordenaccedilatildeo e a cooperaccedilatildeo entre os serviccedilos lideradas por um dos serviccedilos em causa As partes interessadas envolvidas devem construir uma comunicaccedilatildeo real entre elas sendo capazes de compreender e fornecer informaccedilatildeo umas agraves outras Os pais satildeo as principais partes interessadas

bull A educaccedilatildeo inclusiva beneficia todos a educaccedilatildeo inclusiva visa proporcionar educaccedilatildeo de qualidade a todos os alunos Para alcanccedilar uma escola inclusiva eacute necessaacuterio o apoio de toda a comunidade dos decisores aos utilizadores finais (alunos e respetivas famiacutelias) A colaboraccedilatildeo eacute necessaacuteria em todos os niacuteveis e todas as partes interessadas precisam de uma visatildeo dos resultados a longo prazo o tipo de jovens que a escola e a comunidade iratildeo laquoproduzirraquo Satildeo necessaacuterias mudanccedilas na terminologia atitudes e valores que reflitam a mais-valia da diversidade e da igualdade de participaccedilatildeo

bull Profissionais altamente qualificados para que os professores e outros profissionais da educaccedilatildeo estejam preparados para a inclusatildeo satildeo necessaacuterias mudanccedilas em todos os aspetos da formaccedilatildeo ndash programas de formaccedilatildeo praacuteticas diaacuterias recrutamento financcedilas etc Os professores e os profissionais da educaccedilatildeo da proacutexima geraccedilatildeo tecircm de estar preparados para serem professoresformadores para todos os alunos devem receber formaccedilatildeo natildeo apenas em termos de competecircncias mas tambeacutem de valores eacuteticos

bull Sistemas de apoio e mecanismos de financiamento os melhores indicadores de financiamento natildeo se localizam nas financcedilas mas na mediccedilatildeo da eficiecircncia e sucesso Eacute essencial considerar os resultados e relacionaacute-los com os esforccedilos investidos para alcanccedilaacute-los Isso envolve a monitorizaccedilatildeo e a mediccedilatildeo da

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 6

eficiecircncia dos sistemas de modo a concentrar recursos financeiros para abordagens bem-sucedidas As estruturas de incentivo devem garantir a disponibilidade de apoio financeiro se os alunos forem colocados em contextos inclusivos e que eacute dada maior ecircnfase aos resultados (natildeo apenas a niacutevel acadeacutemico)

bull Dados fiaacuteveis a recolha significativa de dados de qualidade implica uma abordagem sisteacutemica que engloba questotildees relacionadas com os alunos colocaccedilatildeo professores e obtenccedilatildeo de recursos Os dados relacionados com a colocaccedilatildeo do aluno constituem um ponto de partida uacutetil e necessaacuterio embora tenham de ser complementados com dados claros sobre os resultados e efeitos do sistema Os dados sobre os resultados do aluno ndash o impacto da educaccedilatildeo inclusiva ndash satildeo muito mais difiacuteceis de recolher estando muitas vezes em falta na recolha de dados dos paiacuteses

Por uacuteltimo os principais resultados das discussotildees podem ser resumidos da seguinte forma planear e implementar a educaccedilatildeo inclusiva eacute um processo que diz respeito a todo o sistema de ensino e a todos os alunos a equidade e a qualidade andam a par e a educaccedilatildeo inclusiva deve ser vista como um conceito em evoluccedilatildeo onde as questotildees relacionadas com a diversidade e a democracia satildeo cada vez mais importantes

Colocar a teoria em praacutetica 7

O MAIS PRECOCEMENTE POSSIacuteVEL

Introduccedilatildeo

laquoO mais precocemente possiacutevelraquo refere-se antes de mais a intervir numa fase precoce da vida de uma crianccedila Cobre tambeacutem muitos outros elementos relevantes incluindo intervir logo que a necessidade eacute detetada implementar a avaliaccedilatildeo precoce fornecer o apoio necessaacuterio o mais precocemente possiacutevel e preparar e planear as fases de transiccedilatildeo de uma fase educativa para a seguinte e para o emprego

Ainda que diversos projetos da Agecircncia natildeo tenham analisado a reduccedilatildeo das taxas de abandono escolar a reduccedilatildeo destas taxas envolve boas poliacuteticas e praacuteticas em termos de deteccedilatildeo precoce aleacutem de um apoio precoce e eficiente

Intervenccedilatildeo precoce

Durante a Audiccedilatildeo no Parlamento Europeu que a Agecircncia organizou em 2011 os jovens referiram os seguintes pontos laquoA inclusatildeo comeccedila no jardim-de-infacircnciaraquo (Agecircncia Europeia 2012a paacuteg 14) laquoA diversidade eacute positiva eacute importante preparar as pessoas desde o iniacutecio para trabalharem com as crianccedilas para construiacuterem uma geraccedilatildeo melhorraquo (ibid paacuteg 30)

No quadro do relatoacuterio de 2010 da Agecircncia Intervenccedilatildeo Precoce na Infacircncia ndash Progressos e Desenvolvimentos 2005ndash2010 a intervenccedilatildeo precoce na infacircncia (IPI) eacute definida como

um conjunto de serviccedilosrecursos para as crianccedilas em idades precoces e suas famiacutelias os quais satildeo disponibilizados quando solicitados pela famiacutelia num certo periacuteodo da vida da crianccedila incluindo qualquer accedilatildeo realizada qua ndo ela necessita de apoio especializado para Assegurar e incrementar o seu desenvolvimento pessoal Fortalecer as competecircncias da famiacutelia e Promover a inclusatildeo social da famiacutelia e da crianccedila (Agecircncia Europeia 2010 paacuteg 7)

Entre os diferentes elementos identificados como relevantes para a IPI a disponibilidade eacute um dos que tem de ser destacado

um objetivo comum da IPI eacute abranger tatildeo cedo quanto possiacutevel todas as crianccedilas e famiacutelias que necessitem de apoio Este objetivo eacute de grande prioridade nos paiacuteses com populaccedilatildeo dispersa ou em zonas rurais isoladas de forma a compensar as diferenccedilas entre as aacutereas rurais e urbanas no que respeita agrave disponibilizaccedilatildeo dos recursos e a garantir que as crianccedilas e famiacutelias que requerem apoio possam beneficiar da mesma qualidade de serviccedilos (ibid paacuteg 7ndash8)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 8

A intervenccedilatildeo precoce foi tambeacutem debatida no quadro do projeto Diversidade multicultural e necessidades especiais de educaccedilatildeo

Os professores e os profissionais de um centro de apoio apresentaram prioridades claras Estas incluiacuteram intervenccedilatildeo precoce necessidade de trabalhar com os pais [entre outras] (Agecircncia Europeia 2009a paacuteg 59)

Deteccedilatildeo e avaliaccedilatildeo precoces O relatoacuterio da Agecircncia Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos Questotildeesshychave para Poliacuteticas e Praacuteticas apresenta uma descriccedilatildeo exaustiva deste aspeto importante Afirma-se que

A avaliaccedilatildeo inicial dos alunos que se pensa terem NEE [necessidades educativas especiais] pode ter duas finalidades possiacuteveis

bull Identificaccedilatildeo associada a uma decisatildeo oficial de laquoreconhecerraquo um aluno como tendo necessidades educativas que requerem recursos adicionais para apoio agrave sua aprendizagem

bull Dar indicaccedilotildees para os programas de aprendizagem nos quais a avaliaccedilatildeo eacute focalizada nas aacutereas fortes e fracas que o aluno pode apresentar nas diferentes aacutereas curriculares Tal informaccedilatildeo eacute muitas vezes utilizada de uma forma formativa ndash talvez como ponto de partida para os Planos Educativos Individuais ndash em vez de funcionar unicamente como uma avaliaccedilatildeo preacutevia (ponto de partida) (Watkins 2007 paacuteg 23)

laquoAs equipas multidisciplinares realizam a avaliaccedilatildeo inicial com os professores de turma os pais e os alunos como parceiros no processo de avaliaccedilatildeoraquo (ibid paacuteg 38)

A importacircncia da avaliaccedilatildeo precoce seguida por medidas de intervenccedilatildeo precoce foi reforccedilada no acircmbito do relatoacuterio da Agecircncia Diversidade multicultural e necessidades especiais de educaccedilatildeo (2009a) bem como nas observaccedilotildees do relatoacuterio Mapeamento da Implementaccedilatildeo de Poliacuteticas para a Educaccedilatildeo Inclusiva (MIPIE) da Agecircncia (2011a)

Apoio precoce

A maior parte dos relatoacuterios da Agecircncia refere a importacircncia e a vantagem do apoio precoce

O projeto Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula refere que

A decisatildeo sobre o apoio temporaacuterio aos alunos deve obedecer aos seguintes criteacuterios (1) o mais precocemente possiacutevel (2) da forma mais flexiacutevel possiacutevel (se uma abordagem natildeo funciona escolher outra) (3) da forma menos restritiva possiacutevel (sem efeitos secundaacuterios) (4) no local mais proacuteximo possiacutevel

Colocar a teoria em praacutetica 9

(preferencialmente na classe ou na escola regular) (5) durante um periacuteodo de tempo tatildeo curto quanto possiacutevel (Agecircncia Europeia 2003 paacuteg 16)

No relatoacuterio Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo na Europa ndash Desafios e Oportunidades afirma-se que

O investimento na educaccedilatildeo de infacircncia e num sistema educativo cada vez mais inclusivo representam provavelmente a longo prazo uma utilizaccedilatildeo mais eficaz dos recursos do que as iniciativas de curto prazo destinadas a laquocolmatar lacunasraquo ou apoiar determinados grupos marginalizados (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 82)

Transiccedilatildeo planeada Diferentes projetos da Agecircncia relativos agrave transiccedilatildeo focaram-se na necessidade de um plano precoce com o propoacutesito de passar de uma fase educativa para a seguinte bem como do ensino para o emprego (2002a 2002b 2006 e 2013)

O relatoacuterio Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Princiacutepios-chave e Recomendaccedilotildees para Responsaacuteveis Poliacuteticos reforccedila que os paiacuteses tecircm de laquoAssegurar o desenvolvimento de planos de transiccedilatildeo com a antecipaccedilatildeo necessaacuteria na vida escolar do aluno e natildeo somente no final da escolaridade obrigatoacuteriaraquo (Agecircncia Europeia 2002a paacuteg 6)

No enquadramento do trabalho desenvolvido pela Agecircncia sobre este tema Planos Individuais de Transiccedilatildeo

a transiccedilatildeo para o emprego surge como parte de um longo e complexo processo que cobre todas as fases da vida de uma pessoa e que necessita de ser orientada da forma mais apropriada laquoUma vida boa para todosraquo bem como laquoum bom trabalho para todosraquo satildeo os fins uacuteltimos de um processo de transiccedilatildeo bem sucedido Os tipos de recursos ou a organizaccedilatildeo da escola natildeo devem interferir com ou impedir que se realize tal processo (Agecircncia Europeia 2006 paacuteg 8ndash9)

Em conclusatildeo a intervenccedilatildeo precoce tem por objetivo principal proporcionar atividades significativas e positivas para promover o desenvolvimento precoce da crianccedila o envolvimento da famiacutelia a qualidade de vida a inclusatildeo social e o enriquecimento social Eacute necessaacuterio ter em conta que os serviccedilos de apoio satildeo essenciais para alguns mas tambeacutem beneacuteficos para todos Todas as crianccedilas tecircm o direito de receber apoio sempre que necessaacuterio Tal exige uma abordagem coordenada entre os setores e uma colaboraccedilatildeo eficaz entre todas as partes interessadas

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 10

A EDUCACcedilAtildeO INCLUSIVA BENEFICIA TODOS

Introduccedilatildeo

Existe um reconhecimento crescente na Europa e mais amplamente a niacutevel internacional de que eacute fundamental avanccedilar no sentido de uma poliacutetica e praacutetica inclusivas no ensino Nas Conclusotildees do Conselho sobre a dimensatildeo social da educaccedilatildeo e da formaccedilatildeo afirma-se que laquoTodos os estudantes sairatildeo beneficiados se forem criadas as condiccedilotildees necessaacuterias ao ecircxito da inclusatildeo de todos os alunos com necessidades especiaisraquo (Conselho da Uniatildeo Europeia 2010 paacuteg 5)

O Livro Verde da Comissatildeo das Comunidades Europeias relativo agrave Migraccedilatildeo e Mobilidade frisa que

As escolas devem ser determinantes para o fomento de uma sociedade inclusiva porque constituem uma oportunidade privilegiada para os jovens das comunidades migrantes e de acolhimento se conhecerem e respeitarem mutuamentehellip a diversidade cultural e linguiacutestica pode constituir um recurso inestimaacutevel para as escolas (Comissatildeo das Comunidades Europeias 2008 paacuteg 3)

A Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para a Educaccedilatildeo Ciecircncia e Cultura (UNESCO) (2009) indica claramente que a educaccedilatildeo inclusiva eacute uma questatildeo de equidade e por conseguinte uma questatildeo de qualidade com impacto em todos os alunos Eacute colocada a ecircnfase em trecircs propostas relativas agrave educaccedilatildeo inclusiva a inclusatildeo e a qualidade satildeo reciacuteprocas o acesso e a qualidade estatildeo ligados e reforccedilam-se mutuamente e por uacuteltimo a qualidade e a equidade satildeo essenciais para garantir a educaccedilatildeo inclusiva

Diversos projetos da Agecircncia centraram-se tambeacutem nesta questatildeo O relatoacuterio sobre a conferecircncia Elevar o Sucesso de Todos os Alunos (RA4AL) da Agecircncia (Agecircncia Europeia 2012c) realccedila que as questotildees que dizem respeito agrave definiccedilatildeo da inclusatildeo tecircm-se tornado cada vez mais importantes Contudo parece existir um acordo crescente quanto agrave necessidade de uma abordagem baseada nos direitos para o desenvolvimento de uma maior equidade e justiccedila social e para o apoio do desenvolvimento de uma sociedade sem discriminaccedilotildees Verificou-se por conseguinte um alargamento do debate sobre a inclusatildeo tendo o foco passado da relocalizaccedilatildeo de crianccedilas descritas como tendo necessidades educativas especiais para as escolas regulares para a vontade de disponibilizar educaccedilatildeo de alta qualidade ndash e consequentes benefiacutecios ndash a todos os alunos Agrave medida que cada vez mais paiacuteses abraccedilam uma definiccedilatildeo mais ampla de educaccedilatildeo inclusiva a diversidade eacute reconhecida como laquonaturalraquo em qualquer grupo de alunos e a educaccedilatildeo inclusiva pode ser encarada como uma forma de elevar o

Colocar a teoria em praacutetica 11

sucesso atraveacutes da presenccedila (acesso agrave educaccedilatildeo) participaccedilatildeo (qualidade da experiecircncia de aprendizagem) e sucesso (processos e resultados da aprendizagem) de todos os alunos

O trabalho da Agecircncia no documento Princiacutepios-Chave para a Promoccedilatildeo da Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva (Agecircncia Europeia 2009b) reforccedila a importacircncia das abordagens de aprendizagem centradas no alunopersonalizadas da avaliaccedilatildeo do professor que apoia a aprendizagem e do trabalho em colaboraccedilatildeo com os pais e as famiacutelias estes pontos satildeo poreacutem essenciais para melhorar a qualidade de educaccedilatildeo para todos os alunos

A educaccedilatildeo inclusiva como uma abordagem para elevar o sucesso para todos os alunos

Wilkinson e Pickett salientam que laquouma maior igualdade aleacutem de uma melhoria do bem-estar de toda a populaccedilatildeo eacute tambeacutem a chave para os padrotildees nacionais de sucessoraquo (2010 paacuteg 29) Eles frisam que se

um paiacutes deseja obter niacuteveis meacutedios mais elevados de sucesso educativo entre os alunos em idade escolar deve dar resposta agrave desigualdade subjacente que cria um gradiente social mais acentuado em termos de sucesso educativo (ibid paacuteg 30)

Ao desafiar a ideia de que a inclusatildeo de todos os alunos pode de alguma forma ser prejudicial para um sucesso elevado a Organizaccedilatildeo para a Cooperaccedilatildeo e Desenvolvimento Econoacutemico (OCDE 2011) mostra que a melhoria dos alunos com um desempenho mais baixo natildeo tem de ser feita agrave custa daqueles com melhores desempenhos As observaccedilotildees do relatoacuterio da UNESCO designado Learning Divides [A aprendizagem divide] (Willms 2006) fornece tambeacutem evidecircncias de que um desempenho escolar forte e a equidade podem andar de matildeos dadas e que os paiacuteses com os niacuteveis mais altos de desempenho tendem a ser aqueles que tecircm vindo a elevar o sucesso de todos os alunos (Agecircncia Europeia 2012d)

De acordo com o relatoacuterio RA4AL da Agecircncia

Farrell e colegas (2007) hellip descobriram um reduzido nuacutemero de pesquisas que sugerem que a colocaccedilatildeo de alunos com NEE em escolas regulares natildeo tem consequecircncias adversas de maior para o sucesso acadeacutemico comportamento e atitudes de todas as crianccedilas Uma revisatildeo sistemaacutetica da literatura encomendada pela Evidence for Policy and Practice Initiative [Iniciativa Evidecircncia por Poliacuteticas e Praacuteticas] (EPPI) (Kalambouka et al 2005) constatou tambeacutem que de um modo geral natildeo se observam efeitos adversos nos alunos sem NEE quando se incluem alunos com necessidades especiais nas escolas regulares (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 8)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 12

Diversos estudos descrevem os benefiacutecios da inclusatildeo para os alunos sem incapacidades Esses benefiacutecios incluem

aumento da valorizaccedilatildeo e aceitaccedilatildeo das diferenccedilas individuais e da diversidade respeito por todas as pessoas preparaccedilatildeo para a vida adulta numa sociedade inclusiva e oportunidades para dominar atividades praticando e ensinando outros Tais efeitos estatildeo tambeacutem documentados numa investigaccedilatildeo recente por exemplo da autoria de Bennett e Gallagher (2012) (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 8)

O impacto positivo das colocaccedilotildees em contextos inclusivos de alunos com incapacidades eacute registado por investigaccedilotildees como as realizadas por MacArthur et al (2005) e de Graaf et al (2011) Este impacto inclui relaccedilotildees e redes sociais melhoradas modelos dos pares maior sucesso maiores expetativas maior colaboraccedilatildeo entre os profissionais da escola e melhor integraccedilatildeo das famiacutelias na comunidade (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 8)

Benefiacutecios adicionais podem incluir acesso a mais amplas oportunidades curriacuteculares e reconhecimento e acreditaccedilatildeo do sucesso

Deve ser considerada a melhoria da organizaccedilatildeo dos laquoespaccedilosraquo para aprendizagem e a criaccedilatildeo de mais oportunidades para os alunos descobrirem talentos em diversas aacutereas para aleacutem da aprendizagem acadeacutemica (ibid paacuteg 25)

A investigaccedilatildeo de Chapman et al (2011) centrou-se especificamente na

lideranccedila que promove sucesso para alunos com NEEincapacidadese sugeriu que a presenccedila de uma populaccedilatildeo diversificada de estudantes pode nas condiccedilotildees organizacionais certas estimular as disposiccedilotildees colaborativas e incentivar formas inovadoras de ensinar a de modo a chegar a todos os grupos de alunos (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 21)

laquoO que eacute bom para os alunos com NEE eacute igualmente bom para todos os alunosraquo

Esta declaraccedilatildeo feita na publicaccedilatildeo da Agecircncia denominada Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula (Agecircncia Europeia 2003 paacuteg 33) tem sido desde essa altura repetida com frequecircncia no trabalho da Agecircncia

Por exemplo o mesmo estudo frisou que

a tutoria entre pares ou a aprendizagem cooperativa eacute eficaz para a aprendizagem e para o desenvolvimento cognitivo e afetivo (soacutecio-emocional) dos alunos Os alunos que se entreajudam principalmente num sistema de composiccedilatildeo de grupos flexiacutevel e bem ponderado beneficiam com esta aprendizagem em comum (ibid paacuteg 23)

Colocar a teoria em praacutetica 13

No trabalho da Agecircncia sobre a praacutetica inclusiva nas escolas secundaacuterias em 2005 sublinhou-se que

Todos os alunos ndash incluindo os que apresentam necessidades educativas especiais ndash tecircm demonstrado evoluir na aprendizagem quando o seu trabalho eacute sistematicamente planeado supervisionado e avaliado (Agecircncia Europeia 2005 paacuteg 6)

e que

Todos os alunos beneficiam com a aprendizagem cooperativa o aluno que explica ao outro reteacutem melhor e por mais tempo a informaccedilatildeo e as necessidades do aluno que estaacute a aprender satildeo abordadas de melhor forma por um par cujo niacutevel de compreensatildeo esteja apenas ligeiramente acima do seu proacuteprio niacutevel (ibid paacuteg 18)

No relatoacuterio RA4AL afirma-se que

um sistema que permite que os alunos progridam rumo a objetivos comuns mas atraveacutes de vias diferentes utilizando diferentes estilos de aprendizagem e avaliaccedilatildeo deve ser mais inclusivo e elevar o sucesso de todos os alunos (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 25)

O relatoacuterio da Agecircncia Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos regista tambeacutem a necessidade de envolver todos os alunos e paisfamiacutelias no processo tanto de aprendizagem como de avaliaccedilatildeo (Watkins 2007) O mesmo relatoacuterio refere que o processo de diferenciaccedilatildeo requer uma anaacutelise cuidadosa Embora possa tambeacutem estar associado a individualizaccedilatildeo e personalizaccedilatildeo e ser visto como uma forma de satisfazer necessidades individuais ou de grupo mais especiacuteficas manteacutem-se frequentemente centrado no professor ao inveacutes de ser orientado para aluno A personalizaccedilatildeo tem de comeccedilar com as necessidades e interesses de todos os alunos

No mais recente projeto i-access da Agecircncia constata-se que os benefiacutecios da tecnologia de apoio ou laquotecnologia facilitadoraraquo mostram-se frequentemente uacuteteis para uma ampla variedade de utilizadores laquoA acessibilidade beneficia os utilizadores com incapacidades eou necessidades educativas especiais bem como todos os utilizadoresraquo (Agecircncia Europeia 2012e paacuteg 22)

As opiniotildees dos jovens com e sem incapacidades expressas na publicaccedilatildeo Perspetivas dos Jovens sobre Educaccedilatildeo Inclusiva fornecem um resumo claro dos benefiacutecios da educaccedilatildeo inclusiva para todos os alunos Como um jovem aluno afirmou laquoEducaccedilatildeo inclusiva eacute para todas as crianccedilas As escolas regulares devem estar perto das suas residecircncias Esta experiecircncia permite encontrar as pessoas vizinhasraquo (Agecircncia Europeia 2012a paacuteg 11) Outros acrescentaram laquoOs alunos

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 14

com e sem necessidades especiais podem aprender uns com os outros e trocarconhecimentosraquo laquoEacute bom para noacutes e bom para eles Eacute importante reconhecer os benefiacutecios para todos na turmaraquo e laquoA educaccedilatildeo inclusiva ajuda as crianccedilas a tornarem-se mais tolerantes com mentalidades mais abertasraquo (ibid paacuteg 23)

Monitorizaccedilatildeo do progresso

Na medida em que a educaccedilatildeo inclusiva se alargou para assegurar a qualidade da educaccedilatildeo para todos os alunos eacute necessaacuterio encontrar novas formas de monitorizar o progresso Sugere-se com base no trabalho realizado pela Agecircncia nos indicadores e no relatoacuterio MIPIE (2011a) que a niacutevel escolar a recolha de dados possa ter em conta fatores com possiacutevel impacto na qualidade das estrateacutegias de admissatildeo das escolas tais como regras e poliacuteticas de admissatildeo natildeo discriminatoacuterias poliacuteticas e estrateacutegias desenvolvidas para apoiar os alunos a expressarem as suas necessidades existecircncia de uma declaraccedilatildeo poliacutetica clara contra o bullying implementaccedilatildeo dos coacutedigos de praacutetica existentes relativamente agrave educaccedilatildeo inclusiva sessotildees de formaccedilatildeo do pessoal quanto a questotildees de admissatildeo e criaccedilatildeo de um ambiente escolar acolhedor trabalho em respeito e colaboraccedilatildeo com alunos e famiacutelias estrateacutegias para ajudar os alunos e as famiacutelias a participarem ativamente na comunidade escolar e na sala de aula e disponibilizaccedilatildeo de estrateacutegias de informaccedilatildeo e aconselhamento e respetivo impacto nos alunos

Em conclusatildeo o debate mais amplo sobre a inclusatildeo pretende no momento presente ndash proporcionar uma educaccedilatildeo de alta qualidade (e benefiacutecios) a todos os alunos Um desempenho escolar forte e a equidade podem andar de matildeos dadas

O sistema de ensino eacute complexo e fragmentado e atualmente falta-lhe uma linha de pensamento consistente acerca da educaccedilatildeo inclusiva De um modo geral o apoio aos diretores e liacutederes que queiram tentar proceder a alteraccedilotildees em situaccedilotildees isoladas eacute muito reduzido A diversidade tem vindo a aumentar em todo o sistema mas as tradiccedilotildees do passado restringem as accedilotildees A capacidade das escolas deve ser desenvolvida atraveacutes da consciencializaccedilatildeo do contexto da correspondecircncia (entre legislaccedilatildeo e poliacuteticapraacutetica) da clareza conceptual e de um apoio contiacutenuo ndash para todos partes interessadas ndash que incentive as escolas a serem proativas e natildeo reativas Conhecer todos os alunos e intervir de forma precoce ajudaraacute a desenvolver apoio de qualidade para todos os alunos considerado como parte da educaccedilatildeo em geral

Colocar a teoria em praacutetica 15

PROFISSIONAIS ALTAMENTE QUALIFICADOS

Introduccedilatildeo

laquoProfissionais altamente qualificadosraquo envolve questotildees de formaccedilatildeo inicial e contiacutenua perfil valores e competecircncia dos professores abordagens eficazes ao recrutamento e atitudes bem como trabalho em rede e coordenaccedilatildeo de todos profissionais Os jovens que participaram na Audiccedilatildeo do Parlamento Europeu organizada pela Agecircncia em 2011 referiram

O ponto de partida para a educaccedilatildeo inclusiva eacute a sensibilizaccedilatildeo e a formaccedilatildeo dprofessores hellip Os professores devem compreender o que cada aluno precisa e dar-lhe oportunidade de atingir os objetivos com sucesso Todos temos talentos juntos construiacutemos uma melhor comunidade de trabalho (Agecircncia Europeia 2012a paacuteg 12)

e

Formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo

Uma formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo adequada dos professores e outros profissionais eacute considerada um fator-chave para praacuteticas inclusivas bem-sucedidas O relatoacuterio da Agecircncia Princiacutepios-chave para a Promoccedilatildeo da Qualidade em Educaccedilatildeo Inclusiva Recomendaccedilotildees para a praacutetica frisa que

Todos os professores devem ter competecircncias para responder agraves diversas necessidades de todos os alunos Na formaccedilatildeo inicial e contiacutenua os professores devem adquirir as competecircncias conhecimento e compreensatildeo que lhes permitam ter a confianccedila necessaacuteria para lidar eficazmente com as diversas necessidades dos alunos (Agecircncia Europeia 2011c paacuteg 15)

O relatoacuterio da Agecircncia Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo na Europa ndash Desafios e Oportunidades aborda a estrutura da formaccedilatildeo inicial de professores Afirma-se que

Uma das principais prioridades da formaccedilatildeo de professores hellip eacute a necessidade de rever a sua estrutura para melhorar a formaccedilatildeo de professores para a inclusatildeo e para integrar a formaccedilatildeo inicial e especializada O conhecimento sobre a mudanccedila do papel dos professores evoluiu imenso tendo sido realccedilada a necessidade de introduzir mudanccedilas significativas na forma como os professores satildeo preparados para as suas funccedilotildees e responsabilidades profissionais (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 19)

Aleacutem disso indica que

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 16

Os formadores de professores satildeo atores-chave na garantia da alta qualidade do corpo docente Muitos paiacuteses europeus natildeo tecircm ainda uma poliacutetica expliacutecita sobre as competecircncias dos formadores de professores nem sobre a forma como devem ser selecionados ou formados (ibid paacuteg 66)

O perfil dos professores inclusivos e outros profissionais

No quadro do projeto da Agecircncia Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo o Perfil de Professores Inclusivos (Agecircncia Europeia 2012b) foi desenvolvido como um guia para a conceccedilatildeo e a implementaccedilatildeo de programas de formaccedilatildeo inicial de professores (FIP) para todos professores Identifica um quadro de valores essenciais e de aacutereas de competecircncia aplicaacuteveis a qualquer programa FIP na preparaccedilatildeo de todos os professores para trabalharem em educaccedilatildeo inclusiva respondendo agrave diversidade

O quadro de valores essenciais e de aacutereas de competecircncia inclui

Valorizaccedilatildeo da diversidade ndash a diferenccedila eacute considerada um recurso e um valor para a educaccedilatildeo As aacutereas de competecircncia dentro deste valor fundamental dizem respeito a Conceccedilotildees de educaccedilatildeo inclusiva Perspetivas do professor sobre a diferenccedila dos alunos

Apoiar todos os alunos ndash os professores tecircm elevadas expectativas sobre os resultados de todos os alunos As aacutereas de competecircncia dentro deste valor essencial dizem respeito a Promoccedilatildeo da aprendizagem acadeacutemica praacutetica social e emocional de todos os alunos Metodologias de ensino eficazes em turmas heterogeacuteneas

Trabalho com outros ndash colaboraccedilatildeo e trabalho em equipa satildeo metodologias essenciais para todos os professores As aacutereas de competecircncia dentro deste valor essencial dizem respeito a Trabalho com pais e famiacutelias Trabalho com um vasto leque de profissionais de educaccedilatildeo

Desenvolvimento profissional e pessoal ndash o ensino eacute uma atividade de aprendizagem e os professores satildeo responsaacuteveis pela aprendizagem ao longo da vida As aacutereas de competecircncia dentro deste valor essencial dizem respeito a Professores como profissionais reflexivos Formaccedilatildeo inicial de professores como base para o desenvolvimento profissional contiacutenuo (ibid paacuteg 7)

Abordagens ao recrutamento

As abordagens eficazes ao recrutamento e o aumento das taxas de permanecircncia dos professores e outros profissionais satildeo indicados como fatores-chave numa seacuterie de projetos da Agecircncia O relatoacuterio da Agecircncia Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo na Europa ndash Desafios e Oportunidades realccedila que

Colocar a teoria em praacutetica 17

Devem ser encontradas estrateacutegias efetivas para melhorar o recrutamento dos candidatos a professores para aumentar as taxas de permanecircncia a par de medidas destinadas a aumentar o nuacutemero de professores de diferentes origens e incluindo professores com deficiecircncia (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 75)

O relatoacuterio do projeto refere que

Uma minoria de paiacuteses tem testes para selecionar o acesso agrave docecircncia Contudo a investigaccedilatildeo recentemente levada a cabo para efeitos da Revisatildeo da Formaccedilatildeo de Professores na Escoacutecia (Menter e colegas 2010) realccedila evidecircncias que mostram que haacute muitas dimensotildees do ensino efetivo que natildeo satildeo fidedignamente preditiacuteveis por testes de capacidade acadeacutemica Esta conclusatildeo estaacute em concordacircncia com a revisatildeo da literatura deste projeto e com os relatoacuterios dos paiacuteses que realccedilam a importacircncia das atitudes valores e crenccedilas no desenvolvimento de praacuteticas inclusivas Tanto as atitudes valores e crenccedilas como as disposiccedilotildees que apoiam o desenvolvimento das requeridascompetecircncias satildeo difiacuteceis de apurar mesmo atraveacutes de uma entrevista Eacute necessaacuteria mais investigaccedilatildeo para encontrar indicadores eficazes para a seleccedilatildeo de candidatos (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 21)

Atitudes positivas

As atitudes positivas dos professores e outros profissionais satildeo indicadas como um elemento-chave na educaccedilatildeo inclusiva na maioria dos projetos da Agecircncia O relatoacuterio da Agecircncia Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula constata que

Obviamente que a inclusatildeo depende largamente da atitude dos professores face aos alunos com necessidades especiais das suas perceccedilotildees sobre as diferenccedilas na sala de aula e da sua vontade de lidar eficazmente com essas diferenccedilas A atitude dos professores foi indicada como um fator decisivo na construccedilatildeo de escolas mais inclusivas (Agecircncia Europeia 2003 paacuteg 12)

Do mesmo modo o relatoacuterio da Agecircncia designado Princiacutepios-Chave para a Promoccedilatildeo da Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva ndash Recomendaccedilotildees para a praacutetica realccedila a importacircncia das atitudes positivas Afirma-se que

Todos os professores devem ter atitudes positivas em relaccedilatildeo a todos os alunos e disponibilidade para trabalhar em colaboraccedilatildeo com os colegas Todos os professores devem entender a diversidade como uma forccedila e um estiacutemulo para sua proacutepria aprendizagem (Agecircncia Europeia 2011c paacuteg 14)

O relatoacuterio da Agecircncia Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos Questotildeesshychave para Poliacuteticas e Praacuteticas indica que

As atitudes dos professores de turma face ao processo de avaliaccedilatildeo inclusiva satildeo cruciais As atitudes positivas podem ser fomentadas atraveacutes de formaccedilatildeo

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 18

apoio e recursos apropriados e de experiecircncias de inclusatildeo bem sucedidas Os professores necessitam de experiecircncias bem sucedidas para os ajudar a desenvolver as necessaacuterias atitudes positivas (Watkins 2007 paacuteg 53)

Trabalho em rede e coordenaccedilatildeo

Todos os relatoacuterios da Agecircncia referem o papel eficaz da colaboraccedilatildeo e coordenaccedilatildeo dos profissionais e do trabalho em rede com serviccedilos comunitaacuterios interdisciplinares Um exemplo digno de nota eacute o relatoacuterio da Agecircncia Formaccedilatildeo de professores para a Inclusatildeo Perfil de Professores Inclusivos (TE4I) no qual se realccedila que

A implementaccedilatildeo da educaccedilatildeo inclusiva deve ser vista como uma tarefa coletiva com funccedilotildees e responsabilidades atribuiacutedas aos diferentes intervenientes O apoio aos professores de turma inclui o acesso a estruturas que facilitam a comunicaccedilatildeo e o trabalho de equipa com diferentes profissionais (incluindo aqueles que trabalham em instituiccedilotildees de ensino superior) bem como oportunidades para o desenvolvimento profissional (Agecircncia Europeia 2012b paacuteg 24)

Na publicaccedilatildeo da Agecircncia Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula nos 2ordm e 3ordm Ciclos de Ensino Baacutesico as questotildees do ensino cooperativo e da resoluccedilatildeo cooperativa de problemas satildeo apresentadas como fatores-chave para uma praacutetica inclusiva eficaz O projeto afirma que laquoOs professores precisam do apoio dos colegas da escola e de ser capazes de colaborar com eles Necessitam igualmente do apoio e da colaboraccedilatildeo de profissionais exteriores agrave escolaraquo (Agecircncia Europeia 2005 paacuteg 5)

Para concluir

A educaccedilatildeo inclusiva implica uma alteraccedilatildeo sisteacutemica que exige uma transformaccedilatildeo quanto ao modo como os professores e outros profissionais do ensino satildeo formados natildeo apenas em termos de competecircncias mas tambeacutem de valores eacuteticos

Os principais aspetos relacionados com os profissionais altamente qualificados podem ser resumidos numa seacuterie de indicadores na aacuterea da legislaccedilatildeo para a educaccedilatildeo inclusiva desenvolvidos e apresentados no projeto da Agecircncia Desenvolvimento de um conjunto de indicadores ndash para a educaccedilatildeo inclusiva na Europa

Programas de formaccedilatildeo inicial e contiacutenua de professores incluem conteuacutedos sobre a educaccedilatildeo especial e a inclusatildeo Professores e outros profissionais satildeo apoiados para desenvolverem os seus conhecimentos competecircncias e atitudes relativas agrave inclusatildeo de forma a

Colocar a teoria em praacutetica 19

estarem preparados para responder agraves necessidades de todos os alunos no ensino regular

Disponibilizaccedilatildeo de cursos e oportunidades para a melhoria do desenvolvimento profissional dos professores

Os professores planificam ensinam e reavaliam em parceria

Recursos satildeo disponibilizados para o adequado desenvolvimento profissional relacionados com a resposta agraves necessidades especiais em educaccedilatildeo inclusiva (Kyriazopoulou e Weber 2009 paacuteg 29)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 20

SISTEMAS DE APOIO E MECANISMOS DE FINANCIAMENTO

Introduccedilatildeo

Em novembro de 2011 a Agecircncia Europeia acolheu uma Audiccedilatildeo no Parlamento Europeu em Bruxelas Participaram oitenta e oito jovens com e sem necessidades educativas especiais eou incapacidades do ensino secundaacuterio e da formaccedilatildeo vocacional para debaterem o significado da educaccedilatildeo inclusiva para eles Alguns dos resultados estatildeo diretamente relacionados com questotildees de recursos e financiamento laquoA educaccedilatildeo inclusiva requer recursos adicionais como tempo e dinheiro mas cada aluno deve ter a educaccedilatildeo que querraquo (Agecircncia Europeia 2012a paacuteg 13)

O acesso fiacutesico dos edifiacutecios eacute importante (elevadores portas automaacuteticas interruptores acessiacuteveis etc) hellip No caso dos testes eacute necessaacuterio tempo extra hellip Satildeo necessaacuterios sistemas internos de apoio para os alunos com deficiecircncias (ibid paacuteg 28ndash29)

Eacute bom ter apoio de pessoas de fora da equipa da escola que possam atuar como mediadores para os alunos com necessidades especiais Havia professores que natildeo queriam cooperar no trabalho de educaccedilatildeo inclusiva para mim e para outros os professores devem aceitar todos nas suas salas de aula (ibid paacuteg 20)

Os cortes do governo estatildeo a ter impacto no apoio ndash pessoas como os mediadores estatildeo a perder os seus empregos O dinheiro estaacute a ir para as escolas mas eacute tatildeo disfuncional que significa que os professores laquonormaisraquo tecircm de prestar o apoio e eles natildeo satildeo capazes (ibid paacuteg 28)

A educaccedilatildeo inclusiva eacute muitas vezes referida como dispendiosa mas ao tentar poupar vamos acabar por pagar mais para lidar com os problemas hellip Mesmo que um paiacutes natildeo tenha muitos recursos a educaccedilatildeo inclusiva precisa de ser posta em praacutetica A educaccedilatildeo inclusiva eacute um investimento temos de investir nas pessoas (ibid paacuteg 25)

Sistemas de apoio e mecanismos de financiamento Os sistemas de apoio e mecanismos de financiamento englobam todos os niacuteveis de aprendizagem e por conseguinte abordam diversas questotildees Aleacutem disso limitar a questatildeo apenas ao campo educativo seria insuficiente

As crianccedilas e os jovens natildeo teratildeo sucesso na aprendizagem se a sua sauacutede baacutesica e as suas necessidades sociais e emocionais natildeo forem atendidas Isto pode exigir apoio para as famiacutelias e as comunidades sendo necessaacuteria a

Colocar a teoria em praacutetica 21

colaboraccedilatildeo com os serviccedilos de sauacutede e de seguranccedila social que garanta uma intervenccedilatildeo holiacutestica (Agecircncia Europeia 2011c paacuteg 17ndash18)

Existe a consciencializaccedilatildeo disseminada de que a criaccedilatildeo de poliacuteticas com base em evidecircncias eacute essencial para o desenvolvimento a longo prazo dos sistemas de educaccedilatildeo inclusiva Tal foi reconhecido no trabalho da Agecircncia logo em 1999 no acircmbito do relatoacuterio Financing of Special Needs Education [Financiamento da Educaccedilatildeo Especial] onde se defendia que

os procedimentos de avaliaccedilatildeo e monitorizaccedilatildeo nos paiacuteses podem tambeacutem ser melhorados no quadro do ensino especial Em primeiro lugar eacute importante garantir e incentivar um dispecircndio eficiente e eficaz dos fundos puacuteblicos Em segundo lugar parece ser necessaacuterio mostrar claramente aos clientes dos sistemas educativos (alunos com necessidades especiais e os seus pais) que a qualidade da educaccedilatildeo no ambiente regular (incluindo todas as instalaccedilotildees adicionais e apoio) eacute suficientemente elevada (Agecircncia Europeia 1999 paacuteg 158)

Os temas do financiamento e dos recursos foram abordados em diversos outros projetos da Agecircncia Assim as afirmaccedilotildees e os resultados que se seguem lanccedilam alguma luz sobre estas duas questotildees de pontos de vista diferentes na sequecircncia de projetos distintos levados a cabo pela Agecircncia

Intervenccedilatildeo Precoce na Infacircncia (IPI) laquoA tendecircncia comum na Europa eacute a prestaccedilatildeo de serviccedilos de IPI localizados e prestados tatildeo perto quanto possiacutevel da crianccedila e da famiacuteliaraquo (Agecircncia Europeia 2010 paacuteg 18) por exemplo no municiacutepio

Os recursos e serviccedilos de IPI devem abranger todas as famiacutelias e crianccedilas em idades precoces que deles necessitem independentemente da sua condiccedilatildeo socioeconoacutemica hellip Isto implica que os fundos puacuteblicos devem cobrir todos os custos relativos agrave IPI atraveacutes de serviccedilos puacuteblicos companhias de seguros organizaccedilotildees sem fins lucrativos etc preenchendo os padrotildees de qualidade exigidos na respetiva legislaccedilatildeo nacional para a IPI (ibid paacuteg 22) O financiamento puacuteblico para os serviccedilos de IPI geralmente vem do governo central eou federal ou dos orccedilamentos regionais eou locais Na maioria dos casos o financiamento da IPI eacute uma combinaccedilatildeo dos trecircs niacuteveis da administraccedilatildeo acima mencionados planos de seguro de sauacutede e de recursos de organizaccedilotildees sem fins lucrativos (ibid paacuteg 23)

As recomendaccedilotildees para melhorar a coordenaccedilatildeo dos serviccedilos e dos recursos da IPI incluem entre outras as seguintes

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 22

A IPI eacute muitas vezes uma aacuterea de trabalho interserviccedilos mas tambeacutem uma aacuterea interdisciplinar Os decisores poliacuteticos precisam de reconhecer isso garantindo que as poliacuteticas e as orientaccedilotildees sejam desenvolvidas conjuntamente pelos setores da sauacutede da educaccedilatildeo e da seguranccedila social e que qualquer orientaccedilatildeo escrita para os serviccedilos regionais e locais inclui os logotipos de todos os departamentos Somente desta forma o trabalho integrado seraacute filtrado aos niacuteveis regional e local (ibid paacuteg 42ndash43)

Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula

A existecircncia de diferentes modelos de gestatildeo da diferenccedila na sala de aula depende natildeo soacute de fatores ligados ao professor mas tambeacutem da forma como a escola organiza os recursos e de outros fatores externos

Esta afirmaccedilatildeo foi incluiacuteda no relatoacuterio da Agecircncia sobre Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula (Agecircncia Europeia 2003 paacuteg 8)

Eacute claro que a resposta aos alunos com necessidades educativas especiais natildeo eacute apenas uma questatildeo de recursos a niacutevel da sala de aula Importa reconhecer que a organizaccedilatildeo da escola determina igualmente a quantidade e o tipo dos recursos que os professores podem usar no ensino de alunos com NEE (ibid paacuteg 14ndash15)

A organizaccedilatildeo dos recursos no seio da escola deve corresponder ao princiacutepio da flexibilidadehellip as escolas devem ter liberdade para a utilizaccedilatildeo dos recursos financeiros de acordo com os seus proacuteprios desejos e perspetivas Deve evitarshyse a burocracia estando os recursos disponiacuteveis para todos os alunos com ou sem NEE sempre que necessaacuterio ou quando o professor assim o desejar (ibid paacuteg 16)

laquoO financiamento e respetivos incentivos desempenham um papel decisivoraquo (ibid paacuteg 17)

O modelo de financiamento baseado na avaliaccedilatildeo dos resultados (a niacutevel regional) parece ser a opccedilatildeo melhor sucedida Neste modelo os orccedilamentos destinados agraves necessidades educativas especiais satildeo atribuiacutedos pelo serviccedilo central agraves instituiccedilotildees regionais ou locais (comunidades agrupamentos de escolas) As decisotildees relativas ao financiamento e elegibilidade devem ser tomadas a niacutevel regionalhellip Um modelo descentralizado pode ser mais rentaacutevel e limitar os riscos de ver emergir formas indesejaacuteveis de comportamentosestrateacutegicos Eacute no entanto evidente que o governo central deve indicar claramente os objetivos a atingir (ibid paacuteg 18)

Colocar a teoria em praacutetica 23

Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional (EFP) A implementaccedilatildeo dos programas de EFP segue o planeamento a longo prazo no setor da educaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo com os parceiros sociais

Existe um foco no estabelecimento de ligaccedilotildees mais proacuteximas hellip para desenvolver os curriacuteculos dos programas de formaccedilatildeo profissional e para corresponder agraves abordagens e conteuacutedos educativos com as competecircncias necessaacuterias na vida laboral hellip atraveacutes da organizaccedilatildeo e realizaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo de competecircncias colaboraccedilatildeo no estabelecimento de conteuacutedos de novas qualificaccedilotildees normas e curriacuteculos e correspondecircncia dos programas de EFP com as necessidades da economia (Agecircncia Europeia 2014 paacuteg 23) A niacutevel individual os alunos com necessidades educativas especiais recebem assistecircncia educativa (por exemplo tecnologia de apoio inteacuterpretes de liacutengua gestual materiais de aprendizagem de elaboraccedilatildeo especial escribas ou outras formas de assistecircncia praacutetica) especial para tornar os curriacuteculos de EFP acessiacuteveis (ibid paacuteg 15)

Os niacuteveis regionais (ou seja condados freguesias municiacutepios proviacutencias federais) satildeo fundamentais para garantir o melhor ajuste entre os objetivos educativos e as necessidades do mercado de trabalho Os conselhos consultivos regionais desempenham um papel ativo na atualizaccedilatildeo da estrutura dos programas educativos no acircmbito da sua responsabilidade regional e em cooperaccedilatildeo com os parceiros sociais Desempenham um papel importante na possibilidade de flexibilizaccedilatildeo dos percursos dos alunos

As instituiccedilotildees de EFP satildeo lideradas por diferentes agecircncias nos paiacuteses europeus tais como autoridades locais organizaccedilotildees natildeo governamentais setor privado etc Nos paiacuteses europeus analisados as principais responsabilidades pelo financiamento cabem agraves entidades estatais e governamentais a niacutevel regional ou municipal Aleacutem disso na maioria dos paiacuteses os criteacuterios de financiamento satildeo diferentes dependendo do tipo de propriedade (puacuteblicaprivada) vigente no paiacutes Outras medidas destinadas a promover o emprego entre os alunos com NEE satildeo o pagamento do custo do serviccedilo de emprego apoiado a isenccedilatildeo do pagamento de pensatildeo e seguro de invalidez uma recompensa para casos em que a quota eacute ultrapassada ajudas financeiras aos trabalhadores com incapacidades que se estabelecem como empresaacuterios reduccedilatildeo nos pagamentos agrave seguranccedila social reduccedilatildeo de impostos pelo emprego de jovens alunos com NEE ou preacutemios anuais por boas praacuteticas Existem tambeacutem programas que permitem que os alunos entrem no mercado de trabalho mantendo uma percentagem do seu subsiacutedio social de origem (por exemplo subsiacutedio de invalidez) que natildeo estaacute sujeito agrave tributaccedilatildeo ou cobertura social Os funcionaacuterios tambeacutem seriam autorizados a manter laquobenefiacutecios

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 24

secundaacuteriosraquo (por exemplo subsiacutedio para combustiacutevel cartatildeo meacutedico) durante um determinado periacuteodo de tempo

Tecnologias de Informaccedilatildeo e Comunicaccedilatildeo (TIC)

Sem duacutevida as TIC acessiacuteveis podem atuar como um facilitador para a igualdade de participaccedilatildeo em atividades educativas para diversos alunos com NEE Os estudantes com SEN destacaram a importacircncia das TIC durante a Audiccedilatildeo do Parlamento Europeu em 2011

No nosso paiacutes existe uma organizaccedilatildeo que fornece materiais especiais e tecnologias de informaccedilatildeo A escola pode pedir as ajudas teacutecnicas a essa organizaccedilatildeo e os alunos podem levaacute-las para casa Quando deixam de precisar dessas ajudas teacutecnicas estas podem ser usadas por outros alunos nas mesmasou noutras escolas Eacute muito importante ter ajudas teacutecnicas e apoio (Agecircncia Europeia 2012a paacuteg 14)

Poreacutem

O facto de o impulso para a equidade na educaccedilatildeo atraveacutes do apoio de TIC acessiacuteveis estar a ser ofuscado por desenvolvimentos econoacutemicos negativos reforccedila a ideia de que as poliacuteticas europeias e internacionais globais devem continuar a assumir uma lideranccedila estaacutevel neste campo (Agecircncia Europeia 2013 paacuteg 24)

Neste contexto a aquisiccedilatildeo pode ser considerada um mecanismo de financiamento se a acessibilidade for um preacute-requisito incorporado A acessibilidade deve ser um princiacutepio orientador para a aquisiccedilatildeo de todos os bens e serviccedilos

O acesso a TIC apropriadas em diferentes contextos de aprendizagem ao longo da vida ndash incluindo em casa ndash requer muitas vezes a contribuiccedilatildeo de profissionais de diferentes aacutereas hellip Isto envolve a coordenaccedilatildeo entre indiviacuteduos serviccedilos e muitas vezes poliacuteticas para diferentes setores de trabalho Tambeacutem envolve abordagens flexiacuteveis para o financiamento das TIC com possibilidades de tomada de decisotildees a niacutevel local quanto agraves despesas relacionadas com as necessidades identificadas localmente (Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO e Agecircncia Europeia 2011 paacuteg 88)

Para concluir

Eacute necessaacuterio considerar quatro requisitos no que diz respeito aos sistemas de financiamento para garantir que estes sistemas sustentam totalmente os objetivos da poliacutetica educativa

Colocar a teoria em praacutetica 25

A poliacutetica de financiamento apoia totalmente a educaccedilatildeo inclusiva Isto inclui o desenvolvimento de poliacuteticas fiscais que criem incentivos ao inveacutes de desincentivos agrave oferta de colocaccedilotildees e de serviccedilos de inclusatildeo Embora exista uma seacuterie de bases alternativas para financiar alunos com NEE o financiamento per capita parece ser o mais promissor para satisfazer o requisito estabelecido

A poliacutetica de financiamento baseia-se totalmente nas necessidades educativas Os montantes individuais de financiamento per capita podem ser determinados atraveacutes de anaacutelises de custos que mostram os custos relativos de disponibilizar aos alunos condiccedilotildees especiais selecionadas

A poliacutetica de financiamento facilita totalmente respostas flexiacuteveis eficazes e eficientes agraves necessidades Em vez de financiar ou fornecer recursos especiacuteficos por exemplo tipos preacute-determinados de pessoal equipamentos ou instalaccedilotildees o financiamento per capita aloca recursos monetaacuterios promovendo a flexibilidade no uso local

A poliacutetica de financiamento promove totalmente o apoio de serviccedilos relacionados e a necessaacuteria colaboraccedilatildeo intersectorial

Em geral as estruturas de incentivo devem assegurar a disponibilizaccedilatildeo de mais fundos se uma crianccedila for colocada num contexto inclusivo sendo necessaacuteria uma maior ecircnfase nos resultados (natildeo apenas acadeacutemicos)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 26

DADOS FIAacuteVEIS

Introduccedilatildeo

A Convenccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiecircncia (CDPD) bem como a Estrateacutegia Europeia para a Deficiecircncia 2010ndash2020 e o quadro estrateacutegico Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo 2020 relativo agrave equidade na educaccedilatildeo satildeo impulsionadores-chave para a educaccedilatildeo inclusiva nos paiacuteses A CDPD da ONU apela aos Estados Partes para

hellip recolher informaccedilatildeo apropriada incluindo dados estatiacutesticos e de investigaccedilatildeo que lhes permitam formular e implementar poliacuteticas que visem dar efeito agrave presente Convenccedilatildeo (Naccedilotildees Unidas 2006 Artigo 31ordm)

e hellip Os Estados Partes devem em conformidade com os seus sistemas juriacutedico e administrativo manter fortalecer nomear ou estabelecer a niacutevel interno uma estrutura que inclua um ou mais mecanismos independentes conforme apropriado com vista a promover proteger e monitorizar a implementaccedilatildeo da presente Convenccedilatildeo (ibid Artigo 33ordm)

Existe a consciencializaccedilatildeo disseminada de que a criaccedilatildeo de poliacuteticas com base em evidecircncias eacute essencial para o desenvolvimento a longo prazo dos sistemas de educaccedilatildeo inclusiva Decisores poliacuteticos especialistas em estatiacutestica e investigadores reconhecem a necessidade de uma recolha de dados a niacutevel nacional que natildeo soacute responda agraves exigecircncias das orientaccedilotildees poliacuteticas internacionais mas que tambeacutem obedeccedila a uma abordagem comum que promova uma sinergia de esforccedilos a niacutevel nacional e internacional O trabalho da Agecircncia demonstrou que existem apelos para a disponibilizaccedilatildeo de ampla informaccedilatildeo para os decisores poliacuteticos e para a adoccedilatildeo pelas diferentes organizaccedilotildees tanto a niacutevel nacional como europeu de uma variedade de abordagens complementares para a recolha de dados Poreacutem embora a necessidade de tais dados seja clara os melhores meacutetodos e procedimentos de recolha e anaacutelise dos mesmos satildeo muito menos claros

Em resultado do trabalho da Agecircncia ndash mais especificamente das atividades dos projetos Desenvolvimento de um conjunto de indicadores ndash para a educaccedilatildeo inclusiva na Europa (Kyriazopoulou e Weber 2009) e Mapeamento da Implementaccedilatildeo de Poliacuteticas para a Educaccedilatildeo Inclusiva (MIPIE) (Agecircncia Europeia 2011a) ndash emergem cinco requisitos-chave de poliacuteticas relativos agrave recolha de dados no que concerne agrave necessidade de evidecircncias sobre a educaccedilatildeo inclusiva a niacutevel nacional

bull necessidade de recolha de dados nacionais ancorada nos acordos internacionais e europeus

Colocar a teoria em praacutetica 27

bull necessidade de compreender o impacto das diferenccedilas nos sistemas educativos dos paiacuteses

bull necessidade de analisar a efetividade da educaccedilatildeo inclusiva

bull necessidade de recolha de dados que forneccedila evidecircncias sobre a garantia de qualidade e

bull necessidade de acompanhar o progresso dos alunos a longo prazo Os decisores poliacuteticos precisam de dados qualitativos e quantitativos que os informem sobre a qualidade da educaccedilatildeo prestada aos alunos com necessidades educativas especiais Estas mensagens principais refletem uma recomendaccedilatildeo central do Relatoacuterio Mundial sobre Deficiecircncia (Organizaccedilatildeo Mundial de SauacutedeBanco Mundial 2011) a necessidade de os paiacuteses desenvolverem os sistemas de recolha de dados quantitativos existentes e de simultaneamente realizarem investigaccedilotildees qualitativas aprofundadas e especiacuteficas sobre o custoshyeficaacutecia e sobre outras questotildees relacionadas com a garantia da qualidade

O projeto MIPIE apela ao desenvolvimento de um quadro comum para a recolha de dados construiacutedo com base nos procedimentos nacionais existentes e nos acordos internacionais sobre recolha de dados e procedimentos hellip Podem ser identificadas trecircs dimensotildees para uma estrutura comum

- A mudanccedila para um sistema de recolha de dados baseado em conceitos e definiccedilotildees comuns

- A recolha de evidecircncias que conduzam a niacuteveis de referecircncia quantitativos e qualitativos

- O uso de uma estrutura multiniacutevel para analisar as poliacuteticas a niacuteveis nacional e internacional (Agecircncia Europeia 2011a paacuteg 11)

Uma tal abordagem eacute necessaacuteria para apoiar os paiacuteses no desenvolvimento de uma laquorecolha de dados que permita monitorizar os direitos dos alunos bem como para monitorizarem a eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusivaraquo (ibid)

Monitorizaccedilatildeo dos direitos dos alunos

No acircmbito de uma estrutura abrangente para o mapeamento das questotildees relacionadas com os direitos devem ser identificados indicadores quantitativos e qualitativos referentes a diversos fatores

(i) Participaccedilatildeo na educaccedilatildeo e formaccedilatildeo

O relatoacuterio da Agecircncia sobre a Intervenccedilatildeo precoce na infacircncia sugere que

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 28

Os decisores poliacuteticos devem ter mecanismos para avaliar a solicitaccedilatildeo de serviccedilos de IPI e mecanismos eficazes que verifiquem se a prestaccedilatildeo de serviccedilos responde ao solicitado para se poder planear a melhoria do serviccedilo Deve ser desenvolvida uma forma sistemaacutetica de recolha e de monitorizaccedilatildeo de dados fiaacuteveis a niacutevel nacional (Agecircncia Europeia 2010 paacuteg 40)

No relatoacuterio Participaccedilatildeo na Educaccedilatildeo Inclusiva afirma-se que Embora os governos nacionais e locais jaacute recolham dados importantes sobre a educaccedilatildeo pouco se sabe sobre a participaccedilatildeo hellip Atualmente a maior parte dos dados recolhidos para fins de monitorizaccedilatildeo satildeo dados estatiacutesticos sobre a inscriccedilatildeo e a conclusatildeo da escolaridade hellip Poucos paiacuteses tecircm meacutetodos sistemaacuteticos de recolha anaacutelise e interpretaccedilatildeo de dados qualitativos sobre a participaccedilatildeo a niacutevel individual em sala de aula e na escola embora os relatoacuterios escolares de autorrevisatildeo e de inspeccedilatildeo respondam muitas vezes a questotildees de participaccedilatildeo e inclusatildeo (Agecircncia Europeia 2011d paacuteg 19)

Este relatoacuterio tambeacutem destaca alguns dos perigos potenciais associados agrave recolha de dados em relaccedilatildeo agrave participaccedilatildeo

hellip estruturas criadas para acompanhar as crianccedilas com necessidades educativas especiais podem funcionar como barreiras agrave sua participaccedilatildeo e sucesso marcando estas crianccedilas como diferentes Uma consequecircncia natildeo intencional de categorizar algumas crianccedilas para monitorizar a sua participaccedilatildeo pode gerar um paradoxo o que resulta na celebraccedilatildeo de acordos separados para a sua educaccedilatildeo (ibid paacuteg 17ndash18)

(ii) Acesso ao apoio e agrave adaptaccedilatildeo

Trecircs estudos da Agecircncia consideraram diferentes aspetos de apoio para os alunos com NEE A revisatildeo da literatura do projeto Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional cita Redley (2009)

Natildeo existem dados nacionais fiaacuteveis sobre o nuacutemero de organizaccedilotildees que oferecem emprego apoiado ou o nuacutemero de pessoas com dificuldades de aprendizagem empregadas nelas e o governo natildeo participa neste processo (Agecircncia Europeia 2012f paacuteg 41)

O estudo conjunto da Agecircncia realizado com o Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO que analisa o uso das TIC na educaccedilatildeo das pessoas com incapacidades defende que

Tanto em relaccedilatildeo agrave Convenccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas (2006) como em relaccedilatildeo agrave poliacutetica regional (ou seja europeia) e nacional haacute uma necessidade de informaccedilatildeo mais detalhada ligada agrave monitorizaccedilatildeo de indicadores e benchmarks qualitativos e quantitativos sobre as TIC na educaccedilatildeo para pessoas

Colocar a teoria em praacutetica 29

com incapacidades (Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO e Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011 paacuteg 93)

Em relaccedilatildeo agrave acessibilidade da informaccedilatildeo para a aprendizagem as recomendaccedilotildees do projeto i-access da Agecircncia defendem que

A conformidade [acessibilidade] agrave poliacutetica deve ser sistematicamente monitorizada A monitorizaccedilatildeo da conformidade soacute pode ser incentivada nomomento presente mas deve ser alargada hellip Eacute necessaacuterio recolher dados quantitativos e qualitativos sistemaacuteticos o que deve tambeacutem envolver os utilizadores finais de informaccedilatildeo acessiacutevel Poreacutem a monitorizaccedilatildeo do progresso natildeo se pode limitar a afericcedilatildeo numeacuterica mas deve incluir a possibilidade de recolher exemplos de boas praacuteticas que poderiam servir de modelo para outros paiacuteses e organizaccedilotildees (Agecircncia Europeia 2012e paacuteg 40ndash 41)

(iii) Oportunidades para o sucesso na aprendizagem e na transiccedilatildeo Dois grandes projetos da Agecircncia tiveram em linha de conta a transiccedilatildeo da escola para o emprego Ambos apontam para a falta de dados fiaacuteveis neste campo O projeto Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego sugeriu que

Os dados nacionais dos paiacuteses apenas incluem pessoas registadas como desempregadas mas uma alta percentagem de pessoas com necessidades especiais natildeo estaacute registada ndash elas natildeo tecircm sequer a oportunidade de conseguir o primeiro emprego (Agecircncia Europeia 2002a paacuteg 2)

O estudo de acompanhamento (Agecircncia Europeia 2006) natildeo refere quaisquer desenvolvimentos nesta aacuterea

(iv) Oportunidades de integraccedilatildeo

O estudo da Agecircncia com foco na diversidade multicultural destaca a falta de dados em relaccedilatildeo a um fator importante de integraccedilatildeo ndash antecedente de imigraccedilatildeo dos alunos com NEE

Muitos paiacuteses envolvidos no projeto referiram que natildeo existem dados atualizados sobre os alunos com NEE e de origem imigrante Diversas agecircncias governamentais tecircm responsabilidades diferentes e natildeo haacute coordenaccedilatildeo na recolha de dados Haacute outras razotildees para a falta de dados Alguns paiacuteses natildeo tecircm estatiacutesticas oficiais sobre a origem das pessoas para aleacutem do paiacutes de nascimento uma vez que eacute proibido o tratamento de dados pessoais que identifiquem a raccedila a origem eacutetnica a incapacidade ou crenccedila religiosa Em outros paiacuteses natildeo haacute recolha sistemaacutetica de dados relativos a alunos com NEE

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 30

ou a alunos com NEE e de origem imigrante a niacutevel nacional ou local (Agecircncia Europeia 2009a paacuteg 30)

Monitorizaccedilatildeo da eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusiva

Dados que examinam a eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusiva tecircm em conta questotildees de custo-eficaacutecia bem como diversas aacutereas relacionadas com as experiecircncias de educaccedilatildeo dos alunos procedimentos de avaliaccedilatildeo inicial o envolvimento contiacutenuo dos alunos e das suas famiacutelias em experiecircncias educativas e a eficaacutecia de ambientes de aprendizagem na superaccedilatildeo das barreiras e apoio de experiecircncias de aprendizagem significativas para todos os alunos

O estudo da Agecircncia relativo ao Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos realccedila que eacute necessaacuterio apoiar as escolas com

hellip aconselhamento sobre como pode ser usada a informaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo ndash particularmente a da avaliaccedilatildeo estandardizada recolhida para fins de monitorizaccedilatildeo nacional ndash para melhorar as praacuteticas com todos os alunos incluindo os que apresentam NEE (Watkins 2007 paacuteg 60)

O relatoacuterio designado Elevar o Sucesso de Todos os Alunos defende que

Para avanccedilar para uma maior equidade na educaccedilatildeo satildeo necessaacuterios indicadores de sucesso adequados agrave comunidade local focalizados no input recursos processos e outputresultados Embora a informaccedilatildeo (incluindo dados) deva ser usada para direcionar o apoio e acompanhar o sucesso de poliacuteticas e praacuteticas inclusivas eacute necessaacuterio cuidado para que os sistemas de responsabilidade natildeo causem inadvertidamente alteraccedilotildees inadequadas (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 22)

Este estudo destaca potenciais dificuldades inerentes

No clima atual o desenvolvimento de mecanismos de responsabilidade adequados e de formas de medir o sucesso valorizado e monitorizar a equidade apresentam muitos desafios Apesar da procura de dados concretos Fullan (2011) adverte que laquoas estatiacutesticas satildeo um servo maravilhoso mas um mestre terriacutevelraquo (paacuteg 127) e Hargreaves e Shirley (2009) enfatizam a necessidade de colocar a responsabilidade antes da prestaccedilatildeo de contas Sugerem que a prestaccedilatildeo de contas deve laquoservir de consciecircncia por meio de amostragemraquo e que deve ser realizado um ataque laquoaos excessos de padronizaccedilatildeo testada que negam a diversidade e destroem a criatividaderaquo (paacuteg 109) (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 22)

Dentro do projeto MIPIE argumentou-se que a monitorizaccedilatildeo da eficaacutecia dos sistemas de educaccedilatildeo inclusiva tambeacutem incluiria uma anaacutelise da eficaacutecia da formaccedilatildeo de professores (Agecircncia Europeia 2011a) O relatoacuterio do projeto TE4I

Colocar a teoria em praacutetica 31

destaca uma seacuterie de questotildees relacionadas com a disponibilidade de dados nesta aacuterea Relativamente agrave representaccedilatildeo de professores de grupos minoritaacuterios

A maior parte dos paiacuteses que natildeo recolhe dados refere curiosamente uma subshyrepresentaccedilatildeo de pessoas com deficiecircncia e pertencentes a grupos minoritaacuterios entre os professores estagiaacuterios e os professores diplomados e a situaccedilatildeo parece ser idecircntica entre os formadores de professores (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 22)

O relatoacuterio tambeacutem indica a necessidade de dados que levam a mudanccedilas com base em evidecircncias

A falta de investigaccedilatildeo em larga escala e de investigaccedilatildeo cumulativa bem como de evidecircncia empiacuterica na formaccedilatildeo de professores para a inclusatildeo foi referida pela OCDE (2010) hellip esta investigaccedilatildeo poderaacute garantir a existecircncia dum corpo de evidecircncias que possam dar forma agrave mudanccedila No presente relatoacuterio os exemplos realccedilam algumas questotildees-chave da pesquisa incluindo

- A eficaacutecia de diferentes rotas no ensino - Abordagens agrave formaccedilatildeo de professores e ao curriacuteculo da FIP e

- O papel dos cursos separados integrados e unificados e a melhor maneira de passar dum curso contiacutenuo para um uacutenico curso de formaccedilatildeo de professores que prepare todos os professores para a diversidade (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 68)

O projeto MIPIE defende que

A niacutevel da escola a recolha de dados deve

- Fornecer informaccedilatildeo que permitam aos professores e funcionaacuterios da escola planear e prestar o apoio e os recursos adequados

- Fornecer ideias claras sobre a participaccedilatildeo ativa dos pais e alunos no processo educativo (Agecircncia Europeia 2011a paacuteg 13)

Para que isto seja possiacutevel

Satildeo necessaacuterias sinergias a niacutevel nacional entre os principais intervenientes baseadas num claro racional para a recolha de dados considerando os dados a niacutevel nacional regional escola e sala de aula para que os dados globais do paiacutes efetivamente possam refletir a praacutetica (ibid paacuteg 14)

Para concluir a provisatildeo dos dados pode contribuir efetivamente para a elaboraccedilatildeo de poliacuteticas para a educaccedilatildeo inclusiva Haacute uma exigecircncia crescente ndash a niacutevel internacional europeu e nacional ndash para a responsabilidade e tecircm vindo a crescer comparaccedilotildees laquoentre escolasraquo e laquoentre naccedilotildeesraquo O surgimento de laquograndes dadosraquo

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 32

(meta-anaacutelises de conjuntos de dados e fontes combinadas) apresenta oportunidades mas tambeacutem desafios reais para a educaccedilatildeo inclusiva

Os apelos para a poliacutetica e alocaccedilatildeo de recursos baseada em evidecircncias reforccedilam a necessidade de dados significativos relacionados com todos os alunos Eacute necessaacuterio saber que alunos estatildeo a receber que serviccedilos quando e onde (contando todos os alunos) Tambeacutem eacute necessaacuterio ter dados sobre a qualidade dos serviccedilos e os resultados obtidos (considerando a praacutetica)

Um grande desafio para a recolha de dados estaacute em evitar classificar categorizar e rotular os alunos de modo a fornecer informaccedilatildeo sobre a provisatildeo que recebem As laquopluralidadesraquo das definiccedilotildees aplicadas a alunos e a laquopoliacuteticaraquo dos sistemas de rotulagem natildeo podem ser ignoradas nem os efeitos a que esses sistemas de rotulagem e definiccedilotildees conduzem

Fazer as perguntas certas em termos de poliacuteticas eacute o ponto de partida para a recolha de dados que servem de base significativa para as poliacuteticas

Colocar a teoria em praacutetica 33

OLHAR EM FRENTE

O primeiro objetivo da conferecircncia em novembro de 2013 foi refletir e resumir o trabalho da Agecircncia ao longo da uacuteltima deacutecada As cinco mensagens-chave descritas nos capiacutetulos anteriores destacam aspetos criacuteticos no que se refere agrave educaccedilatildeo inclusiva Baseiam-se nos resultados da anaacutelise aprofundada de temas-chave decididos pelos paiacuteses membros da Agecircncia O segundo objetivo da conferecircncia foi olhar em frente explorando a forma como o trabalho da Agecircncia pode prestar um melhor apoio aos paiacuteses membros ajudandoos a melhorar a qualidade e a eficaacutecia das suas respostas inclusivas para alunos com incapacidades eou necessidades educativas especiais A Agecircncia estaacute disposta a ajudar os paiacuteses de uma forma mais concreta com a implementaccedilatildeo dos resultados do nosso trabalho Isso significa disponibilizar recomendaccedilotildees de poliacutetica que sejam mais diretamente aplicaacuteveis aos decisores poliacuteticos para apoiar alteraccedilotildees futuras e desenvolvimentos poliacuteticos

A Agecircncia estaacute consciente de que o trabalho jaacute realizado estaacute de acordo e apoia diretamente todas as iniciativas de poliacuteticas europeias e internacionais em termos de educaccedilatildeo equidade igualdade de oportunidades e direitos para pessoas com incapacidades eou necessidades educativas especiais O trabalho da Agecircncia fornece recomendaccedilotildees claras e coerentes sobre como as poliacuteticas-chave nestas aacutereas podem ser implementadas na praacutetica A Agecircncia pretende proporcionar aos paiacuteses informaccedilatildeo sobre o progresso alcanccedilado nos objetivos propostos em termos de (a) metas de Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo para 2020 e (b) Convenccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiecircncia (2006) bem como vaacuterias diretivas e comunicaccedilotildees da Uniatildeo Europeia Eacute necessaacuteria orientaccedilatildeo sobre o modo como a educaccedilatildeo inclusiva pode ser implementada a niacutevel do professor sala de aula escola regiatildeo municiacutepio e poliacutetica nacional A Agecircncia tem capacidade para disponibilizar aos paiacuteses orientaccedilotildees sobre formas de implementaccedilatildeo da educaccedilatildeo inclusiva e como isto afeta a qualidade geral da educaccedilatildeo As discussotildees durante a conferecircncia bem como as discussotildees aprofundadas no acircmbito da Agecircncia orientaratildeo esta nova etapa no trabalho da Agecircncia

shy

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 34

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 1999 Financing of Special Needs Education ndash A seventeen-country Study of the Relationship between Financing of Special Needs Education and Inclusion [Financiamento da Educaccedilatildeo Especial ndash Um estudo de dezassete paiacuteses da Relaccedilatildeo entre o Financiamento da Educaccedilatildeo Especial e a Inclusatildeo] Middelfart Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2002a Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Princiacutepios-chave e Recomendaccedilotildees para R esponsaacuteveis Poliacuteticos Middelfart Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanagencyorgsitesdefaultfilestransition_transition_pttextpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2002b Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Principais problemas questotildees e opccedilotildees enfrentadas pelos alunos com necessidades educativas especiais em 16 paiacuteses Europeus Relatoacuterio Siacutentese Middelfart Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanagencyorgsitesdefaultfilestransition-from-school-to-employment_Transitionptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2003 Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula Relatoacuterio Siacutentese Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanagencyorgsitesdefaultfilesinclusive-education-and-classroom-practices_iecpptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2005 Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula nos 2ordm e 3ordm Ciclos do Ensino Baacutesico Relatoacuterio Siacutentese Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesinclusive-educationand-classroom-practice-in-secondary-education_iecp_secondary_ptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2006 Planos Individuais de Transiccedilatildeo Apoiar a Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesindividual-transitionplans_itp_ptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

shy

shyshy

shyshy

shy

shy

Colocar a teoria em praacutetica 35

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2009a Diversidade multicultural e necessidades especiais de educaccedilatildeo Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfilesmulticultural-diversity-and-special-needsshyeducation_Multicultural-Diversity-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2009b Princiacutepiosshychave para a Promoccedilatildeo da Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva ndash Recomendaccedilotildees para Decisores Poliacuteticos Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportskeyshyprinciples-for-promoting-quality-in-inclusive-educationkey-principles-PTpdf(Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2010 Intervenccedilatildeo Precoce na Infacircncia ndash Progressos e Desenvolvimentos 2005ndash2010 Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesearly-childhood-interventionshyprogress-and-developments_ECI-report-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011a Mapeamento da Implementaccedilatildeo de Poliacuteticas para a Educaccedilatildeo Inclusiva Uma anaacutelise dos desafios e oportunidades para o desenvolvimento de indicadores Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httphttpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesmipie_MIPIE-summaryshyof-proposals-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011b Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo na Europa ndash Desafios e Oportunidades Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfileste4i-challenges-and-opportunities_TE4I-Synthesis-Report-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011c Princiacutepios-Chave para a Promoccedilatildeo da Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva ndash Recomendaccedilotildees para Decisores Poliacuteticos Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfilesinclusive-education-and-classroom-practices_iecpshyptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011d Participation in Inclusive Education ndash A Framework for Developing Indicators [Participaccedilatildeo na Educaccedilatildeo inclusiva ndash Um Quadro para o Desenvolvimento de Indicadores] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 36

agencyorgpublicationsereportsparticipation-in-inclusive-education-a-frameworkshyfor-developing-indicatorsParticipation-in-Inclusive-Educationpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012a Perspetivas dos Jovens sobre Educaccedilatildeo Inclusiva Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfilesyoung-views-on-inclusive-education_YoungViews-2012PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012b Perfil de Professores Inclusivos Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfileste4i-profile-of-inclusive-teachers_Profile-of-InclusiveshyTeachers-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012c Raising Achievement for All Learners ndash Quality in Inclusive Education [Elevar o Sucesso de Todos os Alunos ndash Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva] Relatoacuterio sobre a conferecircncia realizada em Odense Dinamarca de 13 a 15 de junho de 2012 Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesRA4AL-conference-reportpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014) Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012d Raising Achievement for All Learners ndash Quality in Inclusive Education [Elevar o Sucesso de Todos os Alunos ndash Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httphttpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesra4al-keyshymessages_RA4AL-summary-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012e Promoting Accessible Information for Lifelong Learning Recommendations and findings of the i-access project [Promover o Acesso agrave Informaccedilatildeo para a Aprendizagem ao Longo da Vida Recomendaccedilotildees e observaccedilotildees do projeto i-access] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportsi-accessi-accessshyreportpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012f Vocational Education and Training Policy and Practice in the field of Special Needs Education ndash Literature Review [Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional (EFP) Poliacutetica e Praacutetica no campo da Educaccedilatildeo Especial ndash Revisatildeo da Literatura] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Colocar a teoria em praacutetica 37

agencyorgagency-projectsvocational-education-and-trainingvet-filesVETshyLiteratureReviewpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012g Teacher Education for Inclusion Project Recommendations linked to Sources of Evidence [Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo Recomendaccedilotildees do Projeto Ligadas a Fontes de Evidecircncias] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgagencyshyprojectsTeacher-Education-for-Inclusionsources-of-evidencepdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2013 European and International Policy Supporting ICT for Inclusion [Poliacutetica Europeia e Internacional para Uso das TIC como Apoio para a Inclusatildeo] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfileseuropean-and-internationalshypolicy-supporting-ict-for-inclusion_policy-supporting-ict-for-inclusionpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para as Necessidades Especiais e a Educaccedilatildeo Inclusiva 2014 Vocational Education and Training ndash Summary of Country Information [Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional ndash Resumo de Informaccedilatildeo do Paiacutes] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para as Necessidades Especiais e a Educaccedilatildeo Inclusiva httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesVET Summary of Country information 2014pdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Bennett S e Gallagher TL 2012 The Delivery of Education Services for Students who have an Intellectual Disability in the Province of Ontario [A prestaccedilatildeo de serviccedilos de ensino para alunos com incapacidade intelectual na proviacutencia de Ontaacuterio] Toronto Community Living Ontario

Chapman C Ainscow M Miles S e West M 2011 Leadership that promotes the achievement of students with special educational needs and disabilities [Lideranccedila que promove o sucesso de alunos com necessidades educativas especiais e incapacidades] Nottingham National College for School Leadership

Comissatildeo das Comunidades Europeias 2008 Livro Verde ndash Migraccedilatildeo e mobilidade desafios e oportunidades para os sistemas educativos da UE SEC(2008) 2173 COM20080423 final Bruxelas Comissatildeo das Comunidades Europeias

Conselho da Uniatildeo Europeia 2010 Conclusotildees do Conselho sobre a dimensatildeo social da educaccedilatildeo e da formaccedilatildeo 3013ordf Reuniatildeo do Conselho de EDUCACcedilAtildeO JUVENTUDE E CULTURA Bruxelas 11 de maio de 2010 httpeurshylexeuropaeulegal-contentPTTXTPDFuri=CELEX52010XG0526(01)ampfrom=PT(Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 38

Farrell P Dyson AS Polat F Hutcheson G e Gallannaugh F 2007 laquoSEN inclusion and pupil achievement in English schoolsraquo [Inclusatildeo de crianccedilas com NEE e sucesso dos alunos nas escolas inglesas] Journal of Research in Special Educational Needs 7 (3) 172ndash178

Frilseth L 2012 The Norwegian Model for Education for All in Upper Secondary School [O Modelo Norueguecircs para a Educaccedilatildeo para Todos no Ensino Secundaacuterio] Direccedilatildeo Norueguesa para Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo httpwwweuropeanshyagencyorgagency-projectsra4alra4al-seminar-pdfNorway-L-Frilsethpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Fullan M 2011 Change Leader Learning to do what matters most [Liacuteder de Mudanccedila aprender a fazer o que mais importa] San Francisco Jossey-Bass de Graaf G van Hove G e Haveman M 2011 laquoMore academics in regular schools The effect of regular versus special school placement on academic skills in Dutch primary school students with Down syndromeraquo [Mais acadeacutemicos nas escolas regulares O efeito da colocaccedilatildeo em escola regular versus escola especial nas competecircncias acadeacutemicas em alunos holandeses do ensino primaacuterio com siacutendrome de Down] Journal of International Disability Research December 2011 57(1) 21ndash38 doi 101111j1365-2788201101512x

Hargreaves A e Shirley D 2009 The Fourth Way ndash The inspiring future for educational change [A Quarta Via ndash O futuro inspirador para a mudanccedila educativa] Publicaccedilatildeo conjunta do Ontario Principalsrsquo Council e do National Staff Development Council Thousand Oaks CA Corwin Press

Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO e Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011 ICTs in Education for People with Disabilities Review de innovative practice [TIC na Educaccedilatildeo para Pessoas com Incapacidades revisatildeo da praacutetica inovadora] Moscovo Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO httpwwweuropeanshyagencyorgpublicationsereportsICTs-in-Education-for-People-WithshyDisabilitiesReview-of-Innovative-Practice (Uacuteltimo acesso em julho de 2014) Kalambouka A Farrell P Dyson A e Kaplan I 2005 The impact of population inclusivity in schools on student outcomes [O impacto da inclusividade da populaccedilatildeo em escolas nos resultados dos alunos] Research Evidence in Education Library London EPPI-Centre Social Science Research Unit Institute of Education University of London Kyriazopoulou M e Weber H (eds) 2009 Desenvolvimento de um conjunto de indicadores ndash para a educaccedilatildeo inclusiva na Europa Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Colocar a teoria em praacutetica 39

agencyorgsitesdefaultfilesdevelopment-of-a-set-of-indicators-for-inclusiveshyeducation-in-europe_indicators-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

MacArthur J 2009 Learning Better Together Working towards inclusive education in New Zealand schools [Aprender Melhor Juntos trabalhar para a educaccedilatildeo inclusiva nas escolas da Nova Zelacircndia] Wellington IHC

MacArthur J Kelly B Sharp S amp Gaffney M 2005 Participation or exclusion Disabled childrenrsquos experiences of life at school [Participaccedilatildeo ou exclusatildeo Experiecircncias de vida na escola de crianccedilas com incapacidades] Um artigo apresentado na laquoChildrenrsquos Issues Conferenceraquo Dunedin Nova Zelacircndia julho de 2005 Menter I Hulme M Elliott D e Lewin J 2010 Literature Review on Teacher Education in the 21st Century [Revisatildeo da Literatura sobre a Formaccedilatildeo de Professores no Seacuteculo XXI] Scottish Government Social Research Edimburgo Scottish Government

Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para a Educaccedilatildeo Ciecircncia e Cultura 2009 Policy Guidelines on Inclusion in Education [Diretrizes da Poliacutetica sobre Inclusatildeo na Educaccedilatildeo] Paris UNESCO

Organizaccedilatildeo Mundial de SauacutedeBanco Mundial 2011 World Report on Disability [Relatoacuterio Mundial sobre Deficiecircncia] Genebra Ediccedilotildees OMS httpwwwwhointdisabilitiesworld_report2011enindexhtml (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Organizaccedilatildeo para a Cooperaccedilatildeo e Desenvolvimento Econoacutemico 2011 PISA in Focus Improving Performance Leading from the Bottom [PISA agrave Lupa Melhorar os Resultados Progedir ateacute ao Topo] 20112 (Marccedilo) Paris OCDE Redley M 2009 laquoUnderstanding the social exclusion and stalled welfare of citizens with learning disabilitiesraquo [Compreender a exclusatildeo social e o bem-estar sem progresso dos cidadatildeos com dificuldades de aprendizagem] Disability amp Society 24(4) 489ndash501

Naccedilotildees Unidas 2006 Convenccedilatildeo sobre os Direitos das Pessoas com Deficiecircncia Nova Iorque Naccedilotildees Unidas

Watkins A (ed) 2007 Assessment in Inclusive Settings Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos Questotildees-chave para Poliacuteticas e Praacuteticas Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportsassessment-in-inclusiveshysettings-key-issues-for-policy-and-practiceassessment-in-inclusive-settings-keyshyissues-for-policy-and-practice (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 40

Wilkinson R e Pickett K 2010 The Spirit Level Why Equality is Better para Everyone [O Niacutevel do Espiacuterito Por que a Igualdade eacute Melhor para Todos] Londres Penguin

Willms JD 2006 Learning divides Ten policy questions about the performance and equity of schools and schooling systems [A aprendizagem divide dez perguntas de poliacutetica acerca do desempenho e equidade das escolas e dos sistemas de escolaridade] Montreal Instituto de Estatiacutestica da UNESCO

Colocar a teoria em praacutetica 41

  • preacircmbulo
  • Sumaacuterio Executivo
  • O mais precocemente possiacutevel
    • Introduccedilatildeo
    • Intervenccedilatildeo precoce
    • Deteccedilatildeo e avaliaccedilatildeo precoces
    • Apoio precoce
    • Transiccedilatildeo planeada
      • A educaccedilatildeo inclusiva beneficia todos
        • Introduccedilatildeo
        • A educaccedilatildeo inclusiva como uma abordagem para elevar o sucesso para todos os alunos
        • laquoO que eacute bom para os alunos com NEE eacute igualmente bom para todos os alunosraquo
        • Monitorizaccedilatildeo do progresso
          • profissionais altamente qualificados
            • Introduccedilatildeo
            • Formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo
            • O perfil dos professores inclusivos e outros profissionais
            • Abordagens ao recrutamento
            • Atitudes positivas
            • Trabalho em rede e coordenaccedilatildeo
              • sistemas de apoio e mecanismos de financiamento
                • Introduccedilatildeo
                • Sistemas de apoio e mecanismos de financiamento
                  • Intervenccedilatildeo Precoce na Infacircncia (IPI)
                  • Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula
                  • Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional (EFP)
                  • Tecnologias de Informaccedilatildeo e Comunicaccedilatildeo (TIC)
                      • dados fiaacuteveis
                        • Introduccedilatildeo
                        • Monitorizaccedilatildeo dos direitos dos alunos
                          • (i) Participaccedilatildeo na educaccedilatildeo e formaccedilatildeo
                          • (ii) Acesso ao apoio e agrave adaptaccedilatildeo
                          • (iii) Oportunidades para o sucesso na aprendizagem e na transiccedilatildeo
                          • (iv) Oportunidades de integraccedilatildeo
                            • Monitorizaccedilatildeo da eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusiva
                              • olhar em frente
                              • REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

A Agecircncia Europeia para as Necessidades Especiais e a Educaccedilatildeo Inclusiva (a Agecircncia anteriormente denominada Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial) eacute uma organizaccedilatildeo independente apoiada pelos paiacuteses membros da Agecircncia e pelas instituiccedilotildees europeias (Comissatildeo e Parlamento)

Esta publicaccedilatildeo foi financiada com o apoio da Comissatildeo Europeia Esta publicaccedilatildeo reflete apenas as opiniotildees do autor e a Comissatildeo natildeo pode ser responsabilizada por qualquer uso que possa ser feito da informaccedilatildeo nela contida

As opiniotildees expressas por qualquer indiviacuteduo neste documento natildeo representam necessariamente a posiccedilatildeo oficial da Agecircncia dos paiacuteses membros ou da Comissatildeo A Comissatildeo natildeo pode ser responsabilizada pela utilizaccedilatildeo que possa ser feita da informaccedilatildeo contida neste documento

Editor Victoria Soriano Membro da Agecircncia

Satildeo permitidos excertos deste documento desde que devidamente referenciada a fonte Este relatoacuterio deve ser referenciado da seguinte forma Agecircncia Europeia para as Necessidades Especiais e a Educaccedilatildeo Inclusiva 2014 Cinco mensagens-chave para a educaccedilatildeo inclusiva Colocar a teoria em praacutetica Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para as Necessidades Especiais e a Educaccedilatildeo Inclusiva

Com vista a uma maior acessibilidade este relatoacuterio estaacute disponiacutevel em 22 idiomas e formatos eletroacutenicos totalmente manipulaacuteveis que estatildeo disponiacuteveis no siacutetio Internet da Agecircncia wwweuropean-agencyorg

ISBN 978-87-7110-534-6 (ed eletroacutenica) ISBN 978-87-7110-512-4 (ed impressa)

copy European Agency for Special Needs and Inclusive Education 2014

Secretariado Oslashstre Stationsvej 33

DK-5000 Odense C Denmark Tel +45 64 41 00 20

secretariateuropean-agencyorg

Escritoacuterio em Bruxelas Rue Montoyer 21

BE-1000 Brussels Belgium Tel +32 2 213 62 80

brusselsofficeeuropean-agencyorg

wwweuropean-agencyorg

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 2

IacuteNDICE

PREAcircMBULO 5

SUMAacuteRIO EXECUTIVO 6

O MAIS PRECOCEMENTE POSSIacuteVEL 8

Introduccedilatildeo 8

Intervenccedilatildeo precoce 8

Deteccedilatildeo e avaliaccedilatildeo precoces 9

Apoio precoce 9

Transiccedilatildeo planeada 10

A EDUCACcedilAtildeO INCLUSIVA BENEFICIA TODOS 11

Introduccedilatildeo 11

A educaccedilatildeo inclusiva como uma abordagem para elevar o sucesso para todos os alunos 12

laquoO que eacute bom para os alunos com NEE eacute igualmente bom para todos os alunosraquo 13

Monitorizaccedilatildeo do progresso 15

PROFISSIONAIS ALTAMENTE QUALIFICADOS 16

Introduccedilatildeo 16

Formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo 16

O perfil dos professores inclusivos e outros profissionais 17

Abordagens ao recrutamento 17

Atitudes positivas 18

Trabalho em rede e coordenaccedilatildeo 19

SISTEMAS DE APOIO E MECANISMOS DE FINANCIAMENTO 21

Introduccedilatildeo 21

Sistemas de apoio e mecanismos de financiamento 21

Intervenccedilatildeo Precoce na Infacircncia (IPI) 22 Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula 23 Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional (EFP) 24 Tecnologias de Informaccedilatildeo e Comunicaccedilatildeo (TIC) 25

DADOS FIAacuteVEIS 27

Colocar a teoria em praacutetica 3

Introduccedilatildeo 27

Monitorizaccedilatildeo dos direitos dos alunos 28

Monitorizaccedilatildeo da eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusiva 31

OLHAR EM FRENTE 34

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS 35

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 4

PREAcircMBULO

Em novembro de 2013 a Agecircncia Europeia para a Educaccedilatildeo Especial e a Educaccedilatildeo Inclusiva (a Agecircncia) organizou uma conferecircncia internacional destinada a promover um debate aberto sobre a educaccedilatildeo inclusiva O debate envolveu todas as partes interessadas relevantes decisores investigadores e profissionais bem como pessoas com incapacidade e as suas famiacutelias Falar sobre a educaccedilatildeo inclusiva implica falar sobre diferenccedilas como gerir as diferenccedilas nas escolas nas salas de aula e no curriacuteculo em geral O debate atual jaacute natildeo assenta no que eacute a inclusatildeo e por que eacute necessaacuteria a questatildeo-chave eacute como deve ser alcanccedilada Como fazer progressos a niacutevel nacional como implementar as poliacuteticas corretas a niacutevel regional e local e de que forma os professores podem gerir melhor as diferenccedilas na sala de aula estas foram as questotildees-chave abordadas durante a conferecircncia

Este documento apresenta as cinco mensagens relevantes apresentadas pela Agecircncia e debatidas em grupos durante a conferecircncia Os participantes foram convidados a contribuir e a debater estas cinco mensagens-chave

bull O mais precocemente possiacutevel o impacto positivo da deteccedilatildeo e intervenccedilatildeo precoces bem como de medidas proativas

bull A educaccedilatildeo inclusiva beneficia todos o impacto educativo e social positivo da educaccedilatildeo inclusiva

bull Profissionais altamente qualificados a importacircncia de dispor de profissionais altamente qualificados em geral e de professores em particular

bull Sistemas de apoio e mecanismos de financiamento a necessidade de sistemas de apoio bem estabelecidos e mecanismos de financiamento relacionados

bull Dados fiaacuteveis o importante papel desempenhado pelos dados bem como os benefiacutecios e limitaccedilotildees do seu uso

Estas mensagens-chave resumem uma parte essencial do trabalho realizado pela Agecircncia na uacuteltima deacutecada e abordam questotildees relevantes relativamente agrave educaccedilatildeo inclusiva A Agecircncia deseja expressar a sua gratidatildeo a todos os participantes da conferecircncia pela sua contribuiccedilatildeo e empenho neste importante debate

Per Ch Gunnvall Cor JW Meijer

Presidente Diretor

Colocar a teoria em praacutetica 5

SUMAacuteRIO EXECUTIVO

A Conferecircncia Internacional tem sido uma plataforma uacutetil para a reflexatildeo e o debate sobre a educaccedilatildeo inclusiva sob diferentes perspetivas e envolvendo todas as partes interessadas

As questotildees centrais da conferecircncia incluem como gerir as diferenccedilas como apoiar alunos professores e famiacutelias como tirar partido das diferenccedilas a niacutevel da educaccedilatildeo como implementar as medidas certas e qual a melhor forma de investir

A Agecircncia destacou cinco mensagens-chave que foram discutidas em profundidade e que levaram a consideraccedilotildees e accedilotildees adicionais

Os participantes sugeriram uma seacuterie de consideraccedilotildees e propostas de accedilotildees relacionadas com as mensagens-chave

bull O mais precocemente possiacutevel todas as crianccedilas tecircm o direito de receber o apoio necessaacuterio logo que possiacutevel e sempre que necessaacuterio Isso implica a coordenaccedilatildeo e a cooperaccedilatildeo entre os serviccedilos lideradas por um dos serviccedilos em causa As partes interessadas envolvidas devem construir uma comunicaccedilatildeo real entre elas sendo capazes de compreender e fornecer informaccedilatildeo umas agraves outras Os pais satildeo as principais partes interessadas

bull A educaccedilatildeo inclusiva beneficia todos a educaccedilatildeo inclusiva visa proporcionar educaccedilatildeo de qualidade a todos os alunos Para alcanccedilar uma escola inclusiva eacute necessaacuterio o apoio de toda a comunidade dos decisores aos utilizadores finais (alunos e respetivas famiacutelias) A colaboraccedilatildeo eacute necessaacuteria em todos os niacuteveis e todas as partes interessadas precisam de uma visatildeo dos resultados a longo prazo o tipo de jovens que a escola e a comunidade iratildeo laquoproduzirraquo Satildeo necessaacuterias mudanccedilas na terminologia atitudes e valores que reflitam a mais-valia da diversidade e da igualdade de participaccedilatildeo

bull Profissionais altamente qualificados para que os professores e outros profissionais da educaccedilatildeo estejam preparados para a inclusatildeo satildeo necessaacuterias mudanccedilas em todos os aspetos da formaccedilatildeo ndash programas de formaccedilatildeo praacuteticas diaacuterias recrutamento financcedilas etc Os professores e os profissionais da educaccedilatildeo da proacutexima geraccedilatildeo tecircm de estar preparados para serem professoresformadores para todos os alunos devem receber formaccedilatildeo natildeo apenas em termos de competecircncias mas tambeacutem de valores eacuteticos

bull Sistemas de apoio e mecanismos de financiamento os melhores indicadores de financiamento natildeo se localizam nas financcedilas mas na mediccedilatildeo da eficiecircncia e sucesso Eacute essencial considerar os resultados e relacionaacute-los com os esforccedilos investidos para alcanccedilaacute-los Isso envolve a monitorizaccedilatildeo e a mediccedilatildeo da

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 6

eficiecircncia dos sistemas de modo a concentrar recursos financeiros para abordagens bem-sucedidas As estruturas de incentivo devem garantir a disponibilidade de apoio financeiro se os alunos forem colocados em contextos inclusivos e que eacute dada maior ecircnfase aos resultados (natildeo apenas a niacutevel acadeacutemico)

bull Dados fiaacuteveis a recolha significativa de dados de qualidade implica uma abordagem sisteacutemica que engloba questotildees relacionadas com os alunos colocaccedilatildeo professores e obtenccedilatildeo de recursos Os dados relacionados com a colocaccedilatildeo do aluno constituem um ponto de partida uacutetil e necessaacuterio embora tenham de ser complementados com dados claros sobre os resultados e efeitos do sistema Os dados sobre os resultados do aluno ndash o impacto da educaccedilatildeo inclusiva ndash satildeo muito mais difiacuteceis de recolher estando muitas vezes em falta na recolha de dados dos paiacuteses

Por uacuteltimo os principais resultados das discussotildees podem ser resumidos da seguinte forma planear e implementar a educaccedilatildeo inclusiva eacute um processo que diz respeito a todo o sistema de ensino e a todos os alunos a equidade e a qualidade andam a par e a educaccedilatildeo inclusiva deve ser vista como um conceito em evoluccedilatildeo onde as questotildees relacionadas com a diversidade e a democracia satildeo cada vez mais importantes

Colocar a teoria em praacutetica 7

O MAIS PRECOCEMENTE POSSIacuteVEL

Introduccedilatildeo

laquoO mais precocemente possiacutevelraquo refere-se antes de mais a intervir numa fase precoce da vida de uma crianccedila Cobre tambeacutem muitos outros elementos relevantes incluindo intervir logo que a necessidade eacute detetada implementar a avaliaccedilatildeo precoce fornecer o apoio necessaacuterio o mais precocemente possiacutevel e preparar e planear as fases de transiccedilatildeo de uma fase educativa para a seguinte e para o emprego

Ainda que diversos projetos da Agecircncia natildeo tenham analisado a reduccedilatildeo das taxas de abandono escolar a reduccedilatildeo destas taxas envolve boas poliacuteticas e praacuteticas em termos de deteccedilatildeo precoce aleacutem de um apoio precoce e eficiente

Intervenccedilatildeo precoce

Durante a Audiccedilatildeo no Parlamento Europeu que a Agecircncia organizou em 2011 os jovens referiram os seguintes pontos laquoA inclusatildeo comeccedila no jardim-de-infacircnciaraquo (Agecircncia Europeia 2012a paacuteg 14) laquoA diversidade eacute positiva eacute importante preparar as pessoas desde o iniacutecio para trabalharem com as crianccedilas para construiacuterem uma geraccedilatildeo melhorraquo (ibid paacuteg 30)

No quadro do relatoacuterio de 2010 da Agecircncia Intervenccedilatildeo Precoce na Infacircncia ndash Progressos e Desenvolvimentos 2005ndash2010 a intervenccedilatildeo precoce na infacircncia (IPI) eacute definida como

um conjunto de serviccedilosrecursos para as crianccedilas em idades precoces e suas famiacutelias os quais satildeo disponibilizados quando solicitados pela famiacutelia num certo periacuteodo da vida da crianccedila incluindo qualquer accedilatildeo realizada qua ndo ela necessita de apoio especializado para Assegurar e incrementar o seu desenvolvimento pessoal Fortalecer as competecircncias da famiacutelia e Promover a inclusatildeo social da famiacutelia e da crianccedila (Agecircncia Europeia 2010 paacuteg 7)

Entre os diferentes elementos identificados como relevantes para a IPI a disponibilidade eacute um dos que tem de ser destacado

um objetivo comum da IPI eacute abranger tatildeo cedo quanto possiacutevel todas as crianccedilas e famiacutelias que necessitem de apoio Este objetivo eacute de grande prioridade nos paiacuteses com populaccedilatildeo dispersa ou em zonas rurais isoladas de forma a compensar as diferenccedilas entre as aacutereas rurais e urbanas no que respeita agrave disponibilizaccedilatildeo dos recursos e a garantir que as crianccedilas e famiacutelias que requerem apoio possam beneficiar da mesma qualidade de serviccedilos (ibid paacuteg 7ndash8)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 8

A intervenccedilatildeo precoce foi tambeacutem debatida no quadro do projeto Diversidade multicultural e necessidades especiais de educaccedilatildeo

Os professores e os profissionais de um centro de apoio apresentaram prioridades claras Estas incluiacuteram intervenccedilatildeo precoce necessidade de trabalhar com os pais [entre outras] (Agecircncia Europeia 2009a paacuteg 59)

Deteccedilatildeo e avaliaccedilatildeo precoces O relatoacuterio da Agecircncia Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos Questotildeesshychave para Poliacuteticas e Praacuteticas apresenta uma descriccedilatildeo exaustiva deste aspeto importante Afirma-se que

A avaliaccedilatildeo inicial dos alunos que se pensa terem NEE [necessidades educativas especiais] pode ter duas finalidades possiacuteveis

bull Identificaccedilatildeo associada a uma decisatildeo oficial de laquoreconhecerraquo um aluno como tendo necessidades educativas que requerem recursos adicionais para apoio agrave sua aprendizagem

bull Dar indicaccedilotildees para os programas de aprendizagem nos quais a avaliaccedilatildeo eacute focalizada nas aacutereas fortes e fracas que o aluno pode apresentar nas diferentes aacutereas curriculares Tal informaccedilatildeo eacute muitas vezes utilizada de uma forma formativa ndash talvez como ponto de partida para os Planos Educativos Individuais ndash em vez de funcionar unicamente como uma avaliaccedilatildeo preacutevia (ponto de partida) (Watkins 2007 paacuteg 23)

laquoAs equipas multidisciplinares realizam a avaliaccedilatildeo inicial com os professores de turma os pais e os alunos como parceiros no processo de avaliaccedilatildeoraquo (ibid paacuteg 38)

A importacircncia da avaliaccedilatildeo precoce seguida por medidas de intervenccedilatildeo precoce foi reforccedilada no acircmbito do relatoacuterio da Agecircncia Diversidade multicultural e necessidades especiais de educaccedilatildeo (2009a) bem como nas observaccedilotildees do relatoacuterio Mapeamento da Implementaccedilatildeo de Poliacuteticas para a Educaccedilatildeo Inclusiva (MIPIE) da Agecircncia (2011a)

Apoio precoce

A maior parte dos relatoacuterios da Agecircncia refere a importacircncia e a vantagem do apoio precoce

O projeto Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula refere que

A decisatildeo sobre o apoio temporaacuterio aos alunos deve obedecer aos seguintes criteacuterios (1) o mais precocemente possiacutevel (2) da forma mais flexiacutevel possiacutevel (se uma abordagem natildeo funciona escolher outra) (3) da forma menos restritiva possiacutevel (sem efeitos secundaacuterios) (4) no local mais proacuteximo possiacutevel

Colocar a teoria em praacutetica 9

(preferencialmente na classe ou na escola regular) (5) durante um periacuteodo de tempo tatildeo curto quanto possiacutevel (Agecircncia Europeia 2003 paacuteg 16)

No relatoacuterio Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo na Europa ndash Desafios e Oportunidades afirma-se que

O investimento na educaccedilatildeo de infacircncia e num sistema educativo cada vez mais inclusivo representam provavelmente a longo prazo uma utilizaccedilatildeo mais eficaz dos recursos do que as iniciativas de curto prazo destinadas a laquocolmatar lacunasraquo ou apoiar determinados grupos marginalizados (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 82)

Transiccedilatildeo planeada Diferentes projetos da Agecircncia relativos agrave transiccedilatildeo focaram-se na necessidade de um plano precoce com o propoacutesito de passar de uma fase educativa para a seguinte bem como do ensino para o emprego (2002a 2002b 2006 e 2013)

O relatoacuterio Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Princiacutepios-chave e Recomendaccedilotildees para Responsaacuteveis Poliacuteticos reforccedila que os paiacuteses tecircm de laquoAssegurar o desenvolvimento de planos de transiccedilatildeo com a antecipaccedilatildeo necessaacuteria na vida escolar do aluno e natildeo somente no final da escolaridade obrigatoacuteriaraquo (Agecircncia Europeia 2002a paacuteg 6)

No enquadramento do trabalho desenvolvido pela Agecircncia sobre este tema Planos Individuais de Transiccedilatildeo

a transiccedilatildeo para o emprego surge como parte de um longo e complexo processo que cobre todas as fases da vida de uma pessoa e que necessita de ser orientada da forma mais apropriada laquoUma vida boa para todosraquo bem como laquoum bom trabalho para todosraquo satildeo os fins uacuteltimos de um processo de transiccedilatildeo bem sucedido Os tipos de recursos ou a organizaccedilatildeo da escola natildeo devem interferir com ou impedir que se realize tal processo (Agecircncia Europeia 2006 paacuteg 8ndash9)

Em conclusatildeo a intervenccedilatildeo precoce tem por objetivo principal proporcionar atividades significativas e positivas para promover o desenvolvimento precoce da crianccedila o envolvimento da famiacutelia a qualidade de vida a inclusatildeo social e o enriquecimento social Eacute necessaacuterio ter em conta que os serviccedilos de apoio satildeo essenciais para alguns mas tambeacutem beneacuteficos para todos Todas as crianccedilas tecircm o direito de receber apoio sempre que necessaacuterio Tal exige uma abordagem coordenada entre os setores e uma colaboraccedilatildeo eficaz entre todas as partes interessadas

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 10

A EDUCACcedilAtildeO INCLUSIVA BENEFICIA TODOS

Introduccedilatildeo

Existe um reconhecimento crescente na Europa e mais amplamente a niacutevel internacional de que eacute fundamental avanccedilar no sentido de uma poliacutetica e praacutetica inclusivas no ensino Nas Conclusotildees do Conselho sobre a dimensatildeo social da educaccedilatildeo e da formaccedilatildeo afirma-se que laquoTodos os estudantes sairatildeo beneficiados se forem criadas as condiccedilotildees necessaacuterias ao ecircxito da inclusatildeo de todos os alunos com necessidades especiaisraquo (Conselho da Uniatildeo Europeia 2010 paacuteg 5)

O Livro Verde da Comissatildeo das Comunidades Europeias relativo agrave Migraccedilatildeo e Mobilidade frisa que

As escolas devem ser determinantes para o fomento de uma sociedade inclusiva porque constituem uma oportunidade privilegiada para os jovens das comunidades migrantes e de acolhimento se conhecerem e respeitarem mutuamentehellip a diversidade cultural e linguiacutestica pode constituir um recurso inestimaacutevel para as escolas (Comissatildeo das Comunidades Europeias 2008 paacuteg 3)

A Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para a Educaccedilatildeo Ciecircncia e Cultura (UNESCO) (2009) indica claramente que a educaccedilatildeo inclusiva eacute uma questatildeo de equidade e por conseguinte uma questatildeo de qualidade com impacto em todos os alunos Eacute colocada a ecircnfase em trecircs propostas relativas agrave educaccedilatildeo inclusiva a inclusatildeo e a qualidade satildeo reciacuteprocas o acesso e a qualidade estatildeo ligados e reforccedilam-se mutuamente e por uacuteltimo a qualidade e a equidade satildeo essenciais para garantir a educaccedilatildeo inclusiva

Diversos projetos da Agecircncia centraram-se tambeacutem nesta questatildeo O relatoacuterio sobre a conferecircncia Elevar o Sucesso de Todos os Alunos (RA4AL) da Agecircncia (Agecircncia Europeia 2012c) realccedila que as questotildees que dizem respeito agrave definiccedilatildeo da inclusatildeo tecircm-se tornado cada vez mais importantes Contudo parece existir um acordo crescente quanto agrave necessidade de uma abordagem baseada nos direitos para o desenvolvimento de uma maior equidade e justiccedila social e para o apoio do desenvolvimento de uma sociedade sem discriminaccedilotildees Verificou-se por conseguinte um alargamento do debate sobre a inclusatildeo tendo o foco passado da relocalizaccedilatildeo de crianccedilas descritas como tendo necessidades educativas especiais para as escolas regulares para a vontade de disponibilizar educaccedilatildeo de alta qualidade ndash e consequentes benefiacutecios ndash a todos os alunos Agrave medida que cada vez mais paiacuteses abraccedilam uma definiccedilatildeo mais ampla de educaccedilatildeo inclusiva a diversidade eacute reconhecida como laquonaturalraquo em qualquer grupo de alunos e a educaccedilatildeo inclusiva pode ser encarada como uma forma de elevar o

Colocar a teoria em praacutetica 11

sucesso atraveacutes da presenccedila (acesso agrave educaccedilatildeo) participaccedilatildeo (qualidade da experiecircncia de aprendizagem) e sucesso (processos e resultados da aprendizagem) de todos os alunos

O trabalho da Agecircncia no documento Princiacutepios-Chave para a Promoccedilatildeo da Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva (Agecircncia Europeia 2009b) reforccedila a importacircncia das abordagens de aprendizagem centradas no alunopersonalizadas da avaliaccedilatildeo do professor que apoia a aprendizagem e do trabalho em colaboraccedilatildeo com os pais e as famiacutelias estes pontos satildeo poreacutem essenciais para melhorar a qualidade de educaccedilatildeo para todos os alunos

A educaccedilatildeo inclusiva como uma abordagem para elevar o sucesso para todos os alunos

Wilkinson e Pickett salientam que laquouma maior igualdade aleacutem de uma melhoria do bem-estar de toda a populaccedilatildeo eacute tambeacutem a chave para os padrotildees nacionais de sucessoraquo (2010 paacuteg 29) Eles frisam que se

um paiacutes deseja obter niacuteveis meacutedios mais elevados de sucesso educativo entre os alunos em idade escolar deve dar resposta agrave desigualdade subjacente que cria um gradiente social mais acentuado em termos de sucesso educativo (ibid paacuteg 30)

Ao desafiar a ideia de que a inclusatildeo de todos os alunos pode de alguma forma ser prejudicial para um sucesso elevado a Organizaccedilatildeo para a Cooperaccedilatildeo e Desenvolvimento Econoacutemico (OCDE 2011) mostra que a melhoria dos alunos com um desempenho mais baixo natildeo tem de ser feita agrave custa daqueles com melhores desempenhos As observaccedilotildees do relatoacuterio da UNESCO designado Learning Divides [A aprendizagem divide] (Willms 2006) fornece tambeacutem evidecircncias de que um desempenho escolar forte e a equidade podem andar de matildeos dadas e que os paiacuteses com os niacuteveis mais altos de desempenho tendem a ser aqueles que tecircm vindo a elevar o sucesso de todos os alunos (Agecircncia Europeia 2012d)

De acordo com o relatoacuterio RA4AL da Agecircncia

Farrell e colegas (2007) hellip descobriram um reduzido nuacutemero de pesquisas que sugerem que a colocaccedilatildeo de alunos com NEE em escolas regulares natildeo tem consequecircncias adversas de maior para o sucesso acadeacutemico comportamento e atitudes de todas as crianccedilas Uma revisatildeo sistemaacutetica da literatura encomendada pela Evidence for Policy and Practice Initiative [Iniciativa Evidecircncia por Poliacuteticas e Praacuteticas] (EPPI) (Kalambouka et al 2005) constatou tambeacutem que de um modo geral natildeo se observam efeitos adversos nos alunos sem NEE quando se incluem alunos com necessidades especiais nas escolas regulares (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 8)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 12

Diversos estudos descrevem os benefiacutecios da inclusatildeo para os alunos sem incapacidades Esses benefiacutecios incluem

aumento da valorizaccedilatildeo e aceitaccedilatildeo das diferenccedilas individuais e da diversidade respeito por todas as pessoas preparaccedilatildeo para a vida adulta numa sociedade inclusiva e oportunidades para dominar atividades praticando e ensinando outros Tais efeitos estatildeo tambeacutem documentados numa investigaccedilatildeo recente por exemplo da autoria de Bennett e Gallagher (2012) (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 8)

O impacto positivo das colocaccedilotildees em contextos inclusivos de alunos com incapacidades eacute registado por investigaccedilotildees como as realizadas por MacArthur et al (2005) e de Graaf et al (2011) Este impacto inclui relaccedilotildees e redes sociais melhoradas modelos dos pares maior sucesso maiores expetativas maior colaboraccedilatildeo entre os profissionais da escola e melhor integraccedilatildeo das famiacutelias na comunidade (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 8)

Benefiacutecios adicionais podem incluir acesso a mais amplas oportunidades curriacuteculares e reconhecimento e acreditaccedilatildeo do sucesso

Deve ser considerada a melhoria da organizaccedilatildeo dos laquoespaccedilosraquo para aprendizagem e a criaccedilatildeo de mais oportunidades para os alunos descobrirem talentos em diversas aacutereas para aleacutem da aprendizagem acadeacutemica (ibid paacuteg 25)

A investigaccedilatildeo de Chapman et al (2011) centrou-se especificamente na

lideranccedila que promove sucesso para alunos com NEEincapacidadese sugeriu que a presenccedila de uma populaccedilatildeo diversificada de estudantes pode nas condiccedilotildees organizacionais certas estimular as disposiccedilotildees colaborativas e incentivar formas inovadoras de ensinar a de modo a chegar a todos os grupos de alunos (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 21)

laquoO que eacute bom para os alunos com NEE eacute igualmente bom para todos os alunosraquo

Esta declaraccedilatildeo feita na publicaccedilatildeo da Agecircncia denominada Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula (Agecircncia Europeia 2003 paacuteg 33) tem sido desde essa altura repetida com frequecircncia no trabalho da Agecircncia

Por exemplo o mesmo estudo frisou que

a tutoria entre pares ou a aprendizagem cooperativa eacute eficaz para a aprendizagem e para o desenvolvimento cognitivo e afetivo (soacutecio-emocional) dos alunos Os alunos que se entreajudam principalmente num sistema de composiccedilatildeo de grupos flexiacutevel e bem ponderado beneficiam com esta aprendizagem em comum (ibid paacuteg 23)

Colocar a teoria em praacutetica 13

No trabalho da Agecircncia sobre a praacutetica inclusiva nas escolas secundaacuterias em 2005 sublinhou-se que

Todos os alunos ndash incluindo os que apresentam necessidades educativas especiais ndash tecircm demonstrado evoluir na aprendizagem quando o seu trabalho eacute sistematicamente planeado supervisionado e avaliado (Agecircncia Europeia 2005 paacuteg 6)

e que

Todos os alunos beneficiam com a aprendizagem cooperativa o aluno que explica ao outro reteacutem melhor e por mais tempo a informaccedilatildeo e as necessidades do aluno que estaacute a aprender satildeo abordadas de melhor forma por um par cujo niacutevel de compreensatildeo esteja apenas ligeiramente acima do seu proacuteprio niacutevel (ibid paacuteg 18)

No relatoacuterio RA4AL afirma-se que

um sistema que permite que os alunos progridam rumo a objetivos comuns mas atraveacutes de vias diferentes utilizando diferentes estilos de aprendizagem e avaliaccedilatildeo deve ser mais inclusivo e elevar o sucesso de todos os alunos (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 25)

O relatoacuterio da Agecircncia Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos regista tambeacutem a necessidade de envolver todos os alunos e paisfamiacutelias no processo tanto de aprendizagem como de avaliaccedilatildeo (Watkins 2007) O mesmo relatoacuterio refere que o processo de diferenciaccedilatildeo requer uma anaacutelise cuidadosa Embora possa tambeacutem estar associado a individualizaccedilatildeo e personalizaccedilatildeo e ser visto como uma forma de satisfazer necessidades individuais ou de grupo mais especiacuteficas manteacutem-se frequentemente centrado no professor ao inveacutes de ser orientado para aluno A personalizaccedilatildeo tem de comeccedilar com as necessidades e interesses de todos os alunos

No mais recente projeto i-access da Agecircncia constata-se que os benefiacutecios da tecnologia de apoio ou laquotecnologia facilitadoraraquo mostram-se frequentemente uacuteteis para uma ampla variedade de utilizadores laquoA acessibilidade beneficia os utilizadores com incapacidades eou necessidades educativas especiais bem como todos os utilizadoresraquo (Agecircncia Europeia 2012e paacuteg 22)

As opiniotildees dos jovens com e sem incapacidades expressas na publicaccedilatildeo Perspetivas dos Jovens sobre Educaccedilatildeo Inclusiva fornecem um resumo claro dos benefiacutecios da educaccedilatildeo inclusiva para todos os alunos Como um jovem aluno afirmou laquoEducaccedilatildeo inclusiva eacute para todas as crianccedilas As escolas regulares devem estar perto das suas residecircncias Esta experiecircncia permite encontrar as pessoas vizinhasraquo (Agecircncia Europeia 2012a paacuteg 11) Outros acrescentaram laquoOs alunos

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 14

com e sem necessidades especiais podem aprender uns com os outros e trocarconhecimentosraquo laquoEacute bom para noacutes e bom para eles Eacute importante reconhecer os benefiacutecios para todos na turmaraquo e laquoA educaccedilatildeo inclusiva ajuda as crianccedilas a tornarem-se mais tolerantes com mentalidades mais abertasraquo (ibid paacuteg 23)

Monitorizaccedilatildeo do progresso

Na medida em que a educaccedilatildeo inclusiva se alargou para assegurar a qualidade da educaccedilatildeo para todos os alunos eacute necessaacuterio encontrar novas formas de monitorizar o progresso Sugere-se com base no trabalho realizado pela Agecircncia nos indicadores e no relatoacuterio MIPIE (2011a) que a niacutevel escolar a recolha de dados possa ter em conta fatores com possiacutevel impacto na qualidade das estrateacutegias de admissatildeo das escolas tais como regras e poliacuteticas de admissatildeo natildeo discriminatoacuterias poliacuteticas e estrateacutegias desenvolvidas para apoiar os alunos a expressarem as suas necessidades existecircncia de uma declaraccedilatildeo poliacutetica clara contra o bullying implementaccedilatildeo dos coacutedigos de praacutetica existentes relativamente agrave educaccedilatildeo inclusiva sessotildees de formaccedilatildeo do pessoal quanto a questotildees de admissatildeo e criaccedilatildeo de um ambiente escolar acolhedor trabalho em respeito e colaboraccedilatildeo com alunos e famiacutelias estrateacutegias para ajudar os alunos e as famiacutelias a participarem ativamente na comunidade escolar e na sala de aula e disponibilizaccedilatildeo de estrateacutegias de informaccedilatildeo e aconselhamento e respetivo impacto nos alunos

Em conclusatildeo o debate mais amplo sobre a inclusatildeo pretende no momento presente ndash proporcionar uma educaccedilatildeo de alta qualidade (e benefiacutecios) a todos os alunos Um desempenho escolar forte e a equidade podem andar de matildeos dadas

O sistema de ensino eacute complexo e fragmentado e atualmente falta-lhe uma linha de pensamento consistente acerca da educaccedilatildeo inclusiva De um modo geral o apoio aos diretores e liacutederes que queiram tentar proceder a alteraccedilotildees em situaccedilotildees isoladas eacute muito reduzido A diversidade tem vindo a aumentar em todo o sistema mas as tradiccedilotildees do passado restringem as accedilotildees A capacidade das escolas deve ser desenvolvida atraveacutes da consciencializaccedilatildeo do contexto da correspondecircncia (entre legislaccedilatildeo e poliacuteticapraacutetica) da clareza conceptual e de um apoio contiacutenuo ndash para todos partes interessadas ndash que incentive as escolas a serem proativas e natildeo reativas Conhecer todos os alunos e intervir de forma precoce ajudaraacute a desenvolver apoio de qualidade para todos os alunos considerado como parte da educaccedilatildeo em geral

Colocar a teoria em praacutetica 15

PROFISSIONAIS ALTAMENTE QUALIFICADOS

Introduccedilatildeo

laquoProfissionais altamente qualificadosraquo envolve questotildees de formaccedilatildeo inicial e contiacutenua perfil valores e competecircncia dos professores abordagens eficazes ao recrutamento e atitudes bem como trabalho em rede e coordenaccedilatildeo de todos profissionais Os jovens que participaram na Audiccedilatildeo do Parlamento Europeu organizada pela Agecircncia em 2011 referiram

O ponto de partida para a educaccedilatildeo inclusiva eacute a sensibilizaccedilatildeo e a formaccedilatildeo dprofessores hellip Os professores devem compreender o que cada aluno precisa e dar-lhe oportunidade de atingir os objetivos com sucesso Todos temos talentos juntos construiacutemos uma melhor comunidade de trabalho (Agecircncia Europeia 2012a paacuteg 12)

e

Formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo

Uma formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo adequada dos professores e outros profissionais eacute considerada um fator-chave para praacuteticas inclusivas bem-sucedidas O relatoacuterio da Agecircncia Princiacutepios-chave para a Promoccedilatildeo da Qualidade em Educaccedilatildeo Inclusiva Recomendaccedilotildees para a praacutetica frisa que

Todos os professores devem ter competecircncias para responder agraves diversas necessidades de todos os alunos Na formaccedilatildeo inicial e contiacutenua os professores devem adquirir as competecircncias conhecimento e compreensatildeo que lhes permitam ter a confianccedila necessaacuteria para lidar eficazmente com as diversas necessidades dos alunos (Agecircncia Europeia 2011c paacuteg 15)

O relatoacuterio da Agecircncia Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo na Europa ndash Desafios e Oportunidades aborda a estrutura da formaccedilatildeo inicial de professores Afirma-se que

Uma das principais prioridades da formaccedilatildeo de professores hellip eacute a necessidade de rever a sua estrutura para melhorar a formaccedilatildeo de professores para a inclusatildeo e para integrar a formaccedilatildeo inicial e especializada O conhecimento sobre a mudanccedila do papel dos professores evoluiu imenso tendo sido realccedilada a necessidade de introduzir mudanccedilas significativas na forma como os professores satildeo preparados para as suas funccedilotildees e responsabilidades profissionais (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 19)

Aleacutem disso indica que

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 16

Os formadores de professores satildeo atores-chave na garantia da alta qualidade do corpo docente Muitos paiacuteses europeus natildeo tecircm ainda uma poliacutetica expliacutecita sobre as competecircncias dos formadores de professores nem sobre a forma como devem ser selecionados ou formados (ibid paacuteg 66)

O perfil dos professores inclusivos e outros profissionais

No quadro do projeto da Agecircncia Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo o Perfil de Professores Inclusivos (Agecircncia Europeia 2012b) foi desenvolvido como um guia para a conceccedilatildeo e a implementaccedilatildeo de programas de formaccedilatildeo inicial de professores (FIP) para todos professores Identifica um quadro de valores essenciais e de aacutereas de competecircncia aplicaacuteveis a qualquer programa FIP na preparaccedilatildeo de todos os professores para trabalharem em educaccedilatildeo inclusiva respondendo agrave diversidade

O quadro de valores essenciais e de aacutereas de competecircncia inclui

Valorizaccedilatildeo da diversidade ndash a diferenccedila eacute considerada um recurso e um valor para a educaccedilatildeo As aacutereas de competecircncia dentro deste valor fundamental dizem respeito a Conceccedilotildees de educaccedilatildeo inclusiva Perspetivas do professor sobre a diferenccedila dos alunos

Apoiar todos os alunos ndash os professores tecircm elevadas expectativas sobre os resultados de todos os alunos As aacutereas de competecircncia dentro deste valor essencial dizem respeito a Promoccedilatildeo da aprendizagem acadeacutemica praacutetica social e emocional de todos os alunos Metodologias de ensino eficazes em turmas heterogeacuteneas

Trabalho com outros ndash colaboraccedilatildeo e trabalho em equipa satildeo metodologias essenciais para todos os professores As aacutereas de competecircncia dentro deste valor essencial dizem respeito a Trabalho com pais e famiacutelias Trabalho com um vasto leque de profissionais de educaccedilatildeo

Desenvolvimento profissional e pessoal ndash o ensino eacute uma atividade de aprendizagem e os professores satildeo responsaacuteveis pela aprendizagem ao longo da vida As aacutereas de competecircncia dentro deste valor essencial dizem respeito a Professores como profissionais reflexivos Formaccedilatildeo inicial de professores como base para o desenvolvimento profissional contiacutenuo (ibid paacuteg 7)

Abordagens ao recrutamento

As abordagens eficazes ao recrutamento e o aumento das taxas de permanecircncia dos professores e outros profissionais satildeo indicados como fatores-chave numa seacuterie de projetos da Agecircncia O relatoacuterio da Agecircncia Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo na Europa ndash Desafios e Oportunidades realccedila que

Colocar a teoria em praacutetica 17

Devem ser encontradas estrateacutegias efetivas para melhorar o recrutamento dos candidatos a professores para aumentar as taxas de permanecircncia a par de medidas destinadas a aumentar o nuacutemero de professores de diferentes origens e incluindo professores com deficiecircncia (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 75)

O relatoacuterio do projeto refere que

Uma minoria de paiacuteses tem testes para selecionar o acesso agrave docecircncia Contudo a investigaccedilatildeo recentemente levada a cabo para efeitos da Revisatildeo da Formaccedilatildeo de Professores na Escoacutecia (Menter e colegas 2010) realccedila evidecircncias que mostram que haacute muitas dimensotildees do ensino efetivo que natildeo satildeo fidedignamente preditiacuteveis por testes de capacidade acadeacutemica Esta conclusatildeo estaacute em concordacircncia com a revisatildeo da literatura deste projeto e com os relatoacuterios dos paiacuteses que realccedilam a importacircncia das atitudes valores e crenccedilas no desenvolvimento de praacuteticas inclusivas Tanto as atitudes valores e crenccedilas como as disposiccedilotildees que apoiam o desenvolvimento das requeridascompetecircncias satildeo difiacuteceis de apurar mesmo atraveacutes de uma entrevista Eacute necessaacuteria mais investigaccedilatildeo para encontrar indicadores eficazes para a seleccedilatildeo de candidatos (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 21)

Atitudes positivas

As atitudes positivas dos professores e outros profissionais satildeo indicadas como um elemento-chave na educaccedilatildeo inclusiva na maioria dos projetos da Agecircncia O relatoacuterio da Agecircncia Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula constata que

Obviamente que a inclusatildeo depende largamente da atitude dos professores face aos alunos com necessidades especiais das suas perceccedilotildees sobre as diferenccedilas na sala de aula e da sua vontade de lidar eficazmente com essas diferenccedilas A atitude dos professores foi indicada como um fator decisivo na construccedilatildeo de escolas mais inclusivas (Agecircncia Europeia 2003 paacuteg 12)

Do mesmo modo o relatoacuterio da Agecircncia designado Princiacutepios-Chave para a Promoccedilatildeo da Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva ndash Recomendaccedilotildees para a praacutetica realccedila a importacircncia das atitudes positivas Afirma-se que

Todos os professores devem ter atitudes positivas em relaccedilatildeo a todos os alunos e disponibilidade para trabalhar em colaboraccedilatildeo com os colegas Todos os professores devem entender a diversidade como uma forccedila e um estiacutemulo para sua proacutepria aprendizagem (Agecircncia Europeia 2011c paacuteg 14)

O relatoacuterio da Agecircncia Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos Questotildeesshychave para Poliacuteticas e Praacuteticas indica que

As atitudes dos professores de turma face ao processo de avaliaccedilatildeo inclusiva satildeo cruciais As atitudes positivas podem ser fomentadas atraveacutes de formaccedilatildeo

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 18

apoio e recursos apropriados e de experiecircncias de inclusatildeo bem sucedidas Os professores necessitam de experiecircncias bem sucedidas para os ajudar a desenvolver as necessaacuterias atitudes positivas (Watkins 2007 paacuteg 53)

Trabalho em rede e coordenaccedilatildeo

Todos os relatoacuterios da Agecircncia referem o papel eficaz da colaboraccedilatildeo e coordenaccedilatildeo dos profissionais e do trabalho em rede com serviccedilos comunitaacuterios interdisciplinares Um exemplo digno de nota eacute o relatoacuterio da Agecircncia Formaccedilatildeo de professores para a Inclusatildeo Perfil de Professores Inclusivos (TE4I) no qual se realccedila que

A implementaccedilatildeo da educaccedilatildeo inclusiva deve ser vista como uma tarefa coletiva com funccedilotildees e responsabilidades atribuiacutedas aos diferentes intervenientes O apoio aos professores de turma inclui o acesso a estruturas que facilitam a comunicaccedilatildeo e o trabalho de equipa com diferentes profissionais (incluindo aqueles que trabalham em instituiccedilotildees de ensino superior) bem como oportunidades para o desenvolvimento profissional (Agecircncia Europeia 2012b paacuteg 24)

Na publicaccedilatildeo da Agecircncia Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula nos 2ordm e 3ordm Ciclos de Ensino Baacutesico as questotildees do ensino cooperativo e da resoluccedilatildeo cooperativa de problemas satildeo apresentadas como fatores-chave para uma praacutetica inclusiva eficaz O projeto afirma que laquoOs professores precisam do apoio dos colegas da escola e de ser capazes de colaborar com eles Necessitam igualmente do apoio e da colaboraccedilatildeo de profissionais exteriores agrave escolaraquo (Agecircncia Europeia 2005 paacuteg 5)

Para concluir

A educaccedilatildeo inclusiva implica uma alteraccedilatildeo sisteacutemica que exige uma transformaccedilatildeo quanto ao modo como os professores e outros profissionais do ensino satildeo formados natildeo apenas em termos de competecircncias mas tambeacutem de valores eacuteticos

Os principais aspetos relacionados com os profissionais altamente qualificados podem ser resumidos numa seacuterie de indicadores na aacuterea da legislaccedilatildeo para a educaccedilatildeo inclusiva desenvolvidos e apresentados no projeto da Agecircncia Desenvolvimento de um conjunto de indicadores ndash para a educaccedilatildeo inclusiva na Europa

Programas de formaccedilatildeo inicial e contiacutenua de professores incluem conteuacutedos sobre a educaccedilatildeo especial e a inclusatildeo Professores e outros profissionais satildeo apoiados para desenvolverem os seus conhecimentos competecircncias e atitudes relativas agrave inclusatildeo de forma a

Colocar a teoria em praacutetica 19

estarem preparados para responder agraves necessidades de todos os alunos no ensino regular

Disponibilizaccedilatildeo de cursos e oportunidades para a melhoria do desenvolvimento profissional dos professores

Os professores planificam ensinam e reavaliam em parceria

Recursos satildeo disponibilizados para o adequado desenvolvimento profissional relacionados com a resposta agraves necessidades especiais em educaccedilatildeo inclusiva (Kyriazopoulou e Weber 2009 paacuteg 29)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 20

SISTEMAS DE APOIO E MECANISMOS DE FINANCIAMENTO

Introduccedilatildeo

Em novembro de 2011 a Agecircncia Europeia acolheu uma Audiccedilatildeo no Parlamento Europeu em Bruxelas Participaram oitenta e oito jovens com e sem necessidades educativas especiais eou incapacidades do ensino secundaacuterio e da formaccedilatildeo vocacional para debaterem o significado da educaccedilatildeo inclusiva para eles Alguns dos resultados estatildeo diretamente relacionados com questotildees de recursos e financiamento laquoA educaccedilatildeo inclusiva requer recursos adicionais como tempo e dinheiro mas cada aluno deve ter a educaccedilatildeo que querraquo (Agecircncia Europeia 2012a paacuteg 13)

O acesso fiacutesico dos edifiacutecios eacute importante (elevadores portas automaacuteticas interruptores acessiacuteveis etc) hellip No caso dos testes eacute necessaacuterio tempo extra hellip Satildeo necessaacuterios sistemas internos de apoio para os alunos com deficiecircncias (ibid paacuteg 28ndash29)

Eacute bom ter apoio de pessoas de fora da equipa da escola que possam atuar como mediadores para os alunos com necessidades especiais Havia professores que natildeo queriam cooperar no trabalho de educaccedilatildeo inclusiva para mim e para outros os professores devem aceitar todos nas suas salas de aula (ibid paacuteg 20)

Os cortes do governo estatildeo a ter impacto no apoio ndash pessoas como os mediadores estatildeo a perder os seus empregos O dinheiro estaacute a ir para as escolas mas eacute tatildeo disfuncional que significa que os professores laquonormaisraquo tecircm de prestar o apoio e eles natildeo satildeo capazes (ibid paacuteg 28)

A educaccedilatildeo inclusiva eacute muitas vezes referida como dispendiosa mas ao tentar poupar vamos acabar por pagar mais para lidar com os problemas hellip Mesmo que um paiacutes natildeo tenha muitos recursos a educaccedilatildeo inclusiva precisa de ser posta em praacutetica A educaccedilatildeo inclusiva eacute um investimento temos de investir nas pessoas (ibid paacuteg 25)

Sistemas de apoio e mecanismos de financiamento Os sistemas de apoio e mecanismos de financiamento englobam todos os niacuteveis de aprendizagem e por conseguinte abordam diversas questotildees Aleacutem disso limitar a questatildeo apenas ao campo educativo seria insuficiente

As crianccedilas e os jovens natildeo teratildeo sucesso na aprendizagem se a sua sauacutede baacutesica e as suas necessidades sociais e emocionais natildeo forem atendidas Isto pode exigir apoio para as famiacutelias e as comunidades sendo necessaacuteria a

Colocar a teoria em praacutetica 21

colaboraccedilatildeo com os serviccedilos de sauacutede e de seguranccedila social que garanta uma intervenccedilatildeo holiacutestica (Agecircncia Europeia 2011c paacuteg 17ndash18)

Existe a consciencializaccedilatildeo disseminada de que a criaccedilatildeo de poliacuteticas com base em evidecircncias eacute essencial para o desenvolvimento a longo prazo dos sistemas de educaccedilatildeo inclusiva Tal foi reconhecido no trabalho da Agecircncia logo em 1999 no acircmbito do relatoacuterio Financing of Special Needs Education [Financiamento da Educaccedilatildeo Especial] onde se defendia que

os procedimentos de avaliaccedilatildeo e monitorizaccedilatildeo nos paiacuteses podem tambeacutem ser melhorados no quadro do ensino especial Em primeiro lugar eacute importante garantir e incentivar um dispecircndio eficiente e eficaz dos fundos puacuteblicos Em segundo lugar parece ser necessaacuterio mostrar claramente aos clientes dos sistemas educativos (alunos com necessidades especiais e os seus pais) que a qualidade da educaccedilatildeo no ambiente regular (incluindo todas as instalaccedilotildees adicionais e apoio) eacute suficientemente elevada (Agecircncia Europeia 1999 paacuteg 158)

Os temas do financiamento e dos recursos foram abordados em diversos outros projetos da Agecircncia Assim as afirmaccedilotildees e os resultados que se seguem lanccedilam alguma luz sobre estas duas questotildees de pontos de vista diferentes na sequecircncia de projetos distintos levados a cabo pela Agecircncia

Intervenccedilatildeo Precoce na Infacircncia (IPI) laquoA tendecircncia comum na Europa eacute a prestaccedilatildeo de serviccedilos de IPI localizados e prestados tatildeo perto quanto possiacutevel da crianccedila e da famiacuteliaraquo (Agecircncia Europeia 2010 paacuteg 18) por exemplo no municiacutepio

Os recursos e serviccedilos de IPI devem abranger todas as famiacutelias e crianccedilas em idades precoces que deles necessitem independentemente da sua condiccedilatildeo socioeconoacutemica hellip Isto implica que os fundos puacuteblicos devem cobrir todos os custos relativos agrave IPI atraveacutes de serviccedilos puacuteblicos companhias de seguros organizaccedilotildees sem fins lucrativos etc preenchendo os padrotildees de qualidade exigidos na respetiva legislaccedilatildeo nacional para a IPI (ibid paacuteg 22) O financiamento puacuteblico para os serviccedilos de IPI geralmente vem do governo central eou federal ou dos orccedilamentos regionais eou locais Na maioria dos casos o financiamento da IPI eacute uma combinaccedilatildeo dos trecircs niacuteveis da administraccedilatildeo acima mencionados planos de seguro de sauacutede e de recursos de organizaccedilotildees sem fins lucrativos (ibid paacuteg 23)

As recomendaccedilotildees para melhorar a coordenaccedilatildeo dos serviccedilos e dos recursos da IPI incluem entre outras as seguintes

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 22

A IPI eacute muitas vezes uma aacuterea de trabalho interserviccedilos mas tambeacutem uma aacuterea interdisciplinar Os decisores poliacuteticos precisam de reconhecer isso garantindo que as poliacuteticas e as orientaccedilotildees sejam desenvolvidas conjuntamente pelos setores da sauacutede da educaccedilatildeo e da seguranccedila social e que qualquer orientaccedilatildeo escrita para os serviccedilos regionais e locais inclui os logotipos de todos os departamentos Somente desta forma o trabalho integrado seraacute filtrado aos niacuteveis regional e local (ibid paacuteg 42ndash43)

Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula

A existecircncia de diferentes modelos de gestatildeo da diferenccedila na sala de aula depende natildeo soacute de fatores ligados ao professor mas tambeacutem da forma como a escola organiza os recursos e de outros fatores externos

Esta afirmaccedilatildeo foi incluiacuteda no relatoacuterio da Agecircncia sobre Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula (Agecircncia Europeia 2003 paacuteg 8)

Eacute claro que a resposta aos alunos com necessidades educativas especiais natildeo eacute apenas uma questatildeo de recursos a niacutevel da sala de aula Importa reconhecer que a organizaccedilatildeo da escola determina igualmente a quantidade e o tipo dos recursos que os professores podem usar no ensino de alunos com NEE (ibid paacuteg 14ndash15)

A organizaccedilatildeo dos recursos no seio da escola deve corresponder ao princiacutepio da flexibilidadehellip as escolas devem ter liberdade para a utilizaccedilatildeo dos recursos financeiros de acordo com os seus proacuteprios desejos e perspetivas Deve evitarshyse a burocracia estando os recursos disponiacuteveis para todos os alunos com ou sem NEE sempre que necessaacuterio ou quando o professor assim o desejar (ibid paacuteg 16)

laquoO financiamento e respetivos incentivos desempenham um papel decisivoraquo (ibid paacuteg 17)

O modelo de financiamento baseado na avaliaccedilatildeo dos resultados (a niacutevel regional) parece ser a opccedilatildeo melhor sucedida Neste modelo os orccedilamentos destinados agraves necessidades educativas especiais satildeo atribuiacutedos pelo serviccedilo central agraves instituiccedilotildees regionais ou locais (comunidades agrupamentos de escolas) As decisotildees relativas ao financiamento e elegibilidade devem ser tomadas a niacutevel regionalhellip Um modelo descentralizado pode ser mais rentaacutevel e limitar os riscos de ver emergir formas indesejaacuteveis de comportamentosestrateacutegicos Eacute no entanto evidente que o governo central deve indicar claramente os objetivos a atingir (ibid paacuteg 18)

Colocar a teoria em praacutetica 23

Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional (EFP) A implementaccedilatildeo dos programas de EFP segue o planeamento a longo prazo no setor da educaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo com os parceiros sociais

Existe um foco no estabelecimento de ligaccedilotildees mais proacuteximas hellip para desenvolver os curriacuteculos dos programas de formaccedilatildeo profissional e para corresponder agraves abordagens e conteuacutedos educativos com as competecircncias necessaacuterias na vida laboral hellip atraveacutes da organizaccedilatildeo e realizaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo de competecircncias colaboraccedilatildeo no estabelecimento de conteuacutedos de novas qualificaccedilotildees normas e curriacuteculos e correspondecircncia dos programas de EFP com as necessidades da economia (Agecircncia Europeia 2014 paacuteg 23) A niacutevel individual os alunos com necessidades educativas especiais recebem assistecircncia educativa (por exemplo tecnologia de apoio inteacuterpretes de liacutengua gestual materiais de aprendizagem de elaboraccedilatildeo especial escribas ou outras formas de assistecircncia praacutetica) especial para tornar os curriacuteculos de EFP acessiacuteveis (ibid paacuteg 15)

Os niacuteveis regionais (ou seja condados freguesias municiacutepios proviacutencias federais) satildeo fundamentais para garantir o melhor ajuste entre os objetivos educativos e as necessidades do mercado de trabalho Os conselhos consultivos regionais desempenham um papel ativo na atualizaccedilatildeo da estrutura dos programas educativos no acircmbito da sua responsabilidade regional e em cooperaccedilatildeo com os parceiros sociais Desempenham um papel importante na possibilidade de flexibilizaccedilatildeo dos percursos dos alunos

As instituiccedilotildees de EFP satildeo lideradas por diferentes agecircncias nos paiacuteses europeus tais como autoridades locais organizaccedilotildees natildeo governamentais setor privado etc Nos paiacuteses europeus analisados as principais responsabilidades pelo financiamento cabem agraves entidades estatais e governamentais a niacutevel regional ou municipal Aleacutem disso na maioria dos paiacuteses os criteacuterios de financiamento satildeo diferentes dependendo do tipo de propriedade (puacuteblicaprivada) vigente no paiacutes Outras medidas destinadas a promover o emprego entre os alunos com NEE satildeo o pagamento do custo do serviccedilo de emprego apoiado a isenccedilatildeo do pagamento de pensatildeo e seguro de invalidez uma recompensa para casos em que a quota eacute ultrapassada ajudas financeiras aos trabalhadores com incapacidades que se estabelecem como empresaacuterios reduccedilatildeo nos pagamentos agrave seguranccedila social reduccedilatildeo de impostos pelo emprego de jovens alunos com NEE ou preacutemios anuais por boas praacuteticas Existem tambeacutem programas que permitem que os alunos entrem no mercado de trabalho mantendo uma percentagem do seu subsiacutedio social de origem (por exemplo subsiacutedio de invalidez) que natildeo estaacute sujeito agrave tributaccedilatildeo ou cobertura social Os funcionaacuterios tambeacutem seriam autorizados a manter laquobenefiacutecios

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 24

secundaacuteriosraquo (por exemplo subsiacutedio para combustiacutevel cartatildeo meacutedico) durante um determinado periacuteodo de tempo

Tecnologias de Informaccedilatildeo e Comunicaccedilatildeo (TIC)

Sem duacutevida as TIC acessiacuteveis podem atuar como um facilitador para a igualdade de participaccedilatildeo em atividades educativas para diversos alunos com NEE Os estudantes com SEN destacaram a importacircncia das TIC durante a Audiccedilatildeo do Parlamento Europeu em 2011

No nosso paiacutes existe uma organizaccedilatildeo que fornece materiais especiais e tecnologias de informaccedilatildeo A escola pode pedir as ajudas teacutecnicas a essa organizaccedilatildeo e os alunos podem levaacute-las para casa Quando deixam de precisar dessas ajudas teacutecnicas estas podem ser usadas por outros alunos nas mesmasou noutras escolas Eacute muito importante ter ajudas teacutecnicas e apoio (Agecircncia Europeia 2012a paacuteg 14)

Poreacutem

O facto de o impulso para a equidade na educaccedilatildeo atraveacutes do apoio de TIC acessiacuteveis estar a ser ofuscado por desenvolvimentos econoacutemicos negativos reforccedila a ideia de que as poliacuteticas europeias e internacionais globais devem continuar a assumir uma lideranccedila estaacutevel neste campo (Agecircncia Europeia 2013 paacuteg 24)

Neste contexto a aquisiccedilatildeo pode ser considerada um mecanismo de financiamento se a acessibilidade for um preacute-requisito incorporado A acessibilidade deve ser um princiacutepio orientador para a aquisiccedilatildeo de todos os bens e serviccedilos

O acesso a TIC apropriadas em diferentes contextos de aprendizagem ao longo da vida ndash incluindo em casa ndash requer muitas vezes a contribuiccedilatildeo de profissionais de diferentes aacutereas hellip Isto envolve a coordenaccedilatildeo entre indiviacuteduos serviccedilos e muitas vezes poliacuteticas para diferentes setores de trabalho Tambeacutem envolve abordagens flexiacuteveis para o financiamento das TIC com possibilidades de tomada de decisotildees a niacutevel local quanto agraves despesas relacionadas com as necessidades identificadas localmente (Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO e Agecircncia Europeia 2011 paacuteg 88)

Para concluir

Eacute necessaacuterio considerar quatro requisitos no que diz respeito aos sistemas de financiamento para garantir que estes sistemas sustentam totalmente os objetivos da poliacutetica educativa

Colocar a teoria em praacutetica 25

A poliacutetica de financiamento apoia totalmente a educaccedilatildeo inclusiva Isto inclui o desenvolvimento de poliacuteticas fiscais que criem incentivos ao inveacutes de desincentivos agrave oferta de colocaccedilotildees e de serviccedilos de inclusatildeo Embora exista uma seacuterie de bases alternativas para financiar alunos com NEE o financiamento per capita parece ser o mais promissor para satisfazer o requisito estabelecido

A poliacutetica de financiamento baseia-se totalmente nas necessidades educativas Os montantes individuais de financiamento per capita podem ser determinados atraveacutes de anaacutelises de custos que mostram os custos relativos de disponibilizar aos alunos condiccedilotildees especiais selecionadas

A poliacutetica de financiamento facilita totalmente respostas flexiacuteveis eficazes e eficientes agraves necessidades Em vez de financiar ou fornecer recursos especiacuteficos por exemplo tipos preacute-determinados de pessoal equipamentos ou instalaccedilotildees o financiamento per capita aloca recursos monetaacuterios promovendo a flexibilidade no uso local

A poliacutetica de financiamento promove totalmente o apoio de serviccedilos relacionados e a necessaacuteria colaboraccedilatildeo intersectorial

Em geral as estruturas de incentivo devem assegurar a disponibilizaccedilatildeo de mais fundos se uma crianccedila for colocada num contexto inclusivo sendo necessaacuteria uma maior ecircnfase nos resultados (natildeo apenas acadeacutemicos)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 26

DADOS FIAacuteVEIS

Introduccedilatildeo

A Convenccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiecircncia (CDPD) bem como a Estrateacutegia Europeia para a Deficiecircncia 2010ndash2020 e o quadro estrateacutegico Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo 2020 relativo agrave equidade na educaccedilatildeo satildeo impulsionadores-chave para a educaccedilatildeo inclusiva nos paiacuteses A CDPD da ONU apela aos Estados Partes para

hellip recolher informaccedilatildeo apropriada incluindo dados estatiacutesticos e de investigaccedilatildeo que lhes permitam formular e implementar poliacuteticas que visem dar efeito agrave presente Convenccedilatildeo (Naccedilotildees Unidas 2006 Artigo 31ordm)

e hellip Os Estados Partes devem em conformidade com os seus sistemas juriacutedico e administrativo manter fortalecer nomear ou estabelecer a niacutevel interno uma estrutura que inclua um ou mais mecanismos independentes conforme apropriado com vista a promover proteger e monitorizar a implementaccedilatildeo da presente Convenccedilatildeo (ibid Artigo 33ordm)

Existe a consciencializaccedilatildeo disseminada de que a criaccedilatildeo de poliacuteticas com base em evidecircncias eacute essencial para o desenvolvimento a longo prazo dos sistemas de educaccedilatildeo inclusiva Decisores poliacuteticos especialistas em estatiacutestica e investigadores reconhecem a necessidade de uma recolha de dados a niacutevel nacional que natildeo soacute responda agraves exigecircncias das orientaccedilotildees poliacuteticas internacionais mas que tambeacutem obedeccedila a uma abordagem comum que promova uma sinergia de esforccedilos a niacutevel nacional e internacional O trabalho da Agecircncia demonstrou que existem apelos para a disponibilizaccedilatildeo de ampla informaccedilatildeo para os decisores poliacuteticos e para a adoccedilatildeo pelas diferentes organizaccedilotildees tanto a niacutevel nacional como europeu de uma variedade de abordagens complementares para a recolha de dados Poreacutem embora a necessidade de tais dados seja clara os melhores meacutetodos e procedimentos de recolha e anaacutelise dos mesmos satildeo muito menos claros

Em resultado do trabalho da Agecircncia ndash mais especificamente das atividades dos projetos Desenvolvimento de um conjunto de indicadores ndash para a educaccedilatildeo inclusiva na Europa (Kyriazopoulou e Weber 2009) e Mapeamento da Implementaccedilatildeo de Poliacuteticas para a Educaccedilatildeo Inclusiva (MIPIE) (Agecircncia Europeia 2011a) ndash emergem cinco requisitos-chave de poliacuteticas relativos agrave recolha de dados no que concerne agrave necessidade de evidecircncias sobre a educaccedilatildeo inclusiva a niacutevel nacional

bull necessidade de recolha de dados nacionais ancorada nos acordos internacionais e europeus

Colocar a teoria em praacutetica 27

bull necessidade de compreender o impacto das diferenccedilas nos sistemas educativos dos paiacuteses

bull necessidade de analisar a efetividade da educaccedilatildeo inclusiva

bull necessidade de recolha de dados que forneccedila evidecircncias sobre a garantia de qualidade e

bull necessidade de acompanhar o progresso dos alunos a longo prazo Os decisores poliacuteticos precisam de dados qualitativos e quantitativos que os informem sobre a qualidade da educaccedilatildeo prestada aos alunos com necessidades educativas especiais Estas mensagens principais refletem uma recomendaccedilatildeo central do Relatoacuterio Mundial sobre Deficiecircncia (Organizaccedilatildeo Mundial de SauacutedeBanco Mundial 2011) a necessidade de os paiacuteses desenvolverem os sistemas de recolha de dados quantitativos existentes e de simultaneamente realizarem investigaccedilotildees qualitativas aprofundadas e especiacuteficas sobre o custoshyeficaacutecia e sobre outras questotildees relacionadas com a garantia da qualidade

O projeto MIPIE apela ao desenvolvimento de um quadro comum para a recolha de dados construiacutedo com base nos procedimentos nacionais existentes e nos acordos internacionais sobre recolha de dados e procedimentos hellip Podem ser identificadas trecircs dimensotildees para uma estrutura comum

- A mudanccedila para um sistema de recolha de dados baseado em conceitos e definiccedilotildees comuns

- A recolha de evidecircncias que conduzam a niacuteveis de referecircncia quantitativos e qualitativos

- O uso de uma estrutura multiniacutevel para analisar as poliacuteticas a niacuteveis nacional e internacional (Agecircncia Europeia 2011a paacuteg 11)

Uma tal abordagem eacute necessaacuteria para apoiar os paiacuteses no desenvolvimento de uma laquorecolha de dados que permita monitorizar os direitos dos alunos bem como para monitorizarem a eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusivaraquo (ibid)

Monitorizaccedilatildeo dos direitos dos alunos

No acircmbito de uma estrutura abrangente para o mapeamento das questotildees relacionadas com os direitos devem ser identificados indicadores quantitativos e qualitativos referentes a diversos fatores

(i) Participaccedilatildeo na educaccedilatildeo e formaccedilatildeo

O relatoacuterio da Agecircncia sobre a Intervenccedilatildeo precoce na infacircncia sugere que

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 28

Os decisores poliacuteticos devem ter mecanismos para avaliar a solicitaccedilatildeo de serviccedilos de IPI e mecanismos eficazes que verifiquem se a prestaccedilatildeo de serviccedilos responde ao solicitado para se poder planear a melhoria do serviccedilo Deve ser desenvolvida uma forma sistemaacutetica de recolha e de monitorizaccedilatildeo de dados fiaacuteveis a niacutevel nacional (Agecircncia Europeia 2010 paacuteg 40)

No relatoacuterio Participaccedilatildeo na Educaccedilatildeo Inclusiva afirma-se que Embora os governos nacionais e locais jaacute recolham dados importantes sobre a educaccedilatildeo pouco se sabe sobre a participaccedilatildeo hellip Atualmente a maior parte dos dados recolhidos para fins de monitorizaccedilatildeo satildeo dados estatiacutesticos sobre a inscriccedilatildeo e a conclusatildeo da escolaridade hellip Poucos paiacuteses tecircm meacutetodos sistemaacuteticos de recolha anaacutelise e interpretaccedilatildeo de dados qualitativos sobre a participaccedilatildeo a niacutevel individual em sala de aula e na escola embora os relatoacuterios escolares de autorrevisatildeo e de inspeccedilatildeo respondam muitas vezes a questotildees de participaccedilatildeo e inclusatildeo (Agecircncia Europeia 2011d paacuteg 19)

Este relatoacuterio tambeacutem destaca alguns dos perigos potenciais associados agrave recolha de dados em relaccedilatildeo agrave participaccedilatildeo

hellip estruturas criadas para acompanhar as crianccedilas com necessidades educativas especiais podem funcionar como barreiras agrave sua participaccedilatildeo e sucesso marcando estas crianccedilas como diferentes Uma consequecircncia natildeo intencional de categorizar algumas crianccedilas para monitorizar a sua participaccedilatildeo pode gerar um paradoxo o que resulta na celebraccedilatildeo de acordos separados para a sua educaccedilatildeo (ibid paacuteg 17ndash18)

(ii) Acesso ao apoio e agrave adaptaccedilatildeo

Trecircs estudos da Agecircncia consideraram diferentes aspetos de apoio para os alunos com NEE A revisatildeo da literatura do projeto Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional cita Redley (2009)

Natildeo existem dados nacionais fiaacuteveis sobre o nuacutemero de organizaccedilotildees que oferecem emprego apoiado ou o nuacutemero de pessoas com dificuldades de aprendizagem empregadas nelas e o governo natildeo participa neste processo (Agecircncia Europeia 2012f paacuteg 41)

O estudo conjunto da Agecircncia realizado com o Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO que analisa o uso das TIC na educaccedilatildeo das pessoas com incapacidades defende que

Tanto em relaccedilatildeo agrave Convenccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas (2006) como em relaccedilatildeo agrave poliacutetica regional (ou seja europeia) e nacional haacute uma necessidade de informaccedilatildeo mais detalhada ligada agrave monitorizaccedilatildeo de indicadores e benchmarks qualitativos e quantitativos sobre as TIC na educaccedilatildeo para pessoas

Colocar a teoria em praacutetica 29

com incapacidades (Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO e Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011 paacuteg 93)

Em relaccedilatildeo agrave acessibilidade da informaccedilatildeo para a aprendizagem as recomendaccedilotildees do projeto i-access da Agecircncia defendem que

A conformidade [acessibilidade] agrave poliacutetica deve ser sistematicamente monitorizada A monitorizaccedilatildeo da conformidade soacute pode ser incentivada nomomento presente mas deve ser alargada hellip Eacute necessaacuterio recolher dados quantitativos e qualitativos sistemaacuteticos o que deve tambeacutem envolver os utilizadores finais de informaccedilatildeo acessiacutevel Poreacutem a monitorizaccedilatildeo do progresso natildeo se pode limitar a afericcedilatildeo numeacuterica mas deve incluir a possibilidade de recolher exemplos de boas praacuteticas que poderiam servir de modelo para outros paiacuteses e organizaccedilotildees (Agecircncia Europeia 2012e paacuteg 40ndash 41)

(iii) Oportunidades para o sucesso na aprendizagem e na transiccedilatildeo Dois grandes projetos da Agecircncia tiveram em linha de conta a transiccedilatildeo da escola para o emprego Ambos apontam para a falta de dados fiaacuteveis neste campo O projeto Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego sugeriu que

Os dados nacionais dos paiacuteses apenas incluem pessoas registadas como desempregadas mas uma alta percentagem de pessoas com necessidades especiais natildeo estaacute registada ndash elas natildeo tecircm sequer a oportunidade de conseguir o primeiro emprego (Agecircncia Europeia 2002a paacuteg 2)

O estudo de acompanhamento (Agecircncia Europeia 2006) natildeo refere quaisquer desenvolvimentos nesta aacuterea

(iv) Oportunidades de integraccedilatildeo

O estudo da Agecircncia com foco na diversidade multicultural destaca a falta de dados em relaccedilatildeo a um fator importante de integraccedilatildeo ndash antecedente de imigraccedilatildeo dos alunos com NEE

Muitos paiacuteses envolvidos no projeto referiram que natildeo existem dados atualizados sobre os alunos com NEE e de origem imigrante Diversas agecircncias governamentais tecircm responsabilidades diferentes e natildeo haacute coordenaccedilatildeo na recolha de dados Haacute outras razotildees para a falta de dados Alguns paiacuteses natildeo tecircm estatiacutesticas oficiais sobre a origem das pessoas para aleacutem do paiacutes de nascimento uma vez que eacute proibido o tratamento de dados pessoais que identifiquem a raccedila a origem eacutetnica a incapacidade ou crenccedila religiosa Em outros paiacuteses natildeo haacute recolha sistemaacutetica de dados relativos a alunos com NEE

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 30

ou a alunos com NEE e de origem imigrante a niacutevel nacional ou local (Agecircncia Europeia 2009a paacuteg 30)

Monitorizaccedilatildeo da eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusiva

Dados que examinam a eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusiva tecircm em conta questotildees de custo-eficaacutecia bem como diversas aacutereas relacionadas com as experiecircncias de educaccedilatildeo dos alunos procedimentos de avaliaccedilatildeo inicial o envolvimento contiacutenuo dos alunos e das suas famiacutelias em experiecircncias educativas e a eficaacutecia de ambientes de aprendizagem na superaccedilatildeo das barreiras e apoio de experiecircncias de aprendizagem significativas para todos os alunos

O estudo da Agecircncia relativo ao Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos realccedila que eacute necessaacuterio apoiar as escolas com

hellip aconselhamento sobre como pode ser usada a informaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo ndash particularmente a da avaliaccedilatildeo estandardizada recolhida para fins de monitorizaccedilatildeo nacional ndash para melhorar as praacuteticas com todos os alunos incluindo os que apresentam NEE (Watkins 2007 paacuteg 60)

O relatoacuterio designado Elevar o Sucesso de Todos os Alunos defende que

Para avanccedilar para uma maior equidade na educaccedilatildeo satildeo necessaacuterios indicadores de sucesso adequados agrave comunidade local focalizados no input recursos processos e outputresultados Embora a informaccedilatildeo (incluindo dados) deva ser usada para direcionar o apoio e acompanhar o sucesso de poliacuteticas e praacuteticas inclusivas eacute necessaacuterio cuidado para que os sistemas de responsabilidade natildeo causem inadvertidamente alteraccedilotildees inadequadas (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 22)

Este estudo destaca potenciais dificuldades inerentes

No clima atual o desenvolvimento de mecanismos de responsabilidade adequados e de formas de medir o sucesso valorizado e monitorizar a equidade apresentam muitos desafios Apesar da procura de dados concretos Fullan (2011) adverte que laquoas estatiacutesticas satildeo um servo maravilhoso mas um mestre terriacutevelraquo (paacuteg 127) e Hargreaves e Shirley (2009) enfatizam a necessidade de colocar a responsabilidade antes da prestaccedilatildeo de contas Sugerem que a prestaccedilatildeo de contas deve laquoservir de consciecircncia por meio de amostragemraquo e que deve ser realizado um ataque laquoaos excessos de padronizaccedilatildeo testada que negam a diversidade e destroem a criatividaderaquo (paacuteg 109) (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 22)

Dentro do projeto MIPIE argumentou-se que a monitorizaccedilatildeo da eficaacutecia dos sistemas de educaccedilatildeo inclusiva tambeacutem incluiria uma anaacutelise da eficaacutecia da formaccedilatildeo de professores (Agecircncia Europeia 2011a) O relatoacuterio do projeto TE4I

Colocar a teoria em praacutetica 31

destaca uma seacuterie de questotildees relacionadas com a disponibilidade de dados nesta aacuterea Relativamente agrave representaccedilatildeo de professores de grupos minoritaacuterios

A maior parte dos paiacuteses que natildeo recolhe dados refere curiosamente uma subshyrepresentaccedilatildeo de pessoas com deficiecircncia e pertencentes a grupos minoritaacuterios entre os professores estagiaacuterios e os professores diplomados e a situaccedilatildeo parece ser idecircntica entre os formadores de professores (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 22)

O relatoacuterio tambeacutem indica a necessidade de dados que levam a mudanccedilas com base em evidecircncias

A falta de investigaccedilatildeo em larga escala e de investigaccedilatildeo cumulativa bem como de evidecircncia empiacuterica na formaccedilatildeo de professores para a inclusatildeo foi referida pela OCDE (2010) hellip esta investigaccedilatildeo poderaacute garantir a existecircncia dum corpo de evidecircncias que possam dar forma agrave mudanccedila No presente relatoacuterio os exemplos realccedilam algumas questotildees-chave da pesquisa incluindo

- A eficaacutecia de diferentes rotas no ensino - Abordagens agrave formaccedilatildeo de professores e ao curriacuteculo da FIP e

- O papel dos cursos separados integrados e unificados e a melhor maneira de passar dum curso contiacutenuo para um uacutenico curso de formaccedilatildeo de professores que prepare todos os professores para a diversidade (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 68)

O projeto MIPIE defende que

A niacutevel da escola a recolha de dados deve

- Fornecer informaccedilatildeo que permitam aos professores e funcionaacuterios da escola planear e prestar o apoio e os recursos adequados

- Fornecer ideias claras sobre a participaccedilatildeo ativa dos pais e alunos no processo educativo (Agecircncia Europeia 2011a paacuteg 13)

Para que isto seja possiacutevel

Satildeo necessaacuterias sinergias a niacutevel nacional entre os principais intervenientes baseadas num claro racional para a recolha de dados considerando os dados a niacutevel nacional regional escola e sala de aula para que os dados globais do paiacutes efetivamente possam refletir a praacutetica (ibid paacuteg 14)

Para concluir a provisatildeo dos dados pode contribuir efetivamente para a elaboraccedilatildeo de poliacuteticas para a educaccedilatildeo inclusiva Haacute uma exigecircncia crescente ndash a niacutevel internacional europeu e nacional ndash para a responsabilidade e tecircm vindo a crescer comparaccedilotildees laquoentre escolasraquo e laquoentre naccedilotildeesraquo O surgimento de laquograndes dadosraquo

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 32

(meta-anaacutelises de conjuntos de dados e fontes combinadas) apresenta oportunidades mas tambeacutem desafios reais para a educaccedilatildeo inclusiva

Os apelos para a poliacutetica e alocaccedilatildeo de recursos baseada em evidecircncias reforccedilam a necessidade de dados significativos relacionados com todos os alunos Eacute necessaacuterio saber que alunos estatildeo a receber que serviccedilos quando e onde (contando todos os alunos) Tambeacutem eacute necessaacuterio ter dados sobre a qualidade dos serviccedilos e os resultados obtidos (considerando a praacutetica)

Um grande desafio para a recolha de dados estaacute em evitar classificar categorizar e rotular os alunos de modo a fornecer informaccedilatildeo sobre a provisatildeo que recebem As laquopluralidadesraquo das definiccedilotildees aplicadas a alunos e a laquopoliacuteticaraquo dos sistemas de rotulagem natildeo podem ser ignoradas nem os efeitos a que esses sistemas de rotulagem e definiccedilotildees conduzem

Fazer as perguntas certas em termos de poliacuteticas eacute o ponto de partida para a recolha de dados que servem de base significativa para as poliacuteticas

Colocar a teoria em praacutetica 33

OLHAR EM FRENTE

O primeiro objetivo da conferecircncia em novembro de 2013 foi refletir e resumir o trabalho da Agecircncia ao longo da uacuteltima deacutecada As cinco mensagens-chave descritas nos capiacutetulos anteriores destacam aspetos criacuteticos no que se refere agrave educaccedilatildeo inclusiva Baseiam-se nos resultados da anaacutelise aprofundada de temas-chave decididos pelos paiacuteses membros da Agecircncia O segundo objetivo da conferecircncia foi olhar em frente explorando a forma como o trabalho da Agecircncia pode prestar um melhor apoio aos paiacuteses membros ajudandoos a melhorar a qualidade e a eficaacutecia das suas respostas inclusivas para alunos com incapacidades eou necessidades educativas especiais A Agecircncia estaacute disposta a ajudar os paiacuteses de uma forma mais concreta com a implementaccedilatildeo dos resultados do nosso trabalho Isso significa disponibilizar recomendaccedilotildees de poliacutetica que sejam mais diretamente aplicaacuteveis aos decisores poliacuteticos para apoiar alteraccedilotildees futuras e desenvolvimentos poliacuteticos

A Agecircncia estaacute consciente de que o trabalho jaacute realizado estaacute de acordo e apoia diretamente todas as iniciativas de poliacuteticas europeias e internacionais em termos de educaccedilatildeo equidade igualdade de oportunidades e direitos para pessoas com incapacidades eou necessidades educativas especiais O trabalho da Agecircncia fornece recomendaccedilotildees claras e coerentes sobre como as poliacuteticas-chave nestas aacutereas podem ser implementadas na praacutetica A Agecircncia pretende proporcionar aos paiacuteses informaccedilatildeo sobre o progresso alcanccedilado nos objetivos propostos em termos de (a) metas de Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo para 2020 e (b) Convenccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiecircncia (2006) bem como vaacuterias diretivas e comunicaccedilotildees da Uniatildeo Europeia Eacute necessaacuteria orientaccedilatildeo sobre o modo como a educaccedilatildeo inclusiva pode ser implementada a niacutevel do professor sala de aula escola regiatildeo municiacutepio e poliacutetica nacional A Agecircncia tem capacidade para disponibilizar aos paiacuteses orientaccedilotildees sobre formas de implementaccedilatildeo da educaccedilatildeo inclusiva e como isto afeta a qualidade geral da educaccedilatildeo As discussotildees durante a conferecircncia bem como as discussotildees aprofundadas no acircmbito da Agecircncia orientaratildeo esta nova etapa no trabalho da Agecircncia

shy

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 34

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 1999 Financing of Special Needs Education ndash A seventeen-country Study of the Relationship between Financing of Special Needs Education and Inclusion [Financiamento da Educaccedilatildeo Especial ndash Um estudo de dezassete paiacuteses da Relaccedilatildeo entre o Financiamento da Educaccedilatildeo Especial e a Inclusatildeo] Middelfart Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2002a Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Princiacutepios-chave e Recomendaccedilotildees para R esponsaacuteveis Poliacuteticos Middelfart Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanagencyorgsitesdefaultfilestransition_transition_pttextpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2002b Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Principais problemas questotildees e opccedilotildees enfrentadas pelos alunos com necessidades educativas especiais em 16 paiacuteses Europeus Relatoacuterio Siacutentese Middelfart Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanagencyorgsitesdefaultfilestransition-from-school-to-employment_Transitionptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2003 Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula Relatoacuterio Siacutentese Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanagencyorgsitesdefaultfilesinclusive-education-and-classroom-practices_iecpptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2005 Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula nos 2ordm e 3ordm Ciclos do Ensino Baacutesico Relatoacuterio Siacutentese Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesinclusive-educationand-classroom-practice-in-secondary-education_iecp_secondary_ptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2006 Planos Individuais de Transiccedilatildeo Apoiar a Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesindividual-transitionplans_itp_ptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

shy

shyshy

shyshy

shy

shy

Colocar a teoria em praacutetica 35

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2009a Diversidade multicultural e necessidades especiais de educaccedilatildeo Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfilesmulticultural-diversity-and-special-needsshyeducation_Multicultural-Diversity-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2009b Princiacutepiosshychave para a Promoccedilatildeo da Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva ndash Recomendaccedilotildees para Decisores Poliacuteticos Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportskeyshyprinciples-for-promoting-quality-in-inclusive-educationkey-principles-PTpdf(Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2010 Intervenccedilatildeo Precoce na Infacircncia ndash Progressos e Desenvolvimentos 2005ndash2010 Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesearly-childhood-interventionshyprogress-and-developments_ECI-report-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011a Mapeamento da Implementaccedilatildeo de Poliacuteticas para a Educaccedilatildeo Inclusiva Uma anaacutelise dos desafios e oportunidades para o desenvolvimento de indicadores Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httphttpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesmipie_MIPIE-summaryshyof-proposals-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011b Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo na Europa ndash Desafios e Oportunidades Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfileste4i-challenges-and-opportunities_TE4I-Synthesis-Report-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011c Princiacutepios-Chave para a Promoccedilatildeo da Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva ndash Recomendaccedilotildees para Decisores Poliacuteticos Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfilesinclusive-education-and-classroom-practices_iecpshyptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011d Participation in Inclusive Education ndash A Framework for Developing Indicators [Participaccedilatildeo na Educaccedilatildeo inclusiva ndash Um Quadro para o Desenvolvimento de Indicadores] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 36

agencyorgpublicationsereportsparticipation-in-inclusive-education-a-frameworkshyfor-developing-indicatorsParticipation-in-Inclusive-Educationpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012a Perspetivas dos Jovens sobre Educaccedilatildeo Inclusiva Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfilesyoung-views-on-inclusive-education_YoungViews-2012PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012b Perfil de Professores Inclusivos Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfileste4i-profile-of-inclusive-teachers_Profile-of-InclusiveshyTeachers-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012c Raising Achievement for All Learners ndash Quality in Inclusive Education [Elevar o Sucesso de Todos os Alunos ndash Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva] Relatoacuterio sobre a conferecircncia realizada em Odense Dinamarca de 13 a 15 de junho de 2012 Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesRA4AL-conference-reportpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014) Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012d Raising Achievement for All Learners ndash Quality in Inclusive Education [Elevar o Sucesso de Todos os Alunos ndash Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httphttpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesra4al-keyshymessages_RA4AL-summary-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012e Promoting Accessible Information for Lifelong Learning Recommendations and findings of the i-access project [Promover o Acesso agrave Informaccedilatildeo para a Aprendizagem ao Longo da Vida Recomendaccedilotildees e observaccedilotildees do projeto i-access] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportsi-accessi-accessshyreportpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012f Vocational Education and Training Policy and Practice in the field of Special Needs Education ndash Literature Review [Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional (EFP) Poliacutetica e Praacutetica no campo da Educaccedilatildeo Especial ndash Revisatildeo da Literatura] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Colocar a teoria em praacutetica 37

agencyorgagency-projectsvocational-education-and-trainingvet-filesVETshyLiteratureReviewpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012g Teacher Education for Inclusion Project Recommendations linked to Sources of Evidence [Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo Recomendaccedilotildees do Projeto Ligadas a Fontes de Evidecircncias] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgagencyshyprojectsTeacher-Education-for-Inclusionsources-of-evidencepdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2013 European and International Policy Supporting ICT for Inclusion [Poliacutetica Europeia e Internacional para Uso das TIC como Apoio para a Inclusatildeo] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfileseuropean-and-internationalshypolicy-supporting-ict-for-inclusion_policy-supporting-ict-for-inclusionpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para as Necessidades Especiais e a Educaccedilatildeo Inclusiva 2014 Vocational Education and Training ndash Summary of Country Information [Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional ndash Resumo de Informaccedilatildeo do Paiacutes] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para as Necessidades Especiais e a Educaccedilatildeo Inclusiva httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesVET Summary of Country information 2014pdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Bennett S e Gallagher TL 2012 The Delivery of Education Services for Students who have an Intellectual Disability in the Province of Ontario [A prestaccedilatildeo de serviccedilos de ensino para alunos com incapacidade intelectual na proviacutencia de Ontaacuterio] Toronto Community Living Ontario

Chapman C Ainscow M Miles S e West M 2011 Leadership that promotes the achievement of students with special educational needs and disabilities [Lideranccedila que promove o sucesso de alunos com necessidades educativas especiais e incapacidades] Nottingham National College for School Leadership

Comissatildeo das Comunidades Europeias 2008 Livro Verde ndash Migraccedilatildeo e mobilidade desafios e oportunidades para os sistemas educativos da UE SEC(2008) 2173 COM20080423 final Bruxelas Comissatildeo das Comunidades Europeias

Conselho da Uniatildeo Europeia 2010 Conclusotildees do Conselho sobre a dimensatildeo social da educaccedilatildeo e da formaccedilatildeo 3013ordf Reuniatildeo do Conselho de EDUCACcedilAtildeO JUVENTUDE E CULTURA Bruxelas 11 de maio de 2010 httpeurshylexeuropaeulegal-contentPTTXTPDFuri=CELEX52010XG0526(01)ampfrom=PT(Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 38

Farrell P Dyson AS Polat F Hutcheson G e Gallannaugh F 2007 laquoSEN inclusion and pupil achievement in English schoolsraquo [Inclusatildeo de crianccedilas com NEE e sucesso dos alunos nas escolas inglesas] Journal of Research in Special Educational Needs 7 (3) 172ndash178

Frilseth L 2012 The Norwegian Model for Education for All in Upper Secondary School [O Modelo Norueguecircs para a Educaccedilatildeo para Todos no Ensino Secundaacuterio] Direccedilatildeo Norueguesa para Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo httpwwweuropeanshyagencyorgagency-projectsra4alra4al-seminar-pdfNorway-L-Frilsethpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Fullan M 2011 Change Leader Learning to do what matters most [Liacuteder de Mudanccedila aprender a fazer o que mais importa] San Francisco Jossey-Bass de Graaf G van Hove G e Haveman M 2011 laquoMore academics in regular schools The effect of regular versus special school placement on academic skills in Dutch primary school students with Down syndromeraquo [Mais acadeacutemicos nas escolas regulares O efeito da colocaccedilatildeo em escola regular versus escola especial nas competecircncias acadeacutemicas em alunos holandeses do ensino primaacuterio com siacutendrome de Down] Journal of International Disability Research December 2011 57(1) 21ndash38 doi 101111j1365-2788201101512x

Hargreaves A e Shirley D 2009 The Fourth Way ndash The inspiring future for educational change [A Quarta Via ndash O futuro inspirador para a mudanccedila educativa] Publicaccedilatildeo conjunta do Ontario Principalsrsquo Council e do National Staff Development Council Thousand Oaks CA Corwin Press

Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO e Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011 ICTs in Education for People with Disabilities Review de innovative practice [TIC na Educaccedilatildeo para Pessoas com Incapacidades revisatildeo da praacutetica inovadora] Moscovo Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO httpwwweuropeanshyagencyorgpublicationsereportsICTs-in-Education-for-People-WithshyDisabilitiesReview-of-Innovative-Practice (Uacuteltimo acesso em julho de 2014) Kalambouka A Farrell P Dyson A e Kaplan I 2005 The impact of population inclusivity in schools on student outcomes [O impacto da inclusividade da populaccedilatildeo em escolas nos resultados dos alunos] Research Evidence in Education Library London EPPI-Centre Social Science Research Unit Institute of Education University of London Kyriazopoulou M e Weber H (eds) 2009 Desenvolvimento de um conjunto de indicadores ndash para a educaccedilatildeo inclusiva na Europa Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Colocar a teoria em praacutetica 39

agencyorgsitesdefaultfilesdevelopment-of-a-set-of-indicators-for-inclusiveshyeducation-in-europe_indicators-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

MacArthur J 2009 Learning Better Together Working towards inclusive education in New Zealand schools [Aprender Melhor Juntos trabalhar para a educaccedilatildeo inclusiva nas escolas da Nova Zelacircndia] Wellington IHC

MacArthur J Kelly B Sharp S amp Gaffney M 2005 Participation or exclusion Disabled childrenrsquos experiences of life at school [Participaccedilatildeo ou exclusatildeo Experiecircncias de vida na escola de crianccedilas com incapacidades] Um artigo apresentado na laquoChildrenrsquos Issues Conferenceraquo Dunedin Nova Zelacircndia julho de 2005 Menter I Hulme M Elliott D e Lewin J 2010 Literature Review on Teacher Education in the 21st Century [Revisatildeo da Literatura sobre a Formaccedilatildeo de Professores no Seacuteculo XXI] Scottish Government Social Research Edimburgo Scottish Government

Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para a Educaccedilatildeo Ciecircncia e Cultura 2009 Policy Guidelines on Inclusion in Education [Diretrizes da Poliacutetica sobre Inclusatildeo na Educaccedilatildeo] Paris UNESCO

Organizaccedilatildeo Mundial de SauacutedeBanco Mundial 2011 World Report on Disability [Relatoacuterio Mundial sobre Deficiecircncia] Genebra Ediccedilotildees OMS httpwwwwhointdisabilitiesworld_report2011enindexhtml (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Organizaccedilatildeo para a Cooperaccedilatildeo e Desenvolvimento Econoacutemico 2011 PISA in Focus Improving Performance Leading from the Bottom [PISA agrave Lupa Melhorar os Resultados Progedir ateacute ao Topo] 20112 (Marccedilo) Paris OCDE Redley M 2009 laquoUnderstanding the social exclusion and stalled welfare of citizens with learning disabilitiesraquo [Compreender a exclusatildeo social e o bem-estar sem progresso dos cidadatildeos com dificuldades de aprendizagem] Disability amp Society 24(4) 489ndash501

Naccedilotildees Unidas 2006 Convenccedilatildeo sobre os Direitos das Pessoas com Deficiecircncia Nova Iorque Naccedilotildees Unidas

Watkins A (ed) 2007 Assessment in Inclusive Settings Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos Questotildees-chave para Poliacuteticas e Praacuteticas Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportsassessment-in-inclusiveshysettings-key-issues-for-policy-and-practiceassessment-in-inclusive-settings-keyshyissues-for-policy-and-practice (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 40

Wilkinson R e Pickett K 2010 The Spirit Level Why Equality is Better para Everyone [O Niacutevel do Espiacuterito Por que a Igualdade eacute Melhor para Todos] Londres Penguin

Willms JD 2006 Learning divides Ten policy questions about the performance and equity of schools and schooling systems [A aprendizagem divide dez perguntas de poliacutetica acerca do desempenho e equidade das escolas e dos sistemas de escolaridade] Montreal Instituto de Estatiacutestica da UNESCO

Colocar a teoria em praacutetica 41

  • preacircmbulo
  • Sumaacuterio Executivo
  • O mais precocemente possiacutevel
    • Introduccedilatildeo
    • Intervenccedilatildeo precoce
    • Deteccedilatildeo e avaliaccedilatildeo precoces
    • Apoio precoce
    • Transiccedilatildeo planeada
      • A educaccedilatildeo inclusiva beneficia todos
        • Introduccedilatildeo
        • A educaccedilatildeo inclusiva como uma abordagem para elevar o sucesso para todos os alunos
        • laquoO que eacute bom para os alunos com NEE eacute igualmente bom para todos os alunosraquo
        • Monitorizaccedilatildeo do progresso
          • profissionais altamente qualificados
            • Introduccedilatildeo
            • Formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo
            • O perfil dos professores inclusivos e outros profissionais
            • Abordagens ao recrutamento
            • Atitudes positivas
            • Trabalho em rede e coordenaccedilatildeo
              • sistemas de apoio e mecanismos de financiamento
                • Introduccedilatildeo
                • Sistemas de apoio e mecanismos de financiamento
                  • Intervenccedilatildeo Precoce na Infacircncia (IPI)
                  • Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula
                  • Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional (EFP)
                  • Tecnologias de Informaccedilatildeo e Comunicaccedilatildeo (TIC)
                      • dados fiaacuteveis
                        • Introduccedilatildeo
                        • Monitorizaccedilatildeo dos direitos dos alunos
                          • (i) Participaccedilatildeo na educaccedilatildeo e formaccedilatildeo
                          • (ii) Acesso ao apoio e agrave adaptaccedilatildeo
                          • (iii) Oportunidades para o sucesso na aprendizagem e na transiccedilatildeo
                          • (iv) Oportunidades de integraccedilatildeo
                            • Monitorizaccedilatildeo da eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusiva
                              • olhar em frente
                              • REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

IacuteNDICE

PREAcircMBULO 5

SUMAacuteRIO EXECUTIVO 6

O MAIS PRECOCEMENTE POSSIacuteVEL 8

Introduccedilatildeo 8

Intervenccedilatildeo precoce 8

Deteccedilatildeo e avaliaccedilatildeo precoces 9

Apoio precoce 9

Transiccedilatildeo planeada 10

A EDUCACcedilAtildeO INCLUSIVA BENEFICIA TODOS 11

Introduccedilatildeo 11

A educaccedilatildeo inclusiva como uma abordagem para elevar o sucesso para todos os alunos 12

laquoO que eacute bom para os alunos com NEE eacute igualmente bom para todos os alunosraquo 13

Monitorizaccedilatildeo do progresso 15

PROFISSIONAIS ALTAMENTE QUALIFICADOS 16

Introduccedilatildeo 16

Formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo 16

O perfil dos professores inclusivos e outros profissionais 17

Abordagens ao recrutamento 17

Atitudes positivas 18

Trabalho em rede e coordenaccedilatildeo 19

SISTEMAS DE APOIO E MECANISMOS DE FINANCIAMENTO 21

Introduccedilatildeo 21

Sistemas de apoio e mecanismos de financiamento 21

Intervenccedilatildeo Precoce na Infacircncia (IPI) 22 Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula 23 Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional (EFP) 24 Tecnologias de Informaccedilatildeo e Comunicaccedilatildeo (TIC) 25

DADOS FIAacuteVEIS 27

Colocar a teoria em praacutetica 3

Introduccedilatildeo 27

Monitorizaccedilatildeo dos direitos dos alunos 28

Monitorizaccedilatildeo da eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusiva 31

OLHAR EM FRENTE 34

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS 35

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 4

PREAcircMBULO

Em novembro de 2013 a Agecircncia Europeia para a Educaccedilatildeo Especial e a Educaccedilatildeo Inclusiva (a Agecircncia) organizou uma conferecircncia internacional destinada a promover um debate aberto sobre a educaccedilatildeo inclusiva O debate envolveu todas as partes interessadas relevantes decisores investigadores e profissionais bem como pessoas com incapacidade e as suas famiacutelias Falar sobre a educaccedilatildeo inclusiva implica falar sobre diferenccedilas como gerir as diferenccedilas nas escolas nas salas de aula e no curriacuteculo em geral O debate atual jaacute natildeo assenta no que eacute a inclusatildeo e por que eacute necessaacuteria a questatildeo-chave eacute como deve ser alcanccedilada Como fazer progressos a niacutevel nacional como implementar as poliacuteticas corretas a niacutevel regional e local e de que forma os professores podem gerir melhor as diferenccedilas na sala de aula estas foram as questotildees-chave abordadas durante a conferecircncia

Este documento apresenta as cinco mensagens relevantes apresentadas pela Agecircncia e debatidas em grupos durante a conferecircncia Os participantes foram convidados a contribuir e a debater estas cinco mensagens-chave

bull O mais precocemente possiacutevel o impacto positivo da deteccedilatildeo e intervenccedilatildeo precoces bem como de medidas proativas

bull A educaccedilatildeo inclusiva beneficia todos o impacto educativo e social positivo da educaccedilatildeo inclusiva

bull Profissionais altamente qualificados a importacircncia de dispor de profissionais altamente qualificados em geral e de professores em particular

bull Sistemas de apoio e mecanismos de financiamento a necessidade de sistemas de apoio bem estabelecidos e mecanismos de financiamento relacionados

bull Dados fiaacuteveis o importante papel desempenhado pelos dados bem como os benefiacutecios e limitaccedilotildees do seu uso

Estas mensagens-chave resumem uma parte essencial do trabalho realizado pela Agecircncia na uacuteltima deacutecada e abordam questotildees relevantes relativamente agrave educaccedilatildeo inclusiva A Agecircncia deseja expressar a sua gratidatildeo a todos os participantes da conferecircncia pela sua contribuiccedilatildeo e empenho neste importante debate

Per Ch Gunnvall Cor JW Meijer

Presidente Diretor

Colocar a teoria em praacutetica 5

SUMAacuteRIO EXECUTIVO

A Conferecircncia Internacional tem sido uma plataforma uacutetil para a reflexatildeo e o debate sobre a educaccedilatildeo inclusiva sob diferentes perspetivas e envolvendo todas as partes interessadas

As questotildees centrais da conferecircncia incluem como gerir as diferenccedilas como apoiar alunos professores e famiacutelias como tirar partido das diferenccedilas a niacutevel da educaccedilatildeo como implementar as medidas certas e qual a melhor forma de investir

A Agecircncia destacou cinco mensagens-chave que foram discutidas em profundidade e que levaram a consideraccedilotildees e accedilotildees adicionais

Os participantes sugeriram uma seacuterie de consideraccedilotildees e propostas de accedilotildees relacionadas com as mensagens-chave

bull O mais precocemente possiacutevel todas as crianccedilas tecircm o direito de receber o apoio necessaacuterio logo que possiacutevel e sempre que necessaacuterio Isso implica a coordenaccedilatildeo e a cooperaccedilatildeo entre os serviccedilos lideradas por um dos serviccedilos em causa As partes interessadas envolvidas devem construir uma comunicaccedilatildeo real entre elas sendo capazes de compreender e fornecer informaccedilatildeo umas agraves outras Os pais satildeo as principais partes interessadas

bull A educaccedilatildeo inclusiva beneficia todos a educaccedilatildeo inclusiva visa proporcionar educaccedilatildeo de qualidade a todos os alunos Para alcanccedilar uma escola inclusiva eacute necessaacuterio o apoio de toda a comunidade dos decisores aos utilizadores finais (alunos e respetivas famiacutelias) A colaboraccedilatildeo eacute necessaacuteria em todos os niacuteveis e todas as partes interessadas precisam de uma visatildeo dos resultados a longo prazo o tipo de jovens que a escola e a comunidade iratildeo laquoproduzirraquo Satildeo necessaacuterias mudanccedilas na terminologia atitudes e valores que reflitam a mais-valia da diversidade e da igualdade de participaccedilatildeo

bull Profissionais altamente qualificados para que os professores e outros profissionais da educaccedilatildeo estejam preparados para a inclusatildeo satildeo necessaacuterias mudanccedilas em todos os aspetos da formaccedilatildeo ndash programas de formaccedilatildeo praacuteticas diaacuterias recrutamento financcedilas etc Os professores e os profissionais da educaccedilatildeo da proacutexima geraccedilatildeo tecircm de estar preparados para serem professoresformadores para todos os alunos devem receber formaccedilatildeo natildeo apenas em termos de competecircncias mas tambeacutem de valores eacuteticos

bull Sistemas de apoio e mecanismos de financiamento os melhores indicadores de financiamento natildeo se localizam nas financcedilas mas na mediccedilatildeo da eficiecircncia e sucesso Eacute essencial considerar os resultados e relacionaacute-los com os esforccedilos investidos para alcanccedilaacute-los Isso envolve a monitorizaccedilatildeo e a mediccedilatildeo da

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 6

eficiecircncia dos sistemas de modo a concentrar recursos financeiros para abordagens bem-sucedidas As estruturas de incentivo devem garantir a disponibilidade de apoio financeiro se os alunos forem colocados em contextos inclusivos e que eacute dada maior ecircnfase aos resultados (natildeo apenas a niacutevel acadeacutemico)

bull Dados fiaacuteveis a recolha significativa de dados de qualidade implica uma abordagem sisteacutemica que engloba questotildees relacionadas com os alunos colocaccedilatildeo professores e obtenccedilatildeo de recursos Os dados relacionados com a colocaccedilatildeo do aluno constituem um ponto de partida uacutetil e necessaacuterio embora tenham de ser complementados com dados claros sobre os resultados e efeitos do sistema Os dados sobre os resultados do aluno ndash o impacto da educaccedilatildeo inclusiva ndash satildeo muito mais difiacuteceis de recolher estando muitas vezes em falta na recolha de dados dos paiacuteses

Por uacuteltimo os principais resultados das discussotildees podem ser resumidos da seguinte forma planear e implementar a educaccedilatildeo inclusiva eacute um processo que diz respeito a todo o sistema de ensino e a todos os alunos a equidade e a qualidade andam a par e a educaccedilatildeo inclusiva deve ser vista como um conceito em evoluccedilatildeo onde as questotildees relacionadas com a diversidade e a democracia satildeo cada vez mais importantes

Colocar a teoria em praacutetica 7

O MAIS PRECOCEMENTE POSSIacuteVEL

Introduccedilatildeo

laquoO mais precocemente possiacutevelraquo refere-se antes de mais a intervir numa fase precoce da vida de uma crianccedila Cobre tambeacutem muitos outros elementos relevantes incluindo intervir logo que a necessidade eacute detetada implementar a avaliaccedilatildeo precoce fornecer o apoio necessaacuterio o mais precocemente possiacutevel e preparar e planear as fases de transiccedilatildeo de uma fase educativa para a seguinte e para o emprego

Ainda que diversos projetos da Agecircncia natildeo tenham analisado a reduccedilatildeo das taxas de abandono escolar a reduccedilatildeo destas taxas envolve boas poliacuteticas e praacuteticas em termos de deteccedilatildeo precoce aleacutem de um apoio precoce e eficiente

Intervenccedilatildeo precoce

Durante a Audiccedilatildeo no Parlamento Europeu que a Agecircncia organizou em 2011 os jovens referiram os seguintes pontos laquoA inclusatildeo comeccedila no jardim-de-infacircnciaraquo (Agecircncia Europeia 2012a paacuteg 14) laquoA diversidade eacute positiva eacute importante preparar as pessoas desde o iniacutecio para trabalharem com as crianccedilas para construiacuterem uma geraccedilatildeo melhorraquo (ibid paacuteg 30)

No quadro do relatoacuterio de 2010 da Agecircncia Intervenccedilatildeo Precoce na Infacircncia ndash Progressos e Desenvolvimentos 2005ndash2010 a intervenccedilatildeo precoce na infacircncia (IPI) eacute definida como

um conjunto de serviccedilosrecursos para as crianccedilas em idades precoces e suas famiacutelias os quais satildeo disponibilizados quando solicitados pela famiacutelia num certo periacuteodo da vida da crianccedila incluindo qualquer accedilatildeo realizada qua ndo ela necessita de apoio especializado para Assegurar e incrementar o seu desenvolvimento pessoal Fortalecer as competecircncias da famiacutelia e Promover a inclusatildeo social da famiacutelia e da crianccedila (Agecircncia Europeia 2010 paacuteg 7)

Entre os diferentes elementos identificados como relevantes para a IPI a disponibilidade eacute um dos que tem de ser destacado

um objetivo comum da IPI eacute abranger tatildeo cedo quanto possiacutevel todas as crianccedilas e famiacutelias que necessitem de apoio Este objetivo eacute de grande prioridade nos paiacuteses com populaccedilatildeo dispersa ou em zonas rurais isoladas de forma a compensar as diferenccedilas entre as aacutereas rurais e urbanas no que respeita agrave disponibilizaccedilatildeo dos recursos e a garantir que as crianccedilas e famiacutelias que requerem apoio possam beneficiar da mesma qualidade de serviccedilos (ibid paacuteg 7ndash8)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 8

A intervenccedilatildeo precoce foi tambeacutem debatida no quadro do projeto Diversidade multicultural e necessidades especiais de educaccedilatildeo

Os professores e os profissionais de um centro de apoio apresentaram prioridades claras Estas incluiacuteram intervenccedilatildeo precoce necessidade de trabalhar com os pais [entre outras] (Agecircncia Europeia 2009a paacuteg 59)

Deteccedilatildeo e avaliaccedilatildeo precoces O relatoacuterio da Agecircncia Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos Questotildeesshychave para Poliacuteticas e Praacuteticas apresenta uma descriccedilatildeo exaustiva deste aspeto importante Afirma-se que

A avaliaccedilatildeo inicial dos alunos que se pensa terem NEE [necessidades educativas especiais] pode ter duas finalidades possiacuteveis

bull Identificaccedilatildeo associada a uma decisatildeo oficial de laquoreconhecerraquo um aluno como tendo necessidades educativas que requerem recursos adicionais para apoio agrave sua aprendizagem

bull Dar indicaccedilotildees para os programas de aprendizagem nos quais a avaliaccedilatildeo eacute focalizada nas aacutereas fortes e fracas que o aluno pode apresentar nas diferentes aacutereas curriculares Tal informaccedilatildeo eacute muitas vezes utilizada de uma forma formativa ndash talvez como ponto de partida para os Planos Educativos Individuais ndash em vez de funcionar unicamente como uma avaliaccedilatildeo preacutevia (ponto de partida) (Watkins 2007 paacuteg 23)

laquoAs equipas multidisciplinares realizam a avaliaccedilatildeo inicial com os professores de turma os pais e os alunos como parceiros no processo de avaliaccedilatildeoraquo (ibid paacuteg 38)

A importacircncia da avaliaccedilatildeo precoce seguida por medidas de intervenccedilatildeo precoce foi reforccedilada no acircmbito do relatoacuterio da Agecircncia Diversidade multicultural e necessidades especiais de educaccedilatildeo (2009a) bem como nas observaccedilotildees do relatoacuterio Mapeamento da Implementaccedilatildeo de Poliacuteticas para a Educaccedilatildeo Inclusiva (MIPIE) da Agecircncia (2011a)

Apoio precoce

A maior parte dos relatoacuterios da Agecircncia refere a importacircncia e a vantagem do apoio precoce

O projeto Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula refere que

A decisatildeo sobre o apoio temporaacuterio aos alunos deve obedecer aos seguintes criteacuterios (1) o mais precocemente possiacutevel (2) da forma mais flexiacutevel possiacutevel (se uma abordagem natildeo funciona escolher outra) (3) da forma menos restritiva possiacutevel (sem efeitos secundaacuterios) (4) no local mais proacuteximo possiacutevel

Colocar a teoria em praacutetica 9

(preferencialmente na classe ou na escola regular) (5) durante um periacuteodo de tempo tatildeo curto quanto possiacutevel (Agecircncia Europeia 2003 paacuteg 16)

No relatoacuterio Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo na Europa ndash Desafios e Oportunidades afirma-se que

O investimento na educaccedilatildeo de infacircncia e num sistema educativo cada vez mais inclusivo representam provavelmente a longo prazo uma utilizaccedilatildeo mais eficaz dos recursos do que as iniciativas de curto prazo destinadas a laquocolmatar lacunasraquo ou apoiar determinados grupos marginalizados (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 82)

Transiccedilatildeo planeada Diferentes projetos da Agecircncia relativos agrave transiccedilatildeo focaram-se na necessidade de um plano precoce com o propoacutesito de passar de uma fase educativa para a seguinte bem como do ensino para o emprego (2002a 2002b 2006 e 2013)

O relatoacuterio Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Princiacutepios-chave e Recomendaccedilotildees para Responsaacuteveis Poliacuteticos reforccedila que os paiacuteses tecircm de laquoAssegurar o desenvolvimento de planos de transiccedilatildeo com a antecipaccedilatildeo necessaacuteria na vida escolar do aluno e natildeo somente no final da escolaridade obrigatoacuteriaraquo (Agecircncia Europeia 2002a paacuteg 6)

No enquadramento do trabalho desenvolvido pela Agecircncia sobre este tema Planos Individuais de Transiccedilatildeo

a transiccedilatildeo para o emprego surge como parte de um longo e complexo processo que cobre todas as fases da vida de uma pessoa e que necessita de ser orientada da forma mais apropriada laquoUma vida boa para todosraquo bem como laquoum bom trabalho para todosraquo satildeo os fins uacuteltimos de um processo de transiccedilatildeo bem sucedido Os tipos de recursos ou a organizaccedilatildeo da escola natildeo devem interferir com ou impedir que se realize tal processo (Agecircncia Europeia 2006 paacuteg 8ndash9)

Em conclusatildeo a intervenccedilatildeo precoce tem por objetivo principal proporcionar atividades significativas e positivas para promover o desenvolvimento precoce da crianccedila o envolvimento da famiacutelia a qualidade de vida a inclusatildeo social e o enriquecimento social Eacute necessaacuterio ter em conta que os serviccedilos de apoio satildeo essenciais para alguns mas tambeacutem beneacuteficos para todos Todas as crianccedilas tecircm o direito de receber apoio sempre que necessaacuterio Tal exige uma abordagem coordenada entre os setores e uma colaboraccedilatildeo eficaz entre todas as partes interessadas

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 10

A EDUCACcedilAtildeO INCLUSIVA BENEFICIA TODOS

Introduccedilatildeo

Existe um reconhecimento crescente na Europa e mais amplamente a niacutevel internacional de que eacute fundamental avanccedilar no sentido de uma poliacutetica e praacutetica inclusivas no ensino Nas Conclusotildees do Conselho sobre a dimensatildeo social da educaccedilatildeo e da formaccedilatildeo afirma-se que laquoTodos os estudantes sairatildeo beneficiados se forem criadas as condiccedilotildees necessaacuterias ao ecircxito da inclusatildeo de todos os alunos com necessidades especiaisraquo (Conselho da Uniatildeo Europeia 2010 paacuteg 5)

O Livro Verde da Comissatildeo das Comunidades Europeias relativo agrave Migraccedilatildeo e Mobilidade frisa que

As escolas devem ser determinantes para o fomento de uma sociedade inclusiva porque constituem uma oportunidade privilegiada para os jovens das comunidades migrantes e de acolhimento se conhecerem e respeitarem mutuamentehellip a diversidade cultural e linguiacutestica pode constituir um recurso inestimaacutevel para as escolas (Comissatildeo das Comunidades Europeias 2008 paacuteg 3)

A Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para a Educaccedilatildeo Ciecircncia e Cultura (UNESCO) (2009) indica claramente que a educaccedilatildeo inclusiva eacute uma questatildeo de equidade e por conseguinte uma questatildeo de qualidade com impacto em todos os alunos Eacute colocada a ecircnfase em trecircs propostas relativas agrave educaccedilatildeo inclusiva a inclusatildeo e a qualidade satildeo reciacuteprocas o acesso e a qualidade estatildeo ligados e reforccedilam-se mutuamente e por uacuteltimo a qualidade e a equidade satildeo essenciais para garantir a educaccedilatildeo inclusiva

Diversos projetos da Agecircncia centraram-se tambeacutem nesta questatildeo O relatoacuterio sobre a conferecircncia Elevar o Sucesso de Todos os Alunos (RA4AL) da Agecircncia (Agecircncia Europeia 2012c) realccedila que as questotildees que dizem respeito agrave definiccedilatildeo da inclusatildeo tecircm-se tornado cada vez mais importantes Contudo parece existir um acordo crescente quanto agrave necessidade de uma abordagem baseada nos direitos para o desenvolvimento de uma maior equidade e justiccedila social e para o apoio do desenvolvimento de uma sociedade sem discriminaccedilotildees Verificou-se por conseguinte um alargamento do debate sobre a inclusatildeo tendo o foco passado da relocalizaccedilatildeo de crianccedilas descritas como tendo necessidades educativas especiais para as escolas regulares para a vontade de disponibilizar educaccedilatildeo de alta qualidade ndash e consequentes benefiacutecios ndash a todos os alunos Agrave medida que cada vez mais paiacuteses abraccedilam uma definiccedilatildeo mais ampla de educaccedilatildeo inclusiva a diversidade eacute reconhecida como laquonaturalraquo em qualquer grupo de alunos e a educaccedilatildeo inclusiva pode ser encarada como uma forma de elevar o

Colocar a teoria em praacutetica 11

sucesso atraveacutes da presenccedila (acesso agrave educaccedilatildeo) participaccedilatildeo (qualidade da experiecircncia de aprendizagem) e sucesso (processos e resultados da aprendizagem) de todos os alunos

O trabalho da Agecircncia no documento Princiacutepios-Chave para a Promoccedilatildeo da Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva (Agecircncia Europeia 2009b) reforccedila a importacircncia das abordagens de aprendizagem centradas no alunopersonalizadas da avaliaccedilatildeo do professor que apoia a aprendizagem e do trabalho em colaboraccedilatildeo com os pais e as famiacutelias estes pontos satildeo poreacutem essenciais para melhorar a qualidade de educaccedilatildeo para todos os alunos

A educaccedilatildeo inclusiva como uma abordagem para elevar o sucesso para todos os alunos

Wilkinson e Pickett salientam que laquouma maior igualdade aleacutem de uma melhoria do bem-estar de toda a populaccedilatildeo eacute tambeacutem a chave para os padrotildees nacionais de sucessoraquo (2010 paacuteg 29) Eles frisam que se

um paiacutes deseja obter niacuteveis meacutedios mais elevados de sucesso educativo entre os alunos em idade escolar deve dar resposta agrave desigualdade subjacente que cria um gradiente social mais acentuado em termos de sucesso educativo (ibid paacuteg 30)

Ao desafiar a ideia de que a inclusatildeo de todos os alunos pode de alguma forma ser prejudicial para um sucesso elevado a Organizaccedilatildeo para a Cooperaccedilatildeo e Desenvolvimento Econoacutemico (OCDE 2011) mostra que a melhoria dos alunos com um desempenho mais baixo natildeo tem de ser feita agrave custa daqueles com melhores desempenhos As observaccedilotildees do relatoacuterio da UNESCO designado Learning Divides [A aprendizagem divide] (Willms 2006) fornece tambeacutem evidecircncias de que um desempenho escolar forte e a equidade podem andar de matildeos dadas e que os paiacuteses com os niacuteveis mais altos de desempenho tendem a ser aqueles que tecircm vindo a elevar o sucesso de todos os alunos (Agecircncia Europeia 2012d)

De acordo com o relatoacuterio RA4AL da Agecircncia

Farrell e colegas (2007) hellip descobriram um reduzido nuacutemero de pesquisas que sugerem que a colocaccedilatildeo de alunos com NEE em escolas regulares natildeo tem consequecircncias adversas de maior para o sucesso acadeacutemico comportamento e atitudes de todas as crianccedilas Uma revisatildeo sistemaacutetica da literatura encomendada pela Evidence for Policy and Practice Initiative [Iniciativa Evidecircncia por Poliacuteticas e Praacuteticas] (EPPI) (Kalambouka et al 2005) constatou tambeacutem que de um modo geral natildeo se observam efeitos adversos nos alunos sem NEE quando se incluem alunos com necessidades especiais nas escolas regulares (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 8)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 12

Diversos estudos descrevem os benefiacutecios da inclusatildeo para os alunos sem incapacidades Esses benefiacutecios incluem

aumento da valorizaccedilatildeo e aceitaccedilatildeo das diferenccedilas individuais e da diversidade respeito por todas as pessoas preparaccedilatildeo para a vida adulta numa sociedade inclusiva e oportunidades para dominar atividades praticando e ensinando outros Tais efeitos estatildeo tambeacutem documentados numa investigaccedilatildeo recente por exemplo da autoria de Bennett e Gallagher (2012) (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 8)

O impacto positivo das colocaccedilotildees em contextos inclusivos de alunos com incapacidades eacute registado por investigaccedilotildees como as realizadas por MacArthur et al (2005) e de Graaf et al (2011) Este impacto inclui relaccedilotildees e redes sociais melhoradas modelos dos pares maior sucesso maiores expetativas maior colaboraccedilatildeo entre os profissionais da escola e melhor integraccedilatildeo das famiacutelias na comunidade (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 8)

Benefiacutecios adicionais podem incluir acesso a mais amplas oportunidades curriacuteculares e reconhecimento e acreditaccedilatildeo do sucesso

Deve ser considerada a melhoria da organizaccedilatildeo dos laquoespaccedilosraquo para aprendizagem e a criaccedilatildeo de mais oportunidades para os alunos descobrirem talentos em diversas aacutereas para aleacutem da aprendizagem acadeacutemica (ibid paacuteg 25)

A investigaccedilatildeo de Chapman et al (2011) centrou-se especificamente na

lideranccedila que promove sucesso para alunos com NEEincapacidadese sugeriu que a presenccedila de uma populaccedilatildeo diversificada de estudantes pode nas condiccedilotildees organizacionais certas estimular as disposiccedilotildees colaborativas e incentivar formas inovadoras de ensinar a de modo a chegar a todos os grupos de alunos (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 21)

laquoO que eacute bom para os alunos com NEE eacute igualmente bom para todos os alunosraquo

Esta declaraccedilatildeo feita na publicaccedilatildeo da Agecircncia denominada Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula (Agecircncia Europeia 2003 paacuteg 33) tem sido desde essa altura repetida com frequecircncia no trabalho da Agecircncia

Por exemplo o mesmo estudo frisou que

a tutoria entre pares ou a aprendizagem cooperativa eacute eficaz para a aprendizagem e para o desenvolvimento cognitivo e afetivo (soacutecio-emocional) dos alunos Os alunos que se entreajudam principalmente num sistema de composiccedilatildeo de grupos flexiacutevel e bem ponderado beneficiam com esta aprendizagem em comum (ibid paacuteg 23)

Colocar a teoria em praacutetica 13

No trabalho da Agecircncia sobre a praacutetica inclusiva nas escolas secundaacuterias em 2005 sublinhou-se que

Todos os alunos ndash incluindo os que apresentam necessidades educativas especiais ndash tecircm demonstrado evoluir na aprendizagem quando o seu trabalho eacute sistematicamente planeado supervisionado e avaliado (Agecircncia Europeia 2005 paacuteg 6)

e que

Todos os alunos beneficiam com a aprendizagem cooperativa o aluno que explica ao outro reteacutem melhor e por mais tempo a informaccedilatildeo e as necessidades do aluno que estaacute a aprender satildeo abordadas de melhor forma por um par cujo niacutevel de compreensatildeo esteja apenas ligeiramente acima do seu proacuteprio niacutevel (ibid paacuteg 18)

No relatoacuterio RA4AL afirma-se que

um sistema que permite que os alunos progridam rumo a objetivos comuns mas atraveacutes de vias diferentes utilizando diferentes estilos de aprendizagem e avaliaccedilatildeo deve ser mais inclusivo e elevar o sucesso de todos os alunos (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 25)

O relatoacuterio da Agecircncia Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos regista tambeacutem a necessidade de envolver todos os alunos e paisfamiacutelias no processo tanto de aprendizagem como de avaliaccedilatildeo (Watkins 2007) O mesmo relatoacuterio refere que o processo de diferenciaccedilatildeo requer uma anaacutelise cuidadosa Embora possa tambeacutem estar associado a individualizaccedilatildeo e personalizaccedilatildeo e ser visto como uma forma de satisfazer necessidades individuais ou de grupo mais especiacuteficas manteacutem-se frequentemente centrado no professor ao inveacutes de ser orientado para aluno A personalizaccedilatildeo tem de comeccedilar com as necessidades e interesses de todos os alunos

No mais recente projeto i-access da Agecircncia constata-se que os benefiacutecios da tecnologia de apoio ou laquotecnologia facilitadoraraquo mostram-se frequentemente uacuteteis para uma ampla variedade de utilizadores laquoA acessibilidade beneficia os utilizadores com incapacidades eou necessidades educativas especiais bem como todos os utilizadoresraquo (Agecircncia Europeia 2012e paacuteg 22)

As opiniotildees dos jovens com e sem incapacidades expressas na publicaccedilatildeo Perspetivas dos Jovens sobre Educaccedilatildeo Inclusiva fornecem um resumo claro dos benefiacutecios da educaccedilatildeo inclusiva para todos os alunos Como um jovem aluno afirmou laquoEducaccedilatildeo inclusiva eacute para todas as crianccedilas As escolas regulares devem estar perto das suas residecircncias Esta experiecircncia permite encontrar as pessoas vizinhasraquo (Agecircncia Europeia 2012a paacuteg 11) Outros acrescentaram laquoOs alunos

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 14

com e sem necessidades especiais podem aprender uns com os outros e trocarconhecimentosraquo laquoEacute bom para noacutes e bom para eles Eacute importante reconhecer os benefiacutecios para todos na turmaraquo e laquoA educaccedilatildeo inclusiva ajuda as crianccedilas a tornarem-se mais tolerantes com mentalidades mais abertasraquo (ibid paacuteg 23)

Monitorizaccedilatildeo do progresso

Na medida em que a educaccedilatildeo inclusiva se alargou para assegurar a qualidade da educaccedilatildeo para todos os alunos eacute necessaacuterio encontrar novas formas de monitorizar o progresso Sugere-se com base no trabalho realizado pela Agecircncia nos indicadores e no relatoacuterio MIPIE (2011a) que a niacutevel escolar a recolha de dados possa ter em conta fatores com possiacutevel impacto na qualidade das estrateacutegias de admissatildeo das escolas tais como regras e poliacuteticas de admissatildeo natildeo discriminatoacuterias poliacuteticas e estrateacutegias desenvolvidas para apoiar os alunos a expressarem as suas necessidades existecircncia de uma declaraccedilatildeo poliacutetica clara contra o bullying implementaccedilatildeo dos coacutedigos de praacutetica existentes relativamente agrave educaccedilatildeo inclusiva sessotildees de formaccedilatildeo do pessoal quanto a questotildees de admissatildeo e criaccedilatildeo de um ambiente escolar acolhedor trabalho em respeito e colaboraccedilatildeo com alunos e famiacutelias estrateacutegias para ajudar os alunos e as famiacutelias a participarem ativamente na comunidade escolar e na sala de aula e disponibilizaccedilatildeo de estrateacutegias de informaccedilatildeo e aconselhamento e respetivo impacto nos alunos

Em conclusatildeo o debate mais amplo sobre a inclusatildeo pretende no momento presente ndash proporcionar uma educaccedilatildeo de alta qualidade (e benefiacutecios) a todos os alunos Um desempenho escolar forte e a equidade podem andar de matildeos dadas

O sistema de ensino eacute complexo e fragmentado e atualmente falta-lhe uma linha de pensamento consistente acerca da educaccedilatildeo inclusiva De um modo geral o apoio aos diretores e liacutederes que queiram tentar proceder a alteraccedilotildees em situaccedilotildees isoladas eacute muito reduzido A diversidade tem vindo a aumentar em todo o sistema mas as tradiccedilotildees do passado restringem as accedilotildees A capacidade das escolas deve ser desenvolvida atraveacutes da consciencializaccedilatildeo do contexto da correspondecircncia (entre legislaccedilatildeo e poliacuteticapraacutetica) da clareza conceptual e de um apoio contiacutenuo ndash para todos partes interessadas ndash que incentive as escolas a serem proativas e natildeo reativas Conhecer todos os alunos e intervir de forma precoce ajudaraacute a desenvolver apoio de qualidade para todos os alunos considerado como parte da educaccedilatildeo em geral

Colocar a teoria em praacutetica 15

PROFISSIONAIS ALTAMENTE QUALIFICADOS

Introduccedilatildeo

laquoProfissionais altamente qualificadosraquo envolve questotildees de formaccedilatildeo inicial e contiacutenua perfil valores e competecircncia dos professores abordagens eficazes ao recrutamento e atitudes bem como trabalho em rede e coordenaccedilatildeo de todos profissionais Os jovens que participaram na Audiccedilatildeo do Parlamento Europeu organizada pela Agecircncia em 2011 referiram

O ponto de partida para a educaccedilatildeo inclusiva eacute a sensibilizaccedilatildeo e a formaccedilatildeo dprofessores hellip Os professores devem compreender o que cada aluno precisa e dar-lhe oportunidade de atingir os objetivos com sucesso Todos temos talentos juntos construiacutemos uma melhor comunidade de trabalho (Agecircncia Europeia 2012a paacuteg 12)

e

Formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo

Uma formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo adequada dos professores e outros profissionais eacute considerada um fator-chave para praacuteticas inclusivas bem-sucedidas O relatoacuterio da Agecircncia Princiacutepios-chave para a Promoccedilatildeo da Qualidade em Educaccedilatildeo Inclusiva Recomendaccedilotildees para a praacutetica frisa que

Todos os professores devem ter competecircncias para responder agraves diversas necessidades de todos os alunos Na formaccedilatildeo inicial e contiacutenua os professores devem adquirir as competecircncias conhecimento e compreensatildeo que lhes permitam ter a confianccedila necessaacuteria para lidar eficazmente com as diversas necessidades dos alunos (Agecircncia Europeia 2011c paacuteg 15)

O relatoacuterio da Agecircncia Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo na Europa ndash Desafios e Oportunidades aborda a estrutura da formaccedilatildeo inicial de professores Afirma-se que

Uma das principais prioridades da formaccedilatildeo de professores hellip eacute a necessidade de rever a sua estrutura para melhorar a formaccedilatildeo de professores para a inclusatildeo e para integrar a formaccedilatildeo inicial e especializada O conhecimento sobre a mudanccedila do papel dos professores evoluiu imenso tendo sido realccedilada a necessidade de introduzir mudanccedilas significativas na forma como os professores satildeo preparados para as suas funccedilotildees e responsabilidades profissionais (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 19)

Aleacutem disso indica que

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 16

Os formadores de professores satildeo atores-chave na garantia da alta qualidade do corpo docente Muitos paiacuteses europeus natildeo tecircm ainda uma poliacutetica expliacutecita sobre as competecircncias dos formadores de professores nem sobre a forma como devem ser selecionados ou formados (ibid paacuteg 66)

O perfil dos professores inclusivos e outros profissionais

No quadro do projeto da Agecircncia Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo o Perfil de Professores Inclusivos (Agecircncia Europeia 2012b) foi desenvolvido como um guia para a conceccedilatildeo e a implementaccedilatildeo de programas de formaccedilatildeo inicial de professores (FIP) para todos professores Identifica um quadro de valores essenciais e de aacutereas de competecircncia aplicaacuteveis a qualquer programa FIP na preparaccedilatildeo de todos os professores para trabalharem em educaccedilatildeo inclusiva respondendo agrave diversidade

O quadro de valores essenciais e de aacutereas de competecircncia inclui

Valorizaccedilatildeo da diversidade ndash a diferenccedila eacute considerada um recurso e um valor para a educaccedilatildeo As aacutereas de competecircncia dentro deste valor fundamental dizem respeito a Conceccedilotildees de educaccedilatildeo inclusiva Perspetivas do professor sobre a diferenccedila dos alunos

Apoiar todos os alunos ndash os professores tecircm elevadas expectativas sobre os resultados de todos os alunos As aacutereas de competecircncia dentro deste valor essencial dizem respeito a Promoccedilatildeo da aprendizagem acadeacutemica praacutetica social e emocional de todos os alunos Metodologias de ensino eficazes em turmas heterogeacuteneas

Trabalho com outros ndash colaboraccedilatildeo e trabalho em equipa satildeo metodologias essenciais para todos os professores As aacutereas de competecircncia dentro deste valor essencial dizem respeito a Trabalho com pais e famiacutelias Trabalho com um vasto leque de profissionais de educaccedilatildeo

Desenvolvimento profissional e pessoal ndash o ensino eacute uma atividade de aprendizagem e os professores satildeo responsaacuteveis pela aprendizagem ao longo da vida As aacutereas de competecircncia dentro deste valor essencial dizem respeito a Professores como profissionais reflexivos Formaccedilatildeo inicial de professores como base para o desenvolvimento profissional contiacutenuo (ibid paacuteg 7)

Abordagens ao recrutamento

As abordagens eficazes ao recrutamento e o aumento das taxas de permanecircncia dos professores e outros profissionais satildeo indicados como fatores-chave numa seacuterie de projetos da Agecircncia O relatoacuterio da Agecircncia Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo na Europa ndash Desafios e Oportunidades realccedila que

Colocar a teoria em praacutetica 17

Devem ser encontradas estrateacutegias efetivas para melhorar o recrutamento dos candidatos a professores para aumentar as taxas de permanecircncia a par de medidas destinadas a aumentar o nuacutemero de professores de diferentes origens e incluindo professores com deficiecircncia (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 75)

O relatoacuterio do projeto refere que

Uma minoria de paiacuteses tem testes para selecionar o acesso agrave docecircncia Contudo a investigaccedilatildeo recentemente levada a cabo para efeitos da Revisatildeo da Formaccedilatildeo de Professores na Escoacutecia (Menter e colegas 2010) realccedila evidecircncias que mostram que haacute muitas dimensotildees do ensino efetivo que natildeo satildeo fidedignamente preditiacuteveis por testes de capacidade acadeacutemica Esta conclusatildeo estaacute em concordacircncia com a revisatildeo da literatura deste projeto e com os relatoacuterios dos paiacuteses que realccedilam a importacircncia das atitudes valores e crenccedilas no desenvolvimento de praacuteticas inclusivas Tanto as atitudes valores e crenccedilas como as disposiccedilotildees que apoiam o desenvolvimento das requeridascompetecircncias satildeo difiacuteceis de apurar mesmo atraveacutes de uma entrevista Eacute necessaacuteria mais investigaccedilatildeo para encontrar indicadores eficazes para a seleccedilatildeo de candidatos (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 21)

Atitudes positivas

As atitudes positivas dos professores e outros profissionais satildeo indicadas como um elemento-chave na educaccedilatildeo inclusiva na maioria dos projetos da Agecircncia O relatoacuterio da Agecircncia Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula constata que

Obviamente que a inclusatildeo depende largamente da atitude dos professores face aos alunos com necessidades especiais das suas perceccedilotildees sobre as diferenccedilas na sala de aula e da sua vontade de lidar eficazmente com essas diferenccedilas A atitude dos professores foi indicada como um fator decisivo na construccedilatildeo de escolas mais inclusivas (Agecircncia Europeia 2003 paacuteg 12)

Do mesmo modo o relatoacuterio da Agecircncia designado Princiacutepios-Chave para a Promoccedilatildeo da Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva ndash Recomendaccedilotildees para a praacutetica realccedila a importacircncia das atitudes positivas Afirma-se que

Todos os professores devem ter atitudes positivas em relaccedilatildeo a todos os alunos e disponibilidade para trabalhar em colaboraccedilatildeo com os colegas Todos os professores devem entender a diversidade como uma forccedila e um estiacutemulo para sua proacutepria aprendizagem (Agecircncia Europeia 2011c paacuteg 14)

O relatoacuterio da Agecircncia Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos Questotildeesshychave para Poliacuteticas e Praacuteticas indica que

As atitudes dos professores de turma face ao processo de avaliaccedilatildeo inclusiva satildeo cruciais As atitudes positivas podem ser fomentadas atraveacutes de formaccedilatildeo

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 18

apoio e recursos apropriados e de experiecircncias de inclusatildeo bem sucedidas Os professores necessitam de experiecircncias bem sucedidas para os ajudar a desenvolver as necessaacuterias atitudes positivas (Watkins 2007 paacuteg 53)

Trabalho em rede e coordenaccedilatildeo

Todos os relatoacuterios da Agecircncia referem o papel eficaz da colaboraccedilatildeo e coordenaccedilatildeo dos profissionais e do trabalho em rede com serviccedilos comunitaacuterios interdisciplinares Um exemplo digno de nota eacute o relatoacuterio da Agecircncia Formaccedilatildeo de professores para a Inclusatildeo Perfil de Professores Inclusivos (TE4I) no qual se realccedila que

A implementaccedilatildeo da educaccedilatildeo inclusiva deve ser vista como uma tarefa coletiva com funccedilotildees e responsabilidades atribuiacutedas aos diferentes intervenientes O apoio aos professores de turma inclui o acesso a estruturas que facilitam a comunicaccedilatildeo e o trabalho de equipa com diferentes profissionais (incluindo aqueles que trabalham em instituiccedilotildees de ensino superior) bem como oportunidades para o desenvolvimento profissional (Agecircncia Europeia 2012b paacuteg 24)

Na publicaccedilatildeo da Agecircncia Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula nos 2ordm e 3ordm Ciclos de Ensino Baacutesico as questotildees do ensino cooperativo e da resoluccedilatildeo cooperativa de problemas satildeo apresentadas como fatores-chave para uma praacutetica inclusiva eficaz O projeto afirma que laquoOs professores precisam do apoio dos colegas da escola e de ser capazes de colaborar com eles Necessitam igualmente do apoio e da colaboraccedilatildeo de profissionais exteriores agrave escolaraquo (Agecircncia Europeia 2005 paacuteg 5)

Para concluir

A educaccedilatildeo inclusiva implica uma alteraccedilatildeo sisteacutemica que exige uma transformaccedilatildeo quanto ao modo como os professores e outros profissionais do ensino satildeo formados natildeo apenas em termos de competecircncias mas tambeacutem de valores eacuteticos

Os principais aspetos relacionados com os profissionais altamente qualificados podem ser resumidos numa seacuterie de indicadores na aacuterea da legislaccedilatildeo para a educaccedilatildeo inclusiva desenvolvidos e apresentados no projeto da Agecircncia Desenvolvimento de um conjunto de indicadores ndash para a educaccedilatildeo inclusiva na Europa

Programas de formaccedilatildeo inicial e contiacutenua de professores incluem conteuacutedos sobre a educaccedilatildeo especial e a inclusatildeo Professores e outros profissionais satildeo apoiados para desenvolverem os seus conhecimentos competecircncias e atitudes relativas agrave inclusatildeo de forma a

Colocar a teoria em praacutetica 19

estarem preparados para responder agraves necessidades de todos os alunos no ensino regular

Disponibilizaccedilatildeo de cursos e oportunidades para a melhoria do desenvolvimento profissional dos professores

Os professores planificam ensinam e reavaliam em parceria

Recursos satildeo disponibilizados para o adequado desenvolvimento profissional relacionados com a resposta agraves necessidades especiais em educaccedilatildeo inclusiva (Kyriazopoulou e Weber 2009 paacuteg 29)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 20

SISTEMAS DE APOIO E MECANISMOS DE FINANCIAMENTO

Introduccedilatildeo

Em novembro de 2011 a Agecircncia Europeia acolheu uma Audiccedilatildeo no Parlamento Europeu em Bruxelas Participaram oitenta e oito jovens com e sem necessidades educativas especiais eou incapacidades do ensino secundaacuterio e da formaccedilatildeo vocacional para debaterem o significado da educaccedilatildeo inclusiva para eles Alguns dos resultados estatildeo diretamente relacionados com questotildees de recursos e financiamento laquoA educaccedilatildeo inclusiva requer recursos adicionais como tempo e dinheiro mas cada aluno deve ter a educaccedilatildeo que querraquo (Agecircncia Europeia 2012a paacuteg 13)

O acesso fiacutesico dos edifiacutecios eacute importante (elevadores portas automaacuteticas interruptores acessiacuteveis etc) hellip No caso dos testes eacute necessaacuterio tempo extra hellip Satildeo necessaacuterios sistemas internos de apoio para os alunos com deficiecircncias (ibid paacuteg 28ndash29)

Eacute bom ter apoio de pessoas de fora da equipa da escola que possam atuar como mediadores para os alunos com necessidades especiais Havia professores que natildeo queriam cooperar no trabalho de educaccedilatildeo inclusiva para mim e para outros os professores devem aceitar todos nas suas salas de aula (ibid paacuteg 20)

Os cortes do governo estatildeo a ter impacto no apoio ndash pessoas como os mediadores estatildeo a perder os seus empregos O dinheiro estaacute a ir para as escolas mas eacute tatildeo disfuncional que significa que os professores laquonormaisraquo tecircm de prestar o apoio e eles natildeo satildeo capazes (ibid paacuteg 28)

A educaccedilatildeo inclusiva eacute muitas vezes referida como dispendiosa mas ao tentar poupar vamos acabar por pagar mais para lidar com os problemas hellip Mesmo que um paiacutes natildeo tenha muitos recursos a educaccedilatildeo inclusiva precisa de ser posta em praacutetica A educaccedilatildeo inclusiva eacute um investimento temos de investir nas pessoas (ibid paacuteg 25)

Sistemas de apoio e mecanismos de financiamento Os sistemas de apoio e mecanismos de financiamento englobam todos os niacuteveis de aprendizagem e por conseguinte abordam diversas questotildees Aleacutem disso limitar a questatildeo apenas ao campo educativo seria insuficiente

As crianccedilas e os jovens natildeo teratildeo sucesso na aprendizagem se a sua sauacutede baacutesica e as suas necessidades sociais e emocionais natildeo forem atendidas Isto pode exigir apoio para as famiacutelias e as comunidades sendo necessaacuteria a

Colocar a teoria em praacutetica 21

colaboraccedilatildeo com os serviccedilos de sauacutede e de seguranccedila social que garanta uma intervenccedilatildeo holiacutestica (Agecircncia Europeia 2011c paacuteg 17ndash18)

Existe a consciencializaccedilatildeo disseminada de que a criaccedilatildeo de poliacuteticas com base em evidecircncias eacute essencial para o desenvolvimento a longo prazo dos sistemas de educaccedilatildeo inclusiva Tal foi reconhecido no trabalho da Agecircncia logo em 1999 no acircmbito do relatoacuterio Financing of Special Needs Education [Financiamento da Educaccedilatildeo Especial] onde se defendia que

os procedimentos de avaliaccedilatildeo e monitorizaccedilatildeo nos paiacuteses podem tambeacutem ser melhorados no quadro do ensino especial Em primeiro lugar eacute importante garantir e incentivar um dispecircndio eficiente e eficaz dos fundos puacuteblicos Em segundo lugar parece ser necessaacuterio mostrar claramente aos clientes dos sistemas educativos (alunos com necessidades especiais e os seus pais) que a qualidade da educaccedilatildeo no ambiente regular (incluindo todas as instalaccedilotildees adicionais e apoio) eacute suficientemente elevada (Agecircncia Europeia 1999 paacuteg 158)

Os temas do financiamento e dos recursos foram abordados em diversos outros projetos da Agecircncia Assim as afirmaccedilotildees e os resultados que se seguem lanccedilam alguma luz sobre estas duas questotildees de pontos de vista diferentes na sequecircncia de projetos distintos levados a cabo pela Agecircncia

Intervenccedilatildeo Precoce na Infacircncia (IPI) laquoA tendecircncia comum na Europa eacute a prestaccedilatildeo de serviccedilos de IPI localizados e prestados tatildeo perto quanto possiacutevel da crianccedila e da famiacuteliaraquo (Agecircncia Europeia 2010 paacuteg 18) por exemplo no municiacutepio

Os recursos e serviccedilos de IPI devem abranger todas as famiacutelias e crianccedilas em idades precoces que deles necessitem independentemente da sua condiccedilatildeo socioeconoacutemica hellip Isto implica que os fundos puacuteblicos devem cobrir todos os custos relativos agrave IPI atraveacutes de serviccedilos puacuteblicos companhias de seguros organizaccedilotildees sem fins lucrativos etc preenchendo os padrotildees de qualidade exigidos na respetiva legislaccedilatildeo nacional para a IPI (ibid paacuteg 22) O financiamento puacuteblico para os serviccedilos de IPI geralmente vem do governo central eou federal ou dos orccedilamentos regionais eou locais Na maioria dos casos o financiamento da IPI eacute uma combinaccedilatildeo dos trecircs niacuteveis da administraccedilatildeo acima mencionados planos de seguro de sauacutede e de recursos de organizaccedilotildees sem fins lucrativos (ibid paacuteg 23)

As recomendaccedilotildees para melhorar a coordenaccedilatildeo dos serviccedilos e dos recursos da IPI incluem entre outras as seguintes

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 22

A IPI eacute muitas vezes uma aacuterea de trabalho interserviccedilos mas tambeacutem uma aacuterea interdisciplinar Os decisores poliacuteticos precisam de reconhecer isso garantindo que as poliacuteticas e as orientaccedilotildees sejam desenvolvidas conjuntamente pelos setores da sauacutede da educaccedilatildeo e da seguranccedila social e que qualquer orientaccedilatildeo escrita para os serviccedilos regionais e locais inclui os logotipos de todos os departamentos Somente desta forma o trabalho integrado seraacute filtrado aos niacuteveis regional e local (ibid paacuteg 42ndash43)

Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula

A existecircncia de diferentes modelos de gestatildeo da diferenccedila na sala de aula depende natildeo soacute de fatores ligados ao professor mas tambeacutem da forma como a escola organiza os recursos e de outros fatores externos

Esta afirmaccedilatildeo foi incluiacuteda no relatoacuterio da Agecircncia sobre Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula (Agecircncia Europeia 2003 paacuteg 8)

Eacute claro que a resposta aos alunos com necessidades educativas especiais natildeo eacute apenas uma questatildeo de recursos a niacutevel da sala de aula Importa reconhecer que a organizaccedilatildeo da escola determina igualmente a quantidade e o tipo dos recursos que os professores podem usar no ensino de alunos com NEE (ibid paacuteg 14ndash15)

A organizaccedilatildeo dos recursos no seio da escola deve corresponder ao princiacutepio da flexibilidadehellip as escolas devem ter liberdade para a utilizaccedilatildeo dos recursos financeiros de acordo com os seus proacuteprios desejos e perspetivas Deve evitarshyse a burocracia estando os recursos disponiacuteveis para todos os alunos com ou sem NEE sempre que necessaacuterio ou quando o professor assim o desejar (ibid paacuteg 16)

laquoO financiamento e respetivos incentivos desempenham um papel decisivoraquo (ibid paacuteg 17)

O modelo de financiamento baseado na avaliaccedilatildeo dos resultados (a niacutevel regional) parece ser a opccedilatildeo melhor sucedida Neste modelo os orccedilamentos destinados agraves necessidades educativas especiais satildeo atribuiacutedos pelo serviccedilo central agraves instituiccedilotildees regionais ou locais (comunidades agrupamentos de escolas) As decisotildees relativas ao financiamento e elegibilidade devem ser tomadas a niacutevel regionalhellip Um modelo descentralizado pode ser mais rentaacutevel e limitar os riscos de ver emergir formas indesejaacuteveis de comportamentosestrateacutegicos Eacute no entanto evidente que o governo central deve indicar claramente os objetivos a atingir (ibid paacuteg 18)

Colocar a teoria em praacutetica 23

Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional (EFP) A implementaccedilatildeo dos programas de EFP segue o planeamento a longo prazo no setor da educaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo com os parceiros sociais

Existe um foco no estabelecimento de ligaccedilotildees mais proacuteximas hellip para desenvolver os curriacuteculos dos programas de formaccedilatildeo profissional e para corresponder agraves abordagens e conteuacutedos educativos com as competecircncias necessaacuterias na vida laboral hellip atraveacutes da organizaccedilatildeo e realizaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo de competecircncias colaboraccedilatildeo no estabelecimento de conteuacutedos de novas qualificaccedilotildees normas e curriacuteculos e correspondecircncia dos programas de EFP com as necessidades da economia (Agecircncia Europeia 2014 paacuteg 23) A niacutevel individual os alunos com necessidades educativas especiais recebem assistecircncia educativa (por exemplo tecnologia de apoio inteacuterpretes de liacutengua gestual materiais de aprendizagem de elaboraccedilatildeo especial escribas ou outras formas de assistecircncia praacutetica) especial para tornar os curriacuteculos de EFP acessiacuteveis (ibid paacuteg 15)

Os niacuteveis regionais (ou seja condados freguesias municiacutepios proviacutencias federais) satildeo fundamentais para garantir o melhor ajuste entre os objetivos educativos e as necessidades do mercado de trabalho Os conselhos consultivos regionais desempenham um papel ativo na atualizaccedilatildeo da estrutura dos programas educativos no acircmbito da sua responsabilidade regional e em cooperaccedilatildeo com os parceiros sociais Desempenham um papel importante na possibilidade de flexibilizaccedilatildeo dos percursos dos alunos

As instituiccedilotildees de EFP satildeo lideradas por diferentes agecircncias nos paiacuteses europeus tais como autoridades locais organizaccedilotildees natildeo governamentais setor privado etc Nos paiacuteses europeus analisados as principais responsabilidades pelo financiamento cabem agraves entidades estatais e governamentais a niacutevel regional ou municipal Aleacutem disso na maioria dos paiacuteses os criteacuterios de financiamento satildeo diferentes dependendo do tipo de propriedade (puacuteblicaprivada) vigente no paiacutes Outras medidas destinadas a promover o emprego entre os alunos com NEE satildeo o pagamento do custo do serviccedilo de emprego apoiado a isenccedilatildeo do pagamento de pensatildeo e seguro de invalidez uma recompensa para casos em que a quota eacute ultrapassada ajudas financeiras aos trabalhadores com incapacidades que se estabelecem como empresaacuterios reduccedilatildeo nos pagamentos agrave seguranccedila social reduccedilatildeo de impostos pelo emprego de jovens alunos com NEE ou preacutemios anuais por boas praacuteticas Existem tambeacutem programas que permitem que os alunos entrem no mercado de trabalho mantendo uma percentagem do seu subsiacutedio social de origem (por exemplo subsiacutedio de invalidez) que natildeo estaacute sujeito agrave tributaccedilatildeo ou cobertura social Os funcionaacuterios tambeacutem seriam autorizados a manter laquobenefiacutecios

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 24

secundaacuteriosraquo (por exemplo subsiacutedio para combustiacutevel cartatildeo meacutedico) durante um determinado periacuteodo de tempo

Tecnologias de Informaccedilatildeo e Comunicaccedilatildeo (TIC)

Sem duacutevida as TIC acessiacuteveis podem atuar como um facilitador para a igualdade de participaccedilatildeo em atividades educativas para diversos alunos com NEE Os estudantes com SEN destacaram a importacircncia das TIC durante a Audiccedilatildeo do Parlamento Europeu em 2011

No nosso paiacutes existe uma organizaccedilatildeo que fornece materiais especiais e tecnologias de informaccedilatildeo A escola pode pedir as ajudas teacutecnicas a essa organizaccedilatildeo e os alunos podem levaacute-las para casa Quando deixam de precisar dessas ajudas teacutecnicas estas podem ser usadas por outros alunos nas mesmasou noutras escolas Eacute muito importante ter ajudas teacutecnicas e apoio (Agecircncia Europeia 2012a paacuteg 14)

Poreacutem

O facto de o impulso para a equidade na educaccedilatildeo atraveacutes do apoio de TIC acessiacuteveis estar a ser ofuscado por desenvolvimentos econoacutemicos negativos reforccedila a ideia de que as poliacuteticas europeias e internacionais globais devem continuar a assumir uma lideranccedila estaacutevel neste campo (Agecircncia Europeia 2013 paacuteg 24)

Neste contexto a aquisiccedilatildeo pode ser considerada um mecanismo de financiamento se a acessibilidade for um preacute-requisito incorporado A acessibilidade deve ser um princiacutepio orientador para a aquisiccedilatildeo de todos os bens e serviccedilos

O acesso a TIC apropriadas em diferentes contextos de aprendizagem ao longo da vida ndash incluindo em casa ndash requer muitas vezes a contribuiccedilatildeo de profissionais de diferentes aacutereas hellip Isto envolve a coordenaccedilatildeo entre indiviacuteduos serviccedilos e muitas vezes poliacuteticas para diferentes setores de trabalho Tambeacutem envolve abordagens flexiacuteveis para o financiamento das TIC com possibilidades de tomada de decisotildees a niacutevel local quanto agraves despesas relacionadas com as necessidades identificadas localmente (Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO e Agecircncia Europeia 2011 paacuteg 88)

Para concluir

Eacute necessaacuterio considerar quatro requisitos no que diz respeito aos sistemas de financiamento para garantir que estes sistemas sustentam totalmente os objetivos da poliacutetica educativa

Colocar a teoria em praacutetica 25

A poliacutetica de financiamento apoia totalmente a educaccedilatildeo inclusiva Isto inclui o desenvolvimento de poliacuteticas fiscais que criem incentivos ao inveacutes de desincentivos agrave oferta de colocaccedilotildees e de serviccedilos de inclusatildeo Embora exista uma seacuterie de bases alternativas para financiar alunos com NEE o financiamento per capita parece ser o mais promissor para satisfazer o requisito estabelecido

A poliacutetica de financiamento baseia-se totalmente nas necessidades educativas Os montantes individuais de financiamento per capita podem ser determinados atraveacutes de anaacutelises de custos que mostram os custos relativos de disponibilizar aos alunos condiccedilotildees especiais selecionadas

A poliacutetica de financiamento facilita totalmente respostas flexiacuteveis eficazes e eficientes agraves necessidades Em vez de financiar ou fornecer recursos especiacuteficos por exemplo tipos preacute-determinados de pessoal equipamentos ou instalaccedilotildees o financiamento per capita aloca recursos monetaacuterios promovendo a flexibilidade no uso local

A poliacutetica de financiamento promove totalmente o apoio de serviccedilos relacionados e a necessaacuteria colaboraccedilatildeo intersectorial

Em geral as estruturas de incentivo devem assegurar a disponibilizaccedilatildeo de mais fundos se uma crianccedila for colocada num contexto inclusivo sendo necessaacuteria uma maior ecircnfase nos resultados (natildeo apenas acadeacutemicos)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 26

DADOS FIAacuteVEIS

Introduccedilatildeo

A Convenccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiecircncia (CDPD) bem como a Estrateacutegia Europeia para a Deficiecircncia 2010ndash2020 e o quadro estrateacutegico Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo 2020 relativo agrave equidade na educaccedilatildeo satildeo impulsionadores-chave para a educaccedilatildeo inclusiva nos paiacuteses A CDPD da ONU apela aos Estados Partes para

hellip recolher informaccedilatildeo apropriada incluindo dados estatiacutesticos e de investigaccedilatildeo que lhes permitam formular e implementar poliacuteticas que visem dar efeito agrave presente Convenccedilatildeo (Naccedilotildees Unidas 2006 Artigo 31ordm)

e hellip Os Estados Partes devem em conformidade com os seus sistemas juriacutedico e administrativo manter fortalecer nomear ou estabelecer a niacutevel interno uma estrutura que inclua um ou mais mecanismos independentes conforme apropriado com vista a promover proteger e monitorizar a implementaccedilatildeo da presente Convenccedilatildeo (ibid Artigo 33ordm)

Existe a consciencializaccedilatildeo disseminada de que a criaccedilatildeo de poliacuteticas com base em evidecircncias eacute essencial para o desenvolvimento a longo prazo dos sistemas de educaccedilatildeo inclusiva Decisores poliacuteticos especialistas em estatiacutestica e investigadores reconhecem a necessidade de uma recolha de dados a niacutevel nacional que natildeo soacute responda agraves exigecircncias das orientaccedilotildees poliacuteticas internacionais mas que tambeacutem obedeccedila a uma abordagem comum que promova uma sinergia de esforccedilos a niacutevel nacional e internacional O trabalho da Agecircncia demonstrou que existem apelos para a disponibilizaccedilatildeo de ampla informaccedilatildeo para os decisores poliacuteticos e para a adoccedilatildeo pelas diferentes organizaccedilotildees tanto a niacutevel nacional como europeu de uma variedade de abordagens complementares para a recolha de dados Poreacutem embora a necessidade de tais dados seja clara os melhores meacutetodos e procedimentos de recolha e anaacutelise dos mesmos satildeo muito menos claros

Em resultado do trabalho da Agecircncia ndash mais especificamente das atividades dos projetos Desenvolvimento de um conjunto de indicadores ndash para a educaccedilatildeo inclusiva na Europa (Kyriazopoulou e Weber 2009) e Mapeamento da Implementaccedilatildeo de Poliacuteticas para a Educaccedilatildeo Inclusiva (MIPIE) (Agecircncia Europeia 2011a) ndash emergem cinco requisitos-chave de poliacuteticas relativos agrave recolha de dados no que concerne agrave necessidade de evidecircncias sobre a educaccedilatildeo inclusiva a niacutevel nacional

bull necessidade de recolha de dados nacionais ancorada nos acordos internacionais e europeus

Colocar a teoria em praacutetica 27

bull necessidade de compreender o impacto das diferenccedilas nos sistemas educativos dos paiacuteses

bull necessidade de analisar a efetividade da educaccedilatildeo inclusiva

bull necessidade de recolha de dados que forneccedila evidecircncias sobre a garantia de qualidade e

bull necessidade de acompanhar o progresso dos alunos a longo prazo Os decisores poliacuteticos precisam de dados qualitativos e quantitativos que os informem sobre a qualidade da educaccedilatildeo prestada aos alunos com necessidades educativas especiais Estas mensagens principais refletem uma recomendaccedilatildeo central do Relatoacuterio Mundial sobre Deficiecircncia (Organizaccedilatildeo Mundial de SauacutedeBanco Mundial 2011) a necessidade de os paiacuteses desenvolverem os sistemas de recolha de dados quantitativos existentes e de simultaneamente realizarem investigaccedilotildees qualitativas aprofundadas e especiacuteficas sobre o custoshyeficaacutecia e sobre outras questotildees relacionadas com a garantia da qualidade

O projeto MIPIE apela ao desenvolvimento de um quadro comum para a recolha de dados construiacutedo com base nos procedimentos nacionais existentes e nos acordos internacionais sobre recolha de dados e procedimentos hellip Podem ser identificadas trecircs dimensotildees para uma estrutura comum

- A mudanccedila para um sistema de recolha de dados baseado em conceitos e definiccedilotildees comuns

- A recolha de evidecircncias que conduzam a niacuteveis de referecircncia quantitativos e qualitativos

- O uso de uma estrutura multiniacutevel para analisar as poliacuteticas a niacuteveis nacional e internacional (Agecircncia Europeia 2011a paacuteg 11)

Uma tal abordagem eacute necessaacuteria para apoiar os paiacuteses no desenvolvimento de uma laquorecolha de dados que permita monitorizar os direitos dos alunos bem como para monitorizarem a eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusivaraquo (ibid)

Monitorizaccedilatildeo dos direitos dos alunos

No acircmbito de uma estrutura abrangente para o mapeamento das questotildees relacionadas com os direitos devem ser identificados indicadores quantitativos e qualitativos referentes a diversos fatores

(i) Participaccedilatildeo na educaccedilatildeo e formaccedilatildeo

O relatoacuterio da Agecircncia sobre a Intervenccedilatildeo precoce na infacircncia sugere que

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 28

Os decisores poliacuteticos devem ter mecanismos para avaliar a solicitaccedilatildeo de serviccedilos de IPI e mecanismos eficazes que verifiquem se a prestaccedilatildeo de serviccedilos responde ao solicitado para se poder planear a melhoria do serviccedilo Deve ser desenvolvida uma forma sistemaacutetica de recolha e de monitorizaccedilatildeo de dados fiaacuteveis a niacutevel nacional (Agecircncia Europeia 2010 paacuteg 40)

No relatoacuterio Participaccedilatildeo na Educaccedilatildeo Inclusiva afirma-se que Embora os governos nacionais e locais jaacute recolham dados importantes sobre a educaccedilatildeo pouco se sabe sobre a participaccedilatildeo hellip Atualmente a maior parte dos dados recolhidos para fins de monitorizaccedilatildeo satildeo dados estatiacutesticos sobre a inscriccedilatildeo e a conclusatildeo da escolaridade hellip Poucos paiacuteses tecircm meacutetodos sistemaacuteticos de recolha anaacutelise e interpretaccedilatildeo de dados qualitativos sobre a participaccedilatildeo a niacutevel individual em sala de aula e na escola embora os relatoacuterios escolares de autorrevisatildeo e de inspeccedilatildeo respondam muitas vezes a questotildees de participaccedilatildeo e inclusatildeo (Agecircncia Europeia 2011d paacuteg 19)

Este relatoacuterio tambeacutem destaca alguns dos perigos potenciais associados agrave recolha de dados em relaccedilatildeo agrave participaccedilatildeo

hellip estruturas criadas para acompanhar as crianccedilas com necessidades educativas especiais podem funcionar como barreiras agrave sua participaccedilatildeo e sucesso marcando estas crianccedilas como diferentes Uma consequecircncia natildeo intencional de categorizar algumas crianccedilas para monitorizar a sua participaccedilatildeo pode gerar um paradoxo o que resulta na celebraccedilatildeo de acordos separados para a sua educaccedilatildeo (ibid paacuteg 17ndash18)

(ii) Acesso ao apoio e agrave adaptaccedilatildeo

Trecircs estudos da Agecircncia consideraram diferentes aspetos de apoio para os alunos com NEE A revisatildeo da literatura do projeto Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional cita Redley (2009)

Natildeo existem dados nacionais fiaacuteveis sobre o nuacutemero de organizaccedilotildees que oferecem emprego apoiado ou o nuacutemero de pessoas com dificuldades de aprendizagem empregadas nelas e o governo natildeo participa neste processo (Agecircncia Europeia 2012f paacuteg 41)

O estudo conjunto da Agecircncia realizado com o Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO que analisa o uso das TIC na educaccedilatildeo das pessoas com incapacidades defende que

Tanto em relaccedilatildeo agrave Convenccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas (2006) como em relaccedilatildeo agrave poliacutetica regional (ou seja europeia) e nacional haacute uma necessidade de informaccedilatildeo mais detalhada ligada agrave monitorizaccedilatildeo de indicadores e benchmarks qualitativos e quantitativos sobre as TIC na educaccedilatildeo para pessoas

Colocar a teoria em praacutetica 29

com incapacidades (Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO e Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011 paacuteg 93)

Em relaccedilatildeo agrave acessibilidade da informaccedilatildeo para a aprendizagem as recomendaccedilotildees do projeto i-access da Agecircncia defendem que

A conformidade [acessibilidade] agrave poliacutetica deve ser sistematicamente monitorizada A monitorizaccedilatildeo da conformidade soacute pode ser incentivada nomomento presente mas deve ser alargada hellip Eacute necessaacuterio recolher dados quantitativos e qualitativos sistemaacuteticos o que deve tambeacutem envolver os utilizadores finais de informaccedilatildeo acessiacutevel Poreacutem a monitorizaccedilatildeo do progresso natildeo se pode limitar a afericcedilatildeo numeacuterica mas deve incluir a possibilidade de recolher exemplos de boas praacuteticas que poderiam servir de modelo para outros paiacuteses e organizaccedilotildees (Agecircncia Europeia 2012e paacuteg 40ndash 41)

(iii) Oportunidades para o sucesso na aprendizagem e na transiccedilatildeo Dois grandes projetos da Agecircncia tiveram em linha de conta a transiccedilatildeo da escola para o emprego Ambos apontam para a falta de dados fiaacuteveis neste campo O projeto Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego sugeriu que

Os dados nacionais dos paiacuteses apenas incluem pessoas registadas como desempregadas mas uma alta percentagem de pessoas com necessidades especiais natildeo estaacute registada ndash elas natildeo tecircm sequer a oportunidade de conseguir o primeiro emprego (Agecircncia Europeia 2002a paacuteg 2)

O estudo de acompanhamento (Agecircncia Europeia 2006) natildeo refere quaisquer desenvolvimentos nesta aacuterea

(iv) Oportunidades de integraccedilatildeo

O estudo da Agecircncia com foco na diversidade multicultural destaca a falta de dados em relaccedilatildeo a um fator importante de integraccedilatildeo ndash antecedente de imigraccedilatildeo dos alunos com NEE

Muitos paiacuteses envolvidos no projeto referiram que natildeo existem dados atualizados sobre os alunos com NEE e de origem imigrante Diversas agecircncias governamentais tecircm responsabilidades diferentes e natildeo haacute coordenaccedilatildeo na recolha de dados Haacute outras razotildees para a falta de dados Alguns paiacuteses natildeo tecircm estatiacutesticas oficiais sobre a origem das pessoas para aleacutem do paiacutes de nascimento uma vez que eacute proibido o tratamento de dados pessoais que identifiquem a raccedila a origem eacutetnica a incapacidade ou crenccedila religiosa Em outros paiacuteses natildeo haacute recolha sistemaacutetica de dados relativos a alunos com NEE

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 30

ou a alunos com NEE e de origem imigrante a niacutevel nacional ou local (Agecircncia Europeia 2009a paacuteg 30)

Monitorizaccedilatildeo da eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusiva

Dados que examinam a eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusiva tecircm em conta questotildees de custo-eficaacutecia bem como diversas aacutereas relacionadas com as experiecircncias de educaccedilatildeo dos alunos procedimentos de avaliaccedilatildeo inicial o envolvimento contiacutenuo dos alunos e das suas famiacutelias em experiecircncias educativas e a eficaacutecia de ambientes de aprendizagem na superaccedilatildeo das barreiras e apoio de experiecircncias de aprendizagem significativas para todos os alunos

O estudo da Agecircncia relativo ao Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos realccedila que eacute necessaacuterio apoiar as escolas com

hellip aconselhamento sobre como pode ser usada a informaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo ndash particularmente a da avaliaccedilatildeo estandardizada recolhida para fins de monitorizaccedilatildeo nacional ndash para melhorar as praacuteticas com todos os alunos incluindo os que apresentam NEE (Watkins 2007 paacuteg 60)

O relatoacuterio designado Elevar o Sucesso de Todos os Alunos defende que

Para avanccedilar para uma maior equidade na educaccedilatildeo satildeo necessaacuterios indicadores de sucesso adequados agrave comunidade local focalizados no input recursos processos e outputresultados Embora a informaccedilatildeo (incluindo dados) deva ser usada para direcionar o apoio e acompanhar o sucesso de poliacuteticas e praacuteticas inclusivas eacute necessaacuterio cuidado para que os sistemas de responsabilidade natildeo causem inadvertidamente alteraccedilotildees inadequadas (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 22)

Este estudo destaca potenciais dificuldades inerentes

No clima atual o desenvolvimento de mecanismos de responsabilidade adequados e de formas de medir o sucesso valorizado e monitorizar a equidade apresentam muitos desafios Apesar da procura de dados concretos Fullan (2011) adverte que laquoas estatiacutesticas satildeo um servo maravilhoso mas um mestre terriacutevelraquo (paacuteg 127) e Hargreaves e Shirley (2009) enfatizam a necessidade de colocar a responsabilidade antes da prestaccedilatildeo de contas Sugerem que a prestaccedilatildeo de contas deve laquoservir de consciecircncia por meio de amostragemraquo e que deve ser realizado um ataque laquoaos excessos de padronizaccedilatildeo testada que negam a diversidade e destroem a criatividaderaquo (paacuteg 109) (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 22)

Dentro do projeto MIPIE argumentou-se que a monitorizaccedilatildeo da eficaacutecia dos sistemas de educaccedilatildeo inclusiva tambeacutem incluiria uma anaacutelise da eficaacutecia da formaccedilatildeo de professores (Agecircncia Europeia 2011a) O relatoacuterio do projeto TE4I

Colocar a teoria em praacutetica 31

destaca uma seacuterie de questotildees relacionadas com a disponibilidade de dados nesta aacuterea Relativamente agrave representaccedilatildeo de professores de grupos minoritaacuterios

A maior parte dos paiacuteses que natildeo recolhe dados refere curiosamente uma subshyrepresentaccedilatildeo de pessoas com deficiecircncia e pertencentes a grupos minoritaacuterios entre os professores estagiaacuterios e os professores diplomados e a situaccedilatildeo parece ser idecircntica entre os formadores de professores (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 22)

O relatoacuterio tambeacutem indica a necessidade de dados que levam a mudanccedilas com base em evidecircncias

A falta de investigaccedilatildeo em larga escala e de investigaccedilatildeo cumulativa bem como de evidecircncia empiacuterica na formaccedilatildeo de professores para a inclusatildeo foi referida pela OCDE (2010) hellip esta investigaccedilatildeo poderaacute garantir a existecircncia dum corpo de evidecircncias que possam dar forma agrave mudanccedila No presente relatoacuterio os exemplos realccedilam algumas questotildees-chave da pesquisa incluindo

- A eficaacutecia de diferentes rotas no ensino - Abordagens agrave formaccedilatildeo de professores e ao curriacuteculo da FIP e

- O papel dos cursos separados integrados e unificados e a melhor maneira de passar dum curso contiacutenuo para um uacutenico curso de formaccedilatildeo de professores que prepare todos os professores para a diversidade (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 68)

O projeto MIPIE defende que

A niacutevel da escola a recolha de dados deve

- Fornecer informaccedilatildeo que permitam aos professores e funcionaacuterios da escola planear e prestar o apoio e os recursos adequados

- Fornecer ideias claras sobre a participaccedilatildeo ativa dos pais e alunos no processo educativo (Agecircncia Europeia 2011a paacuteg 13)

Para que isto seja possiacutevel

Satildeo necessaacuterias sinergias a niacutevel nacional entre os principais intervenientes baseadas num claro racional para a recolha de dados considerando os dados a niacutevel nacional regional escola e sala de aula para que os dados globais do paiacutes efetivamente possam refletir a praacutetica (ibid paacuteg 14)

Para concluir a provisatildeo dos dados pode contribuir efetivamente para a elaboraccedilatildeo de poliacuteticas para a educaccedilatildeo inclusiva Haacute uma exigecircncia crescente ndash a niacutevel internacional europeu e nacional ndash para a responsabilidade e tecircm vindo a crescer comparaccedilotildees laquoentre escolasraquo e laquoentre naccedilotildeesraquo O surgimento de laquograndes dadosraquo

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 32

(meta-anaacutelises de conjuntos de dados e fontes combinadas) apresenta oportunidades mas tambeacutem desafios reais para a educaccedilatildeo inclusiva

Os apelos para a poliacutetica e alocaccedilatildeo de recursos baseada em evidecircncias reforccedilam a necessidade de dados significativos relacionados com todos os alunos Eacute necessaacuterio saber que alunos estatildeo a receber que serviccedilos quando e onde (contando todos os alunos) Tambeacutem eacute necessaacuterio ter dados sobre a qualidade dos serviccedilos e os resultados obtidos (considerando a praacutetica)

Um grande desafio para a recolha de dados estaacute em evitar classificar categorizar e rotular os alunos de modo a fornecer informaccedilatildeo sobre a provisatildeo que recebem As laquopluralidadesraquo das definiccedilotildees aplicadas a alunos e a laquopoliacuteticaraquo dos sistemas de rotulagem natildeo podem ser ignoradas nem os efeitos a que esses sistemas de rotulagem e definiccedilotildees conduzem

Fazer as perguntas certas em termos de poliacuteticas eacute o ponto de partida para a recolha de dados que servem de base significativa para as poliacuteticas

Colocar a teoria em praacutetica 33

OLHAR EM FRENTE

O primeiro objetivo da conferecircncia em novembro de 2013 foi refletir e resumir o trabalho da Agecircncia ao longo da uacuteltima deacutecada As cinco mensagens-chave descritas nos capiacutetulos anteriores destacam aspetos criacuteticos no que se refere agrave educaccedilatildeo inclusiva Baseiam-se nos resultados da anaacutelise aprofundada de temas-chave decididos pelos paiacuteses membros da Agecircncia O segundo objetivo da conferecircncia foi olhar em frente explorando a forma como o trabalho da Agecircncia pode prestar um melhor apoio aos paiacuteses membros ajudandoos a melhorar a qualidade e a eficaacutecia das suas respostas inclusivas para alunos com incapacidades eou necessidades educativas especiais A Agecircncia estaacute disposta a ajudar os paiacuteses de uma forma mais concreta com a implementaccedilatildeo dos resultados do nosso trabalho Isso significa disponibilizar recomendaccedilotildees de poliacutetica que sejam mais diretamente aplicaacuteveis aos decisores poliacuteticos para apoiar alteraccedilotildees futuras e desenvolvimentos poliacuteticos

A Agecircncia estaacute consciente de que o trabalho jaacute realizado estaacute de acordo e apoia diretamente todas as iniciativas de poliacuteticas europeias e internacionais em termos de educaccedilatildeo equidade igualdade de oportunidades e direitos para pessoas com incapacidades eou necessidades educativas especiais O trabalho da Agecircncia fornece recomendaccedilotildees claras e coerentes sobre como as poliacuteticas-chave nestas aacutereas podem ser implementadas na praacutetica A Agecircncia pretende proporcionar aos paiacuteses informaccedilatildeo sobre o progresso alcanccedilado nos objetivos propostos em termos de (a) metas de Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo para 2020 e (b) Convenccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiecircncia (2006) bem como vaacuterias diretivas e comunicaccedilotildees da Uniatildeo Europeia Eacute necessaacuteria orientaccedilatildeo sobre o modo como a educaccedilatildeo inclusiva pode ser implementada a niacutevel do professor sala de aula escola regiatildeo municiacutepio e poliacutetica nacional A Agecircncia tem capacidade para disponibilizar aos paiacuteses orientaccedilotildees sobre formas de implementaccedilatildeo da educaccedilatildeo inclusiva e como isto afeta a qualidade geral da educaccedilatildeo As discussotildees durante a conferecircncia bem como as discussotildees aprofundadas no acircmbito da Agecircncia orientaratildeo esta nova etapa no trabalho da Agecircncia

shy

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 34

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 1999 Financing of Special Needs Education ndash A seventeen-country Study of the Relationship between Financing of Special Needs Education and Inclusion [Financiamento da Educaccedilatildeo Especial ndash Um estudo de dezassete paiacuteses da Relaccedilatildeo entre o Financiamento da Educaccedilatildeo Especial e a Inclusatildeo] Middelfart Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2002a Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Princiacutepios-chave e Recomendaccedilotildees para R esponsaacuteveis Poliacuteticos Middelfart Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanagencyorgsitesdefaultfilestransition_transition_pttextpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2002b Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Principais problemas questotildees e opccedilotildees enfrentadas pelos alunos com necessidades educativas especiais em 16 paiacuteses Europeus Relatoacuterio Siacutentese Middelfart Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanagencyorgsitesdefaultfilestransition-from-school-to-employment_Transitionptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2003 Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula Relatoacuterio Siacutentese Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanagencyorgsitesdefaultfilesinclusive-education-and-classroom-practices_iecpptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2005 Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula nos 2ordm e 3ordm Ciclos do Ensino Baacutesico Relatoacuterio Siacutentese Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesinclusive-educationand-classroom-practice-in-secondary-education_iecp_secondary_ptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2006 Planos Individuais de Transiccedilatildeo Apoiar a Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesindividual-transitionplans_itp_ptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

shy

shyshy

shyshy

shy

shy

Colocar a teoria em praacutetica 35

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2009a Diversidade multicultural e necessidades especiais de educaccedilatildeo Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfilesmulticultural-diversity-and-special-needsshyeducation_Multicultural-Diversity-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2009b Princiacutepiosshychave para a Promoccedilatildeo da Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva ndash Recomendaccedilotildees para Decisores Poliacuteticos Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportskeyshyprinciples-for-promoting-quality-in-inclusive-educationkey-principles-PTpdf(Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2010 Intervenccedilatildeo Precoce na Infacircncia ndash Progressos e Desenvolvimentos 2005ndash2010 Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesearly-childhood-interventionshyprogress-and-developments_ECI-report-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011a Mapeamento da Implementaccedilatildeo de Poliacuteticas para a Educaccedilatildeo Inclusiva Uma anaacutelise dos desafios e oportunidades para o desenvolvimento de indicadores Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httphttpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesmipie_MIPIE-summaryshyof-proposals-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011b Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo na Europa ndash Desafios e Oportunidades Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfileste4i-challenges-and-opportunities_TE4I-Synthesis-Report-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011c Princiacutepios-Chave para a Promoccedilatildeo da Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva ndash Recomendaccedilotildees para Decisores Poliacuteticos Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfilesinclusive-education-and-classroom-practices_iecpshyptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011d Participation in Inclusive Education ndash A Framework for Developing Indicators [Participaccedilatildeo na Educaccedilatildeo inclusiva ndash Um Quadro para o Desenvolvimento de Indicadores] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 36

agencyorgpublicationsereportsparticipation-in-inclusive-education-a-frameworkshyfor-developing-indicatorsParticipation-in-Inclusive-Educationpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012a Perspetivas dos Jovens sobre Educaccedilatildeo Inclusiva Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfilesyoung-views-on-inclusive-education_YoungViews-2012PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012b Perfil de Professores Inclusivos Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfileste4i-profile-of-inclusive-teachers_Profile-of-InclusiveshyTeachers-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012c Raising Achievement for All Learners ndash Quality in Inclusive Education [Elevar o Sucesso de Todos os Alunos ndash Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva] Relatoacuterio sobre a conferecircncia realizada em Odense Dinamarca de 13 a 15 de junho de 2012 Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesRA4AL-conference-reportpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014) Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012d Raising Achievement for All Learners ndash Quality in Inclusive Education [Elevar o Sucesso de Todos os Alunos ndash Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httphttpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesra4al-keyshymessages_RA4AL-summary-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012e Promoting Accessible Information for Lifelong Learning Recommendations and findings of the i-access project [Promover o Acesso agrave Informaccedilatildeo para a Aprendizagem ao Longo da Vida Recomendaccedilotildees e observaccedilotildees do projeto i-access] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportsi-accessi-accessshyreportpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012f Vocational Education and Training Policy and Practice in the field of Special Needs Education ndash Literature Review [Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional (EFP) Poliacutetica e Praacutetica no campo da Educaccedilatildeo Especial ndash Revisatildeo da Literatura] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Colocar a teoria em praacutetica 37

agencyorgagency-projectsvocational-education-and-trainingvet-filesVETshyLiteratureReviewpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012g Teacher Education for Inclusion Project Recommendations linked to Sources of Evidence [Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo Recomendaccedilotildees do Projeto Ligadas a Fontes de Evidecircncias] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgagencyshyprojectsTeacher-Education-for-Inclusionsources-of-evidencepdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2013 European and International Policy Supporting ICT for Inclusion [Poliacutetica Europeia e Internacional para Uso das TIC como Apoio para a Inclusatildeo] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfileseuropean-and-internationalshypolicy-supporting-ict-for-inclusion_policy-supporting-ict-for-inclusionpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para as Necessidades Especiais e a Educaccedilatildeo Inclusiva 2014 Vocational Education and Training ndash Summary of Country Information [Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional ndash Resumo de Informaccedilatildeo do Paiacutes] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para as Necessidades Especiais e a Educaccedilatildeo Inclusiva httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesVET Summary of Country information 2014pdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Bennett S e Gallagher TL 2012 The Delivery of Education Services for Students who have an Intellectual Disability in the Province of Ontario [A prestaccedilatildeo de serviccedilos de ensino para alunos com incapacidade intelectual na proviacutencia de Ontaacuterio] Toronto Community Living Ontario

Chapman C Ainscow M Miles S e West M 2011 Leadership that promotes the achievement of students with special educational needs and disabilities [Lideranccedila que promove o sucesso de alunos com necessidades educativas especiais e incapacidades] Nottingham National College for School Leadership

Comissatildeo das Comunidades Europeias 2008 Livro Verde ndash Migraccedilatildeo e mobilidade desafios e oportunidades para os sistemas educativos da UE SEC(2008) 2173 COM20080423 final Bruxelas Comissatildeo das Comunidades Europeias

Conselho da Uniatildeo Europeia 2010 Conclusotildees do Conselho sobre a dimensatildeo social da educaccedilatildeo e da formaccedilatildeo 3013ordf Reuniatildeo do Conselho de EDUCACcedilAtildeO JUVENTUDE E CULTURA Bruxelas 11 de maio de 2010 httpeurshylexeuropaeulegal-contentPTTXTPDFuri=CELEX52010XG0526(01)ampfrom=PT(Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 38

Farrell P Dyson AS Polat F Hutcheson G e Gallannaugh F 2007 laquoSEN inclusion and pupil achievement in English schoolsraquo [Inclusatildeo de crianccedilas com NEE e sucesso dos alunos nas escolas inglesas] Journal of Research in Special Educational Needs 7 (3) 172ndash178

Frilseth L 2012 The Norwegian Model for Education for All in Upper Secondary School [O Modelo Norueguecircs para a Educaccedilatildeo para Todos no Ensino Secundaacuterio] Direccedilatildeo Norueguesa para Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo httpwwweuropeanshyagencyorgagency-projectsra4alra4al-seminar-pdfNorway-L-Frilsethpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Fullan M 2011 Change Leader Learning to do what matters most [Liacuteder de Mudanccedila aprender a fazer o que mais importa] San Francisco Jossey-Bass de Graaf G van Hove G e Haveman M 2011 laquoMore academics in regular schools The effect of regular versus special school placement on academic skills in Dutch primary school students with Down syndromeraquo [Mais acadeacutemicos nas escolas regulares O efeito da colocaccedilatildeo em escola regular versus escola especial nas competecircncias acadeacutemicas em alunos holandeses do ensino primaacuterio com siacutendrome de Down] Journal of International Disability Research December 2011 57(1) 21ndash38 doi 101111j1365-2788201101512x

Hargreaves A e Shirley D 2009 The Fourth Way ndash The inspiring future for educational change [A Quarta Via ndash O futuro inspirador para a mudanccedila educativa] Publicaccedilatildeo conjunta do Ontario Principalsrsquo Council e do National Staff Development Council Thousand Oaks CA Corwin Press

Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO e Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011 ICTs in Education for People with Disabilities Review de innovative practice [TIC na Educaccedilatildeo para Pessoas com Incapacidades revisatildeo da praacutetica inovadora] Moscovo Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO httpwwweuropeanshyagencyorgpublicationsereportsICTs-in-Education-for-People-WithshyDisabilitiesReview-of-Innovative-Practice (Uacuteltimo acesso em julho de 2014) Kalambouka A Farrell P Dyson A e Kaplan I 2005 The impact of population inclusivity in schools on student outcomes [O impacto da inclusividade da populaccedilatildeo em escolas nos resultados dos alunos] Research Evidence in Education Library London EPPI-Centre Social Science Research Unit Institute of Education University of London Kyriazopoulou M e Weber H (eds) 2009 Desenvolvimento de um conjunto de indicadores ndash para a educaccedilatildeo inclusiva na Europa Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Colocar a teoria em praacutetica 39

agencyorgsitesdefaultfilesdevelopment-of-a-set-of-indicators-for-inclusiveshyeducation-in-europe_indicators-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

MacArthur J 2009 Learning Better Together Working towards inclusive education in New Zealand schools [Aprender Melhor Juntos trabalhar para a educaccedilatildeo inclusiva nas escolas da Nova Zelacircndia] Wellington IHC

MacArthur J Kelly B Sharp S amp Gaffney M 2005 Participation or exclusion Disabled childrenrsquos experiences of life at school [Participaccedilatildeo ou exclusatildeo Experiecircncias de vida na escola de crianccedilas com incapacidades] Um artigo apresentado na laquoChildrenrsquos Issues Conferenceraquo Dunedin Nova Zelacircndia julho de 2005 Menter I Hulme M Elliott D e Lewin J 2010 Literature Review on Teacher Education in the 21st Century [Revisatildeo da Literatura sobre a Formaccedilatildeo de Professores no Seacuteculo XXI] Scottish Government Social Research Edimburgo Scottish Government

Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para a Educaccedilatildeo Ciecircncia e Cultura 2009 Policy Guidelines on Inclusion in Education [Diretrizes da Poliacutetica sobre Inclusatildeo na Educaccedilatildeo] Paris UNESCO

Organizaccedilatildeo Mundial de SauacutedeBanco Mundial 2011 World Report on Disability [Relatoacuterio Mundial sobre Deficiecircncia] Genebra Ediccedilotildees OMS httpwwwwhointdisabilitiesworld_report2011enindexhtml (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Organizaccedilatildeo para a Cooperaccedilatildeo e Desenvolvimento Econoacutemico 2011 PISA in Focus Improving Performance Leading from the Bottom [PISA agrave Lupa Melhorar os Resultados Progedir ateacute ao Topo] 20112 (Marccedilo) Paris OCDE Redley M 2009 laquoUnderstanding the social exclusion and stalled welfare of citizens with learning disabilitiesraquo [Compreender a exclusatildeo social e o bem-estar sem progresso dos cidadatildeos com dificuldades de aprendizagem] Disability amp Society 24(4) 489ndash501

Naccedilotildees Unidas 2006 Convenccedilatildeo sobre os Direitos das Pessoas com Deficiecircncia Nova Iorque Naccedilotildees Unidas

Watkins A (ed) 2007 Assessment in Inclusive Settings Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos Questotildees-chave para Poliacuteticas e Praacuteticas Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportsassessment-in-inclusiveshysettings-key-issues-for-policy-and-practiceassessment-in-inclusive-settings-keyshyissues-for-policy-and-practice (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 40

Wilkinson R e Pickett K 2010 The Spirit Level Why Equality is Better para Everyone [O Niacutevel do Espiacuterito Por que a Igualdade eacute Melhor para Todos] Londres Penguin

Willms JD 2006 Learning divides Ten policy questions about the performance and equity of schools and schooling systems [A aprendizagem divide dez perguntas de poliacutetica acerca do desempenho e equidade das escolas e dos sistemas de escolaridade] Montreal Instituto de Estatiacutestica da UNESCO

Colocar a teoria em praacutetica 41

  • preacircmbulo
  • Sumaacuterio Executivo
  • O mais precocemente possiacutevel
    • Introduccedilatildeo
    • Intervenccedilatildeo precoce
    • Deteccedilatildeo e avaliaccedilatildeo precoces
    • Apoio precoce
    • Transiccedilatildeo planeada
      • A educaccedilatildeo inclusiva beneficia todos
        • Introduccedilatildeo
        • A educaccedilatildeo inclusiva como uma abordagem para elevar o sucesso para todos os alunos
        • laquoO que eacute bom para os alunos com NEE eacute igualmente bom para todos os alunosraquo
        • Monitorizaccedilatildeo do progresso
          • profissionais altamente qualificados
            • Introduccedilatildeo
            • Formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo
            • O perfil dos professores inclusivos e outros profissionais
            • Abordagens ao recrutamento
            • Atitudes positivas
            • Trabalho em rede e coordenaccedilatildeo
              • sistemas de apoio e mecanismos de financiamento
                • Introduccedilatildeo
                • Sistemas de apoio e mecanismos de financiamento
                  • Intervenccedilatildeo Precoce na Infacircncia (IPI)
                  • Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula
                  • Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional (EFP)
                  • Tecnologias de Informaccedilatildeo e Comunicaccedilatildeo (TIC)
                      • dados fiaacuteveis
                        • Introduccedilatildeo
                        • Monitorizaccedilatildeo dos direitos dos alunos
                          • (i) Participaccedilatildeo na educaccedilatildeo e formaccedilatildeo
                          • (ii) Acesso ao apoio e agrave adaptaccedilatildeo
                          • (iii) Oportunidades para o sucesso na aprendizagem e na transiccedilatildeo
                          • (iv) Oportunidades de integraccedilatildeo
                            • Monitorizaccedilatildeo da eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusiva
                              • olhar em frente
                              • REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

Introduccedilatildeo 27

Monitorizaccedilatildeo dos direitos dos alunos 28

Monitorizaccedilatildeo da eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusiva 31

OLHAR EM FRENTE 34

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS 35

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 4

PREAcircMBULO

Em novembro de 2013 a Agecircncia Europeia para a Educaccedilatildeo Especial e a Educaccedilatildeo Inclusiva (a Agecircncia) organizou uma conferecircncia internacional destinada a promover um debate aberto sobre a educaccedilatildeo inclusiva O debate envolveu todas as partes interessadas relevantes decisores investigadores e profissionais bem como pessoas com incapacidade e as suas famiacutelias Falar sobre a educaccedilatildeo inclusiva implica falar sobre diferenccedilas como gerir as diferenccedilas nas escolas nas salas de aula e no curriacuteculo em geral O debate atual jaacute natildeo assenta no que eacute a inclusatildeo e por que eacute necessaacuteria a questatildeo-chave eacute como deve ser alcanccedilada Como fazer progressos a niacutevel nacional como implementar as poliacuteticas corretas a niacutevel regional e local e de que forma os professores podem gerir melhor as diferenccedilas na sala de aula estas foram as questotildees-chave abordadas durante a conferecircncia

Este documento apresenta as cinco mensagens relevantes apresentadas pela Agecircncia e debatidas em grupos durante a conferecircncia Os participantes foram convidados a contribuir e a debater estas cinco mensagens-chave

bull O mais precocemente possiacutevel o impacto positivo da deteccedilatildeo e intervenccedilatildeo precoces bem como de medidas proativas

bull A educaccedilatildeo inclusiva beneficia todos o impacto educativo e social positivo da educaccedilatildeo inclusiva

bull Profissionais altamente qualificados a importacircncia de dispor de profissionais altamente qualificados em geral e de professores em particular

bull Sistemas de apoio e mecanismos de financiamento a necessidade de sistemas de apoio bem estabelecidos e mecanismos de financiamento relacionados

bull Dados fiaacuteveis o importante papel desempenhado pelos dados bem como os benefiacutecios e limitaccedilotildees do seu uso

Estas mensagens-chave resumem uma parte essencial do trabalho realizado pela Agecircncia na uacuteltima deacutecada e abordam questotildees relevantes relativamente agrave educaccedilatildeo inclusiva A Agecircncia deseja expressar a sua gratidatildeo a todos os participantes da conferecircncia pela sua contribuiccedilatildeo e empenho neste importante debate

Per Ch Gunnvall Cor JW Meijer

Presidente Diretor

Colocar a teoria em praacutetica 5

SUMAacuteRIO EXECUTIVO

A Conferecircncia Internacional tem sido uma plataforma uacutetil para a reflexatildeo e o debate sobre a educaccedilatildeo inclusiva sob diferentes perspetivas e envolvendo todas as partes interessadas

As questotildees centrais da conferecircncia incluem como gerir as diferenccedilas como apoiar alunos professores e famiacutelias como tirar partido das diferenccedilas a niacutevel da educaccedilatildeo como implementar as medidas certas e qual a melhor forma de investir

A Agecircncia destacou cinco mensagens-chave que foram discutidas em profundidade e que levaram a consideraccedilotildees e accedilotildees adicionais

Os participantes sugeriram uma seacuterie de consideraccedilotildees e propostas de accedilotildees relacionadas com as mensagens-chave

bull O mais precocemente possiacutevel todas as crianccedilas tecircm o direito de receber o apoio necessaacuterio logo que possiacutevel e sempre que necessaacuterio Isso implica a coordenaccedilatildeo e a cooperaccedilatildeo entre os serviccedilos lideradas por um dos serviccedilos em causa As partes interessadas envolvidas devem construir uma comunicaccedilatildeo real entre elas sendo capazes de compreender e fornecer informaccedilatildeo umas agraves outras Os pais satildeo as principais partes interessadas

bull A educaccedilatildeo inclusiva beneficia todos a educaccedilatildeo inclusiva visa proporcionar educaccedilatildeo de qualidade a todos os alunos Para alcanccedilar uma escola inclusiva eacute necessaacuterio o apoio de toda a comunidade dos decisores aos utilizadores finais (alunos e respetivas famiacutelias) A colaboraccedilatildeo eacute necessaacuteria em todos os niacuteveis e todas as partes interessadas precisam de uma visatildeo dos resultados a longo prazo o tipo de jovens que a escola e a comunidade iratildeo laquoproduzirraquo Satildeo necessaacuterias mudanccedilas na terminologia atitudes e valores que reflitam a mais-valia da diversidade e da igualdade de participaccedilatildeo

bull Profissionais altamente qualificados para que os professores e outros profissionais da educaccedilatildeo estejam preparados para a inclusatildeo satildeo necessaacuterias mudanccedilas em todos os aspetos da formaccedilatildeo ndash programas de formaccedilatildeo praacuteticas diaacuterias recrutamento financcedilas etc Os professores e os profissionais da educaccedilatildeo da proacutexima geraccedilatildeo tecircm de estar preparados para serem professoresformadores para todos os alunos devem receber formaccedilatildeo natildeo apenas em termos de competecircncias mas tambeacutem de valores eacuteticos

bull Sistemas de apoio e mecanismos de financiamento os melhores indicadores de financiamento natildeo se localizam nas financcedilas mas na mediccedilatildeo da eficiecircncia e sucesso Eacute essencial considerar os resultados e relacionaacute-los com os esforccedilos investidos para alcanccedilaacute-los Isso envolve a monitorizaccedilatildeo e a mediccedilatildeo da

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 6

eficiecircncia dos sistemas de modo a concentrar recursos financeiros para abordagens bem-sucedidas As estruturas de incentivo devem garantir a disponibilidade de apoio financeiro se os alunos forem colocados em contextos inclusivos e que eacute dada maior ecircnfase aos resultados (natildeo apenas a niacutevel acadeacutemico)

bull Dados fiaacuteveis a recolha significativa de dados de qualidade implica uma abordagem sisteacutemica que engloba questotildees relacionadas com os alunos colocaccedilatildeo professores e obtenccedilatildeo de recursos Os dados relacionados com a colocaccedilatildeo do aluno constituem um ponto de partida uacutetil e necessaacuterio embora tenham de ser complementados com dados claros sobre os resultados e efeitos do sistema Os dados sobre os resultados do aluno ndash o impacto da educaccedilatildeo inclusiva ndash satildeo muito mais difiacuteceis de recolher estando muitas vezes em falta na recolha de dados dos paiacuteses

Por uacuteltimo os principais resultados das discussotildees podem ser resumidos da seguinte forma planear e implementar a educaccedilatildeo inclusiva eacute um processo que diz respeito a todo o sistema de ensino e a todos os alunos a equidade e a qualidade andam a par e a educaccedilatildeo inclusiva deve ser vista como um conceito em evoluccedilatildeo onde as questotildees relacionadas com a diversidade e a democracia satildeo cada vez mais importantes

Colocar a teoria em praacutetica 7

O MAIS PRECOCEMENTE POSSIacuteVEL

Introduccedilatildeo

laquoO mais precocemente possiacutevelraquo refere-se antes de mais a intervir numa fase precoce da vida de uma crianccedila Cobre tambeacutem muitos outros elementos relevantes incluindo intervir logo que a necessidade eacute detetada implementar a avaliaccedilatildeo precoce fornecer o apoio necessaacuterio o mais precocemente possiacutevel e preparar e planear as fases de transiccedilatildeo de uma fase educativa para a seguinte e para o emprego

Ainda que diversos projetos da Agecircncia natildeo tenham analisado a reduccedilatildeo das taxas de abandono escolar a reduccedilatildeo destas taxas envolve boas poliacuteticas e praacuteticas em termos de deteccedilatildeo precoce aleacutem de um apoio precoce e eficiente

Intervenccedilatildeo precoce

Durante a Audiccedilatildeo no Parlamento Europeu que a Agecircncia organizou em 2011 os jovens referiram os seguintes pontos laquoA inclusatildeo comeccedila no jardim-de-infacircnciaraquo (Agecircncia Europeia 2012a paacuteg 14) laquoA diversidade eacute positiva eacute importante preparar as pessoas desde o iniacutecio para trabalharem com as crianccedilas para construiacuterem uma geraccedilatildeo melhorraquo (ibid paacuteg 30)

No quadro do relatoacuterio de 2010 da Agecircncia Intervenccedilatildeo Precoce na Infacircncia ndash Progressos e Desenvolvimentos 2005ndash2010 a intervenccedilatildeo precoce na infacircncia (IPI) eacute definida como

um conjunto de serviccedilosrecursos para as crianccedilas em idades precoces e suas famiacutelias os quais satildeo disponibilizados quando solicitados pela famiacutelia num certo periacuteodo da vida da crianccedila incluindo qualquer accedilatildeo realizada qua ndo ela necessita de apoio especializado para Assegurar e incrementar o seu desenvolvimento pessoal Fortalecer as competecircncias da famiacutelia e Promover a inclusatildeo social da famiacutelia e da crianccedila (Agecircncia Europeia 2010 paacuteg 7)

Entre os diferentes elementos identificados como relevantes para a IPI a disponibilidade eacute um dos que tem de ser destacado

um objetivo comum da IPI eacute abranger tatildeo cedo quanto possiacutevel todas as crianccedilas e famiacutelias que necessitem de apoio Este objetivo eacute de grande prioridade nos paiacuteses com populaccedilatildeo dispersa ou em zonas rurais isoladas de forma a compensar as diferenccedilas entre as aacutereas rurais e urbanas no que respeita agrave disponibilizaccedilatildeo dos recursos e a garantir que as crianccedilas e famiacutelias que requerem apoio possam beneficiar da mesma qualidade de serviccedilos (ibid paacuteg 7ndash8)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 8

A intervenccedilatildeo precoce foi tambeacutem debatida no quadro do projeto Diversidade multicultural e necessidades especiais de educaccedilatildeo

Os professores e os profissionais de um centro de apoio apresentaram prioridades claras Estas incluiacuteram intervenccedilatildeo precoce necessidade de trabalhar com os pais [entre outras] (Agecircncia Europeia 2009a paacuteg 59)

Deteccedilatildeo e avaliaccedilatildeo precoces O relatoacuterio da Agecircncia Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos Questotildeesshychave para Poliacuteticas e Praacuteticas apresenta uma descriccedilatildeo exaustiva deste aspeto importante Afirma-se que

A avaliaccedilatildeo inicial dos alunos que se pensa terem NEE [necessidades educativas especiais] pode ter duas finalidades possiacuteveis

bull Identificaccedilatildeo associada a uma decisatildeo oficial de laquoreconhecerraquo um aluno como tendo necessidades educativas que requerem recursos adicionais para apoio agrave sua aprendizagem

bull Dar indicaccedilotildees para os programas de aprendizagem nos quais a avaliaccedilatildeo eacute focalizada nas aacutereas fortes e fracas que o aluno pode apresentar nas diferentes aacutereas curriculares Tal informaccedilatildeo eacute muitas vezes utilizada de uma forma formativa ndash talvez como ponto de partida para os Planos Educativos Individuais ndash em vez de funcionar unicamente como uma avaliaccedilatildeo preacutevia (ponto de partida) (Watkins 2007 paacuteg 23)

laquoAs equipas multidisciplinares realizam a avaliaccedilatildeo inicial com os professores de turma os pais e os alunos como parceiros no processo de avaliaccedilatildeoraquo (ibid paacuteg 38)

A importacircncia da avaliaccedilatildeo precoce seguida por medidas de intervenccedilatildeo precoce foi reforccedilada no acircmbito do relatoacuterio da Agecircncia Diversidade multicultural e necessidades especiais de educaccedilatildeo (2009a) bem como nas observaccedilotildees do relatoacuterio Mapeamento da Implementaccedilatildeo de Poliacuteticas para a Educaccedilatildeo Inclusiva (MIPIE) da Agecircncia (2011a)

Apoio precoce

A maior parte dos relatoacuterios da Agecircncia refere a importacircncia e a vantagem do apoio precoce

O projeto Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula refere que

A decisatildeo sobre o apoio temporaacuterio aos alunos deve obedecer aos seguintes criteacuterios (1) o mais precocemente possiacutevel (2) da forma mais flexiacutevel possiacutevel (se uma abordagem natildeo funciona escolher outra) (3) da forma menos restritiva possiacutevel (sem efeitos secundaacuterios) (4) no local mais proacuteximo possiacutevel

Colocar a teoria em praacutetica 9

(preferencialmente na classe ou na escola regular) (5) durante um periacuteodo de tempo tatildeo curto quanto possiacutevel (Agecircncia Europeia 2003 paacuteg 16)

No relatoacuterio Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo na Europa ndash Desafios e Oportunidades afirma-se que

O investimento na educaccedilatildeo de infacircncia e num sistema educativo cada vez mais inclusivo representam provavelmente a longo prazo uma utilizaccedilatildeo mais eficaz dos recursos do que as iniciativas de curto prazo destinadas a laquocolmatar lacunasraquo ou apoiar determinados grupos marginalizados (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 82)

Transiccedilatildeo planeada Diferentes projetos da Agecircncia relativos agrave transiccedilatildeo focaram-se na necessidade de um plano precoce com o propoacutesito de passar de uma fase educativa para a seguinte bem como do ensino para o emprego (2002a 2002b 2006 e 2013)

O relatoacuterio Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Princiacutepios-chave e Recomendaccedilotildees para Responsaacuteveis Poliacuteticos reforccedila que os paiacuteses tecircm de laquoAssegurar o desenvolvimento de planos de transiccedilatildeo com a antecipaccedilatildeo necessaacuteria na vida escolar do aluno e natildeo somente no final da escolaridade obrigatoacuteriaraquo (Agecircncia Europeia 2002a paacuteg 6)

No enquadramento do trabalho desenvolvido pela Agecircncia sobre este tema Planos Individuais de Transiccedilatildeo

a transiccedilatildeo para o emprego surge como parte de um longo e complexo processo que cobre todas as fases da vida de uma pessoa e que necessita de ser orientada da forma mais apropriada laquoUma vida boa para todosraquo bem como laquoum bom trabalho para todosraquo satildeo os fins uacuteltimos de um processo de transiccedilatildeo bem sucedido Os tipos de recursos ou a organizaccedilatildeo da escola natildeo devem interferir com ou impedir que se realize tal processo (Agecircncia Europeia 2006 paacuteg 8ndash9)

Em conclusatildeo a intervenccedilatildeo precoce tem por objetivo principal proporcionar atividades significativas e positivas para promover o desenvolvimento precoce da crianccedila o envolvimento da famiacutelia a qualidade de vida a inclusatildeo social e o enriquecimento social Eacute necessaacuterio ter em conta que os serviccedilos de apoio satildeo essenciais para alguns mas tambeacutem beneacuteficos para todos Todas as crianccedilas tecircm o direito de receber apoio sempre que necessaacuterio Tal exige uma abordagem coordenada entre os setores e uma colaboraccedilatildeo eficaz entre todas as partes interessadas

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 10

A EDUCACcedilAtildeO INCLUSIVA BENEFICIA TODOS

Introduccedilatildeo

Existe um reconhecimento crescente na Europa e mais amplamente a niacutevel internacional de que eacute fundamental avanccedilar no sentido de uma poliacutetica e praacutetica inclusivas no ensino Nas Conclusotildees do Conselho sobre a dimensatildeo social da educaccedilatildeo e da formaccedilatildeo afirma-se que laquoTodos os estudantes sairatildeo beneficiados se forem criadas as condiccedilotildees necessaacuterias ao ecircxito da inclusatildeo de todos os alunos com necessidades especiaisraquo (Conselho da Uniatildeo Europeia 2010 paacuteg 5)

O Livro Verde da Comissatildeo das Comunidades Europeias relativo agrave Migraccedilatildeo e Mobilidade frisa que

As escolas devem ser determinantes para o fomento de uma sociedade inclusiva porque constituem uma oportunidade privilegiada para os jovens das comunidades migrantes e de acolhimento se conhecerem e respeitarem mutuamentehellip a diversidade cultural e linguiacutestica pode constituir um recurso inestimaacutevel para as escolas (Comissatildeo das Comunidades Europeias 2008 paacuteg 3)

A Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para a Educaccedilatildeo Ciecircncia e Cultura (UNESCO) (2009) indica claramente que a educaccedilatildeo inclusiva eacute uma questatildeo de equidade e por conseguinte uma questatildeo de qualidade com impacto em todos os alunos Eacute colocada a ecircnfase em trecircs propostas relativas agrave educaccedilatildeo inclusiva a inclusatildeo e a qualidade satildeo reciacuteprocas o acesso e a qualidade estatildeo ligados e reforccedilam-se mutuamente e por uacuteltimo a qualidade e a equidade satildeo essenciais para garantir a educaccedilatildeo inclusiva

Diversos projetos da Agecircncia centraram-se tambeacutem nesta questatildeo O relatoacuterio sobre a conferecircncia Elevar o Sucesso de Todos os Alunos (RA4AL) da Agecircncia (Agecircncia Europeia 2012c) realccedila que as questotildees que dizem respeito agrave definiccedilatildeo da inclusatildeo tecircm-se tornado cada vez mais importantes Contudo parece existir um acordo crescente quanto agrave necessidade de uma abordagem baseada nos direitos para o desenvolvimento de uma maior equidade e justiccedila social e para o apoio do desenvolvimento de uma sociedade sem discriminaccedilotildees Verificou-se por conseguinte um alargamento do debate sobre a inclusatildeo tendo o foco passado da relocalizaccedilatildeo de crianccedilas descritas como tendo necessidades educativas especiais para as escolas regulares para a vontade de disponibilizar educaccedilatildeo de alta qualidade ndash e consequentes benefiacutecios ndash a todos os alunos Agrave medida que cada vez mais paiacuteses abraccedilam uma definiccedilatildeo mais ampla de educaccedilatildeo inclusiva a diversidade eacute reconhecida como laquonaturalraquo em qualquer grupo de alunos e a educaccedilatildeo inclusiva pode ser encarada como uma forma de elevar o

Colocar a teoria em praacutetica 11

sucesso atraveacutes da presenccedila (acesso agrave educaccedilatildeo) participaccedilatildeo (qualidade da experiecircncia de aprendizagem) e sucesso (processos e resultados da aprendizagem) de todos os alunos

O trabalho da Agecircncia no documento Princiacutepios-Chave para a Promoccedilatildeo da Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva (Agecircncia Europeia 2009b) reforccedila a importacircncia das abordagens de aprendizagem centradas no alunopersonalizadas da avaliaccedilatildeo do professor que apoia a aprendizagem e do trabalho em colaboraccedilatildeo com os pais e as famiacutelias estes pontos satildeo poreacutem essenciais para melhorar a qualidade de educaccedilatildeo para todos os alunos

A educaccedilatildeo inclusiva como uma abordagem para elevar o sucesso para todos os alunos

Wilkinson e Pickett salientam que laquouma maior igualdade aleacutem de uma melhoria do bem-estar de toda a populaccedilatildeo eacute tambeacutem a chave para os padrotildees nacionais de sucessoraquo (2010 paacuteg 29) Eles frisam que se

um paiacutes deseja obter niacuteveis meacutedios mais elevados de sucesso educativo entre os alunos em idade escolar deve dar resposta agrave desigualdade subjacente que cria um gradiente social mais acentuado em termos de sucesso educativo (ibid paacuteg 30)

Ao desafiar a ideia de que a inclusatildeo de todos os alunos pode de alguma forma ser prejudicial para um sucesso elevado a Organizaccedilatildeo para a Cooperaccedilatildeo e Desenvolvimento Econoacutemico (OCDE 2011) mostra que a melhoria dos alunos com um desempenho mais baixo natildeo tem de ser feita agrave custa daqueles com melhores desempenhos As observaccedilotildees do relatoacuterio da UNESCO designado Learning Divides [A aprendizagem divide] (Willms 2006) fornece tambeacutem evidecircncias de que um desempenho escolar forte e a equidade podem andar de matildeos dadas e que os paiacuteses com os niacuteveis mais altos de desempenho tendem a ser aqueles que tecircm vindo a elevar o sucesso de todos os alunos (Agecircncia Europeia 2012d)

De acordo com o relatoacuterio RA4AL da Agecircncia

Farrell e colegas (2007) hellip descobriram um reduzido nuacutemero de pesquisas que sugerem que a colocaccedilatildeo de alunos com NEE em escolas regulares natildeo tem consequecircncias adversas de maior para o sucesso acadeacutemico comportamento e atitudes de todas as crianccedilas Uma revisatildeo sistemaacutetica da literatura encomendada pela Evidence for Policy and Practice Initiative [Iniciativa Evidecircncia por Poliacuteticas e Praacuteticas] (EPPI) (Kalambouka et al 2005) constatou tambeacutem que de um modo geral natildeo se observam efeitos adversos nos alunos sem NEE quando se incluem alunos com necessidades especiais nas escolas regulares (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 8)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 12

Diversos estudos descrevem os benefiacutecios da inclusatildeo para os alunos sem incapacidades Esses benefiacutecios incluem

aumento da valorizaccedilatildeo e aceitaccedilatildeo das diferenccedilas individuais e da diversidade respeito por todas as pessoas preparaccedilatildeo para a vida adulta numa sociedade inclusiva e oportunidades para dominar atividades praticando e ensinando outros Tais efeitos estatildeo tambeacutem documentados numa investigaccedilatildeo recente por exemplo da autoria de Bennett e Gallagher (2012) (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 8)

O impacto positivo das colocaccedilotildees em contextos inclusivos de alunos com incapacidades eacute registado por investigaccedilotildees como as realizadas por MacArthur et al (2005) e de Graaf et al (2011) Este impacto inclui relaccedilotildees e redes sociais melhoradas modelos dos pares maior sucesso maiores expetativas maior colaboraccedilatildeo entre os profissionais da escola e melhor integraccedilatildeo das famiacutelias na comunidade (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 8)

Benefiacutecios adicionais podem incluir acesso a mais amplas oportunidades curriacuteculares e reconhecimento e acreditaccedilatildeo do sucesso

Deve ser considerada a melhoria da organizaccedilatildeo dos laquoespaccedilosraquo para aprendizagem e a criaccedilatildeo de mais oportunidades para os alunos descobrirem talentos em diversas aacutereas para aleacutem da aprendizagem acadeacutemica (ibid paacuteg 25)

A investigaccedilatildeo de Chapman et al (2011) centrou-se especificamente na

lideranccedila que promove sucesso para alunos com NEEincapacidadese sugeriu que a presenccedila de uma populaccedilatildeo diversificada de estudantes pode nas condiccedilotildees organizacionais certas estimular as disposiccedilotildees colaborativas e incentivar formas inovadoras de ensinar a de modo a chegar a todos os grupos de alunos (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 21)

laquoO que eacute bom para os alunos com NEE eacute igualmente bom para todos os alunosraquo

Esta declaraccedilatildeo feita na publicaccedilatildeo da Agecircncia denominada Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula (Agecircncia Europeia 2003 paacuteg 33) tem sido desde essa altura repetida com frequecircncia no trabalho da Agecircncia

Por exemplo o mesmo estudo frisou que

a tutoria entre pares ou a aprendizagem cooperativa eacute eficaz para a aprendizagem e para o desenvolvimento cognitivo e afetivo (soacutecio-emocional) dos alunos Os alunos que se entreajudam principalmente num sistema de composiccedilatildeo de grupos flexiacutevel e bem ponderado beneficiam com esta aprendizagem em comum (ibid paacuteg 23)

Colocar a teoria em praacutetica 13

No trabalho da Agecircncia sobre a praacutetica inclusiva nas escolas secundaacuterias em 2005 sublinhou-se que

Todos os alunos ndash incluindo os que apresentam necessidades educativas especiais ndash tecircm demonstrado evoluir na aprendizagem quando o seu trabalho eacute sistematicamente planeado supervisionado e avaliado (Agecircncia Europeia 2005 paacuteg 6)

e que

Todos os alunos beneficiam com a aprendizagem cooperativa o aluno que explica ao outro reteacutem melhor e por mais tempo a informaccedilatildeo e as necessidades do aluno que estaacute a aprender satildeo abordadas de melhor forma por um par cujo niacutevel de compreensatildeo esteja apenas ligeiramente acima do seu proacuteprio niacutevel (ibid paacuteg 18)

No relatoacuterio RA4AL afirma-se que

um sistema que permite que os alunos progridam rumo a objetivos comuns mas atraveacutes de vias diferentes utilizando diferentes estilos de aprendizagem e avaliaccedilatildeo deve ser mais inclusivo e elevar o sucesso de todos os alunos (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 25)

O relatoacuterio da Agecircncia Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos regista tambeacutem a necessidade de envolver todos os alunos e paisfamiacutelias no processo tanto de aprendizagem como de avaliaccedilatildeo (Watkins 2007) O mesmo relatoacuterio refere que o processo de diferenciaccedilatildeo requer uma anaacutelise cuidadosa Embora possa tambeacutem estar associado a individualizaccedilatildeo e personalizaccedilatildeo e ser visto como uma forma de satisfazer necessidades individuais ou de grupo mais especiacuteficas manteacutem-se frequentemente centrado no professor ao inveacutes de ser orientado para aluno A personalizaccedilatildeo tem de comeccedilar com as necessidades e interesses de todos os alunos

No mais recente projeto i-access da Agecircncia constata-se que os benefiacutecios da tecnologia de apoio ou laquotecnologia facilitadoraraquo mostram-se frequentemente uacuteteis para uma ampla variedade de utilizadores laquoA acessibilidade beneficia os utilizadores com incapacidades eou necessidades educativas especiais bem como todos os utilizadoresraquo (Agecircncia Europeia 2012e paacuteg 22)

As opiniotildees dos jovens com e sem incapacidades expressas na publicaccedilatildeo Perspetivas dos Jovens sobre Educaccedilatildeo Inclusiva fornecem um resumo claro dos benefiacutecios da educaccedilatildeo inclusiva para todos os alunos Como um jovem aluno afirmou laquoEducaccedilatildeo inclusiva eacute para todas as crianccedilas As escolas regulares devem estar perto das suas residecircncias Esta experiecircncia permite encontrar as pessoas vizinhasraquo (Agecircncia Europeia 2012a paacuteg 11) Outros acrescentaram laquoOs alunos

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 14

com e sem necessidades especiais podem aprender uns com os outros e trocarconhecimentosraquo laquoEacute bom para noacutes e bom para eles Eacute importante reconhecer os benefiacutecios para todos na turmaraquo e laquoA educaccedilatildeo inclusiva ajuda as crianccedilas a tornarem-se mais tolerantes com mentalidades mais abertasraquo (ibid paacuteg 23)

Monitorizaccedilatildeo do progresso

Na medida em que a educaccedilatildeo inclusiva se alargou para assegurar a qualidade da educaccedilatildeo para todos os alunos eacute necessaacuterio encontrar novas formas de monitorizar o progresso Sugere-se com base no trabalho realizado pela Agecircncia nos indicadores e no relatoacuterio MIPIE (2011a) que a niacutevel escolar a recolha de dados possa ter em conta fatores com possiacutevel impacto na qualidade das estrateacutegias de admissatildeo das escolas tais como regras e poliacuteticas de admissatildeo natildeo discriminatoacuterias poliacuteticas e estrateacutegias desenvolvidas para apoiar os alunos a expressarem as suas necessidades existecircncia de uma declaraccedilatildeo poliacutetica clara contra o bullying implementaccedilatildeo dos coacutedigos de praacutetica existentes relativamente agrave educaccedilatildeo inclusiva sessotildees de formaccedilatildeo do pessoal quanto a questotildees de admissatildeo e criaccedilatildeo de um ambiente escolar acolhedor trabalho em respeito e colaboraccedilatildeo com alunos e famiacutelias estrateacutegias para ajudar os alunos e as famiacutelias a participarem ativamente na comunidade escolar e na sala de aula e disponibilizaccedilatildeo de estrateacutegias de informaccedilatildeo e aconselhamento e respetivo impacto nos alunos

Em conclusatildeo o debate mais amplo sobre a inclusatildeo pretende no momento presente ndash proporcionar uma educaccedilatildeo de alta qualidade (e benefiacutecios) a todos os alunos Um desempenho escolar forte e a equidade podem andar de matildeos dadas

O sistema de ensino eacute complexo e fragmentado e atualmente falta-lhe uma linha de pensamento consistente acerca da educaccedilatildeo inclusiva De um modo geral o apoio aos diretores e liacutederes que queiram tentar proceder a alteraccedilotildees em situaccedilotildees isoladas eacute muito reduzido A diversidade tem vindo a aumentar em todo o sistema mas as tradiccedilotildees do passado restringem as accedilotildees A capacidade das escolas deve ser desenvolvida atraveacutes da consciencializaccedilatildeo do contexto da correspondecircncia (entre legislaccedilatildeo e poliacuteticapraacutetica) da clareza conceptual e de um apoio contiacutenuo ndash para todos partes interessadas ndash que incentive as escolas a serem proativas e natildeo reativas Conhecer todos os alunos e intervir de forma precoce ajudaraacute a desenvolver apoio de qualidade para todos os alunos considerado como parte da educaccedilatildeo em geral

Colocar a teoria em praacutetica 15

PROFISSIONAIS ALTAMENTE QUALIFICADOS

Introduccedilatildeo

laquoProfissionais altamente qualificadosraquo envolve questotildees de formaccedilatildeo inicial e contiacutenua perfil valores e competecircncia dos professores abordagens eficazes ao recrutamento e atitudes bem como trabalho em rede e coordenaccedilatildeo de todos profissionais Os jovens que participaram na Audiccedilatildeo do Parlamento Europeu organizada pela Agecircncia em 2011 referiram

O ponto de partida para a educaccedilatildeo inclusiva eacute a sensibilizaccedilatildeo e a formaccedilatildeo dprofessores hellip Os professores devem compreender o que cada aluno precisa e dar-lhe oportunidade de atingir os objetivos com sucesso Todos temos talentos juntos construiacutemos uma melhor comunidade de trabalho (Agecircncia Europeia 2012a paacuteg 12)

e

Formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo

Uma formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo adequada dos professores e outros profissionais eacute considerada um fator-chave para praacuteticas inclusivas bem-sucedidas O relatoacuterio da Agecircncia Princiacutepios-chave para a Promoccedilatildeo da Qualidade em Educaccedilatildeo Inclusiva Recomendaccedilotildees para a praacutetica frisa que

Todos os professores devem ter competecircncias para responder agraves diversas necessidades de todos os alunos Na formaccedilatildeo inicial e contiacutenua os professores devem adquirir as competecircncias conhecimento e compreensatildeo que lhes permitam ter a confianccedila necessaacuteria para lidar eficazmente com as diversas necessidades dos alunos (Agecircncia Europeia 2011c paacuteg 15)

O relatoacuterio da Agecircncia Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo na Europa ndash Desafios e Oportunidades aborda a estrutura da formaccedilatildeo inicial de professores Afirma-se que

Uma das principais prioridades da formaccedilatildeo de professores hellip eacute a necessidade de rever a sua estrutura para melhorar a formaccedilatildeo de professores para a inclusatildeo e para integrar a formaccedilatildeo inicial e especializada O conhecimento sobre a mudanccedila do papel dos professores evoluiu imenso tendo sido realccedilada a necessidade de introduzir mudanccedilas significativas na forma como os professores satildeo preparados para as suas funccedilotildees e responsabilidades profissionais (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 19)

Aleacutem disso indica que

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 16

Os formadores de professores satildeo atores-chave na garantia da alta qualidade do corpo docente Muitos paiacuteses europeus natildeo tecircm ainda uma poliacutetica expliacutecita sobre as competecircncias dos formadores de professores nem sobre a forma como devem ser selecionados ou formados (ibid paacuteg 66)

O perfil dos professores inclusivos e outros profissionais

No quadro do projeto da Agecircncia Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo o Perfil de Professores Inclusivos (Agecircncia Europeia 2012b) foi desenvolvido como um guia para a conceccedilatildeo e a implementaccedilatildeo de programas de formaccedilatildeo inicial de professores (FIP) para todos professores Identifica um quadro de valores essenciais e de aacutereas de competecircncia aplicaacuteveis a qualquer programa FIP na preparaccedilatildeo de todos os professores para trabalharem em educaccedilatildeo inclusiva respondendo agrave diversidade

O quadro de valores essenciais e de aacutereas de competecircncia inclui

Valorizaccedilatildeo da diversidade ndash a diferenccedila eacute considerada um recurso e um valor para a educaccedilatildeo As aacutereas de competecircncia dentro deste valor fundamental dizem respeito a Conceccedilotildees de educaccedilatildeo inclusiva Perspetivas do professor sobre a diferenccedila dos alunos

Apoiar todos os alunos ndash os professores tecircm elevadas expectativas sobre os resultados de todos os alunos As aacutereas de competecircncia dentro deste valor essencial dizem respeito a Promoccedilatildeo da aprendizagem acadeacutemica praacutetica social e emocional de todos os alunos Metodologias de ensino eficazes em turmas heterogeacuteneas

Trabalho com outros ndash colaboraccedilatildeo e trabalho em equipa satildeo metodologias essenciais para todos os professores As aacutereas de competecircncia dentro deste valor essencial dizem respeito a Trabalho com pais e famiacutelias Trabalho com um vasto leque de profissionais de educaccedilatildeo

Desenvolvimento profissional e pessoal ndash o ensino eacute uma atividade de aprendizagem e os professores satildeo responsaacuteveis pela aprendizagem ao longo da vida As aacutereas de competecircncia dentro deste valor essencial dizem respeito a Professores como profissionais reflexivos Formaccedilatildeo inicial de professores como base para o desenvolvimento profissional contiacutenuo (ibid paacuteg 7)

Abordagens ao recrutamento

As abordagens eficazes ao recrutamento e o aumento das taxas de permanecircncia dos professores e outros profissionais satildeo indicados como fatores-chave numa seacuterie de projetos da Agecircncia O relatoacuterio da Agecircncia Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo na Europa ndash Desafios e Oportunidades realccedila que

Colocar a teoria em praacutetica 17

Devem ser encontradas estrateacutegias efetivas para melhorar o recrutamento dos candidatos a professores para aumentar as taxas de permanecircncia a par de medidas destinadas a aumentar o nuacutemero de professores de diferentes origens e incluindo professores com deficiecircncia (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 75)

O relatoacuterio do projeto refere que

Uma minoria de paiacuteses tem testes para selecionar o acesso agrave docecircncia Contudo a investigaccedilatildeo recentemente levada a cabo para efeitos da Revisatildeo da Formaccedilatildeo de Professores na Escoacutecia (Menter e colegas 2010) realccedila evidecircncias que mostram que haacute muitas dimensotildees do ensino efetivo que natildeo satildeo fidedignamente preditiacuteveis por testes de capacidade acadeacutemica Esta conclusatildeo estaacute em concordacircncia com a revisatildeo da literatura deste projeto e com os relatoacuterios dos paiacuteses que realccedilam a importacircncia das atitudes valores e crenccedilas no desenvolvimento de praacuteticas inclusivas Tanto as atitudes valores e crenccedilas como as disposiccedilotildees que apoiam o desenvolvimento das requeridascompetecircncias satildeo difiacuteceis de apurar mesmo atraveacutes de uma entrevista Eacute necessaacuteria mais investigaccedilatildeo para encontrar indicadores eficazes para a seleccedilatildeo de candidatos (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 21)

Atitudes positivas

As atitudes positivas dos professores e outros profissionais satildeo indicadas como um elemento-chave na educaccedilatildeo inclusiva na maioria dos projetos da Agecircncia O relatoacuterio da Agecircncia Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula constata que

Obviamente que a inclusatildeo depende largamente da atitude dos professores face aos alunos com necessidades especiais das suas perceccedilotildees sobre as diferenccedilas na sala de aula e da sua vontade de lidar eficazmente com essas diferenccedilas A atitude dos professores foi indicada como um fator decisivo na construccedilatildeo de escolas mais inclusivas (Agecircncia Europeia 2003 paacuteg 12)

Do mesmo modo o relatoacuterio da Agecircncia designado Princiacutepios-Chave para a Promoccedilatildeo da Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva ndash Recomendaccedilotildees para a praacutetica realccedila a importacircncia das atitudes positivas Afirma-se que

Todos os professores devem ter atitudes positivas em relaccedilatildeo a todos os alunos e disponibilidade para trabalhar em colaboraccedilatildeo com os colegas Todos os professores devem entender a diversidade como uma forccedila e um estiacutemulo para sua proacutepria aprendizagem (Agecircncia Europeia 2011c paacuteg 14)

O relatoacuterio da Agecircncia Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos Questotildeesshychave para Poliacuteticas e Praacuteticas indica que

As atitudes dos professores de turma face ao processo de avaliaccedilatildeo inclusiva satildeo cruciais As atitudes positivas podem ser fomentadas atraveacutes de formaccedilatildeo

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 18

apoio e recursos apropriados e de experiecircncias de inclusatildeo bem sucedidas Os professores necessitam de experiecircncias bem sucedidas para os ajudar a desenvolver as necessaacuterias atitudes positivas (Watkins 2007 paacuteg 53)

Trabalho em rede e coordenaccedilatildeo

Todos os relatoacuterios da Agecircncia referem o papel eficaz da colaboraccedilatildeo e coordenaccedilatildeo dos profissionais e do trabalho em rede com serviccedilos comunitaacuterios interdisciplinares Um exemplo digno de nota eacute o relatoacuterio da Agecircncia Formaccedilatildeo de professores para a Inclusatildeo Perfil de Professores Inclusivos (TE4I) no qual se realccedila que

A implementaccedilatildeo da educaccedilatildeo inclusiva deve ser vista como uma tarefa coletiva com funccedilotildees e responsabilidades atribuiacutedas aos diferentes intervenientes O apoio aos professores de turma inclui o acesso a estruturas que facilitam a comunicaccedilatildeo e o trabalho de equipa com diferentes profissionais (incluindo aqueles que trabalham em instituiccedilotildees de ensino superior) bem como oportunidades para o desenvolvimento profissional (Agecircncia Europeia 2012b paacuteg 24)

Na publicaccedilatildeo da Agecircncia Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula nos 2ordm e 3ordm Ciclos de Ensino Baacutesico as questotildees do ensino cooperativo e da resoluccedilatildeo cooperativa de problemas satildeo apresentadas como fatores-chave para uma praacutetica inclusiva eficaz O projeto afirma que laquoOs professores precisam do apoio dos colegas da escola e de ser capazes de colaborar com eles Necessitam igualmente do apoio e da colaboraccedilatildeo de profissionais exteriores agrave escolaraquo (Agecircncia Europeia 2005 paacuteg 5)

Para concluir

A educaccedilatildeo inclusiva implica uma alteraccedilatildeo sisteacutemica que exige uma transformaccedilatildeo quanto ao modo como os professores e outros profissionais do ensino satildeo formados natildeo apenas em termos de competecircncias mas tambeacutem de valores eacuteticos

Os principais aspetos relacionados com os profissionais altamente qualificados podem ser resumidos numa seacuterie de indicadores na aacuterea da legislaccedilatildeo para a educaccedilatildeo inclusiva desenvolvidos e apresentados no projeto da Agecircncia Desenvolvimento de um conjunto de indicadores ndash para a educaccedilatildeo inclusiva na Europa

Programas de formaccedilatildeo inicial e contiacutenua de professores incluem conteuacutedos sobre a educaccedilatildeo especial e a inclusatildeo Professores e outros profissionais satildeo apoiados para desenvolverem os seus conhecimentos competecircncias e atitudes relativas agrave inclusatildeo de forma a

Colocar a teoria em praacutetica 19

estarem preparados para responder agraves necessidades de todos os alunos no ensino regular

Disponibilizaccedilatildeo de cursos e oportunidades para a melhoria do desenvolvimento profissional dos professores

Os professores planificam ensinam e reavaliam em parceria

Recursos satildeo disponibilizados para o adequado desenvolvimento profissional relacionados com a resposta agraves necessidades especiais em educaccedilatildeo inclusiva (Kyriazopoulou e Weber 2009 paacuteg 29)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 20

SISTEMAS DE APOIO E MECANISMOS DE FINANCIAMENTO

Introduccedilatildeo

Em novembro de 2011 a Agecircncia Europeia acolheu uma Audiccedilatildeo no Parlamento Europeu em Bruxelas Participaram oitenta e oito jovens com e sem necessidades educativas especiais eou incapacidades do ensino secundaacuterio e da formaccedilatildeo vocacional para debaterem o significado da educaccedilatildeo inclusiva para eles Alguns dos resultados estatildeo diretamente relacionados com questotildees de recursos e financiamento laquoA educaccedilatildeo inclusiva requer recursos adicionais como tempo e dinheiro mas cada aluno deve ter a educaccedilatildeo que querraquo (Agecircncia Europeia 2012a paacuteg 13)

O acesso fiacutesico dos edifiacutecios eacute importante (elevadores portas automaacuteticas interruptores acessiacuteveis etc) hellip No caso dos testes eacute necessaacuterio tempo extra hellip Satildeo necessaacuterios sistemas internos de apoio para os alunos com deficiecircncias (ibid paacuteg 28ndash29)

Eacute bom ter apoio de pessoas de fora da equipa da escola que possam atuar como mediadores para os alunos com necessidades especiais Havia professores que natildeo queriam cooperar no trabalho de educaccedilatildeo inclusiva para mim e para outros os professores devem aceitar todos nas suas salas de aula (ibid paacuteg 20)

Os cortes do governo estatildeo a ter impacto no apoio ndash pessoas como os mediadores estatildeo a perder os seus empregos O dinheiro estaacute a ir para as escolas mas eacute tatildeo disfuncional que significa que os professores laquonormaisraquo tecircm de prestar o apoio e eles natildeo satildeo capazes (ibid paacuteg 28)

A educaccedilatildeo inclusiva eacute muitas vezes referida como dispendiosa mas ao tentar poupar vamos acabar por pagar mais para lidar com os problemas hellip Mesmo que um paiacutes natildeo tenha muitos recursos a educaccedilatildeo inclusiva precisa de ser posta em praacutetica A educaccedilatildeo inclusiva eacute um investimento temos de investir nas pessoas (ibid paacuteg 25)

Sistemas de apoio e mecanismos de financiamento Os sistemas de apoio e mecanismos de financiamento englobam todos os niacuteveis de aprendizagem e por conseguinte abordam diversas questotildees Aleacutem disso limitar a questatildeo apenas ao campo educativo seria insuficiente

As crianccedilas e os jovens natildeo teratildeo sucesso na aprendizagem se a sua sauacutede baacutesica e as suas necessidades sociais e emocionais natildeo forem atendidas Isto pode exigir apoio para as famiacutelias e as comunidades sendo necessaacuteria a

Colocar a teoria em praacutetica 21

colaboraccedilatildeo com os serviccedilos de sauacutede e de seguranccedila social que garanta uma intervenccedilatildeo holiacutestica (Agecircncia Europeia 2011c paacuteg 17ndash18)

Existe a consciencializaccedilatildeo disseminada de que a criaccedilatildeo de poliacuteticas com base em evidecircncias eacute essencial para o desenvolvimento a longo prazo dos sistemas de educaccedilatildeo inclusiva Tal foi reconhecido no trabalho da Agecircncia logo em 1999 no acircmbito do relatoacuterio Financing of Special Needs Education [Financiamento da Educaccedilatildeo Especial] onde se defendia que

os procedimentos de avaliaccedilatildeo e monitorizaccedilatildeo nos paiacuteses podem tambeacutem ser melhorados no quadro do ensino especial Em primeiro lugar eacute importante garantir e incentivar um dispecircndio eficiente e eficaz dos fundos puacuteblicos Em segundo lugar parece ser necessaacuterio mostrar claramente aos clientes dos sistemas educativos (alunos com necessidades especiais e os seus pais) que a qualidade da educaccedilatildeo no ambiente regular (incluindo todas as instalaccedilotildees adicionais e apoio) eacute suficientemente elevada (Agecircncia Europeia 1999 paacuteg 158)

Os temas do financiamento e dos recursos foram abordados em diversos outros projetos da Agecircncia Assim as afirmaccedilotildees e os resultados que se seguem lanccedilam alguma luz sobre estas duas questotildees de pontos de vista diferentes na sequecircncia de projetos distintos levados a cabo pela Agecircncia

Intervenccedilatildeo Precoce na Infacircncia (IPI) laquoA tendecircncia comum na Europa eacute a prestaccedilatildeo de serviccedilos de IPI localizados e prestados tatildeo perto quanto possiacutevel da crianccedila e da famiacuteliaraquo (Agecircncia Europeia 2010 paacuteg 18) por exemplo no municiacutepio

Os recursos e serviccedilos de IPI devem abranger todas as famiacutelias e crianccedilas em idades precoces que deles necessitem independentemente da sua condiccedilatildeo socioeconoacutemica hellip Isto implica que os fundos puacuteblicos devem cobrir todos os custos relativos agrave IPI atraveacutes de serviccedilos puacuteblicos companhias de seguros organizaccedilotildees sem fins lucrativos etc preenchendo os padrotildees de qualidade exigidos na respetiva legislaccedilatildeo nacional para a IPI (ibid paacuteg 22) O financiamento puacuteblico para os serviccedilos de IPI geralmente vem do governo central eou federal ou dos orccedilamentos regionais eou locais Na maioria dos casos o financiamento da IPI eacute uma combinaccedilatildeo dos trecircs niacuteveis da administraccedilatildeo acima mencionados planos de seguro de sauacutede e de recursos de organizaccedilotildees sem fins lucrativos (ibid paacuteg 23)

As recomendaccedilotildees para melhorar a coordenaccedilatildeo dos serviccedilos e dos recursos da IPI incluem entre outras as seguintes

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 22

A IPI eacute muitas vezes uma aacuterea de trabalho interserviccedilos mas tambeacutem uma aacuterea interdisciplinar Os decisores poliacuteticos precisam de reconhecer isso garantindo que as poliacuteticas e as orientaccedilotildees sejam desenvolvidas conjuntamente pelos setores da sauacutede da educaccedilatildeo e da seguranccedila social e que qualquer orientaccedilatildeo escrita para os serviccedilos regionais e locais inclui os logotipos de todos os departamentos Somente desta forma o trabalho integrado seraacute filtrado aos niacuteveis regional e local (ibid paacuteg 42ndash43)

Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula

A existecircncia de diferentes modelos de gestatildeo da diferenccedila na sala de aula depende natildeo soacute de fatores ligados ao professor mas tambeacutem da forma como a escola organiza os recursos e de outros fatores externos

Esta afirmaccedilatildeo foi incluiacuteda no relatoacuterio da Agecircncia sobre Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula (Agecircncia Europeia 2003 paacuteg 8)

Eacute claro que a resposta aos alunos com necessidades educativas especiais natildeo eacute apenas uma questatildeo de recursos a niacutevel da sala de aula Importa reconhecer que a organizaccedilatildeo da escola determina igualmente a quantidade e o tipo dos recursos que os professores podem usar no ensino de alunos com NEE (ibid paacuteg 14ndash15)

A organizaccedilatildeo dos recursos no seio da escola deve corresponder ao princiacutepio da flexibilidadehellip as escolas devem ter liberdade para a utilizaccedilatildeo dos recursos financeiros de acordo com os seus proacuteprios desejos e perspetivas Deve evitarshyse a burocracia estando os recursos disponiacuteveis para todos os alunos com ou sem NEE sempre que necessaacuterio ou quando o professor assim o desejar (ibid paacuteg 16)

laquoO financiamento e respetivos incentivos desempenham um papel decisivoraquo (ibid paacuteg 17)

O modelo de financiamento baseado na avaliaccedilatildeo dos resultados (a niacutevel regional) parece ser a opccedilatildeo melhor sucedida Neste modelo os orccedilamentos destinados agraves necessidades educativas especiais satildeo atribuiacutedos pelo serviccedilo central agraves instituiccedilotildees regionais ou locais (comunidades agrupamentos de escolas) As decisotildees relativas ao financiamento e elegibilidade devem ser tomadas a niacutevel regionalhellip Um modelo descentralizado pode ser mais rentaacutevel e limitar os riscos de ver emergir formas indesejaacuteveis de comportamentosestrateacutegicos Eacute no entanto evidente que o governo central deve indicar claramente os objetivos a atingir (ibid paacuteg 18)

Colocar a teoria em praacutetica 23

Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional (EFP) A implementaccedilatildeo dos programas de EFP segue o planeamento a longo prazo no setor da educaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo com os parceiros sociais

Existe um foco no estabelecimento de ligaccedilotildees mais proacuteximas hellip para desenvolver os curriacuteculos dos programas de formaccedilatildeo profissional e para corresponder agraves abordagens e conteuacutedos educativos com as competecircncias necessaacuterias na vida laboral hellip atraveacutes da organizaccedilatildeo e realizaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo de competecircncias colaboraccedilatildeo no estabelecimento de conteuacutedos de novas qualificaccedilotildees normas e curriacuteculos e correspondecircncia dos programas de EFP com as necessidades da economia (Agecircncia Europeia 2014 paacuteg 23) A niacutevel individual os alunos com necessidades educativas especiais recebem assistecircncia educativa (por exemplo tecnologia de apoio inteacuterpretes de liacutengua gestual materiais de aprendizagem de elaboraccedilatildeo especial escribas ou outras formas de assistecircncia praacutetica) especial para tornar os curriacuteculos de EFP acessiacuteveis (ibid paacuteg 15)

Os niacuteveis regionais (ou seja condados freguesias municiacutepios proviacutencias federais) satildeo fundamentais para garantir o melhor ajuste entre os objetivos educativos e as necessidades do mercado de trabalho Os conselhos consultivos regionais desempenham um papel ativo na atualizaccedilatildeo da estrutura dos programas educativos no acircmbito da sua responsabilidade regional e em cooperaccedilatildeo com os parceiros sociais Desempenham um papel importante na possibilidade de flexibilizaccedilatildeo dos percursos dos alunos

As instituiccedilotildees de EFP satildeo lideradas por diferentes agecircncias nos paiacuteses europeus tais como autoridades locais organizaccedilotildees natildeo governamentais setor privado etc Nos paiacuteses europeus analisados as principais responsabilidades pelo financiamento cabem agraves entidades estatais e governamentais a niacutevel regional ou municipal Aleacutem disso na maioria dos paiacuteses os criteacuterios de financiamento satildeo diferentes dependendo do tipo de propriedade (puacuteblicaprivada) vigente no paiacutes Outras medidas destinadas a promover o emprego entre os alunos com NEE satildeo o pagamento do custo do serviccedilo de emprego apoiado a isenccedilatildeo do pagamento de pensatildeo e seguro de invalidez uma recompensa para casos em que a quota eacute ultrapassada ajudas financeiras aos trabalhadores com incapacidades que se estabelecem como empresaacuterios reduccedilatildeo nos pagamentos agrave seguranccedila social reduccedilatildeo de impostos pelo emprego de jovens alunos com NEE ou preacutemios anuais por boas praacuteticas Existem tambeacutem programas que permitem que os alunos entrem no mercado de trabalho mantendo uma percentagem do seu subsiacutedio social de origem (por exemplo subsiacutedio de invalidez) que natildeo estaacute sujeito agrave tributaccedilatildeo ou cobertura social Os funcionaacuterios tambeacutem seriam autorizados a manter laquobenefiacutecios

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 24

secundaacuteriosraquo (por exemplo subsiacutedio para combustiacutevel cartatildeo meacutedico) durante um determinado periacuteodo de tempo

Tecnologias de Informaccedilatildeo e Comunicaccedilatildeo (TIC)

Sem duacutevida as TIC acessiacuteveis podem atuar como um facilitador para a igualdade de participaccedilatildeo em atividades educativas para diversos alunos com NEE Os estudantes com SEN destacaram a importacircncia das TIC durante a Audiccedilatildeo do Parlamento Europeu em 2011

No nosso paiacutes existe uma organizaccedilatildeo que fornece materiais especiais e tecnologias de informaccedilatildeo A escola pode pedir as ajudas teacutecnicas a essa organizaccedilatildeo e os alunos podem levaacute-las para casa Quando deixam de precisar dessas ajudas teacutecnicas estas podem ser usadas por outros alunos nas mesmasou noutras escolas Eacute muito importante ter ajudas teacutecnicas e apoio (Agecircncia Europeia 2012a paacuteg 14)

Poreacutem

O facto de o impulso para a equidade na educaccedilatildeo atraveacutes do apoio de TIC acessiacuteveis estar a ser ofuscado por desenvolvimentos econoacutemicos negativos reforccedila a ideia de que as poliacuteticas europeias e internacionais globais devem continuar a assumir uma lideranccedila estaacutevel neste campo (Agecircncia Europeia 2013 paacuteg 24)

Neste contexto a aquisiccedilatildeo pode ser considerada um mecanismo de financiamento se a acessibilidade for um preacute-requisito incorporado A acessibilidade deve ser um princiacutepio orientador para a aquisiccedilatildeo de todos os bens e serviccedilos

O acesso a TIC apropriadas em diferentes contextos de aprendizagem ao longo da vida ndash incluindo em casa ndash requer muitas vezes a contribuiccedilatildeo de profissionais de diferentes aacutereas hellip Isto envolve a coordenaccedilatildeo entre indiviacuteduos serviccedilos e muitas vezes poliacuteticas para diferentes setores de trabalho Tambeacutem envolve abordagens flexiacuteveis para o financiamento das TIC com possibilidades de tomada de decisotildees a niacutevel local quanto agraves despesas relacionadas com as necessidades identificadas localmente (Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO e Agecircncia Europeia 2011 paacuteg 88)

Para concluir

Eacute necessaacuterio considerar quatro requisitos no que diz respeito aos sistemas de financiamento para garantir que estes sistemas sustentam totalmente os objetivos da poliacutetica educativa

Colocar a teoria em praacutetica 25

A poliacutetica de financiamento apoia totalmente a educaccedilatildeo inclusiva Isto inclui o desenvolvimento de poliacuteticas fiscais que criem incentivos ao inveacutes de desincentivos agrave oferta de colocaccedilotildees e de serviccedilos de inclusatildeo Embora exista uma seacuterie de bases alternativas para financiar alunos com NEE o financiamento per capita parece ser o mais promissor para satisfazer o requisito estabelecido

A poliacutetica de financiamento baseia-se totalmente nas necessidades educativas Os montantes individuais de financiamento per capita podem ser determinados atraveacutes de anaacutelises de custos que mostram os custos relativos de disponibilizar aos alunos condiccedilotildees especiais selecionadas

A poliacutetica de financiamento facilita totalmente respostas flexiacuteveis eficazes e eficientes agraves necessidades Em vez de financiar ou fornecer recursos especiacuteficos por exemplo tipos preacute-determinados de pessoal equipamentos ou instalaccedilotildees o financiamento per capita aloca recursos monetaacuterios promovendo a flexibilidade no uso local

A poliacutetica de financiamento promove totalmente o apoio de serviccedilos relacionados e a necessaacuteria colaboraccedilatildeo intersectorial

Em geral as estruturas de incentivo devem assegurar a disponibilizaccedilatildeo de mais fundos se uma crianccedila for colocada num contexto inclusivo sendo necessaacuteria uma maior ecircnfase nos resultados (natildeo apenas acadeacutemicos)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 26

DADOS FIAacuteVEIS

Introduccedilatildeo

A Convenccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiecircncia (CDPD) bem como a Estrateacutegia Europeia para a Deficiecircncia 2010ndash2020 e o quadro estrateacutegico Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo 2020 relativo agrave equidade na educaccedilatildeo satildeo impulsionadores-chave para a educaccedilatildeo inclusiva nos paiacuteses A CDPD da ONU apela aos Estados Partes para

hellip recolher informaccedilatildeo apropriada incluindo dados estatiacutesticos e de investigaccedilatildeo que lhes permitam formular e implementar poliacuteticas que visem dar efeito agrave presente Convenccedilatildeo (Naccedilotildees Unidas 2006 Artigo 31ordm)

e hellip Os Estados Partes devem em conformidade com os seus sistemas juriacutedico e administrativo manter fortalecer nomear ou estabelecer a niacutevel interno uma estrutura que inclua um ou mais mecanismos independentes conforme apropriado com vista a promover proteger e monitorizar a implementaccedilatildeo da presente Convenccedilatildeo (ibid Artigo 33ordm)

Existe a consciencializaccedilatildeo disseminada de que a criaccedilatildeo de poliacuteticas com base em evidecircncias eacute essencial para o desenvolvimento a longo prazo dos sistemas de educaccedilatildeo inclusiva Decisores poliacuteticos especialistas em estatiacutestica e investigadores reconhecem a necessidade de uma recolha de dados a niacutevel nacional que natildeo soacute responda agraves exigecircncias das orientaccedilotildees poliacuteticas internacionais mas que tambeacutem obedeccedila a uma abordagem comum que promova uma sinergia de esforccedilos a niacutevel nacional e internacional O trabalho da Agecircncia demonstrou que existem apelos para a disponibilizaccedilatildeo de ampla informaccedilatildeo para os decisores poliacuteticos e para a adoccedilatildeo pelas diferentes organizaccedilotildees tanto a niacutevel nacional como europeu de uma variedade de abordagens complementares para a recolha de dados Poreacutem embora a necessidade de tais dados seja clara os melhores meacutetodos e procedimentos de recolha e anaacutelise dos mesmos satildeo muito menos claros

Em resultado do trabalho da Agecircncia ndash mais especificamente das atividades dos projetos Desenvolvimento de um conjunto de indicadores ndash para a educaccedilatildeo inclusiva na Europa (Kyriazopoulou e Weber 2009) e Mapeamento da Implementaccedilatildeo de Poliacuteticas para a Educaccedilatildeo Inclusiva (MIPIE) (Agecircncia Europeia 2011a) ndash emergem cinco requisitos-chave de poliacuteticas relativos agrave recolha de dados no que concerne agrave necessidade de evidecircncias sobre a educaccedilatildeo inclusiva a niacutevel nacional

bull necessidade de recolha de dados nacionais ancorada nos acordos internacionais e europeus

Colocar a teoria em praacutetica 27

bull necessidade de compreender o impacto das diferenccedilas nos sistemas educativos dos paiacuteses

bull necessidade de analisar a efetividade da educaccedilatildeo inclusiva

bull necessidade de recolha de dados que forneccedila evidecircncias sobre a garantia de qualidade e

bull necessidade de acompanhar o progresso dos alunos a longo prazo Os decisores poliacuteticos precisam de dados qualitativos e quantitativos que os informem sobre a qualidade da educaccedilatildeo prestada aos alunos com necessidades educativas especiais Estas mensagens principais refletem uma recomendaccedilatildeo central do Relatoacuterio Mundial sobre Deficiecircncia (Organizaccedilatildeo Mundial de SauacutedeBanco Mundial 2011) a necessidade de os paiacuteses desenvolverem os sistemas de recolha de dados quantitativos existentes e de simultaneamente realizarem investigaccedilotildees qualitativas aprofundadas e especiacuteficas sobre o custoshyeficaacutecia e sobre outras questotildees relacionadas com a garantia da qualidade

O projeto MIPIE apela ao desenvolvimento de um quadro comum para a recolha de dados construiacutedo com base nos procedimentos nacionais existentes e nos acordos internacionais sobre recolha de dados e procedimentos hellip Podem ser identificadas trecircs dimensotildees para uma estrutura comum

- A mudanccedila para um sistema de recolha de dados baseado em conceitos e definiccedilotildees comuns

- A recolha de evidecircncias que conduzam a niacuteveis de referecircncia quantitativos e qualitativos

- O uso de uma estrutura multiniacutevel para analisar as poliacuteticas a niacuteveis nacional e internacional (Agecircncia Europeia 2011a paacuteg 11)

Uma tal abordagem eacute necessaacuteria para apoiar os paiacuteses no desenvolvimento de uma laquorecolha de dados que permita monitorizar os direitos dos alunos bem como para monitorizarem a eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusivaraquo (ibid)

Monitorizaccedilatildeo dos direitos dos alunos

No acircmbito de uma estrutura abrangente para o mapeamento das questotildees relacionadas com os direitos devem ser identificados indicadores quantitativos e qualitativos referentes a diversos fatores

(i) Participaccedilatildeo na educaccedilatildeo e formaccedilatildeo

O relatoacuterio da Agecircncia sobre a Intervenccedilatildeo precoce na infacircncia sugere que

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 28

Os decisores poliacuteticos devem ter mecanismos para avaliar a solicitaccedilatildeo de serviccedilos de IPI e mecanismos eficazes que verifiquem se a prestaccedilatildeo de serviccedilos responde ao solicitado para se poder planear a melhoria do serviccedilo Deve ser desenvolvida uma forma sistemaacutetica de recolha e de monitorizaccedilatildeo de dados fiaacuteveis a niacutevel nacional (Agecircncia Europeia 2010 paacuteg 40)

No relatoacuterio Participaccedilatildeo na Educaccedilatildeo Inclusiva afirma-se que Embora os governos nacionais e locais jaacute recolham dados importantes sobre a educaccedilatildeo pouco se sabe sobre a participaccedilatildeo hellip Atualmente a maior parte dos dados recolhidos para fins de monitorizaccedilatildeo satildeo dados estatiacutesticos sobre a inscriccedilatildeo e a conclusatildeo da escolaridade hellip Poucos paiacuteses tecircm meacutetodos sistemaacuteticos de recolha anaacutelise e interpretaccedilatildeo de dados qualitativos sobre a participaccedilatildeo a niacutevel individual em sala de aula e na escola embora os relatoacuterios escolares de autorrevisatildeo e de inspeccedilatildeo respondam muitas vezes a questotildees de participaccedilatildeo e inclusatildeo (Agecircncia Europeia 2011d paacuteg 19)

Este relatoacuterio tambeacutem destaca alguns dos perigos potenciais associados agrave recolha de dados em relaccedilatildeo agrave participaccedilatildeo

hellip estruturas criadas para acompanhar as crianccedilas com necessidades educativas especiais podem funcionar como barreiras agrave sua participaccedilatildeo e sucesso marcando estas crianccedilas como diferentes Uma consequecircncia natildeo intencional de categorizar algumas crianccedilas para monitorizar a sua participaccedilatildeo pode gerar um paradoxo o que resulta na celebraccedilatildeo de acordos separados para a sua educaccedilatildeo (ibid paacuteg 17ndash18)

(ii) Acesso ao apoio e agrave adaptaccedilatildeo

Trecircs estudos da Agecircncia consideraram diferentes aspetos de apoio para os alunos com NEE A revisatildeo da literatura do projeto Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional cita Redley (2009)

Natildeo existem dados nacionais fiaacuteveis sobre o nuacutemero de organizaccedilotildees que oferecem emprego apoiado ou o nuacutemero de pessoas com dificuldades de aprendizagem empregadas nelas e o governo natildeo participa neste processo (Agecircncia Europeia 2012f paacuteg 41)

O estudo conjunto da Agecircncia realizado com o Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO que analisa o uso das TIC na educaccedilatildeo das pessoas com incapacidades defende que

Tanto em relaccedilatildeo agrave Convenccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas (2006) como em relaccedilatildeo agrave poliacutetica regional (ou seja europeia) e nacional haacute uma necessidade de informaccedilatildeo mais detalhada ligada agrave monitorizaccedilatildeo de indicadores e benchmarks qualitativos e quantitativos sobre as TIC na educaccedilatildeo para pessoas

Colocar a teoria em praacutetica 29

com incapacidades (Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO e Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011 paacuteg 93)

Em relaccedilatildeo agrave acessibilidade da informaccedilatildeo para a aprendizagem as recomendaccedilotildees do projeto i-access da Agecircncia defendem que

A conformidade [acessibilidade] agrave poliacutetica deve ser sistematicamente monitorizada A monitorizaccedilatildeo da conformidade soacute pode ser incentivada nomomento presente mas deve ser alargada hellip Eacute necessaacuterio recolher dados quantitativos e qualitativos sistemaacuteticos o que deve tambeacutem envolver os utilizadores finais de informaccedilatildeo acessiacutevel Poreacutem a monitorizaccedilatildeo do progresso natildeo se pode limitar a afericcedilatildeo numeacuterica mas deve incluir a possibilidade de recolher exemplos de boas praacuteticas que poderiam servir de modelo para outros paiacuteses e organizaccedilotildees (Agecircncia Europeia 2012e paacuteg 40ndash 41)

(iii) Oportunidades para o sucesso na aprendizagem e na transiccedilatildeo Dois grandes projetos da Agecircncia tiveram em linha de conta a transiccedilatildeo da escola para o emprego Ambos apontam para a falta de dados fiaacuteveis neste campo O projeto Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego sugeriu que

Os dados nacionais dos paiacuteses apenas incluem pessoas registadas como desempregadas mas uma alta percentagem de pessoas com necessidades especiais natildeo estaacute registada ndash elas natildeo tecircm sequer a oportunidade de conseguir o primeiro emprego (Agecircncia Europeia 2002a paacuteg 2)

O estudo de acompanhamento (Agecircncia Europeia 2006) natildeo refere quaisquer desenvolvimentos nesta aacuterea

(iv) Oportunidades de integraccedilatildeo

O estudo da Agecircncia com foco na diversidade multicultural destaca a falta de dados em relaccedilatildeo a um fator importante de integraccedilatildeo ndash antecedente de imigraccedilatildeo dos alunos com NEE

Muitos paiacuteses envolvidos no projeto referiram que natildeo existem dados atualizados sobre os alunos com NEE e de origem imigrante Diversas agecircncias governamentais tecircm responsabilidades diferentes e natildeo haacute coordenaccedilatildeo na recolha de dados Haacute outras razotildees para a falta de dados Alguns paiacuteses natildeo tecircm estatiacutesticas oficiais sobre a origem das pessoas para aleacutem do paiacutes de nascimento uma vez que eacute proibido o tratamento de dados pessoais que identifiquem a raccedila a origem eacutetnica a incapacidade ou crenccedila religiosa Em outros paiacuteses natildeo haacute recolha sistemaacutetica de dados relativos a alunos com NEE

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 30

ou a alunos com NEE e de origem imigrante a niacutevel nacional ou local (Agecircncia Europeia 2009a paacuteg 30)

Monitorizaccedilatildeo da eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusiva

Dados que examinam a eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusiva tecircm em conta questotildees de custo-eficaacutecia bem como diversas aacutereas relacionadas com as experiecircncias de educaccedilatildeo dos alunos procedimentos de avaliaccedilatildeo inicial o envolvimento contiacutenuo dos alunos e das suas famiacutelias em experiecircncias educativas e a eficaacutecia de ambientes de aprendizagem na superaccedilatildeo das barreiras e apoio de experiecircncias de aprendizagem significativas para todos os alunos

O estudo da Agecircncia relativo ao Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos realccedila que eacute necessaacuterio apoiar as escolas com

hellip aconselhamento sobre como pode ser usada a informaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo ndash particularmente a da avaliaccedilatildeo estandardizada recolhida para fins de monitorizaccedilatildeo nacional ndash para melhorar as praacuteticas com todos os alunos incluindo os que apresentam NEE (Watkins 2007 paacuteg 60)

O relatoacuterio designado Elevar o Sucesso de Todos os Alunos defende que

Para avanccedilar para uma maior equidade na educaccedilatildeo satildeo necessaacuterios indicadores de sucesso adequados agrave comunidade local focalizados no input recursos processos e outputresultados Embora a informaccedilatildeo (incluindo dados) deva ser usada para direcionar o apoio e acompanhar o sucesso de poliacuteticas e praacuteticas inclusivas eacute necessaacuterio cuidado para que os sistemas de responsabilidade natildeo causem inadvertidamente alteraccedilotildees inadequadas (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 22)

Este estudo destaca potenciais dificuldades inerentes

No clima atual o desenvolvimento de mecanismos de responsabilidade adequados e de formas de medir o sucesso valorizado e monitorizar a equidade apresentam muitos desafios Apesar da procura de dados concretos Fullan (2011) adverte que laquoas estatiacutesticas satildeo um servo maravilhoso mas um mestre terriacutevelraquo (paacuteg 127) e Hargreaves e Shirley (2009) enfatizam a necessidade de colocar a responsabilidade antes da prestaccedilatildeo de contas Sugerem que a prestaccedilatildeo de contas deve laquoservir de consciecircncia por meio de amostragemraquo e que deve ser realizado um ataque laquoaos excessos de padronizaccedilatildeo testada que negam a diversidade e destroem a criatividaderaquo (paacuteg 109) (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 22)

Dentro do projeto MIPIE argumentou-se que a monitorizaccedilatildeo da eficaacutecia dos sistemas de educaccedilatildeo inclusiva tambeacutem incluiria uma anaacutelise da eficaacutecia da formaccedilatildeo de professores (Agecircncia Europeia 2011a) O relatoacuterio do projeto TE4I

Colocar a teoria em praacutetica 31

destaca uma seacuterie de questotildees relacionadas com a disponibilidade de dados nesta aacuterea Relativamente agrave representaccedilatildeo de professores de grupos minoritaacuterios

A maior parte dos paiacuteses que natildeo recolhe dados refere curiosamente uma subshyrepresentaccedilatildeo de pessoas com deficiecircncia e pertencentes a grupos minoritaacuterios entre os professores estagiaacuterios e os professores diplomados e a situaccedilatildeo parece ser idecircntica entre os formadores de professores (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 22)

O relatoacuterio tambeacutem indica a necessidade de dados que levam a mudanccedilas com base em evidecircncias

A falta de investigaccedilatildeo em larga escala e de investigaccedilatildeo cumulativa bem como de evidecircncia empiacuterica na formaccedilatildeo de professores para a inclusatildeo foi referida pela OCDE (2010) hellip esta investigaccedilatildeo poderaacute garantir a existecircncia dum corpo de evidecircncias que possam dar forma agrave mudanccedila No presente relatoacuterio os exemplos realccedilam algumas questotildees-chave da pesquisa incluindo

- A eficaacutecia de diferentes rotas no ensino - Abordagens agrave formaccedilatildeo de professores e ao curriacuteculo da FIP e

- O papel dos cursos separados integrados e unificados e a melhor maneira de passar dum curso contiacutenuo para um uacutenico curso de formaccedilatildeo de professores que prepare todos os professores para a diversidade (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 68)

O projeto MIPIE defende que

A niacutevel da escola a recolha de dados deve

- Fornecer informaccedilatildeo que permitam aos professores e funcionaacuterios da escola planear e prestar o apoio e os recursos adequados

- Fornecer ideias claras sobre a participaccedilatildeo ativa dos pais e alunos no processo educativo (Agecircncia Europeia 2011a paacuteg 13)

Para que isto seja possiacutevel

Satildeo necessaacuterias sinergias a niacutevel nacional entre os principais intervenientes baseadas num claro racional para a recolha de dados considerando os dados a niacutevel nacional regional escola e sala de aula para que os dados globais do paiacutes efetivamente possam refletir a praacutetica (ibid paacuteg 14)

Para concluir a provisatildeo dos dados pode contribuir efetivamente para a elaboraccedilatildeo de poliacuteticas para a educaccedilatildeo inclusiva Haacute uma exigecircncia crescente ndash a niacutevel internacional europeu e nacional ndash para a responsabilidade e tecircm vindo a crescer comparaccedilotildees laquoentre escolasraquo e laquoentre naccedilotildeesraquo O surgimento de laquograndes dadosraquo

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 32

(meta-anaacutelises de conjuntos de dados e fontes combinadas) apresenta oportunidades mas tambeacutem desafios reais para a educaccedilatildeo inclusiva

Os apelos para a poliacutetica e alocaccedilatildeo de recursos baseada em evidecircncias reforccedilam a necessidade de dados significativos relacionados com todos os alunos Eacute necessaacuterio saber que alunos estatildeo a receber que serviccedilos quando e onde (contando todos os alunos) Tambeacutem eacute necessaacuterio ter dados sobre a qualidade dos serviccedilos e os resultados obtidos (considerando a praacutetica)

Um grande desafio para a recolha de dados estaacute em evitar classificar categorizar e rotular os alunos de modo a fornecer informaccedilatildeo sobre a provisatildeo que recebem As laquopluralidadesraquo das definiccedilotildees aplicadas a alunos e a laquopoliacuteticaraquo dos sistemas de rotulagem natildeo podem ser ignoradas nem os efeitos a que esses sistemas de rotulagem e definiccedilotildees conduzem

Fazer as perguntas certas em termos de poliacuteticas eacute o ponto de partida para a recolha de dados que servem de base significativa para as poliacuteticas

Colocar a teoria em praacutetica 33

OLHAR EM FRENTE

O primeiro objetivo da conferecircncia em novembro de 2013 foi refletir e resumir o trabalho da Agecircncia ao longo da uacuteltima deacutecada As cinco mensagens-chave descritas nos capiacutetulos anteriores destacam aspetos criacuteticos no que se refere agrave educaccedilatildeo inclusiva Baseiam-se nos resultados da anaacutelise aprofundada de temas-chave decididos pelos paiacuteses membros da Agecircncia O segundo objetivo da conferecircncia foi olhar em frente explorando a forma como o trabalho da Agecircncia pode prestar um melhor apoio aos paiacuteses membros ajudandoos a melhorar a qualidade e a eficaacutecia das suas respostas inclusivas para alunos com incapacidades eou necessidades educativas especiais A Agecircncia estaacute disposta a ajudar os paiacuteses de uma forma mais concreta com a implementaccedilatildeo dos resultados do nosso trabalho Isso significa disponibilizar recomendaccedilotildees de poliacutetica que sejam mais diretamente aplicaacuteveis aos decisores poliacuteticos para apoiar alteraccedilotildees futuras e desenvolvimentos poliacuteticos

A Agecircncia estaacute consciente de que o trabalho jaacute realizado estaacute de acordo e apoia diretamente todas as iniciativas de poliacuteticas europeias e internacionais em termos de educaccedilatildeo equidade igualdade de oportunidades e direitos para pessoas com incapacidades eou necessidades educativas especiais O trabalho da Agecircncia fornece recomendaccedilotildees claras e coerentes sobre como as poliacuteticas-chave nestas aacutereas podem ser implementadas na praacutetica A Agecircncia pretende proporcionar aos paiacuteses informaccedilatildeo sobre o progresso alcanccedilado nos objetivos propostos em termos de (a) metas de Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo para 2020 e (b) Convenccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiecircncia (2006) bem como vaacuterias diretivas e comunicaccedilotildees da Uniatildeo Europeia Eacute necessaacuteria orientaccedilatildeo sobre o modo como a educaccedilatildeo inclusiva pode ser implementada a niacutevel do professor sala de aula escola regiatildeo municiacutepio e poliacutetica nacional A Agecircncia tem capacidade para disponibilizar aos paiacuteses orientaccedilotildees sobre formas de implementaccedilatildeo da educaccedilatildeo inclusiva e como isto afeta a qualidade geral da educaccedilatildeo As discussotildees durante a conferecircncia bem como as discussotildees aprofundadas no acircmbito da Agecircncia orientaratildeo esta nova etapa no trabalho da Agecircncia

shy

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 34

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 1999 Financing of Special Needs Education ndash A seventeen-country Study of the Relationship between Financing of Special Needs Education and Inclusion [Financiamento da Educaccedilatildeo Especial ndash Um estudo de dezassete paiacuteses da Relaccedilatildeo entre o Financiamento da Educaccedilatildeo Especial e a Inclusatildeo] Middelfart Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2002a Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Princiacutepios-chave e Recomendaccedilotildees para R esponsaacuteveis Poliacuteticos Middelfart Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanagencyorgsitesdefaultfilestransition_transition_pttextpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2002b Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Principais problemas questotildees e opccedilotildees enfrentadas pelos alunos com necessidades educativas especiais em 16 paiacuteses Europeus Relatoacuterio Siacutentese Middelfart Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanagencyorgsitesdefaultfilestransition-from-school-to-employment_Transitionptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2003 Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula Relatoacuterio Siacutentese Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanagencyorgsitesdefaultfilesinclusive-education-and-classroom-practices_iecpptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2005 Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula nos 2ordm e 3ordm Ciclos do Ensino Baacutesico Relatoacuterio Siacutentese Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesinclusive-educationand-classroom-practice-in-secondary-education_iecp_secondary_ptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2006 Planos Individuais de Transiccedilatildeo Apoiar a Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesindividual-transitionplans_itp_ptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

shy

shyshy

shyshy

shy

shy

Colocar a teoria em praacutetica 35

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2009a Diversidade multicultural e necessidades especiais de educaccedilatildeo Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfilesmulticultural-diversity-and-special-needsshyeducation_Multicultural-Diversity-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2009b Princiacutepiosshychave para a Promoccedilatildeo da Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva ndash Recomendaccedilotildees para Decisores Poliacuteticos Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportskeyshyprinciples-for-promoting-quality-in-inclusive-educationkey-principles-PTpdf(Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2010 Intervenccedilatildeo Precoce na Infacircncia ndash Progressos e Desenvolvimentos 2005ndash2010 Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesearly-childhood-interventionshyprogress-and-developments_ECI-report-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011a Mapeamento da Implementaccedilatildeo de Poliacuteticas para a Educaccedilatildeo Inclusiva Uma anaacutelise dos desafios e oportunidades para o desenvolvimento de indicadores Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httphttpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesmipie_MIPIE-summaryshyof-proposals-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011b Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo na Europa ndash Desafios e Oportunidades Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfileste4i-challenges-and-opportunities_TE4I-Synthesis-Report-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011c Princiacutepios-Chave para a Promoccedilatildeo da Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva ndash Recomendaccedilotildees para Decisores Poliacuteticos Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfilesinclusive-education-and-classroom-practices_iecpshyptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011d Participation in Inclusive Education ndash A Framework for Developing Indicators [Participaccedilatildeo na Educaccedilatildeo inclusiva ndash Um Quadro para o Desenvolvimento de Indicadores] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 36

agencyorgpublicationsereportsparticipation-in-inclusive-education-a-frameworkshyfor-developing-indicatorsParticipation-in-Inclusive-Educationpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012a Perspetivas dos Jovens sobre Educaccedilatildeo Inclusiva Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfilesyoung-views-on-inclusive-education_YoungViews-2012PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012b Perfil de Professores Inclusivos Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfileste4i-profile-of-inclusive-teachers_Profile-of-InclusiveshyTeachers-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012c Raising Achievement for All Learners ndash Quality in Inclusive Education [Elevar o Sucesso de Todos os Alunos ndash Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva] Relatoacuterio sobre a conferecircncia realizada em Odense Dinamarca de 13 a 15 de junho de 2012 Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesRA4AL-conference-reportpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014) Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012d Raising Achievement for All Learners ndash Quality in Inclusive Education [Elevar o Sucesso de Todos os Alunos ndash Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httphttpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesra4al-keyshymessages_RA4AL-summary-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012e Promoting Accessible Information for Lifelong Learning Recommendations and findings of the i-access project [Promover o Acesso agrave Informaccedilatildeo para a Aprendizagem ao Longo da Vida Recomendaccedilotildees e observaccedilotildees do projeto i-access] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportsi-accessi-accessshyreportpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012f Vocational Education and Training Policy and Practice in the field of Special Needs Education ndash Literature Review [Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional (EFP) Poliacutetica e Praacutetica no campo da Educaccedilatildeo Especial ndash Revisatildeo da Literatura] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Colocar a teoria em praacutetica 37

agencyorgagency-projectsvocational-education-and-trainingvet-filesVETshyLiteratureReviewpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012g Teacher Education for Inclusion Project Recommendations linked to Sources of Evidence [Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo Recomendaccedilotildees do Projeto Ligadas a Fontes de Evidecircncias] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgagencyshyprojectsTeacher-Education-for-Inclusionsources-of-evidencepdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2013 European and International Policy Supporting ICT for Inclusion [Poliacutetica Europeia e Internacional para Uso das TIC como Apoio para a Inclusatildeo] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfileseuropean-and-internationalshypolicy-supporting-ict-for-inclusion_policy-supporting-ict-for-inclusionpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para as Necessidades Especiais e a Educaccedilatildeo Inclusiva 2014 Vocational Education and Training ndash Summary of Country Information [Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional ndash Resumo de Informaccedilatildeo do Paiacutes] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para as Necessidades Especiais e a Educaccedilatildeo Inclusiva httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesVET Summary of Country information 2014pdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Bennett S e Gallagher TL 2012 The Delivery of Education Services for Students who have an Intellectual Disability in the Province of Ontario [A prestaccedilatildeo de serviccedilos de ensino para alunos com incapacidade intelectual na proviacutencia de Ontaacuterio] Toronto Community Living Ontario

Chapman C Ainscow M Miles S e West M 2011 Leadership that promotes the achievement of students with special educational needs and disabilities [Lideranccedila que promove o sucesso de alunos com necessidades educativas especiais e incapacidades] Nottingham National College for School Leadership

Comissatildeo das Comunidades Europeias 2008 Livro Verde ndash Migraccedilatildeo e mobilidade desafios e oportunidades para os sistemas educativos da UE SEC(2008) 2173 COM20080423 final Bruxelas Comissatildeo das Comunidades Europeias

Conselho da Uniatildeo Europeia 2010 Conclusotildees do Conselho sobre a dimensatildeo social da educaccedilatildeo e da formaccedilatildeo 3013ordf Reuniatildeo do Conselho de EDUCACcedilAtildeO JUVENTUDE E CULTURA Bruxelas 11 de maio de 2010 httpeurshylexeuropaeulegal-contentPTTXTPDFuri=CELEX52010XG0526(01)ampfrom=PT(Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 38

Farrell P Dyson AS Polat F Hutcheson G e Gallannaugh F 2007 laquoSEN inclusion and pupil achievement in English schoolsraquo [Inclusatildeo de crianccedilas com NEE e sucesso dos alunos nas escolas inglesas] Journal of Research in Special Educational Needs 7 (3) 172ndash178

Frilseth L 2012 The Norwegian Model for Education for All in Upper Secondary School [O Modelo Norueguecircs para a Educaccedilatildeo para Todos no Ensino Secundaacuterio] Direccedilatildeo Norueguesa para Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo httpwwweuropeanshyagencyorgagency-projectsra4alra4al-seminar-pdfNorway-L-Frilsethpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Fullan M 2011 Change Leader Learning to do what matters most [Liacuteder de Mudanccedila aprender a fazer o que mais importa] San Francisco Jossey-Bass de Graaf G van Hove G e Haveman M 2011 laquoMore academics in regular schools The effect of regular versus special school placement on academic skills in Dutch primary school students with Down syndromeraquo [Mais acadeacutemicos nas escolas regulares O efeito da colocaccedilatildeo em escola regular versus escola especial nas competecircncias acadeacutemicas em alunos holandeses do ensino primaacuterio com siacutendrome de Down] Journal of International Disability Research December 2011 57(1) 21ndash38 doi 101111j1365-2788201101512x

Hargreaves A e Shirley D 2009 The Fourth Way ndash The inspiring future for educational change [A Quarta Via ndash O futuro inspirador para a mudanccedila educativa] Publicaccedilatildeo conjunta do Ontario Principalsrsquo Council e do National Staff Development Council Thousand Oaks CA Corwin Press

Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO e Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011 ICTs in Education for People with Disabilities Review de innovative practice [TIC na Educaccedilatildeo para Pessoas com Incapacidades revisatildeo da praacutetica inovadora] Moscovo Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO httpwwweuropeanshyagencyorgpublicationsereportsICTs-in-Education-for-People-WithshyDisabilitiesReview-of-Innovative-Practice (Uacuteltimo acesso em julho de 2014) Kalambouka A Farrell P Dyson A e Kaplan I 2005 The impact of population inclusivity in schools on student outcomes [O impacto da inclusividade da populaccedilatildeo em escolas nos resultados dos alunos] Research Evidence in Education Library London EPPI-Centre Social Science Research Unit Institute of Education University of London Kyriazopoulou M e Weber H (eds) 2009 Desenvolvimento de um conjunto de indicadores ndash para a educaccedilatildeo inclusiva na Europa Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Colocar a teoria em praacutetica 39

agencyorgsitesdefaultfilesdevelopment-of-a-set-of-indicators-for-inclusiveshyeducation-in-europe_indicators-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

MacArthur J 2009 Learning Better Together Working towards inclusive education in New Zealand schools [Aprender Melhor Juntos trabalhar para a educaccedilatildeo inclusiva nas escolas da Nova Zelacircndia] Wellington IHC

MacArthur J Kelly B Sharp S amp Gaffney M 2005 Participation or exclusion Disabled childrenrsquos experiences of life at school [Participaccedilatildeo ou exclusatildeo Experiecircncias de vida na escola de crianccedilas com incapacidades] Um artigo apresentado na laquoChildrenrsquos Issues Conferenceraquo Dunedin Nova Zelacircndia julho de 2005 Menter I Hulme M Elliott D e Lewin J 2010 Literature Review on Teacher Education in the 21st Century [Revisatildeo da Literatura sobre a Formaccedilatildeo de Professores no Seacuteculo XXI] Scottish Government Social Research Edimburgo Scottish Government

Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para a Educaccedilatildeo Ciecircncia e Cultura 2009 Policy Guidelines on Inclusion in Education [Diretrizes da Poliacutetica sobre Inclusatildeo na Educaccedilatildeo] Paris UNESCO

Organizaccedilatildeo Mundial de SauacutedeBanco Mundial 2011 World Report on Disability [Relatoacuterio Mundial sobre Deficiecircncia] Genebra Ediccedilotildees OMS httpwwwwhointdisabilitiesworld_report2011enindexhtml (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Organizaccedilatildeo para a Cooperaccedilatildeo e Desenvolvimento Econoacutemico 2011 PISA in Focus Improving Performance Leading from the Bottom [PISA agrave Lupa Melhorar os Resultados Progedir ateacute ao Topo] 20112 (Marccedilo) Paris OCDE Redley M 2009 laquoUnderstanding the social exclusion and stalled welfare of citizens with learning disabilitiesraquo [Compreender a exclusatildeo social e o bem-estar sem progresso dos cidadatildeos com dificuldades de aprendizagem] Disability amp Society 24(4) 489ndash501

Naccedilotildees Unidas 2006 Convenccedilatildeo sobre os Direitos das Pessoas com Deficiecircncia Nova Iorque Naccedilotildees Unidas

Watkins A (ed) 2007 Assessment in Inclusive Settings Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos Questotildees-chave para Poliacuteticas e Praacuteticas Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportsassessment-in-inclusiveshysettings-key-issues-for-policy-and-practiceassessment-in-inclusive-settings-keyshyissues-for-policy-and-practice (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 40

Wilkinson R e Pickett K 2010 The Spirit Level Why Equality is Better para Everyone [O Niacutevel do Espiacuterito Por que a Igualdade eacute Melhor para Todos] Londres Penguin

Willms JD 2006 Learning divides Ten policy questions about the performance and equity of schools and schooling systems [A aprendizagem divide dez perguntas de poliacutetica acerca do desempenho e equidade das escolas e dos sistemas de escolaridade] Montreal Instituto de Estatiacutestica da UNESCO

Colocar a teoria em praacutetica 41

  • preacircmbulo
  • Sumaacuterio Executivo
  • O mais precocemente possiacutevel
    • Introduccedilatildeo
    • Intervenccedilatildeo precoce
    • Deteccedilatildeo e avaliaccedilatildeo precoces
    • Apoio precoce
    • Transiccedilatildeo planeada
      • A educaccedilatildeo inclusiva beneficia todos
        • Introduccedilatildeo
        • A educaccedilatildeo inclusiva como uma abordagem para elevar o sucesso para todos os alunos
        • laquoO que eacute bom para os alunos com NEE eacute igualmente bom para todos os alunosraquo
        • Monitorizaccedilatildeo do progresso
          • profissionais altamente qualificados
            • Introduccedilatildeo
            • Formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo
            • O perfil dos professores inclusivos e outros profissionais
            • Abordagens ao recrutamento
            • Atitudes positivas
            • Trabalho em rede e coordenaccedilatildeo
              • sistemas de apoio e mecanismos de financiamento
                • Introduccedilatildeo
                • Sistemas de apoio e mecanismos de financiamento
                  • Intervenccedilatildeo Precoce na Infacircncia (IPI)
                  • Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula
                  • Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional (EFP)
                  • Tecnologias de Informaccedilatildeo e Comunicaccedilatildeo (TIC)
                      • dados fiaacuteveis
                        • Introduccedilatildeo
                        • Monitorizaccedilatildeo dos direitos dos alunos
                          • (i) Participaccedilatildeo na educaccedilatildeo e formaccedilatildeo
                          • (ii) Acesso ao apoio e agrave adaptaccedilatildeo
                          • (iii) Oportunidades para o sucesso na aprendizagem e na transiccedilatildeo
                          • (iv) Oportunidades de integraccedilatildeo
                            • Monitorizaccedilatildeo da eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusiva
                              • olhar em frente
                              • REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

PREAcircMBULO

Em novembro de 2013 a Agecircncia Europeia para a Educaccedilatildeo Especial e a Educaccedilatildeo Inclusiva (a Agecircncia) organizou uma conferecircncia internacional destinada a promover um debate aberto sobre a educaccedilatildeo inclusiva O debate envolveu todas as partes interessadas relevantes decisores investigadores e profissionais bem como pessoas com incapacidade e as suas famiacutelias Falar sobre a educaccedilatildeo inclusiva implica falar sobre diferenccedilas como gerir as diferenccedilas nas escolas nas salas de aula e no curriacuteculo em geral O debate atual jaacute natildeo assenta no que eacute a inclusatildeo e por que eacute necessaacuteria a questatildeo-chave eacute como deve ser alcanccedilada Como fazer progressos a niacutevel nacional como implementar as poliacuteticas corretas a niacutevel regional e local e de que forma os professores podem gerir melhor as diferenccedilas na sala de aula estas foram as questotildees-chave abordadas durante a conferecircncia

Este documento apresenta as cinco mensagens relevantes apresentadas pela Agecircncia e debatidas em grupos durante a conferecircncia Os participantes foram convidados a contribuir e a debater estas cinco mensagens-chave

bull O mais precocemente possiacutevel o impacto positivo da deteccedilatildeo e intervenccedilatildeo precoces bem como de medidas proativas

bull A educaccedilatildeo inclusiva beneficia todos o impacto educativo e social positivo da educaccedilatildeo inclusiva

bull Profissionais altamente qualificados a importacircncia de dispor de profissionais altamente qualificados em geral e de professores em particular

bull Sistemas de apoio e mecanismos de financiamento a necessidade de sistemas de apoio bem estabelecidos e mecanismos de financiamento relacionados

bull Dados fiaacuteveis o importante papel desempenhado pelos dados bem como os benefiacutecios e limitaccedilotildees do seu uso

Estas mensagens-chave resumem uma parte essencial do trabalho realizado pela Agecircncia na uacuteltima deacutecada e abordam questotildees relevantes relativamente agrave educaccedilatildeo inclusiva A Agecircncia deseja expressar a sua gratidatildeo a todos os participantes da conferecircncia pela sua contribuiccedilatildeo e empenho neste importante debate

Per Ch Gunnvall Cor JW Meijer

Presidente Diretor

Colocar a teoria em praacutetica 5

SUMAacuteRIO EXECUTIVO

A Conferecircncia Internacional tem sido uma plataforma uacutetil para a reflexatildeo e o debate sobre a educaccedilatildeo inclusiva sob diferentes perspetivas e envolvendo todas as partes interessadas

As questotildees centrais da conferecircncia incluem como gerir as diferenccedilas como apoiar alunos professores e famiacutelias como tirar partido das diferenccedilas a niacutevel da educaccedilatildeo como implementar as medidas certas e qual a melhor forma de investir

A Agecircncia destacou cinco mensagens-chave que foram discutidas em profundidade e que levaram a consideraccedilotildees e accedilotildees adicionais

Os participantes sugeriram uma seacuterie de consideraccedilotildees e propostas de accedilotildees relacionadas com as mensagens-chave

bull O mais precocemente possiacutevel todas as crianccedilas tecircm o direito de receber o apoio necessaacuterio logo que possiacutevel e sempre que necessaacuterio Isso implica a coordenaccedilatildeo e a cooperaccedilatildeo entre os serviccedilos lideradas por um dos serviccedilos em causa As partes interessadas envolvidas devem construir uma comunicaccedilatildeo real entre elas sendo capazes de compreender e fornecer informaccedilatildeo umas agraves outras Os pais satildeo as principais partes interessadas

bull A educaccedilatildeo inclusiva beneficia todos a educaccedilatildeo inclusiva visa proporcionar educaccedilatildeo de qualidade a todos os alunos Para alcanccedilar uma escola inclusiva eacute necessaacuterio o apoio de toda a comunidade dos decisores aos utilizadores finais (alunos e respetivas famiacutelias) A colaboraccedilatildeo eacute necessaacuteria em todos os niacuteveis e todas as partes interessadas precisam de uma visatildeo dos resultados a longo prazo o tipo de jovens que a escola e a comunidade iratildeo laquoproduzirraquo Satildeo necessaacuterias mudanccedilas na terminologia atitudes e valores que reflitam a mais-valia da diversidade e da igualdade de participaccedilatildeo

bull Profissionais altamente qualificados para que os professores e outros profissionais da educaccedilatildeo estejam preparados para a inclusatildeo satildeo necessaacuterias mudanccedilas em todos os aspetos da formaccedilatildeo ndash programas de formaccedilatildeo praacuteticas diaacuterias recrutamento financcedilas etc Os professores e os profissionais da educaccedilatildeo da proacutexima geraccedilatildeo tecircm de estar preparados para serem professoresformadores para todos os alunos devem receber formaccedilatildeo natildeo apenas em termos de competecircncias mas tambeacutem de valores eacuteticos

bull Sistemas de apoio e mecanismos de financiamento os melhores indicadores de financiamento natildeo se localizam nas financcedilas mas na mediccedilatildeo da eficiecircncia e sucesso Eacute essencial considerar os resultados e relacionaacute-los com os esforccedilos investidos para alcanccedilaacute-los Isso envolve a monitorizaccedilatildeo e a mediccedilatildeo da

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 6

eficiecircncia dos sistemas de modo a concentrar recursos financeiros para abordagens bem-sucedidas As estruturas de incentivo devem garantir a disponibilidade de apoio financeiro se os alunos forem colocados em contextos inclusivos e que eacute dada maior ecircnfase aos resultados (natildeo apenas a niacutevel acadeacutemico)

bull Dados fiaacuteveis a recolha significativa de dados de qualidade implica uma abordagem sisteacutemica que engloba questotildees relacionadas com os alunos colocaccedilatildeo professores e obtenccedilatildeo de recursos Os dados relacionados com a colocaccedilatildeo do aluno constituem um ponto de partida uacutetil e necessaacuterio embora tenham de ser complementados com dados claros sobre os resultados e efeitos do sistema Os dados sobre os resultados do aluno ndash o impacto da educaccedilatildeo inclusiva ndash satildeo muito mais difiacuteceis de recolher estando muitas vezes em falta na recolha de dados dos paiacuteses

Por uacuteltimo os principais resultados das discussotildees podem ser resumidos da seguinte forma planear e implementar a educaccedilatildeo inclusiva eacute um processo que diz respeito a todo o sistema de ensino e a todos os alunos a equidade e a qualidade andam a par e a educaccedilatildeo inclusiva deve ser vista como um conceito em evoluccedilatildeo onde as questotildees relacionadas com a diversidade e a democracia satildeo cada vez mais importantes

Colocar a teoria em praacutetica 7

O MAIS PRECOCEMENTE POSSIacuteVEL

Introduccedilatildeo

laquoO mais precocemente possiacutevelraquo refere-se antes de mais a intervir numa fase precoce da vida de uma crianccedila Cobre tambeacutem muitos outros elementos relevantes incluindo intervir logo que a necessidade eacute detetada implementar a avaliaccedilatildeo precoce fornecer o apoio necessaacuterio o mais precocemente possiacutevel e preparar e planear as fases de transiccedilatildeo de uma fase educativa para a seguinte e para o emprego

Ainda que diversos projetos da Agecircncia natildeo tenham analisado a reduccedilatildeo das taxas de abandono escolar a reduccedilatildeo destas taxas envolve boas poliacuteticas e praacuteticas em termos de deteccedilatildeo precoce aleacutem de um apoio precoce e eficiente

Intervenccedilatildeo precoce

Durante a Audiccedilatildeo no Parlamento Europeu que a Agecircncia organizou em 2011 os jovens referiram os seguintes pontos laquoA inclusatildeo comeccedila no jardim-de-infacircnciaraquo (Agecircncia Europeia 2012a paacuteg 14) laquoA diversidade eacute positiva eacute importante preparar as pessoas desde o iniacutecio para trabalharem com as crianccedilas para construiacuterem uma geraccedilatildeo melhorraquo (ibid paacuteg 30)

No quadro do relatoacuterio de 2010 da Agecircncia Intervenccedilatildeo Precoce na Infacircncia ndash Progressos e Desenvolvimentos 2005ndash2010 a intervenccedilatildeo precoce na infacircncia (IPI) eacute definida como

um conjunto de serviccedilosrecursos para as crianccedilas em idades precoces e suas famiacutelias os quais satildeo disponibilizados quando solicitados pela famiacutelia num certo periacuteodo da vida da crianccedila incluindo qualquer accedilatildeo realizada qua ndo ela necessita de apoio especializado para Assegurar e incrementar o seu desenvolvimento pessoal Fortalecer as competecircncias da famiacutelia e Promover a inclusatildeo social da famiacutelia e da crianccedila (Agecircncia Europeia 2010 paacuteg 7)

Entre os diferentes elementos identificados como relevantes para a IPI a disponibilidade eacute um dos que tem de ser destacado

um objetivo comum da IPI eacute abranger tatildeo cedo quanto possiacutevel todas as crianccedilas e famiacutelias que necessitem de apoio Este objetivo eacute de grande prioridade nos paiacuteses com populaccedilatildeo dispersa ou em zonas rurais isoladas de forma a compensar as diferenccedilas entre as aacutereas rurais e urbanas no que respeita agrave disponibilizaccedilatildeo dos recursos e a garantir que as crianccedilas e famiacutelias que requerem apoio possam beneficiar da mesma qualidade de serviccedilos (ibid paacuteg 7ndash8)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 8

A intervenccedilatildeo precoce foi tambeacutem debatida no quadro do projeto Diversidade multicultural e necessidades especiais de educaccedilatildeo

Os professores e os profissionais de um centro de apoio apresentaram prioridades claras Estas incluiacuteram intervenccedilatildeo precoce necessidade de trabalhar com os pais [entre outras] (Agecircncia Europeia 2009a paacuteg 59)

Deteccedilatildeo e avaliaccedilatildeo precoces O relatoacuterio da Agecircncia Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos Questotildeesshychave para Poliacuteticas e Praacuteticas apresenta uma descriccedilatildeo exaustiva deste aspeto importante Afirma-se que

A avaliaccedilatildeo inicial dos alunos que se pensa terem NEE [necessidades educativas especiais] pode ter duas finalidades possiacuteveis

bull Identificaccedilatildeo associada a uma decisatildeo oficial de laquoreconhecerraquo um aluno como tendo necessidades educativas que requerem recursos adicionais para apoio agrave sua aprendizagem

bull Dar indicaccedilotildees para os programas de aprendizagem nos quais a avaliaccedilatildeo eacute focalizada nas aacutereas fortes e fracas que o aluno pode apresentar nas diferentes aacutereas curriculares Tal informaccedilatildeo eacute muitas vezes utilizada de uma forma formativa ndash talvez como ponto de partida para os Planos Educativos Individuais ndash em vez de funcionar unicamente como uma avaliaccedilatildeo preacutevia (ponto de partida) (Watkins 2007 paacuteg 23)

laquoAs equipas multidisciplinares realizam a avaliaccedilatildeo inicial com os professores de turma os pais e os alunos como parceiros no processo de avaliaccedilatildeoraquo (ibid paacuteg 38)

A importacircncia da avaliaccedilatildeo precoce seguida por medidas de intervenccedilatildeo precoce foi reforccedilada no acircmbito do relatoacuterio da Agecircncia Diversidade multicultural e necessidades especiais de educaccedilatildeo (2009a) bem como nas observaccedilotildees do relatoacuterio Mapeamento da Implementaccedilatildeo de Poliacuteticas para a Educaccedilatildeo Inclusiva (MIPIE) da Agecircncia (2011a)

Apoio precoce

A maior parte dos relatoacuterios da Agecircncia refere a importacircncia e a vantagem do apoio precoce

O projeto Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula refere que

A decisatildeo sobre o apoio temporaacuterio aos alunos deve obedecer aos seguintes criteacuterios (1) o mais precocemente possiacutevel (2) da forma mais flexiacutevel possiacutevel (se uma abordagem natildeo funciona escolher outra) (3) da forma menos restritiva possiacutevel (sem efeitos secundaacuterios) (4) no local mais proacuteximo possiacutevel

Colocar a teoria em praacutetica 9

(preferencialmente na classe ou na escola regular) (5) durante um periacuteodo de tempo tatildeo curto quanto possiacutevel (Agecircncia Europeia 2003 paacuteg 16)

No relatoacuterio Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo na Europa ndash Desafios e Oportunidades afirma-se que

O investimento na educaccedilatildeo de infacircncia e num sistema educativo cada vez mais inclusivo representam provavelmente a longo prazo uma utilizaccedilatildeo mais eficaz dos recursos do que as iniciativas de curto prazo destinadas a laquocolmatar lacunasraquo ou apoiar determinados grupos marginalizados (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 82)

Transiccedilatildeo planeada Diferentes projetos da Agecircncia relativos agrave transiccedilatildeo focaram-se na necessidade de um plano precoce com o propoacutesito de passar de uma fase educativa para a seguinte bem como do ensino para o emprego (2002a 2002b 2006 e 2013)

O relatoacuterio Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Princiacutepios-chave e Recomendaccedilotildees para Responsaacuteveis Poliacuteticos reforccedila que os paiacuteses tecircm de laquoAssegurar o desenvolvimento de planos de transiccedilatildeo com a antecipaccedilatildeo necessaacuteria na vida escolar do aluno e natildeo somente no final da escolaridade obrigatoacuteriaraquo (Agecircncia Europeia 2002a paacuteg 6)

No enquadramento do trabalho desenvolvido pela Agecircncia sobre este tema Planos Individuais de Transiccedilatildeo

a transiccedilatildeo para o emprego surge como parte de um longo e complexo processo que cobre todas as fases da vida de uma pessoa e que necessita de ser orientada da forma mais apropriada laquoUma vida boa para todosraquo bem como laquoum bom trabalho para todosraquo satildeo os fins uacuteltimos de um processo de transiccedilatildeo bem sucedido Os tipos de recursos ou a organizaccedilatildeo da escola natildeo devem interferir com ou impedir que se realize tal processo (Agecircncia Europeia 2006 paacuteg 8ndash9)

Em conclusatildeo a intervenccedilatildeo precoce tem por objetivo principal proporcionar atividades significativas e positivas para promover o desenvolvimento precoce da crianccedila o envolvimento da famiacutelia a qualidade de vida a inclusatildeo social e o enriquecimento social Eacute necessaacuterio ter em conta que os serviccedilos de apoio satildeo essenciais para alguns mas tambeacutem beneacuteficos para todos Todas as crianccedilas tecircm o direito de receber apoio sempre que necessaacuterio Tal exige uma abordagem coordenada entre os setores e uma colaboraccedilatildeo eficaz entre todas as partes interessadas

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 10

A EDUCACcedilAtildeO INCLUSIVA BENEFICIA TODOS

Introduccedilatildeo

Existe um reconhecimento crescente na Europa e mais amplamente a niacutevel internacional de que eacute fundamental avanccedilar no sentido de uma poliacutetica e praacutetica inclusivas no ensino Nas Conclusotildees do Conselho sobre a dimensatildeo social da educaccedilatildeo e da formaccedilatildeo afirma-se que laquoTodos os estudantes sairatildeo beneficiados se forem criadas as condiccedilotildees necessaacuterias ao ecircxito da inclusatildeo de todos os alunos com necessidades especiaisraquo (Conselho da Uniatildeo Europeia 2010 paacuteg 5)

O Livro Verde da Comissatildeo das Comunidades Europeias relativo agrave Migraccedilatildeo e Mobilidade frisa que

As escolas devem ser determinantes para o fomento de uma sociedade inclusiva porque constituem uma oportunidade privilegiada para os jovens das comunidades migrantes e de acolhimento se conhecerem e respeitarem mutuamentehellip a diversidade cultural e linguiacutestica pode constituir um recurso inestimaacutevel para as escolas (Comissatildeo das Comunidades Europeias 2008 paacuteg 3)

A Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para a Educaccedilatildeo Ciecircncia e Cultura (UNESCO) (2009) indica claramente que a educaccedilatildeo inclusiva eacute uma questatildeo de equidade e por conseguinte uma questatildeo de qualidade com impacto em todos os alunos Eacute colocada a ecircnfase em trecircs propostas relativas agrave educaccedilatildeo inclusiva a inclusatildeo e a qualidade satildeo reciacuteprocas o acesso e a qualidade estatildeo ligados e reforccedilam-se mutuamente e por uacuteltimo a qualidade e a equidade satildeo essenciais para garantir a educaccedilatildeo inclusiva

Diversos projetos da Agecircncia centraram-se tambeacutem nesta questatildeo O relatoacuterio sobre a conferecircncia Elevar o Sucesso de Todos os Alunos (RA4AL) da Agecircncia (Agecircncia Europeia 2012c) realccedila que as questotildees que dizem respeito agrave definiccedilatildeo da inclusatildeo tecircm-se tornado cada vez mais importantes Contudo parece existir um acordo crescente quanto agrave necessidade de uma abordagem baseada nos direitos para o desenvolvimento de uma maior equidade e justiccedila social e para o apoio do desenvolvimento de uma sociedade sem discriminaccedilotildees Verificou-se por conseguinte um alargamento do debate sobre a inclusatildeo tendo o foco passado da relocalizaccedilatildeo de crianccedilas descritas como tendo necessidades educativas especiais para as escolas regulares para a vontade de disponibilizar educaccedilatildeo de alta qualidade ndash e consequentes benefiacutecios ndash a todos os alunos Agrave medida que cada vez mais paiacuteses abraccedilam uma definiccedilatildeo mais ampla de educaccedilatildeo inclusiva a diversidade eacute reconhecida como laquonaturalraquo em qualquer grupo de alunos e a educaccedilatildeo inclusiva pode ser encarada como uma forma de elevar o

Colocar a teoria em praacutetica 11

sucesso atraveacutes da presenccedila (acesso agrave educaccedilatildeo) participaccedilatildeo (qualidade da experiecircncia de aprendizagem) e sucesso (processos e resultados da aprendizagem) de todos os alunos

O trabalho da Agecircncia no documento Princiacutepios-Chave para a Promoccedilatildeo da Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva (Agecircncia Europeia 2009b) reforccedila a importacircncia das abordagens de aprendizagem centradas no alunopersonalizadas da avaliaccedilatildeo do professor que apoia a aprendizagem e do trabalho em colaboraccedilatildeo com os pais e as famiacutelias estes pontos satildeo poreacutem essenciais para melhorar a qualidade de educaccedilatildeo para todos os alunos

A educaccedilatildeo inclusiva como uma abordagem para elevar o sucesso para todos os alunos

Wilkinson e Pickett salientam que laquouma maior igualdade aleacutem de uma melhoria do bem-estar de toda a populaccedilatildeo eacute tambeacutem a chave para os padrotildees nacionais de sucessoraquo (2010 paacuteg 29) Eles frisam que se

um paiacutes deseja obter niacuteveis meacutedios mais elevados de sucesso educativo entre os alunos em idade escolar deve dar resposta agrave desigualdade subjacente que cria um gradiente social mais acentuado em termos de sucesso educativo (ibid paacuteg 30)

Ao desafiar a ideia de que a inclusatildeo de todos os alunos pode de alguma forma ser prejudicial para um sucesso elevado a Organizaccedilatildeo para a Cooperaccedilatildeo e Desenvolvimento Econoacutemico (OCDE 2011) mostra que a melhoria dos alunos com um desempenho mais baixo natildeo tem de ser feita agrave custa daqueles com melhores desempenhos As observaccedilotildees do relatoacuterio da UNESCO designado Learning Divides [A aprendizagem divide] (Willms 2006) fornece tambeacutem evidecircncias de que um desempenho escolar forte e a equidade podem andar de matildeos dadas e que os paiacuteses com os niacuteveis mais altos de desempenho tendem a ser aqueles que tecircm vindo a elevar o sucesso de todos os alunos (Agecircncia Europeia 2012d)

De acordo com o relatoacuterio RA4AL da Agecircncia

Farrell e colegas (2007) hellip descobriram um reduzido nuacutemero de pesquisas que sugerem que a colocaccedilatildeo de alunos com NEE em escolas regulares natildeo tem consequecircncias adversas de maior para o sucesso acadeacutemico comportamento e atitudes de todas as crianccedilas Uma revisatildeo sistemaacutetica da literatura encomendada pela Evidence for Policy and Practice Initiative [Iniciativa Evidecircncia por Poliacuteticas e Praacuteticas] (EPPI) (Kalambouka et al 2005) constatou tambeacutem que de um modo geral natildeo se observam efeitos adversos nos alunos sem NEE quando se incluem alunos com necessidades especiais nas escolas regulares (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 8)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 12

Diversos estudos descrevem os benefiacutecios da inclusatildeo para os alunos sem incapacidades Esses benefiacutecios incluem

aumento da valorizaccedilatildeo e aceitaccedilatildeo das diferenccedilas individuais e da diversidade respeito por todas as pessoas preparaccedilatildeo para a vida adulta numa sociedade inclusiva e oportunidades para dominar atividades praticando e ensinando outros Tais efeitos estatildeo tambeacutem documentados numa investigaccedilatildeo recente por exemplo da autoria de Bennett e Gallagher (2012) (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 8)

O impacto positivo das colocaccedilotildees em contextos inclusivos de alunos com incapacidades eacute registado por investigaccedilotildees como as realizadas por MacArthur et al (2005) e de Graaf et al (2011) Este impacto inclui relaccedilotildees e redes sociais melhoradas modelos dos pares maior sucesso maiores expetativas maior colaboraccedilatildeo entre os profissionais da escola e melhor integraccedilatildeo das famiacutelias na comunidade (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 8)

Benefiacutecios adicionais podem incluir acesso a mais amplas oportunidades curriacuteculares e reconhecimento e acreditaccedilatildeo do sucesso

Deve ser considerada a melhoria da organizaccedilatildeo dos laquoespaccedilosraquo para aprendizagem e a criaccedilatildeo de mais oportunidades para os alunos descobrirem talentos em diversas aacutereas para aleacutem da aprendizagem acadeacutemica (ibid paacuteg 25)

A investigaccedilatildeo de Chapman et al (2011) centrou-se especificamente na

lideranccedila que promove sucesso para alunos com NEEincapacidadese sugeriu que a presenccedila de uma populaccedilatildeo diversificada de estudantes pode nas condiccedilotildees organizacionais certas estimular as disposiccedilotildees colaborativas e incentivar formas inovadoras de ensinar a de modo a chegar a todos os grupos de alunos (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 21)

laquoO que eacute bom para os alunos com NEE eacute igualmente bom para todos os alunosraquo

Esta declaraccedilatildeo feita na publicaccedilatildeo da Agecircncia denominada Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula (Agecircncia Europeia 2003 paacuteg 33) tem sido desde essa altura repetida com frequecircncia no trabalho da Agecircncia

Por exemplo o mesmo estudo frisou que

a tutoria entre pares ou a aprendizagem cooperativa eacute eficaz para a aprendizagem e para o desenvolvimento cognitivo e afetivo (soacutecio-emocional) dos alunos Os alunos que se entreajudam principalmente num sistema de composiccedilatildeo de grupos flexiacutevel e bem ponderado beneficiam com esta aprendizagem em comum (ibid paacuteg 23)

Colocar a teoria em praacutetica 13

No trabalho da Agecircncia sobre a praacutetica inclusiva nas escolas secundaacuterias em 2005 sublinhou-se que

Todos os alunos ndash incluindo os que apresentam necessidades educativas especiais ndash tecircm demonstrado evoluir na aprendizagem quando o seu trabalho eacute sistematicamente planeado supervisionado e avaliado (Agecircncia Europeia 2005 paacuteg 6)

e que

Todos os alunos beneficiam com a aprendizagem cooperativa o aluno que explica ao outro reteacutem melhor e por mais tempo a informaccedilatildeo e as necessidades do aluno que estaacute a aprender satildeo abordadas de melhor forma por um par cujo niacutevel de compreensatildeo esteja apenas ligeiramente acima do seu proacuteprio niacutevel (ibid paacuteg 18)

No relatoacuterio RA4AL afirma-se que

um sistema que permite que os alunos progridam rumo a objetivos comuns mas atraveacutes de vias diferentes utilizando diferentes estilos de aprendizagem e avaliaccedilatildeo deve ser mais inclusivo e elevar o sucesso de todos os alunos (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 25)

O relatoacuterio da Agecircncia Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos regista tambeacutem a necessidade de envolver todos os alunos e paisfamiacutelias no processo tanto de aprendizagem como de avaliaccedilatildeo (Watkins 2007) O mesmo relatoacuterio refere que o processo de diferenciaccedilatildeo requer uma anaacutelise cuidadosa Embora possa tambeacutem estar associado a individualizaccedilatildeo e personalizaccedilatildeo e ser visto como uma forma de satisfazer necessidades individuais ou de grupo mais especiacuteficas manteacutem-se frequentemente centrado no professor ao inveacutes de ser orientado para aluno A personalizaccedilatildeo tem de comeccedilar com as necessidades e interesses de todos os alunos

No mais recente projeto i-access da Agecircncia constata-se que os benefiacutecios da tecnologia de apoio ou laquotecnologia facilitadoraraquo mostram-se frequentemente uacuteteis para uma ampla variedade de utilizadores laquoA acessibilidade beneficia os utilizadores com incapacidades eou necessidades educativas especiais bem como todos os utilizadoresraquo (Agecircncia Europeia 2012e paacuteg 22)

As opiniotildees dos jovens com e sem incapacidades expressas na publicaccedilatildeo Perspetivas dos Jovens sobre Educaccedilatildeo Inclusiva fornecem um resumo claro dos benefiacutecios da educaccedilatildeo inclusiva para todos os alunos Como um jovem aluno afirmou laquoEducaccedilatildeo inclusiva eacute para todas as crianccedilas As escolas regulares devem estar perto das suas residecircncias Esta experiecircncia permite encontrar as pessoas vizinhasraquo (Agecircncia Europeia 2012a paacuteg 11) Outros acrescentaram laquoOs alunos

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 14

com e sem necessidades especiais podem aprender uns com os outros e trocarconhecimentosraquo laquoEacute bom para noacutes e bom para eles Eacute importante reconhecer os benefiacutecios para todos na turmaraquo e laquoA educaccedilatildeo inclusiva ajuda as crianccedilas a tornarem-se mais tolerantes com mentalidades mais abertasraquo (ibid paacuteg 23)

Monitorizaccedilatildeo do progresso

Na medida em que a educaccedilatildeo inclusiva se alargou para assegurar a qualidade da educaccedilatildeo para todos os alunos eacute necessaacuterio encontrar novas formas de monitorizar o progresso Sugere-se com base no trabalho realizado pela Agecircncia nos indicadores e no relatoacuterio MIPIE (2011a) que a niacutevel escolar a recolha de dados possa ter em conta fatores com possiacutevel impacto na qualidade das estrateacutegias de admissatildeo das escolas tais como regras e poliacuteticas de admissatildeo natildeo discriminatoacuterias poliacuteticas e estrateacutegias desenvolvidas para apoiar os alunos a expressarem as suas necessidades existecircncia de uma declaraccedilatildeo poliacutetica clara contra o bullying implementaccedilatildeo dos coacutedigos de praacutetica existentes relativamente agrave educaccedilatildeo inclusiva sessotildees de formaccedilatildeo do pessoal quanto a questotildees de admissatildeo e criaccedilatildeo de um ambiente escolar acolhedor trabalho em respeito e colaboraccedilatildeo com alunos e famiacutelias estrateacutegias para ajudar os alunos e as famiacutelias a participarem ativamente na comunidade escolar e na sala de aula e disponibilizaccedilatildeo de estrateacutegias de informaccedilatildeo e aconselhamento e respetivo impacto nos alunos

Em conclusatildeo o debate mais amplo sobre a inclusatildeo pretende no momento presente ndash proporcionar uma educaccedilatildeo de alta qualidade (e benefiacutecios) a todos os alunos Um desempenho escolar forte e a equidade podem andar de matildeos dadas

O sistema de ensino eacute complexo e fragmentado e atualmente falta-lhe uma linha de pensamento consistente acerca da educaccedilatildeo inclusiva De um modo geral o apoio aos diretores e liacutederes que queiram tentar proceder a alteraccedilotildees em situaccedilotildees isoladas eacute muito reduzido A diversidade tem vindo a aumentar em todo o sistema mas as tradiccedilotildees do passado restringem as accedilotildees A capacidade das escolas deve ser desenvolvida atraveacutes da consciencializaccedilatildeo do contexto da correspondecircncia (entre legislaccedilatildeo e poliacuteticapraacutetica) da clareza conceptual e de um apoio contiacutenuo ndash para todos partes interessadas ndash que incentive as escolas a serem proativas e natildeo reativas Conhecer todos os alunos e intervir de forma precoce ajudaraacute a desenvolver apoio de qualidade para todos os alunos considerado como parte da educaccedilatildeo em geral

Colocar a teoria em praacutetica 15

PROFISSIONAIS ALTAMENTE QUALIFICADOS

Introduccedilatildeo

laquoProfissionais altamente qualificadosraquo envolve questotildees de formaccedilatildeo inicial e contiacutenua perfil valores e competecircncia dos professores abordagens eficazes ao recrutamento e atitudes bem como trabalho em rede e coordenaccedilatildeo de todos profissionais Os jovens que participaram na Audiccedilatildeo do Parlamento Europeu organizada pela Agecircncia em 2011 referiram

O ponto de partida para a educaccedilatildeo inclusiva eacute a sensibilizaccedilatildeo e a formaccedilatildeo dprofessores hellip Os professores devem compreender o que cada aluno precisa e dar-lhe oportunidade de atingir os objetivos com sucesso Todos temos talentos juntos construiacutemos uma melhor comunidade de trabalho (Agecircncia Europeia 2012a paacuteg 12)

e

Formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo

Uma formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo adequada dos professores e outros profissionais eacute considerada um fator-chave para praacuteticas inclusivas bem-sucedidas O relatoacuterio da Agecircncia Princiacutepios-chave para a Promoccedilatildeo da Qualidade em Educaccedilatildeo Inclusiva Recomendaccedilotildees para a praacutetica frisa que

Todos os professores devem ter competecircncias para responder agraves diversas necessidades de todos os alunos Na formaccedilatildeo inicial e contiacutenua os professores devem adquirir as competecircncias conhecimento e compreensatildeo que lhes permitam ter a confianccedila necessaacuteria para lidar eficazmente com as diversas necessidades dos alunos (Agecircncia Europeia 2011c paacuteg 15)

O relatoacuterio da Agecircncia Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo na Europa ndash Desafios e Oportunidades aborda a estrutura da formaccedilatildeo inicial de professores Afirma-se que

Uma das principais prioridades da formaccedilatildeo de professores hellip eacute a necessidade de rever a sua estrutura para melhorar a formaccedilatildeo de professores para a inclusatildeo e para integrar a formaccedilatildeo inicial e especializada O conhecimento sobre a mudanccedila do papel dos professores evoluiu imenso tendo sido realccedilada a necessidade de introduzir mudanccedilas significativas na forma como os professores satildeo preparados para as suas funccedilotildees e responsabilidades profissionais (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 19)

Aleacutem disso indica que

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 16

Os formadores de professores satildeo atores-chave na garantia da alta qualidade do corpo docente Muitos paiacuteses europeus natildeo tecircm ainda uma poliacutetica expliacutecita sobre as competecircncias dos formadores de professores nem sobre a forma como devem ser selecionados ou formados (ibid paacuteg 66)

O perfil dos professores inclusivos e outros profissionais

No quadro do projeto da Agecircncia Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo o Perfil de Professores Inclusivos (Agecircncia Europeia 2012b) foi desenvolvido como um guia para a conceccedilatildeo e a implementaccedilatildeo de programas de formaccedilatildeo inicial de professores (FIP) para todos professores Identifica um quadro de valores essenciais e de aacutereas de competecircncia aplicaacuteveis a qualquer programa FIP na preparaccedilatildeo de todos os professores para trabalharem em educaccedilatildeo inclusiva respondendo agrave diversidade

O quadro de valores essenciais e de aacutereas de competecircncia inclui

Valorizaccedilatildeo da diversidade ndash a diferenccedila eacute considerada um recurso e um valor para a educaccedilatildeo As aacutereas de competecircncia dentro deste valor fundamental dizem respeito a Conceccedilotildees de educaccedilatildeo inclusiva Perspetivas do professor sobre a diferenccedila dos alunos

Apoiar todos os alunos ndash os professores tecircm elevadas expectativas sobre os resultados de todos os alunos As aacutereas de competecircncia dentro deste valor essencial dizem respeito a Promoccedilatildeo da aprendizagem acadeacutemica praacutetica social e emocional de todos os alunos Metodologias de ensino eficazes em turmas heterogeacuteneas

Trabalho com outros ndash colaboraccedilatildeo e trabalho em equipa satildeo metodologias essenciais para todos os professores As aacutereas de competecircncia dentro deste valor essencial dizem respeito a Trabalho com pais e famiacutelias Trabalho com um vasto leque de profissionais de educaccedilatildeo

Desenvolvimento profissional e pessoal ndash o ensino eacute uma atividade de aprendizagem e os professores satildeo responsaacuteveis pela aprendizagem ao longo da vida As aacutereas de competecircncia dentro deste valor essencial dizem respeito a Professores como profissionais reflexivos Formaccedilatildeo inicial de professores como base para o desenvolvimento profissional contiacutenuo (ibid paacuteg 7)

Abordagens ao recrutamento

As abordagens eficazes ao recrutamento e o aumento das taxas de permanecircncia dos professores e outros profissionais satildeo indicados como fatores-chave numa seacuterie de projetos da Agecircncia O relatoacuterio da Agecircncia Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo na Europa ndash Desafios e Oportunidades realccedila que

Colocar a teoria em praacutetica 17

Devem ser encontradas estrateacutegias efetivas para melhorar o recrutamento dos candidatos a professores para aumentar as taxas de permanecircncia a par de medidas destinadas a aumentar o nuacutemero de professores de diferentes origens e incluindo professores com deficiecircncia (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 75)

O relatoacuterio do projeto refere que

Uma minoria de paiacuteses tem testes para selecionar o acesso agrave docecircncia Contudo a investigaccedilatildeo recentemente levada a cabo para efeitos da Revisatildeo da Formaccedilatildeo de Professores na Escoacutecia (Menter e colegas 2010) realccedila evidecircncias que mostram que haacute muitas dimensotildees do ensino efetivo que natildeo satildeo fidedignamente preditiacuteveis por testes de capacidade acadeacutemica Esta conclusatildeo estaacute em concordacircncia com a revisatildeo da literatura deste projeto e com os relatoacuterios dos paiacuteses que realccedilam a importacircncia das atitudes valores e crenccedilas no desenvolvimento de praacuteticas inclusivas Tanto as atitudes valores e crenccedilas como as disposiccedilotildees que apoiam o desenvolvimento das requeridascompetecircncias satildeo difiacuteceis de apurar mesmo atraveacutes de uma entrevista Eacute necessaacuteria mais investigaccedilatildeo para encontrar indicadores eficazes para a seleccedilatildeo de candidatos (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 21)

Atitudes positivas

As atitudes positivas dos professores e outros profissionais satildeo indicadas como um elemento-chave na educaccedilatildeo inclusiva na maioria dos projetos da Agecircncia O relatoacuterio da Agecircncia Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula constata que

Obviamente que a inclusatildeo depende largamente da atitude dos professores face aos alunos com necessidades especiais das suas perceccedilotildees sobre as diferenccedilas na sala de aula e da sua vontade de lidar eficazmente com essas diferenccedilas A atitude dos professores foi indicada como um fator decisivo na construccedilatildeo de escolas mais inclusivas (Agecircncia Europeia 2003 paacuteg 12)

Do mesmo modo o relatoacuterio da Agecircncia designado Princiacutepios-Chave para a Promoccedilatildeo da Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva ndash Recomendaccedilotildees para a praacutetica realccedila a importacircncia das atitudes positivas Afirma-se que

Todos os professores devem ter atitudes positivas em relaccedilatildeo a todos os alunos e disponibilidade para trabalhar em colaboraccedilatildeo com os colegas Todos os professores devem entender a diversidade como uma forccedila e um estiacutemulo para sua proacutepria aprendizagem (Agecircncia Europeia 2011c paacuteg 14)

O relatoacuterio da Agecircncia Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos Questotildeesshychave para Poliacuteticas e Praacuteticas indica que

As atitudes dos professores de turma face ao processo de avaliaccedilatildeo inclusiva satildeo cruciais As atitudes positivas podem ser fomentadas atraveacutes de formaccedilatildeo

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 18

apoio e recursos apropriados e de experiecircncias de inclusatildeo bem sucedidas Os professores necessitam de experiecircncias bem sucedidas para os ajudar a desenvolver as necessaacuterias atitudes positivas (Watkins 2007 paacuteg 53)

Trabalho em rede e coordenaccedilatildeo

Todos os relatoacuterios da Agecircncia referem o papel eficaz da colaboraccedilatildeo e coordenaccedilatildeo dos profissionais e do trabalho em rede com serviccedilos comunitaacuterios interdisciplinares Um exemplo digno de nota eacute o relatoacuterio da Agecircncia Formaccedilatildeo de professores para a Inclusatildeo Perfil de Professores Inclusivos (TE4I) no qual se realccedila que

A implementaccedilatildeo da educaccedilatildeo inclusiva deve ser vista como uma tarefa coletiva com funccedilotildees e responsabilidades atribuiacutedas aos diferentes intervenientes O apoio aos professores de turma inclui o acesso a estruturas que facilitam a comunicaccedilatildeo e o trabalho de equipa com diferentes profissionais (incluindo aqueles que trabalham em instituiccedilotildees de ensino superior) bem como oportunidades para o desenvolvimento profissional (Agecircncia Europeia 2012b paacuteg 24)

Na publicaccedilatildeo da Agecircncia Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula nos 2ordm e 3ordm Ciclos de Ensino Baacutesico as questotildees do ensino cooperativo e da resoluccedilatildeo cooperativa de problemas satildeo apresentadas como fatores-chave para uma praacutetica inclusiva eficaz O projeto afirma que laquoOs professores precisam do apoio dos colegas da escola e de ser capazes de colaborar com eles Necessitam igualmente do apoio e da colaboraccedilatildeo de profissionais exteriores agrave escolaraquo (Agecircncia Europeia 2005 paacuteg 5)

Para concluir

A educaccedilatildeo inclusiva implica uma alteraccedilatildeo sisteacutemica que exige uma transformaccedilatildeo quanto ao modo como os professores e outros profissionais do ensino satildeo formados natildeo apenas em termos de competecircncias mas tambeacutem de valores eacuteticos

Os principais aspetos relacionados com os profissionais altamente qualificados podem ser resumidos numa seacuterie de indicadores na aacuterea da legislaccedilatildeo para a educaccedilatildeo inclusiva desenvolvidos e apresentados no projeto da Agecircncia Desenvolvimento de um conjunto de indicadores ndash para a educaccedilatildeo inclusiva na Europa

Programas de formaccedilatildeo inicial e contiacutenua de professores incluem conteuacutedos sobre a educaccedilatildeo especial e a inclusatildeo Professores e outros profissionais satildeo apoiados para desenvolverem os seus conhecimentos competecircncias e atitudes relativas agrave inclusatildeo de forma a

Colocar a teoria em praacutetica 19

estarem preparados para responder agraves necessidades de todos os alunos no ensino regular

Disponibilizaccedilatildeo de cursos e oportunidades para a melhoria do desenvolvimento profissional dos professores

Os professores planificam ensinam e reavaliam em parceria

Recursos satildeo disponibilizados para o adequado desenvolvimento profissional relacionados com a resposta agraves necessidades especiais em educaccedilatildeo inclusiva (Kyriazopoulou e Weber 2009 paacuteg 29)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 20

SISTEMAS DE APOIO E MECANISMOS DE FINANCIAMENTO

Introduccedilatildeo

Em novembro de 2011 a Agecircncia Europeia acolheu uma Audiccedilatildeo no Parlamento Europeu em Bruxelas Participaram oitenta e oito jovens com e sem necessidades educativas especiais eou incapacidades do ensino secundaacuterio e da formaccedilatildeo vocacional para debaterem o significado da educaccedilatildeo inclusiva para eles Alguns dos resultados estatildeo diretamente relacionados com questotildees de recursos e financiamento laquoA educaccedilatildeo inclusiva requer recursos adicionais como tempo e dinheiro mas cada aluno deve ter a educaccedilatildeo que querraquo (Agecircncia Europeia 2012a paacuteg 13)

O acesso fiacutesico dos edifiacutecios eacute importante (elevadores portas automaacuteticas interruptores acessiacuteveis etc) hellip No caso dos testes eacute necessaacuterio tempo extra hellip Satildeo necessaacuterios sistemas internos de apoio para os alunos com deficiecircncias (ibid paacuteg 28ndash29)

Eacute bom ter apoio de pessoas de fora da equipa da escola que possam atuar como mediadores para os alunos com necessidades especiais Havia professores que natildeo queriam cooperar no trabalho de educaccedilatildeo inclusiva para mim e para outros os professores devem aceitar todos nas suas salas de aula (ibid paacuteg 20)

Os cortes do governo estatildeo a ter impacto no apoio ndash pessoas como os mediadores estatildeo a perder os seus empregos O dinheiro estaacute a ir para as escolas mas eacute tatildeo disfuncional que significa que os professores laquonormaisraquo tecircm de prestar o apoio e eles natildeo satildeo capazes (ibid paacuteg 28)

A educaccedilatildeo inclusiva eacute muitas vezes referida como dispendiosa mas ao tentar poupar vamos acabar por pagar mais para lidar com os problemas hellip Mesmo que um paiacutes natildeo tenha muitos recursos a educaccedilatildeo inclusiva precisa de ser posta em praacutetica A educaccedilatildeo inclusiva eacute um investimento temos de investir nas pessoas (ibid paacuteg 25)

Sistemas de apoio e mecanismos de financiamento Os sistemas de apoio e mecanismos de financiamento englobam todos os niacuteveis de aprendizagem e por conseguinte abordam diversas questotildees Aleacutem disso limitar a questatildeo apenas ao campo educativo seria insuficiente

As crianccedilas e os jovens natildeo teratildeo sucesso na aprendizagem se a sua sauacutede baacutesica e as suas necessidades sociais e emocionais natildeo forem atendidas Isto pode exigir apoio para as famiacutelias e as comunidades sendo necessaacuteria a

Colocar a teoria em praacutetica 21

colaboraccedilatildeo com os serviccedilos de sauacutede e de seguranccedila social que garanta uma intervenccedilatildeo holiacutestica (Agecircncia Europeia 2011c paacuteg 17ndash18)

Existe a consciencializaccedilatildeo disseminada de que a criaccedilatildeo de poliacuteticas com base em evidecircncias eacute essencial para o desenvolvimento a longo prazo dos sistemas de educaccedilatildeo inclusiva Tal foi reconhecido no trabalho da Agecircncia logo em 1999 no acircmbito do relatoacuterio Financing of Special Needs Education [Financiamento da Educaccedilatildeo Especial] onde se defendia que

os procedimentos de avaliaccedilatildeo e monitorizaccedilatildeo nos paiacuteses podem tambeacutem ser melhorados no quadro do ensino especial Em primeiro lugar eacute importante garantir e incentivar um dispecircndio eficiente e eficaz dos fundos puacuteblicos Em segundo lugar parece ser necessaacuterio mostrar claramente aos clientes dos sistemas educativos (alunos com necessidades especiais e os seus pais) que a qualidade da educaccedilatildeo no ambiente regular (incluindo todas as instalaccedilotildees adicionais e apoio) eacute suficientemente elevada (Agecircncia Europeia 1999 paacuteg 158)

Os temas do financiamento e dos recursos foram abordados em diversos outros projetos da Agecircncia Assim as afirmaccedilotildees e os resultados que se seguem lanccedilam alguma luz sobre estas duas questotildees de pontos de vista diferentes na sequecircncia de projetos distintos levados a cabo pela Agecircncia

Intervenccedilatildeo Precoce na Infacircncia (IPI) laquoA tendecircncia comum na Europa eacute a prestaccedilatildeo de serviccedilos de IPI localizados e prestados tatildeo perto quanto possiacutevel da crianccedila e da famiacuteliaraquo (Agecircncia Europeia 2010 paacuteg 18) por exemplo no municiacutepio

Os recursos e serviccedilos de IPI devem abranger todas as famiacutelias e crianccedilas em idades precoces que deles necessitem independentemente da sua condiccedilatildeo socioeconoacutemica hellip Isto implica que os fundos puacuteblicos devem cobrir todos os custos relativos agrave IPI atraveacutes de serviccedilos puacuteblicos companhias de seguros organizaccedilotildees sem fins lucrativos etc preenchendo os padrotildees de qualidade exigidos na respetiva legislaccedilatildeo nacional para a IPI (ibid paacuteg 22) O financiamento puacuteblico para os serviccedilos de IPI geralmente vem do governo central eou federal ou dos orccedilamentos regionais eou locais Na maioria dos casos o financiamento da IPI eacute uma combinaccedilatildeo dos trecircs niacuteveis da administraccedilatildeo acima mencionados planos de seguro de sauacutede e de recursos de organizaccedilotildees sem fins lucrativos (ibid paacuteg 23)

As recomendaccedilotildees para melhorar a coordenaccedilatildeo dos serviccedilos e dos recursos da IPI incluem entre outras as seguintes

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 22

A IPI eacute muitas vezes uma aacuterea de trabalho interserviccedilos mas tambeacutem uma aacuterea interdisciplinar Os decisores poliacuteticos precisam de reconhecer isso garantindo que as poliacuteticas e as orientaccedilotildees sejam desenvolvidas conjuntamente pelos setores da sauacutede da educaccedilatildeo e da seguranccedila social e que qualquer orientaccedilatildeo escrita para os serviccedilos regionais e locais inclui os logotipos de todos os departamentos Somente desta forma o trabalho integrado seraacute filtrado aos niacuteveis regional e local (ibid paacuteg 42ndash43)

Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula

A existecircncia de diferentes modelos de gestatildeo da diferenccedila na sala de aula depende natildeo soacute de fatores ligados ao professor mas tambeacutem da forma como a escola organiza os recursos e de outros fatores externos

Esta afirmaccedilatildeo foi incluiacuteda no relatoacuterio da Agecircncia sobre Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula (Agecircncia Europeia 2003 paacuteg 8)

Eacute claro que a resposta aos alunos com necessidades educativas especiais natildeo eacute apenas uma questatildeo de recursos a niacutevel da sala de aula Importa reconhecer que a organizaccedilatildeo da escola determina igualmente a quantidade e o tipo dos recursos que os professores podem usar no ensino de alunos com NEE (ibid paacuteg 14ndash15)

A organizaccedilatildeo dos recursos no seio da escola deve corresponder ao princiacutepio da flexibilidadehellip as escolas devem ter liberdade para a utilizaccedilatildeo dos recursos financeiros de acordo com os seus proacuteprios desejos e perspetivas Deve evitarshyse a burocracia estando os recursos disponiacuteveis para todos os alunos com ou sem NEE sempre que necessaacuterio ou quando o professor assim o desejar (ibid paacuteg 16)

laquoO financiamento e respetivos incentivos desempenham um papel decisivoraquo (ibid paacuteg 17)

O modelo de financiamento baseado na avaliaccedilatildeo dos resultados (a niacutevel regional) parece ser a opccedilatildeo melhor sucedida Neste modelo os orccedilamentos destinados agraves necessidades educativas especiais satildeo atribuiacutedos pelo serviccedilo central agraves instituiccedilotildees regionais ou locais (comunidades agrupamentos de escolas) As decisotildees relativas ao financiamento e elegibilidade devem ser tomadas a niacutevel regionalhellip Um modelo descentralizado pode ser mais rentaacutevel e limitar os riscos de ver emergir formas indesejaacuteveis de comportamentosestrateacutegicos Eacute no entanto evidente que o governo central deve indicar claramente os objetivos a atingir (ibid paacuteg 18)

Colocar a teoria em praacutetica 23

Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional (EFP) A implementaccedilatildeo dos programas de EFP segue o planeamento a longo prazo no setor da educaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo com os parceiros sociais

Existe um foco no estabelecimento de ligaccedilotildees mais proacuteximas hellip para desenvolver os curriacuteculos dos programas de formaccedilatildeo profissional e para corresponder agraves abordagens e conteuacutedos educativos com as competecircncias necessaacuterias na vida laboral hellip atraveacutes da organizaccedilatildeo e realizaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo de competecircncias colaboraccedilatildeo no estabelecimento de conteuacutedos de novas qualificaccedilotildees normas e curriacuteculos e correspondecircncia dos programas de EFP com as necessidades da economia (Agecircncia Europeia 2014 paacuteg 23) A niacutevel individual os alunos com necessidades educativas especiais recebem assistecircncia educativa (por exemplo tecnologia de apoio inteacuterpretes de liacutengua gestual materiais de aprendizagem de elaboraccedilatildeo especial escribas ou outras formas de assistecircncia praacutetica) especial para tornar os curriacuteculos de EFP acessiacuteveis (ibid paacuteg 15)

Os niacuteveis regionais (ou seja condados freguesias municiacutepios proviacutencias federais) satildeo fundamentais para garantir o melhor ajuste entre os objetivos educativos e as necessidades do mercado de trabalho Os conselhos consultivos regionais desempenham um papel ativo na atualizaccedilatildeo da estrutura dos programas educativos no acircmbito da sua responsabilidade regional e em cooperaccedilatildeo com os parceiros sociais Desempenham um papel importante na possibilidade de flexibilizaccedilatildeo dos percursos dos alunos

As instituiccedilotildees de EFP satildeo lideradas por diferentes agecircncias nos paiacuteses europeus tais como autoridades locais organizaccedilotildees natildeo governamentais setor privado etc Nos paiacuteses europeus analisados as principais responsabilidades pelo financiamento cabem agraves entidades estatais e governamentais a niacutevel regional ou municipal Aleacutem disso na maioria dos paiacuteses os criteacuterios de financiamento satildeo diferentes dependendo do tipo de propriedade (puacuteblicaprivada) vigente no paiacutes Outras medidas destinadas a promover o emprego entre os alunos com NEE satildeo o pagamento do custo do serviccedilo de emprego apoiado a isenccedilatildeo do pagamento de pensatildeo e seguro de invalidez uma recompensa para casos em que a quota eacute ultrapassada ajudas financeiras aos trabalhadores com incapacidades que se estabelecem como empresaacuterios reduccedilatildeo nos pagamentos agrave seguranccedila social reduccedilatildeo de impostos pelo emprego de jovens alunos com NEE ou preacutemios anuais por boas praacuteticas Existem tambeacutem programas que permitem que os alunos entrem no mercado de trabalho mantendo uma percentagem do seu subsiacutedio social de origem (por exemplo subsiacutedio de invalidez) que natildeo estaacute sujeito agrave tributaccedilatildeo ou cobertura social Os funcionaacuterios tambeacutem seriam autorizados a manter laquobenefiacutecios

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 24

secundaacuteriosraquo (por exemplo subsiacutedio para combustiacutevel cartatildeo meacutedico) durante um determinado periacuteodo de tempo

Tecnologias de Informaccedilatildeo e Comunicaccedilatildeo (TIC)

Sem duacutevida as TIC acessiacuteveis podem atuar como um facilitador para a igualdade de participaccedilatildeo em atividades educativas para diversos alunos com NEE Os estudantes com SEN destacaram a importacircncia das TIC durante a Audiccedilatildeo do Parlamento Europeu em 2011

No nosso paiacutes existe uma organizaccedilatildeo que fornece materiais especiais e tecnologias de informaccedilatildeo A escola pode pedir as ajudas teacutecnicas a essa organizaccedilatildeo e os alunos podem levaacute-las para casa Quando deixam de precisar dessas ajudas teacutecnicas estas podem ser usadas por outros alunos nas mesmasou noutras escolas Eacute muito importante ter ajudas teacutecnicas e apoio (Agecircncia Europeia 2012a paacuteg 14)

Poreacutem

O facto de o impulso para a equidade na educaccedilatildeo atraveacutes do apoio de TIC acessiacuteveis estar a ser ofuscado por desenvolvimentos econoacutemicos negativos reforccedila a ideia de que as poliacuteticas europeias e internacionais globais devem continuar a assumir uma lideranccedila estaacutevel neste campo (Agecircncia Europeia 2013 paacuteg 24)

Neste contexto a aquisiccedilatildeo pode ser considerada um mecanismo de financiamento se a acessibilidade for um preacute-requisito incorporado A acessibilidade deve ser um princiacutepio orientador para a aquisiccedilatildeo de todos os bens e serviccedilos

O acesso a TIC apropriadas em diferentes contextos de aprendizagem ao longo da vida ndash incluindo em casa ndash requer muitas vezes a contribuiccedilatildeo de profissionais de diferentes aacutereas hellip Isto envolve a coordenaccedilatildeo entre indiviacuteduos serviccedilos e muitas vezes poliacuteticas para diferentes setores de trabalho Tambeacutem envolve abordagens flexiacuteveis para o financiamento das TIC com possibilidades de tomada de decisotildees a niacutevel local quanto agraves despesas relacionadas com as necessidades identificadas localmente (Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO e Agecircncia Europeia 2011 paacuteg 88)

Para concluir

Eacute necessaacuterio considerar quatro requisitos no que diz respeito aos sistemas de financiamento para garantir que estes sistemas sustentam totalmente os objetivos da poliacutetica educativa

Colocar a teoria em praacutetica 25

A poliacutetica de financiamento apoia totalmente a educaccedilatildeo inclusiva Isto inclui o desenvolvimento de poliacuteticas fiscais que criem incentivos ao inveacutes de desincentivos agrave oferta de colocaccedilotildees e de serviccedilos de inclusatildeo Embora exista uma seacuterie de bases alternativas para financiar alunos com NEE o financiamento per capita parece ser o mais promissor para satisfazer o requisito estabelecido

A poliacutetica de financiamento baseia-se totalmente nas necessidades educativas Os montantes individuais de financiamento per capita podem ser determinados atraveacutes de anaacutelises de custos que mostram os custos relativos de disponibilizar aos alunos condiccedilotildees especiais selecionadas

A poliacutetica de financiamento facilita totalmente respostas flexiacuteveis eficazes e eficientes agraves necessidades Em vez de financiar ou fornecer recursos especiacuteficos por exemplo tipos preacute-determinados de pessoal equipamentos ou instalaccedilotildees o financiamento per capita aloca recursos monetaacuterios promovendo a flexibilidade no uso local

A poliacutetica de financiamento promove totalmente o apoio de serviccedilos relacionados e a necessaacuteria colaboraccedilatildeo intersectorial

Em geral as estruturas de incentivo devem assegurar a disponibilizaccedilatildeo de mais fundos se uma crianccedila for colocada num contexto inclusivo sendo necessaacuteria uma maior ecircnfase nos resultados (natildeo apenas acadeacutemicos)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 26

DADOS FIAacuteVEIS

Introduccedilatildeo

A Convenccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiecircncia (CDPD) bem como a Estrateacutegia Europeia para a Deficiecircncia 2010ndash2020 e o quadro estrateacutegico Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo 2020 relativo agrave equidade na educaccedilatildeo satildeo impulsionadores-chave para a educaccedilatildeo inclusiva nos paiacuteses A CDPD da ONU apela aos Estados Partes para

hellip recolher informaccedilatildeo apropriada incluindo dados estatiacutesticos e de investigaccedilatildeo que lhes permitam formular e implementar poliacuteticas que visem dar efeito agrave presente Convenccedilatildeo (Naccedilotildees Unidas 2006 Artigo 31ordm)

e hellip Os Estados Partes devem em conformidade com os seus sistemas juriacutedico e administrativo manter fortalecer nomear ou estabelecer a niacutevel interno uma estrutura que inclua um ou mais mecanismos independentes conforme apropriado com vista a promover proteger e monitorizar a implementaccedilatildeo da presente Convenccedilatildeo (ibid Artigo 33ordm)

Existe a consciencializaccedilatildeo disseminada de que a criaccedilatildeo de poliacuteticas com base em evidecircncias eacute essencial para o desenvolvimento a longo prazo dos sistemas de educaccedilatildeo inclusiva Decisores poliacuteticos especialistas em estatiacutestica e investigadores reconhecem a necessidade de uma recolha de dados a niacutevel nacional que natildeo soacute responda agraves exigecircncias das orientaccedilotildees poliacuteticas internacionais mas que tambeacutem obedeccedila a uma abordagem comum que promova uma sinergia de esforccedilos a niacutevel nacional e internacional O trabalho da Agecircncia demonstrou que existem apelos para a disponibilizaccedilatildeo de ampla informaccedilatildeo para os decisores poliacuteticos e para a adoccedilatildeo pelas diferentes organizaccedilotildees tanto a niacutevel nacional como europeu de uma variedade de abordagens complementares para a recolha de dados Poreacutem embora a necessidade de tais dados seja clara os melhores meacutetodos e procedimentos de recolha e anaacutelise dos mesmos satildeo muito menos claros

Em resultado do trabalho da Agecircncia ndash mais especificamente das atividades dos projetos Desenvolvimento de um conjunto de indicadores ndash para a educaccedilatildeo inclusiva na Europa (Kyriazopoulou e Weber 2009) e Mapeamento da Implementaccedilatildeo de Poliacuteticas para a Educaccedilatildeo Inclusiva (MIPIE) (Agecircncia Europeia 2011a) ndash emergem cinco requisitos-chave de poliacuteticas relativos agrave recolha de dados no que concerne agrave necessidade de evidecircncias sobre a educaccedilatildeo inclusiva a niacutevel nacional

bull necessidade de recolha de dados nacionais ancorada nos acordos internacionais e europeus

Colocar a teoria em praacutetica 27

bull necessidade de compreender o impacto das diferenccedilas nos sistemas educativos dos paiacuteses

bull necessidade de analisar a efetividade da educaccedilatildeo inclusiva

bull necessidade de recolha de dados que forneccedila evidecircncias sobre a garantia de qualidade e

bull necessidade de acompanhar o progresso dos alunos a longo prazo Os decisores poliacuteticos precisam de dados qualitativos e quantitativos que os informem sobre a qualidade da educaccedilatildeo prestada aos alunos com necessidades educativas especiais Estas mensagens principais refletem uma recomendaccedilatildeo central do Relatoacuterio Mundial sobre Deficiecircncia (Organizaccedilatildeo Mundial de SauacutedeBanco Mundial 2011) a necessidade de os paiacuteses desenvolverem os sistemas de recolha de dados quantitativos existentes e de simultaneamente realizarem investigaccedilotildees qualitativas aprofundadas e especiacuteficas sobre o custoshyeficaacutecia e sobre outras questotildees relacionadas com a garantia da qualidade

O projeto MIPIE apela ao desenvolvimento de um quadro comum para a recolha de dados construiacutedo com base nos procedimentos nacionais existentes e nos acordos internacionais sobre recolha de dados e procedimentos hellip Podem ser identificadas trecircs dimensotildees para uma estrutura comum

- A mudanccedila para um sistema de recolha de dados baseado em conceitos e definiccedilotildees comuns

- A recolha de evidecircncias que conduzam a niacuteveis de referecircncia quantitativos e qualitativos

- O uso de uma estrutura multiniacutevel para analisar as poliacuteticas a niacuteveis nacional e internacional (Agecircncia Europeia 2011a paacuteg 11)

Uma tal abordagem eacute necessaacuteria para apoiar os paiacuteses no desenvolvimento de uma laquorecolha de dados que permita monitorizar os direitos dos alunos bem como para monitorizarem a eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusivaraquo (ibid)

Monitorizaccedilatildeo dos direitos dos alunos

No acircmbito de uma estrutura abrangente para o mapeamento das questotildees relacionadas com os direitos devem ser identificados indicadores quantitativos e qualitativos referentes a diversos fatores

(i) Participaccedilatildeo na educaccedilatildeo e formaccedilatildeo

O relatoacuterio da Agecircncia sobre a Intervenccedilatildeo precoce na infacircncia sugere que

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 28

Os decisores poliacuteticos devem ter mecanismos para avaliar a solicitaccedilatildeo de serviccedilos de IPI e mecanismos eficazes que verifiquem se a prestaccedilatildeo de serviccedilos responde ao solicitado para se poder planear a melhoria do serviccedilo Deve ser desenvolvida uma forma sistemaacutetica de recolha e de monitorizaccedilatildeo de dados fiaacuteveis a niacutevel nacional (Agecircncia Europeia 2010 paacuteg 40)

No relatoacuterio Participaccedilatildeo na Educaccedilatildeo Inclusiva afirma-se que Embora os governos nacionais e locais jaacute recolham dados importantes sobre a educaccedilatildeo pouco se sabe sobre a participaccedilatildeo hellip Atualmente a maior parte dos dados recolhidos para fins de monitorizaccedilatildeo satildeo dados estatiacutesticos sobre a inscriccedilatildeo e a conclusatildeo da escolaridade hellip Poucos paiacuteses tecircm meacutetodos sistemaacuteticos de recolha anaacutelise e interpretaccedilatildeo de dados qualitativos sobre a participaccedilatildeo a niacutevel individual em sala de aula e na escola embora os relatoacuterios escolares de autorrevisatildeo e de inspeccedilatildeo respondam muitas vezes a questotildees de participaccedilatildeo e inclusatildeo (Agecircncia Europeia 2011d paacuteg 19)

Este relatoacuterio tambeacutem destaca alguns dos perigos potenciais associados agrave recolha de dados em relaccedilatildeo agrave participaccedilatildeo

hellip estruturas criadas para acompanhar as crianccedilas com necessidades educativas especiais podem funcionar como barreiras agrave sua participaccedilatildeo e sucesso marcando estas crianccedilas como diferentes Uma consequecircncia natildeo intencional de categorizar algumas crianccedilas para monitorizar a sua participaccedilatildeo pode gerar um paradoxo o que resulta na celebraccedilatildeo de acordos separados para a sua educaccedilatildeo (ibid paacuteg 17ndash18)

(ii) Acesso ao apoio e agrave adaptaccedilatildeo

Trecircs estudos da Agecircncia consideraram diferentes aspetos de apoio para os alunos com NEE A revisatildeo da literatura do projeto Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional cita Redley (2009)

Natildeo existem dados nacionais fiaacuteveis sobre o nuacutemero de organizaccedilotildees que oferecem emprego apoiado ou o nuacutemero de pessoas com dificuldades de aprendizagem empregadas nelas e o governo natildeo participa neste processo (Agecircncia Europeia 2012f paacuteg 41)

O estudo conjunto da Agecircncia realizado com o Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO que analisa o uso das TIC na educaccedilatildeo das pessoas com incapacidades defende que

Tanto em relaccedilatildeo agrave Convenccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas (2006) como em relaccedilatildeo agrave poliacutetica regional (ou seja europeia) e nacional haacute uma necessidade de informaccedilatildeo mais detalhada ligada agrave monitorizaccedilatildeo de indicadores e benchmarks qualitativos e quantitativos sobre as TIC na educaccedilatildeo para pessoas

Colocar a teoria em praacutetica 29

com incapacidades (Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO e Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011 paacuteg 93)

Em relaccedilatildeo agrave acessibilidade da informaccedilatildeo para a aprendizagem as recomendaccedilotildees do projeto i-access da Agecircncia defendem que

A conformidade [acessibilidade] agrave poliacutetica deve ser sistematicamente monitorizada A monitorizaccedilatildeo da conformidade soacute pode ser incentivada nomomento presente mas deve ser alargada hellip Eacute necessaacuterio recolher dados quantitativos e qualitativos sistemaacuteticos o que deve tambeacutem envolver os utilizadores finais de informaccedilatildeo acessiacutevel Poreacutem a monitorizaccedilatildeo do progresso natildeo se pode limitar a afericcedilatildeo numeacuterica mas deve incluir a possibilidade de recolher exemplos de boas praacuteticas que poderiam servir de modelo para outros paiacuteses e organizaccedilotildees (Agecircncia Europeia 2012e paacuteg 40ndash 41)

(iii) Oportunidades para o sucesso na aprendizagem e na transiccedilatildeo Dois grandes projetos da Agecircncia tiveram em linha de conta a transiccedilatildeo da escola para o emprego Ambos apontam para a falta de dados fiaacuteveis neste campo O projeto Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego sugeriu que

Os dados nacionais dos paiacuteses apenas incluem pessoas registadas como desempregadas mas uma alta percentagem de pessoas com necessidades especiais natildeo estaacute registada ndash elas natildeo tecircm sequer a oportunidade de conseguir o primeiro emprego (Agecircncia Europeia 2002a paacuteg 2)

O estudo de acompanhamento (Agecircncia Europeia 2006) natildeo refere quaisquer desenvolvimentos nesta aacuterea

(iv) Oportunidades de integraccedilatildeo

O estudo da Agecircncia com foco na diversidade multicultural destaca a falta de dados em relaccedilatildeo a um fator importante de integraccedilatildeo ndash antecedente de imigraccedilatildeo dos alunos com NEE

Muitos paiacuteses envolvidos no projeto referiram que natildeo existem dados atualizados sobre os alunos com NEE e de origem imigrante Diversas agecircncias governamentais tecircm responsabilidades diferentes e natildeo haacute coordenaccedilatildeo na recolha de dados Haacute outras razotildees para a falta de dados Alguns paiacuteses natildeo tecircm estatiacutesticas oficiais sobre a origem das pessoas para aleacutem do paiacutes de nascimento uma vez que eacute proibido o tratamento de dados pessoais que identifiquem a raccedila a origem eacutetnica a incapacidade ou crenccedila religiosa Em outros paiacuteses natildeo haacute recolha sistemaacutetica de dados relativos a alunos com NEE

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 30

ou a alunos com NEE e de origem imigrante a niacutevel nacional ou local (Agecircncia Europeia 2009a paacuteg 30)

Monitorizaccedilatildeo da eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusiva

Dados que examinam a eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusiva tecircm em conta questotildees de custo-eficaacutecia bem como diversas aacutereas relacionadas com as experiecircncias de educaccedilatildeo dos alunos procedimentos de avaliaccedilatildeo inicial o envolvimento contiacutenuo dos alunos e das suas famiacutelias em experiecircncias educativas e a eficaacutecia de ambientes de aprendizagem na superaccedilatildeo das barreiras e apoio de experiecircncias de aprendizagem significativas para todos os alunos

O estudo da Agecircncia relativo ao Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos realccedila que eacute necessaacuterio apoiar as escolas com

hellip aconselhamento sobre como pode ser usada a informaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo ndash particularmente a da avaliaccedilatildeo estandardizada recolhida para fins de monitorizaccedilatildeo nacional ndash para melhorar as praacuteticas com todos os alunos incluindo os que apresentam NEE (Watkins 2007 paacuteg 60)

O relatoacuterio designado Elevar o Sucesso de Todos os Alunos defende que

Para avanccedilar para uma maior equidade na educaccedilatildeo satildeo necessaacuterios indicadores de sucesso adequados agrave comunidade local focalizados no input recursos processos e outputresultados Embora a informaccedilatildeo (incluindo dados) deva ser usada para direcionar o apoio e acompanhar o sucesso de poliacuteticas e praacuteticas inclusivas eacute necessaacuterio cuidado para que os sistemas de responsabilidade natildeo causem inadvertidamente alteraccedilotildees inadequadas (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 22)

Este estudo destaca potenciais dificuldades inerentes

No clima atual o desenvolvimento de mecanismos de responsabilidade adequados e de formas de medir o sucesso valorizado e monitorizar a equidade apresentam muitos desafios Apesar da procura de dados concretos Fullan (2011) adverte que laquoas estatiacutesticas satildeo um servo maravilhoso mas um mestre terriacutevelraquo (paacuteg 127) e Hargreaves e Shirley (2009) enfatizam a necessidade de colocar a responsabilidade antes da prestaccedilatildeo de contas Sugerem que a prestaccedilatildeo de contas deve laquoservir de consciecircncia por meio de amostragemraquo e que deve ser realizado um ataque laquoaos excessos de padronizaccedilatildeo testada que negam a diversidade e destroem a criatividaderaquo (paacuteg 109) (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 22)

Dentro do projeto MIPIE argumentou-se que a monitorizaccedilatildeo da eficaacutecia dos sistemas de educaccedilatildeo inclusiva tambeacutem incluiria uma anaacutelise da eficaacutecia da formaccedilatildeo de professores (Agecircncia Europeia 2011a) O relatoacuterio do projeto TE4I

Colocar a teoria em praacutetica 31

destaca uma seacuterie de questotildees relacionadas com a disponibilidade de dados nesta aacuterea Relativamente agrave representaccedilatildeo de professores de grupos minoritaacuterios

A maior parte dos paiacuteses que natildeo recolhe dados refere curiosamente uma subshyrepresentaccedilatildeo de pessoas com deficiecircncia e pertencentes a grupos minoritaacuterios entre os professores estagiaacuterios e os professores diplomados e a situaccedilatildeo parece ser idecircntica entre os formadores de professores (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 22)

O relatoacuterio tambeacutem indica a necessidade de dados que levam a mudanccedilas com base em evidecircncias

A falta de investigaccedilatildeo em larga escala e de investigaccedilatildeo cumulativa bem como de evidecircncia empiacuterica na formaccedilatildeo de professores para a inclusatildeo foi referida pela OCDE (2010) hellip esta investigaccedilatildeo poderaacute garantir a existecircncia dum corpo de evidecircncias que possam dar forma agrave mudanccedila No presente relatoacuterio os exemplos realccedilam algumas questotildees-chave da pesquisa incluindo

- A eficaacutecia de diferentes rotas no ensino - Abordagens agrave formaccedilatildeo de professores e ao curriacuteculo da FIP e

- O papel dos cursos separados integrados e unificados e a melhor maneira de passar dum curso contiacutenuo para um uacutenico curso de formaccedilatildeo de professores que prepare todos os professores para a diversidade (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 68)

O projeto MIPIE defende que

A niacutevel da escola a recolha de dados deve

- Fornecer informaccedilatildeo que permitam aos professores e funcionaacuterios da escola planear e prestar o apoio e os recursos adequados

- Fornecer ideias claras sobre a participaccedilatildeo ativa dos pais e alunos no processo educativo (Agecircncia Europeia 2011a paacuteg 13)

Para que isto seja possiacutevel

Satildeo necessaacuterias sinergias a niacutevel nacional entre os principais intervenientes baseadas num claro racional para a recolha de dados considerando os dados a niacutevel nacional regional escola e sala de aula para que os dados globais do paiacutes efetivamente possam refletir a praacutetica (ibid paacuteg 14)

Para concluir a provisatildeo dos dados pode contribuir efetivamente para a elaboraccedilatildeo de poliacuteticas para a educaccedilatildeo inclusiva Haacute uma exigecircncia crescente ndash a niacutevel internacional europeu e nacional ndash para a responsabilidade e tecircm vindo a crescer comparaccedilotildees laquoentre escolasraquo e laquoentre naccedilotildeesraquo O surgimento de laquograndes dadosraquo

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 32

(meta-anaacutelises de conjuntos de dados e fontes combinadas) apresenta oportunidades mas tambeacutem desafios reais para a educaccedilatildeo inclusiva

Os apelos para a poliacutetica e alocaccedilatildeo de recursos baseada em evidecircncias reforccedilam a necessidade de dados significativos relacionados com todos os alunos Eacute necessaacuterio saber que alunos estatildeo a receber que serviccedilos quando e onde (contando todos os alunos) Tambeacutem eacute necessaacuterio ter dados sobre a qualidade dos serviccedilos e os resultados obtidos (considerando a praacutetica)

Um grande desafio para a recolha de dados estaacute em evitar classificar categorizar e rotular os alunos de modo a fornecer informaccedilatildeo sobre a provisatildeo que recebem As laquopluralidadesraquo das definiccedilotildees aplicadas a alunos e a laquopoliacuteticaraquo dos sistemas de rotulagem natildeo podem ser ignoradas nem os efeitos a que esses sistemas de rotulagem e definiccedilotildees conduzem

Fazer as perguntas certas em termos de poliacuteticas eacute o ponto de partida para a recolha de dados que servem de base significativa para as poliacuteticas

Colocar a teoria em praacutetica 33

OLHAR EM FRENTE

O primeiro objetivo da conferecircncia em novembro de 2013 foi refletir e resumir o trabalho da Agecircncia ao longo da uacuteltima deacutecada As cinco mensagens-chave descritas nos capiacutetulos anteriores destacam aspetos criacuteticos no que se refere agrave educaccedilatildeo inclusiva Baseiam-se nos resultados da anaacutelise aprofundada de temas-chave decididos pelos paiacuteses membros da Agecircncia O segundo objetivo da conferecircncia foi olhar em frente explorando a forma como o trabalho da Agecircncia pode prestar um melhor apoio aos paiacuteses membros ajudandoos a melhorar a qualidade e a eficaacutecia das suas respostas inclusivas para alunos com incapacidades eou necessidades educativas especiais A Agecircncia estaacute disposta a ajudar os paiacuteses de uma forma mais concreta com a implementaccedilatildeo dos resultados do nosso trabalho Isso significa disponibilizar recomendaccedilotildees de poliacutetica que sejam mais diretamente aplicaacuteveis aos decisores poliacuteticos para apoiar alteraccedilotildees futuras e desenvolvimentos poliacuteticos

A Agecircncia estaacute consciente de que o trabalho jaacute realizado estaacute de acordo e apoia diretamente todas as iniciativas de poliacuteticas europeias e internacionais em termos de educaccedilatildeo equidade igualdade de oportunidades e direitos para pessoas com incapacidades eou necessidades educativas especiais O trabalho da Agecircncia fornece recomendaccedilotildees claras e coerentes sobre como as poliacuteticas-chave nestas aacutereas podem ser implementadas na praacutetica A Agecircncia pretende proporcionar aos paiacuteses informaccedilatildeo sobre o progresso alcanccedilado nos objetivos propostos em termos de (a) metas de Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo para 2020 e (b) Convenccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiecircncia (2006) bem como vaacuterias diretivas e comunicaccedilotildees da Uniatildeo Europeia Eacute necessaacuteria orientaccedilatildeo sobre o modo como a educaccedilatildeo inclusiva pode ser implementada a niacutevel do professor sala de aula escola regiatildeo municiacutepio e poliacutetica nacional A Agecircncia tem capacidade para disponibilizar aos paiacuteses orientaccedilotildees sobre formas de implementaccedilatildeo da educaccedilatildeo inclusiva e como isto afeta a qualidade geral da educaccedilatildeo As discussotildees durante a conferecircncia bem como as discussotildees aprofundadas no acircmbito da Agecircncia orientaratildeo esta nova etapa no trabalho da Agecircncia

shy

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 34

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 1999 Financing of Special Needs Education ndash A seventeen-country Study of the Relationship between Financing of Special Needs Education and Inclusion [Financiamento da Educaccedilatildeo Especial ndash Um estudo de dezassete paiacuteses da Relaccedilatildeo entre o Financiamento da Educaccedilatildeo Especial e a Inclusatildeo] Middelfart Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2002a Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Princiacutepios-chave e Recomendaccedilotildees para R esponsaacuteveis Poliacuteticos Middelfart Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanagencyorgsitesdefaultfilestransition_transition_pttextpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2002b Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Principais problemas questotildees e opccedilotildees enfrentadas pelos alunos com necessidades educativas especiais em 16 paiacuteses Europeus Relatoacuterio Siacutentese Middelfart Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanagencyorgsitesdefaultfilestransition-from-school-to-employment_Transitionptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2003 Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula Relatoacuterio Siacutentese Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanagencyorgsitesdefaultfilesinclusive-education-and-classroom-practices_iecpptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2005 Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula nos 2ordm e 3ordm Ciclos do Ensino Baacutesico Relatoacuterio Siacutentese Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesinclusive-educationand-classroom-practice-in-secondary-education_iecp_secondary_ptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2006 Planos Individuais de Transiccedilatildeo Apoiar a Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesindividual-transitionplans_itp_ptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

shy

shyshy

shyshy

shy

shy

Colocar a teoria em praacutetica 35

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2009a Diversidade multicultural e necessidades especiais de educaccedilatildeo Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfilesmulticultural-diversity-and-special-needsshyeducation_Multicultural-Diversity-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2009b Princiacutepiosshychave para a Promoccedilatildeo da Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva ndash Recomendaccedilotildees para Decisores Poliacuteticos Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportskeyshyprinciples-for-promoting-quality-in-inclusive-educationkey-principles-PTpdf(Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2010 Intervenccedilatildeo Precoce na Infacircncia ndash Progressos e Desenvolvimentos 2005ndash2010 Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesearly-childhood-interventionshyprogress-and-developments_ECI-report-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011a Mapeamento da Implementaccedilatildeo de Poliacuteticas para a Educaccedilatildeo Inclusiva Uma anaacutelise dos desafios e oportunidades para o desenvolvimento de indicadores Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httphttpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesmipie_MIPIE-summaryshyof-proposals-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011b Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo na Europa ndash Desafios e Oportunidades Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfileste4i-challenges-and-opportunities_TE4I-Synthesis-Report-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011c Princiacutepios-Chave para a Promoccedilatildeo da Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva ndash Recomendaccedilotildees para Decisores Poliacuteticos Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfilesinclusive-education-and-classroom-practices_iecpshyptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011d Participation in Inclusive Education ndash A Framework for Developing Indicators [Participaccedilatildeo na Educaccedilatildeo inclusiva ndash Um Quadro para o Desenvolvimento de Indicadores] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 36

agencyorgpublicationsereportsparticipation-in-inclusive-education-a-frameworkshyfor-developing-indicatorsParticipation-in-Inclusive-Educationpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012a Perspetivas dos Jovens sobre Educaccedilatildeo Inclusiva Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfilesyoung-views-on-inclusive-education_YoungViews-2012PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012b Perfil de Professores Inclusivos Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfileste4i-profile-of-inclusive-teachers_Profile-of-InclusiveshyTeachers-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012c Raising Achievement for All Learners ndash Quality in Inclusive Education [Elevar o Sucesso de Todos os Alunos ndash Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva] Relatoacuterio sobre a conferecircncia realizada em Odense Dinamarca de 13 a 15 de junho de 2012 Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesRA4AL-conference-reportpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014) Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012d Raising Achievement for All Learners ndash Quality in Inclusive Education [Elevar o Sucesso de Todos os Alunos ndash Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httphttpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesra4al-keyshymessages_RA4AL-summary-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012e Promoting Accessible Information for Lifelong Learning Recommendations and findings of the i-access project [Promover o Acesso agrave Informaccedilatildeo para a Aprendizagem ao Longo da Vida Recomendaccedilotildees e observaccedilotildees do projeto i-access] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportsi-accessi-accessshyreportpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012f Vocational Education and Training Policy and Practice in the field of Special Needs Education ndash Literature Review [Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional (EFP) Poliacutetica e Praacutetica no campo da Educaccedilatildeo Especial ndash Revisatildeo da Literatura] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Colocar a teoria em praacutetica 37

agencyorgagency-projectsvocational-education-and-trainingvet-filesVETshyLiteratureReviewpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012g Teacher Education for Inclusion Project Recommendations linked to Sources of Evidence [Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo Recomendaccedilotildees do Projeto Ligadas a Fontes de Evidecircncias] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgagencyshyprojectsTeacher-Education-for-Inclusionsources-of-evidencepdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2013 European and International Policy Supporting ICT for Inclusion [Poliacutetica Europeia e Internacional para Uso das TIC como Apoio para a Inclusatildeo] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfileseuropean-and-internationalshypolicy-supporting-ict-for-inclusion_policy-supporting-ict-for-inclusionpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para as Necessidades Especiais e a Educaccedilatildeo Inclusiva 2014 Vocational Education and Training ndash Summary of Country Information [Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional ndash Resumo de Informaccedilatildeo do Paiacutes] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para as Necessidades Especiais e a Educaccedilatildeo Inclusiva httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesVET Summary of Country information 2014pdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Bennett S e Gallagher TL 2012 The Delivery of Education Services for Students who have an Intellectual Disability in the Province of Ontario [A prestaccedilatildeo de serviccedilos de ensino para alunos com incapacidade intelectual na proviacutencia de Ontaacuterio] Toronto Community Living Ontario

Chapman C Ainscow M Miles S e West M 2011 Leadership that promotes the achievement of students with special educational needs and disabilities [Lideranccedila que promove o sucesso de alunos com necessidades educativas especiais e incapacidades] Nottingham National College for School Leadership

Comissatildeo das Comunidades Europeias 2008 Livro Verde ndash Migraccedilatildeo e mobilidade desafios e oportunidades para os sistemas educativos da UE SEC(2008) 2173 COM20080423 final Bruxelas Comissatildeo das Comunidades Europeias

Conselho da Uniatildeo Europeia 2010 Conclusotildees do Conselho sobre a dimensatildeo social da educaccedilatildeo e da formaccedilatildeo 3013ordf Reuniatildeo do Conselho de EDUCACcedilAtildeO JUVENTUDE E CULTURA Bruxelas 11 de maio de 2010 httpeurshylexeuropaeulegal-contentPTTXTPDFuri=CELEX52010XG0526(01)ampfrom=PT(Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 38

Farrell P Dyson AS Polat F Hutcheson G e Gallannaugh F 2007 laquoSEN inclusion and pupil achievement in English schoolsraquo [Inclusatildeo de crianccedilas com NEE e sucesso dos alunos nas escolas inglesas] Journal of Research in Special Educational Needs 7 (3) 172ndash178

Frilseth L 2012 The Norwegian Model for Education for All in Upper Secondary School [O Modelo Norueguecircs para a Educaccedilatildeo para Todos no Ensino Secundaacuterio] Direccedilatildeo Norueguesa para Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo httpwwweuropeanshyagencyorgagency-projectsra4alra4al-seminar-pdfNorway-L-Frilsethpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Fullan M 2011 Change Leader Learning to do what matters most [Liacuteder de Mudanccedila aprender a fazer o que mais importa] San Francisco Jossey-Bass de Graaf G van Hove G e Haveman M 2011 laquoMore academics in regular schools The effect of regular versus special school placement on academic skills in Dutch primary school students with Down syndromeraquo [Mais acadeacutemicos nas escolas regulares O efeito da colocaccedilatildeo em escola regular versus escola especial nas competecircncias acadeacutemicas em alunos holandeses do ensino primaacuterio com siacutendrome de Down] Journal of International Disability Research December 2011 57(1) 21ndash38 doi 101111j1365-2788201101512x

Hargreaves A e Shirley D 2009 The Fourth Way ndash The inspiring future for educational change [A Quarta Via ndash O futuro inspirador para a mudanccedila educativa] Publicaccedilatildeo conjunta do Ontario Principalsrsquo Council e do National Staff Development Council Thousand Oaks CA Corwin Press

Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO e Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011 ICTs in Education for People with Disabilities Review de innovative practice [TIC na Educaccedilatildeo para Pessoas com Incapacidades revisatildeo da praacutetica inovadora] Moscovo Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO httpwwweuropeanshyagencyorgpublicationsereportsICTs-in-Education-for-People-WithshyDisabilitiesReview-of-Innovative-Practice (Uacuteltimo acesso em julho de 2014) Kalambouka A Farrell P Dyson A e Kaplan I 2005 The impact of population inclusivity in schools on student outcomes [O impacto da inclusividade da populaccedilatildeo em escolas nos resultados dos alunos] Research Evidence in Education Library London EPPI-Centre Social Science Research Unit Institute of Education University of London Kyriazopoulou M e Weber H (eds) 2009 Desenvolvimento de um conjunto de indicadores ndash para a educaccedilatildeo inclusiva na Europa Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Colocar a teoria em praacutetica 39

agencyorgsitesdefaultfilesdevelopment-of-a-set-of-indicators-for-inclusiveshyeducation-in-europe_indicators-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

MacArthur J 2009 Learning Better Together Working towards inclusive education in New Zealand schools [Aprender Melhor Juntos trabalhar para a educaccedilatildeo inclusiva nas escolas da Nova Zelacircndia] Wellington IHC

MacArthur J Kelly B Sharp S amp Gaffney M 2005 Participation or exclusion Disabled childrenrsquos experiences of life at school [Participaccedilatildeo ou exclusatildeo Experiecircncias de vida na escola de crianccedilas com incapacidades] Um artigo apresentado na laquoChildrenrsquos Issues Conferenceraquo Dunedin Nova Zelacircndia julho de 2005 Menter I Hulme M Elliott D e Lewin J 2010 Literature Review on Teacher Education in the 21st Century [Revisatildeo da Literatura sobre a Formaccedilatildeo de Professores no Seacuteculo XXI] Scottish Government Social Research Edimburgo Scottish Government

Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para a Educaccedilatildeo Ciecircncia e Cultura 2009 Policy Guidelines on Inclusion in Education [Diretrizes da Poliacutetica sobre Inclusatildeo na Educaccedilatildeo] Paris UNESCO

Organizaccedilatildeo Mundial de SauacutedeBanco Mundial 2011 World Report on Disability [Relatoacuterio Mundial sobre Deficiecircncia] Genebra Ediccedilotildees OMS httpwwwwhointdisabilitiesworld_report2011enindexhtml (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Organizaccedilatildeo para a Cooperaccedilatildeo e Desenvolvimento Econoacutemico 2011 PISA in Focus Improving Performance Leading from the Bottom [PISA agrave Lupa Melhorar os Resultados Progedir ateacute ao Topo] 20112 (Marccedilo) Paris OCDE Redley M 2009 laquoUnderstanding the social exclusion and stalled welfare of citizens with learning disabilitiesraquo [Compreender a exclusatildeo social e o bem-estar sem progresso dos cidadatildeos com dificuldades de aprendizagem] Disability amp Society 24(4) 489ndash501

Naccedilotildees Unidas 2006 Convenccedilatildeo sobre os Direitos das Pessoas com Deficiecircncia Nova Iorque Naccedilotildees Unidas

Watkins A (ed) 2007 Assessment in Inclusive Settings Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos Questotildees-chave para Poliacuteticas e Praacuteticas Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportsassessment-in-inclusiveshysettings-key-issues-for-policy-and-practiceassessment-in-inclusive-settings-keyshyissues-for-policy-and-practice (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 40

Wilkinson R e Pickett K 2010 The Spirit Level Why Equality is Better para Everyone [O Niacutevel do Espiacuterito Por que a Igualdade eacute Melhor para Todos] Londres Penguin

Willms JD 2006 Learning divides Ten policy questions about the performance and equity of schools and schooling systems [A aprendizagem divide dez perguntas de poliacutetica acerca do desempenho e equidade das escolas e dos sistemas de escolaridade] Montreal Instituto de Estatiacutestica da UNESCO

Colocar a teoria em praacutetica 41

  • preacircmbulo
  • Sumaacuterio Executivo
  • O mais precocemente possiacutevel
    • Introduccedilatildeo
    • Intervenccedilatildeo precoce
    • Deteccedilatildeo e avaliaccedilatildeo precoces
    • Apoio precoce
    • Transiccedilatildeo planeada
      • A educaccedilatildeo inclusiva beneficia todos
        • Introduccedilatildeo
        • A educaccedilatildeo inclusiva como uma abordagem para elevar o sucesso para todos os alunos
        • laquoO que eacute bom para os alunos com NEE eacute igualmente bom para todos os alunosraquo
        • Monitorizaccedilatildeo do progresso
          • profissionais altamente qualificados
            • Introduccedilatildeo
            • Formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo
            • O perfil dos professores inclusivos e outros profissionais
            • Abordagens ao recrutamento
            • Atitudes positivas
            • Trabalho em rede e coordenaccedilatildeo
              • sistemas de apoio e mecanismos de financiamento
                • Introduccedilatildeo
                • Sistemas de apoio e mecanismos de financiamento
                  • Intervenccedilatildeo Precoce na Infacircncia (IPI)
                  • Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula
                  • Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional (EFP)
                  • Tecnologias de Informaccedilatildeo e Comunicaccedilatildeo (TIC)
                      • dados fiaacuteveis
                        • Introduccedilatildeo
                        • Monitorizaccedilatildeo dos direitos dos alunos
                          • (i) Participaccedilatildeo na educaccedilatildeo e formaccedilatildeo
                          • (ii) Acesso ao apoio e agrave adaptaccedilatildeo
                          • (iii) Oportunidades para o sucesso na aprendizagem e na transiccedilatildeo
                          • (iv) Oportunidades de integraccedilatildeo
                            • Monitorizaccedilatildeo da eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusiva
                              • olhar em frente
                              • REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

SUMAacuteRIO EXECUTIVO

A Conferecircncia Internacional tem sido uma plataforma uacutetil para a reflexatildeo e o debate sobre a educaccedilatildeo inclusiva sob diferentes perspetivas e envolvendo todas as partes interessadas

As questotildees centrais da conferecircncia incluem como gerir as diferenccedilas como apoiar alunos professores e famiacutelias como tirar partido das diferenccedilas a niacutevel da educaccedilatildeo como implementar as medidas certas e qual a melhor forma de investir

A Agecircncia destacou cinco mensagens-chave que foram discutidas em profundidade e que levaram a consideraccedilotildees e accedilotildees adicionais

Os participantes sugeriram uma seacuterie de consideraccedilotildees e propostas de accedilotildees relacionadas com as mensagens-chave

bull O mais precocemente possiacutevel todas as crianccedilas tecircm o direito de receber o apoio necessaacuterio logo que possiacutevel e sempre que necessaacuterio Isso implica a coordenaccedilatildeo e a cooperaccedilatildeo entre os serviccedilos lideradas por um dos serviccedilos em causa As partes interessadas envolvidas devem construir uma comunicaccedilatildeo real entre elas sendo capazes de compreender e fornecer informaccedilatildeo umas agraves outras Os pais satildeo as principais partes interessadas

bull A educaccedilatildeo inclusiva beneficia todos a educaccedilatildeo inclusiva visa proporcionar educaccedilatildeo de qualidade a todos os alunos Para alcanccedilar uma escola inclusiva eacute necessaacuterio o apoio de toda a comunidade dos decisores aos utilizadores finais (alunos e respetivas famiacutelias) A colaboraccedilatildeo eacute necessaacuteria em todos os niacuteveis e todas as partes interessadas precisam de uma visatildeo dos resultados a longo prazo o tipo de jovens que a escola e a comunidade iratildeo laquoproduzirraquo Satildeo necessaacuterias mudanccedilas na terminologia atitudes e valores que reflitam a mais-valia da diversidade e da igualdade de participaccedilatildeo

bull Profissionais altamente qualificados para que os professores e outros profissionais da educaccedilatildeo estejam preparados para a inclusatildeo satildeo necessaacuterias mudanccedilas em todos os aspetos da formaccedilatildeo ndash programas de formaccedilatildeo praacuteticas diaacuterias recrutamento financcedilas etc Os professores e os profissionais da educaccedilatildeo da proacutexima geraccedilatildeo tecircm de estar preparados para serem professoresformadores para todos os alunos devem receber formaccedilatildeo natildeo apenas em termos de competecircncias mas tambeacutem de valores eacuteticos

bull Sistemas de apoio e mecanismos de financiamento os melhores indicadores de financiamento natildeo se localizam nas financcedilas mas na mediccedilatildeo da eficiecircncia e sucesso Eacute essencial considerar os resultados e relacionaacute-los com os esforccedilos investidos para alcanccedilaacute-los Isso envolve a monitorizaccedilatildeo e a mediccedilatildeo da

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 6

eficiecircncia dos sistemas de modo a concentrar recursos financeiros para abordagens bem-sucedidas As estruturas de incentivo devem garantir a disponibilidade de apoio financeiro se os alunos forem colocados em contextos inclusivos e que eacute dada maior ecircnfase aos resultados (natildeo apenas a niacutevel acadeacutemico)

bull Dados fiaacuteveis a recolha significativa de dados de qualidade implica uma abordagem sisteacutemica que engloba questotildees relacionadas com os alunos colocaccedilatildeo professores e obtenccedilatildeo de recursos Os dados relacionados com a colocaccedilatildeo do aluno constituem um ponto de partida uacutetil e necessaacuterio embora tenham de ser complementados com dados claros sobre os resultados e efeitos do sistema Os dados sobre os resultados do aluno ndash o impacto da educaccedilatildeo inclusiva ndash satildeo muito mais difiacuteceis de recolher estando muitas vezes em falta na recolha de dados dos paiacuteses

Por uacuteltimo os principais resultados das discussotildees podem ser resumidos da seguinte forma planear e implementar a educaccedilatildeo inclusiva eacute um processo que diz respeito a todo o sistema de ensino e a todos os alunos a equidade e a qualidade andam a par e a educaccedilatildeo inclusiva deve ser vista como um conceito em evoluccedilatildeo onde as questotildees relacionadas com a diversidade e a democracia satildeo cada vez mais importantes

Colocar a teoria em praacutetica 7

O MAIS PRECOCEMENTE POSSIacuteVEL

Introduccedilatildeo

laquoO mais precocemente possiacutevelraquo refere-se antes de mais a intervir numa fase precoce da vida de uma crianccedila Cobre tambeacutem muitos outros elementos relevantes incluindo intervir logo que a necessidade eacute detetada implementar a avaliaccedilatildeo precoce fornecer o apoio necessaacuterio o mais precocemente possiacutevel e preparar e planear as fases de transiccedilatildeo de uma fase educativa para a seguinte e para o emprego

Ainda que diversos projetos da Agecircncia natildeo tenham analisado a reduccedilatildeo das taxas de abandono escolar a reduccedilatildeo destas taxas envolve boas poliacuteticas e praacuteticas em termos de deteccedilatildeo precoce aleacutem de um apoio precoce e eficiente

Intervenccedilatildeo precoce

Durante a Audiccedilatildeo no Parlamento Europeu que a Agecircncia organizou em 2011 os jovens referiram os seguintes pontos laquoA inclusatildeo comeccedila no jardim-de-infacircnciaraquo (Agecircncia Europeia 2012a paacuteg 14) laquoA diversidade eacute positiva eacute importante preparar as pessoas desde o iniacutecio para trabalharem com as crianccedilas para construiacuterem uma geraccedilatildeo melhorraquo (ibid paacuteg 30)

No quadro do relatoacuterio de 2010 da Agecircncia Intervenccedilatildeo Precoce na Infacircncia ndash Progressos e Desenvolvimentos 2005ndash2010 a intervenccedilatildeo precoce na infacircncia (IPI) eacute definida como

um conjunto de serviccedilosrecursos para as crianccedilas em idades precoces e suas famiacutelias os quais satildeo disponibilizados quando solicitados pela famiacutelia num certo periacuteodo da vida da crianccedila incluindo qualquer accedilatildeo realizada qua ndo ela necessita de apoio especializado para Assegurar e incrementar o seu desenvolvimento pessoal Fortalecer as competecircncias da famiacutelia e Promover a inclusatildeo social da famiacutelia e da crianccedila (Agecircncia Europeia 2010 paacuteg 7)

Entre os diferentes elementos identificados como relevantes para a IPI a disponibilidade eacute um dos que tem de ser destacado

um objetivo comum da IPI eacute abranger tatildeo cedo quanto possiacutevel todas as crianccedilas e famiacutelias que necessitem de apoio Este objetivo eacute de grande prioridade nos paiacuteses com populaccedilatildeo dispersa ou em zonas rurais isoladas de forma a compensar as diferenccedilas entre as aacutereas rurais e urbanas no que respeita agrave disponibilizaccedilatildeo dos recursos e a garantir que as crianccedilas e famiacutelias que requerem apoio possam beneficiar da mesma qualidade de serviccedilos (ibid paacuteg 7ndash8)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 8

A intervenccedilatildeo precoce foi tambeacutem debatida no quadro do projeto Diversidade multicultural e necessidades especiais de educaccedilatildeo

Os professores e os profissionais de um centro de apoio apresentaram prioridades claras Estas incluiacuteram intervenccedilatildeo precoce necessidade de trabalhar com os pais [entre outras] (Agecircncia Europeia 2009a paacuteg 59)

Deteccedilatildeo e avaliaccedilatildeo precoces O relatoacuterio da Agecircncia Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos Questotildeesshychave para Poliacuteticas e Praacuteticas apresenta uma descriccedilatildeo exaustiva deste aspeto importante Afirma-se que

A avaliaccedilatildeo inicial dos alunos que se pensa terem NEE [necessidades educativas especiais] pode ter duas finalidades possiacuteveis

bull Identificaccedilatildeo associada a uma decisatildeo oficial de laquoreconhecerraquo um aluno como tendo necessidades educativas que requerem recursos adicionais para apoio agrave sua aprendizagem

bull Dar indicaccedilotildees para os programas de aprendizagem nos quais a avaliaccedilatildeo eacute focalizada nas aacutereas fortes e fracas que o aluno pode apresentar nas diferentes aacutereas curriculares Tal informaccedilatildeo eacute muitas vezes utilizada de uma forma formativa ndash talvez como ponto de partida para os Planos Educativos Individuais ndash em vez de funcionar unicamente como uma avaliaccedilatildeo preacutevia (ponto de partida) (Watkins 2007 paacuteg 23)

laquoAs equipas multidisciplinares realizam a avaliaccedilatildeo inicial com os professores de turma os pais e os alunos como parceiros no processo de avaliaccedilatildeoraquo (ibid paacuteg 38)

A importacircncia da avaliaccedilatildeo precoce seguida por medidas de intervenccedilatildeo precoce foi reforccedilada no acircmbito do relatoacuterio da Agecircncia Diversidade multicultural e necessidades especiais de educaccedilatildeo (2009a) bem como nas observaccedilotildees do relatoacuterio Mapeamento da Implementaccedilatildeo de Poliacuteticas para a Educaccedilatildeo Inclusiva (MIPIE) da Agecircncia (2011a)

Apoio precoce

A maior parte dos relatoacuterios da Agecircncia refere a importacircncia e a vantagem do apoio precoce

O projeto Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula refere que

A decisatildeo sobre o apoio temporaacuterio aos alunos deve obedecer aos seguintes criteacuterios (1) o mais precocemente possiacutevel (2) da forma mais flexiacutevel possiacutevel (se uma abordagem natildeo funciona escolher outra) (3) da forma menos restritiva possiacutevel (sem efeitos secundaacuterios) (4) no local mais proacuteximo possiacutevel

Colocar a teoria em praacutetica 9

(preferencialmente na classe ou na escola regular) (5) durante um periacuteodo de tempo tatildeo curto quanto possiacutevel (Agecircncia Europeia 2003 paacuteg 16)

No relatoacuterio Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo na Europa ndash Desafios e Oportunidades afirma-se que

O investimento na educaccedilatildeo de infacircncia e num sistema educativo cada vez mais inclusivo representam provavelmente a longo prazo uma utilizaccedilatildeo mais eficaz dos recursos do que as iniciativas de curto prazo destinadas a laquocolmatar lacunasraquo ou apoiar determinados grupos marginalizados (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 82)

Transiccedilatildeo planeada Diferentes projetos da Agecircncia relativos agrave transiccedilatildeo focaram-se na necessidade de um plano precoce com o propoacutesito de passar de uma fase educativa para a seguinte bem como do ensino para o emprego (2002a 2002b 2006 e 2013)

O relatoacuterio Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Princiacutepios-chave e Recomendaccedilotildees para Responsaacuteveis Poliacuteticos reforccedila que os paiacuteses tecircm de laquoAssegurar o desenvolvimento de planos de transiccedilatildeo com a antecipaccedilatildeo necessaacuteria na vida escolar do aluno e natildeo somente no final da escolaridade obrigatoacuteriaraquo (Agecircncia Europeia 2002a paacuteg 6)

No enquadramento do trabalho desenvolvido pela Agecircncia sobre este tema Planos Individuais de Transiccedilatildeo

a transiccedilatildeo para o emprego surge como parte de um longo e complexo processo que cobre todas as fases da vida de uma pessoa e que necessita de ser orientada da forma mais apropriada laquoUma vida boa para todosraquo bem como laquoum bom trabalho para todosraquo satildeo os fins uacuteltimos de um processo de transiccedilatildeo bem sucedido Os tipos de recursos ou a organizaccedilatildeo da escola natildeo devem interferir com ou impedir que se realize tal processo (Agecircncia Europeia 2006 paacuteg 8ndash9)

Em conclusatildeo a intervenccedilatildeo precoce tem por objetivo principal proporcionar atividades significativas e positivas para promover o desenvolvimento precoce da crianccedila o envolvimento da famiacutelia a qualidade de vida a inclusatildeo social e o enriquecimento social Eacute necessaacuterio ter em conta que os serviccedilos de apoio satildeo essenciais para alguns mas tambeacutem beneacuteficos para todos Todas as crianccedilas tecircm o direito de receber apoio sempre que necessaacuterio Tal exige uma abordagem coordenada entre os setores e uma colaboraccedilatildeo eficaz entre todas as partes interessadas

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 10

A EDUCACcedilAtildeO INCLUSIVA BENEFICIA TODOS

Introduccedilatildeo

Existe um reconhecimento crescente na Europa e mais amplamente a niacutevel internacional de que eacute fundamental avanccedilar no sentido de uma poliacutetica e praacutetica inclusivas no ensino Nas Conclusotildees do Conselho sobre a dimensatildeo social da educaccedilatildeo e da formaccedilatildeo afirma-se que laquoTodos os estudantes sairatildeo beneficiados se forem criadas as condiccedilotildees necessaacuterias ao ecircxito da inclusatildeo de todos os alunos com necessidades especiaisraquo (Conselho da Uniatildeo Europeia 2010 paacuteg 5)

O Livro Verde da Comissatildeo das Comunidades Europeias relativo agrave Migraccedilatildeo e Mobilidade frisa que

As escolas devem ser determinantes para o fomento de uma sociedade inclusiva porque constituem uma oportunidade privilegiada para os jovens das comunidades migrantes e de acolhimento se conhecerem e respeitarem mutuamentehellip a diversidade cultural e linguiacutestica pode constituir um recurso inestimaacutevel para as escolas (Comissatildeo das Comunidades Europeias 2008 paacuteg 3)

A Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para a Educaccedilatildeo Ciecircncia e Cultura (UNESCO) (2009) indica claramente que a educaccedilatildeo inclusiva eacute uma questatildeo de equidade e por conseguinte uma questatildeo de qualidade com impacto em todos os alunos Eacute colocada a ecircnfase em trecircs propostas relativas agrave educaccedilatildeo inclusiva a inclusatildeo e a qualidade satildeo reciacuteprocas o acesso e a qualidade estatildeo ligados e reforccedilam-se mutuamente e por uacuteltimo a qualidade e a equidade satildeo essenciais para garantir a educaccedilatildeo inclusiva

Diversos projetos da Agecircncia centraram-se tambeacutem nesta questatildeo O relatoacuterio sobre a conferecircncia Elevar o Sucesso de Todos os Alunos (RA4AL) da Agecircncia (Agecircncia Europeia 2012c) realccedila que as questotildees que dizem respeito agrave definiccedilatildeo da inclusatildeo tecircm-se tornado cada vez mais importantes Contudo parece existir um acordo crescente quanto agrave necessidade de uma abordagem baseada nos direitos para o desenvolvimento de uma maior equidade e justiccedila social e para o apoio do desenvolvimento de uma sociedade sem discriminaccedilotildees Verificou-se por conseguinte um alargamento do debate sobre a inclusatildeo tendo o foco passado da relocalizaccedilatildeo de crianccedilas descritas como tendo necessidades educativas especiais para as escolas regulares para a vontade de disponibilizar educaccedilatildeo de alta qualidade ndash e consequentes benefiacutecios ndash a todos os alunos Agrave medida que cada vez mais paiacuteses abraccedilam uma definiccedilatildeo mais ampla de educaccedilatildeo inclusiva a diversidade eacute reconhecida como laquonaturalraquo em qualquer grupo de alunos e a educaccedilatildeo inclusiva pode ser encarada como uma forma de elevar o

Colocar a teoria em praacutetica 11

sucesso atraveacutes da presenccedila (acesso agrave educaccedilatildeo) participaccedilatildeo (qualidade da experiecircncia de aprendizagem) e sucesso (processos e resultados da aprendizagem) de todos os alunos

O trabalho da Agecircncia no documento Princiacutepios-Chave para a Promoccedilatildeo da Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva (Agecircncia Europeia 2009b) reforccedila a importacircncia das abordagens de aprendizagem centradas no alunopersonalizadas da avaliaccedilatildeo do professor que apoia a aprendizagem e do trabalho em colaboraccedilatildeo com os pais e as famiacutelias estes pontos satildeo poreacutem essenciais para melhorar a qualidade de educaccedilatildeo para todos os alunos

A educaccedilatildeo inclusiva como uma abordagem para elevar o sucesso para todos os alunos

Wilkinson e Pickett salientam que laquouma maior igualdade aleacutem de uma melhoria do bem-estar de toda a populaccedilatildeo eacute tambeacutem a chave para os padrotildees nacionais de sucessoraquo (2010 paacuteg 29) Eles frisam que se

um paiacutes deseja obter niacuteveis meacutedios mais elevados de sucesso educativo entre os alunos em idade escolar deve dar resposta agrave desigualdade subjacente que cria um gradiente social mais acentuado em termos de sucesso educativo (ibid paacuteg 30)

Ao desafiar a ideia de que a inclusatildeo de todos os alunos pode de alguma forma ser prejudicial para um sucesso elevado a Organizaccedilatildeo para a Cooperaccedilatildeo e Desenvolvimento Econoacutemico (OCDE 2011) mostra que a melhoria dos alunos com um desempenho mais baixo natildeo tem de ser feita agrave custa daqueles com melhores desempenhos As observaccedilotildees do relatoacuterio da UNESCO designado Learning Divides [A aprendizagem divide] (Willms 2006) fornece tambeacutem evidecircncias de que um desempenho escolar forte e a equidade podem andar de matildeos dadas e que os paiacuteses com os niacuteveis mais altos de desempenho tendem a ser aqueles que tecircm vindo a elevar o sucesso de todos os alunos (Agecircncia Europeia 2012d)

De acordo com o relatoacuterio RA4AL da Agecircncia

Farrell e colegas (2007) hellip descobriram um reduzido nuacutemero de pesquisas que sugerem que a colocaccedilatildeo de alunos com NEE em escolas regulares natildeo tem consequecircncias adversas de maior para o sucesso acadeacutemico comportamento e atitudes de todas as crianccedilas Uma revisatildeo sistemaacutetica da literatura encomendada pela Evidence for Policy and Practice Initiative [Iniciativa Evidecircncia por Poliacuteticas e Praacuteticas] (EPPI) (Kalambouka et al 2005) constatou tambeacutem que de um modo geral natildeo se observam efeitos adversos nos alunos sem NEE quando se incluem alunos com necessidades especiais nas escolas regulares (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 8)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 12

Diversos estudos descrevem os benefiacutecios da inclusatildeo para os alunos sem incapacidades Esses benefiacutecios incluem

aumento da valorizaccedilatildeo e aceitaccedilatildeo das diferenccedilas individuais e da diversidade respeito por todas as pessoas preparaccedilatildeo para a vida adulta numa sociedade inclusiva e oportunidades para dominar atividades praticando e ensinando outros Tais efeitos estatildeo tambeacutem documentados numa investigaccedilatildeo recente por exemplo da autoria de Bennett e Gallagher (2012) (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 8)

O impacto positivo das colocaccedilotildees em contextos inclusivos de alunos com incapacidades eacute registado por investigaccedilotildees como as realizadas por MacArthur et al (2005) e de Graaf et al (2011) Este impacto inclui relaccedilotildees e redes sociais melhoradas modelos dos pares maior sucesso maiores expetativas maior colaboraccedilatildeo entre os profissionais da escola e melhor integraccedilatildeo das famiacutelias na comunidade (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 8)

Benefiacutecios adicionais podem incluir acesso a mais amplas oportunidades curriacuteculares e reconhecimento e acreditaccedilatildeo do sucesso

Deve ser considerada a melhoria da organizaccedilatildeo dos laquoespaccedilosraquo para aprendizagem e a criaccedilatildeo de mais oportunidades para os alunos descobrirem talentos em diversas aacutereas para aleacutem da aprendizagem acadeacutemica (ibid paacuteg 25)

A investigaccedilatildeo de Chapman et al (2011) centrou-se especificamente na

lideranccedila que promove sucesso para alunos com NEEincapacidadese sugeriu que a presenccedila de uma populaccedilatildeo diversificada de estudantes pode nas condiccedilotildees organizacionais certas estimular as disposiccedilotildees colaborativas e incentivar formas inovadoras de ensinar a de modo a chegar a todos os grupos de alunos (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 21)

laquoO que eacute bom para os alunos com NEE eacute igualmente bom para todos os alunosraquo

Esta declaraccedilatildeo feita na publicaccedilatildeo da Agecircncia denominada Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula (Agecircncia Europeia 2003 paacuteg 33) tem sido desde essa altura repetida com frequecircncia no trabalho da Agecircncia

Por exemplo o mesmo estudo frisou que

a tutoria entre pares ou a aprendizagem cooperativa eacute eficaz para a aprendizagem e para o desenvolvimento cognitivo e afetivo (soacutecio-emocional) dos alunos Os alunos que se entreajudam principalmente num sistema de composiccedilatildeo de grupos flexiacutevel e bem ponderado beneficiam com esta aprendizagem em comum (ibid paacuteg 23)

Colocar a teoria em praacutetica 13

No trabalho da Agecircncia sobre a praacutetica inclusiva nas escolas secundaacuterias em 2005 sublinhou-se que

Todos os alunos ndash incluindo os que apresentam necessidades educativas especiais ndash tecircm demonstrado evoluir na aprendizagem quando o seu trabalho eacute sistematicamente planeado supervisionado e avaliado (Agecircncia Europeia 2005 paacuteg 6)

e que

Todos os alunos beneficiam com a aprendizagem cooperativa o aluno que explica ao outro reteacutem melhor e por mais tempo a informaccedilatildeo e as necessidades do aluno que estaacute a aprender satildeo abordadas de melhor forma por um par cujo niacutevel de compreensatildeo esteja apenas ligeiramente acima do seu proacuteprio niacutevel (ibid paacuteg 18)

No relatoacuterio RA4AL afirma-se que

um sistema que permite que os alunos progridam rumo a objetivos comuns mas atraveacutes de vias diferentes utilizando diferentes estilos de aprendizagem e avaliaccedilatildeo deve ser mais inclusivo e elevar o sucesso de todos os alunos (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 25)

O relatoacuterio da Agecircncia Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos regista tambeacutem a necessidade de envolver todos os alunos e paisfamiacutelias no processo tanto de aprendizagem como de avaliaccedilatildeo (Watkins 2007) O mesmo relatoacuterio refere que o processo de diferenciaccedilatildeo requer uma anaacutelise cuidadosa Embora possa tambeacutem estar associado a individualizaccedilatildeo e personalizaccedilatildeo e ser visto como uma forma de satisfazer necessidades individuais ou de grupo mais especiacuteficas manteacutem-se frequentemente centrado no professor ao inveacutes de ser orientado para aluno A personalizaccedilatildeo tem de comeccedilar com as necessidades e interesses de todos os alunos

No mais recente projeto i-access da Agecircncia constata-se que os benefiacutecios da tecnologia de apoio ou laquotecnologia facilitadoraraquo mostram-se frequentemente uacuteteis para uma ampla variedade de utilizadores laquoA acessibilidade beneficia os utilizadores com incapacidades eou necessidades educativas especiais bem como todos os utilizadoresraquo (Agecircncia Europeia 2012e paacuteg 22)

As opiniotildees dos jovens com e sem incapacidades expressas na publicaccedilatildeo Perspetivas dos Jovens sobre Educaccedilatildeo Inclusiva fornecem um resumo claro dos benefiacutecios da educaccedilatildeo inclusiva para todos os alunos Como um jovem aluno afirmou laquoEducaccedilatildeo inclusiva eacute para todas as crianccedilas As escolas regulares devem estar perto das suas residecircncias Esta experiecircncia permite encontrar as pessoas vizinhasraquo (Agecircncia Europeia 2012a paacuteg 11) Outros acrescentaram laquoOs alunos

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 14

com e sem necessidades especiais podem aprender uns com os outros e trocarconhecimentosraquo laquoEacute bom para noacutes e bom para eles Eacute importante reconhecer os benefiacutecios para todos na turmaraquo e laquoA educaccedilatildeo inclusiva ajuda as crianccedilas a tornarem-se mais tolerantes com mentalidades mais abertasraquo (ibid paacuteg 23)

Monitorizaccedilatildeo do progresso

Na medida em que a educaccedilatildeo inclusiva se alargou para assegurar a qualidade da educaccedilatildeo para todos os alunos eacute necessaacuterio encontrar novas formas de monitorizar o progresso Sugere-se com base no trabalho realizado pela Agecircncia nos indicadores e no relatoacuterio MIPIE (2011a) que a niacutevel escolar a recolha de dados possa ter em conta fatores com possiacutevel impacto na qualidade das estrateacutegias de admissatildeo das escolas tais como regras e poliacuteticas de admissatildeo natildeo discriminatoacuterias poliacuteticas e estrateacutegias desenvolvidas para apoiar os alunos a expressarem as suas necessidades existecircncia de uma declaraccedilatildeo poliacutetica clara contra o bullying implementaccedilatildeo dos coacutedigos de praacutetica existentes relativamente agrave educaccedilatildeo inclusiva sessotildees de formaccedilatildeo do pessoal quanto a questotildees de admissatildeo e criaccedilatildeo de um ambiente escolar acolhedor trabalho em respeito e colaboraccedilatildeo com alunos e famiacutelias estrateacutegias para ajudar os alunos e as famiacutelias a participarem ativamente na comunidade escolar e na sala de aula e disponibilizaccedilatildeo de estrateacutegias de informaccedilatildeo e aconselhamento e respetivo impacto nos alunos

Em conclusatildeo o debate mais amplo sobre a inclusatildeo pretende no momento presente ndash proporcionar uma educaccedilatildeo de alta qualidade (e benefiacutecios) a todos os alunos Um desempenho escolar forte e a equidade podem andar de matildeos dadas

O sistema de ensino eacute complexo e fragmentado e atualmente falta-lhe uma linha de pensamento consistente acerca da educaccedilatildeo inclusiva De um modo geral o apoio aos diretores e liacutederes que queiram tentar proceder a alteraccedilotildees em situaccedilotildees isoladas eacute muito reduzido A diversidade tem vindo a aumentar em todo o sistema mas as tradiccedilotildees do passado restringem as accedilotildees A capacidade das escolas deve ser desenvolvida atraveacutes da consciencializaccedilatildeo do contexto da correspondecircncia (entre legislaccedilatildeo e poliacuteticapraacutetica) da clareza conceptual e de um apoio contiacutenuo ndash para todos partes interessadas ndash que incentive as escolas a serem proativas e natildeo reativas Conhecer todos os alunos e intervir de forma precoce ajudaraacute a desenvolver apoio de qualidade para todos os alunos considerado como parte da educaccedilatildeo em geral

Colocar a teoria em praacutetica 15

PROFISSIONAIS ALTAMENTE QUALIFICADOS

Introduccedilatildeo

laquoProfissionais altamente qualificadosraquo envolve questotildees de formaccedilatildeo inicial e contiacutenua perfil valores e competecircncia dos professores abordagens eficazes ao recrutamento e atitudes bem como trabalho em rede e coordenaccedilatildeo de todos profissionais Os jovens que participaram na Audiccedilatildeo do Parlamento Europeu organizada pela Agecircncia em 2011 referiram

O ponto de partida para a educaccedilatildeo inclusiva eacute a sensibilizaccedilatildeo e a formaccedilatildeo dprofessores hellip Os professores devem compreender o que cada aluno precisa e dar-lhe oportunidade de atingir os objetivos com sucesso Todos temos talentos juntos construiacutemos uma melhor comunidade de trabalho (Agecircncia Europeia 2012a paacuteg 12)

e

Formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo

Uma formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo adequada dos professores e outros profissionais eacute considerada um fator-chave para praacuteticas inclusivas bem-sucedidas O relatoacuterio da Agecircncia Princiacutepios-chave para a Promoccedilatildeo da Qualidade em Educaccedilatildeo Inclusiva Recomendaccedilotildees para a praacutetica frisa que

Todos os professores devem ter competecircncias para responder agraves diversas necessidades de todos os alunos Na formaccedilatildeo inicial e contiacutenua os professores devem adquirir as competecircncias conhecimento e compreensatildeo que lhes permitam ter a confianccedila necessaacuteria para lidar eficazmente com as diversas necessidades dos alunos (Agecircncia Europeia 2011c paacuteg 15)

O relatoacuterio da Agecircncia Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo na Europa ndash Desafios e Oportunidades aborda a estrutura da formaccedilatildeo inicial de professores Afirma-se que

Uma das principais prioridades da formaccedilatildeo de professores hellip eacute a necessidade de rever a sua estrutura para melhorar a formaccedilatildeo de professores para a inclusatildeo e para integrar a formaccedilatildeo inicial e especializada O conhecimento sobre a mudanccedila do papel dos professores evoluiu imenso tendo sido realccedilada a necessidade de introduzir mudanccedilas significativas na forma como os professores satildeo preparados para as suas funccedilotildees e responsabilidades profissionais (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 19)

Aleacutem disso indica que

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 16

Os formadores de professores satildeo atores-chave na garantia da alta qualidade do corpo docente Muitos paiacuteses europeus natildeo tecircm ainda uma poliacutetica expliacutecita sobre as competecircncias dos formadores de professores nem sobre a forma como devem ser selecionados ou formados (ibid paacuteg 66)

O perfil dos professores inclusivos e outros profissionais

No quadro do projeto da Agecircncia Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo o Perfil de Professores Inclusivos (Agecircncia Europeia 2012b) foi desenvolvido como um guia para a conceccedilatildeo e a implementaccedilatildeo de programas de formaccedilatildeo inicial de professores (FIP) para todos professores Identifica um quadro de valores essenciais e de aacutereas de competecircncia aplicaacuteveis a qualquer programa FIP na preparaccedilatildeo de todos os professores para trabalharem em educaccedilatildeo inclusiva respondendo agrave diversidade

O quadro de valores essenciais e de aacutereas de competecircncia inclui

Valorizaccedilatildeo da diversidade ndash a diferenccedila eacute considerada um recurso e um valor para a educaccedilatildeo As aacutereas de competecircncia dentro deste valor fundamental dizem respeito a Conceccedilotildees de educaccedilatildeo inclusiva Perspetivas do professor sobre a diferenccedila dos alunos

Apoiar todos os alunos ndash os professores tecircm elevadas expectativas sobre os resultados de todos os alunos As aacutereas de competecircncia dentro deste valor essencial dizem respeito a Promoccedilatildeo da aprendizagem acadeacutemica praacutetica social e emocional de todos os alunos Metodologias de ensino eficazes em turmas heterogeacuteneas

Trabalho com outros ndash colaboraccedilatildeo e trabalho em equipa satildeo metodologias essenciais para todos os professores As aacutereas de competecircncia dentro deste valor essencial dizem respeito a Trabalho com pais e famiacutelias Trabalho com um vasto leque de profissionais de educaccedilatildeo

Desenvolvimento profissional e pessoal ndash o ensino eacute uma atividade de aprendizagem e os professores satildeo responsaacuteveis pela aprendizagem ao longo da vida As aacutereas de competecircncia dentro deste valor essencial dizem respeito a Professores como profissionais reflexivos Formaccedilatildeo inicial de professores como base para o desenvolvimento profissional contiacutenuo (ibid paacuteg 7)

Abordagens ao recrutamento

As abordagens eficazes ao recrutamento e o aumento das taxas de permanecircncia dos professores e outros profissionais satildeo indicados como fatores-chave numa seacuterie de projetos da Agecircncia O relatoacuterio da Agecircncia Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo na Europa ndash Desafios e Oportunidades realccedila que

Colocar a teoria em praacutetica 17

Devem ser encontradas estrateacutegias efetivas para melhorar o recrutamento dos candidatos a professores para aumentar as taxas de permanecircncia a par de medidas destinadas a aumentar o nuacutemero de professores de diferentes origens e incluindo professores com deficiecircncia (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 75)

O relatoacuterio do projeto refere que

Uma minoria de paiacuteses tem testes para selecionar o acesso agrave docecircncia Contudo a investigaccedilatildeo recentemente levada a cabo para efeitos da Revisatildeo da Formaccedilatildeo de Professores na Escoacutecia (Menter e colegas 2010) realccedila evidecircncias que mostram que haacute muitas dimensotildees do ensino efetivo que natildeo satildeo fidedignamente preditiacuteveis por testes de capacidade acadeacutemica Esta conclusatildeo estaacute em concordacircncia com a revisatildeo da literatura deste projeto e com os relatoacuterios dos paiacuteses que realccedilam a importacircncia das atitudes valores e crenccedilas no desenvolvimento de praacuteticas inclusivas Tanto as atitudes valores e crenccedilas como as disposiccedilotildees que apoiam o desenvolvimento das requeridascompetecircncias satildeo difiacuteceis de apurar mesmo atraveacutes de uma entrevista Eacute necessaacuteria mais investigaccedilatildeo para encontrar indicadores eficazes para a seleccedilatildeo de candidatos (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 21)

Atitudes positivas

As atitudes positivas dos professores e outros profissionais satildeo indicadas como um elemento-chave na educaccedilatildeo inclusiva na maioria dos projetos da Agecircncia O relatoacuterio da Agecircncia Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula constata que

Obviamente que a inclusatildeo depende largamente da atitude dos professores face aos alunos com necessidades especiais das suas perceccedilotildees sobre as diferenccedilas na sala de aula e da sua vontade de lidar eficazmente com essas diferenccedilas A atitude dos professores foi indicada como um fator decisivo na construccedilatildeo de escolas mais inclusivas (Agecircncia Europeia 2003 paacuteg 12)

Do mesmo modo o relatoacuterio da Agecircncia designado Princiacutepios-Chave para a Promoccedilatildeo da Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva ndash Recomendaccedilotildees para a praacutetica realccedila a importacircncia das atitudes positivas Afirma-se que

Todos os professores devem ter atitudes positivas em relaccedilatildeo a todos os alunos e disponibilidade para trabalhar em colaboraccedilatildeo com os colegas Todos os professores devem entender a diversidade como uma forccedila e um estiacutemulo para sua proacutepria aprendizagem (Agecircncia Europeia 2011c paacuteg 14)

O relatoacuterio da Agecircncia Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos Questotildeesshychave para Poliacuteticas e Praacuteticas indica que

As atitudes dos professores de turma face ao processo de avaliaccedilatildeo inclusiva satildeo cruciais As atitudes positivas podem ser fomentadas atraveacutes de formaccedilatildeo

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 18

apoio e recursos apropriados e de experiecircncias de inclusatildeo bem sucedidas Os professores necessitam de experiecircncias bem sucedidas para os ajudar a desenvolver as necessaacuterias atitudes positivas (Watkins 2007 paacuteg 53)

Trabalho em rede e coordenaccedilatildeo

Todos os relatoacuterios da Agecircncia referem o papel eficaz da colaboraccedilatildeo e coordenaccedilatildeo dos profissionais e do trabalho em rede com serviccedilos comunitaacuterios interdisciplinares Um exemplo digno de nota eacute o relatoacuterio da Agecircncia Formaccedilatildeo de professores para a Inclusatildeo Perfil de Professores Inclusivos (TE4I) no qual se realccedila que

A implementaccedilatildeo da educaccedilatildeo inclusiva deve ser vista como uma tarefa coletiva com funccedilotildees e responsabilidades atribuiacutedas aos diferentes intervenientes O apoio aos professores de turma inclui o acesso a estruturas que facilitam a comunicaccedilatildeo e o trabalho de equipa com diferentes profissionais (incluindo aqueles que trabalham em instituiccedilotildees de ensino superior) bem como oportunidades para o desenvolvimento profissional (Agecircncia Europeia 2012b paacuteg 24)

Na publicaccedilatildeo da Agecircncia Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula nos 2ordm e 3ordm Ciclos de Ensino Baacutesico as questotildees do ensino cooperativo e da resoluccedilatildeo cooperativa de problemas satildeo apresentadas como fatores-chave para uma praacutetica inclusiva eficaz O projeto afirma que laquoOs professores precisam do apoio dos colegas da escola e de ser capazes de colaborar com eles Necessitam igualmente do apoio e da colaboraccedilatildeo de profissionais exteriores agrave escolaraquo (Agecircncia Europeia 2005 paacuteg 5)

Para concluir

A educaccedilatildeo inclusiva implica uma alteraccedilatildeo sisteacutemica que exige uma transformaccedilatildeo quanto ao modo como os professores e outros profissionais do ensino satildeo formados natildeo apenas em termos de competecircncias mas tambeacutem de valores eacuteticos

Os principais aspetos relacionados com os profissionais altamente qualificados podem ser resumidos numa seacuterie de indicadores na aacuterea da legislaccedilatildeo para a educaccedilatildeo inclusiva desenvolvidos e apresentados no projeto da Agecircncia Desenvolvimento de um conjunto de indicadores ndash para a educaccedilatildeo inclusiva na Europa

Programas de formaccedilatildeo inicial e contiacutenua de professores incluem conteuacutedos sobre a educaccedilatildeo especial e a inclusatildeo Professores e outros profissionais satildeo apoiados para desenvolverem os seus conhecimentos competecircncias e atitudes relativas agrave inclusatildeo de forma a

Colocar a teoria em praacutetica 19

estarem preparados para responder agraves necessidades de todos os alunos no ensino regular

Disponibilizaccedilatildeo de cursos e oportunidades para a melhoria do desenvolvimento profissional dos professores

Os professores planificam ensinam e reavaliam em parceria

Recursos satildeo disponibilizados para o adequado desenvolvimento profissional relacionados com a resposta agraves necessidades especiais em educaccedilatildeo inclusiva (Kyriazopoulou e Weber 2009 paacuteg 29)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 20

SISTEMAS DE APOIO E MECANISMOS DE FINANCIAMENTO

Introduccedilatildeo

Em novembro de 2011 a Agecircncia Europeia acolheu uma Audiccedilatildeo no Parlamento Europeu em Bruxelas Participaram oitenta e oito jovens com e sem necessidades educativas especiais eou incapacidades do ensino secundaacuterio e da formaccedilatildeo vocacional para debaterem o significado da educaccedilatildeo inclusiva para eles Alguns dos resultados estatildeo diretamente relacionados com questotildees de recursos e financiamento laquoA educaccedilatildeo inclusiva requer recursos adicionais como tempo e dinheiro mas cada aluno deve ter a educaccedilatildeo que querraquo (Agecircncia Europeia 2012a paacuteg 13)

O acesso fiacutesico dos edifiacutecios eacute importante (elevadores portas automaacuteticas interruptores acessiacuteveis etc) hellip No caso dos testes eacute necessaacuterio tempo extra hellip Satildeo necessaacuterios sistemas internos de apoio para os alunos com deficiecircncias (ibid paacuteg 28ndash29)

Eacute bom ter apoio de pessoas de fora da equipa da escola que possam atuar como mediadores para os alunos com necessidades especiais Havia professores que natildeo queriam cooperar no trabalho de educaccedilatildeo inclusiva para mim e para outros os professores devem aceitar todos nas suas salas de aula (ibid paacuteg 20)

Os cortes do governo estatildeo a ter impacto no apoio ndash pessoas como os mediadores estatildeo a perder os seus empregos O dinheiro estaacute a ir para as escolas mas eacute tatildeo disfuncional que significa que os professores laquonormaisraquo tecircm de prestar o apoio e eles natildeo satildeo capazes (ibid paacuteg 28)

A educaccedilatildeo inclusiva eacute muitas vezes referida como dispendiosa mas ao tentar poupar vamos acabar por pagar mais para lidar com os problemas hellip Mesmo que um paiacutes natildeo tenha muitos recursos a educaccedilatildeo inclusiva precisa de ser posta em praacutetica A educaccedilatildeo inclusiva eacute um investimento temos de investir nas pessoas (ibid paacuteg 25)

Sistemas de apoio e mecanismos de financiamento Os sistemas de apoio e mecanismos de financiamento englobam todos os niacuteveis de aprendizagem e por conseguinte abordam diversas questotildees Aleacutem disso limitar a questatildeo apenas ao campo educativo seria insuficiente

As crianccedilas e os jovens natildeo teratildeo sucesso na aprendizagem se a sua sauacutede baacutesica e as suas necessidades sociais e emocionais natildeo forem atendidas Isto pode exigir apoio para as famiacutelias e as comunidades sendo necessaacuteria a

Colocar a teoria em praacutetica 21

colaboraccedilatildeo com os serviccedilos de sauacutede e de seguranccedila social que garanta uma intervenccedilatildeo holiacutestica (Agecircncia Europeia 2011c paacuteg 17ndash18)

Existe a consciencializaccedilatildeo disseminada de que a criaccedilatildeo de poliacuteticas com base em evidecircncias eacute essencial para o desenvolvimento a longo prazo dos sistemas de educaccedilatildeo inclusiva Tal foi reconhecido no trabalho da Agecircncia logo em 1999 no acircmbito do relatoacuterio Financing of Special Needs Education [Financiamento da Educaccedilatildeo Especial] onde se defendia que

os procedimentos de avaliaccedilatildeo e monitorizaccedilatildeo nos paiacuteses podem tambeacutem ser melhorados no quadro do ensino especial Em primeiro lugar eacute importante garantir e incentivar um dispecircndio eficiente e eficaz dos fundos puacuteblicos Em segundo lugar parece ser necessaacuterio mostrar claramente aos clientes dos sistemas educativos (alunos com necessidades especiais e os seus pais) que a qualidade da educaccedilatildeo no ambiente regular (incluindo todas as instalaccedilotildees adicionais e apoio) eacute suficientemente elevada (Agecircncia Europeia 1999 paacuteg 158)

Os temas do financiamento e dos recursos foram abordados em diversos outros projetos da Agecircncia Assim as afirmaccedilotildees e os resultados que se seguem lanccedilam alguma luz sobre estas duas questotildees de pontos de vista diferentes na sequecircncia de projetos distintos levados a cabo pela Agecircncia

Intervenccedilatildeo Precoce na Infacircncia (IPI) laquoA tendecircncia comum na Europa eacute a prestaccedilatildeo de serviccedilos de IPI localizados e prestados tatildeo perto quanto possiacutevel da crianccedila e da famiacuteliaraquo (Agecircncia Europeia 2010 paacuteg 18) por exemplo no municiacutepio

Os recursos e serviccedilos de IPI devem abranger todas as famiacutelias e crianccedilas em idades precoces que deles necessitem independentemente da sua condiccedilatildeo socioeconoacutemica hellip Isto implica que os fundos puacuteblicos devem cobrir todos os custos relativos agrave IPI atraveacutes de serviccedilos puacuteblicos companhias de seguros organizaccedilotildees sem fins lucrativos etc preenchendo os padrotildees de qualidade exigidos na respetiva legislaccedilatildeo nacional para a IPI (ibid paacuteg 22) O financiamento puacuteblico para os serviccedilos de IPI geralmente vem do governo central eou federal ou dos orccedilamentos regionais eou locais Na maioria dos casos o financiamento da IPI eacute uma combinaccedilatildeo dos trecircs niacuteveis da administraccedilatildeo acima mencionados planos de seguro de sauacutede e de recursos de organizaccedilotildees sem fins lucrativos (ibid paacuteg 23)

As recomendaccedilotildees para melhorar a coordenaccedilatildeo dos serviccedilos e dos recursos da IPI incluem entre outras as seguintes

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 22

A IPI eacute muitas vezes uma aacuterea de trabalho interserviccedilos mas tambeacutem uma aacuterea interdisciplinar Os decisores poliacuteticos precisam de reconhecer isso garantindo que as poliacuteticas e as orientaccedilotildees sejam desenvolvidas conjuntamente pelos setores da sauacutede da educaccedilatildeo e da seguranccedila social e que qualquer orientaccedilatildeo escrita para os serviccedilos regionais e locais inclui os logotipos de todos os departamentos Somente desta forma o trabalho integrado seraacute filtrado aos niacuteveis regional e local (ibid paacuteg 42ndash43)

Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula

A existecircncia de diferentes modelos de gestatildeo da diferenccedila na sala de aula depende natildeo soacute de fatores ligados ao professor mas tambeacutem da forma como a escola organiza os recursos e de outros fatores externos

Esta afirmaccedilatildeo foi incluiacuteda no relatoacuterio da Agecircncia sobre Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula (Agecircncia Europeia 2003 paacuteg 8)

Eacute claro que a resposta aos alunos com necessidades educativas especiais natildeo eacute apenas uma questatildeo de recursos a niacutevel da sala de aula Importa reconhecer que a organizaccedilatildeo da escola determina igualmente a quantidade e o tipo dos recursos que os professores podem usar no ensino de alunos com NEE (ibid paacuteg 14ndash15)

A organizaccedilatildeo dos recursos no seio da escola deve corresponder ao princiacutepio da flexibilidadehellip as escolas devem ter liberdade para a utilizaccedilatildeo dos recursos financeiros de acordo com os seus proacuteprios desejos e perspetivas Deve evitarshyse a burocracia estando os recursos disponiacuteveis para todos os alunos com ou sem NEE sempre que necessaacuterio ou quando o professor assim o desejar (ibid paacuteg 16)

laquoO financiamento e respetivos incentivos desempenham um papel decisivoraquo (ibid paacuteg 17)

O modelo de financiamento baseado na avaliaccedilatildeo dos resultados (a niacutevel regional) parece ser a opccedilatildeo melhor sucedida Neste modelo os orccedilamentos destinados agraves necessidades educativas especiais satildeo atribuiacutedos pelo serviccedilo central agraves instituiccedilotildees regionais ou locais (comunidades agrupamentos de escolas) As decisotildees relativas ao financiamento e elegibilidade devem ser tomadas a niacutevel regionalhellip Um modelo descentralizado pode ser mais rentaacutevel e limitar os riscos de ver emergir formas indesejaacuteveis de comportamentosestrateacutegicos Eacute no entanto evidente que o governo central deve indicar claramente os objetivos a atingir (ibid paacuteg 18)

Colocar a teoria em praacutetica 23

Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional (EFP) A implementaccedilatildeo dos programas de EFP segue o planeamento a longo prazo no setor da educaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo com os parceiros sociais

Existe um foco no estabelecimento de ligaccedilotildees mais proacuteximas hellip para desenvolver os curriacuteculos dos programas de formaccedilatildeo profissional e para corresponder agraves abordagens e conteuacutedos educativos com as competecircncias necessaacuterias na vida laboral hellip atraveacutes da organizaccedilatildeo e realizaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo de competecircncias colaboraccedilatildeo no estabelecimento de conteuacutedos de novas qualificaccedilotildees normas e curriacuteculos e correspondecircncia dos programas de EFP com as necessidades da economia (Agecircncia Europeia 2014 paacuteg 23) A niacutevel individual os alunos com necessidades educativas especiais recebem assistecircncia educativa (por exemplo tecnologia de apoio inteacuterpretes de liacutengua gestual materiais de aprendizagem de elaboraccedilatildeo especial escribas ou outras formas de assistecircncia praacutetica) especial para tornar os curriacuteculos de EFP acessiacuteveis (ibid paacuteg 15)

Os niacuteveis regionais (ou seja condados freguesias municiacutepios proviacutencias federais) satildeo fundamentais para garantir o melhor ajuste entre os objetivos educativos e as necessidades do mercado de trabalho Os conselhos consultivos regionais desempenham um papel ativo na atualizaccedilatildeo da estrutura dos programas educativos no acircmbito da sua responsabilidade regional e em cooperaccedilatildeo com os parceiros sociais Desempenham um papel importante na possibilidade de flexibilizaccedilatildeo dos percursos dos alunos

As instituiccedilotildees de EFP satildeo lideradas por diferentes agecircncias nos paiacuteses europeus tais como autoridades locais organizaccedilotildees natildeo governamentais setor privado etc Nos paiacuteses europeus analisados as principais responsabilidades pelo financiamento cabem agraves entidades estatais e governamentais a niacutevel regional ou municipal Aleacutem disso na maioria dos paiacuteses os criteacuterios de financiamento satildeo diferentes dependendo do tipo de propriedade (puacuteblicaprivada) vigente no paiacutes Outras medidas destinadas a promover o emprego entre os alunos com NEE satildeo o pagamento do custo do serviccedilo de emprego apoiado a isenccedilatildeo do pagamento de pensatildeo e seguro de invalidez uma recompensa para casos em que a quota eacute ultrapassada ajudas financeiras aos trabalhadores com incapacidades que se estabelecem como empresaacuterios reduccedilatildeo nos pagamentos agrave seguranccedila social reduccedilatildeo de impostos pelo emprego de jovens alunos com NEE ou preacutemios anuais por boas praacuteticas Existem tambeacutem programas que permitem que os alunos entrem no mercado de trabalho mantendo uma percentagem do seu subsiacutedio social de origem (por exemplo subsiacutedio de invalidez) que natildeo estaacute sujeito agrave tributaccedilatildeo ou cobertura social Os funcionaacuterios tambeacutem seriam autorizados a manter laquobenefiacutecios

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 24

secundaacuteriosraquo (por exemplo subsiacutedio para combustiacutevel cartatildeo meacutedico) durante um determinado periacuteodo de tempo

Tecnologias de Informaccedilatildeo e Comunicaccedilatildeo (TIC)

Sem duacutevida as TIC acessiacuteveis podem atuar como um facilitador para a igualdade de participaccedilatildeo em atividades educativas para diversos alunos com NEE Os estudantes com SEN destacaram a importacircncia das TIC durante a Audiccedilatildeo do Parlamento Europeu em 2011

No nosso paiacutes existe uma organizaccedilatildeo que fornece materiais especiais e tecnologias de informaccedilatildeo A escola pode pedir as ajudas teacutecnicas a essa organizaccedilatildeo e os alunos podem levaacute-las para casa Quando deixam de precisar dessas ajudas teacutecnicas estas podem ser usadas por outros alunos nas mesmasou noutras escolas Eacute muito importante ter ajudas teacutecnicas e apoio (Agecircncia Europeia 2012a paacuteg 14)

Poreacutem

O facto de o impulso para a equidade na educaccedilatildeo atraveacutes do apoio de TIC acessiacuteveis estar a ser ofuscado por desenvolvimentos econoacutemicos negativos reforccedila a ideia de que as poliacuteticas europeias e internacionais globais devem continuar a assumir uma lideranccedila estaacutevel neste campo (Agecircncia Europeia 2013 paacuteg 24)

Neste contexto a aquisiccedilatildeo pode ser considerada um mecanismo de financiamento se a acessibilidade for um preacute-requisito incorporado A acessibilidade deve ser um princiacutepio orientador para a aquisiccedilatildeo de todos os bens e serviccedilos

O acesso a TIC apropriadas em diferentes contextos de aprendizagem ao longo da vida ndash incluindo em casa ndash requer muitas vezes a contribuiccedilatildeo de profissionais de diferentes aacutereas hellip Isto envolve a coordenaccedilatildeo entre indiviacuteduos serviccedilos e muitas vezes poliacuteticas para diferentes setores de trabalho Tambeacutem envolve abordagens flexiacuteveis para o financiamento das TIC com possibilidades de tomada de decisotildees a niacutevel local quanto agraves despesas relacionadas com as necessidades identificadas localmente (Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO e Agecircncia Europeia 2011 paacuteg 88)

Para concluir

Eacute necessaacuterio considerar quatro requisitos no que diz respeito aos sistemas de financiamento para garantir que estes sistemas sustentam totalmente os objetivos da poliacutetica educativa

Colocar a teoria em praacutetica 25

A poliacutetica de financiamento apoia totalmente a educaccedilatildeo inclusiva Isto inclui o desenvolvimento de poliacuteticas fiscais que criem incentivos ao inveacutes de desincentivos agrave oferta de colocaccedilotildees e de serviccedilos de inclusatildeo Embora exista uma seacuterie de bases alternativas para financiar alunos com NEE o financiamento per capita parece ser o mais promissor para satisfazer o requisito estabelecido

A poliacutetica de financiamento baseia-se totalmente nas necessidades educativas Os montantes individuais de financiamento per capita podem ser determinados atraveacutes de anaacutelises de custos que mostram os custos relativos de disponibilizar aos alunos condiccedilotildees especiais selecionadas

A poliacutetica de financiamento facilita totalmente respostas flexiacuteveis eficazes e eficientes agraves necessidades Em vez de financiar ou fornecer recursos especiacuteficos por exemplo tipos preacute-determinados de pessoal equipamentos ou instalaccedilotildees o financiamento per capita aloca recursos monetaacuterios promovendo a flexibilidade no uso local

A poliacutetica de financiamento promove totalmente o apoio de serviccedilos relacionados e a necessaacuteria colaboraccedilatildeo intersectorial

Em geral as estruturas de incentivo devem assegurar a disponibilizaccedilatildeo de mais fundos se uma crianccedila for colocada num contexto inclusivo sendo necessaacuteria uma maior ecircnfase nos resultados (natildeo apenas acadeacutemicos)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 26

DADOS FIAacuteVEIS

Introduccedilatildeo

A Convenccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiecircncia (CDPD) bem como a Estrateacutegia Europeia para a Deficiecircncia 2010ndash2020 e o quadro estrateacutegico Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo 2020 relativo agrave equidade na educaccedilatildeo satildeo impulsionadores-chave para a educaccedilatildeo inclusiva nos paiacuteses A CDPD da ONU apela aos Estados Partes para

hellip recolher informaccedilatildeo apropriada incluindo dados estatiacutesticos e de investigaccedilatildeo que lhes permitam formular e implementar poliacuteticas que visem dar efeito agrave presente Convenccedilatildeo (Naccedilotildees Unidas 2006 Artigo 31ordm)

e hellip Os Estados Partes devem em conformidade com os seus sistemas juriacutedico e administrativo manter fortalecer nomear ou estabelecer a niacutevel interno uma estrutura que inclua um ou mais mecanismos independentes conforme apropriado com vista a promover proteger e monitorizar a implementaccedilatildeo da presente Convenccedilatildeo (ibid Artigo 33ordm)

Existe a consciencializaccedilatildeo disseminada de que a criaccedilatildeo de poliacuteticas com base em evidecircncias eacute essencial para o desenvolvimento a longo prazo dos sistemas de educaccedilatildeo inclusiva Decisores poliacuteticos especialistas em estatiacutestica e investigadores reconhecem a necessidade de uma recolha de dados a niacutevel nacional que natildeo soacute responda agraves exigecircncias das orientaccedilotildees poliacuteticas internacionais mas que tambeacutem obedeccedila a uma abordagem comum que promova uma sinergia de esforccedilos a niacutevel nacional e internacional O trabalho da Agecircncia demonstrou que existem apelos para a disponibilizaccedilatildeo de ampla informaccedilatildeo para os decisores poliacuteticos e para a adoccedilatildeo pelas diferentes organizaccedilotildees tanto a niacutevel nacional como europeu de uma variedade de abordagens complementares para a recolha de dados Poreacutem embora a necessidade de tais dados seja clara os melhores meacutetodos e procedimentos de recolha e anaacutelise dos mesmos satildeo muito menos claros

Em resultado do trabalho da Agecircncia ndash mais especificamente das atividades dos projetos Desenvolvimento de um conjunto de indicadores ndash para a educaccedilatildeo inclusiva na Europa (Kyriazopoulou e Weber 2009) e Mapeamento da Implementaccedilatildeo de Poliacuteticas para a Educaccedilatildeo Inclusiva (MIPIE) (Agecircncia Europeia 2011a) ndash emergem cinco requisitos-chave de poliacuteticas relativos agrave recolha de dados no que concerne agrave necessidade de evidecircncias sobre a educaccedilatildeo inclusiva a niacutevel nacional

bull necessidade de recolha de dados nacionais ancorada nos acordos internacionais e europeus

Colocar a teoria em praacutetica 27

bull necessidade de compreender o impacto das diferenccedilas nos sistemas educativos dos paiacuteses

bull necessidade de analisar a efetividade da educaccedilatildeo inclusiva

bull necessidade de recolha de dados que forneccedila evidecircncias sobre a garantia de qualidade e

bull necessidade de acompanhar o progresso dos alunos a longo prazo Os decisores poliacuteticos precisam de dados qualitativos e quantitativos que os informem sobre a qualidade da educaccedilatildeo prestada aos alunos com necessidades educativas especiais Estas mensagens principais refletem uma recomendaccedilatildeo central do Relatoacuterio Mundial sobre Deficiecircncia (Organizaccedilatildeo Mundial de SauacutedeBanco Mundial 2011) a necessidade de os paiacuteses desenvolverem os sistemas de recolha de dados quantitativos existentes e de simultaneamente realizarem investigaccedilotildees qualitativas aprofundadas e especiacuteficas sobre o custoshyeficaacutecia e sobre outras questotildees relacionadas com a garantia da qualidade

O projeto MIPIE apela ao desenvolvimento de um quadro comum para a recolha de dados construiacutedo com base nos procedimentos nacionais existentes e nos acordos internacionais sobre recolha de dados e procedimentos hellip Podem ser identificadas trecircs dimensotildees para uma estrutura comum

- A mudanccedila para um sistema de recolha de dados baseado em conceitos e definiccedilotildees comuns

- A recolha de evidecircncias que conduzam a niacuteveis de referecircncia quantitativos e qualitativos

- O uso de uma estrutura multiniacutevel para analisar as poliacuteticas a niacuteveis nacional e internacional (Agecircncia Europeia 2011a paacuteg 11)

Uma tal abordagem eacute necessaacuteria para apoiar os paiacuteses no desenvolvimento de uma laquorecolha de dados que permita monitorizar os direitos dos alunos bem como para monitorizarem a eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusivaraquo (ibid)

Monitorizaccedilatildeo dos direitos dos alunos

No acircmbito de uma estrutura abrangente para o mapeamento das questotildees relacionadas com os direitos devem ser identificados indicadores quantitativos e qualitativos referentes a diversos fatores

(i) Participaccedilatildeo na educaccedilatildeo e formaccedilatildeo

O relatoacuterio da Agecircncia sobre a Intervenccedilatildeo precoce na infacircncia sugere que

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 28

Os decisores poliacuteticos devem ter mecanismos para avaliar a solicitaccedilatildeo de serviccedilos de IPI e mecanismos eficazes que verifiquem se a prestaccedilatildeo de serviccedilos responde ao solicitado para se poder planear a melhoria do serviccedilo Deve ser desenvolvida uma forma sistemaacutetica de recolha e de monitorizaccedilatildeo de dados fiaacuteveis a niacutevel nacional (Agecircncia Europeia 2010 paacuteg 40)

No relatoacuterio Participaccedilatildeo na Educaccedilatildeo Inclusiva afirma-se que Embora os governos nacionais e locais jaacute recolham dados importantes sobre a educaccedilatildeo pouco se sabe sobre a participaccedilatildeo hellip Atualmente a maior parte dos dados recolhidos para fins de monitorizaccedilatildeo satildeo dados estatiacutesticos sobre a inscriccedilatildeo e a conclusatildeo da escolaridade hellip Poucos paiacuteses tecircm meacutetodos sistemaacuteticos de recolha anaacutelise e interpretaccedilatildeo de dados qualitativos sobre a participaccedilatildeo a niacutevel individual em sala de aula e na escola embora os relatoacuterios escolares de autorrevisatildeo e de inspeccedilatildeo respondam muitas vezes a questotildees de participaccedilatildeo e inclusatildeo (Agecircncia Europeia 2011d paacuteg 19)

Este relatoacuterio tambeacutem destaca alguns dos perigos potenciais associados agrave recolha de dados em relaccedilatildeo agrave participaccedilatildeo

hellip estruturas criadas para acompanhar as crianccedilas com necessidades educativas especiais podem funcionar como barreiras agrave sua participaccedilatildeo e sucesso marcando estas crianccedilas como diferentes Uma consequecircncia natildeo intencional de categorizar algumas crianccedilas para monitorizar a sua participaccedilatildeo pode gerar um paradoxo o que resulta na celebraccedilatildeo de acordos separados para a sua educaccedilatildeo (ibid paacuteg 17ndash18)

(ii) Acesso ao apoio e agrave adaptaccedilatildeo

Trecircs estudos da Agecircncia consideraram diferentes aspetos de apoio para os alunos com NEE A revisatildeo da literatura do projeto Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional cita Redley (2009)

Natildeo existem dados nacionais fiaacuteveis sobre o nuacutemero de organizaccedilotildees que oferecem emprego apoiado ou o nuacutemero de pessoas com dificuldades de aprendizagem empregadas nelas e o governo natildeo participa neste processo (Agecircncia Europeia 2012f paacuteg 41)

O estudo conjunto da Agecircncia realizado com o Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO que analisa o uso das TIC na educaccedilatildeo das pessoas com incapacidades defende que

Tanto em relaccedilatildeo agrave Convenccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas (2006) como em relaccedilatildeo agrave poliacutetica regional (ou seja europeia) e nacional haacute uma necessidade de informaccedilatildeo mais detalhada ligada agrave monitorizaccedilatildeo de indicadores e benchmarks qualitativos e quantitativos sobre as TIC na educaccedilatildeo para pessoas

Colocar a teoria em praacutetica 29

com incapacidades (Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO e Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011 paacuteg 93)

Em relaccedilatildeo agrave acessibilidade da informaccedilatildeo para a aprendizagem as recomendaccedilotildees do projeto i-access da Agecircncia defendem que

A conformidade [acessibilidade] agrave poliacutetica deve ser sistematicamente monitorizada A monitorizaccedilatildeo da conformidade soacute pode ser incentivada nomomento presente mas deve ser alargada hellip Eacute necessaacuterio recolher dados quantitativos e qualitativos sistemaacuteticos o que deve tambeacutem envolver os utilizadores finais de informaccedilatildeo acessiacutevel Poreacutem a monitorizaccedilatildeo do progresso natildeo se pode limitar a afericcedilatildeo numeacuterica mas deve incluir a possibilidade de recolher exemplos de boas praacuteticas que poderiam servir de modelo para outros paiacuteses e organizaccedilotildees (Agecircncia Europeia 2012e paacuteg 40ndash 41)

(iii) Oportunidades para o sucesso na aprendizagem e na transiccedilatildeo Dois grandes projetos da Agecircncia tiveram em linha de conta a transiccedilatildeo da escola para o emprego Ambos apontam para a falta de dados fiaacuteveis neste campo O projeto Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego sugeriu que

Os dados nacionais dos paiacuteses apenas incluem pessoas registadas como desempregadas mas uma alta percentagem de pessoas com necessidades especiais natildeo estaacute registada ndash elas natildeo tecircm sequer a oportunidade de conseguir o primeiro emprego (Agecircncia Europeia 2002a paacuteg 2)

O estudo de acompanhamento (Agecircncia Europeia 2006) natildeo refere quaisquer desenvolvimentos nesta aacuterea

(iv) Oportunidades de integraccedilatildeo

O estudo da Agecircncia com foco na diversidade multicultural destaca a falta de dados em relaccedilatildeo a um fator importante de integraccedilatildeo ndash antecedente de imigraccedilatildeo dos alunos com NEE

Muitos paiacuteses envolvidos no projeto referiram que natildeo existem dados atualizados sobre os alunos com NEE e de origem imigrante Diversas agecircncias governamentais tecircm responsabilidades diferentes e natildeo haacute coordenaccedilatildeo na recolha de dados Haacute outras razotildees para a falta de dados Alguns paiacuteses natildeo tecircm estatiacutesticas oficiais sobre a origem das pessoas para aleacutem do paiacutes de nascimento uma vez que eacute proibido o tratamento de dados pessoais que identifiquem a raccedila a origem eacutetnica a incapacidade ou crenccedila religiosa Em outros paiacuteses natildeo haacute recolha sistemaacutetica de dados relativos a alunos com NEE

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 30

ou a alunos com NEE e de origem imigrante a niacutevel nacional ou local (Agecircncia Europeia 2009a paacuteg 30)

Monitorizaccedilatildeo da eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusiva

Dados que examinam a eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusiva tecircm em conta questotildees de custo-eficaacutecia bem como diversas aacutereas relacionadas com as experiecircncias de educaccedilatildeo dos alunos procedimentos de avaliaccedilatildeo inicial o envolvimento contiacutenuo dos alunos e das suas famiacutelias em experiecircncias educativas e a eficaacutecia de ambientes de aprendizagem na superaccedilatildeo das barreiras e apoio de experiecircncias de aprendizagem significativas para todos os alunos

O estudo da Agecircncia relativo ao Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos realccedila que eacute necessaacuterio apoiar as escolas com

hellip aconselhamento sobre como pode ser usada a informaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo ndash particularmente a da avaliaccedilatildeo estandardizada recolhida para fins de monitorizaccedilatildeo nacional ndash para melhorar as praacuteticas com todos os alunos incluindo os que apresentam NEE (Watkins 2007 paacuteg 60)

O relatoacuterio designado Elevar o Sucesso de Todos os Alunos defende que

Para avanccedilar para uma maior equidade na educaccedilatildeo satildeo necessaacuterios indicadores de sucesso adequados agrave comunidade local focalizados no input recursos processos e outputresultados Embora a informaccedilatildeo (incluindo dados) deva ser usada para direcionar o apoio e acompanhar o sucesso de poliacuteticas e praacuteticas inclusivas eacute necessaacuterio cuidado para que os sistemas de responsabilidade natildeo causem inadvertidamente alteraccedilotildees inadequadas (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 22)

Este estudo destaca potenciais dificuldades inerentes

No clima atual o desenvolvimento de mecanismos de responsabilidade adequados e de formas de medir o sucesso valorizado e monitorizar a equidade apresentam muitos desafios Apesar da procura de dados concretos Fullan (2011) adverte que laquoas estatiacutesticas satildeo um servo maravilhoso mas um mestre terriacutevelraquo (paacuteg 127) e Hargreaves e Shirley (2009) enfatizam a necessidade de colocar a responsabilidade antes da prestaccedilatildeo de contas Sugerem que a prestaccedilatildeo de contas deve laquoservir de consciecircncia por meio de amostragemraquo e que deve ser realizado um ataque laquoaos excessos de padronizaccedilatildeo testada que negam a diversidade e destroem a criatividaderaquo (paacuteg 109) (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 22)

Dentro do projeto MIPIE argumentou-se que a monitorizaccedilatildeo da eficaacutecia dos sistemas de educaccedilatildeo inclusiva tambeacutem incluiria uma anaacutelise da eficaacutecia da formaccedilatildeo de professores (Agecircncia Europeia 2011a) O relatoacuterio do projeto TE4I

Colocar a teoria em praacutetica 31

destaca uma seacuterie de questotildees relacionadas com a disponibilidade de dados nesta aacuterea Relativamente agrave representaccedilatildeo de professores de grupos minoritaacuterios

A maior parte dos paiacuteses que natildeo recolhe dados refere curiosamente uma subshyrepresentaccedilatildeo de pessoas com deficiecircncia e pertencentes a grupos minoritaacuterios entre os professores estagiaacuterios e os professores diplomados e a situaccedilatildeo parece ser idecircntica entre os formadores de professores (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 22)

O relatoacuterio tambeacutem indica a necessidade de dados que levam a mudanccedilas com base em evidecircncias

A falta de investigaccedilatildeo em larga escala e de investigaccedilatildeo cumulativa bem como de evidecircncia empiacuterica na formaccedilatildeo de professores para a inclusatildeo foi referida pela OCDE (2010) hellip esta investigaccedilatildeo poderaacute garantir a existecircncia dum corpo de evidecircncias que possam dar forma agrave mudanccedila No presente relatoacuterio os exemplos realccedilam algumas questotildees-chave da pesquisa incluindo

- A eficaacutecia de diferentes rotas no ensino - Abordagens agrave formaccedilatildeo de professores e ao curriacuteculo da FIP e

- O papel dos cursos separados integrados e unificados e a melhor maneira de passar dum curso contiacutenuo para um uacutenico curso de formaccedilatildeo de professores que prepare todos os professores para a diversidade (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 68)

O projeto MIPIE defende que

A niacutevel da escola a recolha de dados deve

- Fornecer informaccedilatildeo que permitam aos professores e funcionaacuterios da escola planear e prestar o apoio e os recursos adequados

- Fornecer ideias claras sobre a participaccedilatildeo ativa dos pais e alunos no processo educativo (Agecircncia Europeia 2011a paacuteg 13)

Para que isto seja possiacutevel

Satildeo necessaacuterias sinergias a niacutevel nacional entre os principais intervenientes baseadas num claro racional para a recolha de dados considerando os dados a niacutevel nacional regional escola e sala de aula para que os dados globais do paiacutes efetivamente possam refletir a praacutetica (ibid paacuteg 14)

Para concluir a provisatildeo dos dados pode contribuir efetivamente para a elaboraccedilatildeo de poliacuteticas para a educaccedilatildeo inclusiva Haacute uma exigecircncia crescente ndash a niacutevel internacional europeu e nacional ndash para a responsabilidade e tecircm vindo a crescer comparaccedilotildees laquoentre escolasraquo e laquoentre naccedilotildeesraquo O surgimento de laquograndes dadosraquo

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 32

(meta-anaacutelises de conjuntos de dados e fontes combinadas) apresenta oportunidades mas tambeacutem desafios reais para a educaccedilatildeo inclusiva

Os apelos para a poliacutetica e alocaccedilatildeo de recursos baseada em evidecircncias reforccedilam a necessidade de dados significativos relacionados com todos os alunos Eacute necessaacuterio saber que alunos estatildeo a receber que serviccedilos quando e onde (contando todos os alunos) Tambeacutem eacute necessaacuterio ter dados sobre a qualidade dos serviccedilos e os resultados obtidos (considerando a praacutetica)

Um grande desafio para a recolha de dados estaacute em evitar classificar categorizar e rotular os alunos de modo a fornecer informaccedilatildeo sobre a provisatildeo que recebem As laquopluralidadesraquo das definiccedilotildees aplicadas a alunos e a laquopoliacuteticaraquo dos sistemas de rotulagem natildeo podem ser ignoradas nem os efeitos a que esses sistemas de rotulagem e definiccedilotildees conduzem

Fazer as perguntas certas em termos de poliacuteticas eacute o ponto de partida para a recolha de dados que servem de base significativa para as poliacuteticas

Colocar a teoria em praacutetica 33

OLHAR EM FRENTE

O primeiro objetivo da conferecircncia em novembro de 2013 foi refletir e resumir o trabalho da Agecircncia ao longo da uacuteltima deacutecada As cinco mensagens-chave descritas nos capiacutetulos anteriores destacam aspetos criacuteticos no que se refere agrave educaccedilatildeo inclusiva Baseiam-se nos resultados da anaacutelise aprofundada de temas-chave decididos pelos paiacuteses membros da Agecircncia O segundo objetivo da conferecircncia foi olhar em frente explorando a forma como o trabalho da Agecircncia pode prestar um melhor apoio aos paiacuteses membros ajudandoos a melhorar a qualidade e a eficaacutecia das suas respostas inclusivas para alunos com incapacidades eou necessidades educativas especiais A Agecircncia estaacute disposta a ajudar os paiacuteses de uma forma mais concreta com a implementaccedilatildeo dos resultados do nosso trabalho Isso significa disponibilizar recomendaccedilotildees de poliacutetica que sejam mais diretamente aplicaacuteveis aos decisores poliacuteticos para apoiar alteraccedilotildees futuras e desenvolvimentos poliacuteticos

A Agecircncia estaacute consciente de que o trabalho jaacute realizado estaacute de acordo e apoia diretamente todas as iniciativas de poliacuteticas europeias e internacionais em termos de educaccedilatildeo equidade igualdade de oportunidades e direitos para pessoas com incapacidades eou necessidades educativas especiais O trabalho da Agecircncia fornece recomendaccedilotildees claras e coerentes sobre como as poliacuteticas-chave nestas aacutereas podem ser implementadas na praacutetica A Agecircncia pretende proporcionar aos paiacuteses informaccedilatildeo sobre o progresso alcanccedilado nos objetivos propostos em termos de (a) metas de Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo para 2020 e (b) Convenccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiecircncia (2006) bem como vaacuterias diretivas e comunicaccedilotildees da Uniatildeo Europeia Eacute necessaacuteria orientaccedilatildeo sobre o modo como a educaccedilatildeo inclusiva pode ser implementada a niacutevel do professor sala de aula escola regiatildeo municiacutepio e poliacutetica nacional A Agecircncia tem capacidade para disponibilizar aos paiacuteses orientaccedilotildees sobre formas de implementaccedilatildeo da educaccedilatildeo inclusiva e como isto afeta a qualidade geral da educaccedilatildeo As discussotildees durante a conferecircncia bem como as discussotildees aprofundadas no acircmbito da Agecircncia orientaratildeo esta nova etapa no trabalho da Agecircncia

shy

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 34

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 1999 Financing of Special Needs Education ndash A seventeen-country Study of the Relationship between Financing of Special Needs Education and Inclusion [Financiamento da Educaccedilatildeo Especial ndash Um estudo de dezassete paiacuteses da Relaccedilatildeo entre o Financiamento da Educaccedilatildeo Especial e a Inclusatildeo] Middelfart Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2002a Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Princiacutepios-chave e Recomendaccedilotildees para R esponsaacuteveis Poliacuteticos Middelfart Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanagencyorgsitesdefaultfilestransition_transition_pttextpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2002b Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Principais problemas questotildees e opccedilotildees enfrentadas pelos alunos com necessidades educativas especiais em 16 paiacuteses Europeus Relatoacuterio Siacutentese Middelfart Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanagencyorgsitesdefaultfilestransition-from-school-to-employment_Transitionptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2003 Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula Relatoacuterio Siacutentese Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanagencyorgsitesdefaultfilesinclusive-education-and-classroom-practices_iecpptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2005 Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula nos 2ordm e 3ordm Ciclos do Ensino Baacutesico Relatoacuterio Siacutentese Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesinclusive-educationand-classroom-practice-in-secondary-education_iecp_secondary_ptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2006 Planos Individuais de Transiccedilatildeo Apoiar a Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesindividual-transitionplans_itp_ptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

shy

shyshy

shyshy

shy

shy

Colocar a teoria em praacutetica 35

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2009a Diversidade multicultural e necessidades especiais de educaccedilatildeo Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfilesmulticultural-diversity-and-special-needsshyeducation_Multicultural-Diversity-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2009b Princiacutepiosshychave para a Promoccedilatildeo da Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva ndash Recomendaccedilotildees para Decisores Poliacuteticos Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportskeyshyprinciples-for-promoting-quality-in-inclusive-educationkey-principles-PTpdf(Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2010 Intervenccedilatildeo Precoce na Infacircncia ndash Progressos e Desenvolvimentos 2005ndash2010 Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesearly-childhood-interventionshyprogress-and-developments_ECI-report-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011a Mapeamento da Implementaccedilatildeo de Poliacuteticas para a Educaccedilatildeo Inclusiva Uma anaacutelise dos desafios e oportunidades para o desenvolvimento de indicadores Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httphttpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesmipie_MIPIE-summaryshyof-proposals-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011b Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo na Europa ndash Desafios e Oportunidades Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfileste4i-challenges-and-opportunities_TE4I-Synthesis-Report-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011c Princiacutepios-Chave para a Promoccedilatildeo da Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva ndash Recomendaccedilotildees para Decisores Poliacuteticos Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfilesinclusive-education-and-classroom-practices_iecpshyptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011d Participation in Inclusive Education ndash A Framework for Developing Indicators [Participaccedilatildeo na Educaccedilatildeo inclusiva ndash Um Quadro para o Desenvolvimento de Indicadores] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 36

agencyorgpublicationsereportsparticipation-in-inclusive-education-a-frameworkshyfor-developing-indicatorsParticipation-in-Inclusive-Educationpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012a Perspetivas dos Jovens sobre Educaccedilatildeo Inclusiva Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfilesyoung-views-on-inclusive-education_YoungViews-2012PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012b Perfil de Professores Inclusivos Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfileste4i-profile-of-inclusive-teachers_Profile-of-InclusiveshyTeachers-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012c Raising Achievement for All Learners ndash Quality in Inclusive Education [Elevar o Sucesso de Todos os Alunos ndash Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva] Relatoacuterio sobre a conferecircncia realizada em Odense Dinamarca de 13 a 15 de junho de 2012 Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesRA4AL-conference-reportpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014) Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012d Raising Achievement for All Learners ndash Quality in Inclusive Education [Elevar o Sucesso de Todos os Alunos ndash Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httphttpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesra4al-keyshymessages_RA4AL-summary-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012e Promoting Accessible Information for Lifelong Learning Recommendations and findings of the i-access project [Promover o Acesso agrave Informaccedilatildeo para a Aprendizagem ao Longo da Vida Recomendaccedilotildees e observaccedilotildees do projeto i-access] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportsi-accessi-accessshyreportpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012f Vocational Education and Training Policy and Practice in the field of Special Needs Education ndash Literature Review [Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional (EFP) Poliacutetica e Praacutetica no campo da Educaccedilatildeo Especial ndash Revisatildeo da Literatura] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Colocar a teoria em praacutetica 37

agencyorgagency-projectsvocational-education-and-trainingvet-filesVETshyLiteratureReviewpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012g Teacher Education for Inclusion Project Recommendations linked to Sources of Evidence [Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo Recomendaccedilotildees do Projeto Ligadas a Fontes de Evidecircncias] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgagencyshyprojectsTeacher-Education-for-Inclusionsources-of-evidencepdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2013 European and International Policy Supporting ICT for Inclusion [Poliacutetica Europeia e Internacional para Uso das TIC como Apoio para a Inclusatildeo] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfileseuropean-and-internationalshypolicy-supporting-ict-for-inclusion_policy-supporting-ict-for-inclusionpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para as Necessidades Especiais e a Educaccedilatildeo Inclusiva 2014 Vocational Education and Training ndash Summary of Country Information [Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional ndash Resumo de Informaccedilatildeo do Paiacutes] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para as Necessidades Especiais e a Educaccedilatildeo Inclusiva httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesVET Summary of Country information 2014pdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Bennett S e Gallagher TL 2012 The Delivery of Education Services for Students who have an Intellectual Disability in the Province of Ontario [A prestaccedilatildeo de serviccedilos de ensino para alunos com incapacidade intelectual na proviacutencia de Ontaacuterio] Toronto Community Living Ontario

Chapman C Ainscow M Miles S e West M 2011 Leadership that promotes the achievement of students with special educational needs and disabilities [Lideranccedila que promove o sucesso de alunos com necessidades educativas especiais e incapacidades] Nottingham National College for School Leadership

Comissatildeo das Comunidades Europeias 2008 Livro Verde ndash Migraccedilatildeo e mobilidade desafios e oportunidades para os sistemas educativos da UE SEC(2008) 2173 COM20080423 final Bruxelas Comissatildeo das Comunidades Europeias

Conselho da Uniatildeo Europeia 2010 Conclusotildees do Conselho sobre a dimensatildeo social da educaccedilatildeo e da formaccedilatildeo 3013ordf Reuniatildeo do Conselho de EDUCACcedilAtildeO JUVENTUDE E CULTURA Bruxelas 11 de maio de 2010 httpeurshylexeuropaeulegal-contentPTTXTPDFuri=CELEX52010XG0526(01)ampfrom=PT(Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 38

Farrell P Dyson AS Polat F Hutcheson G e Gallannaugh F 2007 laquoSEN inclusion and pupil achievement in English schoolsraquo [Inclusatildeo de crianccedilas com NEE e sucesso dos alunos nas escolas inglesas] Journal of Research in Special Educational Needs 7 (3) 172ndash178

Frilseth L 2012 The Norwegian Model for Education for All in Upper Secondary School [O Modelo Norueguecircs para a Educaccedilatildeo para Todos no Ensino Secundaacuterio] Direccedilatildeo Norueguesa para Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo httpwwweuropeanshyagencyorgagency-projectsra4alra4al-seminar-pdfNorway-L-Frilsethpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Fullan M 2011 Change Leader Learning to do what matters most [Liacuteder de Mudanccedila aprender a fazer o que mais importa] San Francisco Jossey-Bass de Graaf G van Hove G e Haveman M 2011 laquoMore academics in regular schools The effect of regular versus special school placement on academic skills in Dutch primary school students with Down syndromeraquo [Mais acadeacutemicos nas escolas regulares O efeito da colocaccedilatildeo em escola regular versus escola especial nas competecircncias acadeacutemicas em alunos holandeses do ensino primaacuterio com siacutendrome de Down] Journal of International Disability Research December 2011 57(1) 21ndash38 doi 101111j1365-2788201101512x

Hargreaves A e Shirley D 2009 The Fourth Way ndash The inspiring future for educational change [A Quarta Via ndash O futuro inspirador para a mudanccedila educativa] Publicaccedilatildeo conjunta do Ontario Principalsrsquo Council e do National Staff Development Council Thousand Oaks CA Corwin Press

Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO e Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011 ICTs in Education for People with Disabilities Review de innovative practice [TIC na Educaccedilatildeo para Pessoas com Incapacidades revisatildeo da praacutetica inovadora] Moscovo Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO httpwwweuropeanshyagencyorgpublicationsereportsICTs-in-Education-for-People-WithshyDisabilitiesReview-of-Innovative-Practice (Uacuteltimo acesso em julho de 2014) Kalambouka A Farrell P Dyson A e Kaplan I 2005 The impact of population inclusivity in schools on student outcomes [O impacto da inclusividade da populaccedilatildeo em escolas nos resultados dos alunos] Research Evidence in Education Library London EPPI-Centre Social Science Research Unit Institute of Education University of London Kyriazopoulou M e Weber H (eds) 2009 Desenvolvimento de um conjunto de indicadores ndash para a educaccedilatildeo inclusiva na Europa Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Colocar a teoria em praacutetica 39

agencyorgsitesdefaultfilesdevelopment-of-a-set-of-indicators-for-inclusiveshyeducation-in-europe_indicators-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

MacArthur J 2009 Learning Better Together Working towards inclusive education in New Zealand schools [Aprender Melhor Juntos trabalhar para a educaccedilatildeo inclusiva nas escolas da Nova Zelacircndia] Wellington IHC

MacArthur J Kelly B Sharp S amp Gaffney M 2005 Participation or exclusion Disabled childrenrsquos experiences of life at school [Participaccedilatildeo ou exclusatildeo Experiecircncias de vida na escola de crianccedilas com incapacidades] Um artigo apresentado na laquoChildrenrsquos Issues Conferenceraquo Dunedin Nova Zelacircndia julho de 2005 Menter I Hulme M Elliott D e Lewin J 2010 Literature Review on Teacher Education in the 21st Century [Revisatildeo da Literatura sobre a Formaccedilatildeo de Professores no Seacuteculo XXI] Scottish Government Social Research Edimburgo Scottish Government

Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para a Educaccedilatildeo Ciecircncia e Cultura 2009 Policy Guidelines on Inclusion in Education [Diretrizes da Poliacutetica sobre Inclusatildeo na Educaccedilatildeo] Paris UNESCO

Organizaccedilatildeo Mundial de SauacutedeBanco Mundial 2011 World Report on Disability [Relatoacuterio Mundial sobre Deficiecircncia] Genebra Ediccedilotildees OMS httpwwwwhointdisabilitiesworld_report2011enindexhtml (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Organizaccedilatildeo para a Cooperaccedilatildeo e Desenvolvimento Econoacutemico 2011 PISA in Focus Improving Performance Leading from the Bottom [PISA agrave Lupa Melhorar os Resultados Progedir ateacute ao Topo] 20112 (Marccedilo) Paris OCDE Redley M 2009 laquoUnderstanding the social exclusion and stalled welfare of citizens with learning disabilitiesraquo [Compreender a exclusatildeo social e o bem-estar sem progresso dos cidadatildeos com dificuldades de aprendizagem] Disability amp Society 24(4) 489ndash501

Naccedilotildees Unidas 2006 Convenccedilatildeo sobre os Direitos das Pessoas com Deficiecircncia Nova Iorque Naccedilotildees Unidas

Watkins A (ed) 2007 Assessment in Inclusive Settings Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos Questotildees-chave para Poliacuteticas e Praacuteticas Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportsassessment-in-inclusiveshysettings-key-issues-for-policy-and-practiceassessment-in-inclusive-settings-keyshyissues-for-policy-and-practice (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 40

Wilkinson R e Pickett K 2010 The Spirit Level Why Equality is Better para Everyone [O Niacutevel do Espiacuterito Por que a Igualdade eacute Melhor para Todos] Londres Penguin

Willms JD 2006 Learning divides Ten policy questions about the performance and equity of schools and schooling systems [A aprendizagem divide dez perguntas de poliacutetica acerca do desempenho e equidade das escolas e dos sistemas de escolaridade] Montreal Instituto de Estatiacutestica da UNESCO

Colocar a teoria em praacutetica 41

  • preacircmbulo
  • Sumaacuterio Executivo
  • O mais precocemente possiacutevel
    • Introduccedilatildeo
    • Intervenccedilatildeo precoce
    • Deteccedilatildeo e avaliaccedilatildeo precoces
    • Apoio precoce
    • Transiccedilatildeo planeada
      • A educaccedilatildeo inclusiva beneficia todos
        • Introduccedilatildeo
        • A educaccedilatildeo inclusiva como uma abordagem para elevar o sucesso para todos os alunos
        • laquoO que eacute bom para os alunos com NEE eacute igualmente bom para todos os alunosraquo
        • Monitorizaccedilatildeo do progresso
          • profissionais altamente qualificados
            • Introduccedilatildeo
            • Formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo
            • O perfil dos professores inclusivos e outros profissionais
            • Abordagens ao recrutamento
            • Atitudes positivas
            • Trabalho em rede e coordenaccedilatildeo
              • sistemas de apoio e mecanismos de financiamento
                • Introduccedilatildeo
                • Sistemas de apoio e mecanismos de financiamento
                  • Intervenccedilatildeo Precoce na Infacircncia (IPI)
                  • Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula
                  • Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional (EFP)
                  • Tecnologias de Informaccedilatildeo e Comunicaccedilatildeo (TIC)
                      • dados fiaacuteveis
                        • Introduccedilatildeo
                        • Monitorizaccedilatildeo dos direitos dos alunos
                          • (i) Participaccedilatildeo na educaccedilatildeo e formaccedilatildeo
                          • (ii) Acesso ao apoio e agrave adaptaccedilatildeo
                          • (iii) Oportunidades para o sucesso na aprendizagem e na transiccedilatildeo
                          • (iv) Oportunidades de integraccedilatildeo
                            • Monitorizaccedilatildeo da eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusiva
                              • olhar em frente
                              • REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

eficiecircncia dos sistemas de modo a concentrar recursos financeiros para abordagens bem-sucedidas As estruturas de incentivo devem garantir a disponibilidade de apoio financeiro se os alunos forem colocados em contextos inclusivos e que eacute dada maior ecircnfase aos resultados (natildeo apenas a niacutevel acadeacutemico)

bull Dados fiaacuteveis a recolha significativa de dados de qualidade implica uma abordagem sisteacutemica que engloba questotildees relacionadas com os alunos colocaccedilatildeo professores e obtenccedilatildeo de recursos Os dados relacionados com a colocaccedilatildeo do aluno constituem um ponto de partida uacutetil e necessaacuterio embora tenham de ser complementados com dados claros sobre os resultados e efeitos do sistema Os dados sobre os resultados do aluno ndash o impacto da educaccedilatildeo inclusiva ndash satildeo muito mais difiacuteceis de recolher estando muitas vezes em falta na recolha de dados dos paiacuteses

Por uacuteltimo os principais resultados das discussotildees podem ser resumidos da seguinte forma planear e implementar a educaccedilatildeo inclusiva eacute um processo que diz respeito a todo o sistema de ensino e a todos os alunos a equidade e a qualidade andam a par e a educaccedilatildeo inclusiva deve ser vista como um conceito em evoluccedilatildeo onde as questotildees relacionadas com a diversidade e a democracia satildeo cada vez mais importantes

Colocar a teoria em praacutetica 7

O MAIS PRECOCEMENTE POSSIacuteVEL

Introduccedilatildeo

laquoO mais precocemente possiacutevelraquo refere-se antes de mais a intervir numa fase precoce da vida de uma crianccedila Cobre tambeacutem muitos outros elementos relevantes incluindo intervir logo que a necessidade eacute detetada implementar a avaliaccedilatildeo precoce fornecer o apoio necessaacuterio o mais precocemente possiacutevel e preparar e planear as fases de transiccedilatildeo de uma fase educativa para a seguinte e para o emprego

Ainda que diversos projetos da Agecircncia natildeo tenham analisado a reduccedilatildeo das taxas de abandono escolar a reduccedilatildeo destas taxas envolve boas poliacuteticas e praacuteticas em termos de deteccedilatildeo precoce aleacutem de um apoio precoce e eficiente

Intervenccedilatildeo precoce

Durante a Audiccedilatildeo no Parlamento Europeu que a Agecircncia organizou em 2011 os jovens referiram os seguintes pontos laquoA inclusatildeo comeccedila no jardim-de-infacircnciaraquo (Agecircncia Europeia 2012a paacuteg 14) laquoA diversidade eacute positiva eacute importante preparar as pessoas desde o iniacutecio para trabalharem com as crianccedilas para construiacuterem uma geraccedilatildeo melhorraquo (ibid paacuteg 30)

No quadro do relatoacuterio de 2010 da Agecircncia Intervenccedilatildeo Precoce na Infacircncia ndash Progressos e Desenvolvimentos 2005ndash2010 a intervenccedilatildeo precoce na infacircncia (IPI) eacute definida como

um conjunto de serviccedilosrecursos para as crianccedilas em idades precoces e suas famiacutelias os quais satildeo disponibilizados quando solicitados pela famiacutelia num certo periacuteodo da vida da crianccedila incluindo qualquer accedilatildeo realizada qua ndo ela necessita de apoio especializado para Assegurar e incrementar o seu desenvolvimento pessoal Fortalecer as competecircncias da famiacutelia e Promover a inclusatildeo social da famiacutelia e da crianccedila (Agecircncia Europeia 2010 paacuteg 7)

Entre os diferentes elementos identificados como relevantes para a IPI a disponibilidade eacute um dos que tem de ser destacado

um objetivo comum da IPI eacute abranger tatildeo cedo quanto possiacutevel todas as crianccedilas e famiacutelias que necessitem de apoio Este objetivo eacute de grande prioridade nos paiacuteses com populaccedilatildeo dispersa ou em zonas rurais isoladas de forma a compensar as diferenccedilas entre as aacutereas rurais e urbanas no que respeita agrave disponibilizaccedilatildeo dos recursos e a garantir que as crianccedilas e famiacutelias que requerem apoio possam beneficiar da mesma qualidade de serviccedilos (ibid paacuteg 7ndash8)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 8

A intervenccedilatildeo precoce foi tambeacutem debatida no quadro do projeto Diversidade multicultural e necessidades especiais de educaccedilatildeo

Os professores e os profissionais de um centro de apoio apresentaram prioridades claras Estas incluiacuteram intervenccedilatildeo precoce necessidade de trabalhar com os pais [entre outras] (Agecircncia Europeia 2009a paacuteg 59)

Deteccedilatildeo e avaliaccedilatildeo precoces O relatoacuterio da Agecircncia Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos Questotildeesshychave para Poliacuteticas e Praacuteticas apresenta uma descriccedilatildeo exaustiva deste aspeto importante Afirma-se que

A avaliaccedilatildeo inicial dos alunos que se pensa terem NEE [necessidades educativas especiais] pode ter duas finalidades possiacuteveis

bull Identificaccedilatildeo associada a uma decisatildeo oficial de laquoreconhecerraquo um aluno como tendo necessidades educativas que requerem recursos adicionais para apoio agrave sua aprendizagem

bull Dar indicaccedilotildees para os programas de aprendizagem nos quais a avaliaccedilatildeo eacute focalizada nas aacutereas fortes e fracas que o aluno pode apresentar nas diferentes aacutereas curriculares Tal informaccedilatildeo eacute muitas vezes utilizada de uma forma formativa ndash talvez como ponto de partida para os Planos Educativos Individuais ndash em vez de funcionar unicamente como uma avaliaccedilatildeo preacutevia (ponto de partida) (Watkins 2007 paacuteg 23)

laquoAs equipas multidisciplinares realizam a avaliaccedilatildeo inicial com os professores de turma os pais e os alunos como parceiros no processo de avaliaccedilatildeoraquo (ibid paacuteg 38)

A importacircncia da avaliaccedilatildeo precoce seguida por medidas de intervenccedilatildeo precoce foi reforccedilada no acircmbito do relatoacuterio da Agecircncia Diversidade multicultural e necessidades especiais de educaccedilatildeo (2009a) bem como nas observaccedilotildees do relatoacuterio Mapeamento da Implementaccedilatildeo de Poliacuteticas para a Educaccedilatildeo Inclusiva (MIPIE) da Agecircncia (2011a)

Apoio precoce

A maior parte dos relatoacuterios da Agecircncia refere a importacircncia e a vantagem do apoio precoce

O projeto Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula refere que

A decisatildeo sobre o apoio temporaacuterio aos alunos deve obedecer aos seguintes criteacuterios (1) o mais precocemente possiacutevel (2) da forma mais flexiacutevel possiacutevel (se uma abordagem natildeo funciona escolher outra) (3) da forma menos restritiva possiacutevel (sem efeitos secundaacuterios) (4) no local mais proacuteximo possiacutevel

Colocar a teoria em praacutetica 9

(preferencialmente na classe ou na escola regular) (5) durante um periacuteodo de tempo tatildeo curto quanto possiacutevel (Agecircncia Europeia 2003 paacuteg 16)

No relatoacuterio Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo na Europa ndash Desafios e Oportunidades afirma-se que

O investimento na educaccedilatildeo de infacircncia e num sistema educativo cada vez mais inclusivo representam provavelmente a longo prazo uma utilizaccedilatildeo mais eficaz dos recursos do que as iniciativas de curto prazo destinadas a laquocolmatar lacunasraquo ou apoiar determinados grupos marginalizados (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 82)

Transiccedilatildeo planeada Diferentes projetos da Agecircncia relativos agrave transiccedilatildeo focaram-se na necessidade de um plano precoce com o propoacutesito de passar de uma fase educativa para a seguinte bem como do ensino para o emprego (2002a 2002b 2006 e 2013)

O relatoacuterio Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Princiacutepios-chave e Recomendaccedilotildees para Responsaacuteveis Poliacuteticos reforccedila que os paiacuteses tecircm de laquoAssegurar o desenvolvimento de planos de transiccedilatildeo com a antecipaccedilatildeo necessaacuteria na vida escolar do aluno e natildeo somente no final da escolaridade obrigatoacuteriaraquo (Agecircncia Europeia 2002a paacuteg 6)

No enquadramento do trabalho desenvolvido pela Agecircncia sobre este tema Planos Individuais de Transiccedilatildeo

a transiccedilatildeo para o emprego surge como parte de um longo e complexo processo que cobre todas as fases da vida de uma pessoa e que necessita de ser orientada da forma mais apropriada laquoUma vida boa para todosraquo bem como laquoum bom trabalho para todosraquo satildeo os fins uacuteltimos de um processo de transiccedilatildeo bem sucedido Os tipos de recursos ou a organizaccedilatildeo da escola natildeo devem interferir com ou impedir que se realize tal processo (Agecircncia Europeia 2006 paacuteg 8ndash9)

Em conclusatildeo a intervenccedilatildeo precoce tem por objetivo principal proporcionar atividades significativas e positivas para promover o desenvolvimento precoce da crianccedila o envolvimento da famiacutelia a qualidade de vida a inclusatildeo social e o enriquecimento social Eacute necessaacuterio ter em conta que os serviccedilos de apoio satildeo essenciais para alguns mas tambeacutem beneacuteficos para todos Todas as crianccedilas tecircm o direito de receber apoio sempre que necessaacuterio Tal exige uma abordagem coordenada entre os setores e uma colaboraccedilatildeo eficaz entre todas as partes interessadas

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 10

A EDUCACcedilAtildeO INCLUSIVA BENEFICIA TODOS

Introduccedilatildeo

Existe um reconhecimento crescente na Europa e mais amplamente a niacutevel internacional de que eacute fundamental avanccedilar no sentido de uma poliacutetica e praacutetica inclusivas no ensino Nas Conclusotildees do Conselho sobre a dimensatildeo social da educaccedilatildeo e da formaccedilatildeo afirma-se que laquoTodos os estudantes sairatildeo beneficiados se forem criadas as condiccedilotildees necessaacuterias ao ecircxito da inclusatildeo de todos os alunos com necessidades especiaisraquo (Conselho da Uniatildeo Europeia 2010 paacuteg 5)

O Livro Verde da Comissatildeo das Comunidades Europeias relativo agrave Migraccedilatildeo e Mobilidade frisa que

As escolas devem ser determinantes para o fomento de uma sociedade inclusiva porque constituem uma oportunidade privilegiada para os jovens das comunidades migrantes e de acolhimento se conhecerem e respeitarem mutuamentehellip a diversidade cultural e linguiacutestica pode constituir um recurso inestimaacutevel para as escolas (Comissatildeo das Comunidades Europeias 2008 paacuteg 3)

A Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para a Educaccedilatildeo Ciecircncia e Cultura (UNESCO) (2009) indica claramente que a educaccedilatildeo inclusiva eacute uma questatildeo de equidade e por conseguinte uma questatildeo de qualidade com impacto em todos os alunos Eacute colocada a ecircnfase em trecircs propostas relativas agrave educaccedilatildeo inclusiva a inclusatildeo e a qualidade satildeo reciacuteprocas o acesso e a qualidade estatildeo ligados e reforccedilam-se mutuamente e por uacuteltimo a qualidade e a equidade satildeo essenciais para garantir a educaccedilatildeo inclusiva

Diversos projetos da Agecircncia centraram-se tambeacutem nesta questatildeo O relatoacuterio sobre a conferecircncia Elevar o Sucesso de Todos os Alunos (RA4AL) da Agecircncia (Agecircncia Europeia 2012c) realccedila que as questotildees que dizem respeito agrave definiccedilatildeo da inclusatildeo tecircm-se tornado cada vez mais importantes Contudo parece existir um acordo crescente quanto agrave necessidade de uma abordagem baseada nos direitos para o desenvolvimento de uma maior equidade e justiccedila social e para o apoio do desenvolvimento de uma sociedade sem discriminaccedilotildees Verificou-se por conseguinte um alargamento do debate sobre a inclusatildeo tendo o foco passado da relocalizaccedilatildeo de crianccedilas descritas como tendo necessidades educativas especiais para as escolas regulares para a vontade de disponibilizar educaccedilatildeo de alta qualidade ndash e consequentes benefiacutecios ndash a todos os alunos Agrave medida que cada vez mais paiacuteses abraccedilam uma definiccedilatildeo mais ampla de educaccedilatildeo inclusiva a diversidade eacute reconhecida como laquonaturalraquo em qualquer grupo de alunos e a educaccedilatildeo inclusiva pode ser encarada como uma forma de elevar o

Colocar a teoria em praacutetica 11

sucesso atraveacutes da presenccedila (acesso agrave educaccedilatildeo) participaccedilatildeo (qualidade da experiecircncia de aprendizagem) e sucesso (processos e resultados da aprendizagem) de todos os alunos

O trabalho da Agecircncia no documento Princiacutepios-Chave para a Promoccedilatildeo da Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva (Agecircncia Europeia 2009b) reforccedila a importacircncia das abordagens de aprendizagem centradas no alunopersonalizadas da avaliaccedilatildeo do professor que apoia a aprendizagem e do trabalho em colaboraccedilatildeo com os pais e as famiacutelias estes pontos satildeo poreacutem essenciais para melhorar a qualidade de educaccedilatildeo para todos os alunos

A educaccedilatildeo inclusiva como uma abordagem para elevar o sucesso para todos os alunos

Wilkinson e Pickett salientam que laquouma maior igualdade aleacutem de uma melhoria do bem-estar de toda a populaccedilatildeo eacute tambeacutem a chave para os padrotildees nacionais de sucessoraquo (2010 paacuteg 29) Eles frisam que se

um paiacutes deseja obter niacuteveis meacutedios mais elevados de sucesso educativo entre os alunos em idade escolar deve dar resposta agrave desigualdade subjacente que cria um gradiente social mais acentuado em termos de sucesso educativo (ibid paacuteg 30)

Ao desafiar a ideia de que a inclusatildeo de todos os alunos pode de alguma forma ser prejudicial para um sucesso elevado a Organizaccedilatildeo para a Cooperaccedilatildeo e Desenvolvimento Econoacutemico (OCDE 2011) mostra que a melhoria dos alunos com um desempenho mais baixo natildeo tem de ser feita agrave custa daqueles com melhores desempenhos As observaccedilotildees do relatoacuterio da UNESCO designado Learning Divides [A aprendizagem divide] (Willms 2006) fornece tambeacutem evidecircncias de que um desempenho escolar forte e a equidade podem andar de matildeos dadas e que os paiacuteses com os niacuteveis mais altos de desempenho tendem a ser aqueles que tecircm vindo a elevar o sucesso de todos os alunos (Agecircncia Europeia 2012d)

De acordo com o relatoacuterio RA4AL da Agecircncia

Farrell e colegas (2007) hellip descobriram um reduzido nuacutemero de pesquisas que sugerem que a colocaccedilatildeo de alunos com NEE em escolas regulares natildeo tem consequecircncias adversas de maior para o sucesso acadeacutemico comportamento e atitudes de todas as crianccedilas Uma revisatildeo sistemaacutetica da literatura encomendada pela Evidence for Policy and Practice Initiative [Iniciativa Evidecircncia por Poliacuteticas e Praacuteticas] (EPPI) (Kalambouka et al 2005) constatou tambeacutem que de um modo geral natildeo se observam efeitos adversos nos alunos sem NEE quando se incluem alunos com necessidades especiais nas escolas regulares (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 8)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 12

Diversos estudos descrevem os benefiacutecios da inclusatildeo para os alunos sem incapacidades Esses benefiacutecios incluem

aumento da valorizaccedilatildeo e aceitaccedilatildeo das diferenccedilas individuais e da diversidade respeito por todas as pessoas preparaccedilatildeo para a vida adulta numa sociedade inclusiva e oportunidades para dominar atividades praticando e ensinando outros Tais efeitos estatildeo tambeacutem documentados numa investigaccedilatildeo recente por exemplo da autoria de Bennett e Gallagher (2012) (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 8)

O impacto positivo das colocaccedilotildees em contextos inclusivos de alunos com incapacidades eacute registado por investigaccedilotildees como as realizadas por MacArthur et al (2005) e de Graaf et al (2011) Este impacto inclui relaccedilotildees e redes sociais melhoradas modelos dos pares maior sucesso maiores expetativas maior colaboraccedilatildeo entre os profissionais da escola e melhor integraccedilatildeo das famiacutelias na comunidade (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 8)

Benefiacutecios adicionais podem incluir acesso a mais amplas oportunidades curriacuteculares e reconhecimento e acreditaccedilatildeo do sucesso

Deve ser considerada a melhoria da organizaccedilatildeo dos laquoespaccedilosraquo para aprendizagem e a criaccedilatildeo de mais oportunidades para os alunos descobrirem talentos em diversas aacutereas para aleacutem da aprendizagem acadeacutemica (ibid paacuteg 25)

A investigaccedilatildeo de Chapman et al (2011) centrou-se especificamente na

lideranccedila que promove sucesso para alunos com NEEincapacidadese sugeriu que a presenccedila de uma populaccedilatildeo diversificada de estudantes pode nas condiccedilotildees organizacionais certas estimular as disposiccedilotildees colaborativas e incentivar formas inovadoras de ensinar a de modo a chegar a todos os grupos de alunos (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 21)

laquoO que eacute bom para os alunos com NEE eacute igualmente bom para todos os alunosraquo

Esta declaraccedilatildeo feita na publicaccedilatildeo da Agecircncia denominada Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula (Agecircncia Europeia 2003 paacuteg 33) tem sido desde essa altura repetida com frequecircncia no trabalho da Agecircncia

Por exemplo o mesmo estudo frisou que

a tutoria entre pares ou a aprendizagem cooperativa eacute eficaz para a aprendizagem e para o desenvolvimento cognitivo e afetivo (soacutecio-emocional) dos alunos Os alunos que se entreajudam principalmente num sistema de composiccedilatildeo de grupos flexiacutevel e bem ponderado beneficiam com esta aprendizagem em comum (ibid paacuteg 23)

Colocar a teoria em praacutetica 13

No trabalho da Agecircncia sobre a praacutetica inclusiva nas escolas secundaacuterias em 2005 sublinhou-se que

Todos os alunos ndash incluindo os que apresentam necessidades educativas especiais ndash tecircm demonstrado evoluir na aprendizagem quando o seu trabalho eacute sistematicamente planeado supervisionado e avaliado (Agecircncia Europeia 2005 paacuteg 6)

e que

Todos os alunos beneficiam com a aprendizagem cooperativa o aluno que explica ao outro reteacutem melhor e por mais tempo a informaccedilatildeo e as necessidades do aluno que estaacute a aprender satildeo abordadas de melhor forma por um par cujo niacutevel de compreensatildeo esteja apenas ligeiramente acima do seu proacuteprio niacutevel (ibid paacuteg 18)

No relatoacuterio RA4AL afirma-se que

um sistema que permite que os alunos progridam rumo a objetivos comuns mas atraveacutes de vias diferentes utilizando diferentes estilos de aprendizagem e avaliaccedilatildeo deve ser mais inclusivo e elevar o sucesso de todos os alunos (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 25)

O relatoacuterio da Agecircncia Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos regista tambeacutem a necessidade de envolver todos os alunos e paisfamiacutelias no processo tanto de aprendizagem como de avaliaccedilatildeo (Watkins 2007) O mesmo relatoacuterio refere que o processo de diferenciaccedilatildeo requer uma anaacutelise cuidadosa Embora possa tambeacutem estar associado a individualizaccedilatildeo e personalizaccedilatildeo e ser visto como uma forma de satisfazer necessidades individuais ou de grupo mais especiacuteficas manteacutem-se frequentemente centrado no professor ao inveacutes de ser orientado para aluno A personalizaccedilatildeo tem de comeccedilar com as necessidades e interesses de todos os alunos

No mais recente projeto i-access da Agecircncia constata-se que os benefiacutecios da tecnologia de apoio ou laquotecnologia facilitadoraraquo mostram-se frequentemente uacuteteis para uma ampla variedade de utilizadores laquoA acessibilidade beneficia os utilizadores com incapacidades eou necessidades educativas especiais bem como todos os utilizadoresraquo (Agecircncia Europeia 2012e paacuteg 22)

As opiniotildees dos jovens com e sem incapacidades expressas na publicaccedilatildeo Perspetivas dos Jovens sobre Educaccedilatildeo Inclusiva fornecem um resumo claro dos benefiacutecios da educaccedilatildeo inclusiva para todos os alunos Como um jovem aluno afirmou laquoEducaccedilatildeo inclusiva eacute para todas as crianccedilas As escolas regulares devem estar perto das suas residecircncias Esta experiecircncia permite encontrar as pessoas vizinhasraquo (Agecircncia Europeia 2012a paacuteg 11) Outros acrescentaram laquoOs alunos

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 14

com e sem necessidades especiais podem aprender uns com os outros e trocarconhecimentosraquo laquoEacute bom para noacutes e bom para eles Eacute importante reconhecer os benefiacutecios para todos na turmaraquo e laquoA educaccedilatildeo inclusiva ajuda as crianccedilas a tornarem-se mais tolerantes com mentalidades mais abertasraquo (ibid paacuteg 23)

Monitorizaccedilatildeo do progresso

Na medida em que a educaccedilatildeo inclusiva se alargou para assegurar a qualidade da educaccedilatildeo para todos os alunos eacute necessaacuterio encontrar novas formas de monitorizar o progresso Sugere-se com base no trabalho realizado pela Agecircncia nos indicadores e no relatoacuterio MIPIE (2011a) que a niacutevel escolar a recolha de dados possa ter em conta fatores com possiacutevel impacto na qualidade das estrateacutegias de admissatildeo das escolas tais como regras e poliacuteticas de admissatildeo natildeo discriminatoacuterias poliacuteticas e estrateacutegias desenvolvidas para apoiar os alunos a expressarem as suas necessidades existecircncia de uma declaraccedilatildeo poliacutetica clara contra o bullying implementaccedilatildeo dos coacutedigos de praacutetica existentes relativamente agrave educaccedilatildeo inclusiva sessotildees de formaccedilatildeo do pessoal quanto a questotildees de admissatildeo e criaccedilatildeo de um ambiente escolar acolhedor trabalho em respeito e colaboraccedilatildeo com alunos e famiacutelias estrateacutegias para ajudar os alunos e as famiacutelias a participarem ativamente na comunidade escolar e na sala de aula e disponibilizaccedilatildeo de estrateacutegias de informaccedilatildeo e aconselhamento e respetivo impacto nos alunos

Em conclusatildeo o debate mais amplo sobre a inclusatildeo pretende no momento presente ndash proporcionar uma educaccedilatildeo de alta qualidade (e benefiacutecios) a todos os alunos Um desempenho escolar forte e a equidade podem andar de matildeos dadas

O sistema de ensino eacute complexo e fragmentado e atualmente falta-lhe uma linha de pensamento consistente acerca da educaccedilatildeo inclusiva De um modo geral o apoio aos diretores e liacutederes que queiram tentar proceder a alteraccedilotildees em situaccedilotildees isoladas eacute muito reduzido A diversidade tem vindo a aumentar em todo o sistema mas as tradiccedilotildees do passado restringem as accedilotildees A capacidade das escolas deve ser desenvolvida atraveacutes da consciencializaccedilatildeo do contexto da correspondecircncia (entre legislaccedilatildeo e poliacuteticapraacutetica) da clareza conceptual e de um apoio contiacutenuo ndash para todos partes interessadas ndash que incentive as escolas a serem proativas e natildeo reativas Conhecer todos os alunos e intervir de forma precoce ajudaraacute a desenvolver apoio de qualidade para todos os alunos considerado como parte da educaccedilatildeo em geral

Colocar a teoria em praacutetica 15

PROFISSIONAIS ALTAMENTE QUALIFICADOS

Introduccedilatildeo

laquoProfissionais altamente qualificadosraquo envolve questotildees de formaccedilatildeo inicial e contiacutenua perfil valores e competecircncia dos professores abordagens eficazes ao recrutamento e atitudes bem como trabalho em rede e coordenaccedilatildeo de todos profissionais Os jovens que participaram na Audiccedilatildeo do Parlamento Europeu organizada pela Agecircncia em 2011 referiram

O ponto de partida para a educaccedilatildeo inclusiva eacute a sensibilizaccedilatildeo e a formaccedilatildeo dprofessores hellip Os professores devem compreender o que cada aluno precisa e dar-lhe oportunidade de atingir os objetivos com sucesso Todos temos talentos juntos construiacutemos uma melhor comunidade de trabalho (Agecircncia Europeia 2012a paacuteg 12)

e

Formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo

Uma formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo adequada dos professores e outros profissionais eacute considerada um fator-chave para praacuteticas inclusivas bem-sucedidas O relatoacuterio da Agecircncia Princiacutepios-chave para a Promoccedilatildeo da Qualidade em Educaccedilatildeo Inclusiva Recomendaccedilotildees para a praacutetica frisa que

Todos os professores devem ter competecircncias para responder agraves diversas necessidades de todos os alunos Na formaccedilatildeo inicial e contiacutenua os professores devem adquirir as competecircncias conhecimento e compreensatildeo que lhes permitam ter a confianccedila necessaacuteria para lidar eficazmente com as diversas necessidades dos alunos (Agecircncia Europeia 2011c paacuteg 15)

O relatoacuterio da Agecircncia Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo na Europa ndash Desafios e Oportunidades aborda a estrutura da formaccedilatildeo inicial de professores Afirma-se que

Uma das principais prioridades da formaccedilatildeo de professores hellip eacute a necessidade de rever a sua estrutura para melhorar a formaccedilatildeo de professores para a inclusatildeo e para integrar a formaccedilatildeo inicial e especializada O conhecimento sobre a mudanccedila do papel dos professores evoluiu imenso tendo sido realccedilada a necessidade de introduzir mudanccedilas significativas na forma como os professores satildeo preparados para as suas funccedilotildees e responsabilidades profissionais (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 19)

Aleacutem disso indica que

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 16

Os formadores de professores satildeo atores-chave na garantia da alta qualidade do corpo docente Muitos paiacuteses europeus natildeo tecircm ainda uma poliacutetica expliacutecita sobre as competecircncias dos formadores de professores nem sobre a forma como devem ser selecionados ou formados (ibid paacuteg 66)

O perfil dos professores inclusivos e outros profissionais

No quadro do projeto da Agecircncia Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo o Perfil de Professores Inclusivos (Agecircncia Europeia 2012b) foi desenvolvido como um guia para a conceccedilatildeo e a implementaccedilatildeo de programas de formaccedilatildeo inicial de professores (FIP) para todos professores Identifica um quadro de valores essenciais e de aacutereas de competecircncia aplicaacuteveis a qualquer programa FIP na preparaccedilatildeo de todos os professores para trabalharem em educaccedilatildeo inclusiva respondendo agrave diversidade

O quadro de valores essenciais e de aacutereas de competecircncia inclui

Valorizaccedilatildeo da diversidade ndash a diferenccedila eacute considerada um recurso e um valor para a educaccedilatildeo As aacutereas de competecircncia dentro deste valor fundamental dizem respeito a Conceccedilotildees de educaccedilatildeo inclusiva Perspetivas do professor sobre a diferenccedila dos alunos

Apoiar todos os alunos ndash os professores tecircm elevadas expectativas sobre os resultados de todos os alunos As aacutereas de competecircncia dentro deste valor essencial dizem respeito a Promoccedilatildeo da aprendizagem acadeacutemica praacutetica social e emocional de todos os alunos Metodologias de ensino eficazes em turmas heterogeacuteneas

Trabalho com outros ndash colaboraccedilatildeo e trabalho em equipa satildeo metodologias essenciais para todos os professores As aacutereas de competecircncia dentro deste valor essencial dizem respeito a Trabalho com pais e famiacutelias Trabalho com um vasto leque de profissionais de educaccedilatildeo

Desenvolvimento profissional e pessoal ndash o ensino eacute uma atividade de aprendizagem e os professores satildeo responsaacuteveis pela aprendizagem ao longo da vida As aacutereas de competecircncia dentro deste valor essencial dizem respeito a Professores como profissionais reflexivos Formaccedilatildeo inicial de professores como base para o desenvolvimento profissional contiacutenuo (ibid paacuteg 7)

Abordagens ao recrutamento

As abordagens eficazes ao recrutamento e o aumento das taxas de permanecircncia dos professores e outros profissionais satildeo indicados como fatores-chave numa seacuterie de projetos da Agecircncia O relatoacuterio da Agecircncia Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo na Europa ndash Desafios e Oportunidades realccedila que

Colocar a teoria em praacutetica 17

Devem ser encontradas estrateacutegias efetivas para melhorar o recrutamento dos candidatos a professores para aumentar as taxas de permanecircncia a par de medidas destinadas a aumentar o nuacutemero de professores de diferentes origens e incluindo professores com deficiecircncia (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 75)

O relatoacuterio do projeto refere que

Uma minoria de paiacuteses tem testes para selecionar o acesso agrave docecircncia Contudo a investigaccedilatildeo recentemente levada a cabo para efeitos da Revisatildeo da Formaccedilatildeo de Professores na Escoacutecia (Menter e colegas 2010) realccedila evidecircncias que mostram que haacute muitas dimensotildees do ensino efetivo que natildeo satildeo fidedignamente preditiacuteveis por testes de capacidade acadeacutemica Esta conclusatildeo estaacute em concordacircncia com a revisatildeo da literatura deste projeto e com os relatoacuterios dos paiacuteses que realccedilam a importacircncia das atitudes valores e crenccedilas no desenvolvimento de praacuteticas inclusivas Tanto as atitudes valores e crenccedilas como as disposiccedilotildees que apoiam o desenvolvimento das requeridascompetecircncias satildeo difiacuteceis de apurar mesmo atraveacutes de uma entrevista Eacute necessaacuteria mais investigaccedilatildeo para encontrar indicadores eficazes para a seleccedilatildeo de candidatos (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 21)

Atitudes positivas

As atitudes positivas dos professores e outros profissionais satildeo indicadas como um elemento-chave na educaccedilatildeo inclusiva na maioria dos projetos da Agecircncia O relatoacuterio da Agecircncia Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula constata que

Obviamente que a inclusatildeo depende largamente da atitude dos professores face aos alunos com necessidades especiais das suas perceccedilotildees sobre as diferenccedilas na sala de aula e da sua vontade de lidar eficazmente com essas diferenccedilas A atitude dos professores foi indicada como um fator decisivo na construccedilatildeo de escolas mais inclusivas (Agecircncia Europeia 2003 paacuteg 12)

Do mesmo modo o relatoacuterio da Agecircncia designado Princiacutepios-Chave para a Promoccedilatildeo da Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva ndash Recomendaccedilotildees para a praacutetica realccedila a importacircncia das atitudes positivas Afirma-se que

Todos os professores devem ter atitudes positivas em relaccedilatildeo a todos os alunos e disponibilidade para trabalhar em colaboraccedilatildeo com os colegas Todos os professores devem entender a diversidade como uma forccedila e um estiacutemulo para sua proacutepria aprendizagem (Agecircncia Europeia 2011c paacuteg 14)

O relatoacuterio da Agecircncia Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos Questotildeesshychave para Poliacuteticas e Praacuteticas indica que

As atitudes dos professores de turma face ao processo de avaliaccedilatildeo inclusiva satildeo cruciais As atitudes positivas podem ser fomentadas atraveacutes de formaccedilatildeo

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 18

apoio e recursos apropriados e de experiecircncias de inclusatildeo bem sucedidas Os professores necessitam de experiecircncias bem sucedidas para os ajudar a desenvolver as necessaacuterias atitudes positivas (Watkins 2007 paacuteg 53)

Trabalho em rede e coordenaccedilatildeo

Todos os relatoacuterios da Agecircncia referem o papel eficaz da colaboraccedilatildeo e coordenaccedilatildeo dos profissionais e do trabalho em rede com serviccedilos comunitaacuterios interdisciplinares Um exemplo digno de nota eacute o relatoacuterio da Agecircncia Formaccedilatildeo de professores para a Inclusatildeo Perfil de Professores Inclusivos (TE4I) no qual se realccedila que

A implementaccedilatildeo da educaccedilatildeo inclusiva deve ser vista como uma tarefa coletiva com funccedilotildees e responsabilidades atribuiacutedas aos diferentes intervenientes O apoio aos professores de turma inclui o acesso a estruturas que facilitam a comunicaccedilatildeo e o trabalho de equipa com diferentes profissionais (incluindo aqueles que trabalham em instituiccedilotildees de ensino superior) bem como oportunidades para o desenvolvimento profissional (Agecircncia Europeia 2012b paacuteg 24)

Na publicaccedilatildeo da Agecircncia Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula nos 2ordm e 3ordm Ciclos de Ensino Baacutesico as questotildees do ensino cooperativo e da resoluccedilatildeo cooperativa de problemas satildeo apresentadas como fatores-chave para uma praacutetica inclusiva eficaz O projeto afirma que laquoOs professores precisam do apoio dos colegas da escola e de ser capazes de colaborar com eles Necessitam igualmente do apoio e da colaboraccedilatildeo de profissionais exteriores agrave escolaraquo (Agecircncia Europeia 2005 paacuteg 5)

Para concluir

A educaccedilatildeo inclusiva implica uma alteraccedilatildeo sisteacutemica que exige uma transformaccedilatildeo quanto ao modo como os professores e outros profissionais do ensino satildeo formados natildeo apenas em termos de competecircncias mas tambeacutem de valores eacuteticos

Os principais aspetos relacionados com os profissionais altamente qualificados podem ser resumidos numa seacuterie de indicadores na aacuterea da legislaccedilatildeo para a educaccedilatildeo inclusiva desenvolvidos e apresentados no projeto da Agecircncia Desenvolvimento de um conjunto de indicadores ndash para a educaccedilatildeo inclusiva na Europa

Programas de formaccedilatildeo inicial e contiacutenua de professores incluem conteuacutedos sobre a educaccedilatildeo especial e a inclusatildeo Professores e outros profissionais satildeo apoiados para desenvolverem os seus conhecimentos competecircncias e atitudes relativas agrave inclusatildeo de forma a

Colocar a teoria em praacutetica 19

estarem preparados para responder agraves necessidades de todos os alunos no ensino regular

Disponibilizaccedilatildeo de cursos e oportunidades para a melhoria do desenvolvimento profissional dos professores

Os professores planificam ensinam e reavaliam em parceria

Recursos satildeo disponibilizados para o adequado desenvolvimento profissional relacionados com a resposta agraves necessidades especiais em educaccedilatildeo inclusiva (Kyriazopoulou e Weber 2009 paacuteg 29)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 20

SISTEMAS DE APOIO E MECANISMOS DE FINANCIAMENTO

Introduccedilatildeo

Em novembro de 2011 a Agecircncia Europeia acolheu uma Audiccedilatildeo no Parlamento Europeu em Bruxelas Participaram oitenta e oito jovens com e sem necessidades educativas especiais eou incapacidades do ensino secundaacuterio e da formaccedilatildeo vocacional para debaterem o significado da educaccedilatildeo inclusiva para eles Alguns dos resultados estatildeo diretamente relacionados com questotildees de recursos e financiamento laquoA educaccedilatildeo inclusiva requer recursos adicionais como tempo e dinheiro mas cada aluno deve ter a educaccedilatildeo que querraquo (Agecircncia Europeia 2012a paacuteg 13)

O acesso fiacutesico dos edifiacutecios eacute importante (elevadores portas automaacuteticas interruptores acessiacuteveis etc) hellip No caso dos testes eacute necessaacuterio tempo extra hellip Satildeo necessaacuterios sistemas internos de apoio para os alunos com deficiecircncias (ibid paacuteg 28ndash29)

Eacute bom ter apoio de pessoas de fora da equipa da escola que possam atuar como mediadores para os alunos com necessidades especiais Havia professores que natildeo queriam cooperar no trabalho de educaccedilatildeo inclusiva para mim e para outros os professores devem aceitar todos nas suas salas de aula (ibid paacuteg 20)

Os cortes do governo estatildeo a ter impacto no apoio ndash pessoas como os mediadores estatildeo a perder os seus empregos O dinheiro estaacute a ir para as escolas mas eacute tatildeo disfuncional que significa que os professores laquonormaisraquo tecircm de prestar o apoio e eles natildeo satildeo capazes (ibid paacuteg 28)

A educaccedilatildeo inclusiva eacute muitas vezes referida como dispendiosa mas ao tentar poupar vamos acabar por pagar mais para lidar com os problemas hellip Mesmo que um paiacutes natildeo tenha muitos recursos a educaccedilatildeo inclusiva precisa de ser posta em praacutetica A educaccedilatildeo inclusiva eacute um investimento temos de investir nas pessoas (ibid paacuteg 25)

Sistemas de apoio e mecanismos de financiamento Os sistemas de apoio e mecanismos de financiamento englobam todos os niacuteveis de aprendizagem e por conseguinte abordam diversas questotildees Aleacutem disso limitar a questatildeo apenas ao campo educativo seria insuficiente

As crianccedilas e os jovens natildeo teratildeo sucesso na aprendizagem se a sua sauacutede baacutesica e as suas necessidades sociais e emocionais natildeo forem atendidas Isto pode exigir apoio para as famiacutelias e as comunidades sendo necessaacuteria a

Colocar a teoria em praacutetica 21

colaboraccedilatildeo com os serviccedilos de sauacutede e de seguranccedila social que garanta uma intervenccedilatildeo holiacutestica (Agecircncia Europeia 2011c paacuteg 17ndash18)

Existe a consciencializaccedilatildeo disseminada de que a criaccedilatildeo de poliacuteticas com base em evidecircncias eacute essencial para o desenvolvimento a longo prazo dos sistemas de educaccedilatildeo inclusiva Tal foi reconhecido no trabalho da Agecircncia logo em 1999 no acircmbito do relatoacuterio Financing of Special Needs Education [Financiamento da Educaccedilatildeo Especial] onde se defendia que

os procedimentos de avaliaccedilatildeo e monitorizaccedilatildeo nos paiacuteses podem tambeacutem ser melhorados no quadro do ensino especial Em primeiro lugar eacute importante garantir e incentivar um dispecircndio eficiente e eficaz dos fundos puacuteblicos Em segundo lugar parece ser necessaacuterio mostrar claramente aos clientes dos sistemas educativos (alunos com necessidades especiais e os seus pais) que a qualidade da educaccedilatildeo no ambiente regular (incluindo todas as instalaccedilotildees adicionais e apoio) eacute suficientemente elevada (Agecircncia Europeia 1999 paacuteg 158)

Os temas do financiamento e dos recursos foram abordados em diversos outros projetos da Agecircncia Assim as afirmaccedilotildees e os resultados que se seguem lanccedilam alguma luz sobre estas duas questotildees de pontos de vista diferentes na sequecircncia de projetos distintos levados a cabo pela Agecircncia

Intervenccedilatildeo Precoce na Infacircncia (IPI) laquoA tendecircncia comum na Europa eacute a prestaccedilatildeo de serviccedilos de IPI localizados e prestados tatildeo perto quanto possiacutevel da crianccedila e da famiacuteliaraquo (Agecircncia Europeia 2010 paacuteg 18) por exemplo no municiacutepio

Os recursos e serviccedilos de IPI devem abranger todas as famiacutelias e crianccedilas em idades precoces que deles necessitem independentemente da sua condiccedilatildeo socioeconoacutemica hellip Isto implica que os fundos puacuteblicos devem cobrir todos os custos relativos agrave IPI atraveacutes de serviccedilos puacuteblicos companhias de seguros organizaccedilotildees sem fins lucrativos etc preenchendo os padrotildees de qualidade exigidos na respetiva legislaccedilatildeo nacional para a IPI (ibid paacuteg 22) O financiamento puacuteblico para os serviccedilos de IPI geralmente vem do governo central eou federal ou dos orccedilamentos regionais eou locais Na maioria dos casos o financiamento da IPI eacute uma combinaccedilatildeo dos trecircs niacuteveis da administraccedilatildeo acima mencionados planos de seguro de sauacutede e de recursos de organizaccedilotildees sem fins lucrativos (ibid paacuteg 23)

As recomendaccedilotildees para melhorar a coordenaccedilatildeo dos serviccedilos e dos recursos da IPI incluem entre outras as seguintes

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 22

A IPI eacute muitas vezes uma aacuterea de trabalho interserviccedilos mas tambeacutem uma aacuterea interdisciplinar Os decisores poliacuteticos precisam de reconhecer isso garantindo que as poliacuteticas e as orientaccedilotildees sejam desenvolvidas conjuntamente pelos setores da sauacutede da educaccedilatildeo e da seguranccedila social e que qualquer orientaccedilatildeo escrita para os serviccedilos regionais e locais inclui os logotipos de todos os departamentos Somente desta forma o trabalho integrado seraacute filtrado aos niacuteveis regional e local (ibid paacuteg 42ndash43)

Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula

A existecircncia de diferentes modelos de gestatildeo da diferenccedila na sala de aula depende natildeo soacute de fatores ligados ao professor mas tambeacutem da forma como a escola organiza os recursos e de outros fatores externos

Esta afirmaccedilatildeo foi incluiacuteda no relatoacuterio da Agecircncia sobre Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula (Agecircncia Europeia 2003 paacuteg 8)

Eacute claro que a resposta aos alunos com necessidades educativas especiais natildeo eacute apenas uma questatildeo de recursos a niacutevel da sala de aula Importa reconhecer que a organizaccedilatildeo da escola determina igualmente a quantidade e o tipo dos recursos que os professores podem usar no ensino de alunos com NEE (ibid paacuteg 14ndash15)

A organizaccedilatildeo dos recursos no seio da escola deve corresponder ao princiacutepio da flexibilidadehellip as escolas devem ter liberdade para a utilizaccedilatildeo dos recursos financeiros de acordo com os seus proacuteprios desejos e perspetivas Deve evitarshyse a burocracia estando os recursos disponiacuteveis para todos os alunos com ou sem NEE sempre que necessaacuterio ou quando o professor assim o desejar (ibid paacuteg 16)

laquoO financiamento e respetivos incentivos desempenham um papel decisivoraquo (ibid paacuteg 17)

O modelo de financiamento baseado na avaliaccedilatildeo dos resultados (a niacutevel regional) parece ser a opccedilatildeo melhor sucedida Neste modelo os orccedilamentos destinados agraves necessidades educativas especiais satildeo atribuiacutedos pelo serviccedilo central agraves instituiccedilotildees regionais ou locais (comunidades agrupamentos de escolas) As decisotildees relativas ao financiamento e elegibilidade devem ser tomadas a niacutevel regionalhellip Um modelo descentralizado pode ser mais rentaacutevel e limitar os riscos de ver emergir formas indesejaacuteveis de comportamentosestrateacutegicos Eacute no entanto evidente que o governo central deve indicar claramente os objetivos a atingir (ibid paacuteg 18)

Colocar a teoria em praacutetica 23

Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional (EFP) A implementaccedilatildeo dos programas de EFP segue o planeamento a longo prazo no setor da educaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo com os parceiros sociais

Existe um foco no estabelecimento de ligaccedilotildees mais proacuteximas hellip para desenvolver os curriacuteculos dos programas de formaccedilatildeo profissional e para corresponder agraves abordagens e conteuacutedos educativos com as competecircncias necessaacuterias na vida laboral hellip atraveacutes da organizaccedilatildeo e realizaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo de competecircncias colaboraccedilatildeo no estabelecimento de conteuacutedos de novas qualificaccedilotildees normas e curriacuteculos e correspondecircncia dos programas de EFP com as necessidades da economia (Agecircncia Europeia 2014 paacuteg 23) A niacutevel individual os alunos com necessidades educativas especiais recebem assistecircncia educativa (por exemplo tecnologia de apoio inteacuterpretes de liacutengua gestual materiais de aprendizagem de elaboraccedilatildeo especial escribas ou outras formas de assistecircncia praacutetica) especial para tornar os curriacuteculos de EFP acessiacuteveis (ibid paacuteg 15)

Os niacuteveis regionais (ou seja condados freguesias municiacutepios proviacutencias federais) satildeo fundamentais para garantir o melhor ajuste entre os objetivos educativos e as necessidades do mercado de trabalho Os conselhos consultivos regionais desempenham um papel ativo na atualizaccedilatildeo da estrutura dos programas educativos no acircmbito da sua responsabilidade regional e em cooperaccedilatildeo com os parceiros sociais Desempenham um papel importante na possibilidade de flexibilizaccedilatildeo dos percursos dos alunos

As instituiccedilotildees de EFP satildeo lideradas por diferentes agecircncias nos paiacuteses europeus tais como autoridades locais organizaccedilotildees natildeo governamentais setor privado etc Nos paiacuteses europeus analisados as principais responsabilidades pelo financiamento cabem agraves entidades estatais e governamentais a niacutevel regional ou municipal Aleacutem disso na maioria dos paiacuteses os criteacuterios de financiamento satildeo diferentes dependendo do tipo de propriedade (puacuteblicaprivada) vigente no paiacutes Outras medidas destinadas a promover o emprego entre os alunos com NEE satildeo o pagamento do custo do serviccedilo de emprego apoiado a isenccedilatildeo do pagamento de pensatildeo e seguro de invalidez uma recompensa para casos em que a quota eacute ultrapassada ajudas financeiras aos trabalhadores com incapacidades que se estabelecem como empresaacuterios reduccedilatildeo nos pagamentos agrave seguranccedila social reduccedilatildeo de impostos pelo emprego de jovens alunos com NEE ou preacutemios anuais por boas praacuteticas Existem tambeacutem programas que permitem que os alunos entrem no mercado de trabalho mantendo uma percentagem do seu subsiacutedio social de origem (por exemplo subsiacutedio de invalidez) que natildeo estaacute sujeito agrave tributaccedilatildeo ou cobertura social Os funcionaacuterios tambeacutem seriam autorizados a manter laquobenefiacutecios

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 24

secundaacuteriosraquo (por exemplo subsiacutedio para combustiacutevel cartatildeo meacutedico) durante um determinado periacuteodo de tempo

Tecnologias de Informaccedilatildeo e Comunicaccedilatildeo (TIC)

Sem duacutevida as TIC acessiacuteveis podem atuar como um facilitador para a igualdade de participaccedilatildeo em atividades educativas para diversos alunos com NEE Os estudantes com SEN destacaram a importacircncia das TIC durante a Audiccedilatildeo do Parlamento Europeu em 2011

No nosso paiacutes existe uma organizaccedilatildeo que fornece materiais especiais e tecnologias de informaccedilatildeo A escola pode pedir as ajudas teacutecnicas a essa organizaccedilatildeo e os alunos podem levaacute-las para casa Quando deixam de precisar dessas ajudas teacutecnicas estas podem ser usadas por outros alunos nas mesmasou noutras escolas Eacute muito importante ter ajudas teacutecnicas e apoio (Agecircncia Europeia 2012a paacuteg 14)

Poreacutem

O facto de o impulso para a equidade na educaccedilatildeo atraveacutes do apoio de TIC acessiacuteveis estar a ser ofuscado por desenvolvimentos econoacutemicos negativos reforccedila a ideia de que as poliacuteticas europeias e internacionais globais devem continuar a assumir uma lideranccedila estaacutevel neste campo (Agecircncia Europeia 2013 paacuteg 24)

Neste contexto a aquisiccedilatildeo pode ser considerada um mecanismo de financiamento se a acessibilidade for um preacute-requisito incorporado A acessibilidade deve ser um princiacutepio orientador para a aquisiccedilatildeo de todos os bens e serviccedilos

O acesso a TIC apropriadas em diferentes contextos de aprendizagem ao longo da vida ndash incluindo em casa ndash requer muitas vezes a contribuiccedilatildeo de profissionais de diferentes aacutereas hellip Isto envolve a coordenaccedilatildeo entre indiviacuteduos serviccedilos e muitas vezes poliacuteticas para diferentes setores de trabalho Tambeacutem envolve abordagens flexiacuteveis para o financiamento das TIC com possibilidades de tomada de decisotildees a niacutevel local quanto agraves despesas relacionadas com as necessidades identificadas localmente (Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO e Agecircncia Europeia 2011 paacuteg 88)

Para concluir

Eacute necessaacuterio considerar quatro requisitos no que diz respeito aos sistemas de financiamento para garantir que estes sistemas sustentam totalmente os objetivos da poliacutetica educativa

Colocar a teoria em praacutetica 25

A poliacutetica de financiamento apoia totalmente a educaccedilatildeo inclusiva Isto inclui o desenvolvimento de poliacuteticas fiscais que criem incentivos ao inveacutes de desincentivos agrave oferta de colocaccedilotildees e de serviccedilos de inclusatildeo Embora exista uma seacuterie de bases alternativas para financiar alunos com NEE o financiamento per capita parece ser o mais promissor para satisfazer o requisito estabelecido

A poliacutetica de financiamento baseia-se totalmente nas necessidades educativas Os montantes individuais de financiamento per capita podem ser determinados atraveacutes de anaacutelises de custos que mostram os custos relativos de disponibilizar aos alunos condiccedilotildees especiais selecionadas

A poliacutetica de financiamento facilita totalmente respostas flexiacuteveis eficazes e eficientes agraves necessidades Em vez de financiar ou fornecer recursos especiacuteficos por exemplo tipos preacute-determinados de pessoal equipamentos ou instalaccedilotildees o financiamento per capita aloca recursos monetaacuterios promovendo a flexibilidade no uso local

A poliacutetica de financiamento promove totalmente o apoio de serviccedilos relacionados e a necessaacuteria colaboraccedilatildeo intersectorial

Em geral as estruturas de incentivo devem assegurar a disponibilizaccedilatildeo de mais fundos se uma crianccedila for colocada num contexto inclusivo sendo necessaacuteria uma maior ecircnfase nos resultados (natildeo apenas acadeacutemicos)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 26

DADOS FIAacuteVEIS

Introduccedilatildeo

A Convenccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiecircncia (CDPD) bem como a Estrateacutegia Europeia para a Deficiecircncia 2010ndash2020 e o quadro estrateacutegico Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo 2020 relativo agrave equidade na educaccedilatildeo satildeo impulsionadores-chave para a educaccedilatildeo inclusiva nos paiacuteses A CDPD da ONU apela aos Estados Partes para

hellip recolher informaccedilatildeo apropriada incluindo dados estatiacutesticos e de investigaccedilatildeo que lhes permitam formular e implementar poliacuteticas que visem dar efeito agrave presente Convenccedilatildeo (Naccedilotildees Unidas 2006 Artigo 31ordm)

e hellip Os Estados Partes devem em conformidade com os seus sistemas juriacutedico e administrativo manter fortalecer nomear ou estabelecer a niacutevel interno uma estrutura que inclua um ou mais mecanismos independentes conforme apropriado com vista a promover proteger e monitorizar a implementaccedilatildeo da presente Convenccedilatildeo (ibid Artigo 33ordm)

Existe a consciencializaccedilatildeo disseminada de que a criaccedilatildeo de poliacuteticas com base em evidecircncias eacute essencial para o desenvolvimento a longo prazo dos sistemas de educaccedilatildeo inclusiva Decisores poliacuteticos especialistas em estatiacutestica e investigadores reconhecem a necessidade de uma recolha de dados a niacutevel nacional que natildeo soacute responda agraves exigecircncias das orientaccedilotildees poliacuteticas internacionais mas que tambeacutem obedeccedila a uma abordagem comum que promova uma sinergia de esforccedilos a niacutevel nacional e internacional O trabalho da Agecircncia demonstrou que existem apelos para a disponibilizaccedilatildeo de ampla informaccedilatildeo para os decisores poliacuteticos e para a adoccedilatildeo pelas diferentes organizaccedilotildees tanto a niacutevel nacional como europeu de uma variedade de abordagens complementares para a recolha de dados Poreacutem embora a necessidade de tais dados seja clara os melhores meacutetodos e procedimentos de recolha e anaacutelise dos mesmos satildeo muito menos claros

Em resultado do trabalho da Agecircncia ndash mais especificamente das atividades dos projetos Desenvolvimento de um conjunto de indicadores ndash para a educaccedilatildeo inclusiva na Europa (Kyriazopoulou e Weber 2009) e Mapeamento da Implementaccedilatildeo de Poliacuteticas para a Educaccedilatildeo Inclusiva (MIPIE) (Agecircncia Europeia 2011a) ndash emergem cinco requisitos-chave de poliacuteticas relativos agrave recolha de dados no que concerne agrave necessidade de evidecircncias sobre a educaccedilatildeo inclusiva a niacutevel nacional

bull necessidade de recolha de dados nacionais ancorada nos acordos internacionais e europeus

Colocar a teoria em praacutetica 27

bull necessidade de compreender o impacto das diferenccedilas nos sistemas educativos dos paiacuteses

bull necessidade de analisar a efetividade da educaccedilatildeo inclusiva

bull necessidade de recolha de dados que forneccedila evidecircncias sobre a garantia de qualidade e

bull necessidade de acompanhar o progresso dos alunos a longo prazo Os decisores poliacuteticos precisam de dados qualitativos e quantitativos que os informem sobre a qualidade da educaccedilatildeo prestada aos alunos com necessidades educativas especiais Estas mensagens principais refletem uma recomendaccedilatildeo central do Relatoacuterio Mundial sobre Deficiecircncia (Organizaccedilatildeo Mundial de SauacutedeBanco Mundial 2011) a necessidade de os paiacuteses desenvolverem os sistemas de recolha de dados quantitativos existentes e de simultaneamente realizarem investigaccedilotildees qualitativas aprofundadas e especiacuteficas sobre o custoshyeficaacutecia e sobre outras questotildees relacionadas com a garantia da qualidade

O projeto MIPIE apela ao desenvolvimento de um quadro comum para a recolha de dados construiacutedo com base nos procedimentos nacionais existentes e nos acordos internacionais sobre recolha de dados e procedimentos hellip Podem ser identificadas trecircs dimensotildees para uma estrutura comum

- A mudanccedila para um sistema de recolha de dados baseado em conceitos e definiccedilotildees comuns

- A recolha de evidecircncias que conduzam a niacuteveis de referecircncia quantitativos e qualitativos

- O uso de uma estrutura multiniacutevel para analisar as poliacuteticas a niacuteveis nacional e internacional (Agecircncia Europeia 2011a paacuteg 11)

Uma tal abordagem eacute necessaacuteria para apoiar os paiacuteses no desenvolvimento de uma laquorecolha de dados que permita monitorizar os direitos dos alunos bem como para monitorizarem a eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusivaraquo (ibid)

Monitorizaccedilatildeo dos direitos dos alunos

No acircmbito de uma estrutura abrangente para o mapeamento das questotildees relacionadas com os direitos devem ser identificados indicadores quantitativos e qualitativos referentes a diversos fatores

(i) Participaccedilatildeo na educaccedilatildeo e formaccedilatildeo

O relatoacuterio da Agecircncia sobre a Intervenccedilatildeo precoce na infacircncia sugere que

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 28

Os decisores poliacuteticos devem ter mecanismos para avaliar a solicitaccedilatildeo de serviccedilos de IPI e mecanismos eficazes que verifiquem se a prestaccedilatildeo de serviccedilos responde ao solicitado para se poder planear a melhoria do serviccedilo Deve ser desenvolvida uma forma sistemaacutetica de recolha e de monitorizaccedilatildeo de dados fiaacuteveis a niacutevel nacional (Agecircncia Europeia 2010 paacuteg 40)

No relatoacuterio Participaccedilatildeo na Educaccedilatildeo Inclusiva afirma-se que Embora os governos nacionais e locais jaacute recolham dados importantes sobre a educaccedilatildeo pouco se sabe sobre a participaccedilatildeo hellip Atualmente a maior parte dos dados recolhidos para fins de monitorizaccedilatildeo satildeo dados estatiacutesticos sobre a inscriccedilatildeo e a conclusatildeo da escolaridade hellip Poucos paiacuteses tecircm meacutetodos sistemaacuteticos de recolha anaacutelise e interpretaccedilatildeo de dados qualitativos sobre a participaccedilatildeo a niacutevel individual em sala de aula e na escola embora os relatoacuterios escolares de autorrevisatildeo e de inspeccedilatildeo respondam muitas vezes a questotildees de participaccedilatildeo e inclusatildeo (Agecircncia Europeia 2011d paacuteg 19)

Este relatoacuterio tambeacutem destaca alguns dos perigos potenciais associados agrave recolha de dados em relaccedilatildeo agrave participaccedilatildeo

hellip estruturas criadas para acompanhar as crianccedilas com necessidades educativas especiais podem funcionar como barreiras agrave sua participaccedilatildeo e sucesso marcando estas crianccedilas como diferentes Uma consequecircncia natildeo intencional de categorizar algumas crianccedilas para monitorizar a sua participaccedilatildeo pode gerar um paradoxo o que resulta na celebraccedilatildeo de acordos separados para a sua educaccedilatildeo (ibid paacuteg 17ndash18)

(ii) Acesso ao apoio e agrave adaptaccedilatildeo

Trecircs estudos da Agecircncia consideraram diferentes aspetos de apoio para os alunos com NEE A revisatildeo da literatura do projeto Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional cita Redley (2009)

Natildeo existem dados nacionais fiaacuteveis sobre o nuacutemero de organizaccedilotildees que oferecem emprego apoiado ou o nuacutemero de pessoas com dificuldades de aprendizagem empregadas nelas e o governo natildeo participa neste processo (Agecircncia Europeia 2012f paacuteg 41)

O estudo conjunto da Agecircncia realizado com o Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO que analisa o uso das TIC na educaccedilatildeo das pessoas com incapacidades defende que

Tanto em relaccedilatildeo agrave Convenccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas (2006) como em relaccedilatildeo agrave poliacutetica regional (ou seja europeia) e nacional haacute uma necessidade de informaccedilatildeo mais detalhada ligada agrave monitorizaccedilatildeo de indicadores e benchmarks qualitativos e quantitativos sobre as TIC na educaccedilatildeo para pessoas

Colocar a teoria em praacutetica 29

com incapacidades (Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO e Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011 paacuteg 93)

Em relaccedilatildeo agrave acessibilidade da informaccedilatildeo para a aprendizagem as recomendaccedilotildees do projeto i-access da Agecircncia defendem que

A conformidade [acessibilidade] agrave poliacutetica deve ser sistematicamente monitorizada A monitorizaccedilatildeo da conformidade soacute pode ser incentivada nomomento presente mas deve ser alargada hellip Eacute necessaacuterio recolher dados quantitativos e qualitativos sistemaacuteticos o que deve tambeacutem envolver os utilizadores finais de informaccedilatildeo acessiacutevel Poreacutem a monitorizaccedilatildeo do progresso natildeo se pode limitar a afericcedilatildeo numeacuterica mas deve incluir a possibilidade de recolher exemplos de boas praacuteticas que poderiam servir de modelo para outros paiacuteses e organizaccedilotildees (Agecircncia Europeia 2012e paacuteg 40ndash 41)

(iii) Oportunidades para o sucesso na aprendizagem e na transiccedilatildeo Dois grandes projetos da Agecircncia tiveram em linha de conta a transiccedilatildeo da escola para o emprego Ambos apontam para a falta de dados fiaacuteveis neste campo O projeto Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego sugeriu que

Os dados nacionais dos paiacuteses apenas incluem pessoas registadas como desempregadas mas uma alta percentagem de pessoas com necessidades especiais natildeo estaacute registada ndash elas natildeo tecircm sequer a oportunidade de conseguir o primeiro emprego (Agecircncia Europeia 2002a paacuteg 2)

O estudo de acompanhamento (Agecircncia Europeia 2006) natildeo refere quaisquer desenvolvimentos nesta aacuterea

(iv) Oportunidades de integraccedilatildeo

O estudo da Agecircncia com foco na diversidade multicultural destaca a falta de dados em relaccedilatildeo a um fator importante de integraccedilatildeo ndash antecedente de imigraccedilatildeo dos alunos com NEE

Muitos paiacuteses envolvidos no projeto referiram que natildeo existem dados atualizados sobre os alunos com NEE e de origem imigrante Diversas agecircncias governamentais tecircm responsabilidades diferentes e natildeo haacute coordenaccedilatildeo na recolha de dados Haacute outras razotildees para a falta de dados Alguns paiacuteses natildeo tecircm estatiacutesticas oficiais sobre a origem das pessoas para aleacutem do paiacutes de nascimento uma vez que eacute proibido o tratamento de dados pessoais que identifiquem a raccedila a origem eacutetnica a incapacidade ou crenccedila religiosa Em outros paiacuteses natildeo haacute recolha sistemaacutetica de dados relativos a alunos com NEE

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 30

ou a alunos com NEE e de origem imigrante a niacutevel nacional ou local (Agecircncia Europeia 2009a paacuteg 30)

Monitorizaccedilatildeo da eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusiva

Dados que examinam a eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusiva tecircm em conta questotildees de custo-eficaacutecia bem como diversas aacutereas relacionadas com as experiecircncias de educaccedilatildeo dos alunos procedimentos de avaliaccedilatildeo inicial o envolvimento contiacutenuo dos alunos e das suas famiacutelias em experiecircncias educativas e a eficaacutecia de ambientes de aprendizagem na superaccedilatildeo das barreiras e apoio de experiecircncias de aprendizagem significativas para todos os alunos

O estudo da Agecircncia relativo ao Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos realccedila que eacute necessaacuterio apoiar as escolas com

hellip aconselhamento sobre como pode ser usada a informaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo ndash particularmente a da avaliaccedilatildeo estandardizada recolhida para fins de monitorizaccedilatildeo nacional ndash para melhorar as praacuteticas com todos os alunos incluindo os que apresentam NEE (Watkins 2007 paacuteg 60)

O relatoacuterio designado Elevar o Sucesso de Todos os Alunos defende que

Para avanccedilar para uma maior equidade na educaccedilatildeo satildeo necessaacuterios indicadores de sucesso adequados agrave comunidade local focalizados no input recursos processos e outputresultados Embora a informaccedilatildeo (incluindo dados) deva ser usada para direcionar o apoio e acompanhar o sucesso de poliacuteticas e praacuteticas inclusivas eacute necessaacuterio cuidado para que os sistemas de responsabilidade natildeo causem inadvertidamente alteraccedilotildees inadequadas (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 22)

Este estudo destaca potenciais dificuldades inerentes

No clima atual o desenvolvimento de mecanismos de responsabilidade adequados e de formas de medir o sucesso valorizado e monitorizar a equidade apresentam muitos desafios Apesar da procura de dados concretos Fullan (2011) adverte que laquoas estatiacutesticas satildeo um servo maravilhoso mas um mestre terriacutevelraquo (paacuteg 127) e Hargreaves e Shirley (2009) enfatizam a necessidade de colocar a responsabilidade antes da prestaccedilatildeo de contas Sugerem que a prestaccedilatildeo de contas deve laquoservir de consciecircncia por meio de amostragemraquo e que deve ser realizado um ataque laquoaos excessos de padronizaccedilatildeo testada que negam a diversidade e destroem a criatividaderaquo (paacuteg 109) (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 22)

Dentro do projeto MIPIE argumentou-se que a monitorizaccedilatildeo da eficaacutecia dos sistemas de educaccedilatildeo inclusiva tambeacutem incluiria uma anaacutelise da eficaacutecia da formaccedilatildeo de professores (Agecircncia Europeia 2011a) O relatoacuterio do projeto TE4I

Colocar a teoria em praacutetica 31

destaca uma seacuterie de questotildees relacionadas com a disponibilidade de dados nesta aacuterea Relativamente agrave representaccedilatildeo de professores de grupos minoritaacuterios

A maior parte dos paiacuteses que natildeo recolhe dados refere curiosamente uma subshyrepresentaccedilatildeo de pessoas com deficiecircncia e pertencentes a grupos minoritaacuterios entre os professores estagiaacuterios e os professores diplomados e a situaccedilatildeo parece ser idecircntica entre os formadores de professores (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 22)

O relatoacuterio tambeacutem indica a necessidade de dados que levam a mudanccedilas com base em evidecircncias

A falta de investigaccedilatildeo em larga escala e de investigaccedilatildeo cumulativa bem como de evidecircncia empiacuterica na formaccedilatildeo de professores para a inclusatildeo foi referida pela OCDE (2010) hellip esta investigaccedilatildeo poderaacute garantir a existecircncia dum corpo de evidecircncias que possam dar forma agrave mudanccedila No presente relatoacuterio os exemplos realccedilam algumas questotildees-chave da pesquisa incluindo

- A eficaacutecia de diferentes rotas no ensino - Abordagens agrave formaccedilatildeo de professores e ao curriacuteculo da FIP e

- O papel dos cursos separados integrados e unificados e a melhor maneira de passar dum curso contiacutenuo para um uacutenico curso de formaccedilatildeo de professores que prepare todos os professores para a diversidade (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 68)

O projeto MIPIE defende que

A niacutevel da escola a recolha de dados deve

- Fornecer informaccedilatildeo que permitam aos professores e funcionaacuterios da escola planear e prestar o apoio e os recursos adequados

- Fornecer ideias claras sobre a participaccedilatildeo ativa dos pais e alunos no processo educativo (Agecircncia Europeia 2011a paacuteg 13)

Para que isto seja possiacutevel

Satildeo necessaacuterias sinergias a niacutevel nacional entre os principais intervenientes baseadas num claro racional para a recolha de dados considerando os dados a niacutevel nacional regional escola e sala de aula para que os dados globais do paiacutes efetivamente possam refletir a praacutetica (ibid paacuteg 14)

Para concluir a provisatildeo dos dados pode contribuir efetivamente para a elaboraccedilatildeo de poliacuteticas para a educaccedilatildeo inclusiva Haacute uma exigecircncia crescente ndash a niacutevel internacional europeu e nacional ndash para a responsabilidade e tecircm vindo a crescer comparaccedilotildees laquoentre escolasraquo e laquoentre naccedilotildeesraquo O surgimento de laquograndes dadosraquo

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 32

(meta-anaacutelises de conjuntos de dados e fontes combinadas) apresenta oportunidades mas tambeacutem desafios reais para a educaccedilatildeo inclusiva

Os apelos para a poliacutetica e alocaccedilatildeo de recursos baseada em evidecircncias reforccedilam a necessidade de dados significativos relacionados com todos os alunos Eacute necessaacuterio saber que alunos estatildeo a receber que serviccedilos quando e onde (contando todos os alunos) Tambeacutem eacute necessaacuterio ter dados sobre a qualidade dos serviccedilos e os resultados obtidos (considerando a praacutetica)

Um grande desafio para a recolha de dados estaacute em evitar classificar categorizar e rotular os alunos de modo a fornecer informaccedilatildeo sobre a provisatildeo que recebem As laquopluralidadesraquo das definiccedilotildees aplicadas a alunos e a laquopoliacuteticaraquo dos sistemas de rotulagem natildeo podem ser ignoradas nem os efeitos a que esses sistemas de rotulagem e definiccedilotildees conduzem

Fazer as perguntas certas em termos de poliacuteticas eacute o ponto de partida para a recolha de dados que servem de base significativa para as poliacuteticas

Colocar a teoria em praacutetica 33

OLHAR EM FRENTE

O primeiro objetivo da conferecircncia em novembro de 2013 foi refletir e resumir o trabalho da Agecircncia ao longo da uacuteltima deacutecada As cinco mensagens-chave descritas nos capiacutetulos anteriores destacam aspetos criacuteticos no que se refere agrave educaccedilatildeo inclusiva Baseiam-se nos resultados da anaacutelise aprofundada de temas-chave decididos pelos paiacuteses membros da Agecircncia O segundo objetivo da conferecircncia foi olhar em frente explorando a forma como o trabalho da Agecircncia pode prestar um melhor apoio aos paiacuteses membros ajudandoos a melhorar a qualidade e a eficaacutecia das suas respostas inclusivas para alunos com incapacidades eou necessidades educativas especiais A Agecircncia estaacute disposta a ajudar os paiacuteses de uma forma mais concreta com a implementaccedilatildeo dos resultados do nosso trabalho Isso significa disponibilizar recomendaccedilotildees de poliacutetica que sejam mais diretamente aplicaacuteveis aos decisores poliacuteticos para apoiar alteraccedilotildees futuras e desenvolvimentos poliacuteticos

A Agecircncia estaacute consciente de que o trabalho jaacute realizado estaacute de acordo e apoia diretamente todas as iniciativas de poliacuteticas europeias e internacionais em termos de educaccedilatildeo equidade igualdade de oportunidades e direitos para pessoas com incapacidades eou necessidades educativas especiais O trabalho da Agecircncia fornece recomendaccedilotildees claras e coerentes sobre como as poliacuteticas-chave nestas aacutereas podem ser implementadas na praacutetica A Agecircncia pretende proporcionar aos paiacuteses informaccedilatildeo sobre o progresso alcanccedilado nos objetivos propostos em termos de (a) metas de Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo para 2020 e (b) Convenccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiecircncia (2006) bem como vaacuterias diretivas e comunicaccedilotildees da Uniatildeo Europeia Eacute necessaacuteria orientaccedilatildeo sobre o modo como a educaccedilatildeo inclusiva pode ser implementada a niacutevel do professor sala de aula escola regiatildeo municiacutepio e poliacutetica nacional A Agecircncia tem capacidade para disponibilizar aos paiacuteses orientaccedilotildees sobre formas de implementaccedilatildeo da educaccedilatildeo inclusiva e como isto afeta a qualidade geral da educaccedilatildeo As discussotildees durante a conferecircncia bem como as discussotildees aprofundadas no acircmbito da Agecircncia orientaratildeo esta nova etapa no trabalho da Agecircncia

shy

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 34

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 1999 Financing of Special Needs Education ndash A seventeen-country Study of the Relationship between Financing of Special Needs Education and Inclusion [Financiamento da Educaccedilatildeo Especial ndash Um estudo de dezassete paiacuteses da Relaccedilatildeo entre o Financiamento da Educaccedilatildeo Especial e a Inclusatildeo] Middelfart Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2002a Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Princiacutepios-chave e Recomendaccedilotildees para R esponsaacuteveis Poliacuteticos Middelfart Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanagencyorgsitesdefaultfilestransition_transition_pttextpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2002b Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Principais problemas questotildees e opccedilotildees enfrentadas pelos alunos com necessidades educativas especiais em 16 paiacuteses Europeus Relatoacuterio Siacutentese Middelfart Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanagencyorgsitesdefaultfilestransition-from-school-to-employment_Transitionptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2003 Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula Relatoacuterio Siacutentese Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanagencyorgsitesdefaultfilesinclusive-education-and-classroom-practices_iecpptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2005 Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula nos 2ordm e 3ordm Ciclos do Ensino Baacutesico Relatoacuterio Siacutentese Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesinclusive-educationand-classroom-practice-in-secondary-education_iecp_secondary_ptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2006 Planos Individuais de Transiccedilatildeo Apoiar a Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesindividual-transitionplans_itp_ptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

shy

shyshy

shyshy

shy

shy

Colocar a teoria em praacutetica 35

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2009a Diversidade multicultural e necessidades especiais de educaccedilatildeo Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfilesmulticultural-diversity-and-special-needsshyeducation_Multicultural-Diversity-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2009b Princiacutepiosshychave para a Promoccedilatildeo da Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva ndash Recomendaccedilotildees para Decisores Poliacuteticos Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportskeyshyprinciples-for-promoting-quality-in-inclusive-educationkey-principles-PTpdf(Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2010 Intervenccedilatildeo Precoce na Infacircncia ndash Progressos e Desenvolvimentos 2005ndash2010 Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesearly-childhood-interventionshyprogress-and-developments_ECI-report-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011a Mapeamento da Implementaccedilatildeo de Poliacuteticas para a Educaccedilatildeo Inclusiva Uma anaacutelise dos desafios e oportunidades para o desenvolvimento de indicadores Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httphttpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesmipie_MIPIE-summaryshyof-proposals-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011b Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo na Europa ndash Desafios e Oportunidades Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfileste4i-challenges-and-opportunities_TE4I-Synthesis-Report-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011c Princiacutepios-Chave para a Promoccedilatildeo da Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva ndash Recomendaccedilotildees para Decisores Poliacuteticos Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfilesinclusive-education-and-classroom-practices_iecpshyptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011d Participation in Inclusive Education ndash A Framework for Developing Indicators [Participaccedilatildeo na Educaccedilatildeo inclusiva ndash Um Quadro para o Desenvolvimento de Indicadores] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 36

agencyorgpublicationsereportsparticipation-in-inclusive-education-a-frameworkshyfor-developing-indicatorsParticipation-in-Inclusive-Educationpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012a Perspetivas dos Jovens sobre Educaccedilatildeo Inclusiva Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfilesyoung-views-on-inclusive-education_YoungViews-2012PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012b Perfil de Professores Inclusivos Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfileste4i-profile-of-inclusive-teachers_Profile-of-InclusiveshyTeachers-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012c Raising Achievement for All Learners ndash Quality in Inclusive Education [Elevar o Sucesso de Todos os Alunos ndash Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva] Relatoacuterio sobre a conferecircncia realizada em Odense Dinamarca de 13 a 15 de junho de 2012 Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesRA4AL-conference-reportpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014) Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012d Raising Achievement for All Learners ndash Quality in Inclusive Education [Elevar o Sucesso de Todos os Alunos ndash Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httphttpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesra4al-keyshymessages_RA4AL-summary-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012e Promoting Accessible Information for Lifelong Learning Recommendations and findings of the i-access project [Promover o Acesso agrave Informaccedilatildeo para a Aprendizagem ao Longo da Vida Recomendaccedilotildees e observaccedilotildees do projeto i-access] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportsi-accessi-accessshyreportpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012f Vocational Education and Training Policy and Practice in the field of Special Needs Education ndash Literature Review [Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional (EFP) Poliacutetica e Praacutetica no campo da Educaccedilatildeo Especial ndash Revisatildeo da Literatura] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Colocar a teoria em praacutetica 37

agencyorgagency-projectsvocational-education-and-trainingvet-filesVETshyLiteratureReviewpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012g Teacher Education for Inclusion Project Recommendations linked to Sources of Evidence [Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo Recomendaccedilotildees do Projeto Ligadas a Fontes de Evidecircncias] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgagencyshyprojectsTeacher-Education-for-Inclusionsources-of-evidencepdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2013 European and International Policy Supporting ICT for Inclusion [Poliacutetica Europeia e Internacional para Uso das TIC como Apoio para a Inclusatildeo] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfileseuropean-and-internationalshypolicy-supporting-ict-for-inclusion_policy-supporting-ict-for-inclusionpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para as Necessidades Especiais e a Educaccedilatildeo Inclusiva 2014 Vocational Education and Training ndash Summary of Country Information [Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional ndash Resumo de Informaccedilatildeo do Paiacutes] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para as Necessidades Especiais e a Educaccedilatildeo Inclusiva httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesVET Summary of Country information 2014pdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Bennett S e Gallagher TL 2012 The Delivery of Education Services for Students who have an Intellectual Disability in the Province of Ontario [A prestaccedilatildeo de serviccedilos de ensino para alunos com incapacidade intelectual na proviacutencia de Ontaacuterio] Toronto Community Living Ontario

Chapman C Ainscow M Miles S e West M 2011 Leadership that promotes the achievement of students with special educational needs and disabilities [Lideranccedila que promove o sucesso de alunos com necessidades educativas especiais e incapacidades] Nottingham National College for School Leadership

Comissatildeo das Comunidades Europeias 2008 Livro Verde ndash Migraccedilatildeo e mobilidade desafios e oportunidades para os sistemas educativos da UE SEC(2008) 2173 COM20080423 final Bruxelas Comissatildeo das Comunidades Europeias

Conselho da Uniatildeo Europeia 2010 Conclusotildees do Conselho sobre a dimensatildeo social da educaccedilatildeo e da formaccedilatildeo 3013ordf Reuniatildeo do Conselho de EDUCACcedilAtildeO JUVENTUDE E CULTURA Bruxelas 11 de maio de 2010 httpeurshylexeuropaeulegal-contentPTTXTPDFuri=CELEX52010XG0526(01)ampfrom=PT(Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 38

Farrell P Dyson AS Polat F Hutcheson G e Gallannaugh F 2007 laquoSEN inclusion and pupil achievement in English schoolsraquo [Inclusatildeo de crianccedilas com NEE e sucesso dos alunos nas escolas inglesas] Journal of Research in Special Educational Needs 7 (3) 172ndash178

Frilseth L 2012 The Norwegian Model for Education for All in Upper Secondary School [O Modelo Norueguecircs para a Educaccedilatildeo para Todos no Ensino Secundaacuterio] Direccedilatildeo Norueguesa para Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo httpwwweuropeanshyagencyorgagency-projectsra4alra4al-seminar-pdfNorway-L-Frilsethpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Fullan M 2011 Change Leader Learning to do what matters most [Liacuteder de Mudanccedila aprender a fazer o que mais importa] San Francisco Jossey-Bass de Graaf G van Hove G e Haveman M 2011 laquoMore academics in regular schools The effect of regular versus special school placement on academic skills in Dutch primary school students with Down syndromeraquo [Mais acadeacutemicos nas escolas regulares O efeito da colocaccedilatildeo em escola regular versus escola especial nas competecircncias acadeacutemicas em alunos holandeses do ensino primaacuterio com siacutendrome de Down] Journal of International Disability Research December 2011 57(1) 21ndash38 doi 101111j1365-2788201101512x

Hargreaves A e Shirley D 2009 The Fourth Way ndash The inspiring future for educational change [A Quarta Via ndash O futuro inspirador para a mudanccedila educativa] Publicaccedilatildeo conjunta do Ontario Principalsrsquo Council e do National Staff Development Council Thousand Oaks CA Corwin Press

Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO e Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011 ICTs in Education for People with Disabilities Review de innovative practice [TIC na Educaccedilatildeo para Pessoas com Incapacidades revisatildeo da praacutetica inovadora] Moscovo Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO httpwwweuropeanshyagencyorgpublicationsereportsICTs-in-Education-for-People-WithshyDisabilitiesReview-of-Innovative-Practice (Uacuteltimo acesso em julho de 2014) Kalambouka A Farrell P Dyson A e Kaplan I 2005 The impact of population inclusivity in schools on student outcomes [O impacto da inclusividade da populaccedilatildeo em escolas nos resultados dos alunos] Research Evidence in Education Library London EPPI-Centre Social Science Research Unit Institute of Education University of London Kyriazopoulou M e Weber H (eds) 2009 Desenvolvimento de um conjunto de indicadores ndash para a educaccedilatildeo inclusiva na Europa Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Colocar a teoria em praacutetica 39

agencyorgsitesdefaultfilesdevelopment-of-a-set-of-indicators-for-inclusiveshyeducation-in-europe_indicators-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

MacArthur J 2009 Learning Better Together Working towards inclusive education in New Zealand schools [Aprender Melhor Juntos trabalhar para a educaccedilatildeo inclusiva nas escolas da Nova Zelacircndia] Wellington IHC

MacArthur J Kelly B Sharp S amp Gaffney M 2005 Participation or exclusion Disabled childrenrsquos experiences of life at school [Participaccedilatildeo ou exclusatildeo Experiecircncias de vida na escola de crianccedilas com incapacidades] Um artigo apresentado na laquoChildrenrsquos Issues Conferenceraquo Dunedin Nova Zelacircndia julho de 2005 Menter I Hulme M Elliott D e Lewin J 2010 Literature Review on Teacher Education in the 21st Century [Revisatildeo da Literatura sobre a Formaccedilatildeo de Professores no Seacuteculo XXI] Scottish Government Social Research Edimburgo Scottish Government

Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para a Educaccedilatildeo Ciecircncia e Cultura 2009 Policy Guidelines on Inclusion in Education [Diretrizes da Poliacutetica sobre Inclusatildeo na Educaccedilatildeo] Paris UNESCO

Organizaccedilatildeo Mundial de SauacutedeBanco Mundial 2011 World Report on Disability [Relatoacuterio Mundial sobre Deficiecircncia] Genebra Ediccedilotildees OMS httpwwwwhointdisabilitiesworld_report2011enindexhtml (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Organizaccedilatildeo para a Cooperaccedilatildeo e Desenvolvimento Econoacutemico 2011 PISA in Focus Improving Performance Leading from the Bottom [PISA agrave Lupa Melhorar os Resultados Progedir ateacute ao Topo] 20112 (Marccedilo) Paris OCDE Redley M 2009 laquoUnderstanding the social exclusion and stalled welfare of citizens with learning disabilitiesraquo [Compreender a exclusatildeo social e o bem-estar sem progresso dos cidadatildeos com dificuldades de aprendizagem] Disability amp Society 24(4) 489ndash501

Naccedilotildees Unidas 2006 Convenccedilatildeo sobre os Direitos das Pessoas com Deficiecircncia Nova Iorque Naccedilotildees Unidas

Watkins A (ed) 2007 Assessment in Inclusive Settings Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos Questotildees-chave para Poliacuteticas e Praacuteticas Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportsassessment-in-inclusiveshysettings-key-issues-for-policy-and-practiceassessment-in-inclusive-settings-keyshyissues-for-policy-and-practice (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 40

Wilkinson R e Pickett K 2010 The Spirit Level Why Equality is Better para Everyone [O Niacutevel do Espiacuterito Por que a Igualdade eacute Melhor para Todos] Londres Penguin

Willms JD 2006 Learning divides Ten policy questions about the performance and equity of schools and schooling systems [A aprendizagem divide dez perguntas de poliacutetica acerca do desempenho e equidade das escolas e dos sistemas de escolaridade] Montreal Instituto de Estatiacutestica da UNESCO

Colocar a teoria em praacutetica 41

  • preacircmbulo
  • Sumaacuterio Executivo
  • O mais precocemente possiacutevel
    • Introduccedilatildeo
    • Intervenccedilatildeo precoce
    • Deteccedilatildeo e avaliaccedilatildeo precoces
    • Apoio precoce
    • Transiccedilatildeo planeada
      • A educaccedilatildeo inclusiva beneficia todos
        • Introduccedilatildeo
        • A educaccedilatildeo inclusiva como uma abordagem para elevar o sucesso para todos os alunos
        • laquoO que eacute bom para os alunos com NEE eacute igualmente bom para todos os alunosraquo
        • Monitorizaccedilatildeo do progresso
          • profissionais altamente qualificados
            • Introduccedilatildeo
            • Formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo
            • O perfil dos professores inclusivos e outros profissionais
            • Abordagens ao recrutamento
            • Atitudes positivas
            • Trabalho em rede e coordenaccedilatildeo
              • sistemas de apoio e mecanismos de financiamento
                • Introduccedilatildeo
                • Sistemas de apoio e mecanismos de financiamento
                  • Intervenccedilatildeo Precoce na Infacircncia (IPI)
                  • Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula
                  • Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional (EFP)
                  • Tecnologias de Informaccedilatildeo e Comunicaccedilatildeo (TIC)
                      • dados fiaacuteveis
                        • Introduccedilatildeo
                        • Monitorizaccedilatildeo dos direitos dos alunos
                          • (i) Participaccedilatildeo na educaccedilatildeo e formaccedilatildeo
                          • (ii) Acesso ao apoio e agrave adaptaccedilatildeo
                          • (iii) Oportunidades para o sucesso na aprendizagem e na transiccedilatildeo
                          • (iv) Oportunidades de integraccedilatildeo
                            • Monitorizaccedilatildeo da eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusiva
                              • olhar em frente
                              • REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

O MAIS PRECOCEMENTE POSSIacuteVEL

Introduccedilatildeo

laquoO mais precocemente possiacutevelraquo refere-se antes de mais a intervir numa fase precoce da vida de uma crianccedila Cobre tambeacutem muitos outros elementos relevantes incluindo intervir logo que a necessidade eacute detetada implementar a avaliaccedilatildeo precoce fornecer o apoio necessaacuterio o mais precocemente possiacutevel e preparar e planear as fases de transiccedilatildeo de uma fase educativa para a seguinte e para o emprego

Ainda que diversos projetos da Agecircncia natildeo tenham analisado a reduccedilatildeo das taxas de abandono escolar a reduccedilatildeo destas taxas envolve boas poliacuteticas e praacuteticas em termos de deteccedilatildeo precoce aleacutem de um apoio precoce e eficiente

Intervenccedilatildeo precoce

Durante a Audiccedilatildeo no Parlamento Europeu que a Agecircncia organizou em 2011 os jovens referiram os seguintes pontos laquoA inclusatildeo comeccedila no jardim-de-infacircnciaraquo (Agecircncia Europeia 2012a paacuteg 14) laquoA diversidade eacute positiva eacute importante preparar as pessoas desde o iniacutecio para trabalharem com as crianccedilas para construiacuterem uma geraccedilatildeo melhorraquo (ibid paacuteg 30)

No quadro do relatoacuterio de 2010 da Agecircncia Intervenccedilatildeo Precoce na Infacircncia ndash Progressos e Desenvolvimentos 2005ndash2010 a intervenccedilatildeo precoce na infacircncia (IPI) eacute definida como

um conjunto de serviccedilosrecursos para as crianccedilas em idades precoces e suas famiacutelias os quais satildeo disponibilizados quando solicitados pela famiacutelia num certo periacuteodo da vida da crianccedila incluindo qualquer accedilatildeo realizada qua ndo ela necessita de apoio especializado para Assegurar e incrementar o seu desenvolvimento pessoal Fortalecer as competecircncias da famiacutelia e Promover a inclusatildeo social da famiacutelia e da crianccedila (Agecircncia Europeia 2010 paacuteg 7)

Entre os diferentes elementos identificados como relevantes para a IPI a disponibilidade eacute um dos que tem de ser destacado

um objetivo comum da IPI eacute abranger tatildeo cedo quanto possiacutevel todas as crianccedilas e famiacutelias que necessitem de apoio Este objetivo eacute de grande prioridade nos paiacuteses com populaccedilatildeo dispersa ou em zonas rurais isoladas de forma a compensar as diferenccedilas entre as aacutereas rurais e urbanas no que respeita agrave disponibilizaccedilatildeo dos recursos e a garantir que as crianccedilas e famiacutelias que requerem apoio possam beneficiar da mesma qualidade de serviccedilos (ibid paacuteg 7ndash8)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 8

A intervenccedilatildeo precoce foi tambeacutem debatida no quadro do projeto Diversidade multicultural e necessidades especiais de educaccedilatildeo

Os professores e os profissionais de um centro de apoio apresentaram prioridades claras Estas incluiacuteram intervenccedilatildeo precoce necessidade de trabalhar com os pais [entre outras] (Agecircncia Europeia 2009a paacuteg 59)

Deteccedilatildeo e avaliaccedilatildeo precoces O relatoacuterio da Agecircncia Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos Questotildeesshychave para Poliacuteticas e Praacuteticas apresenta uma descriccedilatildeo exaustiva deste aspeto importante Afirma-se que

A avaliaccedilatildeo inicial dos alunos que se pensa terem NEE [necessidades educativas especiais] pode ter duas finalidades possiacuteveis

bull Identificaccedilatildeo associada a uma decisatildeo oficial de laquoreconhecerraquo um aluno como tendo necessidades educativas que requerem recursos adicionais para apoio agrave sua aprendizagem

bull Dar indicaccedilotildees para os programas de aprendizagem nos quais a avaliaccedilatildeo eacute focalizada nas aacutereas fortes e fracas que o aluno pode apresentar nas diferentes aacutereas curriculares Tal informaccedilatildeo eacute muitas vezes utilizada de uma forma formativa ndash talvez como ponto de partida para os Planos Educativos Individuais ndash em vez de funcionar unicamente como uma avaliaccedilatildeo preacutevia (ponto de partida) (Watkins 2007 paacuteg 23)

laquoAs equipas multidisciplinares realizam a avaliaccedilatildeo inicial com os professores de turma os pais e os alunos como parceiros no processo de avaliaccedilatildeoraquo (ibid paacuteg 38)

A importacircncia da avaliaccedilatildeo precoce seguida por medidas de intervenccedilatildeo precoce foi reforccedilada no acircmbito do relatoacuterio da Agecircncia Diversidade multicultural e necessidades especiais de educaccedilatildeo (2009a) bem como nas observaccedilotildees do relatoacuterio Mapeamento da Implementaccedilatildeo de Poliacuteticas para a Educaccedilatildeo Inclusiva (MIPIE) da Agecircncia (2011a)

Apoio precoce

A maior parte dos relatoacuterios da Agecircncia refere a importacircncia e a vantagem do apoio precoce

O projeto Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula refere que

A decisatildeo sobre o apoio temporaacuterio aos alunos deve obedecer aos seguintes criteacuterios (1) o mais precocemente possiacutevel (2) da forma mais flexiacutevel possiacutevel (se uma abordagem natildeo funciona escolher outra) (3) da forma menos restritiva possiacutevel (sem efeitos secundaacuterios) (4) no local mais proacuteximo possiacutevel

Colocar a teoria em praacutetica 9

(preferencialmente na classe ou na escola regular) (5) durante um periacuteodo de tempo tatildeo curto quanto possiacutevel (Agecircncia Europeia 2003 paacuteg 16)

No relatoacuterio Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo na Europa ndash Desafios e Oportunidades afirma-se que

O investimento na educaccedilatildeo de infacircncia e num sistema educativo cada vez mais inclusivo representam provavelmente a longo prazo uma utilizaccedilatildeo mais eficaz dos recursos do que as iniciativas de curto prazo destinadas a laquocolmatar lacunasraquo ou apoiar determinados grupos marginalizados (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 82)

Transiccedilatildeo planeada Diferentes projetos da Agecircncia relativos agrave transiccedilatildeo focaram-se na necessidade de um plano precoce com o propoacutesito de passar de uma fase educativa para a seguinte bem como do ensino para o emprego (2002a 2002b 2006 e 2013)

O relatoacuterio Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Princiacutepios-chave e Recomendaccedilotildees para Responsaacuteveis Poliacuteticos reforccedila que os paiacuteses tecircm de laquoAssegurar o desenvolvimento de planos de transiccedilatildeo com a antecipaccedilatildeo necessaacuteria na vida escolar do aluno e natildeo somente no final da escolaridade obrigatoacuteriaraquo (Agecircncia Europeia 2002a paacuteg 6)

No enquadramento do trabalho desenvolvido pela Agecircncia sobre este tema Planos Individuais de Transiccedilatildeo

a transiccedilatildeo para o emprego surge como parte de um longo e complexo processo que cobre todas as fases da vida de uma pessoa e que necessita de ser orientada da forma mais apropriada laquoUma vida boa para todosraquo bem como laquoum bom trabalho para todosraquo satildeo os fins uacuteltimos de um processo de transiccedilatildeo bem sucedido Os tipos de recursos ou a organizaccedilatildeo da escola natildeo devem interferir com ou impedir que se realize tal processo (Agecircncia Europeia 2006 paacuteg 8ndash9)

Em conclusatildeo a intervenccedilatildeo precoce tem por objetivo principal proporcionar atividades significativas e positivas para promover o desenvolvimento precoce da crianccedila o envolvimento da famiacutelia a qualidade de vida a inclusatildeo social e o enriquecimento social Eacute necessaacuterio ter em conta que os serviccedilos de apoio satildeo essenciais para alguns mas tambeacutem beneacuteficos para todos Todas as crianccedilas tecircm o direito de receber apoio sempre que necessaacuterio Tal exige uma abordagem coordenada entre os setores e uma colaboraccedilatildeo eficaz entre todas as partes interessadas

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 10

A EDUCACcedilAtildeO INCLUSIVA BENEFICIA TODOS

Introduccedilatildeo

Existe um reconhecimento crescente na Europa e mais amplamente a niacutevel internacional de que eacute fundamental avanccedilar no sentido de uma poliacutetica e praacutetica inclusivas no ensino Nas Conclusotildees do Conselho sobre a dimensatildeo social da educaccedilatildeo e da formaccedilatildeo afirma-se que laquoTodos os estudantes sairatildeo beneficiados se forem criadas as condiccedilotildees necessaacuterias ao ecircxito da inclusatildeo de todos os alunos com necessidades especiaisraquo (Conselho da Uniatildeo Europeia 2010 paacuteg 5)

O Livro Verde da Comissatildeo das Comunidades Europeias relativo agrave Migraccedilatildeo e Mobilidade frisa que

As escolas devem ser determinantes para o fomento de uma sociedade inclusiva porque constituem uma oportunidade privilegiada para os jovens das comunidades migrantes e de acolhimento se conhecerem e respeitarem mutuamentehellip a diversidade cultural e linguiacutestica pode constituir um recurso inestimaacutevel para as escolas (Comissatildeo das Comunidades Europeias 2008 paacuteg 3)

A Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para a Educaccedilatildeo Ciecircncia e Cultura (UNESCO) (2009) indica claramente que a educaccedilatildeo inclusiva eacute uma questatildeo de equidade e por conseguinte uma questatildeo de qualidade com impacto em todos os alunos Eacute colocada a ecircnfase em trecircs propostas relativas agrave educaccedilatildeo inclusiva a inclusatildeo e a qualidade satildeo reciacuteprocas o acesso e a qualidade estatildeo ligados e reforccedilam-se mutuamente e por uacuteltimo a qualidade e a equidade satildeo essenciais para garantir a educaccedilatildeo inclusiva

Diversos projetos da Agecircncia centraram-se tambeacutem nesta questatildeo O relatoacuterio sobre a conferecircncia Elevar o Sucesso de Todos os Alunos (RA4AL) da Agecircncia (Agecircncia Europeia 2012c) realccedila que as questotildees que dizem respeito agrave definiccedilatildeo da inclusatildeo tecircm-se tornado cada vez mais importantes Contudo parece existir um acordo crescente quanto agrave necessidade de uma abordagem baseada nos direitos para o desenvolvimento de uma maior equidade e justiccedila social e para o apoio do desenvolvimento de uma sociedade sem discriminaccedilotildees Verificou-se por conseguinte um alargamento do debate sobre a inclusatildeo tendo o foco passado da relocalizaccedilatildeo de crianccedilas descritas como tendo necessidades educativas especiais para as escolas regulares para a vontade de disponibilizar educaccedilatildeo de alta qualidade ndash e consequentes benefiacutecios ndash a todos os alunos Agrave medida que cada vez mais paiacuteses abraccedilam uma definiccedilatildeo mais ampla de educaccedilatildeo inclusiva a diversidade eacute reconhecida como laquonaturalraquo em qualquer grupo de alunos e a educaccedilatildeo inclusiva pode ser encarada como uma forma de elevar o

Colocar a teoria em praacutetica 11

sucesso atraveacutes da presenccedila (acesso agrave educaccedilatildeo) participaccedilatildeo (qualidade da experiecircncia de aprendizagem) e sucesso (processos e resultados da aprendizagem) de todos os alunos

O trabalho da Agecircncia no documento Princiacutepios-Chave para a Promoccedilatildeo da Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva (Agecircncia Europeia 2009b) reforccedila a importacircncia das abordagens de aprendizagem centradas no alunopersonalizadas da avaliaccedilatildeo do professor que apoia a aprendizagem e do trabalho em colaboraccedilatildeo com os pais e as famiacutelias estes pontos satildeo poreacutem essenciais para melhorar a qualidade de educaccedilatildeo para todos os alunos

A educaccedilatildeo inclusiva como uma abordagem para elevar o sucesso para todos os alunos

Wilkinson e Pickett salientam que laquouma maior igualdade aleacutem de uma melhoria do bem-estar de toda a populaccedilatildeo eacute tambeacutem a chave para os padrotildees nacionais de sucessoraquo (2010 paacuteg 29) Eles frisam que se

um paiacutes deseja obter niacuteveis meacutedios mais elevados de sucesso educativo entre os alunos em idade escolar deve dar resposta agrave desigualdade subjacente que cria um gradiente social mais acentuado em termos de sucesso educativo (ibid paacuteg 30)

Ao desafiar a ideia de que a inclusatildeo de todos os alunos pode de alguma forma ser prejudicial para um sucesso elevado a Organizaccedilatildeo para a Cooperaccedilatildeo e Desenvolvimento Econoacutemico (OCDE 2011) mostra que a melhoria dos alunos com um desempenho mais baixo natildeo tem de ser feita agrave custa daqueles com melhores desempenhos As observaccedilotildees do relatoacuterio da UNESCO designado Learning Divides [A aprendizagem divide] (Willms 2006) fornece tambeacutem evidecircncias de que um desempenho escolar forte e a equidade podem andar de matildeos dadas e que os paiacuteses com os niacuteveis mais altos de desempenho tendem a ser aqueles que tecircm vindo a elevar o sucesso de todos os alunos (Agecircncia Europeia 2012d)

De acordo com o relatoacuterio RA4AL da Agecircncia

Farrell e colegas (2007) hellip descobriram um reduzido nuacutemero de pesquisas que sugerem que a colocaccedilatildeo de alunos com NEE em escolas regulares natildeo tem consequecircncias adversas de maior para o sucesso acadeacutemico comportamento e atitudes de todas as crianccedilas Uma revisatildeo sistemaacutetica da literatura encomendada pela Evidence for Policy and Practice Initiative [Iniciativa Evidecircncia por Poliacuteticas e Praacuteticas] (EPPI) (Kalambouka et al 2005) constatou tambeacutem que de um modo geral natildeo se observam efeitos adversos nos alunos sem NEE quando se incluem alunos com necessidades especiais nas escolas regulares (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 8)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 12

Diversos estudos descrevem os benefiacutecios da inclusatildeo para os alunos sem incapacidades Esses benefiacutecios incluem

aumento da valorizaccedilatildeo e aceitaccedilatildeo das diferenccedilas individuais e da diversidade respeito por todas as pessoas preparaccedilatildeo para a vida adulta numa sociedade inclusiva e oportunidades para dominar atividades praticando e ensinando outros Tais efeitos estatildeo tambeacutem documentados numa investigaccedilatildeo recente por exemplo da autoria de Bennett e Gallagher (2012) (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 8)

O impacto positivo das colocaccedilotildees em contextos inclusivos de alunos com incapacidades eacute registado por investigaccedilotildees como as realizadas por MacArthur et al (2005) e de Graaf et al (2011) Este impacto inclui relaccedilotildees e redes sociais melhoradas modelos dos pares maior sucesso maiores expetativas maior colaboraccedilatildeo entre os profissionais da escola e melhor integraccedilatildeo das famiacutelias na comunidade (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 8)

Benefiacutecios adicionais podem incluir acesso a mais amplas oportunidades curriacuteculares e reconhecimento e acreditaccedilatildeo do sucesso

Deve ser considerada a melhoria da organizaccedilatildeo dos laquoespaccedilosraquo para aprendizagem e a criaccedilatildeo de mais oportunidades para os alunos descobrirem talentos em diversas aacutereas para aleacutem da aprendizagem acadeacutemica (ibid paacuteg 25)

A investigaccedilatildeo de Chapman et al (2011) centrou-se especificamente na

lideranccedila que promove sucesso para alunos com NEEincapacidadese sugeriu que a presenccedila de uma populaccedilatildeo diversificada de estudantes pode nas condiccedilotildees organizacionais certas estimular as disposiccedilotildees colaborativas e incentivar formas inovadoras de ensinar a de modo a chegar a todos os grupos de alunos (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 21)

laquoO que eacute bom para os alunos com NEE eacute igualmente bom para todos os alunosraquo

Esta declaraccedilatildeo feita na publicaccedilatildeo da Agecircncia denominada Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula (Agecircncia Europeia 2003 paacuteg 33) tem sido desde essa altura repetida com frequecircncia no trabalho da Agecircncia

Por exemplo o mesmo estudo frisou que

a tutoria entre pares ou a aprendizagem cooperativa eacute eficaz para a aprendizagem e para o desenvolvimento cognitivo e afetivo (soacutecio-emocional) dos alunos Os alunos que se entreajudam principalmente num sistema de composiccedilatildeo de grupos flexiacutevel e bem ponderado beneficiam com esta aprendizagem em comum (ibid paacuteg 23)

Colocar a teoria em praacutetica 13

No trabalho da Agecircncia sobre a praacutetica inclusiva nas escolas secundaacuterias em 2005 sublinhou-se que

Todos os alunos ndash incluindo os que apresentam necessidades educativas especiais ndash tecircm demonstrado evoluir na aprendizagem quando o seu trabalho eacute sistematicamente planeado supervisionado e avaliado (Agecircncia Europeia 2005 paacuteg 6)

e que

Todos os alunos beneficiam com a aprendizagem cooperativa o aluno que explica ao outro reteacutem melhor e por mais tempo a informaccedilatildeo e as necessidades do aluno que estaacute a aprender satildeo abordadas de melhor forma por um par cujo niacutevel de compreensatildeo esteja apenas ligeiramente acima do seu proacuteprio niacutevel (ibid paacuteg 18)

No relatoacuterio RA4AL afirma-se que

um sistema que permite que os alunos progridam rumo a objetivos comuns mas atraveacutes de vias diferentes utilizando diferentes estilos de aprendizagem e avaliaccedilatildeo deve ser mais inclusivo e elevar o sucesso de todos os alunos (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 25)

O relatoacuterio da Agecircncia Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos regista tambeacutem a necessidade de envolver todos os alunos e paisfamiacutelias no processo tanto de aprendizagem como de avaliaccedilatildeo (Watkins 2007) O mesmo relatoacuterio refere que o processo de diferenciaccedilatildeo requer uma anaacutelise cuidadosa Embora possa tambeacutem estar associado a individualizaccedilatildeo e personalizaccedilatildeo e ser visto como uma forma de satisfazer necessidades individuais ou de grupo mais especiacuteficas manteacutem-se frequentemente centrado no professor ao inveacutes de ser orientado para aluno A personalizaccedilatildeo tem de comeccedilar com as necessidades e interesses de todos os alunos

No mais recente projeto i-access da Agecircncia constata-se que os benefiacutecios da tecnologia de apoio ou laquotecnologia facilitadoraraquo mostram-se frequentemente uacuteteis para uma ampla variedade de utilizadores laquoA acessibilidade beneficia os utilizadores com incapacidades eou necessidades educativas especiais bem como todos os utilizadoresraquo (Agecircncia Europeia 2012e paacuteg 22)

As opiniotildees dos jovens com e sem incapacidades expressas na publicaccedilatildeo Perspetivas dos Jovens sobre Educaccedilatildeo Inclusiva fornecem um resumo claro dos benefiacutecios da educaccedilatildeo inclusiva para todos os alunos Como um jovem aluno afirmou laquoEducaccedilatildeo inclusiva eacute para todas as crianccedilas As escolas regulares devem estar perto das suas residecircncias Esta experiecircncia permite encontrar as pessoas vizinhasraquo (Agecircncia Europeia 2012a paacuteg 11) Outros acrescentaram laquoOs alunos

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 14

com e sem necessidades especiais podem aprender uns com os outros e trocarconhecimentosraquo laquoEacute bom para noacutes e bom para eles Eacute importante reconhecer os benefiacutecios para todos na turmaraquo e laquoA educaccedilatildeo inclusiva ajuda as crianccedilas a tornarem-se mais tolerantes com mentalidades mais abertasraquo (ibid paacuteg 23)

Monitorizaccedilatildeo do progresso

Na medida em que a educaccedilatildeo inclusiva se alargou para assegurar a qualidade da educaccedilatildeo para todos os alunos eacute necessaacuterio encontrar novas formas de monitorizar o progresso Sugere-se com base no trabalho realizado pela Agecircncia nos indicadores e no relatoacuterio MIPIE (2011a) que a niacutevel escolar a recolha de dados possa ter em conta fatores com possiacutevel impacto na qualidade das estrateacutegias de admissatildeo das escolas tais como regras e poliacuteticas de admissatildeo natildeo discriminatoacuterias poliacuteticas e estrateacutegias desenvolvidas para apoiar os alunos a expressarem as suas necessidades existecircncia de uma declaraccedilatildeo poliacutetica clara contra o bullying implementaccedilatildeo dos coacutedigos de praacutetica existentes relativamente agrave educaccedilatildeo inclusiva sessotildees de formaccedilatildeo do pessoal quanto a questotildees de admissatildeo e criaccedilatildeo de um ambiente escolar acolhedor trabalho em respeito e colaboraccedilatildeo com alunos e famiacutelias estrateacutegias para ajudar os alunos e as famiacutelias a participarem ativamente na comunidade escolar e na sala de aula e disponibilizaccedilatildeo de estrateacutegias de informaccedilatildeo e aconselhamento e respetivo impacto nos alunos

Em conclusatildeo o debate mais amplo sobre a inclusatildeo pretende no momento presente ndash proporcionar uma educaccedilatildeo de alta qualidade (e benefiacutecios) a todos os alunos Um desempenho escolar forte e a equidade podem andar de matildeos dadas

O sistema de ensino eacute complexo e fragmentado e atualmente falta-lhe uma linha de pensamento consistente acerca da educaccedilatildeo inclusiva De um modo geral o apoio aos diretores e liacutederes que queiram tentar proceder a alteraccedilotildees em situaccedilotildees isoladas eacute muito reduzido A diversidade tem vindo a aumentar em todo o sistema mas as tradiccedilotildees do passado restringem as accedilotildees A capacidade das escolas deve ser desenvolvida atraveacutes da consciencializaccedilatildeo do contexto da correspondecircncia (entre legislaccedilatildeo e poliacuteticapraacutetica) da clareza conceptual e de um apoio contiacutenuo ndash para todos partes interessadas ndash que incentive as escolas a serem proativas e natildeo reativas Conhecer todos os alunos e intervir de forma precoce ajudaraacute a desenvolver apoio de qualidade para todos os alunos considerado como parte da educaccedilatildeo em geral

Colocar a teoria em praacutetica 15

PROFISSIONAIS ALTAMENTE QUALIFICADOS

Introduccedilatildeo

laquoProfissionais altamente qualificadosraquo envolve questotildees de formaccedilatildeo inicial e contiacutenua perfil valores e competecircncia dos professores abordagens eficazes ao recrutamento e atitudes bem como trabalho em rede e coordenaccedilatildeo de todos profissionais Os jovens que participaram na Audiccedilatildeo do Parlamento Europeu organizada pela Agecircncia em 2011 referiram

O ponto de partida para a educaccedilatildeo inclusiva eacute a sensibilizaccedilatildeo e a formaccedilatildeo dprofessores hellip Os professores devem compreender o que cada aluno precisa e dar-lhe oportunidade de atingir os objetivos com sucesso Todos temos talentos juntos construiacutemos uma melhor comunidade de trabalho (Agecircncia Europeia 2012a paacuteg 12)

e

Formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo

Uma formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo adequada dos professores e outros profissionais eacute considerada um fator-chave para praacuteticas inclusivas bem-sucedidas O relatoacuterio da Agecircncia Princiacutepios-chave para a Promoccedilatildeo da Qualidade em Educaccedilatildeo Inclusiva Recomendaccedilotildees para a praacutetica frisa que

Todos os professores devem ter competecircncias para responder agraves diversas necessidades de todos os alunos Na formaccedilatildeo inicial e contiacutenua os professores devem adquirir as competecircncias conhecimento e compreensatildeo que lhes permitam ter a confianccedila necessaacuteria para lidar eficazmente com as diversas necessidades dos alunos (Agecircncia Europeia 2011c paacuteg 15)

O relatoacuterio da Agecircncia Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo na Europa ndash Desafios e Oportunidades aborda a estrutura da formaccedilatildeo inicial de professores Afirma-se que

Uma das principais prioridades da formaccedilatildeo de professores hellip eacute a necessidade de rever a sua estrutura para melhorar a formaccedilatildeo de professores para a inclusatildeo e para integrar a formaccedilatildeo inicial e especializada O conhecimento sobre a mudanccedila do papel dos professores evoluiu imenso tendo sido realccedilada a necessidade de introduzir mudanccedilas significativas na forma como os professores satildeo preparados para as suas funccedilotildees e responsabilidades profissionais (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 19)

Aleacutem disso indica que

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 16

Os formadores de professores satildeo atores-chave na garantia da alta qualidade do corpo docente Muitos paiacuteses europeus natildeo tecircm ainda uma poliacutetica expliacutecita sobre as competecircncias dos formadores de professores nem sobre a forma como devem ser selecionados ou formados (ibid paacuteg 66)

O perfil dos professores inclusivos e outros profissionais

No quadro do projeto da Agecircncia Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo o Perfil de Professores Inclusivos (Agecircncia Europeia 2012b) foi desenvolvido como um guia para a conceccedilatildeo e a implementaccedilatildeo de programas de formaccedilatildeo inicial de professores (FIP) para todos professores Identifica um quadro de valores essenciais e de aacutereas de competecircncia aplicaacuteveis a qualquer programa FIP na preparaccedilatildeo de todos os professores para trabalharem em educaccedilatildeo inclusiva respondendo agrave diversidade

O quadro de valores essenciais e de aacutereas de competecircncia inclui

Valorizaccedilatildeo da diversidade ndash a diferenccedila eacute considerada um recurso e um valor para a educaccedilatildeo As aacutereas de competecircncia dentro deste valor fundamental dizem respeito a Conceccedilotildees de educaccedilatildeo inclusiva Perspetivas do professor sobre a diferenccedila dos alunos

Apoiar todos os alunos ndash os professores tecircm elevadas expectativas sobre os resultados de todos os alunos As aacutereas de competecircncia dentro deste valor essencial dizem respeito a Promoccedilatildeo da aprendizagem acadeacutemica praacutetica social e emocional de todos os alunos Metodologias de ensino eficazes em turmas heterogeacuteneas

Trabalho com outros ndash colaboraccedilatildeo e trabalho em equipa satildeo metodologias essenciais para todos os professores As aacutereas de competecircncia dentro deste valor essencial dizem respeito a Trabalho com pais e famiacutelias Trabalho com um vasto leque de profissionais de educaccedilatildeo

Desenvolvimento profissional e pessoal ndash o ensino eacute uma atividade de aprendizagem e os professores satildeo responsaacuteveis pela aprendizagem ao longo da vida As aacutereas de competecircncia dentro deste valor essencial dizem respeito a Professores como profissionais reflexivos Formaccedilatildeo inicial de professores como base para o desenvolvimento profissional contiacutenuo (ibid paacuteg 7)

Abordagens ao recrutamento

As abordagens eficazes ao recrutamento e o aumento das taxas de permanecircncia dos professores e outros profissionais satildeo indicados como fatores-chave numa seacuterie de projetos da Agecircncia O relatoacuterio da Agecircncia Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo na Europa ndash Desafios e Oportunidades realccedila que

Colocar a teoria em praacutetica 17

Devem ser encontradas estrateacutegias efetivas para melhorar o recrutamento dos candidatos a professores para aumentar as taxas de permanecircncia a par de medidas destinadas a aumentar o nuacutemero de professores de diferentes origens e incluindo professores com deficiecircncia (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 75)

O relatoacuterio do projeto refere que

Uma minoria de paiacuteses tem testes para selecionar o acesso agrave docecircncia Contudo a investigaccedilatildeo recentemente levada a cabo para efeitos da Revisatildeo da Formaccedilatildeo de Professores na Escoacutecia (Menter e colegas 2010) realccedila evidecircncias que mostram que haacute muitas dimensotildees do ensino efetivo que natildeo satildeo fidedignamente preditiacuteveis por testes de capacidade acadeacutemica Esta conclusatildeo estaacute em concordacircncia com a revisatildeo da literatura deste projeto e com os relatoacuterios dos paiacuteses que realccedilam a importacircncia das atitudes valores e crenccedilas no desenvolvimento de praacuteticas inclusivas Tanto as atitudes valores e crenccedilas como as disposiccedilotildees que apoiam o desenvolvimento das requeridascompetecircncias satildeo difiacuteceis de apurar mesmo atraveacutes de uma entrevista Eacute necessaacuteria mais investigaccedilatildeo para encontrar indicadores eficazes para a seleccedilatildeo de candidatos (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 21)

Atitudes positivas

As atitudes positivas dos professores e outros profissionais satildeo indicadas como um elemento-chave na educaccedilatildeo inclusiva na maioria dos projetos da Agecircncia O relatoacuterio da Agecircncia Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula constata que

Obviamente que a inclusatildeo depende largamente da atitude dos professores face aos alunos com necessidades especiais das suas perceccedilotildees sobre as diferenccedilas na sala de aula e da sua vontade de lidar eficazmente com essas diferenccedilas A atitude dos professores foi indicada como um fator decisivo na construccedilatildeo de escolas mais inclusivas (Agecircncia Europeia 2003 paacuteg 12)

Do mesmo modo o relatoacuterio da Agecircncia designado Princiacutepios-Chave para a Promoccedilatildeo da Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva ndash Recomendaccedilotildees para a praacutetica realccedila a importacircncia das atitudes positivas Afirma-se que

Todos os professores devem ter atitudes positivas em relaccedilatildeo a todos os alunos e disponibilidade para trabalhar em colaboraccedilatildeo com os colegas Todos os professores devem entender a diversidade como uma forccedila e um estiacutemulo para sua proacutepria aprendizagem (Agecircncia Europeia 2011c paacuteg 14)

O relatoacuterio da Agecircncia Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos Questotildeesshychave para Poliacuteticas e Praacuteticas indica que

As atitudes dos professores de turma face ao processo de avaliaccedilatildeo inclusiva satildeo cruciais As atitudes positivas podem ser fomentadas atraveacutes de formaccedilatildeo

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 18

apoio e recursos apropriados e de experiecircncias de inclusatildeo bem sucedidas Os professores necessitam de experiecircncias bem sucedidas para os ajudar a desenvolver as necessaacuterias atitudes positivas (Watkins 2007 paacuteg 53)

Trabalho em rede e coordenaccedilatildeo

Todos os relatoacuterios da Agecircncia referem o papel eficaz da colaboraccedilatildeo e coordenaccedilatildeo dos profissionais e do trabalho em rede com serviccedilos comunitaacuterios interdisciplinares Um exemplo digno de nota eacute o relatoacuterio da Agecircncia Formaccedilatildeo de professores para a Inclusatildeo Perfil de Professores Inclusivos (TE4I) no qual se realccedila que

A implementaccedilatildeo da educaccedilatildeo inclusiva deve ser vista como uma tarefa coletiva com funccedilotildees e responsabilidades atribuiacutedas aos diferentes intervenientes O apoio aos professores de turma inclui o acesso a estruturas que facilitam a comunicaccedilatildeo e o trabalho de equipa com diferentes profissionais (incluindo aqueles que trabalham em instituiccedilotildees de ensino superior) bem como oportunidades para o desenvolvimento profissional (Agecircncia Europeia 2012b paacuteg 24)

Na publicaccedilatildeo da Agecircncia Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula nos 2ordm e 3ordm Ciclos de Ensino Baacutesico as questotildees do ensino cooperativo e da resoluccedilatildeo cooperativa de problemas satildeo apresentadas como fatores-chave para uma praacutetica inclusiva eficaz O projeto afirma que laquoOs professores precisam do apoio dos colegas da escola e de ser capazes de colaborar com eles Necessitam igualmente do apoio e da colaboraccedilatildeo de profissionais exteriores agrave escolaraquo (Agecircncia Europeia 2005 paacuteg 5)

Para concluir

A educaccedilatildeo inclusiva implica uma alteraccedilatildeo sisteacutemica que exige uma transformaccedilatildeo quanto ao modo como os professores e outros profissionais do ensino satildeo formados natildeo apenas em termos de competecircncias mas tambeacutem de valores eacuteticos

Os principais aspetos relacionados com os profissionais altamente qualificados podem ser resumidos numa seacuterie de indicadores na aacuterea da legislaccedilatildeo para a educaccedilatildeo inclusiva desenvolvidos e apresentados no projeto da Agecircncia Desenvolvimento de um conjunto de indicadores ndash para a educaccedilatildeo inclusiva na Europa

Programas de formaccedilatildeo inicial e contiacutenua de professores incluem conteuacutedos sobre a educaccedilatildeo especial e a inclusatildeo Professores e outros profissionais satildeo apoiados para desenvolverem os seus conhecimentos competecircncias e atitudes relativas agrave inclusatildeo de forma a

Colocar a teoria em praacutetica 19

estarem preparados para responder agraves necessidades de todos os alunos no ensino regular

Disponibilizaccedilatildeo de cursos e oportunidades para a melhoria do desenvolvimento profissional dos professores

Os professores planificam ensinam e reavaliam em parceria

Recursos satildeo disponibilizados para o adequado desenvolvimento profissional relacionados com a resposta agraves necessidades especiais em educaccedilatildeo inclusiva (Kyriazopoulou e Weber 2009 paacuteg 29)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 20

SISTEMAS DE APOIO E MECANISMOS DE FINANCIAMENTO

Introduccedilatildeo

Em novembro de 2011 a Agecircncia Europeia acolheu uma Audiccedilatildeo no Parlamento Europeu em Bruxelas Participaram oitenta e oito jovens com e sem necessidades educativas especiais eou incapacidades do ensino secundaacuterio e da formaccedilatildeo vocacional para debaterem o significado da educaccedilatildeo inclusiva para eles Alguns dos resultados estatildeo diretamente relacionados com questotildees de recursos e financiamento laquoA educaccedilatildeo inclusiva requer recursos adicionais como tempo e dinheiro mas cada aluno deve ter a educaccedilatildeo que querraquo (Agecircncia Europeia 2012a paacuteg 13)

O acesso fiacutesico dos edifiacutecios eacute importante (elevadores portas automaacuteticas interruptores acessiacuteveis etc) hellip No caso dos testes eacute necessaacuterio tempo extra hellip Satildeo necessaacuterios sistemas internos de apoio para os alunos com deficiecircncias (ibid paacuteg 28ndash29)

Eacute bom ter apoio de pessoas de fora da equipa da escola que possam atuar como mediadores para os alunos com necessidades especiais Havia professores que natildeo queriam cooperar no trabalho de educaccedilatildeo inclusiva para mim e para outros os professores devem aceitar todos nas suas salas de aula (ibid paacuteg 20)

Os cortes do governo estatildeo a ter impacto no apoio ndash pessoas como os mediadores estatildeo a perder os seus empregos O dinheiro estaacute a ir para as escolas mas eacute tatildeo disfuncional que significa que os professores laquonormaisraquo tecircm de prestar o apoio e eles natildeo satildeo capazes (ibid paacuteg 28)

A educaccedilatildeo inclusiva eacute muitas vezes referida como dispendiosa mas ao tentar poupar vamos acabar por pagar mais para lidar com os problemas hellip Mesmo que um paiacutes natildeo tenha muitos recursos a educaccedilatildeo inclusiva precisa de ser posta em praacutetica A educaccedilatildeo inclusiva eacute um investimento temos de investir nas pessoas (ibid paacuteg 25)

Sistemas de apoio e mecanismos de financiamento Os sistemas de apoio e mecanismos de financiamento englobam todos os niacuteveis de aprendizagem e por conseguinte abordam diversas questotildees Aleacutem disso limitar a questatildeo apenas ao campo educativo seria insuficiente

As crianccedilas e os jovens natildeo teratildeo sucesso na aprendizagem se a sua sauacutede baacutesica e as suas necessidades sociais e emocionais natildeo forem atendidas Isto pode exigir apoio para as famiacutelias e as comunidades sendo necessaacuteria a

Colocar a teoria em praacutetica 21

colaboraccedilatildeo com os serviccedilos de sauacutede e de seguranccedila social que garanta uma intervenccedilatildeo holiacutestica (Agecircncia Europeia 2011c paacuteg 17ndash18)

Existe a consciencializaccedilatildeo disseminada de que a criaccedilatildeo de poliacuteticas com base em evidecircncias eacute essencial para o desenvolvimento a longo prazo dos sistemas de educaccedilatildeo inclusiva Tal foi reconhecido no trabalho da Agecircncia logo em 1999 no acircmbito do relatoacuterio Financing of Special Needs Education [Financiamento da Educaccedilatildeo Especial] onde se defendia que

os procedimentos de avaliaccedilatildeo e monitorizaccedilatildeo nos paiacuteses podem tambeacutem ser melhorados no quadro do ensino especial Em primeiro lugar eacute importante garantir e incentivar um dispecircndio eficiente e eficaz dos fundos puacuteblicos Em segundo lugar parece ser necessaacuterio mostrar claramente aos clientes dos sistemas educativos (alunos com necessidades especiais e os seus pais) que a qualidade da educaccedilatildeo no ambiente regular (incluindo todas as instalaccedilotildees adicionais e apoio) eacute suficientemente elevada (Agecircncia Europeia 1999 paacuteg 158)

Os temas do financiamento e dos recursos foram abordados em diversos outros projetos da Agecircncia Assim as afirmaccedilotildees e os resultados que se seguem lanccedilam alguma luz sobre estas duas questotildees de pontos de vista diferentes na sequecircncia de projetos distintos levados a cabo pela Agecircncia

Intervenccedilatildeo Precoce na Infacircncia (IPI) laquoA tendecircncia comum na Europa eacute a prestaccedilatildeo de serviccedilos de IPI localizados e prestados tatildeo perto quanto possiacutevel da crianccedila e da famiacuteliaraquo (Agecircncia Europeia 2010 paacuteg 18) por exemplo no municiacutepio

Os recursos e serviccedilos de IPI devem abranger todas as famiacutelias e crianccedilas em idades precoces que deles necessitem independentemente da sua condiccedilatildeo socioeconoacutemica hellip Isto implica que os fundos puacuteblicos devem cobrir todos os custos relativos agrave IPI atraveacutes de serviccedilos puacuteblicos companhias de seguros organizaccedilotildees sem fins lucrativos etc preenchendo os padrotildees de qualidade exigidos na respetiva legislaccedilatildeo nacional para a IPI (ibid paacuteg 22) O financiamento puacuteblico para os serviccedilos de IPI geralmente vem do governo central eou federal ou dos orccedilamentos regionais eou locais Na maioria dos casos o financiamento da IPI eacute uma combinaccedilatildeo dos trecircs niacuteveis da administraccedilatildeo acima mencionados planos de seguro de sauacutede e de recursos de organizaccedilotildees sem fins lucrativos (ibid paacuteg 23)

As recomendaccedilotildees para melhorar a coordenaccedilatildeo dos serviccedilos e dos recursos da IPI incluem entre outras as seguintes

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 22

A IPI eacute muitas vezes uma aacuterea de trabalho interserviccedilos mas tambeacutem uma aacuterea interdisciplinar Os decisores poliacuteticos precisam de reconhecer isso garantindo que as poliacuteticas e as orientaccedilotildees sejam desenvolvidas conjuntamente pelos setores da sauacutede da educaccedilatildeo e da seguranccedila social e que qualquer orientaccedilatildeo escrita para os serviccedilos regionais e locais inclui os logotipos de todos os departamentos Somente desta forma o trabalho integrado seraacute filtrado aos niacuteveis regional e local (ibid paacuteg 42ndash43)

Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula

A existecircncia de diferentes modelos de gestatildeo da diferenccedila na sala de aula depende natildeo soacute de fatores ligados ao professor mas tambeacutem da forma como a escola organiza os recursos e de outros fatores externos

Esta afirmaccedilatildeo foi incluiacuteda no relatoacuterio da Agecircncia sobre Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula (Agecircncia Europeia 2003 paacuteg 8)

Eacute claro que a resposta aos alunos com necessidades educativas especiais natildeo eacute apenas uma questatildeo de recursos a niacutevel da sala de aula Importa reconhecer que a organizaccedilatildeo da escola determina igualmente a quantidade e o tipo dos recursos que os professores podem usar no ensino de alunos com NEE (ibid paacuteg 14ndash15)

A organizaccedilatildeo dos recursos no seio da escola deve corresponder ao princiacutepio da flexibilidadehellip as escolas devem ter liberdade para a utilizaccedilatildeo dos recursos financeiros de acordo com os seus proacuteprios desejos e perspetivas Deve evitarshyse a burocracia estando os recursos disponiacuteveis para todos os alunos com ou sem NEE sempre que necessaacuterio ou quando o professor assim o desejar (ibid paacuteg 16)

laquoO financiamento e respetivos incentivos desempenham um papel decisivoraquo (ibid paacuteg 17)

O modelo de financiamento baseado na avaliaccedilatildeo dos resultados (a niacutevel regional) parece ser a opccedilatildeo melhor sucedida Neste modelo os orccedilamentos destinados agraves necessidades educativas especiais satildeo atribuiacutedos pelo serviccedilo central agraves instituiccedilotildees regionais ou locais (comunidades agrupamentos de escolas) As decisotildees relativas ao financiamento e elegibilidade devem ser tomadas a niacutevel regionalhellip Um modelo descentralizado pode ser mais rentaacutevel e limitar os riscos de ver emergir formas indesejaacuteveis de comportamentosestrateacutegicos Eacute no entanto evidente que o governo central deve indicar claramente os objetivos a atingir (ibid paacuteg 18)

Colocar a teoria em praacutetica 23

Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional (EFP) A implementaccedilatildeo dos programas de EFP segue o planeamento a longo prazo no setor da educaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo com os parceiros sociais

Existe um foco no estabelecimento de ligaccedilotildees mais proacuteximas hellip para desenvolver os curriacuteculos dos programas de formaccedilatildeo profissional e para corresponder agraves abordagens e conteuacutedos educativos com as competecircncias necessaacuterias na vida laboral hellip atraveacutes da organizaccedilatildeo e realizaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo de competecircncias colaboraccedilatildeo no estabelecimento de conteuacutedos de novas qualificaccedilotildees normas e curriacuteculos e correspondecircncia dos programas de EFP com as necessidades da economia (Agecircncia Europeia 2014 paacuteg 23) A niacutevel individual os alunos com necessidades educativas especiais recebem assistecircncia educativa (por exemplo tecnologia de apoio inteacuterpretes de liacutengua gestual materiais de aprendizagem de elaboraccedilatildeo especial escribas ou outras formas de assistecircncia praacutetica) especial para tornar os curriacuteculos de EFP acessiacuteveis (ibid paacuteg 15)

Os niacuteveis regionais (ou seja condados freguesias municiacutepios proviacutencias federais) satildeo fundamentais para garantir o melhor ajuste entre os objetivos educativos e as necessidades do mercado de trabalho Os conselhos consultivos regionais desempenham um papel ativo na atualizaccedilatildeo da estrutura dos programas educativos no acircmbito da sua responsabilidade regional e em cooperaccedilatildeo com os parceiros sociais Desempenham um papel importante na possibilidade de flexibilizaccedilatildeo dos percursos dos alunos

As instituiccedilotildees de EFP satildeo lideradas por diferentes agecircncias nos paiacuteses europeus tais como autoridades locais organizaccedilotildees natildeo governamentais setor privado etc Nos paiacuteses europeus analisados as principais responsabilidades pelo financiamento cabem agraves entidades estatais e governamentais a niacutevel regional ou municipal Aleacutem disso na maioria dos paiacuteses os criteacuterios de financiamento satildeo diferentes dependendo do tipo de propriedade (puacuteblicaprivada) vigente no paiacutes Outras medidas destinadas a promover o emprego entre os alunos com NEE satildeo o pagamento do custo do serviccedilo de emprego apoiado a isenccedilatildeo do pagamento de pensatildeo e seguro de invalidez uma recompensa para casos em que a quota eacute ultrapassada ajudas financeiras aos trabalhadores com incapacidades que se estabelecem como empresaacuterios reduccedilatildeo nos pagamentos agrave seguranccedila social reduccedilatildeo de impostos pelo emprego de jovens alunos com NEE ou preacutemios anuais por boas praacuteticas Existem tambeacutem programas que permitem que os alunos entrem no mercado de trabalho mantendo uma percentagem do seu subsiacutedio social de origem (por exemplo subsiacutedio de invalidez) que natildeo estaacute sujeito agrave tributaccedilatildeo ou cobertura social Os funcionaacuterios tambeacutem seriam autorizados a manter laquobenefiacutecios

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 24

secundaacuteriosraquo (por exemplo subsiacutedio para combustiacutevel cartatildeo meacutedico) durante um determinado periacuteodo de tempo

Tecnologias de Informaccedilatildeo e Comunicaccedilatildeo (TIC)

Sem duacutevida as TIC acessiacuteveis podem atuar como um facilitador para a igualdade de participaccedilatildeo em atividades educativas para diversos alunos com NEE Os estudantes com SEN destacaram a importacircncia das TIC durante a Audiccedilatildeo do Parlamento Europeu em 2011

No nosso paiacutes existe uma organizaccedilatildeo que fornece materiais especiais e tecnologias de informaccedilatildeo A escola pode pedir as ajudas teacutecnicas a essa organizaccedilatildeo e os alunos podem levaacute-las para casa Quando deixam de precisar dessas ajudas teacutecnicas estas podem ser usadas por outros alunos nas mesmasou noutras escolas Eacute muito importante ter ajudas teacutecnicas e apoio (Agecircncia Europeia 2012a paacuteg 14)

Poreacutem

O facto de o impulso para a equidade na educaccedilatildeo atraveacutes do apoio de TIC acessiacuteveis estar a ser ofuscado por desenvolvimentos econoacutemicos negativos reforccedila a ideia de que as poliacuteticas europeias e internacionais globais devem continuar a assumir uma lideranccedila estaacutevel neste campo (Agecircncia Europeia 2013 paacuteg 24)

Neste contexto a aquisiccedilatildeo pode ser considerada um mecanismo de financiamento se a acessibilidade for um preacute-requisito incorporado A acessibilidade deve ser um princiacutepio orientador para a aquisiccedilatildeo de todos os bens e serviccedilos

O acesso a TIC apropriadas em diferentes contextos de aprendizagem ao longo da vida ndash incluindo em casa ndash requer muitas vezes a contribuiccedilatildeo de profissionais de diferentes aacutereas hellip Isto envolve a coordenaccedilatildeo entre indiviacuteduos serviccedilos e muitas vezes poliacuteticas para diferentes setores de trabalho Tambeacutem envolve abordagens flexiacuteveis para o financiamento das TIC com possibilidades de tomada de decisotildees a niacutevel local quanto agraves despesas relacionadas com as necessidades identificadas localmente (Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO e Agecircncia Europeia 2011 paacuteg 88)

Para concluir

Eacute necessaacuterio considerar quatro requisitos no que diz respeito aos sistemas de financiamento para garantir que estes sistemas sustentam totalmente os objetivos da poliacutetica educativa

Colocar a teoria em praacutetica 25

A poliacutetica de financiamento apoia totalmente a educaccedilatildeo inclusiva Isto inclui o desenvolvimento de poliacuteticas fiscais que criem incentivos ao inveacutes de desincentivos agrave oferta de colocaccedilotildees e de serviccedilos de inclusatildeo Embora exista uma seacuterie de bases alternativas para financiar alunos com NEE o financiamento per capita parece ser o mais promissor para satisfazer o requisito estabelecido

A poliacutetica de financiamento baseia-se totalmente nas necessidades educativas Os montantes individuais de financiamento per capita podem ser determinados atraveacutes de anaacutelises de custos que mostram os custos relativos de disponibilizar aos alunos condiccedilotildees especiais selecionadas

A poliacutetica de financiamento facilita totalmente respostas flexiacuteveis eficazes e eficientes agraves necessidades Em vez de financiar ou fornecer recursos especiacuteficos por exemplo tipos preacute-determinados de pessoal equipamentos ou instalaccedilotildees o financiamento per capita aloca recursos monetaacuterios promovendo a flexibilidade no uso local

A poliacutetica de financiamento promove totalmente o apoio de serviccedilos relacionados e a necessaacuteria colaboraccedilatildeo intersectorial

Em geral as estruturas de incentivo devem assegurar a disponibilizaccedilatildeo de mais fundos se uma crianccedila for colocada num contexto inclusivo sendo necessaacuteria uma maior ecircnfase nos resultados (natildeo apenas acadeacutemicos)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 26

DADOS FIAacuteVEIS

Introduccedilatildeo

A Convenccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiecircncia (CDPD) bem como a Estrateacutegia Europeia para a Deficiecircncia 2010ndash2020 e o quadro estrateacutegico Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo 2020 relativo agrave equidade na educaccedilatildeo satildeo impulsionadores-chave para a educaccedilatildeo inclusiva nos paiacuteses A CDPD da ONU apela aos Estados Partes para

hellip recolher informaccedilatildeo apropriada incluindo dados estatiacutesticos e de investigaccedilatildeo que lhes permitam formular e implementar poliacuteticas que visem dar efeito agrave presente Convenccedilatildeo (Naccedilotildees Unidas 2006 Artigo 31ordm)

e hellip Os Estados Partes devem em conformidade com os seus sistemas juriacutedico e administrativo manter fortalecer nomear ou estabelecer a niacutevel interno uma estrutura que inclua um ou mais mecanismos independentes conforme apropriado com vista a promover proteger e monitorizar a implementaccedilatildeo da presente Convenccedilatildeo (ibid Artigo 33ordm)

Existe a consciencializaccedilatildeo disseminada de que a criaccedilatildeo de poliacuteticas com base em evidecircncias eacute essencial para o desenvolvimento a longo prazo dos sistemas de educaccedilatildeo inclusiva Decisores poliacuteticos especialistas em estatiacutestica e investigadores reconhecem a necessidade de uma recolha de dados a niacutevel nacional que natildeo soacute responda agraves exigecircncias das orientaccedilotildees poliacuteticas internacionais mas que tambeacutem obedeccedila a uma abordagem comum que promova uma sinergia de esforccedilos a niacutevel nacional e internacional O trabalho da Agecircncia demonstrou que existem apelos para a disponibilizaccedilatildeo de ampla informaccedilatildeo para os decisores poliacuteticos e para a adoccedilatildeo pelas diferentes organizaccedilotildees tanto a niacutevel nacional como europeu de uma variedade de abordagens complementares para a recolha de dados Poreacutem embora a necessidade de tais dados seja clara os melhores meacutetodos e procedimentos de recolha e anaacutelise dos mesmos satildeo muito menos claros

Em resultado do trabalho da Agecircncia ndash mais especificamente das atividades dos projetos Desenvolvimento de um conjunto de indicadores ndash para a educaccedilatildeo inclusiva na Europa (Kyriazopoulou e Weber 2009) e Mapeamento da Implementaccedilatildeo de Poliacuteticas para a Educaccedilatildeo Inclusiva (MIPIE) (Agecircncia Europeia 2011a) ndash emergem cinco requisitos-chave de poliacuteticas relativos agrave recolha de dados no que concerne agrave necessidade de evidecircncias sobre a educaccedilatildeo inclusiva a niacutevel nacional

bull necessidade de recolha de dados nacionais ancorada nos acordos internacionais e europeus

Colocar a teoria em praacutetica 27

bull necessidade de compreender o impacto das diferenccedilas nos sistemas educativos dos paiacuteses

bull necessidade de analisar a efetividade da educaccedilatildeo inclusiva

bull necessidade de recolha de dados que forneccedila evidecircncias sobre a garantia de qualidade e

bull necessidade de acompanhar o progresso dos alunos a longo prazo Os decisores poliacuteticos precisam de dados qualitativos e quantitativos que os informem sobre a qualidade da educaccedilatildeo prestada aos alunos com necessidades educativas especiais Estas mensagens principais refletem uma recomendaccedilatildeo central do Relatoacuterio Mundial sobre Deficiecircncia (Organizaccedilatildeo Mundial de SauacutedeBanco Mundial 2011) a necessidade de os paiacuteses desenvolverem os sistemas de recolha de dados quantitativos existentes e de simultaneamente realizarem investigaccedilotildees qualitativas aprofundadas e especiacuteficas sobre o custoshyeficaacutecia e sobre outras questotildees relacionadas com a garantia da qualidade

O projeto MIPIE apela ao desenvolvimento de um quadro comum para a recolha de dados construiacutedo com base nos procedimentos nacionais existentes e nos acordos internacionais sobre recolha de dados e procedimentos hellip Podem ser identificadas trecircs dimensotildees para uma estrutura comum

- A mudanccedila para um sistema de recolha de dados baseado em conceitos e definiccedilotildees comuns

- A recolha de evidecircncias que conduzam a niacuteveis de referecircncia quantitativos e qualitativos

- O uso de uma estrutura multiniacutevel para analisar as poliacuteticas a niacuteveis nacional e internacional (Agecircncia Europeia 2011a paacuteg 11)

Uma tal abordagem eacute necessaacuteria para apoiar os paiacuteses no desenvolvimento de uma laquorecolha de dados que permita monitorizar os direitos dos alunos bem como para monitorizarem a eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusivaraquo (ibid)

Monitorizaccedilatildeo dos direitos dos alunos

No acircmbito de uma estrutura abrangente para o mapeamento das questotildees relacionadas com os direitos devem ser identificados indicadores quantitativos e qualitativos referentes a diversos fatores

(i) Participaccedilatildeo na educaccedilatildeo e formaccedilatildeo

O relatoacuterio da Agecircncia sobre a Intervenccedilatildeo precoce na infacircncia sugere que

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 28

Os decisores poliacuteticos devem ter mecanismos para avaliar a solicitaccedilatildeo de serviccedilos de IPI e mecanismos eficazes que verifiquem se a prestaccedilatildeo de serviccedilos responde ao solicitado para se poder planear a melhoria do serviccedilo Deve ser desenvolvida uma forma sistemaacutetica de recolha e de monitorizaccedilatildeo de dados fiaacuteveis a niacutevel nacional (Agecircncia Europeia 2010 paacuteg 40)

No relatoacuterio Participaccedilatildeo na Educaccedilatildeo Inclusiva afirma-se que Embora os governos nacionais e locais jaacute recolham dados importantes sobre a educaccedilatildeo pouco se sabe sobre a participaccedilatildeo hellip Atualmente a maior parte dos dados recolhidos para fins de monitorizaccedilatildeo satildeo dados estatiacutesticos sobre a inscriccedilatildeo e a conclusatildeo da escolaridade hellip Poucos paiacuteses tecircm meacutetodos sistemaacuteticos de recolha anaacutelise e interpretaccedilatildeo de dados qualitativos sobre a participaccedilatildeo a niacutevel individual em sala de aula e na escola embora os relatoacuterios escolares de autorrevisatildeo e de inspeccedilatildeo respondam muitas vezes a questotildees de participaccedilatildeo e inclusatildeo (Agecircncia Europeia 2011d paacuteg 19)

Este relatoacuterio tambeacutem destaca alguns dos perigos potenciais associados agrave recolha de dados em relaccedilatildeo agrave participaccedilatildeo

hellip estruturas criadas para acompanhar as crianccedilas com necessidades educativas especiais podem funcionar como barreiras agrave sua participaccedilatildeo e sucesso marcando estas crianccedilas como diferentes Uma consequecircncia natildeo intencional de categorizar algumas crianccedilas para monitorizar a sua participaccedilatildeo pode gerar um paradoxo o que resulta na celebraccedilatildeo de acordos separados para a sua educaccedilatildeo (ibid paacuteg 17ndash18)

(ii) Acesso ao apoio e agrave adaptaccedilatildeo

Trecircs estudos da Agecircncia consideraram diferentes aspetos de apoio para os alunos com NEE A revisatildeo da literatura do projeto Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional cita Redley (2009)

Natildeo existem dados nacionais fiaacuteveis sobre o nuacutemero de organizaccedilotildees que oferecem emprego apoiado ou o nuacutemero de pessoas com dificuldades de aprendizagem empregadas nelas e o governo natildeo participa neste processo (Agecircncia Europeia 2012f paacuteg 41)

O estudo conjunto da Agecircncia realizado com o Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO que analisa o uso das TIC na educaccedilatildeo das pessoas com incapacidades defende que

Tanto em relaccedilatildeo agrave Convenccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas (2006) como em relaccedilatildeo agrave poliacutetica regional (ou seja europeia) e nacional haacute uma necessidade de informaccedilatildeo mais detalhada ligada agrave monitorizaccedilatildeo de indicadores e benchmarks qualitativos e quantitativos sobre as TIC na educaccedilatildeo para pessoas

Colocar a teoria em praacutetica 29

com incapacidades (Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO e Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011 paacuteg 93)

Em relaccedilatildeo agrave acessibilidade da informaccedilatildeo para a aprendizagem as recomendaccedilotildees do projeto i-access da Agecircncia defendem que

A conformidade [acessibilidade] agrave poliacutetica deve ser sistematicamente monitorizada A monitorizaccedilatildeo da conformidade soacute pode ser incentivada nomomento presente mas deve ser alargada hellip Eacute necessaacuterio recolher dados quantitativos e qualitativos sistemaacuteticos o que deve tambeacutem envolver os utilizadores finais de informaccedilatildeo acessiacutevel Poreacutem a monitorizaccedilatildeo do progresso natildeo se pode limitar a afericcedilatildeo numeacuterica mas deve incluir a possibilidade de recolher exemplos de boas praacuteticas que poderiam servir de modelo para outros paiacuteses e organizaccedilotildees (Agecircncia Europeia 2012e paacuteg 40ndash 41)

(iii) Oportunidades para o sucesso na aprendizagem e na transiccedilatildeo Dois grandes projetos da Agecircncia tiveram em linha de conta a transiccedilatildeo da escola para o emprego Ambos apontam para a falta de dados fiaacuteveis neste campo O projeto Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego sugeriu que

Os dados nacionais dos paiacuteses apenas incluem pessoas registadas como desempregadas mas uma alta percentagem de pessoas com necessidades especiais natildeo estaacute registada ndash elas natildeo tecircm sequer a oportunidade de conseguir o primeiro emprego (Agecircncia Europeia 2002a paacuteg 2)

O estudo de acompanhamento (Agecircncia Europeia 2006) natildeo refere quaisquer desenvolvimentos nesta aacuterea

(iv) Oportunidades de integraccedilatildeo

O estudo da Agecircncia com foco na diversidade multicultural destaca a falta de dados em relaccedilatildeo a um fator importante de integraccedilatildeo ndash antecedente de imigraccedilatildeo dos alunos com NEE

Muitos paiacuteses envolvidos no projeto referiram que natildeo existem dados atualizados sobre os alunos com NEE e de origem imigrante Diversas agecircncias governamentais tecircm responsabilidades diferentes e natildeo haacute coordenaccedilatildeo na recolha de dados Haacute outras razotildees para a falta de dados Alguns paiacuteses natildeo tecircm estatiacutesticas oficiais sobre a origem das pessoas para aleacutem do paiacutes de nascimento uma vez que eacute proibido o tratamento de dados pessoais que identifiquem a raccedila a origem eacutetnica a incapacidade ou crenccedila religiosa Em outros paiacuteses natildeo haacute recolha sistemaacutetica de dados relativos a alunos com NEE

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 30

ou a alunos com NEE e de origem imigrante a niacutevel nacional ou local (Agecircncia Europeia 2009a paacuteg 30)

Monitorizaccedilatildeo da eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusiva

Dados que examinam a eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusiva tecircm em conta questotildees de custo-eficaacutecia bem como diversas aacutereas relacionadas com as experiecircncias de educaccedilatildeo dos alunos procedimentos de avaliaccedilatildeo inicial o envolvimento contiacutenuo dos alunos e das suas famiacutelias em experiecircncias educativas e a eficaacutecia de ambientes de aprendizagem na superaccedilatildeo das barreiras e apoio de experiecircncias de aprendizagem significativas para todos os alunos

O estudo da Agecircncia relativo ao Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos realccedila que eacute necessaacuterio apoiar as escolas com

hellip aconselhamento sobre como pode ser usada a informaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo ndash particularmente a da avaliaccedilatildeo estandardizada recolhida para fins de monitorizaccedilatildeo nacional ndash para melhorar as praacuteticas com todos os alunos incluindo os que apresentam NEE (Watkins 2007 paacuteg 60)

O relatoacuterio designado Elevar o Sucesso de Todos os Alunos defende que

Para avanccedilar para uma maior equidade na educaccedilatildeo satildeo necessaacuterios indicadores de sucesso adequados agrave comunidade local focalizados no input recursos processos e outputresultados Embora a informaccedilatildeo (incluindo dados) deva ser usada para direcionar o apoio e acompanhar o sucesso de poliacuteticas e praacuteticas inclusivas eacute necessaacuterio cuidado para que os sistemas de responsabilidade natildeo causem inadvertidamente alteraccedilotildees inadequadas (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 22)

Este estudo destaca potenciais dificuldades inerentes

No clima atual o desenvolvimento de mecanismos de responsabilidade adequados e de formas de medir o sucesso valorizado e monitorizar a equidade apresentam muitos desafios Apesar da procura de dados concretos Fullan (2011) adverte que laquoas estatiacutesticas satildeo um servo maravilhoso mas um mestre terriacutevelraquo (paacuteg 127) e Hargreaves e Shirley (2009) enfatizam a necessidade de colocar a responsabilidade antes da prestaccedilatildeo de contas Sugerem que a prestaccedilatildeo de contas deve laquoservir de consciecircncia por meio de amostragemraquo e que deve ser realizado um ataque laquoaos excessos de padronizaccedilatildeo testada que negam a diversidade e destroem a criatividaderaquo (paacuteg 109) (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 22)

Dentro do projeto MIPIE argumentou-se que a monitorizaccedilatildeo da eficaacutecia dos sistemas de educaccedilatildeo inclusiva tambeacutem incluiria uma anaacutelise da eficaacutecia da formaccedilatildeo de professores (Agecircncia Europeia 2011a) O relatoacuterio do projeto TE4I

Colocar a teoria em praacutetica 31

destaca uma seacuterie de questotildees relacionadas com a disponibilidade de dados nesta aacuterea Relativamente agrave representaccedilatildeo de professores de grupos minoritaacuterios

A maior parte dos paiacuteses que natildeo recolhe dados refere curiosamente uma subshyrepresentaccedilatildeo de pessoas com deficiecircncia e pertencentes a grupos minoritaacuterios entre os professores estagiaacuterios e os professores diplomados e a situaccedilatildeo parece ser idecircntica entre os formadores de professores (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 22)

O relatoacuterio tambeacutem indica a necessidade de dados que levam a mudanccedilas com base em evidecircncias

A falta de investigaccedilatildeo em larga escala e de investigaccedilatildeo cumulativa bem como de evidecircncia empiacuterica na formaccedilatildeo de professores para a inclusatildeo foi referida pela OCDE (2010) hellip esta investigaccedilatildeo poderaacute garantir a existecircncia dum corpo de evidecircncias que possam dar forma agrave mudanccedila No presente relatoacuterio os exemplos realccedilam algumas questotildees-chave da pesquisa incluindo

- A eficaacutecia de diferentes rotas no ensino - Abordagens agrave formaccedilatildeo de professores e ao curriacuteculo da FIP e

- O papel dos cursos separados integrados e unificados e a melhor maneira de passar dum curso contiacutenuo para um uacutenico curso de formaccedilatildeo de professores que prepare todos os professores para a diversidade (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 68)

O projeto MIPIE defende que

A niacutevel da escola a recolha de dados deve

- Fornecer informaccedilatildeo que permitam aos professores e funcionaacuterios da escola planear e prestar o apoio e os recursos adequados

- Fornecer ideias claras sobre a participaccedilatildeo ativa dos pais e alunos no processo educativo (Agecircncia Europeia 2011a paacuteg 13)

Para que isto seja possiacutevel

Satildeo necessaacuterias sinergias a niacutevel nacional entre os principais intervenientes baseadas num claro racional para a recolha de dados considerando os dados a niacutevel nacional regional escola e sala de aula para que os dados globais do paiacutes efetivamente possam refletir a praacutetica (ibid paacuteg 14)

Para concluir a provisatildeo dos dados pode contribuir efetivamente para a elaboraccedilatildeo de poliacuteticas para a educaccedilatildeo inclusiva Haacute uma exigecircncia crescente ndash a niacutevel internacional europeu e nacional ndash para a responsabilidade e tecircm vindo a crescer comparaccedilotildees laquoentre escolasraquo e laquoentre naccedilotildeesraquo O surgimento de laquograndes dadosraquo

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 32

(meta-anaacutelises de conjuntos de dados e fontes combinadas) apresenta oportunidades mas tambeacutem desafios reais para a educaccedilatildeo inclusiva

Os apelos para a poliacutetica e alocaccedilatildeo de recursos baseada em evidecircncias reforccedilam a necessidade de dados significativos relacionados com todos os alunos Eacute necessaacuterio saber que alunos estatildeo a receber que serviccedilos quando e onde (contando todos os alunos) Tambeacutem eacute necessaacuterio ter dados sobre a qualidade dos serviccedilos e os resultados obtidos (considerando a praacutetica)

Um grande desafio para a recolha de dados estaacute em evitar classificar categorizar e rotular os alunos de modo a fornecer informaccedilatildeo sobre a provisatildeo que recebem As laquopluralidadesraquo das definiccedilotildees aplicadas a alunos e a laquopoliacuteticaraquo dos sistemas de rotulagem natildeo podem ser ignoradas nem os efeitos a que esses sistemas de rotulagem e definiccedilotildees conduzem

Fazer as perguntas certas em termos de poliacuteticas eacute o ponto de partida para a recolha de dados que servem de base significativa para as poliacuteticas

Colocar a teoria em praacutetica 33

OLHAR EM FRENTE

O primeiro objetivo da conferecircncia em novembro de 2013 foi refletir e resumir o trabalho da Agecircncia ao longo da uacuteltima deacutecada As cinco mensagens-chave descritas nos capiacutetulos anteriores destacam aspetos criacuteticos no que se refere agrave educaccedilatildeo inclusiva Baseiam-se nos resultados da anaacutelise aprofundada de temas-chave decididos pelos paiacuteses membros da Agecircncia O segundo objetivo da conferecircncia foi olhar em frente explorando a forma como o trabalho da Agecircncia pode prestar um melhor apoio aos paiacuteses membros ajudandoos a melhorar a qualidade e a eficaacutecia das suas respostas inclusivas para alunos com incapacidades eou necessidades educativas especiais A Agecircncia estaacute disposta a ajudar os paiacuteses de uma forma mais concreta com a implementaccedilatildeo dos resultados do nosso trabalho Isso significa disponibilizar recomendaccedilotildees de poliacutetica que sejam mais diretamente aplicaacuteveis aos decisores poliacuteticos para apoiar alteraccedilotildees futuras e desenvolvimentos poliacuteticos

A Agecircncia estaacute consciente de que o trabalho jaacute realizado estaacute de acordo e apoia diretamente todas as iniciativas de poliacuteticas europeias e internacionais em termos de educaccedilatildeo equidade igualdade de oportunidades e direitos para pessoas com incapacidades eou necessidades educativas especiais O trabalho da Agecircncia fornece recomendaccedilotildees claras e coerentes sobre como as poliacuteticas-chave nestas aacutereas podem ser implementadas na praacutetica A Agecircncia pretende proporcionar aos paiacuteses informaccedilatildeo sobre o progresso alcanccedilado nos objetivos propostos em termos de (a) metas de Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo para 2020 e (b) Convenccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiecircncia (2006) bem como vaacuterias diretivas e comunicaccedilotildees da Uniatildeo Europeia Eacute necessaacuteria orientaccedilatildeo sobre o modo como a educaccedilatildeo inclusiva pode ser implementada a niacutevel do professor sala de aula escola regiatildeo municiacutepio e poliacutetica nacional A Agecircncia tem capacidade para disponibilizar aos paiacuteses orientaccedilotildees sobre formas de implementaccedilatildeo da educaccedilatildeo inclusiva e como isto afeta a qualidade geral da educaccedilatildeo As discussotildees durante a conferecircncia bem como as discussotildees aprofundadas no acircmbito da Agecircncia orientaratildeo esta nova etapa no trabalho da Agecircncia

shy

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 34

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 1999 Financing of Special Needs Education ndash A seventeen-country Study of the Relationship between Financing of Special Needs Education and Inclusion [Financiamento da Educaccedilatildeo Especial ndash Um estudo de dezassete paiacuteses da Relaccedilatildeo entre o Financiamento da Educaccedilatildeo Especial e a Inclusatildeo] Middelfart Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2002a Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Princiacutepios-chave e Recomendaccedilotildees para R esponsaacuteveis Poliacuteticos Middelfart Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanagencyorgsitesdefaultfilestransition_transition_pttextpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2002b Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Principais problemas questotildees e opccedilotildees enfrentadas pelos alunos com necessidades educativas especiais em 16 paiacuteses Europeus Relatoacuterio Siacutentese Middelfart Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanagencyorgsitesdefaultfilestransition-from-school-to-employment_Transitionptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2003 Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula Relatoacuterio Siacutentese Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanagencyorgsitesdefaultfilesinclusive-education-and-classroom-practices_iecpptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2005 Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula nos 2ordm e 3ordm Ciclos do Ensino Baacutesico Relatoacuterio Siacutentese Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesinclusive-educationand-classroom-practice-in-secondary-education_iecp_secondary_ptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2006 Planos Individuais de Transiccedilatildeo Apoiar a Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesindividual-transitionplans_itp_ptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

shy

shyshy

shyshy

shy

shy

Colocar a teoria em praacutetica 35

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2009a Diversidade multicultural e necessidades especiais de educaccedilatildeo Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfilesmulticultural-diversity-and-special-needsshyeducation_Multicultural-Diversity-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2009b Princiacutepiosshychave para a Promoccedilatildeo da Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva ndash Recomendaccedilotildees para Decisores Poliacuteticos Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportskeyshyprinciples-for-promoting-quality-in-inclusive-educationkey-principles-PTpdf(Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2010 Intervenccedilatildeo Precoce na Infacircncia ndash Progressos e Desenvolvimentos 2005ndash2010 Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesearly-childhood-interventionshyprogress-and-developments_ECI-report-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011a Mapeamento da Implementaccedilatildeo de Poliacuteticas para a Educaccedilatildeo Inclusiva Uma anaacutelise dos desafios e oportunidades para o desenvolvimento de indicadores Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httphttpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesmipie_MIPIE-summaryshyof-proposals-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011b Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo na Europa ndash Desafios e Oportunidades Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfileste4i-challenges-and-opportunities_TE4I-Synthesis-Report-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011c Princiacutepios-Chave para a Promoccedilatildeo da Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva ndash Recomendaccedilotildees para Decisores Poliacuteticos Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfilesinclusive-education-and-classroom-practices_iecpshyptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011d Participation in Inclusive Education ndash A Framework for Developing Indicators [Participaccedilatildeo na Educaccedilatildeo inclusiva ndash Um Quadro para o Desenvolvimento de Indicadores] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 36

agencyorgpublicationsereportsparticipation-in-inclusive-education-a-frameworkshyfor-developing-indicatorsParticipation-in-Inclusive-Educationpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012a Perspetivas dos Jovens sobre Educaccedilatildeo Inclusiva Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfilesyoung-views-on-inclusive-education_YoungViews-2012PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012b Perfil de Professores Inclusivos Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfileste4i-profile-of-inclusive-teachers_Profile-of-InclusiveshyTeachers-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012c Raising Achievement for All Learners ndash Quality in Inclusive Education [Elevar o Sucesso de Todos os Alunos ndash Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva] Relatoacuterio sobre a conferecircncia realizada em Odense Dinamarca de 13 a 15 de junho de 2012 Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesRA4AL-conference-reportpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014) Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012d Raising Achievement for All Learners ndash Quality in Inclusive Education [Elevar o Sucesso de Todos os Alunos ndash Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httphttpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesra4al-keyshymessages_RA4AL-summary-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012e Promoting Accessible Information for Lifelong Learning Recommendations and findings of the i-access project [Promover o Acesso agrave Informaccedilatildeo para a Aprendizagem ao Longo da Vida Recomendaccedilotildees e observaccedilotildees do projeto i-access] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportsi-accessi-accessshyreportpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012f Vocational Education and Training Policy and Practice in the field of Special Needs Education ndash Literature Review [Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional (EFP) Poliacutetica e Praacutetica no campo da Educaccedilatildeo Especial ndash Revisatildeo da Literatura] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Colocar a teoria em praacutetica 37

agencyorgagency-projectsvocational-education-and-trainingvet-filesVETshyLiteratureReviewpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012g Teacher Education for Inclusion Project Recommendations linked to Sources of Evidence [Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo Recomendaccedilotildees do Projeto Ligadas a Fontes de Evidecircncias] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgagencyshyprojectsTeacher-Education-for-Inclusionsources-of-evidencepdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2013 European and International Policy Supporting ICT for Inclusion [Poliacutetica Europeia e Internacional para Uso das TIC como Apoio para a Inclusatildeo] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfileseuropean-and-internationalshypolicy-supporting-ict-for-inclusion_policy-supporting-ict-for-inclusionpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para as Necessidades Especiais e a Educaccedilatildeo Inclusiva 2014 Vocational Education and Training ndash Summary of Country Information [Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional ndash Resumo de Informaccedilatildeo do Paiacutes] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para as Necessidades Especiais e a Educaccedilatildeo Inclusiva httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesVET Summary of Country information 2014pdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Bennett S e Gallagher TL 2012 The Delivery of Education Services for Students who have an Intellectual Disability in the Province of Ontario [A prestaccedilatildeo de serviccedilos de ensino para alunos com incapacidade intelectual na proviacutencia de Ontaacuterio] Toronto Community Living Ontario

Chapman C Ainscow M Miles S e West M 2011 Leadership that promotes the achievement of students with special educational needs and disabilities [Lideranccedila que promove o sucesso de alunos com necessidades educativas especiais e incapacidades] Nottingham National College for School Leadership

Comissatildeo das Comunidades Europeias 2008 Livro Verde ndash Migraccedilatildeo e mobilidade desafios e oportunidades para os sistemas educativos da UE SEC(2008) 2173 COM20080423 final Bruxelas Comissatildeo das Comunidades Europeias

Conselho da Uniatildeo Europeia 2010 Conclusotildees do Conselho sobre a dimensatildeo social da educaccedilatildeo e da formaccedilatildeo 3013ordf Reuniatildeo do Conselho de EDUCACcedilAtildeO JUVENTUDE E CULTURA Bruxelas 11 de maio de 2010 httpeurshylexeuropaeulegal-contentPTTXTPDFuri=CELEX52010XG0526(01)ampfrom=PT(Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 38

Farrell P Dyson AS Polat F Hutcheson G e Gallannaugh F 2007 laquoSEN inclusion and pupil achievement in English schoolsraquo [Inclusatildeo de crianccedilas com NEE e sucesso dos alunos nas escolas inglesas] Journal of Research in Special Educational Needs 7 (3) 172ndash178

Frilseth L 2012 The Norwegian Model for Education for All in Upper Secondary School [O Modelo Norueguecircs para a Educaccedilatildeo para Todos no Ensino Secundaacuterio] Direccedilatildeo Norueguesa para Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo httpwwweuropeanshyagencyorgagency-projectsra4alra4al-seminar-pdfNorway-L-Frilsethpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Fullan M 2011 Change Leader Learning to do what matters most [Liacuteder de Mudanccedila aprender a fazer o que mais importa] San Francisco Jossey-Bass de Graaf G van Hove G e Haveman M 2011 laquoMore academics in regular schools The effect of regular versus special school placement on academic skills in Dutch primary school students with Down syndromeraquo [Mais acadeacutemicos nas escolas regulares O efeito da colocaccedilatildeo em escola regular versus escola especial nas competecircncias acadeacutemicas em alunos holandeses do ensino primaacuterio com siacutendrome de Down] Journal of International Disability Research December 2011 57(1) 21ndash38 doi 101111j1365-2788201101512x

Hargreaves A e Shirley D 2009 The Fourth Way ndash The inspiring future for educational change [A Quarta Via ndash O futuro inspirador para a mudanccedila educativa] Publicaccedilatildeo conjunta do Ontario Principalsrsquo Council e do National Staff Development Council Thousand Oaks CA Corwin Press

Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO e Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011 ICTs in Education for People with Disabilities Review de innovative practice [TIC na Educaccedilatildeo para Pessoas com Incapacidades revisatildeo da praacutetica inovadora] Moscovo Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO httpwwweuropeanshyagencyorgpublicationsereportsICTs-in-Education-for-People-WithshyDisabilitiesReview-of-Innovative-Practice (Uacuteltimo acesso em julho de 2014) Kalambouka A Farrell P Dyson A e Kaplan I 2005 The impact of population inclusivity in schools on student outcomes [O impacto da inclusividade da populaccedilatildeo em escolas nos resultados dos alunos] Research Evidence in Education Library London EPPI-Centre Social Science Research Unit Institute of Education University of London Kyriazopoulou M e Weber H (eds) 2009 Desenvolvimento de um conjunto de indicadores ndash para a educaccedilatildeo inclusiva na Europa Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Colocar a teoria em praacutetica 39

agencyorgsitesdefaultfilesdevelopment-of-a-set-of-indicators-for-inclusiveshyeducation-in-europe_indicators-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

MacArthur J 2009 Learning Better Together Working towards inclusive education in New Zealand schools [Aprender Melhor Juntos trabalhar para a educaccedilatildeo inclusiva nas escolas da Nova Zelacircndia] Wellington IHC

MacArthur J Kelly B Sharp S amp Gaffney M 2005 Participation or exclusion Disabled childrenrsquos experiences of life at school [Participaccedilatildeo ou exclusatildeo Experiecircncias de vida na escola de crianccedilas com incapacidades] Um artigo apresentado na laquoChildrenrsquos Issues Conferenceraquo Dunedin Nova Zelacircndia julho de 2005 Menter I Hulme M Elliott D e Lewin J 2010 Literature Review on Teacher Education in the 21st Century [Revisatildeo da Literatura sobre a Formaccedilatildeo de Professores no Seacuteculo XXI] Scottish Government Social Research Edimburgo Scottish Government

Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para a Educaccedilatildeo Ciecircncia e Cultura 2009 Policy Guidelines on Inclusion in Education [Diretrizes da Poliacutetica sobre Inclusatildeo na Educaccedilatildeo] Paris UNESCO

Organizaccedilatildeo Mundial de SauacutedeBanco Mundial 2011 World Report on Disability [Relatoacuterio Mundial sobre Deficiecircncia] Genebra Ediccedilotildees OMS httpwwwwhointdisabilitiesworld_report2011enindexhtml (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Organizaccedilatildeo para a Cooperaccedilatildeo e Desenvolvimento Econoacutemico 2011 PISA in Focus Improving Performance Leading from the Bottom [PISA agrave Lupa Melhorar os Resultados Progedir ateacute ao Topo] 20112 (Marccedilo) Paris OCDE Redley M 2009 laquoUnderstanding the social exclusion and stalled welfare of citizens with learning disabilitiesraquo [Compreender a exclusatildeo social e o bem-estar sem progresso dos cidadatildeos com dificuldades de aprendizagem] Disability amp Society 24(4) 489ndash501

Naccedilotildees Unidas 2006 Convenccedilatildeo sobre os Direitos das Pessoas com Deficiecircncia Nova Iorque Naccedilotildees Unidas

Watkins A (ed) 2007 Assessment in Inclusive Settings Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos Questotildees-chave para Poliacuteticas e Praacuteticas Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportsassessment-in-inclusiveshysettings-key-issues-for-policy-and-practiceassessment-in-inclusive-settings-keyshyissues-for-policy-and-practice (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 40

Wilkinson R e Pickett K 2010 The Spirit Level Why Equality is Better para Everyone [O Niacutevel do Espiacuterito Por que a Igualdade eacute Melhor para Todos] Londres Penguin

Willms JD 2006 Learning divides Ten policy questions about the performance and equity of schools and schooling systems [A aprendizagem divide dez perguntas de poliacutetica acerca do desempenho e equidade das escolas e dos sistemas de escolaridade] Montreal Instituto de Estatiacutestica da UNESCO

Colocar a teoria em praacutetica 41

  • preacircmbulo
  • Sumaacuterio Executivo
  • O mais precocemente possiacutevel
    • Introduccedilatildeo
    • Intervenccedilatildeo precoce
    • Deteccedilatildeo e avaliaccedilatildeo precoces
    • Apoio precoce
    • Transiccedilatildeo planeada
      • A educaccedilatildeo inclusiva beneficia todos
        • Introduccedilatildeo
        • A educaccedilatildeo inclusiva como uma abordagem para elevar o sucesso para todos os alunos
        • laquoO que eacute bom para os alunos com NEE eacute igualmente bom para todos os alunosraquo
        • Monitorizaccedilatildeo do progresso
          • profissionais altamente qualificados
            • Introduccedilatildeo
            • Formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo
            • O perfil dos professores inclusivos e outros profissionais
            • Abordagens ao recrutamento
            • Atitudes positivas
            • Trabalho em rede e coordenaccedilatildeo
              • sistemas de apoio e mecanismos de financiamento
                • Introduccedilatildeo
                • Sistemas de apoio e mecanismos de financiamento
                  • Intervenccedilatildeo Precoce na Infacircncia (IPI)
                  • Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula
                  • Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional (EFP)
                  • Tecnologias de Informaccedilatildeo e Comunicaccedilatildeo (TIC)
                      • dados fiaacuteveis
                        • Introduccedilatildeo
                        • Monitorizaccedilatildeo dos direitos dos alunos
                          • (i) Participaccedilatildeo na educaccedilatildeo e formaccedilatildeo
                          • (ii) Acesso ao apoio e agrave adaptaccedilatildeo
                          • (iii) Oportunidades para o sucesso na aprendizagem e na transiccedilatildeo
                          • (iv) Oportunidades de integraccedilatildeo
                            • Monitorizaccedilatildeo da eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusiva
                              • olhar em frente
                              • REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

A intervenccedilatildeo precoce foi tambeacutem debatida no quadro do projeto Diversidade multicultural e necessidades especiais de educaccedilatildeo

Os professores e os profissionais de um centro de apoio apresentaram prioridades claras Estas incluiacuteram intervenccedilatildeo precoce necessidade de trabalhar com os pais [entre outras] (Agecircncia Europeia 2009a paacuteg 59)

Deteccedilatildeo e avaliaccedilatildeo precoces O relatoacuterio da Agecircncia Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos Questotildeesshychave para Poliacuteticas e Praacuteticas apresenta uma descriccedilatildeo exaustiva deste aspeto importante Afirma-se que

A avaliaccedilatildeo inicial dos alunos que se pensa terem NEE [necessidades educativas especiais] pode ter duas finalidades possiacuteveis

bull Identificaccedilatildeo associada a uma decisatildeo oficial de laquoreconhecerraquo um aluno como tendo necessidades educativas que requerem recursos adicionais para apoio agrave sua aprendizagem

bull Dar indicaccedilotildees para os programas de aprendizagem nos quais a avaliaccedilatildeo eacute focalizada nas aacutereas fortes e fracas que o aluno pode apresentar nas diferentes aacutereas curriculares Tal informaccedilatildeo eacute muitas vezes utilizada de uma forma formativa ndash talvez como ponto de partida para os Planos Educativos Individuais ndash em vez de funcionar unicamente como uma avaliaccedilatildeo preacutevia (ponto de partida) (Watkins 2007 paacuteg 23)

laquoAs equipas multidisciplinares realizam a avaliaccedilatildeo inicial com os professores de turma os pais e os alunos como parceiros no processo de avaliaccedilatildeoraquo (ibid paacuteg 38)

A importacircncia da avaliaccedilatildeo precoce seguida por medidas de intervenccedilatildeo precoce foi reforccedilada no acircmbito do relatoacuterio da Agecircncia Diversidade multicultural e necessidades especiais de educaccedilatildeo (2009a) bem como nas observaccedilotildees do relatoacuterio Mapeamento da Implementaccedilatildeo de Poliacuteticas para a Educaccedilatildeo Inclusiva (MIPIE) da Agecircncia (2011a)

Apoio precoce

A maior parte dos relatoacuterios da Agecircncia refere a importacircncia e a vantagem do apoio precoce

O projeto Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula refere que

A decisatildeo sobre o apoio temporaacuterio aos alunos deve obedecer aos seguintes criteacuterios (1) o mais precocemente possiacutevel (2) da forma mais flexiacutevel possiacutevel (se uma abordagem natildeo funciona escolher outra) (3) da forma menos restritiva possiacutevel (sem efeitos secundaacuterios) (4) no local mais proacuteximo possiacutevel

Colocar a teoria em praacutetica 9

(preferencialmente na classe ou na escola regular) (5) durante um periacuteodo de tempo tatildeo curto quanto possiacutevel (Agecircncia Europeia 2003 paacuteg 16)

No relatoacuterio Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo na Europa ndash Desafios e Oportunidades afirma-se que

O investimento na educaccedilatildeo de infacircncia e num sistema educativo cada vez mais inclusivo representam provavelmente a longo prazo uma utilizaccedilatildeo mais eficaz dos recursos do que as iniciativas de curto prazo destinadas a laquocolmatar lacunasraquo ou apoiar determinados grupos marginalizados (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 82)

Transiccedilatildeo planeada Diferentes projetos da Agecircncia relativos agrave transiccedilatildeo focaram-se na necessidade de um plano precoce com o propoacutesito de passar de uma fase educativa para a seguinte bem como do ensino para o emprego (2002a 2002b 2006 e 2013)

O relatoacuterio Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Princiacutepios-chave e Recomendaccedilotildees para Responsaacuteveis Poliacuteticos reforccedila que os paiacuteses tecircm de laquoAssegurar o desenvolvimento de planos de transiccedilatildeo com a antecipaccedilatildeo necessaacuteria na vida escolar do aluno e natildeo somente no final da escolaridade obrigatoacuteriaraquo (Agecircncia Europeia 2002a paacuteg 6)

No enquadramento do trabalho desenvolvido pela Agecircncia sobre este tema Planos Individuais de Transiccedilatildeo

a transiccedilatildeo para o emprego surge como parte de um longo e complexo processo que cobre todas as fases da vida de uma pessoa e que necessita de ser orientada da forma mais apropriada laquoUma vida boa para todosraquo bem como laquoum bom trabalho para todosraquo satildeo os fins uacuteltimos de um processo de transiccedilatildeo bem sucedido Os tipos de recursos ou a organizaccedilatildeo da escola natildeo devem interferir com ou impedir que se realize tal processo (Agecircncia Europeia 2006 paacuteg 8ndash9)

Em conclusatildeo a intervenccedilatildeo precoce tem por objetivo principal proporcionar atividades significativas e positivas para promover o desenvolvimento precoce da crianccedila o envolvimento da famiacutelia a qualidade de vida a inclusatildeo social e o enriquecimento social Eacute necessaacuterio ter em conta que os serviccedilos de apoio satildeo essenciais para alguns mas tambeacutem beneacuteficos para todos Todas as crianccedilas tecircm o direito de receber apoio sempre que necessaacuterio Tal exige uma abordagem coordenada entre os setores e uma colaboraccedilatildeo eficaz entre todas as partes interessadas

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 10

A EDUCACcedilAtildeO INCLUSIVA BENEFICIA TODOS

Introduccedilatildeo

Existe um reconhecimento crescente na Europa e mais amplamente a niacutevel internacional de que eacute fundamental avanccedilar no sentido de uma poliacutetica e praacutetica inclusivas no ensino Nas Conclusotildees do Conselho sobre a dimensatildeo social da educaccedilatildeo e da formaccedilatildeo afirma-se que laquoTodos os estudantes sairatildeo beneficiados se forem criadas as condiccedilotildees necessaacuterias ao ecircxito da inclusatildeo de todos os alunos com necessidades especiaisraquo (Conselho da Uniatildeo Europeia 2010 paacuteg 5)

O Livro Verde da Comissatildeo das Comunidades Europeias relativo agrave Migraccedilatildeo e Mobilidade frisa que

As escolas devem ser determinantes para o fomento de uma sociedade inclusiva porque constituem uma oportunidade privilegiada para os jovens das comunidades migrantes e de acolhimento se conhecerem e respeitarem mutuamentehellip a diversidade cultural e linguiacutestica pode constituir um recurso inestimaacutevel para as escolas (Comissatildeo das Comunidades Europeias 2008 paacuteg 3)

A Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para a Educaccedilatildeo Ciecircncia e Cultura (UNESCO) (2009) indica claramente que a educaccedilatildeo inclusiva eacute uma questatildeo de equidade e por conseguinte uma questatildeo de qualidade com impacto em todos os alunos Eacute colocada a ecircnfase em trecircs propostas relativas agrave educaccedilatildeo inclusiva a inclusatildeo e a qualidade satildeo reciacuteprocas o acesso e a qualidade estatildeo ligados e reforccedilam-se mutuamente e por uacuteltimo a qualidade e a equidade satildeo essenciais para garantir a educaccedilatildeo inclusiva

Diversos projetos da Agecircncia centraram-se tambeacutem nesta questatildeo O relatoacuterio sobre a conferecircncia Elevar o Sucesso de Todos os Alunos (RA4AL) da Agecircncia (Agecircncia Europeia 2012c) realccedila que as questotildees que dizem respeito agrave definiccedilatildeo da inclusatildeo tecircm-se tornado cada vez mais importantes Contudo parece existir um acordo crescente quanto agrave necessidade de uma abordagem baseada nos direitos para o desenvolvimento de uma maior equidade e justiccedila social e para o apoio do desenvolvimento de uma sociedade sem discriminaccedilotildees Verificou-se por conseguinte um alargamento do debate sobre a inclusatildeo tendo o foco passado da relocalizaccedilatildeo de crianccedilas descritas como tendo necessidades educativas especiais para as escolas regulares para a vontade de disponibilizar educaccedilatildeo de alta qualidade ndash e consequentes benefiacutecios ndash a todos os alunos Agrave medida que cada vez mais paiacuteses abraccedilam uma definiccedilatildeo mais ampla de educaccedilatildeo inclusiva a diversidade eacute reconhecida como laquonaturalraquo em qualquer grupo de alunos e a educaccedilatildeo inclusiva pode ser encarada como uma forma de elevar o

Colocar a teoria em praacutetica 11

sucesso atraveacutes da presenccedila (acesso agrave educaccedilatildeo) participaccedilatildeo (qualidade da experiecircncia de aprendizagem) e sucesso (processos e resultados da aprendizagem) de todos os alunos

O trabalho da Agecircncia no documento Princiacutepios-Chave para a Promoccedilatildeo da Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva (Agecircncia Europeia 2009b) reforccedila a importacircncia das abordagens de aprendizagem centradas no alunopersonalizadas da avaliaccedilatildeo do professor que apoia a aprendizagem e do trabalho em colaboraccedilatildeo com os pais e as famiacutelias estes pontos satildeo poreacutem essenciais para melhorar a qualidade de educaccedilatildeo para todos os alunos

A educaccedilatildeo inclusiva como uma abordagem para elevar o sucesso para todos os alunos

Wilkinson e Pickett salientam que laquouma maior igualdade aleacutem de uma melhoria do bem-estar de toda a populaccedilatildeo eacute tambeacutem a chave para os padrotildees nacionais de sucessoraquo (2010 paacuteg 29) Eles frisam que se

um paiacutes deseja obter niacuteveis meacutedios mais elevados de sucesso educativo entre os alunos em idade escolar deve dar resposta agrave desigualdade subjacente que cria um gradiente social mais acentuado em termos de sucesso educativo (ibid paacuteg 30)

Ao desafiar a ideia de que a inclusatildeo de todos os alunos pode de alguma forma ser prejudicial para um sucesso elevado a Organizaccedilatildeo para a Cooperaccedilatildeo e Desenvolvimento Econoacutemico (OCDE 2011) mostra que a melhoria dos alunos com um desempenho mais baixo natildeo tem de ser feita agrave custa daqueles com melhores desempenhos As observaccedilotildees do relatoacuterio da UNESCO designado Learning Divides [A aprendizagem divide] (Willms 2006) fornece tambeacutem evidecircncias de que um desempenho escolar forte e a equidade podem andar de matildeos dadas e que os paiacuteses com os niacuteveis mais altos de desempenho tendem a ser aqueles que tecircm vindo a elevar o sucesso de todos os alunos (Agecircncia Europeia 2012d)

De acordo com o relatoacuterio RA4AL da Agecircncia

Farrell e colegas (2007) hellip descobriram um reduzido nuacutemero de pesquisas que sugerem que a colocaccedilatildeo de alunos com NEE em escolas regulares natildeo tem consequecircncias adversas de maior para o sucesso acadeacutemico comportamento e atitudes de todas as crianccedilas Uma revisatildeo sistemaacutetica da literatura encomendada pela Evidence for Policy and Practice Initiative [Iniciativa Evidecircncia por Poliacuteticas e Praacuteticas] (EPPI) (Kalambouka et al 2005) constatou tambeacutem que de um modo geral natildeo se observam efeitos adversos nos alunos sem NEE quando se incluem alunos com necessidades especiais nas escolas regulares (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 8)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 12

Diversos estudos descrevem os benefiacutecios da inclusatildeo para os alunos sem incapacidades Esses benefiacutecios incluem

aumento da valorizaccedilatildeo e aceitaccedilatildeo das diferenccedilas individuais e da diversidade respeito por todas as pessoas preparaccedilatildeo para a vida adulta numa sociedade inclusiva e oportunidades para dominar atividades praticando e ensinando outros Tais efeitos estatildeo tambeacutem documentados numa investigaccedilatildeo recente por exemplo da autoria de Bennett e Gallagher (2012) (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 8)

O impacto positivo das colocaccedilotildees em contextos inclusivos de alunos com incapacidades eacute registado por investigaccedilotildees como as realizadas por MacArthur et al (2005) e de Graaf et al (2011) Este impacto inclui relaccedilotildees e redes sociais melhoradas modelos dos pares maior sucesso maiores expetativas maior colaboraccedilatildeo entre os profissionais da escola e melhor integraccedilatildeo das famiacutelias na comunidade (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 8)

Benefiacutecios adicionais podem incluir acesso a mais amplas oportunidades curriacuteculares e reconhecimento e acreditaccedilatildeo do sucesso

Deve ser considerada a melhoria da organizaccedilatildeo dos laquoespaccedilosraquo para aprendizagem e a criaccedilatildeo de mais oportunidades para os alunos descobrirem talentos em diversas aacutereas para aleacutem da aprendizagem acadeacutemica (ibid paacuteg 25)

A investigaccedilatildeo de Chapman et al (2011) centrou-se especificamente na

lideranccedila que promove sucesso para alunos com NEEincapacidadese sugeriu que a presenccedila de uma populaccedilatildeo diversificada de estudantes pode nas condiccedilotildees organizacionais certas estimular as disposiccedilotildees colaborativas e incentivar formas inovadoras de ensinar a de modo a chegar a todos os grupos de alunos (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 21)

laquoO que eacute bom para os alunos com NEE eacute igualmente bom para todos os alunosraquo

Esta declaraccedilatildeo feita na publicaccedilatildeo da Agecircncia denominada Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula (Agecircncia Europeia 2003 paacuteg 33) tem sido desde essa altura repetida com frequecircncia no trabalho da Agecircncia

Por exemplo o mesmo estudo frisou que

a tutoria entre pares ou a aprendizagem cooperativa eacute eficaz para a aprendizagem e para o desenvolvimento cognitivo e afetivo (soacutecio-emocional) dos alunos Os alunos que se entreajudam principalmente num sistema de composiccedilatildeo de grupos flexiacutevel e bem ponderado beneficiam com esta aprendizagem em comum (ibid paacuteg 23)

Colocar a teoria em praacutetica 13

No trabalho da Agecircncia sobre a praacutetica inclusiva nas escolas secundaacuterias em 2005 sublinhou-se que

Todos os alunos ndash incluindo os que apresentam necessidades educativas especiais ndash tecircm demonstrado evoluir na aprendizagem quando o seu trabalho eacute sistematicamente planeado supervisionado e avaliado (Agecircncia Europeia 2005 paacuteg 6)

e que

Todos os alunos beneficiam com a aprendizagem cooperativa o aluno que explica ao outro reteacutem melhor e por mais tempo a informaccedilatildeo e as necessidades do aluno que estaacute a aprender satildeo abordadas de melhor forma por um par cujo niacutevel de compreensatildeo esteja apenas ligeiramente acima do seu proacuteprio niacutevel (ibid paacuteg 18)

No relatoacuterio RA4AL afirma-se que

um sistema que permite que os alunos progridam rumo a objetivos comuns mas atraveacutes de vias diferentes utilizando diferentes estilos de aprendizagem e avaliaccedilatildeo deve ser mais inclusivo e elevar o sucesso de todos os alunos (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 25)

O relatoacuterio da Agecircncia Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos regista tambeacutem a necessidade de envolver todos os alunos e paisfamiacutelias no processo tanto de aprendizagem como de avaliaccedilatildeo (Watkins 2007) O mesmo relatoacuterio refere que o processo de diferenciaccedilatildeo requer uma anaacutelise cuidadosa Embora possa tambeacutem estar associado a individualizaccedilatildeo e personalizaccedilatildeo e ser visto como uma forma de satisfazer necessidades individuais ou de grupo mais especiacuteficas manteacutem-se frequentemente centrado no professor ao inveacutes de ser orientado para aluno A personalizaccedilatildeo tem de comeccedilar com as necessidades e interesses de todos os alunos

No mais recente projeto i-access da Agecircncia constata-se que os benefiacutecios da tecnologia de apoio ou laquotecnologia facilitadoraraquo mostram-se frequentemente uacuteteis para uma ampla variedade de utilizadores laquoA acessibilidade beneficia os utilizadores com incapacidades eou necessidades educativas especiais bem como todos os utilizadoresraquo (Agecircncia Europeia 2012e paacuteg 22)

As opiniotildees dos jovens com e sem incapacidades expressas na publicaccedilatildeo Perspetivas dos Jovens sobre Educaccedilatildeo Inclusiva fornecem um resumo claro dos benefiacutecios da educaccedilatildeo inclusiva para todos os alunos Como um jovem aluno afirmou laquoEducaccedilatildeo inclusiva eacute para todas as crianccedilas As escolas regulares devem estar perto das suas residecircncias Esta experiecircncia permite encontrar as pessoas vizinhasraquo (Agecircncia Europeia 2012a paacuteg 11) Outros acrescentaram laquoOs alunos

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 14

com e sem necessidades especiais podem aprender uns com os outros e trocarconhecimentosraquo laquoEacute bom para noacutes e bom para eles Eacute importante reconhecer os benefiacutecios para todos na turmaraquo e laquoA educaccedilatildeo inclusiva ajuda as crianccedilas a tornarem-se mais tolerantes com mentalidades mais abertasraquo (ibid paacuteg 23)

Monitorizaccedilatildeo do progresso

Na medida em que a educaccedilatildeo inclusiva se alargou para assegurar a qualidade da educaccedilatildeo para todos os alunos eacute necessaacuterio encontrar novas formas de monitorizar o progresso Sugere-se com base no trabalho realizado pela Agecircncia nos indicadores e no relatoacuterio MIPIE (2011a) que a niacutevel escolar a recolha de dados possa ter em conta fatores com possiacutevel impacto na qualidade das estrateacutegias de admissatildeo das escolas tais como regras e poliacuteticas de admissatildeo natildeo discriminatoacuterias poliacuteticas e estrateacutegias desenvolvidas para apoiar os alunos a expressarem as suas necessidades existecircncia de uma declaraccedilatildeo poliacutetica clara contra o bullying implementaccedilatildeo dos coacutedigos de praacutetica existentes relativamente agrave educaccedilatildeo inclusiva sessotildees de formaccedilatildeo do pessoal quanto a questotildees de admissatildeo e criaccedilatildeo de um ambiente escolar acolhedor trabalho em respeito e colaboraccedilatildeo com alunos e famiacutelias estrateacutegias para ajudar os alunos e as famiacutelias a participarem ativamente na comunidade escolar e na sala de aula e disponibilizaccedilatildeo de estrateacutegias de informaccedilatildeo e aconselhamento e respetivo impacto nos alunos

Em conclusatildeo o debate mais amplo sobre a inclusatildeo pretende no momento presente ndash proporcionar uma educaccedilatildeo de alta qualidade (e benefiacutecios) a todos os alunos Um desempenho escolar forte e a equidade podem andar de matildeos dadas

O sistema de ensino eacute complexo e fragmentado e atualmente falta-lhe uma linha de pensamento consistente acerca da educaccedilatildeo inclusiva De um modo geral o apoio aos diretores e liacutederes que queiram tentar proceder a alteraccedilotildees em situaccedilotildees isoladas eacute muito reduzido A diversidade tem vindo a aumentar em todo o sistema mas as tradiccedilotildees do passado restringem as accedilotildees A capacidade das escolas deve ser desenvolvida atraveacutes da consciencializaccedilatildeo do contexto da correspondecircncia (entre legislaccedilatildeo e poliacuteticapraacutetica) da clareza conceptual e de um apoio contiacutenuo ndash para todos partes interessadas ndash que incentive as escolas a serem proativas e natildeo reativas Conhecer todos os alunos e intervir de forma precoce ajudaraacute a desenvolver apoio de qualidade para todos os alunos considerado como parte da educaccedilatildeo em geral

Colocar a teoria em praacutetica 15

PROFISSIONAIS ALTAMENTE QUALIFICADOS

Introduccedilatildeo

laquoProfissionais altamente qualificadosraquo envolve questotildees de formaccedilatildeo inicial e contiacutenua perfil valores e competecircncia dos professores abordagens eficazes ao recrutamento e atitudes bem como trabalho em rede e coordenaccedilatildeo de todos profissionais Os jovens que participaram na Audiccedilatildeo do Parlamento Europeu organizada pela Agecircncia em 2011 referiram

O ponto de partida para a educaccedilatildeo inclusiva eacute a sensibilizaccedilatildeo e a formaccedilatildeo dprofessores hellip Os professores devem compreender o que cada aluno precisa e dar-lhe oportunidade de atingir os objetivos com sucesso Todos temos talentos juntos construiacutemos uma melhor comunidade de trabalho (Agecircncia Europeia 2012a paacuteg 12)

e

Formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo

Uma formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo adequada dos professores e outros profissionais eacute considerada um fator-chave para praacuteticas inclusivas bem-sucedidas O relatoacuterio da Agecircncia Princiacutepios-chave para a Promoccedilatildeo da Qualidade em Educaccedilatildeo Inclusiva Recomendaccedilotildees para a praacutetica frisa que

Todos os professores devem ter competecircncias para responder agraves diversas necessidades de todos os alunos Na formaccedilatildeo inicial e contiacutenua os professores devem adquirir as competecircncias conhecimento e compreensatildeo que lhes permitam ter a confianccedila necessaacuteria para lidar eficazmente com as diversas necessidades dos alunos (Agecircncia Europeia 2011c paacuteg 15)

O relatoacuterio da Agecircncia Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo na Europa ndash Desafios e Oportunidades aborda a estrutura da formaccedilatildeo inicial de professores Afirma-se que

Uma das principais prioridades da formaccedilatildeo de professores hellip eacute a necessidade de rever a sua estrutura para melhorar a formaccedilatildeo de professores para a inclusatildeo e para integrar a formaccedilatildeo inicial e especializada O conhecimento sobre a mudanccedila do papel dos professores evoluiu imenso tendo sido realccedilada a necessidade de introduzir mudanccedilas significativas na forma como os professores satildeo preparados para as suas funccedilotildees e responsabilidades profissionais (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 19)

Aleacutem disso indica que

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 16

Os formadores de professores satildeo atores-chave na garantia da alta qualidade do corpo docente Muitos paiacuteses europeus natildeo tecircm ainda uma poliacutetica expliacutecita sobre as competecircncias dos formadores de professores nem sobre a forma como devem ser selecionados ou formados (ibid paacuteg 66)

O perfil dos professores inclusivos e outros profissionais

No quadro do projeto da Agecircncia Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo o Perfil de Professores Inclusivos (Agecircncia Europeia 2012b) foi desenvolvido como um guia para a conceccedilatildeo e a implementaccedilatildeo de programas de formaccedilatildeo inicial de professores (FIP) para todos professores Identifica um quadro de valores essenciais e de aacutereas de competecircncia aplicaacuteveis a qualquer programa FIP na preparaccedilatildeo de todos os professores para trabalharem em educaccedilatildeo inclusiva respondendo agrave diversidade

O quadro de valores essenciais e de aacutereas de competecircncia inclui

Valorizaccedilatildeo da diversidade ndash a diferenccedila eacute considerada um recurso e um valor para a educaccedilatildeo As aacutereas de competecircncia dentro deste valor fundamental dizem respeito a Conceccedilotildees de educaccedilatildeo inclusiva Perspetivas do professor sobre a diferenccedila dos alunos

Apoiar todos os alunos ndash os professores tecircm elevadas expectativas sobre os resultados de todos os alunos As aacutereas de competecircncia dentro deste valor essencial dizem respeito a Promoccedilatildeo da aprendizagem acadeacutemica praacutetica social e emocional de todos os alunos Metodologias de ensino eficazes em turmas heterogeacuteneas

Trabalho com outros ndash colaboraccedilatildeo e trabalho em equipa satildeo metodologias essenciais para todos os professores As aacutereas de competecircncia dentro deste valor essencial dizem respeito a Trabalho com pais e famiacutelias Trabalho com um vasto leque de profissionais de educaccedilatildeo

Desenvolvimento profissional e pessoal ndash o ensino eacute uma atividade de aprendizagem e os professores satildeo responsaacuteveis pela aprendizagem ao longo da vida As aacutereas de competecircncia dentro deste valor essencial dizem respeito a Professores como profissionais reflexivos Formaccedilatildeo inicial de professores como base para o desenvolvimento profissional contiacutenuo (ibid paacuteg 7)

Abordagens ao recrutamento

As abordagens eficazes ao recrutamento e o aumento das taxas de permanecircncia dos professores e outros profissionais satildeo indicados como fatores-chave numa seacuterie de projetos da Agecircncia O relatoacuterio da Agecircncia Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo na Europa ndash Desafios e Oportunidades realccedila que

Colocar a teoria em praacutetica 17

Devem ser encontradas estrateacutegias efetivas para melhorar o recrutamento dos candidatos a professores para aumentar as taxas de permanecircncia a par de medidas destinadas a aumentar o nuacutemero de professores de diferentes origens e incluindo professores com deficiecircncia (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 75)

O relatoacuterio do projeto refere que

Uma minoria de paiacuteses tem testes para selecionar o acesso agrave docecircncia Contudo a investigaccedilatildeo recentemente levada a cabo para efeitos da Revisatildeo da Formaccedilatildeo de Professores na Escoacutecia (Menter e colegas 2010) realccedila evidecircncias que mostram que haacute muitas dimensotildees do ensino efetivo que natildeo satildeo fidedignamente preditiacuteveis por testes de capacidade acadeacutemica Esta conclusatildeo estaacute em concordacircncia com a revisatildeo da literatura deste projeto e com os relatoacuterios dos paiacuteses que realccedilam a importacircncia das atitudes valores e crenccedilas no desenvolvimento de praacuteticas inclusivas Tanto as atitudes valores e crenccedilas como as disposiccedilotildees que apoiam o desenvolvimento das requeridascompetecircncias satildeo difiacuteceis de apurar mesmo atraveacutes de uma entrevista Eacute necessaacuteria mais investigaccedilatildeo para encontrar indicadores eficazes para a seleccedilatildeo de candidatos (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 21)

Atitudes positivas

As atitudes positivas dos professores e outros profissionais satildeo indicadas como um elemento-chave na educaccedilatildeo inclusiva na maioria dos projetos da Agecircncia O relatoacuterio da Agecircncia Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula constata que

Obviamente que a inclusatildeo depende largamente da atitude dos professores face aos alunos com necessidades especiais das suas perceccedilotildees sobre as diferenccedilas na sala de aula e da sua vontade de lidar eficazmente com essas diferenccedilas A atitude dos professores foi indicada como um fator decisivo na construccedilatildeo de escolas mais inclusivas (Agecircncia Europeia 2003 paacuteg 12)

Do mesmo modo o relatoacuterio da Agecircncia designado Princiacutepios-Chave para a Promoccedilatildeo da Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva ndash Recomendaccedilotildees para a praacutetica realccedila a importacircncia das atitudes positivas Afirma-se que

Todos os professores devem ter atitudes positivas em relaccedilatildeo a todos os alunos e disponibilidade para trabalhar em colaboraccedilatildeo com os colegas Todos os professores devem entender a diversidade como uma forccedila e um estiacutemulo para sua proacutepria aprendizagem (Agecircncia Europeia 2011c paacuteg 14)

O relatoacuterio da Agecircncia Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos Questotildeesshychave para Poliacuteticas e Praacuteticas indica que

As atitudes dos professores de turma face ao processo de avaliaccedilatildeo inclusiva satildeo cruciais As atitudes positivas podem ser fomentadas atraveacutes de formaccedilatildeo

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 18

apoio e recursos apropriados e de experiecircncias de inclusatildeo bem sucedidas Os professores necessitam de experiecircncias bem sucedidas para os ajudar a desenvolver as necessaacuterias atitudes positivas (Watkins 2007 paacuteg 53)

Trabalho em rede e coordenaccedilatildeo

Todos os relatoacuterios da Agecircncia referem o papel eficaz da colaboraccedilatildeo e coordenaccedilatildeo dos profissionais e do trabalho em rede com serviccedilos comunitaacuterios interdisciplinares Um exemplo digno de nota eacute o relatoacuterio da Agecircncia Formaccedilatildeo de professores para a Inclusatildeo Perfil de Professores Inclusivos (TE4I) no qual se realccedila que

A implementaccedilatildeo da educaccedilatildeo inclusiva deve ser vista como uma tarefa coletiva com funccedilotildees e responsabilidades atribuiacutedas aos diferentes intervenientes O apoio aos professores de turma inclui o acesso a estruturas que facilitam a comunicaccedilatildeo e o trabalho de equipa com diferentes profissionais (incluindo aqueles que trabalham em instituiccedilotildees de ensino superior) bem como oportunidades para o desenvolvimento profissional (Agecircncia Europeia 2012b paacuteg 24)

Na publicaccedilatildeo da Agecircncia Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula nos 2ordm e 3ordm Ciclos de Ensino Baacutesico as questotildees do ensino cooperativo e da resoluccedilatildeo cooperativa de problemas satildeo apresentadas como fatores-chave para uma praacutetica inclusiva eficaz O projeto afirma que laquoOs professores precisam do apoio dos colegas da escola e de ser capazes de colaborar com eles Necessitam igualmente do apoio e da colaboraccedilatildeo de profissionais exteriores agrave escolaraquo (Agecircncia Europeia 2005 paacuteg 5)

Para concluir

A educaccedilatildeo inclusiva implica uma alteraccedilatildeo sisteacutemica que exige uma transformaccedilatildeo quanto ao modo como os professores e outros profissionais do ensino satildeo formados natildeo apenas em termos de competecircncias mas tambeacutem de valores eacuteticos

Os principais aspetos relacionados com os profissionais altamente qualificados podem ser resumidos numa seacuterie de indicadores na aacuterea da legislaccedilatildeo para a educaccedilatildeo inclusiva desenvolvidos e apresentados no projeto da Agecircncia Desenvolvimento de um conjunto de indicadores ndash para a educaccedilatildeo inclusiva na Europa

Programas de formaccedilatildeo inicial e contiacutenua de professores incluem conteuacutedos sobre a educaccedilatildeo especial e a inclusatildeo Professores e outros profissionais satildeo apoiados para desenvolverem os seus conhecimentos competecircncias e atitudes relativas agrave inclusatildeo de forma a

Colocar a teoria em praacutetica 19

estarem preparados para responder agraves necessidades de todos os alunos no ensino regular

Disponibilizaccedilatildeo de cursos e oportunidades para a melhoria do desenvolvimento profissional dos professores

Os professores planificam ensinam e reavaliam em parceria

Recursos satildeo disponibilizados para o adequado desenvolvimento profissional relacionados com a resposta agraves necessidades especiais em educaccedilatildeo inclusiva (Kyriazopoulou e Weber 2009 paacuteg 29)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 20

SISTEMAS DE APOIO E MECANISMOS DE FINANCIAMENTO

Introduccedilatildeo

Em novembro de 2011 a Agecircncia Europeia acolheu uma Audiccedilatildeo no Parlamento Europeu em Bruxelas Participaram oitenta e oito jovens com e sem necessidades educativas especiais eou incapacidades do ensino secundaacuterio e da formaccedilatildeo vocacional para debaterem o significado da educaccedilatildeo inclusiva para eles Alguns dos resultados estatildeo diretamente relacionados com questotildees de recursos e financiamento laquoA educaccedilatildeo inclusiva requer recursos adicionais como tempo e dinheiro mas cada aluno deve ter a educaccedilatildeo que querraquo (Agecircncia Europeia 2012a paacuteg 13)

O acesso fiacutesico dos edifiacutecios eacute importante (elevadores portas automaacuteticas interruptores acessiacuteveis etc) hellip No caso dos testes eacute necessaacuterio tempo extra hellip Satildeo necessaacuterios sistemas internos de apoio para os alunos com deficiecircncias (ibid paacuteg 28ndash29)

Eacute bom ter apoio de pessoas de fora da equipa da escola que possam atuar como mediadores para os alunos com necessidades especiais Havia professores que natildeo queriam cooperar no trabalho de educaccedilatildeo inclusiva para mim e para outros os professores devem aceitar todos nas suas salas de aula (ibid paacuteg 20)

Os cortes do governo estatildeo a ter impacto no apoio ndash pessoas como os mediadores estatildeo a perder os seus empregos O dinheiro estaacute a ir para as escolas mas eacute tatildeo disfuncional que significa que os professores laquonormaisraquo tecircm de prestar o apoio e eles natildeo satildeo capazes (ibid paacuteg 28)

A educaccedilatildeo inclusiva eacute muitas vezes referida como dispendiosa mas ao tentar poupar vamos acabar por pagar mais para lidar com os problemas hellip Mesmo que um paiacutes natildeo tenha muitos recursos a educaccedilatildeo inclusiva precisa de ser posta em praacutetica A educaccedilatildeo inclusiva eacute um investimento temos de investir nas pessoas (ibid paacuteg 25)

Sistemas de apoio e mecanismos de financiamento Os sistemas de apoio e mecanismos de financiamento englobam todos os niacuteveis de aprendizagem e por conseguinte abordam diversas questotildees Aleacutem disso limitar a questatildeo apenas ao campo educativo seria insuficiente

As crianccedilas e os jovens natildeo teratildeo sucesso na aprendizagem se a sua sauacutede baacutesica e as suas necessidades sociais e emocionais natildeo forem atendidas Isto pode exigir apoio para as famiacutelias e as comunidades sendo necessaacuteria a

Colocar a teoria em praacutetica 21

colaboraccedilatildeo com os serviccedilos de sauacutede e de seguranccedila social que garanta uma intervenccedilatildeo holiacutestica (Agecircncia Europeia 2011c paacuteg 17ndash18)

Existe a consciencializaccedilatildeo disseminada de que a criaccedilatildeo de poliacuteticas com base em evidecircncias eacute essencial para o desenvolvimento a longo prazo dos sistemas de educaccedilatildeo inclusiva Tal foi reconhecido no trabalho da Agecircncia logo em 1999 no acircmbito do relatoacuterio Financing of Special Needs Education [Financiamento da Educaccedilatildeo Especial] onde se defendia que

os procedimentos de avaliaccedilatildeo e monitorizaccedilatildeo nos paiacuteses podem tambeacutem ser melhorados no quadro do ensino especial Em primeiro lugar eacute importante garantir e incentivar um dispecircndio eficiente e eficaz dos fundos puacuteblicos Em segundo lugar parece ser necessaacuterio mostrar claramente aos clientes dos sistemas educativos (alunos com necessidades especiais e os seus pais) que a qualidade da educaccedilatildeo no ambiente regular (incluindo todas as instalaccedilotildees adicionais e apoio) eacute suficientemente elevada (Agecircncia Europeia 1999 paacuteg 158)

Os temas do financiamento e dos recursos foram abordados em diversos outros projetos da Agecircncia Assim as afirmaccedilotildees e os resultados que se seguem lanccedilam alguma luz sobre estas duas questotildees de pontos de vista diferentes na sequecircncia de projetos distintos levados a cabo pela Agecircncia

Intervenccedilatildeo Precoce na Infacircncia (IPI) laquoA tendecircncia comum na Europa eacute a prestaccedilatildeo de serviccedilos de IPI localizados e prestados tatildeo perto quanto possiacutevel da crianccedila e da famiacuteliaraquo (Agecircncia Europeia 2010 paacuteg 18) por exemplo no municiacutepio

Os recursos e serviccedilos de IPI devem abranger todas as famiacutelias e crianccedilas em idades precoces que deles necessitem independentemente da sua condiccedilatildeo socioeconoacutemica hellip Isto implica que os fundos puacuteblicos devem cobrir todos os custos relativos agrave IPI atraveacutes de serviccedilos puacuteblicos companhias de seguros organizaccedilotildees sem fins lucrativos etc preenchendo os padrotildees de qualidade exigidos na respetiva legislaccedilatildeo nacional para a IPI (ibid paacuteg 22) O financiamento puacuteblico para os serviccedilos de IPI geralmente vem do governo central eou federal ou dos orccedilamentos regionais eou locais Na maioria dos casos o financiamento da IPI eacute uma combinaccedilatildeo dos trecircs niacuteveis da administraccedilatildeo acima mencionados planos de seguro de sauacutede e de recursos de organizaccedilotildees sem fins lucrativos (ibid paacuteg 23)

As recomendaccedilotildees para melhorar a coordenaccedilatildeo dos serviccedilos e dos recursos da IPI incluem entre outras as seguintes

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 22

A IPI eacute muitas vezes uma aacuterea de trabalho interserviccedilos mas tambeacutem uma aacuterea interdisciplinar Os decisores poliacuteticos precisam de reconhecer isso garantindo que as poliacuteticas e as orientaccedilotildees sejam desenvolvidas conjuntamente pelos setores da sauacutede da educaccedilatildeo e da seguranccedila social e que qualquer orientaccedilatildeo escrita para os serviccedilos regionais e locais inclui os logotipos de todos os departamentos Somente desta forma o trabalho integrado seraacute filtrado aos niacuteveis regional e local (ibid paacuteg 42ndash43)

Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula

A existecircncia de diferentes modelos de gestatildeo da diferenccedila na sala de aula depende natildeo soacute de fatores ligados ao professor mas tambeacutem da forma como a escola organiza os recursos e de outros fatores externos

Esta afirmaccedilatildeo foi incluiacuteda no relatoacuterio da Agecircncia sobre Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula (Agecircncia Europeia 2003 paacuteg 8)

Eacute claro que a resposta aos alunos com necessidades educativas especiais natildeo eacute apenas uma questatildeo de recursos a niacutevel da sala de aula Importa reconhecer que a organizaccedilatildeo da escola determina igualmente a quantidade e o tipo dos recursos que os professores podem usar no ensino de alunos com NEE (ibid paacuteg 14ndash15)

A organizaccedilatildeo dos recursos no seio da escola deve corresponder ao princiacutepio da flexibilidadehellip as escolas devem ter liberdade para a utilizaccedilatildeo dos recursos financeiros de acordo com os seus proacuteprios desejos e perspetivas Deve evitarshyse a burocracia estando os recursos disponiacuteveis para todos os alunos com ou sem NEE sempre que necessaacuterio ou quando o professor assim o desejar (ibid paacuteg 16)

laquoO financiamento e respetivos incentivos desempenham um papel decisivoraquo (ibid paacuteg 17)

O modelo de financiamento baseado na avaliaccedilatildeo dos resultados (a niacutevel regional) parece ser a opccedilatildeo melhor sucedida Neste modelo os orccedilamentos destinados agraves necessidades educativas especiais satildeo atribuiacutedos pelo serviccedilo central agraves instituiccedilotildees regionais ou locais (comunidades agrupamentos de escolas) As decisotildees relativas ao financiamento e elegibilidade devem ser tomadas a niacutevel regionalhellip Um modelo descentralizado pode ser mais rentaacutevel e limitar os riscos de ver emergir formas indesejaacuteveis de comportamentosestrateacutegicos Eacute no entanto evidente que o governo central deve indicar claramente os objetivos a atingir (ibid paacuteg 18)

Colocar a teoria em praacutetica 23

Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional (EFP) A implementaccedilatildeo dos programas de EFP segue o planeamento a longo prazo no setor da educaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo com os parceiros sociais

Existe um foco no estabelecimento de ligaccedilotildees mais proacuteximas hellip para desenvolver os curriacuteculos dos programas de formaccedilatildeo profissional e para corresponder agraves abordagens e conteuacutedos educativos com as competecircncias necessaacuterias na vida laboral hellip atraveacutes da organizaccedilatildeo e realizaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo de competecircncias colaboraccedilatildeo no estabelecimento de conteuacutedos de novas qualificaccedilotildees normas e curriacuteculos e correspondecircncia dos programas de EFP com as necessidades da economia (Agecircncia Europeia 2014 paacuteg 23) A niacutevel individual os alunos com necessidades educativas especiais recebem assistecircncia educativa (por exemplo tecnologia de apoio inteacuterpretes de liacutengua gestual materiais de aprendizagem de elaboraccedilatildeo especial escribas ou outras formas de assistecircncia praacutetica) especial para tornar os curriacuteculos de EFP acessiacuteveis (ibid paacuteg 15)

Os niacuteveis regionais (ou seja condados freguesias municiacutepios proviacutencias federais) satildeo fundamentais para garantir o melhor ajuste entre os objetivos educativos e as necessidades do mercado de trabalho Os conselhos consultivos regionais desempenham um papel ativo na atualizaccedilatildeo da estrutura dos programas educativos no acircmbito da sua responsabilidade regional e em cooperaccedilatildeo com os parceiros sociais Desempenham um papel importante na possibilidade de flexibilizaccedilatildeo dos percursos dos alunos

As instituiccedilotildees de EFP satildeo lideradas por diferentes agecircncias nos paiacuteses europeus tais como autoridades locais organizaccedilotildees natildeo governamentais setor privado etc Nos paiacuteses europeus analisados as principais responsabilidades pelo financiamento cabem agraves entidades estatais e governamentais a niacutevel regional ou municipal Aleacutem disso na maioria dos paiacuteses os criteacuterios de financiamento satildeo diferentes dependendo do tipo de propriedade (puacuteblicaprivada) vigente no paiacutes Outras medidas destinadas a promover o emprego entre os alunos com NEE satildeo o pagamento do custo do serviccedilo de emprego apoiado a isenccedilatildeo do pagamento de pensatildeo e seguro de invalidez uma recompensa para casos em que a quota eacute ultrapassada ajudas financeiras aos trabalhadores com incapacidades que se estabelecem como empresaacuterios reduccedilatildeo nos pagamentos agrave seguranccedila social reduccedilatildeo de impostos pelo emprego de jovens alunos com NEE ou preacutemios anuais por boas praacuteticas Existem tambeacutem programas que permitem que os alunos entrem no mercado de trabalho mantendo uma percentagem do seu subsiacutedio social de origem (por exemplo subsiacutedio de invalidez) que natildeo estaacute sujeito agrave tributaccedilatildeo ou cobertura social Os funcionaacuterios tambeacutem seriam autorizados a manter laquobenefiacutecios

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 24

secundaacuteriosraquo (por exemplo subsiacutedio para combustiacutevel cartatildeo meacutedico) durante um determinado periacuteodo de tempo

Tecnologias de Informaccedilatildeo e Comunicaccedilatildeo (TIC)

Sem duacutevida as TIC acessiacuteveis podem atuar como um facilitador para a igualdade de participaccedilatildeo em atividades educativas para diversos alunos com NEE Os estudantes com SEN destacaram a importacircncia das TIC durante a Audiccedilatildeo do Parlamento Europeu em 2011

No nosso paiacutes existe uma organizaccedilatildeo que fornece materiais especiais e tecnologias de informaccedilatildeo A escola pode pedir as ajudas teacutecnicas a essa organizaccedilatildeo e os alunos podem levaacute-las para casa Quando deixam de precisar dessas ajudas teacutecnicas estas podem ser usadas por outros alunos nas mesmasou noutras escolas Eacute muito importante ter ajudas teacutecnicas e apoio (Agecircncia Europeia 2012a paacuteg 14)

Poreacutem

O facto de o impulso para a equidade na educaccedilatildeo atraveacutes do apoio de TIC acessiacuteveis estar a ser ofuscado por desenvolvimentos econoacutemicos negativos reforccedila a ideia de que as poliacuteticas europeias e internacionais globais devem continuar a assumir uma lideranccedila estaacutevel neste campo (Agecircncia Europeia 2013 paacuteg 24)

Neste contexto a aquisiccedilatildeo pode ser considerada um mecanismo de financiamento se a acessibilidade for um preacute-requisito incorporado A acessibilidade deve ser um princiacutepio orientador para a aquisiccedilatildeo de todos os bens e serviccedilos

O acesso a TIC apropriadas em diferentes contextos de aprendizagem ao longo da vida ndash incluindo em casa ndash requer muitas vezes a contribuiccedilatildeo de profissionais de diferentes aacutereas hellip Isto envolve a coordenaccedilatildeo entre indiviacuteduos serviccedilos e muitas vezes poliacuteticas para diferentes setores de trabalho Tambeacutem envolve abordagens flexiacuteveis para o financiamento das TIC com possibilidades de tomada de decisotildees a niacutevel local quanto agraves despesas relacionadas com as necessidades identificadas localmente (Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO e Agecircncia Europeia 2011 paacuteg 88)

Para concluir

Eacute necessaacuterio considerar quatro requisitos no que diz respeito aos sistemas de financiamento para garantir que estes sistemas sustentam totalmente os objetivos da poliacutetica educativa

Colocar a teoria em praacutetica 25

A poliacutetica de financiamento apoia totalmente a educaccedilatildeo inclusiva Isto inclui o desenvolvimento de poliacuteticas fiscais que criem incentivos ao inveacutes de desincentivos agrave oferta de colocaccedilotildees e de serviccedilos de inclusatildeo Embora exista uma seacuterie de bases alternativas para financiar alunos com NEE o financiamento per capita parece ser o mais promissor para satisfazer o requisito estabelecido

A poliacutetica de financiamento baseia-se totalmente nas necessidades educativas Os montantes individuais de financiamento per capita podem ser determinados atraveacutes de anaacutelises de custos que mostram os custos relativos de disponibilizar aos alunos condiccedilotildees especiais selecionadas

A poliacutetica de financiamento facilita totalmente respostas flexiacuteveis eficazes e eficientes agraves necessidades Em vez de financiar ou fornecer recursos especiacuteficos por exemplo tipos preacute-determinados de pessoal equipamentos ou instalaccedilotildees o financiamento per capita aloca recursos monetaacuterios promovendo a flexibilidade no uso local

A poliacutetica de financiamento promove totalmente o apoio de serviccedilos relacionados e a necessaacuteria colaboraccedilatildeo intersectorial

Em geral as estruturas de incentivo devem assegurar a disponibilizaccedilatildeo de mais fundos se uma crianccedila for colocada num contexto inclusivo sendo necessaacuteria uma maior ecircnfase nos resultados (natildeo apenas acadeacutemicos)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 26

DADOS FIAacuteVEIS

Introduccedilatildeo

A Convenccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiecircncia (CDPD) bem como a Estrateacutegia Europeia para a Deficiecircncia 2010ndash2020 e o quadro estrateacutegico Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo 2020 relativo agrave equidade na educaccedilatildeo satildeo impulsionadores-chave para a educaccedilatildeo inclusiva nos paiacuteses A CDPD da ONU apela aos Estados Partes para

hellip recolher informaccedilatildeo apropriada incluindo dados estatiacutesticos e de investigaccedilatildeo que lhes permitam formular e implementar poliacuteticas que visem dar efeito agrave presente Convenccedilatildeo (Naccedilotildees Unidas 2006 Artigo 31ordm)

e hellip Os Estados Partes devem em conformidade com os seus sistemas juriacutedico e administrativo manter fortalecer nomear ou estabelecer a niacutevel interno uma estrutura que inclua um ou mais mecanismos independentes conforme apropriado com vista a promover proteger e monitorizar a implementaccedilatildeo da presente Convenccedilatildeo (ibid Artigo 33ordm)

Existe a consciencializaccedilatildeo disseminada de que a criaccedilatildeo de poliacuteticas com base em evidecircncias eacute essencial para o desenvolvimento a longo prazo dos sistemas de educaccedilatildeo inclusiva Decisores poliacuteticos especialistas em estatiacutestica e investigadores reconhecem a necessidade de uma recolha de dados a niacutevel nacional que natildeo soacute responda agraves exigecircncias das orientaccedilotildees poliacuteticas internacionais mas que tambeacutem obedeccedila a uma abordagem comum que promova uma sinergia de esforccedilos a niacutevel nacional e internacional O trabalho da Agecircncia demonstrou que existem apelos para a disponibilizaccedilatildeo de ampla informaccedilatildeo para os decisores poliacuteticos e para a adoccedilatildeo pelas diferentes organizaccedilotildees tanto a niacutevel nacional como europeu de uma variedade de abordagens complementares para a recolha de dados Poreacutem embora a necessidade de tais dados seja clara os melhores meacutetodos e procedimentos de recolha e anaacutelise dos mesmos satildeo muito menos claros

Em resultado do trabalho da Agecircncia ndash mais especificamente das atividades dos projetos Desenvolvimento de um conjunto de indicadores ndash para a educaccedilatildeo inclusiva na Europa (Kyriazopoulou e Weber 2009) e Mapeamento da Implementaccedilatildeo de Poliacuteticas para a Educaccedilatildeo Inclusiva (MIPIE) (Agecircncia Europeia 2011a) ndash emergem cinco requisitos-chave de poliacuteticas relativos agrave recolha de dados no que concerne agrave necessidade de evidecircncias sobre a educaccedilatildeo inclusiva a niacutevel nacional

bull necessidade de recolha de dados nacionais ancorada nos acordos internacionais e europeus

Colocar a teoria em praacutetica 27

bull necessidade de compreender o impacto das diferenccedilas nos sistemas educativos dos paiacuteses

bull necessidade de analisar a efetividade da educaccedilatildeo inclusiva

bull necessidade de recolha de dados que forneccedila evidecircncias sobre a garantia de qualidade e

bull necessidade de acompanhar o progresso dos alunos a longo prazo Os decisores poliacuteticos precisam de dados qualitativos e quantitativos que os informem sobre a qualidade da educaccedilatildeo prestada aos alunos com necessidades educativas especiais Estas mensagens principais refletem uma recomendaccedilatildeo central do Relatoacuterio Mundial sobre Deficiecircncia (Organizaccedilatildeo Mundial de SauacutedeBanco Mundial 2011) a necessidade de os paiacuteses desenvolverem os sistemas de recolha de dados quantitativos existentes e de simultaneamente realizarem investigaccedilotildees qualitativas aprofundadas e especiacuteficas sobre o custoshyeficaacutecia e sobre outras questotildees relacionadas com a garantia da qualidade

O projeto MIPIE apela ao desenvolvimento de um quadro comum para a recolha de dados construiacutedo com base nos procedimentos nacionais existentes e nos acordos internacionais sobre recolha de dados e procedimentos hellip Podem ser identificadas trecircs dimensotildees para uma estrutura comum

- A mudanccedila para um sistema de recolha de dados baseado em conceitos e definiccedilotildees comuns

- A recolha de evidecircncias que conduzam a niacuteveis de referecircncia quantitativos e qualitativos

- O uso de uma estrutura multiniacutevel para analisar as poliacuteticas a niacuteveis nacional e internacional (Agecircncia Europeia 2011a paacuteg 11)

Uma tal abordagem eacute necessaacuteria para apoiar os paiacuteses no desenvolvimento de uma laquorecolha de dados que permita monitorizar os direitos dos alunos bem como para monitorizarem a eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusivaraquo (ibid)

Monitorizaccedilatildeo dos direitos dos alunos

No acircmbito de uma estrutura abrangente para o mapeamento das questotildees relacionadas com os direitos devem ser identificados indicadores quantitativos e qualitativos referentes a diversos fatores

(i) Participaccedilatildeo na educaccedilatildeo e formaccedilatildeo

O relatoacuterio da Agecircncia sobre a Intervenccedilatildeo precoce na infacircncia sugere que

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 28

Os decisores poliacuteticos devem ter mecanismos para avaliar a solicitaccedilatildeo de serviccedilos de IPI e mecanismos eficazes que verifiquem se a prestaccedilatildeo de serviccedilos responde ao solicitado para se poder planear a melhoria do serviccedilo Deve ser desenvolvida uma forma sistemaacutetica de recolha e de monitorizaccedilatildeo de dados fiaacuteveis a niacutevel nacional (Agecircncia Europeia 2010 paacuteg 40)

No relatoacuterio Participaccedilatildeo na Educaccedilatildeo Inclusiva afirma-se que Embora os governos nacionais e locais jaacute recolham dados importantes sobre a educaccedilatildeo pouco se sabe sobre a participaccedilatildeo hellip Atualmente a maior parte dos dados recolhidos para fins de monitorizaccedilatildeo satildeo dados estatiacutesticos sobre a inscriccedilatildeo e a conclusatildeo da escolaridade hellip Poucos paiacuteses tecircm meacutetodos sistemaacuteticos de recolha anaacutelise e interpretaccedilatildeo de dados qualitativos sobre a participaccedilatildeo a niacutevel individual em sala de aula e na escola embora os relatoacuterios escolares de autorrevisatildeo e de inspeccedilatildeo respondam muitas vezes a questotildees de participaccedilatildeo e inclusatildeo (Agecircncia Europeia 2011d paacuteg 19)

Este relatoacuterio tambeacutem destaca alguns dos perigos potenciais associados agrave recolha de dados em relaccedilatildeo agrave participaccedilatildeo

hellip estruturas criadas para acompanhar as crianccedilas com necessidades educativas especiais podem funcionar como barreiras agrave sua participaccedilatildeo e sucesso marcando estas crianccedilas como diferentes Uma consequecircncia natildeo intencional de categorizar algumas crianccedilas para monitorizar a sua participaccedilatildeo pode gerar um paradoxo o que resulta na celebraccedilatildeo de acordos separados para a sua educaccedilatildeo (ibid paacuteg 17ndash18)

(ii) Acesso ao apoio e agrave adaptaccedilatildeo

Trecircs estudos da Agecircncia consideraram diferentes aspetos de apoio para os alunos com NEE A revisatildeo da literatura do projeto Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional cita Redley (2009)

Natildeo existem dados nacionais fiaacuteveis sobre o nuacutemero de organizaccedilotildees que oferecem emprego apoiado ou o nuacutemero de pessoas com dificuldades de aprendizagem empregadas nelas e o governo natildeo participa neste processo (Agecircncia Europeia 2012f paacuteg 41)

O estudo conjunto da Agecircncia realizado com o Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO que analisa o uso das TIC na educaccedilatildeo das pessoas com incapacidades defende que

Tanto em relaccedilatildeo agrave Convenccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas (2006) como em relaccedilatildeo agrave poliacutetica regional (ou seja europeia) e nacional haacute uma necessidade de informaccedilatildeo mais detalhada ligada agrave monitorizaccedilatildeo de indicadores e benchmarks qualitativos e quantitativos sobre as TIC na educaccedilatildeo para pessoas

Colocar a teoria em praacutetica 29

com incapacidades (Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO e Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011 paacuteg 93)

Em relaccedilatildeo agrave acessibilidade da informaccedilatildeo para a aprendizagem as recomendaccedilotildees do projeto i-access da Agecircncia defendem que

A conformidade [acessibilidade] agrave poliacutetica deve ser sistematicamente monitorizada A monitorizaccedilatildeo da conformidade soacute pode ser incentivada nomomento presente mas deve ser alargada hellip Eacute necessaacuterio recolher dados quantitativos e qualitativos sistemaacuteticos o que deve tambeacutem envolver os utilizadores finais de informaccedilatildeo acessiacutevel Poreacutem a monitorizaccedilatildeo do progresso natildeo se pode limitar a afericcedilatildeo numeacuterica mas deve incluir a possibilidade de recolher exemplos de boas praacuteticas que poderiam servir de modelo para outros paiacuteses e organizaccedilotildees (Agecircncia Europeia 2012e paacuteg 40ndash 41)

(iii) Oportunidades para o sucesso na aprendizagem e na transiccedilatildeo Dois grandes projetos da Agecircncia tiveram em linha de conta a transiccedilatildeo da escola para o emprego Ambos apontam para a falta de dados fiaacuteveis neste campo O projeto Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego sugeriu que

Os dados nacionais dos paiacuteses apenas incluem pessoas registadas como desempregadas mas uma alta percentagem de pessoas com necessidades especiais natildeo estaacute registada ndash elas natildeo tecircm sequer a oportunidade de conseguir o primeiro emprego (Agecircncia Europeia 2002a paacuteg 2)

O estudo de acompanhamento (Agecircncia Europeia 2006) natildeo refere quaisquer desenvolvimentos nesta aacuterea

(iv) Oportunidades de integraccedilatildeo

O estudo da Agecircncia com foco na diversidade multicultural destaca a falta de dados em relaccedilatildeo a um fator importante de integraccedilatildeo ndash antecedente de imigraccedilatildeo dos alunos com NEE

Muitos paiacuteses envolvidos no projeto referiram que natildeo existem dados atualizados sobre os alunos com NEE e de origem imigrante Diversas agecircncias governamentais tecircm responsabilidades diferentes e natildeo haacute coordenaccedilatildeo na recolha de dados Haacute outras razotildees para a falta de dados Alguns paiacuteses natildeo tecircm estatiacutesticas oficiais sobre a origem das pessoas para aleacutem do paiacutes de nascimento uma vez que eacute proibido o tratamento de dados pessoais que identifiquem a raccedila a origem eacutetnica a incapacidade ou crenccedila religiosa Em outros paiacuteses natildeo haacute recolha sistemaacutetica de dados relativos a alunos com NEE

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 30

ou a alunos com NEE e de origem imigrante a niacutevel nacional ou local (Agecircncia Europeia 2009a paacuteg 30)

Monitorizaccedilatildeo da eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusiva

Dados que examinam a eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusiva tecircm em conta questotildees de custo-eficaacutecia bem como diversas aacutereas relacionadas com as experiecircncias de educaccedilatildeo dos alunos procedimentos de avaliaccedilatildeo inicial o envolvimento contiacutenuo dos alunos e das suas famiacutelias em experiecircncias educativas e a eficaacutecia de ambientes de aprendizagem na superaccedilatildeo das barreiras e apoio de experiecircncias de aprendizagem significativas para todos os alunos

O estudo da Agecircncia relativo ao Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos realccedila que eacute necessaacuterio apoiar as escolas com

hellip aconselhamento sobre como pode ser usada a informaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo ndash particularmente a da avaliaccedilatildeo estandardizada recolhida para fins de monitorizaccedilatildeo nacional ndash para melhorar as praacuteticas com todos os alunos incluindo os que apresentam NEE (Watkins 2007 paacuteg 60)

O relatoacuterio designado Elevar o Sucesso de Todos os Alunos defende que

Para avanccedilar para uma maior equidade na educaccedilatildeo satildeo necessaacuterios indicadores de sucesso adequados agrave comunidade local focalizados no input recursos processos e outputresultados Embora a informaccedilatildeo (incluindo dados) deva ser usada para direcionar o apoio e acompanhar o sucesso de poliacuteticas e praacuteticas inclusivas eacute necessaacuterio cuidado para que os sistemas de responsabilidade natildeo causem inadvertidamente alteraccedilotildees inadequadas (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 22)

Este estudo destaca potenciais dificuldades inerentes

No clima atual o desenvolvimento de mecanismos de responsabilidade adequados e de formas de medir o sucesso valorizado e monitorizar a equidade apresentam muitos desafios Apesar da procura de dados concretos Fullan (2011) adverte que laquoas estatiacutesticas satildeo um servo maravilhoso mas um mestre terriacutevelraquo (paacuteg 127) e Hargreaves e Shirley (2009) enfatizam a necessidade de colocar a responsabilidade antes da prestaccedilatildeo de contas Sugerem que a prestaccedilatildeo de contas deve laquoservir de consciecircncia por meio de amostragemraquo e que deve ser realizado um ataque laquoaos excessos de padronizaccedilatildeo testada que negam a diversidade e destroem a criatividaderaquo (paacuteg 109) (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 22)

Dentro do projeto MIPIE argumentou-se que a monitorizaccedilatildeo da eficaacutecia dos sistemas de educaccedilatildeo inclusiva tambeacutem incluiria uma anaacutelise da eficaacutecia da formaccedilatildeo de professores (Agecircncia Europeia 2011a) O relatoacuterio do projeto TE4I

Colocar a teoria em praacutetica 31

destaca uma seacuterie de questotildees relacionadas com a disponibilidade de dados nesta aacuterea Relativamente agrave representaccedilatildeo de professores de grupos minoritaacuterios

A maior parte dos paiacuteses que natildeo recolhe dados refere curiosamente uma subshyrepresentaccedilatildeo de pessoas com deficiecircncia e pertencentes a grupos minoritaacuterios entre os professores estagiaacuterios e os professores diplomados e a situaccedilatildeo parece ser idecircntica entre os formadores de professores (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 22)

O relatoacuterio tambeacutem indica a necessidade de dados que levam a mudanccedilas com base em evidecircncias

A falta de investigaccedilatildeo em larga escala e de investigaccedilatildeo cumulativa bem como de evidecircncia empiacuterica na formaccedilatildeo de professores para a inclusatildeo foi referida pela OCDE (2010) hellip esta investigaccedilatildeo poderaacute garantir a existecircncia dum corpo de evidecircncias que possam dar forma agrave mudanccedila No presente relatoacuterio os exemplos realccedilam algumas questotildees-chave da pesquisa incluindo

- A eficaacutecia de diferentes rotas no ensino - Abordagens agrave formaccedilatildeo de professores e ao curriacuteculo da FIP e

- O papel dos cursos separados integrados e unificados e a melhor maneira de passar dum curso contiacutenuo para um uacutenico curso de formaccedilatildeo de professores que prepare todos os professores para a diversidade (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 68)

O projeto MIPIE defende que

A niacutevel da escola a recolha de dados deve

- Fornecer informaccedilatildeo que permitam aos professores e funcionaacuterios da escola planear e prestar o apoio e os recursos adequados

- Fornecer ideias claras sobre a participaccedilatildeo ativa dos pais e alunos no processo educativo (Agecircncia Europeia 2011a paacuteg 13)

Para que isto seja possiacutevel

Satildeo necessaacuterias sinergias a niacutevel nacional entre os principais intervenientes baseadas num claro racional para a recolha de dados considerando os dados a niacutevel nacional regional escola e sala de aula para que os dados globais do paiacutes efetivamente possam refletir a praacutetica (ibid paacuteg 14)

Para concluir a provisatildeo dos dados pode contribuir efetivamente para a elaboraccedilatildeo de poliacuteticas para a educaccedilatildeo inclusiva Haacute uma exigecircncia crescente ndash a niacutevel internacional europeu e nacional ndash para a responsabilidade e tecircm vindo a crescer comparaccedilotildees laquoentre escolasraquo e laquoentre naccedilotildeesraquo O surgimento de laquograndes dadosraquo

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 32

(meta-anaacutelises de conjuntos de dados e fontes combinadas) apresenta oportunidades mas tambeacutem desafios reais para a educaccedilatildeo inclusiva

Os apelos para a poliacutetica e alocaccedilatildeo de recursos baseada em evidecircncias reforccedilam a necessidade de dados significativos relacionados com todos os alunos Eacute necessaacuterio saber que alunos estatildeo a receber que serviccedilos quando e onde (contando todos os alunos) Tambeacutem eacute necessaacuterio ter dados sobre a qualidade dos serviccedilos e os resultados obtidos (considerando a praacutetica)

Um grande desafio para a recolha de dados estaacute em evitar classificar categorizar e rotular os alunos de modo a fornecer informaccedilatildeo sobre a provisatildeo que recebem As laquopluralidadesraquo das definiccedilotildees aplicadas a alunos e a laquopoliacuteticaraquo dos sistemas de rotulagem natildeo podem ser ignoradas nem os efeitos a que esses sistemas de rotulagem e definiccedilotildees conduzem

Fazer as perguntas certas em termos de poliacuteticas eacute o ponto de partida para a recolha de dados que servem de base significativa para as poliacuteticas

Colocar a teoria em praacutetica 33

OLHAR EM FRENTE

O primeiro objetivo da conferecircncia em novembro de 2013 foi refletir e resumir o trabalho da Agecircncia ao longo da uacuteltima deacutecada As cinco mensagens-chave descritas nos capiacutetulos anteriores destacam aspetos criacuteticos no que se refere agrave educaccedilatildeo inclusiva Baseiam-se nos resultados da anaacutelise aprofundada de temas-chave decididos pelos paiacuteses membros da Agecircncia O segundo objetivo da conferecircncia foi olhar em frente explorando a forma como o trabalho da Agecircncia pode prestar um melhor apoio aos paiacuteses membros ajudandoos a melhorar a qualidade e a eficaacutecia das suas respostas inclusivas para alunos com incapacidades eou necessidades educativas especiais A Agecircncia estaacute disposta a ajudar os paiacuteses de uma forma mais concreta com a implementaccedilatildeo dos resultados do nosso trabalho Isso significa disponibilizar recomendaccedilotildees de poliacutetica que sejam mais diretamente aplicaacuteveis aos decisores poliacuteticos para apoiar alteraccedilotildees futuras e desenvolvimentos poliacuteticos

A Agecircncia estaacute consciente de que o trabalho jaacute realizado estaacute de acordo e apoia diretamente todas as iniciativas de poliacuteticas europeias e internacionais em termos de educaccedilatildeo equidade igualdade de oportunidades e direitos para pessoas com incapacidades eou necessidades educativas especiais O trabalho da Agecircncia fornece recomendaccedilotildees claras e coerentes sobre como as poliacuteticas-chave nestas aacutereas podem ser implementadas na praacutetica A Agecircncia pretende proporcionar aos paiacuteses informaccedilatildeo sobre o progresso alcanccedilado nos objetivos propostos em termos de (a) metas de Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo para 2020 e (b) Convenccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiecircncia (2006) bem como vaacuterias diretivas e comunicaccedilotildees da Uniatildeo Europeia Eacute necessaacuteria orientaccedilatildeo sobre o modo como a educaccedilatildeo inclusiva pode ser implementada a niacutevel do professor sala de aula escola regiatildeo municiacutepio e poliacutetica nacional A Agecircncia tem capacidade para disponibilizar aos paiacuteses orientaccedilotildees sobre formas de implementaccedilatildeo da educaccedilatildeo inclusiva e como isto afeta a qualidade geral da educaccedilatildeo As discussotildees durante a conferecircncia bem como as discussotildees aprofundadas no acircmbito da Agecircncia orientaratildeo esta nova etapa no trabalho da Agecircncia

shy

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 34

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 1999 Financing of Special Needs Education ndash A seventeen-country Study of the Relationship between Financing of Special Needs Education and Inclusion [Financiamento da Educaccedilatildeo Especial ndash Um estudo de dezassete paiacuteses da Relaccedilatildeo entre o Financiamento da Educaccedilatildeo Especial e a Inclusatildeo] Middelfart Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2002a Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Princiacutepios-chave e Recomendaccedilotildees para R esponsaacuteveis Poliacuteticos Middelfart Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanagencyorgsitesdefaultfilestransition_transition_pttextpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2002b Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Principais problemas questotildees e opccedilotildees enfrentadas pelos alunos com necessidades educativas especiais em 16 paiacuteses Europeus Relatoacuterio Siacutentese Middelfart Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanagencyorgsitesdefaultfilestransition-from-school-to-employment_Transitionptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2003 Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula Relatoacuterio Siacutentese Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanagencyorgsitesdefaultfilesinclusive-education-and-classroom-practices_iecpptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2005 Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula nos 2ordm e 3ordm Ciclos do Ensino Baacutesico Relatoacuterio Siacutentese Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesinclusive-educationand-classroom-practice-in-secondary-education_iecp_secondary_ptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2006 Planos Individuais de Transiccedilatildeo Apoiar a Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesindividual-transitionplans_itp_ptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

shy

shyshy

shyshy

shy

shy

Colocar a teoria em praacutetica 35

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2009a Diversidade multicultural e necessidades especiais de educaccedilatildeo Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfilesmulticultural-diversity-and-special-needsshyeducation_Multicultural-Diversity-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2009b Princiacutepiosshychave para a Promoccedilatildeo da Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva ndash Recomendaccedilotildees para Decisores Poliacuteticos Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportskeyshyprinciples-for-promoting-quality-in-inclusive-educationkey-principles-PTpdf(Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2010 Intervenccedilatildeo Precoce na Infacircncia ndash Progressos e Desenvolvimentos 2005ndash2010 Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesearly-childhood-interventionshyprogress-and-developments_ECI-report-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011a Mapeamento da Implementaccedilatildeo de Poliacuteticas para a Educaccedilatildeo Inclusiva Uma anaacutelise dos desafios e oportunidades para o desenvolvimento de indicadores Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httphttpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesmipie_MIPIE-summaryshyof-proposals-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011b Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo na Europa ndash Desafios e Oportunidades Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfileste4i-challenges-and-opportunities_TE4I-Synthesis-Report-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011c Princiacutepios-Chave para a Promoccedilatildeo da Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva ndash Recomendaccedilotildees para Decisores Poliacuteticos Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfilesinclusive-education-and-classroom-practices_iecpshyptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011d Participation in Inclusive Education ndash A Framework for Developing Indicators [Participaccedilatildeo na Educaccedilatildeo inclusiva ndash Um Quadro para o Desenvolvimento de Indicadores] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 36

agencyorgpublicationsereportsparticipation-in-inclusive-education-a-frameworkshyfor-developing-indicatorsParticipation-in-Inclusive-Educationpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012a Perspetivas dos Jovens sobre Educaccedilatildeo Inclusiva Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfilesyoung-views-on-inclusive-education_YoungViews-2012PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012b Perfil de Professores Inclusivos Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfileste4i-profile-of-inclusive-teachers_Profile-of-InclusiveshyTeachers-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012c Raising Achievement for All Learners ndash Quality in Inclusive Education [Elevar o Sucesso de Todos os Alunos ndash Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva] Relatoacuterio sobre a conferecircncia realizada em Odense Dinamarca de 13 a 15 de junho de 2012 Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesRA4AL-conference-reportpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014) Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012d Raising Achievement for All Learners ndash Quality in Inclusive Education [Elevar o Sucesso de Todos os Alunos ndash Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httphttpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesra4al-keyshymessages_RA4AL-summary-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012e Promoting Accessible Information for Lifelong Learning Recommendations and findings of the i-access project [Promover o Acesso agrave Informaccedilatildeo para a Aprendizagem ao Longo da Vida Recomendaccedilotildees e observaccedilotildees do projeto i-access] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportsi-accessi-accessshyreportpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012f Vocational Education and Training Policy and Practice in the field of Special Needs Education ndash Literature Review [Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional (EFP) Poliacutetica e Praacutetica no campo da Educaccedilatildeo Especial ndash Revisatildeo da Literatura] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Colocar a teoria em praacutetica 37

agencyorgagency-projectsvocational-education-and-trainingvet-filesVETshyLiteratureReviewpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012g Teacher Education for Inclusion Project Recommendations linked to Sources of Evidence [Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo Recomendaccedilotildees do Projeto Ligadas a Fontes de Evidecircncias] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgagencyshyprojectsTeacher-Education-for-Inclusionsources-of-evidencepdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2013 European and International Policy Supporting ICT for Inclusion [Poliacutetica Europeia e Internacional para Uso das TIC como Apoio para a Inclusatildeo] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfileseuropean-and-internationalshypolicy-supporting-ict-for-inclusion_policy-supporting-ict-for-inclusionpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para as Necessidades Especiais e a Educaccedilatildeo Inclusiva 2014 Vocational Education and Training ndash Summary of Country Information [Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional ndash Resumo de Informaccedilatildeo do Paiacutes] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para as Necessidades Especiais e a Educaccedilatildeo Inclusiva httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesVET Summary of Country information 2014pdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Bennett S e Gallagher TL 2012 The Delivery of Education Services for Students who have an Intellectual Disability in the Province of Ontario [A prestaccedilatildeo de serviccedilos de ensino para alunos com incapacidade intelectual na proviacutencia de Ontaacuterio] Toronto Community Living Ontario

Chapman C Ainscow M Miles S e West M 2011 Leadership that promotes the achievement of students with special educational needs and disabilities [Lideranccedila que promove o sucesso de alunos com necessidades educativas especiais e incapacidades] Nottingham National College for School Leadership

Comissatildeo das Comunidades Europeias 2008 Livro Verde ndash Migraccedilatildeo e mobilidade desafios e oportunidades para os sistemas educativos da UE SEC(2008) 2173 COM20080423 final Bruxelas Comissatildeo das Comunidades Europeias

Conselho da Uniatildeo Europeia 2010 Conclusotildees do Conselho sobre a dimensatildeo social da educaccedilatildeo e da formaccedilatildeo 3013ordf Reuniatildeo do Conselho de EDUCACcedilAtildeO JUVENTUDE E CULTURA Bruxelas 11 de maio de 2010 httpeurshylexeuropaeulegal-contentPTTXTPDFuri=CELEX52010XG0526(01)ampfrom=PT(Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 38

Farrell P Dyson AS Polat F Hutcheson G e Gallannaugh F 2007 laquoSEN inclusion and pupil achievement in English schoolsraquo [Inclusatildeo de crianccedilas com NEE e sucesso dos alunos nas escolas inglesas] Journal of Research in Special Educational Needs 7 (3) 172ndash178

Frilseth L 2012 The Norwegian Model for Education for All in Upper Secondary School [O Modelo Norueguecircs para a Educaccedilatildeo para Todos no Ensino Secundaacuterio] Direccedilatildeo Norueguesa para Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo httpwwweuropeanshyagencyorgagency-projectsra4alra4al-seminar-pdfNorway-L-Frilsethpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Fullan M 2011 Change Leader Learning to do what matters most [Liacuteder de Mudanccedila aprender a fazer o que mais importa] San Francisco Jossey-Bass de Graaf G van Hove G e Haveman M 2011 laquoMore academics in regular schools The effect of regular versus special school placement on academic skills in Dutch primary school students with Down syndromeraquo [Mais acadeacutemicos nas escolas regulares O efeito da colocaccedilatildeo em escola regular versus escola especial nas competecircncias acadeacutemicas em alunos holandeses do ensino primaacuterio com siacutendrome de Down] Journal of International Disability Research December 2011 57(1) 21ndash38 doi 101111j1365-2788201101512x

Hargreaves A e Shirley D 2009 The Fourth Way ndash The inspiring future for educational change [A Quarta Via ndash O futuro inspirador para a mudanccedila educativa] Publicaccedilatildeo conjunta do Ontario Principalsrsquo Council e do National Staff Development Council Thousand Oaks CA Corwin Press

Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO e Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011 ICTs in Education for People with Disabilities Review de innovative practice [TIC na Educaccedilatildeo para Pessoas com Incapacidades revisatildeo da praacutetica inovadora] Moscovo Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO httpwwweuropeanshyagencyorgpublicationsereportsICTs-in-Education-for-People-WithshyDisabilitiesReview-of-Innovative-Practice (Uacuteltimo acesso em julho de 2014) Kalambouka A Farrell P Dyson A e Kaplan I 2005 The impact of population inclusivity in schools on student outcomes [O impacto da inclusividade da populaccedilatildeo em escolas nos resultados dos alunos] Research Evidence in Education Library London EPPI-Centre Social Science Research Unit Institute of Education University of London Kyriazopoulou M e Weber H (eds) 2009 Desenvolvimento de um conjunto de indicadores ndash para a educaccedilatildeo inclusiva na Europa Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Colocar a teoria em praacutetica 39

agencyorgsitesdefaultfilesdevelopment-of-a-set-of-indicators-for-inclusiveshyeducation-in-europe_indicators-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

MacArthur J 2009 Learning Better Together Working towards inclusive education in New Zealand schools [Aprender Melhor Juntos trabalhar para a educaccedilatildeo inclusiva nas escolas da Nova Zelacircndia] Wellington IHC

MacArthur J Kelly B Sharp S amp Gaffney M 2005 Participation or exclusion Disabled childrenrsquos experiences of life at school [Participaccedilatildeo ou exclusatildeo Experiecircncias de vida na escola de crianccedilas com incapacidades] Um artigo apresentado na laquoChildrenrsquos Issues Conferenceraquo Dunedin Nova Zelacircndia julho de 2005 Menter I Hulme M Elliott D e Lewin J 2010 Literature Review on Teacher Education in the 21st Century [Revisatildeo da Literatura sobre a Formaccedilatildeo de Professores no Seacuteculo XXI] Scottish Government Social Research Edimburgo Scottish Government

Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para a Educaccedilatildeo Ciecircncia e Cultura 2009 Policy Guidelines on Inclusion in Education [Diretrizes da Poliacutetica sobre Inclusatildeo na Educaccedilatildeo] Paris UNESCO

Organizaccedilatildeo Mundial de SauacutedeBanco Mundial 2011 World Report on Disability [Relatoacuterio Mundial sobre Deficiecircncia] Genebra Ediccedilotildees OMS httpwwwwhointdisabilitiesworld_report2011enindexhtml (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Organizaccedilatildeo para a Cooperaccedilatildeo e Desenvolvimento Econoacutemico 2011 PISA in Focus Improving Performance Leading from the Bottom [PISA agrave Lupa Melhorar os Resultados Progedir ateacute ao Topo] 20112 (Marccedilo) Paris OCDE Redley M 2009 laquoUnderstanding the social exclusion and stalled welfare of citizens with learning disabilitiesraquo [Compreender a exclusatildeo social e o bem-estar sem progresso dos cidadatildeos com dificuldades de aprendizagem] Disability amp Society 24(4) 489ndash501

Naccedilotildees Unidas 2006 Convenccedilatildeo sobre os Direitos das Pessoas com Deficiecircncia Nova Iorque Naccedilotildees Unidas

Watkins A (ed) 2007 Assessment in Inclusive Settings Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos Questotildees-chave para Poliacuteticas e Praacuteticas Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportsassessment-in-inclusiveshysettings-key-issues-for-policy-and-practiceassessment-in-inclusive-settings-keyshyissues-for-policy-and-practice (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 40

Wilkinson R e Pickett K 2010 The Spirit Level Why Equality is Better para Everyone [O Niacutevel do Espiacuterito Por que a Igualdade eacute Melhor para Todos] Londres Penguin

Willms JD 2006 Learning divides Ten policy questions about the performance and equity of schools and schooling systems [A aprendizagem divide dez perguntas de poliacutetica acerca do desempenho e equidade das escolas e dos sistemas de escolaridade] Montreal Instituto de Estatiacutestica da UNESCO

Colocar a teoria em praacutetica 41

  • preacircmbulo
  • Sumaacuterio Executivo
  • O mais precocemente possiacutevel
    • Introduccedilatildeo
    • Intervenccedilatildeo precoce
    • Deteccedilatildeo e avaliaccedilatildeo precoces
    • Apoio precoce
    • Transiccedilatildeo planeada
      • A educaccedilatildeo inclusiva beneficia todos
        • Introduccedilatildeo
        • A educaccedilatildeo inclusiva como uma abordagem para elevar o sucesso para todos os alunos
        • laquoO que eacute bom para os alunos com NEE eacute igualmente bom para todos os alunosraquo
        • Monitorizaccedilatildeo do progresso
          • profissionais altamente qualificados
            • Introduccedilatildeo
            • Formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo
            • O perfil dos professores inclusivos e outros profissionais
            • Abordagens ao recrutamento
            • Atitudes positivas
            • Trabalho em rede e coordenaccedilatildeo
              • sistemas de apoio e mecanismos de financiamento
                • Introduccedilatildeo
                • Sistemas de apoio e mecanismos de financiamento
                  • Intervenccedilatildeo Precoce na Infacircncia (IPI)
                  • Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula
                  • Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional (EFP)
                  • Tecnologias de Informaccedilatildeo e Comunicaccedilatildeo (TIC)
                      • dados fiaacuteveis
                        • Introduccedilatildeo
                        • Monitorizaccedilatildeo dos direitos dos alunos
                          • (i) Participaccedilatildeo na educaccedilatildeo e formaccedilatildeo
                          • (ii) Acesso ao apoio e agrave adaptaccedilatildeo
                          • (iii) Oportunidades para o sucesso na aprendizagem e na transiccedilatildeo
                          • (iv) Oportunidades de integraccedilatildeo
                            • Monitorizaccedilatildeo da eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusiva
                              • olhar em frente
                              • REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

(preferencialmente na classe ou na escola regular) (5) durante um periacuteodo de tempo tatildeo curto quanto possiacutevel (Agecircncia Europeia 2003 paacuteg 16)

No relatoacuterio Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo na Europa ndash Desafios e Oportunidades afirma-se que

O investimento na educaccedilatildeo de infacircncia e num sistema educativo cada vez mais inclusivo representam provavelmente a longo prazo uma utilizaccedilatildeo mais eficaz dos recursos do que as iniciativas de curto prazo destinadas a laquocolmatar lacunasraquo ou apoiar determinados grupos marginalizados (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 82)

Transiccedilatildeo planeada Diferentes projetos da Agecircncia relativos agrave transiccedilatildeo focaram-se na necessidade de um plano precoce com o propoacutesito de passar de uma fase educativa para a seguinte bem como do ensino para o emprego (2002a 2002b 2006 e 2013)

O relatoacuterio Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Princiacutepios-chave e Recomendaccedilotildees para Responsaacuteveis Poliacuteticos reforccedila que os paiacuteses tecircm de laquoAssegurar o desenvolvimento de planos de transiccedilatildeo com a antecipaccedilatildeo necessaacuteria na vida escolar do aluno e natildeo somente no final da escolaridade obrigatoacuteriaraquo (Agecircncia Europeia 2002a paacuteg 6)

No enquadramento do trabalho desenvolvido pela Agecircncia sobre este tema Planos Individuais de Transiccedilatildeo

a transiccedilatildeo para o emprego surge como parte de um longo e complexo processo que cobre todas as fases da vida de uma pessoa e que necessita de ser orientada da forma mais apropriada laquoUma vida boa para todosraquo bem como laquoum bom trabalho para todosraquo satildeo os fins uacuteltimos de um processo de transiccedilatildeo bem sucedido Os tipos de recursos ou a organizaccedilatildeo da escola natildeo devem interferir com ou impedir que se realize tal processo (Agecircncia Europeia 2006 paacuteg 8ndash9)

Em conclusatildeo a intervenccedilatildeo precoce tem por objetivo principal proporcionar atividades significativas e positivas para promover o desenvolvimento precoce da crianccedila o envolvimento da famiacutelia a qualidade de vida a inclusatildeo social e o enriquecimento social Eacute necessaacuterio ter em conta que os serviccedilos de apoio satildeo essenciais para alguns mas tambeacutem beneacuteficos para todos Todas as crianccedilas tecircm o direito de receber apoio sempre que necessaacuterio Tal exige uma abordagem coordenada entre os setores e uma colaboraccedilatildeo eficaz entre todas as partes interessadas

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 10

A EDUCACcedilAtildeO INCLUSIVA BENEFICIA TODOS

Introduccedilatildeo

Existe um reconhecimento crescente na Europa e mais amplamente a niacutevel internacional de que eacute fundamental avanccedilar no sentido de uma poliacutetica e praacutetica inclusivas no ensino Nas Conclusotildees do Conselho sobre a dimensatildeo social da educaccedilatildeo e da formaccedilatildeo afirma-se que laquoTodos os estudantes sairatildeo beneficiados se forem criadas as condiccedilotildees necessaacuterias ao ecircxito da inclusatildeo de todos os alunos com necessidades especiaisraquo (Conselho da Uniatildeo Europeia 2010 paacuteg 5)

O Livro Verde da Comissatildeo das Comunidades Europeias relativo agrave Migraccedilatildeo e Mobilidade frisa que

As escolas devem ser determinantes para o fomento de uma sociedade inclusiva porque constituem uma oportunidade privilegiada para os jovens das comunidades migrantes e de acolhimento se conhecerem e respeitarem mutuamentehellip a diversidade cultural e linguiacutestica pode constituir um recurso inestimaacutevel para as escolas (Comissatildeo das Comunidades Europeias 2008 paacuteg 3)

A Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para a Educaccedilatildeo Ciecircncia e Cultura (UNESCO) (2009) indica claramente que a educaccedilatildeo inclusiva eacute uma questatildeo de equidade e por conseguinte uma questatildeo de qualidade com impacto em todos os alunos Eacute colocada a ecircnfase em trecircs propostas relativas agrave educaccedilatildeo inclusiva a inclusatildeo e a qualidade satildeo reciacuteprocas o acesso e a qualidade estatildeo ligados e reforccedilam-se mutuamente e por uacuteltimo a qualidade e a equidade satildeo essenciais para garantir a educaccedilatildeo inclusiva

Diversos projetos da Agecircncia centraram-se tambeacutem nesta questatildeo O relatoacuterio sobre a conferecircncia Elevar o Sucesso de Todos os Alunos (RA4AL) da Agecircncia (Agecircncia Europeia 2012c) realccedila que as questotildees que dizem respeito agrave definiccedilatildeo da inclusatildeo tecircm-se tornado cada vez mais importantes Contudo parece existir um acordo crescente quanto agrave necessidade de uma abordagem baseada nos direitos para o desenvolvimento de uma maior equidade e justiccedila social e para o apoio do desenvolvimento de uma sociedade sem discriminaccedilotildees Verificou-se por conseguinte um alargamento do debate sobre a inclusatildeo tendo o foco passado da relocalizaccedilatildeo de crianccedilas descritas como tendo necessidades educativas especiais para as escolas regulares para a vontade de disponibilizar educaccedilatildeo de alta qualidade ndash e consequentes benefiacutecios ndash a todos os alunos Agrave medida que cada vez mais paiacuteses abraccedilam uma definiccedilatildeo mais ampla de educaccedilatildeo inclusiva a diversidade eacute reconhecida como laquonaturalraquo em qualquer grupo de alunos e a educaccedilatildeo inclusiva pode ser encarada como uma forma de elevar o

Colocar a teoria em praacutetica 11

sucesso atraveacutes da presenccedila (acesso agrave educaccedilatildeo) participaccedilatildeo (qualidade da experiecircncia de aprendizagem) e sucesso (processos e resultados da aprendizagem) de todos os alunos

O trabalho da Agecircncia no documento Princiacutepios-Chave para a Promoccedilatildeo da Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva (Agecircncia Europeia 2009b) reforccedila a importacircncia das abordagens de aprendizagem centradas no alunopersonalizadas da avaliaccedilatildeo do professor que apoia a aprendizagem e do trabalho em colaboraccedilatildeo com os pais e as famiacutelias estes pontos satildeo poreacutem essenciais para melhorar a qualidade de educaccedilatildeo para todos os alunos

A educaccedilatildeo inclusiva como uma abordagem para elevar o sucesso para todos os alunos

Wilkinson e Pickett salientam que laquouma maior igualdade aleacutem de uma melhoria do bem-estar de toda a populaccedilatildeo eacute tambeacutem a chave para os padrotildees nacionais de sucessoraquo (2010 paacuteg 29) Eles frisam que se

um paiacutes deseja obter niacuteveis meacutedios mais elevados de sucesso educativo entre os alunos em idade escolar deve dar resposta agrave desigualdade subjacente que cria um gradiente social mais acentuado em termos de sucesso educativo (ibid paacuteg 30)

Ao desafiar a ideia de que a inclusatildeo de todos os alunos pode de alguma forma ser prejudicial para um sucesso elevado a Organizaccedilatildeo para a Cooperaccedilatildeo e Desenvolvimento Econoacutemico (OCDE 2011) mostra que a melhoria dos alunos com um desempenho mais baixo natildeo tem de ser feita agrave custa daqueles com melhores desempenhos As observaccedilotildees do relatoacuterio da UNESCO designado Learning Divides [A aprendizagem divide] (Willms 2006) fornece tambeacutem evidecircncias de que um desempenho escolar forte e a equidade podem andar de matildeos dadas e que os paiacuteses com os niacuteveis mais altos de desempenho tendem a ser aqueles que tecircm vindo a elevar o sucesso de todos os alunos (Agecircncia Europeia 2012d)

De acordo com o relatoacuterio RA4AL da Agecircncia

Farrell e colegas (2007) hellip descobriram um reduzido nuacutemero de pesquisas que sugerem que a colocaccedilatildeo de alunos com NEE em escolas regulares natildeo tem consequecircncias adversas de maior para o sucesso acadeacutemico comportamento e atitudes de todas as crianccedilas Uma revisatildeo sistemaacutetica da literatura encomendada pela Evidence for Policy and Practice Initiative [Iniciativa Evidecircncia por Poliacuteticas e Praacuteticas] (EPPI) (Kalambouka et al 2005) constatou tambeacutem que de um modo geral natildeo se observam efeitos adversos nos alunos sem NEE quando se incluem alunos com necessidades especiais nas escolas regulares (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 8)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 12

Diversos estudos descrevem os benefiacutecios da inclusatildeo para os alunos sem incapacidades Esses benefiacutecios incluem

aumento da valorizaccedilatildeo e aceitaccedilatildeo das diferenccedilas individuais e da diversidade respeito por todas as pessoas preparaccedilatildeo para a vida adulta numa sociedade inclusiva e oportunidades para dominar atividades praticando e ensinando outros Tais efeitos estatildeo tambeacutem documentados numa investigaccedilatildeo recente por exemplo da autoria de Bennett e Gallagher (2012) (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 8)

O impacto positivo das colocaccedilotildees em contextos inclusivos de alunos com incapacidades eacute registado por investigaccedilotildees como as realizadas por MacArthur et al (2005) e de Graaf et al (2011) Este impacto inclui relaccedilotildees e redes sociais melhoradas modelos dos pares maior sucesso maiores expetativas maior colaboraccedilatildeo entre os profissionais da escola e melhor integraccedilatildeo das famiacutelias na comunidade (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 8)

Benefiacutecios adicionais podem incluir acesso a mais amplas oportunidades curriacuteculares e reconhecimento e acreditaccedilatildeo do sucesso

Deve ser considerada a melhoria da organizaccedilatildeo dos laquoespaccedilosraquo para aprendizagem e a criaccedilatildeo de mais oportunidades para os alunos descobrirem talentos em diversas aacutereas para aleacutem da aprendizagem acadeacutemica (ibid paacuteg 25)

A investigaccedilatildeo de Chapman et al (2011) centrou-se especificamente na

lideranccedila que promove sucesso para alunos com NEEincapacidadese sugeriu que a presenccedila de uma populaccedilatildeo diversificada de estudantes pode nas condiccedilotildees organizacionais certas estimular as disposiccedilotildees colaborativas e incentivar formas inovadoras de ensinar a de modo a chegar a todos os grupos de alunos (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 21)

laquoO que eacute bom para os alunos com NEE eacute igualmente bom para todos os alunosraquo

Esta declaraccedilatildeo feita na publicaccedilatildeo da Agecircncia denominada Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula (Agecircncia Europeia 2003 paacuteg 33) tem sido desde essa altura repetida com frequecircncia no trabalho da Agecircncia

Por exemplo o mesmo estudo frisou que

a tutoria entre pares ou a aprendizagem cooperativa eacute eficaz para a aprendizagem e para o desenvolvimento cognitivo e afetivo (soacutecio-emocional) dos alunos Os alunos que se entreajudam principalmente num sistema de composiccedilatildeo de grupos flexiacutevel e bem ponderado beneficiam com esta aprendizagem em comum (ibid paacuteg 23)

Colocar a teoria em praacutetica 13

No trabalho da Agecircncia sobre a praacutetica inclusiva nas escolas secundaacuterias em 2005 sublinhou-se que

Todos os alunos ndash incluindo os que apresentam necessidades educativas especiais ndash tecircm demonstrado evoluir na aprendizagem quando o seu trabalho eacute sistematicamente planeado supervisionado e avaliado (Agecircncia Europeia 2005 paacuteg 6)

e que

Todos os alunos beneficiam com a aprendizagem cooperativa o aluno que explica ao outro reteacutem melhor e por mais tempo a informaccedilatildeo e as necessidades do aluno que estaacute a aprender satildeo abordadas de melhor forma por um par cujo niacutevel de compreensatildeo esteja apenas ligeiramente acima do seu proacuteprio niacutevel (ibid paacuteg 18)

No relatoacuterio RA4AL afirma-se que

um sistema que permite que os alunos progridam rumo a objetivos comuns mas atraveacutes de vias diferentes utilizando diferentes estilos de aprendizagem e avaliaccedilatildeo deve ser mais inclusivo e elevar o sucesso de todos os alunos (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 25)

O relatoacuterio da Agecircncia Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos regista tambeacutem a necessidade de envolver todos os alunos e paisfamiacutelias no processo tanto de aprendizagem como de avaliaccedilatildeo (Watkins 2007) O mesmo relatoacuterio refere que o processo de diferenciaccedilatildeo requer uma anaacutelise cuidadosa Embora possa tambeacutem estar associado a individualizaccedilatildeo e personalizaccedilatildeo e ser visto como uma forma de satisfazer necessidades individuais ou de grupo mais especiacuteficas manteacutem-se frequentemente centrado no professor ao inveacutes de ser orientado para aluno A personalizaccedilatildeo tem de comeccedilar com as necessidades e interesses de todos os alunos

No mais recente projeto i-access da Agecircncia constata-se que os benefiacutecios da tecnologia de apoio ou laquotecnologia facilitadoraraquo mostram-se frequentemente uacuteteis para uma ampla variedade de utilizadores laquoA acessibilidade beneficia os utilizadores com incapacidades eou necessidades educativas especiais bem como todos os utilizadoresraquo (Agecircncia Europeia 2012e paacuteg 22)

As opiniotildees dos jovens com e sem incapacidades expressas na publicaccedilatildeo Perspetivas dos Jovens sobre Educaccedilatildeo Inclusiva fornecem um resumo claro dos benefiacutecios da educaccedilatildeo inclusiva para todos os alunos Como um jovem aluno afirmou laquoEducaccedilatildeo inclusiva eacute para todas as crianccedilas As escolas regulares devem estar perto das suas residecircncias Esta experiecircncia permite encontrar as pessoas vizinhasraquo (Agecircncia Europeia 2012a paacuteg 11) Outros acrescentaram laquoOs alunos

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 14

com e sem necessidades especiais podem aprender uns com os outros e trocarconhecimentosraquo laquoEacute bom para noacutes e bom para eles Eacute importante reconhecer os benefiacutecios para todos na turmaraquo e laquoA educaccedilatildeo inclusiva ajuda as crianccedilas a tornarem-se mais tolerantes com mentalidades mais abertasraquo (ibid paacuteg 23)

Monitorizaccedilatildeo do progresso

Na medida em que a educaccedilatildeo inclusiva se alargou para assegurar a qualidade da educaccedilatildeo para todos os alunos eacute necessaacuterio encontrar novas formas de monitorizar o progresso Sugere-se com base no trabalho realizado pela Agecircncia nos indicadores e no relatoacuterio MIPIE (2011a) que a niacutevel escolar a recolha de dados possa ter em conta fatores com possiacutevel impacto na qualidade das estrateacutegias de admissatildeo das escolas tais como regras e poliacuteticas de admissatildeo natildeo discriminatoacuterias poliacuteticas e estrateacutegias desenvolvidas para apoiar os alunos a expressarem as suas necessidades existecircncia de uma declaraccedilatildeo poliacutetica clara contra o bullying implementaccedilatildeo dos coacutedigos de praacutetica existentes relativamente agrave educaccedilatildeo inclusiva sessotildees de formaccedilatildeo do pessoal quanto a questotildees de admissatildeo e criaccedilatildeo de um ambiente escolar acolhedor trabalho em respeito e colaboraccedilatildeo com alunos e famiacutelias estrateacutegias para ajudar os alunos e as famiacutelias a participarem ativamente na comunidade escolar e na sala de aula e disponibilizaccedilatildeo de estrateacutegias de informaccedilatildeo e aconselhamento e respetivo impacto nos alunos

Em conclusatildeo o debate mais amplo sobre a inclusatildeo pretende no momento presente ndash proporcionar uma educaccedilatildeo de alta qualidade (e benefiacutecios) a todos os alunos Um desempenho escolar forte e a equidade podem andar de matildeos dadas

O sistema de ensino eacute complexo e fragmentado e atualmente falta-lhe uma linha de pensamento consistente acerca da educaccedilatildeo inclusiva De um modo geral o apoio aos diretores e liacutederes que queiram tentar proceder a alteraccedilotildees em situaccedilotildees isoladas eacute muito reduzido A diversidade tem vindo a aumentar em todo o sistema mas as tradiccedilotildees do passado restringem as accedilotildees A capacidade das escolas deve ser desenvolvida atraveacutes da consciencializaccedilatildeo do contexto da correspondecircncia (entre legislaccedilatildeo e poliacuteticapraacutetica) da clareza conceptual e de um apoio contiacutenuo ndash para todos partes interessadas ndash que incentive as escolas a serem proativas e natildeo reativas Conhecer todos os alunos e intervir de forma precoce ajudaraacute a desenvolver apoio de qualidade para todos os alunos considerado como parte da educaccedilatildeo em geral

Colocar a teoria em praacutetica 15

PROFISSIONAIS ALTAMENTE QUALIFICADOS

Introduccedilatildeo

laquoProfissionais altamente qualificadosraquo envolve questotildees de formaccedilatildeo inicial e contiacutenua perfil valores e competecircncia dos professores abordagens eficazes ao recrutamento e atitudes bem como trabalho em rede e coordenaccedilatildeo de todos profissionais Os jovens que participaram na Audiccedilatildeo do Parlamento Europeu organizada pela Agecircncia em 2011 referiram

O ponto de partida para a educaccedilatildeo inclusiva eacute a sensibilizaccedilatildeo e a formaccedilatildeo dprofessores hellip Os professores devem compreender o que cada aluno precisa e dar-lhe oportunidade de atingir os objetivos com sucesso Todos temos talentos juntos construiacutemos uma melhor comunidade de trabalho (Agecircncia Europeia 2012a paacuteg 12)

e

Formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo

Uma formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo adequada dos professores e outros profissionais eacute considerada um fator-chave para praacuteticas inclusivas bem-sucedidas O relatoacuterio da Agecircncia Princiacutepios-chave para a Promoccedilatildeo da Qualidade em Educaccedilatildeo Inclusiva Recomendaccedilotildees para a praacutetica frisa que

Todos os professores devem ter competecircncias para responder agraves diversas necessidades de todos os alunos Na formaccedilatildeo inicial e contiacutenua os professores devem adquirir as competecircncias conhecimento e compreensatildeo que lhes permitam ter a confianccedila necessaacuteria para lidar eficazmente com as diversas necessidades dos alunos (Agecircncia Europeia 2011c paacuteg 15)

O relatoacuterio da Agecircncia Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo na Europa ndash Desafios e Oportunidades aborda a estrutura da formaccedilatildeo inicial de professores Afirma-se que

Uma das principais prioridades da formaccedilatildeo de professores hellip eacute a necessidade de rever a sua estrutura para melhorar a formaccedilatildeo de professores para a inclusatildeo e para integrar a formaccedilatildeo inicial e especializada O conhecimento sobre a mudanccedila do papel dos professores evoluiu imenso tendo sido realccedilada a necessidade de introduzir mudanccedilas significativas na forma como os professores satildeo preparados para as suas funccedilotildees e responsabilidades profissionais (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 19)

Aleacutem disso indica que

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 16

Os formadores de professores satildeo atores-chave na garantia da alta qualidade do corpo docente Muitos paiacuteses europeus natildeo tecircm ainda uma poliacutetica expliacutecita sobre as competecircncias dos formadores de professores nem sobre a forma como devem ser selecionados ou formados (ibid paacuteg 66)

O perfil dos professores inclusivos e outros profissionais

No quadro do projeto da Agecircncia Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo o Perfil de Professores Inclusivos (Agecircncia Europeia 2012b) foi desenvolvido como um guia para a conceccedilatildeo e a implementaccedilatildeo de programas de formaccedilatildeo inicial de professores (FIP) para todos professores Identifica um quadro de valores essenciais e de aacutereas de competecircncia aplicaacuteveis a qualquer programa FIP na preparaccedilatildeo de todos os professores para trabalharem em educaccedilatildeo inclusiva respondendo agrave diversidade

O quadro de valores essenciais e de aacutereas de competecircncia inclui

Valorizaccedilatildeo da diversidade ndash a diferenccedila eacute considerada um recurso e um valor para a educaccedilatildeo As aacutereas de competecircncia dentro deste valor fundamental dizem respeito a Conceccedilotildees de educaccedilatildeo inclusiva Perspetivas do professor sobre a diferenccedila dos alunos

Apoiar todos os alunos ndash os professores tecircm elevadas expectativas sobre os resultados de todos os alunos As aacutereas de competecircncia dentro deste valor essencial dizem respeito a Promoccedilatildeo da aprendizagem acadeacutemica praacutetica social e emocional de todos os alunos Metodologias de ensino eficazes em turmas heterogeacuteneas

Trabalho com outros ndash colaboraccedilatildeo e trabalho em equipa satildeo metodologias essenciais para todos os professores As aacutereas de competecircncia dentro deste valor essencial dizem respeito a Trabalho com pais e famiacutelias Trabalho com um vasto leque de profissionais de educaccedilatildeo

Desenvolvimento profissional e pessoal ndash o ensino eacute uma atividade de aprendizagem e os professores satildeo responsaacuteveis pela aprendizagem ao longo da vida As aacutereas de competecircncia dentro deste valor essencial dizem respeito a Professores como profissionais reflexivos Formaccedilatildeo inicial de professores como base para o desenvolvimento profissional contiacutenuo (ibid paacuteg 7)

Abordagens ao recrutamento

As abordagens eficazes ao recrutamento e o aumento das taxas de permanecircncia dos professores e outros profissionais satildeo indicados como fatores-chave numa seacuterie de projetos da Agecircncia O relatoacuterio da Agecircncia Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo na Europa ndash Desafios e Oportunidades realccedila que

Colocar a teoria em praacutetica 17

Devem ser encontradas estrateacutegias efetivas para melhorar o recrutamento dos candidatos a professores para aumentar as taxas de permanecircncia a par de medidas destinadas a aumentar o nuacutemero de professores de diferentes origens e incluindo professores com deficiecircncia (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 75)

O relatoacuterio do projeto refere que

Uma minoria de paiacuteses tem testes para selecionar o acesso agrave docecircncia Contudo a investigaccedilatildeo recentemente levada a cabo para efeitos da Revisatildeo da Formaccedilatildeo de Professores na Escoacutecia (Menter e colegas 2010) realccedila evidecircncias que mostram que haacute muitas dimensotildees do ensino efetivo que natildeo satildeo fidedignamente preditiacuteveis por testes de capacidade acadeacutemica Esta conclusatildeo estaacute em concordacircncia com a revisatildeo da literatura deste projeto e com os relatoacuterios dos paiacuteses que realccedilam a importacircncia das atitudes valores e crenccedilas no desenvolvimento de praacuteticas inclusivas Tanto as atitudes valores e crenccedilas como as disposiccedilotildees que apoiam o desenvolvimento das requeridascompetecircncias satildeo difiacuteceis de apurar mesmo atraveacutes de uma entrevista Eacute necessaacuteria mais investigaccedilatildeo para encontrar indicadores eficazes para a seleccedilatildeo de candidatos (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 21)

Atitudes positivas

As atitudes positivas dos professores e outros profissionais satildeo indicadas como um elemento-chave na educaccedilatildeo inclusiva na maioria dos projetos da Agecircncia O relatoacuterio da Agecircncia Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula constata que

Obviamente que a inclusatildeo depende largamente da atitude dos professores face aos alunos com necessidades especiais das suas perceccedilotildees sobre as diferenccedilas na sala de aula e da sua vontade de lidar eficazmente com essas diferenccedilas A atitude dos professores foi indicada como um fator decisivo na construccedilatildeo de escolas mais inclusivas (Agecircncia Europeia 2003 paacuteg 12)

Do mesmo modo o relatoacuterio da Agecircncia designado Princiacutepios-Chave para a Promoccedilatildeo da Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva ndash Recomendaccedilotildees para a praacutetica realccedila a importacircncia das atitudes positivas Afirma-se que

Todos os professores devem ter atitudes positivas em relaccedilatildeo a todos os alunos e disponibilidade para trabalhar em colaboraccedilatildeo com os colegas Todos os professores devem entender a diversidade como uma forccedila e um estiacutemulo para sua proacutepria aprendizagem (Agecircncia Europeia 2011c paacuteg 14)

O relatoacuterio da Agecircncia Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos Questotildeesshychave para Poliacuteticas e Praacuteticas indica que

As atitudes dos professores de turma face ao processo de avaliaccedilatildeo inclusiva satildeo cruciais As atitudes positivas podem ser fomentadas atraveacutes de formaccedilatildeo

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 18

apoio e recursos apropriados e de experiecircncias de inclusatildeo bem sucedidas Os professores necessitam de experiecircncias bem sucedidas para os ajudar a desenvolver as necessaacuterias atitudes positivas (Watkins 2007 paacuteg 53)

Trabalho em rede e coordenaccedilatildeo

Todos os relatoacuterios da Agecircncia referem o papel eficaz da colaboraccedilatildeo e coordenaccedilatildeo dos profissionais e do trabalho em rede com serviccedilos comunitaacuterios interdisciplinares Um exemplo digno de nota eacute o relatoacuterio da Agecircncia Formaccedilatildeo de professores para a Inclusatildeo Perfil de Professores Inclusivos (TE4I) no qual se realccedila que

A implementaccedilatildeo da educaccedilatildeo inclusiva deve ser vista como uma tarefa coletiva com funccedilotildees e responsabilidades atribuiacutedas aos diferentes intervenientes O apoio aos professores de turma inclui o acesso a estruturas que facilitam a comunicaccedilatildeo e o trabalho de equipa com diferentes profissionais (incluindo aqueles que trabalham em instituiccedilotildees de ensino superior) bem como oportunidades para o desenvolvimento profissional (Agecircncia Europeia 2012b paacuteg 24)

Na publicaccedilatildeo da Agecircncia Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula nos 2ordm e 3ordm Ciclos de Ensino Baacutesico as questotildees do ensino cooperativo e da resoluccedilatildeo cooperativa de problemas satildeo apresentadas como fatores-chave para uma praacutetica inclusiva eficaz O projeto afirma que laquoOs professores precisam do apoio dos colegas da escola e de ser capazes de colaborar com eles Necessitam igualmente do apoio e da colaboraccedilatildeo de profissionais exteriores agrave escolaraquo (Agecircncia Europeia 2005 paacuteg 5)

Para concluir

A educaccedilatildeo inclusiva implica uma alteraccedilatildeo sisteacutemica que exige uma transformaccedilatildeo quanto ao modo como os professores e outros profissionais do ensino satildeo formados natildeo apenas em termos de competecircncias mas tambeacutem de valores eacuteticos

Os principais aspetos relacionados com os profissionais altamente qualificados podem ser resumidos numa seacuterie de indicadores na aacuterea da legislaccedilatildeo para a educaccedilatildeo inclusiva desenvolvidos e apresentados no projeto da Agecircncia Desenvolvimento de um conjunto de indicadores ndash para a educaccedilatildeo inclusiva na Europa

Programas de formaccedilatildeo inicial e contiacutenua de professores incluem conteuacutedos sobre a educaccedilatildeo especial e a inclusatildeo Professores e outros profissionais satildeo apoiados para desenvolverem os seus conhecimentos competecircncias e atitudes relativas agrave inclusatildeo de forma a

Colocar a teoria em praacutetica 19

estarem preparados para responder agraves necessidades de todos os alunos no ensino regular

Disponibilizaccedilatildeo de cursos e oportunidades para a melhoria do desenvolvimento profissional dos professores

Os professores planificam ensinam e reavaliam em parceria

Recursos satildeo disponibilizados para o adequado desenvolvimento profissional relacionados com a resposta agraves necessidades especiais em educaccedilatildeo inclusiva (Kyriazopoulou e Weber 2009 paacuteg 29)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 20

SISTEMAS DE APOIO E MECANISMOS DE FINANCIAMENTO

Introduccedilatildeo

Em novembro de 2011 a Agecircncia Europeia acolheu uma Audiccedilatildeo no Parlamento Europeu em Bruxelas Participaram oitenta e oito jovens com e sem necessidades educativas especiais eou incapacidades do ensino secundaacuterio e da formaccedilatildeo vocacional para debaterem o significado da educaccedilatildeo inclusiva para eles Alguns dos resultados estatildeo diretamente relacionados com questotildees de recursos e financiamento laquoA educaccedilatildeo inclusiva requer recursos adicionais como tempo e dinheiro mas cada aluno deve ter a educaccedilatildeo que querraquo (Agecircncia Europeia 2012a paacuteg 13)

O acesso fiacutesico dos edifiacutecios eacute importante (elevadores portas automaacuteticas interruptores acessiacuteveis etc) hellip No caso dos testes eacute necessaacuterio tempo extra hellip Satildeo necessaacuterios sistemas internos de apoio para os alunos com deficiecircncias (ibid paacuteg 28ndash29)

Eacute bom ter apoio de pessoas de fora da equipa da escola que possam atuar como mediadores para os alunos com necessidades especiais Havia professores que natildeo queriam cooperar no trabalho de educaccedilatildeo inclusiva para mim e para outros os professores devem aceitar todos nas suas salas de aula (ibid paacuteg 20)

Os cortes do governo estatildeo a ter impacto no apoio ndash pessoas como os mediadores estatildeo a perder os seus empregos O dinheiro estaacute a ir para as escolas mas eacute tatildeo disfuncional que significa que os professores laquonormaisraquo tecircm de prestar o apoio e eles natildeo satildeo capazes (ibid paacuteg 28)

A educaccedilatildeo inclusiva eacute muitas vezes referida como dispendiosa mas ao tentar poupar vamos acabar por pagar mais para lidar com os problemas hellip Mesmo que um paiacutes natildeo tenha muitos recursos a educaccedilatildeo inclusiva precisa de ser posta em praacutetica A educaccedilatildeo inclusiva eacute um investimento temos de investir nas pessoas (ibid paacuteg 25)

Sistemas de apoio e mecanismos de financiamento Os sistemas de apoio e mecanismos de financiamento englobam todos os niacuteveis de aprendizagem e por conseguinte abordam diversas questotildees Aleacutem disso limitar a questatildeo apenas ao campo educativo seria insuficiente

As crianccedilas e os jovens natildeo teratildeo sucesso na aprendizagem se a sua sauacutede baacutesica e as suas necessidades sociais e emocionais natildeo forem atendidas Isto pode exigir apoio para as famiacutelias e as comunidades sendo necessaacuteria a

Colocar a teoria em praacutetica 21

colaboraccedilatildeo com os serviccedilos de sauacutede e de seguranccedila social que garanta uma intervenccedilatildeo holiacutestica (Agecircncia Europeia 2011c paacuteg 17ndash18)

Existe a consciencializaccedilatildeo disseminada de que a criaccedilatildeo de poliacuteticas com base em evidecircncias eacute essencial para o desenvolvimento a longo prazo dos sistemas de educaccedilatildeo inclusiva Tal foi reconhecido no trabalho da Agecircncia logo em 1999 no acircmbito do relatoacuterio Financing of Special Needs Education [Financiamento da Educaccedilatildeo Especial] onde se defendia que

os procedimentos de avaliaccedilatildeo e monitorizaccedilatildeo nos paiacuteses podem tambeacutem ser melhorados no quadro do ensino especial Em primeiro lugar eacute importante garantir e incentivar um dispecircndio eficiente e eficaz dos fundos puacuteblicos Em segundo lugar parece ser necessaacuterio mostrar claramente aos clientes dos sistemas educativos (alunos com necessidades especiais e os seus pais) que a qualidade da educaccedilatildeo no ambiente regular (incluindo todas as instalaccedilotildees adicionais e apoio) eacute suficientemente elevada (Agecircncia Europeia 1999 paacuteg 158)

Os temas do financiamento e dos recursos foram abordados em diversos outros projetos da Agecircncia Assim as afirmaccedilotildees e os resultados que se seguem lanccedilam alguma luz sobre estas duas questotildees de pontos de vista diferentes na sequecircncia de projetos distintos levados a cabo pela Agecircncia

Intervenccedilatildeo Precoce na Infacircncia (IPI) laquoA tendecircncia comum na Europa eacute a prestaccedilatildeo de serviccedilos de IPI localizados e prestados tatildeo perto quanto possiacutevel da crianccedila e da famiacuteliaraquo (Agecircncia Europeia 2010 paacuteg 18) por exemplo no municiacutepio

Os recursos e serviccedilos de IPI devem abranger todas as famiacutelias e crianccedilas em idades precoces que deles necessitem independentemente da sua condiccedilatildeo socioeconoacutemica hellip Isto implica que os fundos puacuteblicos devem cobrir todos os custos relativos agrave IPI atraveacutes de serviccedilos puacuteblicos companhias de seguros organizaccedilotildees sem fins lucrativos etc preenchendo os padrotildees de qualidade exigidos na respetiva legislaccedilatildeo nacional para a IPI (ibid paacuteg 22) O financiamento puacuteblico para os serviccedilos de IPI geralmente vem do governo central eou federal ou dos orccedilamentos regionais eou locais Na maioria dos casos o financiamento da IPI eacute uma combinaccedilatildeo dos trecircs niacuteveis da administraccedilatildeo acima mencionados planos de seguro de sauacutede e de recursos de organizaccedilotildees sem fins lucrativos (ibid paacuteg 23)

As recomendaccedilotildees para melhorar a coordenaccedilatildeo dos serviccedilos e dos recursos da IPI incluem entre outras as seguintes

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 22

A IPI eacute muitas vezes uma aacuterea de trabalho interserviccedilos mas tambeacutem uma aacuterea interdisciplinar Os decisores poliacuteticos precisam de reconhecer isso garantindo que as poliacuteticas e as orientaccedilotildees sejam desenvolvidas conjuntamente pelos setores da sauacutede da educaccedilatildeo e da seguranccedila social e que qualquer orientaccedilatildeo escrita para os serviccedilos regionais e locais inclui os logotipos de todos os departamentos Somente desta forma o trabalho integrado seraacute filtrado aos niacuteveis regional e local (ibid paacuteg 42ndash43)

Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula

A existecircncia de diferentes modelos de gestatildeo da diferenccedila na sala de aula depende natildeo soacute de fatores ligados ao professor mas tambeacutem da forma como a escola organiza os recursos e de outros fatores externos

Esta afirmaccedilatildeo foi incluiacuteda no relatoacuterio da Agecircncia sobre Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula (Agecircncia Europeia 2003 paacuteg 8)

Eacute claro que a resposta aos alunos com necessidades educativas especiais natildeo eacute apenas uma questatildeo de recursos a niacutevel da sala de aula Importa reconhecer que a organizaccedilatildeo da escola determina igualmente a quantidade e o tipo dos recursos que os professores podem usar no ensino de alunos com NEE (ibid paacuteg 14ndash15)

A organizaccedilatildeo dos recursos no seio da escola deve corresponder ao princiacutepio da flexibilidadehellip as escolas devem ter liberdade para a utilizaccedilatildeo dos recursos financeiros de acordo com os seus proacuteprios desejos e perspetivas Deve evitarshyse a burocracia estando os recursos disponiacuteveis para todos os alunos com ou sem NEE sempre que necessaacuterio ou quando o professor assim o desejar (ibid paacuteg 16)

laquoO financiamento e respetivos incentivos desempenham um papel decisivoraquo (ibid paacuteg 17)

O modelo de financiamento baseado na avaliaccedilatildeo dos resultados (a niacutevel regional) parece ser a opccedilatildeo melhor sucedida Neste modelo os orccedilamentos destinados agraves necessidades educativas especiais satildeo atribuiacutedos pelo serviccedilo central agraves instituiccedilotildees regionais ou locais (comunidades agrupamentos de escolas) As decisotildees relativas ao financiamento e elegibilidade devem ser tomadas a niacutevel regionalhellip Um modelo descentralizado pode ser mais rentaacutevel e limitar os riscos de ver emergir formas indesejaacuteveis de comportamentosestrateacutegicos Eacute no entanto evidente que o governo central deve indicar claramente os objetivos a atingir (ibid paacuteg 18)

Colocar a teoria em praacutetica 23

Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional (EFP) A implementaccedilatildeo dos programas de EFP segue o planeamento a longo prazo no setor da educaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo com os parceiros sociais

Existe um foco no estabelecimento de ligaccedilotildees mais proacuteximas hellip para desenvolver os curriacuteculos dos programas de formaccedilatildeo profissional e para corresponder agraves abordagens e conteuacutedos educativos com as competecircncias necessaacuterias na vida laboral hellip atraveacutes da organizaccedilatildeo e realizaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo de competecircncias colaboraccedilatildeo no estabelecimento de conteuacutedos de novas qualificaccedilotildees normas e curriacuteculos e correspondecircncia dos programas de EFP com as necessidades da economia (Agecircncia Europeia 2014 paacuteg 23) A niacutevel individual os alunos com necessidades educativas especiais recebem assistecircncia educativa (por exemplo tecnologia de apoio inteacuterpretes de liacutengua gestual materiais de aprendizagem de elaboraccedilatildeo especial escribas ou outras formas de assistecircncia praacutetica) especial para tornar os curriacuteculos de EFP acessiacuteveis (ibid paacuteg 15)

Os niacuteveis regionais (ou seja condados freguesias municiacutepios proviacutencias federais) satildeo fundamentais para garantir o melhor ajuste entre os objetivos educativos e as necessidades do mercado de trabalho Os conselhos consultivos regionais desempenham um papel ativo na atualizaccedilatildeo da estrutura dos programas educativos no acircmbito da sua responsabilidade regional e em cooperaccedilatildeo com os parceiros sociais Desempenham um papel importante na possibilidade de flexibilizaccedilatildeo dos percursos dos alunos

As instituiccedilotildees de EFP satildeo lideradas por diferentes agecircncias nos paiacuteses europeus tais como autoridades locais organizaccedilotildees natildeo governamentais setor privado etc Nos paiacuteses europeus analisados as principais responsabilidades pelo financiamento cabem agraves entidades estatais e governamentais a niacutevel regional ou municipal Aleacutem disso na maioria dos paiacuteses os criteacuterios de financiamento satildeo diferentes dependendo do tipo de propriedade (puacuteblicaprivada) vigente no paiacutes Outras medidas destinadas a promover o emprego entre os alunos com NEE satildeo o pagamento do custo do serviccedilo de emprego apoiado a isenccedilatildeo do pagamento de pensatildeo e seguro de invalidez uma recompensa para casos em que a quota eacute ultrapassada ajudas financeiras aos trabalhadores com incapacidades que se estabelecem como empresaacuterios reduccedilatildeo nos pagamentos agrave seguranccedila social reduccedilatildeo de impostos pelo emprego de jovens alunos com NEE ou preacutemios anuais por boas praacuteticas Existem tambeacutem programas que permitem que os alunos entrem no mercado de trabalho mantendo uma percentagem do seu subsiacutedio social de origem (por exemplo subsiacutedio de invalidez) que natildeo estaacute sujeito agrave tributaccedilatildeo ou cobertura social Os funcionaacuterios tambeacutem seriam autorizados a manter laquobenefiacutecios

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 24

secundaacuteriosraquo (por exemplo subsiacutedio para combustiacutevel cartatildeo meacutedico) durante um determinado periacuteodo de tempo

Tecnologias de Informaccedilatildeo e Comunicaccedilatildeo (TIC)

Sem duacutevida as TIC acessiacuteveis podem atuar como um facilitador para a igualdade de participaccedilatildeo em atividades educativas para diversos alunos com NEE Os estudantes com SEN destacaram a importacircncia das TIC durante a Audiccedilatildeo do Parlamento Europeu em 2011

No nosso paiacutes existe uma organizaccedilatildeo que fornece materiais especiais e tecnologias de informaccedilatildeo A escola pode pedir as ajudas teacutecnicas a essa organizaccedilatildeo e os alunos podem levaacute-las para casa Quando deixam de precisar dessas ajudas teacutecnicas estas podem ser usadas por outros alunos nas mesmasou noutras escolas Eacute muito importante ter ajudas teacutecnicas e apoio (Agecircncia Europeia 2012a paacuteg 14)

Poreacutem

O facto de o impulso para a equidade na educaccedilatildeo atraveacutes do apoio de TIC acessiacuteveis estar a ser ofuscado por desenvolvimentos econoacutemicos negativos reforccedila a ideia de que as poliacuteticas europeias e internacionais globais devem continuar a assumir uma lideranccedila estaacutevel neste campo (Agecircncia Europeia 2013 paacuteg 24)

Neste contexto a aquisiccedilatildeo pode ser considerada um mecanismo de financiamento se a acessibilidade for um preacute-requisito incorporado A acessibilidade deve ser um princiacutepio orientador para a aquisiccedilatildeo de todos os bens e serviccedilos

O acesso a TIC apropriadas em diferentes contextos de aprendizagem ao longo da vida ndash incluindo em casa ndash requer muitas vezes a contribuiccedilatildeo de profissionais de diferentes aacutereas hellip Isto envolve a coordenaccedilatildeo entre indiviacuteduos serviccedilos e muitas vezes poliacuteticas para diferentes setores de trabalho Tambeacutem envolve abordagens flexiacuteveis para o financiamento das TIC com possibilidades de tomada de decisotildees a niacutevel local quanto agraves despesas relacionadas com as necessidades identificadas localmente (Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO e Agecircncia Europeia 2011 paacuteg 88)

Para concluir

Eacute necessaacuterio considerar quatro requisitos no que diz respeito aos sistemas de financiamento para garantir que estes sistemas sustentam totalmente os objetivos da poliacutetica educativa

Colocar a teoria em praacutetica 25

A poliacutetica de financiamento apoia totalmente a educaccedilatildeo inclusiva Isto inclui o desenvolvimento de poliacuteticas fiscais que criem incentivos ao inveacutes de desincentivos agrave oferta de colocaccedilotildees e de serviccedilos de inclusatildeo Embora exista uma seacuterie de bases alternativas para financiar alunos com NEE o financiamento per capita parece ser o mais promissor para satisfazer o requisito estabelecido

A poliacutetica de financiamento baseia-se totalmente nas necessidades educativas Os montantes individuais de financiamento per capita podem ser determinados atraveacutes de anaacutelises de custos que mostram os custos relativos de disponibilizar aos alunos condiccedilotildees especiais selecionadas

A poliacutetica de financiamento facilita totalmente respostas flexiacuteveis eficazes e eficientes agraves necessidades Em vez de financiar ou fornecer recursos especiacuteficos por exemplo tipos preacute-determinados de pessoal equipamentos ou instalaccedilotildees o financiamento per capita aloca recursos monetaacuterios promovendo a flexibilidade no uso local

A poliacutetica de financiamento promove totalmente o apoio de serviccedilos relacionados e a necessaacuteria colaboraccedilatildeo intersectorial

Em geral as estruturas de incentivo devem assegurar a disponibilizaccedilatildeo de mais fundos se uma crianccedila for colocada num contexto inclusivo sendo necessaacuteria uma maior ecircnfase nos resultados (natildeo apenas acadeacutemicos)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 26

DADOS FIAacuteVEIS

Introduccedilatildeo

A Convenccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiecircncia (CDPD) bem como a Estrateacutegia Europeia para a Deficiecircncia 2010ndash2020 e o quadro estrateacutegico Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo 2020 relativo agrave equidade na educaccedilatildeo satildeo impulsionadores-chave para a educaccedilatildeo inclusiva nos paiacuteses A CDPD da ONU apela aos Estados Partes para

hellip recolher informaccedilatildeo apropriada incluindo dados estatiacutesticos e de investigaccedilatildeo que lhes permitam formular e implementar poliacuteticas que visem dar efeito agrave presente Convenccedilatildeo (Naccedilotildees Unidas 2006 Artigo 31ordm)

e hellip Os Estados Partes devem em conformidade com os seus sistemas juriacutedico e administrativo manter fortalecer nomear ou estabelecer a niacutevel interno uma estrutura que inclua um ou mais mecanismos independentes conforme apropriado com vista a promover proteger e monitorizar a implementaccedilatildeo da presente Convenccedilatildeo (ibid Artigo 33ordm)

Existe a consciencializaccedilatildeo disseminada de que a criaccedilatildeo de poliacuteticas com base em evidecircncias eacute essencial para o desenvolvimento a longo prazo dos sistemas de educaccedilatildeo inclusiva Decisores poliacuteticos especialistas em estatiacutestica e investigadores reconhecem a necessidade de uma recolha de dados a niacutevel nacional que natildeo soacute responda agraves exigecircncias das orientaccedilotildees poliacuteticas internacionais mas que tambeacutem obedeccedila a uma abordagem comum que promova uma sinergia de esforccedilos a niacutevel nacional e internacional O trabalho da Agecircncia demonstrou que existem apelos para a disponibilizaccedilatildeo de ampla informaccedilatildeo para os decisores poliacuteticos e para a adoccedilatildeo pelas diferentes organizaccedilotildees tanto a niacutevel nacional como europeu de uma variedade de abordagens complementares para a recolha de dados Poreacutem embora a necessidade de tais dados seja clara os melhores meacutetodos e procedimentos de recolha e anaacutelise dos mesmos satildeo muito menos claros

Em resultado do trabalho da Agecircncia ndash mais especificamente das atividades dos projetos Desenvolvimento de um conjunto de indicadores ndash para a educaccedilatildeo inclusiva na Europa (Kyriazopoulou e Weber 2009) e Mapeamento da Implementaccedilatildeo de Poliacuteticas para a Educaccedilatildeo Inclusiva (MIPIE) (Agecircncia Europeia 2011a) ndash emergem cinco requisitos-chave de poliacuteticas relativos agrave recolha de dados no que concerne agrave necessidade de evidecircncias sobre a educaccedilatildeo inclusiva a niacutevel nacional

bull necessidade de recolha de dados nacionais ancorada nos acordos internacionais e europeus

Colocar a teoria em praacutetica 27

bull necessidade de compreender o impacto das diferenccedilas nos sistemas educativos dos paiacuteses

bull necessidade de analisar a efetividade da educaccedilatildeo inclusiva

bull necessidade de recolha de dados que forneccedila evidecircncias sobre a garantia de qualidade e

bull necessidade de acompanhar o progresso dos alunos a longo prazo Os decisores poliacuteticos precisam de dados qualitativos e quantitativos que os informem sobre a qualidade da educaccedilatildeo prestada aos alunos com necessidades educativas especiais Estas mensagens principais refletem uma recomendaccedilatildeo central do Relatoacuterio Mundial sobre Deficiecircncia (Organizaccedilatildeo Mundial de SauacutedeBanco Mundial 2011) a necessidade de os paiacuteses desenvolverem os sistemas de recolha de dados quantitativos existentes e de simultaneamente realizarem investigaccedilotildees qualitativas aprofundadas e especiacuteficas sobre o custoshyeficaacutecia e sobre outras questotildees relacionadas com a garantia da qualidade

O projeto MIPIE apela ao desenvolvimento de um quadro comum para a recolha de dados construiacutedo com base nos procedimentos nacionais existentes e nos acordos internacionais sobre recolha de dados e procedimentos hellip Podem ser identificadas trecircs dimensotildees para uma estrutura comum

- A mudanccedila para um sistema de recolha de dados baseado em conceitos e definiccedilotildees comuns

- A recolha de evidecircncias que conduzam a niacuteveis de referecircncia quantitativos e qualitativos

- O uso de uma estrutura multiniacutevel para analisar as poliacuteticas a niacuteveis nacional e internacional (Agecircncia Europeia 2011a paacuteg 11)

Uma tal abordagem eacute necessaacuteria para apoiar os paiacuteses no desenvolvimento de uma laquorecolha de dados que permita monitorizar os direitos dos alunos bem como para monitorizarem a eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusivaraquo (ibid)

Monitorizaccedilatildeo dos direitos dos alunos

No acircmbito de uma estrutura abrangente para o mapeamento das questotildees relacionadas com os direitos devem ser identificados indicadores quantitativos e qualitativos referentes a diversos fatores

(i) Participaccedilatildeo na educaccedilatildeo e formaccedilatildeo

O relatoacuterio da Agecircncia sobre a Intervenccedilatildeo precoce na infacircncia sugere que

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 28

Os decisores poliacuteticos devem ter mecanismos para avaliar a solicitaccedilatildeo de serviccedilos de IPI e mecanismos eficazes que verifiquem se a prestaccedilatildeo de serviccedilos responde ao solicitado para se poder planear a melhoria do serviccedilo Deve ser desenvolvida uma forma sistemaacutetica de recolha e de monitorizaccedilatildeo de dados fiaacuteveis a niacutevel nacional (Agecircncia Europeia 2010 paacuteg 40)

No relatoacuterio Participaccedilatildeo na Educaccedilatildeo Inclusiva afirma-se que Embora os governos nacionais e locais jaacute recolham dados importantes sobre a educaccedilatildeo pouco se sabe sobre a participaccedilatildeo hellip Atualmente a maior parte dos dados recolhidos para fins de monitorizaccedilatildeo satildeo dados estatiacutesticos sobre a inscriccedilatildeo e a conclusatildeo da escolaridade hellip Poucos paiacuteses tecircm meacutetodos sistemaacuteticos de recolha anaacutelise e interpretaccedilatildeo de dados qualitativos sobre a participaccedilatildeo a niacutevel individual em sala de aula e na escola embora os relatoacuterios escolares de autorrevisatildeo e de inspeccedilatildeo respondam muitas vezes a questotildees de participaccedilatildeo e inclusatildeo (Agecircncia Europeia 2011d paacuteg 19)

Este relatoacuterio tambeacutem destaca alguns dos perigos potenciais associados agrave recolha de dados em relaccedilatildeo agrave participaccedilatildeo

hellip estruturas criadas para acompanhar as crianccedilas com necessidades educativas especiais podem funcionar como barreiras agrave sua participaccedilatildeo e sucesso marcando estas crianccedilas como diferentes Uma consequecircncia natildeo intencional de categorizar algumas crianccedilas para monitorizar a sua participaccedilatildeo pode gerar um paradoxo o que resulta na celebraccedilatildeo de acordos separados para a sua educaccedilatildeo (ibid paacuteg 17ndash18)

(ii) Acesso ao apoio e agrave adaptaccedilatildeo

Trecircs estudos da Agecircncia consideraram diferentes aspetos de apoio para os alunos com NEE A revisatildeo da literatura do projeto Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional cita Redley (2009)

Natildeo existem dados nacionais fiaacuteveis sobre o nuacutemero de organizaccedilotildees que oferecem emprego apoiado ou o nuacutemero de pessoas com dificuldades de aprendizagem empregadas nelas e o governo natildeo participa neste processo (Agecircncia Europeia 2012f paacuteg 41)

O estudo conjunto da Agecircncia realizado com o Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO que analisa o uso das TIC na educaccedilatildeo das pessoas com incapacidades defende que

Tanto em relaccedilatildeo agrave Convenccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas (2006) como em relaccedilatildeo agrave poliacutetica regional (ou seja europeia) e nacional haacute uma necessidade de informaccedilatildeo mais detalhada ligada agrave monitorizaccedilatildeo de indicadores e benchmarks qualitativos e quantitativos sobre as TIC na educaccedilatildeo para pessoas

Colocar a teoria em praacutetica 29

com incapacidades (Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO e Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011 paacuteg 93)

Em relaccedilatildeo agrave acessibilidade da informaccedilatildeo para a aprendizagem as recomendaccedilotildees do projeto i-access da Agecircncia defendem que

A conformidade [acessibilidade] agrave poliacutetica deve ser sistematicamente monitorizada A monitorizaccedilatildeo da conformidade soacute pode ser incentivada nomomento presente mas deve ser alargada hellip Eacute necessaacuterio recolher dados quantitativos e qualitativos sistemaacuteticos o que deve tambeacutem envolver os utilizadores finais de informaccedilatildeo acessiacutevel Poreacutem a monitorizaccedilatildeo do progresso natildeo se pode limitar a afericcedilatildeo numeacuterica mas deve incluir a possibilidade de recolher exemplos de boas praacuteticas que poderiam servir de modelo para outros paiacuteses e organizaccedilotildees (Agecircncia Europeia 2012e paacuteg 40ndash 41)

(iii) Oportunidades para o sucesso na aprendizagem e na transiccedilatildeo Dois grandes projetos da Agecircncia tiveram em linha de conta a transiccedilatildeo da escola para o emprego Ambos apontam para a falta de dados fiaacuteveis neste campo O projeto Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego sugeriu que

Os dados nacionais dos paiacuteses apenas incluem pessoas registadas como desempregadas mas uma alta percentagem de pessoas com necessidades especiais natildeo estaacute registada ndash elas natildeo tecircm sequer a oportunidade de conseguir o primeiro emprego (Agecircncia Europeia 2002a paacuteg 2)

O estudo de acompanhamento (Agecircncia Europeia 2006) natildeo refere quaisquer desenvolvimentos nesta aacuterea

(iv) Oportunidades de integraccedilatildeo

O estudo da Agecircncia com foco na diversidade multicultural destaca a falta de dados em relaccedilatildeo a um fator importante de integraccedilatildeo ndash antecedente de imigraccedilatildeo dos alunos com NEE

Muitos paiacuteses envolvidos no projeto referiram que natildeo existem dados atualizados sobre os alunos com NEE e de origem imigrante Diversas agecircncias governamentais tecircm responsabilidades diferentes e natildeo haacute coordenaccedilatildeo na recolha de dados Haacute outras razotildees para a falta de dados Alguns paiacuteses natildeo tecircm estatiacutesticas oficiais sobre a origem das pessoas para aleacutem do paiacutes de nascimento uma vez que eacute proibido o tratamento de dados pessoais que identifiquem a raccedila a origem eacutetnica a incapacidade ou crenccedila religiosa Em outros paiacuteses natildeo haacute recolha sistemaacutetica de dados relativos a alunos com NEE

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 30

ou a alunos com NEE e de origem imigrante a niacutevel nacional ou local (Agecircncia Europeia 2009a paacuteg 30)

Monitorizaccedilatildeo da eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusiva

Dados que examinam a eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusiva tecircm em conta questotildees de custo-eficaacutecia bem como diversas aacutereas relacionadas com as experiecircncias de educaccedilatildeo dos alunos procedimentos de avaliaccedilatildeo inicial o envolvimento contiacutenuo dos alunos e das suas famiacutelias em experiecircncias educativas e a eficaacutecia de ambientes de aprendizagem na superaccedilatildeo das barreiras e apoio de experiecircncias de aprendizagem significativas para todos os alunos

O estudo da Agecircncia relativo ao Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos realccedila que eacute necessaacuterio apoiar as escolas com

hellip aconselhamento sobre como pode ser usada a informaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo ndash particularmente a da avaliaccedilatildeo estandardizada recolhida para fins de monitorizaccedilatildeo nacional ndash para melhorar as praacuteticas com todos os alunos incluindo os que apresentam NEE (Watkins 2007 paacuteg 60)

O relatoacuterio designado Elevar o Sucesso de Todos os Alunos defende que

Para avanccedilar para uma maior equidade na educaccedilatildeo satildeo necessaacuterios indicadores de sucesso adequados agrave comunidade local focalizados no input recursos processos e outputresultados Embora a informaccedilatildeo (incluindo dados) deva ser usada para direcionar o apoio e acompanhar o sucesso de poliacuteticas e praacuteticas inclusivas eacute necessaacuterio cuidado para que os sistemas de responsabilidade natildeo causem inadvertidamente alteraccedilotildees inadequadas (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 22)

Este estudo destaca potenciais dificuldades inerentes

No clima atual o desenvolvimento de mecanismos de responsabilidade adequados e de formas de medir o sucesso valorizado e monitorizar a equidade apresentam muitos desafios Apesar da procura de dados concretos Fullan (2011) adverte que laquoas estatiacutesticas satildeo um servo maravilhoso mas um mestre terriacutevelraquo (paacuteg 127) e Hargreaves e Shirley (2009) enfatizam a necessidade de colocar a responsabilidade antes da prestaccedilatildeo de contas Sugerem que a prestaccedilatildeo de contas deve laquoservir de consciecircncia por meio de amostragemraquo e que deve ser realizado um ataque laquoaos excessos de padronizaccedilatildeo testada que negam a diversidade e destroem a criatividaderaquo (paacuteg 109) (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 22)

Dentro do projeto MIPIE argumentou-se que a monitorizaccedilatildeo da eficaacutecia dos sistemas de educaccedilatildeo inclusiva tambeacutem incluiria uma anaacutelise da eficaacutecia da formaccedilatildeo de professores (Agecircncia Europeia 2011a) O relatoacuterio do projeto TE4I

Colocar a teoria em praacutetica 31

destaca uma seacuterie de questotildees relacionadas com a disponibilidade de dados nesta aacuterea Relativamente agrave representaccedilatildeo de professores de grupos minoritaacuterios

A maior parte dos paiacuteses que natildeo recolhe dados refere curiosamente uma subshyrepresentaccedilatildeo de pessoas com deficiecircncia e pertencentes a grupos minoritaacuterios entre os professores estagiaacuterios e os professores diplomados e a situaccedilatildeo parece ser idecircntica entre os formadores de professores (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 22)

O relatoacuterio tambeacutem indica a necessidade de dados que levam a mudanccedilas com base em evidecircncias

A falta de investigaccedilatildeo em larga escala e de investigaccedilatildeo cumulativa bem como de evidecircncia empiacuterica na formaccedilatildeo de professores para a inclusatildeo foi referida pela OCDE (2010) hellip esta investigaccedilatildeo poderaacute garantir a existecircncia dum corpo de evidecircncias que possam dar forma agrave mudanccedila No presente relatoacuterio os exemplos realccedilam algumas questotildees-chave da pesquisa incluindo

- A eficaacutecia de diferentes rotas no ensino - Abordagens agrave formaccedilatildeo de professores e ao curriacuteculo da FIP e

- O papel dos cursos separados integrados e unificados e a melhor maneira de passar dum curso contiacutenuo para um uacutenico curso de formaccedilatildeo de professores que prepare todos os professores para a diversidade (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 68)

O projeto MIPIE defende que

A niacutevel da escola a recolha de dados deve

- Fornecer informaccedilatildeo que permitam aos professores e funcionaacuterios da escola planear e prestar o apoio e os recursos adequados

- Fornecer ideias claras sobre a participaccedilatildeo ativa dos pais e alunos no processo educativo (Agecircncia Europeia 2011a paacuteg 13)

Para que isto seja possiacutevel

Satildeo necessaacuterias sinergias a niacutevel nacional entre os principais intervenientes baseadas num claro racional para a recolha de dados considerando os dados a niacutevel nacional regional escola e sala de aula para que os dados globais do paiacutes efetivamente possam refletir a praacutetica (ibid paacuteg 14)

Para concluir a provisatildeo dos dados pode contribuir efetivamente para a elaboraccedilatildeo de poliacuteticas para a educaccedilatildeo inclusiva Haacute uma exigecircncia crescente ndash a niacutevel internacional europeu e nacional ndash para a responsabilidade e tecircm vindo a crescer comparaccedilotildees laquoentre escolasraquo e laquoentre naccedilotildeesraquo O surgimento de laquograndes dadosraquo

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 32

(meta-anaacutelises de conjuntos de dados e fontes combinadas) apresenta oportunidades mas tambeacutem desafios reais para a educaccedilatildeo inclusiva

Os apelos para a poliacutetica e alocaccedilatildeo de recursos baseada em evidecircncias reforccedilam a necessidade de dados significativos relacionados com todos os alunos Eacute necessaacuterio saber que alunos estatildeo a receber que serviccedilos quando e onde (contando todos os alunos) Tambeacutem eacute necessaacuterio ter dados sobre a qualidade dos serviccedilos e os resultados obtidos (considerando a praacutetica)

Um grande desafio para a recolha de dados estaacute em evitar classificar categorizar e rotular os alunos de modo a fornecer informaccedilatildeo sobre a provisatildeo que recebem As laquopluralidadesraquo das definiccedilotildees aplicadas a alunos e a laquopoliacuteticaraquo dos sistemas de rotulagem natildeo podem ser ignoradas nem os efeitos a que esses sistemas de rotulagem e definiccedilotildees conduzem

Fazer as perguntas certas em termos de poliacuteticas eacute o ponto de partida para a recolha de dados que servem de base significativa para as poliacuteticas

Colocar a teoria em praacutetica 33

OLHAR EM FRENTE

O primeiro objetivo da conferecircncia em novembro de 2013 foi refletir e resumir o trabalho da Agecircncia ao longo da uacuteltima deacutecada As cinco mensagens-chave descritas nos capiacutetulos anteriores destacam aspetos criacuteticos no que se refere agrave educaccedilatildeo inclusiva Baseiam-se nos resultados da anaacutelise aprofundada de temas-chave decididos pelos paiacuteses membros da Agecircncia O segundo objetivo da conferecircncia foi olhar em frente explorando a forma como o trabalho da Agecircncia pode prestar um melhor apoio aos paiacuteses membros ajudandoos a melhorar a qualidade e a eficaacutecia das suas respostas inclusivas para alunos com incapacidades eou necessidades educativas especiais A Agecircncia estaacute disposta a ajudar os paiacuteses de uma forma mais concreta com a implementaccedilatildeo dos resultados do nosso trabalho Isso significa disponibilizar recomendaccedilotildees de poliacutetica que sejam mais diretamente aplicaacuteveis aos decisores poliacuteticos para apoiar alteraccedilotildees futuras e desenvolvimentos poliacuteticos

A Agecircncia estaacute consciente de que o trabalho jaacute realizado estaacute de acordo e apoia diretamente todas as iniciativas de poliacuteticas europeias e internacionais em termos de educaccedilatildeo equidade igualdade de oportunidades e direitos para pessoas com incapacidades eou necessidades educativas especiais O trabalho da Agecircncia fornece recomendaccedilotildees claras e coerentes sobre como as poliacuteticas-chave nestas aacutereas podem ser implementadas na praacutetica A Agecircncia pretende proporcionar aos paiacuteses informaccedilatildeo sobre o progresso alcanccedilado nos objetivos propostos em termos de (a) metas de Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo para 2020 e (b) Convenccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiecircncia (2006) bem como vaacuterias diretivas e comunicaccedilotildees da Uniatildeo Europeia Eacute necessaacuteria orientaccedilatildeo sobre o modo como a educaccedilatildeo inclusiva pode ser implementada a niacutevel do professor sala de aula escola regiatildeo municiacutepio e poliacutetica nacional A Agecircncia tem capacidade para disponibilizar aos paiacuteses orientaccedilotildees sobre formas de implementaccedilatildeo da educaccedilatildeo inclusiva e como isto afeta a qualidade geral da educaccedilatildeo As discussotildees durante a conferecircncia bem como as discussotildees aprofundadas no acircmbito da Agecircncia orientaratildeo esta nova etapa no trabalho da Agecircncia

shy

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 34

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 1999 Financing of Special Needs Education ndash A seventeen-country Study of the Relationship between Financing of Special Needs Education and Inclusion [Financiamento da Educaccedilatildeo Especial ndash Um estudo de dezassete paiacuteses da Relaccedilatildeo entre o Financiamento da Educaccedilatildeo Especial e a Inclusatildeo] Middelfart Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2002a Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Princiacutepios-chave e Recomendaccedilotildees para R esponsaacuteveis Poliacuteticos Middelfart Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanagencyorgsitesdefaultfilestransition_transition_pttextpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2002b Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Principais problemas questotildees e opccedilotildees enfrentadas pelos alunos com necessidades educativas especiais em 16 paiacuteses Europeus Relatoacuterio Siacutentese Middelfart Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanagencyorgsitesdefaultfilestransition-from-school-to-employment_Transitionptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2003 Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula Relatoacuterio Siacutentese Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanagencyorgsitesdefaultfilesinclusive-education-and-classroom-practices_iecpptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2005 Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula nos 2ordm e 3ordm Ciclos do Ensino Baacutesico Relatoacuterio Siacutentese Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesinclusive-educationand-classroom-practice-in-secondary-education_iecp_secondary_ptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2006 Planos Individuais de Transiccedilatildeo Apoiar a Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesindividual-transitionplans_itp_ptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

shy

shyshy

shyshy

shy

shy

Colocar a teoria em praacutetica 35

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2009a Diversidade multicultural e necessidades especiais de educaccedilatildeo Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfilesmulticultural-diversity-and-special-needsshyeducation_Multicultural-Diversity-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2009b Princiacutepiosshychave para a Promoccedilatildeo da Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva ndash Recomendaccedilotildees para Decisores Poliacuteticos Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportskeyshyprinciples-for-promoting-quality-in-inclusive-educationkey-principles-PTpdf(Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2010 Intervenccedilatildeo Precoce na Infacircncia ndash Progressos e Desenvolvimentos 2005ndash2010 Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesearly-childhood-interventionshyprogress-and-developments_ECI-report-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011a Mapeamento da Implementaccedilatildeo de Poliacuteticas para a Educaccedilatildeo Inclusiva Uma anaacutelise dos desafios e oportunidades para o desenvolvimento de indicadores Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httphttpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesmipie_MIPIE-summaryshyof-proposals-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011b Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo na Europa ndash Desafios e Oportunidades Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfileste4i-challenges-and-opportunities_TE4I-Synthesis-Report-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011c Princiacutepios-Chave para a Promoccedilatildeo da Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva ndash Recomendaccedilotildees para Decisores Poliacuteticos Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfilesinclusive-education-and-classroom-practices_iecpshyptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011d Participation in Inclusive Education ndash A Framework for Developing Indicators [Participaccedilatildeo na Educaccedilatildeo inclusiva ndash Um Quadro para o Desenvolvimento de Indicadores] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 36

agencyorgpublicationsereportsparticipation-in-inclusive-education-a-frameworkshyfor-developing-indicatorsParticipation-in-Inclusive-Educationpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012a Perspetivas dos Jovens sobre Educaccedilatildeo Inclusiva Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfilesyoung-views-on-inclusive-education_YoungViews-2012PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012b Perfil de Professores Inclusivos Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfileste4i-profile-of-inclusive-teachers_Profile-of-InclusiveshyTeachers-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012c Raising Achievement for All Learners ndash Quality in Inclusive Education [Elevar o Sucesso de Todos os Alunos ndash Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva] Relatoacuterio sobre a conferecircncia realizada em Odense Dinamarca de 13 a 15 de junho de 2012 Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesRA4AL-conference-reportpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014) Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012d Raising Achievement for All Learners ndash Quality in Inclusive Education [Elevar o Sucesso de Todos os Alunos ndash Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httphttpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesra4al-keyshymessages_RA4AL-summary-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012e Promoting Accessible Information for Lifelong Learning Recommendations and findings of the i-access project [Promover o Acesso agrave Informaccedilatildeo para a Aprendizagem ao Longo da Vida Recomendaccedilotildees e observaccedilotildees do projeto i-access] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportsi-accessi-accessshyreportpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012f Vocational Education and Training Policy and Practice in the field of Special Needs Education ndash Literature Review [Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional (EFP) Poliacutetica e Praacutetica no campo da Educaccedilatildeo Especial ndash Revisatildeo da Literatura] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Colocar a teoria em praacutetica 37

agencyorgagency-projectsvocational-education-and-trainingvet-filesVETshyLiteratureReviewpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012g Teacher Education for Inclusion Project Recommendations linked to Sources of Evidence [Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo Recomendaccedilotildees do Projeto Ligadas a Fontes de Evidecircncias] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgagencyshyprojectsTeacher-Education-for-Inclusionsources-of-evidencepdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2013 European and International Policy Supporting ICT for Inclusion [Poliacutetica Europeia e Internacional para Uso das TIC como Apoio para a Inclusatildeo] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfileseuropean-and-internationalshypolicy-supporting-ict-for-inclusion_policy-supporting-ict-for-inclusionpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para as Necessidades Especiais e a Educaccedilatildeo Inclusiva 2014 Vocational Education and Training ndash Summary of Country Information [Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional ndash Resumo de Informaccedilatildeo do Paiacutes] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para as Necessidades Especiais e a Educaccedilatildeo Inclusiva httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesVET Summary of Country information 2014pdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Bennett S e Gallagher TL 2012 The Delivery of Education Services for Students who have an Intellectual Disability in the Province of Ontario [A prestaccedilatildeo de serviccedilos de ensino para alunos com incapacidade intelectual na proviacutencia de Ontaacuterio] Toronto Community Living Ontario

Chapman C Ainscow M Miles S e West M 2011 Leadership that promotes the achievement of students with special educational needs and disabilities [Lideranccedila que promove o sucesso de alunos com necessidades educativas especiais e incapacidades] Nottingham National College for School Leadership

Comissatildeo das Comunidades Europeias 2008 Livro Verde ndash Migraccedilatildeo e mobilidade desafios e oportunidades para os sistemas educativos da UE SEC(2008) 2173 COM20080423 final Bruxelas Comissatildeo das Comunidades Europeias

Conselho da Uniatildeo Europeia 2010 Conclusotildees do Conselho sobre a dimensatildeo social da educaccedilatildeo e da formaccedilatildeo 3013ordf Reuniatildeo do Conselho de EDUCACcedilAtildeO JUVENTUDE E CULTURA Bruxelas 11 de maio de 2010 httpeurshylexeuropaeulegal-contentPTTXTPDFuri=CELEX52010XG0526(01)ampfrom=PT(Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 38

Farrell P Dyson AS Polat F Hutcheson G e Gallannaugh F 2007 laquoSEN inclusion and pupil achievement in English schoolsraquo [Inclusatildeo de crianccedilas com NEE e sucesso dos alunos nas escolas inglesas] Journal of Research in Special Educational Needs 7 (3) 172ndash178

Frilseth L 2012 The Norwegian Model for Education for All in Upper Secondary School [O Modelo Norueguecircs para a Educaccedilatildeo para Todos no Ensino Secundaacuterio] Direccedilatildeo Norueguesa para Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo httpwwweuropeanshyagencyorgagency-projectsra4alra4al-seminar-pdfNorway-L-Frilsethpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Fullan M 2011 Change Leader Learning to do what matters most [Liacuteder de Mudanccedila aprender a fazer o que mais importa] San Francisco Jossey-Bass de Graaf G van Hove G e Haveman M 2011 laquoMore academics in regular schools The effect of regular versus special school placement on academic skills in Dutch primary school students with Down syndromeraquo [Mais acadeacutemicos nas escolas regulares O efeito da colocaccedilatildeo em escola regular versus escola especial nas competecircncias acadeacutemicas em alunos holandeses do ensino primaacuterio com siacutendrome de Down] Journal of International Disability Research December 2011 57(1) 21ndash38 doi 101111j1365-2788201101512x

Hargreaves A e Shirley D 2009 The Fourth Way ndash The inspiring future for educational change [A Quarta Via ndash O futuro inspirador para a mudanccedila educativa] Publicaccedilatildeo conjunta do Ontario Principalsrsquo Council e do National Staff Development Council Thousand Oaks CA Corwin Press

Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO e Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011 ICTs in Education for People with Disabilities Review de innovative practice [TIC na Educaccedilatildeo para Pessoas com Incapacidades revisatildeo da praacutetica inovadora] Moscovo Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO httpwwweuropeanshyagencyorgpublicationsereportsICTs-in-Education-for-People-WithshyDisabilitiesReview-of-Innovative-Practice (Uacuteltimo acesso em julho de 2014) Kalambouka A Farrell P Dyson A e Kaplan I 2005 The impact of population inclusivity in schools on student outcomes [O impacto da inclusividade da populaccedilatildeo em escolas nos resultados dos alunos] Research Evidence in Education Library London EPPI-Centre Social Science Research Unit Institute of Education University of London Kyriazopoulou M e Weber H (eds) 2009 Desenvolvimento de um conjunto de indicadores ndash para a educaccedilatildeo inclusiva na Europa Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Colocar a teoria em praacutetica 39

agencyorgsitesdefaultfilesdevelopment-of-a-set-of-indicators-for-inclusiveshyeducation-in-europe_indicators-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

MacArthur J 2009 Learning Better Together Working towards inclusive education in New Zealand schools [Aprender Melhor Juntos trabalhar para a educaccedilatildeo inclusiva nas escolas da Nova Zelacircndia] Wellington IHC

MacArthur J Kelly B Sharp S amp Gaffney M 2005 Participation or exclusion Disabled childrenrsquos experiences of life at school [Participaccedilatildeo ou exclusatildeo Experiecircncias de vida na escola de crianccedilas com incapacidades] Um artigo apresentado na laquoChildrenrsquos Issues Conferenceraquo Dunedin Nova Zelacircndia julho de 2005 Menter I Hulme M Elliott D e Lewin J 2010 Literature Review on Teacher Education in the 21st Century [Revisatildeo da Literatura sobre a Formaccedilatildeo de Professores no Seacuteculo XXI] Scottish Government Social Research Edimburgo Scottish Government

Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para a Educaccedilatildeo Ciecircncia e Cultura 2009 Policy Guidelines on Inclusion in Education [Diretrizes da Poliacutetica sobre Inclusatildeo na Educaccedilatildeo] Paris UNESCO

Organizaccedilatildeo Mundial de SauacutedeBanco Mundial 2011 World Report on Disability [Relatoacuterio Mundial sobre Deficiecircncia] Genebra Ediccedilotildees OMS httpwwwwhointdisabilitiesworld_report2011enindexhtml (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Organizaccedilatildeo para a Cooperaccedilatildeo e Desenvolvimento Econoacutemico 2011 PISA in Focus Improving Performance Leading from the Bottom [PISA agrave Lupa Melhorar os Resultados Progedir ateacute ao Topo] 20112 (Marccedilo) Paris OCDE Redley M 2009 laquoUnderstanding the social exclusion and stalled welfare of citizens with learning disabilitiesraquo [Compreender a exclusatildeo social e o bem-estar sem progresso dos cidadatildeos com dificuldades de aprendizagem] Disability amp Society 24(4) 489ndash501

Naccedilotildees Unidas 2006 Convenccedilatildeo sobre os Direitos das Pessoas com Deficiecircncia Nova Iorque Naccedilotildees Unidas

Watkins A (ed) 2007 Assessment in Inclusive Settings Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos Questotildees-chave para Poliacuteticas e Praacuteticas Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportsassessment-in-inclusiveshysettings-key-issues-for-policy-and-practiceassessment-in-inclusive-settings-keyshyissues-for-policy-and-practice (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 40

Wilkinson R e Pickett K 2010 The Spirit Level Why Equality is Better para Everyone [O Niacutevel do Espiacuterito Por que a Igualdade eacute Melhor para Todos] Londres Penguin

Willms JD 2006 Learning divides Ten policy questions about the performance and equity of schools and schooling systems [A aprendizagem divide dez perguntas de poliacutetica acerca do desempenho e equidade das escolas e dos sistemas de escolaridade] Montreal Instituto de Estatiacutestica da UNESCO

Colocar a teoria em praacutetica 41

  • preacircmbulo
  • Sumaacuterio Executivo
  • O mais precocemente possiacutevel
    • Introduccedilatildeo
    • Intervenccedilatildeo precoce
    • Deteccedilatildeo e avaliaccedilatildeo precoces
    • Apoio precoce
    • Transiccedilatildeo planeada
      • A educaccedilatildeo inclusiva beneficia todos
        • Introduccedilatildeo
        • A educaccedilatildeo inclusiva como uma abordagem para elevar o sucesso para todos os alunos
        • laquoO que eacute bom para os alunos com NEE eacute igualmente bom para todos os alunosraquo
        • Monitorizaccedilatildeo do progresso
          • profissionais altamente qualificados
            • Introduccedilatildeo
            • Formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo
            • O perfil dos professores inclusivos e outros profissionais
            • Abordagens ao recrutamento
            • Atitudes positivas
            • Trabalho em rede e coordenaccedilatildeo
              • sistemas de apoio e mecanismos de financiamento
                • Introduccedilatildeo
                • Sistemas de apoio e mecanismos de financiamento
                  • Intervenccedilatildeo Precoce na Infacircncia (IPI)
                  • Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula
                  • Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional (EFP)
                  • Tecnologias de Informaccedilatildeo e Comunicaccedilatildeo (TIC)
                      • dados fiaacuteveis
                        • Introduccedilatildeo
                        • Monitorizaccedilatildeo dos direitos dos alunos
                          • (i) Participaccedilatildeo na educaccedilatildeo e formaccedilatildeo
                          • (ii) Acesso ao apoio e agrave adaptaccedilatildeo
                          • (iii) Oportunidades para o sucesso na aprendizagem e na transiccedilatildeo
                          • (iv) Oportunidades de integraccedilatildeo
                            • Monitorizaccedilatildeo da eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusiva
                              • olhar em frente
                              • REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

A EDUCACcedilAtildeO INCLUSIVA BENEFICIA TODOS

Introduccedilatildeo

Existe um reconhecimento crescente na Europa e mais amplamente a niacutevel internacional de que eacute fundamental avanccedilar no sentido de uma poliacutetica e praacutetica inclusivas no ensino Nas Conclusotildees do Conselho sobre a dimensatildeo social da educaccedilatildeo e da formaccedilatildeo afirma-se que laquoTodos os estudantes sairatildeo beneficiados se forem criadas as condiccedilotildees necessaacuterias ao ecircxito da inclusatildeo de todos os alunos com necessidades especiaisraquo (Conselho da Uniatildeo Europeia 2010 paacuteg 5)

O Livro Verde da Comissatildeo das Comunidades Europeias relativo agrave Migraccedilatildeo e Mobilidade frisa que

As escolas devem ser determinantes para o fomento de uma sociedade inclusiva porque constituem uma oportunidade privilegiada para os jovens das comunidades migrantes e de acolhimento se conhecerem e respeitarem mutuamentehellip a diversidade cultural e linguiacutestica pode constituir um recurso inestimaacutevel para as escolas (Comissatildeo das Comunidades Europeias 2008 paacuteg 3)

A Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para a Educaccedilatildeo Ciecircncia e Cultura (UNESCO) (2009) indica claramente que a educaccedilatildeo inclusiva eacute uma questatildeo de equidade e por conseguinte uma questatildeo de qualidade com impacto em todos os alunos Eacute colocada a ecircnfase em trecircs propostas relativas agrave educaccedilatildeo inclusiva a inclusatildeo e a qualidade satildeo reciacuteprocas o acesso e a qualidade estatildeo ligados e reforccedilam-se mutuamente e por uacuteltimo a qualidade e a equidade satildeo essenciais para garantir a educaccedilatildeo inclusiva

Diversos projetos da Agecircncia centraram-se tambeacutem nesta questatildeo O relatoacuterio sobre a conferecircncia Elevar o Sucesso de Todos os Alunos (RA4AL) da Agecircncia (Agecircncia Europeia 2012c) realccedila que as questotildees que dizem respeito agrave definiccedilatildeo da inclusatildeo tecircm-se tornado cada vez mais importantes Contudo parece existir um acordo crescente quanto agrave necessidade de uma abordagem baseada nos direitos para o desenvolvimento de uma maior equidade e justiccedila social e para o apoio do desenvolvimento de uma sociedade sem discriminaccedilotildees Verificou-se por conseguinte um alargamento do debate sobre a inclusatildeo tendo o foco passado da relocalizaccedilatildeo de crianccedilas descritas como tendo necessidades educativas especiais para as escolas regulares para a vontade de disponibilizar educaccedilatildeo de alta qualidade ndash e consequentes benefiacutecios ndash a todos os alunos Agrave medida que cada vez mais paiacuteses abraccedilam uma definiccedilatildeo mais ampla de educaccedilatildeo inclusiva a diversidade eacute reconhecida como laquonaturalraquo em qualquer grupo de alunos e a educaccedilatildeo inclusiva pode ser encarada como uma forma de elevar o

Colocar a teoria em praacutetica 11

sucesso atraveacutes da presenccedila (acesso agrave educaccedilatildeo) participaccedilatildeo (qualidade da experiecircncia de aprendizagem) e sucesso (processos e resultados da aprendizagem) de todos os alunos

O trabalho da Agecircncia no documento Princiacutepios-Chave para a Promoccedilatildeo da Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva (Agecircncia Europeia 2009b) reforccedila a importacircncia das abordagens de aprendizagem centradas no alunopersonalizadas da avaliaccedilatildeo do professor que apoia a aprendizagem e do trabalho em colaboraccedilatildeo com os pais e as famiacutelias estes pontos satildeo poreacutem essenciais para melhorar a qualidade de educaccedilatildeo para todos os alunos

A educaccedilatildeo inclusiva como uma abordagem para elevar o sucesso para todos os alunos

Wilkinson e Pickett salientam que laquouma maior igualdade aleacutem de uma melhoria do bem-estar de toda a populaccedilatildeo eacute tambeacutem a chave para os padrotildees nacionais de sucessoraquo (2010 paacuteg 29) Eles frisam que se

um paiacutes deseja obter niacuteveis meacutedios mais elevados de sucesso educativo entre os alunos em idade escolar deve dar resposta agrave desigualdade subjacente que cria um gradiente social mais acentuado em termos de sucesso educativo (ibid paacuteg 30)

Ao desafiar a ideia de que a inclusatildeo de todos os alunos pode de alguma forma ser prejudicial para um sucesso elevado a Organizaccedilatildeo para a Cooperaccedilatildeo e Desenvolvimento Econoacutemico (OCDE 2011) mostra que a melhoria dos alunos com um desempenho mais baixo natildeo tem de ser feita agrave custa daqueles com melhores desempenhos As observaccedilotildees do relatoacuterio da UNESCO designado Learning Divides [A aprendizagem divide] (Willms 2006) fornece tambeacutem evidecircncias de que um desempenho escolar forte e a equidade podem andar de matildeos dadas e que os paiacuteses com os niacuteveis mais altos de desempenho tendem a ser aqueles que tecircm vindo a elevar o sucesso de todos os alunos (Agecircncia Europeia 2012d)

De acordo com o relatoacuterio RA4AL da Agecircncia

Farrell e colegas (2007) hellip descobriram um reduzido nuacutemero de pesquisas que sugerem que a colocaccedilatildeo de alunos com NEE em escolas regulares natildeo tem consequecircncias adversas de maior para o sucesso acadeacutemico comportamento e atitudes de todas as crianccedilas Uma revisatildeo sistemaacutetica da literatura encomendada pela Evidence for Policy and Practice Initiative [Iniciativa Evidecircncia por Poliacuteticas e Praacuteticas] (EPPI) (Kalambouka et al 2005) constatou tambeacutem que de um modo geral natildeo se observam efeitos adversos nos alunos sem NEE quando se incluem alunos com necessidades especiais nas escolas regulares (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 8)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 12

Diversos estudos descrevem os benefiacutecios da inclusatildeo para os alunos sem incapacidades Esses benefiacutecios incluem

aumento da valorizaccedilatildeo e aceitaccedilatildeo das diferenccedilas individuais e da diversidade respeito por todas as pessoas preparaccedilatildeo para a vida adulta numa sociedade inclusiva e oportunidades para dominar atividades praticando e ensinando outros Tais efeitos estatildeo tambeacutem documentados numa investigaccedilatildeo recente por exemplo da autoria de Bennett e Gallagher (2012) (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 8)

O impacto positivo das colocaccedilotildees em contextos inclusivos de alunos com incapacidades eacute registado por investigaccedilotildees como as realizadas por MacArthur et al (2005) e de Graaf et al (2011) Este impacto inclui relaccedilotildees e redes sociais melhoradas modelos dos pares maior sucesso maiores expetativas maior colaboraccedilatildeo entre os profissionais da escola e melhor integraccedilatildeo das famiacutelias na comunidade (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 8)

Benefiacutecios adicionais podem incluir acesso a mais amplas oportunidades curriacuteculares e reconhecimento e acreditaccedilatildeo do sucesso

Deve ser considerada a melhoria da organizaccedilatildeo dos laquoespaccedilosraquo para aprendizagem e a criaccedilatildeo de mais oportunidades para os alunos descobrirem talentos em diversas aacutereas para aleacutem da aprendizagem acadeacutemica (ibid paacuteg 25)

A investigaccedilatildeo de Chapman et al (2011) centrou-se especificamente na

lideranccedila que promove sucesso para alunos com NEEincapacidadese sugeriu que a presenccedila de uma populaccedilatildeo diversificada de estudantes pode nas condiccedilotildees organizacionais certas estimular as disposiccedilotildees colaborativas e incentivar formas inovadoras de ensinar a de modo a chegar a todos os grupos de alunos (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 21)

laquoO que eacute bom para os alunos com NEE eacute igualmente bom para todos os alunosraquo

Esta declaraccedilatildeo feita na publicaccedilatildeo da Agecircncia denominada Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula (Agecircncia Europeia 2003 paacuteg 33) tem sido desde essa altura repetida com frequecircncia no trabalho da Agecircncia

Por exemplo o mesmo estudo frisou que

a tutoria entre pares ou a aprendizagem cooperativa eacute eficaz para a aprendizagem e para o desenvolvimento cognitivo e afetivo (soacutecio-emocional) dos alunos Os alunos que se entreajudam principalmente num sistema de composiccedilatildeo de grupos flexiacutevel e bem ponderado beneficiam com esta aprendizagem em comum (ibid paacuteg 23)

Colocar a teoria em praacutetica 13

No trabalho da Agecircncia sobre a praacutetica inclusiva nas escolas secundaacuterias em 2005 sublinhou-se que

Todos os alunos ndash incluindo os que apresentam necessidades educativas especiais ndash tecircm demonstrado evoluir na aprendizagem quando o seu trabalho eacute sistematicamente planeado supervisionado e avaliado (Agecircncia Europeia 2005 paacuteg 6)

e que

Todos os alunos beneficiam com a aprendizagem cooperativa o aluno que explica ao outro reteacutem melhor e por mais tempo a informaccedilatildeo e as necessidades do aluno que estaacute a aprender satildeo abordadas de melhor forma por um par cujo niacutevel de compreensatildeo esteja apenas ligeiramente acima do seu proacuteprio niacutevel (ibid paacuteg 18)

No relatoacuterio RA4AL afirma-se que

um sistema que permite que os alunos progridam rumo a objetivos comuns mas atraveacutes de vias diferentes utilizando diferentes estilos de aprendizagem e avaliaccedilatildeo deve ser mais inclusivo e elevar o sucesso de todos os alunos (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 25)

O relatoacuterio da Agecircncia Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos regista tambeacutem a necessidade de envolver todos os alunos e paisfamiacutelias no processo tanto de aprendizagem como de avaliaccedilatildeo (Watkins 2007) O mesmo relatoacuterio refere que o processo de diferenciaccedilatildeo requer uma anaacutelise cuidadosa Embora possa tambeacutem estar associado a individualizaccedilatildeo e personalizaccedilatildeo e ser visto como uma forma de satisfazer necessidades individuais ou de grupo mais especiacuteficas manteacutem-se frequentemente centrado no professor ao inveacutes de ser orientado para aluno A personalizaccedilatildeo tem de comeccedilar com as necessidades e interesses de todos os alunos

No mais recente projeto i-access da Agecircncia constata-se que os benefiacutecios da tecnologia de apoio ou laquotecnologia facilitadoraraquo mostram-se frequentemente uacuteteis para uma ampla variedade de utilizadores laquoA acessibilidade beneficia os utilizadores com incapacidades eou necessidades educativas especiais bem como todos os utilizadoresraquo (Agecircncia Europeia 2012e paacuteg 22)

As opiniotildees dos jovens com e sem incapacidades expressas na publicaccedilatildeo Perspetivas dos Jovens sobre Educaccedilatildeo Inclusiva fornecem um resumo claro dos benefiacutecios da educaccedilatildeo inclusiva para todos os alunos Como um jovem aluno afirmou laquoEducaccedilatildeo inclusiva eacute para todas as crianccedilas As escolas regulares devem estar perto das suas residecircncias Esta experiecircncia permite encontrar as pessoas vizinhasraquo (Agecircncia Europeia 2012a paacuteg 11) Outros acrescentaram laquoOs alunos

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 14

com e sem necessidades especiais podem aprender uns com os outros e trocarconhecimentosraquo laquoEacute bom para noacutes e bom para eles Eacute importante reconhecer os benefiacutecios para todos na turmaraquo e laquoA educaccedilatildeo inclusiva ajuda as crianccedilas a tornarem-se mais tolerantes com mentalidades mais abertasraquo (ibid paacuteg 23)

Monitorizaccedilatildeo do progresso

Na medida em que a educaccedilatildeo inclusiva se alargou para assegurar a qualidade da educaccedilatildeo para todos os alunos eacute necessaacuterio encontrar novas formas de monitorizar o progresso Sugere-se com base no trabalho realizado pela Agecircncia nos indicadores e no relatoacuterio MIPIE (2011a) que a niacutevel escolar a recolha de dados possa ter em conta fatores com possiacutevel impacto na qualidade das estrateacutegias de admissatildeo das escolas tais como regras e poliacuteticas de admissatildeo natildeo discriminatoacuterias poliacuteticas e estrateacutegias desenvolvidas para apoiar os alunos a expressarem as suas necessidades existecircncia de uma declaraccedilatildeo poliacutetica clara contra o bullying implementaccedilatildeo dos coacutedigos de praacutetica existentes relativamente agrave educaccedilatildeo inclusiva sessotildees de formaccedilatildeo do pessoal quanto a questotildees de admissatildeo e criaccedilatildeo de um ambiente escolar acolhedor trabalho em respeito e colaboraccedilatildeo com alunos e famiacutelias estrateacutegias para ajudar os alunos e as famiacutelias a participarem ativamente na comunidade escolar e na sala de aula e disponibilizaccedilatildeo de estrateacutegias de informaccedilatildeo e aconselhamento e respetivo impacto nos alunos

Em conclusatildeo o debate mais amplo sobre a inclusatildeo pretende no momento presente ndash proporcionar uma educaccedilatildeo de alta qualidade (e benefiacutecios) a todos os alunos Um desempenho escolar forte e a equidade podem andar de matildeos dadas

O sistema de ensino eacute complexo e fragmentado e atualmente falta-lhe uma linha de pensamento consistente acerca da educaccedilatildeo inclusiva De um modo geral o apoio aos diretores e liacutederes que queiram tentar proceder a alteraccedilotildees em situaccedilotildees isoladas eacute muito reduzido A diversidade tem vindo a aumentar em todo o sistema mas as tradiccedilotildees do passado restringem as accedilotildees A capacidade das escolas deve ser desenvolvida atraveacutes da consciencializaccedilatildeo do contexto da correspondecircncia (entre legislaccedilatildeo e poliacuteticapraacutetica) da clareza conceptual e de um apoio contiacutenuo ndash para todos partes interessadas ndash que incentive as escolas a serem proativas e natildeo reativas Conhecer todos os alunos e intervir de forma precoce ajudaraacute a desenvolver apoio de qualidade para todos os alunos considerado como parte da educaccedilatildeo em geral

Colocar a teoria em praacutetica 15

PROFISSIONAIS ALTAMENTE QUALIFICADOS

Introduccedilatildeo

laquoProfissionais altamente qualificadosraquo envolve questotildees de formaccedilatildeo inicial e contiacutenua perfil valores e competecircncia dos professores abordagens eficazes ao recrutamento e atitudes bem como trabalho em rede e coordenaccedilatildeo de todos profissionais Os jovens que participaram na Audiccedilatildeo do Parlamento Europeu organizada pela Agecircncia em 2011 referiram

O ponto de partida para a educaccedilatildeo inclusiva eacute a sensibilizaccedilatildeo e a formaccedilatildeo dprofessores hellip Os professores devem compreender o que cada aluno precisa e dar-lhe oportunidade de atingir os objetivos com sucesso Todos temos talentos juntos construiacutemos uma melhor comunidade de trabalho (Agecircncia Europeia 2012a paacuteg 12)

e

Formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo

Uma formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo adequada dos professores e outros profissionais eacute considerada um fator-chave para praacuteticas inclusivas bem-sucedidas O relatoacuterio da Agecircncia Princiacutepios-chave para a Promoccedilatildeo da Qualidade em Educaccedilatildeo Inclusiva Recomendaccedilotildees para a praacutetica frisa que

Todos os professores devem ter competecircncias para responder agraves diversas necessidades de todos os alunos Na formaccedilatildeo inicial e contiacutenua os professores devem adquirir as competecircncias conhecimento e compreensatildeo que lhes permitam ter a confianccedila necessaacuteria para lidar eficazmente com as diversas necessidades dos alunos (Agecircncia Europeia 2011c paacuteg 15)

O relatoacuterio da Agecircncia Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo na Europa ndash Desafios e Oportunidades aborda a estrutura da formaccedilatildeo inicial de professores Afirma-se que

Uma das principais prioridades da formaccedilatildeo de professores hellip eacute a necessidade de rever a sua estrutura para melhorar a formaccedilatildeo de professores para a inclusatildeo e para integrar a formaccedilatildeo inicial e especializada O conhecimento sobre a mudanccedila do papel dos professores evoluiu imenso tendo sido realccedilada a necessidade de introduzir mudanccedilas significativas na forma como os professores satildeo preparados para as suas funccedilotildees e responsabilidades profissionais (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 19)

Aleacutem disso indica que

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 16

Os formadores de professores satildeo atores-chave na garantia da alta qualidade do corpo docente Muitos paiacuteses europeus natildeo tecircm ainda uma poliacutetica expliacutecita sobre as competecircncias dos formadores de professores nem sobre a forma como devem ser selecionados ou formados (ibid paacuteg 66)

O perfil dos professores inclusivos e outros profissionais

No quadro do projeto da Agecircncia Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo o Perfil de Professores Inclusivos (Agecircncia Europeia 2012b) foi desenvolvido como um guia para a conceccedilatildeo e a implementaccedilatildeo de programas de formaccedilatildeo inicial de professores (FIP) para todos professores Identifica um quadro de valores essenciais e de aacutereas de competecircncia aplicaacuteveis a qualquer programa FIP na preparaccedilatildeo de todos os professores para trabalharem em educaccedilatildeo inclusiva respondendo agrave diversidade

O quadro de valores essenciais e de aacutereas de competecircncia inclui

Valorizaccedilatildeo da diversidade ndash a diferenccedila eacute considerada um recurso e um valor para a educaccedilatildeo As aacutereas de competecircncia dentro deste valor fundamental dizem respeito a Conceccedilotildees de educaccedilatildeo inclusiva Perspetivas do professor sobre a diferenccedila dos alunos

Apoiar todos os alunos ndash os professores tecircm elevadas expectativas sobre os resultados de todos os alunos As aacutereas de competecircncia dentro deste valor essencial dizem respeito a Promoccedilatildeo da aprendizagem acadeacutemica praacutetica social e emocional de todos os alunos Metodologias de ensino eficazes em turmas heterogeacuteneas

Trabalho com outros ndash colaboraccedilatildeo e trabalho em equipa satildeo metodologias essenciais para todos os professores As aacutereas de competecircncia dentro deste valor essencial dizem respeito a Trabalho com pais e famiacutelias Trabalho com um vasto leque de profissionais de educaccedilatildeo

Desenvolvimento profissional e pessoal ndash o ensino eacute uma atividade de aprendizagem e os professores satildeo responsaacuteveis pela aprendizagem ao longo da vida As aacutereas de competecircncia dentro deste valor essencial dizem respeito a Professores como profissionais reflexivos Formaccedilatildeo inicial de professores como base para o desenvolvimento profissional contiacutenuo (ibid paacuteg 7)

Abordagens ao recrutamento

As abordagens eficazes ao recrutamento e o aumento das taxas de permanecircncia dos professores e outros profissionais satildeo indicados como fatores-chave numa seacuterie de projetos da Agecircncia O relatoacuterio da Agecircncia Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo na Europa ndash Desafios e Oportunidades realccedila que

Colocar a teoria em praacutetica 17

Devem ser encontradas estrateacutegias efetivas para melhorar o recrutamento dos candidatos a professores para aumentar as taxas de permanecircncia a par de medidas destinadas a aumentar o nuacutemero de professores de diferentes origens e incluindo professores com deficiecircncia (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 75)

O relatoacuterio do projeto refere que

Uma minoria de paiacuteses tem testes para selecionar o acesso agrave docecircncia Contudo a investigaccedilatildeo recentemente levada a cabo para efeitos da Revisatildeo da Formaccedilatildeo de Professores na Escoacutecia (Menter e colegas 2010) realccedila evidecircncias que mostram que haacute muitas dimensotildees do ensino efetivo que natildeo satildeo fidedignamente preditiacuteveis por testes de capacidade acadeacutemica Esta conclusatildeo estaacute em concordacircncia com a revisatildeo da literatura deste projeto e com os relatoacuterios dos paiacuteses que realccedilam a importacircncia das atitudes valores e crenccedilas no desenvolvimento de praacuteticas inclusivas Tanto as atitudes valores e crenccedilas como as disposiccedilotildees que apoiam o desenvolvimento das requeridascompetecircncias satildeo difiacuteceis de apurar mesmo atraveacutes de uma entrevista Eacute necessaacuteria mais investigaccedilatildeo para encontrar indicadores eficazes para a seleccedilatildeo de candidatos (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 21)

Atitudes positivas

As atitudes positivas dos professores e outros profissionais satildeo indicadas como um elemento-chave na educaccedilatildeo inclusiva na maioria dos projetos da Agecircncia O relatoacuterio da Agecircncia Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula constata que

Obviamente que a inclusatildeo depende largamente da atitude dos professores face aos alunos com necessidades especiais das suas perceccedilotildees sobre as diferenccedilas na sala de aula e da sua vontade de lidar eficazmente com essas diferenccedilas A atitude dos professores foi indicada como um fator decisivo na construccedilatildeo de escolas mais inclusivas (Agecircncia Europeia 2003 paacuteg 12)

Do mesmo modo o relatoacuterio da Agecircncia designado Princiacutepios-Chave para a Promoccedilatildeo da Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva ndash Recomendaccedilotildees para a praacutetica realccedila a importacircncia das atitudes positivas Afirma-se que

Todos os professores devem ter atitudes positivas em relaccedilatildeo a todos os alunos e disponibilidade para trabalhar em colaboraccedilatildeo com os colegas Todos os professores devem entender a diversidade como uma forccedila e um estiacutemulo para sua proacutepria aprendizagem (Agecircncia Europeia 2011c paacuteg 14)

O relatoacuterio da Agecircncia Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos Questotildeesshychave para Poliacuteticas e Praacuteticas indica que

As atitudes dos professores de turma face ao processo de avaliaccedilatildeo inclusiva satildeo cruciais As atitudes positivas podem ser fomentadas atraveacutes de formaccedilatildeo

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 18

apoio e recursos apropriados e de experiecircncias de inclusatildeo bem sucedidas Os professores necessitam de experiecircncias bem sucedidas para os ajudar a desenvolver as necessaacuterias atitudes positivas (Watkins 2007 paacuteg 53)

Trabalho em rede e coordenaccedilatildeo

Todos os relatoacuterios da Agecircncia referem o papel eficaz da colaboraccedilatildeo e coordenaccedilatildeo dos profissionais e do trabalho em rede com serviccedilos comunitaacuterios interdisciplinares Um exemplo digno de nota eacute o relatoacuterio da Agecircncia Formaccedilatildeo de professores para a Inclusatildeo Perfil de Professores Inclusivos (TE4I) no qual se realccedila que

A implementaccedilatildeo da educaccedilatildeo inclusiva deve ser vista como uma tarefa coletiva com funccedilotildees e responsabilidades atribuiacutedas aos diferentes intervenientes O apoio aos professores de turma inclui o acesso a estruturas que facilitam a comunicaccedilatildeo e o trabalho de equipa com diferentes profissionais (incluindo aqueles que trabalham em instituiccedilotildees de ensino superior) bem como oportunidades para o desenvolvimento profissional (Agecircncia Europeia 2012b paacuteg 24)

Na publicaccedilatildeo da Agecircncia Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula nos 2ordm e 3ordm Ciclos de Ensino Baacutesico as questotildees do ensino cooperativo e da resoluccedilatildeo cooperativa de problemas satildeo apresentadas como fatores-chave para uma praacutetica inclusiva eficaz O projeto afirma que laquoOs professores precisam do apoio dos colegas da escola e de ser capazes de colaborar com eles Necessitam igualmente do apoio e da colaboraccedilatildeo de profissionais exteriores agrave escolaraquo (Agecircncia Europeia 2005 paacuteg 5)

Para concluir

A educaccedilatildeo inclusiva implica uma alteraccedilatildeo sisteacutemica que exige uma transformaccedilatildeo quanto ao modo como os professores e outros profissionais do ensino satildeo formados natildeo apenas em termos de competecircncias mas tambeacutem de valores eacuteticos

Os principais aspetos relacionados com os profissionais altamente qualificados podem ser resumidos numa seacuterie de indicadores na aacuterea da legislaccedilatildeo para a educaccedilatildeo inclusiva desenvolvidos e apresentados no projeto da Agecircncia Desenvolvimento de um conjunto de indicadores ndash para a educaccedilatildeo inclusiva na Europa

Programas de formaccedilatildeo inicial e contiacutenua de professores incluem conteuacutedos sobre a educaccedilatildeo especial e a inclusatildeo Professores e outros profissionais satildeo apoiados para desenvolverem os seus conhecimentos competecircncias e atitudes relativas agrave inclusatildeo de forma a

Colocar a teoria em praacutetica 19

estarem preparados para responder agraves necessidades de todos os alunos no ensino regular

Disponibilizaccedilatildeo de cursos e oportunidades para a melhoria do desenvolvimento profissional dos professores

Os professores planificam ensinam e reavaliam em parceria

Recursos satildeo disponibilizados para o adequado desenvolvimento profissional relacionados com a resposta agraves necessidades especiais em educaccedilatildeo inclusiva (Kyriazopoulou e Weber 2009 paacuteg 29)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 20

SISTEMAS DE APOIO E MECANISMOS DE FINANCIAMENTO

Introduccedilatildeo

Em novembro de 2011 a Agecircncia Europeia acolheu uma Audiccedilatildeo no Parlamento Europeu em Bruxelas Participaram oitenta e oito jovens com e sem necessidades educativas especiais eou incapacidades do ensino secundaacuterio e da formaccedilatildeo vocacional para debaterem o significado da educaccedilatildeo inclusiva para eles Alguns dos resultados estatildeo diretamente relacionados com questotildees de recursos e financiamento laquoA educaccedilatildeo inclusiva requer recursos adicionais como tempo e dinheiro mas cada aluno deve ter a educaccedilatildeo que querraquo (Agecircncia Europeia 2012a paacuteg 13)

O acesso fiacutesico dos edifiacutecios eacute importante (elevadores portas automaacuteticas interruptores acessiacuteveis etc) hellip No caso dos testes eacute necessaacuterio tempo extra hellip Satildeo necessaacuterios sistemas internos de apoio para os alunos com deficiecircncias (ibid paacuteg 28ndash29)

Eacute bom ter apoio de pessoas de fora da equipa da escola que possam atuar como mediadores para os alunos com necessidades especiais Havia professores que natildeo queriam cooperar no trabalho de educaccedilatildeo inclusiva para mim e para outros os professores devem aceitar todos nas suas salas de aula (ibid paacuteg 20)

Os cortes do governo estatildeo a ter impacto no apoio ndash pessoas como os mediadores estatildeo a perder os seus empregos O dinheiro estaacute a ir para as escolas mas eacute tatildeo disfuncional que significa que os professores laquonormaisraquo tecircm de prestar o apoio e eles natildeo satildeo capazes (ibid paacuteg 28)

A educaccedilatildeo inclusiva eacute muitas vezes referida como dispendiosa mas ao tentar poupar vamos acabar por pagar mais para lidar com os problemas hellip Mesmo que um paiacutes natildeo tenha muitos recursos a educaccedilatildeo inclusiva precisa de ser posta em praacutetica A educaccedilatildeo inclusiva eacute um investimento temos de investir nas pessoas (ibid paacuteg 25)

Sistemas de apoio e mecanismos de financiamento Os sistemas de apoio e mecanismos de financiamento englobam todos os niacuteveis de aprendizagem e por conseguinte abordam diversas questotildees Aleacutem disso limitar a questatildeo apenas ao campo educativo seria insuficiente

As crianccedilas e os jovens natildeo teratildeo sucesso na aprendizagem se a sua sauacutede baacutesica e as suas necessidades sociais e emocionais natildeo forem atendidas Isto pode exigir apoio para as famiacutelias e as comunidades sendo necessaacuteria a

Colocar a teoria em praacutetica 21

colaboraccedilatildeo com os serviccedilos de sauacutede e de seguranccedila social que garanta uma intervenccedilatildeo holiacutestica (Agecircncia Europeia 2011c paacuteg 17ndash18)

Existe a consciencializaccedilatildeo disseminada de que a criaccedilatildeo de poliacuteticas com base em evidecircncias eacute essencial para o desenvolvimento a longo prazo dos sistemas de educaccedilatildeo inclusiva Tal foi reconhecido no trabalho da Agecircncia logo em 1999 no acircmbito do relatoacuterio Financing of Special Needs Education [Financiamento da Educaccedilatildeo Especial] onde se defendia que

os procedimentos de avaliaccedilatildeo e monitorizaccedilatildeo nos paiacuteses podem tambeacutem ser melhorados no quadro do ensino especial Em primeiro lugar eacute importante garantir e incentivar um dispecircndio eficiente e eficaz dos fundos puacuteblicos Em segundo lugar parece ser necessaacuterio mostrar claramente aos clientes dos sistemas educativos (alunos com necessidades especiais e os seus pais) que a qualidade da educaccedilatildeo no ambiente regular (incluindo todas as instalaccedilotildees adicionais e apoio) eacute suficientemente elevada (Agecircncia Europeia 1999 paacuteg 158)

Os temas do financiamento e dos recursos foram abordados em diversos outros projetos da Agecircncia Assim as afirmaccedilotildees e os resultados que se seguem lanccedilam alguma luz sobre estas duas questotildees de pontos de vista diferentes na sequecircncia de projetos distintos levados a cabo pela Agecircncia

Intervenccedilatildeo Precoce na Infacircncia (IPI) laquoA tendecircncia comum na Europa eacute a prestaccedilatildeo de serviccedilos de IPI localizados e prestados tatildeo perto quanto possiacutevel da crianccedila e da famiacuteliaraquo (Agecircncia Europeia 2010 paacuteg 18) por exemplo no municiacutepio

Os recursos e serviccedilos de IPI devem abranger todas as famiacutelias e crianccedilas em idades precoces que deles necessitem independentemente da sua condiccedilatildeo socioeconoacutemica hellip Isto implica que os fundos puacuteblicos devem cobrir todos os custos relativos agrave IPI atraveacutes de serviccedilos puacuteblicos companhias de seguros organizaccedilotildees sem fins lucrativos etc preenchendo os padrotildees de qualidade exigidos na respetiva legislaccedilatildeo nacional para a IPI (ibid paacuteg 22) O financiamento puacuteblico para os serviccedilos de IPI geralmente vem do governo central eou federal ou dos orccedilamentos regionais eou locais Na maioria dos casos o financiamento da IPI eacute uma combinaccedilatildeo dos trecircs niacuteveis da administraccedilatildeo acima mencionados planos de seguro de sauacutede e de recursos de organizaccedilotildees sem fins lucrativos (ibid paacuteg 23)

As recomendaccedilotildees para melhorar a coordenaccedilatildeo dos serviccedilos e dos recursos da IPI incluem entre outras as seguintes

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 22

A IPI eacute muitas vezes uma aacuterea de trabalho interserviccedilos mas tambeacutem uma aacuterea interdisciplinar Os decisores poliacuteticos precisam de reconhecer isso garantindo que as poliacuteticas e as orientaccedilotildees sejam desenvolvidas conjuntamente pelos setores da sauacutede da educaccedilatildeo e da seguranccedila social e que qualquer orientaccedilatildeo escrita para os serviccedilos regionais e locais inclui os logotipos de todos os departamentos Somente desta forma o trabalho integrado seraacute filtrado aos niacuteveis regional e local (ibid paacuteg 42ndash43)

Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula

A existecircncia de diferentes modelos de gestatildeo da diferenccedila na sala de aula depende natildeo soacute de fatores ligados ao professor mas tambeacutem da forma como a escola organiza os recursos e de outros fatores externos

Esta afirmaccedilatildeo foi incluiacuteda no relatoacuterio da Agecircncia sobre Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula (Agecircncia Europeia 2003 paacuteg 8)

Eacute claro que a resposta aos alunos com necessidades educativas especiais natildeo eacute apenas uma questatildeo de recursos a niacutevel da sala de aula Importa reconhecer que a organizaccedilatildeo da escola determina igualmente a quantidade e o tipo dos recursos que os professores podem usar no ensino de alunos com NEE (ibid paacuteg 14ndash15)

A organizaccedilatildeo dos recursos no seio da escola deve corresponder ao princiacutepio da flexibilidadehellip as escolas devem ter liberdade para a utilizaccedilatildeo dos recursos financeiros de acordo com os seus proacuteprios desejos e perspetivas Deve evitarshyse a burocracia estando os recursos disponiacuteveis para todos os alunos com ou sem NEE sempre que necessaacuterio ou quando o professor assim o desejar (ibid paacuteg 16)

laquoO financiamento e respetivos incentivos desempenham um papel decisivoraquo (ibid paacuteg 17)

O modelo de financiamento baseado na avaliaccedilatildeo dos resultados (a niacutevel regional) parece ser a opccedilatildeo melhor sucedida Neste modelo os orccedilamentos destinados agraves necessidades educativas especiais satildeo atribuiacutedos pelo serviccedilo central agraves instituiccedilotildees regionais ou locais (comunidades agrupamentos de escolas) As decisotildees relativas ao financiamento e elegibilidade devem ser tomadas a niacutevel regionalhellip Um modelo descentralizado pode ser mais rentaacutevel e limitar os riscos de ver emergir formas indesejaacuteveis de comportamentosestrateacutegicos Eacute no entanto evidente que o governo central deve indicar claramente os objetivos a atingir (ibid paacuteg 18)

Colocar a teoria em praacutetica 23

Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional (EFP) A implementaccedilatildeo dos programas de EFP segue o planeamento a longo prazo no setor da educaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo com os parceiros sociais

Existe um foco no estabelecimento de ligaccedilotildees mais proacuteximas hellip para desenvolver os curriacuteculos dos programas de formaccedilatildeo profissional e para corresponder agraves abordagens e conteuacutedos educativos com as competecircncias necessaacuterias na vida laboral hellip atraveacutes da organizaccedilatildeo e realizaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo de competecircncias colaboraccedilatildeo no estabelecimento de conteuacutedos de novas qualificaccedilotildees normas e curriacuteculos e correspondecircncia dos programas de EFP com as necessidades da economia (Agecircncia Europeia 2014 paacuteg 23) A niacutevel individual os alunos com necessidades educativas especiais recebem assistecircncia educativa (por exemplo tecnologia de apoio inteacuterpretes de liacutengua gestual materiais de aprendizagem de elaboraccedilatildeo especial escribas ou outras formas de assistecircncia praacutetica) especial para tornar os curriacuteculos de EFP acessiacuteveis (ibid paacuteg 15)

Os niacuteveis regionais (ou seja condados freguesias municiacutepios proviacutencias federais) satildeo fundamentais para garantir o melhor ajuste entre os objetivos educativos e as necessidades do mercado de trabalho Os conselhos consultivos regionais desempenham um papel ativo na atualizaccedilatildeo da estrutura dos programas educativos no acircmbito da sua responsabilidade regional e em cooperaccedilatildeo com os parceiros sociais Desempenham um papel importante na possibilidade de flexibilizaccedilatildeo dos percursos dos alunos

As instituiccedilotildees de EFP satildeo lideradas por diferentes agecircncias nos paiacuteses europeus tais como autoridades locais organizaccedilotildees natildeo governamentais setor privado etc Nos paiacuteses europeus analisados as principais responsabilidades pelo financiamento cabem agraves entidades estatais e governamentais a niacutevel regional ou municipal Aleacutem disso na maioria dos paiacuteses os criteacuterios de financiamento satildeo diferentes dependendo do tipo de propriedade (puacuteblicaprivada) vigente no paiacutes Outras medidas destinadas a promover o emprego entre os alunos com NEE satildeo o pagamento do custo do serviccedilo de emprego apoiado a isenccedilatildeo do pagamento de pensatildeo e seguro de invalidez uma recompensa para casos em que a quota eacute ultrapassada ajudas financeiras aos trabalhadores com incapacidades que se estabelecem como empresaacuterios reduccedilatildeo nos pagamentos agrave seguranccedila social reduccedilatildeo de impostos pelo emprego de jovens alunos com NEE ou preacutemios anuais por boas praacuteticas Existem tambeacutem programas que permitem que os alunos entrem no mercado de trabalho mantendo uma percentagem do seu subsiacutedio social de origem (por exemplo subsiacutedio de invalidez) que natildeo estaacute sujeito agrave tributaccedilatildeo ou cobertura social Os funcionaacuterios tambeacutem seriam autorizados a manter laquobenefiacutecios

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 24

secundaacuteriosraquo (por exemplo subsiacutedio para combustiacutevel cartatildeo meacutedico) durante um determinado periacuteodo de tempo

Tecnologias de Informaccedilatildeo e Comunicaccedilatildeo (TIC)

Sem duacutevida as TIC acessiacuteveis podem atuar como um facilitador para a igualdade de participaccedilatildeo em atividades educativas para diversos alunos com NEE Os estudantes com SEN destacaram a importacircncia das TIC durante a Audiccedilatildeo do Parlamento Europeu em 2011

No nosso paiacutes existe uma organizaccedilatildeo que fornece materiais especiais e tecnologias de informaccedilatildeo A escola pode pedir as ajudas teacutecnicas a essa organizaccedilatildeo e os alunos podem levaacute-las para casa Quando deixam de precisar dessas ajudas teacutecnicas estas podem ser usadas por outros alunos nas mesmasou noutras escolas Eacute muito importante ter ajudas teacutecnicas e apoio (Agecircncia Europeia 2012a paacuteg 14)

Poreacutem

O facto de o impulso para a equidade na educaccedilatildeo atraveacutes do apoio de TIC acessiacuteveis estar a ser ofuscado por desenvolvimentos econoacutemicos negativos reforccedila a ideia de que as poliacuteticas europeias e internacionais globais devem continuar a assumir uma lideranccedila estaacutevel neste campo (Agecircncia Europeia 2013 paacuteg 24)

Neste contexto a aquisiccedilatildeo pode ser considerada um mecanismo de financiamento se a acessibilidade for um preacute-requisito incorporado A acessibilidade deve ser um princiacutepio orientador para a aquisiccedilatildeo de todos os bens e serviccedilos

O acesso a TIC apropriadas em diferentes contextos de aprendizagem ao longo da vida ndash incluindo em casa ndash requer muitas vezes a contribuiccedilatildeo de profissionais de diferentes aacutereas hellip Isto envolve a coordenaccedilatildeo entre indiviacuteduos serviccedilos e muitas vezes poliacuteticas para diferentes setores de trabalho Tambeacutem envolve abordagens flexiacuteveis para o financiamento das TIC com possibilidades de tomada de decisotildees a niacutevel local quanto agraves despesas relacionadas com as necessidades identificadas localmente (Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO e Agecircncia Europeia 2011 paacuteg 88)

Para concluir

Eacute necessaacuterio considerar quatro requisitos no que diz respeito aos sistemas de financiamento para garantir que estes sistemas sustentam totalmente os objetivos da poliacutetica educativa

Colocar a teoria em praacutetica 25

A poliacutetica de financiamento apoia totalmente a educaccedilatildeo inclusiva Isto inclui o desenvolvimento de poliacuteticas fiscais que criem incentivos ao inveacutes de desincentivos agrave oferta de colocaccedilotildees e de serviccedilos de inclusatildeo Embora exista uma seacuterie de bases alternativas para financiar alunos com NEE o financiamento per capita parece ser o mais promissor para satisfazer o requisito estabelecido

A poliacutetica de financiamento baseia-se totalmente nas necessidades educativas Os montantes individuais de financiamento per capita podem ser determinados atraveacutes de anaacutelises de custos que mostram os custos relativos de disponibilizar aos alunos condiccedilotildees especiais selecionadas

A poliacutetica de financiamento facilita totalmente respostas flexiacuteveis eficazes e eficientes agraves necessidades Em vez de financiar ou fornecer recursos especiacuteficos por exemplo tipos preacute-determinados de pessoal equipamentos ou instalaccedilotildees o financiamento per capita aloca recursos monetaacuterios promovendo a flexibilidade no uso local

A poliacutetica de financiamento promove totalmente o apoio de serviccedilos relacionados e a necessaacuteria colaboraccedilatildeo intersectorial

Em geral as estruturas de incentivo devem assegurar a disponibilizaccedilatildeo de mais fundos se uma crianccedila for colocada num contexto inclusivo sendo necessaacuteria uma maior ecircnfase nos resultados (natildeo apenas acadeacutemicos)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 26

DADOS FIAacuteVEIS

Introduccedilatildeo

A Convenccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiecircncia (CDPD) bem como a Estrateacutegia Europeia para a Deficiecircncia 2010ndash2020 e o quadro estrateacutegico Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo 2020 relativo agrave equidade na educaccedilatildeo satildeo impulsionadores-chave para a educaccedilatildeo inclusiva nos paiacuteses A CDPD da ONU apela aos Estados Partes para

hellip recolher informaccedilatildeo apropriada incluindo dados estatiacutesticos e de investigaccedilatildeo que lhes permitam formular e implementar poliacuteticas que visem dar efeito agrave presente Convenccedilatildeo (Naccedilotildees Unidas 2006 Artigo 31ordm)

e hellip Os Estados Partes devem em conformidade com os seus sistemas juriacutedico e administrativo manter fortalecer nomear ou estabelecer a niacutevel interno uma estrutura que inclua um ou mais mecanismos independentes conforme apropriado com vista a promover proteger e monitorizar a implementaccedilatildeo da presente Convenccedilatildeo (ibid Artigo 33ordm)

Existe a consciencializaccedilatildeo disseminada de que a criaccedilatildeo de poliacuteticas com base em evidecircncias eacute essencial para o desenvolvimento a longo prazo dos sistemas de educaccedilatildeo inclusiva Decisores poliacuteticos especialistas em estatiacutestica e investigadores reconhecem a necessidade de uma recolha de dados a niacutevel nacional que natildeo soacute responda agraves exigecircncias das orientaccedilotildees poliacuteticas internacionais mas que tambeacutem obedeccedila a uma abordagem comum que promova uma sinergia de esforccedilos a niacutevel nacional e internacional O trabalho da Agecircncia demonstrou que existem apelos para a disponibilizaccedilatildeo de ampla informaccedilatildeo para os decisores poliacuteticos e para a adoccedilatildeo pelas diferentes organizaccedilotildees tanto a niacutevel nacional como europeu de uma variedade de abordagens complementares para a recolha de dados Poreacutem embora a necessidade de tais dados seja clara os melhores meacutetodos e procedimentos de recolha e anaacutelise dos mesmos satildeo muito menos claros

Em resultado do trabalho da Agecircncia ndash mais especificamente das atividades dos projetos Desenvolvimento de um conjunto de indicadores ndash para a educaccedilatildeo inclusiva na Europa (Kyriazopoulou e Weber 2009) e Mapeamento da Implementaccedilatildeo de Poliacuteticas para a Educaccedilatildeo Inclusiva (MIPIE) (Agecircncia Europeia 2011a) ndash emergem cinco requisitos-chave de poliacuteticas relativos agrave recolha de dados no que concerne agrave necessidade de evidecircncias sobre a educaccedilatildeo inclusiva a niacutevel nacional

bull necessidade de recolha de dados nacionais ancorada nos acordos internacionais e europeus

Colocar a teoria em praacutetica 27

bull necessidade de compreender o impacto das diferenccedilas nos sistemas educativos dos paiacuteses

bull necessidade de analisar a efetividade da educaccedilatildeo inclusiva

bull necessidade de recolha de dados que forneccedila evidecircncias sobre a garantia de qualidade e

bull necessidade de acompanhar o progresso dos alunos a longo prazo Os decisores poliacuteticos precisam de dados qualitativos e quantitativos que os informem sobre a qualidade da educaccedilatildeo prestada aos alunos com necessidades educativas especiais Estas mensagens principais refletem uma recomendaccedilatildeo central do Relatoacuterio Mundial sobre Deficiecircncia (Organizaccedilatildeo Mundial de SauacutedeBanco Mundial 2011) a necessidade de os paiacuteses desenvolverem os sistemas de recolha de dados quantitativos existentes e de simultaneamente realizarem investigaccedilotildees qualitativas aprofundadas e especiacuteficas sobre o custoshyeficaacutecia e sobre outras questotildees relacionadas com a garantia da qualidade

O projeto MIPIE apela ao desenvolvimento de um quadro comum para a recolha de dados construiacutedo com base nos procedimentos nacionais existentes e nos acordos internacionais sobre recolha de dados e procedimentos hellip Podem ser identificadas trecircs dimensotildees para uma estrutura comum

- A mudanccedila para um sistema de recolha de dados baseado em conceitos e definiccedilotildees comuns

- A recolha de evidecircncias que conduzam a niacuteveis de referecircncia quantitativos e qualitativos

- O uso de uma estrutura multiniacutevel para analisar as poliacuteticas a niacuteveis nacional e internacional (Agecircncia Europeia 2011a paacuteg 11)

Uma tal abordagem eacute necessaacuteria para apoiar os paiacuteses no desenvolvimento de uma laquorecolha de dados que permita monitorizar os direitos dos alunos bem como para monitorizarem a eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusivaraquo (ibid)

Monitorizaccedilatildeo dos direitos dos alunos

No acircmbito de uma estrutura abrangente para o mapeamento das questotildees relacionadas com os direitos devem ser identificados indicadores quantitativos e qualitativos referentes a diversos fatores

(i) Participaccedilatildeo na educaccedilatildeo e formaccedilatildeo

O relatoacuterio da Agecircncia sobre a Intervenccedilatildeo precoce na infacircncia sugere que

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 28

Os decisores poliacuteticos devem ter mecanismos para avaliar a solicitaccedilatildeo de serviccedilos de IPI e mecanismos eficazes que verifiquem se a prestaccedilatildeo de serviccedilos responde ao solicitado para se poder planear a melhoria do serviccedilo Deve ser desenvolvida uma forma sistemaacutetica de recolha e de monitorizaccedilatildeo de dados fiaacuteveis a niacutevel nacional (Agecircncia Europeia 2010 paacuteg 40)

No relatoacuterio Participaccedilatildeo na Educaccedilatildeo Inclusiva afirma-se que Embora os governos nacionais e locais jaacute recolham dados importantes sobre a educaccedilatildeo pouco se sabe sobre a participaccedilatildeo hellip Atualmente a maior parte dos dados recolhidos para fins de monitorizaccedilatildeo satildeo dados estatiacutesticos sobre a inscriccedilatildeo e a conclusatildeo da escolaridade hellip Poucos paiacuteses tecircm meacutetodos sistemaacuteticos de recolha anaacutelise e interpretaccedilatildeo de dados qualitativos sobre a participaccedilatildeo a niacutevel individual em sala de aula e na escola embora os relatoacuterios escolares de autorrevisatildeo e de inspeccedilatildeo respondam muitas vezes a questotildees de participaccedilatildeo e inclusatildeo (Agecircncia Europeia 2011d paacuteg 19)

Este relatoacuterio tambeacutem destaca alguns dos perigos potenciais associados agrave recolha de dados em relaccedilatildeo agrave participaccedilatildeo

hellip estruturas criadas para acompanhar as crianccedilas com necessidades educativas especiais podem funcionar como barreiras agrave sua participaccedilatildeo e sucesso marcando estas crianccedilas como diferentes Uma consequecircncia natildeo intencional de categorizar algumas crianccedilas para monitorizar a sua participaccedilatildeo pode gerar um paradoxo o que resulta na celebraccedilatildeo de acordos separados para a sua educaccedilatildeo (ibid paacuteg 17ndash18)

(ii) Acesso ao apoio e agrave adaptaccedilatildeo

Trecircs estudos da Agecircncia consideraram diferentes aspetos de apoio para os alunos com NEE A revisatildeo da literatura do projeto Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional cita Redley (2009)

Natildeo existem dados nacionais fiaacuteveis sobre o nuacutemero de organizaccedilotildees que oferecem emprego apoiado ou o nuacutemero de pessoas com dificuldades de aprendizagem empregadas nelas e o governo natildeo participa neste processo (Agecircncia Europeia 2012f paacuteg 41)

O estudo conjunto da Agecircncia realizado com o Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO que analisa o uso das TIC na educaccedilatildeo das pessoas com incapacidades defende que

Tanto em relaccedilatildeo agrave Convenccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas (2006) como em relaccedilatildeo agrave poliacutetica regional (ou seja europeia) e nacional haacute uma necessidade de informaccedilatildeo mais detalhada ligada agrave monitorizaccedilatildeo de indicadores e benchmarks qualitativos e quantitativos sobre as TIC na educaccedilatildeo para pessoas

Colocar a teoria em praacutetica 29

com incapacidades (Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO e Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011 paacuteg 93)

Em relaccedilatildeo agrave acessibilidade da informaccedilatildeo para a aprendizagem as recomendaccedilotildees do projeto i-access da Agecircncia defendem que

A conformidade [acessibilidade] agrave poliacutetica deve ser sistematicamente monitorizada A monitorizaccedilatildeo da conformidade soacute pode ser incentivada nomomento presente mas deve ser alargada hellip Eacute necessaacuterio recolher dados quantitativos e qualitativos sistemaacuteticos o que deve tambeacutem envolver os utilizadores finais de informaccedilatildeo acessiacutevel Poreacutem a monitorizaccedilatildeo do progresso natildeo se pode limitar a afericcedilatildeo numeacuterica mas deve incluir a possibilidade de recolher exemplos de boas praacuteticas que poderiam servir de modelo para outros paiacuteses e organizaccedilotildees (Agecircncia Europeia 2012e paacuteg 40ndash 41)

(iii) Oportunidades para o sucesso na aprendizagem e na transiccedilatildeo Dois grandes projetos da Agecircncia tiveram em linha de conta a transiccedilatildeo da escola para o emprego Ambos apontam para a falta de dados fiaacuteveis neste campo O projeto Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego sugeriu que

Os dados nacionais dos paiacuteses apenas incluem pessoas registadas como desempregadas mas uma alta percentagem de pessoas com necessidades especiais natildeo estaacute registada ndash elas natildeo tecircm sequer a oportunidade de conseguir o primeiro emprego (Agecircncia Europeia 2002a paacuteg 2)

O estudo de acompanhamento (Agecircncia Europeia 2006) natildeo refere quaisquer desenvolvimentos nesta aacuterea

(iv) Oportunidades de integraccedilatildeo

O estudo da Agecircncia com foco na diversidade multicultural destaca a falta de dados em relaccedilatildeo a um fator importante de integraccedilatildeo ndash antecedente de imigraccedilatildeo dos alunos com NEE

Muitos paiacuteses envolvidos no projeto referiram que natildeo existem dados atualizados sobre os alunos com NEE e de origem imigrante Diversas agecircncias governamentais tecircm responsabilidades diferentes e natildeo haacute coordenaccedilatildeo na recolha de dados Haacute outras razotildees para a falta de dados Alguns paiacuteses natildeo tecircm estatiacutesticas oficiais sobre a origem das pessoas para aleacutem do paiacutes de nascimento uma vez que eacute proibido o tratamento de dados pessoais que identifiquem a raccedila a origem eacutetnica a incapacidade ou crenccedila religiosa Em outros paiacuteses natildeo haacute recolha sistemaacutetica de dados relativos a alunos com NEE

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 30

ou a alunos com NEE e de origem imigrante a niacutevel nacional ou local (Agecircncia Europeia 2009a paacuteg 30)

Monitorizaccedilatildeo da eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusiva

Dados que examinam a eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusiva tecircm em conta questotildees de custo-eficaacutecia bem como diversas aacutereas relacionadas com as experiecircncias de educaccedilatildeo dos alunos procedimentos de avaliaccedilatildeo inicial o envolvimento contiacutenuo dos alunos e das suas famiacutelias em experiecircncias educativas e a eficaacutecia de ambientes de aprendizagem na superaccedilatildeo das barreiras e apoio de experiecircncias de aprendizagem significativas para todos os alunos

O estudo da Agecircncia relativo ao Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos realccedila que eacute necessaacuterio apoiar as escolas com

hellip aconselhamento sobre como pode ser usada a informaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo ndash particularmente a da avaliaccedilatildeo estandardizada recolhida para fins de monitorizaccedilatildeo nacional ndash para melhorar as praacuteticas com todos os alunos incluindo os que apresentam NEE (Watkins 2007 paacuteg 60)

O relatoacuterio designado Elevar o Sucesso de Todos os Alunos defende que

Para avanccedilar para uma maior equidade na educaccedilatildeo satildeo necessaacuterios indicadores de sucesso adequados agrave comunidade local focalizados no input recursos processos e outputresultados Embora a informaccedilatildeo (incluindo dados) deva ser usada para direcionar o apoio e acompanhar o sucesso de poliacuteticas e praacuteticas inclusivas eacute necessaacuterio cuidado para que os sistemas de responsabilidade natildeo causem inadvertidamente alteraccedilotildees inadequadas (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 22)

Este estudo destaca potenciais dificuldades inerentes

No clima atual o desenvolvimento de mecanismos de responsabilidade adequados e de formas de medir o sucesso valorizado e monitorizar a equidade apresentam muitos desafios Apesar da procura de dados concretos Fullan (2011) adverte que laquoas estatiacutesticas satildeo um servo maravilhoso mas um mestre terriacutevelraquo (paacuteg 127) e Hargreaves e Shirley (2009) enfatizam a necessidade de colocar a responsabilidade antes da prestaccedilatildeo de contas Sugerem que a prestaccedilatildeo de contas deve laquoservir de consciecircncia por meio de amostragemraquo e que deve ser realizado um ataque laquoaos excessos de padronizaccedilatildeo testada que negam a diversidade e destroem a criatividaderaquo (paacuteg 109) (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 22)

Dentro do projeto MIPIE argumentou-se que a monitorizaccedilatildeo da eficaacutecia dos sistemas de educaccedilatildeo inclusiva tambeacutem incluiria uma anaacutelise da eficaacutecia da formaccedilatildeo de professores (Agecircncia Europeia 2011a) O relatoacuterio do projeto TE4I

Colocar a teoria em praacutetica 31

destaca uma seacuterie de questotildees relacionadas com a disponibilidade de dados nesta aacuterea Relativamente agrave representaccedilatildeo de professores de grupos minoritaacuterios

A maior parte dos paiacuteses que natildeo recolhe dados refere curiosamente uma subshyrepresentaccedilatildeo de pessoas com deficiecircncia e pertencentes a grupos minoritaacuterios entre os professores estagiaacuterios e os professores diplomados e a situaccedilatildeo parece ser idecircntica entre os formadores de professores (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 22)

O relatoacuterio tambeacutem indica a necessidade de dados que levam a mudanccedilas com base em evidecircncias

A falta de investigaccedilatildeo em larga escala e de investigaccedilatildeo cumulativa bem como de evidecircncia empiacuterica na formaccedilatildeo de professores para a inclusatildeo foi referida pela OCDE (2010) hellip esta investigaccedilatildeo poderaacute garantir a existecircncia dum corpo de evidecircncias que possam dar forma agrave mudanccedila No presente relatoacuterio os exemplos realccedilam algumas questotildees-chave da pesquisa incluindo

- A eficaacutecia de diferentes rotas no ensino - Abordagens agrave formaccedilatildeo de professores e ao curriacuteculo da FIP e

- O papel dos cursos separados integrados e unificados e a melhor maneira de passar dum curso contiacutenuo para um uacutenico curso de formaccedilatildeo de professores que prepare todos os professores para a diversidade (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 68)

O projeto MIPIE defende que

A niacutevel da escola a recolha de dados deve

- Fornecer informaccedilatildeo que permitam aos professores e funcionaacuterios da escola planear e prestar o apoio e os recursos adequados

- Fornecer ideias claras sobre a participaccedilatildeo ativa dos pais e alunos no processo educativo (Agecircncia Europeia 2011a paacuteg 13)

Para que isto seja possiacutevel

Satildeo necessaacuterias sinergias a niacutevel nacional entre os principais intervenientes baseadas num claro racional para a recolha de dados considerando os dados a niacutevel nacional regional escola e sala de aula para que os dados globais do paiacutes efetivamente possam refletir a praacutetica (ibid paacuteg 14)

Para concluir a provisatildeo dos dados pode contribuir efetivamente para a elaboraccedilatildeo de poliacuteticas para a educaccedilatildeo inclusiva Haacute uma exigecircncia crescente ndash a niacutevel internacional europeu e nacional ndash para a responsabilidade e tecircm vindo a crescer comparaccedilotildees laquoentre escolasraquo e laquoentre naccedilotildeesraquo O surgimento de laquograndes dadosraquo

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 32

(meta-anaacutelises de conjuntos de dados e fontes combinadas) apresenta oportunidades mas tambeacutem desafios reais para a educaccedilatildeo inclusiva

Os apelos para a poliacutetica e alocaccedilatildeo de recursos baseada em evidecircncias reforccedilam a necessidade de dados significativos relacionados com todos os alunos Eacute necessaacuterio saber que alunos estatildeo a receber que serviccedilos quando e onde (contando todos os alunos) Tambeacutem eacute necessaacuterio ter dados sobre a qualidade dos serviccedilos e os resultados obtidos (considerando a praacutetica)

Um grande desafio para a recolha de dados estaacute em evitar classificar categorizar e rotular os alunos de modo a fornecer informaccedilatildeo sobre a provisatildeo que recebem As laquopluralidadesraquo das definiccedilotildees aplicadas a alunos e a laquopoliacuteticaraquo dos sistemas de rotulagem natildeo podem ser ignoradas nem os efeitos a que esses sistemas de rotulagem e definiccedilotildees conduzem

Fazer as perguntas certas em termos de poliacuteticas eacute o ponto de partida para a recolha de dados que servem de base significativa para as poliacuteticas

Colocar a teoria em praacutetica 33

OLHAR EM FRENTE

O primeiro objetivo da conferecircncia em novembro de 2013 foi refletir e resumir o trabalho da Agecircncia ao longo da uacuteltima deacutecada As cinco mensagens-chave descritas nos capiacutetulos anteriores destacam aspetos criacuteticos no que se refere agrave educaccedilatildeo inclusiva Baseiam-se nos resultados da anaacutelise aprofundada de temas-chave decididos pelos paiacuteses membros da Agecircncia O segundo objetivo da conferecircncia foi olhar em frente explorando a forma como o trabalho da Agecircncia pode prestar um melhor apoio aos paiacuteses membros ajudandoos a melhorar a qualidade e a eficaacutecia das suas respostas inclusivas para alunos com incapacidades eou necessidades educativas especiais A Agecircncia estaacute disposta a ajudar os paiacuteses de uma forma mais concreta com a implementaccedilatildeo dos resultados do nosso trabalho Isso significa disponibilizar recomendaccedilotildees de poliacutetica que sejam mais diretamente aplicaacuteveis aos decisores poliacuteticos para apoiar alteraccedilotildees futuras e desenvolvimentos poliacuteticos

A Agecircncia estaacute consciente de que o trabalho jaacute realizado estaacute de acordo e apoia diretamente todas as iniciativas de poliacuteticas europeias e internacionais em termos de educaccedilatildeo equidade igualdade de oportunidades e direitos para pessoas com incapacidades eou necessidades educativas especiais O trabalho da Agecircncia fornece recomendaccedilotildees claras e coerentes sobre como as poliacuteticas-chave nestas aacutereas podem ser implementadas na praacutetica A Agecircncia pretende proporcionar aos paiacuteses informaccedilatildeo sobre o progresso alcanccedilado nos objetivos propostos em termos de (a) metas de Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo para 2020 e (b) Convenccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiecircncia (2006) bem como vaacuterias diretivas e comunicaccedilotildees da Uniatildeo Europeia Eacute necessaacuteria orientaccedilatildeo sobre o modo como a educaccedilatildeo inclusiva pode ser implementada a niacutevel do professor sala de aula escola regiatildeo municiacutepio e poliacutetica nacional A Agecircncia tem capacidade para disponibilizar aos paiacuteses orientaccedilotildees sobre formas de implementaccedilatildeo da educaccedilatildeo inclusiva e como isto afeta a qualidade geral da educaccedilatildeo As discussotildees durante a conferecircncia bem como as discussotildees aprofundadas no acircmbito da Agecircncia orientaratildeo esta nova etapa no trabalho da Agecircncia

shy

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 34

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 1999 Financing of Special Needs Education ndash A seventeen-country Study of the Relationship between Financing of Special Needs Education and Inclusion [Financiamento da Educaccedilatildeo Especial ndash Um estudo de dezassete paiacuteses da Relaccedilatildeo entre o Financiamento da Educaccedilatildeo Especial e a Inclusatildeo] Middelfart Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2002a Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Princiacutepios-chave e Recomendaccedilotildees para R esponsaacuteveis Poliacuteticos Middelfart Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanagencyorgsitesdefaultfilestransition_transition_pttextpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2002b Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Principais problemas questotildees e opccedilotildees enfrentadas pelos alunos com necessidades educativas especiais em 16 paiacuteses Europeus Relatoacuterio Siacutentese Middelfart Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanagencyorgsitesdefaultfilestransition-from-school-to-employment_Transitionptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2003 Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula Relatoacuterio Siacutentese Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanagencyorgsitesdefaultfilesinclusive-education-and-classroom-practices_iecpptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2005 Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula nos 2ordm e 3ordm Ciclos do Ensino Baacutesico Relatoacuterio Siacutentese Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesinclusive-educationand-classroom-practice-in-secondary-education_iecp_secondary_ptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2006 Planos Individuais de Transiccedilatildeo Apoiar a Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesindividual-transitionplans_itp_ptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

shy

shyshy

shyshy

shy

shy

Colocar a teoria em praacutetica 35

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2009a Diversidade multicultural e necessidades especiais de educaccedilatildeo Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfilesmulticultural-diversity-and-special-needsshyeducation_Multicultural-Diversity-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2009b Princiacutepiosshychave para a Promoccedilatildeo da Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva ndash Recomendaccedilotildees para Decisores Poliacuteticos Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportskeyshyprinciples-for-promoting-quality-in-inclusive-educationkey-principles-PTpdf(Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2010 Intervenccedilatildeo Precoce na Infacircncia ndash Progressos e Desenvolvimentos 2005ndash2010 Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesearly-childhood-interventionshyprogress-and-developments_ECI-report-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011a Mapeamento da Implementaccedilatildeo de Poliacuteticas para a Educaccedilatildeo Inclusiva Uma anaacutelise dos desafios e oportunidades para o desenvolvimento de indicadores Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httphttpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesmipie_MIPIE-summaryshyof-proposals-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011b Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo na Europa ndash Desafios e Oportunidades Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfileste4i-challenges-and-opportunities_TE4I-Synthesis-Report-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011c Princiacutepios-Chave para a Promoccedilatildeo da Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva ndash Recomendaccedilotildees para Decisores Poliacuteticos Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfilesinclusive-education-and-classroom-practices_iecpshyptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011d Participation in Inclusive Education ndash A Framework for Developing Indicators [Participaccedilatildeo na Educaccedilatildeo inclusiva ndash Um Quadro para o Desenvolvimento de Indicadores] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 36

agencyorgpublicationsereportsparticipation-in-inclusive-education-a-frameworkshyfor-developing-indicatorsParticipation-in-Inclusive-Educationpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012a Perspetivas dos Jovens sobre Educaccedilatildeo Inclusiva Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfilesyoung-views-on-inclusive-education_YoungViews-2012PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012b Perfil de Professores Inclusivos Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfileste4i-profile-of-inclusive-teachers_Profile-of-InclusiveshyTeachers-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012c Raising Achievement for All Learners ndash Quality in Inclusive Education [Elevar o Sucesso de Todos os Alunos ndash Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva] Relatoacuterio sobre a conferecircncia realizada em Odense Dinamarca de 13 a 15 de junho de 2012 Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesRA4AL-conference-reportpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014) Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012d Raising Achievement for All Learners ndash Quality in Inclusive Education [Elevar o Sucesso de Todos os Alunos ndash Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httphttpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesra4al-keyshymessages_RA4AL-summary-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012e Promoting Accessible Information for Lifelong Learning Recommendations and findings of the i-access project [Promover o Acesso agrave Informaccedilatildeo para a Aprendizagem ao Longo da Vida Recomendaccedilotildees e observaccedilotildees do projeto i-access] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportsi-accessi-accessshyreportpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012f Vocational Education and Training Policy and Practice in the field of Special Needs Education ndash Literature Review [Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional (EFP) Poliacutetica e Praacutetica no campo da Educaccedilatildeo Especial ndash Revisatildeo da Literatura] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Colocar a teoria em praacutetica 37

agencyorgagency-projectsvocational-education-and-trainingvet-filesVETshyLiteratureReviewpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012g Teacher Education for Inclusion Project Recommendations linked to Sources of Evidence [Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo Recomendaccedilotildees do Projeto Ligadas a Fontes de Evidecircncias] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgagencyshyprojectsTeacher-Education-for-Inclusionsources-of-evidencepdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2013 European and International Policy Supporting ICT for Inclusion [Poliacutetica Europeia e Internacional para Uso das TIC como Apoio para a Inclusatildeo] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfileseuropean-and-internationalshypolicy-supporting-ict-for-inclusion_policy-supporting-ict-for-inclusionpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para as Necessidades Especiais e a Educaccedilatildeo Inclusiva 2014 Vocational Education and Training ndash Summary of Country Information [Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional ndash Resumo de Informaccedilatildeo do Paiacutes] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para as Necessidades Especiais e a Educaccedilatildeo Inclusiva httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesVET Summary of Country information 2014pdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Bennett S e Gallagher TL 2012 The Delivery of Education Services for Students who have an Intellectual Disability in the Province of Ontario [A prestaccedilatildeo de serviccedilos de ensino para alunos com incapacidade intelectual na proviacutencia de Ontaacuterio] Toronto Community Living Ontario

Chapman C Ainscow M Miles S e West M 2011 Leadership that promotes the achievement of students with special educational needs and disabilities [Lideranccedila que promove o sucesso de alunos com necessidades educativas especiais e incapacidades] Nottingham National College for School Leadership

Comissatildeo das Comunidades Europeias 2008 Livro Verde ndash Migraccedilatildeo e mobilidade desafios e oportunidades para os sistemas educativos da UE SEC(2008) 2173 COM20080423 final Bruxelas Comissatildeo das Comunidades Europeias

Conselho da Uniatildeo Europeia 2010 Conclusotildees do Conselho sobre a dimensatildeo social da educaccedilatildeo e da formaccedilatildeo 3013ordf Reuniatildeo do Conselho de EDUCACcedilAtildeO JUVENTUDE E CULTURA Bruxelas 11 de maio de 2010 httpeurshylexeuropaeulegal-contentPTTXTPDFuri=CELEX52010XG0526(01)ampfrom=PT(Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 38

Farrell P Dyson AS Polat F Hutcheson G e Gallannaugh F 2007 laquoSEN inclusion and pupil achievement in English schoolsraquo [Inclusatildeo de crianccedilas com NEE e sucesso dos alunos nas escolas inglesas] Journal of Research in Special Educational Needs 7 (3) 172ndash178

Frilseth L 2012 The Norwegian Model for Education for All in Upper Secondary School [O Modelo Norueguecircs para a Educaccedilatildeo para Todos no Ensino Secundaacuterio] Direccedilatildeo Norueguesa para Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo httpwwweuropeanshyagencyorgagency-projectsra4alra4al-seminar-pdfNorway-L-Frilsethpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Fullan M 2011 Change Leader Learning to do what matters most [Liacuteder de Mudanccedila aprender a fazer o que mais importa] San Francisco Jossey-Bass de Graaf G van Hove G e Haveman M 2011 laquoMore academics in regular schools The effect of regular versus special school placement on academic skills in Dutch primary school students with Down syndromeraquo [Mais acadeacutemicos nas escolas regulares O efeito da colocaccedilatildeo em escola regular versus escola especial nas competecircncias acadeacutemicas em alunos holandeses do ensino primaacuterio com siacutendrome de Down] Journal of International Disability Research December 2011 57(1) 21ndash38 doi 101111j1365-2788201101512x

Hargreaves A e Shirley D 2009 The Fourth Way ndash The inspiring future for educational change [A Quarta Via ndash O futuro inspirador para a mudanccedila educativa] Publicaccedilatildeo conjunta do Ontario Principalsrsquo Council e do National Staff Development Council Thousand Oaks CA Corwin Press

Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO e Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011 ICTs in Education for People with Disabilities Review de innovative practice [TIC na Educaccedilatildeo para Pessoas com Incapacidades revisatildeo da praacutetica inovadora] Moscovo Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO httpwwweuropeanshyagencyorgpublicationsereportsICTs-in-Education-for-People-WithshyDisabilitiesReview-of-Innovative-Practice (Uacuteltimo acesso em julho de 2014) Kalambouka A Farrell P Dyson A e Kaplan I 2005 The impact of population inclusivity in schools on student outcomes [O impacto da inclusividade da populaccedilatildeo em escolas nos resultados dos alunos] Research Evidence in Education Library London EPPI-Centre Social Science Research Unit Institute of Education University of London Kyriazopoulou M e Weber H (eds) 2009 Desenvolvimento de um conjunto de indicadores ndash para a educaccedilatildeo inclusiva na Europa Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Colocar a teoria em praacutetica 39

agencyorgsitesdefaultfilesdevelopment-of-a-set-of-indicators-for-inclusiveshyeducation-in-europe_indicators-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

MacArthur J 2009 Learning Better Together Working towards inclusive education in New Zealand schools [Aprender Melhor Juntos trabalhar para a educaccedilatildeo inclusiva nas escolas da Nova Zelacircndia] Wellington IHC

MacArthur J Kelly B Sharp S amp Gaffney M 2005 Participation or exclusion Disabled childrenrsquos experiences of life at school [Participaccedilatildeo ou exclusatildeo Experiecircncias de vida na escola de crianccedilas com incapacidades] Um artigo apresentado na laquoChildrenrsquos Issues Conferenceraquo Dunedin Nova Zelacircndia julho de 2005 Menter I Hulme M Elliott D e Lewin J 2010 Literature Review on Teacher Education in the 21st Century [Revisatildeo da Literatura sobre a Formaccedilatildeo de Professores no Seacuteculo XXI] Scottish Government Social Research Edimburgo Scottish Government

Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para a Educaccedilatildeo Ciecircncia e Cultura 2009 Policy Guidelines on Inclusion in Education [Diretrizes da Poliacutetica sobre Inclusatildeo na Educaccedilatildeo] Paris UNESCO

Organizaccedilatildeo Mundial de SauacutedeBanco Mundial 2011 World Report on Disability [Relatoacuterio Mundial sobre Deficiecircncia] Genebra Ediccedilotildees OMS httpwwwwhointdisabilitiesworld_report2011enindexhtml (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Organizaccedilatildeo para a Cooperaccedilatildeo e Desenvolvimento Econoacutemico 2011 PISA in Focus Improving Performance Leading from the Bottom [PISA agrave Lupa Melhorar os Resultados Progedir ateacute ao Topo] 20112 (Marccedilo) Paris OCDE Redley M 2009 laquoUnderstanding the social exclusion and stalled welfare of citizens with learning disabilitiesraquo [Compreender a exclusatildeo social e o bem-estar sem progresso dos cidadatildeos com dificuldades de aprendizagem] Disability amp Society 24(4) 489ndash501

Naccedilotildees Unidas 2006 Convenccedilatildeo sobre os Direitos das Pessoas com Deficiecircncia Nova Iorque Naccedilotildees Unidas

Watkins A (ed) 2007 Assessment in Inclusive Settings Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos Questotildees-chave para Poliacuteticas e Praacuteticas Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportsassessment-in-inclusiveshysettings-key-issues-for-policy-and-practiceassessment-in-inclusive-settings-keyshyissues-for-policy-and-practice (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 40

Wilkinson R e Pickett K 2010 The Spirit Level Why Equality is Better para Everyone [O Niacutevel do Espiacuterito Por que a Igualdade eacute Melhor para Todos] Londres Penguin

Willms JD 2006 Learning divides Ten policy questions about the performance and equity of schools and schooling systems [A aprendizagem divide dez perguntas de poliacutetica acerca do desempenho e equidade das escolas e dos sistemas de escolaridade] Montreal Instituto de Estatiacutestica da UNESCO

Colocar a teoria em praacutetica 41

  • preacircmbulo
  • Sumaacuterio Executivo
  • O mais precocemente possiacutevel
    • Introduccedilatildeo
    • Intervenccedilatildeo precoce
    • Deteccedilatildeo e avaliaccedilatildeo precoces
    • Apoio precoce
    • Transiccedilatildeo planeada
      • A educaccedilatildeo inclusiva beneficia todos
        • Introduccedilatildeo
        • A educaccedilatildeo inclusiva como uma abordagem para elevar o sucesso para todos os alunos
        • laquoO que eacute bom para os alunos com NEE eacute igualmente bom para todos os alunosraquo
        • Monitorizaccedilatildeo do progresso
          • profissionais altamente qualificados
            • Introduccedilatildeo
            • Formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo
            • O perfil dos professores inclusivos e outros profissionais
            • Abordagens ao recrutamento
            • Atitudes positivas
            • Trabalho em rede e coordenaccedilatildeo
              • sistemas de apoio e mecanismos de financiamento
                • Introduccedilatildeo
                • Sistemas de apoio e mecanismos de financiamento
                  • Intervenccedilatildeo Precoce na Infacircncia (IPI)
                  • Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula
                  • Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional (EFP)
                  • Tecnologias de Informaccedilatildeo e Comunicaccedilatildeo (TIC)
                      • dados fiaacuteveis
                        • Introduccedilatildeo
                        • Monitorizaccedilatildeo dos direitos dos alunos
                          • (i) Participaccedilatildeo na educaccedilatildeo e formaccedilatildeo
                          • (ii) Acesso ao apoio e agrave adaptaccedilatildeo
                          • (iii) Oportunidades para o sucesso na aprendizagem e na transiccedilatildeo
                          • (iv) Oportunidades de integraccedilatildeo
                            • Monitorizaccedilatildeo da eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusiva
                              • olhar em frente
                              • REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

sucesso atraveacutes da presenccedila (acesso agrave educaccedilatildeo) participaccedilatildeo (qualidade da experiecircncia de aprendizagem) e sucesso (processos e resultados da aprendizagem) de todos os alunos

O trabalho da Agecircncia no documento Princiacutepios-Chave para a Promoccedilatildeo da Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva (Agecircncia Europeia 2009b) reforccedila a importacircncia das abordagens de aprendizagem centradas no alunopersonalizadas da avaliaccedilatildeo do professor que apoia a aprendizagem e do trabalho em colaboraccedilatildeo com os pais e as famiacutelias estes pontos satildeo poreacutem essenciais para melhorar a qualidade de educaccedilatildeo para todos os alunos

A educaccedilatildeo inclusiva como uma abordagem para elevar o sucesso para todos os alunos

Wilkinson e Pickett salientam que laquouma maior igualdade aleacutem de uma melhoria do bem-estar de toda a populaccedilatildeo eacute tambeacutem a chave para os padrotildees nacionais de sucessoraquo (2010 paacuteg 29) Eles frisam que se

um paiacutes deseja obter niacuteveis meacutedios mais elevados de sucesso educativo entre os alunos em idade escolar deve dar resposta agrave desigualdade subjacente que cria um gradiente social mais acentuado em termos de sucesso educativo (ibid paacuteg 30)

Ao desafiar a ideia de que a inclusatildeo de todos os alunos pode de alguma forma ser prejudicial para um sucesso elevado a Organizaccedilatildeo para a Cooperaccedilatildeo e Desenvolvimento Econoacutemico (OCDE 2011) mostra que a melhoria dos alunos com um desempenho mais baixo natildeo tem de ser feita agrave custa daqueles com melhores desempenhos As observaccedilotildees do relatoacuterio da UNESCO designado Learning Divides [A aprendizagem divide] (Willms 2006) fornece tambeacutem evidecircncias de que um desempenho escolar forte e a equidade podem andar de matildeos dadas e que os paiacuteses com os niacuteveis mais altos de desempenho tendem a ser aqueles que tecircm vindo a elevar o sucesso de todos os alunos (Agecircncia Europeia 2012d)

De acordo com o relatoacuterio RA4AL da Agecircncia

Farrell e colegas (2007) hellip descobriram um reduzido nuacutemero de pesquisas que sugerem que a colocaccedilatildeo de alunos com NEE em escolas regulares natildeo tem consequecircncias adversas de maior para o sucesso acadeacutemico comportamento e atitudes de todas as crianccedilas Uma revisatildeo sistemaacutetica da literatura encomendada pela Evidence for Policy and Practice Initiative [Iniciativa Evidecircncia por Poliacuteticas e Praacuteticas] (EPPI) (Kalambouka et al 2005) constatou tambeacutem que de um modo geral natildeo se observam efeitos adversos nos alunos sem NEE quando se incluem alunos com necessidades especiais nas escolas regulares (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 8)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 12

Diversos estudos descrevem os benefiacutecios da inclusatildeo para os alunos sem incapacidades Esses benefiacutecios incluem

aumento da valorizaccedilatildeo e aceitaccedilatildeo das diferenccedilas individuais e da diversidade respeito por todas as pessoas preparaccedilatildeo para a vida adulta numa sociedade inclusiva e oportunidades para dominar atividades praticando e ensinando outros Tais efeitos estatildeo tambeacutem documentados numa investigaccedilatildeo recente por exemplo da autoria de Bennett e Gallagher (2012) (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 8)

O impacto positivo das colocaccedilotildees em contextos inclusivos de alunos com incapacidades eacute registado por investigaccedilotildees como as realizadas por MacArthur et al (2005) e de Graaf et al (2011) Este impacto inclui relaccedilotildees e redes sociais melhoradas modelos dos pares maior sucesso maiores expetativas maior colaboraccedilatildeo entre os profissionais da escola e melhor integraccedilatildeo das famiacutelias na comunidade (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 8)

Benefiacutecios adicionais podem incluir acesso a mais amplas oportunidades curriacuteculares e reconhecimento e acreditaccedilatildeo do sucesso

Deve ser considerada a melhoria da organizaccedilatildeo dos laquoespaccedilosraquo para aprendizagem e a criaccedilatildeo de mais oportunidades para os alunos descobrirem talentos em diversas aacutereas para aleacutem da aprendizagem acadeacutemica (ibid paacuteg 25)

A investigaccedilatildeo de Chapman et al (2011) centrou-se especificamente na

lideranccedila que promove sucesso para alunos com NEEincapacidadese sugeriu que a presenccedila de uma populaccedilatildeo diversificada de estudantes pode nas condiccedilotildees organizacionais certas estimular as disposiccedilotildees colaborativas e incentivar formas inovadoras de ensinar a de modo a chegar a todos os grupos de alunos (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 21)

laquoO que eacute bom para os alunos com NEE eacute igualmente bom para todos os alunosraquo

Esta declaraccedilatildeo feita na publicaccedilatildeo da Agecircncia denominada Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula (Agecircncia Europeia 2003 paacuteg 33) tem sido desde essa altura repetida com frequecircncia no trabalho da Agecircncia

Por exemplo o mesmo estudo frisou que

a tutoria entre pares ou a aprendizagem cooperativa eacute eficaz para a aprendizagem e para o desenvolvimento cognitivo e afetivo (soacutecio-emocional) dos alunos Os alunos que se entreajudam principalmente num sistema de composiccedilatildeo de grupos flexiacutevel e bem ponderado beneficiam com esta aprendizagem em comum (ibid paacuteg 23)

Colocar a teoria em praacutetica 13

No trabalho da Agecircncia sobre a praacutetica inclusiva nas escolas secundaacuterias em 2005 sublinhou-se que

Todos os alunos ndash incluindo os que apresentam necessidades educativas especiais ndash tecircm demonstrado evoluir na aprendizagem quando o seu trabalho eacute sistematicamente planeado supervisionado e avaliado (Agecircncia Europeia 2005 paacuteg 6)

e que

Todos os alunos beneficiam com a aprendizagem cooperativa o aluno que explica ao outro reteacutem melhor e por mais tempo a informaccedilatildeo e as necessidades do aluno que estaacute a aprender satildeo abordadas de melhor forma por um par cujo niacutevel de compreensatildeo esteja apenas ligeiramente acima do seu proacuteprio niacutevel (ibid paacuteg 18)

No relatoacuterio RA4AL afirma-se que

um sistema que permite que os alunos progridam rumo a objetivos comuns mas atraveacutes de vias diferentes utilizando diferentes estilos de aprendizagem e avaliaccedilatildeo deve ser mais inclusivo e elevar o sucesso de todos os alunos (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 25)

O relatoacuterio da Agecircncia Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos regista tambeacutem a necessidade de envolver todos os alunos e paisfamiacutelias no processo tanto de aprendizagem como de avaliaccedilatildeo (Watkins 2007) O mesmo relatoacuterio refere que o processo de diferenciaccedilatildeo requer uma anaacutelise cuidadosa Embora possa tambeacutem estar associado a individualizaccedilatildeo e personalizaccedilatildeo e ser visto como uma forma de satisfazer necessidades individuais ou de grupo mais especiacuteficas manteacutem-se frequentemente centrado no professor ao inveacutes de ser orientado para aluno A personalizaccedilatildeo tem de comeccedilar com as necessidades e interesses de todos os alunos

No mais recente projeto i-access da Agecircncia constata-se que os benefiacutecios da tecnologia de apoio ou laquotecnologia facilitadoraraquo mostram-se frequentemente uacuteteis para uma ampla variedade de utilizadores laquoA acessibilidade beneficia os utilizadores com incapacidades eou necessidades educativas especiais bem como todos os utilizadoresraquo (Agecircncia Europeia 2012e paacuteg 22)

As opiniotildees dos jovens com e sem incapacidades expressas na publicaccedilatildeo Perspetivas dos Jovens sobre Educaccedilatildeo Inclusiva fornecem um resumo claro dos benefiacutecios da educaccedilatildeo inclusiva para todos os alunos Como um jovem aluno afirmou laquoEducaccedilatildeo inclusiva eacute para todas as crianccedilas As escolas regulares devem estar perto das suas residecircncias Esta experiecircncia permite encontrar as pessoas vizinhasraquo (Agecircncia Europeia 2012a paacuteg 11) Outros acrescentaram laquoOs alunos

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 14

com e sem necessidades especiais podem aprender uns com os outros e trocarconhecimentosraquo laquoEacute bom para noacutes e bom para eles Eacute importante reconhecer os benefiacutecios para todos na turmaraquo e laquoA educaccedilatildeo inclusiva ajuda as crianccedilas a tornarem-se mais tolerantes com mentalidades mais abertasraquo (ibid paacuteg 23)

Monitorizaccedilatildeo do progresso

Na medida em que a educaccedilatildeo inclusiva se alargou para assegurar a qualidade da educaccedilatildeo para todos os alunos eacute necessaacuterio encontrar novas formas de monitorizar o progresso Sugere-se com base no trabalho realizado pela Agecircncia nos indicadores e no relatoacuterio MIPIE (2011a) que a niacutevel escolar a recolha de dados possa ter em conta fatores com possiacutevel impacto na qualidade das estrateacutegias de admissatildeo das escolas tais como regras e poliacuteticas de admissatildeo natildeo discriminatoacuterias poliacuteticas e estrateacutegias desenvolvidas para apoiar os alunos a expressarem as suas necessidades existecircncia de uma declaraccedilatildeo poliacutetica clara contra o bullying implementaccedilatildeo dos coacutedigos de praacutetica existentes relativamente agrave educaccedilatildeo inclusiva sessotildees de formaccedilatildeo do pessoal quanto a questotildees de admissatildeo e criaccedilatildeo de um ambiente escolar acolhedor trabalho em respeito e colaboraccedilatildeo com alunos e famiacutelias estrateacutegias para ajudar os alunos e as famiacutelias a participarem ativamente na comunidade escolar e na sala de aula e disponibilizaccedilatildeo de estrateacutegias de informaccedilatildeo e aconselhamento e respetivo impacto nos alunos

Em conclusatildeo o debate mais amplo sobre a inclusatildeo pretende no momento presente ndash proporcionar uma educaccedilatildeo de alta qualidade (e benefiacutecios) a todos os alunos Um desempenho escolar forte e a equidade podem andar de matildeos dadas

O sistema de ensino eacute complexo e fragmentado e atualmente falta-lhe uma linha de pensamento consistente acerca da educaccedilatildeo inclusiva De um modo geral o apoio aos diretores e liacutederes que queiram tentar proceder a alteraccedilotildees em situaccedilotildees isoladas eacute muito reduzido A diversidade tem vindo a aumentar em todo o sistema mas as tradiccedilotildees do passado restringem as accedilotildees A capacidade das escolas deve ser desenvolvida atraveacutes da consciencializaccedilatildeo do contexto da correspondecircncia (entre legislaccedilatildeo e poliacuteticapraacutetica) da clareza conceptual e de um apoio contiacutenuo ndash para todos partes interessadas ndash que incentive as escolas a serem proativas e natildeo reativas Conhecer todos os alunos e intervir de forma precoce ajudaraacute a desenvolver apoio de qualidade para todos os alunos considerado como parte da educaccedilatildeo em geral

Colocar a teoria em praacutetica 15

PROFISSIONAIS ALTAMENTE QUALIFICADOS

Introduccedilatildeo

laquoProfissionais altamente qualificadosraquo envolve questotildees de formaccedilatildeo inicial e contiacutenua perfil valores e competecircncia dos professores abordagens eficazes ao recrutamento e atitudes bem como trabalho em rede e coordenaccedilatildeo de todos profissionais Os jovens que participaram na Audiccedilatildeo do Parlamento Europeu organizada pela Agecircncia em 2011 referiram

O ponto de partida para a educaccedilatildeo inclusiva eacute a sensibilizaccedilatildeo e a formaccedilatildeo dprofessores hellip Os professores devem compreender o que cada aluno precisa e dar-lhe oportunidade de atingir os objetivos com sucesso Todos temos talentos juntos construiacutemos uma melhor comunidade de trabalho (Agecircncia Europeia 2012a paacuteg 12)

e

Formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo

Uma formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo adequada dos professores e outros profissionais eacute considerada um fator-chave para praacuteticas inclusivas bem-sucedidas O relatoacuterio da Agecircncia Princiacutepios-chave para a Promoccedilatildeo da Qualidade em Educaccedilatildeo Inclusiva Recomendaccedilotildees para a praacutetica frisa que

Todos os professores devem ter competecircncias para responder agraves diversas necessidades de todos os alunos Na formaccedilatildeo inicial e contiacutenua os professores devem adquirir as competecircncias conhecimento e compreensatildeo que lhes permitam ter a confianccedila necessaacuteria para lidar eficazmente com as diversas necessidades dos alunos (Agecircncia Europeia 2011c paacuteg 15)

O relatoacuterio da Agecircncia Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo na Europa ndash Desafios e Oportunidades aborda a estrutura da formaccedilatildeo inicial de professores Afirma-se que

Uma das principais prioridades da formaccedilatildeo de professores hellip eacute a necessidade de rever a sua estrutura para melhorar a formaccedilatildeo de professores para a inclusatildeo e para integrar a formaccedilatildeo inicial e especializada O conhecimento sobre a mudanccedila do papel dos professores evoluiu imenso tendo sido realccedilada a necessidade de introduzir mudanccedilas significativas na forma como os professores satildeo preparados para as suas funccedilotildees e responsabilidades profissionais (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 19)

Aleacutem disso indica que

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 16

Os formadores de professores satildeo atores-chave na garantia da alta qualidade do corpo docente Muitos paiacuteses europeus natildeo tecircm ainda uma poliacutetica expliacutecita sobre as competecircncias dos formadores de professores nem sobre a forma como devem ser selecionados ou formados (ibid paacuteg 66)

O perfil dos professores inclusivos e outros profissionais

No quadro do projeto da Agecircncia Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo o Perfil de Professores Inclusivos (Agecircncia Europeia 2012b) foi desenvolvido como um guia para a conceccedilatildeo e a implementaccedilatildeo de programas de formaccedilatildeo inicial de professores (FIP) para todos professores Identifica um quadro de valores essenciais e de aacutereas de competecircncia aplicaacuteveis a qualquer programa FIP na preparaccedilatildeo de todos os professores para trabalharem em educaccedilatildeo inclusiva respondendo agrave diversidade

O quadro de valores essenciais e de aacutereas de competecircncia inclui

Valorizaccedilatildeo da diversidade ndash a diferenccedila eacute considerada um recurso e um valor para a educaccedilatildeo As aacutereas de competecircncia dentro deste valor fundamental dizem respeito a Conceccedilotildees de educaccedilatildeo inclusiva Perspetivas do professor sobre a diferenccedila dos alunos

Apoiar todos os alunos ndash os professores tecircm elevadas expectativas sobre os resultados de todos os alunos As aacutereas de competecircncia dentro deste valor essencial dizem respeito a Promoccedilatildeo da aprendizagem acadeacutemica praacutetica social e emocional de todos os alunos Metodologias de ensino eficazes em turmas heterogeacuteneas

Trabalho com outros ndash colaboraccedilatildeo e trabalho em equipa satildeo metodologias essenciais para todos os professores As aacutereas de competecircncia dentro deste valor essencial dizem respeito a Trabalho com pais e famiacutelias Trabalho com um vasto leque de profissionais de educaccedilatildeo

Desenvolvimento profissional e pessoal ndash o ensino eacute uma atividade de aprendizagem e os professores satildeo responsaacuteveis pela aprendizagem ao longo da vida As aacutereas de competecircncia dentro deste valor essencial dizem respeito a Professores como profissionais reflexivos Formaccedilatildeo inicial de professores como base para o desenvolvimento profissional contiacutenuo (ibid paacuteg 7)

Abordagens ao recrutamento

As abordagens eficazes ao recrutamento e o aumento das taxas de permanecircncia dos professores e outros profissionais satildeo indicados como fatores-chave numa seacuterie de projetos da Agecircncia O relatoacuterio da Agecircncia Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo na Europa ndash Desafios e Oportunidades realccedila que

Colocar a teoria em praacutetica 17

Devem ser encontradas estrateacutegias efetivas para melhorar o recrutamento dos candidatos a professores para aumentar as taxas de permanecircncia a par de medidas destinadas a aumentar o nuacutemero de professores de diferentes origens e incluindo professores com deficiecircncia (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 75)

O relatoacuterio do projeto refere que

Uma minoria de paiacuteses tem testes para selecionar o acesso agrave docecircncia Contudo a investigaccedilatildeo recentemente levada a cabo para efeitos da Revisatildeo da Formaccedilatildeo de Professores na Escoacutecia (Menter e colegas 2010) realccedila evidecircncias que mostram que haacute muitas dimensotildees do ensino efetivo que natildeo satildeo fidedignamente preditiacuteveis por testes de capacidade acadeacutemica Esta conclusatildeo estaacute em concordacircncia com a revisatildeo da literatura deste projeto e com os relatoacuterios dos paiacuteses que realccedilam a importacircncia das atitudes valores e crenccedilas no desenvolvimento de praacuteticas inclusivas Tanto as atitudes valores e crenccedilas como as disposiccedilotildees que apoiam o desenvolvimento das requeridascompetecircncias satildeo difiacuteceis de apurar mesmo atraveacutes de uma entrevista Eacute necessaacuteria mais investigaccedilatildeo para encontrar indicadores eficazes para a seleccedilatildeo de candidatos (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 21)

Atitudes positivas

As atitudes positivas dos professores e outros profissionais satildeo indicadas como um elemento-chave na educaccedilatildeo inclusiva na maioria dos projetos da Agecircncia O relatoacuterio da Agecircncia Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula constata que

Obviamente que a inclusatildeo depende largamente da atitude dos professores face aos alunos com necessidades especiais das suas perceccedilotildees sobre as diferenccedilas na sala de aula e da sua vontade de lidar eficazmente com essas diferenccedilas A atitude dos professores foi indicada como um fator decisivo na construccedilatildeo de escolas mais inclusivas (Agecircncia Europeia 2003 paacuteg 12)

Do mesmo modo o relatoacuterio da Agecircncia designado Princiacutepios-Chave para a Promoccedilatildeo da Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva ndash Recomendaccedilotildees para a praacutetica realccedila a importacircncia das atitudes positivas Afirma-se que

Todos os professores devem ter atitudes positivas em relaccedilatildeo a todos os alunos e disponibilidade para trabalhar em colaboraccedilatildeo com os colegas Todos os professores devem entender a diversidade como uma forccedila e um estiacutemulo para sua proacutepria aprendizagem (Agecircncia Europeia 2011c paacuteg 14)

O relatoacuterio da Agecircncia Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos Questotildeesshychave para Poliacuteticas e Praacuteticas indica que

As atitudes dos professores de turma face ao processo de avaliaccedilatildeo inclusiva satildeo cruciais As atitudes positivas podem ser fomentadas atraveacutes de formaccedilatildeo

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 18

apoio e recursos apropriados e de experiecircncias de inclusatildeo bem sucedidas Os professores necessitam de experiecircncias bem sucedidas para os ajudar a desenvolver as necessaacuterias atitudes positivas (Watkins 2007 paacuteg 53)

Trabalho em rede e coordenaccedilatildeo

Todos os relatoacuterios da Agecircncia referem o papel eficaz da colaboraccedilatildeo e coordenaccedilatildeo dos profissionais e do trabalho em rede com serviccedilos comunitaacuterios interdisciplinares Um exemplo digno de nota eacute o relatoacuterio da Agecircncia Formaccedilatildeo de professores para a Inclusatildeo Perfil de Professores Inclusivos (TE4I) no qual se realccedila que

A implementaccedilatildeo da educaccedilatildeo inclusiva deve ser vista como uma tarefa coletiva com funccedilotildees e responsabilidades atribuiacutedas aos diferentes intervenientes O apoio aos professores de turma inclui o acesso a estruturas que facilitam a comunicaccedilatildeo e o trabalho de equipa com diferentes profissionais (incluindo aqueles que trabalham em instituiccedilotildees de ensino superior) bem como oportunidades para o desenvolvimento profissional (Agecircncia Europeia 2012b paacuteg 24)

Na publicaccedilatildeo da Agecircncia Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula nos 2ordm e 3ordm Ciclos de Ensino Baacutesico as questotildees do ensino cooperativo e da resoluccedilatildeo cooperativa de problemas satildeo apresentadas como fatores-chave para uma praacutetica inclusiva eficaz O projeto afirma que laquoOs professores precisam do apoio dos colegas da escola e de ser capazes de colaborar com eles Necessitam igualmente do apoio e da colaboraccedilatildeo de profissionais exteriores agrave escolaraquo (Agecircncia Europeia 2005 paacuteg 5)

Para concluir

A educaccedilatildeo inclusiva implica uma alteraccedilatildeo sisteacutemica que exige uma transformaccedilatildeo quanto ao modo como os professores e outros profissionais do ensino satildeo formados natildeo apenas em termos de competecircncias mas tambeacutem de valores eacuteticos

Os principais aspetos relacionados com os profissionais altamente qualificados podem ser resumidos numa seacuterie de indicadores na aacuterea da legislaccedilatildeo para a educaccedilatildeo inclusiva desenvolvidos e apresentados no projeto da Agecircncia Desenvolvimento de um conjunto de indicadores ndash para a educaccedilatildeo inclusiva na Europa

Programas de formaccedilatildeo inicial e contiacutenua de professores incluem conteuacutedos sobre a educaccedilatildeo especial e a inclusatildeo Professores e outros profissionais satildeo apoiados para desenvolverem os seus conhecimentos competecircncias e atitudes relativas agrave inclusatildeo de forma a

Colocar a teoria em praacutetica 19

estarem preparados para responder agraves necessidades de todos os alunos no ensino regular

Disponibilizaccedilatildeo de cursos e oportunidades para a melhoria do desenvolvimento profissional dos professores

Os professores planificam ensinam e reavaliam em parceria

Recursos satildeo disponibilizados para o adequado desenvolvimento profissional relacionados com a resposta agraves necessidades especiais em educaccedilatildeo inclusiva (Kyriazopoulou e Weber 2009 paacuteg 29)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 20

SISTEMAS DE APOIO E MECANISMOS DE FINANCIAMENTO

Introduccedilatildeo

Em novembro de 2011 a Agecircncia Europeia acolheu uma Audiccedilatildeo no Parlamento Europeu em Bruxelas Participaram oitenta e oito jovens com e sem necessidades educativas especiais eou incapacidades do ensino secundaacuterio e da formaccedilatildeo vocacional para debaterem o significado da educaccedilatildeo inclusiva para eles Alguns dos resultados estatildeo diretamente relacionados com questotildees de recursos e financiamento laquoA educaccedilatildeo inclusiva requer recursos adicionais como tempo e dinheiro mas cada aluno deve ter a educaccedilatildeo que querraquo (Agecircncia Europeia 2012a paacuteg 13)

O acesso fiacutesico dos edifiacutecios eacute importante (elevadores portas automaacuteticas interruptores acessiacuteveis etc) hellip No caso dos testes eacute necessaacuterio tempo extra hellip Satildeo necessaacuterios sistemas internos de apoio para os alunos com deficiecircncias (ibid paacuteg 28ndash29)

Eacute bom ter apoio de pessoas de fora da equipa da escola que possam atuar como mediadores para os alunos com necessidades especiais Havia professores que natildeo queriam cooperar no trabalho de educaccedilatildeo inclusiva para mim e para outros os professores devem aceitar todos nas suas salas de aula (ibid paacuteg 20)

Os cortes do governo estatildeo a ter impacto no apoio ndash pessoas como os mediadores estatildeo a perder os seus empregos O dinheiro estaacute a ir para as escolas mas eacute tatildeo disfuncional que significa que os professores laquonormaisraquo tecircm de prestar o apoio e eles natildeo satildeo capazes (ibid paacuteg 28)

A educaccedilatildeo inclusiva eacute muitas vezes referida como dispendiosa mas ao tentar poupar vamos acabar por pagar mais para lidar com os problemas hellip Mesmo que um paiacutes natildeo tenha muitos recursos a educaccedilatildeo inclusiva precisa de ser posta em praacutetica A educaccedilatildeo inclusiva eacute um investimento temos de investir nas pessoas (ibid paacuteg 25)

Sistemas de apoio e mecanismos de financiamento Os sistemas de apoio e mecanismos de financiamento englobam todos os niacuteveis de aprendizagem e por conseguinte abordam diversas questotildees Aleacutem disso limitar a questatildeo apenas ao campo educativo seria insuficiente

As crianccedilas e os jovens natildeo teratildeo sucesso na aprendizagem se a sua sauacutede baacutesica e as suas necessidades sociais e emocionais natildeo forem atendidas Isto pode exigir apoio para as famiacutelias e as comunidades sendo necessaacuteria a

Colocar a teoria em praacutetica 21

colaboraccedilatildeo com os serviccedilos de sauacutede e de seguranccedila social que garanta uma intervenccedilatildeo holiacutestica (Agecircncia Europeia 2011c paacuteg 17ndash18)

Existe a consciencializaccedilatildeo disseminada de que a criaccedilatildeo de poliacuteticas com base em evidecircncias eacute essencial para o desenvolvimento a longo prazo dos sistemas de educaccedilatildeo inclusiva Tal foi reconhecido no trabalho da Agecircncia logo em 1999 no acircmbito do relatoacuterio Financing of Special Needs Education [Financiamento da Educaccedilatildeo Especial] onde se defendia que

os procedimentos de avaliaccedilatildeo e monitorizaccedilatildeo nos paiacuteses podem tambeacutem ser melhorados no quadro do ensino especial Em primeiro lugar eacute importante garantir e incentivar um dispecircndio eficiente e eficaz dos fundos puacuteblicos Em segundo lugar parece ser necessaacuterio mostrar claramente aos clientes dos sistemas educativos (alunos com necessidades especiais e os seus pais) que a qualidade da educaccedilatildeo no ambiente regular (incluindo todas as instalaccedilotildees adicionais e apoio) eacute suficientemente elevada (Agecircncia Europeia 1999 paacuteg 158)

Os temas do financiamento e dos recursos foram abordados em diversos outros projetos da Agecircncia Assim as afirmaccedilotildees e os resultados que se seguem lanccedilam alguma luz sobre estas duas questotildees de pontos de vista diferentes na sequecircncia de projetos distintos levados a cabo pela Agecircncia

Intervenccedilatildeo Precoce na Infacircncia (IPI) laquoA tendecircncia comum na Europa eacute a prestaccedilatildeo de serviccedilos de IPI localizados e prestados tatildeo perto quanto possiacutevel da crianccedila e da famiacuteliaraquo (Agecircncia Europeia 2010 paacuteg 18) por exemplo no municiacutepio

Os recursos e serviccedilos de IPI devem abranger todas as famiacutelias e crianccedilas em idades precoces que deles necessitem independentemente da sua condiccedilatildeo socioeconoacutemica hellip Isto implica que os fundos puacuteblicos devem cobrir todos os custos relativos agrave IPI atraveacutes de serviccedilos puacuteblicos companhias de seguros organizaccedilotildees sem fins lucrativos etc preenchendo os padrotildees de qualidade exigidos na respetiva legislaccedilatildeo nacional para a IPI (ibid paacuteg 22) O financiamento puacuteblico para os serviccedilos de IPI geralmente vem do governo central eou federal ou dos orccedilamentos regionais eou locais Na maioria dos casos o financiamento da IPI eacute uma combinaccedilatildeo dos trecircs niacuteveis da administraccedilatildeo acima mencionados planos de seguro de sauacutede e de recursos de organizaccedilotildees sem fins lucrativos (ibid paacuteg 23)

As recomendaccedilotildees para melhorar a coordenaccedilatildeo dos serviccedilos e dos recursos da IPI incluem entre outras as seguintes

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 22

A IPI eacute muitas vezes uma aacuterea de trabalho interserviccedilos mas tambeacutem uma aacuterea interdisciplinar Os decisores poliacuteticos precisam de reconhecer isso garantindo que as poliacuteticas e as orientaccedilotildees sejam desenvolvidas conjuntamente pelos setores da sauacutede da educaccedilatildeo e da seguranccedila social e que qualquer orientaccedilatildeo escrita para os serviccedilos regionais e locais inclui os logotipos de todos os departamentos Somente desta forma o trabalho integrado seraacute filtrado aos niacuteveis regional e local (ibid paacuteg 42ndash43)

Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula

A existecircncia de diferentes modelos de gestatildeo da diferenccedila na sala de aula depende natildeo soacute de fatores ligados ao professor mas tambeacutem da forma como a escola organiza os recursos e de outros fatores externos

Esta afirmaccedilatildeo foi incluiacuteda no relatoacuterio da Agecircncia sobre Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula (Agecircncia Europeia 2003 paacuteg 8)

Eacute claro que a resposta aos alunos com necessidades educativas especiais natildeo eacute apenas uma questatildeo de recursos a niacutevel da sala de aula Importa reconhecer que a organizaccedilatildeo da escola determina igualmente a quantidade e o tipo dos recursos que os professores podem usar no ensino de alunos com NEE (ibid paacuteg 14ndash15)

A organizaccedilatildeo dos recursos no seio da escola deve corresponder ao princiacutepio da flexibilidadehellip as escolas devem ter liberdade para a utilizaccedilatildeo dos recursos financeiros de acordo com os seus proacuteprios desejos e perspetivas Deve evitarshyse a burocracia estando os recursos disponiacuteveis para todos os alunos com ou sem NEE sempre que necessaacuterio ou quando o professor assim o desejar (ibid paacuteg 16)

laquoO financiamento e respetivos incentivos desempenham um papel decisivoraquo (ibid paacuteg 17)

O modelo de financiamento baseado na avaliaccedilatildeo dos resultados (a niacutevel regional) parece ser a opccedilatildeo melhor sucedida Neste modelo os orccedilamentos destinados agraves necessidades educativas especiais satildeo atribuiacutedos pelo serviccedilo central agraves instituiccedilotildees regionais ou locais (comunidades agrupamentos de escolas) As decisotildees relativas ao financiamento e elegibilidade devem ser tomadas a niacutevel regionalhellip Um modelo descentralizado pode ser mais rentaacutevel e limitar os riscos de ver emergir formas indesejaacuteveis de comportamentosestrateacutegicos Eacute no entanto evidente que o governo central deve indicar claramente os objetivos a atingir (ibid paacuteg 18)

Colocar a teoria em praacutetica 23

Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional (EFP) A implementaccedilatildeo dos programas de EFP segue o planeamento a longo prazo no setor da educaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo com os parceiros sociais

Existe um foco no estabelecimento de ligaccedilotildees mais proacuteximas hellip para desenvolver os curriacuteculos dos programas de formaccedilatildeo profissional e para corresponder agraves abordagens e conteuacutedos educativos com as competecircncias necessaacuterias na vida laboral hellip atraveacutes da organizaccedilatildeo e realizaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo de competecircncias colaboraccedilatildeo no estabelecimento de conteuacutedos de novas qualificaccedilotildees normas e curriacuteculos e correspondecircncia dos programas de EFP com as necessidades da economia (Agecircncia Europeia 2014 paacuteg 23) A niacutevel individual os alunos com necessidades educativas especiais recebem assistecircncia educativa (por exemplo tecnologia de apoio inteacuterpretes de liacutengua gestual materiais de aprendizagem de elaboraccedilatildeo especial escribas ou outras formas de assistecircncia praacutetica) especial para tornar os curriacuteculos de EFP acessiacuteveis (ibid paacuteg 15)

Os niacuteveis regionais (ou seja condados freguesias municiacutepios proviacutencias federais) satildeo fundamentais para garantir o melhor ajuste entre os objetivos educativos e as necessidades do mercado de trabalho Os conselhos consultivos regionais desempenham um papel ativo na atualizaccedilatildeo da estrutura dos programas educativos no acircmbito da sua responsabilidade regional e em cooperaccedilatildeo com os parceiros sociais Desempenham um papel importante na possibilidade de flexibilizaccedilatildeo dos percursos dos alunos

As instituiccedilotildees de EFP satildeo lideradas por diferentes agecircncias nos paiacuteses europeus tais como autoridades locais organizaccedilotildees natildeo governamentais setor privado etc Nos paiacuteses europeus analisados as principais responsabilidades pelo financiamento cabem agraves entidades estatais e governamentais a niacutevel regional ou municipal Aleacutem disso na maioria dos paiacuteses os criteacuterios de financiamento satildeo diferentes dependendo do tipo de propriedade (puacuteblicaprivada) vigente no paiacutes Outras medidas destinadas a promover o emprego entre os alunos com NEE satildeo o pagamento do custo do serviccedilo de emprego apoiado a isenccedilatildeo do pagamento de pensatildeo e seguro de invalidez uma recompensa para casos em que a quota eacute ultrapassada ajudas financeiras aos trabalhadores com incapacidades que se estabelecem como empresaacuterios reduccedilatildeo nos pagamentos agrave seguranccedila social reduccedilatildeo de impostos pelo emprego de jovens alunos com NEE ou preacutemios anuais por boas praacuteticas Existem tambeacutem programas que permitem que os alunos entrem no mercado de trabalho mantendo uma percentagem do seu subsiacutedio social de origem (por exemplo subsiacutedio de invalidez) que natildeo estaacute sujeito agrave tributaccedilatildeo ou cobertura social Os funcionaacuterios tambeacutem seriam autorizados a manter laquobenefiacutecios

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 24

secundaacuteriosraquo (por exemplo subsiacutedio para combustiacutevel cartatildeo meacutedico) durante um determinado periacuteodo de tempo

Tecnologias de Informaccedilatildeo e Comunicaccedilatildeo (TIC)

Sem duacutevida as TIC acessiacuteveis podem atuar como um facilitador para a igualdade de participaccedilatildeo em atividades educativas para diversos alunos com NEE Os estudantes com SEN destacaram a importacircncia das TIC durante a Audiccedilatildeo do Parlamento Europeu em 2011

No nosso paiacutes existe uma organizaccedilatildeo que fornece materiais especiais e tecnologias de informaccedilatildeo A escola pode pedir as ajudas teacutecnicas a essa organizaccedilatildeo e os alunos podem levaacute-las para casa Quando deixam de precisar dessas ajudas teacutecnicas estas podem ser usadas por outros alunos nas mesmasou noutras escolas Eacute muito importante ter ajudas teacutecnicas e apoio (Agecircncia Europeia 2012a paacuteg 14)

Poreacutem

O facto de o impulso para a equidade na educaccedilatildeo atraveacutes do apoio de TIC acessiacuteveis estar a ser ofuscado por desenvolvimentos econoacutemicos negativos reforccedila a ideia de que as poliacuteticas europeias e internacionais globais devem continuar a assumir uma lideranccedila estaacutevel neste campo (Agecircncia Europeia 2013 paacuteg 24)

Neste contexto a aquisiccedilatildeo pode ser considerada um mecanismo de financiamento se a acessibilidade for um preacute-requisito incorporado A acessibilidade deve ser um princiacutepio orientador para a aquisiccedilatildeo de todos os bens e serviccedilos

O acesso a TIC apropriadas em diferentes contextos de aprendizagem ao longo da vida ndash incluindo em casa ndash requer muitas vezes a contribuiccedilatildeo de profissionais de diferentes aacutereas hellip Isto envolve a coordenaccedilatildeo entre indiviacuteduos serviccedilos e muitas vezes poliacuteticas para diferentes setores de trabalho Tambeacutem envolve abordagens flexiacuteveis para o financiamento das TIC com possibilidades de tomada de decisotildees a niacutevel local quanto agraves despesas relacionadas com as necessidades identificadas localmente (Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO e Agecircncia Europeia 2011 paacuteg 88)

Para concluir

Eacute necessaacuterio considerar quatro requisitos no que diz respeito aos sistemas de financiamento para garantir que estes sistemas sustentam totalmente os objetivos da poliacutetica educativa

Colocar a teoria em praacutetica 25

A poliacutetica de financiamento apoia totalmente a educaccedilatildeo inclusiva Isto inclui o desenvolvimento de poliacuteticas fiscais que criem incentivos ao inveacutes de desincentivos agrave oferta de colocaccedilotildees e de serviccedilos de inclusatildeo Embora exista uma seacuterie de bases alternativas para financiar alunos com NEE o financiamento per capita parece ser o mais promissor para satisfazer o requisito estabelecido

A poliacutetica de financiamento baseia-se totalmente nas necessidades educativas Os montantes individuais de financiamento per capita podem ser determinados atraveacutes de anaacutelises de custos que mostram os custos relativos de disponibilizar aos alunos condiccedilotildees especiais selecionadas

A poliacutetica de financiamento facilita totalmente respostas flexiacuteveis eficazes e eficientes agraves necessidades Em vez de financiar ou fornecer recursos especiacuteficos por exemplo tipos preacute-determinados de pessoal equipamentos ou instalaccedilotildees o financiamento per capita aloca recursos monetaacuterios promovendo a flexibilidade no uso local

A poliacutetica de financiamento promove totalmente o apoio de serviccedilos relacionados e a necessaacuteria colaboraccedilatildeo intersectorial

Em geral as estruturas de incentivo devem assegurar a disponibilizaccedilatildeo de mais fundos se uma crianccedila for colocada num contexto inclusivo sendo necessaacuteria uma maior ecircnfase nos resultados (natildeo apenas acadeacutemicos)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 26

DADOS FIAacuteVEIS

Introduccedilatildeo

A Convenccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiecircncia (CDPD) bem como a Estrateacutegia Europeia para a Deficiecircncia 2010ndash2020 e o quadro estrateacutegico Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo 2020 relativo agrave equidade na educaccedilatildeo satildeo impulsionadores-chave para a educaccedilatildeo inclusiva nos paiacuteses A CDPD da ONU apela aos Estados Partes para

hellip recolher informaccedilatildeo apropriada incluindo dados estatiacutesticos e de investigaccedilatildeo que lhes permitam formular e implementar poliacuteticas que visem dar efeito agrave presente Convenccedilatildeo (Naccedilotildees Unidas 2006 Artigo 31ordm)

e hellip Os Estados Partes devem em conformidade com os seus sistemas juriacutedico e administrativo manter fortalecer nomear ou estabelecer a niacutevel interno uma estrutura que inclua um ou mais mecanismos independentes conforme apropriado com vista a promover proteger e monitorizar a implementaccedilatildeo da presente Convenccedilatildeo (ibid Artigo 33ordm)

Existe a consciencializaccedilatildeo disseminada de que a criaccedilatildeo de poliacuteticas com base em evidecircncias eacute essencial para o desenvolvimento a longo prazo dos sistemas de educaccedilatildeo inclusiva Decisores poliacuteticos especialistas em estatiacutestica e investigadores reconhecem a necessidade de uma recolha de dados a niacutevel nacional que natildeo soacute responda agraves exigecircncias das orientaccedilotildees poliacuteticas internacionais mas que tambeacutem obedeccedila a uma abordagem comum que promova uma sinergia de esforccedilos a niacutevel nacional e internacional O trabalho da Agecircncia demonstrou que existem apelos para a disponibilizaccedilatildeo de ampla informaccedilatildeo para os decisores poliacuteticos e para a adoccedilatildeo pelas diferentes organizaccedilotildees tanto a niacutevel nacional como europeu de uma variedade de abordagens complementares para a recolha de dados Poreacutem embora a necessidade de tais dados seja clara os melhores meacutetodos e procedimentos de recolha e anaacutelise dos mesmos satildeo muito menos claros

Em resultado do trabalho da Agecircncia ndash mais especificamente das atividades dos projetos Desenvolvimento de um conjunto de indicadores ndash para a educaccedilatildeo inclusiva na Europa (Kyriazopoulou e Weber 2009) e Mapeamento da Implementaccedilatildeo de Poliacuteticas para a Educaccedilatildeo Inclusiva (MIPIE) (Agecircncia Europeia 2011a) ndash emergem cinco requisitos-chave de poliacuteticas relativos agrave recolha de dados no que concerne agrave necessidade de evidecircncias sobre a educaccedilatildeo inclusiva a niacutevel nacional

bull necessidade de recolha de dados nacionais ancorada nos acordos internacionais e europeus

Colocar a teoria em praacutetica 27

bull necessidade de compreender o impacto das diferenccedilas nos sistemas educativos dos paiacuteses

bull necessidade de analisar a efetividade da educaccedilatildeo inclusiva

bull necessidade de recolha de dados que forneccedila evidecircncias sobre a garantia de qualidade e

bull necessidade de acompanhar o progresso dos alunos a longo prazo Os decisores poliacuteticos precisam de dados qualitativos e quantitativos que os informem sobre a qualidade da educaccedilatildeo prestada aos alunos com necessidades educativas especiais Estas mensagens principais refletem uma recomendaccedilatildeo central do Relatoacuterio Mundial sobre Deficiecircncia (Organizaccedilatildeo Mundial de SauacutedeBanco Mundial 2011) a necessidade de os paiacuteses desenvolverem os sistemas de recolha de dados quantitativos existentes e de simultaneamente realizarem investigaccedilotildees qualitativas aprofundadas e especiacuteficas sobre o custoshyeficaacutecia e sobre outras questotildees relacionadas com a garantia da qualidade

O projeto MIPIE apela ao desenvolvimento de um quadro comum para a recolha de dados construiacutedo com base nos procedimentos nacionais existentes e nos acordos internacionais sobre recolha de dados e procedimentos hellip Podem ser identificadas trecircs dimensotildees para uma estrutura comum

- A mudanccedila para um sistema de recolha de dados baseado em conceitos e definiccedilotildees comuns

- A recolha de evidecircncias que conduzam a niacuteveis de referecircncia quantitativos e qualitativos

- O uso de uma estrutura multiniacutevel para analisar as poliacuteticas a niacuteveis nacional e internacional (Agecircncia Europeia 2011a paacuteg 11)

Uma tal abordagem eacute necessaacuteria para apoiar os paiacuteses no desenvolvimento de uma laquorecolha de dados que permita monitorizar os direitos dos alunos bem como para monitorizarem a eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusivaraquo (ibid)

Monitorizaccedilatildeo dos direitos dos alunos

No acircmbito de uma estrutura abrangente para o mapeamento das questotildees relacionadas com os direitos devem ser identificados indicadores quantitativos e qualitativos referentes a diversos fatores

(i) Participaccedilatildeo na educaccedilatildeo e formaccedilatildeo

O relatoacuterio da Agecircncia sobre a Intervenccedilatildeo precoce na infacircncia sugere que

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 28

Os decisores poliacuteticos devem ter mecanismos para avaliar a solicitaccedilatildeo de serviccedilos de IPI e mecanismos eficazes que verifiquem se a prestaccedilatildeo de serviccedilos responde ao solicitado para se poder planear a melhoria do serviccedilo Deve ser desenvolvida uma forma sistemaacutetica de recolha e de monitorizaccedilatildeo de dados fiaacuteveis a niacutevel nacional (Agecircncia Europeia 2010 paacuteg 40)

No relatoacuterio Participaccedilatildeo na Educaccedilatildeo Inclusiva afirma-se que Embora os governos nacionais e locais jaacute recolham dados importantes sobre a educaccedilatildeo pouco se sabe sobre a participaccedilatildeo hellip Atualmente a maior parte dos dados recolhidos para fins de monitorizaccedilatildeo satildeo dados estatiacutesticos sobre a inscriccedilatildeo e a conclusatildeo da escolaridade hellip Poucos paiacuteses tecircm meacutetodos sistemaacuteticos de recolha anaacutelise e interpretaccedilatildeo de dados qualitativos sobre a participaccedilatildeo a niacutevel individual em sala de aula e na escola embora os relatoacuterios escolares de autorrevisatildeo e de inspeccedilatildeo respondam muitas vezes a questotildees de participaccedilatildeo e inclusatildeo (Agecircncia Europeia 2011d paacuteg 19)

Este relatoacuterio tambeacutem destaca alguns dos perigos potenciais associados agrave recolha de dados em relaccedilatildeo agrave participaccedilatildeo

hellip estruturas criadas para acompanhar as crianccedilas com necessidades educativas especiais podem funcionar como barreiras agrave sua participaccedilatildeo e sucesso marcando estas crianccedilas como diferentes Uma consequecircncia natildeo intencional de categorizar algumas crianccedilas para monitorizar a sua participaccedilatildeo pode gerar um paradoxo o que resulta na celebraccedilatildeo de acordos separados para a sua educaccedilatildeo (ibid paacuteg 17ndash18)

(ii) Acesso ao apoio e agrave adaptaccedilatildeo

Trecircs estudos da Agecircncia consideraram diferentes aspetos de apoio para os alunos com NEE A revisatildeo da literatura do projeto Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional cita Redley (2009)

Natildeo existem dados nacionais fiaacuteveis sobre o nuacutemero de organizaccedilotildees que oferecem emprego apoiado ou o nuacutemero de pessoas com dificuldades de aprendizagem empregadas nelas e o governo natildeo participa neste processo (Agecircncia Europeia 2012f paacuteg 41)

O estudo conjunto da Agecircncia realizado com o Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO que analisa o uso das TIC na educaccedilatildeo das pessoas com incapacidades defende que

Tanto em relaccedilatildeo agrave Convenccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas (2006) como em relaccedilatildeo agrave poliacutetica regional (ou seja europeia) e nacional haacute uma necessidade de informaccedilatildeo mais detalhada ligada agrave monitorizaccedilatildeo de indicadores e benchmarks qualitativos e quantitativos sobre as TIC na educaccedilatildeo para pessoas

Colocar a teoria em praacutetica 29

com incapacidades (Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO e Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011 paacuteg 93)

Em relaccedilatildeo agrave acessibilidade da informaccedilatildeo para a aprendizagem as recomendaccedilotildees do projeto i-access da Agecircncia defendem que

A conformidade [acessibilidade] agrave poliacutetica deve ser sistematicamente monitorizada A monitorizaccedilatildeo da conformidade soacute pode ser incentivada nomomento presente mas deve ser alargada hellip Eacute necessaacuterio recolher dados quantitativos e qualitativos sistemaacuteticos o que deve tambeacutem envolver os utilizadores finais de informaccedilatildeo acessiacutevel Poreacutem a monitorizaccedilatildeo do progresso natildeo se pode limitar a afericcedilatildeo numeacuterica mas deve incluir a possibilidade de recolher exemplos de boas praacuteticas que poderiam servir de modelo para outros paiacuteses e organizaccedilotildees (Agecircncia Europeia 2012e paacuteg 40ndash 41)

(iii) Oportunidades para o sucesso na aprendizagem e na transiccedilatildeo Dois grandes projetos da Agecircncia tiveram em linha de conta a transiccedilatildeo da escola para o emprego Ambos apontam para a falta de dados fiaacuteveis neste campo O projeto Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego sugeriu que

Os dados nacionais dos paiacuteses apenas incluem pessoas registadas como desempregadas mas uma alta percentagem de pessoas com necessidades especiais natildeo estaacute registada ndash elas natildeo tecircm sequer a oportunidade de conseguir o primeiro emprego (Agecircncia Europeia 2002a paacuteg 2)

O estudo de acompanhamento (Agecircncia Europeia 2006) natildeo refere quaisquer desenvolvimentos nesta aacuterea

(iv) Oportunidades de integraccedilatildeo

O estudo da Agecircncia com foco na diversidade multicultural destaca a falta de dados em relaccedilatildeo a um fator importante de integraccedilatildeo ndash antecedente de imigraccedilatildeo dos alunos com NEE

Muitos paiacuteses envolvidos no projeto referiram que natildeo existem dados atualizados sobre os alunos com NEE e de origem imigrante Diversas agecircncias governamentais tecircm responsabilidades diferentes e natildeo haacute coordenaccedilatildeo na recolha de dados Haacute outras razotildees para a falta de dados Alguns paiacuteses natildeo tecircm estatiacutesticas oficiais sobre a origem das pessoas para aleacutem do paiacutes de nascimento uma vez que eacute proibido o tratamento de dados pessoais que identifiquem a raccedila a origem eacutetnica a incapacidade ou crenccedila religiosa Em outros paiacuteses natildeo haacute recolha sistemaacutetica de dados relativos a alunos com NEE

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 30

ou a alunos com NEE e de origem imigrante a niacutevel nacional ou local (Agecircncia Europeia 2009a paacuteg 30)

Monitorizaccedilatildeo da eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusiva

Dados que examinam a eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusiva tecircm em conta questotildees de custo-eficaacutecia bem como diversas aacutereas relacionadas com as experiecircncias de educaccedilatildeo dos alunos procedimentos de avaliaccedilatildeo inicial o envolvimento contiacutenuo dos alunos e das suas famiacutelias em experiecircncias educativas e a eficaacutecia de ambientes de aprendizagem na superaccedilatildeo das barreiras e apoio de experiecircncias de aprendizagem significativas para todos os alunos

O estudo da Agecircncia relativo ao Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos realccedila que eacute necessaacuterio apoiar as escolas com

hellip aconselhamento sobre como pode ser usada a informaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo ndash particularmente a da avaliaccedilatildeo estandardizada recolhida para fins de monitorizaccedilatildeo nacional ndash para melhorar as praacuteticas com todos os alunos incluindo os que apresentam NEE (Watkins 2007 paacuteg 60)

O relatoacuterio designado Elevar o Sucesso de Todos os Alunos defende que

Para avanccedilar para uma maior equidade na educaccedilatildeo satildeo necessaacuterios indicadores de sucesso adequados agrave comunidade local focalizados no input recursos processos e outputresultados Embora a informaccedilatildeo (incluindo dados) deva ser usada para direcionar o apoio e acompanhar o sucesso de poliacuteticas e praacuteticas inclusivas eacute necessaacuterio cuidado para que os sistemas de responsabilidade natildeo causem inadvertidamente alteraccedilotildees inadequadas (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 22)

Este estudo destaca potenciais dificuldades inerentes

No clima atual o desenvolvimento de mecanismos de responsabilidade adequados e de formas de medir o sucesso valorizado e monitorizar a equidade apresentam muitos desafios Apesar da procura de dados concretos Fullan (2011) adverte que laquoas estatiacutesticas satildeo um servo maravilhoso mas um mestre terriacutevelraquo (paacuteg 127) e Hargreaves e Shirley (2009) enfatizam a necessidade de colocar a responsabilidade antes da prestaccedilatildeo de contas Sugerem que a prestaccedilatildeo de contas deve laquoservir de consciecircncia por meio de amostragemraquo e que deve ser realizado um ataque laquoaos excessos de padronizaccedilatildeo testada que negam a diversidade e destroem a criatividaderaquo (paacuteg 109) (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 22)

Dentro do projeto MIPIE argumentou-se que a monitorizaccedilatildeo da eficaacutecia dos sistemas de educaccedilatildeo inclusiva tambeacutem incluiria uma anaacutelise da eficaacutecia da formaccedilatildeo de professores (Agecircncia Europeia 2011a) O relatoacuterio do projeto TE4I

Colocar a teoria em praacutetica 31

destaca uma seacuterie de questotildees relacionadas com a disponibilidade de dados nesta aacuterea Relativamente agrave representaccedilatildeo de professores de grupos minoritaacuterios

A maior parte dos paiacuteses que natildeo recolhe dados refere curiosamente uma subshyrepresentaccedilatildeo de pessoas com deficiecircncia e pertencentes a grupos minoritaacuterios entre os professores estagiaacuterios e os professores diplomados e a situaccedilatildeo parece ser idecircntica entre os formadores de professores (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 22)

O relatoacuterio tambeacutem indica a necessidade de dados que levam a mudanccedilas com base em evidecircncias

A falta de investigaccedilatildeo em larga escala e de investigaccedilatildeo cumulativa bem como de evidecircncia empiacuterica na formaccedilatildeo de professores para a inclusatildeo foi referida pela OCDE (2010) hellip esta investigaccedilatildeo poderaacute garantir a existecircncia dum corpo de evidecircncias que possam dar forma agrave mudanccedila No presente relatoacuterio os exemplos realccedilam algumas questotildees-chave da pesquisa incluindo

- A eficaacutecia de diferentes rotas no ensino - Abordagens agrave formaccedilatildeo de professores e ao curriacuteculo da FIP e

- O papel dos cursos separados integrados e unificados e a melhor maneira de passar dum curso contiacutenuo para um uacutenico curso de formaccedilatildeo de professores que prepare todos os professores para a diversidade (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 68)

O projeto MIPIE defende que

A niacutevel da escola a recolha de dados deve

- Fornecer informaccedilatildeo que permitam aos professores e funcionaacuterios da escola planear e prestar o apoio e os recursos adequados

- Fornecer ideias claras sobre a participaccedilatildeo ativa dos pais e alunos no processo educativo (Agecircncia Europeia 2011a paacuteg 13)

Para que isto seja possiacutevel

Satildeo necessaacuterias sinergias a niacutevel nacional entre os principais intervenientes baseadas num claro racional para a recolha de dados considerando os dados a niacutevel nacional regional escola e sala de aula para que os dados globais do paiacutes efetivamente possam refletir a praacutetica (ibid paacuteg 14)

Para concluir a provisatildeo dos dados pode contribuir efetivamente para a elaboraccedilatildeo de poliacuteticas para a educaccedilatildeo inclusiva Haacute uma exigecircncia crescente ndash a niacutevel internacional europeu e nacional ndash para a responsabilidade e tecircm vindo a crescer comparaccedilotildees laquoentre escolasraquo e laquoentre naccedilotildeesraquo O surgimento de laquograndes dadosraquo

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 32

(meta-anaacutelises de conjuntos de dados e fontes combinadas) apresenta oportunidades mas tambeacutem desafios reais para a educaccedilatildeo inclusiva

Os apelos para a poliacutetica e alocaccedilatildeo de recursos baseada em evidecircncias reforccedilam a necessidade de dados significativos relacionados com todos os alunos Eacute necessaacuterio saber que alunos estatildeo a receber que serviccedilos quando e onde (contando todos os alunos) Tambeacutem eacute necessaacuterio ter dados sobre a qualidade dos serviccedilos e os resultados obtidos (considerando a praacutetica)

Um grande desafio para a recolha de dados estaacute em evitar classificar categorizar e rotular os alunos de modo a fornecer informaccedilatildeo sobre a provisatildeo que recebem As laquopluralidadesraquo das definiccedilotildees aplicadas a alunos e a laquopoliacuteticaraquo dos sistemas de rotulagem natildeo podem ser ignoradas nem os efeitos a que esses sistemas de rotulagem e definiccedilotildees conduzem

Fazer as perguntas certas em termos de poliacuteticas eacute o ponto de partida para a recolha de dados que servem de base significativa para as poliacuteticas

Colocar a teoria em praacutetica 33

OLHAR EM FRENTE

O primeiro objetivo da conferecircncia em novembro de 2013 foi refletir e resumir o trabalho da Agecircncia ao longo da uacuteltima deacutecada As cinco mensagens-chave descritas nos capiacutetulos anteriores destacam aspetos criacuteticos no que se refere agrave educaccedilatildeo inclusiva Baseiam-se nos resultados da anaacutelise aprofundada de temas-chave decididos pelos paiacuteses membros da Agecircncia O segundo objetivo da conferecircncia foi olhar em frente explorando a forma como o trabalho da Agecircncia pode prestar um melhor apoio aos paiacuteses membros ajudandoos a melhorar a qualidade e a eficaacutecia das suas respostas inclusivas para alunos com incapacidades eou necessidades educativas especiais A Agecircncia estaacute disposta a ajudar os paiacuteses de uma forma mais concreta com a implementaccedilatildeo dos resultados do nosso trabalho Isso significa disponibilizar recomendaccedilotildees de poliacutetica que sejam mais diretamente aplicaacuteveis aos decisores poliacuteticos para apoiar alteraccedilotildees futuras e desenvolvimentos poliacuteticos

A Agecircncia estaacute consciente de que o trabalho jaacute realizado estaacute de acordo e apoia diretamente todas as iniciativas de poliacuteticas europeias e internacionais em termos de educaccedilatildeo equidade igualdade de oportunidades e direitos para pessoas com incapacidades eou necessidades educativas especiais O trabalho da Agecircncia fornece recomendaccedilotildees claras e coerentes sobre como as poliacuteticas-chave nestas aacutereas podem ser implementadas na praacutetica A Agecircncia pretende proporcionar aos paiacuteses informaccedilatildeo sobre o progresso alcanccedilado nos objetivos propostos em termos de (a) metas de Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo para 2020 e (b) Convenccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiecircncia (2006) bem como vaacuterias diretivas e comunicaccedilotildees da Uniatildeo Europeia Eacute necessaacuteria orientaccedilatildeo sobre o modo como a educaccedilatildeo inclusiva pode ser implementada a niacutevel do professor sala de aula escola regiatildeo municiacutepio e poliacutetica nacional A Agecircncia tem capacidade para disponibilizar aos paiacuteses orientaccedilotildees sobre formas de implementaccedilatildeo da educaccedilatildeo inclusiva e como isto afeta a qualidade geral da educaccedilatildeo As discussotildees durante a conferecircncia bem como as discussotildees aprofundadas no acircmbito da Agecircncia orientaratildeo esta nova etapa no trabalho da Agecircncia

shy

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 34

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 1999 Financing of Special Needs Education ndash A seventeen-country Study of the Relationship between Financing of Special Needs Education and Inclusion [Financiamento da Educaccedilatildeo Especial ndash Um estudo de dezassete paiacuteses da Relaccedilatildeo entre o Financiamento da Educaccedilatildeo Especial e a Inclusatildeo] Middelfart Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2002a Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Princiacutepios-chave e Recomendaccedilotildees para R esponsaacuteveis Poliacuteticos Middelfart Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanagencyorgsitesdefaultfilestransition_transition_pttextpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2002b Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Principais problemas questotildees e opccedilotildees enfrentadas pelos alunos com necessidades educativas especiais em 16 paiacuteses Europeus Relatoacuterio Siacutentese Middelfart Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanagencyorgsitesdefaultfilestransition-from-school-to-employment_Transitionptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2003 Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula Relatoacuterio Siacutentese Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanagencyorgsitesdefaultfilesinclusive-education-and-classroom-practices_iecpptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2005 Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula nos 2ordm e 3ordm Ciclos do Ensino Baacutesico Relatoacuterio Siacutentese Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesinclusive-educationand-classroom-practice-in-secondary-education_iecp_secondary_ptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2006 Planos Individuais de Transiccedilatildeo Apoiar a Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesindividual-transitionplans_itp_ptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

shy

shyshy

shyshy

shy

shy

Colocar a teoria em praacutetica 35

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2009a Diversidade multicultural e necessidades especiais de educaccedilatildeo Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfilesmulticultural-diversity-and-special-needsshyeducation_Multicultural-Diversity-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2009b Princiacutepiosshychave para a Promoccedilatildeo da Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva ndash Recomendaccedilotildees para Decisores Poliacuteticos Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportskeyshyprinciples-for-promoting-quality-in-inclusive-educationkey-principles-PTpdf(Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2010 Intervenccedilatildeo Precoce na Infacircncia ndash Progressos e Desenvolvimentos 2005ndash2010 Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesearly-childhood-interventionshyprogress-and-developments_ECI-report-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011a Mapeamento da Implementaccedilatildeo de Poliacuteticas para a Educaccedilatildeo Inclusiva Uma anaacutelise dos desafios e oportunidades para o desenvolvimento de indicadores Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httphttpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesmipie_MIPIE-summaryshyof-proposals-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011b Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo na Europa ndash Desafios e Oportunidades Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfileste4i-challenges-and-opportunities_TE4I-Synthesis-Report-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011c Princiacutepios-Chave para a Promoccedilatildeo da Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva ndash Recomendaccedilotildees para Decisores Poliacuteticos Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfilesinclusive-education-and-classroom-practices_iecpshyptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011d Participation in Inclusive Education ndash A Framework for Developing Indicators [Participaccedilatildeo na Educaccedilatildeo inclusiva ndash Um Quadro para o Desenvolvimento de Indicadores] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 36

agencyorgpublicationsereportsparticipation-in-inclusive-education-a-frameworkshyfor-developing-indicatorsParticipation-in-Inclusive-Educationpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012a Perspetivas dos Jovens sobre Educaccedilatildeo Inclusiva Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfilesyoung-views-on-inclusive-education_YoungViews-2012PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012b Perfil de Professores Inclusivos Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfileste4i-profile-of-inclusive-teachers_Profile-of-InclusiveshyTeachers-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012c Raising Achievement for All Learners ndash Quality in Inclusive Education [Elevar o Sucesso de Todos os Alunos ndash Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva] Relatoacuterio sobre a conferecircncia realizada em Odense Dinamarca de 13 a 15 de junho de 2012 Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesRA4AL-conference-reportpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014) Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012d Raising Achievement for All Learners ndash Quality in Inclusive Education [Elevar o Sucesso de Todos os Alunos ndash Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httphttpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesra4al-keyshymessages_RA4AL-summary-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012e Promoting Accessible Information for Lifelong Learning Recommendations and findings of the i-access project [Promover o Acesso agrave Informaccedilatildeo para a Aprendizagem ao Longo da Vida Recomendaccedilotildees e observaccedilotildees do projeto i-access] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportsi-accessi-accessshyreportpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012f Vocational Education and Training Policy and Practice in the field of Special Needs Education ndash Literature Review [Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional (EFP) Poliacutetica e Praacutetica no campo da Educaccedilatildeo Especial ndash Revisatildeo da Literatura] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Colocar a teoria em praacutetica 37

agencyorgagency-projectsvocational-education-and-trainingvet-filesVETshyLiteratureReviewpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012g Teacher Education for Inclusion Project Recommendations linked to Sources of Evidence [Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo Recomendaccedilotildees do Projeto Ligadas a Fontes de Evidecircncias] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgagencyshyprojectsTeacher-Education-for-Inclusionsources-of-evidencepdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2013 European and International Policy Supporting ICT for Inclusion [Poliacutetica Europeia e Internacional para Uso das TIC como Apoio para a Inclusatildeo] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfileseuropean-and-internationalshypolicy-supporting-ict-for-inclusion_policy-supporting-ict-for-inclusionpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para as Necessidades Especiais e a Educaccedilatildeo Inclusiva 2014 Vocational Education and Training ndash Summary of Country Information [Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional ndash Resumo de Informaccedilatildeo do Paiacutes] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para as Necessidades Especiais e a Educaccedilatildeo Inclusiva httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesVET Summary of Country information 2014pdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Bennett S e Gallagher TL 2012 The Delivery of Education Services for Students who have an Intellectual Disability in the Province of Ontario [A prestaccedilatildeo de serviccedilos de ensino para alunos com incapacidade intelectual na proviacutencia de Ontaacuterio] Toronto Community Living Ontario

Chapman C Ainscow M Miles S e West M 2011 Leadership that promotes the achievement of students with special educational needs and disabilities [Lideranccedila que promove o sucesso de alunos com necessidades educativas especiais e incapacidades] Nottingham National College for School Leadership

Comissatildeo das Comunidades Europeias 2008 Livro Verde ndash Migraccedilatildeo e mobilidade desafios e oportunidades para os sistemas educativos da UE SEC(2008) 2173 COM20080423 final Bruxelas Comissatildeo das Comunidades Europeias

Conselho da Uniatildeo Europeia 2010 Conclusotildees do Conselho sobre a dimensatildeo social da educaccedilatildeo e da formaccedilatildeo 3013ordf Reuniatildeo do Conselho de EDUCACcedilAtildeO JUVENTUDE E CULTURA Bruxelas 11 de maio de 2010 httpeurshylexeuropaeulegal-contentPTTXTPDFuri=CELEX52010XG0526(01)ampfrom=PT(Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 38

Farrell P Dyson AS Polat F Hutcheson G e Gallannaugh F 2007 laquoSEN inclusion and pupil achievement in English schoolsraquo [Inclusatildeo de crianccedilas com NEE e sucesso dos alunos nas escolas inglesas] Journal of Research in Special Educational Needs 7 (3) 172ndash178

Frilseth L 2012 The Norwegian Model for Education for All in Upper Secondary School [O Modelo Norueguecircs para a Educaccedilatildeo para Todos no Ensino Secundaacuterio] Direccedilatildeo Norueguesa para Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo httpwwweuropeanshyagencyorgagency-projectsra4alra4al-seminar-pdfNorway-L-Frilsethpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Fullan M 2011 Change Leader Learning to do what matters most [Liacuteder de Mudanccedila aprender a fazer o que mais importa] San Francisco Jossey-Bass de Graaf G van Hove G e Haveman M 2011 laquoMore academics in regular schools The effect of regular versus special school placement on academic skills in Dutch primary school students with Down syndromeraquo [Mais acadeacutemicos nas escolas regulares O efeito da colocaccedilatildeo em escola regular versus escola especial nas competecircncias acadeacutemicas em alunos holandeses do ensino primaacuterio com siacutendrome de Down] Journal of International Disability Research December 2011 57(1) 21ndash38 doi 101111j1365-2788201101512x

Hargreaves A e Shirley D 2009 The Fourth Way ndash The inspiring future for educational change [A Quarta Via ndash O futuro inspirador para a mudanccedila educativa] Publicaccedilatildeo conjunta do Ontario Principalsrsquo Council e do National Staff Development Council Thousand Oaks CA Corwin Press

Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO e Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011 ICTs in Education for People with Disabilities Review de innovative practice [TIC na Educaccedilatildeo para Pessoas com Incapacidades revisatildeo da praacutetica inovadora] Moscovo Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO httpwwweuropeanshyagencyorgpublicationsereportsICTs-in-Education-for-People-WithshyDisabilitiesReview-of-Innovative-Practice (Uacuteltimo acesso em julho de 2014) Kalambouka A Farrell P Dyson A e Kaplan I 2005 The impact of population inclusivity in schools on student outcomes [O impacto da inclusividade da populaccedilatildeo em escolas nos resultados dos alunos] Research Evidence in Education Library London EPPI-Centre Social Science Research Unit Institute of Education University of London Kyriazopoulou M e Weber H (eds) 2009 Desenvolvimento de um conjunto de indicadores ndash para a educaccedilatildeo inclusiva na Europa Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Colocar a teoria em praacutetica 39

agencyorgsitesdefaultfilesdevelopment-of-a-set-of-indicators-for-inclusiveshyeducation-in-europe_indicators-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

MacArthur J 2009 Learning Better Together Working towards inclusive education in New Zealand schools [Aprender Melhor Juntos trabalhar para a educaccedilatildeo inclusiva nas escolas da Nova Zelacircndia] Wellington IHC

MacArthur J Kelly B Sharp S amp Gaffney M 2005 Participation or exclusion Disabled childrenrsquos experiences of life at school [Participaccedilatildeo ou exclusatildeo Experiecircncias de vida na escola de crianccedilas com incapacidades] Um artigo apresentado na laquoChildrenrsquos Issues Conferenceraquo Dunedin Nova Zelacircndia julho de 2005 Menter I Hulme M Elliott D e Lewin J 2010 Literature Review on Teacher Education in the 21st Century [Revisatildeo da Literatura sobre a Formaccedilatildeo de Professores no Seacuteculo XXI] Scottish Government Social Research Edimburgo Scottish Government

Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para a Educaccedilatildeo Ciecircncia e Cultura 2009 Policy Guidelines on Inclusion in Education [Diretrizes da Poliacutetica sobre Inclusatildeo na Educaccedilatildeo] Paris UNESCO

Organizaccedilatildeo Mundial de SauacutedeBanco Mundial 2011 World Report on Disability [Relatoacuterio Mundial sobre Deficiecircncia] Genebra Ediccedilotildees OMS httpwwwwhointdisabilitiesworld_report2011enindexhtml (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Organizaccedilatildeo para a Cooperaccedilatildeo e Desenvolvimento Econoacutemico 2011 PISA in Focus Improving Performance Leading from the Bottom [PISA agrave Lupa Melhorar os Resultados Progedir ateacute ao Topo] 20112 (Marccedilo) Paris OCDE Redley M 2009 laquoUnderstanding the social exclusion and stalled welfare of citizens with learning disabilitiesraquo [Compreender a exclusatildeo social e o bem-estar sem progresso dos cidadatildeos com dificuldades de aprendizagem] Disability amp Society 24(4) 489ndash501

Naccedilotildees Unidas 2006 Convenccedilatildeo sobre os Direitos das Pessoas com Deficiecircncia Nova Iorque Naccedilotildees Unidas

Watkins A (ed) 2007 Assessment in Inclusive Settings Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos Questotildees-chave para Poliacuteticas e Praacuteticas Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportsassessment-in-inclusiveshysettings-key-issues-for-policy-and-practiceassessment-in-inclusive-settings-keyshyissues-for-policy-and-practice (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 40

Wilkinson R e Pickett K 2010 The Spirit Level Why Equality is Better para Everyone [O Niacutevel do Espiacuterito Por que a Igualdade eacute Melhor para Todos] Londres Penguin

Willms JD 2006 Learning divides Ten policy questions about the performance and equity of schools and schooling systems [A aprendizagem divide dez perguntas de poliacutetica acerca do desempenho e equidade das escolas e dos sistemas de escolaridade] Montreal Instituto de Estatiacutestica da UNESCO

Colocar a teoria em praacutetica 41

  • preacircmbulo
  • Sumaacuterio Executivo
  • O mais precocemente possiacutevel
    • Introduccedilatildeo
    • Intervenccedilatildeo precoce
    • Deteccedilatildeo e avaliaccedilatildeo precoces
    • Apoio precoce
    • Transiccedilatildeo planeada
      • A educaccedilatildeo inclusiva beneficia todos
        • Introduccedilatildeo
        • A educaccedilatildeo inclusiva como uma abordagem para elevar o sucesso para todos os alunos
        • laquoO que eacute bom para os alunos com NEE eacute igualmente bom para todos os alunosraquo
        • Monitorizaccedilatildeo do progresso
          • profissionais altamente qualificados
            • Introduccedilatildeo
            • Formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo
            • O perfil dos professores inclusivos e outros profissionais
            • Abordagens ao recrutamento
            • Atitudes positivas
            • Trabalho em rede e coordenaccedilatildeo
              • sistemas de apoio e mecanismos de financiamento
                • Introduccedilatildeo
                • Sistemas de apoio e mecanismos de financiamento
                  • Intervenccedilatildeo Precoce na Infacircncia (IPI)
                  • Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula
                  • Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional (EFP)
                  • Tecnologias de Informaccedilatildeo e Comunicaccedilatildeo (TIC)
                      • dados fiaacuteveis
                        • Introduccedilatildeo
                        • Monitorizaccedilatildeo dos direitos dos alunos
                          • (i) Participaccedilatildeo na educaccedilatildeo e formaccedilatildeo
                          • (ii) Acesso ao apoio e agrave adaptaccedilatildeo
                          • (iii) Oportunidades para o sucesso na aprendizagem e na transiccedilatildeo
                          • (iv) Oportunidades de integraccedilatildeo
                            • Monitorizaccedilatildeo da eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusiva
                              • olhar em frente
                              • REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

Diversos estudos descrevem os benefiacutecios da inclusatildeo para os alunos sem incapacidades Esses benefiacutecios incluem

aumento da valorizaccedilatildeo e aceitaccedilatildeo das diferenccedilas individuais e da diversidade respeito por todas as pessoas preparaccedilatildeo para a vida adulta numa sociedade inclusiva e oportunidades para dominar atividades praticando e ensinando outros Tais efeitos estatildeo tambeacutem documentados numa investigaccedilatildeo recente por exemplo da autoria de Bennett e Gallagher (2012) (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 8)

O impacto positivo das colocaccedilotildees em contextos inclusivos de alunos com incapacidades eacute registado por investigaccedilotildees como as realizadas por MacArthur et al (2005) e de Graaf et al (2011) Este impacto inclui relaccedilotildees e redes sociais melhoradas modelos dos pares maior sucesso maiores expetativas maior colaboraccedilatildeo entre os profissionais da escola e melhor integraccedilatildeo das famiacutelias na comunidade (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 8)

Benefiacutecios adicionais podem incluir acesso a mais amplas oportunidades curriacuteculares e reconhecimento e acreditaccedilatildeo do sucesso

Deve ser considerada a melhoria da organizaccedilatildeo dos laquoespaccedilosraquo para aprendizagem e a criaccedilatildeo de mais oportunidades para os alunos descobrirem talentos em diversas aacutereas para aleacutem da aprendizagem acadeacutemica (ibid paacuteg 25)

A investigaccedilatildeo de Chapman et al (2011) centrou-se especificamente na

lideranccedila que promove sucesso para alunos com NEEincapacidadese sugeriu que a presenccedila de uma populaccedilatildeo diversificada de estudantes pode nas condiccedilotildees organizacionais certas estimular as disposiccedilotildees colaborativas e incentivar formas inovadoras de ensinar a de modo a chegar a todos os grupos de alunos (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 21)

laquoO que eacute bom para os alunos com NEE eacute igualmente bom para todos os alunosraquo

Esta declaraccedilatildeo feita na publicaccedilatildeo da Agecircncia denominada Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula (Agecircncia Europeia 2003 paacuteg 33) tem sido desde essa altura repetida com frequecircncia no trabalho da Agecircncia

Por exemplo o mesmo estudo frisou que

a tutoria entre pares ou a aprendizagem cooperativa eacute eficaz para a aprendizagem e para o desenvolvimento cognitivo e afetivo (soacutecio-emocional) dos alunos Os alunos que se entreajudam principalmente num sistema de composiccedilatildeo de grupos flexiacutevel e bem ponderado beneficiam com esta aprendizagem em comum (ibid paacuteg 23)

Colocar a teoria em praacutetica 13

No trabalho da Agecircncia sobre a praacutetica inclusiva nas escolas secundaacuterias em 2005 sublinhou-se que

Todos os alunos ndash incluindo os que apresentam necessidades educativas especiais ndash tecircm demonstrado evoluir na aprendizagem quando o seu trabalho eacute sistematicamente planeado supervisionado e avaliado (Agecircncia Europeia 2005 paacuteg 6)

e que

Todos os alunos beneficiam com a aprendizagem cooperativa o aluno que explica ao outro reteacutem melhor e por mais tempo a informaccedilatildeo e as necessidades do aluno que estaacute a aprender satildeo abordadas de melhor forma por um par cujo niacutevel de compreensatildeo esteja apenas ligeiramente acima do seu proacuteprio niacutevel (ibid paacuteg 18)

No relatoacuterio RA4AL afirma-se que

um sistema que permite que os alunos progridam rumo a objetivos comuns mas atraveacutes de vias diferentes utilizando diferentes estilos de aprendizagem e avaliaccedilatildeo deve ser mais inclusivo e elevar o sucesso de todos os alunos (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 25)

O relatoacuterio da Agecircncia Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos regista tambeacutem a necessidade de envolver todos os alunos e paisfamiacutelias no processo tanto de aprendizagem como de avaliaccedilatildeo (Watkins 2007) O mesmo relatoacuterio refere que o processo de diferenciaccedilatildeo requer uma anaacutelise cuidadosa Embora possa tambeacutem estar associado a individualizaccedilatildeo e personalizaccedilatildeo e ser visto como uma forma de satisfazer necessidades individuais ou de grupo mais especiacuteficas manteacutem-se frequentemente centrado no professor ao inveacutes de ser orientado para aluno A personalizaccedilatildeo tem de comeccedilar com as necessidades e interesses de todos os alunos

No mais recente projeto i-access da Agecircncia constata-se que os benefiacutecios da tecnologia de apoio ou laquotecnologia facilitadoraraquo mostram-se frequentemente uacuteteis para uma ampla variedade de utilizadores laquoA acessibilidade beneficia os utilizadores com incapacidades eou necessidades educativas especiais bem como todos os utilizadoresraquo (Agecircncia Europeia 2012e paacuteg 22)

As opiniotildees dos jovens com e sem incapacidades expressas na publicaccedilatildeo Perspetivas dos Jovens sobre Educaccedilatildeo Inclusiva fornecem um resumo claro dos benefiacutecios da educaccedilatildeo inclusiva para todos os alunos Como um jovem aluno afirmou laquoEducaccedilatildeo inclusiva eacute para todas as crianccedilas As escolas regulares devem estar perto das suas residecircncias Esta experiecircncia permite encontrar as pessoas vizinhasraquo (Agecircncia Europeia 2012a paacuteg 11) Outros acrescentaram laquoOs alunos

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 14

com e sem necessidades especiais podem aprender uns com os outros e trocarconhecimentosraquo laquoEacute bom para noacutes e bom para eles Eacute importante reconhecer os benefiacutecios para todos na turmaraquo e laquoA educaccedilatildeo inclusiva ajuda as crianccedilas a tornarem-se mais tolerantes com mentalidades mais abertasraquo (ibid paacuteg 23)

Monitorizaccedilatildeo do progresso

Na medida em que a educaccedilatildeo inclusiva se alargou para assegurar a qualidade da educaccedilatildeo para todos os alunos eacute necessaacuterio encontrar novas formas de monitorizar o progresso Sugere-se com base no trabalho realizado pela Agecircncia nos indicadores e no relatoacuterio MIPIE (2011a) que a niacutevel escolar a recolha de dados possa ter em conta fatores com possiacutevel impacto na qualidade das estrateacutegias de admissatildeo das escolas tais como regras e poliacuteticas de admissatildeo natildeo discriminatoacuterias poliacuteticas e estrateacutegias desenvolvidas para apoiar os alunos a expressarem as suas necessidades existecircncia de uma declaraccedilatildeo poliacutetica clara contra o bullying implementaccedilatildeo dos coacutedigos de praacutetica existentes relativamente agrave educaccedilatildeo inclusiva sessotildees de formaccedilatildeo do pessoal quanto a questotildees de admissatildeo e criaccedilatildeo de um ambiente escolar acolhedor trabalho em respeito e colaboraccedilatildeo com alunos e famiacutelias estrateacutegias para ajudar os alunos e as famiacutelias a participarem ativamente na comunidade escolar e na sala de aula e disponibilizaccedilatildeo de estrateacutegias de informaccedilatildeo e aconselhamento e respetivo impacto nos alunos

Em conclusatildeo o debate mais amplo sobre a inclusatildeo pretende no momento presente ndash proporcionar uma educaccedilatildeo de alta qualidade (e benefiacutecios) a todos os alunos Um desempenho escolar forte e a equidade podem andar de matildeos dadas

O sistema de ensino eacute complexo e fragmentado e atualmente falta-lhe uma linha de pensamento consistente acerca da educaccedilatildeo inclusiva De um modo geral o apoio aos diretores e liacutederes que queiram tentar proceder a alteraccedilotildees em situaccedilotildees isoladas eacute muito reduzido A diversidade tem vindo a aumentar em todo o sistema mas as tradiccedilotildees do passado restringem as accedilotildees A capacidade das escolas deve ser desenvolvida atraveacutes da consciencializaccedilatildeo do contexto da correspondecircncia (entre legislaccedilatildeo e poliacuteticapraacutetica) da clareza conceptual e de um apoio contiacutenuo ndash para todos partes interessadas ndash que incentive as escolas a serem proativas e natildeo reativas Conhecer todos os alunos e intervir de forma precoce ajudaraacute a desenvolver apoio de qualidade para todos os alunos considerado como parte da educaccedilatildeo em geral

Colocar a teoria em praacutetica 15

PROFISSIONAIS ALTAMENTE QUALIFICADOS

Introduccedilatildeo

laquoProfissionais altamente qualificadosraquo envolve questotildees de formaccedilatildeo inicial e contiacutenua perfil valores e competecircncia dos professores abordagens eficazes ao recrutamento e atitudes bem como trabalho em rede e coordenaccedilatildeo de todos profissionais Os jovens que participaram na Audiccedilatildeo do Parlamento Europeu organizada pela Agecircncia em 2011 referiram

O ponto de partida para a educaccedilatildeo inclusiva eacute a sensibilizaccedilatildeo e a formaccedilatildeo dprofessores hellip Os professores devem compreender o que cada aluno precisa e dar-lhe oportunidade de atingir os objetivos com sucesso Todos temos talentos juntos construiacutemos uma melhor comunidade de trabalho (Agecircncia Europeia 2012a paacuteg 12)

e

Formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo

Uma formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo adequada dos professores e outros profissionais eacute considerada um fator-chave para praacuteticas inclusivas bem-sucedidas O relatoacuterio da Agecircncia Princiacutepios-chave para a Promoccedilatildeo da Qualidade em Educaccedilatildeo Inclusiva Recomendaccedilotildees para a praacutetica frisa que

Todos os professores devem ter competecircncias para responder agraves diversas necessidades de todos os alunos Na formaccedilatildeo inicial e contiacutenua os professores devem adquirir as competecircncias conhecimento e compreensatildeo que lhes permitam ter a confianccedila necessaacuteria para lidar eficazmente com as diversas necessidades dos alunos (Agecircncia Europeia 2011c paacuteg 15)

O relatoacuterio da Agecircncia Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo na Europa ndash Desafios e Oportunidades aborda a estrutura da formaccedilatildeo inicial de professores Afirma-se que

Uma das principais prioridades da formaccedilatildeo de professores hellip eacute a necessidade de rever a sua estrutura para melhorar a formaccedilatildeo de professores para a inclusatildeo e para integrar a formaccedilatildeo inicial e especializada O conhecimento sobre a mudanccedila do papel dos professores evoluiu imenso tendo sido realccedilada a necessidade de introduzir mudanccedilas significativas na forma como os professores satildeo preparados para as suas funccedilotildees e responsabilidades profissionais (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 19)

Aleacutem disso indica que

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 16

Os formadores de professores satildeo atores-chave na garantia da alta qualidade do corpo docente Muitos paiacuteses europeus natildeo tecircm ainda uma poliacutetica expliacutecita sobre as competecircncias dos formadores de professores nem sobre a forma como devem ser selecionados ou formados (ibid paacuteg 66)

O perfil dos professores inclusivos e outros profissionais

No quadro do projeto da Agecircncia Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo o Perfil de Professores Inclusivos (Agecircncia Europeia 2012b) foi desenvolvido como um guia para a conceccedilatildeo e a implementaccedilatildeo de programas de formaccedilatildeo inicial de professores (FIP) para todos professores Identifica um quadro de valores essenciais e de aacutereas de competecircncia aplicaacuteveis a qualquer programa FIP na preparaccedilatildeo de todos os professores para trabalharem em educaccedilatildeo inclusiva respondendo agrave diversidade

O quadro de valores essenciais e de aacutereas de competecircncia inclui

Valorizaccedilatildeo da diversidade ndash a diferenccedila eacute considerada um recurso e um valor para a educaccedilatildeo As aacutereas de competecircncia dentro deste valor fundamental dizem respeito a Conceccedilotildees de educaccedilatildeo inclusiva Perspetivas do professor sobre a diferenccedila dos alunos

Apoiar todos os alunos ndash os professores tecircm elevadas expectativas sobre os resultados de todos os alunos As aacutereas de competecircncia dentro deste valor essencial dizem respeito a Promoccedilatildeo da aprendizagem acadeacutemica praacutetica social e emocional de todos os alunos Metodologias de ensino eficazes em turmas heterogeacuteneas

Trabalho com outros ndash colaboraccedilatildeo e trabalho em equipa satildeo metodologias essenciais para todos os professores As aacutereas de competecircncia dentro deste valor essencial dizem respeito a Trabalho com pais e famiacutelias Trabalho com um vasto leque de profissionais de educaccedilatildeo

Desenvolvimento profissional e pessoal ndash o ensino eacute uma atividade de aprendizagem e os professores satildeo responsaacuteveis pela aprendizagem ao longo da vida As aacutereas de competecircncia dentro deste valor essencial dizem respeito a Professores como profissionais reflexivos Formaccedilatildeo inicial de professores como base para o desenvolvimento profissional contiacutenuo (ibid paacuteg 7)

Abordagens ao recrutamento

As abordagens eficazes ao recrutamento e o aumento das taxas de permanecircncia dos professores e outros profissionais satildeo indicados como fatores-chave numa seacuterie de projetos da Agecircncia O relatoacuterio da Agecircncia Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo na Europa ndash Desafios e Oportunidades realccedila que

Colocar a teoria em praacutetica 17

Devem ser encontradas estrateacutegias efetivas para melhorar o recrutamento dos candidatos a professores para aumentar as taxas de permanecircncia a par de medidas destinadas a aumentar o nuacutemero de professores de diferentes origens e incluindo professores com deficiecircncia (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 75)

O relatoacuterio do projeto refere que

Uma minoria de paiacuteses tem testes para selecionar o acesso agrave docecircncia Contudo a investigaccedilatildeo recentemente levada a cabo para efeitos da Revisatildeo da Formaccedilatildeo de Professores na Escoacutecia (Menter e colegas 2010) realccedila evidecircncias que mostram que haacute muitas dimensotildees do ensino efetivo que natildeo satildeo fidedignamente preditiacuteveis por testes de capacidade acadeacutemica Esta conclusatildeo estaacute em concordacircncia com a revisatildeo da literatura deste projeto e com os relatoacuterios dos paiacuteses que realccedilam a importacircncia das atitudes valores e crenccedilas no desenvolvimento de praacuteticas inclusivas Tanto as atitudes valores e crenccedilas como as disposiccedilotildees que apoiam o desenvolvimento das requeridascompetecircncias satildeo difiacuteceis de apurar mesmo atraveacutes de uma entrevista Eacute necessaacuteria mais investigaccedilatildeo para encontrar indicadores eficazes para a seleccedilatildeo de candidatos (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 21)

Atitudes positivas

As atitudes positivas dos professores e outros profissionais satildeo indicadas como um elemento-chave na educaccedilatildeo inclusiva na maioria dos projetos da Agecircncia O relatoacuterio da Agecircncia Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula constata que

Obviamente que a inclusatildeo depende largamente da atitude dos professores face aos alunos com necessidades especiais das suas perceccedilotildees sobre as diferenccedilas na sala de aula e da sua vontade de lidar eficazmente com essas diferenccedilas A atitude dos professores foi indicada como um fator decisivo na construccedilatildeo de escolas mais inclusivas (Agecircncia Europeia 2003 paacuteg 12)

Do mesmo modo o relatoacuterio da Agecircncia designado Princiacutepios-Chave para a Promoccedilatildeo da Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva ndash Recomendaccedilotildees para a praacutetica realccedila a importacircncia das atitudes positivas Afirma-se que

Todos os professores devem ter atitudes positivas em relaccedilatildeo a todos os alunos e disponibilidade para trabalhar em colaboraccedilatildeo com os colegas Todos os professores devem entender a diversidade como uma forccedila e um estiacutemulo para sua proacutepria aprendizagem (Agecircncia Europeia 2011c paacuteg 14)

O relatoacuterio da Agecircncia Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos Questotildeesshychave para Poliacuteticas e Praacuteticas indica que

As atitudes dos professores de turma face ao processo de avaliaccedilatildeo inclusiva satildeo cruciais As atitudes positivas podem ser fomentadas atraveacutes de formaccedilatildeo

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 18

apoio e recursos apropriados e de experiecircncias de inclusatildeo bem sucedidas Os professores necessitam de experiecircncias bem sucedidas para os ajudar a desenvolver as necessaacuterias atitudes positivas (Watkins 2007 paacuteg 53)

Trabalho em rede e coordenaccedilatildeo

Todos os relatoacuterios da Agecircncia referem o papel eficaz da colaboraccedilatildeo e coordenaccedilatildeo dos profissionais e do trabalho em rede com serviccedilos comunitaacuterios interdisciplinares Um exemplo digno de nota eacute o relatoacuterio da Agecircncia Formaccedilatildeo de professores para a Inclusatildeo Perfil de Professores Inclusivos (TE4I) no qual se realccedila que

A implementaccedilatildeo da educaccedilatildeo inclusiva deve ser vista como uma tarefa coletiva com funccedilotildees e responsabilidades atribuiacutedas aos diferentes intervenientes O apoio aos professores de turma inclui o acesso a estruturas que facilitam a comunicaccedilatildeo e o trabalho de equipa com diferentes profissionais (incluindo aqueles que trabalham em instituiccedilotildees de ensino superior) bem como oportunidades para o desenvolvimento profissional (Agecircncia Europeia 2012b paacuteg 24)

Na publicaccedilatildeo da Agecircncia Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula nos 2ordm e 3ordm Ciclos de Ensino Baacutesico as questotildees do ensino cooperativo e da resoluccedilatildeo cooperativa de problemas satildeo apresentadas como fatores-chave para uma praacutetica inclusiva eficaz O projeto afirma que laquoOs professores precisam do apoio dos colegas da escola e de ser capazes de colaborar com eles Necessitam igualmente do apoio e da colaboraccedilatildeo de profissionais exteriores agrave escolaraquo (Agecircncia Europeia 2005 paacuteg 5)

Para concluir

A educaccedilatildeo inclusiva implica uma alteraccedilatildeo sisteacutemica que exige uma transformaccedilatildeo quanto ao modo como os professores e outros profissionais do ensino satildeo formados natildeo apenas em termos de competecircncias mas tambeacutem de valores eacuteticos

Os principais aspetos relacionados com os profissionais altamente qualificados podem ser resumidos numa seacuterie de indicadores na aacuterea da legislaccedilatildeo para a educaccedilatildeo inclusiva desenvolvidos e apresentados no projeto da Agecircncia Desenvolvimento de um conjunto de indicadores ndash para a educaccedilatildeo inclusiva na Europa

Programas de formaccedilatildeo inicial e contiacutenua de professores incluem conteuacutedos sobre a educaccedilatildeo especial e a inclusatildeo Professores e outros profissionais satildeo apoiados para desenvolverem os seus conhecimentos competecircncias e atitudes relativas agrave inclusatildeo de forma a

Colocar a teoria em praacutetica 19

estarem preparados para responder agraves necessidades de todos os alunos no ensino regular

Disponibilizaccedilatildeo de cursos e oportunidades para a melhoria do desenvolvimento profissional dos professores

Os professores planificam ensinam e reavaliam em parceria

Recursos satildeo disponibilizados para o adequado desenvolvimento profissional relacionados com a resposta agraves necessidades especiais em educaccedilatildeo inclusiva (Kyriazopoulou e Weber 2009 paacuteg 29)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 20

SISTEMAS DE APOIO E MECANISMOS DE FINANCIAMENTO

Introduccedilatildeo

Em novembro de 2011 a Agecircncia Europeia acolheu uma Audiccedilatildeo no Parlamento Europeu em Bruxelas Participaram oitenta e oito jovens com e sem necessidades educativas especiais eou incapacidades do ensino secundaacuterio e da formaccedilatildeo vocacional para debaterem o significado da educaccedilatildeo inclusiva para eles Alguns dos resultados estatildeo diretamente relacionados com questotildees de recursos e financiamento laquoA educaccedilatildeo inclusiva requer recursos adicionais como tempo e dinheiro mas cada aluno deve ter a educaccedilatildeo que querraquo (Agecircncia Europeia 2012a paacuteg 13)

O acesso fiacutesico dos edifiacutecios eacute importante (elevadores portas automaacuteticas interruptores acessiacuteveis etc) hellip No caso dos testes eacute necessaacuterio tempo extra hellip Satildeo necessaacuterios sistemas internos de apoio para os alunos com deficiecircncias (ibid paacuteg 28ndash29)

Eacute bom ter apoio de pessoas de fora da equipa da escola que possam atuar como mediadores para os alunos com necessidades especiais Havia professores que natildeo queriam cooperar no trabalho de educaccedilatildeo inclusiva para mim e para outros os professores devem aceitar todos nas suas salas de aula (ibid paacuteg 20)

Os cortes do governo estatildeo a ter impacto no apoio ndash pessoas como os mediadores estatildeo a perder os seus empregos O dinheiro estaacute a ir para as escolas mas eacute tatildeo disfuncional que significa que os professores laquonormaisraquo tecircm de prestar o apoio e eles natildeo satildeo capazes (ibid paacuteg 28)

A educaccedilatildeo inclusiva eacute muitas vezes referida como dispendiosa mas ao tentar poupar vamos acabar por pagar mais para lidar com os problemas hellip Mesmo que um paiacutes natildeo tenha muitos recursos a educaccedilatildeo inclusiva precisa de ser posta em praacutetica A educaccedilatildeo inclusiva eacute um investimento temos de investir nas pessoas (ibid paacuteg 25)

Sistemas de apoio e mecanismos de financiamento Os sistemas de apoio e mecanismos de financiamento englobam todos os niacuteveis de aprendizagem e por conseguinte abordam diversas questotildees Aleacutem disso limitar a questatildeo apenas ao campo educativo seria insuficiente

As crianccedilas e os jovens natildeo teratildeo sucesso na aprendizagem se a sua sauacutede baacutesica e as suas necessidades sociais e emocionais natildeo forem atendidas Isto pode exigir apoio para as famiacutelias e as comunidades sendo necessaacuteria a

Colocar a teoria em praacutetica 21

colaboraccedilatildeo com os serviccedilos de sauacutede e de seguranccedila social que garanta uma intervenccedilatildeo holiacutestica (Agecircncia Europeia 2011c paacuteg 17ndash18)

Existe a consciencializaccedilatildeo disseminada de que a criaccedilatildeo de poliacuteticas com base em evidecircncias eacute essencial para o desenvolvimento a longo prazo dos sistemas de educaccedilatildeo inclusiva Tal foi reconhecido no trabalho da Agecircncia logo em 1999 no acircmbito do relatoacuterio Financing of Special Needs Education [Financiamento da Educaccedilatildeo Especial] onde se defendia que

os procedimentos de avaliaccedilatildeo e monitorizaccedilatildeo nos paiacuteses podem tambeacutem ser melhorados no quadro do ensino especial Em primeiro lugar eacute importante garantir e incentivar um dispecircndio eficiente e eficaz dos fundos puacuteblicos Em segundo lugar parece ser necessaacuterio mostrar claramente aos clientes dos sistemas educativos (alunos com necessidades especiais e os seus pais) que a qualidade da educaccedilatildeo no ambiente regular (incluindo todas as instalaccedilotildees adicionais e apoio) eacute suficientemente elevada (Agecircncia Europeia 1999 paacuteg 158)

Os temas do financiamento e dos recursos foram abordados em diversos outros projetos da Agecircncia Assim as afirmaccedilotildees e os resultados que se seguem lanccedilam alguma luz sobre estas duas questotildees de pontos de vista diferentes na sequecircncia de projetos distintos levados a cabo pela Agecircncia

Intervenccedilatildeo Precoce na Infacircncia (IPI) laquoA tendecircncia comum na Europa eacute a prestaccedilatildeo de serviccedilos de IPI localizados e prestados tatildeo perto quanto possiacutevel da crianccedila e da famiacuteliaraquo (Agecircncia Europeia 2010 paacuteg 18) por exemplo no municiacutepio

Os recursos e serviccedilos de IPI devem abranger todas as famiacutelias e crianccedilas em idades precoces que deles necessitem independentemente da sua condiccedilatildeo socioeconoacutemica hellip Isto implica que os fundos puacuteblicos devem cobrir todos os custos relativos agrave IPI atraveacutes de serviccedilos puacuteblicos companhias de seguros organizaccedilotildees sem fins lucrativos etc preenchendo os padrotildees de qualidade exigidos na respetiva legislaccedilatildeo nacional para a IPI (ibid paacuteg 22) O financiamento puacuteblico para os serviccedilos de IPI geralmente vem do governo central eou federal ou dos orccedilamentos regionais eou locais Na maioria dos casos o financiamento da IPI eacute uma combinaccedilatildeo dos trecircs niacuteveis da administraccedilatildeo acima mencionados planos de seguro de sauacutede e de recursos de organizaccedilotildees sem fins lucrativos (ibid paacuteg 23)

As recomendaccedilotildees para melhorar a coordenaccedilatildeo dos serviccedilos e dos recursos da IPI incluem entre outras as seguintes

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 22

A IPI eacute muitas vezes uma aacuterea de trabalho interserviccedilos mas tambeacutem uma aacuterea interdisciplinar Os decisores poliacuteticos precisam de reconhecer isso garantindo que as poliacuteticas e as orientaccedilotildees sejam desenvolvidas conjuntamente pelos setores da sauacutede da educaccedilatildeo e da seguranccedila social e que qualquer orientaccedilatildeo escrita para os serviccedilos regionais e locais inclui os logotipos de todos os departamentos Somente desta forma o trabalho integrado seraacute filtrado aos niacuteveis regional e local (ibid paacuteg 42ndash43)

Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula

A existecircncia de diferentes modelos de gestatildeo da diferenccedila na sala de aula depende natildeo soacute de fatores ligados ao professor mas tambeacutem da forma como a escola organiza os recursos e de outros fatores externos

Esta afirmaccedilatildeo foi incluiacuteda no relatoacuterio da Agecircncia sobre Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula (Agecircncia Europeia 2003 paacuteg 8)

Eacute claro que a resposta aos alunos com necessidades educativas especiais natildeo eacute apenas uma questatildeo de recursos a niacutevel da sala de aula Importa reconhecer que a organizaccedilatildeo da escola determina igualmente a quantidade e o tipo dos recursos que os professores podem usar no ensino de alunos com NEE (ibid paacuteg 14ndash15)

A organizaccedilatildeo dos recursos no seio da escola deve corresponder ao princiacutepio da flexibilidadehellip as escolas devem ter liberdade para a utilizaccedilatildeo dos recursos financeiros de acordo com os seus proacuteprios desejos e perspetivas Deve evitarshyse a burocracia estando os recursos disponiacuteveis para todos os alunos com ou sem NEE sempre que necessaacuterio ou quando o professor assim o desejar (ibid paacuteg 16)

laquoO financiamento e respetivos incentivos desempenham um papel decisivoraquo (ibid paacuteg 17)

O modelo de financiamento baseado na avaliaccedilatildeo dos resultados (a niacutevel regional) parece ser a opccedilatildeo melhor sucedida Neste modelo os orccedilamentos destinados agraves necessidades educativas especiais satildeo atribuiacutedos pelo serviccedilo central agraves instituiccedilotildees regionais ou locais (comunidades agrupamentos de escolas) As decisotildees relativas ao financiamento e elegibilidade devem ser tomadas a niacutevel regionalhellip Um modelo descentralizado pode ser mais rentaacutevel e limitar os riscos de ver emergir formas indesejaacuteveis de comportamentosestrateacutegicos Eacute no entanto evidente que o governo central deve indicar claramente os objetivos a atingir (ibid paacuteg 18)

Colocar a teoria em praacutetica 23

Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional (EFP) A implementaccedilatildeo dos programas de EFP segue o planeamento a longo prazo no setor da educaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo com os parceiros sociais

Existe um foco no estabelecimento de ligaccedilotildees mais proacuteximas hellip para desenvolver os curriacuteculos dos programas de formaccedilatildeo profissional e para corresponder agraves abordagens e conteuacutedos educativos com as competecircncias necessaacuterias na vida laboral hellip atraveacutes da organizaccedilatildeo e realizaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo de competecircncias colaboraccedilatildeo no estabelecimento de conteuacutedos de novas qualificaccedilotildees normas e curriacuteculos e correspondecircncia dos programas de EFP com as necessidades da economia (Agecircncia Europeia 2014 paacuteg 23) A niacutevel individual os alunos com necessidades educativas especiais recebem assistecircncia educativa (por exemplo tecnologia de apoio inteacuterpretes de liacutengua gestual materiais de aprendizagem de elaboraccedilatildeo especial escribas ou outras formas de assistecircncia praacutetica) especial para tornar os curriacuteculos de EFP acessiacuteveis (ibid paacuteg 15)

Os niacuteveis regionais (ou seja condados freguesias municiacutepios proviacutencias federais) satildeo fundamentais para garantir o melhor ajuste entre os objetivos educativos e as necessidades do mercado de trabalho Os conselhos consultivos regionais desempenham um papel ativo na atualizaccedilatildeo da estrutura dos programas educativos no acircmbito da sua responsabilidade regional e em cooperaccedilatildeo com os parceiros sociais Desempenham um papel importante na possibilidade de flexibilizaccedilatildeo dos percursos dos alunos

As instituiccedilotildees de EFP satildeo lideradas por diferentes agecircncias nos paiacuteses europeus tais como autoridades locais organizaccedilotildees natildeo governamentais setor privado etc Nos paiacuteses europeus analisados as principais responsabilidades pelo financiamento cabem agraves entidades estatais e governamentais a niacutevel regional ou municipal Aleacutem disso na maioria dos paiacuteses os criteacuterios de financiamento satildeo diferentes dependendo do tipo de propriedade (puacuteblicaprivada) vigente no paiacutes Outras medidas destinadas a promover o emprego entre os alunos com NEE satildeo o pagamento do custo do serviccedilo de emprego apoiado a isenccedilatildeo do pagamento de pensatildeo e seguro de invalidez uma recompensa para casos em que a quota eacute ultrapassada ajudas financeiras aos trabalhadores com incapacidades que se estabelecem como empresaacuterios reduccedilatildeo nos pagamentos agrave seguranccedila social reduccedilatildeo de impostos pelo emprego de jovens alunos com NEE ou preacutemios anuais por boas praacuteticas Existem tambeacutem programas que permitem que os alunos entrem no mercado de trabalho mantendo uma percentagem do seu subsiacutedio social de origem (por exemplo subsiacutedio de invalidez) que natildeo estaacute sujeito agrave tributaccedilatildeo ou cobertura social Os funcionaacuterios tambeacutem seriam autorizados a manter laquobenefiacutecios

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 24

secundaacuteriosraquo (por exemplo subsiacutedio para combustiacutevel cartatildeo meacutedico) durante um determinado periacuteodo de tempo

Tecnologias de Informaccedilatildeo e Comunicaccedilatildeo (TIC)

Sem duacutevida as TIC acessiacuteveis podem atuar como um facilitador para a igualdade de participaccedilatildeo em atividades educativas para diversos alunos com NEE Os estudantes com SEN destacaram a importacircncia das TIC durante a Audiccedilatildeo do Parlamento Europeu em 2011

No nosso paiacutes existe uma organizaccedilatildeo que fornece materiais especiais e tecnologias de informaccedilatildeo A escola pode pedir as ajudas teacutecnicas a essa organizaccedilatildeo e os alunos podem levaacute-las para casa Quando deixam de precisar dessas ajudas teacutecnicas estas podem ser usadas por outros alunos nas mesmasou noutras escolas Eacute muito importante ter ajudas teacutecnicas e apoio (Agecircncia Europeia 2012a paacuteg 14)

Poreacutem

O facto de o impulso para a equidade na educaccedilatildeo atraveacutes do apoio de TIC acessiacuteveis estar a ser ofuscado por desenvolvimentos econoacutemicos negativos reforccedila a ideia de que as poliacuteticas europeias e internacionais globais devem continuar a assumir uma lideranccedila estaacutevel neste campo (Agecircncia Europeia 2013 paacuteg 24)

Neste contexto a aquisiccedilatildeo pode ser considerada um mecanismo de financiamento se a acessibilidade for um preacute-requisito incorporado A acessibilidade deve ser um princiacutepio orientador para a aquisiccedilatildeo de todos os bens e serviccedilos

O acesso a TIC apropriadas em diferentes contextos de aprendizagem ao longo da vida ndash incluindo em casa ndash requer muitas vezes a contribuiccedilatildeo de profissionais de diferentes aacutereas hellip Isto envolve a coordenaccedilatildeo entre indiviacuteduos serviccedilos e muitas vezes poliacuteticas para diferentes setores de trabalho Tambeacutem envolve abordagens flexiacuteveis para o financiamento das TIC com possibilidades de tomada de decisotildees a niacutevel local quanto agraves despesas relacionadas com as necessidades identificadas localmente (Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO e Agecircncia Europeia 2011 paacuteg 88)

Para concluir

Eacute necessaacuterio considerar quatro requisitos no que diz respeito aos sistemas de financiamento para garantir que estes sistemas sustentam totalmente os objetivos da poliacutetica educativa

Colocar a teoria em praacutetica 25

A poliacutetica de financiamento apoia totalmente a educaccedilatildeo inclusiva Isto inclui o desenvolvimento de poliacuteticas fiscais que criem incentivos ao inveacutes de desincentivos agrave oferta de colocaccedilotildees e de serviccedilos de inclusatildeo Embora exista uma seacuterie de bases alternativas para financiar alunos com NEE o financiamento per capita parece ser o mais promissor para satisfazer o requisito estabelecido

A poliacutetica de financiamento baseia-se totalmente nas necessidades educativas Os montantes individuais de financiamento per capita podem ser determinados atraveacutes de anaacutelises de custos que mostram os custos relativos de disponibilizar aos alunos condiccedilotildees especiais selecionadas

A poliacutetica de financiamento facilita totalmente respostas flexiacuteveis eficazes e eficientes agraves necessidades Em vez de financiar ou fornecer recursos especiacuteficos por exemplo tipos preacute-determinados de pessoal equipamentos ou instalaccedilotildees o financiamento per capita aloca recursos monetaacuterios promovendo a flexibilidade no uso local

A poliacutetica de financiamento promove totalmente o apoio de serviccedilos relacionados e a necessaacuteria colaboraccedilatildeo intersectorial

Em geral as estruturas de incentivo devem assegurar a disponibilizaccedilatildeo de mais fundos se uma crianccedila for colocada num contexto inclusivo sendo necessaacuteria uma maior ecircnfase nos resultados (natildeo apenas acadeacutemicos)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 26

DADOS FIAacuteVEIS

Introduccedilatildeo

A Convenccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiecircncia (CDPD) bem como a Estrateacutegia Europeia para a Deficiecircncia 2010ndash2020 e o quadro estrateacutegico Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo 2020 relativo agrave equidade na educaccedilatildeo satildeo impulsionadores-chave para a educaccedilatildeo inclusiva nos paiacuteses A CDPD da ONU apela aos Estados Partes para

hellip recolher informaccedilatildeo apropriada incluindo dados estatiacutesticos e de investigaccedilatildeo que lhes permitam formular e implementar poliacuteticas que visem dar efeito agrave presente Convenccedilatildeo (Naccedilotildees Unidas 2006 Artigo 31ordm)

e hellip Os Estados Partes devem em conformidade com os seus sistemas juriacutedico e administrativo manter fortalecer nomear ou estabelecer a niacutevel interno uma estrutura que inclua um ou mais mecanismos independentes conforme apropriado com vista a promover proteger e monitorizar a implementaccedilatildeo da presente Convenccedilatildeo (ibid Artigo 33ordm)

Existe a consciencializaccedilatildeo disseminada de que a criaccedilatildeo de poliacuteticas com base em evidecircncias eacute essencial para o desenvolvimento a longo prazo dos sistemas de educaccedilatildeo inclusiva Decisores poliacuteticos especialistas em estatiacutestica e investigadores reconhecem a necessidade de uma recolha de dados a niacutevel nacional que natildeo soacute responda agraves exigecircncias das orientaccedilotildees poliacuteticas internacionais mas que tambeacutem obedeccedila a uma abordagem comum que promova uma sinergia de esforccedilos a niacutevel nacional e internacional O trabalho da Agecircncia demonstrou que existem apelos para a disponibilizaccedilatildeo de ampla informaccedilatildeo para os decisores poliacuteticos e para a adoccedilatildeo pelas diferentes organizaccedilotildees tanto a niacutevel nacional como europeu de uma variedade de abordagens complementares para a recolha de dados Poreacutem embora a necessidade de tais dados seja clara os melhores meacutetodos e procedimentos de recolha e anaacutelise dos mesmos satildeo muito menos claros

Em resultado do trabalho da Agecircncia ndash mais especificamente das atividades dos projetos Desenvolvimento de um conjunto de indicadores ndash para a educaccedilatildeo inclusiva na Europa (Kyriazopoulou e Weber 2009) e Mapeamento da Implementaccedilatildeo de Poliacuteticas para a Educaccedilatildeo Inclusiva (MIPIE) (Agecircncia Europeia 2011a) ndash emergem cinco requisitos-chave de poliacuteticas relativos agrave recolha de dados no que concerne agrave necessidade de evidecircncias sobre a educaccedilatildeo inclusiva a niacutevel nacional

bull necessidade de recolha de dados nacionais ancorada nos acordos internacionais e europeus

Colocar a teoria em praacutetica 27

bull necessidade de compreender o impacto das diferenccedilas nos sistemas educativos dos paiacuteses

bull necessidade de analisar a efetividade da educaccedilatildeo inclusiva

bull necessidade de recolha de dados que forneccedila evidecircncias sobre a garantia de qualidade e

bull necessidade de acompanhar o progresso dos alunos a longo prazo Os decisores poliacuteticos precisam de dados qualitativos e quantitativos que os informem sobre a qualidade da educaccedilatildeo prestada aos alunos com necessidades educativas especiais Estas mensagens principais refletem uma recomendaccedilatildeo central do Relatoacuterio Mundial sobre Deficiecircncia (Organizaccedilatildeo Mundial de SauacutedeBanco Mundial 2011) a necessidade de os paiacuteses desenvolverem os sistemas de recolha de dados quantitativos existentes e de simultaneamente realizarem investigaccedilotildees qualitativas aprofundadas e especiacuteficas sobre o custoshyeficaacutecia e sobre outras questotildees relacionadas com a garantia da qualidade

O projeto MIPIE apela ao desenvolvimento de um quadro comum para a recolha de dados construiacutedo com base nos procedimentos nacionais existentes e nos acordos internacionais sobre recolha de dados e procedimentos hellip Podem ser identificadas trecircs dimensotildees para uma estrutura comum

- A mudanccedila para um sistema de recolha de dados baseado em conceitos e definiccedilotildees comuns

- A recolha de evidecircncias que conduzam a niacuteveis de referecircncia quantitativos e qualitativos

- O uso de uma estrutura multiniacutevel para analisar as poliacuteticas a niacuteveis nacional e internacional (Agecircncia Europeia 2011a paacuteg 11)

Uma tal abordagem eacute necessaacuteria para apoiar os paiacuteses no desenvolvimento de uma laquorecolha de dados que permita monitorizar os direitos dos alunos bem como para monitorizarem a eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusivaraquo (ibid)

Monitorizaccedilatildeo dos direitos dos alunos

No acircmbito de uma estrutura abrangente para o mapeamento das questotildees relacionadas com os direitos devem ser identificados indicadores quantitativos e qualitativos referentes a diversos fatores

(i) Participaccedilatildeo na educaccedilatildeo e formaccedilatildeo

O relatoacuterio da Agecircncia sobre a Intervenccedilatildeo precoce na infacircncia sugere que

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 28

Os decisores poliacuteticos devem ter mecanismos para avaliar a solicitaccedilatildeo de serviccedilos de IPI e mecanismos eficazes que verifiquem se a prestaccedilatildeo de serviccedilos responde ao solicitado para se poder planear a melhoria do serviccedilo Deve ser desenvolvida uma forma sistemaacutetica de recolha e de monitorizaccedilatildeo de dados fiaacuteveis a niacutevel nacional (Agecircncia Europeia 2010 paacuteg 40)

No relatoacuterio Participaccedilatildeo na Educaccedilatildeo Inclusiva afirma-se que Embora os governos nacionais e locais jaacute recolham dados importantes sobre a educaccedilatildeo pouco se sabe sobre a participaccedilatildeo hellip Atualmente a maior parte dos dados recolhidos para fins de monitorizaccedilatildeo satildeo dados estatiacutesticos sobre a inscriccedilatildeo e a conclusatildeo da escolaridade hellip Poucos paiacuteses tecircm meacutetodos sistemaacuteticos de recolha anaacutelise e interpretaccedilatildeo de dados qualitativos sobre a participaccedilatildeo a niacutevel individual em sala de aula e na escola embora os relatoacuterios escolares de autorrevisatildeo e de inspeccedilatildeo respondam muitas vezes a questotildees de participaccedilatildeo e inclusatildeo (Agecircncia Europeia 2011d paacuteg 19)

Este relatoacuterio tambeacutem destaca alguns dos perigos potenciais associados agrave recolha de dados em relaccedilatildeo agrave participaccedilatildeo

hellip estruturas criadas para acompanhar as crianccedilas com necessidades educativas especiais podem funcionar como barreiras agrave sua participaccedilatildeo e sucesso marcando estas crianccedilas como diferentes Uma consequecircncia natildeo intencional de categorizar algumas crianccedilas para monitorizar a sua participaccedilatildeo pode gerar um paradoxo o que resulta na celebraccedilatildeo de acordos separados para a sua educaccedilatildeo (ibid paacuteg 17ndash18)

(ii) Acesso ao apoio e agrave adaptaccedilatildeo

Trecircs estudos da Agecircncia consideraram diferentes aspetos de apoio para os alunos com NEE A revisatildeo da literatura do projeto Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional cita Redley (2009)

Natildeo existem dados nacionais fiaacuteveis sobre o nuacutemero de organizaccedilotildees que oferecem emprego apoiado ou o nuacutemero de pessoas com dificuldades de aprendizagem empregadas nelas e o governo natildeo participa neste processo (Agecircncia Europeia 2012f paacuteg 41)

O estudo conjunto da Agecircncia realizado com o Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO que analisa o uso das TIC na educaccedilatildeo das pessoas com incapacidades defende que

Tanto em relaccedilatildeo agrave Convenccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas (2006) como em relaccedilatildeo agrave poliacutetica regional (ou seja europeia) e nacional haacute uma necessidade de informaccedilatildeo mais detalhada ligada agrave monitorizaccedilatildeo de indicadores e benchmarks qualitativos e quantitativos sobre as TIC na educaccedilatildeo para pessoas

Colocar a teoria em praacutetica 29

com incapacidades (Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO e Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011 paacuteg 93)

Em relaccedilatildeo agrave acessibilidade da informaccedilatildeo para a aprendizagem as recomendaccedilotildees do projeto i-access da Agecircncia defendem que

A conformidade [acessibilidade] agrave poliacutetica deve ser sistematicamente monitorizada A monitorizaccedilatildeo da conformidade soacute pode ser incentivada nomomento presente mas deve ser alargada hellip Eacute necessaacuterio recolher dados quantitativos e qualitativos sistemaacuteticos o que deve tambeacutem envolver os utilizadores finais de informaccedilatildeo acessiacutevel Poreacutem a monitorizaccedilatildeo do progresso natildeo se pode limitar a afericcedilatildeo numeacuterica mas deve incluir a possibilidade de recolher exemplos de boas praacuteticas que poderiam servir de modelo para outros paiacuteses e organizaccedilotildees (Agecircncia Europeia 2012e paacuteg 40ndash 41)

(iii) Oportunidades para o sucesso na aprendizagem e na transiccedilatildeo Dois grandes projetos da Agecircncia tiveram em linha de conta a transiccedilatildeo da escola para o emprego Ambos apontam para a falta de dados fiaacuteveis neste campo O projeto Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego sugeriu que

Os dados nacionais dos paiacuteses apenas incluem pessoas registadas como desempregadas mas uma alta percentagem de pessoas com necessidades especiais natildeo estaacute registada ndash elas natildeo tecircm sequer a oportunidade de conseguir o primeiro emprego (Agecircncia Europeia 2002a paacuteg 2)

O estudo de acompanhamento (Agecircncia Europeia 2006) natildeo refere quaisquer desenvolvimentos nesta aacuterea

(iv) Oportunidades de integraccedilatildeo

O estudo da Agecircncia com foco na diversidade multicultural destaca a falta de dados em relaccedilatildeo a um fator importante de integraccedilatildeo ndash antecedente de imigraccedilatildeo dos alunos com NEE

Muitos paiacuteses envolvidos no projeto referiram que natildeo existem dados atualizados sobre os alunos com NEE e de origem imigrante Diversas agecircncias governamentais tecircm responsabilidades diferentes e natildeo haacute coordenaccedilatildeo na recolha de dados Haacute outras razotildees para a falta de dados Alguns paiacuteses natildeo tecircm estatiacutesticas oficiais sobre a origem das pessoas para aleacutem do paiacutes de nascimento uma vez que eacute proibido o tratamento de dados pessoais que identifiquem a raccedila a origem eacutetnica a incapacidade ou crenccedila religiosa Em outros paiacuteses natildeo haacute recolha sistemaacutetica de dados relativos a alunos com NEE

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 30

ou a alunos com NEE e de origem imigrante a niacutevel nacional ou local (Agecircncia Europeia 2009a paacuteg 30)

Monitorizaccedilatildeo da eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusiva

Dados que examinam a eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusiva tecircm em conta questotildees de custo-eficaacutecia bem como diversas aacutereas relacionadas com as experiecircncias de educaccedilatildeo dos alunos procedimentos de avaliaccedilatildeo inicial o envolvimento contiacutenuo dos alunos e das suas famiacutelias em experiecircncias educativas e a eficaacutecia de ambientes de aprendizagem na superaccedilatildeo das barreiras e apoio de experiecircncias de aprendizagem significativas para todos os alunos

O estudo da Agecircncia relativo ao Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos realccedila que eacute necessaacuterio apoiar as escolas com

hellip aconselhamento sobre como pode ser usada a informaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo ndash particularmente a da avaliaccedilatildeo estandardizada recolhida para fins de monitorizaccedilatildeo nacional ndash para melhorar as praacuteticas com todos os alunos incluindo os que apresentam NEE (Watkins 2007 paacuteg 60)

O relatoacuterio designado Elevar o Sucesso de Todos os Alunos defende que

Para avanccedilar para uma maior equidade na educaccedilatildeo satildeo necessaacuterios indicadores de sucesso adequados agrave comunidade local focalizados no input recursos processos e outputresultados Embora a informaccedilatildeo (incluindo dados) deva ser usada para direcionar o apoio e acompanhar o sucesso de poliacuteticas e praacuteticas inclusivas eacute necessaacuterio cuidado para que os sistemas de responsabilidade natildeo causem inadvertidamente alteraccedilotildees inadequadas (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 22)

Este estudo destaca potenciais dificuldades inerentes

No clima atual o desenvolvimento de mecanismos de responsabilidade adequados e de formas de medir o sucesso valorizado e monitorizar a equidade apresentam muitos desafios Apesar da procura de dados concretos Fullan (2011) adverte que laquoas estatiacutesticas satildeo um servo maravilhoso mas um mestre terriacutevelraquo (paacuteg 127) e Hargreaves e Shirley (2009) enfatizam a necessidade de colocar a responsabilidade antes da prestaccedilatildeo de contas Sugerem que a prestaccedilatildeo de contas deve laquoservir de consciecircncia por meio de amostragemraquo e que deve ser realizado um ataque laquoaos excessos de padronizaccedilatildeo testada que negam a diversidade e destroem a criatividaderaquo (paacuteg 109) (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 22)

Dentro do projeto MIPIE argumentou-se que a monitorizaccedilatildeo da eficaacutecia dos sistemas de educaccedilatildeo inclusiva tambeacutem incluiria uma anaacutelise da eficaacutecia da formaccedilatildeo de professores (Agecircncia Europeia 2011a) O relatoacuterio do projeto TE4I

Colocar a teoria em praacutetica 31

destaca uma seacuterie de questotildees relacionadas com a disponibilidade de dados nesta aacuterea Relativamente agrave representaccedilatildeo de professores de grupos minoritaacuterios

A maior parte dos paiacuteses que natildeo recolhe dados refere curiosamente uma subshyrepresentaccedilatildeo de pessoas com deficiecircncia e pertencentes a grupos minoritaacuterios entre os professores estagiaacuterios e os professores diplomados e a situaccedilatildeo parece ser idecircntica entre os formadores de professores (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 22)

O relatoacuterio tambeacutem indica a necessidade de dados que levam a mudanccedilas com base em evidecircncias

A falta de investigaccedilatildeo em larga escala e de investigaccedilatildeo cumulativa bem como de evidecircncia empiacuterica na formaccedilatildeo de professores para a inclusatildeo foi referida pela OCDE (2010) hellip esta investigaccedilatildeo poderaacute garantir a existecircncia dum corpo de evidecircncias que possam dar forma agrave mudanccedila No presente relatoacuterio os exemplos realccedilam algumas questotildees-chave da pesquisa incluindo

- A eficaacutecia de diferentes rotas no ensino - Abordagens agrave formaccedilatildeo de professores e ao curriacuteculo da FIP e

- O papel dos cursos separados integrados e unificados e a melhor maneira de passar dum curso contiacutenuo para um uacutenico curso de formaccedilatildeo de professores que prepare todos os professores para a diversidade (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 68)

O projeto MIPIE defende que

A niacutevel da escola a recolha de dados deve

- Fornecer informaccedilatildeo que permitam aos professores e funcionaacuterios da escola planear e prestar o apoio e os recursos adequados

- Fornecer ideias claras sobre a participaccedilatildeo ativa dos pais e alunos no processo educativo (Agecircncia Europeia 2011a paacuteg 13)

Para que isto seja possiacutevel

Satildeo necessaacuterias sinergias a niacutevel nacional entre os principais intervenientes baseadas num claro racional para a recolha de dados considerando os dados a niacutevel nacional regional escola e sala de aula para que os dados globais do paiacutes efetivamente possam refletir a praacutetica (ibid paacuteg 14)

Para concluir a provisatildeo dos dados pode contribuir efetivamente para a elaboraccedilatildeo de poliacuteticas para a educaccedilatildeo inclusiva Haacute uma exigecircncia crescente ndash a niacutevel internacional europeu e nacional ndash para a responsabilidade e tecircm vindo a crescer comparaccedilotildees laquoentre escolasraquo e laquoentre naccedilotildeesraquo O surgimento de laquograndes dadosraquo

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 32

(meta-anaacutelises de conjuntos de dados e fontes combinadas) apresenta oportunidades mas tambeacutem desafios reais para a educaccedilatildeo inclusiva

Os apelos para a poliacutetica e alocaccedilatildeo de recursos baseada em evidecircncias reforccedilam a necessidade de dados significativos relacionados com todos os alunos Eacute necessaacuterio saber que alunos estatildeo a receber que serviccedilos quando e onde (contando todos os alunos) Tambeacutem eacute necessaacuterio ter dados sobre a qualidade dos serviccedilos e os resultados obtidos (considerando a praacutetica)

Um grande desafio para a recolha de dados estaacute em evitar classificar categorizar e rotular os alunos de modo a fornecer informaccedilatildeo sobre a provisatildeo que recebem As laquopluralidadesraquo das definiccedilotildees aplicadas a alunos e a laquopoliacuteticaraquo dos sistemas de rotulagem natildeo podem ser ignoradas nem os efeitos a que esses sistemas de rotulagem e definiccedilotildees conduzem

Fazer as perguntas certas em termos de poliacuteticas eacute o ponto de partida para a recolha de dados que servem de base significativa para as poliacuteticas

Colocar a teoria em praacutetica 33

OLHAR EM FRENTE

O primeiro objetivo da conferecircncia em novembro de 2013 foi refletir e resumir o trabalho da Agecircncia ao longo da uacuteltima deacutecada As cinco mensagens-chave descritas nos capiacutetulos anteriores destacam aspetos criacuteticos no que se refere agrave educaccedilatildeo inclusiva Baseiam-se nos resultados da anaacutelise aprofundada de temas-chave decididos pelos paiacuteses membros da Agecircncia O segundo objetivo da conferecircncia foi olhar em frente explorando a forma como o trabalho da Agecircncia pode prestar um melhor apoio aos paiacuteses membros ajudandoos a melhorar a qualidade e a eficaacutecia das suas respostas inclusivas para alunos com incapacidades eou necessidades educativas especiais A Agecircncia estaacute disposta a ajudar os paiacuteses de uma forma mais concreta com a implementaccedilatildeo dos resultados do nosso trabalho Isso significa disponibilizar recomendaccedilotildees de poliacutetica que sejam mais diretamente aplicaacuteveis aos decisores poliacuteticos para apoiar alteraccedilotildees futuras e desenvolvimentos poliacuteticos

A Agecircncia estaacute consciente de que o trabalho jaacute realizado estaacute de acordo e apoia diretamente todas as iniciativas de poliacuteticas europeias e internacionais em termos de educaccedilatildeo equidade igualdade de oportunidades e direitos para pessoas com incapacidades eou necessidades educativas especiais O trabalho da Agecircncia fornece recomendaccedilotildees claras e coerentes sobre como as poliacuteticas-chave nestas aacutereas podem ser implementadas na praacutetica A Agecircncia pretende proporcionar aos paiacuteses informaccedilatildeo sobre o progresso alcanccedilado nos objetivos propostos em termos de (a) metas de Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo para 2020 e (b) Convenccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiecircncia (2006) bem como vaacuterias diretivas e comunicaccedilotildees da Uniatildeo Europeia Eacute necessaacuteria orientaccedilatildeo sobre o modo como a educaccedilatildeo inclusiva pode ser implementada a niacutevel do professor sala de aula escola regiatildeo municiacutepio e poliacutetica nacional A Agecircncia tem capacidade para disponibilizar aos paiacuteses orientaccedilotildees sobre formas de implementaccedilatildeo da educaccedilatildeo inclusiva e como isto afeta a qualidade geral da educaccedilatildeo As discussotildees durante a conferecircncia bem como as discussotildees aprofundadas no acircmbito da Agecircncia orientaratildeo esta nova etapa no trabalho da Agecircncia

shy

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 34

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 1999 Financing of Special Needs Education ndash A seventeen-country Study of the Relationship between Financing of Special Needs Education and Inclusion [Financiamento da Educaccedilatildeo Especial ndash Um estudo de dezassete paiacuteses da Relaccedilatildeo entre o Financiamento da Educaccedilatildeo Especial e a Inclusatildeo] Middelfart Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2002a Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Princiacutepios-chave e Recomendaccedilotildees para R esponsaacuteveis Poliacuteticos Middelfart Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanagencyorgsitesdefaultfilestransition_transition_pttextpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2002b Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Principais problemas questotildees e opccedilotildees enfrentadas pelos alunos com necessidades educativas especiais em 16 paiacuteses Europeus Relatoacuterio Siacutentese Middelfart Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanagencyorgsitesdefaultfilestransition-from-school-to-employment_Transitionptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2003 Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula Relatoacuterio Siacutentese Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanagencyorgsitesdefaultfilesinclusive-education-and-classroom-practices_iecpptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2005 Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula nos 2ordm e 3ordm Ciclos do Ensino Baacutesico Relatoacuterio Siacutentese Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesinclusive-educationand-classroom-practice-in-secondary-education_iecp_secondary_ptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2006 Planos Individuais de Transiccedilatildeo Apoiar a Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesindividual-transitionplans_itp_ptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

shy

shyshy

shyshy

shy

shy

Colocar a teoria em praacutetica 35

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2009a Diversidade multicultural e necessidades especiais de educaccedilatildeo Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfilesmulticultural-diversity-and-special-needsshyeducation_Multicultural-Diversity-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2009b Princiacutepiosshychave para a Promoccedilatildeo da Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva ndash Recomendaccedilotildees para Decisores Poliacuteticos Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportskeyshyprinciples-for-promoting-quality-in-inclusive-educationkey-principles-PTpdf(Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2010 Intervenccedilatildeo Precoce na Infacircncia ndash Progressos e Desenvolvimentos 2005ndash2010 Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesearly-childhood-interventionshyprogress-and-developments_ECI-report-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011a Mapeamento da Implementaccedilatildeo de Poliacuteticas para a Educaccedilatildeo Inclusiva Uma anaacutelise dos desafios e oportunidades para o desenvolvimento de indicadores Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httphttpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesmipie_MIPIE-summaryshyof-proposals-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011b Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo na Europa ndash Desafios e Oportunidades Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfileste4i-challenges-and-opportunities_TE4I-Synthesis-Report-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011c Princiacutepios-Chave para a Promoccedilatildeo da Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva ndash Recomendaccedilotildees para Decisores Poliacuteticos Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfilesinclusive-education-and-classroom-practices_iecpshyptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011d Participation in Inclusive Education ndash A Framework for Developing Indicators [Participaccedilatildeo na Educaccedilatildeo inclusiva ndash Um Quadro para o Desenvolvimento de Indicadores] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 36

agencyorgpublicationsereportsparticipation-in-inclusive-education-a-frameworkshyfor-developing-indicatorsParticipation-in-Inclusive-Educationpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012a Perspetivas dos Jovens sobre Educaccedilatildeo Inclusiva Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfilesyoung-views-on-inclusive-education_YoungViews-2012PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012b Perfil de Professores Inclusivos Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfileste4i-profile-of-inclusive-teachers_Profile-of-InclusiveshyTeachers-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012c Raising Achievement for All Learners ndash Quality in Inclusive Education [Elevar o Sucesso de Todos os Alunos ndash Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva] Relatoacuterio sobre a conferecircncia realizada em Odense Dinamarca de 13 a 15 de junho de 2012 Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesRA4AL-conference-reportpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014) Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012d Raising Achievement for All Learners ndash Quality in Inclusive Education [Elevar o Sucesso de Todos os Alunos ndash Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httphttpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesra4al-keyshymessages_RA4AL-summary-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012e Promoting Accessible Information for Lifelong Learning Recommendations and findings of the i-access project [Promover o Acesso agrave Informaccedilatildeo para a Aprendizagem ao Longo da Vida Recomendaccedilotildees e observaccedilotildees do projeto i-access] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportsi-accessi-accessshyreportpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012f Vocational Education and Training Policy and Practice in the field of Special Needs Education ndash Literature Review [Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional (EFP) Poliacutetica e Praacutetica no campo da Educaccedilatildeo Especial ndash Revisatildeo da Literatura] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Colocar a teoria em praacutetica 37

agencyorgagency-projectsvocational-education-and-trainingvet-filesVETshyLiteratureReviewpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012g Teacher Education for Inclusion Project Recommendations linked to Sources of Evidence [Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo Recomendaccedilotildees do Projeto Ligadas a Fontes de Evidecircncias] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgagencyshyprojectsTeacher-Education-for-Inclusionsources-of-evidencepdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2013 European and International Policy Supporting ICT for Inclusion [Poliacutetica Europeia e Internacional para Uso das TIC como Apoio para a Inclusatildeo] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfileseuropean-and-internationalshypolicy-supporting-ict-for-inclusion_policy-supporting-ict-for-inclusionpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para as Necessidades Especiais e a Educaccedilatildeo Inclusiva 2014 Vocational Education and Training ndash Summary of Country Information [Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional ndash Resumo de Informaccedilatildeo do Paiacutes] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para as Necessidades Especiais e a Educaccedilatildeo Inclusiva httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesVET Summary of Country information 2014pdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Bennett S e Gallagher TL 2012 The Delivery of Education Services for Students who have an Intellectual Disability in the Province of Ontario [A prestaccedilatildeo de serviccedilos de ensino para alunos com incapacidade intelectual na proviacutencia de Ontaacuterio] Toronto Community Living Ontario

Chapman C Ainscow M Miles S e West M 2011 Leadership that promotes the achievement of students with special educational needs and disabilities [Lideranccedila que promove o sucesso de alunos com necessidades educativas especiais e incapacidades] Nottingham National College for School Leadership

Comissatildeo das Comunidades Europeias 2008 Livro Verde ndash Migraccedilatildeo e mobilidade desafios e oportunidades para os sistemas educativos da UE SEC(2008) 2173 COM20080423 final Bruxelas Comissatildeo das Comunidades Europeias

Conselho da Uniatildeo Europeia 2010 Conclusotildees do Conselho sobre a dimensatildeo social da educaccedilatildeo e da formaccedilatildeo 3013ordf Reuniatildeo do Conselho de EDUCACcedilAtildeO JUVENTUDE E CULTURA Bruxelas 11 de maio de 2010 httpeurshylexeuropaeulegal-contentPTTXTPDFuri=CELEX52010XG0526(01)ampfrom=PT(Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 38

Farrell P Dyson AS Polat F Hutcheson G e Gallannaugh F 2007 laquoSEN inclusion and pupil achievement in English schoolsraquo [Inclusatildeo de crianccedilas com NEE e sucesso dos alunos nas escolas inglesas] Journal of Research in Special Educational Needs 7 (3) 172ndash178

Frilseth L 2012 The Norwegian Model for Education for All in Upper Secondary School [O Modelo Norueguecircs para a Educaccedilatildeo para Todos no Ensino Secundaacuterio] Direccedilatildeo Norueguesa para Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo httpwwweuropeanshyagencyorgagency-projectsra4alra4al-seminar-pdfNorway-L-Frilsethpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Fullan M 2011 Change Leader Learning to do what matters most [Liacuteder de Mudanccedila aprender a fazer o que mais importa] San Francisco Jossey-Bass de Graaf G van Hove G e Haveman M 2011 laquoMore academics in regular schools The effect of regular versus special school placement on academic skills in Dutch primary school students with Down syndromeraquo [Mais acadeacutemicos nas escolas regulares O efeito da colocaccedilatildeo em escola regular versus escola especial nas competecircncias acadeacutemicas em alunos holandeses do ensino primaacuterio com siacutendrome de Down] Journal of International Disability Research December 2011 57(1) 21ndash38 doi 101111j1365-2788201101512x

Hargreaves A e Shirley D 2009 The Fourth Way ndash The inspiring future for educational change [A Quarta Via ndash O futuro inspirador para a mudanccedila educativa] Publicaccedilatildeo conjunta do Ontario Principalsrsquo Council e do National Staff Development Council Thousand Oaks CA Corwin Press

Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO e Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011 ICTs in Education for People with Disabilities Review de innovative practice [TIC na Educaccedilatildeo para Pessoas com Incapacidades revisatildeo da praacutetica inovadora] Moscovo Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO httpwwweuropeanshyagencyorgpublicationsereportsICTs-in-Education-for-People-WithshyDisabilitiesReview-of-Innovative-Practice (Uacuteltimo acesso em julho de 2014) Kalambouka A Farrell P Dyson A e Kaplan I 2005 The impact of population inclusivity in schools on student outcomes [O impacto da inclusividade da populaccedilatildeo em escolas nos resultados dos alunos] Research Evidence in Education Library London EPPI-Centre Social Science Research Unit Institute of Education University of London Kyriazopoulou M e Weber H (eds) 2009 Desenvolvimento de um conjunto de indicadores ndash para a educaccedilatildeo inclusiva na Europa Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Colocar a teoria em praacutetica 39

agencyorgsitesdefaultfilesdevelopment-of-a-set-of-indicators-for-inclusiveshyeducation-in-europe_indicators-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

MacArthur J 2009 Learning Better Together Working towards inclusive education in New Zealand schools [Aprender Melhor Juntos trabalhar para a educaccedilatildeo inclusiva nas escolas da Nova Zelacircndia] Wellington IHC

MacArthur J Kelly B Sharp S amp Gaffney M 2005 Participation or exclusion Disabled childrenrsquos experiences of life at school [Participaccedilatildeo ou exclusatildeo Experiecircncias de vida na escola de crianccedilas com incapacidades] Um artigo apresentado na laquoChildrenrsquos Issues Conferenceraquo Dunedin Nova Zelacircndia julho de 2005 Menter I Hulme M Elliott D e Lewin J 2010 Literature Review on Teacher Education in the 21st Century [Revisatildeo da Literatura sobre a Formaccedilatildeo de Professores no Seacuteculo XXI] Scottish Government Social Research Edimburgo Scottish Government

Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para a Educaccedilatildeo Ciecircncia e Cultura 2009 Policy Guidelines on Inclusion in Education [Diretrizes da Poliacutetica sobre Inclusatildeo na Educaccedilatildeo] Paris UNESCO

Organizaccedilatildeo Mundial de SauacutedeBanco Mundial 2011 World Report on Disability [Relatoacuterio Mundial sobre Deficiecircncia] Genebra Ediccedilotildees OMS httpwwwwhointdisabilitiesworld_report2011enindexhtml (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Organizaccedilatildeo para a Cooperaccedilatildeo e Desenvolvimento Econoacutemico 2011 PISA in Focus Improving Performance Leading from the Bottom [PISA agrave Lupa Melhorar os Resultados Progedir ateacute ao Topo] 20112 (Marccedilo) Paris OCDE Redley M 2009 laquoUnderstanding the social exclusion and stalled welfare of citizens with learning disabilitiesraquo [Compreender a exclusatildeo social e o bem-estar sem progresso dos cidadatildeos com dificuldades de aprendizagem] Disability amp Society 24(4) 489ndash501

Naccedilotildees Unidas 2006 Convenccedilatildeo sobre os Direitos das Pessoas com Deficiecircncia Nova Iorque Naccedilotildees Unidas

Watkins A (ed) 2007 Assessment in Inclusive Settings Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos Questotildees-chave para Poliacuteticas e Praacuteticas Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportsassessment-in-inclusiveshysettings-key-issues-for-policy-and-practiceassessment-in-inclusive-settings-keyshyissues-for-policy-and-practice (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 40

Wilkinson R e Pickett K 2010 The Spirit Level Why Equality is Better para Everyone [O Niacutevel do Espiacuterito Por que a Igualdade eacute Melhor para Todos] Londres Penguin

Willms JD 2006 Learning divides Ten policy questions about the performance and equity of schools and schooling systems [A aprendizagem divide dez perguntas de poliacutetica acerca do desempenho e equidade das escolas e dos sistemas de escolaridade] Montreal Instituto de Estatiacutestica da UNESCO

Colocar a teoria em praacutetica 41

  • preacircmbulo
  • Sumaacuterio Executivo
  • O mais precocemente possiacutevel
    • Introduccedilatildeo
    • Intervenccedilatildeo precoce
    • Deteccedilatildeo e avaliaccedilatildeo precoces
    • Apoio precoce
    • Transiccedilatildeo planeada
      • A educaccedilatildeo inclusiva beneficia todos
        • Introduccedilatildeo
        • A educaccedilatildeo inclusiva como uma abordagem para elevar o sucesso para todos os alunos
        • laquoO que eacute bom para os alunos com NEE eacute igualmente bom para todos os alunosraquo
        • Monitorizaccedilatildeo do progresso
          • profissionais altamente qualificados
            • Introduccedilatildeo
            • Formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo
            • O perfil dos professores inclusivos e outros profissionais
            • Abordagens ao recrutamento
            • Atitudes positivas
            • Trabalho em rede e coordenaccedilatildeo
              • sistemas de apoio e mecanismos de financiamento
                • Introduccedilatildeo
                • Sistemas de apoio e mecanismos de financiamento
                  • Intervenccedilatildeo Precoce na Infacircncia (IPI)
                  • Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula
                  • Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional (EFP)
                  • Tecnologias de Informaccedilatildeo e Comunicaccedilatildeo (TIC)
                      • dados fiaacuteveis
                        • Introduccedilatildeo
                        • Monitorizaccedilatildeo dos direitos dos alunos
                          • (i) Participaccedilatildeo na educaccedilatildeo e formaccedilatildeo
                          • (ii) Acesso ao apoio e agrave adaptaccedilatildeo
                          • (iii) Oportunidades para o sucesso na aprendizagem e na transiccedilatildeo
                          • (iv) Oportunidades de integraccedilatildeo
                            • Monitorizaccedilatildeo da eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusiva
                              • olhar em frente
                              • REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

No trabalho da Agecircncia sobre a praacutetica inclusiva nas escolas secundaacuterias em 2005 sublinhou-se que

Todos os alunos ndash incluindo os que apresentam necessidades educativas especiais ndash tecircm demonstrado evoluir na aprendizagem quando o seu trabalho eacute sistematicamente planeado supervisionado e avaliado (Agecircncia Europeia 2005 paacuteg 6)

e que

Todos os alunos beneficiam com a aprendizagem cooperativa o aluno que explica ao outro reteacutem melhor e por mais tempo a informaccedilatildeo e as necessidades do aluno que estaacute a aprender satildeo abordadas de melhor forma por um par cujo niacutevel de compreensatildeo esteja apenas ligeiramente acima do seu proacuteprio niacutevel (ibid paacuteg 18)

No relatoacuterio RA4AL afirma-se que

um sistema que permite que os alunos progridam rumo a objetivos comuns mas atraveacutes de vias diferentes utilizando diferentes estilos de aprendizagem e avaliaccedilatildeo deve ser mais inclusivo e elevar o sucesso de todos os alunos (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 25)

O relatoacuterio da Agecircncia Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos regista tambeacutem a necessidade de envolver todos os alunos e paisfamiacutelias no processo tanto de aprendizagem como de avaliaccedilatildeo (Watkins 2007) O mesmo relatoacuterio refere que o processo de diferenciaccedilatildeo requer uma anaacutelise cuidadosa Embora possa tambeacutem estar associado a individualizaccedilatildeo e personalizaccedilatildeo e ser visto como uma forma de satisfazer necessidades individuais ou de grupo mais especiacuteficas manteacutem-se frequentemente centrado no professor ao inveacutes de ser orientado para aluno A personalizaccedilatildeo tem de comeccedilar com as necessidades e interesses de todos os alunos

No mais recente projeto i-access da Agecircncia constata-se que os benefiacutecios da tecnologia de apoio ou laquotecnologia facilitadoraraquo mostram-se frequentemente uacuteteis para uma ampla variedade de utilizadores laquoA acessibilidade beneficia os utilizadores com incapacidades eou necessidades educativas especiais bem como todos os utilizadoresraquo (Agecircncia Europeia 2012e paacuteg 22)

As opiniotildees dos jovens com e sem incapacidades expressas na publicaccedilatildeo Perspetivas dos Jovens sobre Educaccedilatildeo Inclusiva fornecem um resumo claro dos benefiacutecios da educaccedilatildeo inclusiva para todos os alunos Como um jovem aluno afirmou laquoEducaccedilatildeo inclusiva eacute para todas as crianccedilas As escolas regulares devem estar perto das suas residecircncias Esta experiecircncia permite encontrar as pessoas vizinhasraquo (Agecircncia Europeia 2012a paacuteg 11) Outros acrescentaram laquoOs alunos

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 14

com e sem necessidades especiais podem aprender uns com os outros e trocarconhecimentosraquo laquoEacute bom para noacutes e bom para eles Eacute importante reconhecer os benefiacutecios para todos na turmaraquo e laquoA educaccedilatildeo inclusiva ajuda as crianccedilas a tornarem-se mais tolerantes com mentalidades mais abertasraquo (ibid paacuteg 23)

Monitorizaccedilatildeo do progresso

Na medida em que a educaccedilatildeo inclusiva se alargou para assegurar a qualidade da educaccedilatildeo para todos os alunos eacute necessaacuterio encontrar novas formas de monitorizar o progresso Sugere-se com base no trabalho realizado pela Agecircncia nos indicadores e no relatoacuterio MIPIE (2011a) que a niacutevel escolar a recolha de dados possa ter em conta fatores com possiacutevel impacto na qualidade das estrateacutegias de admissatildeo das escolas tais como regras e poliacuteticas de admissatildeo natildeo discriminatoacuterias poliacuteticas e estrateacutegias desenvolvidas para apoiar os alunos a expressarem as suas necessidades existecircncia de uma declaraccedilatildeo poliacutetica clara contra o bullying implementaccedilatildeo dos coacutedigos de praacutetica existentes relativamente agrave educaccedilatildeo inclusiva sessotildees de formaccedilatildeo do pessoal quanto a questotildees de admissatildeo e criaccedilatildeo de um ambiente escolar acolhedor trabalho em respeito e colaboraccedilatildeo com alunos e famiacutelias estrateacutegias para ajudar os alunos e as famiacutelias a participarem ativamente na comunidade escolar e na sala de aula e disponibilizaccedilatildeo de estrateacutegias de informaccedilatildeo e aconselhamento e respetivo impacto nos alunos

Em conclusatildeo o debate mais amplo sobre a inclusatildeo pretende no momento presente ndash proporcionar uma educaccedilatildeo de alta qualidade (e benefiacutecios) a todos os alunos Um desempenho escolar forte e a equidade podem andar de matildeos dadas

O sistema de ensino eacute complexo e fragmentado e atualmente falta-lhe uma linha de pensamento consistente acerca da educaccedilatildeo inclusiva De um modo geral o apoio aos diretores e liacutederes que queiram tentar proceder a alteraccedilotildees em situaccedilotildees isoladas eacute muito reduzido A diversidade tem vindo a aumentar em todo o sistema mas as tradiccedilotildees do passado restringem as accedilotildees A capacidade das escolas deve ser desenvolvida atraveacutes da consciencializaccedilatildeo do contexto da correspondecircncia (entre legislaccedilatildeo e poliacuteticapraacutetica) da clareza conceptual e de um apoio contiacutenuo ndash para todos partes interessadas ndash que incentive as escolas a serem proativas e natildeo reativas Conhecer todos os alunos e intervir de forma precoce ajudaraacute a desenvolver apoio de qualidade para todos os alunos considerado como parte da educaccedilatildeo em geral

Colocar a teoria em praacutetica 15

PROFISSIONAIS ALTAMENTE QUALIFICADOS

Introduccedilatildeo

laquoProfissionais altamente qualificadosraquo envolve questotildees de formaccedilatildeo inicial e contiacutenua perfil valores e competecircncia dos professores abordagens eficazes ao recrutamento e atitudes bem como trabalho em rede e coordenaccedilatildeo de todos profissionais Os jovens que participaram na Audiccedilatildeo do Parlamento Europeu organizada pela Agecircncia em 2011 referiram

O ponto de partida para a educaccedilatildeo inclusiva eacute a sensibilizaccedilatildeo e a formaccedilatildeo dprofessores hellip Os professores devem compreender o que cada aluno precisa e dar-lhe oportunidade de atingir os objetivos com sucesso Todos temos talentos juntos construiacutemos uma melhor comunidade de trabalho (Agecircncia Europeia 2012a paacuteg 12)

e

Formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo

Uma formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo adequada dos professores e outros profissionais eacute considerada um fator-chave para praacuteticas inclusivas bem-sucedidas O relatoacuterio da Agecircncia Princiacutepios-chave para a Promoccedilatildeo da Qualidade em Educaccedilatildeo Inclusiva Recomendaccedilotildees para a praacutetica frisa que

Todos os professores devem ter competecircncias para responder agraves diversas necessidades de todos os alunos Na formaccedilatildeo inicial e contiacutenua os professores devem adquirir as competecircncias conhecimento e compreensatildeo que lhes permitam ter a confianccedila necessaacuteria para lidar eficazmente com as diversas necessidades dos alunos (Agecircncia Europeia 2011c paacuteg 15)

O relatoacuterio da Agecircncia Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo na Europa ndash Desafios e Oportunidades aborda a estrutura da formaccedilatildeo inicial de professores Afirma-se que

Uma das principais prioridades da formaccedilatildeo de professores hellip eacute a necessidade de rever a sua estrutura para melhorar a formaccedilatildeo de professores para a inclusatildeo e para integrar a formaccedilatildeo inicial e especializada O conhecimento sobre a mudanccedila do papel dos professores evoluiu imenso tendo sido realccedilada a necessidade de introduzir mudanccedilas significativas na forma como os professores satildeo preparados para as suas funccedilotildees e responsabilidades profissionais (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 19)

Aleacutem disso indica que

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 16

Os formadores de professores satildeo atores-chave na garantia da alta qualidade do corpo docente Muitos paiacuteses europeus natildeo tecircm ainda uma poliacutetica expliacutecita sobre as competecircncias dos formadores de professores nem sobre a forma como devem ser selecionados ou formados (ibid paacuteg 66)

O perfil dos professores inclusivos e outros profissionais

No quadro do projeto da Agecircncia Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo o Perfil de Professores Inclusivos (Agecircncia Europeia 2012b) foi desenvolvido como um guia para a conceccedilatildeo e a implementaccedilatildeo de programas de formaccedilatildeo inicial de professores (FIP) para todos professores Identifica um quadro de valores essenciais e de aacutereas de competecircncia aplicaacuteveis a qualquer programa FIP na preparaccedilatildeo de todos os professores para trabalharem em educaccedilatildeo inclusiva respondendo agrave diversidade

O quadro de valores essenciais e de aacutereas de competecircncia inclui

Valorizaccedilatildeo da diversidade ndash a diferenccedila eacute considerada um recurso e um valor para a educaccedilatildeo As aacutereas de competecircncia dentro deste valor fundamental dizem respeito a Conceccedilotildees de educaccedilatildeo inclusiva Perspetivas do professor sobre a diferenccedila dos alunos

Apoiar todos os alunos ndash os professores tecircm elevadas expectativas sobre os resultados de todos os alunos As aacutereas de competecircncia dentro deste valor essencial dizem respeito a Promoccedilatildeo da aprendizagem acadeacutemica praacutetica social e emocional de todos os alunos Metodologias de ensino eficazes em turmas heterogeacuteneas

Trabalho com outros ndash colaboraccedilatildeo e trabalho em equipa satildeo metodologias essenciais para todos os professores As aacutereas de competecircncia dentro deste valor essencial dizem respeito a Trabalho com pais e famiacutelias Trabalho com um vasto leque de profissionais de educaccedilatildeo

Desenvolvimento profissional e pessoal ndash o ensino eacute uma atividade de aprendizagem e os professores satildeo responsaacuteveis pela aprendizagem ao longo da vida As aacutereas de competecircncia dentro deste valor essencial dizem respeito a Professores como profissionais reflexivos Formaccedilatildeo inicial de professores como base para o desenvolvimento profissional contiacutenuo (ibid paacuteg 7)

Abordagens ao recrutamento

As abordagens eficazes ao recrutamento e o aumento das taxas de permanecircncia dos professores e outros profissionais satildeo indicados como fatores-chave numa seacuterie de projetos da Agecircncia O relatoacuterio da Agecircncia Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo na Europa ndash Desafios e Oportunidades realccedila que

Colocar a teoria em praacutetica 17

Devem ser encontradas estrateacutegias efetivas para melhorar o recrutamento dos candidatos a professores para aumentar as taxas de permanecircncia a par de medidas destinadas a aumentar o nuacutemero de professores de diferentes origens e incluindo professores com deficiecircncia (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 75)

O relatoacuterio do projeto refere que

Uma minoria de paiacuteses tem testes para selecionar o acesso agrave docecircncia Contudo a investigaccedilatildeo recentemente levada a cabo para efeitos da Revisatildeo da Formaccedilatildeo de Professores na Escoacutecia (Menter e colegas 2010) realccedila evidecircncias que mostram que haacute muitas dimensotildees do ensino efetivo que natildeo satildeo fidedignamente preditiacuteveis por testes de capacidade acadeacutemica Esta conclusatildeo estaacute em concordacircncia com a revisatildeo da literatura deste projeto e com os relatoacuterios dos paiacuteses que realccedilam a importacircncia das atitudes valores e crenccedilas no desenvolvimento de praacuteticas inclusivas Tanto as atitudes valores e crenccedilas como as disposiccedilotildees que apoiam o desenvolvimento das requeridascompetecircncias satildeo difiacuteceis de apurar mesmo atraveacutes de uma entrevista Eacute necessaacuteria mais investigaccedilatildeo para encontrar indicadores eficazes para a seleccedilatildeo de candidatos (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 21)

Atitudes positivas

As atitudes positivas dos professores e outros profissionais satildeo indicadas como um elemento-chave na educaccedilatildeo inclusiva na maioria dos projetos da Agecircncia O relatoacuterio da Agecircncia Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula constata que

Obviamente que a inclusatildeo depende largamente da atitude dos professores face aos alunos com necessidades especiais das suas perceccedilotildees sobre as diferenccedilas na sala de aula e da sua vontade de lidar eficazmente com essas diferenccedilas A atitude dos professores foi indicada como um fator decisivo na construccedilatildeo de escolas mais inclusivas (Agecircncia Europeia 2003 paacuteg 12)

Do mesmo modo o relatoacuterio da Agecircncia designado Princiacutepios-Chave para a Promoccedilatildeo da Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva ndash Recomendaccedilotildees para a praacutetica realccedila a importacircncia das atitudes positivas Afirma-se que

Todos os professores devem ter atitudes positivas em relaccedilatildeo a todos os alunos e disponibilidade para trabalhar em colaboraccedilatildeo com os colegas Todos os professores devem entender a diversidade como uma forccedila e um estiacutemulo para sua proacutepria aprendizagem (Agecircncia Europeia 2011c paacuteg 14)

O relatoacuterio da Agecircncia Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos Questotildeesshychave para Poliacuteticas e Praacuteticas indica que

As atitudes dos professores de turma face ao processo de avaliaccedilatildeo inclusiva satildeo cruciais As atitudes positivas podem ser fomentadas atraveacutes de formaccedilatildeo

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 18

apoio e recursos apropriados e de experiecircncias de inclusatildeo bem sucedidas Os professores necessitam de experiecircncias bem sucedidas para os ajudar a desenvolver as necessaacuterias atitudes positivas (Watkins 2007 paacuteg 53)

Trabalho em rede e coordenaccedilatildeo

Todos os relatoacuterios da Agecircncia referem o papel eficaz da colaboraccedilatildeo e coordenaccedilatildeo dos profissionais e do trabalho em rede com serviccedilos comunitaacuterios interdisciplinares Um exemplo digno de nota eacute o relatoacuterio da Agecircncia Formaccedilatildeo de professores para a Inclusatildeo Perfil de Professores Inclusivos (TE4I) no qual se realccedila que

A implementaccedilatildeo da educaccedilatildeo inclusiva deve ser vista como uma tarefa coletiva com funccedilotildees e responsabilidades atribuiacutedas aos diferentes intervenientes O apoio aos professores de turma inclui o acesso a estruturas que facilitam a comunicaccedilatildeo e o trabalho de equipa com diferentes profissionais (incluindo aqueles que trabalham em instituiccedilotildees de ensino superior) bem como oportunidades para o desenvolvimento profissional (Agecircncia Europeia 2012b paacuteg 24)

Na publicaccedilatildeo da Agecircncia Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula nos 2ordm e 3ordm Ciclos de Ensino Baacutesico as questotildees do ensino cooperativo e da resoluccedilatildeo cooperativa de problemas satildeo apresentadas como fatores-chave para uma praacutetica inclusiva eficaz O projeto afirma que laquoOs professores precisam do apoio dos colegas da escola e de ser capazes de colaborar com eles Necessitam igualmente do apoio e da colaboraccedilatildeo de profissionais exteriores agrave escolaraquo (Agecircncia Europeia 2005 paacuteg 5)

Para concluir

A educaccedilatildeo inclusiva implica uma alteraccedilatildeo sisteacutemica que exige uma transformaccedilatildeo quanto ao modo como os professores e outros profissionais do ensino satildeo formados natildeo apenas em termos de competecircncias mas tambeacutem de valores eacuteticos

Os principais aspetos relacionados com os profissionais altamente qualificados podem ser resumidos numa seacuterie de indicadores na aacuterea da legislaccedilatildeo para a educaccedilatildeo inclusiva desenvolvidos e apresentados no projeto da Agecircncia Desenvolvimento de um conjunto de indicadores ndash para a educaccedilatildeo inclusiva na Europa

Programas de formaccedilatildeo inicial e contiacutenua de professores incluem conteuacutedos sobre a educaccedilatildeo especial e a inclusatildeo Professores e outros profissionais satildeo apoiados para desenvolverem os seus conhecimentos competecircncias e atitudes relativas agrave inclusatildeo de forma a

Colocar a teoria em praacutetica 19

estarem preparados para responder agraves necessidades de todos os alunos no ensino regular

Disponibilizaccedilatildeo de cursos e oportunidades para a melhoria do desenvolvimento profissional dos professores

Os professores planificam ensinam e reavaliam em parceria

Recursos satildeo disponibilizados para o adequado desenvolvimento profissional relacionados com a resposta agraves necessidades especiais em educaccedilatildeo inclusiva (Kyriazopoulou e Weber 2009 paacuteg 29)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 20

SISTEMAS DE APOIO E MECANISMOS DE FINANCIAMENTO

Introduccedilatildeo

Em novembro de 2011 a Agecircncia Europeia acolheu uma Audiccedilatildeo no Parlamento Europeu em Bruxelas Participaram oitenta e oito jovens com e sem necessidades educativas especiais eou incapacidades do ensino secundaacuterio e da formaccedilatildeo vocacional para debaterem o significado da educaccedilatildeo inclusiva para eles Alguns dos resultados estatildeo diretamente relacionados com questotildees de recursos e financiamento laquoA educaccedilatildeo inclusiva requer recursos adicionais como tempo e dinheiro mas cada aluno deve ter a educaccedilatildeo que querraquo (Agecircncia Europeia 2012a paacuteg 13)

O acesso fiacutesico dos edifiacutecios eacute importante (elevadores portas automaacuteticas interruptores acessiacuteveis etc) hellip No caso dos testes eacute necessaacuterio tempo extra hellip Satildeo necessaacuterios sistemas internos de apoio para os alunos com deficiecircncias (ibid paacuteg 28ndash29)

Eacute bom ter apoio de pessoas de fora da equipa da escola que possam atuar como mediadores para os alunos com necessidades especiais Havia professores que natildeo queriam cooperar no trabalho de educaccedilatildeo inclusiva para mim e para outros os professores devem aceitar todos nas suas salas de aula (ibid paacuteg 20)

Os cortes do governo estatildeo a ter impacto no apoio ndash pessoas como os mediadores estatildeo a perder os seus empregos O dinheiro estaacute a ir para as escolas mas eacute tatildeo disfuncional que significa que os professores laquonormaisraquo tecircm de prestar o apoio e eles natildeo satildeo capazes (ibid paacuteg 28)

A educaccedilatildeo inclusiva eacute muitas vezes referida como dispendiosa mas ao tentar poupar vamos acabar por pagar mais para lidar com os problemas hellip Mesmo que um paiacutes natildeo tenha muitos recursos a educaccedilatildeo inclusiva precisa de ser posta em praacutetica A educaccedilatildeo inclusiva eacute um investimento temos de investir nas pessoas (ibid paacuteg 25)

Sistemas de apoio e mecanismos de financiamento Os sistemas de apoio e mecanismos de financiamento englobam todos os niacuteveis de aprendizagem e por conseguinte abordam diversas questotildees Aleacutem disso limitar a questatildeo apenas ao campo educativo seria insuficiente

As crianccedilas e os jovens natildeo teratildeo sucesso na aprendizagem se a sua sauacutede baacutesica e as suas necessidades sociais e emocionais natildeo forem atendidas Isto pode exigir apoio para as famiacutelias e as comunidades sendo necessaacuteria a

Colocar a teoria em praacutetica 21

colaboraccedilatildeo com os serviccedilos de sauacutede e de seguranccedila social que garanta uma intervenccedilatildeo holiacutestica (Agecircncia Europeia 2011c paacuteg 17ndash18)

Existe a consciencializaccedilatildeo disseminada de que a criaccedilatildeo de poliacuteticas com base em evidecircncias eacute essencial para o desenvolvimento a longo prazo dos sistemas de educaccedilatildeo inclusiva Tal foi reconhecido no trabalho da Agecircncia logo em 1999 no acircmbito do relatoacuterio Financing of Special Needs Education [Financiamento da Educaccedilatildeo Especial] onde se defendia que

os procedimentos de avaliaccedilatildeo e monitorizaccedilatildeo nos paiacuteses podem tambeacutem ser melhorados no quadro do ensino especial Em primeiro lugar eacute importante garantir e incentivar um dispecircndio eficiente e eficaz dos fundos puacuteblicos Em segundo lugar parece ser necessaacuterio mostrar claramente aos clientes dos sistemas educativos (alunos com necessidades especiais e os seus pais) que a qualidade da educaccedilatildeo no ambiente regular (incluindo todas as instalaccedilotildees adicionais e apoio) eacute suficientemente elevada (Agecircncia Europeia 1999 paacuteg 158)

Os temas do financiamento e dos recursos foram abordados em diversos outros projetos da Agecircncia Assim as afirmaccedilotildees e os resultados que se seguem lanccedilam alguma luz sobre estas duas questotildees de pontos de vista diferentes na sequecircncia de projetos distintos levados a cabo pela Agecircncia

Intervenccedilatildeo Precoce na Infacircncia (IPI) laquoA tendecircncia comum na Europa eacute a prestaccedilatildeo de serviccedilos de IPI localizados e prestados tatildeo perto quanto possiacutevel da crianccedila e da famiacuteliaraquo (Agecircncia Europeia 2010 paacuteg 18) por exemplo no municiacutepio

Os recursos e serviccedilos de IPI devem abranger todas as famiacutelias e crianccedilas em idades precoces que deles necessitem independentemente da sua condiccedilatildeo socioeconoacutemica hellip Isto implica que os fundos puacuteblicos devem cobrir todos os custos relativos agrave IPI atraveacutes de serviccedilos puacuteblicos companhias de seguros organizaccedilotildees sem fins lucrativos etc preenchendo os padrotildees de qualidade exigidos na respetiva legislaccedilatildeo nacional para a IPI (ibid paacuteg 22) O financiamento puacuteblico para os serviccedilos de IPI geralmente vem do governo central eou federal ou dos orccedilamentos regionais eou locais Na maioria dos casos o financiamento da IPI eacute uma combinaccedilatildeo dos trecircs niacuteveis da administraccedilatildeo acima mencionados planos de seguro de sauacutede e de recursos de organizaccedilotildees sem fins lucrativos (ibid paacuteg 23)

As recomendaccedilotildees para melhorar a coordenaccedilatildeo dos serviccedilos e dos recursos da IPI incluem entre outras as seguintes

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 22

A IPI eacute muitas vezes uma aacuterea de trabalho interserviccedilos mas tambeacutem uma aacuterea interdisciplinar Os decisores poliacuteticos precisam de reconhecer isso garantindo que as poliacuteticas e as orientaccedilotildees sejam desenvolvidas conjuntamente pelos setores da sauacutede da educaccedilatildeo e da seguranccedila social e que qualquer orientaccedilatildeo escrita para os serviccedilos regionais e locais inclui os logotipos de todos os departamentos Somente desta forma o trabalho integrado seraacute filtrado aos niacuteveis regional e local (ibid paacuteg 42ndash43)

Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula

A existecircncia de diferentes modelos de gestatildeo da diferenccedila na sala de aula depende natildeo soacute de fatores ligados ao professor mas tambeacutem da forma como a escola organiza os recursos e de outros fatores externos

Esta afirmaccedilatildeo foi incluiacuteda no relatoacuterio da Agecircncia sobre Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula (Agecircncia Europeia 2003 paacuteg 8)

Eacute claro que a resposta aos alunos com necessidades educativas especiais natildeo eacute apenas uma questatildeo de recursos a niacutevel da sala de aula Importa reconhecer que a organizaccedilatildeo da escola determina igualmente a quantidade e o tipo dos recursos que os professores podem usar no ensino de alunos com NEE (ibid paacuteg 14ndash15)

A organizaccedilatildeo dos recursos no seio da escola deve corresponder ao princiacutepio da flexibilidadehellip as escolas devem ter liberdade para a utilizaccedilatildeo dos recursos financeiros de acordo com os seus proacuteprios desejos e perspetivas Deve evitarshyse a burocracia estando os recursos disponiacuteveis para todos os alunos com ou sem NEE sempre que necessaacuterio ou quando o professor assim o desejar (ibid paacuteg 16)

laquoO financiamento e respetivos incentivos desempenham um papel decisivoraquo (ibid paacuteg 17)

O modelo de financiamento baseado na avaliaccedilatildeo dos resultados (a niacutevel regional) parece ser a opccedilatildeo melhor sucedida Neste modelo os orccedilamentos destinados agraves necessidades educativas especiais satildeo atribuiacutedos pelo serviccedilo central agraves instituiccedilotildees regionais ou locais (comunidades agrupamentos de escolas) As decisotildees relativas ao financiamento e elegibilidade devem ser tomadas a niacutevel regionalhellip Um modelo descentralizado pode ser mais rentaacutevel e limitar os riscos de ver emergir formas indesejaacuteveis de comportamentosestrateacutegicos Eacute no entanto evidente que o governo central deve indicar claramente os objetivos a atingir (ibid paacuteg 18)

Colocar a teoria em praacutetica 23

Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional (EFP) A implementaccedilatildeo dos programas de EFP segue o planeamento a longo prazo no setor da educaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo com os parceiros sociais

Existe um foco no estabelecimento de ligaccedilotildees mais proacuteximas hellip para desenvolver os curriacuteculos dos programas de formaccedilatildeo profissional e para corresponder agraves abordagens e conteuacutedos educativos com as competecircncias necessaacuterias na vida laboral hellip atraveacutes da organizaccedilatildeo e realizaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo de competecircncias colaboraccedilatildeo no estabelecimento de conteuacutedos de novas qualificaccedilotildees normas e curriacuteculos e correspondecircncia dos programas de EFP com as necessidades da economia (Agecircncia Europeia 2014 paacuteg 23) A niacutevel individual os alunos com necessidades educativas especiais recebem assistecircncia educativa (por exemplo tecnologia de apoio inteacuterpretes de liacutengua gestual materiais de aprendizagem de elaboraccedilatildeo especial escribas ou outras formas de assistecircncia praacutetica) especial para tornar os curriacuteculos de EFP acessiacuteveis (ibid paacuteg 15)

Os niacuteveis regionais (ou seja condados freguesias municiacutepios proviacutencias federais) satildeo fundamentais para garantir o melhor ajuste entre os objetivos educativos e as necessidades do mercado de trabalho Os conselhos consultivos regionais desempenham um papel ativo na atualizaccedilatildeo da estrutura dos programas educativos no acircmbito da sua responsabilidade regional e em cooperaccedilatildeo com os parceiros sociais Desempenham um papel importante na possibilidade de flexibilizaccedilatildeo dos percursos dos alunos

As instituiccedilotildees de EFP satildeo lideradas por diferentes agecircncias nos paiacuteses europeus tais como autoridades locais organizaccedilotildees natildeo governamentais setor privado etc Nos paiacuteses europeus analisados as principais responsabilidades pelo financiamento cabem agraves entidades estatais e governamentais a niacutevel regional ou municipal Aleacutem disso na maioria dos paiacuteses os criteacuterios de financiamento satildeo diferentes dependendo do tipo de propriedade (puacuteblicaprivada) vigente no paiacutes Outras medidas destinadas a promover o emprego entre os alunos com NEE satildeo o pagamento do custo do serviccedilo de emprego apoiado a isenccedilatildeo do pagamento de pensatildeo e seguro de invalidez uma recompensa para casos em que a quota eacute ultrapassada ajudas financeiras aos trabalhadores com incapacidades que se estabelecem como empresaacuterios reduccedilatildeo nos pagamentos agrave seguranccedila social reduccedilatildeo de impostos pelo emprego de jovens alunos com NEE ou preacutemios anuais por boas praacuteticas Existem tambeacutem programas que permitem que os alunos entrem no mercado de trabalho mantendo uma percentagem do seu subsiacutedio social de origem (por exemplo subsiacutedio de invalidez) que natildeo estaacute sujeito agrave tributaccedilatildeo ou cobertura social Os funcionaacuterios tambeacutem seriam autorizados a manter laquobenefiacutecios

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 24

secundaacuteriosraquo (por exemplo subsiacutedio para combustiacutevel cartatildeo meacutedico) durante um determinado periacuteodo de tempo

Tecnologias de Informaccedilatildeo e Comunicaccedilatildeo (TIC)

Sem duacutevida as TIC acessiacuteveis podem atuar como um facilitador para a igualdade de participaccedilatildeo em atividades educativas para diversos alunos com NEE Os estudantes com SEN destacaram a importacircncia das TIC durante a Audiccedilatildeo do Parlamento Europeu em 2011

No nosso paiacutes existe uma organizaccedilatildeo que fornece materiais especiais e tecnologias de informaccedilatildeo A escola pode pedir as ajudas teacutecnicas a essa organizaccedilatildeo e os alunos podem levaacute-las para casa Quando deixam de precisar dessas ajudas teacutecnicas estas podem ser usadas por outros alunos nas mesmasou noutras escolas Eacute muito importante ter ajudas teacutecnicas e apoio (Agecircncia Europeia 2012a paacuteg 14)

Poreacutem

O facto de o impulso para a equidade na educaccedilatildeo atraveacutes do apoio de TIC acessiacuteveis estar a ser ofuscado por desenvolvimentos econoacutemicos negativos reforccedila a ideia de que as poliacuteticas europeias e internacionais globais devem continuar a assumir uma lideranccedila estaacutevel neste campo (Agecircncia Europeia 2013 paacuteg 24)

Neste contexto a aquisiccedilatildeo pode ser considerada um mecanismo de financiamento se a acessibilidade for um preacute-requisito incorporado A acessibilidade deve ser um princiacutepio orientador para a aquisiccedilatildeo de todos os bens e serviccedilos

O acesso a TIC apropriadas em diferentes contextos de aprendizagem ao longo da vida ndash incluindo em casa ndash requer muitas vezes a contribuiccedilatildeo de profissionais de diferentes aacutereas hellip Isto envolve a coordenaccedilatildeo entre indiviacuteduos serviccedilos e muitas vezes poliacuteticas para diferentes setores de trabalho Tambeacutem envolve abordagens flexiacuteveis para o financiamento das TIC com possibilidades de tomada de decisotildees a niacutevel local quanto agraves despesas relacionadas com as necessidades identificadas localmente (Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO e Agecircncia Europeia 2011 paacuteg 88)

Para concluir

Eacute necessaacuterio considerar quatro requisitos no que diz respeito aos sistemas de financiamento para garantir que estes sistemas sustentam totalmente os objetivos da poliacutetica educativa

Colocar a teoria em praacutetica 25

A poliacutetica de financiamento apoia totalmente a educaccedilatildeo inclusiva Isto inclui o desenvolvimento de poliacuteticas fiscais que criem incentivos ao inveacutes de desincentivos agrave oferta de colocaccedilotildees e de serviccedilos de inclusatildeo Embora exista uma seacuterie de bases alternativas para financiar alunos com NEE o financiamento per capita parece ser o mais promissor para satisfazer o requisito estabelecido

A poliacutetica de financiamento baseia-se totalmente nas necessidades educativas Os montantes individuais de financiamento per capita podem ser determinados atraveacutes de anaacutelises de custos que mostram os custos relativos de disponibilizar aos alunos condiccedilotildees especiais selecionadas

A poliacutetica de financiamento facilita totalmente respostas flexiacuteveis eficazes e eficientes agraves necessidades Em vez de financiar ou fornecer recursos especiacuteficos por exemplo tipos preacute-determinados de pessoal equipamentos ou instalaccedilotildees o financiamento per capita aloca recursos monetaacuterios promovendo a flexibilidade no uso local

A poliacutetica de financiamento promove totalmente o apoio de serviccedilos relacionados e a necessaacuteria colaboraccedilatildeo intersectorial

Em geral as estruturas de incentivo devem assegurar a disponibilizaccedilatildeo de mais fundos se uma crianccedila for colocada num contexto inclusivo sendo necessaacuteria uma maior ecircnfase nos resultados (natildeo apenas acadeacutemicos)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 26

DADOS FIAacuteVEIS

Introduccedilatildeo

A Convenccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiecircncia (CDPD) bem como a Estrateacutegia Europeia para a Deficiecircncia 2010ndash2020 e o quadro estrateacutegico Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo 2020 relativo agrave equidade na educaccedilatildeo satildeo impulsionadores-chave para a educaccedilatildeo inclusiva nos paiacuteses A CDPD da ONU apela aos Estados Partes para

hellip recolher informaccedilatildeo apropriada incluindo dados estatiacutesticos e de investigaccedilatildeo que lhes permitam formular e implementar poliacuteticas que visem dar efeito agrave presente Convenccedilatildeo (Naccedilotildees Unidas 2006 Artigo 31ordm)

e hellip Os Estados Partes devem em conformidade com os seus sistemas juriacutedico e administrativo manter fortalecer nomear ou estabelecer a niacutevel interno uma estrutura que inclua um ou mais mecanismos independentes conforme apropriado com vista a promover proteger e monitorizar a implementaccedilatildeo da presente Convenccedilatildeo (ibid Artigo 33ordm)

Existe a consciencializaccedilatildeo disseminada de que a criaccedilatildeo de poliacuteticas com base em evidecircncias eacute essencial para o desenvolvimento a longo prazo dos sistemas de educaccedilatildeo inclusiva Decisores poliacuteticos especialistas em estatiacutestica e investigadores reconhecem a necessidade de uma recolha de dados a niacutevel nacional que natildeo soacute responda agraves exigecircncias das orientaccedilotildees poliacuteticas internacionais mas que tambeacutem obedeccedila a uma abordagem comum que promova uma sinergia de esforccedilos a niacutevel nacional e internacional O trabalho da Agecircncia demonstrou que existem apelos para a disponibilizaccedilatildeo de ampla informaccedilatildeo para os decisores poliacuteticos e para a adoccedilatildeo pelas diferentes organizaccedilotildees tanto a niacutevel nacional como europeu de uma variedade de abordagens complementares para a recolha de dados Poreacutem embora a necessidade de tais dados seja clara os melhores meacutetodos e procedimentos de recolha e anaacutelise dos mesmos satildeo muito menos claros

Em resultado do trabalho da Agecircncia ndash mais especificamente das atividades dos projetos Desenvolvimento de um conjunto de indicadores ndash para a educaccedilatildeo inclusiva na Europa (Kyriazopoulou e Weber 2009) e Mapeamento da Implementaccedilatildeo de Poliacuteticas para a Educaccedilatildeo Inclusiva (MIPIE) (Agecircncia Europeia 2011a) ndash emergem cinco requisitos-chave de poliacuteticas relativos agrave recolha de dados no que concerne agrave necessidade de evidecircncias sobre a educaccedilatildeo inclusiva a niacutevel nacional

bull necessidade de recolha de dados nacionais ancorada nos acordos internacionais e europeus

Colocar a teoria em praacutetica 27

bull necessidade de compreender o impacto das diferenccedilas nos sistemas educativos dos paiacuteses

bull necessidade de analisar a efetividade da educaccedilatildeo inclusiva

bull necessidade de recolha de dados que forneccedila evidecircncias sobre a garantia de qualidade e

bull necessidade de acompanhar o progresso dos alunos a longo prazo Os decisores poliacuteticos precisam de dados qualitativos e quantitativos que os informem sobre a qualidade da educaccedilatildeo prestada aos alunos com necessidades educativas especiais Estas mensagens principais refletem uma recomendaccedilatildeo central do Relatoacuterio Mundial sobre Deficiecircncia (Organizaccedilatildeo Mundial de SauacutedeBanco Mundial 2011) a necessidade de os paiacuteses desenvolverem os sistemas de recolha de dados quantitativos existentes e de simultaneamente realizarem investigaccedilotildees qualitativas aprofundadas e especiacuteficas sobre o custoshyeficaacutecia e sobre outras questotildees relacionadas com a garantia da qualidade

O projeto MIPIE apela ao desenvolvimento de um quadro comum para a recolha de dados construiacutedo com base nos procedimentos nacionais existentes e nos acordos internacionais sobre recolha de dados e procedimentos hellip Podem ser identificadas trecircs dimensotildees para uma estrutura comum

- A mudanccedila para um sistema de recolha de dados baseado em conceitos e definiccedilotildees comuns

- A recolha de evidecircncias que conduzam a niacuteveis de referecircncia quantitativos e qualitativos

- O uso de uma estrutura multiniacutevel para analisar as poliacuteticas a niacuteveis nacional e internacional (Agecircncia Europeia 2011a paacuteg 11)

Uma tal abordagem eacute necessaacuteria para apoiar os paiacuteses no desenvolvimento de uma laquorecolha de dados que permita monitorizar os direitos dos alunos bem como para monitorizarem a eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusivaraquo (ibid)

Monitorizaccedilatildeo dos direitos dos alunos

No acircmbito de uma estrutura abrangente para o mapeamento das questotildees relacionadas com os direitos devem ser identificados indicadores quantitativos e qualitativos referentes a diversos fatores

(i) Participaccedilatildeo na educaccedilatildeo e formaccedilatildeo

O relatoacuterio da Agecircncia sobre a Intervenccedilatildeo precoce na infacircncia sugere que

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 28

Os decisores poliacuteticos devem ter mecanismos para avaliar a solicitaccedilatildeo de serviccedilos de IPI e mecanismos eficazes que verifiquem se a prestaccedilatildeo de serviccedilos responde ao solicitado para se poder planear a melhoria do serviccedilo Deve ser desenvolvida uma forma sistemaacutetica de recolha e de monitorizaccedilatildeo de dados fiaacuteveis a niacutevel nacional (Agecircncia Europeia 2010 paacuteg 40)

No relatoacuterio Participaccedilatildeo na Educaccedilatildeo Inclusiva afirma-se que Embora os governos nacionais e locais jaacute recolham dados importantes sobre a educaccedilatildeo pouco se sabe sobre a participaccedilatildeo hellip Atualmente a maior parte dos dados recolhidos para fins de monitorizaccedilatildeo satildeo dados estatiacutesticos sobre a inscriccedilatildeo e a conclusatildeo da escolaridade hellip Poucos paiacuteses tecircm meacutetodos sistemaacuteticos de recolha anaacutelise e interpretaccedilatildeo de dados qualitativos sobre a participaccedilatildeo a niacutevel individual em sala de aula e na escola embora os relatoacuterios escolares de autorrevisatildeo e de inspeccedilatildeo respondam muitas vezes a questotildees de participaccedilatildeo e inclusatildeo (Agecircncia Europeia 2011d paacuteg 19)

Este relatoacuterio tambeacutem destaca alguns dos perigos potenciais associados agrave recolha de dados em relaccedilatildeo agrave participaccedilatildeo

hellip estruturas criadas para acompanhar as crianccedilas com necessidades educativas especiais podem funcionar como barreiras agrave sua participaccedilatildeo e sucesso marcando estas crianccedilas como diferentes Uma consequecircncia natildeo intencional de categorizar algumas crianccedilas para monitorizar a sua participaccedilatildeo pode gerar um paradoxo o que resulta na celebraccedilatildeo de acordos separados para a sua educaccedilatildeo (ibid paacuteg 17ndash18)

(ii) Acesso ao apoio e agrave adaptaccedilatildeo

Trecircs estudos da Agecircncia consideraram diferentes aspetos de apoio para os alunos com NEE A revisatildeo da literatura do projeto Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional cita Redley (2009)

Natildeo existem dados nacionais fiaacuteveis sobre o nuacutemero de organizaccedilotildees que oferecem emprego apoiado ou o nuacutemero de pessoas com dificuldades de aprendizagem empregadas nelas e o governo natildeo participa neste processo (Agecircncia Europeia 2012f paacuteg 41)

O estudo conjunto da Agecircncia realizado com o Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO que analisa o uso das TIC na educaccedilatildeo das pessoas com incapacidades defende que

Tanto em relaccedilatildeo agrave Convenccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas (2006) como em relaccedilatildeo agrave poliacutetica regional (ou seja europeia) e nacional haacute uma necessidade de informaccedilatildeo mais detalhada ligada agrave monitorizaccedilatildeo de indicadores e benchmarks qualitativos e quantitativos sobre as TIC na educaccedilatildeo para pessoas

Colocar a teoria em praacutetica 29

com incapacidades (Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO e Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011 paacuteg 93)

Em relaccedilatildeo agrave acessibilidade da informaccedilatildeo para a aprendizagem as recomendaccedilotildees do projeto i-access da Agecircncia defendem que

A conformidade [acessibilidade] agrave poliacutetica deve ser sistematicamente monitorizada A monitorizaccedilatildeo da conformidade soacute pode ser incentivada nomomento presente mas deve ser alargada hellip Eacute necessaacuterio recolher dados quantitativos e qualitativos sistemaacuteticos o que deve tambeacutem envolver os utilizadores finais de informaccedilatildeo acessiacutevel Poreacutem a monitorizaccedilatildeo do progresso natildeo se pode limitar a afericcedilatildeo numeacuterica mas deve incluir a possibilidade de recolher exemplos de boas praacuteticas que poderiam servir de modelo para outros paiacuteses e organizaccedilotildees (Agecircncia Europeia 2012e paacuteg 40ndash 41)

(iii) Oportunidades para o sucesso na aprendizagem e na transiccedilatildeo Dois grandes projetos da Agecircncia tiveram em linha de conta a transiccedilatildeo da escola para o emprego Ambos apontam para a falta de dados fiaacuteveis neste campo O projeto Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego sugeriu que

Os dados nacionais dos paiacuteses apenas incluem pessoas registadas como desempregadas mas uma alta percentagem de pessoas com necessidades especiais natildeo estaacute registada ndash elas natildeo tecircm sequer a oportunidade de conseguir o primeiro emprego (Agecircncia Europeia 2002a paacuteg 2)

O estudo de acompanhamento (Agecircncia Europeia 2006) natildeo refere quaisquer desenvolvimentos nesta aacuterea

(iv) Oportunidades de integraccedilatildeo

O estudo da Agecircncia com foco na diversidade multicultural destaca a falta de dados em relaccedilatildeo a um fator importante de integraccedilatildeo ndash antecedente de imigraccedilatildeo dos alunos com NEE

Muitos paiacuteses envolvidos no projeto referiram que natildeo existem dados atualizados sobre os alunos com NEE e de origem imigrante Diversas agecircncias governamentais tecircm responsabilidades diferentes e natildeo haacute coordenaccedilatildeo na recolha de dados Haacute outras razotildees para a falta de dados Alguns paiacuteses natildeo tecircm estatiacutesticas oficiais sobre a origem das pessoas para aleacutem do paiacutes de nascimento uma vez que eacute proibido o tratamento de dados pessoais que identifiquem a raccedila a origem eacutetnica a incapacidade ou crenccedila religiosa Em outros paiacuteses natildeo haacute recolha sistemaacutetica de dados relativos a alunos com NEE

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 30

ou a alunos com NEE e de origem imigrante a niacutevel nacional ou local (Agecircncia Europeia 2009a paacuteg 30)

Monitorizaccedilatildeo da eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusiva

Dados que examinam a eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusiva tecircm em conta questotildees de custo-eficaacutecia bem como diversas aacutereas relacionadas com as experiecircncias de educaccedilatildeo dos alunos procedimentos de avaliaccedilatildeo inicial o envolvimento contiacutenuo dos alunos e das suas famiacutelias em experiecircncias educativas e a eficaacutecia de ambientes de aprendizagem na superaccedilatildeo das barreiras e apoio de experiecircncias de aprendizagem significativas para todos os alunos

O estudo da Agecircncia relativo ao Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos realccedila que eacute necessaacuterio apoiar as escolas com

hellip aconselhamento sobre como pode ser usada a informaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo ndash particularmente a da avaliaccedilatildeo estandardizada recolhida para fins de monitorizaccedilatildeo nacional ndash para melhorar as praacuteticas com todos os alunos incluindo os que apresentam NEE (Watkins 2007 paacuteg 60)

O relatoacuterio designado Elevar o Sucesso de Todos os Alunos defende que

Para avanccedilar para uma maior equidade na educaccedilatildeo satildeo necessaacuterios indicadores de sucesso adequados agrave comunidade local focalizados no input recursos processos e outputresultados Embora a informaccedilatildeo (incluindo dados) deva ser usada para direcionar o apoio e acompanhar o sucesso de poliacuteticas e praacuteticas inclusivas eacute necessaacuterio cuidado para que os sistemas de responsabilidade natildeo causem inadvertidamente alteraccedilotildees inadequadas (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 22)

Este estudo destaca potenciais dificuldades inerentes

No clima atual o desenvolvimento de mecanismos de responsabilidade adequados e de formas de medir o sucesso valorizado e monitorizar a equidade apresentam muitos desafios Apesar da procura de dados concretos Fullan (2011) adverte que laquoas estatiacutesticas satildeo um servo maravilhoso mas um mestre terriacutevelraquo (paacuteg 127) e Hargreaves e Shirley (2009) enfatizam a necessidade de colocar a responsabilidade antes da prestaccedilatildeo de contas Sugerem que a prestaccedilatildeo de contas deve laquoservir de consciecircncia por meio de amostragemraquo e que deve ser realizado um ataque laquoaos excessos de padronizaccedilatildeo testada que negam a diversidade e destroem a criatividaderaquo (paacuteg 109) (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 22)

Dentro do projeto MIPIE argumentou-se que a monitorizaccedilatildeo da eficaacutecia dos sistemas de educaccedilatildeo inclusiva tambeacutem incluiria uma anaacutelise da eficaacutecia da formaccedilatildeo de professores (Agecircncia Europeia 2011a) O relatoacuterio do projeto TE4I

Colocar a teoria em praacutetica 31

destaca uma seacuterie de questotildees relacionadas com a disponibilidade de dados nesta aacuterea Relativamente agrave representaccedilatildeo de professores de grupos minoritaacuterios

A maior parte dos paiacuteses que natildeo recolhe dados refere curiosamente uma subshyrepresentaccedilatildeo de pessoas com deficiecircncia e pertencentes a grupos minoritaacuterios entre os professores estagiaacuterios e os professores diplomados e a situaccedilatildeo parece ser idecircntica entre os formadores de professores (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 22)

O relatoacuterio tambeacutem indica a necessidade de dados que levam a mudanccedilas com base em evidecircncias

A falta de investigaccedilatildeo em larga escala e de investigaccedilatildeo cumulativa bem como de evidecircncia empiacuterica na formaccedilatildeo de professores para a inclusatildeo foi referida pela OCDE (2010) hellip esta investigaccedilatildeo poderaacute garantir a existecircncia dum corpo de evidecircncias que possam dar forma agrave mudanccedila No presente relatoacuterio os exemplos realccedilam algumas questotildees-chave da pesquisa incluindo

- A eficaacutecia de diferentes rotas no ensino - Abordagens agrave formaccedilatildeo de professores e ao curriacuteculo da FIP e

- O papel dos cursos separados integrados e unificados e a melhor maneira de passar dum curso contiacutenuo para um uacutenico curso de formaccedilatildeo de professores que prepare todos os professores para a diversidade (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 68)

O projeto MIPIE defende que

A niacutevel da escola a recolha de dados deve

- Fornecer informaccedilatildeo que permitam aos professores e funcionaacuterios da escola planear e prestar o apoio e os recursos adequados

- Fornecer ideias claras sobre a participaccedilatildeo ativa dos pais e alunos no processo educativo (Agecircncia Europeia 2011a paacuteg 13)

Para que isto seja possiacutevel

Satildeo necessaacuterias sinergias a niacutevel nacional entre os principais intervenientes baseadas num claro racional para a recolha de dados considerando os dados a niacutevel nacional regional escola e sala de aula para que os dados globais do paiacutes efetivamente possam refletir a praacutetica (ibid paacuteg 14)

Para concluir a provisatildeo dos dados pode contribuir efetivamente para a elaboraccedilatildeo de poliacuteticas para a educaccedilatildeo inclusiva Haacute uma exigecircncia crescente ndash a niacutevel internacional europeu e nacional ndash para a responsabilidade e tecircm vindo a crescer comparaccedilotildees laquoentre escolasraquo e laquoentre naccedilotildeesraquo O surgimento de laquograndes dadosraquo

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 32

(meta-anaacutelises de conjuntos de dados e fontes combinadas) apresenta oportunidades mas tambeacutem desafios reais para a educaccedilatildeo inclusiva

Os apelos para a poliacutetica e alocaccedilatildeo de recursos baseada em evidecircncias reforccedilam a necessidade de dados significativos relacionados com todos os alunos Eacute necessaacuterio saber que alunos estatildeo a receber que serviccedilos quando e onde (contando todos os alunos) Tambeacutem eacute necessaacuterio ter dados sobre a qualidade dos serviccedilos e os resultados obtidos (considerando a praacutetica)

Um grande desafio para a recolha de dados estaacute em evitar classificar categorizar e rotular os alunos de modo a fornecer informaccedilatildeo sobre a provisatildeo que recebem As laquopluralidadesraquo das definiccedilotildees aplicadas a alunos e a laquopoliacuteticaraquo dos sistemas de rotulagem natildeo podem ser ignoradas nem os efeitos a que esses sistemas de rotulagem e definiccedilotildees conduzem

Fazer as perguntas certas em termos de poliacuteticas eacute o ponto de partida para a recolha de dados que servem de base significativa para as poliacuteticas

Colocar a teoria em praacutetica 33

OLHAR EM FRENTE

O primeiro objetivo da conferecircncia em novembro de 2013 foi refletir e resumir o trabalho da Agecircncia ao longo da uacuteltima deacutecada As cinco mensagens-chave descritas nos capiacutetulos anteriores destacam aspetos criacuteticos no que se refere agrave educaccedilatildeo inclusiva Baseiam-se nos resultados da anaacutelise aprofundada de temas-chave decididos pelos paiacuteses membros da Agecircncia O segundo objetivo da conferecircncia foi olhar em frente explorando a forma como o trabalho da Agecircncia pode prestar um melhor apoio aos paiacuteses membros ajudandoos a melhorar a qualidade e a eficaacutecia das suas respostas inclusivas para alunos com incapacidades eou necessidades educativas especiais A Agecircncia estaacute disposta a ajudar os paiacuteses de uma forma mais concreta com a implementaccedilatildeo dos resultados do nosso trabalho Isso significa disponibilizar recomendaccedilotildees de poliacutetica que sejam mais diretamente aplicaacuteveis aos decisores poliacuteticos para apoiar alteraccedilotildees futuras e desenvolvimentos poliacuteticos

A Agecircncia estaacute consciente de que o trabalho jaacute realizado estaacute de acordo e apoia diretamente todas as iniciativas de poliacuteticas europeias e internacionais em termos de educaccedilatildeo equidade igualdade de oportunidades e direitos para pessoas com incapacidades eou necessidades educativas especiais O trabalho da Agecircncia fornece recomendaccedilotildees claras e coerentes sobre como as poliacuteticas-chave nestas aacutereas podem ser implementadas na praacutetica A Agecircncia pretende proporcionar aos paiacuteses informaccedilatildeo sobre o progresso alcanccedilado nos objetivos propostos em termos de (a) metas de Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo para 2020 e (b) Convenccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiecircncia (2006) bem como vaacuterias diretivas e comunicaccedilotildees da Uniatildeo Europeia Eacute necessaacuteria orientaccedilatildeo sobre o modo como a educaccedilatildeo inclusiva pode ser implementada a niacutevel do professor sala de aula escola regiatildeo municiacutepio e poliacutetica nacional A Agecircncia tem capacidade para disponibilizar aos paiacuteses orientaccedilotildees sobre formas de implementaccedilatildeo da educaccedilatildeo inclusiva e como isto afeta a qualidade geral da educaccedilatildeo As discussotildees durante a conferecircncia bem como as discussotildees aprofundadas no acircmbito da Agecircncia orientaratildeo esta nova etapa no trabalho da Agecircncia

shy

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 34

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 1999 Financing of Special Needs Education ndash A seventeen-country Study of the Relationship between Financing of Special Needs Education and Inclusion [Financiamento da Educaccedilatildeo Especial ndash Um estudo de dezassete paiacuteses da Relaccedilatildeo entre o Financiamento da Educaccedilatildeo Especial e a Inclusatildeo] Middelfart Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2002a Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Princiacutepios-chave e Recomendaccedilotildees para R esponsaacuteveis Poliacuteticos Middelfart Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanagencyorgsitesdefaultfilestransition_transition_pttextpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2002b Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Principais problemas questotildees e opccedilotildees enfrentadas pelos alunos com necessidades educativas especiais em 16 paiacuteses Europeus Relatoacuterio Siacutentese Middelfart Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanagencyorgsitesdefaultfilestransition-from-school-to-employment_Transitionptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2003 Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula Relatoacuterio Siacutentese Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanagencyorgsitesdefaultfilesinclusive-education-and-classroom-practices_iecpptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2005 Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula nos 2ordm e 3ordm Ciclos do Ensino Baacutesico Relatoacuterio Siacutentese Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesinclusive-educationand-classroom-practice-in-secondary-education_iecp_secondary_ptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2006 Planos Individuais de Transiccedilatildeo Apoiar a Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesindividual-transitionplans_itp_ptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

shy

shyshy

shyshy

shy

shy

Colocar a teoria em praacutetica 35

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2009a Diversidade multicultural e necessidades especiais de educaccedilatildeo Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfilesmulticultural-diversity-and-special-needsshyeducation_Multicultural-Diversity-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2009b Princiacutepiosshychave para a Promoccedilatildeo da Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva ndash Recomendaccedilotildees para Decisores Poliacuteticos Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportskeyshyprinciples-for-promoting-quality-in-inclusive-educationkey-principles-PTpdf(Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2010 Intervenccedilatildeo Precoce na Infacircncia ndash Progressos e Desenvolvimentos 2005ndash2010 Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesearly-childhood-interventionshyprogress-and-developments_ECI-report-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011a Mapeamento da Implementaccedilatildeo de Poliacuteticas para a Educaccedilatildeo Inclusiva Uma anaacutelise dos desafios e oportunidades para o desenvolvimento de indicadores Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httphttpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesmipie_MIPIE-summaryshyof-proposals-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011b Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo na Europa ndash Desafios e Oportunidades Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfileste4i-challenges-and-opportunities_TE4I-Synthesis-Report-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011c Princiacutepios-Chave para a Promoccedilatildeo da Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva ndash Recomendaccedilotildees para Decisores Poliacuteticos Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfilesinclusive-education-and-classroom-practices_iecpshyptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011d Participation in Inclusive Education ndash A Framework for Developing Indicators [Participaccedilatildeo na Educaccedilatildeo inclusiva ndash Um Quadro para o Desenvolvimento de Indicadores] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 36

agencyorgpublicationsereportsparticipation-in-inclusive-education-a-frameworkshyfor-developing-indicatorsParticipation-in-Inclusive-Educationpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012a Perspetivas dos Jovens sobre Educaccedilatildeo Inclusiva Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfilesyoung-views-on-inclusive-education_YoungViews-2012PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012b Perfil de Professores Inclusivos Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfileste4i-profile-of-inclusive-teachers_Profile-of-InclusiveshyTeachers-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012c Raising Achievement for All Learners ndash Quality in Inclusive Education [Elevar o Sucesso de Todos os Alunos ndash Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva] Relatoacuterio sobre a conferecircncia realizada em Odense Dinamarca de 13 a 15 de junho de 2012 Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesRA4AL-conference-reportpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014) Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012d Raising Achievement for All Learners ndash Quality in Inclusive Education [Elevar o Sucesso de Todos os Alunos ndash Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httphttpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesra4al-keyshymessages_RA4AL-summary-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012e Promoting Accessible Information for Lifelong Learning Recommendations and findings of the i-access project [Promover o Acesso agrave Informaccedilatildeo para a Aprendizagem ao Longo da Vida Recomendaccedilotildees e observaccedilotildees do projeto i-access] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportsi-accessi-accessshyreportpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012f Vocational Education and Training Policy and Practice in the field of Special Needs Education ndash Literature Review [Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional (EFP) Poliacutetica e Praacutetica no campo da Educaccedilatildeo Especial ndash Revisatildeo da Literatura] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Colocar a teoria em praacutetica 37

agencyorgagency-projectsvocational-education-and-trainingvet-filesVETshyLiteratureReviewpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012g Teacher Education for Inclusion Project Recommendations linked to Sources of Evidence [Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo Recomendaccedilotildees do Projeto Ligadas a Fontes de Evidecircncias] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgagencyshyprojectsTeacher-Education-for-Inclusionsources-of-evidencepdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2013 European and International Policy Supporting ICT for Inclusion [Poliacutetica Europeia e Internacional para Uso das TIC como Apoio para a Inclusatildeo] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfileseuropean-and-internationalshypolicy-supporting-ict-for-inclusion_policy-supporting-ict-for-inclusionpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para as Necessidades Especiais e a Educaccedilatildeo Inclusiva 2014 Vocational Education and Training ndash Summary of Country Information [Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional ndash Resumo de Informaccedilatildeo do Paiacutes] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para as Necessidades Especiais e a Educaccedilatildeo Inclusiva httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesVET Summary of Country information 2014pdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Bennett S e Gallagher TL 2012 The Delivery of Education Services for Students who have an Intellectual Disability in the Province of Ontario [A prestaccedilatildeo de serviccedilos de ensino para alunos com incapacidade intelectual na proviacutencia de Ontaacuterio] Toronto Community Living Ontario

Chapman C Ainscow M Miles S e West M 2011 Leadership that promotes the achievement of students with special educational needs and disabilities [Lideranccedila que promove o sucesso de alunos com necessidades educativas especiais e incapacidades] Nottingham National College for School Leadership

Comissatildeo das Comunidades Europeias 2008 Livro Verde ndash Migraccedilatildeo e mobilidade desafios e oportunidades para os sistemas educativos da UE SEC(2008) 2173 COM20080423 final Bruxelas Comissatildeo das Comunidades Europeias

Conselho da Uniatildeo Europeia 2010 Conclusotildees do Conselho sobre a dimensatildeo social da educaccedilatildeo e da formaccedilatildeo 3013ordf Reuniatildeo do Conselho de EDUCACcedilAtildeO JUVENTUDE E CULTURA Bruxelas 11 de maio de 2010 httpeurshylexeuropaeulegal-contentPTTXTPDFuri=CELEX52010XG0526(01)ampfrom=PT(Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 38

Farrell P Dyson AS Polat F Hutcheson G e Gallannaugh F 2007 laquoSEN inclusion and pupil achievement in English schoolsraquo [Inclusatildeo de crianccedilas com NEE e sucesso dos alunos nas escolas inglesas] Journal of Research in Special Educational Needs 7 (3) 172ndash178

Frilseth L 2012 The Norwegian Model for Education for All in Upper Secondary School [O Modelo Norueguecircs para a Educaccedilatildeo para Todos no Ensino Secundaacuterio] Direccedilatildeo Norueguesa para Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo httpwwweuropeanshyagencyorgagency-projectsra4alra4al-seminar-pdfNorway-L-Frilsethpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Fullan M 2011 Change Leader Learning to do what matters most [Liacuteder de Mudanccedila aprender a fazer o que mais importa] San Francisco Jossey-Bass de Graaf G van Hove G e Haveman M 2011 laquoMore academics in regular schools The effect of regular versus special school placement on academic skills in Dutch primary school students with Down syndromeraquo [Mais acadeacutemicos nas escolas regulares O efeito da colocaccedilatildeo em escola regular versus escola especial nas competecircncias acadeacutemicas em alunos holandeses do ensino primaacuterio com siacutendrome de Down] Journal of International Disability Research December 2011 57(1) 21ndash38 doi 101111j1365-2788201101512x

Hargreaves A e Shirley D 2009 The Fourth Way ndash The inspiring future for educational change [A Quarta Via ndash O futuro inspirador para a mudanccedila educativa] Publicaccedilatildeo conjunta do Ontario Principalsrsquo Council e do National Staff Development Council Thousand Oaks CA Corwin Press

Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO e Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011 ICTs in Education for People with Disabilities Review de innovative practice [TIC na Educaccedilatildeo para Pessoas com Incapacidades revisatildeo da praacutetica inovadora] Moscovo Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO httpwwweuropeanshyagencyorgpublicationsereportsICTs-in-Education-for-People-WithshyDisabilitiesReview-of-Innovative-Practice (Uacuteltimo acesso em julho de 2014) Kalambouka A Farrell P Dyson A e Kaplan I 2005 The impact of population inclusivity in schools on student outcomes [O impacto da inclusividade da populaccedilatildeo em escolas nos resultados dos alunos] Research Evidence in Education Library London EPPI-Centre Social Science Research Unit Institute of Education University of London Kyriazopoulou M e Weber H (eds) 2009 Desenvolvimento de um conjunto de indicadores ndash para a educaccedilatildeo inclusiva na Europa Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Colocar a teoria em praacutetica 39

agencyorgsitesdefaultfilesdevelopment-of-a-set-of-indicators-for-inclusiveshyeducation-in-europe_indicators-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

MacArthur J 2009 Learning Better Together Working towards inclusive education in New Zealand schools [Aprender Melhor Juntos trabalhar para a educaccedilatildeo inclusiva nas escolas da Nova Zelacircndia] Wellington IHC

MacArthur J Kelly B Sharp S amp Gaffney M 2005 Participation or exclusion Disabled childrenrsquos experiences of life at school [Participaccedilatildeo ou exclusatildeo Experiecircncias de vida na escola de crianccedilas com incapacidades] Um artigo apresentado na laquoChildrenrsquos Issues Conferenceraquo Dunedin Nova Zelacircndia julho de 2005 Menter I Hulme M Elliott D e Lewin J 2010 Literature Review on Teacher Education in the 21st Century [Revisatildeo da Literatura sobre a Formaccedilatildeo de Professores no Seacuteculo XXI] Scottish Government Social Research Edimburgo Scottish Government

Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para a Educaccedilatildeo Ciecircncia e Cultura 2009 Policy Guidelines on Inclusion in Education [Diretrizes da Poliacutetica sobre Inclusatildeo na Educaccedilatildeo] Paris UNESCO

Organizaccedilatildeo Mundial de SauacutedeBanco Mundial 2011 World Report on Disability [Relatoacuterio Mundial sobre Deficiecircncia] Genebra Ediccedilotildees OMS httpwwwwhointdisabilitiesworld_report2011enindexhtml (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Organizaccedilatildeo para a Cooperaccedilatildeo e Desenvolvimento Econoacutemico 2011 PISA in Focus Improving Performance Leading from the Bottom [PISA agrave Lupa Melhorar os Resultados Progedir ateacute ao Topo] 20112 (Marccedilo) Paris OCDE Redley M 2009 laquoUnderstanding the social exclusion and stalled welfare of citizens with learning disabilitiesraquo [Compreender a exclusatildeo social e o bem-estar sem progresso dos cidadatildeos com dificuldades de aprendizagem] Disability amp Society 24(4) 489ndash501

Naccedilotildees Unidas 2006 Convenccedilatildeo sobre os Direitos das Pessoas com Deficiecircncia Nova Iorque Naccedilotildees Unidas

Watkins A (ed) 2007 Assessment in Inclusive Settings Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos Questotildees-chave para Poliacuteticas e Praacuteticas Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportsassessment-in-inclusiveshysettings-key-issues-for-policy-and-practiceassessment-in-inclusive-settings-keyshyissues-for-policy-and-practice (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 40

Wilkinson R e Pickett K 2010 The Spirit Level Why Equality is Better para Everyone [O Niacutevel do Espiacuterito Por que a Igualdade eacute Melhor para Todos] Londres Penguin

Willms JD 2006 Learning divides Ten policy questions about the performance and equity of schools and schooling systems [A aprendizagem divide dez perguntas de poliacutetica acerca do desempenho e equidade das escolas e dos sistemas de escolaridade] Montreal Instituto de Estatiacutestica da UNESCO

Colocar a teoria em praacutetica 41

  • preacircmbulo
  • Sumaacuterio Executivo
  • O mais precocemente possiacutevel
    • Introduccedilatildeo
    • Intervenccedilatildeo precoce
    • Deteccedilatildeo e avaliaccedilatildeo precoces
    • Apoio precoce
    • Transiccedilatildeo planeada
      • A educaccedilatildeo inclusiva beneficia todos
        • Introduccedilatildeo
        • A educaccedilatildeo inclusiva como uma abordagem para elevar o sucesso para todos os alunos
        • laquoO que eacute bom para os alunos com NEE eacute igualmente bom para todos os alunosraquo
        • Monitorizaccedilatildeo do progresso
          • profissionais altamente qualificados
            • Introduccedilatildeo
            • Formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo
            • O perfil dos professores inclusivos e outros profissionais
            • Abordagens ao recrutamento
            • Atitudes positivas
            • Trabalho em rede e coordenaccedilatildeo
              • sistemas de apoio e mecanismos de financiamento
                • Introduccedilatildeo
                • Sistemas de apoio e mecanismos de financiamento
                  • Intervenccedilatildeo Precoce na Infacircncia (IPI)
                  • Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula
                  • Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional (EFP)
                  • Tecnologias de Informaccedilatildeo e Comunicaccedilatildeo (TIC)
                      • dados fiaacuteveis
                        • Introduccedilatildeo
                        • Monitorizaccedilatildeo dos direitos dos alunos
                          • (i) Participaccedilatildeo na educaccedilatildeo e formaccedilatildeo
                          • (ii) Acesso ao apoio e agrave adaptaccedilatildeo
                          • (iii) Oportunidades para o sucesso na aprendizagem e na transiccedilatildeo
                          • (iv) Oportunidades de integraccedilatildeo
                            • Monitorizaccedilatildeo da eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusiva
                              • olhar em frente
                              • REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

com e sem necessidades especiais podem aprender uns com os outros e trocarconhecimentosraquo laquoEacute bom para noacutes e bom para eles Eacute importante reconhecer os benefiacutecios para todos na turmaraquo e laquoA educaccedilatildeo inclusiva ajuda as crianccedilas a tornarem-se mais tolerantes com mentalidades mais abertasraquo (ibid paacuteg 23)

Monitorizaccedilatildeo do progresso

Na medida em que a educaccedilatildeo inclusiva se alargou para assegurar a qualidade da educaccedilatildeo para todos os alunos eacute necessaacuterio encontrar novas formas de monitorizar o progresso Sugere-se com base no trabalho realizado pela Agecircncia nos indicadores e no relatoacuterio MIPIE (2011a) que a niacutevel escolar a recolha de dados possa ter em conta fatores com possiacutevel impacto na qualidade das estrateacutegias de admissatildeo das escolas tais como regras e poliacuteticas de admissatildeo natildeo discriminatoacuterias poliacuteticas e estrateacutegias desenvolvidas para apoiar os alunos a expressarem as suas necessidades existecircncia de uma declaraccedilatildeo poliacutetica clara contra o bullying implementaccedilatildeo dos coacutedigos de praacutetica existentes relativamente agrave educaccedilatildeo inclusiva sessotildees de formaccedilatildeo do pessoal quanto a questotildees de admissatildeo e criaccedilatildeo de um ambiente escolar acolhedor trabalho em respeito e colaboraccedilatildeo com alunos e famiacutelias estrateacutegias para ajudar os alunos e as famiacutelias a participarem ativamente na comunidade escolar e na sala de aula e disponibilizaccedilatildeo de estrateacutegias de informaccedilatildeo e aconselhamento e respetivo impacto nos alunos

Em conclusatildeo o debate mais amplo sobre a inclusatildeo pretende no momento presente ndash proporcionar uma educaccedilatildeo de alta qualidade (e benefiacutecios) a todos os alunos Um desempenho escolar forte e a equidade podem andar de matildeos dadas

O sistema de ensino eacute complexo e fragmentado e atualmente falta-lhe uma linha de pensamento consistente acerca da educaccedilatildeo inclusiva De um modo geral o apoio aos diretores e liacutederes que queiram tentar proceder a alteraccedilotildees em situaccedilotildees isoladas eacute muito reduzido A diversidade tem vindo a aumentar em todo o sistema mas as tradiccedilotildees do passado restringem as accedilotildees A capacidade das escolas deve ser desenvolvida atraveacutes da consciencializaccedilatildeo do contexto da correspondecircncia (entre legislaccedilatildeo e poliacuteticapraacutetica) da clareza conceptual e de um apoio contiacutenuo ndash para todos partes interessadas ndash que incentive as escolas a serem proativas e natildeo reativas Conhecer todos os alunos e intervir de forma precoce ajudaraacute a desenvolver apoio de qualidade para todos os alunos considerado como parte da educaccedilatildeo em geral

Colocar a teoria em praacutetica 15

PROFISSIONAIS ALTAMENTE QUALIFICADOS

Introduccedilatildeo

laquoProfissionais altamente qualificadosraquo envolve questotildees de formaccedilatildeo inicial e contiacutenua perfil valores e competecircncia dos professores abordagens eficazes ao recrutamento e atitudes bem como trabalho em rede e coordenaccedilatildeo de todos profissionais Os jovens que participaram na Audiccedilatildeo do Parlamento Europeu organizada pela Agecircncia em 2011 referiram

O ponto de partida para a educaccedilatildeo inclusiva eacute a sensibilizaccedilatildeo e a formaccedilatildeo dprofessores hellip Os professores devem compreender o que cada aluno precisa e dar-lhe oportunidade de atingir os objetivos com sucesso Todos temos talentos juntos construiacutemos uma melhor comunidade de trabalho (Agecircncia Europeia 2012a paacuteg 12)

e

Formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo

Uma formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo adequada dos professores e outros profissionais eacute considerada um fator-chave para praacuteticas inclusivas bem-sucedidas O relatoacuterio da Agecircncia Princiacutepios-chave para a Promoccedilatildeo da Qualidade em Educaccedilatildeo Inclusiva Recomendaccedilotildees para a praacutetica frisa que

Todos os professores devem ter competecircncias para responder agraves diversas necessidades de todos os alunos Na formaccedilatildeo inicial e contiacutenua os professores devem adquirir as competecircncias conhecimento e compreensatildeo que lhes permitam ter a confianccedila necessaacuteria para lidar eficazmente com as diversas necessidades dos alunos (Agecircncia Europeia 2011c paacuteg 15)

O relatoacuterio da Agecircncia Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo na Europa ndash Desafios e Oportunidades aborda a estrutura da formaccedilatildeo inicial de professores Afirma-se que

Uma das principais prioridades da formaccedilatildeo de professores hellip eacute a necessidade de rever a sua estrutura para melhorar a formaccedilatildeo de professores para a inclusatildeo e para integrar a formaccedilatildeo inicial e especializada O conhecimento sobre a mudanccedila do papel dos professores evoluiu imenso tendo sido realccedilada a necessidade de introduzir mudanccedilas significativas na forma como os professores satildeo preparados para as suas funccedilotildees e responsabilidades profissionais (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 19)

Aleacutem disso indica que

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 16

Os formadores de professores satildeo atores-chave na garantia da alta qualidade do corpo docente Muitos paiacuteses europeus natildeo tecircm ainda uma poliacutetica expliacutecita sobre as competecircncias dos formadores de professores nem sobre a forma como devem ser selecionados ou formados (ibid paacuteg 66)

O perfil dos professores inclusivos e outros profissionais

No quadro do projeto da Agecircncia Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo o Perfil de Professores Inclusivos (Agecircncia Europeia 2012b) foi desenvolvido como um guia para a conceccedilatildeo e a implementaccedilatildeo de programas de formaccedilatildeo inicial de professores (FIP) para todos professores Identifica um quadro de valores essenciais e de aacutereas de competecircncia aplicaacuteveis a qualquer programa FIP na preparaccedilatildeo de todos os professores para trabalharem em educaccedilatildeo inclusiva respondendo agrave diversidade

O quadro de valores essenciais e de aacutereas de competecircncia inclui

Valorizaccedilatildeo da diversidade ndash a diferenccedila eacute considerada um recurso e um valor para a educaccedilatildeo As aacutereas de competecircncia dentro deste valor fundamental dizem respeito a Conceccedilotildees de educaccedilatildeo inclusiva Perspetivas do professor sobre a diferenccedila dos alunos

Apoiar todos os alunos ndash os professores tecircm elevadas expectativas sobre os resultados de todos os alunos As aacutereas de competecircncia dentro deste valor essencial dizem respeito a Promoccedilatildeo da aprendizagem acadeacutemica praacutetica social e emocional de todos os alunos Metodologias de ensino eficazes em turmas heterogeacuteneas

Trabalho com outros ndash colaboraccedilatildeo e trabalho em equipa satildeo metodologias essenciais para todos os professores As aacutereas de competecircncia dentro deste valor essencial dizem respeito a Trabalho com pais e famiacutelias Trabalho com um vasto leque de profissionais de educaccedilatildeo

Desenvolvimento profissional e pessoal ndash o ensino eacute uma atividade de aprendizagem e os professores satildeo responsaacuteveis pela aprendizagem ao longo da vida As aacutereas de competecircncia dentro deste valor essencial dizem respeito a Professores como profissionais reflexivos Formaccedilatildeo inicial de professores como base para o desenvolvimento profissional contiacutenuo (ibid paacuteg 7)

Abordagens ao recrutamento

As abordagens eficazes ao recrutamento e o aumento das taxas de permanecircncia dos professores e outros profissionais satildeo indicados como fatores-chave numa seacuterie de projetos da Agecircncia O relatoacuterio da Agecircncia Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo na Europa ndash Desafios e Oportunidades realccedila que

Colocar a teoria em praacutetica 17

Devem ser encontradas estrateacutegias efetivas para melhorar o recrutamento dos candidatos a professores para aumentar as taxas de permanecircncia a par de medidas destinadas a aumentar o nuacutemero de professores de diferentes origens e incluindo professores com deficiecircncia (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 75)

O relatoacuterio do projeto refere que

Uma minoria de paiacuteses tem testes para selecionar o acesso agrave docecircncia Contudo a investigaccedilatildeo recentemente levada a cabo para efeitos da Revisatildeo da Formaccedilatildeo de Professores na Escoacutecia (Menter e colegas 2010) realccedila evidecircncias que mostram que haacute muitas dimensotildees do ensino efetivo que natildeo satildeo fidedignamente preditiacuteveis por testes de capacidade acadeacutemica Esta conclusatildeo estaacute em concordacircncia com a revisatildeo da literatura deste projeto e com os relatoacuterios dos paiacuteses que realccedilam a importacircncia das atitudes valores e crenccedilas no desenvolvimento de praacuteticas inclusivas Tanto as atitudes valores e crenccedilas como as disposiccedilotildees que apoiam o desenvolvimento das requeridascompetecircncias satildeo difiacuteceis de apurar mesmo atraveacutes de uma entrevista Eacute necessaacuteria mais investigaccedilatildeo para encontrar indicadores eficazes para a seleccedilatildeo de candidatos (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 21)

Atitudes positivas

As atitudes positivas dos professores e outros profissionais satildeo indicadas como um elemento-chave na educaccedilatildeo inclusiva na maioria dos projetos da Agecircncia O relatoacuterio da Agecircncia Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula constata que

Obviamente que a inclusatildeo depende largamente da atitude dos professores face aos alunos com necessidades especiais das suas perceccedilotildees sobre as diferenccedilas na sala de aula e da sua vontade de lidar eficazmente com essas diferenccedilas A atitude dos professores foi indicada como um fator decisivo na construccedilatildeo de escolas mais inclusivas (Agecircncia Europeia 2003 paacuteg 12)

Do mesmo modo o relatoacuterio da Agecircncia designado Princiacutepios-Chave para a Promoccedilatildeo da Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva ndash Recomendaccedilotildees para a praacutetica realccedila a importacircncia das atitudes positivas Afirma-se que

Todos os professores devem ter atitudes positivas em relaccedilatildeo a todos os alunos e disponibilidade para trabalhar em colaboraccedilatildeo com os colegas Todos os professores devem entender a diversidade como uma forccedila e um estiacutemulo para sua proacutepria aprendizagem (Agecircncia Europeia 2011c paacuteg 14)

O relatoacuterio da Agecircncia Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos Questotildeesshychave para Poliacuteticas e Praacuteticas indica que

As atitudes dos professores de turma face ao processo de avaliaccedilatildeo inclusiva satildeo cruciais As atitudes positivas podem ser fomentadas atraveacutes de formaccedilatildeo

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 18

apoio e recursos apropriados e de experiecircncias de inclusatildeo bem sucedidas Os professores necessitam de experiecircncias bem sucedidas para os ajudar a desenvolver as necessaacuterias atitudes positivas (Watkins 2007 paacuteg 53)

Trabalho em rede e coordenaccedilatildeo

Todos os relatoacuterios da Agecircncia referem o papel eficaz da colaboraccedilatildeo e coordenaccedilatildeo dos profissionais e do trabalho em rede com serviccedilos comunitaacuterios interdisciplinares Um exemplo digno de nota eacute o relatoacuterio da Agecircncia Formaccedilatildeo de professores para a Inclusatildeo Perfil de Professores Inclusivos (TE4I) no qual se realccedila que

A implementaccedilatildeo da educaccedilatildeo inclusiva deve ser vista como uma tarefa coletiva com funccedilotildees e responsabilidades atribuiacutedas aos diferentes intervenientes O apoio aos professores de turma inclui o acesso a estruturas que facilitam a comunicaccedilatildeo e o trabalho de equipa com diferentes profissionais (incluindo aqueles que trabalham em instituiccedilotildees de ensino superior) bem como oportunidades para o desenvolvimento profissional (Agecircncia Europeia 2012b paacuteg 24)

Na publicaccedilatildeo da Agecircncia Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula nos 2ordm e 3ordm Ciclos de Ensino Baacutesico as questotildees do ensino cooperativo e da resoluccedilatildeo cooperativa de problemas satildeo apresentadas como fatores-chave para uma praacutetica inclusiva eficaz O projeto afirma que laquoOs professores precisam do apoio dos colegas da escola e de ser capazes de colaborar com eles Necessitam igualmente do apoio e da colaboraccedilatildeo de profissionais exteriores agrave escolaraquo (Agecircncia Europeia 2005 paacuteg 5)

Para concluir

A educaccedilatildeo inclusiva implica uma alteraccedilatildeo sisteacutemica que exige uma transformaccedilatildeo quanto ao modo como os professores e outros profissionais do ensino satildeo formados natildeo apenas em termos de competecircncias mas tambeacutem de valores eacuteticos

Os principais aspetos relacionados com os profissionais altamente qualificados podem ser resumidos numa seacuterie de indicadores na aacuterea da legislaccedilatildeo para a educaccedilatildeo inclusiva desenvolvidos e apresentados no projeto da Agecircncia Desenvolvimento de um conjunto de indicadores ndash para a educaccedilatildeo inclusiva na Europa

Programas de formaccedilatildeo inicial e contiacutenua de professores incluem conteuacutedos sobre a educaccedilatildeo especial e a inclusatildeo Professores e outros profissionais satildeo apoiados para desenvolverem os seus conhecimentos competecircncias e atitudes relativas agrave inclusatildeo de forma a

Colocar a teoria em praacutetica 19

estarem preparados para responder agraves necessidades de todos os alunos no ensino regular

Disponibilizaccedilatildeo de cursos e oportunidades para a melhoria do desenvolvimento profissional dos professores

Os professores planificam ensinam e reavaliam em parceria

Recursos satildeo disponibilizados para o adequado desenvolvimento profissional relacionados com a resposta agraves necessidades especiais em educaccedilatildeo inclusiva (Kyriazopoulou e Weber 2009 paacuteg 29)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 20

SISTEMAS DE APOIO E MECANISMOS DE FINANCIAMENTO

Introduccedilatildeo

Em novembro de 2011 a Agecircncia Europeia acolheu uma Audiccedilatildeo no Parlamento Europeu em Bruxelas Participaram oitenta e oito jovens com e sem necessidades educativas especiais eou incapacidades do ensino secundaacuterio e da formaccedilatildeo vocacional para debaterem o significado da educaccedilatildeo inclusiva para eles Alguns dos resultados estatildeo diretamente relacionados com questotildees de recursos e financiamento laquoA educaccedilatildeo inclusiva requer recursos adicionais como tempo e dinheiro mas cada aluno deve ter a educaccedilatildeo que querraquo (Agecircncia Europeia 2012a paacuteg 13)

O acesso fiacutesico dos edifiacutecios eacute importante (elevadores portas automaacuteticas interruptores acessiacuteveis etc) hellip No caso dos testes eacute necessaacuterio tempo extra hellip Satildeo necessaacuterios sistemas internos de apoio para os alunos com deficiecircncias (ibid paacuteg 28ndash29)

Eacute bom ter apoio de pessoas de fora da equipa da escola que possam atuar como mediadores para os alunos com necessidades especiais Havia professores que natildeo queriam cooperar no trabalho de educaccedilatildeo inclusiva para mim e para outros os professores devem aceitar todos nas suas salas de aula (ibid paacuteg 20)

Os cortes do governo estatildeo a ter impacto no apoio ndash pessoas como os mediadores estatildeo a perder os seus empregos O dinheiro estaacute a ir para as escolas mas eacute tatildeo disfuncional que significa que os professores laquonormaisraquo tecircm de prestar o apoio e eles natildeo satildeo capazes (ibid paacuteg 28)

A educaccedilatildeo inclusiva eacute muitas vezes referida como dispendiosa mas ao tentar poupar vamos acabar por pagar mais para lidar com os problemas hellip Mesmo que um paiacutes natildeo tenha muitos recursos a educaccedilatildeo inclusiva precisa de ser posta em praacutetica A educaccedilatildeo inclusiva eacute um investimento temos de investir nas pessoas (ibid paacuteg 25)

Sistemas de apoio e mecanismos de financiamento Os sistemas de apoio e mecanismos de financiamento englobam todos os niacuteveis de aprendizagem e por conseguinte abordam diversas questotildees Aleacutem disso limitar a questatildeo apenas ao campo educativo seria insuficiente

As crianccedilas e os jovens natildeo teratildeo sucesso na aprendizagem se a sua sauacutede baacutesica e as suas necessidades sociais e emocionais natildeo forem atendidas Isto pode exigir apoio para as famiacutelias e as comunidades sendo necessaacuteria a

Colocar a teoria em praacutetica 21

colaboraccedilatildeo com os serviccedilos de sauacutede e de seguranccedila social que garanta uma intervenccedilatildeo holiacutestica (Agecircncia Europeia 2011c paacuteg 17ndash18)

Existe a consciencializaccedilatildeo disseminada de que a criaccedilatildeo de poliacuteticas com base em evidecircncias eacute essencial para o desenvolvimento a longo prazo dos sistemas de educaccedilatildeo inclusiva Tal foi reconhecido no trabalho da Agecircncia logo em 1999 no acircmbito do relatoacuterio Financing of Special Needs Education [Financiamento da Educaccedilatildeo Especial] onde se defendia que

os procedimentos de avaliaccedilatildeo e monitorizaccedilatildeo nos paiacuteses podem tambeacutem ser melhorados no quadro do ensino especial Em primeiro lugar eacute importante garantir e incentivar um dispecircndio eficiente e eficaz dos fundos puacuteblicos Em segundo lugar parece ser necessaacuterio mostrar claramente aos clientes dos sistemas educativos (alunos com necessidades especiais e os seus pais) que a qualidade da educaccedilatildeo no ambiente regular (incluindo todas as instalaccedilotildees adicionais e apoio) eacute suficientemente elevada (Agecircncia Europeia 1999 paacuteg 158)

Os temas do financiamento e dos recursos foram abordados em diversos outros projetos da Agecircncia Assim as afirmaccedilotildees e os resultados que se seguem lanccedilam alguma luz sobre estas duas questotildees de pontos de vista diferentes na sequecircncia de projetos distintos levados a cabo pela Agecircncia

Intervenccedilatildeo Precoce na Infacircncia (IPI) laquoA tendecircncia comum na Europa eacute a prestaccedilatildeo de serviccedilos de IPI localizados e prestados tatildeo perto quanto possiacutevel da crianccedila e da famiacuteliaraquo (Agecircncia Europeia 2010 paacuteg 18) por exemplo no municiacutepio

Os recursos e serviccedilos de IPI devem abranger todas as famiacutelias e crianccedilas em idades precoces que deles necessitem independentemente da sua condiccedilatildeo socioeconoacutemica hellip Isto implica que os fundos puacuteblicos devem cobrir todos os custos relativos agrave IPI atraveacutes de serviccedilos puacuteblicos companhias de seguros organizaccedilotildees sem fins lucrativos etc preenchendo os padrotildees de qualidade exigidos na respetiva legislaccedilatildeo nacional para a IPI (ibid paacuteg 22) O financiamento puacuteblico para os serviccedilos de IPI geralmente vem do governo central eou federal ou dos orccedilamentos regionais eou locais Na maioria dos casos o financiamento da IPI eacute uma combinaccedilatildeo dos trecircs niacuteveis da administraccedilatildeo acima mencionados planos de seguro de sauacutede e de recursos de organizaccedilotildees sem fins lucrativos (ibid paacuteg 23)

As recomendaccedilotildees para melhorar a coordenaccedilatildeo dos serviccedilos e dos recursos da IPI incluem entre outras as seguintes

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 22

A IPI eacute muitas vezes uma aacuterea de trabalho interserviccedilos mas tambeacutem uma aacuterea interdisciplinar Os decisores poliacuteticos precisam de reconhecer isso garantindo que as poliacuteticas e as orientaccedilotildees sejam desenvolvidas conjuntamente pelos setores da sauacutede da educaccedilatildeo e da seguranccedila social e que qualquer orientaccedilatildeo escrita para os serviccedilos regionais e locais inclui os logotipos de todos os departamentos Somente desta forma o trabalho integrado seraacute filtrado aos niacuteveis regional e local (ibid paacuteg 42ndash43)

Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula

A existecircncia de diferentes modelos de gestatildeo da diferenccedila na sala de aula depende natildeo soacute de fatores ligados ao professor mas tambeacutem da forma como a escola organiza os recursos e de outros fatores externos

Esta afirmaccedilatildeo foi incluiacuteda no relatoacuterio da Agecircncia sobre Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula (Agecircncia Europeia 2003 paacuteg 8)

Eacute claro que a resposta aos alunos com necessidades educativas especiais natildeo eacute apenas uma questatildeo de recursos a niacutevel da sala de aula Importa reconhecer que a organizaccedilatildeo da escola determina igualmente a quantidade e o tipo dos recursos que os professores podem usar no ensino de alunos com NEE (ibid paacuteg 14ndash15)

A organizaccedilatildeo dos recursos no seio da escola deve corresponder ao princiacutepio da flexibilidadehellip as escolas devem ter liberdade para a utilizaccedilatildeo dos recursos financeiros de acordo com os seus proacuteprios desejos e perspetivas Deve evitarshyse a burocracia estando os recursos disponiacuteveis para todos os alunos com ou sem NEE sempre que necessaacuterio ou quando o professor assim o desejar (ibid paacuteg 16)

laquoO financiamento e respetivos incentivos desempenham um papel decisivoraquo (ibid paacuteg 17)

O modelo de financiamento baseado na avaliaccedilatildeo dos resultados (a niacutevel regional) parece ser a opccedilatildeo melhor sucedida Neste modelo os orccedilamentos destinados agraves necessidades educativas especiais satildeo atribuiacutedos pelo serviccedilo central agraves instituiccedilotildees regionais ou locais (comunidades agrupamentos de escolas) As decisotildees relativas ao financiamento e elegibilidade devem ser tomadas a niacutevel regionalhellip Um modelo descentralizado pode ser mais rentaacutevel e limitar os riscos de ver emergir formas indesejaacuteveis de comportamentosestrateacutegicos Eacute no entanto evidente que o governo central deve indicar claramente os objetivos a atingir (ibid paacuteg 18)

Colocar a teoria em praacutetica 23

Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional (EFP) A implementaccedilatildeo dos programas de EFP segue o planeamento a longo prazo no setor da educaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo com os parceiros sociais

Existe um foco no estabelecimento de ligaccedilotildees mais proacuteximas hellip para desenvolver os curriacuteculos dos programas de formaccedilatildeo profissional e para corresponder agraves abordagens e conteuacutedos educativos com as competecircncias necessaacuterias na vida laboral hellip atraveacutes da organizaccedilatildeo e realizaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo de competecircncias colaboraccedilatildeo no estabelecimento de conteuacutedos de novas qualificaccedilotildees normas e curriacuteculos e correspondecircncia dos programas de EFP com as necessidades da economia (Agecircncia Europeia 2014 paacuteg 23) A niacutevel individual os alunos com necessidades educativas especiais recebem assistecircncia educativa (por exemplo tecnologia de apoio inteacuterpretes de liacutengua gestual materiais de aprendizagem de elaboraccedilatildeo especial escribas ou outras formas de assistecircncia praacutetica) especial para tornar os curriacuteculos de EFP acessiacuteveis (ibid paacuteg 15)

Os niacuteveis regionais (ou seja condados freguesias municiacutepios proviacutencias federais) satildeo fundamentais para garantir o melhor ajuste entre os objetivos educativos e as necessidades do mercado de trabalho Os conselhos consultivos regionais desempenham um papel ativo na atualizaccedilatildeo da estrutura dos programas educativos no acircmbito da sua responsabilidade regional e em cooperaccedilatildeo com os parceiros sociais Desempenham um papel importante na possibilidade de flexibilizaccedilatildeo dos percursos dos alunos

As instituiccedilotildees de EFP satildeo lideradas por diferentes agecircncias nos paiacuteses europeus tais como autoridades locais organizaccedilotildees natildeo governamentais setor privado etc Nos paiacuteses europeus analisados as principais responsabilidades pelo financiamento cabem agraves entidades estatais e governamentais a niacutevel regional ou municipal Aleacutem disso na maioria dos paiacuteses os criteacuterios de financiamento satildeo diferentes dependendo do tipo de propriedade (puacuteblicaprivada) vigente no paiacutes Outras medidas destinadas a promover o emprego entre os alunos com NEE satildeo o pagamento do custo do serviccedilo de emprego apoiado a isenccedilatildeo do pagamento de pensatildeo e seguro de invalidez uma recompensa para casos em que a quota eacute ultrapassada ajudas financeiras aos trabalhadores com incapacidades que se estabelecem como empresaacuterios reduccedilatildeo nos pagamentos agrave seguranccedila social reduccedilatildeo de impostos pelo emprego de jovens alunos com NEE ou preacutemios anuais por boas praacuteticas Existem tambeacutem programas que permitem que os alunos entrem no mercado de trabalho mantendo uma percentagem do seu subsiacutedio social de origem (por exemplo subsiacutedio de invalidez) que natildeo estaacute sujeito agrave tributaccedilatildeo ou cobertura social Os funcionaacuterios tambeacutem seriam autorizados a manter laquobenefiacutecios

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 24

secundaacuteriosraquo (por exemplo subsiacutedio para combustiacutevel cartatildeo meacutedico) durante um determinado periacuteodo de tempo

Tecnologias de Informaccedilatildeo e Comunicaccedilatildeo (TIC)

Sem duacutevida as TIC acessiacuteveis podem atuar como um facilitador para a igualdade de participaccedilatildeo em atividades educativas para diversos alunos com NEE Os estudantes com SEN destacaram a importacircncia das TIC durante a Audiccedilatildeo do Parlamento Europeu em 2011

No nosso paiacutes existe uma organizaccedilatildeo que fornece materiais especiais e tecnologias de informaccedilatildeo A escola pode pedir as ajudas teacutecnicas a essa organizaccedilatildeo e os alunos podem levaacute-las para casa Quando deixam de precisar dessas ajudas teacutecnicas estas podem ser usadas por outros alunos nas mesmasou noutras escolas Eacute muito importante ter ajudas teacutecnicas e apoio (Agecircncia Europeia 2012a paacuteg 14)

Poreacutem

O facto de o impulso para a equidade na educaccedilatildeo atraveacutes do apoio de TIC acessiacuteveis estar a ser ofuscado por desenvolvimentos econoacutemicos negativos reforccedila a ideia de que as poliacuteticas europeias e internacionais globais devem continuar a assumir uma lideranccedila estaacutevel neste campo (Agecircncia Europeia 2013 paacuteg 24)

Neste contexto a aquisiccedilatildeo pode ser considerada um mecanismo de financiamento se a acessibilidade for um preacute-requisito incorporado A acessibilidade deve ser um princiacutepio orientador para a aquisiccedilatildeo de todos os bens e serviccedilos

O acesso a TIC apropriadas em diferentes contextos de aprendizagem ao longo da vida ndash incluindo em casa ndash requer muitas vezes a contribuiccedilatildeo de profissionais de diferentes aacutereas hellip Isto envolve a coordenaccedilatildeo entre indiviacuteduos serviccedilos e muitas vezes poliacuteticas para diferentes setores de trabalho Tambeacutem envolve abordagens flexiacuteveis para o financiamento das TIC com possibilidades de tomada de decisotildees a niacutevel local quanto agraves despesas relacionadas com as necessidades identificadas localmente (Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO e Agecircncia Europeia 2011 paacuteg 88)

Para concluir

Eacute necessaacuterio considerar quatro requisitos no que diz respeito aos sistemas de financiamento para garantir que estes sistemas sustentam totalmente os objetivos da poliacutetica educativa

Colocar a teoria em praacutetica 25

A poliacutetica de financiamento apoia totalmente a educaccedilatildeo inclusiva Isto inclui o desenvolvimento de poliacuteticas fiscais que criem incentivos ao inveacutes de desincentivos agrave oferta de colocaccedilotildees e de serviccedilos de inclusatildeo Embora exista uma seacuterie de bases alternativas para financiar alunos com NEE o financiamento per capita parece ser o mais promissor para satisfazer o requisito estabelecido

A poliacutetica de financiamento baseia-se totalmente nas necessidades educativas Os montantes individuais de financiamento per capita podem ser determinados atraveacutes de anaacutelises de custos que mostram os custos relativos de disponibilizar aos alunos condiccedilotildees especiais selecionadas

A poliacutetica de financiamento facilita totalmente respostas flexiacuteveis eficazes e eficientes agraves necessidades Em vez de financiar ou fornecer recursos especiacuteficos por exemplo tipos preacute-determinados de pessoal equipamentos ou instalaccedilotildees o financiamento per capita aloca recursos monetaacuterios promovendo a flexibilidade no uso local

A poliacutetica de financiamento promove totalmente o apoio de serviccedilos relacionados e a necessaacuteria colaboraccedilatildeo intersectorial

Em geral as estruturas de incentivo devem assegurar a disponibilizaccedilatildeo de mais fundos se uma crianccedila for colocada num contexto inclusivo sendo necessaacuteria uma maior ecircnfase nos resultados (natildeo apenas acadeacutemicos)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 26

DADOS FIAacuteVEIS

Introduccedilatildeo

A Convenccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiecircncia (CDPD) bem como a Estrateacutegia Europeia para a Deficiecircncia 2010ndash2020 e o quadro estrateacutegico Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo 2020 relativo agrave equidade na educaccedilatildeo satildeo impulsionadores-chave para a educaccedilatildeo inclusiva nos paiacuteses A CDPD da ONU apela aos Estados Partes para

hellip recolher informaccedilatildeo apropriada incluindo dados estatiacutesticos e de investigaccedilatildeo que lhes permitam formular e implementar poliacuteticas que visem dar efeito agrave presente Convenccedilatildeo (Naccedilotildees Unidas 2006 Artigo 31ordm)

e hellip Os Estados Partes devem em conformidade com os seus sistemas juriacutedico e administrativo manter fortalecer nomear ou estabelecer a niacutevel interno uma estrutura que inclua um ou mais mecanismos independentes conforme apropriado com vista a promover proteger e monitorizar a implementaccedilatildeo da presente Convenccedilatildeo (ibid Artigo 33ordm)

Existe a consciencializaccedilatildeo disseminada de que a criaccedilatildeo de poliacuteticas com base em evidecircncias eacute essencial para o desenvolvimento a longo prazo dos sistemas de educaccedilatildeo inclusiva Decisores poliacuteticos especialistas em estatiacutestica e investigadores reconhecem a necessidade de uma recolha de dados a niacutevel nacional que natildeo soacute responda agraves exigecircncias das orientaccedilotildees poliacuteticas internacionais mas que tambeacutem obedeccedila a uma abordagem comum que promova uma sinergia de esforccedilos a niacutevel nacional e internacional O trabalho da Agecircncia demonstrou que existem apelos para a disponibilizaccedilatildeo de ampla informaccedilatildeo para os decisores poliacuteticos e para a adoccedilatildeo pelas diferentes organizaccedilotildees tanto a niacutevel nacional como europeu de uma variedade de abordagens complementares para a recolha de dados Poreacutem embora a necessidade de tais dados seja clara os melhores meacutetodos e procedimentos de recolha e anaacutelise dos mesmos satildeo muito menos claros

Em resultado do trabalho da Agecircncia ndash mais especificamente das atividades dos projetos Desenvolvimento de um conjunto de indicadores ndash para a educaccedilatildeo inclusiva na Europa (Kyriazopoulou e Weber 2009) e Mapeamento da Implementaccedilatildeo de Poliacuteticas para a Educaccedilatildeo Inclusiva (MIPIE) (Agecircncia Europeia 2011a) ndash emergem cinco requisitos-chave de poliacuteticas relativos agrave recolha de dados no que concerne agrave necessidade de evidecircncias sobre a educaccedilatildeo inclusiva a niacutevel nacional

bull necessidade de recolha de dados nacionais ancorada nos acordos internacionais e europeus

Colocar a teoria em praacutetica 27

bull necessidade de compreender o impacto das diferenccedilas nos sistemas educativos dos paiacuteses

bull necessidade de analisar a efetividade da educaccedilatildeo inclusiva

bull necessidade de recolha de dados que forneccedila evidecircncias sobre a garantia de qualidade e

bull necessidade de acompanhar o progresso dos alunos a longo prazo Os decisores poliacuteticos precisam de dados qualitativos e quantitativos que os informem sobre a qualidade da educaccedilatildeo prestada aos alunos com necessidades educativas especiais Estas mensagens principais refletem uma recomendaccedilatildeo central do Relatoacuterio Mundial sobre Deficiecircncia (Organizaccedilatildeo Mundial de SauacutedeBanco Mundial 2011) a necessidade de os paiacuteses desenvolverem os sistemas de recolha de dados quantitativos existentes e de simultaneamente realizarem investigaccedilotildees qualitativas aprofundadas e especiacuteficas sobre o custoshyeficaacutecia e sobre outras questotildees relacionadas com a garantia da qualidade

O projeto MIPIE apela ao desenvolvimento de um quadro comum para a recolha de dados construiacutedo com base nos procedimentos nacionais existentes e nos acordos internacionais sobre recolha de dados e procedimentos hellip Podem ser identificadas trecircs dimensotildees para uma estrutura comum

- A mudanccedila para um sistema de recolha de dados baseado em conceitos e definiccedilotildees comuns

- A recolha de evidecircncias que conduzam a niacuteveis de referecircncia quantitativos e qualitativos

- O uso de uma estrutura multiniacutevel para analisar as poliacuteticas a niacuteveis nacional e internacional (Agecircncia Europeia 2011a paacuteg 11)

Uma tal abordagem eacute necessaacuteria para apoiar os paiacuteses no desenvolvimento de uma laquorecolha de dados que permita monitorizar os direitos dos alunos bem como para monitorizarem a eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusivaraquo (ibid)

Monitorizaccedilatildeo dos direitos dos alunos

No acircmbito de uma estrutura abrangente para o mapeamento das questotildees relacionadas com os direitos devem ser identificados indicadores quantitativos e qualitativos referentes a diversos fatores

(i) Participaccedilatildeo na educaccedilatildeo e formaccedilatildeo

O relatoacuterio da Agecircncia sobre a Intervenccedilatildeo precoce na infacircncia sugere que

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 28

Os decisores poliacuteticos devem ter mecanismos para avaliar a solicitaccedilatildeo de serviccedilos de IPI e mecanismos eficazes que verifiquem se a prestaccedilatildeo de serviccedilos responde ao solicitado para se poder planear a melhoria do serviccedilo Deve ser desenvolvida uma forma sistemaacutetica de recolha e de monitorizaccedilatildeo de dados fiaacuteveis a niacutevel nacional (Agecircncia Europeia 2010 paacuteg 40)

No relatoacuterio Participaccedilatildeo na Educaccedilatildeo Inclusiva afirma-se que Embora os governos nacionais e locais jaacute recolham dados importantes sobre a educaccedilatildeo pouco se sabe sobre a participaccedilatildeo hellip Atualmente a maior parte dos dados recolhidos para fins de monitorizaccedilatildeo satildeo dados estatiacutesticos sobre a inscriccedilatildeo e a conclusatildeo da escolaridade hellip Poucos paiacuteses tecircm meacutetodos sistemaacuteticos de recolha anaacutelise e interpretaccedilatildeo de dados qualitativos sobre a participaccedilatildeo a niacutevel individual em sala de aula e na escola embora os relatoacuterios escolares de autorrevisatildeo e de inspeccedilatildeo respondam muitas vezes a questotildees de participaccedilatildeo e inclusatildeo (Agecircncia Europeia 2011d paacuteg 19)

Este relatoacuterio tambeacutem destaca alguns dos perigos potenciais associados agrave recolha de dados em relaccedilatildeo agrave participaccedilatildeo

hellip estruturas criadas para acompanhar as crianccedilas com necessidades educativas especiais podem funcionar como barreiras agrave sua participaccedilatildeo e sucesso marcando estas crianccedilas como diferentes Uma consequecircncia natildeo intencional de categorizar algumas crianccedilas para monitorizar a sua participaccedilatildeo pode gerar um paradoxo o que resulta na celebraccedilatildeo de acordos separados para a sua educaccedilatildeo (ibid paacuteg 17ndash18)

(ii) Acesso ao apoio e agrave adaptaccedilatildeo

Trecircs estudos da Agecircncia consideraram diferentes aspetos de apoio para os alunos com NEE A revisatildeo da literatura do projeto Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional cita Redley (2009)

Natildeo existem dados nacionais fiaacuteveis sobre o nuacutemero de organizaccedilotildees que oferecem emprego apoiado ou o nuacutemero de pessoas com dificuldades de aprendizagem empregadas nelas e o governo natildeo participa neste processo (Agecircncia Europeia 2012f paacuteg 41)

O estudo conjunto da Agecircncia realizado com o Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO que analisa o uso das TIC na educaccedilatildeo das pessoas com incapacidades defende que

Tanto em relaccedilatildeo agrave Convenccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas (2006) como em relaccedilatildeo agrave poliacutetica regional (ou seja europeia) e nacional haacute uma necessidade de informaccedilatildeo mais detalhada ligada agrave monitorizaccedilatildeo de indicadores e benchmarks qualitativos e quantitativos sobre as TIC na educaccedilatildeo para pessoas

Colocar a teoria em praacutetica 29

com incapacidades (Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO e Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011 paacuteg 93)

Em relaccedilatildeo agrave acessibilidade da informaccedilatildeo para a aprendizagem as recomendaccedilotildees do projeto i-access da Agecircncia defendem que

A conformidade [acessibilidade] agrave poliacutetica deve ser sistematicamente monitorizada A monitorizaccedilatildeo da conformidade soacute pode ser incentivada nomomento presente mas deve ser alargada hellip Eacute necessaacuterio recolher dados quantitativos e qualitativos sistemaacuteticos o que deve tambeacutem envolver os utilizadores finais de informaccedilatildeo acessiacutevel Poreacutem a monitorizaccedilatildeo do progresso natildeo se pode limitar a afericcedilatildeo numeacuterica mas deve incluir a possibilidade de recolher exemplos de boas praacuteticas que poderiam servir de modelo para outros paiacuteses e organizaccedilotildees (Agecircncia Europeia 2012e paacuteg 40ndash 41)

(iii) Oportunidades para o sucesso na aprendizagem e na transiccedilatildeo Dois grandes projetos da Agecircncia tiveram em linha de conta a transiccedilatildeo da escola para o emprego Ambos apontam para a falta de dados fiaacuteveis neste campo O projeto Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego sugeriu que

Os dados nacionais dos paiacuteses apenas incluem pessoas registadas como desempregadas mas uma alta percentagem de pessoas com necessidades especiais natildeo estaacute registada ndash elas natildeo tecircm sequer a oportunidade de conseguir o primeiro emprego (Agecircncia Europeia 2002a paacuteg 2)

O estudo de acompanhamento (Agecircncia Europeia 2006) natildeo refere quaisquer desenvolvimentos nesta aacuterea

(iv) Oportunidades de integraccedilatildeo

O estudo da Agecircncia com foco na diversidade multicultural destaca a falta de dados em relaccedilatildeo a um fator importante de integraccedilatildeo ndash antecedente de imigraccedilatildeo dos alunos com NEE

Muitos paiacuteses envolvidos no projeto referiram que natildeo existem dados atualizados sobre os alunos com NEE e de origem imigrante Diversas agecircncias governamentais tecircm responsabilidades diferentes e natildeo haacute coordenaccedilatildeo na recolha de dados Haacute outras razotildees para a falta de dados Alguns paiacuteses natildeo tecircm estatiacutesticas oficiais sobre a origem das pessoas para aleacutem do paiacutes de nascimento uma vez que eacute proibido o tratamento de dados pessoais que identifiquem a raccedila a origem eacutetnica a incapacidade ou crenccedila religiosa Em outros paiacuteses natildeo haacute recolha sistemaacutetica de dados relativos a alunos com NEE

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 30

ou a alunos com NEE e de origem imigrante a niacutevel nacional ou local (Agecircncia Europeia 2009a paacuteg 30)

Monitorizaccedilatildeo da eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusiva

Dados que examinam a eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusiva tecircm em conta questotildees de custo-eficaacutecia bem como diversas aacutereas relacionadas com as experiecircncias de educaccedilatildeo dos alunos procedimentos de avaliaccedilatildeo inicial o envolvimento contiacutenuo dos alunos e das suas famiacutelias em experiecircncias educativas e a eficaacutecia de ambientes de aprendizagem na superaccedilatildeo das barreiras e apoio de experiecircncias de aprendizagem significativas para todos os alunos

O estudo da Agecircncia relativo ao Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos realccedila que eacute necessaacuterio apoiar as escolas com

hellip aconselhamento sobre como pode ser usada a informaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo ndash particularmente a da avaliaccedilatildeo estandardizada recolhida para fins de monitorizaccedilatildeo nacional ndash para melhorar as praacuteticas com todos os alunos incluindo os que apresentam NEE (Watkins 2007 paacuteg 60)

O relatoacuterio designado Elevar o Sucesso de Todos os Alunos defende que

Para avanccedilar para uma maior equidade na educaccedilatildeo satildeo necessaacuterios indicadores de sucesso adequados agrave comunidade local focalizados no input recursos processos e outputresultados Embora a informaccedilatildeo (incluindo dados) deva ser usada para direcionar o apoio e acompanhar o sucesso de poliacuteticas e praacuteticas inclusivas eacute necessaacuterio cuidado para que os sistemas de responsabilidade natildeo causem inadvertidamente alteraccedilotildees inadequadas (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 22)

Este estudo destaca potenciais dificuldades inerentes

No clima atual o desenvolvimento de mecanismos de responsabilidade adequados e de formas de medir o sucesso valorizado e monitorizar a equidade apresentam muitos desafios Apesar da procura de dados concretos Fullan (2011) adverte que laquoas estatiacutesticas satildeo um servo maravilhoso mas um mestre terriacutevelraquo (paacuteg 127) e Hargreaves e Shirley (2009) enfatizam a necessidade de colocar a responsabilidade antes da prestaccedilatildeo de contas Sugerem que a prestaccedilatildeo de contas deve laquoservir de consciecircncia por meio de amostragemraquo e que deve ser realizado um ataque laquoaos excessos de padronizaccedilatildeo testada que negam a diversidade e destroem a criatividaderaquo (paacuteg 109) (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 22)

Dentro do projeto MIPIE argumentou-se que a monitorizaccedilatildeo da eficaacutecia dos sistemas de educaccedilatildeo inclusiva tambeacutem incluiria uma anaacutelise da eficaacutecia da formaccedilatildeo de professores (Agecircncia Europeia 2011a) O relatoacuterio do projeto TE4I

Colocar a teoria em praacutetica 31

destaca uma seacuterie de questotildees relacionadas com a disponibilidade de dados nesta aacuterea Relativamente agrave representaccedilatildeo de professores de grupos minoritaacuterios

A maior parte dos paiacuteses que natildeo recolhe dados refere curiosamente uma subshyrepresentaccedilatildeo de pessoas com deficiecircncia e pertencentes a grupos minoritaacuterios entre os professores estagiaacuterios e os professores diplomados e a situaccedilatildeo parece ser idecircntica entre os formadores de professores (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 22)

O relatoacuterio tambeacutem indica a necessidade de dados que levam a mudanccedilas com base em evidecircncias

A falta de investigaccedilatildeo em larga escala e de investigaccedilatildeo cumulativa bem como de evidecircncia empiacuterica na formaccedilatildeo de professores para a inclusatildeo foi referida pela OCDE (2010) hellip esta investigaccedilatildeo poderaacute garantir a existecircncia dum corpo de evidecircncias que possam dar forma agrave mudanccedila No presente relatoacuterio os exemplos realccedilam algumas questotildees-chave da pesquisa incluindo

- A eficaacutecia de diferentes rotas no ensino - Abordagens agrave formaccedilatildeo de professores e ao curriacuteculo da FIP e

- O papel dos cursos separados integrados e unificados e a melhor maneira de passar dum curso contiacutenuo para um uacutenico curso de formaccedilatildeo de professores que prepare todos os professores para a diversidade (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 68)

O projeto MIPIE defende que

A niacutevel da escola a recolha de dados deve

- Fornecer informaccedilatildeo que permitam aos professores e funcionaacuterios da escola planear e prestar o apoio e os recursos adequados

- Fornecer ideias claras sobre a participaccedilatildeo ativa dos pais e alunos no processo educativo (Agecircncia Europeia 2011a paacuteg 13)

Para que isto seja possiacutevel

Satildeo necessaacuterias sinergias a niacutevel nacional entre os principais intervenientes baseadas num claro racional para a recolha de dados considerando os dados a niacutevel nacional regional escola e sala de aula para que os dados globais do paiacutes efetivamente possam refletir a praacutetica (ibid paacuteg 14)

Para concluir a provisatildeo dos dados pode contribuir efetivamente para a elaboraccedilatildeo de poliacuteticas para a educaccedilatildeo inclusiva Haacute uma exigecircncia crescente ndash a niacutevel internacional europeu e nacional ndash para a responsabilidade e tecircm vindo a crescer comparaccedilotildees laquoentre escolasraquo e laquoentre naccedilotildeesraquo O surgimento de laquograndes dadosraquo

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 32

(meta-anaacutelises de conjuntos de dados e fontes combinadas) apresenta oportunidades mas tambeacutem desafios reais para a educaccedilatildeo inclusiva

Os apelos para a poliacutetica e alocaccedilatildeo de recursos baseada em evidecircncias reforccedilam a necessidade de dados significativos relacionados com todos os alunos Eacute necessaacuterio saber que alunos estatildeo a receber que serviccedilos quando e onde (contando todos os alunos) Tambeacutem eacute necessaacuterio ter dados sobre a qualidade dos serviccedilos e os resultados obtidos (considerando a praacutetica)

Um grande desafio para a recolha de dados estaacute em evitar classificar categorizar e rotular os alunos de modo a fornecer informaccedilatildeo sobre a provisatildeo que recebem As laquopluralidadesraquo das definiccedilotildees aplicadas a alunos e a laquopoliacuteticaraquo dos sistemas de rotulagem natildeo podem ser ignoradas nem os efeitos a que esses sistemas de rotulagem e definiccedilotildees conduzem

Fazer as perguntas certas em termos de poliacuteticas eacute o ponto de partida para a recolha de dados que servem de base significativa para as poliacuteticas

Colocar a teoria em praacutetica 33

OLHAR EM FRENTE

O primeiro objetivo da conferecircncia em novembro de 2013 foi refletir e resumir o trabalho da Agecircncia ao longo da uacuteltima deacutecada As cinco mensagens-chave descritas nos capiacutetulos anteriores destacam aspetos criacuteticos no que se refere agrave educaccedilatildeo inclusiva Baseiam-se nos resultados da anaacutelise aprofundada de temas-chave decididos pelos paiacuteses membros da Agecircncia O segundo objetivo da conferecircncia foi olhar em frente explorando a forma como o trabalho da Agecircncia pode prestar um melhor apoio aos paiacuteses membros ajudandoos a melhorar a qualidade e a eficaacutecia das suas respostas inclusivas para alunos com incapacidades eou necessidades educativas especiais A Agecircncia estaacute disposta a ajudar os paiacuteses de uma forma mais concreta com a implementaccedilatildeo dos resultados do nosso trabalho Isso significa disponibilizar recomendaccedilotildees de poliacutetica que sejam mais diretamente aplicaacuteveis aos decisores poliacuteticos para apoiar alteraccedilotildees futuras e desenvolvimentos poliacuteticos

A Agecircncia estaacute consciente de que o trabalho jaacute realizado estaacute de acordo e apoia diretamente todas as iniciativas de poliacuteticas europeias e internacionais em termos de educaccedilatildeo equidade igualdade de oportunidades e direitos para pessoas com incapacidades eou necessidades educativas especiais O trabalho da Agecircncia fornece recomendaccedilotildees claras e coerentes sobre como as poliacuteticas-chave nestas aacutereas podem ser implementadas na praacutetica A Agecircncia pretende proporcionar aos paiacuteses informaccedilatildeo sobre o progresso alcanccedilado nos objetivos propostos em termos de (a) metas de Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo para 2020 e (b) Convenccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiecircncia (2006) bem como vaacuterias diretivas e comunicaccedilotildees da Uniatildeo Europeia Eacute necessaacuteria orientaccedilatildeo sobre o modo como a educaccedilatildeo inclusiva pode ser implementada a niacutevel do professor sala de aula escola regiatildeo municiacutepio e poliacutetica nacional A Agecircncia tem capacidade para disponibilizar aos paiacuteses orientaccedilotildees sobre formas de implementaccedilatildeo da educaccedilatildeo inclusiva e como isto afeta a qualidade geral da educaccedilatildeo As discussotildees durante a conferecircncia bem como as discussotildees aprofundadas no acircmbito da Agecircncia orientaratildeo esta nova etapa no trabalho da Agecircncia

shy

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 34

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 1999 Financing of Special Needs Education ndash A seventeen-country Study of the Relationship between Financing of Special Needs Education and Inclusion [Financiamento da Educaccedilatildeo Especial ndash Um estudo de dezassete paiacuteses da Relaccedilatildeo entre o Financiamento da Educaccedilatildeo Especial e a Inclusatildeo] Middelfart Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2002a Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Princiacutepios-chave e Recomendaccedilotildees para R esponsaacuteveis Poliacuteticos Middelfart Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanagencyorgsitesdefaultfilestransition_transition_pttextpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2002b Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Principais problemas questotildees e opccedilotildees enfrentadas pelos alunos com necessidades educativas especiais em 16 paiacuteses Europeus Relatoacuterio Siacutentese Middelfart Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanagencyorgsitesdefaultfilestransition-from-school-to-employment_Transitionptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2003 Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula Relatoacuterio Siacutentese Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanagencyorgsitesdefaultfilesinclusive-education-and-classroom-practices_iecpptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2005 Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula nos 2ordm e 3ordm Ciclos do Ensino Baacutesico Relatoacuterio Siacutentese Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesinclusive-educationand-classroom-practice-in-secondary-education_iecp_secondary_ptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2006 Planos Individuais de Transiccedilatildeo Apoiar a Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesindividual-transitionplans_itp_ptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

shy

shyshy

shyshy

shy

shy

Colocar a teoria em praacutetica 35

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2009a Diversidade multicultural e necessidades especiais de educaccedilatildeo Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfilesmulticultural-diversity-and-special-needsshyeducation_Multicultural-Diversity-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2009b Princiacutepiosshychave para a Promoccedilatildeo da Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva ndash Recomendaccedilotildees para Decisores Poliacuteticos Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportskeyshyprinciples-for-promoting-quality-in-inclusive-educationkey-principles-PTpdf(Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2010 Intervenccedilatildeo Precoce na Infacircncia ndash Progressos e Desenvolvimentos 2005ndash2010 Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesearly-childhood-interventionshyprogress-and-developments_ECI-report-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011a Mapeamento da Implementaccedilatildeo de Poliacuteticas para a Educaccedilatildeo Inclusiva Uma anaacutelise dos desafios e oportunidades para o desenvolvimento de indicadores Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httphttpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesmipie_MIPIE-summaryshyof-proposals-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011b Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo na Europa ndash Desafios e Oportunidades Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfileste4i-challenges-and-opportunities_TE4I-Synthesis-Report-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011c Princiacutepios-Chave para a Promoccedilatildeo da Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva ndash Recomendaccedilotildees para Decisores Poliacuteticos Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfilesinclusive-education-and-classroom-practices_iecpshyptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011d Participation in Inclusive Education ndash A Framework for Developing Indicators [Participaccedilatildeo na Educaccedilatildeo inclusiva ndash Um Quadro para o Desenvolvimento de Indicadores] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 36

agencyorgpublicationsereportsparticipation-in-inclusive-education-a-frameworkshyfor-developing-indicatorsParticipation-in-Inclusive-Educationpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012a Perspetivas dos Jovens sobre Educaccedilatildeo Inclusiva Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfilesyoung-views-on-inclusive-education_YoungViews-2012PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012b Perfil de Professores Inclusivos Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfileste4i-profile-of-inclusive-teachers_Profile-of-InclusiveshyTeachers-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012c Raising Achievement for All Learners ndash Quality in Inclusive Education [Elevar o Sucesso de Todos os Alunos ndash Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva] Relatoacuterio sobre a conferecircncia realizada em Odense Dinamarca de 13 a 15 de junho de 2012 Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesRA4AL-conference-reportpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014) Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012d Raising Achievement for All Learners ndash Quality in Inclusive Education [Elevar o Sucesso de Todos os Alunos ndash Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httphttpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesra4al-keyshymessages_RA4AL-summary-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012e Promoting Accessible Information for Lifelong Learning Recommendations and findings of the i-access project [Promover o Acesso agrave Informaccedilatildeo para a Aprendizagem ao Longo da Vida Recomendaccedilotildees e observaccedilotildees do projeto i-access] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportsi-accessi-accessshyreportpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012f Vocational Education and Training Policy and Practice in the field of Special Needs Education ndash Literature Review [Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional (EFP) Poliacutetica e Praacutetica no campo da Educaccedilatildeo Especial ndash Revisatildeo da Literatura] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Colocar a teoria em praacutetica 37

agencyorgagency-projectsvocational-education-and-trainingvet-filesVETshyLiteratureReviewpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012g Teacher Education for Inclusion Project Recommendations linked to Sources of Evidence [Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo Recomendaccedilotildees do Projeto Ligadas a Fontes de Evidecircncias] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgagencyshyprojectsTeacher-Education-for-Inclusionsources-of-evidencepdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2013 European and International Policy Supporting ICT for Inclusion [Poliacutetica Europeia e Internacional para Uso das TIC como Apoio para a Inclusatildeo] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfileseuropean-and-internationalshypolicy-supporting-ict-for-inclusion_policy-supporting-ict-for-inclusionpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para as Necessidades Especiais e a Educaccedilatildeo Inclusiva 2014 Vocational Education and Training ndash Summary of Country Information [Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional ndash Resumo de Informaccedilatildeo do Paiacutes] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para as Necessidades Especiais e a Educaccedilatildeo Inclusiva httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesVET Summary of Country information 2014pdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Bennett S e Gallagher TL 2012 The Delivery of Education Services for Students who have an Intellectual Disability in the Province of Ontario [A prestaccedilatildeo de serviccedilos de ensino para alunos com incapacidade intelectual na proviacutencia de Ontaacuterio] Toronto Community Living Ontario

Chapman C Ainscow M Miles S e West M 2011 Leadership that promotes the achievement of students with special educational needs and disabilities [Lideranccedila que promove o sucesso de alunos com necessidades educativas especiais e incapacidades] Nottingham National College for School Leadership

Comissatildeo das Comunidades Europeias 2008 Livro Verde ndash Migraccedilatildeo e mobilidade desafios e oportunidades para os sistemas educativos da UE SEC(2008) 2173 COM20080423 final Bruxelas Comissatildeo das Comunidades Europeias

Conselho da Uniatildeo Europeia 2010 Conclusotildees do Conselho sobre a dimensatildeo social da educaccedilatildeo e da formaccedilatildeo 3013ordf Reuniatildeo do Conselho de EDUCACcedilAtildeO JUVENTUDE E CULTURA Bruxelas 11 de maio de 2010 httpeurshylexeuropaeulegal-contentPTTXTPDFuri=CELEX52010XG0526(01)ampfrom=PT(Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 38

Farrell P Dyson AS Polat F Hutcheson G e Gallannaugh F 2007 laquoSEN inclusion and pupil achievement in English schoolsraquo [Inclusatildeo de crianccedilas com NEE e sucesso dos alunos nas escolas inglesas] Journal of Research in Special Educational Needs 7 (3) 172ndash178

Frilseth L 2012 The Norwegian Model for Education for All in Upper Secondary School [O Modelo Norueguecircs para a Educaccedilatildeo para Todos no Ensino Secundaacuterio] Direccedilatildeo Norueguesa para Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo httpwwweuropeanshyagencyorgagency-projectsra4alra4al-seminar-pdfNorway-L-Frilsethpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Fullan M 2011 Change Leader Learning to do what matters most [Liacuteder de Mudanccedila aprender a fazer o que mais importa] San Francisco Jossey-Bass de Graaf G van Hove G e Haveman M 2011 laquoMore academics in regular schools The effect of regular versus special school placement on academic skills in Dutch primary school students with Down syndromeraquo [Mais acadeacutemicos nas escolas regulares O efeito da colocaccedilatildeo em escola regular versus escola especial nas competecircncias acadeacutemicas em alunos holandeses do ensino primaacuterio com siacutendrome de Down] Journal of International Disability Research December 2011 57(1) 21ndash38 doi 101111j1365-2788201101512x

Hargreaves A e Shirley D 2009 The Fourth Way ndash The inspiring future for educational change [A Quarta Via ndash O futuro inspirador para a mudanccedila educativa] Publicaccedilatildeo conjunta do Ontario Principalsrsquo Council e do National Staff Development Council Thousand Oaks CA Corwin Press

Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO e Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011 ICTs in Education for People with Disabilities Review de innovative practice [TIC na Educaccedilatildeo para Pessoas com Incapacidades revisatildeo da praacutetica inovadora] Moscovo Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO httpwwweuropeanshyagencyorgpublicationsereportsICTs-in-Education-for-People-WithshyDisabilitiesReview-of-Innovative-Practice (Uacuteltimo acesso em julho de 2014) Kalambouka A Farrell P Dyson A e Kaplan I 2005 The impact of population inclusivity in schools on student outcomes [O impacto da inclusividade da populaccedilatildeo em escolas nos resultados dos alunos] Research Evidence in Education Library London EPPI-Centre Social Science Research Unit Institute of Education University of London Kyriazopoulou M e Weber H (eds) 2009 Desenvolvimento de um conjunto de indicadores ndash para a educaccedilatildeo inclusiva na Europa Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Colocar a teoria em praacutetica 39

agencyorgsitesdefaultfilesdevelopment-of-a-set-of-indicators-for-inclusiveshyeducation-in-europe_indicators-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

MacArthur J 2009 Learning Better Together Working towards inclusive education in New Zealand schools [Aprender Melhor Juntos trabalhar para a educaccedilatildeo inclusiva nas escolas da Nova Zelacircndia] Wellington IHC

MacArthur J Kelly B Sharp S amp Gaffney M 2005 Participation or exclusion Disabled childrenrsquos experiences of life at school [Participaccedilatildeo ou exclusatildeo Experiecircncias de vida na escola de crianccedilas com incapacidades] Um artigo apresentado na laquoChildrenrsquos Issues Conferenceraquo Dunedin Nova Zelacircndia julho de 2005 Menter I Hulme M Elliott D e Lewin J 2010 Literature Review on Teacher Education in the 21st Century [Revisatildeo da Literatura sobre a Formaccedilatildeo de Professores no Seacuteculo XXI] Scottish Government Social Research Edimburgo Scottish Government

Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para a Educaccedilatildeo Ciecircncia e Cultura 2009 Policy Guidelines on Inclusion in Education [Diretrizes da Poliacutetica sobre Inclusatildeo na Educaccedilatildeo] Paris UNESCO

Organizaccedilatildeo Mundial de SauacutedeBanco Mundial 2011 World Report on Disability [Relatoacuterio Mundial sobre Deficiecircncia] Genebra Ediccedilotildees OMS httpwwwwhointdisabilitiesworld_report2011enindexhtml (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Organizaccedilatildeo para a Cooperaccedilatildeo e Desenvolvimento Econoacutemico 2011 PISA in Focus Improving Performance Leading from the Bottom [PISA agrave Lupa Melhorar os Resultados Progedir ateacute ao Topo] 20112 (Marccedilo) Paris OCDE Redley M 2009 laquoUnderstanding the social exclusion and stalled welfare of citizens with learning disabilitiesraquo [Compreender a exclusatildeo social e o bem-estar sem progresso dos cidadatildeos com dificuldades de aprendizagem] Disability amp Society 24(4) 489ndash501

Naccedilotildees Unidas 2006 Convenccedilatildeo sobre os Direitos das Pessoas com Deficiecircncia Nova Iorque Naccedilotildees Unidas

Watkins A (ed) 2007 Assessment in Inclusive Settings Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos Questotildees-chave para Poliacuteticas e Praacuteticas Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportsassessment-in-inclusiveshysettings-key-issues-for-policy-and-practiceassessment-in-inclusive-settings-keyshyissues-for-policy-and-practice (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 40

Wilkinson R e Pickett K 2010 The Spirit Level Why Equality is Better para Everyone [O Niacutevel do Espiacuterito Por que a Igualdade eacute Melhor para Todos] Londres Penguin

Willms JD 2006 Learning divides Ten policy questions about the performance and equity of schools and schooling systems [A aprendizagem divide dez perguntas de poliacutetica acerca do desempenho e equidade das escolas e dos sistemas de escolaridade] Montreal Instituto de Estatiacutestica da UNESCO

Colocar a teoria em praacutetica 41

  • preacircmbulo
  • Sumaacuterio Executivo
  • O mais precocemente possiacutevel
    • Introduccedilatildeo
    • Intervenccedilatildeo precoce
    • Deteccedilatildeo e avaliaccedilatildeo precoces
    • Apoio precoce
    • Transiccedilatildeo planeada
      • A educaccedilatildeo inclusiva beneficia todos
        • Introduccedilatildeo
        • A educaccedilatildeo inclusiva como uma abordagem para elevar o sucesso para todos os alunos
        • laquoO que eacute bom para os alunos com NEE eacute igualmente bom para todos os alunosraquo
        • Monitorizaccedilatildeo do progresso
          • profissionais altamente qualificados
            • Introduccedilatildeo
            • Formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo
            • O perfil dos professores inclusivos e outros profissionais
            • Abordagens ao recrutamento
            • Atitudes positivas
            • Trabalho em rede e coordenaccedilatildeo
              • sistemas de apoio e mecanismos de financiamento
                • Introduccedilatildeo
                • Sistemas de apoio e mecanismos de financiamento
                  • Intervenccedilatildeo Precoce na Infacircncia (IPI)
                  • Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula
                  • Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional (EFP)
                  • Tecnologias de Informaccedilatildeo e Comunicaccedilatildeo (TIC)
                      • dados fiaacuteveis
                        • Introduccedilatildeo
                        • Monitorizaccedilatildeo dos direitos dos alunos
                          • (i) Participaccedilatildeo na educaccedilatildeo e formaccedilatildeo
                          • (ii) Acesso ao apoio e agrave adaptaccedilatildeo
                          • (iii) Oportunidades para o sucesso na aprendizagem e na transiccedilatildeo
                          • (iv) Oportunidades de integraccedilatildeo
                            • Monitorizaccedilatildeo da eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusiva
                              • olhar em frente
                              • REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

PROFISSIONAIS ALTAMENTE QUALIFICADOS

Introduccedilatildeo

laquoProfissionais altamente qualificadosraquo envolve questotildees de formaccedilatildeo inicial e contiacutenua perfil valores e competecircncia dos professores abordagens eficazes ao recrutamento e atitudes bem como trabalho em rede e coordenaccedilatildeo de todos profissionais Os jovens que participaram na Audiccedilatildeo do Parlamento Europeu organizada pela Agecircncia em 2011 referiram

O ponto de partida para a educaccedilatildeo inclusiva eacute a sensibilizaccedilatildeo e a formaccedilatildeo dprofessores hellip Os professores devem compreender o que cada aluno precisa e dar-lhe oportunidade de atingir os objetivos com sucesso Todos temos talentos juntos construiacutemos uma melhor comunidade de trabalho (Agecircncia Europeia 2012a paacuteg 12)

e

Formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo

Uma formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo adequada dos professores e outros profissionais eacute considerada um fator-chave para praacuteticas inclusivas bem-sucedidas O relatoacuterio da Agecircncia Princiacutepios-chave para a Promoccedilatildeo da Qualidade em Educaccedilatildeo Inclusiva Recomendaccedilotildees para a praacutetica frisa que

Todos os professores devem ter competecircncias para responder agraves diversas necessidades de todos os alunos Na formaccedilatildeo inicial e contiacutenua os professores devem adquirir as competecircncias conhecimento e compreensatildeo que lhes permitam ter a confianccedila necessaacuteria para lidar eficazmente com as diversas necessidades dos alunos (Agecircncia Europeia 2011c paacuteg 15)

O relatoacuterio da Agecircncia Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo na Europa ndash Desafios e Oportunidades aborda a estrutura da formaccedilatildeo inicial de professores Afirma-se que

Uma das principais prioridades da formaccedilatildeo de professores hellip eacute a necessidade de rever a sua estrutura para melhorar a formaccedilatildeo de professores para a inclusatildeo e para integrar a formaccedilatildeo inicial e especializada O conhecimento sobre a mudanccedila do papel dos professores evoluiu imenso tendo sido realccedilada a necessidade de introduzir mudanccedilas significativas na forma como os professores satildeo preparados para as suas funccedilotildees e responsabilidades profissionais (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 19)

Aleacutem disso indica que

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 16

Os formadores de professores satildeo atores-chave na garantia da alta qualidade do corpo docente Muitos paiacuteses europeus natildeo tecircm ainda uma poliacutetica expliacutecita sobre as competecircncias dos formadores de professores nem sobre a forma como devem ser selecionados ou formados (ibid paacuteg 66)

O perfil dos professores inclusivos e outros profissionais

No quadro do projeto da Agecircncia Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo o Perfil de Professores Inclusivos (Agecircncia Europeia 2012b) foi desenvolvido como um guia para a conceccedilatildeo e a implementaccedilatildeo de programas de formaccedilatildeo inicial de professores (FIP) para todos professores Identifica um quadro de valores essenciais e de aacutereas de competecircncia aplicaacuteveis a qualquer programa FIP na preparaccedilatildeo de todos os professores para trabalharem em educaccedilatildeo inclusiva respondendo agrave diversidade

O quadro de valores essenciais e de aacutereas de competecircncia inclui

Valorizaccedilatildeo da diversidade ndash a diferenccedila eacute considerada um recurso e um valor para a educaccedilatildeo As aacutereas de competecircncia dentro deste valor fundamental dizem respeito a Conceccedilotildees de educaccedilatildeo inclusiva Perspetivas do professor sobre a diferenccedila dos alunos

Apoiar todos os alunos ndash os professores tecircm elevadas expectativas sobre os resultados de todos os alunos As aacutereas de competecircncia dentro deste valor essencial dizem respeito a Promoccedilatildeo da aprendizagem acadeacutemica praacutetica social e emocional de todos os alunos Metodologias de ensino eficazes em turmas heterogeacuteneas

Trabalho com outros ndash colaboraccedilatildeo e trabalho em equipa satildeo metodologias essenciais para todos os professores As aacutereas de competecircncia dentro deste valor essencial dizem respeito a Trabalho com pais e famiacutelias Trabalho com um vasto leque de profissionais de educaccedilatildeo

Desenvolvimento profissional e pessoal ndash o ensino eacute uma atividade de aprendizagem e os professores satildeo responsaacuteveis pela aprendizagem ao longo da vida As aacutereas de competecircncia dentro deste valor essencial dizem respeito a Professores como profissionais reflexivos Formaccedilatildeo inicial de professores como base para o desenvolvimento profissional contiacutenuo (ibid paacuteg 7)

Abordagens ao recrutamento

As abordagens eficazes ao recrutamento e o aumento das taxas de permanecircncia dos professores e outros profissionais satildeo indicados como fatores-chave numa seacuterie de projetos da Agecircncia O relatoacuterio da Agecircncia Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo na Europa ndash Desafios e Oportunidades realccedila que

Colocar a teoria em praacutetica 17

Devem ser encontradas estrateacutegias efetivas para melhorar o recrutamento dos candidatos a professores para aumentar as taxas de permanecircncia a par de medidas destinadas a aumentar o nuacutemero de professores de diferentes origens e incluindo professores com deficiecircncia (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 75)

O relatoacuterio do projeto refere que

Uma minoria de paiacuteses tem testes para selecionar o acesso agrave docecircncia Contudo a investigaccedilatildeo recentemente levada a cabo para efeitos da Revisatildeo da Formaccedilatildeo de Professores na Escoacutecia (Menter e colegas 2010) realccedila evidecircncias que mostram que haacute muitas dimensotildees do ensino efetivo que natildeo satildeo fidedignamente preditiacuteveis por testes de capacidade acadeacutemica Esta conclusatildeo estaacute em concordacircncia com a revisatildeo da literatura deste projeto e com os relatoacuterios dos paiacuteses que realccedilam a importacircncia das atitudes valores e crenccedilas no desenvolvimento de praacuteticas inclusivas Tanto as atitudes valores e crenccedilas como as disposiccedilotildees que apoiam o desenvolvimento das requeridascompetecircncias satildeo difiacuteceis de apurar mesmo atraveacutes de uma entrevista Eacute necessaacuteria mais investigaccedilatildeo para encontrar indicadores eficazes para a seleccedilatildeo de candidatos (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 21)

Atitudes positivas

As atitudes positivas dos professores e outros profissionais satildeo indicadas como um elemento-chave na educaccedilatildeo inclusiva na maioria dos projetos da Agecircncia O relatoacuterio da Agecircncia Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula constata que

Obviamente que a inclusatildeo depende largamente da atitude dos professores face aos alunos com necessidades especiais das suas perceccedilotildees sobre as diferenccedilas na sala de aula e da sua vontade de lidar eficazmente com essas diferenccedilas A atitude dos professores foi indicada como um fator decisivo na construccedilatildeo de escolas mais inclusivas (Agecircncia Europeia 2003 paacuteg 12)

Do mesmo modo o relatoacuterio da Agecircncia designado Princiacutepios-Chave para a Promoccedilatildeo da Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva ndash Recomendaccedilotildees para a praacutetica realccedila a importacircncia das atitudes positivas Afirma-se que

Todos os professores devem ter atitudes positivas em relaccedilatildeo a todos os alunos e disponibilidade para trabalhar em colaboraccedilatildeo com os colegas Todos os professores devem entender a diversidade como uma forccedila e um estiacutemulo para sua proacutepria aprendizagem (Agecircncia Europeia 2011c paacuteg 14)

O relatoacuterio da Agecircncia Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos Questotildeesshychave para Poliacuteticas e Praacuteticas indica que

As atitudes dos professores de turma face ao processo de avaliaccedilatildeo inclusiva satildeo cruciais As atitudes positivas podem ser fomentadas atraveacutes de formaccedilatildeo

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 18

apoio e recursos apropriados e de experiecircncias de inclusatildeo bem sucedidas Os professores necessitam de experiecircncias bem sucedidas para os ajudar a desenvolver as necessaacuterias atitudes positivas (Watkins 2007 paacuteg 53)

Trabalho em rede e coordenaccedilatildeo

Todos os relatoacuterios da Agecircncia referem o papel eficaz da colaboraccedilatildeo e coordenaccedilatildeo dos profissionais e do trabalho em rede com serviccedilos comunitaacuterios interdisciplinares Um exemplo digno de nota eacute o relatoacuterio da Agecircncia Formaccedilatildeo de professores para a Inclusatildeo Perfil de Professores Inclusivos (TE4I) no qual se realccedila que

A implementaccedilatildeo da educaccedilatildeo inclusiva deve ser vista como uma tarefa coletiva com funccedilotildees e responsabilidades atribuiacutedas aos diferentes intervenientes O apoio aos professores de turma inclui o acesso a estruturas que facilitam a comunicaccedilatildeo e o trabalho de equipa com diferentes profissionais (incluindo aqueles que trabalham em instituiccedilotildees de ensino superior) bem como oportunidades para o desenvolvimento profissional (Agecircncia Europeia 2012b paacuteg 24)

Na publicaccedilatildeo da Agecircncia Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula nos 2ordm e 3ordm Ciclos de Ensino Baacutesico as questotildees do ensino cooperativo e da resoluccedilatildeo cooperativa de problemas satildeo apresentadas como fatores-chave para uma praacutetica inclusiva eficaz O projeto afirma que laquoOs professores precisam do apoio dos colegas da escola e de ser capazes de colaborar com eles Necessitam igualmente do apoio e da colaboraccedilatildeo de profissionais exteriores agrave escolaraquo (Agecircncia Europeia 2005 paacuteg 5)

Para concluir

A educaccedilatildeo inclusiva implica uma alteraccedilatildeo sisteacutemica que exige uma transformaccedilatildeo quanto ao modo como os professores e outros profissionais do ensino satildeo formados natildeo apenas em termos de competecircncias mas tambeacutem de valores eacuteticos

Os principais aspetos relacionados com os profissionais altamente qualificados podem ser resumidos numa seacuterie de indicadores na aacuterea da legislaccedilatildeo para a educaccedilatildeo inclusiva desenvolvidos e apresentados no projeto da Agecircncia Desenvolvimento de um conjunto de indicadores ndash para a educaccedilatildeo inclusiva na Europa

Programas de formaccedilatildeo inicial e contiacutenua de professores incluem conteuacutedos sobre a educaccedilatildeo especial e a inclusatildeo Professores e outros profissionais satildeo apoiados para desenvolverem os seus conhecimentos competecircncias e atitudes relativas agrave inclusatildeo de forma a

Colocar a teoria em praacutetica 19

estarem preparados para responder agraves necessidades de todos os alunos no ensino regular

Disponibilizaccedilatildeo de cursos e oportunidades para a melhoria do desenvolvimento profissional dos professores

Os professores planificam ensinam e reavaliam em parceria

Recursos satildeo disponibilizados para o adequado desenvolvimento profissional relacionados com a resposta agraves necessidades especiais em educaccedilatildeo inclusiva (Kyriazopoulou e Weber 2009 paacuteg 29)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 20

SISTEMAS DE APOIO E MECANISMOS DE FINANCIAMENTO

Introduccedilatildeo

Em novembro de 2011 a Agecircncia Europeia acolheu uma Audiccedilatildeo no Parlamento Europeu em Bruxelas Participaram oitenta e oito jovens com e sem necessidades educativas especiais eou incapacidades do ensino secundaacuterio e da formaccedilatildeo vocacional para debaterem o significado da educaccedilatildeo inclusiva para eles Alguns dos resultados estatildeo diretamente relacionados com questotildees de recursos e financiamento laquoA educaccedilatildeo inclusiva requer recursos adicionais como tempo e dinheiro mas cada aluno deve ter a educaccedilatildeo que querraquo (Agecircncia Europeia 2012a paacuteg 13)

O acesso fiacutesico dos edifiacutecios eacute importante (elevadores portas automaacuteticas interruptores acessiacuteveis etc) hellip No caso dos testes eacute necessaacuterio tempo extra hellip Satildeo necessaacuterios sistemas internos de apoio para os alunos com deficiecircncias (ibid paacuteg 28ndash29)

Eacute bom ter apoio de pessoas de fora da equipa da escola que possam atuar como mediadores para os alunos com necessidades especiais Havia professores que natildeo queriam cooperar no trabalho de educaccedilatildeo inclusiva para mim e para outros os professores devem aceitar todos nas suas salas de aula (ibid paacuteg 20)

Os cortes do governo estatildeo a ter impacto no apoio ndash pessoas como os mediadores estatildeo a perder os seus empregos O dinheiro estaacute a ir para as escolas mas eacute tatildeo disfuncional que significa que os professores laquonormaisraquo tecircm de prestar o apoio e eles natildeo satildeo capazes (ibid paacuteg 28)

A educaccedilatildeo inclusiva eacute muitas vezes referida como dispendiosa mas ao tentar poupar vamos acabar por pagar mais para lidar com os problemas hellip Mesmo que um paiacutes natildeo tenha muitos recursos a educaccedilatildeo inclusiva precisa de ser posta em praacutetica A educaccedilatildeo inclusiva eacute um investimento temos de investir nas pessoas (ibid paacuteg 25)

Sistemas de apoio e mecanismos de financiamento Os sistemas de apoio e mecanismos de financiamento englobam todos os niacuteveis de aprendizagem e por conseguinte abordam diversas questotildees Aleacutem disso limitar a questatildeo apenas ao campo educativo seria insuficiente

As crianccedilas e os jovens natildeo teratildeo sucesso na aprendizagem se a sua sauacutede baacutesica e as suas necessidades sociais e emocionais natildeo forem atendidas Isto pode exigir apoio para as famiacutelias e as comunidades sendo necessaacuteria a

Colocar a teoria em praacutetica 21

colaboraccedilatildeo com os serviccedilos de sauacutede e de seguranccedila social que garanta uma intervenccedilatildeo holiacutestica (Agecircncia Europeia 2011c paacuteg 17ndash18)

Existe a consciencializaccedilatildeo disseminada de que a criaccedilatildeo de poliacuteticas com base em evidecircncias eacute essencial para o desenvolvimento a longo prazo dos sistemas de educaccedilatildeo inclusiva Tal foi reconhecido no trabalho da Agecircncia logo em 1999 no acircmbito do relatoacuterio Financing of Special Needs Education [Financiamento da Educaccedilatildeo Especial] onde se defendia que

os procedimentos de avaliaccedilatildeo e monitorizaccedilatildeo nos paiacuteses podem tambeacutem ser melhorados no quadro do ensino especial Em primeiro lugar eacute importante garantir e incentivar um dispecircndio eficiente e eficaz dos fundos puacuteblicos Em segundo lugar parece ser necessaacuterio mostrar claramente aos clientes dos sistemas educativos (alunos com necessidades especiais e os seus pais) que a qualidade da educaccedilatildeo no ambiente regular (incluindo todas as instalaccedilotildees adicionais e apoio) eacute suficientemente elevada (Agecircncia Europeia 1999 paacuteg 158)

Os temas do financiamento e dos recursos foram abordados em diversos outros projetos da Agecircncia Assim as afirmaccedilotildees e os resultados que se seguem lanccedilam alguma luz sobre estas duas questotildees de pontos de vista diferentes na sequecircncia de projetos distintos levados a cabo pela Agecircncia

Intervenccedilatildeo Precoce na Infacircncia (IPI) laquoA tendecircncia comum na Europa eacute a prestaccedilatildeo de serviccedilos de IPI localizados e prestados tatildeo perto quanto possiacutevel da crianccedila e da famiacuteliaraquo (Agecircncia Europeia 2010 paacuteg 18) por exemplo no municiacutepio

Os recursos e serviccedilos de IPI devem abranger todas as famiacutelias e crianccedilas em idades precoces que deles necessitem independentemente da sua condiccedilatildeo socioeconoacutemica hellip Isto implica que os fundos puacuteblicos devem cobrir todos os custos relativos agrave IPI atraveacutes de serviccedilos puacuteblicos companhias de seguros organizaccedilotildees sem fins lucrativos etc preenchendo os padrotildees de qualidade exigidos na respetiva legislaccedilatildeo nacional para a IPI (ibid paacuteg 22) O financiamento puacuteblico para os serviccedilos de IPI geralmente vem do governo central eou federal ou dos orccedilamentos regionais eou locais Na maioria dos casos o financiamento da IPI eacute uma combinaccedilatildeo dos trecircs niacuteveis da administraccedilatildeo acima mencionados planos de seguro de sauacutede e de recursos de organizaccedilotildees sem fins lucrativos (ibid paacuteg 23)

As recomendaccedilotildees para melhorar a coordenaccedilatildeo dos serviccedilos e dos recursos da IPI incluem entre outras as seguintes

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 22

A IPI eacute muitas vezes uma aacuterea de trabalho interserviccedilos mas tambeacutem uma aacuterea interdisciplinar Os decisores poliacuteticos precisam de reconhecer isso garantindo que as poliacuteticas e as orientaccedilotildees sejam desenvolvidas conjuntamente pelos setores da sauacutede da educaccedilatildeo e da seguranccedila social e que qualquer orientaccedilatildeo escrita para os serviccedilos regionais e locais inclui os logotipos de todos os departamentos Somente desta forma o trabalho integrado seraacute filtrado aos niacuteveis regional e local (ibid paacuteg 42ndash43)

Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula

A existecircncia de diferentes modelos de gestatildeo da diferenccedila na sala de aula depende natildeo soacute de fatores ligados ao professor mas tambeacutem da forma como a escola organiza os recursos e de outros fatores externos

Esta afirmaccedilatildeo foi incluiacuteda no relatoacuterio da Agecircncia sobre Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula (Agecircncia Europeia 2003 paacuteg 8)

Eacute claro que a resposta aos alunos com necessidades educativas especiais natildeo eacute apenas uma questatildeo de recursos a niacutevel da sala de aula Importa reconhecer que a organizaccedilatildeo da escola determina igualmente a quantidade e o tipo dos recursos que os professores podem usar no ensino de alunos com NEE (ibid paacuteg 14ndash15)

A organizaccedilatildeo dos recursos no seio da escola deve corresponder ao princiacutepio da flexibilidadehellip as escolas devem ter liberdade para a utilizaccedilatildeo dos recursos financeiros de acordo com os seus proacuteprios desejos e perspetivas Deve evitarshyse a burocracia estando os recursos disponiacuteveis para todos os alunos com ou sem NEE sempre que necessaacuterio ou quando o professor assim o desejar (ibid paacuteg 16)

laquoO financiamento e respetivos incentivos desempenham um papel decisivoraquo (ibid paacuteg 17)

O modelo de financiamento baseado na avaliaccedilatildeo dos resultados (a niacutevel regional) parece ser a opccedilatildeo melhor sucedida Neste modelo os orccedilamentos destinados agraves necessidades educativas especiais satildeo atribuiacutedos pelo serviccedilo central agraves instituiccedilotildees regionais ou locais (comunidades agrupamentos de escolas) As decisotildees relativas ao financiamento e elegibilidade devem ser tomadas a niacutevel regionalhellip Um modelo descentralizado pode ser mais rentaacutevel e limitar os riscos de ver emergir formas indesejaacuteveis de comportamentosestrateacutegicos Eacute no entanto evidente que o governo central deve indicar claramente os objetivos a atingir (ibid paacuteg 18)

Colocar a teoria em praacutetica 23

Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional (EFP) A implementaccedilatildeo dos programas de EFP segue o planeamento a longo prazo no setor da educaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo com os parceiros sociais

Existe um foco no estabelecimento de ligaccedilotildees mais proacuteximas hellip para desenvolver os curriacuteculos dos programas de formaccedilatildeo profissional e para corresponder agraves abordagens e conteuacutedos educativos com as competecircncias necessaacuterias na vida laboral hellip atraveacutes da organizaccedilatildeo e realizaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo de competecircncias colaboraccedilatildeo no estabelecimento de conteuacutedos de novas qualificaccedilotildees normas e curriacuteculos e correspondecircncia dos programas de EFP com as necessidades da economia (Agecircncia Europeia 2014 paacuteg 23) A niacutevel individual os alunos com necessidades educativas especiais recebem assistecircncia educativa (por exemplo tecnologia de apoio inteacuterpretes de liacutengua gestual materiais de aprendizagem de elaboraccedilatildeo especial escribas ou outras formas de assistecircncia praacutetica) especial para tornar os curriacuteculos de EFP acessiacuteveis (ibid paacuteg 15)

Os niacuteveis regionais (ou seja condados freguesias municiacutepios proviacutencias federais) satildeo fundamentais para garantir o melhor ajuste entre os objetivos educativos e as necessidades do mercado de trabalho Os conselhos consultivos regionais desempenham um papel ativo na atualizaccedilatildeo da estrutura dos programas educativos no acircmbito da sua responsabilidade regional e em cooperaccedilatildeo com os parceiros sociais Desempenham um papel importante na possibilidade de flexibilizaccedilatildeo dos percursos dos alunos

As instituiccedilotildees de EFP satildeo lideradas por diferentes agecircncias nos paiacuteses europeus tais como autoridades locais organizaccedilotildees natildeo governamentais setor privado etc Nos paiacuteses europeus analisados as principais responsabilidades pelo financiamento cabem agraves entidades estatais e governamentais a niacutevel regional ou municipal Aleacutem disso na maioria dos paiacuteses os criteacuterios de financiamento satildeo diferentes dependendo do tipo de propriedade (puacuteblicaprivada) vigente no paiacutes Outras medidas destinadas a promover o emprego entre os alunos com NEE satildeo o pagamento do custo do serviccedilo de emprego apoiado a isenccedilatildeo do pagamento de pensatildeo e seguro de invalidez uma recompensa para casos em que a quota eacute ultrapassada ajudas financeiras aos trabalhadores com incapacidades que se estabelecem como empresaacuterios reduccedilatildeo nos pagamentos agrave seguranccedila social reduccedilatildeo de impostos pelo emprego de jovens alunos com NEE ou preacutemios anuais por boas praacuteticas Existem tambeacutem programas que permitem que os alunos entrem no mercado de trabalho mantendo uma percentagem do seu subsiacutedio social de origem (por exemplo subsiacutedio de invalidez) que natildeo estaacute sujeito agrave tributaccedilatildeo ou cobertura social Os funcionaacuterios tambeacutem seriam autorizados a manter laquobenefiacutecios

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 24

secundaacuteriosraquo (por exemplo subsiacutedio para combustiacutevel cartatildeo meacutedico) durante um determinado periacuteodo de tempo

Tecnologias de Informaccedilatildeo e Comunicaccedilatildeo (TIC)

Sem duacutevida as TIC acessiacuteveis podem atuar como um facilitador para a igualdade de participaccedilatildeo em atividades educativas para diversos alunos com NEE Os estudantes com SEN destacaram a importacircncia das TIC durante a Audiccedilatildeo do Parlamento Europeu em 2011

No nosso paiacutes existe uma organizaccedilatildeo que fornece materiais especiais e tecnologias de informaccedilatildeo A escola pode pedir as ajudas teacutecnicas a essa organizaccedilatildeo e os alunos podem levaacute-las para casa Quando deixam de precisar dessas ajudas teacutecnicas estas podem ser usadas por outros alunos nas mesmasou noutras escolas Eacute muito importante ter ajudas teacutecnicas e apoio (Agecircncia Europeia 2012a paacuteg 14)

Poreacutem

O facto de o impulso para a equidade na educaccedilatildeo atraveacutes do apoio de TIC acessiacuteveis estar a ser ofuscado por desenvolvimentos econoacutemicos negativos reforccedila a ideia de que as poliacuteticas europeias e internacionais globais devem continuar a assumir uma lideranccedila estaacutevel neste campo (Agecircncia Europeia 2013 paacuteg 24)

Neste contexto a aquisiccedilatildeo pode ser considerada um mecanismo de financiamento se a acessibilidade for um preacute-requisito incorporado A acessibilidade deve ser um princiacutepio orientador para a aquisiccedilatildeo de todos os bens e serviccedilos

O acesso a TIC apropriadas em diferentes contextos de aprendizagem ao longo da vida ndash incluindo em casa ndash requer muitas vezes a contribuiccedilatildeo de profissionais de diferentes aacutereas hellip Isto envolve a coordenaccedilatildeo entre indiviacuteduos serviccedilos e muitas vezes poliacuteticas para diferentes setores de trabalho Tambeacutem envolve abordagens flexiacuteveis para o financiamento das TIC com possibilidades de tomada de decisotildees a niacutevel local quanto agraves despesas relacionadas com as necessidades identificadas localmente (Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO e Agecircncia Europeia 2011 paacuteg 88)

Para concluir

Eacute necessaacuterio considerar quatro requisitos no que diz respeito aos sistemas de financiamento para garantir que estes sistemas sustentam totalmente os objetivos da poliacutetica educativa

Colocar a teoria em praacutetica 25

A poliacutetica de financiamento apoia totalmente a educaccedilatildeo inclusiva Isto inclui o desenvolvimento de poliacuteticas fiscais que criem incentivos ao inveacutes de desincentivos agrave oferta de colocaccedilotildees e de serviccedilos de inclusatildeo Embora exista uma seacuterie de bases alternativas para financiar alunos com NEE o financiamento per capita parece ser o mais promissor para satisfazer o requisito estabelecido

A poliacutetica de financiamento baseia-se totalmente nas necessidades educativas Os montantes individuais de financiamento per capita podem ser determinados atraveacutes de anaacutelises de custos que mostram os custos relativos de disponibilizar aos alunos condiccedilotildees especiais selecionadas

A poliacutetica de financiamento facilita totalmente respostas flexiacuteveis eficazes e eficientes agraves necessidades Em vez de financiar ou fornecer recursos especiacuteficos por exemplo tipos preacute-determinados de pessoal equipamentos ou instalaccedilotildees o financiamento per capita aloca recursos monetaacuterios promovendo a flexibilidade no uso local

A poliacutetica de financiamento promove totalmente o apoio de serviccedilos relacionados e a necessaacuteria colaboraccedilatildeo intersectorial

Em geral as estruturas de incentivo devem assegurar a disponibilizaccedilatildeo de mais fundos se uma crianccedila for colocada num contexto inclusivo sendo necessaacuteria uma maior ecircnfase nos resultados (natildeo apenas acadeacutemicos)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 26

DADOS FIAacuteVEIS

Introduccedilatildeo

A Convenccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiecircncia (CDPD) bem como a Estrateacutegia Europeia para a Deficiecircncia 2010ndash2020 e o quadro estrateacutegico Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo 2020 relativo agrave equidade na educaccedilatildeo satildeo impulsionadores-chave para a educaccedilatildeo inclusiva nos paiacuteses A CDPD da ONU apela aos Estados Partes para

hellip recolher informaccedilatildeo apropriada incluindo dados estatiacutesticos e de investigaccedilatildeo que lhes permitam formular e implementar poliacuteticas que visem dar efeito agrave presente Convenccedilatildeo (Naccedilotildees Unidas 2006 Artigo 31ordm)

e hellip Os Estados Partes devem em conformidade com os seus sistemas juriacutedico e administrativo manter fortalecer nomear ou estabelecer a niacutevel interno uma estrutura que inclua um ou mais mecanismos independentes conforme apropriado com vista a promover proteger e monitorizar a implementaccedilatildeo da presente Convenccedilatildeo (ibid Artigo 33ordm)

Existe a consciencializaccedilatildeo disseminada de que a criaccedilatildeo de poliacuteticas com base em evidecircncias eacute essencial para o desenvolvimento a longo prazo dos sistemas de educaccedilatildeo inclusiva Decisores poliacuteticos especialistas em estatiacutestica e investigadores reconhecem a necessidade de uma recolha de dados a niacutevel nacional que natildeo soacute responda agraves exigecircncias das orientaccedilotildees poliacuteticas internacionais mas que tambeacutem obedeccedila a uma abordagem comum que promova uma sinergia de esforccedilos a niacutevel nacional e internacional O trabalho da Agecircncia demonstrou que existem apelos para a disponibilizaccedilatildeo de ampla informaccedilatildeo para os decisores poliacuteticos e para a adoccedilatildeo pelas diferentes organizaccedilotildees tanto a niacutevel nacional como europeu de uma variedade de abordagens complementares para a recolha de dados Poreacutem embora a necessidade de tais dados seja clara os melhores meacutetodos e procedimentos de recolha e anaacutelise dos mesmos satildeo muito menos claros

Em resultado do trabalho da Agecircncia ndash mais especificamente das atividades dos projetos Desenvolvimento de um conjunto de indicadores ndash para a educaccedilatildeo inclusiva na Europa (Kyriazopoulou e Weber 2009) e Mapeamento da Implementaccedilatildeo de Poliacuteticas para a Educaccedilatildeo Inclusiva (MIPIE) (Agecircncia Europeia 2011a) ndash emergem cinco requisitos-chave de poliacuteticas relativos agrave recolha de dados no que concerne agrave necessidade de evidecircncias sobre a educaccedilatildeo inclusiva a niacutevel nacional

bull necessidade de recolha de dados nacionais ancorada nos acordos internacionais e europeus

Colocar a teoria em praacutetica 27

bull necessidade de compreender o impacto das diferenccedilas nos sistemas educativos dos paiacuteses

bull necessidade de analisar a efetividade da educaccedilatildeo inclusiva

bull necessidade de recolha de dados que forneccedila evidecircncias sobre a garantia de qualidade e

bull necessidade de acompanhar o progresso dos alunos a longo prazo Os decisores poliacuteticos precisam de dados qualitativos e quantitativos que os informem sobre a qualidade da educaccedilatildeo prestada aos alunos com necessidades educativas especiais Estas mensagens principais refletem uma recomendaccedilatildeo central do Relatoacuterio Mundial sobre Deficiecircncia (Organizaccedilatildeo Mundial de SauacutedeBanco Mundial 2011) a necessidade de os paiacuteses desenvolverem os sistemas de recolha de dados quantitativos existentes e de simultaneamente realizarem investigaccedilotildees qualitativas aprofundadas e especiacuteficas sobre o custoshyeficaacutecia e sobre outras questotildees relacionadas com a garantia da qualidade

O projeto MIPIE apela ao desenvolvimento de um quadro comum para a recolha de dados construiacutedo com base nos procedimentos nacionais existentes e nos acordos internacionais sobre recolha de dados e procedimentos hellip Podem ser identificadas trecircs dimensotildees para uma estrutura comum

- A mudanccedila para um sistema de recolha de dados baseado em conceitos e definiccedilotildees comuns

- A recolha de evidecircncias que conduzam a niacuteveis de referecircncia quantitativos e qualitativos

- O uso de uma estrutura multiniacutevel para analisar as poliacuteticas a niacuteveis nacional e internacional (Agecircncia Europeia 2011a paacuteg 11)

Uma tal abordagem eacute necessaacuteria para apoiar os paiacuteses no desenvolvimento de uma laquorecolha de dados que permita monitorizar os direitos dos alunos bem como para monitorizarem a eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusivaraquo (ibid)

Monitorizaccedilatildeo dos direitos dos alunos

No acircmbito de uma estrutura abrangente para o mapeamento das questotildees relacionadas com os direitos devem ser identificados indicadores quantitativos e qualitativos referentes a diversos fatores

(i) Participaccedilatildeo na educaccedilatildeo e formaccedilatildeo

O relatoacuterio da Agecircncia sobre a Intervenccedilatildeo precoce na infacircncia sugere que

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 28

Os decisores poliacuteticos devem ter mecanismos para avaliar a solicitaccedilatildeo de serviccedilos de IPI e mecanismos eficazes que verifiquem se a prestaccedilatildeo de serviccedilos responde ao solicitado para se poder planear a melhoria do serviccedilo Deve ser desenvolvida uma forma sistemaacutetica de recolha e de monitorizaccedilatildeo de dados fiaacuteveis a niacutevel nacional (Agecircncia Europeia 2010 paacuteg 40)

No relatoacuterio Participaccedilatildeo na Educaccedilatildeo Inclusiva afirma-se que Embora os governos nacionais e locais jaacute recolham dados importantes sobre a educaccedilatildeo pouco se sabe sobre a participaccedilatildeo hellip Atualmente a maior parte dos dados recolhidos para fins de monitorizaccedilatildeo satildeo dados estatiacutesticos sobre a inscriccedilatildeo e a conclusatildeo da escolaridade hellip Poucos paiacuteses tecircm meacutetodos sistemaacuteticos de recolha anaacutelise e interpretaccedilatildeo de dados qualitativos sobre a participaccedilatildeo a niacutevel individual em sala de aula e na escola embora os relatoacuterios escolares de autorrevisatildeo e de inspeccedilatildeo respondam muitas vezes a questotildees de participaccedilatildeo e inclusatildeo (Agecircncia Europeia 2011d paacuteg 19)

Este relatoacuterio tambeacutem destaca alguns dos perigos potenciais associados agrave recolha de dados em relaccedilatildeo agrave participaccedilatildeo

hellip estruturas criadas para acompanhar as crianccedilas com necessidades educativas especiais podem funcionar como barreiras agrave sua participaccedilatildeo e sucesso marcando estas crianccedilas como diferentes Uma consequecircncia natildeo intencional de categorizar algumas crianccedilas para monitorizar a sua participaccedilatildeo pode gerar um paradoxo o que resulta na celebraccedilatildeo de acordos separados para a sua educaccedilatildeo (ibid paacuteg 17ndash18)

(ii) Acesso ao apoio e agrave adaptaccedilatildeo

Trecircs estudos da Agecircncia consideraram diferentes aspetos de apoio para os alunos com NEE A revisatildeo da literatura do projeto Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional cita Redley (2009)

Natildeo existem dados nacionais fiaacuteveis sobre o nuacutemero de organizaccedilotildees que oferecem emprego apoiado ou o nuacutemero de pessoas com dificuldades de aprendizagem empregadas nelas e o governo natildeo participa neste processo (Agecircncia Europeia 2012f paacuteg 41)

O estudo conjunto da Agecircncia realizado com o Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO que analisa o uso das TIC na educaccedilatildeo das pessoas com incapacidades defende que

Tanto em relaccedilatildeo agrave Convenccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas (2006) como em relaccedilatildeo agrave poliacutetica regional (ou seja europeia) e nacional haacute uma necessidade de informaccedilatildeo mais detalhada ligada agrave monitorizaccedilatildeo de indicadores e benchmarks qualitativos e quantitativos sobre as TIC na educaccedilatildeo para pessoas

Colocar a teoria em praacutetica 29

com incapacidades (Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO e Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011 paacuteg 93)

Em relaccedilatildeo agrave acessibilidade da informaccedilatildeo para a aprendizagem as recomendaccedilotildees do projeto i-access da Agecircncia defendem que

A conformidade [acessibilidade] agrave poliacutetica deve ser sistematicamente monitorizada A monitorizaccedilatildeo da conformidade soacute pode ser incentivada nomomento presente mas deve ser alargada hellip Eacute necessaacuterio recolher dados quantitativos e qualitativos sistemaacuteticos o que deve tambeacutem envolver os utilizadores finais de informaccedilatildeo acessiacutevel Poreacutem a monitorizaccedilatildeo do progresso natildeo se pode limitar a afericcedilatildeo numeacuterica mas deve incluir a possibilidade de recolher exemplos de boas praacuteticas que poderiam servir de modelo para outros paiacuteses e organizaccedilotildees (Agecircncia Europeia 2012e paacuteg 40ndash 41)

(iii) Oportunidades para o sucesso na aprendizagem e na transiccedilatildeo Dois grandes projetos da Agecircncia tiveram em linha de conta a transiccedilatildeo da escola para o emprego Ambos apontam para a falta de dados fiaacuteveis neste campo O projeto Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego sugeriu que

Os dados nacionais dos paiacuteses apenas incluem pessoas registadas como desempregadas mas uma alta percentagem de pessoas com necessidades especiais natildeo estaacute registada ndash elas natildeo tecircm sequer a oportunidade de conseguir o primeiro emprego (Agecircncia Europeia 2002a paacuteg 2)

O estudo de acompanhamento (Agecircncia Europeia 2006) natildeo refere quaisquer desenvolvimentos nesta aacuterea

(iv) Oportunidades de integraccedilatildeo

O estudo da Agecircncia com foco na diversidade multicultural destaca a falta de dados em relaccedilatildeo a um fator importante de integraccedilatildeo ndash antecedente de imigraccedilatildeo dos alunos com NEE

Muitos paiacuteses envolvidos no projeto referiram que natildeo existem dados atualizados sobre os alunos com NEE e de origem imigrante Diversas agecircncias governamentais tecircm responsabilidades diferentes e natildeo haacute coordenaccedilatildeo na recolha de dados Haacute outras razotildees para a falta de dados Alguns paiacuteses natildeo tecircm estatiacutesticas oficiais sobre a origem das pessoas para aleacutem do paiacutes de nascimento uma vez que eacute proibido o tratamento de dados pessoais que identifiquem a raccedila a origem eacutetnica a incapacidade ou crenccedila religiosa Em outros paiacuteses natildeo haacute recolha sistemaacutetica de dados relativos a alunos com NEE

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 30

ou a alunos com NEE e de origem imigrante a niacutevel nacional ou local (Agecircncia Europeia 2009a paacuteg 30)

Monitorizaccedilatildeo da eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusiva

Dados que examinam a eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusiva tecircm em conta questotildees de custo-eficaacutecia bem como diversas aacutereas relacionadas com as experiecircncias de educaccedilatildeo dos alunos procedimentos de avaliaccedilatildeo inicial o envolvimento contiacutenuo dos alunos e das suas famiacutelias em experiecircncias educativas e a eficaacutecia de ambientes de aprendizagem na superaccedilatildeo das barreiras e apoio de experiecircncias de aprendizagem significativas para todos os alunos

O estudo da Agecircncia relativo ao Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos realccedila que eacute necessaacuterio apoiar as escolas com

hellip aconselhamento sobre como pode ser usada a informaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo ndash particularmente a da avaliaccedilatildeo estandardizada recolhida para fins de monitorizaccedilatildeo nacional ndash para melhorar as praacuteticas com todos os alunos incluindo os que apresentam NEE (Watkins 2007 paacuteg 60)

O relatoacuterio designado Elevar o Sucesso de Todos os Alunos defende que

Para avanccedilar para uma maior equidade na educaccedilatildeo satildeo necessaacuterios indicadores de sucesso adequados agrave comunidade local focalizados no input recursos processos e outputresultados Embora a informaccedilatildeo (incluindo dados) deva ser usada para direcionar o apoio e acompanhar o sucesso de poliacuteticas e praacuteticas inclusivas eacute necessaacuterio cuidado para que os sistemas de responsabilidade natildeo causem inadvertidamente alteraccedilotildees inadequadas (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 22)

Este estudo destaca potenciais dificuldades inerentes

No clima atual o desenvolvimento de mecanismos de responsabilidade adequados e de formas de medir o sucesso valorizado e monitorizar a equidade apresentam muitos desafios Apesar da procura de dados concretos Fullan (2011) adverte que laquoas estatiacutesticas satildeo um servo maravilhoso mas um mestre terriacutevelraquo (paacuteg 127) e Hargreaves e Shirley (2009) enfatizam a necessidade de colocar a responsabilidade antes da prestaccedilatildeo de contas Sugerem que a prestaccedilatildeo de contas deve laquoservir de consciecircncia por meio de amostragemraquo e que deve ser realizado um ataque laquoaos excessos de padronizaccedilatildeo testada que negam a diversidade e destroem a criatividaderaquo (paacuteg 109) (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 22)

Dentro do projeto MIPIE argumentou-se que a monitorizaccedilatildeo da eficaacutecia dos sistemas de educaccedilatildeo inclusiva tambeacutem incluiria uma anaacutelise da eficaacutecia da formaccedilatildeo de professores (Agecircncia Europeia 2011a) O relatoacuterio do projeto TE4I

Colocar a teoria em praacutetica 31

destaca uma seacuterie de questotildees relacionadas com a disponibilidade de dados nesta aacuterea Relativamente agrave representaccedilatildeo de professores de grupos minoritaacuterios

A maior parte dos paiacuteses que natildeo recolhe dados refere curiosamente uma subshyrepresentaccedilatildeo de pessoas com deficiecircncia e pertencentes a grupos minoritaacuterios entre os professores estagiaacuterios e os professores diplomados e a situaccedilatildeo parece ser idecircntica entre os formadores de professores (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 22)

O relatoacuterio tambeacutem indica a necessidade de dados que levam a mudanccedilas com base em evidecircncias

A falta de investigaccedilatildeo em larga escala e de investigaccedilatildeo cumulativa bem como de evidecircncia empiacuterica na formaccedilatildeo de professores para a inclusatildeo foi referida pela OCDE (2010) hellip esta investigaccedilatildeo poderaacute garantir a existecircncia dum corpo de evidecircncias que possam dar forma agrave mudanccedila No presente relatoacuterio os exemplos realccedilam algumas questotildees-chave da pesquisa incluindo

- A eficaacutecia de diferentes rotas no ensino - Abordagens agrave formaccedilatildeo de professores e ao curriacuteculo da FIP e

- O papel dos cursos separados integrados e unificados e a melhor maneira de passar dum curso contiacutenuo para um uacutenico curso de formaccedilatildeo de professores que prepare todos os professores para a diversidade (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 68)

O projeto MIPIE defende que

A niacutevel da escola a recolha de dados deve

- Fornecer informaccedilatildeo que permitam aos professores e funcionaacuterios da escola planear e prestar o apoio e os recursos adequados

- Fornecer ideias claras sobre a participaccedilatildeo ativa dos pais e alunos no processo educativo (Agecircncia Europeia 2011a paacuteg 13)

Para que isto seja possiacutevel

Satildeo necessaacuterias sinergias a niacutevel nacional entre os principais intervenientes baseadas num claro racional para a recolha de dados considerando os dados a niacutevel nacional regional escola e sala de aula para que os dados globais do paiacutes efetivamente possam refletir a praacutetica (ibid paacuteg 14)

Para concluir a provisatildeo dos dados pode contribuir efetivamente para a elaboraccedilatildeo de poliacuteticas para a educaccedilatildeo inclusiva Haacute uma exigecircncia crescente ndash a niacutevel internacional europeu e nacional ndash para a responsabilidade e tecircm vindo a crescer comparaccedilotildees laquoentre escolasraquo e laquoentre naccedilotildeesraquo O surgimento de laquograndes dadosraquo

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 32

(meta-anaacutelises de conjuntos de dados e fontes combinadas) apresenta oportunidades mas tambeacutem desafios reais para a educaccedilatildeo inclusiva

Os apelos para a poliacutetica e alocaccedilatildeo de recursos baseada em evidecircncias reforccedilam a necessidade de dados significativos relacionados com todos os alunos Eacute necessaacuterio saber que alunos estatildeo a receber que serviccedilos quando e onde (contando todos os alunos) Tambeacutem eacute necessaacuterio ter dados sobre a qualidade dos serviccedilos e os resultados obtidos (considerando a praacutetica)

Um grande desafio para a recolha de dados estaacute em evitar classificar categorizar e rotular os alunos de modo a fornecer informaccedilatildeo sobre a provisatildeo que recebem As laquopluralidadesraquo das definiccedilotildees aplicadas a alunos e a laquopoliacuteticaraquo dos sistemas de rotulagem natildeo podem ser ignoradas nem os efeitos a que esses sistemas de rotulagem e definiccedilotildees conduzem

Fazer as perguntas certas em termos de poliacuteticas eacute o ponto de partida para a recolha de dados que servem de base significativa para as poliacuteticas

Colocar a teoria em praacutetica 33

OLHAR EM FRENTE

O primeiro objetivo da conferecircncia em novembro de 2013 foi refletir e resumir o trabalho da Agecircncia ao longo da uacuteltima deacutecada As cinco mensagens-chave descritas nos capiacutetulos anteriores destacam aspetos criacuteticos no que se refere agrave educaccedilatildeo inclusiva Baseiam-se nos resultados da anaacutelise aprofundada de temas-chave decididos pelos paiacuteses membros da Agecircncia O segundo objetivo da conferecircncia foi olhar em frente explorando a forma como o trabalho da Agecircncia pode prestar um melhor apoio aos paiacuteses membros ajudandoos a melhorar a qualidade e a eficaacutecia das suas respostas inclusivas para alunos com incapacidades eou necessidades educativas especiais A Agecircncia estaacute disposta a ajudar os paiacuteses de uma forma mais concreta com a implementaccedilatildeo dos resultados do nosso trabalho Isso significa disponibilizar recomendaccedilotildees de poliacutetica que sejam mais diretamente aplicaacuteveis aos decisores poliacuteticos para apoiar alteraccedilotildees futuras e desenvolvimentos poliacuteticos

A Agecircncia estaacute consciente de que o trabalho jaacute realizado estaacute de acordo e apoia diretamente todas as iniciativas de poliacuteticas europeias e internacionais em termos de educaccedilatildeo equidade igualdade de oportunidades e direitos para pessoas com incapacidades eou necessidades educativas especiais O trabalho da Agecircncia fornece recomendaccedilotildees claras e coerentes sobre como as poliacuteticas-chave nestas aacutereas podem ser implementadas na praacutetica A Agecircncia pretende proporcionar aos paiacuteses informaccedilatildeo sobre o progresso alcanccedilado nos objetivos propostos em termos de (a) metas de Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo para 2020 e (b) Convenccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiecircncia (2006) bem como vaacuterias diretivas e comunicaccedilotildees da Uniatildeo Europeia Eacute necessaacuteria orientaccedilatildeo sobre o modo como a educaccedilatildeo inclusiva pode ser implementada a niacutevel do professor sala de aula escola regiatildeo municiacutepio e poliacutetica nacional A Agecircncia tem capacidade para disponibilizar aos paiacuteses orientaccedilotildees sobre formas de implementaccedilatildeo da educaccedilatildeo inclusiva e como isto afeta a qualidade geral da educaccedilatildeo As discussotildees durante a conferecircncia bem como as discussotildees aprofundadas no acircmbito da Agecircncia orientaratildeo esta nova etapa no trabalho da Agecircncia

shy

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 34

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 1999 Financing of Special Needs Education ndash A seventeen-country Study of the Relationship between Financing of Special Needs Education and Inclusion [Financiamento da Educaccedilatildeo Especial ndash Um estudo de dezassete paiacuteses da Relaccedilatildeo entre o Financiamento da Educaccedilatildeo Especial e a Inclusatildeo] Middelfart Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2002a Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Princiacutepios-chave e Recomendaccedilotildees para R esponsaacuteveis Poliacuteticos Middelfart Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanagencyorgsitesdefaultfilestransition_transition_pttextpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2002b Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Principais problemas questotildees e opccedilotildees enfrentadas pelos alunos com necessidades educativas especiais em 16 paiacuteses Europeus Relatoacuterio Siacutentese Middelfart Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanagencyorgsitesdefaultfilestransition-from-school-to-employment_Transitionptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2003 Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula Relatoacuterio Siacutentese Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanagencyorgsitesdefaultfilesinclusive-education-and-classroom-practices_iecpptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2005 Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula nos 2ordm e 3ordm Ciclos do Ensino Baacutesico Relatoacuterio Siacutentese Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesinclusive-educationand-classroom-practice-in-secondary-education_iecp_secondary_ptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2006 Planos Individuais de Transiccedilatildeo Apoiar a Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesindividual-transitionplans_itp_ptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

shy

shyshy

shyshy

shy

shy

Colocar a teoria em praacutetica 35

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2009a Diversidade multicultural e necessidades especiais de educaccedilatildeo Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfilesmulticultural-diversity-and-special-needsshyeducation_Multicultural-Diversity-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2009b Princiacutepiosshychave para a Promoccedilatildeo da Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva ndash Recomendaccedilotildees para Decisores Poliacuteticos Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportskeyshyprinciples-for-promoting-quality-in-inclusive-educationkey-principles-PTpdf(Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2010 Intervenccedilatildeo Precoce na Infacircncia ndash Progressos e Desenvolvimentos 2005ndash2010 Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesearly-childhood-interventionshyprogress-and-developments_ECI-report-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011a Mapeamento da Implementaccedilatildeo de Poliacuteticas para a Educaccedilatildeo Inclusiva Uma anaacutelise dos desafios e oportunidades para o desenvolvimento de indicadores Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httphttpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesmipie_MIPIE-summaryshyof-proposals-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011b Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo na Europa ndash Desafios e Oportunidades Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfileste4i-challenges-and-opportunities_TE4I-Synthesis-Report-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011c Princiacutepios-Chave para a Promoccedilatildeo da Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva ndash Recomendaccedilotildees para Decisores Poliacuteticos Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfilesinclusive-education-and-classroom-practices_iecpshyptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011d Participation in Inclusive Education ndash A Framework for Developing Indicators [Participaccedilatildeo na Educaccedilatildeo inclusiva ndash Um Quadro para o Desenvolvimento de Indicadores] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 36

agencyorgpublicationsereportsparticipation-in-inclusive-education-a-frameworkshyfor-developing-indicatorsParticipation-in-Inclusive-Educationpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012a Perspetivas dos Jovens sobre Educaccedilatildeo Inclusiva Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfilesyoung-views-on-inclusive-education_YoungViews-2012PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012b Perfil de Professores Inclusivos Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfileste4i-profile-of-inclusive-teachers_Profile-of-InclusiveshyTeachers-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012c Raising Achievement for All Learners ndash Quality in Inclusive Education [Elevar o Sucesso de Todos os Alunos ndash Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva] Relatoacuterio sobre a conferecircncia realizada em Odense Dinamarca de 13 a 15 de junho de 2012 Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesRA4AL-conference-reportpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014) Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012d Raising Achievement for All Learners ndash Quality in Inclusive Education [Elevar o Sucesso de Todos os Alunos ndash Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httphttpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesra4al-keyshymessages_RA4AL-summary-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012e Promoting Accessible Information for Lifelong Learning Recommendations and findings of the i-access project [Promover o Acesso agrave Informaccedilatildeo para a Aprendizagem ao Longo da Vida Recomendaccedilotildees e observaccedilotildees do projeto i-access] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportsi-accessi-accessshyreportpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012f Vocational Education and Training Policy and Practice in the field of Special Needs Education ndash Literature Review [Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional (EFP) Poliacutetica e Praacutetica no campo da Educaccedilatildeo Especial ndash Revisatildeo da Literatura] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Colocar a teoria em praacutetica 37

agencyorgagency-projectsvocational-education-and-trainingvet-filesVETshyLiteratureReviewpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012g Teacher Education for Inclusion Project Recommendations linked to Sources of Evidence [Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo Recomendaccedilotildees do Projeto Ligadas a Fontes de Evidecircncias] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgagencyshyprojectsTeacher-Education-for-Inclusionsources-of-evidencepdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2013 European and International Policy Supporting ICT for Inclusion [Poliacutetica Europeia e Internacional para Uso das TIC como Apoio para a Inclusatildeo] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfileseuropean-and-internationalshypolicy-supporting-ict-for-inclusion_policy-supporting-ict-for-inclusionpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para as Necessidades Especiais e a Educaccedilatildeo Inclusiva 2014 Vocational Education and Training ndash Summary of Country Information [Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional ndash Resumo de Informaccedilatildeo do Paiacutes] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para as Necessidades Especiais e a Educaccedilatildeo Inclusiva httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesVET Summary of Country information 2014pdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Bennett S e Gallagher TL 2012 The Delivery of Education Services for Students who have an Intellectual Disability in the Province of Ontario [A prestaccedilatildeo de serviccedilos de ensino para alunos com incapacidade intelectual na proviacutencia de Ontaacuterio] Toronto Community Living Ontario

Chapman C Ainscow M Miles S e West M 2011 Leadership that promotes the achievement of students with special educational needs and disabilities [Lideranccedila que promove o sucesso de alunos com necessidades educativas especiais e incapacidades] Nottingham National College for School Leadership

Comissatildeo das Comunidades Europeias 2008 Livro Verde ndash Migraccedilatildeo e mobilidade desafios e oportunidades para os sistemas educativos da UE SEC(2008) 2173 COM20080423 final Bruxelas Comissatildeo das Comunidades Europeias

Conselho da Uniatildeo Europeia 2010 Conclusotildees do Conselho sobre a dimensatildeo social da educaccedilatildeo e da formaccedilatildeo 3013ordf Reuniatildeo do Conselho de EDUCACcedilAtildeO JUVENTUDE E CULTURA Bruxelas 11 de maio de 2010 httpeurshylexeuropaeulegal-contentPTTXTPDFuri=CELEX52010XG0526(01)ampfrom=PT(Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 38

Farrell P Dyson AS Polat F Hutcheson G e Gallannaugh F 2007 laquoSEN inclusion and pupil achievement in English schoolsraquo [Inclusatildeo de crianccedilas com NEE e sucesso dos alunos nas escolas inglesas] Journal of Research in Special Educational Needs 7 (3) 172ndash178

Frilseth L 2012 The Norwegian Model for Education for All in Upper Secondary School [O Modelo Norueguecircs para a Educaccedilatildeo para Todos no Ensino Secundaacuterio] Direccedilatildeo Norueguesa para Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo httpwwweuropeanshyagencyorgagency-projectsra4alra4al-seminar-pdfNorway-L-Frilsethpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Fullan M 2011 Change Leader Learning to do what matters most [Liacuteder de Mudanccedila aprender a fazer o que mais importa] San Francisco Jossey-Bass de Graaf G van Hove G e Haveman M 2011 laquoMore academics in regular schools The effect of regular versus special school placement on academic skills in Dutch primary school students with Down syndromeraquo [Mais acadeacutemicos nas escolas regulares O efeito da colocaccedilatildeo em escola regular versus escola especial nas competecircncias acadeacutemicas em alunos holandeses do ensino primaacuterio com siacutendrome de Down] Journal of International Disability Research December 2011 57(1) 21ndash38 doi 101111j1365-2788201101512x

Hargreaves A e Shirley D 2009 The Fourth Way ndash The inspiring future for educational change [A Quarta Via ndash O futuro inspirador para a mudanccedila educativa] Publicaccedilatildeo conjunta do Ontario Principalsrsquo Council e do National Staff Development Council Thousand Oaks CA Corwin Press

Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO e Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011 ICTs in Education for People with Disabilities Review de innovative practice [TIC na Educaccedilatildeo para Pessoas com Incapacidades revisatildeo da praacutetica inovadora] Moscovo Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO httpwwweuropeanshyagencyorgpublicationsereportsICTs-in-Education-for-People-WithshyDisabilitiesReview-of-Innovative-Practice (Uacuteltimo acesso em julho de 2014) Kalambouka A Farrell P Dyson A e Kaplan I 2005 The impact of population inclusivity in schools on student outcomes [O impacto da inclusividade da populaccedilatildeo em escolas nos resultados dos alunos] Research Evidence in Education Library London EPPI-Centre Social Science Research Unit Institute of Education University of London Kyriazopoulou M e Weber H (eds) 2009 Desenvolvimento de um conjunto de indicadores ndash para a educaccedilatildeo inclusiva na Europa Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Colocar a teoria em praacutetica 39

agencyorgsitesdefaultfilesdevelopment-of-a-set-of-indicators-for-inclusiveshyeducation-in-europe_indicators-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

MacArthur J 2009 Learning Better Together Working towards inclusive education in New Zealand schools [Aprender Melhor Juntos trabalhar para a educaccedilatildeo inclusiva nas escolas da Nova Zelacircndia] Wellington IHC

MacArthur J Kelly B Sharp S amp Gaffney M 2005 Participation or exclusion Disabled childrenrsquos experiences of life at school [Participaccedilatildeo ou exclusatildeo Experiecircncias de vida na escola de crianccedilas com incapacidades] Um artigo apresentado na laquoChildrenrsquos Issues Conferenceraquo Dunedin Nova Zelacircndia julho de 2005 Menter I Hulme M Elliott D e Lewin J 2010 Literature Review on Teacher Education in the 21st Century [Revisatildeo da Literatura sobre a Formaccedilatildeo de Professores no Seacuteculo XXI] Scottish Government Social Research Edimburgo Scottish Government

Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para a Educaccedilatildeo Ciecircncia e Cultura 2009 Policy Guidelines on Inclusion in Education [Diretrizes da Poliacutetica sobre Inclusatildeo na Educaccedilatildeo] Paris UNESCO

Organizaccedilatildeo Mundial de SauacutedeBanco Mundial 2011 World Report on Disability [Relatoacuterio Mundial sobre Deficiecircncia] Genebra Ediccedilotildees OMS httpwwwwhointdisabilitiesworld_report2011enindexhtml (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Organizaccedilatildeo para a Cooperaccedilatildeo e Desenvolvimento Econoacutemico 2011 PISA in Focus Improving Performance Leading from the Bottom [PISA agrave Lupa Melhorar os Resultados Progedir ateacute ao Topo] 20112 (Marccedilo) Paris OCDE Redley M 2009 laquoUnderstanding the social exclusion and stalled welfare of citizens with learning disabilitiesraquo [Compreender a exclusatildeo social e o bem-estar sem progresso dos cidadatildeos com dificuldades de aprendizagem] Disability amp Society 24(4) 489ndash501

Naccedilotildees Unidas 2006 Convenccedilatildeo sobre os Direitos das Pessoas com Deficiecircncia Nova Iorque Naccedilotildees Unidas

Watkins A (ed) 2007 Assessment in Inclusive Settings Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos Questotildees-chave para Poliacuteticas e Praacuteticas Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportsassessment-in-inclusiveshysettings-key-issues-for-policy-and-practiceassessment-in-inclusive-settings-keyshyissues-for-policy-and-practice (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 40

Wilkinson R e Pickett K 2010 The Spirit Level Why Equality is Better para Everyone [O Niacutevel do Espiacuterito Por que a Igualdade eacute Melhor para Todos] Londres Penguin

Willms JD 2006 Learning divides Ten policy questions about the performance and equity of schools and schooling systems [A aprendizagem divide dez perguntas de poliacutetica acerca do desempenho e equidade das escolas e dos sistemas de escolaridade] Montreal Instituto de Estatiacutestica da UNESCO

Colocar a teoria em praacutetica 41

  • preacircmbulo
  • Sumaacuterio Executivo
  • O mais precocemente possiacutevel
    • Introduccedilatildeo
    • Intervenccedilatildeo precoce
    • Deteccedilatildeo e avaliaccedilatildeo precoces
    • Apoio precoce
    • Transiccedilatildeo planeada
      • A educaccedilatildeo inclusiva beneficia todos
        • Introduccedilatildeo
        • A educaccedilatildeo inclusiva como uma abordagem para elevar o sucesso para todos os alunos
        • laquoO que eacute bom para os alunos com NEE eacute igualmente bom para todos os alunosraquo
        • Monitorizaccedilatildeo do progresso
          • profissionais altamente qualificados
            • Introduccedilatildeo
            • Formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo
            • O perfil dos professores inclusivos e outros profissionais
            • Abordagens ao recrutamento
            • Atitudes positivas
            • Trabalho em rede e coordenaccedilatildeo
              • sistemas de apoio e mecanismos de financiamento
                • Introduccedilatildeo
                • Sistemas de apoio e mecanismos de financiamento
                  • Intervenccedilatildeo Precoce na Infacircncia (IPI)
                  • Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula
                  • Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional (EFP)
                  • Tecnologias de Informaccedilatildeo e Comunicaccedilatildeo (TIC)
                      • dados fiaacuteveis
                        • Introduccedilatildeo
                        • Monitorizaccedilatildeo dos direitos dos alunos
                          • (i) Participaccedilatildeo na educaccedilatildeo e formaccedilatildeo
                          • (ii) Acesso ao apoio e agrave adaptaccedilatildeo
                          • (iii) Oportunidades para o sucesso na aprendizagem e na transiccedilatildeo
                          • (iv) Oportunidades de integraccedilatildeo
                            • Monitorizaccedilatildeo da eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusiva
                              • olhar em frente
                              • REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

Os formadores de professores satildeo atores-chave na garantia da alta qualidade do corpo docente Muitos paiacuteses europeus natildeo tecircm ainda uma poliacutetica expliacutecita sobre as competecircncias dos formadores de professores nem sobre a forma como devem ser selecionados ou formados (ibid paacuteg 66)

O perfil dos professores inclusivos e outros profissionais

No quadro do projeto da Agecircncia Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo o Perfil de Professores Inclusivos (Agecircncia Europeia 2012b) foi desenvolvido como um guia para a conceccedilatildeo e a implementaccedilatildeo de programas de formaccedilatildeo inicial de professores (FIP) para todos professores Identifica um quadro de valores essenciais e de aacutereas de competecircncia aplicaacuteveis a qualquer programa FIP na preparaccedilatildeo de todos os professores para trabalharem em educaccedilatildeo inclusiva respondendo agrave diversidade

O quadro de valores essenciais e de aacutereas de competecircncia inclui

Valorizaccedilatildeo da diversidade ndash a diferenccedila eacute considerada um recurso e um valor para a educaccedilatildeo As aacutereas de competecircncia dentro deste valor fundamental dizem respeito a Conceccedilotildees de educaccedilatildeo inclusiva Perspetivas do professor sobre a diferenccedila dos alunos

Apoiar todos os alunos ndash os professores tecircm elevadas expectativas sobre os resultados de todos os alunos As aacutereas de competecircncia dentro deste valor essencial dizem respeito a Promoccedilatildeo da aprendizagem acadeacutemica praacutetica social e emocional de todos os alunos Metodologias de ensino eficazes em turmas heterogeacuteneas

Trabalho com outros ndash colaboraccedilatildeo e trabalho em equipa satildeo metodologias essenciais para todos os professores As aacutereas de competecircncia dentro deste valor essencial dizem respeito a Trabalho com pais e famiacutelias Trabalho com um vasto leque de profissionais de educaccedilatildeo

Desenvolvimento profissional e pessoal ndash o ensino eacute uma atividade de aprendizagem e os professores satildeo responsaacuteveis pela aprendizagem ao longo da vida As aacutereas de competecircncia dentro deste valor essencial dizem respeito a Professores como profissionais reflexivos Formaccedilatildeo inicial de professores como base para o desenvolvimento profissional contiacutenuo (ibid paacuteg 7)

Abordagens ao recrutamento

As abordagens eficazes ao recrutamento e o aumento das taxas de permanecircncia dos professores e outros profissionais satildeo indicados como fatores-chave numa seacuterie de projetos da Agecircncia O relatoacuterio da Agecircncia Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo na Europa ndash Desafios e Oportunidades realccedila que

Colocar a teoria em praacutetica 17

Devem ser encontradas estrateacutegias efetivas para melhorar o recrutamento dos candidatos a professores para aumentar as taxas de permanecircncia a par de medidas destinadas a aumentar o nuacutemero de professores de diferentes origens e incluindo professores com deficiecircncia (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 75)

O relatoacuterio do projeto refere que

Uma minoria de paiacuteses tem testes para selecionar o acesso agrave docecircncia Contudo a investigaccedilatildeo recentemente levada a cabo para efeitos da Revisatildeo da Formaccedilatildeo de Professores na Escoacutecia (Menter e colegas 2010) realccedila evidecircncias que mostram que haacute muitas dimensotildees do ensino efetivo que natildeo satildeo fidedignamente preditiacuteveis por testes de capacidade acadeacutemica Esta conclusatildeo estaacute em concordacircncia com a revisatildeo da literatura deste projeto e com os relatoacuterios dos paiacuteses que realccedilam a importacircncia das atitudes valores e crenccedilas no desenvolvimento de praacuteticas inclusivas Tanto as atitudes valores e crenccedilas como as disposiccedilotildees que apoiam o desenvolvimento das requeridascompetecircncias satildeo difiacuteceis de apurar mesmo atraveacutes de uma entrevista Eacute necessaacuteria mais investigaccedilatildeo para encontrar indicadores eficazes para a seleccedilatildeo de candidatos (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 21)

Atitudes positivas

As atitudes positivas dos professores e outros profissionais satildeo indicadas como um elemento-chave na educaccedilatildeo inclusiva na maioria dos projetos da Agecircncia O relatoacuterio da Agecircncia Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula constata que

Obviamente que a inclusatildeo depende largamente da atitude dos professores face aos alunos com necessidades especiais das suas perceccedilotildees sobre as diferenccedilas na sala de aula e da sua vontade de lidar eficazmente com essas diferenccedilas A atitude dos professores foi indicada como um fator decisivo na construccedilatildeo de escolas mais inclusivas (Agecircncia Europeia 2003 paacuteg 12)

Do mesmo modo o relatoacuterio da Agecircncia designado Princiacutepios-Chave para a Promoccedilatildeo da Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva ndash Recomendaccedilotildees para a praacutetica realccedila a importacircncia das atitudes positivas Afirma-se que

Todos os professores devem ter atitudes positivas em relaccedilatildeo a todos os alunos e disponibilidade para trabalhar em colaboraccedilatildeo com os colegas Todos os professores devem entender a diversidade como uma forccedila e um estiacutemulo para sua proacutepria aprendizagem (Agecircncia Europeia 2011c paacuteg 14)

O relatoacuterio da Agecircncia Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos Questotildeesshychave para Poliacuteticas e Praacuteticas indica que

As atitudes dos professores de turma face ao processo de avaliaccedilatildeo inclusiva satildeo cruciais As atitudes positivas podem ser fomentadas atraveacutes de formaccedilatildeo

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 18

apoio e recursos apropriados e de experiecircncias de inclusatildeo bem sucedidas Os professores necessitam de experiecircncias bem sucedidas para os ajudar a desenvolver as necessaacuterias atitudes positivas (Watkins 2007 paacuteg 53)

Trabalho em rede e coordenaccedilatildeo

Todos os relatoacuterios da Agecircncia referem o papel eficaz da colaboraccedilatildeo e coordenaccedilatildeo dos profissionais e do trabalho em rede com serviccedilos comunitaacuterios interdisciplinares Um exemplo digno de nota eacute o relatoacuterio da Agecircncia Formaccedilatildeo de professores para a Inclusatildeo Perfil de Professores Inclusivos (TE4I) no qual se realccedila que

A implementaccedilatildeo da educaccedilatildeo inclusiva deve ser vista como uma tarefa coletiva com funccedilotildees e responsabilidades atribuiacutedas aos diferentes intervenientes O apoio aos professores de turma inclui o acesso a estruturas que facilitam a comunicaccedilatildeo e o trabalho de equipa com diferentes profissionais (incluindo aqueles que trabalham em instituiccedilotildees de ensino superior) bem como oportunidades para o desenvolvimento profissional (Agecircncia Europeia 2012b paacuteg 24)

Na publicaccedilatildeo da Agecircncia Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula nos 2ordm e 3ordm Ciclos de Ensino Baacutesico as questotildees do ensino cooperativo e da resoluccedilatildeo cooperativa de problemas satildeo apresentadas como fatores-chave para uma praacutetica inclusiva eficaz O projeto afirma que laquoOs professores precisam do apoio dos colegas da escola e de ser capazes de colaborar com eles Necessitam igualmente do apoio e da colaboraccedilatildeo de profissionais exteriores agrave escolaraquo (Agecircncia Europeia 2005 paacuteg 5)

Para concluir

A educaccedilatildeo inclusiva implica uma alteraccedilatildeo sisteacutemica que exige uma transformaccedilatildeo quanto ao modo como os professores e outros profissionais do ensino satildeo formados natildeo apenas em termos de competecircncias mas tambeacutem de valores eacuteticos

Os principais aspetos relacionados com os profissionais altamente qualificados podem ser resumidos numa seacuterie de indicadores na aacuterea da legislaccedilatildeo para a educaccedilatildeo inclusiva desenvolvidos e apresentados no projeto da Agecircncia Desenvolvimento de um conjunto de indicadores ndash para a educaccedilatildeo inclusiva na Europa

Programas de formaccedilatildeo inicial e contiacutenua de professores incluem conteuacutedos sobre a educaccedilatildeo especial e a inclusatildeo Professores e outros profissionais satildeo apoiados para desenvolverem os seus conhecimentos competecircncias e atitudes relativas agrave inclusatildeo de forma a

Colocar a teoria em praacutetica 19

estarem preparados para responder agraves necessidades de todos os alunos no ensino regular

Disponibilizaccedilatildeo de cursos e oportunidades para a melhoria do desenvolvimento profissional dos professores

Os professores planificam ensinam e reavaliam em parceria

Recursos satildeo disponibilizados para o adequado desenvolvimento profissional relacionados com a resposta agraves necessidades especiais em educaccedilatildeo inclusiva (Kyriazopoulou e Weber 2009 paacuteg 29)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 20

SISTEMAS DE APOIO E MECANISMOS DE FINANCIAMENTO

Introduccedilatildeo

Em novembro de 2011 a Agecircncia Europeia acolheu uma Audiccedilatildeo no Parlamento Europeu em Bruxelas Participaram oitenta e oito jovens com e sem necessidades educativas especiais eou incapacidades do ensino secundaacuterio e da formaccedilatildeo vocacional para debaterem o significado da educaccedilatildeo inclusiva para eles Alguns dos resultados estatildeo diretamente relacionados com questotildees de recursos e financiamento laquoA educaccedilatildeo inclusiva requer recursos adicionais como tempo e dinheiro mas cada aluno deve ter a educaccedilatildeo que querraquo (Agecircncia Europeia 2012a paacuteg 13)

O acesso fiacutesico dos edifiacutecios eacute importante (elevadores portas automaacuteticas interruptores acessiacuteveis etc) hellip No caso dos testes eacute necessaacuterio tempo extra hellip Satildeo necessaacuterios sistemas internos de apoio para os alunos com deficiecircncias (ibid paacuteg 28ndash29)

Eacute bom ter apoio de pessoas de fora da equipa da escola que possam atuar como mediadores para os alunos com necessidades especiais Havia professores que natildeo queriam cooperar no trabalho de educaccedilatildeo inclusiva para mim e para outros os professores devem aceitar todos nas suas salas de aula (ibid paacuteg 20)

Os cortes do governo estatildeo a ter impacto no apoio ndash pessoas como os mediadores estatildeo a perder os seus empregos O dinheiro estaacute a ir para as escolas mas eacute tatildeo disfuncional que significa que os professores laquonormaisraquo tecircm de prestar o apoio e eles natildeo satildeo capazes (ibid paacuteg 28)

A educaccedilatildeo inclusiva eacute muitas vezes referida como dispendiosa mas ao tentar poupar vamos acabar por pagar mais para lidar com os problemas hellip Mesmo que um paiacutes natildeo tenha muitos recursos a educaccedilatildeo inclusiva precisa de ser posta em praacutetica A educaccedilatildeo inclusiva eacute um investimento temos de investir nas pessoas (ibid paacuteg 25)

Sistemas de apoio e mecanismos de financiamento Os sistemas de apoio e mecanismos de financiamento englobam todos os niacuteveis de aprendizagem e por conseguinte abordam diversas questotildees Aleacutem disso limitar a questatildeo apenas ao campo educativo seria insuficiente

As crianccedilas e os jovens natildeo teratildeo sucesso na aprendizagem se a sua sauacutede baacutesica e as suas necessidades sociais e emocionais natildeo forem atendidas Isto pode exigir apoio para as famiacutelias e as comunidades sendo necessaacuteria a

Colocar a teoria em praacutetica 21

colaboraccedilatildeo com os serviccedilos de sauacutede e de seguranccedila social que garanta uma intervenccedilatildeo holiacutestica (Agecircncia Europeia 2011c paacuteg 17ndash18)

Existe a consciencializaccedilatildeo disseminada de que a criaccedilatildeo de poliacuteticas com base em evidecircncias eacute essencial para o desenvolvimento a longo prazo dos sistemas de educaccedilatildeo inclusiva Tal foi reconhecido no trabalho da Agecircncia logo em 1999 no acircmbito do relatoacuterio Financing of Special Needs Education [Financiamento da Educaccedilatildeo Especial] onde se defendia que

os procedimentos de avaliaccedilatildeo e monitorizaccedilatildeo nos paiacuteses podem tambeacutem ser melhorados no quadro do ensino especial Em primeiro lugar eacute importante garantir e incentivar um dispecircndio eficiente e eficaz dos fundos puacuteblicos Em segundo lugar parece ser necessaacuterio mostrar claramente aos clientes dos sistemas educativos (alunos com necessidades especiais e os seus pais) que a qualidade da educaccedilatildeo no ambiente regular (incluindo todas as instalaccedilotildees adicionais e apoio) eacute suficientemente elevada (Agecircncia Europeia 1999 paacuteg 158)

Os temas do financiamento e dos recursos foram abordados em diversos outros projetos da Agecircncia Assim as afirmaccedilotildees e os resultados que se seguem lanccedilam alguma luz sobre estas duas questotildees de pontos de vista diferentes na sequecircncia de projetos distintos levados a cabo pela Agecircncia

Intervenccedilatildeo Precoce na Infacircncia (IPI) laquoA tendecircncia comum na Europa eacute a prestaccedilatildeo de serviccedilos de IPI localizados e prestados tatildeo perto quanto possiacutevel da crianccedila e da famiacuteliaraquo (Agecircncia Europeia 2010 paacuteg 18) por exemplo no municiacutepio

Os recursos e serviccedilos de IPI devem abranger todas as famiacutelias e crianccedilas em idades precoces que deles necessitem independentemente da sua condiccedilatildeo socioeconoacutemica hellip Isto implica que os fundos puacuteblicos devem cobrir todos os custos relativos agrave IPI atraveacutes de serviccedilos puacuteblicos companhias de seguros organizaccedilotildees sem fins lucrativos etc preenchendo os padrotildees de qualidade exigidos na respetiva legislaccedilatildeo nacional para a IPI (ibid paacuteg 22) O financiamento puacuteblico para os serviccedilos de IPI geralmente vem do governo central eou federal ou dos orccedilamentos regionais eou locais Na maioria dos casos o financiamento da IPI eacute uma combinaccedilatildeo dos trecircs niacuteveis da administraccedilatildeo acima mencionados planos de seguro de sauacutede e de recursos de organizaccedilotildees sem fins lucrativos (ibid paacuteg 23)

As recomendaccedilotildees para melhorar a coordenaccedilatildeo dos serviccedilos e dos recursos da IPI incluem entre outras as seguintes

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 22

A IPI eacute muitas vezes uma aacuterea de trabalho interserviccedilos mas tambeacutem uma aacuterea interdisciplinar Os decisores poliacuteticos precisam de reconhecer isso garantindo que as poliacuteticas e as orientaccedilotildees sejam desenvolvidas conjuntamente pelos setores da sauacutede da educaccedilatildeo e da seguranccedila social e que qualquer orientaccedilatildeo escrita para os serviccedilos regionais e locais inclui os logotipos de todos os departamentos Somente desta forma o trabalho integrado seraacute filtrado aos niacuteveis regional e local (ibid paacuteg 42ndash43)

Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula

A existecircncia de diferentes modelos de gestatildeo da diferenccedila na sala de aula depende natildeo soacute de fatores ligados ao professor mas tambeacutem da forma como a escola organiza os recursos e de outros fatores externos

Esta afirmaccedilatildeo foi incluiacuteda no relatoacuterio da Agecircncia sobre Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula (Agecircncia Europeia 2003 paacuteg 8)

Eacute claro que a resposta aos alunos com necessidades educativas especiais natildeo eacute apenas uma questatildeo de recursos a niacutevel da sala de aula Importa reconhecer que a organizaccedilatildeo da escola determina igualmente a quantidade e o tipo dos recursos que os professores podem usar no ensino de alunos com NEE (ibid paacuteg 14ndash15)

A organizaccedilatildeo dos recursos no seio da escola deve corresponder ao princiacutepio da flexibilidadehellip as escolas devem ter liberdade para a utilizaccedilatildeo dos recursos financeiros de acordo com os seus proacuteprios desejos e perspetivas Deve evitarshyse a burocracia estando os recursos disponiacuteveis para todos os alunos com ou sem NEE sempre que necessaacuterio ou quando o professor assim o desejar (ibid paacuteg 16)

laquoO financiamento e respetivos incentivos desempenham um papel decisivoraquo (ibid paacuteg 17)

O modelo de financiamento baseado na avaliaccedilatildeo dos resultados (a niacutevel regional) parece ser a opccedilatildeo melhor sucedida Neste modelo os orccedilamentos destinados agraves necessidades educativas especiais satildeo atribuiacutedos pelo serviccedilo central agraves instituiccedilotildees regionais ou locais (comunidades agrupamentos de escolas) As decisotildees relativas ao financiamento e elegibilidade devem ser tomadas a niacutevel regionalhellip Um modelo descentralizado pode ser mais rentaacutevel e limitar os riscos de ver emergir formas indesejaacuteveis de comportamentosestrateacutegicos Eacute no entanto evidente que o governo central deve indicar claramente os objetivos a atingir (ibid paacuteg 18)

Colocar a teoria em praacutetica 23

Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional (EFP) A implementaccedilatildeo dos programas de EFP segue o planeamento a longo prazo no setor da educaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo com os parceiros sociais

Existe um foco no estabelecimento de ligaccedilotildees mais proacuteximas hellip para desenvolver os curriacuteculos dos programas de formaccedilatildeo profissional e para corresponder agraves abordagens e conteuacutedos educativos com as competecircncias necessaacuterias na vida laboral hellip atraveacutes da organizaccedilatildeo e realizaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo de competecircncias colaboraccedilatildeo no estabelecimento de conteuacutedos de novas qualificaccedilotildees normas e curriacuteculos e correspondecircncia dos programas de EFP com as necessidades da economia (Agecircncia Europeia 2014 paacuteg 23) A niacutevel individual os alunos com necessidades educativas especiais recebem assistecircncia educativa (por exemplo tecnologia de apoio inteacuterpretes de liacutengua gestual materiais de aprendizagem de elaboraccedilatildeo especial escribas ou outras formas de assistecircncia praacutetica) especial para tornar os curriacuteculos de EFP acessiacuteveis (ibid paacuteg 15)

Os niacuteveis regionais (ou seja condados freguesias municiacutepios proviacutencias federais) satildeo fundamentais para garantir o melhor ajuste entre os objetivos educativos e as necessidades do mercado de trabalho Os conselhos consultivos regionais desempenham um papel ativo na atualizaccedilatildeo da estrutura dos programas educativos no acircmbito da sua responsabilidade regional e em cooperaccedilatildeo com os parceiros sociais Desempenham um papel importante na possibilidade de flexibilizaccedilatildeo dos percursos dos alunos

As instituiccedilotildees de EFP satildeo lideradas por diferentes agecircncias nos paiacuteses europeus tais como autoridades locais organizaccedilotildees natildeo governamentais setor privado etc Nos paiacuteses europeus analisados as principais responsabilidades pelo financiamento cabem agraves entidades estatais e governamentais a niacutevel regional ou municipal Aleacutem disso na maioria dos paiacuteses os criteacuterios de financiamento satildeo diferentes dependendo do tipo de propriedade (puacuteblicaprivada) vigente no paiacutes Outras medidas destinadas a promover o emprego entre os alunos com NEE satildeo o pagamento do custo do serviccedilo de emprego apoiado a isenccedilatildeo do pagamento de pensatildeo e seguro de invalidez uma recompensa para casos em que a quota eacute ultrapassada ajudas financeiras aos trabalhadores com incapacidades que se estabelecem como empresaacuterios reduccedilatildeo nos pagamentos agrave seguranccedila social reduccedilatildeo de impostos pelo emprego de jovens alunos com NEE ou preacutemios anuais por boas praacuteticas Existem tambeacutem programas que permitem que os alunos entrem no mercado de trabalho mantendo uma percentagem do seu subsiacutedio social de origem (por exemplo subsiacutedio de invalidez) que natildeo estaacute sujeito agrave tributaccedilatildeo ou cobertura social Os funcionaacuterios tambeacutem seriam autorizados a manter laquobenefiacutecios

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 24

secundaacuteriosraquo (por exemplo subsiacutedio para combustiacutevel cartatildeo meacutedico) durante um determinado periacuteodo de tempo

Tecnologias de Informaccedilatildeo e Comunicaccedilatildeo (TIC)

Sem duacutevida as TIC acessiacuteveis podem atuar como um facilitador para a igualdade de participaccedilatildeo em atividades educativas para diversos alunos com NEE Os estudantes com SEN destacaram a importacircncia das TIC durante a Audiccedilatildeo do Parlamento Europeu em 2011

No nosso paiacutes existe uma organizaccedilatildeo que fornece materiais especiais e tecnologias de informaccedilatildeo A escola pode pedir as ajudas teacutecnicas a essa organizaccedilatildeo e os alunos podem levaacute-las para casa Quando deixam de precisar dessas ajudas teacutecnicas estas podem ser usadas por outros alunos nas mesmasou noutras escolas Eacute muito importante ter ajudas teacutecnicas e apoio (Agecircncia Europeia 2012a paacuteg 14)

Poreacutem

O facto de o impulso para a equidade na educaccedilatildeo atraveacutes do apoio de TIC acessiacuteveis estar a ser ofuscado por desenvolvimentos econoacutemicos negativos reforccedila a ideia de que as poliacuteticas europeias e internacionais globais devem continuar a assumir uma lideranccedila estaacutevel neste campo (Agecircncia Europeia 2013 paacuteg 24)

Neste contexto a aquisiccedilatildeo pode ser considerada um mecanismo de financiamento se a acessibilidade for um preacute-requisito incorporado A acessibilidade deve ser um princiacutepio orientador para a aquisiccedilatildeo de todos os bens e serviccedilos

O acesso a TIC apropriadas em diferentes contextos de aprendizagem ao longo da vida ndash incluindo em casa ndash requer muitas vezes a contribuiccedilatildeo de profissionais de diferentes aacutereas hellip Isto envolve a coordenaccedilatildeo entre indiviacuteduos serviccedilos e muitas vezes poliacuteticas para diferentes setores de trabalho Tambeacutem envolve abordagens flexiacuteveis para o financiamento das TIC com possibilidades de tomada de decisotildees a niacutevel local quanto agraves despesas relacionadas com as necessidades identificadas localmente (Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO e Agecircncia Europeia 2011 paacuteg 88)

Para concluir

Eacute necessaacuterio considerar quatro requisitos no que diz respeito aos sistemas de financiamento para garantir que estes sistemas sustentam totalmente os objetivos da poliacutetica educativa

Colocar a teoria em praacutetica 25

A poliacutetica de financiamento apoia totalmente a educaccedilatildeo inclusiva Isto inclui o desenvolvimento de poliacuteticas fiscais que criem incentivos ao inveacutes de desincentivos agrave oferta de colocaccedilotildees e de serviccedilos de inclusatildeo Embora exista uma seacuterie de bases alternativas para financiar alunos com NEE o financiamento per capita parece ser o mais promissor para satisfazer o requisito estabelecido

A poliacutetica de financiamento baseia-se totalmente nas necessidades educativas Os montantes individuais de financiamento per capita podem ser determinados atraveacutes de anaacutelises de custos que mostram os custos relativos de disponibilizar aos alunos condiccedilotildees especiais selecionadas

A poliacutetica de financiamento facilita totalmente respostas flexiacuteveis eficazes e eficientes agraves necessidades Em vez de financiar ou fornecer recursos especiacuteficos por exemplo tipos preacute-determinados de pessoal equipamentos ou instalaccedilotildees o financiamento per capita aloca recursos monetaacuterios promovendo a flexibilidade no uso local

A poliacutetica de financiamento promove totalmente o apoio de serviccedilos relacionados e a necessaacuteria colaboraccedilatildeo intersectorial

Em geral as estruturas de incentivo devem assegurar a disponibilizaccedilatildeo de mais fundos se uma crianccedila for colocada num contexto inclusivo sendo necessaacuteria uma maior ecircnfase nos resultados (natildeo apenas acadeacutemicos)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 26

DADOS FIAacuteVEIS

Introduccedilatildeo

A Convenccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiecircncia (CDPD) bem como a Estrateacutegia Europeia para a Deficiecircncia 2010ndash2020 e o quadro estrateacutegico Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo 2020 relativo agrave equidade na educaccedilatildeo satildeo impulsionadores-chave para a educaccedilatildeo inclusiva nos paiacuteses A CDPD da ONU apela aos Estados Partes para

hellip recolher informaccedilatildeo apropriada incluindo dados estatiacutesticos e de investigaccedilatildeo que lhes permitam formular e implementar poliacuteticas que visem dar efeito agrave presente Convenccedilatildeo (Naccedilotildees Unidas 2006 Artigo 31ordm)

e hellip Os Estados Partes devem em conformidade com os seus sistemas juriacutedico e administrativo manter fortalecer nomear ou estabelecer a niacutevel interno uma estrutura que inclua um ou mais mecanismos independentes conforme apropriado com vista a promover proteger e monitorizar a implementaccedilatildeo da presente Convenccedilatildeo (ibid Artigo 33ordm)

Existe a consciencializaccedilatildeo disseminada de que a criaccedilatildeo de poliacuteticas com base em evidecircncias eacute essencial para o desenvolvimento a longo prazo dos sistemas de educaccedilatildeo inclusiva Decisores poliacuteticos especialistas em estatiacutestica e investigadores reconhecem a necessidade de uma recolha de dados a niacutevel nacional que natildeo soacute responda agraves exigecircncias das orientaccedilotildees poliacuteticas internacionais mas que tambeacutem obedeccedila a uma abordagem comum que promova uma sinergia de esforccedilos a niacutevel nacional e internacional O trabalho da Agecircncia demonstrou que existem apelos para a disponibilizaccedilatildeo de ampla informaccedilatildeo para os decisores poliacuteticos e para a adoccedilatildeo pelas diferentes organizaccedilotildees tanto a niacutevel nacional como europeu de uma variedade de abordagens complementares para a recolha de dados Poreacutem embora a necessidade de tais dados seja clara os melhores meacutetodos e procedimentos de recolha e anaacutelise dos mesmos satildeo muito menos claros

Em resultado do trabalho da Agecircncia ndash mais especificamente das atividades dos projetos Desenvolvimento de um conjunto de indicadores ndash para a educaccedilatildeo inclusiva na Europa (Kyriazopoulou e Weber 2009) e Mapeamento da Implementaccedilatildeo de Poliacuteticas para a Educaccedilatildeo Inclusiva (MIPIE) (Agecircncia Europeia 2011a) ndash emergem cinco requisitos-chave de poliacuteticas relativos agrave recolha de dados no que concerne agrave necessidade de evidecircncias sobre a educaccedilatildeo inclusiva a niacutevel nacional

bull necessidade de recolha de dados nacionais ancorada nos acordos internacionais e europeus

Colocar a teoria em praacutetica 27

bull necessidade de compreender o impacto das diferenccedilas nos sistemas educativos dos paiacuteses

bull necessidade de analisar a efetividade da educaccedilatildeo inclusiva

bull necessidade de recolha de dados que forneccedila evidecircncias sobre a garantia de qualidade e

bull necessidade de acompanhar o progresso dos alunos a longo prazo Os decisores poliacuteticos precisam de dados qualitativos e quantitativos que os informem sobre a qualidade da educaccedilatildeo prestada aos alunos com necessidades educativas especiais Estas mensagens principais refletem uma recomendaccedilatildeo central do Relatoacuterio Mundial sobre Deficiecircncia (Organizaccedilatildeo Mundial de SauacutedeBanco Mundial 2011) a necessidade de os paiacuteses desenvolverem os sistemas de recolha de dados quantitativos existentes e de simultaneamente realizarem investigaccedilotildees qualitativas aprofundadas e especiacuteficas sobre o custoshyeficaacutecia e sobre outras questotildees relacionadas com a garantia da qualidade

O projeto MIPIE apela ao desenvolvimento de um quadro comum para a recolha de dados construiacutedo com base nos procedimentos nacionais existentes e nos acordos internacionais sobre recolha de dados e procedimentos hellip Podem ser identificadas trecircs dimensotildees para uma estrutura comum

- A mudanccedila para um sistema de recolha de dados baseado em conceitos e definiccedilotildees comuns

- A recolha de evidecircncias que conduzam a niacuteveis de referecircncia quantitativos e qualitativos

- O uso de uma estrutura multiniacutevel para analisar as poliacuteticas a niacuteveis nacional e internacional (Agecircncia Europeia 2011a paacuteg 11)

Uma tal abordagem eacute necessaacuteria para apoiar os paiacuteses no desenvolvimento de uma laquorecolha de dados que permita monitorizar os direitos dos alunos bem como para monitorizarem a eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusivaraquo (ibid)

Monitorizaccedilatildeo dos direitos dos alunos

No acircmbito de uma estrutura abrangente para o mapeamento das questotildees relacionadas com os direitos devem ser identificados indicadores quantitativos e qualitativos referentes a diversos fatores

(i) Participaccedilatildeo na educaccedilatildeo e formaccedilatildeo

O relatoacuterio da Agecircncia sobre a Intervenccedilatildeo precoce na infacircncia sugere que

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 28

Os decisores poliacuteticos devem ter mecanismos para avaliar a solicitaccedilatildeo de serviccedilos de IPI e mecanismos eficazes que verifiquem se a prestaccedilatildeo de serviccedilos responde ao solicitado para se poder planear a melhoria do serviccedilo Deve ser desenvolvida uma forma sistemaacutetica de recolha e de monitorizaccedilatildeo de dados fiaacuteveis a niacutevel nacional (Agecircncia Europeia 2010 paacuteg 40)

No relatoacuterio Participaccedilatildeo na Educaccedilatildeo Inclusiva afirma-se que Embora os governos nacionais e locais jaacute recolham dados importantes sobre a educaccedilatildeo pouco se sabe sobre a participaccedilatildeo hellip Atualmente a maior parte dos dados recolhidos para fins de monitorizaccedilatildeo satildeo dados estatiacutesticos sobre a inscriccedilatildeo e a conclusatildeo da escolaridade hellip Poucos paiacuteses tecircm meacutetodos sistemaacuteticos de recolha anaacutelise e interpretaccedilatildeo de dados qualitativos sobre a participaccedilatildeo a niacutevel individual em sala de aula e na escola embora os relatoacuterios escolares de autorrevisatildeo e de inspeccedilatildeo respondam muitas vezes a questotildees de participaccedilatildeo e inclusatildeo (Agecircncia Europeia 2011d paacuteg 19)

Este relatoacuterio tambeacutem destaca alguns dos perigos potenciais associados agrave recolha de dados em relaccedilatildeo agrave participaccedilatildeo

hellip estruturas criadas para acompanhar as crianccedilas com necessidades educativas especiais podem funcionar como barreiras agrave sua participaccedilatildeo e sucesso marcando estas crianccedilas como diferentes Uma consequecircncia natildeo intencional de categorizar algumas crianccedilas para monitorizar a sua participaccedilatildeo pode gerar um paradoxo o que resulta na celebraccedilatildeo de acordos separados para a sua educaccedilatildeo (ibid paacuteg 17ndash18)

(ii) Acesso ao apoio e agrave adaptaccedilatildeo

Trecircs estudos da Agecircncia consideraram diferentes aspetos de apoio para os alunos com NEE A revisatildeo da literatura do projeto Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional cita Redley (2009)

Natildeo existem dados nacionais fiaacuteveis sobre o nuacutemero de organizaccedilotildees que oferecem emprego apoiado ou o nuacutemero de pessoas com dificuldades de aprendizagem empregadas nelas e o governo natildeo participa neste processo (Agecircncia Europeia 2012f paacuteg 41)

O estudo conjunto da Agecircncia realizado com o Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO que analisa o uso das TIC na educaccedilatildeo das pessoas com incapacidades defende que

Tanto em relaccedilatildeo agrave Convenccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas (2006) como em relaccedilatildeo agrave poliacutetica regional (ou seja europeia) e nacional haacute uma necessidade de informaccedilatildeo mais detalhada ligada agrave monitorizaccedilatildeo de indicadores e benchmarks qualitativos e quantitativos sobre as TIC na educaccedilatildeo para pessoas

Colocar a teoria em praacutetica 29

com incapacidades (Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO e Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011 paacuteg 93)

Em relaccedilatildeo agrave acessibilidade da informaccedilatildeo para a aprendizagem as recomendaccedilotildees do projeto i-access da Agecircncia defendem que

A conformidade [acessibilidade] agrave poliacutetica deve ser sistematicamente monitorizada A monitorizaccedilatildeo da conformidade soacute pode ser incentivada nomomento presente mas deve ser alargada hellip Eacute necessaacuterio recolher dados quantitativos e qualitativos sistemaacuteticos o que deve tambeacutem envolver os utilizadores finais de informaccedilatildeo acessiacutevel Poreacutem a monitorizaccedilatildeo do progresso natildeo se pode limitar a afericcedilatildeo numeacuterica mas deve incluir a possibilidade de recolher exemplos de boas praacuteticas que poderiam servir de modelo para outros paiacuteses e organizaccedilotildees (Agecircncia Europeia 2012e paacuteg 40ndash 41)

(iii) Oportunidades para o sucesso na aprendizagem e na transiccedilatildeo Dois grandes projetos da Agecircncia tiveram em linha de conta a transiccedilatildeo da escola para o emprego Ambos apontam para a falta de dados fiaacuteveis neste campo O projeto Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego sugeriu que

Os dados nacionais dos paiacuteses apenas incluem pessoas registadas como desempregadas mas uma alta percentagem de pessoas com necessidades especiais natildeo estaacute registada ndash elas natildeo tecircm sequer a oportunidade de conseguir o primeiro emprego (Agecircncia Europeia 2002a paacuteg 2)

O estudo de acompanhamento (Agecircncia Europeia 2006) natildeo refere quaisquer desenvolvimentos nesta aacuterea

(iv) Oportunidades de integraccedilatildeo

O estudo da Agecircncia com foco na diversidade multicultural destaca a falta de dados em relaccedilatildeo a um fator importante de integraccedilatildeo ndash antecedente de imigraccedilatildeo dos alunos com NEE

Muitos paiacuteses envolvidos no projeto referiram que natildeo existem dados atualizados sobre os alunos com NEE e de origem imigrante Diversas agecircncias governamentais tecircm responsabilidades diferentes e natildeo haacute coordenaccedilatildeo na recolha de dados Haacute outras razotildees para a falta de dados Alguns paiacuteses natildeo tecircm estatiacutesticas oficiais sobre a origem das pessoas para aleacutem do paiacutes de nascimento uma vez que eacute proibido o tratamento de dados pessoais que identifiquem a raccedila a origem eacutetnica a incapacidade ou crenccedila religiosa Em outros paiacuteses natildeo haacute recolha sistemaacutetica de dados relativos a alunos com NEE

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 30

ou a alunos com NEE e de origem imigrante a niacutevel nacional ou local (Agecircncia Europeia 2009a paacuteg 30)

Monitorizaccedilatildeo da eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusiva

Dados que examinam a eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusiva tecircm em conta questotildees de custo-eficaacutecia bem como diversas aacutereas relacionadas com as experiecircncias de educaccedilatildeo dos alunos procedimentos de avaliaccedilatildeo inicial o envolvimento contiacutenuo dos alunos e das suas famiacutelias em experiecircncias educativas e a eficaacutecia de ambientes de aprendizagem na superaccedilatildeo das barreiras e apoio de experiecircncias de aprendizagem significativas para todos os alunos

O estudo da Agecircncia relativo ao Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos realccedila que eacute necessaacuterio apoiar as escolas com

hellip aconselhamento sobre como pode ser usada a informaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo ndash particularmente a da avaliaccedilatildeo estandardizada recolhida para fins de monitorizaccedilatildeo nacional ndash para melhorar as praacuteticas com todos os alunos incluindo os que apresentam NEE (Watkins 2007 paacuteg 60)

O relatoacuterio designado Elevar o Sucesso de Todos os Alunos defende que

Para avanccedilar para uma maior equidade na educaccedilatildeo satildeo necessaacuterios indicadores de sucesso adequados agrave comunidade local focalizados no input recursos processos e outputresultados Embora a informaccedilatildeo (incluindo dados) deva ser usada para direcionar o apoio e acompanhar o sucesso de poliacuteticas e praacuteticas inclusivas eacute necessaacuterio cuidado para que os sistemas de responsabilidade natildeo causem inadvertidamente alteraccedilotildees inadequadas (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 22)

Este estudo destaca potenciais dificuldades inerentes

No clima atual o desenvolvimento de mecanismos de responsabilidade adequados e de formas de medir o sucesso valorizado e monitorizar a equidade apresentam muitos desafios Apesar da procura de dados concretos Fullan (2011) adverte que laquoas estatiacutesticas satildeo um servo maravilhoso mas um mestre terriacutevelraquo (paacuteg 127) e Hargreaves e Shirley (2009) enfatizam a necessidade de colocar a responsabilidade antes da prestaccedilatildeo de contas Sugerem que a prestaccedilatildeo de contas deve laquoservir de consciecircncia por meio de amostragemraquo e que deve ser realizado um ataque laquoaos excessos de padronizaccedilatildeo testada que negam a diversidade e destroem a criatividaderaquo (paacuteg 109) (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 22)

Dentro do projeto MIPIE argumentou-se que a monitorizaccedilatildeo da eficaacutecia dos sistemas de educaccedilatildeo inclusiva tambeacutem incluiria uma anaacutelise da eficaacutecia da formaccedilatildeo de professores (Agecircncia Europeia 2011a) O relatoacuterio do projeto TE4I

Colocar a teoria em praacutetica 31

destaca uma seacuterie de questotildees relacionadas com a disponibilidade de dados nesta aacuterea Relativamente agrave representaccedilatildeo de professores de grupos minoritaacuterios

A maior parte dos paiacuteses que natildeo recolhe dados refere curiosamente uma subshyrepresentaccedilatildeo de pessoas com deficiecircncia e pertencentes a grupos minoritaacuterios entre os professores estagiaacuterios e os professores diplomados e a situaccedilatildeo parece ser idecircntica entre os formadores de professores (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 22)

O relatoacuterio tambeacutem indica a necessidade de dados que levam a mudanccedilas com base em evidecircncias

A falta de investigaccedilatildeo em larga escala e de investigaccedilatildeo cumulativa bem como de evidecircncia empiacuterica na formaccedilatildeo de professores para a inclusatildeo foi referida pela OCDE (2010) hellip esta investigaccedilatildeo poderaacute garantir a existecircncia dum corpo de evidecircncias que possam dar forma agrave mudanccedila No presente relatoacuterio os exemplos realccedilam algumas questotildees-chave da pesquisa incluindo

- A eficaacutecia de diferentes rotas no ensino - Abordagens agrave formaccedilatildeo de professores e ao curriacuteculo da FIP e

- O papel dos cursos separados integrados e unificados e a melhor maneira de passar dum curso contiacutenuo para um uacutenico curso de formaccedilatildeo de professores que prepare todos os professores para a diversidade (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 68)

O projeto MIPIE defende que

A niacutevel da escola a recolha de dados deve

- Fornecer informaccedilatildeo que permitam aos professores e funcionaacuterios da escola planear e prestar o apoio e os recursos adequados

- Fornecer ideias claras sobre a participaccedilatildeo ativa dos pais e alunos no processo educativo (Agecircncia Europeia 2011a paacuteg 13)

Para que isto seja possiacutevel

Satildeo necessaacuterias sinergias a niacutevel nacional entre os principais intervenientes baseadas num claro racional para a recolha de dados considerando os dados a niacutevel nacional regional escola e sala de aula para que os dados globais do paiacutes efetivamente possam refletir a praacutetica (ibid paacuteg 14)

Para concluir a provisatildeo dos dados pode contribuir efetivamente para a elaboraccedilatildeo de poliacuteticas para a educaccedilatildeo inclusiva Haacute uma exigecircncia crescente ndash a niacutevel internacional europeu e nacional ndash para a responsabilidade e tecircm vindo a crescer comparaccedilotildees laquoentre escolasraquo e laquoentre naccedilotildeesraquo O surgimento de laquograndes dadosraquo

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 32

(meta-anaacutelises de conjuntos de dados e fontes combinadas) apresenta oportunidades mas tambeacutem desafios reais para a educaccedilatildeo inclusiva

Os apelos para a poliacutetica e alocaccedilatildeo de recursos baseada em evidecircncias reforccedilam a necessidade de dados significativos relacionados com todos os alunos Eacute necessaacuterio saber que alunos estatildeo a receber que serviccedilos quando e onde (contando todos os alunos) Tambeacutem eacute necessaacuterio ter dados sobre a qualidade dos serviccedilos e os resultados obtidos (considerando a praacutetica)

Um grande desafio para a recolha de dados estaacute em evitar classificar categorizar e rotular os alunos de modo a fornecer informaccedilatildeo sobre a provisatildeo que recebem As laquopluralidadesraquo das definiccedilotildees aplicadas a alunos e a laquopoliacuteticaraquo dos sistemas de rotulagem natildeo podem ser ignoradas nem os efeitos a que esses sistemas de rotulagem e definiccedilotildees conduzem

Fazer as perguntas certas em termos de poliacuteticas eacute o ponto de partida para a recolha de dados que servem de base significativa para as poliacuteticas

Colocar a teoria em praacutetica 33

OLHAR EM FRENTE

O primeiro objetivo da conferecircncia em novembro de 2013 foi refletir e resumir o trabalho da Agecircncia ao longo da uacuteltima deacutecada As cinco mensagens-chave descritas nos capiacutetulos anteriores destacam aspetos criacuteticos no que se refere agrave educaccedilatildeo inclusiva Baseiam-se nos resultados da anaacutelise aprofundada de temas-chave decididos pelos paiacuteses membros da Agecircncia O segundo objetivo da conferecircncia foi olhar em frente explorando a forma como o trabalho da Agecircncia pode prestar um melhor apoio aos paiacuteses membros ajudandoos a melhorar a qualidade e a eficaacutecia das suas respostas inclusivas para alunos com incapacidades eou necessidades educativas especiais A Agecircncia estaacute disposta a ajudar os paiacuteses de uma forma mais concreta com a implementaccedilatildeo dos resultados do nosso trabalho Isso significa disponibilizar recomendaccedilotildees de poliacutetica que sejam mais diretamente aplicaacuteveis aos decisores poliacuteticos para apoiar alteraccedilotildees futuras e desenvolvimentos poliacuteticos

A Agecircncia estaacute consciente de que o trabalho jaacute realizado estaacute de acordo e apoia diretamente todas as iniciativas de poliacuteticas europeias e internacionais em termos de educaccedilatildeo equidade igualdade de oportunidades e direitos para pessoas com incapacidades eou necessidades educativas especiais O trabalho da Agecircncia fornece recomendaccedilotildees claras e coerentes sobre como as poliacuteticas-chave nestas aacutereas podem ser implementadas na praacutetica A Agecircncia pretende proporcionar aos paiacuteses informaccedilatildeo sobre o progresso alcanccedilado nos objetivos propostos em termos de (a) metas de Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo para 2020 e (b) Convenccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiecircncia (2006) bem como vaacuterias diretivas e comunicaccedilotildees da Uniatildeo Europeia Eacute necessaacuteria orientaccedilatildeo sobre o modo como a educaccedilatildeo inclusiva pode ser implementada a niacutevel do professor sala de aula escola regiatildeo municiacutepio e poliacutetica nacional A Agecircncia tem capacidade para disponibilizar aos paiacuteses orientaccedilotildees sobre formas de implementaccedilatildeo da educaccedilatildeo inclusiva e como isto afeta a qualidade geral da educaccedilatildeo As discussotildees durante a conferecircncia bem como as discussotildees aprofundadas no acircmbito da Agecircncia orientaratildeo esta nova etapa no trabalho da Agecircncia

shy

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 34

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 1999 Financing of Special Needs Education ndash A seventeen-country Study of the Relationship between Financing of Special Needs Education and Inclusion [Financiamento da Educaccedilatildeo Especial ndash Um estudo de dezassete paiacuteses da Relaccedilatildeo entre o Financiamento da Educaccedilatildeo Especial e a Inclusatildeo] Middelfart Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2002a Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Princiacutepios-chave e Recomendaccedilotildees para R esponsaacuteveis Poliacuteticos Middelfart Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanagencyorgsitesdefaultfilestransition_transition_pttextpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2002b Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Principais problemas questotildees e opccedilotildees enfrentadas pelos alunos com necessidades educativas especiais em 16 paiacuteses Europeus Relatoacuterio Siacutentese Middelfart Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanagencyorgsitesdefaultfilestransition-from-school-to-employment_Transitionptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2003 Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula Relatoacuterio Siacutentese Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanagencyorgsitesdefaultfilesinclusive-education-and-classroom-practices_iecpptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2005 Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula nos 2ordm e 3ordm Ciclos do Ensino Baacutesico Relatoacuterio Siacutentese Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesinclusive-educationand-classroom-practice-in-secondary-education_iecp_secondary_ptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2006 Planos Individuais de Transiccedilatildeo Apoiar a Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesindividual-transitionplans_itp_ptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

shy

shyshy

shyshy

shy

shy

Colocar a teoria em praacutetica 35

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2009a Diversidade multicultural e necessidades especiais de educaccedilatildeo Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfilesmulticultural-diversity-and-special-needsshyeducation_Multicultural-Diversity-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2009b Princiacutepiosshychave para a Promoccedilatildeo da Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva ndash Recomendaccedilotildees para Decisores Poliacuteticos Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportskeyshyprinciples-for-promoting-quality-in-inclusive-educationkey-principles-PTpdf(Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2010 Intervenccedilatildeo Precoce na Infacircncia ndash Progressos e Desenvolvimentos 2005ndash2010 Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesearly-childhood-interventionshyprogress-and-developments_ECI-report-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011a Mapeamento da Implementaccedilatildeo de Poliacuteticas para a Educaccedilatildeo Inclusiva Uma anaacutelise dos desafios e oportunidades para o desenvolvimento de indicadores Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httphttpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesmipie_MIPIE-summaryshyof-proposals-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011b Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo na Europa ndash Desafios e Oportunidades Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfileste4i-challenges-and-opportunities_TE4I-Synthesis-Report-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011c Princiacutepios-Chave para a Promoccedilatildeo da Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva ndash Recomendaccedilotildees para Decisores Poliacuteticos Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfilesinclusive-education-and-classroom-practices_iecpshyptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011d Participation in Inclusive Education ndash A Framework for Developing Indicators [Participaccedilatildeo na Educaccedilatildeo inclusiva ndash Um Quadro para o Desenvolvimento de Indicadores] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 36

agencyorgpublicationsereportsparticipation-in-inclusive-education-a-frameworkshyfor-developing-indicatorsParticipation-in-Inclusive-Educationpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012a Perspetivas dos Jovens sobre Educaccedilatildeo Inclusiva Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfilesyoung-views-on-inclusive-education_YoungViews-2012PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012b Perfil de Professores Inclusivos Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfileste4i-profile-of-inclusive-teachers_Profile-of-InclusiveshyTeachers-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012c Raising Achievement for All Learners ndash Quality in Inclusive Education [Elevar o Sucesso de Todos os Alunos ndash Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva] Relatoacuterio sobre a conferecircncia realizada em Odense Dinamarca de 13 a 15 de junho de 2012 Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesRA4AL-conference-reportpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014) Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012d Raising Achievement for All Learners ndash Quality in Inclusive Education [Elevar o Sucesso de Todos os Alunos ndash Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httphttpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesra4al-keyshymessages_RA4AL-summary-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012e Promoting Accessible Information for Lifelong Learning Recommendations and findings of the i-access project [Promover o Acesso agrave Informaccedilatildeo para a Aprendizagem ao Longo da Vida Recomendaccedilotildees e observaccedilotildees do projeto i-access] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportsi-accessi-accessshyreportpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012f Vocational Education and Training Policy and Practice in the field of Special Needs Education ndash Literature Review [Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional (EFP) Poliacutetica e Praacutetica no campo da Educaccedilatildeo Especial ndash Revisatildeo da Literatura] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Colocar a teoria em praacutetica 37

agencyorgagency-projectsvocational-education-and-trainingvet-filesVETshyLiteratureReviewpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012g Teacher Education for Inclusion Project Recommendations linked to Sources of Evidence [Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo Recomendaccedilotildees do Projeto Ligadas a Fontes de Evidecircncias] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgagencyshyprojectsTeacher-Education-for-Inclusionsources-of-evidencepdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2013 European and International Policy Supporting ICT for Inclusion [Poliacutetica Europeia e Internacional para Uso das TIC como Apoio para a Inclusatildeo] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfileseuropean-and-internationalshypolicy-supporting-ict-for-inclusion_policy-supporting-ict-for-inclusionpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para as Necessidades Especiais e a Educaccedilatildeo Inclusiva 2014 Vocational Education and Training ndash Summary of Country Information [Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional ndash Resumo de Informaccedilatildeo do Paiacutes] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para as Necessidades Especiais e a Educaccedilatildeo Inclusiva httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesVET Summary of Country information 2014pdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Bennett S e Gallagher TL 2012 The Delivery of Education Services for Students who have an Intellectual Disability in the Province of Ontario [A prestaccedilatildeo de serviccedilos de ensino para alunos com incapacidade intelectual na proviacutencia de Ontaacuterio] Toronto Community Living Ontario

Chapman C Ainscow M Miles S e West M 2011 Leadership that promotes the achievement of students with special educational needs and disabilities [Lideranccedila que promove o sucesso de alunos com necessidades educativas especiais e incapacidades] Nottingham National College for School Leadership

Comissatildeo das Comunidades Europeias 2008 Livro Verde ndash Migraccedilatildeo e mobilidade desafios e oportunidades para os sistemas educativos da UE SEC(2008) 2173 COM20080423 final Bruxelas Comissatildeo das Comunidades Europeias

Conselho da Uniatildeo Europeia 2010 Conclusotildees do Conselho sobre a dimensatildeo social da educaccedilatildeo e da formaccedilatildeo 3013ordf Reuniatildeo do Conselho de EDUCACcedilAtildeO JUVENTUDE E CULTURA Bruxelas 11 de maio de 2010 httpeurshylexeuropaeulegal-contentPTTXTPDFuri=CELEX52010XG0526(01)ampfrom=PT(Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 38

Farrell P Dyson AS Polat F Hutcheson G e Gallannaugh F 2007 laquoSEN inclusion and pupil achievement in English schoolsraquo [Inclusatildeo de crianccedilas com NEE e sucesso dos alunos nas escolas inglesas] Journal of Research in Special Educational Needs 7 (3) 172ndash178

Frilseth L 2012 The Norwegian Model for Education for All in Upper Secondary School [O Modelo Norueguecircs para a Educaccedilatildeo para Todos no Ensino Secundaacuterio] Direccedilatildeo Norueguesa para Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo httpwwweuropeanshyagencyorgagency-projectsra4alra4al-seminar-pdfNorway-L-Frilsethpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Fullan M 2011 Change Leader Learning to do what matters most [Liacuteder de Mudanccedila aprender a fazer o que mais importa] San Francisco Jossey-Bass de Graaf G van Hove G e Haveman M 2011 laquoMore academics in regular schools The effect of regular versus special school placement on academic skills in Dutch primary school students with Down syndromeraquo [Mais acadeacutemicos nas escolas regulares O efeito da colocaccedilatildeo em escola regular versus escola especial nas competecircncias acadeacutemicas em alunos holandeses do ensino primaacuterio com siacutendrome de Down] Journal of International Disability Research December 2011 57(1) 21ndash38 doi 101111j1365-2788201101512x

Hargreaves A e Shirley D 2009 The Fourth Way ndash The inspiring future for educational change [A Quarta Via ndash O futuro inspirador para a mudanccedila educativa] Publicaccedilatildeo conjunta do Ontario Principalsrsquo Council e do National Staff Development Council Thousand Oaks CA Corwin Press

Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO e Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011 ICTs in Education for People with Disabilities Review de innovative practice [TIC na Educaccedilatildeo para Pessoas com Incapacidades revisatildeo da praacutetica inovadora] Moscovo Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO httpwwweuropeanshyagencyorgpublicationsereportsICTs-in-Education-for-People-WithshyDisabilitiesReview-of-Innovative-Practice (Uacuteltimo acesso em julho de 2014) Kalambouka A Farrell P Dyson A e Kaplan I 2005 The impact of population inclusivity in schools on student outcomes [O impacto da inclusividade da populaccedilatildeo em escolas nos resultados dos alunos] Research Evidence in Education Library London EPPI-Centre Social Science Research Unit Institute of Education University of London Kyriazopoulou M e Weber H (eds) 2009 Desenvolvimento de um conjunto de indicadores ndash para a educaccedilatildeo inclusiva na Europa Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Colocar a teoria em praacutetica 39

agencyorgsitesdefaultfilesdevelopment-of-a-set-of-indicators-for-inclusiveshyeducation-in-europe_indicators-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

MacArthur J 2009 Learning Better Together Working towards inclusive education in New Zealand schools [Aprender Melhor Juntos trabalhar para a educaccedilatildeo inclusiva nas escolas da Nova Zelacircndia] Wellington IHC

MacArthur J Kelly B Sharp S amp Gaffney M 2005 Participation or exclusion Disabled childrenrsquos experiences of life at school [Participaccedilatildeo ou exclusatildeo Experiecircncias de vida na escola de crianccedilas com incapacidades] Um artigo apresentado na laquoChildrenrsquos Issues Conferenceraquo Dunedin Nova Zelacircndia julho de 2005 Menter I Hulme M Elliott D e Lewin J 2010 Literature Review on Teacher Education in the 21st Century [Revisatildeo da Literatura sobre a Formaccedilatildeo de Professores no Seacuteculo XXI] Scottish Government Social Research Edimburgo Scottish Government

Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para a Educaccedilatildeo Ciecircncia e Cultura 2009 Policy Guidelines on Inclusion in Education [Diretrizes da Poliacutetica sobre Inclusatildeo na Educaccedilatildeo] Paris UNESCO

Organizaccedilatildeo Mundial de SauacutedeBanco Mundial 2011 World Report on Disability [Relatoacuterio Mundial sobre Deficiecircncia] Genebra Ediccedilotildees OMS httpwwwwhointdisabilitiesworld_report2011enindexhtml (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Organizaccedilatildeo para a Cooperaccedilatildeo e Desenvolvimento Econoacutemico 2011 PISA in Focus Improving Performance Leading from the Bottom [PISA agrave Lupa Melhorar os Resultados Progedir ateacute ao Topo] 20112 (Marccedilo) Paris OCDE Redley M 2009 laquoUnderstanding the social exclusion and stalled welfare of citizens with learning disabilitiesraquo [Compreender a exclusatildeo social e o bem-estar sem progresso dos cidadatildeos com dificuldades de aprendizagem] Disability amp Society 24(4) 489ndash501

Naccedilotildees Unidas 2006 Convenccedilatildeo sobre os Direitos das Pessoas com Deficiecircncia Nova Iorque Naccedilotildees Unidas

Watkins A (ed) 2007 Assessment in Inclusive Settings Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos Questotildees-chave para Poliacuteticas e Praacuteticas Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportsassessment-in-inclusiveshysettings-key-issues-for-policy-and-practiceassessment-in-inclusive-settings-keyshyissues-for-policy-and-practice (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 40

Wilkinson R e Pickett K 2010 The Spirit Level Why Equality is Better para Everyone [O Niacutevel do Espiacuterito Por que a Igualdade eacute Melhor para Todos] Londres Penguin

Willms JD 2006 Learning divides Ten policy questions about the performance and equity of schools and schooling systems [A aprendizagem divide dez perguntas de poliacutetica acerca do desempenho e equidade das escolas e dos sistemas de escolaridade] Montreal Instituto de Estatiacutestica da UNESCO

Colocar a teoria em praacutetica 41

  • preacircmbulo
  • Sumaacuterio Executivo
  • O mais precocemente possiacutevel
    • Introduccedilatildeo
    • Intervenccedilatildeo precoce
    • Deteccedilatildeo e avaliaccedilatildeo precoces
    • Apoio precoce
    • Transiccedilatildeo planeada
      • A educaccedilatildeo inclusiva beneficia todos
        • Introduccedilatildeo
        • A educaccedilatildeo inclusiva como uma abordagem para elevar o sucesso para todos os alunos
        • laquoO que eacute bom para os alunos com NEE eacute igualmente bom para todos os alunosraquo
        • Monitorizaccedilatildeo do progresso
          • profissionais altamente qualificados
            • Introduccedilatildeo
            • Formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo
            • O perfil dos professores inclusivos e outros profissionais
            • Abordagens ao recrutamento
            • Atitudes positivas
            • Trabalho em rede e coordenaccedilatildeo
              • sistemas de apoio e mecanismos de financiamento
                • Introduccedilatildeo
                • Sistemas de apoio e mecanismos de financiamento
                  • Intervenccedilatildeo Precoce na Infacircncia (IPI)
                  • Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula
                  • Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional (EFP)
                  • Tecnologias de Informaccedilatildeo e Comunicaccedilatildeo (TIC)
                      • dados fiaacuteveis
                        • Introduccedilatildeo
                        • Monitorizaccedilatildeo dos direitos dos alunos
                          • (i) Participaccedilatildeo na educaccedilatildeo e formaccedilatildeo
                          • (ii) Acesso ao apoio e agrave adaptaccedilatildeo
                          • (iii) Oportunidades para o sucesso na aprendizagem e na transiccedilatildeo
                          • (iv) Oportunidades de integraccedilatildeo
                            • Monitorizaccedilatildeo da eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusiva
                              • olhar em frente
                              • REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

Devem ser encontradas estrateacutegias efetivas para melhorar o recrutamento dos candidatos a professores para aumentar as taxas de permanecircncia a par de medidas destinadas a aumentar o nuacutemero de professores de diferentes origens e incluindo professores com deficiecircncia (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 75)

O relatoacuterio do projeto refere que

Uma minoria de paiacuteses tem testes para selecionar o acesso agrave docecircncia Contudo a investigaccedilatildeo recentemente levada a cabo para efeitos da Revisatildeo da Formaccedilatildeo de Professores na Escoacutecia (Menter e colegas 2010) realccedila evidecircncias que mostram que haacute muitas dimensotildees do ensino efetivo que natildeo satildeo fidedignamente preditiacuteveis por testes de capacidade acadeacutemica Esta conclusatildeo estaacute em concordacircncia com a revisatildeo da literatura deste projeto e com os relatoacuterios dos paiacuteses que realccedilam a importacircncia das atitudes valores e crenccedilas no desenvolvimento de praacuteticas inclusivas Tanto as atitudes valores e crenccedilas como as disposiccedilotildees que apoiam o desenvolvimento das requeridascompetecircncias satildeo difiacuteceis de apurar mesmo atraveacutes de uma entrevista Eacute necessaacuteria mais investigaccedilatildeo para encontrar indicadores eficazes para a seleccedilatildeo de candidatos (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 21)

Atitudes positivas

As atitudes positivas dos professores e outros profissionais satildeo indicadas como um elemento-chave na educaccedilatildeo inclusiva na maioria dos projetos da Agecircncia O relatoacuterio da Agecircncia Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula constata que

Obviamente que a inclusatildeo depende largamente da atitude dos professores face aos alunos com necessidades especiais das suas perceccedilotildees sobre as diferenccedilas na sala de aula e da sua vontade de lidar eficazmente com essas diferenccedilas A atitude dos professores foi indicada como um fator decisivo na construccedilatildeo de escolas mais inclusivas (Agecircncia Europeia 2003 paacuteg 12)

Do mesmo modo o relatoacuterio da Agecircncia designado Princiacutepios-Chave para a Promoccedilatildeo da Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva ndash Recomendaccedilotildees para a praacutetica realccedila a importacircncia das atitudes positivas Afirma-se que

Todos os professores devem ter atitudes positivas em relaccedilatildeo a todos os alunos e disponibilidade para trabalhar em colaboraccedilatildeo com os colegas Todos os professores devem entender a diversidade como uma forccedila e um estiacutemulo para sua proacutepria aprendizagem (Agecircncia Europeia 2011c paacuteg 14)

O relatoacuterio da Agecircncia Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos Questotildeesshychave para Poliacuteticas e Praacuteticas indica que

As atitudes dos professores de turma face ao processo de avaliaccedilatildeo inclusiva satildeo cruciais As atitudes positivas podem ser fomentadas atraveacutes de formaccedilatildeo

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 18

apoio e recursos apropriados e de experiecircncias de inclusatildeo bem sucedidas Os professores necessitam de experiecircncias bem sucedidas para os ajudar a desenvolver as necessaacuterias atitudes positivas (Watkins 2007 paacuteg 53)

Trabalho em rede e coordenaccedilatildeo

Todos os relatoacuterios da Agecircncia referem o papel eficaz da colaboraccedilatildeo e coordenaccedilatildeo dos profissionais e do trabalho em rede com serviccedilos comunitaacuterios interdisciplinares Um exemplo digno de nota eacute o relatoacuterio da Agecircncia Formaccedilatildeo de professores para a Inclusatildeo Perfil de Professores Inclusivos (TE4I) no qual se realccedila que

A implementaccedilatildeo da educaccedilatildeo inclusiva deve ser vista como uma tarefa coletiva com funccedilotildees e responsabilidades atribuiacutedas aos diferentes intervenientes O apoio aos professores de turma inclui o acesso a estruturas que facilitam a comunicaccedilatildeo e o trabalho de equipa com diferentes profissionais (incluindo aqueles que trabalham em instituiccedilotildees de ensino superior) bem como oportunidades para o desenvolvimento profissional (Agecircncia Europeia 2012b paacuteg 24)

Na publicaccedilatildeo da Agecircncia Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula nos 2ordm e 3ordm Ciclos de Ensino Baacutesico as questotildees do ensino cooperativo e da resoluccedilatildeo cooperativa de problemas satildeo apresentadas como fatores-chave para uma praacutetica inclusiva eficaz O projeto afirma que laquoOs professores precisam do apoio dos colegas da escola e de ser capazes de colaborar com eles Necessitam igualmente do apoio e da colaboraccedilatildeo de profissionais exteriores agrave escolaraquo (Agecircncia Europeia 2005 paacuteg 5)

Para concluir

A educaccedilatildeo inclusiva implica uma alteraccedilatildeo sisteacutemica que exige uma transformaccedilatildeo quanto ao modo como os professores e outros profissionais do ensino satildeo formados natildeo apenas em termos de competecircncias mas tambeacutem de valores eacuteticos

Os principais aspetos relacionados com os profissionais altamente qualificados podem ser resumidos numa seacuterie de indicadores na aacuterea da legislaccedilatildeo para a educaccedilatildeo inclusiva desenvolvidos e apresentados no projeto da Agecircncia Desenvolvimento de um conjunto de indicadores ndash para a educaccedilatildeo inclusiva na Europa

Programas de formaccedilatildeo inicial e contiacutenua de professores incluem conteuacutedos sobre a educaccedilatildeo especial e a inclusatildeo Professores e outros profissionais satildeo apoiados para desenvolverem os seus conhecimentos competecircncias e atitudes relativas agrave inclusatildeo de forma a

Colocar a teoria em praacutetica 19

estarem preparados para responder agraves necessidades de todos os alunos no ensino regular

Disponibilizaccedilatildeo de cursos e oportunidades para a melhoria do desenvolvimento profissional dos professores

Os professores planificam ensinam e reavaliam em parceria

Recursos satildeo disponibilizados para o adequado desenvolvimento profissional relacionados com a resposta agraves necessidades especiais em educaccedilatildeo inclusiva (Kyriazopoulou e Weber 2009 paacuteg 29)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 20

SISTEMAS DE APOIO E MECANISMOS DE FINANCIAMENTO

Introduccedilatildeo

Em novembro de 2011 a Agecircncia Europeia acolheu uma Audiccedilatildeo no Parlamento Europeu em Bruxelas Participaram oitenta e oito jovens com e sem necessidades educativas especiais eou incapacidades do ensino secundaacuterio e da formaccedilatildeo vocacional para debaterem o significado da educaccedilatildeo inclusiva para eles Alguns dos resultados estatildeo diretamente relacionados com questotildees de recursos e financiamento laquoA educaccedilatildeo inclusiva requer recursos adicionais como tempo e dinheiro mas cada aluno deve ter a educaccedilatildeo que querraquo (Agecircncia Europeia 2012a paacuteg 13)

O acesso fiacutesico dos edifiacutecios eacute importante (elevadores portas automaacuteticas interruptores acessiacuteveis etc) hellip No caso dos testes eacute necessaacuterio tempo extra hellip Satildeo necessaacuterios sistemas internos de apoio para os alunos com deficiecircncias (ibid paacuteg 28ndash29)

Eacute bom ter apoio de pessoas de fora da equipa da escola que possam atuar como mediadores para os alunos com necessidades especiais Havia professores que natildeo queriam cooperar no trabalho de educaccedilatildeo inclusiva para mim e para outros os professores devem aceitar todos nas suas salas de aula (ibid paacuteg 20)

Os cortes do governo estatildeo a ter impacto no apoio ndash pessoas como os mediadores estatildeo a perder os seus empregos O dinheiro estaacute a ir para as escolas mas eacute tatildeo disfuncional que significa que os professores laquonormaisraquo tecircm de prestar o apoio e eles natildeo satildeo capazes (ibid paacuteg 28)

A educaccedilatildeo inclusiva eacute muitas vezes referida como dispendiosa mas ao tentar poupar vamos acabar por pagar mais para lidar com os problemas hellip Mesmo que um paiacutes natildeo tenha muitos recursos a educaccedilatildeo inclusiva precisa de ser posta em praacutetica A educaccedilatildeo inclusiva eacute um investimento temos de investir nas pessoas (ibid paacuteg 25)

Sistemas de apoio e mecanismos de financiamento Os sistemas de apoio e mecanismos de financiamento englobam todos os niacuteveis de aprendizagem e por conseguinte abordam diversas questotildees Aleacutem disso limitar a questatildeo apenas ao campo educativo seria insuficiente

As crianccedilas e os jovens natildeo teratildeo sucesso na aprendizagem se a sua sauacutede baacutesica e as suas necessidades sociais e emocionais natildeo forem atendidas Isto pode exigir apoio para as famiacutelias e as comunidades sendo necessaacuteria a

Colocar a teoria em praacutetica 21

colaboraccedilatildeo com os serviccedilos de sauacutede e de seguranccedila social que garanta uma intervenccedilatildeo holiacutestica (Agecircncia Europeia 2011c paacuteg 17ndash18)

Existe a consciencializaccedilatildeo disseminada de que a criaccedilatildeo de poliacuteticas com base em evidecircncias eacute essencial para o desenvolvimento a longo prazo dos sistemas de educaccedilatildeo inclusiva Tal foi reconhecido no trabalho da Agecircncia logo em 1999 no acircmbito do relatoacuterio Financing of Special Needs Education [Financiamento da Educaccedilatildeo Especial] onde se defendia que

os procedimentos de avaliaccedilatildeo e monitorizaccedilatildeo nos paiacuteses podem tambeacutem ser melhorados no quadro do ensino especial Em primeiro lugar eacute importante garantir e incentivar um dispecircndio eficiente e eficaz dos fundos puacuteblicos Em segundo lugar parece ser necessaacuterio mostrar claramente aos clientes dos sistemas educativos (alunos com necessidades especiais e os seus pais) que a qualidade da educaccedilatildeo no ambiente regular (incluindo todas as instalaccedilotildees adicionais e apoio) eacute suficientemente elevada (Agecircncia Europeia 1999 paacuteg 158)

Os temas do financiamento e dos recursos foram abordados em diversos outros projetos da Agecircncia Assim as afirmaccedilotildees e os resultados que se seguem lanccedilam alguma luz sobre estas duas questotildees de pontos de vista diferentes na sequecircncia de projetos distintos levados a cabo pela Agecircncia

Intervenccedilatildeo Precoce na Infacircncia (IPI) laquoA tendecircncia comum na Europa eacute a prestaccedilatildeo de serviccedilos de IPI localizados e prestados tatildeo perto quanto possiacutevel da crianccedila e da famiacuteliaraquo (Agecircncia Europeia 2010 paacuteg 18) por exemplo no municiacutepio

Os recursos e serviccedilos de IPI devem abranger todas as famiacutelias e crianccedilas em idades precoces que deles necessitem independentemente da sua condiccedilatildeo socioeconoacutemica hellip Isto implica que os fundos puacuteblicos devem cobrir todos os custos relativos agrave IPI atraveacutes de serviccedilos puacuteblicos companhias de seguros organizaccedilotildees sem fins lucrativos etc preenchendo os padrotildees de qualidade exigidos na respetiva legislaccedilatildeo nacional para a IPI (ibid paacuteg 22) O financiamento puacuteblico para os serviccedilos de IPI geralmente vem do governo central eou federal ou dos orccedilamentos regionais eou locais Na maioria dos casos o financiamento da IPI eacute uma combinaccedilatildeo dos trecircs niacuteveis da administraccedilatildeo acima mencionados planos de seguro de sauacutede e de recursos de organizaccedilotildees sem fins lucrativos (ibid paacuteg 23)

As recomendaccedilotildees para melhorar a coordenaccedilatildeo dos serviccedilos e dos recursos da IPI incluem entre outras as seguintes

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 22

A IPI eacute muitas vezes uma aacuterea de trabalho interserviccedilos mas tambeacutem uma aacuterea interdisciplinar Os decisores poliacuteticos precisam de reconhecer isso garantindo que as poliacuteticas e as orientaccedilotildees sejam desenvolvidas conjuntamente pelos setores da sauacutede da educaccedilatildeo e da seguranccedila social e que qualquer orientaccedilatildeo escrita para os serviccedilos regionais e locais inclui os logotipos de todos os departamentos Somente desta forma o trabalho integrado seraacute filtrado aos niacuteveis regional e local (ibid paacuteg 42ndash43)

Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula

A existecircncia de diferentes modelos de gestatildeo da diferenccedila na sala de aula depende natildeo soacute de fatores ligados ao professor mas tambeacutem da forma como a escola organiza os recursos e de outros fatores externos

Esta afirmaccedilatildeo foi incluiacuteda no relatoacuterio da Agecircncia sobre Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula (Agecircncia Europeia 2003 paacuteg 8)

Eacute claro que a resposta aos alunos com necessidades educativas especiais natildeo eacute apenas uma questatildeo de recursos a niacutevel da sala de aula Importa reconhecer que a organizaccedilatildeo da escola determina igualmente a quantidade e o tipo dos recursos que os professores podem usar no ensino de alunos com NEE (ibid paacuteg 14ndash15)

A organizaccedilatildeo dos recursos no seio da escola deve corresponder ao princiacutepio da flexibilidadehellip as escolas devem ter liberdade para a utilizaccedilatildeo dos recursos financeiros de acordo com os seus proacuteprios desejos e perspetivas Deve evitarshyse a burocracia estando os recursos disponiacuteveis para todos os alunos com ou sem NEE sempre que necessaacuterio ou quando o professor assim o desejar (ibid paacuteg 16)

laquoO financiamento e respetivos incentivos desempenham um papel decisivoraquo (ibid paacuteg 17)

O modelo de financiamento baseado na avaliaccedilatildeo dos resultados (a niacutevel regional) parece ser a opccedilatildeo melhor sucedida Neste modelo os orccedilamentos destinados agraves necessidades educativas especiais satildeo atribuiacutedos pelo serviccedilo central agraves instituiccedilotildees regionais ou locais (comunidades agrupamentos de escolas) As decisotildees relativas ao financiamento e elegibilidade devem ser tomadas a niacutevel regionalhellip Um modelo descentralizado pode ser mais rentaacutevel e limitar os riscos de ver emergir formas indesejaacuteveis de comportamentosestrateacutegicos Eacute no entanto evidente que o governo central deve indicar claramente os objetivos a atingir (ibid paacuteg 18)

Colocar a teoria em praacutetica 23

Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional (EFP) A implementaccedilatildeo dos programas de EFP segue o planeamento a longo prazo no setor da educaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo com os parceiros sociais

Existe um foco no estabelecimento de ligaccedilotildees mais proacuteximas hellip para desenvolver os curriacuteculos dos programas de formaccedilatildeo profissional e para corresponder agraves abordagens e conteuacutedos educativos com as competecircncias necessaacuterias na vida laboral hellip atraveacutes da organizaccedilatildeo e realizaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo de competecircncias colaboraccedilatildeo no estabelecimento de conteuacutedos de novas qualificaccedilotildees normas e curriacuteculos e correspondecircncia dos programas de EFP com as necessidades da economia (Agecircncia Europeia 2014 paacuteg 23) A niacutevel individual os alunos com necessidades educativas especiais recebem assistecircncia educativa (por exemplo tecnologia de apoio inteacuterpretes de liacutengua gestual materiais de aprendizagem de elaboraccedilatildeo especial escribas ou outras formas de assistecircncia praacutetica) especial para tornar os curriacuteculos de EFP acessiacuteveis (ibid paacuteg 15)

Os niacuteveis regionais (ou seja condados freguesias municiacutepios proviacutencias federais) satildeo fundamentais para garantir o melhor ajuste entre os objetivos educativos e as necessidades do mercado de trabalho Os conselhos consultivos regionais desempenham um papel ativo na atualizaccedilatildeo da estrutura dos programas educativos no acircmbito da sua responsabilidade regional e em cooperaccedilatildeo com os parceiros sociais Desempenham um papel importante na possibilidade de flexibilizaccedilatildeo dos percursos dos alunos

As instituiccedilotildees de EFP satildeo lideradas por diferentes agecircncias nos paiacuteses europeus tais como autoridades locais organizaccedilotildees natildeo governamentais setor privado etc Nos paiacuteses europeus analisados as principais responsabilidades pelo financiamento cabem agraves entidades estatais e governamentais a niacutevel regional ou municipal Aleacutem disso na maioria dos paiacuteses os criteacuterios de financiamento satildeo diferentes dependendo do tipo de propriedade (puacuteblicaprivada) vigente no paiacutes Outras medidas destinadas a promover o emprego entre os alunos com NEE satildeo o pagamento do custo do serviccedilo de emprego apoiado a isenccedilatildeo do pagamento de pensatildeo e seguro de invalidez uma recompensa para casos em que a quota eacute ultrapassada ajudas financeiras aos trabalhadores com incapacidades que se estabelecem como empresaacuterios reduccedilatildeo nos pagamentos agrave seguranccedila social reduccedilatildeo de impostos pelo emprego de jovens alunos com NEE ou preacutemios anuais por boas praacuteticas Existem tambeacutem programas que permitem que os alunos entrem no mercado de trabalho mantendo uma percentagem do seu subsiacutedio social de origem (por exemplo subsiacutedio de invalidez) que natildeo estaacute sujeito agrave tributaccedilatildeo ou cobertura social Os funcionaacuterios tambeacutem seriam autorizados a manter laquobenefiacutecios

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 24

secundaacuteriosraquo (por exemplo subsiacutedio para combustiacutevel cartatildeo meacutedico) durante um determinado periacuteodo de tempo

Tecnologias de Informaccedilatildeo e Comunicaccedilatildeo (TIC)

Sem duacutevida as TIC acessiacuteveis podem atuar como um facilitador para a igualdade de participaccedilatildeo em atividades educativas para diversos alunos com NEE Os estudantes com SEN destacaram a importacircncia das TIC durante a Audiccedilatildeo do Parlamento Europeu em 2011

No nosso paiacutes existe uma organizaccedilatildeo que fornece materiais especiais e tecnologias de informaccedilatildeo A escola pode pedir as ajudas teacutecnicas a essa organizaccedilatildeo e os alunos podem levaacute-las para casa Quando deixam de precisar dessas ajudas teacutecnicas estas podem ser usadas por outros alunos nas mesmasou noutras escolas Eacute muito importante ter ajudas teacutecnicas e apoio (Agecircncia Europeia 2012a paacuteg 14)

Poreacutem

O facto de o impulso para a equidade na educaccedilatildeo atraveacutes do apoio de TIC acessiacuteveis estar a ser ofuscado por desenvolvimentos econoacutemicos negativos reforccedila a ideia de que as poliacuteticas europeias e internacionais globais devem continuar a assumir uma lideranccedila estaacutevel neste campo (Agecircncia Europeia 2013 paacuteg 24)

Neste contexto a aquisiccedilatildeo pode ser considerada um mecanismo de financiamento se a acessibilidade for um preacute-requisito incorporado A acessibilidade deve ser um princiacutepio orientador para a aquisiccedilatildeo de todos os bens e serviccedilos

O acesso a TIC apropriadas em diferentes contextos de aprendizagem ao longo da vida ndash incluindo em casa ndash requer muitas vezes a contribuiccedilatildeo de profissionais de diferentes aacutereas hellip Isto envolve a coordenaccedilatildeo entre indiviacuteduos serviccedilos e muitas vezes poliacuteticas para diferentes setores de trabalho Tambeacutem envolve abordagens flexiacuteveis para o financiamento das TIC com possibilidades de tomada de decisotildees a niacutevel local quanto agraves despesas relacionadas com as necessidades identificadas localmente (Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO e Agecircncia Europeia 2011 paacuteg 88)

Para concluir

Eacute necessaacuterio considerar quatro requisitos no que diz respeito aos sistemas de financiamento para garantir que estes sistemas sustentam totalmente os objetivos da poliacutetica educativa

Colocar a teoria em praacutetica 25

A poliacutetica de financiamento apoia totalmente a educaccedilatildeo inclusiva Isto inclui o desenvolvimento de poliacuteticas fiscais que criem incentivos ao inveacutes de desincentivos agrave oferta de colocaccedilotildees e de serviccedilos de inclusatildeo Embora exista uma seacuterie de bases alternativas para financiar alunos com NEE o financiamento per capita parece ser o mais promissor para satisfazer o requisito estabelecido

A poliacutetica de financiamento baseia-se totalmente nas necessidades educativas Os montantes individuais de financiamento per capita podem ser determinados atraveacutes de anaacutelises de custos que mostram os custos relativos de disponibilizar aos alunos condiccedilotildees especiais selecionadas

A poliacutetica de financiamento facilita totalmente respostas flexiacuteveis eficazes e eficientes agraves necessidades Em vez de financiar ou fornecer recursos especiacuteficos por exemplo tipos preacute-determinados de pessoal equipamentos ou instalaccedilotildees o financiamento per capita aloca recursos monetaacuterios promovendo a flexibilidade no uso local

A poliacutetica de financiamento promove totalmente o apoio de serviccedilos relacionados e a necessaacuteria colaboraccedilatildeo intersectorial

Em geral as estruturas de incentivo devem assegurar a disponibilizaccedilatildeo de mais fundos se uma crianccedila for colocada num contexto inclusivo sendo necessaacuteria uma maior ecircnfase nos resultados (natildeo apenas acadeacutemicos)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 26

DADOS FIAacuteVEIS

Introduccedilatildeo

A Convenccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiecircncia (CDPD) bem como a Estrateacutegia Europeia para a Deficiecircncia 2010ndash2020 e o quadro estrateacutegico Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo 2020 relativo agrave equidade na educaccedilatildeo satildeo impulsionadores-chave para a educaccedilatildeo inclusiva nos paiacuteses A CDPD da ONU apela aos Estados Partes para

hellip recolher informaccedilatildeo apropriada incluindo dados estatiacutesticos e de investigaccedilatildeo que lhes permitam formular e implementar poliacuteticas que visem dar efeito agrave presente Convenccedilatildeo (Naccedilotildees Unidas 2006 Artigo 31ordm)

e hellip Os Estados Partes devem em conformidade com os seus sistemas juriacutedico e administrativo manter fortalecer nomear ou estabelecer a niacutevel interno uma estrutura que inclua um ou mais mecanismos independentes conforme apropriado com vista a promover proteger e monitorizar a implementaccedilatildeo da presente Convenccedilatildeo (ibid Artigo 33ordm)

Existe a consciencializaccedilatildeo disseminada de que a criaccedilatildeo de poliacuteticas com base em evidecircncias eacute essencial para o desenvolvimento a longo prazo dos sistemas de educaccedilatildeo inclusiva Decisores poliacuteticos especialistas em estatiacutestica e investigadores reconhecem a necessidade de uma recolha de dados a niacutevel nacional que natildeo soacute responda agraves exigecircncias das orientaccedilotildees poliacuteticas internacionais mas que tambeacutem obedeccedila a uma abordagem comum que promova uma sinergia de esforccedilos a niacutevel nacional e internacional O trabalho da Agecircncia demonstrou que existem apelos para a disponibilizaccedilatildeo de ampla informaccedilatildeo para os decisores poliacuteticos e para a adoccedilatildeo pelas diferentes organizaccedilotildees tanto a niacutevel nacional como europeu de uma variedade de abordagens complementares para a recolha de dados Poreacutem embora a necessidade de tais dados seja clara os melhores meacutetodos e procedimentos de recolha e anaacutelise dos mesmos satildeo muito menos claros

Em resultado do trabalho da Agecircncia ndash mais especificamente das atividades dos projetos Desenvolvimento de um conjunto de indicadores ndash para a educaccedilatildeo inclusiva na Europa (Kyriazopoulou e Weber 2009) e Mapeamento da Implementaccedilatildeo de Poliacuteticas para a Educaccedilatildeo Inclusiva (MIPIE) (Agecircncia Europeia 2011a) ndash emergem cinco requisitos-chave de poliacuteticas relativos agrave recolha de dados no que concerne agrave necessidade de evidecircncias sobre a educaccedilatildeo inclusiva a niacutevel nacional

bull necessidade de recolha de dados nacionais ancorada nos acordos internacionais e europeus

Colocar a teoria em praacutetica 27

bull necessidade de compreender o impacto das diferenccedilas nos sistemas educativos dos paiacuteses

bull necessidade de analisar a efetividade da educaccedilatildeo inclusiva

bull necessidade de recolha de dados que forneccedila evidecircncias sobre a garantia de qualidade e

bull necessidade de acompanhar o progresso dos alunos a longo prazo Os decisores poliacuteticos precisam de dados qualitativos e quantitativos que os informem sobre a qualidade da educaccedilatildeo prestada aos alunos com necessidades educativas especiais Estas mensagens principais refletem uma recomendaccedilatildeo central do Relatoacuterio Mundial sobre Deficiecircncia (Organizaccedilatildeo Mundial de SauacutedeBanco Mundial 2011) a necessidade de os paiacuteses desenvolverem os sistemas de recolha de dados quantitativos existentes e de simultaneamente realizarem investigaccedilotildees qualitativas aprofundadas e especiacuteficas sobre o custoshyeficaacutecia e sobre outras questotildees relacionadas com a garantia da qualidade

O projeto MIPIE apela ao desenvolvimento de um quadro comum para a recolha de dados construiacutedo com base nos procedimentos nacionais existentes e nos acordos internacionais sobre recolha de dados e procedimentos hellip Podem ser identificadas trecircs dimensotildees para uma estrutura comum

- A mudanccedila para um sistema de recolha de dados baseado em conceitos e definiccedilotildees comuns

- A recolha de evidecircncias que conduzam a niacuteveis de referecircncia quantitativos e qualitativos

- O uso de uma estrutura multiniacutevel para analisar as poliacuteticas a niacuteveis nacional e internacional (Agecircncia Europeia 2011a paacuteg 11)

Uma tal abordagem eacute necessaacuteria para apoiar os paiacuteses no desenvolvimento de uma laquorecolha de dados que permita monitorizar os direitos dos alunos bem como para monitorizarem a eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusivaraquo (ibid)

Monitorizaccedilatildeo dos direitos dos alunos

No acircmbito de uma estrutura abrangente para o mapeamento das questotildees relacionadas com os direitos devem ser identificados indicadores quantitativos e qualitativos referentes a diversos fatores

(i) Participaccedilatildeo na educaccedilatildeo e formaccedilatildeo

O relatoacuterio da Agecircncia sobre a Intervenccedilatildeo precoce na infacircncia sugere que

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 28

Os decisores poliacuteticos devem ter mecanismos para avaliar a solicitaccedilatildeo de serviccedilos de IPI e mecanismos eficazes que verifiquem se a prestaccedilatildeo de serviccedilos responde ao solicitado para se poder planear a melhoria do serviccedilo Deve ser desenvolvida uma forma sistemaacutetica de recolha e de monitorizaccedilatildeo de dados fiaacuteveis a niacutevel nacional (Agecircncia Europeia 2010 paacuteg 40)

No relatoacuterio Participaccedilatildeo na Educaccedilatildeo Inclusiva afirma-se que Embora os governos nacionais e locais jaacute recolham dados importantes sobre a educaccedilatildeo pouco se sabe sobre a participaccedilatildeo hellip Atualmente a maior parte dos dados recolhidos para fins de monitorizaccedilatildeo satildeo dados estatiacutesticos sobre a inscriccedilatildeo e a conclusatildeo da escolaridade hellip Poucos paiacuteses tecircm meacutetodos sistemaacuteticos de recolha anaacutelise e interpretaccedilatildeo de dados qualitativos sobre a participaccedilatildeo a niacutevel individual em sala de aula e na escola embora os relatoacuterios escolares de autorrevisatildeo e de inspeccedilatildeo respondam muitas vezes a questotildees de participaccedilatildeo e inclusatildeo (Agecircncia Europeia 2011d paacuteg 19)

Este relatoacuterio tambeacutem destaca alguns dos perigos potenciais associados agrave recolha de dados em relaccedilatildeo agrave participaccedilatildeo

hellip estruturas criadas para acompanhar as crianccedilas com necessidades educativas especiais podem funcionar como barreiras agrave sua participaccedilatildeo e sucesso marcando estas crianccedilas como diferentes Uma consequecircncia natildeo intencional de categorizar algumas crianccedilas para monitorizar a sua participaccedilatildeo pode gerar um paradoxo o que resulta na celebraccedilatildeo de acordos separados para a sua educaccedilatildeo (ibid paacuteg 17ndash18)

(ii) Acesso ao apoio e agrave adaptaccedilatildeo

Trecircs estudos da Agecircncia consideraram diferentes aspetos de apoio para os alunos com NEE A revisatildeo da literatura do projeto Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional cita Redley (2009)

Natildeo existem dados nacionais fiaacuteveis sobre o nuacutemero de organizaccedilotildees que oferecem emprego apoiado ou o nuacutemero de pessoas com dificuldades de aprendizagem empregadas nelas e o governo natildeo participa neste processo (Agecircncia Europeia 2012f paacuteg 41)

O estudo conjunto da Agecircncia realizado com o Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO que analisa o uso das TIC na educaccedilatildeo das pessoas com incapacidades defende que

Tanto em relaccedilatildeo agrave Convenccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas (2006) como em relaccedilatildeo agrave poliacutetica regional (ou seja europeia) e nacional haacute uma necessidade de informaccedilatildeo mais detalhada ligada agrave monitorizaccedilatildeo de indicadores e benchmarks qualitativos e quantitativos sobre as TIC na educaccedilatildeo para pessoas

Colocar a teoria em praacutetica 29

com incapacidades (Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO e Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011 paacuteg 93)

Em relaccedilatildeo agrave acessibilidade da informaccedilatildeo para a aprendizagem as recomendaccedilotildees do projeto i-access da Agecircncia defendem que

A conformidade [acessibilidade] agrave poliacutetica deve ser sistematicamente monitorizada A monitorizaccedilatildeo da conformidade soacute pode ser incentivada nomomento presente mas deve ser alargada hellip Eacute necessaacuterio recolher dados quantitativos e qualitativos sistemaacuteticos o que deve tambeacutem envolver os utilizadores finais de informaccedilatildeo acessiacutevel Poreacutem a monitorizaccedilatildeo do progresso natildeo se pode limitar a afericcedilatildeo numeacuterica mas deve incluir a possibilidade de recolher exemplos de boas praacuteticas que poderiam servir de modelo para outros paiacuteses e organizaccedilotildees (Agecircncia Europeia 2012e paacuteg 40ndash 41)

(iii) Oportunidades para o sucesso na aprendizagem e na transiccedilatildeo Dois grandes projetos da Agecircncia tiveram em linha de conta a transiccedilatildeo da escola para o emprego Ambos apontam para a falta de dados fiaacuteveis neste campo O projeto Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego sugeriu que

Os dados nacionais dos paiacuteses apenas incluem pessoas registadas como desempregadas mas uma alta percentagem de pessoas com necessidades especiais natildeo estaacute registada ndash elas natildeo tecircm sequer a oportunidade de conseguir o primeiro emprego (Agecircncia Europeia 2002a paacuteg 2)

O estudo de acompanhamento (Agecircncia Europeia 2006) natildeo refere quaisquer desenvolvimentos nesta aacuterea

(iv) Oportunidades de integraccedilatildeo

O estudo da Agecircncia com foco na diversidade multicultural destaca a falta de dados em relaccedilatildeo a um fator importante de integraccedilatildeo ndash antecedente de imigraccedilatildeo dos alunos com NEE

Muitos paiacuteses envolvidos no projeto referiram que natildeo existem dados atualizados sobre os alunos com NEE e de origem imigrante Diversas agecircncias governamentais tecircm responsabilidades diferentes e natildeo haacute coordenaccedilatildeo na recolha de dados Haacute outras razotildees para a falta de dados Alguns paiacuteses natildeo tecircm estatiacutesticas oficiais sobre a origem das pessoas para aleacutem do paiacutes de nascimento uma vez que eacute proibido o tratamento de dados pessoais que identifiquem a raccedila a origem eacutetnica a incapacidade ou crenccedila religiosa Em outros paiacuteses natildeo haacute recolha sistemaacutetica de dados relativos a alunos com NEE

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 30

ou a alunos com NEE e de origem imigrante a niacutevel nacional ou local (Agecircncia Europeia 2009a paacuteg 30)

Monitorizaccedilatildeo da eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusiva

Dados que examinam a eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusiva tecircm em conta questotildees de custo-eficaacutecia bem como diversas aacutereas relacionadas com as experiecircncias de educaccedilatildeo dos alunos procedimentos de avaliaccedilatildeo inicial o envolvimento contiacutenuo dos alunos e das suas famiacutelias em experiecircncias educativas e a eficaacutecia de ambientes de aprendizagem na superaccedilatildeo das barreiras e apoio de experiecircncias de aprendizagem significativas para todos os alunos

O estudo da Agecircncia relativo ao Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos realccedila que eacute necessaacuterio apoiar as escolas com

hellip aconselhamento sobre como pode ser usada a informaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo ndash particularmente a da avaliaccedilatildeo estandardizada recolhida para fins de monitorizaccedilatildeo nacional ndash para melhorar as praacuteticas com todos os alunos incluindo os que apresentam NEE (Watkins 2007 paacuteg 60)

O relatoacuterio designado Elevar o Sucesso de Todos os Alunos defende que

Para avanccedilar para uma maior equidade na educaccedilatildeo satildeo necessaacuterios indicadores de sucesso adequados agrave comunidade local focalizados no input recursos processos e outputresultados Embora a informaccedilatildeo (incluindo dados) deva ser usada para direcionar o apoio e acompanhar o sucesso de poliacuteticas e praacuteticas inclusivas eacute necessaacuterio cuidado para que os sistemas de responsabilidade natildeo causem inadvertidamente alteraccedilotildees inadequadas (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 22)

Este estudo destaca potenciais dificuldades inerentes

No clima atual o desenvolvimento de mecanismos de responsabilidade adequados e de formas de medir o sucesso valorizado e monitorizar a equidade apresentam muitos desafios Apesar da procura de dados concretos Fullan (2011) adverte que laquoas estatiacutesticas satildeo um servo maravilhoso mas um mestre terriacutevelraquo (paacuteg 127) e Hargreaves e Shirley (2009) enfatizam a necessidade de colocar a responsabilidade antes da prestaccedilatildeo de contas Sugerem que a prestaccedilatildeo de contas deve laquoservir de consciecircncia por meio de amostragemraquo e que deve ser realizado um ataque laquoaos excessos de padronizaccedilatildeo testada que negam a diversidade e destroem a criatividaderaquo (paacuteg 109) (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 22)

Dentro do projeto MIPIE argumentou-se que a monitorizaccedilatildeo da eficaacutecia dos sistemas de educaccedilatildeo inclusiva tambeacutem incluiria uma anaacutelise da eficaacutecia da formaccedilatildeo de professores (Agecircncia Europeia 2011a) O relatoacuterio do projeto TE4I

Colocar a teoria em praacutetica 31

destaca uma seacuterie de questotildees relacionadas com a disponibilidade de dados nesta aacuterea Relativamente agrave representaccedilatildeo de professores de grupos minoritaacuterios

A maior parte dos paiacuteses que natildeo recolhe dados refere curiosamente uma subshyrepresentaccedilatildeo de pessoas com deficiecircncia e pertencentes a grupos minoritaacuterios entre os professores estagiaacuterios e os professores diplomados e a situaccedilatildeo parece ser idecircntica entre os formadores de professores (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 22)

O relatoacuterio tambeacutem indica a necessidade de dados que levam a mudanccedilas com base em evidecircncias

A falta de investigaccedilatildeo em larga escala e de investigaccedilatildeo cumulativa bem como de evidecircncia empiacuterica na formaccedilatildeo de professores para a inclusatildeo foi referida pela OCDE (2010) hellip esta investigaccedilatildeo poderaacute garantir a existecircncia dum corpo de evidecircncias que possam dar forma agrave mudanccedila No presente relatoacuterio os exemplos realccedilam algumas questotildees-chave da pesquisa incluindo

- A eficaacutecia de diferentes rotas no ensino - Abordagens agrave formaccedilatildeo de professores e ao curriacuteculo da FIP e

- O papel dos cursos separados integrados e unificados e a melhor maneira de passar dum curso contiacutenuo para um uacutenico curso de formaccedilatildeo de professores que prepare todos os professores para a diversidade (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 68)

O projeto MIPIE defende que

A niacutevel da escola a recolha de dados deve

- Fornecer informaccedilatildeo que permitam aos professores e funcionaacuterios da escola planear e prestar o apoio e os recursos adequados

- Fornecer ideias claras sobre a participaccedilatildeo ativa dos pais e alunos no processo educativo (Agecircncia Europeia 2011a paacuteg 13)

Para que isto seja possiacutevel

Satildeo necessaacuterias sinergias a niacutevel nacional entre os principais intervenientes baseadas num claro racional para a recolha de dados considerando os dados a niacutevel nacional regional escola e sala de aula para que os dados globais do paiacutes efetivamente possam refletir a praacutetica (ibid paacuteg 14)

Para concluir a provisatildeo dos dados pode contribuir efetivamente para a elaboraccedilatildeo de poliacuteticas para a educaccedilatildeo inclusiva Haacute uma exigecircncia crescente ndash a niacutevel internacional europeu e nacional ndash para a responsabilidade e tecircm vindo a crescer comparaccedilotildees laquoentre escolasraquo e laquoentre naccedilotildeesraquo O surgimento de laquograndes dadosraquo

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 32

(meta-anaacutelises de conjuntos de dados e fontes combinadas) apresenta oportunidades mas tambeacutem desafios reais para a educaccedilatildeo inclusiva

Os apelos para a poliacutetica e alocaccedilatildeo de recursos baseada em evidecircncias reforccedilam a necessidade de dados significativos relacionados com todos os alunos Eacute necessaacuterio saber que alunos estatildeo a receber que serviccedilos quando e onde (contando todos os alunos) Tambeacutem eacute necessaacuterio ter dados sobre a qualidade dos serviccedilos e os resultados obtidos (considerando a praacutetica)

Um grande desafio para a recolha de dados estaacute em evitar classificar categorizar e rotular os alunos de modo a fornecer informaccedilatildeo sobre a provisatildeo que recebem As laquopluralidadesraquo das definiccedilotildees aplicadas a alunos e a laquopoliacuteticaraquo dos sistemas de rotulagem natildeo podem ser ignoradas nem os efeitos a que esses sistemas de rotulagem e definiccedilotildees conduzem

Fazer as perguntas certas em termos de poliacuteticas eacute o ponto de partida para a recolha de dados que servem de base significativa para as poliacuteticas

Colocar a teoria em praacutetica 33

OLHAR EM FRENTE

O primeiro objetivo da conferecircncia em novembro de 2013 foi refletir e resumir o trabalho da Agecircncia ao longo da uacuteltima deacutecada As cinco mensagens-chave descritas nos capiacutetulos anteriores destacam aspetos criacuteticos no que se refere agrave educaccedilatildeo inclusiva Baseiam-se nos resultados da anaacutelise aprofundada de temas-chave decididos pelos paiacuteses membros da Agecircncia O segundo objetivo da conferecircncia foi olhar em frente explorando a forma como o trabalho da Agecircncia pode prestar um melhor apoio aos paiacuteses membros ajudandoos a melhorar a qualidade e a eficaacutecia das suas respostas inclusivas para alunos com incapacidades eou necessidades educativas especiais A Agecircncia estaacute disposta a ajudar os paiacuteses de uma forma mais concreta com a implementaccedilatildeo dos resultados do nosso trabalho Isso significa disponibilizar recomendaccedilotildees de poliacutetica que sejam mais diretamente aplicaacuteveis aos decisores poliacuteticos para apoiar alteraccedilotildees futuras e desenvolvimentos poliacuteticos

A Agecircncia estaacute consciente de que o trabalho jaacute realizado estaacute de acordo e apoia diretamente todas as iniciativas de poliacuteticas europeias e internacionais em termos de educaccedilatildeo equidade igualdade de oportunidades e direitos para pessoas com incapacidades eou necessidades educativas especiais O trabalho da Agecircncia fornece recomendaccedilotildees claras e coerentes sobre como as poliacuteticas-chave nestas aacutereas podem ser implementadas na praacutetica A Agecircncia pretende proporcionar aos paiacuteses informaccedilatildeo sobre o progresso alcanccedilado nos objetivos propostos em termos de (a) metas de Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo para 2020 e (b) Convenccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiecircncia (2006) bem como vaacuterias diretivas e comunicaccedilotildees da Uniatildeo Europeia Eacute necessaacuteria orientaccedilatildeo sobre o modo como a educaccedilatildeo inclusiva pode ser implementada a niacutevel do professor sala de aula escola regiatildeo municiacutepio e poliacutetica nacional A Agecircncia tem capacidade para disponibilizar aos paiacuteses orientaccedilotildees sobre formas de implementaccedilatildeo da educaccedilatildeo inclusiva e como isto afeta a qualidade geral da educaccedilatildeo As discussotildees durante a conferecircncia bem como as discussotildees aprofundadas no acircmbito da Agecircncia orientaratildeo esta nova etapa no trabalho da Agecircncia

shy

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 34

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 1999 Financing of Special Needs Education ndash A seventeen-country Study of the Relationship between Financing of Special Needs Education and Inclusion [Financiamento da Educaccedilatildeo Especial ndash Um estudo de dezassete paiacuteses da Relaccedilatildeo entre o Financiamento da Educaccedilatildeo Especial e a Inclusatildeo] Middelfart Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2002a Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Princiacutepios-chave e Recomendaccedilotildees para R esponsaacuteveis Poliacuteticos Middelfart Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanagencyorgsitesdefaultfilestransition_transition_pttextpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2002b Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Principais problemas questotildees e opccedilotildees enfrentadas pelos alunos com necessidades educativas especiais em 16 paiacuteses Europeus Relatoacuterio Siacutentese Middelfart Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanagencyorgsitesdefaultfilestransition-from-school-to-employment_Transitionptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2003 Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula Relatoacuterio Siacutentese Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanagencyorgsitesdefaultfilesinclusive-education-and-classroom-practices_iecpptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2005 Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula nos 2ordm e 3ordm Ciclos do Ensino Baacutesico Relatoacuterio Siacutentese Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesinclusive-educationand-classroom-practice-in-secondary-education_iecp_secondary_ptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2006 Planos Individuais de Transiccedilatildeo Apoiar a Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesindividual-transitionplans_itp_ptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

shy

shyshy

shyshy

shy

shy

Colocar a teoria em praacutetica 35

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2009a Diversidade multicultural e necessidades especiais de educaccedilatildeo Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfilesmulticultural-diversity-and-special-needsshyeducation_Multicultural-Diversity-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2009b Princiacutepiosshychave para a Promoccedilatildeo da Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva ndash Recomendaccedilotildees para Decisores Poliacuteticos Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportskeyshyprinciples-for-promoting-quality-in-inclusive-educationkey-principles-PTpdf(Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2010 Intervenccedilatildeo Precoce na Infacircncia ndash Progressos e Desenvolvimentos 2005ndash2010 Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesearly-childhood-interventionshyprogress-and-developments_ECI-report-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011a Mapeamento da Implementaccedilatildeo de Poliacuteticas para a Educaccedilatildeo Inclusiva Uma anaacutelise dos desafios e oportunidades para o desenvolvimento de indicadores Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httphttpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesmipie_MIPIE-summaryshyof-proposals-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011b Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo na Europa ndash Desafios e Oportunidades Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfileste4i-challenges-and-opportunities_TE4I-Synthesis-Report-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011c Princiacutepios-Chave para a Promoccedilatildeo da Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva ndash Recomendaccedilotildees para Decisores Poliacuteticos Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfilesinclusive-education-and-classroom-practices_iecpshyptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011d Participation in Inclusive Education ndash A Framework for Developing Indicators [Participaccedilatildeo na Educaccedilatildeo inclusiva ndash Um Quadro para o Desenvolvimento de Indicadores] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 36

agencyorgpublicationsereportsparticipation-in-inclusive-education-a-frameworkshyfor-developing-indicatorsParticipation-in-Inclusive-Educationpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012a Perspetivas dos Jovens sobre Educaccedilatildeo Inclusiva Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfilesyoung-views-on-inclusive-education_YoungViews-2012PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012b Perfil de Professores Inclusivos Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfileste4i-profile-of-inclusive-teachers_Profile-of-InclusiveshyTeachers-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012c Raising Achievement for All Learners ndash Quality in Inclusive Education [Elevar o Sucesso de Todos os Alunos ndash Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva] Relatoacuterio sobre a conferecircncia realizada em Odense Dinamarca de 13 a 15 de junho de 2012 Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesRA4AL-conference-reportpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014) Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012d Raising Achievement for All Learners ndash Quality in Inclusive Education [Elevar o Sucesso de Todos os Alunos ndash Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httphttpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesra4al-keyshymessages_RA4AL-summary-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012e Promoting Accessible Information for Lifelong Learning Recommendations and findings of the i-access project [Promover o Acesso agrave Informaccedilatildeo para a Aprendizagem ao Longo da Vida Recomendaccedilotildees e observaccedilotildees do projeto i-access] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportsi-accessi-accessshyreportpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012f Vocational Education and Training Policy and Practice in the field of Special Needs Education ndash Literature Review [Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional (EFP) Poliacutetica e Praacutetica no campo da Educaccedilatildeo Especial ndash Revisatildeo da Literatura] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Colocar a teoria em praacutetica 37

agencyorgagency-projectsvocational-education-and-trainingvet-filesVETshyLiteratureReviewpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012g Teacher Education for Inclusion Project Recommendations linked to Sources of Evidence [Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo Recomendaccedilotildees do Projeto Ligadas a Fontes de Evidecircncias] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgagencyshyprojectsTeacher-Education-for-Inclusionsources-of-evidencepdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2013 European and International Policy Supporting ICT for Inclusion [Poliacutetica Europeia e Internacional para Uso das TIC como Apoio para a Inclusatildeo] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfileseuropean-and-internationalshypolicy-supporting-ict-for-inclusion_policy-supporting-ict-for-inclusionpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para as Necessidades Especiais e a Educaccedilatildeo Inclusiva 2014 Vocational Education and Training ndash Summary of Country Information [Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional ndash Resumo de Informaccedilatildeo do Paiacutes] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para as Necessidades Especiais e a Educaccedilatildeo Inclusiva httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesVET Summary of Country information 2014pdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Bennett S e Gallagher TL 2012 The Delivery of Education Services for Students who have an Intellectual Disability in the Province of Ontario [A prestaccedilatildeo de serviccedilos de ensino para alunos com incapacidade intelectual na proviacutencia de Ontaacuterio] Toronto Community Living Ontario

Chapman C Ainscow M Miles S e West M 2011 Leadership that promotes the achievement of students with special educational needs and disabilities [Lideranccedila que promove o sucesso de alunos com necessidades educativas especiais e incapacidades] Nottingham National College for School Leadership

Comissatildeo das Comunidades Europeias 2008 Livro Verde ndash Migraccedilatildeo e mobilidade desafios e oportunidades para os sistemas educativos da UE SEC(2008) 2173 COM20080423 final Bruxelas Comissatildeo das Comunidades Europeias

Conselho da Uniatildeo Europeia 2010 Conclusotildees do Conselho sobre a dimensatildeo social da educaccedilatildeo e da formaccedilatildeo 3013ordf Reuniatildeo do Conselho de EDUCACcedilAtildeO JUVENTUDE E CULTURA Bruxelas 11 de maio de 2010 httpeurshylexeuropaeulegal-contentPTTXTPDFuri=CELEX52010XG0526(01)ampfrom=PT(Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 38

Farrell P Dyson AS Polat F Hutcheson G e Gallannaugh F 2007 laquoSEN inclusion and pupil achievement in English schoolsraquo [Inclusatildeo de crianccedilas com NEE e sucesso dos alunos nas escolas inglesas] Journal of Research in Special Educational Needs 7 (3) 172ndash178

Frilseth L 2012 The Norwegian Model for Education for All in Upper Secondary School [O Modelo Norueguecircs para a Educaccedilatildeo para Todos no Ensino Secundaacuterio] Direccedilatildeo Norueguesa para Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo httpwwweuropeanshyagencyorgagency-projectsra4alra4al-seminar-pdfNorway-L-Frilsethpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Fullan M 2011 Change Leader Learning to do what matters most [Liacuteder de Mudanccedila aprender a fazer o que mais importa] San Francisco Jossey-Bass de Graaf G van Hove G e Haveman M 2011 laquoMore academics in regular schools The effect of regular versus special school placement on academic skills in Dutch primary school students with Down syndromeraquo [Mais acadeacutemicos nas escolas regulares O efeito da colocaccedilatildeo em escola regular versus escola especial nas competecircncias acadeacutemicas em alunos holandeses do ensino primaacuterio com siacutendrome de Down] Journal of International Disability Research December 2011 57(1) 21ndash38 doi 101111j1365-2788201101512x

Hargreaves A e Shirley D 2009 The Fourth Way ndash The inspiring future for educational change [A Quarta Via ndash O futuro inspirador para a mudanccedila educativa] Publicaccedilatildeo conjunta do Ontario Principalsrsquo Council e do National Staff Development Council Thousand Oaks CA Corwin Press

Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO e Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011 ICTs in Education for People with Disabilities Review de innovative practice [TIC na Educaccedilatildeo para Pessoas com Incapacidades revisatildeo da praacutetica inovadora] Moscovo Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO httpwwweuropeanshyagencyorgpublicationsereportsICTs-in-Education-for-People-WithshyDisabilitiesReview-of-Innovative-Practice (Uacuteltimo acesso em julho de 2014) Kalambouka A Farrell P Dyson A e Kaplan I 2005 The impact of population inclusivity in schools on student outcomes [O impacto da inclusividade da populaccedilatildeo em escolas nos resultados dos alunos] Research Evidence in Education Library London EPPI-Centre Social Science Research Unit Institute of Education University of London Kyriazopoulou M e Weber H (eds) 2009 Desenvolvimento de um conjunto de indicadores ndash para a educaccedilatildeo inclusiva na Europa Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Colocar a teoria em praacutetica 39

agencyorgsitesdefaultfilesdevelopment-of-a-set-of-indicators-for-inclusiveshyeducation-in-europe_indicators-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

MacArthur J 2009 Learning Better Together Working towards inclusive education in New Zealand schools [Aprender Melhor Juntos trabalhar para a educaccedilatildeo inclusiva nas escolas da Nova Zelacircndia] Wellington IHC

MacArthur J Kelly B Sharp S amp Gaffney M 2005 Participation or exclusion Disabled childrenrsquos experiences of life at school [Participaccedilatildeo ou exclusatildeo Experiecircncias de vida na escola de crianccedilas com incapacidades] Um artigo apresentado na laquoChildrenrsquos Issues Conferenceraquo Dunedin Nova Zelacircndia julho de 2005 Menter I Hulme M Elliott D e Lewin J 2010 Literature Review on Teacher Education in the 21st Century [Revisatildeo da Literatura sobre a Formaccedilatildeo de Professores no Seacuteculo XXI] Scottish Government Social Research Edimburgo Scottish Government

Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para a Educaccedilatildeo Ciecircncia e Cultura 2009 Policy Guidelines on Inclusion in Education [Diretrizes da Poliacutetica sobre Inclusatildeo na Educaccedilatildeo] Paris UNESCO

Organizaccedilatildeo Mundial de SauacutedeBanco Mundial 2011 World Report on Disability [Relatoacuterio Mundial sobre Deficiecircncia] Genebra Ediccedilotildees OMS httpwwwwhointdisabilitiesworld_report2011enindexhtml (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Organizaccedilatildeo para a Cooperaccedilatildeo e Desenvolvimento Econoacutemico 2011 PISA in Focus Improving Performance Leading from the Bottom [PISA agrave Lupa Melhorar os Resultados Progedir ateacute ao Topo] 20112 (Marccedilo) Paris OCDE Redley M 2009 laquoUnderstanding the social exclusion and stalled welfare of citizens with learning disabilitiesraquo [Compreender a exclusatildeo social e o bem-estar sem progresso dos cidadatildeos com dificuldades de aprendizagem] Disability amp Society 24(4) 489ndash501

Naccedilotildees Unidas 2006 Convenccedilatildeo sobre os Direitos das Pessoas com Deficiecircncia Nova Iorque Naccedilotildees Unidas

Watkins A (ed) 2007 Assessment in Inclusive Settings Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos Questotildees-chave para Poliacuteticas e Praacuteticas Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportsassessment-in-inclusiveshysettings-key-issues-for-policy-and-practiceassessment-in-inclusive-settings-keyshyissues-for-policy-and-practice (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 40

Wilkinson R e Pickett K 2010 The Spirit Level Why Equality is Better para Everyone [O Niacutevel do Espiacuterito Por que a Igualdade eacute Melhor para Todos] Londres Penguin

Willms JD 2006 Learning divides Ten policy questions about the performance and equity of schools and schooling systems [A aprendizagem divide dez perguntas de poliacutetica acerca do desempenho e equidade das escolas e dos sistemas de escolaridade] Montreal Instituto de Estatiacutestica da UNESCO

Colocar a teoria em praacutetica 41

  • preacircmbulo
  • Sumaacuterio Executivo
  • O mais precocemente possiacutevel
    • Introduccedilatildeo
    • Intervenccedilatildeo precoce
    • Deteccedilatildeo e avaliaccedilatildeo precoces
    • Apoio precoce
    • Transiccedilatildeo planeada
      • A educaccedilatildeo inclusiva beneficia todos
        • Introduccedilatildeo
        • A educaccedilatildeo inclusiva como uma abordagem para elevar o sucesso para todos os alunos
        • laquoO que eacute bom para os alunos com NEE eacute igualmente bom para todos os alunosraquo
        • Monitorizaccedilatildeo do progresso
          • profissionais altamente qualificados
            • Introduccedilatildeo
            • Formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo
            • O perfil dos professores inclusivos e outros profissionais
            • Abordagens ao recrutamento
            • Atitudes positivas
            • Trabalho em rede e coordenaccedilatildeo
              • sistemas de apoio e mecanismos de financiamento
                • Introduccedilatildeo
                • Sistemas de apoio e mecanismos de financiamento
                  • Intervenccedilatildeo Precoce na Infacircncia (IPI)
                  • Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula
                  • Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional (EFP)
                  • Tecnologias de Informaccedilatildeo e Comunicaccedilatildeo (TIC)
                      • dados fiaacuteveis
                        • Introduccedilatildeo
                        • Monitorizaccedilatildeo dos direitos dos alunos
                          • (i) Participaccedilatildeo na educaccedilatildeo e formaccedilatildeo
                          • (ii) Acesso ao apoio e agrave adaptaccedilatildeo
                          • (iii) Oportunidades para o sucesso na aprendizagem e na transiccedilatildeo
                          • (iv) Oportunidades de integraccedilatildeo
                            • Monitorizaccedilatildeo da eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusiva
                              • olhar em frente
                              • REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

apoio e recursos apropriados e de experiecircncias de inclusatildeo bem sucedidas Os professores necessitam de experiecircncias bem sucedidas para os ajudar a desenvolver as necessaacuterias atitudes positivas (Watkins 2007 paacuteg 53)

Trabalho em rede e coordenaccedilatildeo

Todos os relatoacuterios da Agecircncia referem o papel eficaz da colaboraccedilatildeo e coordenaccedilatildeo dos profissionais e do trabalho em rede com serviccedilos comunitaacuterios interdisciplinares Um exemplo digno de nota eacute o relatoacuterio da Agecircncia Formaccedilatildeo de professores para a Inclusatildeo Perfil de Professores Inclusivos (TE4I) no qual se realccedila que

A implementaccedilatildeo da educaccedilatildeo inclusiva deve ser vista como uma tarefa coletiva com funccedilotildees e responsabilidades atribuiacutedas aos diferentes intervenientes O apoio aos professores de turma inclui o acesso a estruturas que facilitam a comunicaccedilatildeo e o trabalho de equipa com diferentes profissionais (incluindo aqueles que trabalham em instituiccedilotildees de ensino superior) bem como oportunidades para o desenvolvimento profissional (Agecircncia Europeia 2012b paacuteg 24)

Na publicaccedilatildeo da Agecircncia Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula nos 2ordm e 3ordm Ciclos de Ensino Baacutesico as questotildees do ensino cooperativo e da resoluccedilatildeo cooperativa de problemas satildeo apresentadas como fatores-chave para uma praacutetica inclusiva eficaz O projeto afirma que laquoOs professores precisam do apoio dos colegas da escola e de ser capazes de colaborar com eles Necessitam igualmente do apoio e da colaboraccedilatildeo de profissionais exteriores agrave escolaraquo (Agecircncia Europeia 2005 paacuteg 5)

Para concluir

A educaccedilatildeo inclusiva implica uma alteraccedilatildeo sisteacutemica que exige uma transformaccedilatildeo quanto ao modo como os professores e outros profissionais do ensino satildeo formados natildeo apenas em termos de competecircncias mas tambeacutem de valores eacuteticos

Os principais aspetos relacionados com os profissionais altamente qualificados podem ser resumidos numa seacuterie de indicadores na aacuterea da legislaccedilatildeo para a educaccedilatildeo inclusiva desenvolvidos e apresentados no projeto da Agecircncia Desenvolvimento de um conjunto de indicadores ndash para a educaccedilatildeo inclusiva na Europa

Programas de formaccedilatildeo inicial e contiacutenua de professores incluem conteuacutedos sobre a educaccedilatildeo especial e a inclusatildeo Professores e outros profissionais satildeo apoiados para desenvolverem os seus conhecimentos competecircncias e atitudes relativas agrave inclusatildeo de forma a

Colocar a teoria em praacutetica 19

estarem preparados para responder agraves necessidades de todos os alunos no ensino regular

Disponibilizaccedilatildeo de cursos e oportunidades para a melhoria do desenvolvimento profissional dos professores

Os professores planificam ensinam e reavaliam em parceria

Recursos satildeo disponibilizados para o adequado desenvolvimento profissional relacionados com a resposta agraves necessidades especiais em educaccedilatildeo inclusiva (Kyriazopoulou e Weber 2009 paacuteg 29)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 20

SISTEMAS DE APOIO E MECANISMOS DE FINANCIAMENTO

Introduccedilatildeo

Em novembro de 2011 a Agecircncia Europeia acolheu uma Audiccedilatildeo no Parlamento Europeu em Bruxelas Participaram oitenta e oito jovens com e sem necessidades educativas especiais eou incapacidades do ensino secundaacuterio e da formaccedilatildeo vocacional para debaterem o significado da educaccedilatildeo inclusiva para eles Alguns dos resultados estatildeo diretamente relacionados com questotildees de recursos e financiamento laquoA educaccedilatildeo inclusiva requer recursos adicionais como tempo e dinheiro mas cada aluno deve ter a educaccedilatildeo que querraquo (Agecircncia Europeia 2012a paacuteg 13)

O acesso fiacutesico dos edifiacutecios eacute importante (elevadores portas automaacuteticas interruptores acessiacuteveis etc) hellip No caso dos testes eacute necessaacuterio tempo extra hellip Satildeo necessaacuterios sistemas internos de apoio para os alunos com deficiecircncias (ibid paacuteg 28ndash29)

Eacute bom ter apoio de pessoas de fora da equipa da escola que possam atuar como mediadores para os alunos com necessidades especiais Havia professores que natildeo queriam cooperar no trabalho de educaccedilatildeo inclusiva para mim e para outros os professores devem aceitar todos nas suas salas de aula (ibid paacuteg 20)

Os cortes do governo estatildeo a ter impacto no apoio ndash pessoas como os mediadores estatildeo a perder os seus empregos O dinheiro estaacute a ir para as escolas mas eacute tatildeo disfuncional que significa que os professores laquonormaisraquo tecircm de prestar o apoio e eles natildeo satildeo capazes (ibid paacuteg 28)

A educaccedilatildeo inclusiva eacute muitas vezes referida como dispendiosa mas ao tentar poupar vamos acabar por pagar mais para lidar com os problemas hellip Mesmo que um paiacutes natildeo tenha muitos recursos a educaccedilatildeo inclusiva precisa de ser posta em praacutetica A educaccedilatildeo inclusiva eacute um investimento temos de investir nas pessoas (ibid paacuteg 25)

Sistemas de apoio e mecanismos de financiamento Os sistemas de apoio e mecanismos de financiamento englobam todos os niacuteveis de aprendizagem e por conseguinte abordam diversas questotildees Aleacutem disso limitar a questatildeo apenas ao campo educativo seria insuficiente

As crianccedilas e os jovens natildeo teratildeo sucesso na aprendizagem se a sua sauacutede baacutesica e as suas necessidades sociais e emocionais natildeo forem atendidas Isto pode exigir apoio para as famiacutelias e as comunidades sendo necessaacuteria a

Colocar a teoria em praacutetica 21

colaboraccedilatildeo com os serviccedilos de sauacutede e de seguranccedila social que garanta uma intervenccedilatildeo holiacutestica (Agecircncia Europeia 2011c paacuteg 17ndash18)

Existe a consciencializaccedilatildeo disseminada de que a criaccedilatildeo de poliacuteticas com base em evidecircncias eacute essencial para o desenvolvimento a longo prazo dos sistemas de educaccedilatildeo inclusiva Tal foi reconhecido no trabalho da Agecircncia logo em 1999 no acircmbito do relatoacuterio Financing of Special Needs Education [Financiamento da Educaccedilatildeo Especial] onde se defendia que

os procedimentos de avaliaccedilatildeo e monitorizaccedilatildeo nos paiacuteses podem tambeacutem ser melhorados no quadro do ensino especial Em primeiro lugar eacute importante garantir e incentivar um dispecircndio eficiente e eficaz dos fundos puacuteblicos Em segundo lugar parece ser necessaacuterio mostrar claramente aos clientes dos sistemas educativos (alunos com necessidades especiais e os seus pais) que a qualidade da educaccedilatildeo no ambiente regular (incluindo todas as instalaccedilotildees adicionais e apoio) eacute suficientemente elevada (Agecircncia Europeia 1999 paacuteg 158)

Os temas do financiamento e dos recursos foram abordados em diversos outros projetos da Agecircncia Assim as afirmaccedilotildees e os resultados que se seguem lanccedilam alguma luz sobre estas duas questotildees de pontos de vista diferentes na sequecircncia de projetos distintos levados a cabo pela Agecircncia

Intervenccedilatildeo Precoce na Infacircncia (IPI) laquoA tendecircncia comum na Europa eacute a prestaccedilatildeo de serviccedilos de IPI localizados e prestados tatildeo perto quanto possiacutevel da crianccedila e da famiacuteliaraquo (Agecircncia Europeia 2010 paacuteg 18) por exemplo no municiacutepio

Os recursos e serviccedilos de IPI devem abranger todas as famiacutelias e crianccedilas em idades precoces que deles necessitem independentemente da sua condiccedilatildeo socioeconoacutemica hellip Isto implica que os fundos puacuteblicos devem cobrir todos os custos relativos agrave IPI atraveacutes de serviccedilos puacuteblicos companhias de seguros organizaccedilotildees sem fins lucrativos etc preenchendo os padrotildees de qualidade exigidos na respetiva legislaccedilatildeo nacional para a IPI (ibid paacuteg 22) O financiamento puacuteblico para os serviccedilos de IPI geralmente vem do governo central eou federal ou dos orccedilamentos regionais eou locais Na maioria dos casos o financiamento da IPI eacute uma combinaccedilatildeo dos trecircs niacuteveis da administraccedilatildeo acima mencionados planos de seguro de sauacutede e de recursos de organizaccedilotildees sem fins lucrativos (ibid paacuteg 23)

As recomendaccedilotildees para melhorar a coordenaccedilatildeo dos serviccedilos e dos recursos da IPI incluem entre outras as seguintes

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 22

A IPI eacute muitas vezes uma aacuterea de trabalho interserviccedilos mas tambeacutem uma aacuterea interdisciplinar Os decisores poliacuteticos precisam de reconhecer isso garantindo que as poliacuteticas e as orientaccedilotildees sejam desenvolvidas conjuntamente pelos setores da sauacutede da educaccedilatildeo e da seguranccedila social e que qualquer orientaccedilatildeo escrita para os serviccedilos regionais e locais inclui os logotipos de todos os departamentos Somente desta forma o trabalho integrado seraacute filtrado aos niacuteveis regional e local (ibid paacuteg 42ndash43)

Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula

A existecircncia de diferentes modelos de gestatildeo da diferenccedila na sala de aula depende natildeo soacute de fatores ligados ao professor mas tambeacutem da forma como a escola organiza os recursos e de outros fatores externos

Esta afirmaccedilatildeo foi incluiacuteda no relatoacuterio da Agecircncia sobre Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula (Agecircncia Europeia 2003 paacuteg 8)

Eacute claro que a resposta aos alunos com necessidades educativas especiais natildeo eacute apenas uma questatildeo de recursos a niacutevel da sala de aula Importa reconhecer que a organizaccedilatildeo da escola determina igualmente a quantidade e o tipo dos recursos que os professores podem usar no ensino de alunos com NEE (ibid paacuteg 14ndash15)

A organizaccedilatildeo dos recursos no seio da escola deve corresponder ao princiacutepio da flexibilidadehellip as escolas devem ter liberdade para a utilizaccedilatildeo dos recursos financeiros de acordo com os seus proacuteprios desejos e perspetivas Deve evitarshyse a burocracia estando os recursos disponiacuteveis para todos os alunos com ou sem NEE sempre que necessaacuterio ou quando o professor assim o desejar (ibid paacuteg 16)

laquoO financiamento e respetivos incentivos desempenham um papel decisivoraquo (ibid paacuteg 17)

O modelo de financiamento baseado na avaliaccedilatildeo dos resultados (a niacutevel regional) parece ser a opccedilatildeo melhor sucedida Neste modelo os orccedilamentos destinados agraves necessidades educativas especiais satildeo atribuiacutedos pelo serviccedilo central agraves instituiccedilotildees regionais ou locais (comunidades agrupamentos de escolas) As decisotildees relativas ao financiamento e elegibilidade devem ser tomadas a niacutevel regionalhellip Um modelo descentralizado pode ser mais rentaacutevel e limitar os riscos de ver emergir formas indesejaacuteveis de comportamentosestrateacutegicos Eacute no entanto evidente que o governo central deve indicar claramente os objetivos a atingir (ibid paacuteg 18)

Colocar a teoria em praacutetica 23

Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional (EFP) A implementaccedilatildeo dos programas de EFP segue o planeamento a longo prazo no setor da educaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo com os parceiros sociais

Existe um foco no estabelecimento de ligaccedilotildees mais proacuteximas hellip para desenvolver os curriacuteculos dos programas de formaccedilatildeo profissional e para corresponder agraves abordagens e conteuacutedos educativos com as competecircncias necessaacuterias na vida laboral hellip atraveacutes da organizaccedilatildeo e realizaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo de competecircncias colaboraccedilatildeo no estabelecimento de conteuacutedos de novas qualificaccedilotildees normas e curriacuteculos e correspondecircncia dos programas de EFP com as necessidades da economia (Agecircncia Europeia 2014 paacuteg 23) A niacutevel individual os alunos com necessidades educativas especiais recebem assistecircncia educativa (por exemplo tecnologia de apoio inteacuterpretes de liacutengua gestual materiais de aprendizagem de elaboraccedilatildeo especial escribas ou outras formas de assistecircncia praacutetica) especial para tornar os curriacuteculos de EFP acessiacuteveis (ibid paacuteg 15)

Os niacuteveis regionais (ou seja condados freguesias municiacutepios proviacutencias federais) satildeo fundamentais para garantir o melhor ajuste entre os objetivos educativos e as necessidades do mercado de trabalho Os conselhos consultivos regionais desempenham um papel ativo na atualizaccedilatildeo da estrutura dos programas educativos no acircmbito da sua responsabilidade regional e em cooperaccedilatildeo com os parceiros sociais Desempenham um papel importante na possibilidade de flexibilizaccedilatildeo dos percursos dos alunos

As instituiccedilotildees de EFP satildeo lideradas por diferentes agecircncias nos paiacuteses europeus tais como autoridades locais organizaccedilotildees natildeo governamentais setor privado etc Nos paiacuteses europeus analisados as principais responsabilidades pelo financiamento cabem agraves entidades estatais e governamentais a niacutevel regional ou municipal Aleacutem disso na maioria dos paiacuteses os criteacuterios de financiamento satildeo diferentes dependendo do tipo de propriedade (puacuteblicaprivada) vigente no paiacutes Outras medidas destinadas a promover o emprego entre os alunos com NEE satildeo o pagamento do custo do serviccedilo de emprego apoiado a isenccedilatildeo do pagamento de pensatildeo e seguro de invalidez uma recompensa para casos em que a quota eacute ultrapassada ajudas financeiras aos trabalhadores com incapacidades que se estabelecem como empresaacuterios reduccedilatildeo nos pagamentos agrave seguranccedila social reduccedilatildeo de impostos pelo emprego de jovens alunos com NEE ou preacutemios anuais por boas praacuteticas Existem tambeacutem programas que permitem que os alunos entrem no mercado de trabalho mantendo uma percentagem do seu subsiacutedio social de origem (por exemplo subsiacutedio de invalidez) que natildeo estaacute sujeito agrave tributaccedilatildeo ou cobertura social Os funcionaacuterios tambeacutem seriam autorizados a manter laquobenefiacutecios

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 24

secundaacuteriosraquo (por exemplo subsiacutedio para combustiacutevel cartatildeo meacutedico) durante um determinado periacuteodo de tempo

Tecnologias de Informaccedilatildeo e Comunicaccedilatildeo (TIC)

Sem duacutevida as TIC acessiacuteveis podem atuar como um facilitador para a igualdade de participaccedilatildeo em atividades educativas para diversos alunos com NEE Os estudantes com SEN destacaram a importacircncia das TIC durante a Audiccedilatildeo do Parlamento Europeu em 2011

No nosso paiacutes existe uma organizaccedilatildeo que fornece materiais especiais e tecnologias de informaccedilatildeo A escola pode pedir as ajudas teacutecnicas a essa organizaccedilatildeo e os alunos podem levaacute-las para casa Quando deixam de precisar dessas ajudas teacutecnicas estas podem ser usadas por outros alunos nas mesmasou noutras escolas Eacute muito importante ter ajudas teacutecnicas e apoio (Agecircncia Europeia 2012a paacuteg 14)

Poreacutem

O facto de o impulso para a equidade na educaccedilatildeo atraveacutes do apoio de TIC acessiacuteveis estar a ser ofuscado por desenvolvimentos econoacutemicos negativos reforccedila a ideia de que as poliacuteticas europeias e internacionais globais devem continuar a assumir uma lideranccedila estaacutevel neste campo (Agecircncia Europeia 2013 paacuteg 24)

Neste contexto a aquisiccedilatildeo pode ser considerada um mecanismo de financiamento se a acessibilidade for um preacute-requisito incorporado A acessibilidade deve ser um princiacutepio orientador para a aquisiccedilatildeo de todos os bens e serviccedilos

O acesso a TIC apropriadas em diferentes contextos de aprendizagem ao longo da vida ndash incluindo em casa ndash requer muitas vezes a contribuiccedilatildeo de profissionais de diferentes aacutereas hellip Isto envolve a coordenaccedilatildeo entre indiviacuteduos serviccedilos e muitas vezes poliacuteticas para diferentes setores de trabalho Tambeacutem envolve abordagens flexiacuteveis para o financiamento das TIC com possibilidades de tomada de decisotildees a niacutevel local quanto agraves despesas relacionadas com as necessidades identificadas localmente (Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO e Agecircncia Europeia 2011 paacuteg 88)

Para concluir

Eacute necessaacuterio considerar quatro requisitos no que diz respeito aos sistemas de financiamento para garantir que estes sistemas sustentam totalmente os objetivos da poliacutetica educativa

Colocar a teoria em praacutetica 25

A poliacutetica de financiamento apoia totalmente a educaccedilatildeo inclusiva Isto inclui o desenvolvimento de poliacuteticas fiscais que criem incentivos ao inveacutes de desincentivos agrave oferta de colocaccedilotildees e de serviccedilos de inclusatildeo Embora exista uma seacuterie de bases alternativas para financiar alunos com NEE o financiamento per capita parece ser o mais promissor para satisfazer o requisito estabelecido

A poliacutetica de financiamento baseia-se totalmente nas necessidades educativas Os montantes individuais de financiamento per capita podem ser determinados atraveacutes de anaacutelises de custos que mostram os custos relativos de disponibilizar aos alunos condiccedilotildees especiais selecionadas

A poliacutetica de financiamento facilita totalmente respostas flexiacuteveis eficazes e eficientes agraves necessidades Em vez de financiar ou fornecer recursos especiacuteficos por exemplo tipos preacute-determinados de pessoal equipamentos ou instalaccedilotildees o financiamento per capita aloca recursos monetaacuterios promovendo a flexibilidade no uso local

A poliacutetica de financiamento promove totalmente o apoio de serviccedilos relacionados e a necessaacuteria colaboraccedilatildeo intersectorial

Em geral as estruturas de incentivo devem assegurar a disponibilizaccedilatildeo de mais fundos se uma crianccedila for colocada num contexto inclusivo sendo necessaacuteria uma maior ecircnfase nos resultados (natildeo apenas acadeacutemicos)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 26

DADOS FIAacuteVEIS

Introduccedilatildeo

A Convenccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiecircncia (CDPD) bem como a Estrateacutegia Europeia para a Deficiecircncia 2010ndash2020 e o quadro estrateacutegico Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo 2020 relativo agrave equidade na educaccedilatildeo satildeo impulsionadores-chave para a educaccedilatildeo inclusiva nos paiacuteses A CDPD da ONU apela aos Estados Partes para

hellip recolher informaccedilatildeo apropriada incluindo dados estatiacutesticos e de investigaccedilatildeo que lhes permitam formular e implementar poliacuteticas que visem dar efeito agrave presente Convenccedilatildeo (Naccedilotildees Unidas 2006 Artigo 31ordm)

e hellip Os Estados Partes devem em conformidade com os seus sistemas juriacutedico e administrativo manter fortalecer nomear ou estabelecer a niacutevel interno uma estrutura que inclua um ou mais mecanismos independentes conforme apropriado com vista a promover proteger e monitorizar a implementaccedilatildeo da presente Convenccedilatildeo (ibid Artigo 33ordm)

Existe a consciencializaccedilatildeo disseminada de que a criaccedilatildeo de poliacuteticas com base em evidecircncias eacute essencial para o desenvolvimento a longo prazo dos sistemas de educaccedilatildeo inclusiva Decisores poliacuteticos especialistas em estatiacutestica e investigadores reconhecem a necessidade de uma recolha de dados a niacutevel nacional que natildeo soacute responda agraves exigecircncias das orientaccedilotildees poliacuteticas internacionais mas que tambeacutem obedeccedila a uma abordagem comum que promova uma sinergia de esforccedilos a niacutevel nacional e internacional O trabalho da Agecircncia demonstrou que existem apelos para a disponibilizaccedilatildeo de ampla informaccedilatildeo para os decisores poliacuteticos e para a adoccedilatildeo pelas diferentes organizaccedilotildees tanto a niacutevel nacional como europeu de uma variedade de abordagens complementares para a recolha de dados Poreacutem embora a necessidade de tais dados seja clara os melhores meacutetodos e procedimentos de recolha e anaacutelise dos mesmos satildeo muito menos claros

Em resultado do trabalho da Agecircncia ndash mais especificamente das atividades dos projetos Desenvolvimento de um conjunto de indicadores ndash para a educaccedilatildeo inclusiva na Europa (Kyriazopoulou e Weber 2009) e Mapeamento da Implementaccedilatildeo de Poliacuteticas para a Educaccedilatildeo Inclusiva (MIPIE) (Agecircncia Europeia 2011a) ndash emergem cinco requisitos-chave de poliacuteticas relativos agrave recolha de dados no que concerne agrave necessidade de evidecircncias sobre a educaccedilatildeo inclusiva a niacutevel nacional

bull necessidade de recolha de dados nacionais ancorada nos acordos internacionais e europeus

Colocar a teoria em praacutetica 27

bull necessidade de compreender o impacto das diferenccedilas nos sistemas educativos dos paiacuteses

bull necessidade de analisar a efetividade da educaccedilatildeo inclusiva

bull necessidade de recolha de dados que forneccedila evidecircncias sobre a garantia de qualidade e

bull necessidade de acompanhar o progresso dos alunos a longo prazo Os decisores poliacuteticos precisam de dados qualitativos e quantitativos que os informem sobre a qualidade da educaccedilatildeo prestada aos alunos com necessidades educativas especiais Estas mensagens principais refletem uma recomendaccedilatildeo central do Relatoacuterio Mundial sobre Deficiecircncia (Organizaccedilatildeo Mundial de SauacutedeBanco Mundial 2011) a necessidade de os paiacuteses desenvolverem os sistemas de recolha de dados quantitativos existentes e de simultaneamente realizarem investigaccedilotildees qualitativas aprofundadas e especiacuteficas sobre o custoshyeficaacutecia e sobre outras questotildees relacionadas com a garantia da qualidade

O projeto MIPIE apela ao desenvolvimento de um quadro comum para a recolha de dados construiacutedo com base nos procedimentos nacionais existentes e nos acordos internacionais sobre recolha de dados e procedimentos hellip Podem ser identificadas trecircs dimensotildees para uma estrutura comum

- A mudanccedila para um sistema de recolha de dados baseado em conceitos e definiccedilotildees comuns

- A recolha de evidecircncias que conduzam a niacuteveis de referecircncia quantitativos e qualitativos

- O uso de uma estrutura multiniacutevel para analisar as poliacuteticas a niacuteveis nacional e internacional (Agecircncia Europeia 2011a paacuteg 11)

Uma tal abordagem eacute necessaacuteria para apoiar os paiacuteses no desenvolvimento de uma laquorecolha de dados que permita monitorizar os direitos dos alunos bem como para monitorizarem a eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusivaraquo (ibid)

Monitorizaccedilatildeo dos direitos dos alunos

No acircmbito de uma estrutura abrangente para o mapeamento das questotildees relacionadas com os direitos devem ser identificados indicadores quantitativos e qualitativos referentes a diversos fatores

(i) Participaccedilatildeo na educaccedilatildeo e formaccedilatildeo

O relatoacuterio da Agecircncia sobre a Intervenccedilatildeo precoce na infacircncia sugere que

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 28

Os decisores poliacuteticos devem ter mecanismos para avaliar a solicitaccedilatildeo de serviccedilos de IPI e mecanismos eficazes que verifiquem se a prestaccedilatildeo de serviccedilos responde ao solicitado para se poder planear a melhoria do serviccedilo Deve ser desenvolvida uma forma sistemaacutetica de recolha e de monitorizaccedilatildeo de dados fiaacuteveis a niacutevel nacional (Agecircncia Europeia 2010 paacuteg 40)

No relatoacuterio Participaccedilatildeo na Educaccedilatildeo Inclusiva afirma-se que Embora os governos nacionais e locais jaacute recolham dados importantes sobre a educaccedilatildeo pouco se sabe sobre a participaccedilatildeo hellip Atualmente a maior parte dos dados recolhidos para fins de monitorizaccedilatildeo satildeo dados estatiacutesticos sobre a inscriccedilatildeo e a conclusatildeo da escolaridade hellip Poucos paiacuteses tecircm meacutetodos sistemaacuteticos de recolha anaacutelise e interpretaccedilatildeo de dados qualitativos sobre a participaccedilatildeo a niacutevel individual em sala de aula e na escola embora os relatoacuterios escolares de autorrevisatildeo e de inspeccedilatildeo respondam muitas vezes a questotildees de participaccedilatildeo e inclusatildeo (Agecircncia Europeia 2011d paacuteg 19)

Este relatoacuterio tambeacutem destaca alguns dos perigos potenciais associados agrave recolha de dados em relaccedilatildeo agrave participaccedilatildeo

hellip estruturas criadas para acompanhar as crianccedilas com necessidades educativas especiais podem funcionar como barreiras agrave sua participaccedilatildeo e sucesso marcando estas crianccedilas como diferentes Uma consequecircncia natildeo intencional de categorizar algumas crianccedilas para monitorizar a sua participaccedilatildeo pode gerar um paradoxo o que resulta na celebraccedilatildeo de acordos separados para a sua educaccedilatildeo (ibid paacuteg 17ndash18)

(ii) Acesso ao apoio e agrave adaptaccedilatildeo

Trecircs estudos da Agecircncia consideraram diferentes aspetos de apoio para os alunos com NEE A revisatildeo da literatura do projeto Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional cita Redley (2009)

Natildeo existem dados nacionais fiaacuteveis sobre o nuacutemero de organizaccedilotildees que oferecem emprego apoiado ou o nuacutemero de pessoas com dificuldades de aprendizagem empregadas nelas e o governo natildeo participa neste processo (Agecircncia Europeia 2012f paacuteg 41)

O estudo conjunto da Agecircncia realizado com o Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO que analisa o uso das TIC na educaccedilatildeo das pessoas com incapacidades defende que

Tanto em relaccedilatildeo agrave Convenccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas (2006) como em relaccedilatildeo agrave poliacutetica regional (ou seja europeia) e nacional haacute uma necessidade de informaccedilatildeo mais detalhada ligada agrave monitorizaccedilatildeo de indicadores e benchmarks qualitativos e quantitativos sobre as TIC na educaccedilatildeo para pessoas

Colocar a teoria em praacutetica 29

com incapacidades (Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO e Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011 paacuteg 93)

Em relaccedilatildeo agrave acessibilidade da informaccedilatildeo para a aprendizagem as recomendaccedilotildees do projeto i-access da Agecircncia defendem que

A conformidade [acessibilidade] agrave poliacutetica deve ser sistematicamente monitorizada A monitorizaccedilatildeo da conformidade soacute pode ser incentivada nomomento presente mas deve ser alargada hellip Eacute necessaacuterio recolher dados quantitativos e qualitativos sistemaacuteticos o que deve tambeacutem envolver os utilizadores finais de informaccedilatildeo acessiacutevel Poreacutem a monitorizaccedilatildeo do progresso natildeo se pode limitar a afericcedilatildeo numeacuterica mas deve incluir a possibilidade de recolher exemplos de boas praacuteticas que poderiam servir de modelo para outros paiacuteses e organizaccedilotildees (Agecircncia Europeia 2012e paacuteg 40ndash 41)

(iii) Oportunidades para o sucesso na aprendizagem e na transiccedilatildeo Dois grandes projetos da Agecircncia tiveram em linha de conta a transiccedilatildeo da escola para o emprego Ambos apontam para a falta de dados fiaacuteveis neste campo O projeto Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego sugeriu que

Os dados nacionais dos paiacuteses apenas incluem pessoas registadas como desempregadas mas uma alta percentagem de pessoas com necessidades especiais natildeo estaacute registada ndash elas natildeo tecircm sequer a oportunidade de conseguir o primeiro emprego (Agecircncia Europeia 2002a paacuteg 2)

O estudo de acompanhamento (Agecircncia Europeia 2006) natildeo refere quaisquer desenvolvimentos nesta aacuterea

(iv) Oportunidades de integraccedilatildeo

O estudo da Agecircncia com foco na diversidade multicultural destaca a falta de dados em relaccedilatildeo a um fator importante de integraccedilatildeo ndash antecedente de imigraccedilatildeo dos alunos com NEE

Muitos paiacuteses envolvidos no projeto referiram que natildeo existem dados atualizados sobre os alunos com NEE e de origem imigrante Diversas agecircncias governamentais tecircm responsabilidades diferentes e natildeo haacute coordenaccedilatildeo na recolha de dados Haacute outras razotildees para a falta de dados Alguns paiacuteses natildeo tecircm estatiacutesticas oficiais sobre a origem das pessoas para aleacutem do paiacutes de nascimento uma vez que eacute proibido o tratamento de dados pessoais que identifiquem a raccedila a origem eacutetnica a incapacidade ou crenccedila religiosa Em outros paiacuteses natildeo haacute recolha sistemaacutetica de dados relativos a alunos com NEE

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 30

ou a alunos com NEE e de origem imigrante a niacutevel nacional ou local (Agecircncia Europeia 2009a paacuteg 30)

Monitorizaccedilatildeo da eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusiva

Dados que examinam a eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusiva tecircm em conta questotildees de custo-eficaacutecia bem como diversas aacutereas relacionadas com as experiecircncias de educaccedilatildeo dos alunos procedimentos de avaliaccedilatildeo inicial o envolvimento contiacutenuo dos alunos e das suas famiacutelias em experiecircncias educativas e a eficaacutecia de ambientes de aprendizagem na superaccedilatildeo das barreiras e apoio de experiecircncias de aprendizagem significativas para todos os alunos

O estudo da Agecircncia relativo ao Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos realccedila que eacute necessaacuterio apoiar as escolas com

hellip aconselhamento sobre como pode ser usada a informaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo ndash particularmente a da avaliaccedilatildeo estandardizada recolhida para fins de monitorizaccedilatildeo nacional ndash para melhorar as praacuteticas com todos os alunos incluindo os que apresentam NEE (Watkins 2007 paacuteg 60)

O relatoacuterio designado Elevar o Sucesso de Todos os Alunos defende que

Para avanccedilar para uma maior equidade na educaccedilatildeo satildeo necessaacuterios indicadores de sucesso adequados agrave comunidade local focalizados no input recursos processos e outputresultados Embora a informaccedilatildeo (incluindo dados) deva ser usada para direcionar o apoio e acompanhar o sucesso de poliacuteticas e praacuteticas inclusivas eacute necessaacuterio cuidado para que os sistemas de responsabilidade natildeo causem inadvertidamente alteraccedilotildees inadequadas (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 22)

Este estudo destaca potenciais dificuldades inerentes

No clima atual o desenvolvimento de mecanismos de responsabilidade adequados e de formas de medir o sucesso valorizado e monitorizar a equidade apresentam muitos desafios Apesar da procura de dados concretos Fullan (2011) adverte que laquoas estatiacutesticas satildeo um servo maravilhoso mas um mestre terriacutevelraquo (paacuteg 127) e Hargreaves e Shirley (2009) enfatizam a necessidade de colocar a responsabilidade antes da prestaccedilatildeo de contas Sugerem que a prestaccedilatildeo de contas deve laquoservir de consciecircncia por meio de amostragemraquo e que deve ser realizado um ataque laquoaos excessos de padronizaccedilatildeo testada que negam a diversidade e destroem a criatividaderaquo (paacuteg 109) (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 22)

Dentro do projeto MIPIE argumentou-se que a monitorizaccedilatildeo da eficaacutecia dos sistemas de educaccedilatildeo inclusiva tambeacutem incluiria uma anaacutelise da eficaacutecia da formaccedilatildeo de professores (Agecircncia Europeia 2011a) O relatoacuterio do projeto TE4I

Colocar a teoria em praacutetica 31

destaca uma seacuterie de questotildees relacionadas com a disponibilidade de dados nesta aacuterea Relativamente agrave representaccedilatildeo de professores de grupos minoritaacuterios

A maior parte dos paiacuteses que natildeo recolhe dados refere curiosamente uma subshyrepresentaccedilatildeo de pessoas com deficiecircncia e pertencentes a grupos minoritaacuterios entre os professores estagiaacuterios e os professores diplomados e a situaccedilatildeo parece ser idecircntica entre os formadores de professores (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 22)

O relatoacuterio tambeacutem indica a necessidade de dados que levam a mudanccedilas com base em evidecircncias

A falta de investigaccedilatildeo em larga escala e de investigaccedilatildeo cumulativa bem como de evidecircncia empiacuterica na formaccedilatildeo de professores para a inclusatildeo foi referida pela OCDE (2010) hellip esta investigaccedilatildeo poderaacute garantir a existecircncia dum corpo de evidecircncias que possam dar forma agrave mudanccedila No presente relatoacuterio os exemplos realccedilam algumas questotildees-chave da pesquisa incluindo

- A eficaacutecia de diferentes rotas no ensino - Abordagens agrave formaccedilatildeo de professores e ao curriacuteculo da FIP e

- O papel dos cursos separados integrados e unificados e a melhor maneira de passar dum curso contiacutenuo para um uacutenico curso de formaccedilatildeo de professores que prepare todos os professores para a diversidade (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 68)

O projeto MIPIE defende que

A niacutevel da escola a recolha de dados deve

- Fornecer informaccedilatildeo que permitam aos professores e funcionaacuterios da escola planear e prestar o apoio e os recursos adequados

- Fornecer ideias claras sobre a participaccedilatildeo ativa dos pais e alunos no processo educativo (Agecircncia Europeia 2011a paacuteg 13)

Para que isto seja possiacutevel

Satildeo necessaacuterias sinergias a niacutevel nacional entre os principais intervenientes baseadas num claro racional para a recolha de dados considerando os dados a niacutevel nacional regional escola e sala de aula para que os dados globais do paiacutes efetivamente possam refletir a praacutetica (ibid paacuteg 14)

Para concluir a provisatildeo dos dados pode contribuir efetivamente para a elaboraccedilatildeo de poliacuteticas para a educaccedilatildeo inclusiva Haacute uma exigecircncia crescente ndash a niacutevel internacional europeu e nacional ndash para a responsabilidade e tecircm vindo a crescer comparaccedilotildees laquoentre escolasraquo e laquoentre naccedilotildeesraquo O surgimento de laquograndes dadosraquo

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 32

(meta-anaacutelises de conjuntos de dados e fontes combinadas) apresenta oportunidades mas tambeacutem desafios reais para a educaccedilatildeo inclusiva

Os apelos para a poliacutetica e alocaccedilatildeo de recursos baseada em evidecircncias reforccedilam a necessidade de dados significativos relacionados com todos os alunos Eacute necessaacuterio saber que alunos estatildeo a receber que serviccedilos quando e onde (contando todos os alunos) Tambeacutem eacute necessaacuterio ter dados sobre a qualidade dos serviccedilos e os resultados obtidos (considerando a praacutetica)

Um grande desafio para a recolha de dados estaacute em evitar classificar categorizar e rotular os alunos de modo a fornecer informaccedilatildeo sobre a provisatildeo que recebem As laquopluralidadesraquo das definiccedilotildees aplicadas a alunos e a laquopoliacuteticaraquo dos sistemas de rotulagem natildeo podem ser ignoradas nem os efeitos a que esses sistemas de rotulagem e definiccedilotildees conduzem

Fazer as perguntas certas em termos de poliacuteticas eacute o ponto de partida para a recolha de dados que servem de base significativa para as poliacuteticas

Colocar a teoria em praacutetica 33

OLHAR EM FRENTE

O primeiro objetivo da conferecircncia em novembro de 2013 foi refletir e resumir o trabalho da Agecircncia ao longo da uacuteltima deacutecada As cinco mensagens-chave descritas nos capiacutetulos anteriores destacam aspetos criacuteticos no que se refere agrave educaccedilatildeo inclusiva Baseiam-se nos resultados da anaacutelise aprofundada de temas-chave decididos pelos paiacuteses membros da Agecircncia O segundo objetivo da conferecircncia foi olhar em frente explorando a forma como o trabalho da Agecircncia pode prestar um melhor apoio aos paiacuteses membros ajudandoos a melhorar a qualidade e a eficaacutecia das suas respostas inclusivas para alunos com incapacidades eou necessidades educativas especiais A Agecircncia estaacute disposta a ajudar os paiacuteses de uma forma mais concreta com a implementaccedilatildeo dos resultados do nosso trabalho Isso significa disponibilizar recomendaccedilotildees de poliacutetica que sejam mais diretamente aplicaacuteveis aos decisores poliacuteticos para apoiar alteraccedilotildees futuras e desenvolvimentos poliacuteticos

A Agecircncia estaacute consciente de que o trabalho jaacute realizado estaacute de acordo e apoia diretamente todas as iniciativas de poliacuteticas europeias e internacionais em termos de educaccedilatildeo equidade igualdade de oportunidades e direitos para pessoas com incapacidades eou necessidades educativas especiais O trabalho da Agecircncia fornece recomendaccedilotildees claras e coerentes sobre como as poliacuteticas-chave nestas aacutereas podem ser implementadas na praacutetica A Agecircncia pretende proporcionar aos paiacuteses informaccedilatildeo sobre o progresso alcanccedilado nos objetivos propostos em termos de (a) metas de Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo para 2020 e (b) Convenccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiecircncia (2006) bem como vaacuterias diretivas e comunicaccedilotildees da Uniatildeo Europeia Eacute necessaacuteria orientaccedilatildeo sobre o modo como a educaccedilatildeo inclusiva pode ser implementada a niacutevel do professor sala de aula escola regiatildeo municiacutepio e poliacutetica nacional A Agecircncia tem capacidade para disponibilizar aos paiacuteses orientaccedilotildees sobre formas de implementaccedilatildeo da educaccedilatildeo inclusiva e como isto afeta a qualidade geral da educaccedilatildeo As discussotildees durante a conferecircncia bem como as discussotildees aprofundadas no acircmbito da Agecircncia orientaratildeo esta nova etapa no trabalho da Agecircncia

shy

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 34

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 1999 Financing of Special Needs Education ndash A seventeen-country Study of the Relationship between Financing of Special Needs Education and Inclusion [Financiamento da Educaccedilatildeo Especial ndash Um estudo de dezassete paiacuteses da Relaccedilatildeo entre o Financiamento da Educaccedilatildeo Especial e a Inclusatildeo] Middelfart Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2002a Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Princiacutepios-chave e Recomendaccedilotildees para R esponsaacuteveis Poliacuteticos Middelfart Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanagencyorgsitesdefaultfilestransition_transition_pttextpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2002b Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Principais problemas questotildees e opccedilotildees enfrentadas pelos alunos com necessidades educativas especiais em 16 paiacuteses Europeus Relatoacuterio Siacutentese Middelfart Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanagencyorgsitesdefaultfilestransition-from-school-to-employment_Transitionptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2003 Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula Relatoacuterio Siacutentese Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanagencyorgsitesdefaultfilesinclusive-education-and-classroom-practices_iecpptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2005 Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula nos 2ordm e 3ordm Ciclos do Ensino Baacutesico Relatoacuterio Siacutentese Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesinclusive-educationand-classroom-practice-in-secondary-education_iecp_secondary_ptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2006 Planos Individuais de Transiccedilatildeo Apoiar a Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesindividual-transitionplans_itp_ptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

shy

shyshy

shyshy

shy

shy

Colocar a teoria em praacutetica 35

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2009a Diversidade multicultural e necessidades especiais de educaccedilatildeo Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfilesmulticultural-diversity-and-special-needsshyeducation_Multicultural-Diversity-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2009b Princiacutepiosshychave para a Promoccedilatildeo da Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva ndash Recomendaccedilotildees para Decisores Poliacuteticos Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportskeyshyprinciples-for-promoting-quality-in-inclusive-educationkey-principles-PTpdf(Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2010 Intervenccedilatildeo Precoce na Infacircncia ndash Progressos e Desenvolvimentos 2005ndash2010 Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesearly-childhood-interventionshyprogress-and-developments_ECI-report-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011a Mapeamento da Implementaccedilatildeo de Poliacuteticas para a Educaccedilatildeo Inclusiva Uma anaacutelise dos desafios e oportunidades para o desenvolvimento de indicadores Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httphttpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesmipie_MIPIE-summaryshyof-proposals-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011b Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo na Europa ndash Desafios e Oportunidades Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfileste4i-challenges-and-opportunities_TE4I-Synthesis-Report-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011c Princiacutepios-Chave para a Promoccedilatildeo da Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva ndash Recomendaccedilotildees para Decisores Poliacuteticos Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfilesinclusive-education-and-classroom-practices_iecpshyptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011d Participation in Inclusive Education ndash A Framework for Developing Indicators [Participaccedilatildeo na Educaccedilatildeo inclusiva ndash Um Quadro para o Desenvolvimento de Indicadores] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 36

agencyorgpublicationsereportsparticipation-in-inclusive-education-a-frameworkshyfor-developing-indicatorsParticipation-in-Inclusive-Educationpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012a Perspetivas dos Jovens sobre Educaccedilatildeo Inclusiva Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfilesyoung-views-on-inclusive-education_YoungViews-2012PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012b Perfil de Professores Inclusivos Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfileste4i-profile-of-inclusive-teachers_Profile-of-InclusiveshyTeachers-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012c Raising Achievement for All Learners ndash Quality in Inclusive Education [Elevar o Sucesso de Todos os Alunos ndash Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva] Relatoacuterio sobre a conferecircncia realizada em Odense Dinamarca de 13 a 15 de junho de 2012 Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesRA4AL-conference-reportpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014) Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012d Raising Achievement for All Learners ndash Quality in Inclusive Education [Elevar o Sucesso de Todos os Alunos ndash Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httphttpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesra4al-keyshymessages_RA4AL-summary-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012e Promoting Accessible Information for Lifelong Learning Recommendations and findings of the i-access project [Promover o Acesso agrave Informaccedilatildeo para a Aprendizagem ao Longo da Vida Recomendaccedilotildees e observaccedilotildees do projeto i-access] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportsi-accessi-accessshyreportpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012f Vocational Education and Training Policy and Practice in the field of Special Needs Education ndash Literature Review [Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional (EFP) Poliacutetica e Praacutetica no campo da Educaccedilatildeo Especial ndash Revisatildeo da Literatura] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Colocar a teoria em praacutetica 37

agencyorgagency-projectsvocational-education-and-trainingvet-filesVETshyLiteratureReviewpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012g Teacher Education for Inclusion Project Recommendations linked to Sources of Evidence [Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo Recomendaccedilotildees do Projeto Ligadas a Fontes de Evidecircncias] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgagencyshyprojectsTeacher-Education-for-Inclusionsources-of-evidencepdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2013 European and International Policy Supporting ICT for Inclusion [Poliacutetica Europeia e Internacional para Uso das TIC como Apoio para a Inclusatildeo] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfileseuropean-and-internationalshypolicy-supporting-ict-for-inclusion_policy-supporting-ict-for-inclusionpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para as Necessidades Especiais e a Educaccedilatildeo Inclusiva 2014 Vocational Education and Training ndash Summary of Country Information [Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional ndash Resumo de Informaccedilatildeo do Paiacutes] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para as Necessidades Especiais e a Educaccedilatildeo Inclusiva httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesVET Summary of Country information 2014pdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Bennett S e Gallagher TL 2012 The Delivery of Education Services for Students who have an Intellectual Disability in the Province of Ontario [A prestaccedilatildeo de serviccedilos de ensino para alunos com incapacidade intelectual na proviacutencia de Ontaacuterio] Toronto Community Living Ontario

Chapman C Ainscow M Miles S e West M 2011 Leadership that promotes the achievement of students with special educational needs and disabilities [Lideranccedila que promove o sucesso de alunos com necessidades educativas especiais e incapacidades] Nottingham National College for School Leadership

Comissatildeo das Comunidades Europeias 2008 Livro Verde ndash Migraccedilatildeo e mobilidade desafios e oportunidades para os sistemas educativos da UE SEC(2008) 2173 COM20080423 final Bruxelas Comissatildeo das Comunidades Europeias

Conselho da Uniatildeo Europeia 2010 Conclusotildees do Conselho sobre a dimensatildeo social da educaccedilatildeo e da formaccedilatildeo 3013ordf Reuniatildeo do Conselho de EDUCACcedilAtildeO JUVENTUDE E CULTURA Bruxelas 11 de maio de 2010 httpeurshylexeuropaeulegal-contentPTTXTPDFuri=CELEX52010XG0526(01)ampfrom=PT(Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 38

Farrell P Dyson AS Polat F Hutcheson G e Gallannaugh F 2007 laquoSEN inclusion and pupil achievement in English schoolsraquo [Inclusatildeo de crianccedilas com NEE e sucesso dos alunos nas escolas inglesas] Journal of Research in Special Educational Needs 7 (3) 172ndash178

Frilseth L 2012 The Norwegian Model for Education for All in Upper Secondary School [O Modelo Norueguecircs para a Educaccedilatildeo para Todos no Ensino Secundaacuterio] Direccedilatildeo Norueguesa para Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo httpwwweuropeanshyagencyorgagency-projectsra4alra4al-seminar-pdfNorway-L-Frilsethpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Fullan M 2011 Change Leader Learning to do what matters most [Liacuteder de Mudanccedila aprender a fazer o que mais importa] San Francisco Jossey-Bass de Graaf G van Hove G e Haveman M 2011 laquoMore academics in regular schools The effect of regular versus special school placement on academic skills in Dutch primary school students with Down syndromeraquo [Mais acadeacutemicos nas escolas regulares O efeito da colocaccedilatildeo em escola regular versus escola especial nas competecircncias acadeacutemicas em alunos holandeses do ensino primaacuterio com siacutendrome de Down] Journal of International Disability Research December 2011 57(1) 21ndash38 doi 101111j1365-2788201101512x

Hargreaves A e Shirley D 2009 The Fourth Way ndash The inspiring future for educational change [A Quarta Via ndash O futuro inspirador para a mudanccedila educativa] Publicaccedilatildeo conjunta do Ontario Principalsrsquo Council e do National Staff Development Council Thousand Oaks CA Corwin Press

Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO e Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011 ICTs in Education for People with Disabilities Review de innovative practice [TIC na Educaccedilatildeo para Pessoas com Incapacidades revisatildeo da praacutetica inovadora] Moscovo Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO httpwwweuropeanshyagencyorgpublicationsereportsICTs-in-Education-for-People-WithshyDisabilitiesReview-of-Innovative-Practice (Uacuteltimo acesso em julho de 2014) Kalambouka A Farrell P Dyson A e Kaplan I 2005 The impact of population inclusivity in schools on student outcomes [O impacto da inclusividade da populaccedilatildeo em escolas nos resultados dos alunos] Research Evidence in Education Library London EPPI-Centre Social Science Research Unit Institute of Education University of London Kyriazopoulou M e Weber H (eds) 2009 Desenvolvimento de um conjunto de indicadores ndash para a educaccedilatildeo inclusiva na Europa Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Colocar a teoria em praacutetica 39

agencyorgsitesdefaultfilesdevelopment-of-a-set-of-indicators-for-inclusiveshyeducation-in-europe_indicators-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

MacArthur J 2009 Learning Better Together Working towards inclusive education in New Zealand schools [Aprender Melhor Juntos trabalhar para a educaccedilatildeo inclusiva nas escolas da Nova Zelacircndia] Wellington IHC

MacArthur J Kelly B Sharp S amp Gaffney M 2005 Participation or exclusion Disabled childrenrsquos experiences of life at school [Participaccedilatildeo ou exclusatildeo Experiecircncias de vida na escola de crianccedilas com incapacidades] Um artigo apresentado na laquoChildrenrsquos Issues Conferenceraquo Dunedin Nova Zelacircndia julho de 2005 Menter I Hulme M Elliott D e Lewin J 2010 Literature Review on Teacher Education in the 21st Century [Revisatildeo da Literatura sobre a Formaccedilatildeo de Professores no Seacuteculo XXI] Scottish Government Social Research Edimburgo Scottish Government

Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para a Educaccedilatildeo Ciecircncia e Cultura 2009 Policy Guidelines on Inclusion in Education [Diretrizes da Poliacutetica sobre Inclusatildeo na Educaccedilatildeo] Paris UNESCO

Organizaccedilatildeo Mundial de SauacutedeBanco Mundial 2011 World Report on Disability [Relatoacuterio Mundial sobre Deficiecircncia] Genebra Ediccedilotildees OMS httpwwwwhointdisabilitiesworld_report2011enindexhtml (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Organizaccedilatildeo para a Cooperaccedilatildeo e Desenvolvimento Econoacutemico 2011 PISA in Focus Improving Performance Leading from the Bottom [PISA agrave Lupa Melhorar os Resultados Progedir ateacute ao Topo] 20112 (Marccedilo) Paris OCDE Redley M 2009 laquoUnderstanding the social exclusion and stalled welfare of citizens with learning disabilitiesraquo [Compreender a exclusatildeo social e o bem-estar sem progresso dos cidadatildeos com dificuldades de aprendizagem] Disability amp Society 24(4) 489ndash501

Naccedilotildees Unidas 2006 Convenccedilatildeo sobre os Direitos das Pessoas com Deficiecircncia Nova Iorque Naccedilotildees Unidas

Watkins A (ed) 2007 Assessment in Inclusive Settings Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos Questotildees-chave para Poliacuteticas e Praacuteticas Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportsassessment-in-inclusiveshysettings-key-issues-for-policy-and-practiceassessment-in-inclusive-settings-keyshyissues-for-policy-and-practice (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 40

Wilkinson R e Pickett K 2010 The Spirit Level Why Equality is Better para Everyone [O Niacutevel do Espiacuterito Por que a Igualdade eacute Melhor para Todos] Londres Penguin

Willms JD 2006 Learning divides Ten policy questions about the performance and equity of schools and schooling systems [A aprendizagem divide dez perguntas de poliacutetica acerca do desempenho e equidade das escolas e dos sistemas de escolaridade] Montreal Instituto de Estatiacutestica da UNESCO

Colocar a teoria em praacutetica 41

  • preacircmbulo
  • Sumaacuterio Executivo
  • O mais precocemente possiacutevel
    • Introduccedilatildeo
    • Intervenccedilatildeo precoce
    • Deteccedilatildeo e avaliaccedilatildeo precoces
    • Apoio precoce
    • Transiccedilatildeo planeada
      • A educaccedilatildeo inclusiva beneficia todos
        • Introduccedilatildeo
        • A educaccedilatildeo inclusiva como uma abordagem para elevar o sucesso para todos os alunos
        • laquoO que eacute bom para os alunos com NEE eacute igualmente bom para todos os alunosraquo
        • Monitorizaccedilatildeo do progresso
          • profissionais altamente qualificados
            • Introduccedilatildeo
            • Formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo
            • O perfil dos professores inclusivos e outros profissionais
            • Abordagens ao recrutamento
            • Atitudes positivas
            • Trabalho em rede e coordenaccedilatildeo
              • sistemas de apoio e mecanismos de financiamento
                • Introduccedilatildeo
                • Sistemas de apoio e mecanismos de financiamento
                  • Intervenccedilatildeo Precoce na Infacircncia (IPI)
                  • Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula
                  • Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional (EFP)
                  • Tecnologias de Informaccedilatildeo e Comunicaccedilatildeo (TIC)
                      • dados fiaacuteveis
                        • Introduccedilatildeo
                        • Monitorizaccedilatildeo dos direitos dos alunos
                          • (i) Participaccedilatildeo na educaccedilatildeo e formaccedilatildeo
                          • (ii) Acesso ao apoio e agrave adaptaccedilatildeo
                          • (iii) Oportunidades para o sucesso na aprendizagem e na transiccedilatildeo
                          • (iv) Oportunidades de integraccedilatildeo
                            • Monitorizaccedilatildeo da eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusiva
                              • olhar em frente
                              • REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

estarem preparados para responder agraves necessidades de todos os alunos no ensino regular

Disponibilizaccedilatildeo de cursos e oportunidades para a melhoria do desenvolvimento profissional dos professores

Os professores planificam ensinam e reavaliam em parceria

Recursos satildeo disponibilizados para o adequado desenvolvimento profissional relacionados com a resposta agraves necessidades especiais em educaccedilatildeo inclusiva (Kyriazopoulou e Weber 2009 paacuteg 29)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 20

SISTEMAS DE APOIO E MECANISMOS DE FINANCIAMENTO

Introduccedilatildeo

Em novembro de 2011 a Agecircncia Europeia acolheu uma Audiccedilatildeo no Parlamento Europeu em Bruxelas Participaram oitenta e oito jovens com e sem necessidades educativas especiais eou incapacidades do ensino secundaacuterio e da formaccedilatildeo vocacional para debaterem o significado da educaccedilatildeo inclusiva para eles Alguns dos resultados estatildeo diretamente relacionados com questotildees de recursos e financiamento laquoA educaccedilatildeo inclusiva requer recursos adicionais como tempo e dinheiro mas cada aluno deve ter a educaccedilatildeo que querraquo (Agecircncia Europeia 2012a paacuteg 13)

O acesso fiacutesico dos edifiacutecios eacute importante (elevadores portas automaacuteticas interruptores acessiacuteveis etc) hellip No caso dos testes eacute necessaacuterio tempo extra hellip Satildeo necessaacuterios sistemas internos de apoio para os alunos com deficiecircncias (ibid paacuteg 28ndash29)

Eacute bom ter apoio de pessoas de fora da equipa da escola que possam atuar como mediadores para os alunos com necessidades especiais Havia professores que natildeo queriam cooperar no trabalho de educaccedilatildeo inclusiva para mim e para outros os professores devem aceitar todos nas suas salas de aula (ibid paacuteg 20)

Os cortes do governo estatildeo a ter impacto no apoio ndash pessoas como os mediadores estatildeo a perder os seus empregos O dinheiro estaacute a ir para as escolas mas eacute tatildeo disfuncional que significa que os professores laquonormaisraquo tecircm de prestar o apoio e eles natildeo satildeo capazes (ibid paacuteg 28)

A educaccedilatildeo inclusiva eacute muitas vezes referida como dispendiosa mas ao tentar poupar vamos acabar por pagar mais para lidar com os problemas hellip Mesmo que um paiacutes natildeo tenha muitos recursos a educaccedilatildeo inclusiva precisa de ser posta em praacutetica A educaccedilatildeo inclusiva eacute um investimento temos de investir nas pessoas (ibid paacuteg 25)

Sistemas de apoio e mecanismos de financiamento Os sistemas de apoio e mecanismos de financiamento englobam todos os niacuteveis de aprendizagem e por conseguinte abordam diversas questotildees Aleacutem disso limitar a questatildeo apenas ao campo educativo seria insuficiente

As crianccedilas e os jovens natildeo teratildeo sucesso na aprendizagem se a sua sauacutede baacutesica e as suas necessidades sociais e emocionais natildeo forem atendidas Isto pode exigir apoio para as famiacutelias e as comunidades sendo necessaacuteria a

Colocar a teoria em praacutetica 21

colaboraccedilatildeo com os serviccedilos de sauacutede e de seguranccedila social que garanta uma intervenccedilatildeo holiacutestica (Agecircncia Europeia 2011c paacuteg 17ndash18)

Existe a consciencializaccedilatildeo disseminada de que a criaccedilatildeo de poliacuteticas com base em evidecircncias eacute essencial para o desenvolvimento a longo prazo dos sistemas de educaccedilatildeo inclusiva Tal foi reconhecido no trabalho da Agecircncia logo em 1999 no acircmbito do relatoacuterio Financing of Special Needs Education [Financiamento da Educaccedilatildeo Especial] onde se defendia que

os procedimentos de avaliaccedilatildeo e monitorizaccedilatildeo nos paiacuteses podem tambeacutem ser melhorados no quadro do ensino especial Em primeiro lugar eacute importante garantir e incentivar um dispecircndio eficiente e eficaz dos fundos puacuteblicos Em segundo lugar parece ser necessaacuterio mostrar claramente aos clientes dos sistemas educativos (alunos com necessidades especiais e os seus pais) que a qualidade da educaccedilatildeo no ambiente regular (incluindo todas as instalaccedilotildees adicionais e apoio) eacute suficientemente elevada (Agecircncia Europeia 1999 paacuteg 158)

Os temas do financiamento e dos recursos foram abordados em diversos outros projetos da Agecircncia Assim as afirmaccedilotildees e os resultados que se seguem lanccedilam alguma luz sobre estas duas questotildees de pontos de vista diferentes na sequecircncia de projetos distintos levados a cabo pela Agecircncia

Intervenccedilatildeo Precoce na Infacircncia (IPI) laquoA tendecircncia comum na Europa eacute a prestaccedilatildeo de serviccedilos de IPI localizados e prestados tatildeo perto quanto possiacutevel da crianccedila e da famiacuteliaraquo (Agecircncia Europeia 2010 paacuteg 18) por exemplo no municiacutepio

Os recursos e serviccedilos de IPI devem abranger todas as famiacutelias e crianccedilas em idades precoces que deles necessitem independentemente da sua condiccedilatildeo socioeconoacutemica hellip Isto implica que os fundos puacuteblicos devem cobrir todos os custos relativos agrave IPI atraveacutes de serviccedilos puacuteblicos companhias de seguros organizaccedilotildees sem fins lucrativos etc preenchendo os padrotildees de qualidade exigidos na respetiva legislaccedilatildeo nacional para a IPI (ibid paacuteg 22) O financiamento puacuteblico para os serviccedilos de IPI geralmente vem do governo central eou federal ou dos orccedilamentos regionais eou locais Na maioria dos casos o financiamento da IPI eacute uma combinaccedilatildeo dos trecircs niacuteveis da administraccedilatildeo acima mencionados planos de seguro de sauacutede e de recursos de organizaccedilotildees sem fins lucrativos (ibid paacuteg 23)

As recomendaccedilotildees para melhorar a coordenaccedilatildeo dos serviccedilos e dos recursos da IPI incluem entre outras as seguintes

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 22

A IPI eacute muitas vezes uma aacuterea de trabalho interserviccedilos mas tambeacutem uma aacuterea interdisciplinar Os decisores poliacuteticos precisam de reconhecer isso garantindo que as poliacuteticas e as orientaccedilotildees sejam desenvolvidas conjuntamente pelos setores da sauacutede da educaccedilatildeo e da seguranccedila social e que qualquer orientaccedilatildeo escrita para os serviccedilos regionais e locais inclui os logotipos de todos os departamentos Somente desta forma o trabalho integrado seraacute filtrado aos niacuteveis regional e local (ibid paacuteg 42ndash43)

Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula

A existecircncia de diferentes modelos de gestatildeo da diferenccedila na sala de aula depende natildeo soacute de fatores ligados ao professor mas tambeacutem da forma como a escola organiza os recursos e de outros fatores externos

Esta afirmaccedilatildeo foi incluiacuteda no relatoacuterio da Agecircncia sobre Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula (Agecircncia Europeia 2003 paacuteg 8)

Eacute claro que a resposta aos alunos com necessidades educativas especiais natildeo eacute apenas uma questatildeo de recursos a niacutevel da sala de aula Importa reconhecer que a organizaccedilatildeo da escola determina igualmente a quantidade e o tipo dos recursos que os professores podem usar no ensino de alunos com NEE (ibid paacuteg 14ndash15)

A organizaccedilatildeo dos recursos no seio da escola deve corresponder ao princiacutepio da flexibilidadehellip as escolas devem ter liberdade para a utilizaccedilatildeo dos recursos financeiros de acordo com os seus proacuteprios desejos e perspetivas Deve evitarshyse a burocracia estando os recursos disponiacuteveis para todos os alunos com ou sem NEE sempre que necessaacuterio ou quando o professor assim o desejar (ibid paacuteg 16)

laquoO financiamento e respetivos incentivos desempenham um papel decisivoraquo (ibid paacuteg 17)

O modelo de financiamento baseado na avaliaccedilatildeo dos resultados (a niacutevel regional) parece ser a opccedilatildeo melhor sucedida Neste modelo os orccedilamentos destinados agraves necessidades educativas especiais satildeo atribuiacutedos pelo serviccedilo central agraves instituiccedilotildees regionais ou locais (comunidades agrupamentos de escolas) As decisotildees relativas ao financiamento e elegibilidade devem ser tomadas a niacutevel regionalhellip Um modelo descentralizado pode ser mais rentaacutevel e limitar os riscos de ver emergir formas indesejaacuteveis de comportamentosestrateacutegicos Eacute no entanto evidente que o governo central deve indicar claramente os objetivos a atingir (ibid paacuteg 18)

Colocar a teoria em praacutetica 23

Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional (EFP) A implementaccedilatildeo dos programas de EFP segue o planeamento a longo prazo no setor da educaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo com os parceiros sociais

Existe um foco no estabelecimento de ligaccedilotildees mais proacuteximas hellip para desenvolver os curriacuteculos dos programas de formaccedilatildeo profissional e para corresponder agraves abordagens e conteuacutedos educativos com as competecircncias necessaacuterias na vida laboral hellip atraveacutes da organizaccedilatildeo e realizaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo de competecircncias colaboraccedilatildeo no estabelecimento de conteuacutedos de novas qualificaccedilotildees normas e curriacuteculos e correspondecircncia dos programas de EFP com as necessidades da economia (Agecircncia Europeia 2014 paacuteg 23) A niacutevel individual os alunos com necessidades educativas especiais recebem assistecircncia educativa (por exemplo tecnologia de apoio inteacuterpretes de liacutengua gestual materiais de aprendizagem de elaboraccedilatildeo especial escribas ou outras formas de assistecircncia praacutetica) especial para tornar os curriacuteculos de EFP acessiacuteveis (ibid paacuteg 15)

Os niacuteveis regionais (ou seja condados freguesias municiacutepios proviacutencias federais) satildeo fundamentais para garantir o melhor ajuste entre os objetivos educativos e as necessidades do mercado de trabalho Os conselhos consultivos regionais desempenham um papel ativo na atualizaccedilatildeo da estrutura dos programas educativos no acircmbito da sua responsabilidade regional e em cooperaccedilatildeo com os parceiros sociais Desempenham um papel importante na possibilidade de flexibilizaccedilatildeo dos percursos dos alunos

As instituiccedilotildees de EFP satildeo lideradas por diferentes agecircncias nos paiacuteses europeus tais como autoridades locais organizaccedilotildees natildeo governamentais setor privado etc Nos paiacuteses europeus analisados as principais responsabilidades pelo financiamento cabem agraves entidades estatais e governamentais a niacutevel regional ou municipal Aleacutem disso na maioria dos paiacuteses os criteacuterios de financiamento satildeo diferentes dependendo do tipo de propriedade (puacuteblicaprivada) vigente no paiacutes Outras medidas destinadas a promover o emprego entre os alunos com NEE satildeo o pagamento do custo do serviccedilo de emprego apoiado a isenccedilatildeo do pagamento de pensatildeo e seguro de invalidez uma recompensa para casos em que a quota eacute ultrapassada ajudas financeiras aos trabalhadores com incapacidades que se estabelecem como empresaacuterios reduccedilatildeo nos pagamentos agrave seguranccedila social reduccedilatildeo de impostos pelo emprego de jovens alunos com NEE ou preacutemios anuais por boas praacuteticas Existem tambeacutem programas que permitem que os alunos entrem no mercado de trabalho mantendo uma percentagem do seu subsiacutedio social de origem (por exemplo subsiacutedio de invalidez) que natildeo estaacute sujeito agrave tributaccedilatildeo ou cobertura social Os funcionaacuterios tambeacutem seriam autorizados a manter laquobenefiacutecios

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 24

secundaacuteriosraquo (por exemplo subsiacutedio para combustiacutevel cartatildeo meacutedico) durante um determinado periacuteodo de tempo

Tecnologias de Informaccedilatildeo e Comunicaccedilatildeo (TIC)

Sem duacutevida as TIC acessiacuteveis podem atuar como um facilitador para a igualdade de participaccedilatildeo em atividades educativas para diversos alunos com NEE Os estudantes com SEN destacaram a importacircncia das TIC durante a Audiccedilatildeo do Parlamento Europeu em 2011

No nosso paiacutes existe uma organizaccedilatildeo que fornece materiais especiais e tecnologias de informaccedilatildeo A escola pode pedir as ajudas teacutecnicas a essa organizaccedilatildeo e os alunos podem levaacute-las para casa Quando deixam de precisar dessas ajudas teacutecnicas estas podem ser usadas por outros alunos nas mesmasou noutras escolas Eacute muito importante ter ajudas teacutecnicas e apoio (Agecircncia Europeia 2012a paacuteg 14)

Poreacutem

O facto de o impulso para a equidade na educaccedilatildeo atraveacutes do apoio de TIC acessiacuteveis estar a ser ofuscado por desenvolvimentos econoacutemicos negativos reforccedila a ideia de que as poliacuteticas europeias e internacionais globais devem continuar a assumir uma lideranccedila estaacutevel neste campo (Agecircncia Europeia 2013 paacuteg 24)

Neste contexto a aquisiccedilatildeo pode ser considerada um mecanismo de financiamento se a acessibilidade for um preacute-requisito incorporado A acessibilidade deve ser um princiacutepio orientador para a aquisiccedilatildeo de todos os bens e serviccedilos

O acesso a TIC apropriadas em diferentes contextos de aprendizagem ao longo da vida ndash incluindo em casa ndash requer muitas vezes a contribuiccedilatildeo de profissionais de diferentes aacutereas hellip Isto envolve a coordenaccedilatildeo entre indiviacuteduos serviccedilos e muitas vezes poliacuteticas para diferentes setores de trabalho Tambeacutem envolve abordagens flexiacuteveis para o financiamento das TIC com possibilidades de tomada de decisotildees a niacutevel local quanto agraves despesas relacionadas com as necessidades identificadas localmente (Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO e Agecircncia Europeia 2011 paacuteg 88)

Para concluir

Eacute necessaacuterio considerar quatro requisitos no que diz respeito aos sistemas de financiamento para garantir que estes sistemas sustentam totalmente os objetivos da poliacutetica educativa

Colocar a teoria em praacutetica 25

A poliacutetica de financiamento apoia totalmente a educaccedilatildeo inclusiva Isto inclui o desenvolvimento de poliacuteticas fiscais que criem incentivos ao inveacutes de desincentivos agrave oferta de colocaccedilotildees e de serviccedilos de inclusatildeo Embora exista uma seacuterie de bases alternativas para financiar alunos com NEE o financiamento per capita parece ser o mais promissor para satisfazer o requisito estabelecido

A poliacutetica de financiamento baseia-se totalmente nas necessidades educativas Os montantes individuais de financiamento per capita podem ser determinados atraveacutes de anaacutelises de custos que mostram os custos relativos de disponibilizar aos alunos condiccedilotildees especiais selecionadas

A poliacutetica de financiamento facilita totalmente respostas flexiacuteveis eficazes e eficientes agraves necessidades Em vez de financiar ou fornecer recursos especiacuteficos por exemplo tipos preacute-determinados de pessoal equipamentos ou instalaccedilotildees o financiamento per capita aloca recursos monetaacuterios promovendo a flexibilidade no uso local

A poliacutetica de financiamento promove totalmente o apoio de serviccedilos relacionados e a necessaacuteria colaboraccedilatildeo intersectorial

Em geral as estruturas de incentivo devem assegurar a disponibilizaccedilatildeo de mais fundos se uma crianccedila for colocada num contexto inclusivo sendo necessaacuteria uma maior ecircnfase nos resultados (natildeo apenas acadeacutemicos)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 26

DADOS FIAacuteVEIS

Introduccedilatildeo

A Convenccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiecircncia (CDPD) bem como a Estrateacutegia Europeia para a Deficiecircncia 2010ndash2020 e o quadro estrateacutegico Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo 2020 relativo agrave equidade na educaccedilatildeo satildeo impulsionadores-chave para a educaccedilatildeo inclusiva nos paiacuteses A CDPD da ONU apela aos Estados Partes para

hellip recolher informaccedilatildeo apropriada incluindo dados estatiacutesticos e de investigaccedilatildeo que lhes permitam formular e implementar poliacuteticas que visem dar efeito agrave presente Convenccedilatildeo (Naccedilotildees Unidas 2006 Artigo 31ordm)

e hellip Os Estados Partes devem em conformidade com os seus sistemas juriacutedico e administrativo manter fortalecer nomear ou estabelecer a niacutevel interno uma estrutura que inclua um ou mais mecanismos independentes conforme apropriado com vista a promover proteger e monitorizar a implementaccedilatildeo da presente Convenccedilatildeo (ibid Artigo 33ordm)

Existe a consciencializaccedilatildeo disseminada de que a criaccedilatildeo de poliacuteticas com base em evidecircncias eacute essencial para o desenvolvimento a longo prazo dos sistemas de educaccedilatildeo inclusiva Decisores poliacuteticos especialistas em estatiacutestica e investigadores reconhecem a necessidade de uma recolha de dados a niacutevel nacional que natildeo soacute responda agraves exigecircncias das orientaccedilotildees poliacuteticas internacionais mas que tambeacutem obedeccedila a uma abordagem comum que promova uma sinergia de esforccedilos a niacutevel nacional e internacional O trabalho da Agecircncia demonstrou que existem apelos para a disponibilizaccedilatildeo de ampla informaccedilatildeo para os decisores poliacuteticos e para a adoccedilatildeo pelas diferentes organizaccedilotildees tanto a niacutevel nacional como europeu de uma variedade de abordagens complementares para a recolha de dados Poreacutem embora a necessidade de tais dados seja clara os melhores meacutetodos e procedimentos de recolha e anaacutelise dos mesmos satildeo muito menos claros

Em resultado do trabalho da Agecircncia ndash mais especificamente das atividades dos projetos Desenvolvimento de um conjunto de indicadores ndash para a educaccedilatildeo inclusiva na Europa (Kyriazopoulou e Weber 2009) e Mapeamento da Implementaccedilatildeo de Poliacuteticas para a Educaccedilatildeo Inclusiva (MIPIE) (Agecircncia Europeia 2011a) ndash emergem cinco requisitos-chave de poliacuteticas relativos agrave recolha de dados no que concerne agrave necessidade de evidecircncias sobre a educaccedilatildeo inclusiva a niacutevel nacional

bull necessidade de recolha de dados nacionais ancorada nos acordos internacionais e europeus

Colocar a teoria em praacutetica 27

bull necessidade de compreender o impacto das diferenccedilas nos sistemas educativos dos paiacuteses

bull necessidade de analisar a efetividade da educaccedilatildeo inclusiva

bull necessidade de recolha de dados que forneccedila evidecircncias sobre a garantia de qualidade e

bull necessidade de acompanhar o progresso dos alunos a longo prazo Os decisores poliacuteticos precisam de dados qualitativos e quantitativos que os informem sobre a qualidade da educaccedilatildeo prestada aos alunos com necessidades educativas especiais Estas mensagens principais refletem uma recomendaccedilatildeo central do Relatoacuterio Mundial sobre Deficiecircncia (Organizaccedilatildeo Mundial de SauacutedeBanco Mundial 2011) a necessidade de os paiacuteses desenvolverem os sistemas de recolha de dados quantitativos existentes e de simultaneamente realizarem investigaccedilotildees qualitativas aprofundadas e especiacuteficas sobre o custoshyeficaacutecia e sobre outras questotildees relacionadas com a garantia da qualidade

O projeto MIPIE apela ao desenvolvimento de um quadro comum para a recolha de dados construiacutedo com base nos procedimentos nacionais existentes e nos acordos internacionais sobre recolha de dados e procedimentos hellip Podem ser identificadas trecircs dimensotildees para uma estrutura comum

- A mudanccedila para um sistema de recolha de dados baseado em conceitos e definiccedilotildees comuns

- A recolha de evidecircncias que conduzam a niacuteveis de referecircncia quantitativos e qualitativos

- O uso de uma estrutura multiniacutevel para analisar as poliacuteticas a niacuteveis nacional e internacional (Agecircncia Europeia 2011a paacuteg 11)

Uma tal abordagem eacute necessaacuteria para apoiar os paiacuteses no desenvolvimento de uma laquorecolha de dados que permita monitorizar os direitos dos alunos bem como para monitorizarem a eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusivaraquo (ibid)

Monitorizaccedilatildeo dos direitos dos alunos

No acircmbito de uma estrutura abrangente para o mapeamento das questotildees relacionadas com os direitos devem ser identificados indicadores quantitativos e qualitativos referentes a diversos fatores

(i) Participaccedilatildeo na educaccedilatildeo e formaccedilatildeo

O relatoacuterio da Agecircncia sobre a Intervenccedilatildeo precoce na infacircncia sugere que

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 28

Os decisores poliacuteticos devem ter mecanismos para avaliar a solicitaccedilatildeo de serviccedilos de IPI e mecanismos eficazes que verifiquem se a prestaccedilatildeo de serviccedilos responde ao solicitado para se poder planear a melhoria do serviccedilo Deve ser desenvolvida uma forma sistemaacutetica de recolha e de monitorizaccedilatildeo de dados fiaacuteveis a niacutevel nacional (Agecircncia Europeia 2010 paacuteg 40)

No relatoacuterio Participaccedilatildeo na Educaccedilatildeo Inclusiva afirma-se que Embora os governos nacionais e locais jaacute recolham dados importantes sobre a educaccedilatildeo pouco se sabe sobre a participaccedilatildeo hellip Atualmente a maior parte dos dados recolhidos para fins de monitorizaccedilatildeo satildeo dados estatiacutesticos sobre a inscriccedilatildeo e a conclusatildeo da escolaridade hellip Poucos paiacuteses tecircm meacutetodos sistemaacuteticos de recolha anaacutelise e interpretaccedilatildeo de dados qualitativos sobre a participaccedilatildeo a niacutevel individual em sala de aula e na escola embora os relatoacuterios escolares de autorrevisatildeo e de inspeccedilatildeo respondam muitas vezes a questotildees de participaccedilatildeo e inclusatildeo (Agecircncia Europeia 2011d paacuteg 19)

Este relatoacuterio tambeacutem destaca alguns dos perigos potenciais associados agrave recolha de dados em relaccedilatildeo agrave participaccedilatildeo

hellip estruturas criadas para acompanhar as crianccedilas com necessidades educativas especiais podem funcionar como barreiras agrave sua participaccedilatildeo e sucesso marcando estas crianccedilas como diferentes Uma consequecircncia natildeo intencional de categorizar algumas crianccedilas para monitorizar a sua participaccedilatildeo pode gerar um paradoxo o que resulta na celebraccedilatildeo de acordos separados para a sua educaccedilatildeo (ibid paacuteg 17ndash18)

(ii) Acesso ao apoio e agrave adaptaccedilatildeo

Trecircs estudos da Agecircncia consideraram diferentes aspetos de apoio para os alunos com NEE A revisatildeo da literatura do projeto Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional cita Redley (2009)

Natildeo existem dados nacionais fiaacuteveis sobre o nuacutemero de organizaccedilotildees que oferecem emprego apoiado ou o nuacutemero de pessoas com dificuldades de aprendizagem empregadas nelas e o governo natildeo participa neste processo (Agecircncia Europeia 2012f paacuteg 41)

O estudo conjunto da Agecircncia realizado com o Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO que analisa o uso das TIC na educaccedilatildeo das pessoas com incapacidades defende que

Tanto em relaccedilatildeo agrave Convenccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas (2006) como em relaccedilatildeo agrave poliacutetica regional (ou seja europeia) e nacional haacute uma necessidade de informaccedilatildeo mais detalhada ligada agrave monitorizaccedilatildeo de indicadores e benchmarks qualitativos e quantitativos sobre as TIC na educaccedilatildeo para pessoas

Colocar a teoria em praacutetica 29

com incapacidades (Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO e Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011 paacuteg 93)

Em relaccedilatildeo agrave acessibilidade da informaccedilatildeo para a aprendizagem as recomendaccedilotildees do projeto i-access da Agecircncia defendem que

A conformidade [acessibilidade] agrave poliacutetica deve ser sistematicamente monitorizada A monitorizaccedilatildeo da conformidade soacute pode ser incentivada nomomento presente mas deve ser alargada hellip Eacute necessaacuterio recolher dados quantitativos e qualitativos sistemaacuteticos o que deve tambeacutem envolver os utilizadores finais de informaccedilatildeo acessiacutevel Poreacutem a monitorizaccedilatildeo do progresso natildeo se pode limitar a afericcedilatildeo numeacuterica mas deve incluir a possibilidade de recolher exemplos de boas praacuteticas que poderiam servir de modelo para outros paiacuteses e organizaccedilotildees (Agecircncia Europeia 2012e paacuteg 40ndash 41)

(iii) Oportunidades para o sucesso na aprendizagem e na transiccedilatildeo Dois grandes projetos da Agecircncia tiveram em linha de conta a transiccedilatildeo da escola para o emprego Ambos apontam para a falta de dados fiaacuteveis neste campo O projeto Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego sugeriu que

Os dados nacionais dos paiacuteses apenas incluem pessoas registadas como desempregadas mas uma alta percentagem de pessoas com necessidades especiais natildeo estaacute registada ndash elas natildeo tecircm sequer a oportunidade de conseguir o primeiro emprego (Agecircncia Europeia 2002a paacuteg 2)

O estudo de acompanhamento (Agecircncia Europeia 2006) natildeo refere quaisquer desenvolvimentos nesta aacuterea

(iv) Oportunidades de integraccedilatildeo

O estudo da Agecircncia com foco na diversidade multicultural destaca a falta de dados em relaccedilatildeo a um fator importante de integraccedilatildeo ndash antecedente de imigraccedilatildeo dos alunos com NEE

Muitos paiacuteses envolvidos no projeto referiram que natildeo existem dados atualizados sobre os alunos com NEE e de origem imigrante Diversas agecircncias governamentais tecircm responsabilidades diferentes e natildeo haacute coordenaccedilatildeo na recolha de dados Haacute outras razotildees para a falta de dados Alguns paiacuteses natildeo tecircm estatiacutesticas oficiais sobre a origem das pessoas para aleacutem do paiacutes de nascimento uma vez que eacute proibido o tratamento de dados pessoais que identifiquem a raccedila a origem eacutetnica a incapacidade ou crenccedila religiosa Em outros paiacuteses natildeo haacute recolha sistemaacutetica de dados relativos a alunos com NEE

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 30

ou a alunos com NEE e de origem imigrante a niacutevel nacional ou local (Agecircncia Europeia 2009a paacuteg 30)

Monitorizaccedilatildeo da eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusiva

Dados que examinam a eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusiva tecircm em conta questotildees de custo-eficaacutecia bem como diversas aacutereas relacionadas com as experiecircncias de educaccedilatildeo dos alunos procedimentos de avaliaccedilatildeo inicial o envolvimento contiacutenuo dos alunos e das suas famiacutelias em experiecircncias educativas e a eficaacutecia de ambientes de aprendizagem na superaccedilatildeo das barreiras e apoio de experiecircncias de aprendizagem significativas para todos os alunos

O estudo da Agecircncia relativo ao Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos realccedila que eacute necessaacuterio apoiar as escolas com

hellip aconselhamento sobre como pode ser usada a informaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo ndash particularmente a da avaliaccedilatildeo estandardizada recolhida para fins de monitorizaccedilatildeo nacional ndash para melhorar as praacuteticas com todos os alunos incluindo os que apresentam NEE (Watkins 2007 paacuteg 60)

O relatoacuterio designado Elevar o Sucesso de Todos os Alunos defende que

Para avanccedilar para uma maior equidade na educaccedilatildeo satildeo necessaacuterios indicadores de sucesso adequados agrave comunidade local focalizados no input recursos processos e outputresultados Embora a informaccedilatildeo (incluindo dados) deva ser usada para direcionar o apoio e acompanhar o sucesso de poliacuteticas e praacuteticas inclusivas eacute necessaacuterio cuidado para que os sistemas de responsabilidade natildeo causem inadvertidamente alteraccedilotildees inadequadas (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 22)

Este estudo destaca potenciais dificuldades inerentes

No clima atual o desenvolvimento de mecanismos de responsabilidade adequados e de formas de medir o sucesso valorizado e monitorizar a equidade apresentam muitos desafios Apesar da procura de dados concretos Fullan (2011) adverte que laquoas estatiacutesticas satildeo um servo maravilhoso mas um mestre terriacutevelraquo (paacuteg 127) e Hargreaves e Shirley (2009) enfatizam a necessidade de colocar a responsabilidade antes da prestaccedilatildeo de contas Sugerem que a prestaccedilatildeo de contas deve laquoservir de consciecircncia por meio de amostragemraquo e que deve ser realizado um ataque laquoaos excessos de padronizaccedilatildeo testada que negam a diversidade e destroem a criatividaderaquo (paacuteg 109) (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 22)

Dentro do projeto MIPIE argumentou-se que a monitorizaccedilatildeo da eficaacutecia dos sistemas de educaccedilatildeo inclusiva tambeacutem incluiria uma anaacutelise da eficaacutecia da formaccedilatildeo de professores (Agecircncia Europeia 2011a) O relatoacuterio do projeto TE4I

Colocar a teoria em praacutetica 31

destaca uma seacuterie de questotildees relacionadas com a disponibilidade de dados nesta aacuterea Relativamente agrave representaccedilatildeo de professores de grupos minoritaacuterios

A maior parte dos paiacuteses que natildeo recolhe dados refere curiosamente uma subshyrepresentaccedilatildeo de pessoas com deficiecircncia e pertencentes a grupos minoritaacuterios entre os professores estagiaacuterios e os professores diplomados e a situaccedilatildeo parece ser idecircntica entre os formadores de professores (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 22)

O relatoacuterio tambeacutem indica a necessidade de dados que levam a mudanccedilas com base em evidecircncias

A falta de investigaccedilatildeo em larga escala e de investigaccedilatildeo cumulativa bem como de evidecircncia empiacuterica na formaccedilatildeo de professores para a inclusatildeo foi referida pela OCDE (2010) hellip esta investigaccedilatildeo poderaacute garantir a existecircncia dum corpo de evidecircncias que possam dar forma agrave mudanccedila No presente relatoacuterio os exemplos realccedilam algumas questotildees-chave da pesquisa incluindo

- A eficaacutecia de diferentes rotas no ensino - Abordagens agrave formaccedilatildeo de professores e ao curriacuteculo da FIP e

- O papel dos cursos separados integrados e unificados e a melhor maneira de passar dum curso contiacutenuo para um uacutenico curso de formaccedilatildeo de professores que prepare todos os professores para a diversidade (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 68)

O projeto MIPIE defende que

A niacutevel da escola a recolha de dados deve

- Fornecer informaccedilatildeo que permitam aos professores e funcionaacuterios da escola planear e prestar o apoio e os recursos adequados

- Fornecer ideias claras sobre a participaccedilatildeo ativa dos pais e alunos no processo educativo (Agecircncia Europeia 2011a paacuteg 13)

Para que isto seja possiacutevel

Satildeo necessaacuterias sinergias a niacutevel nacional entre os principais intervenientes baseadas num claro racional para a recolha de dados considerando os dados a niacutevel nacional regional escola e sala de aula para que os dados globais do paiacutes efetivamente possam refletir a praacutetica (ibid paacuteg 14)

Para concluir a provisatildeo dos dados pode contribuir efetivamente para a elaboraccedilatildeo de poliacuteticas para a educaccedilatildeo inclusiva Haacute uma exigecircncia crescente ndash a niacutevel internacional europeu e nacional ndash para a responsabilidade e tecircm vindo a crescer comparaccedilotildees laquoentre escolasraquo e laquoentre naccedilotildeesraquo O surgimento de laquograndes dadosraquo

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 32

(meta-anaacutelises de conjuntos de dados e fontes combinadas) apresenta oportunidades mas tambeacutem desafios reais para a educaccedilatildeo inclusiva

Os apelos para a poliacutetica e alocaccedilatildeo de recursos baseada em evidecircncias reforccedilam a necessidade de dados significativos relacionados com todos os alunos Eacute necessaacuterio saber que alunos estatildeo a receber que serviccedilos quando e onde (contando todos os alunos) Tambeacutem eacute necessaacuterio ter dados sobre a qualidade dos serviccedilos e os resultados obtidos (considerando a praacutetica)

Um grande desafio para a recolha de dados estaacute em evitar classificar categorizar e rotular os alunos de modo a fornecer informaccedilatildeo sobre a provisatildeo que recebem As laquopluralidadesraquo das definiccedilotildees aplicadas a alunos e a laquopoliacuteticaraquo dos sistemas de rotulagem natildeo podem ser ignoradas nem os efeitos a que esses sistemas de rotulagem e definiccedilotildees conduzem

Fazer as perguntas certas em termos de poliacuteticas eacute o ponto de partida para a recolha de dados que servem de base significativa para as poliacuteticas

Colocar a teoria em praacutetica 33

OLHAR EM FRENTE

O primeiro objetivo da conferecircncia em novembro de 2013 foi refletir e resumir o trabalho da Agecircncia ao longo da uacuteltima deacutecada As cinco mensagens-chave descritas nos capiacutetulos anteriores destacam aspetos criacuteticos no que se refere agrave educaccedilatildeo inclusiva Baseiam-se nos resultados da anaacutelise aprofundada de temas-chave decididos pelos paiacuteses membros da Agecircncia O segundo objetivo da conferecircncia foi olhar em frente explorando a forma como o trabalho da Agecircncia pode prestar um melhor apoio aos paiacuteses membros ajudandoos a melhorar a qualidade e a eficaacutecia das suas respostas inclusivas para alunos com incapacidades eou necessidades educativas especiais A Agecircncia estaacute disposta a ajudar os paiacuteses de uma forma mais concreta com a implementaccedilatildeo dos resultados do nosso trabalho Isso significa disponibilizar recomendaccedilotildees de poliacutetica que sejam mais diretamente aplicaacuteveis aos decisores poliacuteticos para apoiar alteraccedilotildees futuras e desenvolvimentos poliacuteticos

A Agecircncia estaacute consciente de que o trabalho jaacute realizado estaacute de acordo e apoia diretamente todas as iniciativas de poliacuteticas europeias e internacionais em termos de educaccedilatildeo equidade igualdade de oportunidades e direitos para pessoas com incapacidades eou necessidades educativas especiais O trabalho da Agecircncia fornece recomendaccedilotildees claras e coerentes sobre como as poliacuteticas-chave nestas aacutereas podem ser implementadas na praacutetica A Agecircncia pretende proporcionar aos paiacuteses informaccedilatildeo sobre o progresso alcanccedilado nos objetivos propostos em termos de (a) metas de Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo para 2020 e (b) Convenccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiecircncia (2006) bem como vaacuterias diretivas e comunicaccedilotildees da Uniatildeo Europeia Eacute necessaacuteria orientaccedilatildeo sobre o modo como a educaccedilatildeo inclusiva pode ser implementada a niacutevel do professor sala de aula escola regiatildeo municiacutepio e poliacutetica nacional A Agecircncia tem capacidade para disponibilizar aos paiacuteses orientaccedilotildees sobre formas de implementaccedilatildeo da educaccedilatildeo inclusiva e como isto afeta a qualidade geral da educaccedilatildeo As discussotildees durante a conferecircncia bem como as discussotildees aprofundadas no acircmbito da Agecircncia orientaratildeo esta nova etapa no trabalho da Agecircncia

shy

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 34

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 1999 Financing of Special Needs Education ndash A seventeen-country Study of the Relationship between Financing of Special Needs Education and Inclusion [Financiamento da Educaccedilatildeo Especial ndash Um estudo de dezassete paiacuteses da Relaccedilatildeo entre o Financiamento da Educaccedilatildeo Especial e a Inclusatildeo] Middelfart Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2002a Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Princiacutepios-chave e Recomendaccedilotildees para R esponsaacuteveis Poliacuteticos Middelfart Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanagencyorgsitesdefaultfilestransition_transition_pttextpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2002b Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Principais problemas questotildees e opccedilotildees enfrentadas pelos alunos com necessidades educativas especiais em 16 paiacuteses Europeus Relatoacuterio Siacutentese Middelfart Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanagencyorgsitesdefaultfilestransition-from-school-to-employment_Transitionptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2003 Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula Relatoacuterio Siacutentese Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanagencyorgsitesdefaultfilesinclusive-education-and-classroom-practices_iecpptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2005 Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula nos 2ordm e 3ordm Ciclos do Ensino Baacutesico Relatoacuterio Siacutentese Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesinclusive-educationand-classroom-practice-in-secondary-education_iecp_secondary_ptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2006 Planos Individuais de Transiccedilatildeo Apoiar a Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesindividual-transitionplans_itp_ptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

shy

shyshy

shyshy

shy

shy

Colocar a teoria em praacutetica 35

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2009a Diversidade multicultural e necessidades especiais de educaccedilatildeo Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfilesmulticultural-diversity-and-special-needsshyeducation_Multicultural-Diversity-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2009b Princiacutepiosshychave para a Promoccedilatildeo da Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva ndash Recomendaccedilotildees para Decisores Poliacuteticos Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportskeyshyprinciples-for-promoting-quality-in-inclusive-educationkey-principles-PTpdf(Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2010 Intervenccedilatildeo Precoce na Infacircncia ndash Progressos e Desenvolvimentos 2005ndash2010 Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesearly-childhood-interventionshyprogress-and-developments_ECI-report-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011a Mapeamento da Implementaccedilatildeo de Poliacuteticas para a Educaccedilatildeo Inclusiva Uma anaacutelise dos desafios e oportunidades para o desenvolvimento de indicadores Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httphttpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesmipie_MIPIE-summaryshyof-proposals-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011b Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo na Europa ndash Desafios e Oportunidades Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfileste4i-challenges-and-opportunities_TE4I-Synthesis-Report-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011c Princiacutepios-Chave para a Promoccedilatildeo da Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva ndash Recomendaccedilotildees para Decisores Poliacuteticos Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfilesinclusive-education-and-classroom-practices_iecpshyptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011d Participation in Inclusive Education ndash A Framework for Developing Indicators [Participaccedilatildeo na Educaccedilatildeo inclusiva ndash Um Quadro para o Desenvolvimento de Indicadores] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 36

agencyorgpublicationsereportsparticipation-in-inclusive-education-a-frameworkshyfor-developing-indicatorsParticipation-in-Inclusive-Educationpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012a Perspetivas dos Jovens sobre Educaccedilatildeo Inclusiva Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfilesyoung-views-on-inclusive-education_YoungViews-2012PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012b Perfil de Professores Inclusivos Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfileste4i-profile-of-inclusive-teachers_Profile-of-InclusiveshyTeachers-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012c Raising Achievement for All Learners ndash Quality in Inclusive Education [Elevar o Sucesso de Todos os Alunos ndash Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva] Relatoacuterio sobre a conferecircncia realizada em Odense Dinamarca de 13 a 15 de junho de 2012 Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesRA4AL-conference-reportpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014) Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012d Raising Achievement for All Learners ndash Quality in Inclusive Education [Elevar o Sucesso de Todos os Alunos ndash Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httphttpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesra4al-keyshymessages_RA4AL-summary-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012e Promoting Accessible Information for Lifelong Learning Recommendations and findings of the i-access project [Promover o Acesso agrave Informaccedilatildeo para a Aprendizagem ao Longo da Vida Recomendaccedilotildees e observaccedilotildees do projeto i-access] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportsi-accessi-accessshyreportpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012f Vocational Education and Training Policy and Practice in the field of Special Needs Education ndash Literature Review [Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional (EFP) Poliacutetica e Praacutetica no campo da Educaccedilatildeo Especial ndash Revisatildeo da Literatura] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Colocar a teoria em praacutetica 37

agencyorgagency-projectsvocational-education-and-trainingvet-filesVETshyLiteratureReviewpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012g Teacher Education for Inclusion Project Recommendations linked to Sources of Evidence [Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo Recomendaccedilotildees do Projeto Ligadas a Fontes de Evidecircncias] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgagencyshyprojectsTeacher-Education-for-Inclusionsources-of-evidencepdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2013 European and International Policy Supporting ICT for Inclusion [Poliacutetica Europeia e Internacional para Uso das TIC como Apoio para a Inclusatildeo] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfileseuropean-and-internationalshypolicy-supporting-ict-for-inclusion_policy-supporting-ict-for-inclusionpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para as Necessidades Especiais e a Educaccedilatildeo Inclusiva 2014 Vocational Education and Training ndash Summary of Country Information [Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional ndash Resumo de Informaccedilatildeo do Paiacutes] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para as Necessidades Especiais e a Educaccedilatildeo Inclusiva httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesVET Summary of Country information 2014pdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Bennett S e Gallagher TL 2012 The Delivery of Education Services for Students who have an Intellectual Disability in the Province of Ontario [A prestaccedilatildeo de serviccedilos de ensino para alunos com incapacidade intelectual na proviacutencia de Ontaacuterio] Toronto Community Living Ontario

Chapman C Ainscow M Miles S e West M 2011 Leadership that promotes the achievement of students with special educational needs and disabilities [Lideranccedila que promove o sucesso de alunos com necessidades educativas especiais e incapacidades] Nottingham National College for School Leadership

Comissatildeo das Comunidades Europeias 2008 Livro Verde ndash Migraccedilatildeo e mobilidade desafios e oportunidades para os sistemas educativos da UE SEC(2008) 2173 COM20080423 final Bruxelas Comissatildeo das Comunidades Europeias

Conselho da Uniatildeo Europeia 2010 Conclusotildees do Conselho sobre a dimensatildeo social da educaccedilatildeo e da formaccedilatildeo 3013ordf Reuniatildeo do Conselho de EDUCACcedilAtildeO JUVENTUDE E CULTURA Bruxelas 11 de maio de 2010 httpeurshylexeuropaeulegal-contentPTTXTPDFuri=CELEX52010XG0526(01)ampfrom=PT(Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 38

Farrell P Dyson AS Polat F Hutcheson G e Gallannaugh F 2007 laquoSEN inclusion and pupil achievement in English schoolsraquo [Inclusatildeo de crianccedilas com NEE e sucesso dos alunos nas escolas inglesas] Journal of Research in Special Educational Needs 7 (3) 172ndash178

Frilseth L 2012 The Norwegian Model for Education for All in Upper Secondary School [O Modelo Norueguecircs para a Educaccedilatildeo para Todos no Ensino Secundaacuterio] Direccedilatildeo Norueguesa para Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo httpwwweuropeanshyagencyorgagency-projectsra4alra4al-seminar-pdfNorway-L-Frilsethpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Fullan M 2011 Change Leader Learning to do what matters most [Liacuteder de Mudanccedila aprender a fazer o que mais importa] San Francisco Jossey-Bass de Graaf G van Hove G e Haveman M 2011 laquoMore academics in regular schools The effect of regular versus special school placement on academic skills in Dutch primary school students with Down syndromeraquo [Mais acadeacutemicos nas escolas regulares O efeito da colocaccedilatildeo em escola regular versus escola especial nas competecircncias acadeacutemicas em alunos holandeses do ensino primaacuterio com siacutendrome de Down] Journal of International Disability Research December 2011 57(1) 21ndash38 doi 101111j1365-2788201101512x

Hargreaves A e Shirley D 2009 The Fourth Way ndash The inspiring future for educational change [A Quarta Via ndash O futuro inspirador para a mudanccedila educativa] Publicaccedilatildeo conjunta do Ontario Principalsrsquo Council e do National Staff Development Council Thousand Oaks CA Corwin Press

Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO e Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011 ICTs in Education for People with Disabilities Review de innovative practice [TIC na Educaccedilatildeo para Pessoas com Incapacidades revisatildeo da praacutetica inovadora] Moscovo Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO httpwwweuropeanshyagencyorgpublicationsereportsICTs-in-Education-for-People-WithshyDisabilitiesReview-of-Innovative-Practice (Uacuteltimo acesso em julho de 2014) Kalambouka A Farrell P Dyson A e Kaplan I 2005 The impact of population inclusivity in schools on student outcomes [O impacto da inclusividade da populaccedilatildeo em escolas nos resultados dos alunos] Research Evidence in Education Library London EPPI-Centre Social Science Research Unit Institute of Education University of London Kyriazopoulou M e Weber H (eds) 2009 Desenvolvimento de um conjunto de indicadores ndash para a educaccedilatildeo inclusiva na Europa Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Colocar a teoria em praacutetica 39

agencyorgsitesdefaultfilesdevelopment-of-a-set-of-indicators-for-inclusiveshyeducation-in-europe_indicators-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

MacArthur J 2009 Learning Better Together Working towards inclusive education in New Zealand schools [Aprender Melhor Juntos trabalhar para a educaccedilatildeo inclusiva nas escolas da Nova Zelacircndia] Wellington IHC

MacArthur J Kelly B Sharp S amp Gaffney M 2005 Participation or exclusion Disabled childrenrsquos experiences of life at school [Participaccedilatildeo ou exclusatildeo Experiecircncias de vida na escola de crianccedilas com incapacidades] Um artigo apresentado na laquoChildrenrsquos Issues Conferenceraquo Dunedin Nova Zelacircndia julho de 2005 Menter I Hulme M Elliott D e Lewin J 2010 Literature Review on Teacher Education in the 21st Century [Revisatildeo da Literatura sobre a Formaccedilatildeo de Professores no Seacuteculo XXI] Scottish Government Social Research Edimburgo Scottish Government

Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para a Educaccedilatildeo Ciecircncia e Cultura 2009 Policy Guidelines on Inclusion in Education [Diretrizes da Poliacutetica sobre Inclusatildeo na Educaccedilatildeo] Paris UNESCO

Organizaccedilatildeo Mundial de SauacutedeBanco Mundial 2011 World Report on Disability [Relatoacuterio Mundial sobre Deficiecircncia] Genebra Ediccedilotildees OMS httpwwwwhointdisabilitiesworld_report2011enindexhtml (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Organizaccedilatildeo para a Cooperaccedilatildeo e Desenvolvimento Econoacutemico 2011 PISA in Focus Improving Performance Leading from the Bottom [PISA agrave Lupa Melhorar os Resultados Progedir ateacute ao Topo] 20112 (Marccedilo) Paris OCDE Redley M 2009 laquoUnderstanding the social exclusion and stalled welfare of citizens with learning disabilitiesraquo [Compreender a exclusatildeo social e o bem-estar sem progresso dos cidadatildeos com dificuldades de aprendizagem] Disability amp Society 24(4) 489ndash501

Naccedilotildees Unidas 2006 Convenccedilatildeo sobre os Direitos das Pessoas com Deficiecircncia Nova Iorque Naccedilotildees Unidas

Watkins A (ed) 2007 Assessment in Inclusive Settings Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos Questotildees-chave para Poliacuteticas e Praacuteticas Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportsassessment-in-inclusiveshysettings-key-issues-for-policy-and-practiceassessment-in-inclusive-settings-keyshyissues-for-policy-and-practice (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 40

Wilkinson R e Pickett K 2010 The Spirit Level Why Equality is Better para Everyone [O Niacutevel do Espiacuterito Por que a Igualdade eacute Melhor para Todos] Londres Penguin

Willms JD 2006 Learning divides Ten policy questions about the performance and equity of schools and schooling systems [A aprendizagem divide dez perguntas de poliacutetica acerca do desempenho e equidade das escolas e dos sistemas de escolaridade] Montreal Instituto de Estatiacutestica da UNESCO

Colocar a teoria em praacutetica 41

  • preacircmbulo
  • Sumaacuterio Executivo
  • O mais precocemente possiacutevel
    • Introduccedilatildeo
    • Intervenccedilatildeo precoce
    • Deteccedilatildeo e avaliaccedilatildeo precoces
    • Apoio precoce
    • Transiccedilatildeo planeada
      • A educaccedilatildeo inclusiva beneficia todos
        • Introduccedilatildeo
        • A educaccedilatildeo inclusiva como uma abordagem para elevar o sucesso para todos os alunos
        • laquoO que eacute bom para os alunos com NEE eacute igualmente bom para todos os alunosraquo
        • Monitorizaccedilatildeo do progresso
          • profissionais altamente qualificados
            • Introduccedilatildeo
            • Formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo
            • O perfil dos professores inclusivos e outros profissionais
            • Abordagens ao recrutamento
            • Atitudes positivas
            • Trabalho em rede e coordenaccedilatildeo
              • sistemas de apoio e mecanismos de financiamento
                • Introduccedilatildeo
                • Sistemas de apoio e mecanismos de financiamento
                  • Intervenccedilatildeo Precoce na Infacircncia (IPI)
                  • Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula
                  • Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional (EFP)
                  • Tecnologias de Informaccedilatildeo e Comunicaccedilatildeo (TIC)
                      • dados fiaacuteveis
                        • Introduccedilatildeo
                        • Monitorizaccedilatildeo dos direitos dos alunos
                          • (i) Participaccedilatildeo na educaccedilatildeo e formaccedilatildeo
                          • (ii) Acesso ao apoio e agrave adaptaccedilatildeo
                          • (iii) Oportunidades para o sucesso na aprendizagem e na transiccedilatildeo
                          • (iv) Oportunidades de integraccedilatildeo
                            • Monitorizaccedilatildeo da eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusiva
                              • olhar em frente
                              • REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

SISTEMAS DE APOIO E MECANISMOS DE FINANCIAMENTO

Introduccedilatildeo

Em novembro de 2011 a Agecircncia Europeia acolheu uma Audiccedilatildeo no Parlamento Europeu em Bruxelas Participaram oitenta e oito jovens com e sem necessidades educativas especiais eou incapacidades do ensino secundaacuterio e da formaccedilatildeo vocacional para debaterem o significado da educaccedilatildeo inclusiva para eles Alguns dos resultados estatildeo diretamente relacionados com questotildees de recursos e financiamento laquoA educaccedilatildeo inclusiva requer recursos adicionais como tempo e dinheiro mas cada aluno deve ter a educaccedilatildeo que querraquo (Agecircncia Europeia 2012a paacuteg 13)

O acesso fiacutesico dos edifiacutecios eacute importante (elevadores portas automaacuteticas interruptores acessiacuteveis etc) hellip No caso dos testes eacute necessaacuterio tempo extra hellip Satildeo necessaacuterios sistemas internos de apoio para os alunos com deficiecircncias (ibid paacuteg 28ndash29)

Eacute bom ter apoio de pessoas de fora da equipa da escola que possam atuar como mediadores para os alunos com necessidades especiais Havia professores que natildeo queriam cooperar no trabalho de educaccedilatildeo inclusiva para mim e para outros os professores devem aceitar todos nas suas salas de aula (ibid paacuteg 20)

Os cortes do governo estatildeo a ter impacto no apoio ndash pessoas como os mediadores estatildeo a perder os seus empregos O dinheiro estaacute a ir para as escolas mas eacute tatildeo disfuncional que significa que os professores laquonormaisraquo tecircm de prestar o apoio e eles natildeo satildeo capazes (ibid paacuteg 28)

A educaccedilatildeo inclusiva eacute muitas vezes referida como dispendiosa mas ao tentar poupar vamos acabar por pagar mais para lidar com os problemas hellip Mesmo que um paiacutes natildeo tenha muitos recursos a educaccedilatildeo inclusiva precisa de ser posta em praacutetica A educaccedilatildeo inclusiva eacute um investimento temos de investir nas pessoas (ibid paacuteg 25)

Sistemas de apoio e mecanismos de financiamento Os sistemas de apoio e mecanismos de financiamento englobam todos os niacuteveis de aprendizagem e por conseguinte abordam diversas questotildees Aleacutem disso limitar a questatildeo apenas ao campo educativo seria insuficiente

As crianccedilas e os jovens natildeo teratildeo sucesso na aprendizagem se a sua sauacutede baacutesica e as suas necessidades sociais e emocionais natildeo forem atendidas Isto pode exigir apoio para as famiacutelias e as comunidades sendo necessaacuteria a

Colocar a teoria em praacutetica 21

colaboraccedilatildeo com os serviccedilos de sauacutede e de seguranccedila social que garanta uma intervenccedilatildeo holiacutestica (Agecircncia Europeia 2011c paacuteg 17ndash18)

Existe a consciencializaccedilatildeo disseminada de que a criaccedilatildeo de poliacuteticas com base em evidecircncias eacute essencial para o desenvolvimento a longo prazo dos sistemas de educaccedilatildeo inclusiva Tal foi reconhecido no trabalho da Agecircncia logo em 1999 no acircmbito do relatoacuterio Financing of Special Needs Education [Financiamento da Educaccedilatildeo Especial] onde se defendia que

os procedimentos de avaliaccedilatildeo e monitorizaccedilatildeo nos paiacuteses podem tambeacutem ser melhorados no quadro do ensino especial Em primeiro lugar eacute importante garantir e incentivar um dispecircndio eficiente e eficaz dos fundos puacuteblicos Em segundo lugar parece ser necessaacuterio mostrar claramente aos clientes dos sistemas educativos (alunos com necessidades especiais e os seus pais) que a qualidade da educaccedilatildeo no ambiente regular (incluindo todas as instalaccedilotildees adicionais e apoio) eacute suficientemente elevada (Agecircncia Europeia 1999 paacuteg 158)

Os temas do financiamento e dos recursos foram abordados em diversos outros projetos da Agecircncia Assim as afirmaccedilotildees e os resultados que se seguem lanccedilam alguma luz sobre estas duas questotildees de pontos de vista diferentes na sequecircncia de projetos distintos levados a cabo pela Agecircncia

Intervenccedilatildeo Precoce na Infacircncia (IPI) laquoA tendecircncia comum na Europa eacute a prestaccedilatildeo de serviccedilos de IPI localizados e prestados tatildeo perto quanto possiacutevel da crianccedila e da famiacuteliaraquo (Agecircncia Europeia 2010 paacuteg 18) por exemplo no municiacutepio

Os recursos e serviccedilos de IPI devem abranger todas as famiacutelias e crianccedilas em idades precoces que deles necessitem independentemente da sua condiccedilatildeo socioeconoacutemica hellip Isto implica que os fundos puacuteblicos devem cobrir todos os custos relativos agrave IPI atraveacutes de serviccedilos puacuteblicos companhias de seguros organizaccedilotildees sem fins lucrativos etc preenchendo os padrotildees de qualidade exigidos na respetiva legislaccedilatildeo nacional para a IPI (ibid paacuteg 22) O financiamento puacuteblico para os serviccedilos de IPI geralmente vem do governo central eou federal ou dos orccedilamentos regionais eou locais Na maioria dos casos o financiamento da IPI eacute uma combinaccedilatildeo dos trecircs niacuteveis da administraccedilatildeo acima mencionados planos de seguro de sauacutede e de recursos de organizaccedilotildees sem fins lucrativos (ibid paacuteg 23)

As recomendaccedilotildees para melhorar a coordenaccedilatildeo dos serviccedilos e dos recursos da IPI incluem entre outras as seguintes

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 22

A IPI eacute muitas vezes uma aacuterea de trabalho interserviccedilos mas tambeacutem uma aacuterea interdisciplinar Os decisores poliacuteticos precisam de reconhecer isso garantindo que as poliacuteticas e as orientaccedilotildees sejam desenvolvidas conjuntamente pelos setores da sauacutede da educaccedilatildeo e da seguranccedila social e que qualquer orientaccedilatildeo escrita para os serviccedilos regionais e locais inclui os logotipos de todos os departamentos Somente desta forma o trabalho integrado seraacute filtrado aos niacuteveis regional e local (ibid paacuteg 42ndash43)

Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula

A existecircncia de diferentes modelos de gestatildeo da diferenccedila na sala de aula depende natildeo soacute de fatores ligados ao professor mas tambeacutem da forma como a escola organiza os recursos e de outros fatores externos

Esta afirmaccedilatildeo foi incluiacuteda no relatoacuterio da Agecircncia sobre Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula (Agecircncia Europeia 2003 paacuteg 8)

Eacute claro que a resposta aos alunos com necessidades educativas especiais natildeo eacute apenas uma questatildeo de recursos a niacutevel da sala de aula Importa reconhecer que a organizaccedilatildeo da escola determina igualmente a quantidade e o tipo dos recursos que os professores podem usar no ensino de alunos com NEE (ibid paacuteg 14ndash15)

A organizaccedilatildeo dos recursos no seio da escola deve corresponder ao princiacutepio da flexibilidadehellip as escolas devem ter liberdade para a utilizaccedilatildeo dos recursos financeiros de acordo com os seus proacuteprios desejos e perspetivas Deve evitarshyse a burocracia estando os recursos disponiacuteveis para todos os alunos com ou sem NEE sempre que necessaacuterio ou quando o professor assim o desejar (ibid paacuteg 16)

laquoO financiamento e respetivos incentivos desempenham um papel decisivoraquo (ibid paacuteg 17)

O modelo de financiamento baseado na avaliaccedilatildeo dos resultados (a niacutevel regional) parece ser a opccedilatildeo melhor sucedida Neste modelo os orccedilamentos destinados agraves necessidades educativas especiais satildeo atribuiacutedos pelo serviccedilo central agraves instituiccedilotildees regionais ou locais (comunidades agrupamentos de escolas) As decisotildees relativas ao financiamento e elegibilidade devem ser tomadas a niacutevel regionalhellip Um modelo descentralizado pode ser mais rentaacutevel e limitar os riscos de ver emergir formas indesejaacuteveis de comportamentosestrateacutegicos Eacute no entanto evidente que o governo central deve indicar claramente os objetivos a atingir (ibid paacuteg 18)

Colocar a teoria em praacutetica 23

Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional (EFP) A implementaccedilatildeo dos programas de EFP segue o planeamento a longo prazo no setor da educaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo com os parceiros sociais

Existe um foco no estabelecimento de ligaccedilotildees mais proacuteximas hellip para desenvolver os curriacuteculos dos programas de formaccedilatildeo profissional e para corresponder agraves abordagens e conteuacutedos educativos com as competecircncias necessaacuterias na vida laboral hellip atraveacutes da organizaccedilatildeo e realizaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo de competecircncias colaboraccedilatildeo no estabelecimento de conteuacutedos de novas qualificaccedilotildees normas e curriacuteculos e correspondecircncia dos programas de EFP com as necessidades da economia (Agecircncia Europeia 2014 paacuteg 23) A niacutevel individual os alunos com necessidades educativas especiais recebem assistecircncia educativa (por exemplo tecnologia de apoio inteacuterpretes de liacutengua gestual materiais de aprendizagem de elaboraccedilatildeo especial escribas ou outras formas de assistecircncia praacutetica) especial para tornar os curriacuteculos de EFP acessiacuteveis (ibid paacuteg 15)

Os niacuteveis regionais (ou seja condados freguesias municiacutepios proviacutencias federais) satildeo fundamentais para garantir o melhor ajuste entre os objetivos educativos e as necessidades do mercado de trabalho Os conselhos consultivos regionais desempenham um papel ativo na atualizaccedilatildeo da estrutura dos programas educativos no acircmbito da sua responsabilidade regional e em cooperaccedilatildeo com os parceiros sociais Desempenham um papel importante na possibilidade de flexibilizaccedilatildeo dos percursos dos alunos

As instituiccedilotildees de EFP satildeo lideradas por diferentes agecircncias nos paiacuteses europeus tais como autoridades locais organizaccedilotildees natildeo governamentais setor privado etc Nos paiacuteses europeus analisados as principais responsabilidades pelo financiamento cabem agraves entidades estatais e governamentais a niacutevel regional ou municipal Aleacutem disso na maioria dos paiacuteses os criteacuterios de financiamento satildeo diferentes dependendo do tipo de propriedade (puacuteblicaprivada) vigente no paiacutes Outras medidas destinadas a promover o emprego entre os alunos com NEE satildeo o pagamento do custo do serviccedilo de emprego apoiado a isenccedilatildeo do pagamento de pensatildeo e seguro de invalidez uma recompensa para casos em que a quota eacute ultrapassada ajudas financeiras aos trabalhadores com incapacidades que se estabelecem como empresaacuterios reduccedilatildeo nos pagamentos agrave seguranccedila social reduccedilatildeo de impostos pelo emprego de jovens alunos com NEE ou preacutemios anuais por boas praacuteticas Existem tambeacutem programas que permitem que os alunos entrem no mercado de trabalho mantendo uma percentagem do seu subsiacutedio social de origem (por exemplo subsiacutedio de invalidez) que natildeo estaacute sujeito agrave tributaccedilatildeo ou cobertura social Os funcionaacuterios tambeacutem seriam autorizados a manter laquobenefiacutecios

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 24

secundaacuteriosraquo (por exemplo subsiacutedio para combustiacutevel cartatildeo meacutedico) durante um determinado periacuteodo de tempo

Tecnologias de Informaccedilatildeo e Comunicaccedilatildeo (TIC)

Sem duacutevida as TIC acessiacuteveis podem atuar como um facilitador para a igualdade de participaccedilatildeo em atividades educativas para diversos alunos com NEE Os estudantes com SEN destacaram a importacircncia das TIC durante a Audiccedilatildeo do Parlamento Europeu em 2011

No nosso paiacutes existe uma organizaccedilatildeo que fornece materiais especiais e tecnologias de informaccedilatildeo A escola pode pedir as ajudas teacutecnicas a essa organizaccedilatildeo e os alunos podem levaacute-las para casa Quando deixam de precisar dessas ajudas teacutecnicas estas podem ser usadas por outros alunos nas mesmasou noutras escolas Eacute muito importante ter ajudas teacutecnicas e apoio (Agecircncia Europeia 2012a paacuteg 14)

Poreacutem

O facto de o impulso para a equidade na educaccedilatildeo atraveacutes do apoio de TIC acessiacuteveis estar a ser ofuscado por desenvolvimentos econoacutemicos negativos reforccedila a ideia de que as poliacuteticas europeias e internacionais globais devem continuar a assumir uma lideranccedila estaacutevel neste campo (Agecircncia Europeia 2013 paacuteg 24)

Neste contexto a aquisiccedilatildeo pode ser considerada um mecanismo de financiamento se a acessibilidade for um preacute-requisito incorporado A acessibilidade deve ser um princiacutepio orientador para a aquisiccedilatildeo de todos os bens e serviccedilos

O acesso a TIC apropriadas em diferentes contextos de aprendizagem ao longo da vida ndash incluindo em casa ndash requer muitas vezes a contribuiccedilatildeo de profissionais de diferentes aacutereas hellip Isto envolve a coordenaccedilatildeo entre indiviacuteduos serviccedilos e muitas vezes poliacuteticas para diferentes setores de trabalho Tambeacutem envolve abordagens flexiacuteveis para o financiamento das TIC com possibilidades de tomada de decisotildees a niacutevel local quanto agraves despesas relacionadas com as necessidades identificadas localmente (Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO e Agecircncia Europeia 2011 paacuteg 88)

Para concluir

Eacute necessaacuterio considerar quatro requisitos no que diz respeito aos sistemas de financiamento para garantir que estes sistemas sustentam totalmente os objetivos da poliacutetica educativa

Colocar a teoria em praacutetica 25

A poliacutetica de financiamento apoia totalmente a educaccedilatildeo inclusiva Isto inclui o desenvolvimento de poliacuteticas fiscais que criem incentivos ao inveacutes de desincentivos agrave oferta de colocaccedilotildees e de serviccedilos de inclusatildeo Embora exista uma seacuterie de bases alternativas para financiar alunos com NEE o financiamento per capita parece ser o mais promissor para satisfazer o requisito estabelecido

A poliacutetica de financiamento baseia-se totalmente nas necessidades educativas Os montantes individuais de financiamento per capita podem ser determinados atraveacutes de anaacutelises de custos que mostram os custos relativos de disponibilizar aos alunos condiccedilotildees especiais selecionadas

A poliacutetica de financiamento facilita totalmente respostas flexiacuteveis eficazes e eficientes agraves necessidades Em vez de financiar ou fornecer recursos especiacuteficos por exemplo tipos preacute-determinados de pessoal equipamentos ou instalaccedilotildees o financiamento per capita aloca recursos monetaacuterios promovendo a flexibilidade no uso local

A poliacutetica de financiamento promove totalmente o apoio de serviccedilos relacionados e a necessaacuteria colaboraccedilatildeo intersectorial

Em geral as estruturas de incentivo devem assegurar a disponibilizaccedilatildeo de mais fundos se uma crianccedila for colocada num contexto inclusivo sendo necessaacuteria uma maior ecircnfase nos resultados (natildeo apenas acadeacutemicos)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 26

DADOS FIAacuteVEIS

Introduccedilatildeo

A Convenccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiecircncia (CDPD) bem como a Estrateacutegia Europeia para a Deficiecircncia 2010ndash2020 e o quadro estrateacutegico Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo 2020 relativo agrave equidade na educaccedilatildeo satildeo impulsionadores-chave para a educaccedilatildeo inclusiva nos paiacuteses A CDPD da ONU apela aos Estados Partes para

hellip recolher informaccedilatildeo apropriada incluindo dados estatiacutesticos e de investigaccedilatildeo que lhes permitam formular e implementar poliacuteticas que visem dar efeito agrave presente Convenccedilatildeo (Naccedilotildees Unidas 2006 Artigo 31ordm)

e hellip Os Estados Partes devem em conformidade com os seus sistemas juriacutedico e administrativo manter fortalecer nomear ou estabelecer a niacutevel interno uma estrutura que inclua um ou mais mecanismos independentes conforme apropriado com vista a promover proteger e monitorizar a implementaccedilatildeo da presente Convenccedilatildeo (ibid Artigo 33ordm)

Existe a consciencializaccedilatildeo disseminada de que a criaccedilatildeo de poliacuteticas com base em evidecircncias eacute essencial para o desenvolvimento a longo prazo dos sistemas de educaccedilatildeo inclusiva Decisores poliacuteticos especialistas em estatiacutestica e investigadores reconhecem a necessidade de uma recolha de dados a niacutevel nacional que natildeo soacute responda agraves exigecircncias das orientaccedilotildees poliacuteticas internacionais mas que tambeacutem obedeccedila a uma abordagem comum que promova uma sinergia de esforccedilos a niacutevel nacional e internacional O trabalho da Agecircncia demonstrou que existem apelos para a disponibilizaccedilatildeo de ampla informaccedilatildeo para os decisores poliacuteticos e para a adoccedilatildeo pelas diferentes organizaccedilotildees tanto a niacutevel nacional como europeu de uma variedade de abordagens complementares para a recolha de dados Poreacutem embora a necessidade de tais dados seja clara os melhores meacutetodos e procedimentos de recolha e anaacutelise dos mesmos satildeo muito menos claros

Em resultado do trabalho da Agecircncia ndash mais especificamente das atividades dos projetos Desenvolvimento de um conjunto de indicadores ndash para a educaccedilatildeo inclusiva na Europa (Kyriazopoulou e Weber 2009) e Mapeamento da Implementaccedilatildeo de Poliacuteticas para a Educaccedilatildeo Inclusiva (MIPIE) (Agecircncia Europeia 2011a) ndash emergem cinco requisitos-chave de poliacuteticas relativos agrave recolha de dados no que concerne agrave necessidade de evidecircncias sobre a educaccedilatildeo inclusiva a niacutevel nacional

bull necessidade de recolha de dados nacionais ancorada nos acordos internacionais e europeus

Colocar a teoria em praacutetica 27

bull necessidade de compreender o impacto das diferenccedilas nos sistemas educativos dos paiacuteses

bull necessidade de analisar a efetividade da educaccedilatildeo inclusiva

bull necessidade de recolha de dados que forneccedila evidecircncias sobre a garantia de qualidade e

bull necessidade de acompanhar o progresso dos alunos a longo prazo Os decisores poliacuteticos precisam de dados qualitativos e quantitativos que os informem sobre a qualidade da educaccedilatildeo prestada aos alunos com necessidades educativas especiais Estas mensagens principais refletem uma recomendaccedilatildeo central do Relatoacuterio Mundial sobre Deficiecircncia (Organizaccedilatildeo Mundial de SauacutedeBanco Mundial 2011) a necessidade de os paiacuteses desenvolverem os sistemas de recolha de dados quantitativos existentes e de simultaneamente realizarem investigaccedilotildees qualitativas aprofundadas e especiacuteficas sobre o custoshyeficaacutecia e sobre outras questotildees relacionadas com a garantia da qualidade

O projeto MIPIE apela ao desenvolvimento de um quadro comum para a recolha de dados construiacutedo com base nos procedimentos nacionais existentes e nos acordos internacionais sobre recolha de dados e procedimentos hellip Podem ser identificadas trecircs dimensotildees para uma estrutura comum

- A mudanccedila para um sistema de recolha de dados baseado em conceitos e definiccedilotildees comuns

- A recolha de evidecircncias que conduzam a niacuteveis de referecircncia quantitativos e qualitativos

- O uso de uma estrutura multiniacutevel para analisar as poliacuteticas a niacuteveis nacional e internacional (Agecircncia Europeia 2011a paacuteg 11)

Uma tal abordagem eacute necessaacuteria para apoiar os paiacuteses no desenvolvimento de uma laquorecolha de dados que permita monitorizar os direitos dos alunos bem como para monitorizarem a eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusivaraquo (ibid)

Monitorizaccedilatildeo dos direitos dos alunos

No acircmbito de uma estrutura abrangente para o mapeamento das questotildees relacionadas com os direitos devem ser identificados indicadores quantitativos e qualitativos referentes a diversos fatores

(i) Participaccedilatildeo na educaccedilatildeo e formaccedilatildeo

O relatoacuterio da Agecircncia sobre a Intervenccedilatildeo precoce na infacircncia sugere que

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 28

Os decisores poliacuteticos devem ter mecanismos para avaliar a solicitaccedilatildeo de serviccedilos de IPI e mecanismos eficazes que verifiquem se a prestaccedilatildeo de serviccedilos responde ao solicitado para se poder planear a melhoria do serviccedilo Deve ser desenvolvida uma forma sistemaacutetica de recolha e de monitorizaccedilatildeo de dados fiaacuteveis a niacutevel nacional (Agecircncia Europeia 2010 paacuteg 40)

No relatoacuterio Participaccedilatildeo na Educaccedilatildeo Inclusiva afirma-se que Embora os governos nacionais e locais jaacute recolham dados importantes sobre a educaccedilatildeo pouco se sabe sobre a participaccedilatildeo hellip Atualmente a maior parte dos dados recolhidos para fins de monitorizaccedilatildeo satildeo dados estatiacutesticos sobre a inscriccedilatildeo e a conclusatildeo da escolaridade hellip Poucos paiacuteses tecircm meacutetodos sistemaacuteticos de recolha anaacutelise e interpretaccedilatildeo de dados qualitativos sobre a participaccedilatildeo a niacutevel individual em sala de aula e na escola embora os relatoacuterios escolares de autorrevisatildeo e de inspeccedilatildeo respondam muitas vezes a questotildees de participaccedilatildeo e inclusatildeo (Agecircncia Europeia 2011d paacuteg 19)

Este relatoacuterio tambeacutem destaca alguns dos perigos potenciais associados agrave recolha de dados em relaccedilatildeo agrave participaccedilatildeo

hellip estruturas criadas para acompanhar as crianccedilas com necessidades educativas especiais podem funcionar como barreiras agrave sua participaccedilatildeo e sucesso marcando estas crianccedilas como diferentes Uma consequecircncia natildeo intencional de categorizar algumas crianccedilas para monitorizar a sua participaccedilatildeo pode gerar um paradoxo o que resulta na celebraccedilatildeo de acordos separados para a sua educaccedilatildeo (ibid paacuteg 17ndash18)

(ii) Acesso ao apoio e agrave adaptaccedilatildeo

Trecircs estudos da Agecircncia consideraram diferentes aspetos de apoio para os alunos com NEE A revisatildeo da literatura do projeto Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional cita Redley (2009)

Natildeo existem dados nacionais fiaacuteveis sobre o nuacutemero de organizaccedilotildees que oferecem emprego apoiado ou o nuacutemero de pessoas com dificuldades de aprendizagem empregadas nelas e o governo natildeo participa neste processo (Agecircncia Europeia 2012f paacuteg 41)

O estudo conjunto da Agecircncia realizado com o Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO que analisa o uso das TIC na educaccedilatildeo das pessoas com incapacidades defende que

Tanto em relaccedilatildeo agrave Convenccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas (2006) como em relaccedilatildeo agrave poliacutetica regional (ou seja europeia) e nacional haacute uma necessidade de informaccedilatildeo mais detalhada ligada agrave monitorizaccedilatildeo de indicadores e benchmarks qualitativos e quantitativos sobre as TIC na educaccedilatildeo para pessoas

Colocar a teoria em praacutetica 29

com incapacidades (Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO e Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011 paacuteg 93)

Em relaccedilatildeo agrave acessibilidade da informaccedilatildeo para a aprendizagem as recomendaccedilotildees do projeto i-access da Agecircncia defendem que

A conformidade [acessibilidade] agrave poliacutetica deve ser sistematicamente monitorizada A monitorizaccedilatildeo da conformidade soacute pode ser incentivada nomomento presente mas deve ser alargada hellip Eacute necessaacuterio recolher dados quantitativos e qualitativos sistemaacuteticos o que deve tambeacutem envolver os utilizadores finais de informaccedilatildeo acessiacutevel Poreacutem a monitorizaccedilatildeo do progresso natildeo se pode limitar a afericcedilatildeo numeacuterica mas deve incluir a possibilidade de recolher exemplos de boas praacuteticas que poderiam servir de modelo para outros paiacuteses e organizaccedilotildees (Agecircncia Europeia 2012e paacuteg 40ndash 41)

(iii) Oportunidades para o sucesso na aprendizagem e na transiccedilatildeo Dois grandes projetos da Agecircncia tiveram em linha de conta a transiccedilatildeo da escola para o emprego Ambos apontam para a falta de dados fiaacuteveis neste campo O projeto Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego sugeriu que

Os dados nacionais dos paiacuteses apenas incluem pessoas registadas como desempregadas mas uma alta percentagem de pessoas com necessidades especiais natildeo estaacute registada ndash elas natildeo tecircm sequer a oportunidade de conseguir o primeiro emprego (Agecircncia Europeia 2002a paacuteg 2)

O estudo de acompanhamento (Agecircncia Europeia 2006) natildeo refere quaisquer desenvolvimentos nesta aacuterea

(iv) Oportunidades de integraccedilatildeo

O estudo da Agecircncia com foco na diversidade multicultural destaca a falta de dados em relaccedilatildeo a um fator importante de integraccedilatildeo ndash antecedente de imigraccedilatildeo dos alunos com NEE

Muitos paiacuteses envolvidos no projeto referiram que natildeo existem dados atualizados sobre os alunos com NEE e de origem imigrante Diversas agecircncias governamentais tecircm responsabilidades diferentes e natildeo haacute coordenaccedilatildeo na recolha de dados Haacute outras razotildees para a falta de dados Alguns paiacuteses natildeo tecircm estatiacutesticas oficiais sobre a origem das pessoas para aleacutem do paiacutes de nascimento uma vez que eacute proibido o tratamento de dados pessoais que identifiquem a raccedila a origem eacutetnica a incapacidade ou crenccedila religiosa Em outros paiacuteses natildeo haacute recolha sistemaacutetica de dados relativos a alunos com NEE

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 30

ou a alunos com NEE e de origem imigrante a niacutevel nacional ou local (Agecircncia Europeia 2009a paacuteg 30)

Monitorizaccedilatildeo da eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusiva

Dados que examinam a eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusiva tecircm em conta questotildees de custo-eficaacutecia bem como diversas aacutereas relacionadas com as experiecircncias de educaccedilatildeo dos alunos procedimentos de avaliaccedilatildeo inicial o envolvimento contiacutenuo dos alunos e das suas famiacutelias em experiecircncias educativas e a eficaacutecia de ambientes de aprendizagem na superaccedilatildeo das barreiras e apoio de experiecircncias de aprendizagem significativas para todos os alunos

O estudo da Agecircncia relativo ao Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos realccedila que eacute necessaacuterio apoiar as escolas com

hellip aconselhamento sobre como pode ser usada a informaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo ndash particularmente a da avaliaccedilatildeo estandardizada recolhida para fins de monitorizaccedilatildeo nacional ndash para melhorar as praacuteticas com todos os alunos incluindo os que apresentam NEE (Watkins 2007 paacuteg 60)

O relatoacuterio designado Elevar o Sucesso de Todos os Alunos defende que

Para avanccedilar para uma maior equidade na educaccedilatildeo satildeo necessaacuterios indicadores de sucesso adequados agrave comunidade local focalizados no input recursos processos e outputresultados Embora a informaccedilatildeo (incluindo dados) deva ser usada para direcionar o apoio e acompanhar o sucesso de poliacuteticas e praacuteticas inclusivas eacute necessaacuterio cuidado para que os sistemas de responsabilidade natildeo causem inadvertidamente alteraccedilotildees inadequadas (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 22)

Este estudo destaca potenciais dificuldades inerentes

No clima atual o desenvolvimento de mecanismos de responsabilidade adequados e de formas de medir o sucesso valorizado e monitorizar a equidade apresentam muitos desafios Apesar da procura de dados concretos Fullan (2011) adverte que laquoas estatiacutesticas satildeo um servo maravilhoso mas um mestre terriacutevelraquo (paacuteg 127) e Hargreaves e Shirley (2009) enfatizam a necessidade de colocar a responsabilidade antes da prestaccedilatildeo de contas Sugerem que a prestaccedilatildeo de contas deve laquoservir de consciecircncia por meio de amostragemraquo e que deve ser realizado um ataque laquoaos excessos de padronizaccedilatildeo testada que negam a diversidade e destroem a criatividaderaquo (paacuteg 109) (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 22)

Dentro do projeto MIPIE argumentou-se que a monitorizaccedilatildeo da eficaacutecia dos sistemas de educaccedilatildeo inclusiva tambeacutem incluiria uma anaacutelise da eficaacutecia da formaccedilatildeo de professores (Agecircncia Europeia 2011a) O relatoacuterio do projeto TE4I

Colocar a teoria em praacutetica 31

destaca uma seacuterie de questotildees relacionadas com a disponibilidade de dados nesta aacuterea Relativamente agrave representaccedilatildeo de professores de grupos minoritaacuterios

A maior parte dos paiacuteses que natildeo recolhe dados refere curiosamente uma subshyrepresentaccedilatildeo de pessoas com deficiecircncia e pertencentes a grupos minoritaacuterios entre os professores estagiaacuterios e os professores diplomados e a situaccedilatildeo parece ser idecircntica entre os formadores de professores (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 22)

O relatoacuterio tambeacutem indica a necessidade de dados que levam a mudanccedilas com base em evidecircncias

A falta de investigaccedilatildeo em larga escala e de investigaccedilatildeo cumulativa bem como de evidecircncia empiacuterica na formaccedilatildeo de professores para a inclusatildeo foi referida pela OCDE (2010) hellip esta investigaccedilatildeo poderaacute garantir a existecircncia dum corpo de evidecircncias que possam dar forma agrave mudanccedila No presente relatoacuterio os exemplos realccedilam algumas questotildees-chave da pesquisa incluindo

- A eficaacutecia de diferentes rotas no ensino - Abordagens agrave formaccedilatildeo de professores e ao curriacuteculo da FIP e

- O papel dos cursos separados integrados e unificados e a melhor maneira de passar dum curso contiacutenuo para um uacutenico curso de formaccedilatildeo de professores que prepare todos os professores para a diversidade (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 68)

O projeto MIPIE defende que

A niacutevel da escola a recolha de dados deve

- Fornecer informaccedilatildeo que permitam aos professores e funcionaacuterios da escola planear e prestar o apoio e os recursos adequados

- Fornecer ideias claras sobre a participaccedilatildeo ativa dos pais e alunos no processo educativo (Agecircncia Europeia 2011a paacuteg 13)

Para que isto seja possiacutevel

Satildeo necessaacuterias sinergias a niacutevel nacional entre os principais intervenientes baseadas num claro racional para a recolha de dados considerando os dados a niacutevel nacional regional escola e sala de aula para que os dados globais do paiacutes efetivamente possam refletir a praacutetica (ibid paacuteg 14)

Para concluir a provisatildeo dos dados pode contribuir efetivamente para a elaboraccedilatildeo de poliacuteticas para a educaccedilatildeo inclusiva Haacute uma exigecircncia crescente ndash a niacutevel internacional europeu e nacional ndash para a responsabilidade e tecircm vindo a crescer comparaccedilotildees laquoentre escolasraquo e laquoentre naccedilotildeesraquo O surgimento de laquograndes dadosraquo

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 32

(meta-anaacutelises de conjuntos de dados e fontes combinadas) apresenta oportunidades mas tambeacutem desafios reais para a educaccedilatildeo inclusiva

Os apelos para a poliacutetica e alocaccedilatildeo de recursos baseada em evidecircncias reforccedilam a necessidade de dados significativos relacionados com todos os alunos Eacute necessaacuterio saber que alunos estatildeo a receber que serviccedilos quando e onde (contando todos os alunos) Tambeacutem eacute necessaacuterio ter dados sobre a qualidade dos serviccedilos e os resultados obtidos (considerando a praacutetica)

Um grande desafio para a recolha de dados estaacute em evitar classificar categorizar e rotular os alunos de modo a fornecer informaccedilatildeo sobre a provisatildeo que recebem As laquopluralidadesraquo das definiccedilotildees aplicadas a alunos e a laquopoliacuteticaraquo dos sistemas de rotulagem natildeo podem ser ignoradas nem os efeitos a que esses sistemas de rotulagem e definiccedilotildees conduzem

Fazer as perguntas certas em termos de poliacuteticas eacute o ponto de partida para a recolha de dados que servem de base significativa para as poliacuteticas

Colocar a teoria em praacutetica 33

OLHAR EM FRENTE

O primeiro objetivo da conferecircncia em novembro de 2013 foi refletir e resumir o trabalho da Agecircncia ao longo da uacuteltima deacutecada As cinco mensagens-chave descritas nos capiacutetulos anteriores destacam aspetos criacuteticos no que se refere agrave educaccedilatildeo inclusiva Baseiam-se nos resultados da anaacutelise aprofundada de temas-chave decididos pelos paiacuteses membros da Agecircncia O segundo objetivo da conferecircncia foi olhar em frente explorando a forma como o trabalho da Agecircncia pode prestar um melhor apoio aos paiacuteses membros ajudandoos a melhorar a qualidade e a eficaacutecia das suas respostas inclusivas para alunos com incapacidades eou necessidades educativas especiais A Agecircncia estaacute disposta a ajudar os paiacuteses de uma forma mais concreta com a implementaccedilatildeo dos resultados do nosso trabalho Isso significa disponibilizar recomendaccedilotildees de poliacutetica que sejam mais diretamente aplicaacuteveis aos decisores poliacuteticos para apoiar alteraccedilotildees futuras e desenvolvimentos poliacuteticos

A Agecircncia estaacute consciente de que o trabalho jaacute realizado estaacute de acordo e apoia diretamente todas as iniciativas de poliacuteticas europeias e internacionais em termos de educaccedilatildeo equidade igualdade de oportunidades e direitos para pessoas com incapacidades eou necessidades educativas especiais O trabalho da Agecircncia fornece recomendaccedilotildees claras e coerentes sobre como as poliacuteticas-chave nestas aacutereas podem ser implementadas na praacutetica A Agecircncia pretende proporcionar aos paiacuteses informaccedilatildeo sobre o progresso alcanccedilado nos objetivos propostos em termos de (a) metas de Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo para 2020 e (b) Convenccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiecircncia (2006) bem como vaacuterias diretivas e comunicaccedilotildees da Uniatildeo Europeia Eacute necessaacuteria orientaccedilatildeo sobre o modo como a educaccedilatildeo inclusiva pode ser implementada a niacutevel do professor sala de aula escola regiatildeo municiacutepio e poliacutetica nacional A Agecircncia tem capacidade para disponibilizar aos paiacuteses orientaccedilotildees sobre formas de implementaccedilatildeo da educaccedilatildeo inclusiva e como isto afeta a qualidade geral da educaccedilatildeo As discussotildees durante a conferecircncia bem como as discussotildees aprofundadas no acircmbito da Agecircncia orientaratildeo esta nova etapa no trabalho da Agecircncia

shy

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 34

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 1999 Financing of Special Needs Education ndash A seventeen-country Study of the Relationship between Financing of Special Needs Education and Inclusion [Financiamento da Educaccedilatildeo Especial ndash Um estudo de dezassete paiacuteses da Relaccedilatildeo entre o Financiamento da Educaccedilatildeo Especial e a Inclusatildeo] Middelfart Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2002a Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Princiacutepios-chave e Recomendaccedilotildees para R esponsaacuteveis Poliacuteticos Middelfart Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanagencyorgsitesdefaultfilestransition_transition_pttextpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2002b Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Principais problemas questotildees e opccedilotildees enfrentadas pelos alunos com necessidades educativas especiais em 16 paiacuteses Europeus Relatoacuterio Siacutentese Middelfart Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanagencyorgsitesdefaultfilestransition-from-school-to-employment_Transitionptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2003 Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula Relatoacuterio Siacutentese Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanagencyorgsitesdefaultfilesinclusive-education-and-classroom-practices_iecpptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2005 Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula nos 2ordm e 3ordm Ciclos do Ensino Baacutesico Relatoacuterio Siacutentese Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesinclusive-educationand-classroom-practice-in-secondary-education_iecp_secondary_ptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2006 Planos Individuais de Transiccedilatildeo Apoiar a Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesindividual-transitionplans_itp_ptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

shy

shyshy

shyshy

shy

shy

Colocar a teoria em praacutetica 35

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2009a Diversidade multicultural e necessidades especiais de educaccedilatildeo Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfilesmulticultural-diversity-and-special-needsshyeducation_Multicultural-Diversity-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2009b Princiacutepiosshychave para a Promoccedilatildeo da Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva ndash Recomendaccedilotildees para Decisores Poliacuteticos Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportskeyshyprinciples-for-promoting-quality-in-inclusive-educationkey-principles-PTpdf(Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2010 Intervenccedilatildeo Precoce na Infacircncia ndash Progressos e Desenvolvimentos 2005ndash2010 Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesearly-childhood-interventionshyprogress-and-developments_ECI-report-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011a Mapeamento da Implementaccedilatildeo de Poliacuteticas para a Educaccedilatildeo Inclusiva Uma anaacutelise dos desafios e oportunidades para o desenvolvimento de indicadores Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httphttpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesmipie_MIPIE-summaryshyof-proposals-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011b Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo na Europa ndash Desafios e Oportunidades Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfileste4i-challenges-and-opportunities_TE4I-Synthesis-Report-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011c Princiacutepios-Chave para a Promoccedilatildeo da Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva ndash Recomendaccedilotildees para Decisores Poliacuteticos Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfilesinclusive-education-and-classroom-practices_iecpshyptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011d Participation in Inclusive Education ndash A Framework for Developing Indicators [Participaccedilatildeo na Educaccedilatildeo inclusiva ndash Um Quadro para o Desenvolvimento de Indicadores] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 36

agencyorgpublicationsereportsparticipation-in-inclusive-education-a-frameworkshyfor-developing-indicatorsParticipation-in-Inclusive-Educationpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012a Perspetivas dos Jovens sobre Educaccedilatildeo Inclusiva Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfilesyoung-views-on-inclusive-education_YoungViews-2012PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012b Perfil de Professores Inclusivos Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfileste4i-profile-of-inclusive-teachers_Profile-of-InclusiveshyTeachers-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012c Raising Achievement for All Learners ndash Quality in Inclusive Education [Elevar o Sucesso de Todos os Alunos ndash Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva] Relatoacuterio sobre a conferecircncia realizada em Odense Dinamarca de 13 a 15 de junho de 2012 Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesRA4AL-conference-reportpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014) Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012d Raising Achievement for All Learners ndash Quality in Inclusive Education [Elevar o Sucesso de Todos os Alunos ndash Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httphttpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesra4al-keyshymessages_RA4AL-summary-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012e Promoting Accessible Information for Lifelong Learning Recommendations and findings of the i-access project [Promover o Acesso agrave Informaccedilatildeo para a Aprendizagem ao Longo da Vida Recomendaccedilotildees e observaccedilotildees do projeto i-access] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportsi-accessi-accessshyreportpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012f Vocational Education and Training Policy and Practice in the field of Special Needs Education ndash Literature Review [Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional (EFP) Poliacutetica e Praacutetica no campo da Educaccedilatildeo Especial ndash Revisatildeo da Literatura] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Colocar a teoria em praacutetica 37

agencyorgagency-projectsvocational-education-and-trainingvet-filesVETshyLiteratureReviewpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012g Teacher Education for Inclusion Project Recommendations linked to Sources of Evidence [Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo Recomendaccedilotildees do Projeto Ligadas a Fontes de Evidecircncias] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgagencyshyprojectsTeacher-Education-for-Inclusionsources-of-evidencepdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2013 European and International Policy Supporting ICT for Inclusion [Poliacutetica Europeia e Internacional para Uso das TIC como Apoio para a Inclusatildeo] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfileseuropean-and-internationalshypolicy-supporting-ict-for-inclusion_policy-supporting-ict-for-inclusionpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para as Necessidades Especiais e a Educaccedilatildeo Inclusiva 2014 Vocational Education and Training ndash Summary of Country Information [Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional ndash Resumo de Informaccedilatildeo do Paiacutes] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para as Necessidades Especiais e a Educaccedilatildeo Inclusiva httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesVET Summary of Country information 2014pdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Bennett S e Gallagher TL 2012 The Delivery of Education Services for Students who have an Intellectual Disability in the Province of Ontario [A prestaccedilatildeo de serviccedilos de ensino para alunos com incapacidade intelectual na proviacutencia de Ontaacuterio] Toronto Community Living Ontario

Chapman C Ainscow M Miles S e West M 2011 Leadership that promotes the achievement of students with special educational needs and disabilities [Lideranccedila que promove o sucesso de alunos com necessidades educativas especiais e incapacidades] Nottingham National College for School Leadership

Comissatildeo das Comunidades Europeias 2008 Livro Verde ndash Migraccedilatildeo e mobilidade desafios e oportunidades para os sistemas educativos da UE SEC(2008) 2173 COM20080423 final Bruxelas Comissatildeo das Comunidades Europeias

Conselho da Uniatildeo Europeia 2010 Conclusotildees do Conselho sobre a dimensatildeo social da educaccedilatildeo e da formaccedilatildeo 3013ordf Reuniatildeo do Conselho de EDUCACcedilAtildeO JUVENTUDE E CULTURA Bruxelas 11 de maio de 2010 httpeurshylexeuropaeulegal-contentPTTXTPDFuri=CELEX52010XG0526(01)ampfrom=PT(Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 38

Farrell P Dyson AS Polat F Hutcheson G e Gallannaugh F 2007 laquoSEN inclusion and pupil achievement in English schoolsraquo [Inclusatildeo de crianccedilas com NEE e sucesso dos alunos nas escolas inglesas] Journal of Research in Special Educational Needs 7 (3) 172ndash178

Frilseth L 2012 The Norwegian Model for Education for All in Upper Secondary School [O Modelo Norueguecircs para a Educaccedilatildeo para Todos no Ensino Secundaacuterio] Direccedilatildeo Norueguesa para Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo httpwwweuropeanshyagencyorgagency-projectsra4alra4al-seminar-pdfNorway-L-Frilsethpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Fullan M 2011 Change Leader Learning to do what matters most [Liacuteder de Mudanccedila aprender a fazer o que mais importa] San Francisco Jossey-Bass de Graaf G van Hove G e Haveman M 2011 laquoMore academics in regular schools The effect of regular versus special school placement on academic skills in Dutch primary school students with Down syndromeraquo [Mais acadeacutemicos nas escolas regulares O efeito da colocaccedilatildeo em escola regular versus escola especial nas competecircncias acadeacutemicas em alunos holandeses do ensino primaacuterio com siacutendrome de Down] Journal of International Disability Research December 2011 57(1) 21ndash38 doi 101111j1365-2788201101512x

Hargreaves A e Shirley D 2009 The Fourth Way ndash The inspiring future for educational change [A Quarta Via ndash O futuro inspirador para a mudanccedila educativa] Publicaccedilatildeo conjunta do Ontario Principalsrsquo Council e do National Staff Development Council Thousand Oaks CA Corwin Press

Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO e Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011 ICTs in Education for People with Disabilities Review de innovative practice [TIC na Educaccedilatildeo para Pessoas com Incapacidades revisatildeo da praacutetica inovadora] Moscovo Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO httpwwweuropeanshyagencyorgpublicationsereportsICTs-in-Education-for-People-WithshyDisabilitiesReview-of-Innovative-Practice (Uacuteltimo acesso em julho de 2014) Kalambouka A Farrell P Dyson A e Kaplan I 2005 The impact of population inclusivity in schools on student outcomes [O impacto da inclusividade da populaccedilatildeo em escolas nos resultados dos alunos] Research Evidence in Education Library London EPPI-Centre Social Science Research Unit Institute of Education University of London Kyriazopoulou M e Weber H (eds) 2009 Desenvolvimento de um conjunto de indicadores ndash para a educaccedilatildeo inclusiva na Europa Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Colocar a teoria em praacutetica 39

agencyorgsitesdefaultfilesdevelopment-of-a-set-of-indicators-for-inclusiveshyeducation-in-europe_indicators-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

MacArthur J 2009 Learning Better Together Working towards inclusive education in New Zealand schools [Aprender Melhor Juntos trabalhar para a educaccedilatildeo inclusiva nas escolas da Nova Zelacircndia] Wellington IHC

MacArthur J Kelly B Sharp S amp Gaffney M 2005 Participation or exclusion Disabled childrenrsquos experiences of life at school [Participaccedilatildeo ou exclusatildeo Experiecircncias de vida na escola de crianccedilas com incapacidades] Um artigo apresentado na laquoChildrenrsquos Issues Conferenceraquo Dunedin Nova Zelacircndia julho de 2005 Menter I Hulme M Elliott D e Lewin J 2010 Literature Review on Teacher Education in the 21st Century [Revisatildeo da Literatura sobre a Formaccedilatildeo de Professores no Seacuteculo XXI] Scottish Government Social Research Edimburgo Scottish Government

Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para a Educaccedilatildeo Ciecircncia e Cultura 2009 Policy Guidelines on Inclusion in Education [Diretrizes da Poliacutetica sobre Inclusatildeo na Educaccedilatildeo] Paris UNESCO

Organizaccedilatildeo Mundial de SauacutedeBanco Mundial 2011 World Report on Disability [Relatoacuterio Mundial sobre Deficiecircncia] Genebra Ediccedilotildees OMS httpwwwwhointdisabilitiesworld_report2011enindexhtml (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Organizaccedilatildeo para a Cooperaccedilatildeo e Desenvolvimento Econoacutemico 2011 PISA in Focus Improving Performance Leading from the Bottom [PISA agrave Lupa Melhorar os Resultados Progedir ateacute ao Topo] 20112 (Marccedilo) Paris OCDE Redley M 2009 laquoUnderstanding the social exclusion and stalled welfare of citizens with learning disabilitiesraquo [Compreender a exclusatildeo social e o bem-estar sem progresso dos cidadatildeos com dificuldades de aprendizagem] Disability amp Society 24(4) 489ndash501

Naccedilotildees Unidas 2006 Convenccedilatildeo sobre os Direitos das Pessoas com Deficiecircncia Nova Iorque Naccedilotildees Unidas

Watkins A (ed) 2007 Assessment in Inclusive Settings Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos Questotildees-chave para Poliacuteticas e Praacuteticas Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportsassessment-in-inclusiveshysettings-key-issues-for-policy-and-practiceassessment-in-inclusive-settings-keyshyissues-for-policy-and-practice (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 40

Wilkinson R e Pickett K 2010 The Spirit Level Why Equality is Better para Everyone [O Niacutevel do Espiacuterito Por que a Igualdade eacute Melhor para Todos] Londres Penguin

Willms JD 2006 Learning divides Ten policy questions about the performance and equity of schools and schooling systems [A aprendizagem divide dez perguntas de poliacutetica acerca do desempenho e equidade das escolas e dos sistemas de escolaridade] Montreal Instituto de Estatiacutestica da UNESCO

Colocar a teoria em praacutetica 41

  • preacircmbulo
  • Sumaacuterio Executivo
  • O mais precocemente possiacutevel
    • Introduccedilatildeo
    • Intervenccedilatildeo precoce
    • Deteccedilatildeo e avaliaccedilatildeo precoces
    • Apoio precoce
    • Transiccedilatildeo planeada
      • A educaccedilatildeo inclusiva beneficia todos
        • Introduccedilatildeo
        • A educaccedilatildeo inclusiva como uma abordagem para elevar o sucesso para todos os alunos
        • laquoO que eacute bom para os alunos com NEE eacute igualmente bom para todos os alunosraquo
        • Monitorizaccedilatildeo do progresso
          • profissionais altamente qualificados
            • Introduccedilatildeo
            • Formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo
            • O perfil dos professores inclusivos e outros profissionais
            • Abordagens ao recrutamento
            • Atitudes positivas
            • Trabalho em rede e coordenaccedilatildeo
              • sistemas de apoio e mecanismos de financiamento
                • Introduccedilatildeo
                • Sistemas de apoio e mecanismos de financiamento
                  • Intervenccedilatildeo Precoce na Infacircncia (IPI)
                  • Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula
                  • Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional (EFP)
                  • Tecnologias de Informaccedilatildeo e Comunicaccedilatildeo (TIC)
                      • dados fiaacuteveis
                        • Introduccedilatildeo
                        • Monitorizaccedilatildeo dos direitos dos alunos
                          • (i) Participaccedilatildeo na educaccedilatildeo e formaccedilatildeo
                          • (ii) Acesso ao apoio e agrave adaptaccedilatildeo
                          • (iii) Oportunidades para o sucesso na aprendizagem e na transiccedilatildeo
                          • (iv) Oportunidades de integraccedilatildeo
                            • Monitorizaccedilatildeo da eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusiva
                              • olhar em frente
                              • REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

colaboraccedilatildeo com os serviccedilos de sauacutede e de seguranccedila social que garanta uma intervenccedilatildeo holiacutestica (Agecircncia Europeia 2011c paacuteg 17ndash18)

Existe a consciencializaccedilatildeo disseminada de que a criaccedilatildeo de poliacuteticas com base em evidecircncias eacute essencial para o desenvolvimento a longo prazo dos sistemas de educaccedilatildeo inclusiva Tal foi reconhecido no trabalho da Agecircncia logo em 1999 no acircmbito do relatoacuterio Financing of Special Needs Education [Financiamento da Educaccedilatildeo Especial] onde se defendia que

os procedimentos de avaliaccedilatildeo e monitorizaccedilatildeo nos paiacuteses podem tambeacutem ser melhorados no quadro do ensino especial Em primeiro lugar eacute importante garantir e incentivar um dispecircndio eficiente e eficaz dos fundos puacuteblicos Em segundo lugar parece ser necessaacuterio mostrar claramente aos clientes dos sistemas educativos (alunos com necessidades especiais e os seus pais) que a qualidade da educaccedilatildeo no ambiente regular (incluindo todas as instalaccedilotildees adicionais e apoio) eacute suficientemente elevada (Agecircncia Europeia 1999 paacuteg 158)

Os temas do financiamento e dos recursos foram abordados em diversos outros projetos da Agecircncia Assim as afirmaccedilotildees e os resultados que se seguem lanccedilam alguma luz sobre estas duas questotildees de pontos de vista diferentes na sequecircncia de projetos distintos levados a cabo pela Agecircncia

Intervenccedilatildeo Precoce na Infacircncia (IPI) laquoA tendecircncia comum na Europa eacute a prestaccedilatildeo de serviccedilos de IPI localizados e prestados tatildeo perto quanto possiacutevel da crianccedila e da famiacuteliaraquo (Agecircncia Europeia 2010 paacuteg 18) por exemplo no municiacutepio

Os recursos e serviccedilos de IPI devem abranger todas as famiacutelias e crianccedilas em idades precoces que deles necessitem independentemente da sua condiccedilatildeo socioeconoacutemica hellip Isto implica que os fundos puacuteblicos devem cobrir todos os custos relativos agrave IPI atraveacutes de serviccedilos puacuteblicos companhias de seguros organizaccedilotildees sem fins lucrativos etc preenchendo os padrotildees de qualidade exigidos na respetiva legislaccedilatildeo nacional para a IPI (ibid paacuteg 22) O financiamento puacuteblico para os serviccedilos de IPI geralmente vem do governo central eou federal ou dos orccedilamentos regionais eou locais Na maioria dos casos o financiamento da IPI eacute uma combinaccedilatildeo dos trecircs niacuteveis da administraccedilatildeo acima mencionados planos de seguro de sauacutede e de recursos de organizaccedilotildees sem fins lucrativos (ibid paacuteg 23)

As recomendaccedilotildees para melhorar a coordenaccedilatildeo dos serviccedilos e dos recursos da IPI incluem entre outras as seguintes

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 22

A IPI eacute muitas vezes uma aacuterea de trabalho interserviccedilos mas tambeacutem uma aacuterea interdisciplinar Os decisores poliacuteticos precisam de reconhecer isso garantindo que as poliacuteticas e as orientaccedilotildees sejam desenvolvidas conjuntamente pelos setores da sauacutede da educaccedilatildeo e da seguranccedila social e que qualquer orientaccedilatildeo escrita para os serviccedilos regionais e locais inclui os logotipos de todos os departamentos Somente desta forma o trabalho integrado seraacute filtrado aos niacuteveis regional e local (ibid paacuteg 42ndash43)

Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula

A existecircncia de diferentes modelos de gestatildeo da diferenccedila na sala de aula depende natildeo soacute de fatores ligados ao professor mas tambeacutem da forma como a escola organiza os recursos e de outros fatores externos

Esta afirmaccedilatildeo foi incluiacuteda no relatoacuterio da Agecircncia sobre Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula (Agecircncia Europeia 2003 paacuteg 8)

Eacute claro que a resposta aos alunos com necessidades educativas especiais natildeo eacute apenas uma questatildeo de recursos a niacutevel da sala de aula Importa reconhecer que a organizaccedilatildeo da escola determina igualmente a quantidade e o tipo dos recursos que os professores podem usar no ensino de alunos com NEE (ibid paacuteg 14ndash15)

A organizaccedilatildeo dos recursos no seio da escola deve corresponder ao princiacutepio da flexibilidadehellip as escolas devem ter liberdade para a utilizaccedilatildeo dos recursos financeiros de acordo com os seus proacuteprios desejos e perspetivas Deve evitarshyse a burocracia estando os recursos disponiacuteveis para todos os alunos com ou sem NEE sempre que necessaacuterio ou quando o professor assim o desejar (ibid paacuteg 16)

laquoO financiamento e respetivos incentivos desempenham um papel decisivoraquo (ibid paacuteg 17)

O modelo de financiamento baseado na avaliaccedilatildeo dos resultados (a niacutevel regional) parece ser a opccedilatildeo melhor sucedida Neste modelo os orccedilamentos destinados agraves necessidades educativas especiais satildeo atribuiacutedos pelo serviccedilo central agraves instituiccedilotildees regionais ou locais (comunidades agrupamentos de escolas) As decisotildees relativas ao financiamento e elegibilidade devem ser tomadas a niacutevel regionalhellip Um modelo descentralizado pode ser mais rentaacutevel e limitar os riscos de ver emergir formas indesejaacuteveis de comportamentosestrateacutegicos Eacute no entanto evidente que o governo central deve indicar claramente os objetivos a atingir (ibid paacuteg 18)

Colocar a teoria em praacutetica 23

Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional (EFP) A implementaccedilatildeo dos programas de EFP segue o planeamento a longo prazo no setor da educaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo com os parceiros sociais

Existe um foco no estabelecimento de ligaccedilotildees mais proacuteximas hellip para desenvolver os curriacuteculos dos programas de formaccedilatildeo profissional e para corresponder agraves abordagens e conteuacutedos educativos com as competecircncias necessaacuterias na vida laboral hellip atraveacutes da organizaccedilatildeo e realizaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo de competecircncias colaboraccedilatildeo no estabelecimento de conteuacutedos de novas qualificaccedilotildees normas e curriacuteculos e correspondecircncia dos programas de EFP com as necessidades da economia (Agecircncia Europeia 2014 paacuteg 23) A niacutevel individual os alunos com necessidades educativas especiais recebem assistecircncia educativa (por exemplo tecnologia de apoio inteacuterpretes de liacutengua gestual materiais de aprendizagem de elaboraccedilatildeo especial escribas ou outras formas de assistecircncia praacutetica) especial para tornar os curriacuteculos de EFP acessiacuteveis (ibid paacuteg 15)

Os niacuteveis regionais (ou seja condados freguesias municiacutepios proviacutencias federais) satildeo fundamentais para garantir o melhor ajuste entre os objetivos educativos e as necessidades do mercado de trabalho Os conselhos consultivos regionais desempenham um papel ativo na atualizaccedilatildeo da estrutura dos programas educativos no acircmbito da sua responsabilidade regional e em cooperaccedilatildeo com os parceiros sociais Desempenham um papel importante na possibilidade de flexibilizaccedilatildeo dos percursos dos alunos

As instituiccedilotildees de EFP satildeo lideradas por diferentes agecircncias nos paiacuteses europeus tais como autoridades locais organizaccedilotildees natildeo governamentais setor privado etc Nos paiacuteses europeus analisados as principais responsabilidades pelo financiamento cabem agraves entidades estatais e governamentais a niacutevel regional ou municipal Aleacutem disso na maioria dos paiacuteses os criteacuterios de financiamento satildeo diferentes dependendo do tipo de propriedade (puacuteblicaprivada) vigente no paiacutes Outras medidas destinadas a promover o emprego entre os alunos com NEE satildeo o pagamento do custo do serviccedilo de emprego apoiado a isenccedilatildeo do pagamento de pensatildeo e seguro de invalidez uma recompensa para casos em que a quota eacute ultrapassada ajudas financeiras aos trabalhadores com incapacidades que se estabelecem como empresaacuterios reduccedilatildeo nos pagamentos agrave seguranccedila social reduccedilatildeo de impostos pelo emprego de jovens alunos com NEE ou preacutemios anuais por boas praacuteticas Existem tambeacutem programas que permitem que os alunos entrem no mercado de trabalho mantendo uma percentagem do seu subsiacutedio social de origem (por exemplo subsiacutedio de invalidez) que natildeo estaacute sujeito agrave tributaccedilatildeo ou cobertura social Os funcionaacuterios tambeacutem seriam autorizados a manter laquobenefiacutecios

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 24

secundaacuteriosraquo (por exemplo subsiacutedio para combustiacutevel cartatildeo meacutedico) durante um determinado periacuteodo de tempo

Tecnologias de Informaccedilatildeo e Comunicaccedilatildeo (TIC)

Sem duacutevida as TIC acessiacuteveis podem atuar como um facilitador para a igualdade de participaccedilatildeo em atividades educativas para diversos alunos com NEE Os estudantes com SEN destacaram a importacircncia das TIC durante a Audiccedilatildeo do Parlamento Europeu em 2011

No nosso paiacutes existe uma organizaccedilatildeo que fornece materiais especiais e tecnologias de informaccedilatildeo A escola pode pedir as ajudas teacutecnicas a essa organizaccedilatildeo e os alunos podem levaacute-las para casa Quando deixam de precisar dessas ajudas teacutecnicas estas podem ser usadas por outros alunos nas mesmasou noutras escolas Eacute muito importante ter ajudas teacutecnicas e apoio (Agecircncia Europeia 2012a paacuteg 14)

Poreacutem

O facto de o impulso para a equidade na educaccedilatildeo atraveacutes do apoio de TIC acessiacuteveis estar a ser ofuscado por desenvolvimentos econoacutemicos negativos reforccedila a ideia de que as poliacuteticas europeias e internacionais globais devem continuar a assumir uma lideranccedila estaacutevel neste campo (Agecircncia Europeia 2013 paacuteg 24)

Neste contexto a aquisiccedilatildeo pode ser considerada um mecanismo de financiamento se a acessibilidade for um preacute-requisito incorporado A acessibilidade deve ser um princiacutepio orientador para a aquisiccedilatildeo de todos os bens e serviccedilos

O acesso a TIC apropriadas em diferentes contextos de aprendizagem ao longo da vida ndash incluindo em casa ndash requer muitas vezes a contribuiccedilatildeo de profissionais de diferentes aacutereas hellip Isto envolve a coordenaccedilatildeo entre indiviacuteduos serviccedilos e muitas vezes poliacuteticas para diferentes setores de trabalho Tambeacutem envolve abordagens flexiacuteveis para o financiamento das TIC com possibilidades de tomada de decisotildees a niacutevel local quanto agraves despesas relacionadas com as necessidades identificadas localmente (Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO e Agecircncia Europeia 2011 paacuteg 88)

Para concluir

Eacute necessaacuterio considerar quatro requisitos no que diz respeito aos sistemas de financiamento para garantir que estes sistemas sustentam totalmente os objetivos da poliacutetica educativa

Colocar a teoria em praacutetica 25

A poliacutetica de financiamento apoia totalmente a educaccedilatildeo inclusiva Isto inclui o desenvolvimento de poliacuteticas fiscais que criem incentivos ao inveacutes de desincentivos agrave oferta de colocaccedilotildees e de serviccedilos de inclusatildeo Embora exista uma seacuterie de bases alternativas para financiar alunos com NEE o financiamento per capita parece ser o mais promissor para satisfazer o requisito estabelecido

A poliacutetica de financiamento baseia-se totalmente nas necessidades educativas Os montantes individuais de financiamento per capita podem ser determinados atraveacutes de anaacutelises de custos que mostram os custos relativos de disponibilizar aos alunos condiccedilotildees especiais selecionadas

A poliacutetica de financiamento facilita totalmente respostas flexiacuteveis eficazes e eficientes agraves necessidades Em vez de financiar ou fornecer recursos especiacuteficos por exemplo tipos preacute-determinados de pessoal equipamentos ou instalaccedilotildees o financiamento per capita aloca recursos monetaacuterios promovendo a flexibilidade no uso local

A poliacutetica de financiamento promove totalmente o apoio de serviccedilos relacionados e a necessaacuteria colaboraccedilatildeo intersectorial

Em geral as estruturas de incentivo devem assegurar a disponibilizaccedilatildeo de mais fundos se uma crianccedila for colocada num contexto inclusivo sendo necessaacuteria uma maior ecircnfase nos resultados (natildeo apenas acadeacutemicos)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 26

DADOS FIAacuteVEIS

Introduccedilatildeo

A Convenccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiecircncia (CDPD) bem como a Estrateacutegia Europeia para a Deficiecircncia 2010ndash2020 e o quadro estrateacutegico Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo 2020 relativo agrave equidade na educaccedilatildeo satildeo impulsionadores-chave para a educaccedilatildeo inclusiva nos paiacuteses A CDPD da ONU apela aos Estados Partes para

hellip recolher informaccedilatildeo apropriada incluindo dados estatiacutesticos e de investigaccedilatildeo que lhes permitam formular e implementar poliacuteticas que visem dar efeito agrave presente Convenccedilatildeo (Naccedilotildees Unidas 2006 Artigo 31ordm)

e hellip Os Estados Partes devem em conformidade com os seus sistemas juriacutedico e administrativo manter fortalecer nomear ou estabelecer a niacutevel interno uma estrutura que inclua um ou mais mecanismos independentes conforme apropriado com vista a promover proteger e monitorizar a implementaccedilatildeo da presente Convenccedilatildeo (ibid Artigo 33ordm)

Existe a consciencializaccedilatildeo disseminada de que a criaccedilatildeo de poliacuteticas com base em evidecircncias eacute essencial para o desenvolvimento a longo prazo dos sistemas de educaccedilatildeo inclusiva Decisores poliacuteticos especialistas em estatiacutestica e investigadores reconhecem a necessidade de uma recolha de dados a niacutevel nacional que natildeo soacute responda agraves exigecircncias das orientaccedilotildees poliacuteticas internacionais mas que tambeacutem obedeccedila a uma abordagem comum que promova uma sinergia de esforccedilos a niacutevel nacional e internacional O trabalho da Agecircncia demonstrou que existem apelos para a disponibilizaccedilatildeo de ampla informaccedilatildeo para os decisores poliacuteticos e para a adoccedilatildeo pelas diferentes organizaccedilotildees tanto a niacutevel nacional como europeu de uma variedade de abordagens complementares para a recolha de dados Poreacutem embora a necessidade de tais dados seja clara os melhores meacutetodos e procedimentos de recolha e anaacutelise dos mesmos satildeo muito menos claros

Em resultado do trabalho da Agecircncia ndash mais especificamente das atividades dos projetos Desenvolvimento de um conjunto de indicadores ndash para a educaccedilatildeo inclusiva na Europa (Kyriazopoulou e Weber 2009) e Mapeamento da Implementaccedilatildeo de Poliacuteticas para a Educaccedilatildeo Inclusiva (MIPIE) (Agecircncia Europeia 2011a) ndash emergem cinco requisitos-chave de poliacuteticas relativos agrave recolha de dados no que concerne agrave necessidade de evidecircncias sobre a educaccedilatildeo inclusiva a niacutevel nacional

bull necessidade de recolha de dados nacionais ancorada nos acordos internacionais e europeus

Colocar a teoria em praacutetica 27

bull necessidade de compreender o impacto das diferenccedilas nos sistemas educativos dos paiacuteses

bull necessidade de analisar a efetividade da educaccedilatildeo inclusiva

bull necessidade de recolha de dados que forneccedila evidecircncias sobre a garantia de qualidade e

bull necessidade de acompanhar o progresso dos alunos a longo prazo Os decisores poliacuteticos precisam de dados qualitativos e quantitativos que os informem sobre a qualidade da educaccedilatildeo prestada aos alunos com necessidades educativas especiais Estas mensagens principais refletem uma recomendaccedilatildeo central do Relatoacuterio Mundial sobre Deficiecircncia (Organizaccedilatildeo Mundial de SauacutedeBanco Mundial 2011) a necessidade de os paiacuteses desenvolverem os sistemas de recolha de dados quantitativos existentes e de simultaneamente realizarem investigaccedilotildees qualitativas aprofundadas e especiacuteficas sobre o custoshyeficaacutecia e sobre outras questotildees relacionadas com a garantia da qualidade

O projeto MIPIE apela ao desenvolvimento de um quadro comum para a recolha de dados construiacutedo com base nos procedimentos nacionais existentes e nos acordos internacionais sobre recolha de dados e procedimentos hellip Podem ser identificadas trecircs dimensotildees para uma estrutura comum

- A mudanccedila para um sistema de recolha de dados baseado em conceitos e definiccedilotildees comuns

- A recolha de evidecircncias que conduzam a niacuteveis de referecircncia quantitativos e qualitativos

- O uso de uma estrutura multiniacutevel para analisar as poliacuteticas a niacuteveis nacional e internacional (Agecircncia Europeia 2011a paacuteg 11)

Uma tal abordagem eacute necessaacuteria para apoiar os paiacuteses no desenvolvimento de uma laquorecolha de dados que permita monitorizar os direitos dos alunos bem como para monitorizarem a eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusivaraquo (ibid)

Monitorizaccedilatildeo dos direitos dos alunos

No acircmbito de uma estrutura abrangente para o mapeamento das questotildees relacionadas com os direitos devem ser identificados indicadores quantitativos e qualitativos referentes a diversos fatores

(i) Participaccedilatildeo na educaccedilatildeo e formaccedilatildeo

O relatoacuterio da Agecircncia sobre a Intervenccedilatildeo precoce na infacircncia sugere que

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 28

Os decisores poliacuteticos devem ter mecanismos para avaliar a solicitaccedilatildeo de serviccedilos de IPI e mecanismos eficazes que verifiquem se a prestaccedilatildeo de serviccedilos responde ao solicitado para se poder planear a melhoria do serviccedilo Deve ser desenvolvida uma forma sistemaacutetica de recolha e de monitorizaccedilatildeo de dados fiaacuteveis a niacutevel nacional (Agecircncia Europeia 2010 paacuteg 40)

No relatoacuterio Participaccedilatildeo na Educaccedilatildeo Inclusiva afirma-se que Embora os governos nacionais e locais jaacute recolham dados importantes sobre a educaccedilatildeo pouco se sabe sobre a participaccedilatildeo hellip Atualmente a maior parte dos dados recolhidos para fins de monitorizaccedilatildeo satildeo dados estatiacutesticos sobre a inscriccedilatildeo e a conclusatildeo da escolaridade hellip Poucos paiacuteses tecircm meacutetodos sistemaacuteticos de recolha anaacutelise e interpretaccedilatildeo de dados qualitativos sobre a participaccedilatildeo a niacutevel individual em sala de aula e na escola embora os relatoacuterios escolares de autorrevisatildeo e de inspeccedilatildeo respondam muitas vezes a questotildees de participaccedilatildeo e inclusatildeo (Agecircncia Europeia 2011d paacuteg 19)

Este relatoacuterio tambeacutem destaca alguns dos perigos potenciais associados agrave recolha de dados em relaccedilatildeo agrave participaccedilatildeo

hellip estruturas criadas para acompanhar as crianccedilas com necessidades educativas especiais podem funcionar como barreiras agrave sua participaccedilatildeo e sucesso marcando estas crianccedilas como diferentes Uma consequecircncia natildeo intencional de categorizar algumas crianccedilas para monitorizar a sua participaccedilatildeo pode gerar um paradoxo o que resulta na celebraccedilatildeo de acordos separados para a sua educaccedilatildeo (ibid paacuteg 17ndash18)

(ii) Acesso ao apoio e agrave adaptaccedilatildeo

Trecircs estudos da Agecircncia consideraram diferentes aspetos de apoio para os alunos com NEE A revisatildeo da literatura do projeto Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional cita Redley (2009)

Natildeo existem dados nacionais fiaacuteveis sobre o nuacutemero de organizaccedilotildees que oferecem emprego apoiado ou o nuacutemero de pessoas com dificuldades de aprendizagem empregadas nelas e o governo natildeo participa neste processo (Agecircncia Europeia 2012f paacuteg 41)

O estudo conjunto da Agecircncia realizado com o Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO que analisa o uso das TIC na educaccedilatildeo das pessoas com incapacidades defende que

Tanto em relaccedilatildeo agrave Convenccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas (2006) como em relaccedilatildeo agrave poliacutetica regional (ou seja europeia) e nacional haacute uma necessidade de informaccedilatildeo mais detalhada ligada agrave monitorizaccedilatildeo de indicadores e benchmarks qualitativos e quantitativos sobre as TIC na educaccedilatildeo para pessoas

Colocar a teoria em praacutetica 29

com incapacidades (Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO e Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011 paacuteg 93)

Em relaccedilatildeo agrave acessibilidade da informaccedilatildeo para a aprendizagem as recomendaccedilotildees do projeto i-access da Agecircncia defendem que

A conformidade [acessibilidade] agrave poliacutetica deve ser sistematicamente monitorizada A monitorizaccedilatildeo da conformidade soacute pode ser incentivada nomomento presente mas deve ser alargada hellip Eacute necessaacuterio recolher dados quantitativos e qualitativos sistemaacuteticos o que deve tambeacutem envolver os utilizadores finais de informaccedilatildeo acessiacutevel Poreacutem a monitorizaccedilatildeo do progresso natildeo se pode limitar a afericcedilatildeo numeacuterica mas deve incluir a possibilidade de recolher exemplos de boas praacuteticas que poderiam servir de modelo para outros paiacuteses e organizaccedilotildees (Agecircncia Europeia 2012e paacuteg 40ndash 41)

(iii) Oportunidades para o sucesso na aprendizagem e na transiccedilatildeo Dois grandes projetos da Agecircncia tiveram em linha de conta a transiccedilatildeo da escola para o emprego Ambos apontam para a falta de dados fiaacuteveis neste campo O projeto Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego sugeriu que

Os dados nacionais dos paiacuteses apenas incluem pessoas registadas como desempregadas mas uma alta percentagem de pessoas com necessidades especiais natildeo estaacute registada ndash elas natildeo tecircm sequer a oportunidade de conseguir o primeiro emprego (Agecircncia Europeia 2002a paacuteg 2)

O estudo de acompanhamento (Agecircncia Europeia 2006) natildeo refere quaisquer desenvolvimentos nesta aacuterea

(iv) Oportunidades de integraccedilatildeo

O estudo da Agecircncia com foco na diversidade multicultural destaca a falta de dados em relaccedilatildeo a um fator importante de integraccedilatildeo ndash antecedente de imigraccedilatildeo dos alunos com NEE

Muitos paiacuteses envolvidos no projeto referiram que natildeo existem dados atualizados sobre os alunos com NEE e de origem imigrante Diversas agecircncias governamentais tecircm responsabilidades diferentes e natildeo haacute coordenaccedilatildeo na recolha de dados Haacute outras razotildees para a falta de dados Alguns paiacuteses natildeo tecircm estatiacutesticas oficiais sobre a origem das pessoas para aleacutem do paiacutes de nascimento uma vez que eacute proibido o tratamento de dados pessoais que identifiquem a raccedila a origem eacutetnica a incapacidade ou crenccedila religiosa Em outros paiacuteses natildeo haacute recolha sistemaacutetica de dados relativos a alunos com NEE

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 30

ou a alunos com NEE e de origem imigrante a niacutevel nacional ou local (Agecircncia Europeia 2009a paacuteg 30)

Monitorizaccedilatildeo da eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusiva

Dados que examinam a eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusiva tecircm em conta questotildees de custo-eficaacutecia bem como diversas aacutereas relacionadas com as experiecircncias de educaccedilatildeo dos alunos procedimentos de avaliaccedilatildeo inicial o envolvimento contiacutenuo dos alunos e das suas famiacutelias em experiecircncias educativas e a eficaacutecia de ambientes de aprendizagem na superaccedilatildeo das barreiras e apoio de experiecircncias de aprendizagem significativas para todos os alunos

O estudo da Agecircncia relativo ao Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos realccedila que eacute necessaacuterio apoiar as escolas com

hellip aconselhamento sobre como pode ser usada a informaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo ndash particularmente a da avaliaccedilatildeo estandardizada recolhida para fins de monitorizaccedilatildeo nacional ndash para melhorar as praacuteticas com todos os alunos incluindo os que apresentam NEE (Watkins 2007 paacuteg 60)

O relatoacuterio designado Elevar o Sucesso de Todos os Alunos defende que

Para avanccedilar para uma maior equidade na educaccedilatildeo satildeo necessaacuterios indicadores de sucesso adequados agrave comunidade local focalizados no input recursos processos e outputresultados Embora a informaccedilatildeo (incluindo dados) deva ser usada para direcionar o apoio e acompanhar o sucesso de poliacuteticas e praacuteticas inclusivas eacute necessaacuterio cuidado para que os sistemas de responsabilidade natildeo causem inadvertidamente alteraccedilotildees inadequadas (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 22)

Este estudo destaca potenciais dificuldades inerentes

No clima atual o desenvolvimento de mecanismos de responsabilidade adequados e de formas de medir o sucesso valorizado e monitorizar a equidade apresentam muitos desafios Apesar da procura de dados concretos Fullan (2011) adverte que laquoas estatiacutesticas satildeo um servo maravilhoso mas um mestre terriacutevelraquo (paacuteg 127) e Hargreaves e Shirley (2009) enfatizam a necessidade de colocar a responsabilidade antes da prestaccedilatildeo de contas Sugerem que a prestaccedilatildeo de contas deve laquoservir de consciecircncia por meio de amostragemraquo e que deve ser realizado um ataque laquoaos excessos de padronizaccedilatildeo testada que negam a diversidade e destroem a criatividaderaquo (paacuteg 109) (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 22)

Dentro do projeto MIPIE argumentou-se que a monitorizaccedilatildeo da eficaacutecia dos sistemas de educaccedilatildeo inclusiva tambeacutem incluiria uma anaacutelise da eficaacutecia da formaccedilatildeo de professores (Agecircncia Europeia 2011a) O relatoacuterio do projeto TE4I

Colocar a teoria em praacutetica 31

destaca uma seacuterie de questotildees relacionadas com a disponibilidade de dados nesta aacuterea Relativamente agrave representaccedilatildeo de professores de grupos minoritaacuterios

A maior parte dos paiacuteses que natildeo recolhe dados refere curiosamente uma subshyrepresentaccedilatildeo de pessoas com deficiecircncia e pertencentes a grupos minoritaacuterios entre os professores estagiaacuterios e os professores diplomados e a situaccedilatildeo parece ser idecircntica entre os formadores de professores (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 22)

O relatoacuterio tambeacutem indica a necessidade de dados que levam a mudanccedilas com base em evidecircncias

A falta de investigaccedilatildeo em larga escala e de investigaccedilatildeo cumulativa bem como de evidecircncia empiacuterica na formaccedilatildeo de professores para a inclusatildeo foi referida pela OCDE (2010) hellip esta investigaccedilatildeo poderaacute garantir a existecircncia dum corpo de evidecircncias que possam dar forma agrave mudanccedila No presente relatoacuterio os exemplos realccedilam algumas questotildees-chave da pesquisa incluindo

- A eficaacutecia de diferentes rotas no ensino - Abordagens agrave formaccedilatildeo de professores e ao curriacuteculo da FIP e

- O papel dos cursos separados integrados e unificados e a melhor maneira de passar dum curso contiacutenuo para um uacutenico curso de formaccedilatildeo de professores que prepare todos os professores para a diversidade (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 68)

O projeto MIPIE defende que

A niacutevel da escola a recolha de dados deve

- Fornecer informaccedilatildeo que permitam aos professores e funcionaacuterios da escola planear e prestar o apoio e os recursos adequados

- Fornecer ideias claras sobre a participaccedilatildeo ativa dos pais e alunos no processo educativo (Agecircncia Europeia 2011a paacuteg 13)

Para que isto seja possiacutevel

Satildeo necessaacuterias sinergias a niacutevel nacional entre os principais intervenientes baseadas num claro racional para a recolha de dados considerando os dados a niacutevel nacional regional escola e sala de aula para que os dados globais do paiacutes efetivamente possam refletir a praacutetica (ibid paacuteg 14)

Para concluir a provisatildeo dos dados pode contribuir efetivamente para a elaboraccedilatildeo de poliacuteticas para a educaccedilatildeo inclusiva Haacute uma exigecircncia crescente ndash a niacutevel internacional europeu e nacional ndash para a responsabilidade e tecircm vindo a crescer comparaccedilotildees laquoentre escolasraquo e laquoentre naccedilotildeesraquo O surgimento de laquograndes dadosraquo

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 32

(meta-anaacutelises de conjuntos de dados e fontes combinadas) apresenta oportunidades mas tambeacutem desafios reais para a educaccedilatildeo inclusiva

Os apelos para a poliacutetica e alocaccedilatildeo de recursos baseada em evidecircncias reforccedilam a necessidade de dados significativos relacionados com todos os alunos Eacute necessaacuterio saber que alunos estatildeo a receber que serviccedilos quando e onde (contando todos os alunos) Tambeacutem eacute necessaacuterio ter dados sobre a qualidade dos serviccedilos e os resultados obtidos (considerando a praacutetica)

Um grande desafio para a recolha de dados estaacute em evitar classificar categorizar e rotular os alunos de modo a fornecer informaccedilatildeo sobre a provisatildeo que recebem As laquopluralidadesraquo das definiccedilotildees aplicadas a alunos e a laquopoliacuteticaraquo dos sistemas de rotulagem natildeo podem ser ignoradas nem os efeitos a que esses sistemas de rotulagem e definiccedilotildees conduzem

Fazer as perguntas certas em termos de poliacuteticas eacute o ponto de partida para a recolha de dados que servem de base significativa para as poliacuteticas

Colocar a teoria em praacutetica 33

OLHAR EM FRENTE

O primeiro objetivo da conferecircncia em novembro de 2013 foi refletir e resumir o trabalho da Agecircncia ao longo da uacuteltima deacutecada As cinco mensagens-chave descritas nos capiacutetulos anteriores destacam aspetos criacuteticos no que se refere agrave educaccedilatildeo inclusiva Baseiam-se nos resultados da anaacutelise aprofundada de temas-chave decididos pelos paiacuteses membros da Agecircncia O segundo objetivo da conferecircncia foi olhar em frente explorando a forma como o trabalho da Agecircncia pode prestar um melhor apoio aos paiacuteses membros ajudandoos a melhorar a qualidade e a eficaacutecia das suas respostas inclusivas para alunos com incapacidades eou necessidades educativas especiais A Agecircncia estaacute disposta a ajudar os paiacuteses de uma forma mais concreta com a implementaccedilatildeo dos resultados do nosso trabalho Isso significa disponibilizar recomendaccedilotildees de poliacutetica que sejam mais diretamente aplicaacuteveis aos decisores poliacuteticos para apoiar alteraccedilotildees futuras e desenvolvimentos poliacuteticos

A Agecircncia estaacute consciente de que o trabalho jaacute realizado estaacute de acordo e apoia diretamente todas as iniciativas de poliacuteticas europeias e internacionais em termos de educaccedilatildeo equidade igualdade de oportunidades e direitos para pessoas com incapacidades eou necessidades educativas especiais O trabalho da Agecircncia fornece recomendaccedilotildees claras e coerentes sobre como as poliacuteticas-chave nestas aacutereas podem ser implementadas na praacutetica A Agecircncia pretende proporcionar aos paiacuteses informaccedilatildeo sobre o progresso alcanccedilado nos objetivos propostos em termos de (a) metas de Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo para 2020 e (b) Convenccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiecircncia (2006) bem como vaacuterias diretivas e comunicaccedilotildees da Uniatildeo Europeia Eacute necessaacuteria orientaccedilatildeo sobre o modo como a educaccedilatildeo inclusiva pode ser implementada a niacutevel do professor sala de aula escola regiatildeo municiacutepio e poliacutetica nacional A Agecircncia tem capacidade para disponibilizar aos paiacuteses orientaccedilotildees sobre formas de implementaccedilatildeo da educaccedilatildeo inclusiva e como isto afeta a qualidade geral da educaccedilatildeo As discussotildees durante a conferecircncia bem como as discussotildees aprofundadas no acircmbito da Agecircncia orientaratildeo esta nova etapa no trabalho da Agecircncia

shy

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 34

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 1999 Financing of Special Needs Education ndash A seventeen-country Study of the Relationship between Financing of Special Needs Education and Inclusion [Financiamento da Educaccedilatildeo Especial ndash Um estudo de dezassete paiacuteses da Relaccedilatildeo entre o Financiamento da Educaccedilatildeo Especial e a Inclusatildeo] Middelfart Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2002a Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Princiacutepios-chave e Recomendaccedilotildees para R esponsaacuteveis Poliacuteticos Middelfart Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanagencyorgsitesdefaultfilestransition_transition_pttextpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2002b Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Principais problemas questotildees e opccedilotildees enfrentadas pelos alunos com necessidades educativas especiais em 16 paiacuteses Europeus Relatoacuterio Siacutentese Middelfart Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanagencyorgsitesdefaultfilestransition-from-school-to-employment_Transitionptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2003 Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula Relatoacuterio Siacutentese Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanagencyorgsitesdefaultfilesinclusive-education-and-classroom-practices_iecpptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2005 Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula nos 2ordm e 3ordm Ciclos do Ensino Baacutesico Relatoacuterio Siacutentese Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesinclusive-educationand-classroom-practice-in-secondary-education_iecp_secondary_ptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2006 Planos Individuais de Transiccedilatildeo Apoiar a Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesindividual-transitionplans_itp_ptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

shy

shyshy

shyshy

shy

shy

Colocar a teoria em praacutetica 35

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2009a Diversidade multicultural e necessidades especiais de educaccedilatildeo Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfilesmulticultural-diversity-and-special-needsshyeducation_Multicultural-Diversity-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2009b Princiacutepiosshychave para a Promoccedilatildeo da Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva ndash Recomendaccedilotildees para Decisores Poliacuteticos Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportskeyshyprinciples-for-promoting-quality-in-inclusive-educationkey-principles-PTpdf(Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2010 Intervenccedilatildeo Precoce na Infacircncia ndash Progressos e Desenvolvimentos 2005ndash2010 Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesearly-childhood-interventionshyprogress-and-developments_ECI-report-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011a Mapeamento da Implementaccedilatildeo de Poliacuteticas para a Educaccedilatildeo Inclusiva Uma anaacutelise dos desafios e oportunidades para o desenvolvimento de indicadores Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httphttpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesmipie_MIPIE-summaryshyof-proposals-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011b Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo na Europa ndash Desafios e Oportunidades Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfileste4i-challenges-and-opportunities_TE4I-Synthesis-Report-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011c Princiacutepios-Chave para a Promoccedilatildeo da Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva ndash Recomendaccedilotildees para Decisores Poliacuteticos Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfilesinclusive-education-and-classroom-practices_iecpshyptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011d Participation in Inclusive Education ndash A Framework for Developing Indicators [Participaccedilatildeo na Educaccedilatildeo inclusiva ndash Um Quadro para o Desenvolvimento de Indicadores] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 36

agencyorgpublicationsereportsparticipation-in-inclusive-education-a-frameworkshyfor-developing-indicatorsParticipation-in-Inclusive-Educationpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012a Perspetivas dos Jovens sobre Educaccedilatildeo Inclusiva Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfilesyoung-views-on-inclusive-education_YoungViews-2012PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012b Perfil de Professores Inclusivos Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfileste4i-profile-of-inclusive-teachers_Profile-of-InclusiveshyTeachers-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012c Raising Achievement for All Learners ndash Quality in Inclusive Education [Elevar o Sucesso de Todos os Alunos ndash Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva] Relatoacuterio sobre a conferecircncia realizada em Odense Dinamarca de 13 a 15 de junho de 2012 Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesRA4AL-conference-reportpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014) Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012d Raising Achievement for All Learners ndash Quality in Inclusive Education [Elevar o Sucesso de Todos os Alunos ndash Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httphttpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesra4al-keyshymessages_RA4AL-summary-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012e Promoting Accessible Information for Lifelong Learning Recommendations and findings of the i-access project [Promover o Acesso agrave Informaccedilatildeo para a Aprendizagem ao Longo da Vida Recomendaccedilotildees e observaccedilotildees do projeto i-access] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportsi-accessi-accessshyreportpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012f Vocational Education and Training Policy and Practice in the field of Special Needs Education ndash Literature Review [Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional (EFP) Poliacutetica e Praacutetica no campo da Educaccedilatildeo Especial ndash Revisatildeo da Literatura] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Colocar a teoria em praacutetica 37

agencyorgagency-projectsvocational-education-and-trainingvet-filesVETshyLiteratureReviewpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012g Teacher Education for Inclusion Project Recommendations linked to Sources of Evidence [Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo Recomendaccedilotildees do Projeto Ligadas a Fontes de Evidecircncias] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgagencyshyprojectsTeacher-Education-for-Inclusionsources-of-evidencepdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2013 European and International Policy Supporting ICT for Inclusion [Poliacutetica Europeia e Internacional para Uso das TIC como Apoio para a Inclusatildeo] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfileseuropean-and-internationalshypolicy-supporting-ict-for-inclusion_policy-supporting-ict-for-inclusionpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para as Necessidades Especiais e a Educaccedilatildeo Inclusiva 2014 Vocational Education and Training ndash Summary of Country Information [Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional ndash Resumo de Informaccedilatildeo do Paiacutes] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para as Necessidades Especiais e a Educaccedilatildeo Inclusiva httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesVET Summary of Country information 2014pdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Bennett S e Gallagher TL 2012 The Delivery of Education Services for Students who have an Intellectual Disability in the Province of Ontario [A prestaccedilatildeo de serviccedilos de ensino para alunos com incapacidade intelectual na proviacutencia de Ontaacuterio] Toronto Community Living Ontario

Chapman C Ainscow M Miles S e West M 2011 Leadership that promotes the achievement of students with special educational needs and disabilities [Lideranccedila que promove o sucesso de alunos com necessidades educativas especiais e incapacidades] Nottingham National College for School Leadership

Comissatildeo das Comunidades Europeias 2008 Livro Verde ndash Migraccedilatildeo e mobilidade desafios e oportunidades para os sistemas educativos da UE SEC(2008) 2173 COM20080423 final Bruxelas Comissatildeo das Comunidades Europeias

Conselho da Uniatildeo Europeia 2010 Conclusotildees do Conselho sobre a dimensatildeo social da educaccedilatildeo e da formaccedilatildeo 3013ordf Reuniatildeo do Conselho de EDUCACcedilAtildeO JUVENTUDE E CULTURA Bruxelas 11 de maio de 2010 httpeurshylexeuropaeulegal-contentPTTXTPDFuri=CELEX52010XG0526(01)ampfrom=PT(Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 38

Farrell P Dyson AS Polat F Hutcheson G e Gallannaugh F 2007 laquoSEN inclusion and pupil achievement in English schoolsraquo [Inclusatildeo de crianccedilas com NEE e sucesso dos alunos nas escolas inglesas] Journal of Research in Special Educational Needs 7 (3) 172ndash178

Frilseth L 2012 The Norwegian Model for Education for All in Upper Secondary School [O Modelo Norueguecircs para a Educaccedilatildeo para Todos no Ensino Secundaacuterio] Direccedilatildeo Norueguesa para Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo httpwwweuropeanshyagencyorgagency-projectsra4alra4al-seminar-pdfNorway-L-Frilsethpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Fullan M 2011 Change Leader Learning to do what matters most [Liacuteder de Mudanccedila aprender a fazer o que mais importa] San Francisco Jossey-Bass de Graaf G van Hove G e Haveman M 2011 laquoMore academics in regular schools The effect of regular versus special school placement on academic skills in Dutch primary school students with Down syndromeraquo [Mais acadeacutemicos nas escolas regulares O efeito da colocaccedilatildeo em escola regular versus escola especial nas competecircncias acadeacutemicas em alunos holandeses do ensino primaacuterio com siacutendrome de Down] Journal of International Disability Research December 2011 57(1) 21ndash38 doi 101111j1365-2788201101512x

Hargreaves A e Shirley D 2009 The Fourth Way ndash The inspiring future for educational change [A Quarta Via ndash O futuro inspirador para a mudanccedila educativa] Publicaccedilatildeo conjunta do Ontario Principalsrsquo Council e do National Staff Development Council Thousand Oaks CA Corwin Press

Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO e Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011 ICTs in Education for People with Disabilities Review de innovative practice [TIC na Educaccedilatildeo para Pessoas com Incapacidades revisatildeo da praacutetica inovadora] Moscovo Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO httpwwweuropeanshyagencyorgpublicationsereportsICTs-in-Education-for-People-WithshyDisabilitiesReview-of-Innovative-Practice (Uacuteltimo acesso em julho de 2014) Kalambouka A Farrell P Dyson A e Kaplan I 2005 The impact of population inclusivity in schools on student outcomes [O impacto da inclusividade da populaccedilatildeo em escolas nos resultados dos alunos] Research Evidence in Education Library London EPPI-Centre Social Science Research Unit Institute of Education University of London Kyriazopoulou M e Weber H (eds) 2009 Desenvolvimento de um conjunto de indicadores ndash para a educaccedilatildeo inclusiva na Europa Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Colocar a teoria em praacutetica 39

agencyorgsitesdefaultfilesdevelopment-of-a-set-of-indicators-for-inclusiveshyeducation-in-europe_indicators-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

MacArthur J 2009 Learning Better Together Working towards inclusive education in New Zealand schools [Aprender Melhor Juntos trabalhar para a educaccedilatildeo inclusiva nas escolas da Nova Zelacircndia] Wellington IHC

MacArthur J Kelly B Sharp S amp Gaffney M 2005 Participation or exclusion Disabled childrenrsquos experiences of life at school [Participaccedilatildeo ou exclusatildeo Experiecircncias de vida na escola de crianccedilas com incapacidades] Um artigo apresentado na laquoChildrenrsquos Issues Conferenceraquo Dunedin Nova Zelacircndia julho de 2005 Menter I Hulme M Elliott D e Lewin J 2010 Literature Review on Teacher Education in the 21st Century [Revisatildeo da Literatura sobre a Formaccedilatildeo de Professores no Seacuteculo XXI] Scottish Government Social Research Edimburgo Scottish Government

Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para a Educaccedilatildeo Ciecircncia e Cultura 2009 Policy Guidelines on Inclusion in Education [Diretrizes da Poliacutetica sobre Inclusatildeo na Educaccedilatildeo] Paris UNESCO

Organizaccedilatildeo Mundial de SauacutedeBanco Mundial 2011 World Report on Disability [Relatoacuterio Mundial sobre Deficiecircncia] Genebra Ediccedilotildees OMS httpwwwwhointdisabilitiesworld_report2011enindexhtml (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Organizaccedilatildeo para a Cooperaccedilatildeo e Desenvolvimento Econoacutemico 2011 PISA in Focus Improving Performance Leading from the Bottom [PISA agrave Lupa Melhorar os Resultados Progedir ateacute ao Topo] 20112 (Marccedilo) Paris OCDE Redley M 2009 laquoUnderstanding the social exclusion and stalled welfare of citizens with learning disabilitiesraquo [Compreender a exclusatildeo social e o bem-estar sem progresso dos cidadatildeos com dificuldades de aprendizagem] Disability amp Society 24(4) 489ndash501

Naccedilotildees Unidas 2006 Convenccedilatildeo sobre os Direitos das Pessoas com Deficiecircncia Nova Iorque Naccedilotildees Unidas

Watkins A (ed) 2007 Assessment in Inclusive Settings Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos Questotildees-chave para Poliacuteticas e Praacuteticas Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportsassessment-in-inclusiveshysettings-key-issues-for-policy-and-practiceassessment-in-inclusive-settings-keyshyissues-for-policy-and-practice (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 40

Wilkinson R e Pickett K 2010 The Spirit Level Why Equality is Better para Everyone [O Niacutevel do Espiacuterito Por que a Igualdade eacute Melhor para Todos] Londres Penguin

Willms JD 2006 Learning divides Ten policy questions about the performance and equity of schools and schooling systems [A aprendizagem divide dez perguntas de poliacutetica acerca do desempenho e equidade das escolas e dos sistemas de escolaridade] Montreal Instituto de Estatiacutestica da UNESCO

Colocar a teoria em praacutetica 41

  • preacircmbulo
  • Sumaacuterio Executivo
  • O mais precocemente possiacutevel
    • Introduccedilatildeo
    • Intervenccedilatildeo precoce
    • Deteccedilatildeo e avaliaccedilatildeo precoces
    • Apoio precoce
    • Transiccedilatildeo planeada
      • A educaccedilatildeo inclusiva beneficia todos
        • Introduccedilatildeo
        • A educaccedilatildeo inclusiva como uma abordagem para elevar o sucesso para todos os alunos
        • laquoO que eacute bom para os alunos com NEE eacute igualmente bom para todos os alunosraquo
        • Monitorizaccedilatildeo do progresso
          • profissionais altamente qualificados
            • Introduccedilatildeo
            • Formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo
            • O perfil dos professores inclusivos e outros profissionais
            • Abordagens ao recrutamento
            • Atitudes positivas
            • Trabalho em rede e coordenaccedilatildeo
              • sistemas de apoio e mecanismos de financiamento
                • Introduccedilatildeo
                • Sistemas de apoio e mecanismos de financiamento
                  • Intervenccedilatildeo Precoce na Infacircncia (IPI)
                  • Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula
                  • Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional (EFP)
                  • Tecnologias de Informaccedilatildeo e Comunicaccedilatildeo (TIC)
                      • dados fiaacuteveis
                        • Introduccedilatildeo
                        • Monitorizaccedilatildeo dos direitos dos alunos
                          • (i) Participaccedilatildeo na educaccedilatildeo e formaccedilatildeo
                          • (ii) Acesso ao apoio e agrave adaptaccedilatildeo
                          • (iii) Oportunidades para o sucesso na aprendizagem e na transiccedilatildeo
                          • (iv) Oportunidades de integraccedilatildeo
                            • Monitorizaccedilatildeo da eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusiva
                              • olhar em frente
                              • REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

A IPI eacute muitas vezes uma aacuterea de trabalho interserviccedilos mas tambeacutem uma aacuterea interdisciplinar Os decisores poliacuteticos precisam de reconhecer isso garantindo que as poliacuteticas e as orientaccedilotildees sejam desenvolvidas conjuntamente pelos setores da sauacutede da educaccedilatildeo e da seguranccedila social e que qualquer orientaccedilatildeo escrita para os serviccedilos regionais e locais inclui os logotipos de todos os departamentos Somente desta forma o trabalho integrado seraacute filtrado aos niacuteveis regional e local (ibid paacuteg 42ndash43)

Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula

A existecircncia de diferentes modelos de gestatildeo da diferenccedila na sala de aula depende natildeo soacute de fatores ligados ao professor mas tambeacutem da forma como a escola organiza os recursos e de outros fatores externos

Esta afirmaccedilatildeo foi incluiacuteda no relatoacuterio da Agecircncia sobre Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula (Agecircncia Europeia 2003 paacuteg 8)

Eacute claro que a resposta aos alunos com necessidades educativas especiais natildeo eacute apenas uma questatildeo de recursos a niacutevel da sala de aula Importa reconhecer que a organizaccedilatildeo da escola determina igualmente a quantidade e o tipo dos recursos que os professores podem usar no ensino de alunos com NEE (ibid paacuteg 14ndash15)

A organizaccedilatildeo dos recursos no seio da escola deve corresponder ao princiacutepio da flexibilidadehellip as escolas devem ter liberdade para a utilizaccedilatildeo dos recursos financeiros de acordo com os seus proacuteprios desejos e perspetivas Deve evitarshyse a burocracia estando os recursos disponiacuteveis para todos os alunos com ou sem NEE sempre que necessaacuterio ou quando o professor assim o desejar (ibid paacuteg 16)

laquoO financiamento e respetivos incentivos desempenham um papel decisivoraquo (ibid paacuteg 17)

O modelo de financiamento baseado na avaliaccedilatildeo dos resultados (a niacutevel regional) parece ser a opccedilatildeo melhor sucedida Neste modelo os orccedilamentos destinados agraves necessidades educativas especiais satildeo atribuiacutedos pelo serviccedilo central agraves instituiccedilotildees regionais ou locais (comunidades agrupamentos de escolas) As decisotildees relativas ao financiamento e elegibilidade devem ser tomadas a niacutevel regionalhellip Um modelo descentralizado pode ser mais rentaacutevel e limitar os riscos de ver emergir formas indesejaacuteveis de comportamentosestrateacutegicos Eacute no entanto evidente que o governo central deve indicar claramente os objetivos a atingir (ibid paacuteg 18)

Colocar a teoria em praacutetica 23

Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional (EFP) A implementaccedilatildeo dos programas de EFP segue o planeamento a longo prazo no setor da educaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo com os parceiros sociais

Existe um foco no estabelecimento de ligaccedilotildees mais proacuteximas hellip para desenvolver os curriacuteculos dos programas de formaccedilatildeo profissional e para corresponder agraves abordagens e conteuacutedos educativos com as competecircncias necessaacuterias na vida laboral hellip atraveacutes da organizaccedilatildeo e realizaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo de competecircncias colaboraccedilatildeo no estabelecimento de conteuacutedos de novas qualificaccedilotildees normas e curriacuteculos e correspondecircncia dos programas de EFP com as necessidades da economia (Agecircncia Europeia 2014 paacuteg 23) A niacutevel individual os alunos com necessidades educativas especiais recebem assistecircncia educativa (por exemplo tecnologia de apoio inteacuterpretes de liacutengua gestual materiais de aprendizagem de elaboraccedilatildeo especial escribas ou outras formas de assistecircncia praacutetica) especial para tornar os curriacuteculos de EFP acessiacuteveis (ibid paacuteg 15)

Os niacuteveis regionais (ou seja condados freguesias municiacutepios proviacutencias federais) satildeo fundamentais para garantir o melhor ajuste entre os objetivos educativos e as necessidades do mercado de trabalho Os conselhos consultivos regionais desempenham um papel ativo na atualizaccedilatildeo da estrutura dos programas educativos no acircmbito da sua responsabilidade regional e em cooperaccedilatildeo com os parceiros sociais Desempenham um papel importante na possibilidade de flexibilizaccedilatildeo dos percursos dos alunos

As instituiccedilotildees de EFP satildeo lideradas por diferentes agecircncias nos paiacuteses europeus tais como autoridades locais organizaccedilotildees natildeo governamentais setor privado etc Nos paiacuteses europeus analisados as principais responsabilidades pelo financiamento cabem agraves entidades estatais e governamentais a niacutevel regional ou municipal Aleacutem disso na maioria dos paiacuteses os criteacuterios de financiamento satildeo diferentes dependendo do tipo de propriedade (puacuteblicaprivada) vigente no paiacutes Outras medidas destinadas a promover o emprego entre os alunos com NEE satildeo o pagamento do custo do serviccedilo de emprego apoiado a isenccedilatildeo do pagamento de pensatildeo e seguro de invalidez uma recompensa para casos em que a quota eacute ultrapassada ajudas financeiras aos trabalhadores com incapacidades que se estabelecem como empresaacuterios reduccedilatildeo nos pagamentos agrave seguranccedila social reduccedilatildeo de impostos pelo emprego de jovens alunos com NEE ou preacutemios anuais por boas praacuteticas Existem tambeacutem programas que permitem que os alunos entrem no mercado de trabalho mantendo uma percentagem do seu subsiacutedio social de origem (por exemplo subsiacutedio de invalidez) que natildeo estaacute sujeito agrave tributaccedilatildeo ou cobertura social Os funcionaacuterios tambeacutem seriam autorizados a manter laquobenefiacutecios

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 24

secundaacuteriosraquo (por exemplo subsiacutedio para combustiacutevel cartatildeo meacutedico) durante um determinado periacuteodo de tempo

Tecnologias de Informaccedilatildeo e Comunicaccedilatildeo (TIC)

Sem duacutevida as TIC acessiacuteveis podem atuar como um facilitador para a igualdade de participaccedilatildeo em atividades educativas para diversos alunos com NEE Os estudantes com SEN destacaram a importacircncia das TIC durante a Audiccedilatildeo do Parlamento Europeu em 2011

No nosso paiacutes existe uma organizaccedilatildeo que fornece materiais especiais e tecnologias de informaccedilatildeo A escola pode pedir as ajudas teacutecnicas a essa organizaccedilatildeo e os alunos podem levaacute-las para casa Quando deixam de precisar dessas ajudas teacutecnicas estas podem ser usadas por outros alunos nas mesmasou noutras escolas Eacute muito importante ter ajudas teacutecnicas e apoio (Agecircncia Europeia 2012a paacuteg 14)

Poreacutem

O facto de o impulso para a equidade na educaccedilatildeo atraveacutes do apoio de TIC acessiacuteveis estar a ser ofuscado por desenvolvimentos econoacutemicos negativos reforccedila a ideia de que as poliacuteticas europeias e internacionais globais devem continuar a assumir uma lideranccedila estaacutevel neste campo (Agecircncia Europeia 2013 paacuteg 24)

Neste contexto a aquisiccedilatildeo pode ser considerada um mecanismo de financiamento se a acessibilidade for um preacute-requisito incorporado A acessibilidade deve ser um princiacutepio orientador para a aquisiccedilatildeo de todos os bens e serviccedilos

O acesso a TIC apropriadas em diferentes contextos de aprendizagem ao longo da vida ndash incluindo em casa ndash requer muitas vezes a contribuiccedilatildeo de profissionais de diferentes aacutereas hellip Isto envolve a coordenaccedilatildeo entre indiviacuteduos serviccedilos e muitas vezes poliacuteticas para diferentes setores de trabalho Tambeacutem envolve abordagens flexiacuteveis para o financiamento das TIC com possibilidades de tomada de decisotildees a niacutevel local quanto agraves despesas relacionadas com as necessidades identificadas localmente (Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO e Agecircncia Europeia 2011 paacuteg 88)

Para concluir

Eacute necessaacuterio considerar quatro requisitos no que diz respeito aos sistemas de financiamento para garantir que estes sistemas sustentam totalmente os objetivos da poliacutetica educativa

Colocar a teoria em praacutetica 25

A poliacutetica de financiamento apoia totalmente a educaccedilatildeo inclusiva Isto inclui o desenvolvimento de poliacuteticas fiscais que criem incentivos ao inveacutes de desincentivos agrave oferta de colocaccedilotildees e de serviccedilos de inclusatildeo Embora exista uma seacuterie de bases alternativas para financiar alunos com NEE o financiamento per capita parece ser o mais promissor para satisfazer o requisito estabelecido

A poliacutetica de financiamento baseia-se totalmente nas necessidades educativas Os montantes individuais de financiamento per capita podem ser determinados atraveacutes de anaacutelises de custos que mostram os custos relativos de disponibilizar aos alunos condiccedilotildees especiais selecionadas

A poliacutetica de financiamento facilita totalmente respostas flexiacuteveis eficazes e eficientes agraves necessidades Em vez de financiar ou fornecer recursos especiacuteficos por exemplo tipos preacute-determinados de pessoal equipamentos ou instalaccedilotildees o financiamento per capita aloca recursos monetaacuterios promovendo a flexibilidade no uso local

A poliacutetica de financiamento promove totalmente o apoio de serviccedilos relacionados e a necessaacuteria colaboraccedilatildeo intersectorial

Em geral as estruturas de incentivo devem assegurar a disponibilizaccedilatildeo de mais fundos se uma crianccedila for colocada num contexto inclusivo sendo necessaacuteria uma maior ecircnfase nos resultados (natildeo apenas acadeacutemicos)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 26

DADOS FIAacuteVEIS

Introduccedilatildeo

A Convenccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiecircncia (CDPD) bem como a Estrateacutegia Europeia para a Deficiecircncia 2010ndash2020 e o quadro estrateacutegico Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo 2020 relativo agrave equidade na educaccedilatildeo satildeo impulsionadores-chave para a educaccedilatildeo inclusiva nos paiacuteses A CDPD da ONU apela aos Estados Partes para

hellip recolher informaccedilatildeo apropriada incluindo dados estatiacutesticos e de investigaccedilatildeo que lhes permitam formular e implementar poliacuteticas que visem dar efeito agrave presente Convenccedilatildeo (Naccedilotildees Unidas 2006 Artigo 31ordm)

e hellip Os Estados Partes devem em conformidade com os seus sistemas juriacutedico e administrativo manter fortalecer nomear ou estabelecer a niacutevel interno uma estrutura que inclua um ou mais mecanismos independentes conforme apropriado com vista a promover proteger e monitorizar a implementaccedilatildeo da presente Convenccedilatildeo (ibid Artigo 33ordm)

Existe a consciencializaccedilatildeo disseminada de que a criaccedilatildeo de poliacuteticas com base em evidecircncias eacute essencial para o desenvolvimento a longo prazo dos sistemas de educaccedilatildeo inclusiva Decisores poliacuteticos especialistas em estatiacutestica e investigadores reconhecem a necessidade de uma recolha de dados a niacutevel nacional que natildeo soacute responda agraves exigecircncias das orientaccedilotildees poliacuteticas internacionais mas que tambeacutem obedeccedila a uma abordagem comum que promova uma sinergia de esforccedilos a niacutevel nacional e internacional O trabalho da Agecircncia demonstrou que existem apelos para a disponibilizaccedilatildeo de ampla informaccedilatildeo para os decisores poliacuteticos e para a adoccedilatildeo pelas diferentes organizaccedilotildees tanto a niacutevel nacional como europeu de uma variedade de abordagens complementares para a recolha de dados Poreacutem embora a necessidade de tais dados seja clara os melhores meacutetodos e procedimentos de recolha e anaacutelise dos mesmos satildeo muito menos claros

Em resultado do trabalho da Agecircncia ndash mais especificamente das atividades dos projetos Desenvolvimento de um conjunto de indicadores ndash para a educaccedilatildeo inclusiva na Europa (Kyriazopoulou e Weber 2009) e Mapeamento da Implementaccedilatildeo de Poliacuteticas para a Educaccedilatildeo Inclusiva (MIPIE) (Agecircncia Europeia 2011a) ndash emergem cinco requisitos-chave de poliacuteticas relativos agrave recolha de dados no que concerne agrave necessidade de evidecircncias sobre a educaccedilatildeo inclusiva a niacutevel nacional

bull necessidade de recolha de dados nacionais ancorada nos acordos internacionais e europeus

Colocar a teoria em praacutetica 27

bull necessidade de compreender o impacto das diferenccedilas nos sistemas educativos dos paiacuteses

bull necessidade de analisar a efetividade da educaccedilatildeo inclusiva

bull necessidade de recolha de dados que forneccedila evidecircncias sobre a garantia de qualidade e

bull necessidade de acompanhar o progresso dos alunos a longo prazo Os decisores poliacuteticos precisam de dados qualitativos e quantitativos que os informem sobre a qualidade da educaccedilatildeo prestada aos alunos com necessidades educativas especiais Estas mensagens principais refletem uma recomendaccedilatildeo central do Relatoacuterio Mundial sobre Deficiecircncia (Organizaccedilatildeo Mundial de SauacutedeBanco Mundial 2011) a necessidade de os paiacuteses desenvolverem os sistemas de recolha de dados quantitativos existentes e de simultaneamente realizarem investigaccedilotildees qualitativas aprofundadas e especiacuteficas sobre o custoshyeficaacutecia e sobre outras questotildees relacionadas com a garantia da qualidade

O projeto MIPIE apela ao desenvolvimento de um quadro comum para a recolha de dados construiacutedo com base nos procedimentos nacionais existentes e nos acordos internacionais sobre recolha de dados e procedimentos hellip Podem ser identificadas trecircs dimensotildees para uma estrutura comum

- A mudanccedila para um sistema de recolha de dados baseado em conceitos e definiccedilotildees comuns

- A recolha de evidecircncias que conduzam a niacuteveis de referecircncia quantitativos e qualitativos

- O uso de uma estrutura multiniacutevel para analisar as poliacuteticas a niacuteveis nacional e internacional (Agecircncia Europeia 2011a paacuteg 11)

Uma tal abordagem eacute necessaacuteria para apoiar os paiacuteses no desenvolvimento de uma laquorecolha de dados que permita monitorizar os direitos dos alunos bem como para monitorizarem a eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusivaraquo (ibid)

Monitorizaccedilatildeo dos direitos dos alunos

No acircmbito de uma estrutura abrangente para o mapeamento das questotildees relacionadas com os direitos devem ser identificados indicadores quantitativos e qualitativos referentes a diversos fatores

(i) Participaccedilatildeo na educaccedilatildeo e formaccedilatildeo

O relatoacuterio da Agecircncia sobre a Intervenccedilatildeo precoce na infacircncia sugere que

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 28

Os decisores poliacuteticos devem ter mecanismos para avaliar a solicitaccedilatildeo de serviccedilos de IPI e mecanismos eficazes que verifiquem se a prestaccedilatildeo de serviccedilos responde ao solicitado para se poder planear a melhoria do serviccedilo Deve ser desenvolvida uma forma sistemaacutetica de recolha e de monitorizaccedilatildeo de dados fiaacuteveis a niacutevel nacional (Agecircncia Europeia 2010 paacuteg 40)

No relatoacuterio Participaccedilatildeo na Educaccedilatildeo Inclusiva afirma-se que Embora os governos nacionais e locais jaacute recolham dados importantes sobre a educaccedilatildeo pouco se sabe sobre a participaccedilatildeo hellip Atualmente a maior parte dos dados recolhidos para fins de monitorizaccedilatildeo satildeo dados estatiacutesticos sobre a inscriccedilatildeo e a conclusatildeo da escolaridade hellip Poucos paiacuteses tecircm meacutetodos sistemaacuteticos de recolha anaacutelise e interpretaccedilatildeo de dados qualitativos sobre a participaccedilatildeo a niacutevel individual em sala de aula e na escola embora os relatoacuterios escolares de autorrevisatildeo e de inspeccedilatildeo respondam muitas vezes a questotildees de participaccedilatildeo e inclusatildeo (Agecircncia Europeia 2011d paacuteg 19)

Este relatoacuterio tambeacutem destaca alguns dos perigos potenciais associados agrave recolha de dados em relaccedilatildeo agrave participaccedilatildeo

hellip estruturas criadas para acompanhar as crianccedilas com necessidades educativas especiais podem funcionar como barreiras agrave sua participaccedilatildeo e sucesso marcando estas crianccedilas como diferentes Uma consequecircncia natildeo intencional de categorizar algumas crianccedilas para monitorizar a sua participaccedilatildeo pode gerar um paradoxo o que resulta na celebraccedilatildeo de acordos separados para a sua educaccedilatildeo (ibid paacuteg 17ndash18)

(ii) Acesso ao apoio e agrave adaptaccedilatildeo

Trecircs estudos da Agecircncia consideraram diferentes aspetos de apoio para os alunos com NEE A revisatildeo da literatura do projeto Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional cita Redley (2009)

Natildeo existem dados nacionais fiaacuteveis sobre o nuacutemero de organizaccedilotildees que oferecem emprego apoiado ou o nuacutemero de pessoas com dificuldades de aprendizagem empregadas nelas e o governo natildeo participa neste processo (Agecircncia Europeia 2012f paacuteg 41)

O estudo conjunto da Agecircncia realizado com o Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO que analisa o uso das TIC na educaccedilatildeo das pessoas com incapacidades defende que

Tanto em relaccedilatildeo agrave Convenccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas (2006) como em relaccedilatildeo agrave poliacutetica regional (ou seja europeia) e nacional haacute uma necessidade de informaccedilatildeo mais detalhada ligada agrave monitorizaccedilatildeo de indicadores e benchmarks qualitativos e quantitativos sobre as TIC na educaccedilatildeo para pessoas

Colocar a teoria em praacutetica 29

com incapacidades (Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO e Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011 paacuteg 93)

Em relaccedilatildeo agrave acessibilidade da informaccedilatildeo para a aprendizagem as recomendaccedilotildees do projeto i-access da Agecircncia defendem que

A conformidade [acessibilidade] agrave poliacutetica deve ser sistematicamente monitorizada A monitorizaccedilatildeo da conformidade soacute pode ser incentivada nomomento presente mas deve ser alargada hellip Eacute necessaacuterio recolher dados quantitativos e qualitativos sistemaacuteticos o que deve tambeacutem envolver os utilizadores finais de informaccedilatildeo acessiacutevel Poreacutem a monitorizaccedilatildeo do progresso natildeo se pode limitar a afericcedilatildeo numeacuterica mas deve incluir a possibilidade de recolher exemplos de boas praacuteticas que poderiam servir de modelo para outros paiacuteses e organizaccedilotildees (Agecircncia Europeia 2012e paacuteg 40ndash 41)

(iii) Oportunidades para o sucesso na aprendizagem e na transiccedilatildeo Dois grandes projetos da Agecircncia tiveram em linha de conta a transiccedilatildeo da escola para o emprego Ambos apontam para a falta de dados fiaacuteveis neste campo O projeto Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego sugeriu que

Os dados nacionais dos paiacuteses apenas incluem pessoas registadas como desempregadas mas uma alta percentagem de pessoas com necessidades especiais natildeo estaacute registada ndash elas natildeo tecircm sequer a oportunidade de conseguir o primeiro emprego (Agecircncia Europeia 2002a paacuteg 2)

O estudo de acompanhamento (Agecircncia Europeia 2006) natildeo refere quaisquer desenvolvimentos nesta aacuterea

(iv) Oportunidades de integraccedilatildeo

O estudo da Agecircncia com foco na diversidade multicultural destaca a falta de dados em relaccedilatildeo a um fator importante de integraccedilatildeo ndash antecedente de imigraccedilatildeo dos alunos com NEE

Muitos paiacuteses envolvidos no projeto referiram que natildeo existem dados atualizados sobre os alunos com NEE e de origem imigrante Diversas agecircncias governamentais tecircm responsabilidades diferentes e natildeo haacute coordenaccedilatildeo na recolha de dados Haacute outras razotildees para a falta de dados Alguns paiacuteses natildeo tecircm estatiacutesticas oficiais sobre a origem das pessoas para aleacutem do paiacutes de nascimento uma vez que eacute proibido o tratamento de dados pessoais que identifiquem a raccedila a origem eacutetnica a incapacidade ou crenccedila religiosa Em outros paiacuteses natildeo haacute recolha sistemaacutetica de dados relativos a alunos com NEE

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 30

ou a alunos com NEE e de origem imigrante a niacutevel nacional ou local (Agecircncia Europeia 2009a paacuteg 30)

Monitorizaccedilatildeo da eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusiva

Dados que examinam a eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusiva tecircm em conta questotildees de custo-eficaacutecia bem como diversas aacutereas relacionadas com as experiecircncias de educaccedilatildeo dos alunos procedimentos de avaliaccedilatildeo inicial o envolvimento contiacutenuo dos alunos e das suas famiacutelias em experiecircncias educativas e a eficaacutecia de ambientes de aprendizagem na superaccedilatildeo das barreiras e apoio de experiecircncias de aprendizagem significativas para todos os alunos

O estudo da Agecircncia relativo ao Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos realccedila que eacute necessaacuterio apoiar as escolas com

hellip aconselhamento sobre como pode ser usada a informaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo ndash particularmente a da avaliaccedilatildeo estandardizada recolhida para fins de monitorizaccedilatildeo nacional ndash para melhorar as praacuteticas com todos os alunos incluindo os que apresentam NEE (Watkins 2007 paacuteg 60)

O relatoacuterio designado Elevar o Sucesso de Todos os Alunos defende que

Para avanccedilar para uma maior equidade na educaccedilatildeo satildeo necessaacuterios indicadores de sucesso adequados agrave comunidade local focalizados no input recursos processos e outputresultados Embora a informaccedilatildeo (incluindo dados) deva ser usada para direcionar o apoio e acompanhar o sucesso de poliacuteticas e praacuteticas inclusivas eacute necessaacuterio cuidado para que os sistemas de responsabilidade natildeo causem inadvertidamente alteraccedilotildees inadequadas (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 22)

Este estudo destaca potenciais dificuldades inerentes

No clima atual o desenvolvimento de mecanismos de responsabilidade adequados e de formas de medir o sucesso valorizado e monitorizar a equidade apresentam muitos desafios Apesar da procura de dados concretos Fullan (2011) adverte que laquoas estatiacutesticas satildeo um servo maravilhoso mas um mestre terriacutevelraquo (paacuteg 127) e Hargreaves e Shirley (2009) enfatizam a necessidade de colocar a responsabilidade antes da prestaccedilatildeo de contas Sugerem que a prestaccedilatildeo de contas deve laquoservir de consciecircncia por meio de amostragemraquo e que deve ser realizado um ataque laquoaos excessos de padronizaccedilatildeo testada que negam a diversidade e destroem a criatividaderaquo (paacuteg 109) (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 22)

Dentro do projeto MIPIE argumentou-se que a monitorizaccedilatildeo da eficaacutecia dos sistemas de educaccedilatildeo inclusiva tambeacutem incluiria uma anaacutelise da eficaacutecia da formaccedilatildeo de professores (Agecircncia Europeia 2011a) O relatoacuterio do projeto TE4I

Colocar a teoria em praacutetica 31

destaca uma seacuterie de questotildees relacionadas com a disponibilidade de dados nesta aacuterea Relativamente agrave representaccedilatildeo de professores de grupos minoritaacuterios

A maior parte dos paiacuteses que natildeo recolhe dados refere curiosamente uma subshyrepresentaccedilatildeo de pessoas com deficiecircncia e pertencentes a grupos minoritaacuterios entre os professores estagiaacuterios e os professores diplomados e a situaccedilatildeo parece ser idecircntica entre os formadores de professores (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 22)

O relatoacuterio tambeacutem indica a necessidade de dados que levam a mudanccedilas com base em evidecircncias

A falta de investigaccedilatildeo em larga escala e de investigaccedilatildeo cumulativa bem como de evidecircncia empiacuterica na formaccedilatildeo de professores para a inclusatildeo foi referida pela OCDE (2010) hellip esta investigaccedilatildeo poderaacute garantir a existecircncia dum corpo de evidecircncias que possam dar forma agrave mudanccedila No presente relatoacuterio os exemplos realccedilam algumas questotildees-chave da pesquisa incluindo

- A eficaacutecia de diferentes rotas no ensino - Abordagens agrave formaccedilatildeo de professores e ao curriacuteculo da FIP e

- O papel dos cursos separados integrados e unificados e a melhor maneira de passar dum curso contiacutenuo para um uacutenico curso de formaccedilatildeo de professores que prepare todos os professores para a diversidade (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 68)

O projeto MIPIE defende que

A niacutevel da escola a recolha de dados deve

- Fornecer informaccedilatildeo que permitam aos professores e funcionaacuterios da escola planear e prestar o apoio e os recursos adequados

- Fornecer ideias claras sobre a participaccedilatildeo ativa dos pais e alunos no processo educativo (Agecircncia Europeia 2011a paacuteg 13)

Para que isto seja possiacutevel

Satildeo necessaacuterias sinergias a niacutevel nacional entre os principais intervenientes baseadas num claro racional para a recolha de dados considerando os dados a niacutevel nacional regional escola e sala de aula para que os dados globais do paiacutes efetivamente possam refletir a praacutetica (ibid paacuteg 14)

Para concluir a provisatildeo dos dados pode contribuir efetivamente para a elaboraccedilatildeo de poliacuteticas para a educaccedilatildeo inclusiva Haacute uma exigecircncia crescente ndash a niacutevel internacional europeu e nacional ndash para a responsabilidade e tecircm vindo a crescer comparaccedilotildees laquoentre escolasraquo e laquoentre naccedilotildeesraquo O surgimento de laquograndes dadosraquo

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 32

(meta-anaacutelises de conjuntos de dados e fontes combinadas) apresenta oportunidades mas tambeacutem desafios reais para a educaccedilatildeo inclusiva

Os apelos para a poliacutetica e alocaccedilatildeo de recursos baseada em evidecircncias reforccedilam a necessidade de dados significativos relacionados com todos os alunos Eacute necessaacuterio saber que alunos estatildeo a receber que serviccedilos quando e onde (contando todos os alunos) Tambeacutem eacute necessaacuterio ter dados sobre a qualidade dos serviccedilos e os resultados obtidos (considerando a praacutetica)

Um grande desafio para a recolha de dados estaacute em evitar classificar categorizar e rotular os alunos de modo a fornecer informaccedilatildeo sobre a provisatildeo que recebem As laquopluralidadesraquo das definiccedilotildees aplicadas a alunos e a laquopoliacuteticaraquo dos sistemas de rotulagem natildeo podem ser ignoradas nem os efeitos a que esses sistemas de rotulagem e definiccedilotildees conduzem

Fazer as perguntas certas em termos de poliacuteticas eacute o ponto de partida para a recolha de dados que servem de base significativa para as poliacuteticas

Colocar a teoria em praacutetica 33

OLHAR EM FRENTE

O primeiro objetivo da conferecircncia em novembro de 2013 foi refletir e resumir o trabalho da Agecircncia ao longo da uacuteltima deacutecada As cinco mensagens-chave descritas nos capiacutetulos anteriores destacam aspetos criacuteticos no que se refere agrave educaccedilatildeo inclusiva Baseiam-se nos resultados da anaacutelise aprofundada de temas-chave decididos pelos paiacuteses membros da Agecircncia O segundo objetivo da conferecircncia foi olhar em frente explorando a forma como o trabalho da Agecircncia pode prestar um melhor apoio aos paiacuteses membros ajudandoos a melhorar a qualidade e a eficaacutecia das suas respostas inclusivas para alunos com incapacidades eou necessidades educativas especiais A Agecircncia estaacute disposta a ajudar os paiacuteses de uma forma mais concreta com a implementaccedilatildeo dos resultados do nosso trabalho Isso significa disponibilizar recomendaccedilotildees de poliacutetica que sejam mais diretamente aplicaacuteveis aos decisores poliacuteticos para apoiar alteraccedilotildees futuras e desenvolvimentos poliacuteticos

A Agecircncia estaacute consciente de que o trabalho jaacute realizado estaacute de acordo e apoia diretamente todas as iniciativas de poliacuteticas europeias e internacionais em termos de educaccedilatildeo equidade igualdade de oportunidades e direitos para pessoas com incapacidades eou necessidades educativas especiais O trabalho da Agecircncia fornece recomendaccedilotildees claras e coerentes sobre como as poliacuteticas-chave nestas aacutereas podem ser implementadas na praacutetica A Agecircncia pretende proporcionar aos paiacuteses informaccedilatildeo sobre o progresso alcanccedilado nos objetivos propostos em termos de (a) metas de Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo para 2020 e (b) Convenccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiecircncia (2006) bem como vaacuterias diretivas e comunicaccedilotildees da Uniatildeo Europeia Eacute necessaacuteria orientaccedilatildeo sobre o modo como a educaccedilatildeo inclusiva pode ser implementada a niacutevel do professor sala de aula escola regiatildeo municiacutepio e poliacutetica nacional A Agecircncia tem capacidade para disponibilizar aos paiacuteses orientaccedilotildees sobre formas de implementaccedilatildeo da educaccedilatildeo inclusiva e como isto afeta a qualidade geral da educaccedilatildeo As discussotildees durante a conferecircncia bem como as discussotildees aprofundadas no acircmbito da Agecircncia orientaratildeo esta nova etapa no trabalho da Agecircncia

shy

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 34

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 1999 Financing of Special Needs Education ndash A seventeen-country Study of the Relationship between Financing of Special Needs Education and Inclusion [Financiamento da Educaccedilatildeo Especial ndash Um estudo de dezassete paiacuteses da Relaccedilatildeo entre o Financiamento da Educaccedilatildeo Especial e a Inclusatildeo] Middelfart Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2002a Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Princiacutepios-chave e Recomendaccedilotildees para R esponsaacuteveis Poliacuteticos Middelfart Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanagencyorgsitesdefaultfilestransition_transition_pttextpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2002b Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Principais problemas questotildees e opccedilotildees enfrentadas pelos alunos com necessidades educativas especiais em 16 paiacuteses Europeus Relatoacuterio Siacutentese Middelfart Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanagencyorgsitesdefaultfilestransition-from-school-to-employment_Transitionptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2003 Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula Relatoacuterio Siacutentese Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanagencyorgsitesdefaultfilesinclusive-education-and-classroom-practices_iecpptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2005 Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula nos 2ordm e 3ordm Ciclos do Ensino Baacutesico Relatoacuterio Siacutentese Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesinclusive-educationand-classroom-practice-in-secondary-education_iecp_secondary_ptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2006 Planos Individuais de Transiccedilatildeo Apoiar a Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesindividual-transitionplans_itp_ptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

shy

shyshy

shyshy

shy

shy

Colocar a teoria em praacutetica 35

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2009a Diversidade multicultural e necessidades especiais de educaccedilatildeo Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfilesmulticultural-diversity-and-special-needsshyeducation_Multicultural-Diversity-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2009b Princiacutepiosshychave para a Promoccedilatildeo da Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva ndash Recomendaccedilotildees para Decisores Poliacuteticos Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportskeyshyprinciples-for-promoting-quality-in-inclusive-educationkey-principles-PTpdf(Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2010 Intervenccedilatildeo Precoce na Infacircncia ndash Progressos e Desenvolvimentos 2005ndash2010 Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesearly-childhood-interventionshyprogress-and-developments_ECI-report-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011a Mapeamento da Implementaccedilatildeo de Poliacuteticas para a Educaccedilatildeo Inclusiva Uma anaacutelise dos desafios e oportunidades para o desenvolvimento de indicadores Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httphttpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesmipie_MIPIE-summaryshyof-proposals-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011b Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo na Europa ndash Desafios e Oportunidades Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfileste4i-challenges-and-opportunities_TE4I-Synthesis-Report-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011c Princiacutepios-Chave para a Promoccedilatildeo da Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva ndash Recomendaccedilotildees para Decisores Poliacuteticos Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfilesinclusive-education-and-classroom-practices_iecpshyptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011d Participation in Inclusive Education ndash A Framework for Developing Indicators [Participaccedilatildeo na Educaccedilatildeo inclusiva ndash Um Quadro para o Desenvolvimento de Indicadores] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 36

agencyorgpublicationsereportsparticipation-in-inclusive-education-a-frameworkshyfor-developing-indicatorsParticipation-in-Inclusive-Educationpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012a Perspetivas dos Jovens sobre Educaccedilatildeo Inclusiva Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfilesyoung-views-on-inclusive-education_YoungViews-2012PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012b Perfil de Professores Inclusivos Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfileste4i-profile-of-inclusive-teachers_Profile-of-InclusiveshyTeachers-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012c Raising Achievement for All Learners ndash Quality in Inclusive Education [Elevar o Sucesso de Todos os Alunos ndash Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva] Relatoacuterio sobre a conferecircncia realizada em Odense Dinamarca de 13 a 15 de junho de 2012 Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesRA4AL-conference-reportpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014) Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012d Raising Achievement for All Learners ndash Quality in Inclusive Education [Elevar o Sucesso de Todos os Alunos ndash Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httphttpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesra4al-keyshymessages_RA4AL-summary-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012e Promoting Accessible Information for Lifelong Learning Recommendations and findings of the i-access project [Promover o Acesso agrave Informaccedilatildeo para a Aprendizagem ao Longo da Vida Recomendaccedilotildees e observaccedilotildees do projeto i-access] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportsi-accessi-accessshyreportpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012f Vocational Education and Training Policy and Practice in the field of Special Needs Education ndash Literature Review [Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional (EFP) Poliacutetica e Praacutetica no campo da Educaccedilatildeo Especial ndash Revisatildeo da Literatura] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Colocar a teoria em praacutetica 37

agencyorgagency-projectsvocational-education-and-trainingvet-filesVETshyLiteratureReviewpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012g Teacher Education for Inclusion Project Recommendations linked to Sources of Evidence [Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo Recomendaccedilotildees do Projeto Ligadas a Fontes de Evidecircncias] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgagencyshyprojectsTeacher-Education-for-Inclusionsources-of-evidencepdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2013 European and International Policy Supporting ICT for Inclusion [Poliacutetica Europeia e Internacional para Uso das TIC como Apoio para a Inclusatildeo] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfileseuropean-and-internationalshypolicy-supporting-ict-for-inclusion_policy-supporting-ict-for-inclusionpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para as Necessidades Especiais e a Educaccedilatildeo Inclusiva 2014 Vocational Education and Training ndash Summary of Country Information [Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional ndash Resumo de Informaccedilatildeo do Paiacutes] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para as Necessidades Especiais e a Educaccedilatildeo Inclusiva httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesVET Summary of Country information 2014pdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Bennett S e Gallagher TL 2012 The Delivery of Education Services for Students who have an Intellectual Disability in the Province of Ontario [A prestaccedilatildeo de serviccedilos de ensino para alunos com incapacidade intelectual na proviacutencia de Ontaacuterio] Toronto Community Living Ontario

Chapman C Ainscow M Miles S e West M 2011 Leadership that promotes the achievement of students with special educational needs and disabilities [Lideranccedila que promove o sucesso de alunos com necessidades educativas especiais e incapacidades] Nottingham National College for School Leadership

Comissatildeo das Comunidades Europeias 2008 Livro Verde ndash Migraccedilatildeo e mobilidade desafios e oportunidades para os sistemas educativos da UE SEC(2008) 2173 COM20080423 final Bruxelas Comissatildeo das Comunidades Europeias

Conselho da Uniatildeo Europeia 2010 Conclusotildees do Conselho sobre a dimensatildeo social da educaccedilatildeo e da formaccedilatildeo 3013ordf Reuniatildeo do Conselho de EDUCACcedilAtildeO JUVENTUDE E CULTURA Bruxelas 11 de maio de 2010 httpeurshylexeuropaeulegal-contentPTTXTPDFuri=CELEX52010XG0526(01)ampfrom=PT(Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 38

Farrell P Dyson AS Polat F Hutcheson G e Gallannaugh F 2007 laquoSEN inclusion and pupil achievement in English schoolsraquo [Inclusatildeo de crianccedilas com NEE e sucesso dos alunos nas escolas inglesas] Journal of Research in Special Educational Needs 7 (3) 172ndash178

Frilseth L 2012 The Norwegian Model for Education for All in Upper Secondary School [O Modelo Norueguecircs para a Educaccedilatildeo para Todos no Ensino Secundaacuterio] Direccedilatildeo Norueguesa para Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo httpwwweuropeanshyagencyorgagency-projectsra4alra4al-seminar-pdfNorway-L-Frilsethpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Fullan M 2011 Change Leader Learning to do what matters most [Liacuteder de Mudanccedila aprender a fazer o que mais importa] San Francisco Jossey-Bass de Graaf G van Hove G e Haveman M 2011 laquoMore academics in regular schools The effect of regular versus special school placement on academic skills in Dutch primary school students with Down syndromeraquo [Mais acadeacutemicos nas escolas regulares O efeito da colocaccedilatildeo em escola regular versus escola especial nas competecircncias acadeacutemicas em alunos holandeses do ensino primaacuterio com siacutendrome de Down] Journal of International Disability Research December 2011 57(1) 21ndash38 doi 101111j1365-2788201101512x

Hargreaves A e Shirley D 2009 The Fourth Way ndash The inspiring future for educational change [A Quarta Via ndash O futuro inspirador para a mudanccedila educativa] Publicaccedilatildeo conjunta do Ontario Principalsrsquo Council e do National Staff Development Council Thousand Oaks CA Corwin Press

Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO e Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011 ICTs in Education for People with Disabilities Review de innovative practice [TIC na Educaccedilatildeo para Pessoas com Incapacidades revisatildeo da praacutetica inovadora] Moscovo Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO httpwwweuropeanshyagencyorgpublicationsereportsICTs-in-Education-for-People-WithshyDisabilitiesReview-of-Innovative-Practice (Uacuteltimo acesso em julho de 2014) Kalambouka A Farrell P Dyson A e Kaplan I 2005 The impact of population inclusivity in schools on student outcomes [O impacto da inclusividade da populaccedilatildeo em escolas nos resultados dos alunos] Research Evidence in Education Library London EPPI-Centre Social Science Research Unit Institute of Education University of London Kyriazopoulou M e Weber H (eds) 2009 Desenvolvimento de um conjunto de indicadores ndash para a educaccedilatildeo inclusiva na Europa Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Colocar a teoria em praacutetica 39

agencyorgsitesdefaultfilesdevelopment-of-a-set-of-indicators-for-inclusiveshyeducation-in-europe_indicators-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

MacArthur J 2009 Learning Better Together Working towards inclusive education in New Zealand schools [Aprender Melhor Juntos trabalhar para a educaccedilatildeo inclusiva nas escolas da Nova Zelacircndia] Wellington IHC

MacArthur J Kelly B Sharp S amp Gaffney M 2005 Participation or exclusion Disabled childrenrsquos experiences of life at school [Participaccedilatildeo ou exclusatildeo Experiecircncias de vida na escola de crianccedilas com incapacidades] Um artigo apresentado na laquoChildrenrsquos Issues Conferenceraquo Dunedin Nova Zelacircndia julho de 2005 Menter I Hulme M Elliott D e Lewin J 2010 Literature Review on Teacher Education in the 21st Century [Revisatildeo da Literatura sobre a Formaccedilatildeo de Professores no Seacuteculo XXI] Scottish Government Social Research Edimburgo Scottish Government

Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para a Educaccedilatildeo Ciecircncia e Cultura 2009 Policy Guidelines on Inclusion in Education [Diretrizes da Poliacutetica sobre Inclusatildeo na Educaccedilatildeo] Paris UNESCO

Organizaccedilatildeo Mundial de SauacutedeBanco Mundial 2011 World Report on Disability [Relatoacuterio Mundial sobre Deficiecircncia] Genebra Ediccedilotildees OMS httpwwwwhointdisabilitiesworld_report2011enindexhtml (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Organizaccedilatildeo para a Cooperaccedilatildeo e Desenvolvimento Econoacutemico 2011 PISA in Focus Improving Performance Leading from the Bottom [PISA agrave Lupa Melhorar os Resultados Progedir ateacute ao Topo] 20112 (Marccedilo) Paris OCDE Redley M 2009 laquoUnderstanding the social exclusion and stalled welfare of citizens with learning disabilitiesraquo [Compreender a exclusatildeo social e o bem-estar sem progresso dos cidadatildeos com dificuldades de aprendizagem] Disability amp Society 24(4) 489ndash501

Naccedilotildees Unidas 2006 Convenccedilatildeo sobre os Direitos das Pessoas com Deficiecircncia Nova Iorque Naccedilotildees Unidas

Watkins A (ed) 2007 Assessment in Inclusive Settings Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos Questotildees-chave para Poliacuteticas e Praacuteticas Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportsassessment-in-inclusiveshysettings-key-issues-for-policy-and-practiceassessment-in-inclusive-settings-keyshyissues-for-policy-and-practice (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 40

Wilkinson R e Pickett K 2010 The Spirit Level Why Equality is Better para Everyone [O Niacutevel do Espiacuterito Por que a Igualdade eacute Melhor para Todos] Londres Penguin

Willms JD 2006 Learning divides Ten policy questions about the performance and equity of schools and schooling systems [A aprendizagem divide dez perguntas de poliacutetica acerca do desempenho e equidade das escolas e dos sistemas de escolaridade] Montreal Instituto de Estatiacutestica da UNESCO

Colocar a teoria em praacutetica 41

  • preacircmbulo
  • Sumaacuterio Executivo
  • O mais precocemente possiacutevel
    • Introduccedilatildeo
    • Intervenccedilatildeo precoce
    • Deteccedilatildeo e avaliaccedilatildeo precoces
    • Apoio precoce
    • Transiccedilatildeo planeada
      • A educaccedilatildeo inclusiva beneficia todos
        • Introduccedilatildeo
        • A educaccedilatildeo inclusiva como uma abordagem para elevar o sucesso para todos os alunos
        • laquoO que eacute bom para os alunos com NEE eacute igualmente bom para todos os alunosraquo
        • Monitorizaccedilatildeo do progresso
          • profissionais altamente qualificados
            • Introduccedilatildeo
            • Formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo
            • O perfil dos professores inclusivos e outros profissionais
            • Abordagens ao recrutamento
            • Atitudes positivas
            • Trabalho em rede e coordenaccedilatildeo
              • sistemas de apoio e mecanismos de financiamento
                • Introduccedilatildeo
                • Sistemas de apoio e mecanismos de financiamento
                  • Intervenccedilatildeo Precoce na Infacircncia (IPI)
                  • Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula
                  • Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional (EFP)
                  • Tecnologias de Informaccedilatildeo e Comunicaccedilatildeo (TIC)
                      • dados fiaacuteveis
                        • Introduccedilatildeo
                        • Monitorizaccedilatildeo dos direitos dos alunos
                          • (i) Participaccedilatildeo na educaccedilatildeo e formaccedilatildeo
                          • (ii) Acesso ao apoio e agrave adaptaccedilatildeo
                          • (iii) Oportunidades para o sucesso na aprendizagem e na transiccedilatildeo
                          • (iv) Oportunidades de integraccedilatildeo
                            • Monitorizaccedilatildeo da eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusiva
                              • olhar em frente
                              • REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional (EFP) A implementaccedilatildeo dos programas de EFP segue o planeamento a longo prazo no setor da educaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo com os parceiros sociais

Existe um foco no estabelecimento de ligaccedilotildees mais proacuteximas hellip para desenvolver os curriacuteculos dos programas de formaccedilatildeo profissional e para corresponder agraves abordagens e conteuacutedos educativos com as competecircncias necessaacuterias na vida laboral hellip atraveacutes da organizaccedilatildeo e realizaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo de competecircncias colaboraccedilatildeo no estabelecimento de conteuacutedos de novas qualificaccedilotildees normas e curriacuteculos e correspondecircncia dos programas de EFP com as necessidades da economia (Agecircncia Europeia 2014 paacuteg 23) A niacutevel individual os alunos com necessidades educativas especiais recebem assistecircncia educativa (por exemplo tecnologia de apoio inteacuterpretes de liacutengua gestual materiais de aprendizagem de elaboraccedilatildeo especial escribas ou outras formas de assistecircncia praacutetica) especial para tornar os curriacuteculos de EFP acessiacuteveis (ibid paacuteg 15)

Os niacuteveis regionais (ou seja condados freguesias municiacutepios proviacutencias federais) satildeo fundamentais para garantir o melhor ajuste entre os objetivos educativos e as necessidades do mercado de trabalho Os conselhos consultivos regionais desempenham um papel ativo na atualizaccedilatildeo da estrutura dos programas educativos no acircmbito da sua responsabilidade regional e em cooperaccedilatildeo com os parceiros sociais Desempenham um papel importante na possibilidade de flexibilizaccedilatildeo dos percursos dos alunos

As instituiccedilotildees de EFP satildeo lideradas por diferentes agecircncias nos paiacuteses europeus tais como autoridades locais organizaccedilotildees natildeo governamentais setor privado etc Nos paiacuteses europeus analisados as principais responsabilidades pelo financiamento cabem agraves entidades estatais e governamentais a niacutevel regional ou municipal Aleacutem disso na maioria dos paiacuteses os criteacuterios de financiamento satildeo diferentes dependendo do tipo de propriedade (puacuteblicaprivada) vigente no paiacutes Outras medidas destinadas a promover o emprego entre os alunos com NEE satildeo o pagamento do custo do serviccedilo de emprego apoiado a isenccedilatildeo do pagamento de pensatildeo e seguro de invalidez uma recompensa para casos em que a quota eacute ultrapassada ajudas financeiras aos trabalhadores com incapacidades que se estabelecem como empresaacuterios reduccedilatildeo nos pagamentos agrave seguranccedila social reduccedilatildeo de impostos pelo emprego de jovens alunos com NEE ou preacutemios anuais por boas praacuteticas Existem tambeacutem programas que permitem que os alunos entrem no mercado de trabalho mantendo uma percentagem do seu subsiacutedio social de origem (por exemplo subsiacutedio de invalidez) que natildeo estaacute sujeito agrave tributaccedilatildeo ou cobertura social Os funcionaacuterios tambeacutem seriam autorizados a manter laquobenefiacutecios

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 24

secundaacuteriosraquo (por exemplo subsiacutedio para combustiacutevel cartatildeo meacutedico) durante um determinado periacuteodo de tempo

Tecnologias de Informaccedilatildeo e Comunicaccedilatildeo (TIC)

Sem duacutevida as TIC acessiacuteveis podem atuar como um facilitador para a igualdade de participaccedilatildeo em atividades educativas para diversos alunos com NEE Os estudantes com SEN destacaram a importacircncia das TIC durante a Audiccedilatildeo do Parlamento Europeu em 2011

No nosso paiacutes existe uma organizaccedilatildeo que fornece materiais especiais e tecnologias de informaccedilatildeo A escola pode pedir as ajudas teacutecnicas a essa organizaccedilatildeo e os alunos podem levaacute-las para casa Quando deixam de precisar dessas ajudas teacutecnicas estas podem ser usadas por outros alunos nas mesmasou noutras escolas Eacute muito importante ter ajudas teacutecnicas e apoio (Agecircncia Europeia 2012a paacuteg 14)

Poreacutem

O facto de o impulso para a equidade na educaccedilatildeo atraveacutes do apoio de TIC acessiacuteveis estar a ser ofuscado por desenvolvimentos econoacutemicos negativos reforccedila a ideia de que as poliacuteticas europeias e internacionais globais devem continuar a assumir uma lideranccedila estaacutevel neste campo (Agecircncia Europeia 2013 paacuteg 24)

Neste contexto a aquisiccedilatildeo pode ser considerada um mecanismo de financiamento se a acessibilidade for um preacute-requisito incorporado A acessibilidade deve ser um princiacutepio orientador para a aquisiccedilatildeo de todos os bens e serviccedilos

O acesso a TIC apropriadas em diferentes contextos de aprendizagem ao longo da vida ndash incluindo em casa ndash requer muitas vezes a contribuiccedilatildeo de profissionais de diferentes aacutereas hellip Isto envolve a coordenaccedilatildeo entre indiviacuteduos serviccedilos e muitas vezes poliacuteticas para diferentes setores de trabalho Tambeacutem envolve abordagens flexiacuteveis para o financiamento das TIC com possibilidades de tomada de decisotildees a niacutevel local quanto agraves despesas relacionadas com as necessidades identificadas localmente (Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO e Agecircncia Europeia 2011 paacuteg 88)

Para concluir

Eacute necessaacuterio considerar quatro requisitos no que diz respeito aos sistemas de financiamento para garantir que estes sistemas sustentam totalmente os objetivos da poliacutetica educativa

Colocar a teoria em praacutetica 25

A poliacutetica de financiamento apoia totalmente a educaccedilatildeo inclusiva Isto inclui o desenvolvimento de poliacuteticas fiscais que criem incentivos ao inveacutes de desincentivos agrave oferta de colocaccedilotildees e de serviccedilos de inclusatildeo Embora exista uma seacuterie de bases alternativas para financiar alunos com NEE o financiamento per capita parece ser o mais promissor para satisfazer o requisito estabelecido

A poliacutetica de financiamento baseia-se totalmente nas necessidades educativas Os montantes individuais de financiamento per capita podem ser determinados atraveacutes de anaacutelises de custos que mostram os custos relativos de disponibilizar aos alunos condiccedilotildees especiais selecionadas

A poliacutetica de financiamento facilita totalmente respostas flexiacuteveis eficazes e eficientes agraves necessidades Em vez de financiar ou fornecer recursos especiacuteficos por exemplo tipos preacute-determinados de pessoal equipamentos ou instalaccedilotildees o financiamento per capita aloca recursos monetaacuterios promovendo a flexibilidade no uso local

A poliacutetica de financiamento promove totalmente o apoio de serviccedilos relacionados e a necessaacuteria colaboraccedilatildeo intersectorial

Em geral as estruturas de incentivo devem assegurar a disponibilizaccedilatildeo de mais fundos se uma crianccedila for colocada num contexto inclusivo sendo necessaacuteria uma maior ecircnfase nos resultados (natildeo apenas acadeacutemicos)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 26

DADOS FIAacuteVEIS

Introduccedilatildeo

A Convenccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiecircncia (CDPD) bem como a Estrateacutegia Europeia para a Deficiecircncia 2010ndash2020 e o quadro estrateacutegico Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo 2020 relativo agrave equidade na educaccedilatildeo satildeo impulsionadores-chave para a educaccedilatildeo inclusiva nos paiacuteses A CDPD da ONU apela aos Estados Partes para

hellip recolher informaccedilatildeo apropriada incluindo dados estatiacutesticos e de investigaccedilatildeo que lhes permitam formular e implementar poliacuteticas que visem dar efeito agrave presente Convenccedilatildeo (Naccedilotildees Unidas 2006 Artigo 31ordm)

e hellip Os Estados Partes devem em conformidade com os seus sistemas juriacutedico e administrativo manter fortalecer nomear ou estabelecer a niacutevel interno uma estrutura que inclua um ou mais mecanismos independentes conforme apropriado com vista a promover proteger e monitorizar a implementaccedilatildeo da presente Convenccedilatildeo (ibid Artigo 33ordm)

Existe a consciencializaccedilatildeo disseminada de que a criaccedilatildeo de poliacuteticas com base em evidecircncias eacute essencial para o desenvolvimento a longo prazo dos sistemas de educaccedilatildeo inclusiva Decisores poliacuteticos especialistas em estatiacutestica e investigadores reconhecem a necessidade de uma recolha de dados a niacutevel nacional que natildeo soacute responda agraves exigecircncias das orientaccedilotildees poliacuteticas internacionais mas que tambeacutem obedeccedila a uma abordagem comum que promova uma sinergia de esforccedilos a niacutevel nacional e internacional O trabalho da Agecircncia demonstrou que existem apelos para a disponibilizaccedilatildeo de ampla informaccedilatildeo para os decisores poliacuteticos e para a adoccedilatildeo pelas diferentes organizaccedilotildees tanto a niacutevel nacional como europeu de uma variedade de abordagens complementares para a recolha de dados Poreacutem embora a necessidade de tais dados seja clara os melhores meacutetodos e procedimentos de recolha e anaacutelise dos mesmos satildeo muito menos claros

Em resultado do trabalho da Agecircncia ndash mais especificamente das atividades dos projetos Desenvolvimento de um conjunto de indicadores ndash para a educaccedilatildeo inclusiva na Europa (Kyriazopoulou e Weber 2009) e Mapeamento da Implementaccedilatildeo de Poliacuteticas para a Educaccedilatildeo Inclusiva (MIPIE) (Agecircncia Europeia 2011a) ndash emergem cinco requisitos-chave de poliacuteticas relativos agrave recolha de dados no que concerne agrave necessidade de evidecircncias sobre a educaccedilatildeo inclusiva a niacutevel nacional

bull necessidade de recolha de dados nacionais ancorada nos acordos internacionais e europeus

Colocar a teoria em praacutetica 27

bull necessidade de compreender o impacto das diferenccedilas nos sistemas educativos dos paiacuteses

bull necessidade de analisar a efetividade da educaccedilatildeo inclusiva

bull necessidade de recolha de dados que forneccedila evidecircncias sobre a garantia de qualidade e

bull necessidade de acompanhar o progresso dos alunos a longo prazo Os decisores poliacuteticos precisam de dados qualitativos e quantitativos que os informem sobre a qualidade da educaccedilatildeo prestada aos alunos com necessidades educativas especiais Estas mensagens principais refletem uma recomendaccedilatildeo central do Relatoacuterio Mundial sobre Deficiecircncia (Organizaccedilatildeo Mundial de SauacutedeBanco Mundial 2011) a necessidade de os paiacuteses desenvolverem os sistemas de recolha de dados quantitativos existentes e de simultaneamente realizarem investigaccedilotildees qualitativas aprofundadas e especiacuteficas sobre o custoshyeficaacutecia e sobre outras questotildees relacionadas com a garantia da qualidade

O projeto MIPIE apela ao desenvolvimento de um quadro comum para a recolha de dados construiacutedo com base nos procedimentos nacionais existentes e nos acordos internacionais sobre recolha de dados e procedimentos hellip Podem ser identificadas trecircs dimensotildees para uma estrutura comum

- A mudanccedila para um sistema de recolha de dados baseado em conceitos e definiccedilotildees comuns

- A recolha de evidecircncias que conduzam a niacuteveis de referecircncia quantitativos e qualitativos

- O uso de uma estrutura multiniacutevel para analisar as poliacuteticas a niacuteveis nacional e internacional (Agecircncia Europeia 2011a paacuteg 11)

Uma tal abordagem eacute necessaacuteria para apoiar os paiacuteses no desenvolvimento de uma laquorecolha de dados que permita monitorizar os direitos dos alunos bem como para monitorizarem a eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusivaraquo (ibid)

Monitorizaccedilatildeo dos direitos dos alunos

No acircmbito de uma estrutura abrangente para o mapeamento das questotildees relacionadas com os direitos devem ser identificados indicadores quantitativos e qualitativos referentes a diversos fatores

(i) Participaccedilatildeo na educaccedilatildeo e formaccedilatildeo

O relatoacuterio da Agecircncia sobre a Intervenccedilatildeo precoce na infacircncia sugere que

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 28

Os decisores poliacuteticos devem ter mecanismos para avaliar a solicitaccedilatildeo de serviccedilos de IPI e mecanismos eficazes que verifiquem se a prestaccedilatildeo de serviccedilos responde ao solicitado para se poder planear a melhoria do serviccedilo Deve ser desenvolvida uma forma sistemaacutetica de recolha e de monitorizaccedilatildeo de dados fiaacuteveis a niacutevel nacional (Agecircncia Europeia 2010 paacuteg 40)

No relatoacuterio Participaccedilatildeo na Educaccedilatildeo Inclusiva afirma-se que Embora os governos nacionais e locais jaacute recolham dados importantes sobre a educaccedilatildeo pouco se sabe sobre a participaccedilatildeo hellip Atualmente a maior parte dos dados recolhidos para fins de monitorizaccedilatildeo satildeo dados estatiacutesticos sobre a inscriccedilatildeo e a conclusatildeo da escolaridade hellip Poucos paiacuteses tecircm meacutetodos sistemaacuteticos de recolha anaacutelise e interpretaccedilatildeo de dados qualitativos sobre a participaccedilatildeo a niacutevel individual em sala de aula e na escola embora os relatoacuterios escolares de autorrevisatildeo e de inspeccedilatildeo respondam muitas vezes a questotildees de participaccedilatildeo e inclusatildeo (Agecircncia Europeia 2011d paacuteg 19)

Este relatoacuterio tambeacutem destaca alguns dos perigos potenciais associados agrave recolha de dados em relaccedilatildeo agrave participaccedilatildeo

hellip estruturas criadas para acompanhar as crianccedilas com necessidades educativas especiais podem funcionar como barreiras agrave sua participaccedilatildeo e sucesso marcando estas crianccedilas como diferentes Uma consequecircncia natildeo intencional de categorizar algumas crianccedilas para monitorizar a sua participaccedilatildeo pode gerar um paradoxo o que resulta na celebraccedilatildeo de acordos separados para a sua educaccedilatildeo (ibid paacuteg 17ndash18)

(ii) Acesso ao apoio e agrave adaptaccedilatildeo

Trecircs estudos da Agecircncia consideraram diferentes aspetos de apoio para os alunos com NEE A revisatildeo da literatura do projeto Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional cita Redley (2009)

Natildeo existem dados nacionais fiaacuteveis sobre o nuacutemero de organizaccedilotildees que oferecem emprego apoiado ou o nuacutemero de pessoas com dificuldades de aprendizagem empregadas nelas e o governo natildeo participa neste processo (Agecircncia Europeia 2012f paacuteg 41)

O estudo conjunto da Agecircncia realizado com o Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO que analisa o uso das TIC na educaccedilatildeo das pessoas com incapacidades defende que

Tanto em relaccedilatildeo agrave Convenccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas (2006) como em relaccedilatildeo agrave poliacutetica regional (ou seja europeia) e nacional haacute uma necessidade de informaccedilatildeo mais detalhada ligada agrave monitorizaccedilatildeo de indicadores e benchmarks qualitativos e quantitativos sobre as TIC na educaccedilatildeo para pessoas

Colocar a teoria em praacutetica 29

com incapacidades (Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO e Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011 paacuteg 93)

Em relaccedilatildeo agrave acessibilidade da informaccedilatildeo para a aprendizagem as recomendaccedilotildees do projeto i-access da Agecircncia defendem que

A conformidade [acessibilidade] agrave poliacutetica deve ser sistematicamente monitorizada A monitorizaccedilatildeo da conformidade soacute pode ser incentivada nomomento presente mas deve ser alargada hellip Eacute necessaacuterio recolher dados quantitativos e qualitativos sistemaacuteticos o que deve tambeacutem envolver os utilizadores finais de informaccedilatildeo acessiacutevel Poreacutem a monitorizaccedilatildeo do progresso natildeo se pode limitar a afericcedilatildeo numeacuterica mas deve incluir a possibilidade de recolher exemplos de boas praacuteticas que poderiam servir de modelo para outros paiacuteses e organizaccedilotildees (Agecircncia Europeia 2012e paacuteg 40ndash 41)

(iii) Oportunidades para o sucesso na aprendizagem e na transiccedilatildeo Dois grandes projetos da Agecircncia tiveram em linha de conta a transiccedilatildeo da escola para o emprego Ambos apontam para a falta de dados fiaacuteveis neste campo O projeto Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego sugeriu que

Os dados nacionais dos paiacuteses apenas incluem pessoas registadas como desempregadas mas uma alta percentagem de pessoas com necessidades especiais natildeo estaacute registada ndash elas natildeo tecircm sequer a oportunidade de conseguir o primeiro emprego (Agecircncia Europeia 2002a paacuteg 2)

O estudo de acompanhamento (Agecircncia Europeia 2006) natildeo refere quaisquer desenvolvimentos nesta aacuterea

(iv) Oportunidades de integraccedilatildeo

O estudo da Agecircncia com foco na diversidade multicultural destaca a falta de dados em relaccedilatildeo a um fator importante de integraccedilatildeo ndash antecedente de imigraccedilatildeo dos alunos com NEE

Muitos paiacuteses envolvidos no projeto referiram que natildeo existem dados atualizados sobre os alunos com NEE e de origem imigrante Diversas agecircncias governamentais tecircm responsabilidades diferentes e natildeo haacute coordenaccedilatildeo na recolha de dados Haacute outras razotildees para a falta de dados Alguns paiacuteses natildeo tecircm estatiacutesticas oficiais sobre a origem das pessoas para aleacutem do paiacutes de nascimento uma vez que eacute proibido o tratamento de dados pessoais que identifiquem a raccedila a origem eacutetnica a incapacidade ou crenccedila religiosa Em outros paiacuteses natildeo haacute recolha sistemaacutetica de dados relativos a alunos com NEE

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 30

ou a alunos com NEE e de origem imigrante a niacutevel nacional ou local (Agecircncia Europeia 2009a paacuteg 30)

Monitorizaccedilatildeo da eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusiva

Dados que examinam a eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusiva tecircm em conta questotildees de custo-eficaacutecia bem como diversas aacutereas relacionadas com as experiecircncias de educaccedilatildeo dos alunos procedimentos de avaliaccedilatildeo inicial o envolvimento contiacutenuo dos alunos e das suas famiacutelias em experiecircncias educativas e a eficaacutecia de ambientes de aprendizagem na superaccedilatildeo das barreiras e apoio de experiecircncias de aprendizagem significativas para todos os alunos

O estudo da Agecircncia relativo ao Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos realccedila que eacute necessaacuterio apoiar as escolas com

hellip aconselhamento sobre como pode ser usada a informaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo ndash particularmente a da avaliaccedilatildeo estandardizada recolhida para fins de monitorizaccedilatildeo nacional ndash para melhorar as praacuteticas com todos os alunos incluindo os que apresentam NEE (Watkins 2007 paacuteg 60)

O relatoacuterio designado Elevar o Sucesso de Todos os Alunos defende que

Para avanccedilar para uma maior equidade na educaccedilatildeo satildeo necessaacuterios indicadores de sucesso adequados agrave comunidade local focalizados no input recursos processos e outputresultados Embora a informaccedilatildeo (incluindo dados) deva ser usada para direcionar o apoio e acompanhar o sucesso de poliacuteticas e praacuteticas inclusivas eacute necessaacuterio cuidado para que os sistemas de responsabilidade natildeo causem inadvertidamente alteraccedilotildees inadequadas (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 22)

Este estudo destaca potenciais dificuldades inerentes

No clima atual o desenvolvimento de mecanismos de responsabilidade adequados e de formas de medir o sucesso valorizado e monitorizar a equidade apresentam muitos desafios Apesar da procura de dados concretos Fullan (2011) adverte que laquoas estatiacutesticas satildeo um servo maravilhoso mas um mestre terriacutevelraquo (paacuteg 127) e Hargreaves e Shirley (2009) enfatizam a necessidade de colocar a responsabilidade antes da prestaccedilatildeo de contas Sugerem que a prestaccedilatildeo de contas deve laquoservir de consciecircncia por meio de amostragemraquo e que deve ser realizado um ataque laquoaos excessos de padronizaccedilatildeo testada que negam a diversidade e destroem a criatividaderaquo (paacuteg 109) (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 22)

Dentro do projeto MIPIE argumentou-se que a monitorizaccedilatildeo da eficaacutecia dos sistemas de educaccedilatildeo inclusiva tambeacutem incluiria uma anaacutelise da eficaacutecia da formaccedilatildeo de professores (Agecircncia Europeia 2011a) O relatoacuterio do projeto TE4I

Colocar a teoria em praacutetica 31

destaca uma seacuterie de questotildees relacionadas com a disponibilidade de dados nesta aacuterea Relativamente agrave representaccedilatildeo de professores de grupos minoritaacuterios

A maior parte dos paiacuteses que natildeo recolhe dados refere curiosamente uma subshyrepresentaccedilatildeo de pessoas com deficiecircncia e pertencentes a grupos minoritaacuterios entre os professores estagiaacuterios e os professores diplomados e a situaccedilatildeo parece ser idecircntica entre os formadores de professores (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 22)

O relatoacuterio tambeacutem indica a necessidade de dados que levam a mudanccedilas com base em evidecircncias

A falta de investigaccedilatildeo em larga escala e de investigaccedilatildeo cumulativa bem como de evidecircncia empiacuterica na formaccedilatildeo de professores para a inclusatildeo foi referida pela OCDE (2010) hellip esta investigaccedilatildeo poderaacute garantir a existecircncia dum corpo de evidecircncias que possam dar forma agrave mudanccedila No presente relatoacuterio os exemplos realccedilam algumas questotildees-chave da pesquisa incluindo

- A eficaacutecia de diferentes rotas no ensino - Abordagens agrave formaccedilatildeo de professores e ao curriacuteculo da FIP e

- O papel dos cursos separados integrados e unificados e a melhor maneira de passar dum curso contiacutenuo para um uacutenico curso de formaccedilatildeo de professores que prepare todos os professores para a diversidade (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 68)

O projeto MIPIE defende que

A niacutevel da escola a recolha de dados deve

- Fornecer informaccedilatildeo que permitam aos professores e funcionaacuterios da escola planear e prestar o apoio e os recursos adequados

- Fornecer ideias claras sobre a participaccedilatildeo ativa dos pais e alunos no processo educativo (Agecircncia Europeia 2011a paacuteg 13)

Para que isto seja possiacutevel

Satildeo necessaacuterias sinergias a niacutevel nacional entre os principais intervenientes baseadas num claro racional para a recolha de dados considerando os dados a niacutevel nacional regional escola e sala de aula para que os dados globais do paiacutes efetivamente possam refletir a praacutetica (ibid paacuteg 14)

Para concluir a provisatildeo dos dados pode contribuir efetivamente para a elaboraccedilatildeo de poliacuteticas para a educaccedilatildeo inclusiva Haacute uma exigecircncia crescente ndash a niacutevel internacional europeu e nacional ndash para a responsabilidade e tecircm vindo a crescer comparaccedilotildees laquoentre escolasraquo e laquoentre naccedilotildeesraquo O surgimento de laquograndes dadosraquo

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 32

(meta-anaacutelises de conjuntos de dados e fontes combinadas) apresenta oportunidades mas tambeacutem desafios reais para a educaccedilatildeo inclusiva

Os apelos para a poliacutetica e alocaccedilatildeo de recursos baseada em evidecircncias reforccedilam a necessidade de dados significativos relacionados com todos os alunos Eacute necessaacuterio saber que alunos estatildeo a receber que serviccedilos quando e onde (contando todos os alunos) Tambeacutem eacute necessaacuterio ter dados sobre a qualidade dos serviccedilos e os resultados obtidos (considerando a praacutetica)

Um grande desafio para a recolha de dados estaacute em evitar classificar categorizar e rotular os alunos de modo a fornecer informaccedilatildeo sobre a provisatildeo que recebem As laquopluralidadesraquo das definiccedilotildees aplicadas a alunos e a laquopoliacuteticaraquo dos sistemas de rotulagem natildeo podem ser ignoradas nem os efeitos a que esses sistemas de rotulagem e definiccedilotildees conduzem

Fazer as perguntas certas em termos de poliacuteticas eacute o ponto de partida para a recolha de dados que servem de base significativa para as poliacuteticas

Colocar a teoria em praacutetica 33

OLHAR EM FRENTE

O primeiro objetivo da conferecircncia em novembro de 2013 foi refletir e resumir o trabalho da Agecircncia ao longo da uacuteltima deacutecada As cinco mensagens-chave descritas nos capiacutetulos anteriores destacam aspetos criacuteticos no que se refere agrave educaccedilatildeo inclusiva Baseiam-se nos resultados da anaacutelise aprofundada de temas-chave decididos pelos paiacuteses membros da Agecircncia O segundo objetivo da conferecircncia foi olhar em frente explorando a forma como o trabalho da Agecircncia pode prestar um melhor apoio aos paiacuteses membros ajudandoos a melhorar a qualidade e a eficaacutecia das suas respostas inclusivas para alunos com incapacidades eou necessidades educativas especiais A Agecircncia estaacute disposta a ajudar os paiacuteses de uma forma mais concreta com a implementaccedilatildeo dos resultados do nosso trabalho Isso significa disponibilizar recomendaccedilotildees de poliacutetica que sejam mais diretamente aplicaacuteveis aos decisores poliacuteticos para apoiar alteraccedilotildees futuras e desenvolvimentos poliacuteticos

A Agecircncia estaacute consciente de que o trabalho jaacute realizado estaacute de acordo e apoia diretamente todas as iniciativas de poliacuteticas europeias e internacionais em termos de educaccedilatildeo equidade igualdade de oportunidades e direitos para pessoas com incapacidades eou necessidades educativas especiais O trabalho da Agecircncia fornece recomendaccedilotildees claras e coerentes sobre como as poliacuteticas-chave nestas aacutereas podem ser implementadas na praacutetica A Agecircncia pretende proporcionar aos paiacuteses informaccedilatildeo sobre o progresso alcanccedilado nos objetivos propostos em termos de (a) metas de Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo para 2020 e (b) Convenccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiecircncia (2006) bem como vaacuterias diretivas e comunicaccedilotildees da Uniatildeo Europeia Eacute necessaacuteria orientaccedilatildeo sobre o modo como a educaccedilatildeo inclusiva pode ser implementada a niacutevel do professor sala de aula escola regiatildeo municiacutepio e poliacutetica nacional A Agecircncia tem capacidade para disponibilizar aos paiacuteses orientaccedilotildees sobre formas de implementaccedilatildeo da educaccedilatildeo inclusiva e como isto afeta a qualidade geral da educaccedilatildeo As discussotildees durante a conferecircncia bem como as discussotildees aprofundadas no acircmbito da Agecircncia orientaratildeo esta nova etapa no trabalho da Agecircncia

shy

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 34

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 1999 Financing of Special Needs Education ndash A seventeen-country Study of the Relationship between Financing of Special Needs Education and Inclusion [Financiamento da Educaccedilatildeo Especial ndash Um estudo de dezassete paiacuteses da Relaccedilatildeo entre o Financiamento da Educaccedilatildeo Especial e a Inclusatildeo] Middelfart Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2002a Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Princiacutepios-chave e Recomendaccedilotildees para R esponsaacuteveis Poliacuteticos Middelfart Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanagencyorgsitesdefaultfilestransition_transition_pttextpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2002b Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Principais problemas questotildees e opccedilotildees enfrentadas pelos alunos com necessidades educativas especiais em 16 paiacuteses Europeus Relatoacuterio Siacutentese Middelfart Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanagencyorgsitesdefaultfilestransition-from-school-to-employment_Transitionptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2003 Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula Relatoacuterio Siacutentese Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanagencyorgsitesdefaultfilesinclusive-education-and-classroom-practices_iecpptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2005 Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula nos 2ordm e 3ordm Ciclos do Ensino Baacutesico Relatoacuterio Siacutentese Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesinclusive-educationand-classroom-practice-in-secondary-education_iecp_secondary_ptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2006 Planos Individuais de Transiccedilatildeo Apoiar a Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesindividual-transitionplans_itp_ptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

shy

shyshy

shyshy

shy

shy

Colocar a teoria em praacutetica 35

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2009a Diversidade multicultural e necessidades especiais de educaccedilatildeo Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfilesmulticultural-diversity-and-special-needsshyeducation_Multicultural-Diversity-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2009b Princiacutepiosshychave para a Promoccedilatildeo da Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva ndash Recomendaccedilotildees para Decisores Poliacuteticos Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportskeyshyprinciples-for-promoting-quality-in-inclusive-educationkey-principles-PTpdf(Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2010 Intervenccedilatildeo Precoce na Infacircncia ndash Progressos e Desenvolvimentos 2005ndash2010 Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesearly-childhood-interventionshyprogress-and-developments_ECI-report-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011a Mapeamento da Implementaccedilatildeo de Poliacuteticas para a Educaccedilatildeo Inclusiva Uma anaacutelise dos desafios e oportunidades para o desenvolvimento de indicadores Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httphttpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesmipie_MIPIE-summaryshyof-proposals-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011b Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo na Europa ndash Desafios e Oportunidades Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfileste4i-challenges-and-opportunities_TE4I-Synthesis-Report-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011c Princiacutepios-Chave para a Promoccedilatildeo da Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva ndash Recomendaccedilotildees para Decisores Poliacuteticos Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfilesinclusive-education-and-classroom-practices_iecpshyptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011d Participation in Inclusive Education ndash A Framework for Developing Indicators [Participaccedilatildeo na Educaccedilatildeo inclusiva ndash Um Quadro para o Desenvolvimento de Indicadores] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 36

agencyorgpublicationsereportsparticipation-in-inclusive-education-a-frameworkshyfor-developing-indicatorsParticipation-in-Inclusive-Educationpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012a Perspetivas dos Jovens sobre Educaccedilatildeo Inclusiva Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfilesyoung-views-on-inclusive-education_YoungViews-2012PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012b Perfil de Professores Inclusivos Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfileste4i-profile-of-inclusive-teachers_Profile-of-InclusiveshyTeachers-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012c Raising Achievement for All Learners ndash Quality in Inclusive Education [Elevar o Sucesso de Todos os Alunos ndash Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva] Relatoacuterio sobre a conferecircncia realizada em Odense Dinamarca de 13 a 15 de junho de 2012 Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesRA4AL-conference-reportpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014) Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012d Raising Achievement for All Learners ndash Quality in Inclusive Education [Elevar o Sucesso de Todos os Alunos ndash Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httphttpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesra4al-keyshymessages_RA4AL-summary-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012e Promoting Accessible Information for Lifelong Learning Recommendations and findings of the i-access project [Promover o Acesso agrave Informaccedilatildeo para a Aprendizagem ao Longo da Vida Recomendaccedilotildees e observaccedilotildees do projeto i-access] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportsi-accessi-accessshyreportpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012f Vocational Education and Training Policy and Practice in the field of Special Needs Education ndash Literature Review [Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional (EFP) Poliacutetica e Praacutetica no campo da Educaccedilatildeo Especial ndash Revisatildeo da Literatura] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Colocar a teoria em praacutetica 37

agencyorgagency-projectsvocational-education-and-trainingvet-filesVETshyLiteratureReviewpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012g Teacher Education for Inclusion Project Recommendations linked to Sources of Evidence [Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo Recomendaccedilotildees do Projeto Ligadas a Fontes de Evidecircncias] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgagencyshyprojectsTeacher-Education-for-Inclusionsources-of-evidencepdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2013 European and International Policy Supporting ICT for Inclusion [Poliacutetica Europeia e Internacional para Uso das TIC como Apoio para a Inclusatildeo] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfileseuropean-and-internationalshypolicy-supporting-ict-for-inclusion_policy-supporting-ict-for-inclusionpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para as Necessidades Especiais e a Educaccedilatildeo Inclusiva 2014 Vocational Education and Training ndash Summary of Country Information [Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional ndash Resumo de Informaccedilatildeo do Paiacutes] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para as Necessidades Especiais e a Educaccedilatildeo Inclusiva httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesVET Summary of Country information 2014pdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Bennett S e Gallagher TL 2012 The Delivery of Education Services for Students who have an Intellectual Disability in the Province of Ontario [A prestaccedilatildeo de serviccedilos de ensino para alunos com incapacidade intelectual na proviacutencia de Ontaacuterio] Toronto Community Living Ontario

Chapman C Ainscow M Miles S e West M 2011 Leadership that promotes the achievement of students with special educational needs and disabilities [Lideranccedila que promove o sucesso de alunos com necessidades educativas especiais e incapacidades] Nottingham National College for School Leadership

Comissatildeo das Comunidades Europeias 2008 Livro Verde ndash Migraccedilatildeo e mobilidade desafios e oportunidades para os sistemas educativos da UE SEC(2008) 2173 COM20080423 final Bruxelas Comissatildeo das Comunidades Europeias

Conselho da Uniatildeo Europeia 2010 Conclusotildees do Conselho sobre a dimensatildeo social da educaccedilatildeo e da formaccedilatildeo 3013ordf Reuniatildeo do Conselho de EDUCACcedilAtildeO JUVENTUDE E CULTURA Bruxelas 11 de maio de 2010 httpeurshylexeuropaeulegal-contentPTTXTPDFuri=CELEX52010XG0526(01)ampfrom=PT(Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 38

Farrell P Dyson AS Polat F Hutcheson G e Gallannaugh F 2007 laquoSEN inclusion and pupil achievement in English schoolsraquo [Inclusatildeo de crianccedilas com NEE e sucesso dos alunos nas escolas inglesas] Journal of Research in Special Educational Needs 7 (3) 172ndash178

Frilseth L 2012 The Norwegian Model for Education for All in Upper Secondary School [O Modelo Norueguecircs para a Educaccedilatildeo para Todos no Ensino Secundaacuterio] Direccedilatildeo Norueguesa para Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo httpwwweuropeanshyagencyorgagency-projectsra4alra4al-seminar-pdfNorway-L-Frilsethpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Fullan M 2011 Change Leader Learning to do what matters most [Liacuteder de Mudanccedila aprender a fazer o que mais importa] San Francisco Jossey-Bass de Graaf G van Hove G e Haveman M 2011 laquoMore academics in regular schools The effect of regular versus special school placement on academic skills in Dutch primary school students with Down syndromeraquo [Mais acadeacutemicos nas escolas regulares O efeito da colocaccedilatildeo em escola regular versus escola especial nas competecircncias acadeacutemicas em alunos holandeses do ensino primaacuterio com siacutendrome de Down] Journal of International Disability Research December 2011 57(1) 21ndash38 doi 101111j1365-2788201101512x

Hargreaves A e Shirley D 2009 The Fourth Way ndash The inspiring future for educational change [A Quarta Via ndash O futuro inspirador para a mudanccedila educativa] Publicaccedilatildeo conjunta do Ontario Principalsrsquo Council e do National Staff Development Council Thousand Oaks CA Corwin Press

Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO e Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011 ICTs in Education for People with Disabilities Review de innovative practice [TIC na Educaccedilatildeo para Pessoas com Incapacidades revisatildeo da praacutetica inovadora] Moscovo Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO httpwwweuropeanshyagencyorgpublicationsereportsICTs-in-Education-for-People-WithshyDisabilitiesReview-of-Innovative-Practice (Uacuteltimo acesso em julho de 2014) Kalambouka A Farrell P Dyson A e Kaplan I 2005 The impact of population inclusivity in schools on student outcomes [O impacto da inclusividade da populaccedilatildeo em escolas nos resultados dos alunos] Research Evidence in Education Library London EPPI-Centre Social Science Research Unit Institute of Education University of London Kyriazopoulou M e Weber H (eds) 2009 Desenvolvimento de um conjunto de indicadores ndash para a educaccedilatildeo inclusiva na Europa Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Colocar a teoria em praacutetica 39

agencyorgsitesdefaultfilesdevelopment-of-a-set-of-indicators-for-inclusiveshyeducation-in-europe_indicators-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

MacArthur J 2009 Learning Better Together Working towards inclusive education in New Zealand schools [Aprender Melhor Juntos trabalhar para a educaccedilatildeo inclusiva nas escolas da Nova Zelacircndia] Wellington IHC

MacArthur J Kelly B Sharp S amp Gaffney M 2005 Participation or exclusion Disabled childrenrsquos experiences of life at school [Participaccedilatildeo ou exclusatildeo Experiecircncias de vida na escola de crianccedilas com incapacidades] Um artigo apresentado na laquoChildrenrsquos Issues Conferenceraquo Dunedin Nova Zelacircndia julho de 2005 Menter I Hulme M Elliott D e Lewin J 2010 Literature Review on Teacher Education in the 21st Century [Revisatildeo da Literatura sobre a Formaccedilatildeo de Professores no Seacuteculo XXI] Scottish Government Social Research Edimburgo Scottish Government

Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para a Educaccedilatildeo Ciecircncia e Cultura 2009 Policy Guidelines on Inclusion in Education [Diretrizes da Poliacutetica sobre Inclusatildeo na Educaccedilatildeo] Paris UNESCO

Organizaccedilatildeo Mundial de SauacutedeBanco Mundial 2011 World Report on Disability [Relatoacuterio Mundial sobre Deficiecircncia] Genebra Ediccedilotildees OMS httpwwwwhointdisabilitiesworld_report2011enindexhtml (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Organizaccedilatildeo para a Cooperaccedilatildeo e Desenvolvimento Econoacutemico 2011 PISA in Focus Improving Performance Leading from the Bottom [PISA agrave Lupa Melhorar os Resultados Progedir ateacute ao Topo] 20112 (Marccedilo) Paris OCDE Redley M 2009 laquoUnderstanding the social exclusion and stalled welfare of citizens with learning disabilitiesraquo [Compreender a exclusatildeo social e o bem-estar sem progresso dos cidadatildeos com dificuldades de aprendizagem] Disability amp Society 24(4) 489ndash501

Naccedilotildees Unidas 2006 Convenccedilatildeo sobre os Direitos das Pessoas com Deficiecircncia Nova Iorque Naccedilotildees Unidas

Watkins A (ed) 2007 Assessment in Inclusive Settings Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos Questotildees-chave para Poliacuteticas e Praacuteticas Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportsassessment-in-inclusiveshysettings-key-issues-for-policy-and-practiceassessment-in-inclusive-settings-keyshyissues-for-policy-and-practice (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 40

Wilkinson R e Pickett K 2010 The Spirit Level Why Equality is Better para Everyone [O Niacutevel do Espiacuterito Por que a Igualdade eacute Melhor para Todos] Londres Penguin

Willms JD 2006 Learning divides Ten policy questions about the performance and equity of schools and schooling systems [A aprendizagem divide dez perguntas de poliacutetica acerca do desempenho e equidade das escolas e dos sistemas de escolaridade] Montreal Instituto de Estatiacutestica da UNESCO

Colocar a teoria em praacutetica 41

  • preacircmbulo
  • Sumaacuterio Executivo
  • O mais precocemente possiacutevel
    • Introduccedilatildeo
    • Intervenccedilatildeo precoce
    • Deteccedilatildeo e avaliaccedilatildeo precoces
    • Apoio precoce
    • Transiccedilatildeo planeada
      • A educaccedilatildeo inclusiva beneficia todos
        • Introduccedilatildeo
        • A educaccedilatildeo inclusiva como uma abordagem para elevar o sucesso para todos os alunos
        • laquoO que eacute bom para os alunos com NEE eacute igualmente bom para todos os alunosraquo
        • Monitorizaccedilatildeo do progresso
          • profissionais altamente qualificados
            • Introduccedilatildeo
            • Formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo
            • O perfil dos professores inclusivos e outros profissionais
            • Abordagens ao recrutamento
            • Atitudes positivas
            • Trabalho em rede e coordenaccedilatildeo
              • sistemas de apoio e mecanismos de financiamento
                • Introduccedilatildeo
                • Sistemas de apoio e mecanismos de financiamento
                  • Intervenccedilatildeo Precoce na Infacircncia (IPI)
                  • Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula
                  • Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional (EFP)
                  • Tecnologias de Informaccedilatildeo e Comunicaccedilatildeo (TIC)
                      • dados fiaacuteveis
                        • Introduccedilatildeo
                        • Monitorizaccedilatildeo dos direitos dos alunos
                          • (i) Participaccedilatildeo na educaccedilatildeo e formaccedilatildeo
                          • (ii) Acesso ao apoio e agrave adaptaccedilatildeo
                          • (iii) Oportunidades para o sucesso na aprendizagem e na transiccedilatildeo
                          • (iv) Oportunidades de integraccedilatildeo
                            • Monitorizaccedilatildeo da eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusiva
                              • olhar em frente
                              • REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

secundaacuteriosraquo (por exemplo subsiacutedio para combustiacutevel cartatildeo meacutedico) durante um determinado periacuteodo de tempo

Tecnologias de Informaccedilatildeo e Comunicaccedilatildeo (TIC)

Sem duacutevida as TIC acessiacuteveis podem atuar como um facilitador para a igualdade de participaccedilatildeo em atividades educativas para diversos alunos com NEE Os estudantes com SEN destacaram a importacircncia das TIC durante a Audiccedilatildeo do Parlamento Europeu em 2011

No nosso paiacutes existe uma organizaccedilatildeo que fornece materiais especiais e tecnologias de informaccedilatildeo A escola pode pedir as ajudas teacutecnicas a essa organizaccedilatildeo e os alunos podem levaacute-las para casa Quando deixam de precisar dessas ajudas teacutecnicas estas podem ser usadas por outros alunos nas mesmasou noutras escolas Eacute muito importante ter ajudas teacutecnicas e apoio (Agecircncia Europeia 2012a paacuteg 14)

Poreacutem

O facto de o impulso para a equidade na educaccedilatildeo atraveacutes do apoio de TIC acessiacuteveis estar a ser ofuscado por desenvolvimentos econoacutemicos negativos reforccedila a ideia de que as poliacuteticas europeias e internacionais globais devem continuar a assumir uma lideranccedila estaacutevel neste campo (Agecircncia Europeia 2013 paacuteg 24)

Neste contexto a aquisiccedilatildeo pode ser considerada um mecanismo de financiamento se a acessibilidade for um preacute-requisito incorporado A acessibilidade deve ser um princiacutepio orientador para a aquisiccedilatildeo de todos os bens e serviccedilos

O acesso a TIC apropriadas em diferentes contextos de aprendizagem ao longo da vida ndash incluindo em casa ndash requer muitas vezes a contribuiccedilatildeo de profissionais de diferentes aacutereas hellip Isto envolve a coordenaccedilatildeo entre indiviacuteduos serviccedilos e muitas vezes poliacuteticas para diferentes setores de trabalho Tambeacutem envolve abordagens flexiacuteveis para o financiamento das TIC com possibilidades de tomada de decisotildees a niacutevel local quanto agraves despesas relacionadas com as necessidades identificadas localmente (Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO e Agecircncia Europeia 2011 paacuteg 88)

Para concluir

Eacute necessaacuterio considerar quatro requisitos no que diz respeito aos sistemas de financiamento para garantir que estes sistemas sustentam totalmente os objetivos da poliacutetica educativa

Colocar a teoria em praacutetica 25

A poliacutetica de financiamento apoia totalmente a educaccedilatildeo inclusiva Isto inclui o desenvolvimento de poliacuteticas fiscais que criem incentivos ao inveacutes de desincentivos agrave oferta de colocaccedilotildees e de serviccedilos de inclusatildeo Embora exista uma seacuterie de bases alternativas para financiar alunos com NEE o financiamento per capita parece ser o mais promissor para satisfazer o requisito estabelecido

A poliacutetica de financiamento baseia-se totalmente nas necessidades educativas Os montantes individuais de financiamento per capita podem ser determinados atraveacutes de anaacutelises de custos que mostram os custos relativos de disponibilizar aos alunos condiccedilotildees especiais selecionadas

A poliacutetica de financiamento facilita totalmente respostas flexiacuteveis eficazes e eficientes agraves necessidades Em vez de financiar ou fornecer recursos especiacuteficos por exemplo tipos preacute-determinados de pessoal equipamentos ou instalaccedilotildees o financiamento per capita aloca recursos monetaacuterios promovendo a flexibilidade no uso local

A poliacutetica de financiamento promove totalmente o apoio de serviccedilos relacionados e a necessaacuteria colaboraccedilatildeo intersectorial

Em geral as estruturas de incentivo devem assegurar a disponibilizaccedilatildeo de mais fundos se uma crianccedila for colocada num contexto inclusivo sendo necessaacuteria uma maior ecircnfase nos resultados (natildeo apenas acadeacutemicos)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 26

DADOS FIAacuteVEIS

Introduccedilatildeo

A Convenccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiecircncia (CDPD) bem como a Estrateacutegia Europeia para a Deficiecircncia 2010ndash2020 e o quadro estrateacutegico Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo 2020 relativo agrave equidade na educaccedilatildeo satildeo impulsionadores-chave para a educaccedilatildeo inclusiva nos paiacuteses A CDPD da ONU apela aos Estados Partes para

hellip recolher informaccedilatildeo apropriada incluindo dados estatiacutesticos e de investigaccedilatildeo que lhes permitam formular e implementar poliacuteticas que visem dar efeito agrave presente Convenccedilatildeo (Naccedilotildees Unidas 2006 Artigo 31ordm)

e hellip Os Estados Partes devem em conformidade com os seus sistemas juriacutedico e administrativo manter fortalecer nomear ou estabelecer a niacutevel interno uma estrutura que inclua um ou mais mecanismos independentes conforme apropriado com vista a promover proteger e monitorizar a implementaccedilatildeo da presente Convenccedilatildeo (ibid Artigo 33ordm)

Existe a consciencializaccedilatildeo disseminada de que a criaccedilatildeo de poliacuteticas com base em evidecircncias eacute essencial para o desenvolvimento a longo prazo dos sistemas de educaccedilatildeo inclusiva Decisores poliacuteticos especialistas em estatiacutestica e investigadores reconhecem a necessidade de uma recolha de dados a niacutevel nacional que natildeo soacute responda agraves exigecircncias das orientaccedilotildees poliacuteticas internacionais mas que tambeacutem obedeccedila a uma abordagem comum que promova uma sinergia de esforccedilos a niacutevel nacional e internacional O trabalho da Agecircncia demonstrou que existem apelos para a disponibilizaccedilatildeo de ampla informaccedilatildeo para os decisores poliacuteticos e para a adoccedilatildeo pelas diferentes organizaccedilotildees tanto a niacutevel nacional como europeu de uma variedade de abordagens complementares para a recolha de dados Poreacutem embora a necessidade de tais dados seja clara os melhores meacutetodos e procedimentos de recolha e anaacutelise dos mesmos satildeo muito menos claros

Em resultado do trabalho da Agecircncia ndash mais especificamente das atividades dos projetos Desenvolvimento de um conjunto de indicadores ndash para a educaccedilatildeo inclusiva na Europa (Kyriazopoulou e Weber 2009) e Mapeamento da Implementaccedilatildeo de Poliacuteticas para a Educaccedilatildeo Inclusiva (MIPIE) (Agecircncia Europeia 2011a) ndash emergem cinco requisitos-chave de poliacuteticas relativos agrave recolha de dados no que concerne agrave necessidade de evidecircncias sobre a educaccedilatildeo inclusiva a niacutevel nacional

bull necessidade de recolha de dados nacionais ancorada nos acordos internacionais e europeus

Colocar a teoria em praacutetica 27

bull necessidade de compreender o impacto das diferenccedilas nos sistemas educativos dos paiacuteses

bull necessidade de analisar a efetividade da educaccedilatildeo inclusiva

bull necessidade de recolha de dados que forneccedila evidecircncias sobre a garantia de qualidade e

bull necessidade de acompanhar o progresso dos alunos a longo prazo Os decisores poliacuteticos precisam de dados qualitativos e quantitativos que os informem sobre a qualidade da educaccedilatildeo prestada aos alunos com necessidades educativas especiais Estas mensagens principais refletem uma recomendaccedilatildeo central do Relatoacuterio Mundial sobre Deficiecircncia (Organizaccedilatildeo Mundial de SauacutedeBanco Mundial 2011) a necessidade de os paiacuteses desenvolverem os sistemas de recolha de dados quantitativos existentes e de simultaneamente realizarem investigaccedilotildees qualitativas aprofundadas e especiacuteficas sobre o custoshyeficaacutecia e sobre outras questotildees relacionadas com a garantia da qualidade

O projeto MIPIE apela ao desenvolvimento de um quadro comum para a recolha de dados construiacutedo com base nos procedimentos nacionais existentes e nos acordos internacionais sobre recolha de dados e procedimentos hellip Podem ser identificadas trecircs dimensotildees para uma estrutura comum

- A mudanccedila para um sistema de recolha de dados baseado em conceitos e definiccedilotildees comuns

- A recolha de evidecircncias que conduzam a niacuteveis de referecircncia quantitativos e qualitativos

- O uso de uma estrutura multiniacutevel para analisar as poliacuteticas a niacuteveis nacional e internacional (Agecircncia Europeia 2011a paacuteg 11)

Uma tal abordagem eacute necessaacuteria para apoiar os paiacuteses no desenvolvimento de uma laquorecolha de dados que permita monitorizar os direitos dos alunos bem como para monitorizarem a eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusivaraquo (ibid)

Monitorizaccedilatildeo dos direitos dos alunos

No acircmbito de uma estrutura abrangente para o mapeamento das questotildees relacionadas com os direitos devem ser identificados indicadores quantitativos e qualitativos referentes a diversos fatores

(i) Participaccedilatildeo na educaccedilatildeo e formaccedilatildeo

O relatoacuterio da Agecircncia sobre a Intervenccedilatildeo precoce na infacircncia sugere que

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 28

Os decisores poliacuteticos devem ter mecanismos para avaliar a solicitaccedilatildeo de serviccedilos de IPI e mecanismos eficazes que verifiquem se a prestaccedilatildeo de serviccedilos responde ao solicitado para se poder planear a melhoria do serviccedilo Deve ser desenvolvida uma forma sistemaacutetica de recolha e de monitorizaccedilatildeo de dados fiaacuteveis a niacutevel nacional (Agecircncia Europeia 2010 paacuteg 40)

No relatoacuterio Participaccedilatildeo na Educaccedilatildeo Inclusiva afirma-se que Embora os governos nacionais e locais jaacute recolham dados importantes sobre a educaccedilatildeo pouco se sabe sobre a participaccedilatildeo hellip Atualmente a maior parte dos dados recolhidos para fins de monitorizaccedilatildeo satildeo dados estatiacutesticos sobre a inscriccedilatildeo e a conclusatildeo da escolaridade hellip Poucos paiacuteses tecircm meacutetodos sistemaacuteticos de recolha anaacutelise e interpretaccedilatildeo de dados qualitativos sobre a participaccedilatildeo a niacutevel individual em sala de aula e na escola embora os relatoacuterios escolares de autorrevisatildeo e de inspeccedilatildeo respondam muitas vezes a questotildees de participaccedilatildeo e inclusatildeo (Agecircncia Europeia 2011d paacuteg 19)

Este relatoacuterio tambeacutem destaca alguns dos perigos potenciais associados agrave recolha de dados em relaccedilatildeo agrave participaccedilatildeo

hellip estruturas criadas para acompanhar as crianccedilas com necessidades educativas especiais podem funcionar como barreiras agrave sua participaccedilatildeo e sucesso marcando estas crianccedilas como diferentes Uma consequecircncia natildeo intencional de categorizar algumas crianccedilas para monitorizar a sua participaccedilatildeo pode gerar um paradoxo o que resulta na celebraccedilatildeo de acordos separados para a sua educaccedilatildeo (ibid paacuteg 17ndash18)

(ii) Acesso ao apoio e agrave adaptaccedilatildeo

Trecircs estudos da Agecircncia consideraram diferentes aspetos de apoio para os alunos com NEE A revisatildeo da literatura do projeto Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional cita Redley (2009)

Natildeo existem dados nacionais fiaacuteveis sobre o nuacutemero de organizaccedilotildees que oferecem emprego apoiado ou o nuacutemero de pessoas com dificuldades de aprendizagem empregadas nelas e o governo natildeo participa neste processo (Agecircncia Europeia 2012f paacuteg 41)

O estudo conjunto da Agecircncia realizado com o Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO que analisa o uso das TIC na educaccedilatildeo das pessoas com incapacidades defende que

Tanto em relaccedilatildeo agrave Convenccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas (2006) como em relaccedilatildeo agrave poliacutetica regional (ou seja europeia) e nacional haacute uma necessidade de informaccedilatildeo mais detalhada ligada agrave monitorizaccedilatildeo de indicadores e benchmarks qualitativos e quantitativos sobre as TIC na educaccedilatildeo para pessoas

Colocar a teoria em praacutetica 29

com incapacidades (Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO e Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011 paacuteg 93)

Em relaccedilatildeo agrave acessibilidade da informaccedilatildeo para a aprendizagem as recomendaccedilotildees do projeto i-access da Agecircncia defendem que

A conformidade [acessibilidade] agrave poliacutetica deve ser sistematicamente monitorizada A monitorizaccedilatildeo da conformidade soacute pode ser incentivada nomomento presente mas deve ser alargada hellip Eacute necessaacuterio recolher dados quantitativos e qualitativos sistemaacuteticos o que deve tambeacutem envolver os utilizadores finais de informaccedilatildeo acessiacutevel Poreacutem a monitorizaccedilatildeo do progresso natildeo se pode limitar a afericcedilatildeo numeacuterica mas deve incluir a possibilidade de recolher exemplos de boas praacuteticas que poderiam servir de modelo para outros paiacuteses e organizaccedilotildees (Agecircncia Europeia 2012e paacuteg 40ndash 41)

(iii) Oportunidades para o sucesso na aprendizagem e na transiccedilatildeo Dois grandes projetos da Agecircncia tiveram em linha de conta a transiccedilatildeo da escola para o emprego Ambos apontam para a falta de dados fiaacuteveis neste campo O projeto Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego sugeriu que

Os dados nacionais dos paiacuteses apenas incluem pessoas registadas como desempregadas mas uma alta percentagem de pessoas com necessidades especiais natildeo estaacute registada ndash elas natildeo tecircm sequer a oportunidade de conseguir o primeiro emprego (Agecircncia Europeia 2002a paacuteg 2)

O estudo de acompanhamento (Agecircncia Europeia 2006) natildeo refere quaisquer desenvolvimentos nesta aacuterea

(iv) Oportunidades de integraccedilatildeo

O estudo da Agecircncia com foco na diversidade multicultural destaca a falta de dados em relaccedilatildeo a um fator importante de integraccedilatildeo ndash antecedente de imigraccedilatildeo dos alunos com NEE

Muitos paiacuteses envolvidos no projeto referiram que natildeo existem dados atualizados sobre os alunos com NEE e de origem imigrante Diversas agecircncias governamentais tecircm responsabilidades diferentes e natildeo haacute coordenaccedilatildeo na recolha de dados Haacute outras razotildees para a falta de dados Alguns paiacuteses natildeo tecircm estatiacutesticas oficiais sobre a origem das pessoas para aleacutem do paiacutes de nascimento uma vez que eacute proibido o tratamento de dados pessoais que identifiquem a raccedila a origem eacutetnica a incapacidade ou crenccedila religiosa Em outros paiacuteses natildeo haacute recolha sistemaacutetica de dados relativos a alunos com NEE

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 30

ou a alunos com NEE e de origem imigrante a niacutevel nacional ou local (Agecircncia Europeia 2009a paacuteg 30)

Monitorizaccedilatildeo da eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusiva

Dados que examinam a eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusiva tecircm em conta questotildees de custo-eficaacutecia bem como diversas aacutereas relacionadas com as experiecircncias de educaccedilatildeo dos alunos procedimentos de avaliaccedilatildeo inicial o envolvimento contiacutenuo dos alunos e das suas famiacutelias em experiecircncias educativas e a eficaacutecia de ambientes de aprendizagem na superaccedilatildeo das barreiras e apoio de experiecircncias de aprendizagem significativas para todos os alunos

O estudo da Agecircncia relativo ao Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos realccedila que eacute necessaacuterio apoiar as escolas com

hellip aconselhamento sobre como pode ser usada a informaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo ndash particularmente a da avaliaccedilatildeo estandardizada recolhida para fins de monitorizaccedilatildeo nacional ndash para melhorar as praacuteticas com todos os alunos incluindo os que apresentam NEE (Watkins 2007 paacuteg 60)

O relatoacuterio designado Elevar o Sucesso de Todos os Alunos defende que

Para avanccedilar para uma maior equidade na educaccedilatildeo satildeo necessaacuterios indicadores de sucesso adequados agrave comunidade local focalizados no input recursos processos e outputresultados Embora a informaccedilatildeo (incluindo dados) deva ser usada para direcionar o apoio e acompanhar o sucesso de poliacuteticas e praacuteticas inclusivas eacute necessaacuterio cuidado para que os sistemas de responsabilidade natildeo causem inadvertidamente alteraccedilotildees inadequadas (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 22)

Este estudo destaca potenciais dificuldades inerentes

No clima atual o desenvolvimento de mecanismos de responsabilidade adequados e de formas de medir o sucesso valorizado e monitorizar a equidade apresentam muitos desafios Apesar da procura de dados concretos Fullan (2011) adverte que laquoas estatiacutesticas satildeo um servo maravilhoso mas um mestre terriacutevelraquo (paacuteg 127) e Hargreaves e Shirley (2009) enfatizam a necessidade de colocar a responsabilidade antes da prestaccedilatildeo de contas Sugerem que a prestaccedilatildeo de contas deve laquoservir de consciecircncia por meio de amostragemraquo e que deve ser realizado um ataque laquoaos excessos de padronizaccedilatildeo testada que negam a diversidade e destroem a criatividaderaquo (paacuteg 109) (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 22)

Dentro do projeto MIPIE argumentou-se que a monitorizaccedilatildeo da eficaacutecia dos sistemas de educaccedilatildeo inclusiva tambeacutem incluiria uma anaacutelise da eficaacutecia da formaccedilatildeo de professores (Agecircncia Europeia 2011a) O relatoacuterio do projeto TE4I

Colocar a teoria em praacutetica 31

destaca uma seacuterie de questotildees relacionadas com a disponibilidade de dados nesta aacuterea Relativamente agrave representaccedilatildeo de professores de grupos minoritaacuterios

A maior parte dos paiacuteses que natildeo recolhe dados refere curiosamente uma subshyrepresentaccedilatildeo de pessoas com deficiecircncia e pertencentes a grupos minoritaacuterios entre os professores estagiaacuterios e os professores diplomados e a situaccedilatildeo parece ser idecircntica entre os formadores de professores (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 22)

O relatoacuterio tambeacutem indica a necessidade de dados que levam a mudanccedilas com base em evidecircncias

A falta de investigaccedilatildeo em larga escala e de investigaccedilatildeo cumulativa bem como de evidecircncia empiacuterica na formaccedilatildeo de professores para a inclusatildeo foi referida pela OCDE (2010) hellip esta investigaccedilatildeo poderaacute garantir a existecircncia dum corpo de evidecircncias que possam dar forma agrave mudanccedila No presente relatoacuterio os exemplos realccedilam algumas questotildees-chave da pesquisa incluindo

- A eficaacutecia de diferentes rotas no ensino - Abordagens agrave formaccedilatildeo de professores e ao curriacuteculo da FIP e

- O papel dos cursos separados integrados e unificados e a melhor maneira de passar dum curso contiacutenuo para um uacutenico curso de formaccedilatildeo de professores que prepare todos os professores para a diversidade (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 68)

O projeto MIPIE defende que

A niacutevel da escola a recolha de dados deve

- Fornecer informaccedilatildeo que permitam aos professores e funcionaacuterios da escola planear e prestar o apoio e os recursos adequados

- Fornecer ideias claras sobre a participaccedilatildeo ativa dos pais e alunos no processo educativo (Agecircncia Europeia 2011a paacuteg 13)

Para que isto seja possiacutevel

Satildeo necessaacuterias sinergias a niacutevel nacional entre os principais intervenientes baseadas num claro racional para a recolha de dados considerando os dados a niacutevel nacional regional escola e sala de aula para que os dados globais do paiacutes efetivamente possam refletir a praacutetica (ibid paacuteg 14)

Para concluir a provisatildeo dos dados pode contribuir efetivamente para a elaboraccedilatildeo de poliacuteticas para a educaccedilatildeo inclusiva Haacute uma exigecircncia crescente ndash a niacutevel internacional europeu e nacional ndash para a responsabilidade e tecircm vindo a crescer comparaccedilotildees laquoentre escolasraquo e laquoentre naccedilotildeesraquo O surgimento de laquograndes dadosraquo

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 32

(meta-anaacutelises de conjuntos de dados e fontes combinadas) apresenta oportunidades mas tambeacutem desafios reais para a educaccedilatildeo inclusiva

Os apelos para a poliacutetica e alocaccedilatildeo de recursos baseada em evidecircncias reforccedilam a necessidade de dados significativos relacionados com todos os alunos Eacute necessaacuterio saber que alunos estatildeo a receber que serviccedilos quando e onde (contando todos os alunos) Tambeacutem eacute necessaacuterio ter dados sobre a qualidade dos serviccedilos e os resultados obtidos (considerando a praacutetica)

Um grande desafio para a recolha de dados estaacute em evitar classificar categorizar e rotular os alunos de modo a fornecer informaccedilatildeo sobre a provisatildeo que recebem As laquopluralidadesraquo das definiccedilotildees aplicadas a alunos e a laquopoliacuteticaraquo dos sistemas de rotulagem natildeo podem ser ignoradas nem os efeitos a que esses sistemas de rotulagem e definiccedilotildees conduzem

Fazer as perguntas certas em termos de poliacuteticas eacute o ponto de partida para a recolha de dados que servem de base significativa para as poliacuteticas

Colocar a teoria em praacutetica 33

OLHAR EM FRENTE

O primeiro objetivo da conferecircncia em novembro de 2013 foi refletir e resumir o trabalho da Agecircncia ao longo da uacuteltima deacutecada As cinco mensagens-chave descritas nos capiacutetulos anteriores destacam aspetos criacuteticos no que se refere agrave educaccedilatildeo inclusiva Baseiam-se nos resultados da anaacutelise aprofundada de temas-chave decididos pelos paiacuteses membros da Agecircncia O segundo objetivo da conferecircncia foi olhar em frente explorando a forma como o trabalho da Agecircncia pode prestar um melhor apoio aos paiacuteses membros ajudandoos a melhorar a qualidade e a eficaacutecia das suas respostas inclusivas para alunos com incapacidades eou necessidades educativas especiais A Agecircncia estaacute disposta a ajudar os paiacuteses de uma forma mais concreta com a implementaccedilatildeo dos resultados do nosso trabalho Isso significa disponibilizar recomendaccedilotildees de poliacutetica que sejam mais diretamente aplicaacuteveis aos decisores poliacuteticos para apoiar alteraccedilotildees futuras e desenvolvimentos poliacuteticos

A Agecircncia estaacute consciente de que o trabalho jaacute realizado estaacute de acordo e apoia diretamente todas as iniciativas de poliacuteticas europeias e internacionais em termos de educaccedilatildeo equidade igualdade de oportunidades e direitos para pessoas com incapacidades eou necessidades educativas especiais O trabalho da Agecircncia fornece recomendaccedilotildees claras e coerentes sobre como as poliacuteticas-chave nestas aacutereas podem ser implementadas na praacutetica A Agecircncia pretende proporcionar aos paiacuteses informaccedilatildeo sobre o progresso alcanccedilado nos objetivos propostos em termos de (a) metas de Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo para 2020 e (b) Convenccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiecircncia (2006) bem como vaacuterias diretivas e comunicaccedilotildees da Uniatildeo Europeia Eacute necessaacuteria orientaccedilatildeo sobre o modo como a educaccedilatildeo inclusiva pode ser implementada a niacutevel do professor sala de aula escola regiatildeo municiacutepio e poliacutetica nacional A Agecircncia tem capacidade para disponibilizar aos paiacuteses orientaccedilotildees sobre formas de implementaccedilatildeo da educaccedilatildeo inclusiva e como isto afeta a qualidade geral da educaccedilatildeo As discussotildees durante a conferecircncia bem como as discussotildees aprofundadas no acircmbito da Agecircncia orientaratildeo esta nova etapa no trabalho da Agecircncia

shy

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 34

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 1999 Financing of Special Needs Education ndash A seventeen-country Study of the Relationship between Financing of Special Needs Education and Inclusion [Financiamento da Educaccedilatildeo Especial ndash Um estudo de dezassete paiacuteses da Relaccedilatildeo entre o Financiamento da Educaccedilatildeo Especial e a Inclusatildeo] Middelfart Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2002a Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Princiacutepios-chave e Recomendaccedilotildees para R esponsaacuteveis Poliacuteticos Middelfart Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanagencyorgsitesdefaultfilestransition_transition_pttextpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2002b Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Principais problemas questotildees e opccedilotildees enfrentadas pelos alunos com necessidades educativas especiais em 16 paiacuteses Europeus Relatoacuterio Siacutentese Middelfart Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanagencyorgsitesdefaultfilestransition-from-school-to-employment_Transitionptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2003 Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula Relatoacuterio Siacutentese Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanagencyorgsitesdefaultfilesinclusive-education-and-classroom-practices_iecpptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2005 Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula nos 2ordm e 3ordm Ciclos do Ensino Baacutesico Relatoacuterio Siacutentese Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesinclusive-educationand-classroom-practice-in-secondary-education_iecp_secondary_ptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2006 Planos Individuais de Transiccedilatildeo Apoiar a Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesindividual-transitionplans_itp_ptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

shy

shyshy

shyshy

shy

shy

Colocar a teoria em praacutetica 35

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2009a Diversidade multicultural e necessidades especiais de educaccedilatildeo Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfilesmulticultural-diversity-and-special-needsshyeducation_Multicultural-Diversity-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2009b Princiacutepiosshychave para a Promoccedilatildeo da Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva ndash Recomendaccedilotildees para Decisores Poliacuteticos Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportskeyshyprinciples-for-promoting-quality-in-inclusive-educationkey-principles-PTpdf(Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2010 Intervenccedilatildeo Precoce na Infacircncia ndash Progressos e Desenvolvimentos 2005ndash2010 Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesearly-childhood-interventionshyprogress-and-developments_ECI-report-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011a Mapeamento da Implementaccedilatildeo de Poliacuteticas para a Educaccedilatildeo Inclusiva Uma anaacutelise dos desafios e oportunidades para o desenvolvimento de indicadores Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httphttpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesmipie_MIPIE-summaryshyof-proposals-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011b Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo na Europa ndash Desafios e Oportunidades Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfileste4i-challenges-and-opportunities_TE4I-Synthesis-Report-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011c Princiacutepios-Chave para a Promoccedilatildeo da Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva ndash Recomendaccedilotildees para Decisores Poliacuteticos Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfilesinclusive-education-and-classroom-practices_iecpshyptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011d Participation in Inclusive Education ndash A Framework for Developing Indicators [Participaccedilatildeo na Educaccedilatildeo inclusiva ndash Um Quadro para o Desenvolvimento de Indicadores] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 36

agencyorgpublicationsereportsparticipation-in-inclusive-education-a-frameworkshyfor-developing-indicatorsParticipation-in-Inclusive-Educationpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012a Perspetivas dos Jovens sobre Educaccedilatildeo Inclusiva Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfilesyoung-views-on-inclusive-education_YoungViews-2012PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012b Perfil de Professores Inclusivos Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfileste4i-profile-of-inclusive-teachers_Profile-of-InclusiveshyTeachers-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012c Raising Achievement for All Learners ndash Quality in Inclusive Education [Elevar o Sucesso de Todos os Alunos ndash Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva] Relatoacuterio sobre a conferecircncia realizada em Odense Dinamarca de 13 a 15 de junho de 2012 Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesRA4AL-conference-reportpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014) Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012d Raising Achievement for All Learners ndash Quality in Inclusive Education [Elevar o Sucesso de Todos os Alunos ndash Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httphttpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesra4al-keyshymessages_RA4AL-summary-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012e Promoting Accessible Information for Lifelong Learning Recommendations and findings of the i-access project [Promover o Acesso agrave Informaccedilatildeo para a Aprendizagem ao Longo da Vida Recomendaccedilotildees e observaccedilotildees do projeto i-access] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportsi-accessi-accessshyreportpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012f Vocational Education and Training Policy and Practice in the field of Special Needs Education ndash Literature Review [Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional (EFP) Poliacutetica e Praacutetica no campo da Educaccedilatildeo Especial ndash Revisatildeo da Literatura] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Colocar a teoria em praacutetica 37

agencyorgagency-projectsvocational-education-and-trainingvet-filesVETshyLiteratureReviewpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012g Teacher Education for Inclusion Project Recommendations linked to Sources of Evidence [Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo Recomendaccedilotildees do Projeto Ligadas a Fontes de Evidecircncias] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgagencyshyprojectsTeacher-Education-for-Inclusionsources-of-evidencepdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2013 European and International Policy Supporting ICT for Inclusion [Poliacutetica Europeia e Internacional para Uso das TIC como Apoio para a Inclusatildeo] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfileseuropean-and-internationalshypolicy-supporting-ict-for-inclusion_policy-supporting-ict-for-inclusionpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para as Necessidades Especiais e a Educaccedilatildeo Inclusiva 2014 Vocational Education and Training ndash Summary of Country Information [Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional ndash Resumo de Informaccedilatildeo do Paiacutes] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para as Necessidades Especiais e a Educaccedilatildeo Inclusiva httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesVET Summary of Country information 2014pdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Bennett S e Gallagher TL 2012 The Delivery of Education Services for Students who have an Intellectual Disability in the Province of Ontario [A prestaccedilatildeo de serviccedilos de ensino para alunos com incapacidade intelectual na proviacutencia de Ontaacuterio] Toronto Community Living Ontario

Chapman C Ainscow M Miles S e West M 2011 Leadership that promotes the achievement of students with special educational needs and disabilities [Lideranccedila que promove o sucesso de alunos com necessidades educativas especiais e incapacidades] Nottingham National College for School Leadership

Comissatildeo das Comunidades Europeias 2008 Livro Verde ndash Migraccedilatildeo e mobilidade desafios e oportunidades para os sistemas educativos da UE SEC(2008) 2173 COM20080423 final Bruxelas Comissatildeo das Comunidades Europeias

Conselho da Uniatildeo Europeia 2010 Conclusotildees do Conselho sobre a dimensatildeo social da educaccedilatildeo e da formaccedilatildeo 3013ordf Reuniatildeo do Conselho de EDUCACcedilAtildeO JUVENTUDE E CULTURA Bruxelas 11 de maio de 2010 httpeurshylexeuropaeulegal-contentPTTXTPDFuri=CELEX52010XG0526(01)ampfrom=PT(Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 38

Farrell P Dyson AS Polat F Hutcheson G e Gallannaugh F 2007 laquoSEN inclusion and pupil achievement in English schoolsraquo [Inclusatildeo de crianccedilas com NEE e sucesso dos alunos nas escolas inglesas] Journal of Research in Special Educational Needs 7 (3) 172ndash178

Frilseth L 2012 The Norwegian Model for Education for All in Upper Secondary School [O Modelo Norueguecircs para a Educaccedilatildeo para Todos no Ensino Secundaacuterio] Direccedilatildeo Norueguesa para Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo httpwwweuropeanshyagencyorgagency-projectsra4alra4al-seminar-pdfNorway-L-Frilsethpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Fullan M 2011 Change Leader Learning to do what matters most [Liacuteder de Mudanccedila aprender a fazer o que mais importa] San Francisco Jossey-Bass de Graaf G van Hove G e Haveman M 2011 laquoMore academics in regular schools The effect of regular versus special school placement on academic skills in Dutch primary school students with Down syndromeraquo [Mais acadeacutemicos nas escolas regulares O efeito da colocaccedilatildeo em escola regular versus escola especial nas competecircncias acadeacutemicas em alunos holandeses do ensino primaacuterio com siacutendrome de Down] Journal of International Disability Research December 2011 57(1) 21ndash38 doi 101111j1365-2788201101512x

Hargreaves A e Shirley D 2009 The Fourth Way ndash The inspiring future for educational change [A Quarta Via ndash O futuro inspirador para a mudanccedila educativa] Publicaccedilatildeo conjunta do Ontario Principalsrsquo Council e do National Staff Development Council Thousand Oaks CA Corwin Press

Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO e Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011 ICTs in Education for People with Disabilities Review de innovative practice [TIC na Educaccedilatildeo para Pessoas com Incapacidades revisatildeo da praacutetica inovadora] Moscovo Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO httpwwweuropeanshyagencyorgpublicationsereportsICTs-in-Education-for-People-WithshyDisabilitiesReview-of-Innovative-Practice (Uacuteltimo acesso em julho de 2014) Kalambouka A Farrell P Dyson A e Kaplan I 2005 The impact of population inclusivity in schools on student outcomes [O impacto da inclusividade da populaccedilatildeo em escolas nos resultados dos alunos] Research Evidence in Education Library London EPPI-Centre Social Science Research Unit Institute of Education University of London Kyriazopoulou M e Weber H (eds) 2009 Desenvolvimento de um conjunto de indicadores ndash para a educaccedilatildeo inclusiva na Europa Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Colocar a teoria em praacutetica 39

agencyorgsitesdefaultfilesdevelopment-of-a-set-of-indicators-for-inclusiveshyeducation-in-europe_indicators-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

MacArthur J 2009 Learning Better Together Working towards inclusive education in New Zealand schools [Aprender Melhor Juntos trabalhar para a educaccedilatildeo inclusiva nas escolas da Nova Zelacircndia] Wellington IHC

MacArthur J Kelly B Sharp S amp Gaffney M 2005 Participation or exclusion Disabled childrenrsquos experiences of life at school [Participaccedilatildeo ou exclusatildeo Experiecircncias de vida na escola de crianccedilas com incapacidades] Um artigo apresentado na laquoChildrenrsquos Issues Conferenceraquo Dunedin Nova Zelacircndia julho de 2005 Menter I Hulme M Elliott D e Lewin J 2010 Literature Review on Teacher Education in the 21st Century [Revisatildeo da Literatura sobre a Formaccedilatildeo de Professores no Seacuteculo XXI] Scottish Government Social Research Edimburgo Scottish Government

Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para a Educaccedilatildeo Ciecircncia e Cultura 2009 Policy Guidelines on Inclusion in Education [Diretrizes da Poliacutetica sobre Inclusatildeo na Educaccedilatildeo] Paris UNESCO

Organizaccedilatildeo Mundial de SauacutedeBanco Mundial 2011 World Report on Disability [Relatoacuterio Mundial sobre Deficiecircncia] Genebra Ediccedilotildees OMS httpwwwwhointdisabilitiesworld_report2011enindexhtml (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Organizaccedilatildeo para a Cooperaccedilatildeo e Desenvolvimento Econoacutemico 2011 PISA in Focus Improving Performance Leading from the Bottom [PISA agrave Lupa Melhorar os Resultados Progedir ateacute ao Topo] 20112 (Marccedilo) Paris OCDE Redley M 2009 laquoUnderstanding the social exclusion and stalled welfare of citizens with learning disabilitiesraquo [Compreender a exclusatildeo social e o bem-estar sem progresso dos cidadatildeos com dificuldades de aprendizagem] Disability amp Society 24(4) 489ndash501

Naccedilotildees Unidas 2006 Convenccedilatildeo sobre os Direitos das Pessoas com Deficiecircncia Nova Iorque Naccedilotildees Unidas

Watkins A (ed) 2007 Assessment in Inclusive Settings Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos Questotildees-chave para Poliacuteticas e Praacuteticas Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportsassessment-in-inclusiveshysettings-key-issues-for-policy-and-practiceassessment-in-inclusive-settings-keyshyissues-for-policy-and-practice (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 40

Wilkinson R e Pickett K 2010 The Spirit Level Why Equality is Better para Everyone [O Niacutevel do Espiacuterito Por que a Igualdade eacute Melhor para Todos] Londres Penguin

Willms JD 2006 Learning divides Ten policy questions about the performance and equity of schools and schooling systems [A aprendizagem divide dez perguntas de poliacutetica acerca do desempenho e equidade das escolas e dos sistemas de escolaridade] Montreal Instituto de Estatiacutestica da UNESCO

Colocar a teoria em praacutetica 41

  • preacircmbulo
  • Sumaacuterio Executivo
  • O mais precocemente possiacutevel
    • Introduccedilatildeo
    • Intervenccedilatildeo precoce
    • Deteccedilatildeo e avaliaccedilatildeo precoces
    • Apoio precoce
    • Transiccedilatildeo planeada
      • A educaccedilatildeo inclusiva beneficia todos
        • Introduccedilatildeo
        • A educaccedilatildeo inclusiva como uma abordagem para elevar o sucesso para todos os alunos
        • laquoO que eacute bom para os alunos com NEE eacute igualmente bom para todos os alunosraquo
        • Monitorizaccedilatildeo do progresso
          • profissionais altamente qualificados
            • Introduccedilatildeo
            • Formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo
            • O perfil dos professores inclusivos e outros profissionais
            • Abordagens ao recrutamento
            • Atitudes positivas
            • Trabalho em rede e coordenaccedilatildeo
              • sistemas de apoio e mecanismos de financiamento
                • Introduccedilatildeo
                • Sistemas de apoio e mecanismos de financiamento
                  • Intervenccedilatildeo Precoce na Infacircncia (IPI)
                  • Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula
                  • Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional (EFP)
                  • Tecnologias de Informaccedilatildeo e Comunicaccedilatildeo (TIC)
                      • dados fiaacuteveis
                        • Introduccedilatildeo
                        • Monitorizaccedilatildeo dos direitos dos alunos
                          • (i) Participaccedilatildeo na educaccedilatildeo e formaccedilatildeo
                          • (ii) Acesso ao apoio e agrave adaptaccedilatildeo
                          • (iii) Oportunidades para o sucesso na aprendizagem e na transiccedilatildeo
                          • (iv) Oportunidades de integraccedilatildeo
                            • Monitorizaccedilatildeo da eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusiva
                              • olhar em frente
                              • REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

A poliacutetica de financiamento apoia totalmente a educaccedilatildeo inclusiva Isto inclui o desenvolvimento de poliacuteticas fiscais que criem incentivos ao inveacutes de desincentivos agrave oferta de colocaccedilotildees e de serviccedilos de inclusatildeo Embora exista uma seacuterie de bases alternativas para financiar alunos com NEE o financiamento per capita parece ser o mais promissor para satisfazer o requisito estabelecido

A poliacutetica de financiamento baseia-se totalmente nas necessidades educativas Os montantes individuais de financiamento per capita podem ser determinados atraveacutes de anaacutelises de custos que mostram os custos relativos de disponibilizar aos alunos condiccedilotildees especiais selecionadas

A poliacutetica de financiamento facilita totalmente respostas flexiacuteveis eficazes e eficientes agraves necessidades Em vez de financiar ou fornecer recursos especiacuteficos por exemplo tipos preacute-determinados de pessoal equipamentos ou instalaccedilotildees o financiamento per capita aloca recursos monetaacuterios promovendo a flexibilidade no uso local

A poliacutetica de financiamento promove totalmente o apoio de serviccedilos relacionados e a necessaacuteria colaboraccedilatildeo intersectorial

Em geral as estruturas de incentivo devem assegurar a disponibilizaccedilatildeo de mais fundos se uma crianccedila for colocada num contexto inclusivo sendo necessaacuteria uma maior ecircnfase nos resultados (natildeo apenas acadeacutemicos)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 26

DADOS FIAacuteVEIS

Introduccedilatildeo

A Convenccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiecircncia (CDPD) bem como a Estrateacutegia Europeia para a Deficiecircncia 2010ndash2020 e o quadro estrateacutegico Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo 2020 relativo agrave equidade na educaccedilatildeo satildeo impulsionadores-chave para a educaccedilatildeo inclusiva nos paiacuteses A CDPD da ONU apela aos Estados Partes para

hellip recolher informaccedilatildeo apropriada incluindo dados estatiacutesticos e de investigaccedilatildeo que lhes permitam formular e implementar poliacuteticas que visem dar efeito agrave presente Convenccedilatildeo (Naccedilotildees Unidas 2006 Artigo 31ordm)

e hellip Os Estados Partes devem em conformidade com os seus sistemas juriacutedico e administrativo manter fortalecer nomear ou estabelecer a niacutevel interno uma estrutura que inclua um ou mais mecanismos independentes conforme apropriado com vista a promover proteger e monitorizar a implementaccedilatildeo da presente Convenccedilatildeo (ibid Artigo 33ordm)

Existe a consciencializaccedilatildeo disseminada de que a criaccedilatildeo de poliacuteticas com base em evidecircncias eacute essencial para o desenvolvimento a longo prazo dos sistemas de educaccedilatildeo inclusiva Decisores poliacuteticos especialistas em estatiacutestica e investigadores reconhecem a necessidade de uma recolha de dados a niacutevel nacional que natildeo soacute responda agraves exigecircncias das orientaccedilotildees poliacuteticas internacionais mas que tambeacutem obedeccedila a uma abordagem comum que promova uma sinergia de esforccedilos a niacutevel nacional e internacional O trabalho da Agecircncia demonstrou que existem apelos para a disponibilizaccedilatildeo de ampla informaccedilatildeo para os decisores poliacuteticos e para a adoccedilatildeo pelas diferentes organizaccedilotildees tanto a niacutevel nacional como europeu de uma variedade de abordagens complementares para a recolha de dados Poreacutem embora a necessidade de tais dados seja clara os melhores meacutetodos e procedimentos de recolha e anaacutelise dos mesmos satildeo muito menos claros

Em resultado do trabalho da Agecircncia ndash mais especificamente das atividades dos projetos Desenvolvimento de um conjunto de indicadores ndash para a educaccedilatildeo inclusiva na Europa (Kyriazopoulou e Weber 2009) e Mapeamento da Implementaccedilatildeo de Poliacuteticas para a Educaccedilatildeo Inclusiva (MIPIE) (Agecircncia Europeia 2011a) ndash emergem cinco requisitos-chave de poliacuteticas relativos agrave recolha de dados no que concerne agrave necessidade de evidecircncias sobre a educaccedilatildeo inclusiva a niacutevel nacional

bull necessidade de recolha de dados nacionais ancorada nos acordos internacionais e europeus

Colocar a teoria em praacutetica 27

bull necessidade de compreender o impacto das diferenccedilas nos sistemas educativos dos paiacuteses

bull necessidade de analisar a efetividade da educaccedilatildeo inclusiva

bull necessidade de recolha de dados que forneccedila evidecircncias sobre a garantia de qualidade e

bull necessidade de acompanhar o progresso dos alunos a longo prazo Os decisores poliacuteticos precisam de dados qualitativos e quantitativos que os informem sobre a qualidade da educaccedilatildeo prestada aos alunos com necessidades educativas especiais Estas mensagens principais refletem uma recomendaccedilatildeo central do Relatoacuterio Mundial sobre Deficiecircncia (Organizaccedilatildeo Mundial de SauacutedeBanco Mundial 2011) a necessidade de os paiacuteses desenvolverem os sistemas de recolha de dados quantitativos existentes e de simultaneamente realizarem investigaccedilotildees qualitativas aprofundadas e especiacuteficas sobre o custoshyeficaacutecia e sobre outras questotildees relacionadas com a garantia da qualidade

O projeto MIPIE apela ao desenvolvimento de um quadro comum para a recolha de dados construiacutedo com base nos procedimentos nacionais existentes e nos acordos internacionais sobre recolha de dados e procedimentos hellip Podem ser identificadas trecircs dimensotildees para uma estrutura comum

- A mudanccedila para um sistema de recolha de dados baseado em conceitos e definiccedilotildees comuns

- A recolha de evidecircncias que conduzam a niacuteveis de referecircncia quantitativos e qualitativos

- O uso de uma estrutura multiniacutevel para analisar as poliacuteticas a niacuteveis nacional e internacional (Agecircncia Europeia 2011a paacuteg 11)

Uma tal abordagem eacute necessaacuteria para apoiar os paiacuteses no desenvolvimento de uma laquorecolha de dados que permita monitorizar os direitos dos alunos bem como para monitorizarem a eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusivaraquo (ibid)

Monitorizaccedilatildeo dos direitos dos alunos

No acircmbito de uma estrutura abrangente para o mapeamento das questotildees relacionadas com os direitos devem ser identificados indicadores quantitativos e qualitativos referentes a diversos fatores

(i) Participaccedilatildeo na educaccedilatildeo e formaccedilatildeo

O relatoacuterio da Agecircncia sobre a Intervenccedilatildeo precoce na infacircncia sugere que

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 28

Os decisores poliacuteticos devem ter mecanismos para avaliar a solicitaccedilatildeo de serviccedilos de IPI e mecanismos eficazes que verifiquem se a prestaccedilatildeo de serviccedilos responde ao solicitado para se poder planear a melhoria do serviccedilo Deve ser desenvolvida uma forma sistemaacutetica de recolha e de monitorizaccedilatildeo de dados fiaacuteveis a niacutevel nacional (Agecircncia Europeia 2010 paacuteg 40)

No relatoacuterio Participaccedilatildeo na Educaccedilatildeo Inclusiva afirma-se que Embora os governos nacionais e locais jaacute recolham dados importantes sobre a educaccedilatildeo pouco se sabe sobre a participaccedilatildeo hellip Atualmente a maior parte dos dados recolhidos para fins de monitorizaccedilatildeo satildeo dados estatiacutesticos sobre a inscriccedilatildeo e a conclusatildeo da escolaridade hellip Poucos paiacuteses tecircm meacutetodos sistemaacuteticos de recolha anaacutelise e interpretaccedilatildeo de dados qualitativos sobre a participaccedilatildeo a niacutevel individual em sala de aula e na escola embora os relatoacuterios escolares de autorrevisatildeo e de inspeccedilatildeo respondam muitas vezes a questotildees de participaccedilatildeo e inclusatildeo (Agecircncia Europeia 2011d paacuteg 19)

Este relatoacuterio tambeacutem destaca alguns dos perigos potenciais associados agrave recolha de dados em relaccedilatildeo agrave participaccedilatildeo

hellip estruturas criadas para acompanhar as crianccedilas com necessidades educativas especiais podem funcionar como barreiras agrave sua participaccedilatildeo e sucesso marcando estas crianccedilas como diferentes Uma consequecircncia natildeo intencional de categorizar algumas crianccedilas para monitorizar a sua participaccedilatildeo pode gerar um paradoxo o que resulta na celebraccedilatildeo de acordos separados para a sua educaccedilatildeo (ibid paacuteg 17ndash18)

(ii) Acesso ao apoio e agrave adaptaccedilatildeo

Trecircs estudos da Agecircncia consideraram diferentes aspetos de apoio para os alunos com NEE A revisatildeo da literatura do projeto Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional cita Redley (2009)

Natildeo existem dados nacionais fiaacuteveis sobre o nuacutemero de organizaccedilotildees que oferecem emprego apoiado ou o nuacutemero de pessoas com dificuldades de aprendizagem empregadas nelas e o governo natildeo participa neste processo (Agecircncia Europeia 2012f paacuteg 41)

O estudo conjunto da Agecircncia realizado com o Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO que analisa o uso das TIC na educaccedilatildeo das pessoas com incapacidades defende que

Tanto em relaccedilatildeo agrave Convenccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas (2006) como em relaccedilatildeo agrave poliacutetica regional (ou seja europeia) e nacional haacute uma necessidade de informaccedilatildeo mais detalhada ligada agrave monitorizaccedilatildeo de indicadores e benchmarks qualitativos e quantitativos sobre as TIC na educaccedilatildeo para pessoas

Colocar a teoria em praacutetica 29

com incapacidades (Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO e Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011 paacuteg 93)

Em relaccedilatildeo agrave acessibilidade da informaccedilatildeo para a aprendizagem as recomendaccedilotildees do projeto i-access da Agecircncia defendem que

A conformidade [acessibilidade] agrave poliacutetica deve ser sistematicamente monitorizada A monitorizaccedilatildeo da conformidade soacute pode ser incentivada nomomento presente mas deve ser alargada hellip Eacute necessaacuterio recolher dados quantitativos e qualitativos sistemaacuteticos o que deve tambeacutem envolver os utilizadores finais de informaccedilatildeo acessiacutevel Poreacutem a monitorizaccedilatildeo do progresso natildeo se pode limitar a afericcedilatildeo numeacuterica mas deve incluir a possibilidade de recolher exemplos de boas praacuteticas que poderiam servir de modelo para outros paiacuteses e organizaccedilotildees (Agecircncia Europeia 2012e paacuteg 40ndash 41)

(iii) Oportunidades para o sucesso na aprendizagem e na transiccedilatildeo Dois grandes projetos da Agecircncia tiveram em linha de conta a transiccedilatildeo da escola para o emprego Ambos apontam para a falta de dados fiaacuteveis neste campo O projeto Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego sugeriu que

Os dados nacionais dos paiacuteses apenas incluem pessoas registadas como desempregadas mas uma alta percentagem de pessoas com necessidades especiais natildeo estaacute registada ndash elas natildeo tecircm sequer a oportunidade de conseguir o primeiro emprego (Agecircncia Europeia 2002a paacuteg 2)

O estudo de acompanhamento (Agecircncia Europeia 2006) natildeo refere quaisquer desenvolvimentos nesta aacuterea

(iv) Oportunidades de integraccedilatildeo

O estudo da Agecircncia com foco na diversidade multicultural destaca a falta de dados em relaccedilatildeo a um fator importante de integraccedilatildeo ndash antecedente de imigraccedilatildeo dos alunos com NEE

Muitos paiacuteses envolvidos no projeto referiram que natildeo existem dados atualizados sobre os alunos com NEE e de origem imigrante Diversas agecircncias governamentais tecircm responsabilidades diferentes e natildeo haacute coordenaccedilatildeo na recolha de dados Haacute outras razotildees para a falta de dados Alguns paiacuteses natildeo tecircm estatiacutesticas oficiais sobre a origem das pessoas para aleacutem do paiacutes de nascimento uma vez que eacute proibido o tratamento de dados pessoais que identifiquem a raccedila a origem eacutetnica a incapacidade ou crenccedila religiosa Em outros paiacuteses natildeo haacute recolha sistemaacutetica de dados relativos a alunos com NEE

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 30

ou a alunos com NEE e de origem imigrante a niacutevel nacional ou local (Agecircncia Europeia 2009a paacuteg 30)

Monitorizaccedilatildeo da eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusiva

Dados que examinam a eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusiva tecircm em conta questotildees de custo-eficaacutecia bem como diversas aacutereas relacionadas com as experiecircncias de educaccedilatildeo dos alunos procedimentos de avaliaccedilatildeo inicial o envolvimento contiacutenuo dos alunos e das suas famiacutelias em experiecircncias educativas e a eficaacutecia de ambientes de aprendizagem na superaccedilatildeo das barreiras e apoio de experiecircncias de aprendizagem significativas para todos os alunos

O estudo da Agecircncia relativo ao Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos realccedila que eacute necessaacuterio apoiar as escolas com

hellip aconselhamento sobre como pode ser usada a informaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo ndash particularmente a da avaliaccedilatildeo estandardizada recolhida para fins de monitorizaccedilatildeo nacional ndash para melhorar as praacuteticas com todos os alunos incluindo os que apresentam NEE (Watkins 2007 paacuteg 60)

O relatoacuterio designado Elevar o Sucesso de Todos os Alunos defende que

Para avanccedilar para uma maior equidade na educaccedilatildeo satildeo necessaacuterios indicadores de sucesso adequados agrave comunidade local focalizados no input recursos processos e outputresultados Embora a informaccedilatildeo (incluindo dados) deva ser usada para direcionar o apoio e acompanhar o sucesso de poliacuteticas e praacuteticas inclusivas eacute necessaacuterio cuidado para que os sistemas de responsabilidade natildeo causem inadvertidamente alteraccedilotildees inadequadas (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 22)

Este estudo destaca potenciais dificuldades inerentes

No clima atual o desenvolvimento de mecanismos de responsabilidade adequados e de formas de medir o sucesso valorizado e monitorizar a equidade apresentam muitos desafios Apesar da procura de dados concretos Fullan (2011) adverte que laquoas estatiacutesticas satildeo um servo maravilhoso mas um mestre terriacutevelraquo (paacuteg 127) e Hargreaves e Shirley (2009) enfatizam a necessidade de colocar a responsabilidade antes da prestaccedilatildeo de contas Sugerem que a prestaccedilatildeo de contas deve laquoservir de consciecircncia por meio de amostragemraquo e que deve ser realizado um ataque laquoaos excessos de padronizaccedilatildeo testada que negam a diversidade e destroem a criatividaderaquo (paacuteg 109) (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 22)

Dentro do projeto MIPIE argumentou-se que a monitorizaccedilatildeo da eficaacutecia dos sistemas de educaccedilatildeo inclusiva tambeacutem incluiria uma anaacutelise da eficaacutecia da formaccedilatildeo de professores (Agecircncia Europeia 2011a) O relatoacuterio do projeto TE4I

Colocar a teoria em praacutetica 31

destaca uma seacuterie de questotildees relacionadas com a disponibilidade de dados nesta aacuterea Relativamente agrave representaccedilatildeo de professores de grupos minoritaacuterios

A maior parte dos paiacuteses que natildeo recolhe dados refere curiosamente uma subshyrepresentaccedilatildeo de pessoas com deficiecircncia e pertencentes a grupos minoritaacuterios entre os professores estagiaacuterios e os professores diplomados e a situaccedilatildeo parece ser idecircntica entre os formadores de professores (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 22)

O relatoacuterio tambeacutem indica a necessidade de dados que levam a mudanccedilas com base em evidecircncias

A falta de investigaccedilatildeo em larga escala e de investigaccedilatildeo cumulativa bem como de evidecircncia empiacuterica na formaccedilatildeo de professores para a inclusatildeo foi referida pela OCDE (2010) hellip esta investigaccedilatildeo poderaacute garantir a existecircncia dum corpo de evidecircncias que possam dar forma agrave mudanccedila No presente relatoacuterio os exemplos realccedilam algumas questotildees-chave da pesquisa incluindo

- A eficaacutecia de diferentes rotas no ensino - Abordagens agrave formaccedilatildeo de professores e ao curriacuteculo da FIP e

- O papel dos cursos separados integrados e unificados e a melhor maneira de passar dum curso contiacutenuo para um uacutenico curso de formaccedilatildeo de professores que prepare todos os professores para a diversidade (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 68)

O projeto MIPIE defende que

A niacutevel da escola a recolha de dados deve

- Fornecer informaccedilatildeo que permitam aos professores e funcionaacuterios da escola planear e prestar o apoio e os recursos adequados

- Fornecer ideias claras sobre a participaccedilatildeo ativa dos pais e alunos no processo educativo (Agecircncia Europeia 2011a paacuteg 13)

Para que isto seja possiacutevel

Satildeo necessaacuterias sinergias a niacutevel nacional entre os principais intervenientes baseadas num claro racional para a recolha de dados considerando os dados a niacutevel nacional regional escola e sala de aula para que os dados globais do paiacutes efetivamente possam refletir a praacutetica (ibid paacuteg 14)

Para concluir a provisatildeo dos dados pode contribuir efetivamente para a elaboraccedilatildeo de poliacuteticas para a educaccedilatildeo inclusiva Haacute uma exigecircncia crescente ndash a niacutevel internacional europeu e nacional ndash para a responsabilidade e tecircm vindo a crescer comparaccedilotildees laquoentre escolasraquo e laquoentre naccedilotildeesraquo O surgimento de laquograndes dadosraquo

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 32

(meta-anaacutelises de conjuntos de dados e fontes combinadas) apresenta oportunidades mas tambeacutem desafios reais para a educaccedilatildeo inclusiva

Os apelos para a poliacutetica e alocaccedilatildeo de recursos baseada em evidecircncias reforccedilam a necessidade de dados significativos relacionados com todos os alunos Eacute necessaacuterio saber que alunos estatildeo a receber que serviccedilos quando e onde (contando todos os alunos) Tambeacutem eacute necessaacuterio ter dados sobre a qualidade dos serviccedilos e os resultados obtidos (considerando a praacutetica)

Um grande desafio para a recolha de dados estaacute em evitar classificar categorizar e rotular os alunos de modo a fornecer informaccedilatildeo sobre a provisatildeo que recebem As laquopluralidadesraquo das definiccedilotildees aplicadas a alunos e a laquopoliacuteticaraquo dos sistemas de rotulagem natildeo podem ser ignoradas nem os efeitos a que esses sistemas de rotulagem e definiccedilotildees conduzem

Fazer as perguntas certas em termos de poliacuteticas eacute o ponto de partida para a recolha de dados que servem de base significativa para as poliacuteticas

Colocar a teoria em praacutetica 33

OLHAR EM FRENTE

O primeiro objetivo da conferecircncia em novembro de 2013 foi refletir e resumir o trabalho da Agecircncia ao longo da uacuteltima deacutecada As cinco mensagens-chave descritas nos capiacutetulos anteriores destacam aspetos criacuteticos no que se refere agrave educaccedilatildeo inclusiva Baseiam-se nos resultados da anaacutelise aprofundada de temas-chave decididos pelos paiacuteses membros da Agecircncia O segundo objetivo da conferecircncia foi olhar em frente explorando a forma como o trabalho da Agecircncia pode prestar um melhor apoio aos paiacuteses membros ajudandoos a melhorar a qualidade e a eficaacutecia das suas respostas inclusivas para alunos com incapacidades eou necessidades educativas especiais A Agecircncia estaacute disposta a ajudar os paiacuteses de uma forma mais concreta com a implementaccedilatildeo dos resultados do nosso trabalho Isso significa disponibilizar recomendaccedilotildees de poliacutetica que sejam mais diretamente aplicaacuteveis aos decisores poliacuteticos para apoiar alteraccedilotildees futuras e desenvolvimentos poliacuteticos

A Agecircncia estaacute consciente de que o trabalho jaacute realizado estaacute de acordo e apoia diretamente todas as iniciativas de poliacuteticas europeias e internacionais em termos de educaccedilatildeo equidade igualdade de oportunidades e direitos para pessoas com incapacidades eou necessidades educativas especiais O trabalho da Agecircncia fornece recomendaccedilotildees claras e coerentes sobre como as poliacuteticas-chave nestas aacutereas podem ser implementadas na praacutetica A Agecircncia pretende proporcionar aos paiacuteses informaccedilatildeo sobre o progresso alcanccedilado nos objetivos propostos em termos de (a) metas de Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo para 2020 e (b) Convenccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiecircncia (2006) bem como vaacuterias diretivas e comunicaccedilotildees da Uniatildeo Europeia Eacute necessaacuteria orientaccedilatildeo sobre o modo como a educaccedilatildeo inclusiva pode ser implementada a niacutevel do professor sala de aula escola regiatildeo municiacutepio e poliacutetica nacional A Agecircncia tem capacidade para disponibilizar aos paiacuteses orientaccedilotildees sobre formas de implementaccedilatildeo da educaccedilatildeo inclusiva e como isto afeta a qualidade geral da educaccedilatildeo As discussotildees durante a conferecircncia bem como as discussotildees aprofundadas no acircmbito da Agecircncia orientaratildeo esta nova etapa no trabalho da Agecircncia

shy

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 34

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 1999 Financing of Special Needs Education ndash A seventeen-country Study of the Relationship between Financing of Special Needs Education and Inclusion [Financiamento da Educaccedilatildeo Especial ndash Um estudo de dezassete paiacuteses da Relaccedilatildeo entre o Financiamento da Educaccedilatildeo Especial e a Inclusatildeo] Middelfart Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2002a Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Princiacutepios-chave e Recomendaccedilotildees para R esponsaacuteveis Poliacuteticos Middelfart Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanagencyorgsitesdefaultfilestransition_transition_pttextpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2002b Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Principais problemas questotildees e opccedilotildees enfrentadas pelos alunos com necessidades educativas especiais em 16 paiacuteses Europeus Relatoacuterio Siacutentese Middelfart Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanagencyorgsitesdefaultfilestransition-from-school-to-employment_Transitionptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2003 Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula Relatoacuterio Siacutentese Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanagencyorgsitesdefaultfilesinclusive-education-and-classroom-practices_iecpptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2005 Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula nos 2ordm e 3ordm Ciclos do Ensino Baacutesico Relatoacuterio Siacutentese Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesinclusive-educationand-classroom-practice-in-secondary-education_iecp_secondary_ptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2006 Planos Individuais de Transiccedilatildeo Apoiar a Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesindividual-transitionplans_itp_ptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

shy

shyshy

shyshy

shy

shy

Colocar a teoria em praacutetica 35

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2009a Diversidade multicultural e necessidades especiais de educaccedilatildeo Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfilesmulticultural-diversity-and-special-needsshyeducation_Multicultural-Diversity-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2009b Princiacutepiosshychave para a Promoccedilatildeo da Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva ndash Recomendaccedilotildees para Decisores Poliacuteticos Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportskeyshyprinciples-for-promoting-quality-in-inclusive-educationkey-principles-PTpdf(Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2010 Intervenccedilatildeo Precoce na Infacircncia ndash Progressos e Desenvolvimentos 2005ndash2010 Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesearly-childhood-interventionshyprogress-and-developments_ECI-report-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011a Mapeamento da Implementaccedilatildeo de Poliacuteticas para a Educaccedilatildeo Inclusiva Uma anaacutelise dos desafios e oportunidades para o desenvolvimento de indicadores Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httphttpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesmipie_MIPIE-summaryshyof-proposals-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011b Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo na Europa ndash Desafios e Oportunidades Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfileste4i-challenges-and-opportunities_TE4I-Synthesis-Report-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011c Princiacutepios-Chave para a Promoccedilatildeo da Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva ndash Recomendaccedilotildees para Decisores Poliacuteticos Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfilesinclusive-education-and-classroom-practices_iecpshyptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011d Participation in Inclusive Education ndash A Framework for Developing Indicators [Participaccedilatildeo na Educaccedilatildeo inclusiva ndash Um Quadro para o Desenvolvimento de Indicadores] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 36

agencyorgpublicationsereportsparticipation-in-inclusive-education-a-frameworkshyfor-developing-indicatorsParticipation-in-Inclusive-Educationpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012a Perspetivas dos Jovens sobre Educaccedilatildeo Inclusiva Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfilesyoung-views-on-inclusive-education_YoungViews-2012PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012b Perfil de Professores Inclusivos Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfileste4i-profile-of-inclusive-teachers_Profile-of-InclusiveshyTeachers-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012c Raising Achievement for All Learners ndash Quality in Inclusive Education [Elevar o Sucesso de Todos os Alunos ndash Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva] Relatoacuterio sobre a conferecircncia realizada em Odense Dinamarca de 13 a 15 de junho de 2012 Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesRA4AL-conference-reportpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014) Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012d Raising Achievement for All Learners ndash Quality in Inclusive Education [Elevar o Sucesso de Todos os Alunos ndash Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httphttpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesra4al-keyshymessages_RA4AL-summary-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012e Promoting Accessible Information for Lifelong Learning Recommendations and findings of the i-access project [Promover o Acesso agrave Informaccedilatildeo para a Aprendizagem ao Longo da Vida Recomendaccedilotildees e observaccedilotildees do projeto i-access] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportsi-accessi-accessshyreportpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012f Vocational Education and Training Policy and Practice in the field of Special Needs Education ndash Literature Review [Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional (EFP) Poliacutetica e Praacutetica no campo da Educaccedilatildeo Especial ndash Revisatildeo da Literatura] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Colocar a teoria em praacutetica 37

agencyorgagency-projectsvocational-education-and-trainingvet-filesVETshyLiteratureReviewpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012g Teacher Education for Inclusion Project Recommendations linked to Sources of Evidence [Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo Recomendaccedilotildees do Projeto Ligadas a Fontes de Evidecircncias] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgagencyshyprojectsTeacher-Education-for-Inclusionsources-of-evidencepdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2013 European and International Policy Supporting ICT for Inclusion [Poliacutetica Europeia e Internacional para Uso das TIC como Apoio para a Inclusatildeo] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfileseuropean-and-internationalshypolicy-supporting-ict-for-inclusion_policy-supporting-ict-for-inclusionpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para as Necessidades Especiais e a Educaccedilatildeo Inclusiva 2014 Vocational Education and Training ndash Summary of Country Information [Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional ndash Resumo de Informaccedilatildeo do Paiacutes] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para as Necessidades Especiais e a Educaccedilatildeo Inclusiva httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesVET Summary of Country information 2014pdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Bennett S e Gallagher TL 2012 The Delivery of Education Services for Students who have an Intellectual Disability in the Province of Ontario [A prestaccedilatildeo de serviccedilos de ensino para alunos com incapacidade intelectual na proviacutencia de Ontaacuterio] Toronto Community Living Ontario

Chapman C Ainscow M Miles S e West M 2011 Leadership that promotes the achievement of students with special educational needs and disabilities [Lideranccedila que promove o sucesso de alunos com necessidades educativas especiais e incapacidades] Nottingham National College for School Leadership

Comissatildeo das Comunidades Europeias 2008 Livro Verde ndash Migraccedilatildeo e mobilidade desafios e oportunidades para os sistemas educativos da UE SEC(2008) 2173 COM20080423 final Bruxelas Comissatildeo das Comunidades Europeias

Conselho da Uniatildeo Europeia 2010 Conclusotildees do Conselho sobre a dimensatildeo social da educaccedilatildeo e da formaccedilatildeo 3013ordf Reuniatildeo do Conselho de EDUCACcedilAtildeO JUVENTUDE E CULTURA Bruxelas 11 de maio de 2010 httpeurshylexeuropaeulegal-contentPTTXTPDFuri=CELEX52010XG0526(01)ampfrom=PT(Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 38

Farrell P Dyson AS Polat F Hutcheson G e Gallannaugh F 2007 laquoSEN inclusion and pupil achievement in English schoolsraquo [Inclusatildeo de crianccedilas com NEE e sucesso dos alunos nas escolas inglesas] Journal of Research in Special Educational Needs 7 (3) 172ndash178

Frilseth L 2012 The Norwegian Model for Education for All in Upper Secondary School [O Modelo Norueguecircs para a Educaccedilatildeo para Todos no Ensino Secundaacuterio] Direccedilatildeo Norueguesa para Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo httpwwweuropeanshyagencyorgagency-projectsra4alra4al-seminar-pdfNorway-L-Frilsethpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Fullan M 2011 Change Leader Learning to do what matters most [Liacuteder de Mudanccedila aprender a fazer o que mais importa] San Francisco Jossey-Bass de Graaf G van Hove G e Haveman M 2011 laquoMore academics in regular schools The effect of regular versus special school placement on academic skills in Dutch primary school students with Down syndromeraquo [Mais acadeacutemicos nas escolas regulares O efeito da colocaccedilatildeo em escola regular versus escola especial nas competecircncias acadeacutemicas em alunos holandeses do ensino primaacuterio com siacutendrome de Down] Journal of International Disability Research December 2011 57(1) 21ndash38 doi 101111j1365-2788201101512x

Hargreaves A e Shirley D 2009 The Fourth Way ndash The inspiring future for educational change [A Quarta Via ndash O futuro inspirador para a mudanccedila educativa] Publicaccedilatildeo conjunta do Ontario Principalsrsquo Council e do National Staff Development Council Thousand Oaks CA Corwin Press

Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO e Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011 ICTs in Education for People with Disabilities Review de innovative practice [TIC na Educaccedilatildeo para Pessoas com Incapacidades revisatildeo da praacutetica inovadora] Moscovo Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO httpwwweuropeanshyagencyorgpublicationsereportsICTs-in-Education-for-People-WithshyDisabilitiesReview-of-Innovative-Practice (Uacuteltimo acesso em julho de 2014) Kalambouka A Farrell P Dyson A e Kaplan I 2005 The impact of population inclusivity in schools on student outcomes [O impacto da inclusividade da populaccedilatildeo em escolas nos resultados dos alunos] Research Evidence in Education Library London EPPI-Centre Social Science Research Unit Institute of Education University of London Kyriazopoulou M e Weber H (eds) 2009 Desenvolvimento de um conjunto de indicadores ndash para a educaccedilatildeo inclusiva na Europa Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Colocar a teoria em praacutetica 39

agencyorgsitesdefaultfilesdevelopment-of-a-set-of-indicators-for-inclusiveshyeducation-in-europe_indicators-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

MacArthur J 2009 Learning Better Together Working towards inclusive education in New Zealand schools [Aprender Melhor Juntos trabalhar para a educaccedilatildeo inclusiva nas escolas da Nova Zelacircndia] Wellington IHC

MacArthur J Kelly B Sharp S amp Gaffney M 2005 Participation or exclusion Disabled childrenrsquos experiences of life at school [Participaccedilatildeo ou exclusatildeo Experiecircncias de vida na escola de crianccedilas com incapacidades] Um artigo apresentado na laquoChildrenrsquos Issues Conferenceraquo Dunedin Nova Zelacircndia julho de 2005 Menter I Hulme M Elliott D e Lewin J 2010 Literature Review on Teacher Education in the 21st Century [Revisatildeo da Literatura sobre a Formaccedilatildeo de Professores no Seacuteculo XXI] Scottish Government Social Research Edimburgo Scottish Government

Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para a Educaccedilatildeo Ciecircncia e Cultura 2009 Policy Guidelines on Inclusion in Education [Diretrizes da Poliacutetica sobre Inclusatildeo na Educaccedilatildeo] Paris UNESCO

Organizaccedilatildeo Mundial de SauacutedeBanco Mundial 2011 World Report on Disability [Relatoacuterio Mundial sobre Deficiecircncia] Genebra Ediccedilotildees OMS httpwwwwhointdisabilitiesworld_report2011enindexhtml (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Organizaccedilatildeo para a Cooperaccedilatildeo e Desenvolvimento Econoacutemico 2011 PISA in Focus Improving Performance Leading from the Bottom [PISA agrave Lupa Melhorar os Resultados Progedir ateacute ao Topo] 20112 (Marccedilo) Paris OCDE Redley M 2009 laquoUnderstanding the social exclusion and stalled welfare of citizens with learning disabilitiesraquo [Compreender a exclusatildeo social e o bem-estar sem progresso dos cidadatildeos com dificuldades de aprendizagem] Disability amp Society 24(4) 489ndash501

Naccedilotildees Unidas 2006 Convenccedilatildeo sobre os Direitos das Pessoas com Deficiecircncia Nova Iorque Naccedilotildees Unidas

Watkins A (ed) 2007 Assessment in Inclusive Settings Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos Questotildees-chave para Poliacuteticas e Praacuteticas Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportsassessment-in-inclusiveshysettings-key-issues-for-policy-and-practiceassessment-in-inclusive-settings-keyshyissues-for-policy-and-practice (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 40

Wilkinson R e Pickett K 2010 The Spirit Level Why Equality is Better para Everyone [O Niacutevel do Espiacuterito Por que a Igualdade eacute Melhor para Todos] Londres Penguin

Willms JD 2006 Learning divides Ten policy questions about the performance and equity of schools and schooling systems [A aprendizagem divide dez perguntas de poliacutetica acerca do desempenho e equidade das escolas e dos sistemas de escolaridade] Montreal Instituto de Estatiacutestica da UNESCO

Colocar a teoria em praacutetica 41

  • preacircmbulo
  • Sumaacuterio Executivo
  • O mais precocemente possiacutevel
    • Introduccedilatildeo
    • Intervenccedilatildeo precoce
    • Deteccedilatildeo e avaliaccedilatildeo precoces
    • Apoio precoce
    • Transiccedilatildeo planeada
      • A educaccedilatildeo inclusiva beneficia todos
        • Introduccedilatildeo
        • A educaccedilatildeo inclusiva como uma abordagem para elevar o sucesso para todos os alunos
        • laquoO que eacute bom para os alunos com NEE eacute igualmente bom para todos os alunosraquo
        • Monitorizaccedilatildeo do progresso
          • profissionais altamente qualificados
            • Introduccedilatildeo
            • Formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo
            • O perfil dos professores inclusivos e outros profissionais
            • Abordagens ao recrutamento
            • Atitudes positivas
            • Trabalho em rede e coordenaccedilatildeo
              • sistemas de apoio e mecanismos de financiamento
                • Introduccedilatildeo
                • Sistemas de apoio e mecanismos de financiamento
                  • Intervenccedilatildeo Precoce na Infacircncia (IPI)
                  • Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula
                  • Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional (EFP)
                  • Tecnologias de Informaccedilatildeo e Comunicaccedilatildeo (TIC)
                      • dados fiaacuteveis
                        • Introduccedilatildeo
                        • Monitorizaccedilatildeo dos direitos dos alunos
                          • (i) Participaccedilatildeo na educaccedilatildeo e formaccedilatildeo
                          • (ii) Acesso ao apoio e agrave adaptaccedilatildeo
                          • (iii) Oportunidades para o sucesso na aprendizagem e na transiccedilatildeo
                          • (iv) Oportunidades de integraccedilatildeo
                            • Monitorizaccedilatildeo da eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusiva
                              • olhar em frente
                              • REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

DADOS FIAacuteVEIS

Introduccedilatildeo

A Convenccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiecircncia (CDPD) bem como a Estrateacutegia Europeia para a Deficiecircncia 2010ndash2020 e o quadro estrateacutegico Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo 2020 relativo agrave equidade na educaccedilatildeo satildeo impulsionadores-chave para a educaccedilatildeo inclusiva nos paiacuteses A CDPD da ONU apela aos Estados Partes para

hellip recolher informaccedilatildeo apropriada incluindo dados estatiacutesticos e de investigaccedilatildeo que lhes permitam formular e implementar poliacuteticas que visem dar efeito agrave presente Convenccedilatildeo (Naccedilotildees Unidas 2006 Artigo 31ordm)

e hellip Os Estados Partes devem em conformidade com os seus sistemas juriacutedico e administrativo manter fortalecer nomear ou estabelecer a niacutevel interno uma estrutura que inclua um ou mais mecanismos independentes conforme apropriado com vista a promover proteger e monitorizar a implementaccedilatildeo da presente Convenccedilatildeo (ibid Artigo 33ordm)

Existe a consciencializaccedilatildeo disseminada de que a criaccedilatildeo de poliacuteticas com base em evidecircncias eacute essencial para o desenvolvimento a longo prazo dos sistemas de educaccedilatildeo inclusiva Decisores poliacuteticos especialistas em estatiacutestica e investigadores reconhecem a necessidade de uma recolha de dados a niacutevel nacional que natildeo soacute responda agraves exigecircncias das orientaccedilotildees poliacuteticas internacionais mas que tambeacutem obedeccedila a uma abordagem comum que promova uma sinergia de esforccedilos a niacutevel nacional e internacional O trabalho da Agecircncia demonstrou que existem apelos para a disponibilizaccedilatildeo de ampla informaccedilatildeo para os decisores poliacuteticos e para a adoccedilatildeo pelas diferentes organizaccedilotildees tanto a niacutevel nacional como europeu de uma variedade de abordagens complementares para a recolha de dados Poreacutem embora a necessidade de tais dados seja clara os melhores meacutetodos e procedimentos de recolha e anaacutelise dos mesmos satildeo muito menos claros

Em resultado do trabalho da Agecircncia ndash mais especificamente das atividades dos projetos Desenvolvimento de um conjunto de indicadores ndash para a educaccedilatildeo inclusiva na Europa (Kyriazopoulou e Weber 2009) e Mapeamento da Implementaccedilatildeo de Poliacuteticas para a Educaccedilatildeo Inclusiva (MIPIE) (Agecircncia Europeia 2011a) ndash emergem cinco requisitos-chave de poliacuteticas relativos agrave recolha de dados no que concerne agrave necessidade de evidecircncias sobre a educaccedilatildeo inclusiva a niacutevel nacional

bull necessidade de recolha de dados nacionais ancorada nos acordos internacionais e europeus

Colocar a teoria em praacutetica 27

bull necessidade de compreender o impacto das diferenccedilas nos sistemas educativos dos paiacuteses

bull necessidade de analisar a efetividade da educaccedilatildeo inclusiva

bull necessidade de recolha de dados que forneccedila evidecircncias sobre a garantia de qualidade e

bull necessidade de acompanhar o progresso dos alunos a longo prazo Os decisores poliacuteticos precisam de dados qualitativos e quantitativos que os informem sobre a qualidade da educaccedilatildeo prestada aos alunos com necessidades educativas especiais Estas mensagens principais refletem uma recomendaccedilatildeo central do Relatoacuterio Mundial sobre Deficiecircncia (Organizaccedilatildeo Mundial de SauacutedeBanco Mundial 2011) a necessidade de os paiacuteses desenvolverem os sistemas de recolha de dados quantitativos existentes e de simultaneamente realizarem investigaccedilotildees qualitativas aprofundadas e especiacuteficas sobre o custoshyeficaacutecia e sobre outras questotildees relacionadas com a garantia da qualidade

O projeto MIPIE apela ao desenvolvimento de um quadro comum para a recolha de dados construiacutedo com base nos procedimentos nacionais existentes e nos acordos internacionais sobre recolha de dados e procedimentos hellip Podem ser identificadas trecircs dimensotildees para uma estrutura comum

- A mudanccedila para um sistema de recolha de dados baseado em conceitos e definiccedilotildees comuns

- A recolha de evidecircncias que conduzam a niacuteveis de referecircncia quantitativos e qualitativos

- O uso de uma estrutura multiniacutevel para analisar as poliacuteticas a niacuteveis nacional e internacional (Agecircncia Europeia 2011a paacuteg 11)

Uma tal abordagem eacute necessaacuteria para apoiar os paiacuteses no desenvolvimento de uma laquorecolha de dados que permita monitorizar os direitos dos alunos bem como para monitorizarem a eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusivaraquo (ibid)

Monitorizaccedilatildeo dos direitos dos alunos

No acircmbito de uma estrutura abrangente para o mapeamento das questotildees relacionadas com os direitos devem ser identificados indicadores quantitativos e qualitativos referentes a diversos fatores

(i) Participaccedilatildeo na educaccedilatildeo e formaccedilatildeo

O relatoacuterio da Agecircncia sobre a Intervenccedilatildeo precoce na infacircncia sugere que

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 28

Os decisores poliacuteticos devem ter mecanismos para avaliar a solicitaccedilatildeo de serviccedilos de IPI e mecanismos eficazes que verifiquem se a prestaccedilatildeo de serviccedilos responde ao solicitado para se poder planear a melhoria do serviccedilo Deve ser desenvolvida uma forma sistemaacutetica de recolha e de monitorizaccedilatildeo de dados fiaacuteveis a niacutevel nacional (Agecircncia Europeia 2010 paacuteg 40)

No relatoacuterio Participaccedilatildeo na Educaccedilatildeo Inclusiva afirma-se que Embora os governos nacionais e locais jaacute recolham dados importantes sobre a educaccedilatildeo pouco se sabe sobre a participaccedilatildeo hellip Atualmente a maior parte dos dados recolhidos para fins de monitorizaccedilatildeo satildeo dados estatiacutesticos sobre a inscriccedilatildeo e a conclusatildeo da escolaridade hellip Poucos paiacuteses tecircm meacutetodos sistemaacuteticos de recolha anaacutelise e interpretaccedilatildeo de dados qualitativos sobre a participaccedilatildeo a niacutevel individual em sala de aula e na escola embora os relatoacuterios escolares de autorrevisatildeo e de inspeccedilatildeo respondam muitas vezes a questotildees de participaccedilatildeo e inclusatildeo (Agecircncia Europeia 2011d paacuteg 19)

Este relatoacuterio tambeacutem destaca alguns dos perigos potenciais associados agrave recolha de dados em relaccedilatildeo agrave participaccedilatildeo

hellip estruturas criadas para acompanhar as crianccedilas com necessidades educativas especiais podem funcionar como barreiras agrave sua participaccedilatildeo e sucesso marcando estas crianccedilas como diferentes Uma consequecircncia natildeo intencional de categorizar algumas crianccedilas para monitorizar a sua participaccedilatildeo pode gerar um paradoxo o que resulta na celebraccedilatildeo de acordos separados para a sua educaccedilatildeo (ibid paacuteg 17ndash18)

(ii) Acesso ao apoio e agrave adaptaccedilatildeo

Trecircs estudos da Agecircncia consideraram diferentes aspetos de apoio para os alunos com NEE A revisatildeo da literatura do projeto Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional cita Redley (2009)

Natildeo existem dados nacionais fiaacuteveis sobre o nuacutemero de organizaccedilotildees que oferecem emprego apoiado ou o nuacutemero de pessoas com dificuldades de aprendizagem empregadas nelas e o governo natildeo participa neste processo (Agecircncia Europeia 2012f paacuteg 41)

O estudo conjunto da Agecircncia realizado com o Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO que analisa o uso das TIC na educaccedilatildeo das pessoas com incapacidades defende que

Tanto em relaccedilatildeo agrave Convenccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas (2006) como em relaccedilatildeo agrave poliacutetica regional (ou seja europeia) e nacional haacute uma necessidade de informaccedilatildeo mais detalhada ligada agrave monitorizaccedilatildeo de indicadores e benchmarks qualitativos e quantitativos sobre as TIC na educaccedilatildeo para pessoas

Colocar a teoria em praacutetica 29

com incapacidades (Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO e Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011 paacuteg 93)

Em relaccedilatildeo agrave acessibilidade da informaccedilatildeo para a aprendizagem as recomendaccedilotildees do projeto i-access da Agecircncia defendem que

A conformidade [acessibilidade] agrave poliacutetica deve ser sistematicamente monitorizada A monitorizaccedilatildeo da conformidade soacute pode ser incentivada nomomento presente mas deve ser alargada hellip Eacute necessaacuterio recolher dados quantitativos e qualitativos sistemaacuteticos o que deve tambeacutem envolver os utilizadores finais de informaccedilatildeo acessiacutevel Poreacutem a monitorizaccedilatildeo do progresso natildeo se pode limitar a afericcedilatildeo numeacuterica mas deve incluir a possibilidade de recolher exemplos de boas praacuteticas que poderiam servir de modelo para outros paiacuteses e organizaccedilotildees (Agecircncia Europeia 2012e paacuteg 40ndash 41)

(iii) Oportunidades para o sucesso na aprendizagem e na transiccedilatildeo Dois grandes projetos da Agecircncia tiveram em linha de conta a transiccedilatildeo da escola para o emprego Ambos apontam para a falta de dados fiaacuteveis neste campo O projeto Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego sugeriu que

Os dados nacionais dos paiacuteses apenas incluem pessoas registadas como desempregadas mas uma alta percentagem de pessoas com necessidades especiais natildeo estaacute registada ndash elas natildeo tecircm sequer a oportunidade de conseguir o primeiro emprego (Agecircncia Europeia 2002a paacuteg 2)

O estudo de acompanhamento (Agecircncia Europeia 2006) natildeo refere quaisquer desenvolvimentos nesta aacuterea

(iv) Oportunidades de integraccedilatildeo

O estudo da Agecircncia com foco na diversidade multicultural destaca a falta de dados em relaccedilatildeo a um fator importante de integraccedilatildeo ndash antecedente de imigraccedilatildeo dos alunos com NEE

Muitos paiacuteses envolvidos no projeto referiram que natildeo existem dados atualizados sobre os alunos com NEE e de origem imigrante Diversas agecircncias governamentais tecircm responsabilidades diferentes e natildeo haacute coordenaccedilatildeo na recolha de dados Haacute outras razotildees para a falta de dados Alguns paiacuteses natildeo tecircm estatiacutesticas oficiais sobre a origem das pessoas para aleacutem do paiacutes de nascimento uma vez que eacute proibido o tratamento de dados pessoais que identifiquem a raccedila a origem eacutetnica a incapacidade ou crenccedila religiosa Em outros paiacuteses natildeo haacute recolha sistemaacutetica de dados relativos a alunos com NEE

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 30

ou a alunos com NEE e de origem imigrante a niacutevel nacional ou local (Agecircncia Europeia 2009a paacuteg 30)

Monitorizaccedilatildeo da eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusiva

Dados que examinam a eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusiva tecircm em conta questotildees de custo-eficaacutecia bem como diversas aacutereas relacionadas com as experiecircncias de educaccedilatildeo dos alunos procedimentos de avaliaccedilatildeo inicial o envolvimento contiacutenuo dos alunos e das suas famiacutelias em experiecircncias educativas e a eficaacutecia de ambientes de aprendizagem na superaccedilatildeo das barreiras e apoio de experiecircncias de aprendizagem significativas para todos os alunos

O estudo da Agecircncia relativo ao Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos realccedila que eacute necessaacuterio apoiar as escolas com

hellip aconselhamento sobre como pode ser usada a informaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo ndash particularmente a da avaliaccedilatildeo estandardizada recolhida para fins de monitorizaccedilatildeo nacional ndash para melhorar as praacuteticas com todos os alunos incluindo os que apresentam NEE (Watkins 2007 paacuteg 60)

O relatoacuterio designado Elevar o Sucesso de Todos os Alunos defende que

Para avanccedilar para uma maior equidade na educaccedilatildeo satildeo necessaacuterios indicadores de sucesso adequados agrave comunidade local focalizados no input recursos processos e outputresultados Embora a informaccedilatildeo (incluindo dados) deva ser usada para direcionar o apoio e acompanhar o sucesso de poliacuteticas e praacuteticas inclusivas eacute necessaacuterio cuidado para que os sistemas de responsabilidade natildeo causem inadvertidamente alteraccedilotildees inadequadas (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 22)

Este estudo destaca potenciais dificuldades inerentes

No clima atual o desenvolvimento de mecanismos de responsabilidade adequados e de formas de medir o sucesso valorizado e monitorizar a equidade apresentam muitos desafios Apesar da procura de dados concretos Fullan (2011) adverte que laquoas estatiacutesticas satildeo um servo maravilhoso mas um mestre terriacutevelraquo (paacuteg 127) e Hargreaves e Shirley (2009) enfatizam a necessidade de colocar a responsabilidade antes da prestaccedilatildeo de contas Sugerem que a prestaccedilatildeo de contas deve laquoservir de consciecircncia por meio de amostragemraquo e que deve ser realizado um ataque laquoaos excessos de padronizaccedilatildeo testada que negam a diversidade e destroem a criatividaderaquo (paacuteg 109) (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 22)

Dentro do projeto MIPIE argumentou-se que a monitorizaccedilatildeo da eficaacutecia dos sistemas de educaccedilatildeo inclusiva tambeacutem incluiria uma anaacutelise da eficaacutecia da formaccedilatildeo de professores (Agecircncia Europeia 2011a) O relatoacuterio do projeto TE4I

Colocar a teoria em praacutetica 31

destaca uma seacuterie de questotildees relacionadas com a disponibilidade de dados nesta aacuterea Relativamente agrave representaccedilatildeo de professores de grupos minoritaacuterios

A maior parte dos paiacuteses que natildeo recolhe dados refere curiosamente uma subshyrepresentaccedilatildeo de pessoas com deficiecircncia e pertencentes a grupos minoritaacuterios entre os professores estagiaacuterios e os professores diplomados e a situaccedilatildeo parece ser idecircntica entre os formadores de professores (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 22)

O relatoacuterio tambeacutem indica a necessidade de dados que levam a mudanccedilas com base em evidecircncias

A falta de investigaccedilatildeo em larga escala e de investigaccedilatildeo cumulativa bem como de evidecircncia empiacuterica na formaccedilatildeo de professores para a inclusatildeo foi referida pela OCDE (2010) hellip esta investigaccedilatildeo poderaacute garantir a existecircncia dum corpo de evidecircncias que possam dar forma agrave mudanccedila No presente relatoacuterio os exemplos realccedilam algumas questotildees-chave da pesquisa incluindo

- A eficaacutecia de diferentes rotas no ensino - Abordagens agrave formaccedilatildeo de professores e ao curriacuteculo da FIP e

- O papel dos cursos separados integrados e unificados e a melhor maneira de passar dum curso contiacutenuo para um uacutenico curso de formaccedilatildeo de professores que prepare todos os professores para a diversidade (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 68)

O projeto MIPIE defende que

A niacutevel da escola a recolha de dados deve

- Fornecer informaccedilatildeo que permitam aos professores e funcionaacuterios da escola planear e prestar o apoio e os recursos adequados

- Fornecer ideias claras sobre a participaccedilatildeo ativa dos pais e alunos no processo educativo (Agecircncia Europeia 2011a paacuteg 13)

Para que isto seja possiacutevel

Satildeo necessaacuterias sinergias a niacutevel nacional entre os principais intervenientes baseadas num claro racional para a recolha de dados considerando os dados a niacutevel nacional regional escola e sala de aula para que os dados globais do paiacutes efetivamente possam refletir a praacutetica (ibid paacuteg 14)

Para concluir a provisatildeo dos dados pode contribuir efetivamente para a elaboraccedilatildeo de poliacuteticas para a educaccedilatildeo inclusiva Haacute uma exigecircncia crescente ndash a niacutevel internacional europeu e nacional ndash para a responsabilidade e tecircm vindo a crescer comparaccedilotildees laquoentre escolasraquo e laquoentre naccedilotildeesraquo O surgimento de laquograndes dadosraquo

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 32

(meta-anaacutelises de conjuntos de dados e fontes combinadas) apresenta oportunidades mas tambeacutem desafios reais para a educaccedilatildeo inclusiva

Os apelos para a poliacutetica e alocaccedilatildeo de recursos baseada em evidecircncias reforccedilam a necessidade de dados significativos relacionados com todos os alunos Eacute necessaacuterio saber que alunos estatildeo a receber que serviccedilos quando e onde (contando todos os alunos) Tambeacutem eacute necessaacuterio ter dados sobre a qualidade dos serviccedilos e os resultados obtidos (considerando a praacutetica)

Um grande desafio para a recolha de dados estaacute em evitar classificar categorizar e rotular os alunos de modo a fornecer informaccedilatildeo sobre a provisatildeo que recebem As laquopluralidadesraquo das definiccedilotildees aplicadas a alunos e a laquopoliacuteticaraquo dos sistemas de rotulagem natildeo podem ser ignoradas nem os efeitos a que esses sistemas de rotulagem e definiccedilotildees conduzem

Fazer as perguntas certas em termos de poliacuteticas eacute o ponto de partida para a recolha de dados que servem de base significativa para as poliacuteticas

Colocar a teoria em praacutetica 33

OLHAR EM FRENTE

O primeiro objetivo da conferecircncia em novembro de 2013 foi refletir e resumir o trabalho da Agecircncia ao longo da uacuteltima deacutecada As cinco mensagens-chave descritas nos capiacutetulos anteriores destacam aspetos criacuteticos no que se refere agrave educaccedilatildeo inclusiva Baseiam-se nos resultados da anaacutelise aprofundada de temas-chave decididos pelos paiacuteses membros da Agecircncia O segundo objetivo da conferecircncia foi olhar em frente explorando a forma como o trabalho da Agecircncia pode prestar um melhor apoio aos paiacuteses membros ajudandoos a melhorar a qualidade e a eficaacutecia das suas respostas inclusivas para alunos com incapacidades eou necessidades educativas especiais A Agecircncia estaacute disposta a ajudar os paiacuteses de uma forma mais concreta com a implementaccedilatildeo dos resultados do nosso trabalho Isso significa disponibilizar recomendaccedilotildees de poliacutetica que sejam mais diretamente aplicaacuteveis aos decisores poliacuteticos para apoiar alteraccedilotildees futuras e desenvolvimentos poliacuteticos

A Agecircncia estaacute consciente de que o trabalho jaacute realizado estaacute de acordo e apoia diretamente todas as iniciativas de poliacuteticas europeias e internacionais em termos de educaccedilatildeo equidade igualdade de oportunidades e direitos para pessoas com incapacidades eou necessidades educativas especiais O trabalho da Agecircncia fornece recomendaccedilotildees claras e coerentes sobre como as poliacuteticas-chave nestas aacutereas podem ser implementadas na praacutetica A Agecircncia pretende proporcionar aos paiacuteses informaccedilatildeo sobre o progresso alcanccedilado nos objetivos propostos em termos de (a) metas de Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo para 2020 e (b) Convenccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiecircncia (2006) bem como vaacuterias diretivas e comunicaccedilotildees da Uniatildeo Europeia Eacute necessaacuteria orientaccedilatildeo sobre o modo como a educaccedilatildeo inclusiva pode ser implementada a niacutevel do professor sala de aula escola regiatildeo municiacutepio e poliacutetica nacional A Agecircncia tem capacidade para disponibilizar aos paiacuteses orientaccedilotildees sobre formas de implementaccedilatildeo da educaccedilatildeo inclusiva e como isto afeta a qualidade geral da educaccedilatildeo As discussotildees durante a conferecircncia bem como as discussotildees aprofundadas no acircmbito da Agecircncia orientaratildeo esta nova etapa no trabalho da Agecircncia

shy

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 34

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 1999 Financing of Special Needs Education ndash A seventeen-country Study of the Relationship between Financing of Special Needs Education and Inclusion [Financiamento da Educaccedilatildeo Especial ndash Um estudo de dezassete paiacuteses da Relaccedilatildeo entre o Financiamento da Educaccedilatildeo Especial e a Inclusatildeo] Middelfart Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2002a Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Princiacutepios-chave e Recomendaccedilotildees para R esponsaacuteveis Poliacuteticos Middelfart Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanagencyorgsitesdefaultfilestransition_transition_pttextpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2002b Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Principais problemas questotildees e opccedilotildees enfrentadas pelos alunos com necessidades educativas especiais em 16 paiacuteses Europeus Relatoacuterio Siacutentese Middelfart Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanagencyorgsitesdefaultfilestransition-from-school-to-employment_Transitionptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2003 Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula Relatoacuterio Siacutentese Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanagencyorgsitesdefaultfilesinclusive-education-and-classroom-practices_iecpptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2005 Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula nos 2ordm e 3ordm Ciclos do Ensino Baacutesico Relatoacuterio Siacutentese Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesinclusive-educationand-classroom-practice-in-secondary-education_iecp_secondary_ptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2006 Planos Individuais de Transiccedilatildeo Apoiar a Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesindividual-transitionplans_itp_ptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

shy

shyshy

shyshy

shy

shy

Colocar a teoria em praacutetica 35

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2009a Diversidade multicultural e necessidades especiais de educaccedilatildeo Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfilesmulticultural-diversity-and-special-needsshyeducation_Multicultural-Diversity-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2009b Princiacutepiosshychave para a Promoccedilatildeo da Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva ndash Recomendaccedilotildees para Decisores Poliacuteticos Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportskeyshyprinciples-for-promoting-quality-in-inclusive-educationkey-principles-PTpdf(Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2010 Intervenccedilatildeo Precoce na Infacircncia ndash Progressos e Desenvolvimentos 2005ndash2010 Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesearly-childhood-interventionshyprogress-and-developments_ECI-report-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011a Mapeamento da Implementaccedilatildeo de Poliacuteticas para a Educaccedilatildeo Inclusiva Uma anaacutelise dos desafios e oportunidades para o desenvolvimento de indicadores Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httphttpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesmipie_MIPIE-summaryshyof-proposals-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011b Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo na Europa ndash Desafios e Oportunidades Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfileste4i-challenges-and-opportunities_TE4I-Synthesis-Report-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011c Princiacutepios-Chave para a Promoccedilatildeo da Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva ndash Recomendaccedilotildees para Decisores Poliacuteticos Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfilesinclusive-education-and-classroom-practices_iecpshyptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011d Participation in Inclusive Education ndash A Framework for Developing Indicators [Participaccedilatildeo na Educaccedilatildeo inclusiva ndash Um Quadro para o Desenvolvimento de Indicadores] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 36

agencyorgpublicationsereportsparticipation-in-inclusive-education-a-frameworkshyfor-developing-indicatorsParticipation-in-Inclusive-Educationpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012a Perspetivas dos Jovens sobre Educaccedilatildeo Inclusiva Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfilesyoung-views-on-inclusive-education_YoungViews-2012PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012b Perfil de Professores Inclusivos Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfileste4i-profile-of-inclusive-teachers_Profile-of-InclusiveshyTeachers-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012c Raising Achievement for All Learners ndash Quality in Inclusive Education [Elevar o Sucesso de Todos os Alunos ndash Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva] Relatoacuterio sobre a conferecircncia realizada em Odense Dinamarca de 13 a 15 de junho de 2012 Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesRA4AL-conference-reportpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014) Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012d Raising Achievement for All Learners ndash Quality in Inclusive Education [Elevar o Sucesso de Todos os Alunos ndash Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httphttpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesra4al-keyshymessages_RA4AL-summary-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012e Promoting Accessible Information for Lifelong Learning Recommendations and findings of the i-access project [Promover o Acesso agrave Informaccedilatildeo para a Aprendizagem ao Longo da Vida Recomendaccedilotildees e observaccedilotildees do projeto i-access] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportsi-accessi-accessshyreportpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012f Vocational Education and Training Policy and Practice in the field of Special Needs Education ndash Literature Review [Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional (EFP) Poliacutetica e Praacutetica no campo da Educaccedilatildeo Especial ndash Revisatildeo da Literatura] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Colocar a teoria em praacutetica 37

agencyorgagency-projectsvocational-education-and-trainingvet-filesVETshyLiteratureReviewpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012g Teacher Education for Inclusion Project Recommendations linked to Sources of Evidence [Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo Recomendaccedilotildees do Projeto Ligadas a Fontes de Evidecircncias] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgagencyshyprojectsTeacher-Education-for-Inclusionsources-of-evidencepdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2013 European and International Policy Supporting ICT for Inclusion [Poliacutetica Europeia e Internacional para Uso das TIC como Apoio para a Inclusatildeo] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfileseuropean-and-internationalshypolicy-supporting-ict-for-inclusion_policy-supporting-ict-for-inclusionpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para as Necessidades Especiais e a Educaccedilatildeo Inclusiva 2014 Vocational Education and Training ndash Summary of Country Information [Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional ndash Resumo de Informaccedilatildeo do Paiacutes] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para as Necessidades Especiais e a Educaccedilatildeo Inclusiva httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesVET Summary of Country information 2014pdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Bennett S e Gallagher TL 2012 The Delivery of Education Services for Students who have an Intellectual Disability in the Province of Ontario [A prestaccedilatildeo de serviccedilos de ensino para alunos com incapacidade intelectual na proviacutencia de Ontaacuterio] Toronto Community Living Ontario

Chapman C Ainscow M Miles S e West M 2011 Leadership that promotes the achievement of students with special educational needs and disabilities [Lideranccedila que promove o sucesso de alunos com necessidades educativas especiais e incapacidades] Nottingham National College for School Leadership

Comissatildeo das Comunidades Europeias 2008 Livro Verde ndash Migraccedilatildeo e mobilidade desafios e oportunidades para os sistemas educativos da UE SEC(2008) 2173 COM20080423 final Bruxelas Comissatildeo das Comunidades Europeias

Conselho da Uniatildeo Europeia 2010 Conclusotildees do Conselho sobre a dimensatildeo social da educaccedilatildeo e da formaccedilatildeo 3013ordf Reuniatildeo do Conselho de EDUCACcedilAtildeO JUVENTUDE E CULTURA Bruxelas 11 de maio de 2010 httpeurshylexeuropaeulegal-contentPTTXTPDFuri=CELEX52010XG0526(01)ampfrom=PT(Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 38

Farrell P Dyson AS Polat F Hutcheson G e Gallannaugh F 2007 laquoSEN inclusion and pupil achievement in English schoolsraquo [Inclusatildeo de crianccedilas com NEE e sucesso dos alunos nas escolas inglesas] Journal of Research in Special Educational Needs 7 (3) 172ndash178

Frilseth L 2012 The Norwegian Model for Education for All in Upper Secondary School [O Modelo Norueguecircs para a Educaccedilatildeo para Todos no Ensino Secundaacuterio] Direccedilatildeo Norueguesa para Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo httpwwweuropeanshyagencyorgagency-projectsra4alra4al-seminar-pdfNorway-L-Frilsethpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Fullan M 2011 Change Leader Learning to do what matters most [Liacuteder de Mudanccedila aprender a fazer o que mais importa] San Francisco Jossey-Bass de Graaf G van Hove G e Haveman M 2011 laquoMore academics in regular schools The effect of regular versus special school placement on academic skills in Dutch primary school students with Down syndromeraquo [Mais acadeacutemicos nas escolas regulares O efeito da colocaccedilatildeo em escola regular versus escola especial nas competecircncias acadeacutemicas em alunos holandeses do ensino primaacuterio com siacutendrome de Down] Journal of International Disability Research December 2011 57(1) 21ndash38 doi 101111j1365-2788201101512x

Hargreaves A e Shirley D 2009 The Fourth Way ndash The inspiring future for educational change [A Quarta Via ndash O futuro inspirador para a mudanccedila educativa] Publicaccedilatildeo conjunta do Ontario Principalsrsquo Council e do National Staff Development Council Thousand Oaks CA Corwin Press

Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO e Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011 ICTs in Education for People with Disabilities Review de innovative practice [TIC na Educaccedilatildeo para Pessoas com Incapacidades revisatildeo da praacutetica inovadora] Moscovo Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO httpwwweuropeanshyagencyorgpublicationsereportsICTs-in-Education-for-People-WithshyDisabilitiesReview-of-Innovative-Practice (Uacuteltimo acesso em julho de 2014) Kalambouka A Farrell P Dyson A e Kaplan I 2005 The impact of population inclusivity in schools on student outcomes [O impacto da inclusividade da populaccedilatildeo em escolas nos resultados dos alunos] Research Evidence in Education Library London EPPI-Centre Social Science Research Unit Institute of Education University of London Kyriazopoulou M e Weber H (eds) 2009 Desenvolvimento de um conjunto de indicadores ndash para a educaccedilatildeo inclusiva na Europa Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Colocar a teoria em praacutetica 39

agencyorgsitesdefaultfilesdevelopment-of-a-set-of-indicators-for-inclusiveshyeducation-in-europe_indicators-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

MacArthur J 2009 Learning Better Together Working towards inclusive education in New Zealand schools [Aprender Melhor Juntos trabalhar para a educaccedilatildeo inclusiva nas escolas da Nova Zelacircndia] Wellington IHC

MacArthur J Kelly B Sharp S amp Gaffney M 2005 Participation or exclusion Disabled childrenrsquos experiences of life at school [Participaccedilatildeo ou exclusatildeo Experiecircncias de vida na escola de crianccedilas com incapacidades] Um artigo apresentado na laquoChildrenrsquos Issues Conferenceraquo Dunedin Nova Zelacircndia julho de 2005 Menter I Hulme M Elliott D e Lewin J 2010 Literature Review on Teacher Education in the 21st Century [Revisatildeo da Literatura sobre a Formaccedilatildeo de Professores no Seacuteculo XXI] Scottish Government Social Research Edimburgo Scottish Government

Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para a Educaccedilatildeo Ciecircncia e Cultura 2009 Policy Guidelines on Inclusion in Education [Diretrizes da Poliacutetica sobre Inclusatildeo na Educaccedilatildeo] Paris UNESCO

Organizaccedilatildeo Mundial de SauacutedeBanco Mundial 2011 World Report on Disability [Relatoacuterio Mundial sobre Deficiecircncia] Genebra Ediccedilotildees OMS httpwwwwhointdisabilitiesworld_report2011enindexhtml (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Organizaccedilatildeo para a Cooperaccedilatildeo e Desenvolvimento Econoacutemico 2011 PISA in Focus Improving Performance Leading from the Bottom [PISA agrave Lupa Melhorar os Resultados Progedir ateacute ao Topo] 20112 (Marccedilo) Paris OCDE Redley M 2009 laquoUnderstanding the social exclusion and stalled welfare of citizens with learning disabilitiesraquo [Compreender a exclusatildeo social e o bem-estar sem progresso dos cidadatildeos com dificuldades de aprendizagem] Disability amp Society 24(4) 489ndash501

Naccedilotildees Unidas 2006 Convenccedilatildeo sobre os Direitos das Pessoas com Deficiecircncia Nova Iorque Naccedilotildees Unidas

Watkins A (ed) 2007 Assessment in Inclusive Settings Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos Questotildees-chave para Poliacuteticas e Praacuteticas Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportsassessment-in-inclusiveshysettings-key-issues-for-policy-and-practiceassessment-in-inclusive-settings-keyshyissues-for-policy-and-practice (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 40

Wilkinson R e Pickett K 2010 The Spirit Level Why Equality is Better para Everyone [O Niacutevel do Espiacuterito Por que a Igualdade eacute Melhor para Todos] Londres Penguin

Willms JD 2006 Learning divides Ten policy questions about the performance and equity of schools and schooling systems [A aprendizagem divide dez perguntas de poliacutetica acerca do desempenho e equidade das escolas e dos sistemas de escolaridade] Montreal Instituto de Estatiacutestica da UNESCO

Colocar a teoria em praacutetica 41

  • preacircmbulo
  • Sumaacuterio Executivo
  • O mais precocemente possiacutevel
    • Introduccedilatildeo
    • Intervenccedilatildeo precoce
    • Deteccedilatildeo e avaliaccedilatildeo precoces
    • Apoio precoce
    • Transiccedilatildeo planeada
      • A educaccedilatildeo inclusiva beneficia todos
        • Introduccedilatildeo
        • A educaccedilatildeo inclusiva como uma abordagem para elevar o sucesso para todos os alunos
        • laquoO que eacute bom para os alunos com NEE eacute igualmente bom para todos os alunosraquo
        • Monitorizaccedilatildeo do progresso
          • profissionais altamente qualificados
            • Introduccedilatildeo
            • Formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo
            • O perfil dos professores inclusivos e outros profissionais
            • Abordagens ao recrutamento
            • Atitudes positivas
            • Trabalho em rede e coordenaccedilatildeo
              • sistemas de apoio e mecanismos de financiamento
                • Introduccedilatildeo
                • Sistemas de apoio e mecanismos de financiamento
                  • Intervenccedilatildeo Precoce na Infacircncia (IPI)
                  • Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula
                  • Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional (EFP)
                  • Tecnologias de Informaccedilatildeo e Comunicaccedilatildeo (TIC)
                      • dados fiaacuteveis
                        • Introduccedilatildeo
                        • Monitorizaccedilatildeo dos direitos dos alunos
                          • (i) Participaccedilatildeo na educaccedilatildeo e formaccedilatildeo
                          • (ii) Acesso ao apoio e agrave adaptaccedilatildeo
                          • (iii) Oportunidades para o sucesso na aprendizagem e na transiccedilatildeo
                          • (iv) Oportunidades de integraccedilatildeo
                            • Monitorizaccedilatildeo da eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusiva
                              • olhar em frente
                              • REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

bull necessidade de compreender o impacto das diferenccedilas nos sistemas educativos dos paiacuteses

bull necessidade de analisar a efetividade da educaccedilatildeo inclusiva

bull necessidade de recolha de dados que forneccedila evidecircncias sobre a garantia de qualidade e

bull necessidade de acompanhar o progresso dos alunos a longo prazo Os decisores poliacuteticos precisam de dados qualitativos e quantitativos que os informem sobre a qualidade da educaccedilatildeo prestada aos alunos com necessidades educativas especiais Estas mensagens principais refletem uma recomendaccedilatildeo central do Relatoacuterio Mundial sobre Deficiecircncia (Organizaccedilatildeo Mundial de SauacutedeBanco Mundial 2011) a necessidade de os paiacuteses desenvolverem os sistemas de recolha de dados quantitativos existentes e de simultaneamente realizarem investigaccedilotildees qualitativas aprofundadas e especiacuteficas sobre o custoshyeficaacutecia e sobre outras questotildees relacionadas com a garantia da qualidade

O projeto MIPIE apela ao desenvolvimento de um quadro comum para a recolha de dados construiacutedo com base nos procedimentos nacionais existentes e nos acordos internacionais sobre recolha de dados e procedimentos hellip Podem ser identificadas trecircs dimensotildees para uma estrutura comum

- A mudanccedila para um sistema de recolha de dados baseado em conceitos e definiccedilotildees comuns

- A recolha de evidecircncias que conduzam a niacuteveis de referecircncia quantitativos e qualitativos

- O uso de uma estrutura multiniacutevel para analisar as poliacuteticas a niacuteveis nacional e internacional (Agecircncia Europeia 2011a paacuteg 11)

Uma tal abordagem eacute necessaacuteria para apoiar os paiacuteses no desenvolvimento de uma laquorecolha de dados que permita monitorizar os direitos dos alunos bem como para monitorizarem a eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusivaraquo (ibid)

Monitorizaccedilatildeo dos direitos dos alunos

No acircmbito de uma estrutura abrangente para o mapeamento das questotildees relacionadas com os direitos devem ser identificados indicadores quantitativos e qualitativos referentes a diversos fatores

(i) Participaccedilatildeo na educaccedilatildeo e formaccedilatildeo

O relatoacuterio da Agecircncia sobre a Intervenccedilatildeo precoce na infacircncia sugere que

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 28

Os decisores poliacuteticos devem ter mecanismos para avaliar a solicitaccedilatildeo de serviccedilos de IPI e mecanismos eficazes que verifiquem se a prestaccedilatildeo de serviccedilos responde ao solicitado para se poder planear a melhoria do serviccedilo Deve ser desenvolvida uma forma sistemaacutetica de recolha e de monitorizaccedilatildeo de dados fiaacuteveis a niacutevel nacional (Agecircncia Europeia 2010 paacuteg 40)

No relatoacuterio Participaccedilatildeo na Educaccedilatildeo Inclusiva afirma-se que Embora os governos nacionais e locais jaacute recolham dados importantes sobre a educaccedilatildeo pouco se sabe sobre a participaccedilatildeo hellip Atualmente a maior parte dos dados recolhidos para fins de monitorizaccedilatildeo satildeo dados estatiacutesticos sobre a inscriccedilatildeo e a conclusatildeo da escolaridade hellip Poucos paiacuteses tecircm meacutetodos sistemaacuteticos de recolha anaacutelise e interpretaccedilatildeo de dados qualitativos sobre a participaccedilatildeo a niacutevel individual em sala de aula e na escola embora os relatoacuterios escolares de autorrevisatildeo e de inspeccedilatildeo respondam muitas vezes a questotildees de participaccedilatildeo e inclusatildeo (Agecircncia Europeia 2011d paacuteg 19)

Este relatoacuterio tambeacutem destaca alguns dos perigos potenciais associados agrave recolha de dados em relaccedilatildeo agrave participaccedilatildeo

hellip estruturas criadas para acompanhar as crianccedilas com necessidades educativas especiais podem funcionar como barreiras agrave sua participaccedilatildeo e sucesso marcando estas crianccedilas como diferentes Uma consequecircncia natildeo intencional de categorizar algumas crianccedilas para monitorizar a sua participaccedilatildeo pode gerar um paradoxo o que resulta na celebraccedilatildeo de acordos separados para a sua educaccedilatildeo (ibid paacuteg 17ndash18)

(ii) Acesso ao apoio e agrave adaptaccedilatildeo

Trecircs estudos da Agecircncia consideraram diferentes aspetos de apoio para os alunos com NEE A revisatildeo da literatura do projeto Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional cita Redley (2009)

Natildeo existem dados nacionais fiaacuteveis sobre o nuacutemero de organizaccedilotildees que oferecem emprego apoiado ou o nuacutemero de pessoas com dificuldades de aprendizagem empregadas nelas e o governo natildeo participa neste processo (Agecircncia Europeia 2012f paacuteg 41)

O estudo conjunto da Agecircncia realizado com o Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO que analisa o uso das TIC na educaccedilatildeo das pessoas com incapacidades defende que

Tanto em relaccedilatildeo agrave Convenccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas (2006) como em relaccedilatildeo agrave poliacutetica regional (ou seja europeia) e nacional haacute uma necessidade de informaccedilatildeo mais detalhada ligada agrave monitorizaccedilatildeo de indicadores e benchmarks qualitativos e quantitativos sobre as TIC na educaccedilatildeo para pessoas

Colocar a teoria em praacutetica 29

com incapacidades (Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO e Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011 paacuteg 93)

Em relaccedilatildeo agrave acessibilidade da informaccedilatildeo para a aprendizagem as recomendaccedilotildees do projeto i-access da Agecircncia defendem que

A conformidade [acessibilidade] agrave poliacutetica deve ser sistematicamente monitorizada A monitorizaccedilatildeo da conformidade soacute pode ser incentivada nomomento presente mas deve ser alargada hellip Eacute necessaacuterio recolher dados quantitativos e qualitativos sistemaacuteticos o que deve tambeacutem envolver os utilizadores finais de informaccedilatildeo acessiacutevel Poreacutem a monitorizaccedilatildeo do progresso natildeo se pode limitar a afericcedilatildeo numeacuterica mas deve incluir a possibilidade de recolher exemplos de boas praacuteticas que poderiam servir de modelo para outros paiacuteses e organizaccedilotildees (Agecircncia Europeia 2012e paacuteg 40ndash 41)

(iii) Oportunidades para o sucesso na aprendizagem e na transiccedilatildeo Dois grandes projetos da Agecircncia tiveram em linha de conta a transiccedilatildeo da escola para o emprego Ambos apontam para a falta de dados fiaacuteveis neste campo O projeto Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego sugeriu que

Os dados nacionais dos paiacuteses apenas incluem pessoas registadas como desempregadas mas uma alta percentagem de pessoas com necessidades especiais natildeo estaacute registada ndash elas natildeo tecircm sequer a oportunidade de conseguir o primeiro emprego (Agecircncia Europeia 2002a paacuteg 2)

O estudo de acompanhamento (Agecircncia Europeia 2006) natildeo refere quaisquer desenvolvimentos nesta aacuterea

(iv) Oportunidades de integraccedilatildeo

O estudo da Agecircncia com foco na diversidade multicultural destaca a falta de dados em relaccedilatildeo a um fator importante de integraccedilatildeo ndash antecedente de imigraccedilatildeo dos alunos com NEE

Muitos paiacuteses envolvidos no projeto referiram que natildeo existem dados atualizados sobre os alunos com NEE e de origem imigrante Diversas agecircncias governamentais tecircm responsabilidades diferentes e natildeo haacute coordenaccedilatildeo na recolha de dados Haacute outras razotildees para a falta de dados Alguns paiacuteses natildeo tecircm estatiacutesticas oficiais sobre a origem das pessoas para aleacutem do paiacutes de nascimento uma vez que eacute proibido o tratamento de dados pessoais que identifiquem a raccedila a origem eacutetnica a incapacidade ou crenccedila religiosa Em outros paiacuteses natildeo haacute recolha sistemaacutetica de dados relativos a alunos com NEE

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 30

ou a alunos com NEE e de origem imigrante a niacutevel nacional ou local (Agecircncia Europeia 2009a paacuteg 30)

Monitorizaccedilatildeo da eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusiva

Dados que examinam a eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusiva tecircm em conta questotildees de custo-eficaacutecia bem como diversas aacutereas relacionadas com as experiecircncias de educaccedilatildeo dos alunos procedimentos de avaliaccedilatildeo inicial o envolvimento contiacutenuo dos alunos e das suas famiacutelias em experiecircncias educativas e a eficaacutecia de ambientes de aprendizagem na superaccedilatildeo das barreiras e apoio de experiecircncias de aprendizagem significativas para todos os alunos

O estudo da Agecircncia relativo ao Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos realccedila que eacute necessaacuterio apoiar as escolas com

hellip aconselhamento sobre como pode ser usada a informaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo ndash particularmente a da avaliaccedilatildeo estandardizada recolhida para fins de monitorizaccedilatildeo nacional ndash para melhorar as praacuteticas com todos os alunos incluindo os que apresentam NEE (Watkins 2007 paacuteg 60)

O relatoacuterio designado Elevar o Sucesso de Todos os Alunos defende que

Para avanccedilar para uma maior equidade na educaccedilatildeo satildeo necessaacuterios indicadores de sucesso adequados agrave comunidade local focalizados no input recursos processos e outputresultados Embora a informaccedilatildeo (incluindo dados) deva ser usada para direcionar o apoio e acompanhar o sucesso de poliacuteticas e praacuteticas inclusivas eacute necessaacuterio cuidado para que os sistemas de responsabilidade natildeo causem inadvertidamente alteraccedilotildees inadequadas (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 22)

Este estudo destaca potenciais dificuldades inerentes

No clima atual o desenvolvimento de mecanismos de responsabilidade adequados e de formas de medir o sucesso valorizado e monitorizar a equidade apresentam muitos desafios Apesar da procura de dados concretos Fullan (2011) adverte que laquoas estatiacutesticas satildeo um servo maravilhoso mas um mestre terriacutevelraquo (paacuteg 127) e Hargreaves e Shirley (2009) enfatizam a necessidade de colocar a responsabilidade antes da prestaccedilatildeo de contas Sugerem que a prestaccedilatildeo de contas deve laquoservir de consciecircncia por meio de amostragemraquo e que deve ser realizado um ataque laquoaos excessos de padronizaccedilatildeo testada que negam a diversidade e destroem a criatividaderaquo (paacuteg 109) (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 22)

Dentro do projeto MIPIE argumentou-se que a monitorizaccedilatildeo da eficaacutecia dos sistemas de educaccedilatildeo inclusiva tambeacutem incluiria uma anaacutelise da eficaacutecia da formaccedilatildeo de professores (Agecircncia Europeia 2011a) O relatoacuterio do projeto TE4I

Colocar a teoria em praacutetica 31

destaca uma seacuterie de questotildees relacionadas com a disponibilidade de dados nesta aacuterea Relativamente agrave representaccedilatildeo de professores de grupos minoritaacuterios

A maior parte dos paiacuteses que natildeo recolhe dados refere curiosamente uma subshyrepresentaccedilatildeo de pessoas com deficiecircncia e pertencentes a grupos minoritaacuterios entre os professores estagiaacuterios e os professores diplomados e a situaccedilatildeo parece ser idecircntica entre os formadores de professores (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 22)

O relatoacuterio tambeacutem indica a necessidade de dados que levam a mudanccedilas com base em evidecircncias

A falta de investigaccedilatildeo em larga escala e de investigaccedilatildeo cumulativa bem como de evidecircncia empiacuterica na formaccedilatildeo de professores para a inclusatildeo foi referida pela OCDE (2010) hellip esta investigaccedilatildeo poderaacute garantir a existecircncia dum corpo de evidecircncias que possam dar forma agrave mudanccedila No presente relatoacuterio os exemplos realccedilam algumas questotildees-chave da pesquisa incluindo

- A eficaacutecia de diferentes rotas no ensino - Abordagens agrave formaccedilatildeo de professores e ao curriacuteculo da FIP e

- O papel dos cursos separados integrados e unificados e a melhor maneira de passar dum curso contiacutenuo para um uacutenico curso de formaccedilatildeo de professores que prepare todos os professores para a diversidade (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 68)

O projeto MIPIE defende que

A niacutevel da escola a recolha de dados deve

- Fornecer informaccedilatildeo que permitam aos professores e funcionaacuterios da escola planear e prestar o apoio e os recursos adequados

- Fornecer ideias claras sobre a participaccedilatildeo ativa dos pais e alunos no processo educativo (Agecircncia Europeia 2011a paacuteg 13)

Para que isto seja possiacutevel

Satildeo necessaacuterias sinergias a niacutevel nacional entre os principais intervenientes baseadas num claro racional para a recolha de dados considerando os dados a niacutevel nacional regional escola e sala de aula para que os dados globais do paiacutes efetivamente possam refletir a praacutetica (ibid paacuteg 14)

Para concluir a provisatildeo dos dados pode contribuir efetivamente para a elaboraccedilatildeo de poliacuteticas para a educaccedilatildeo inclusiva Haacute uma exigecircncia crescente ndash a niacutevel internacional europeu e nacional ndash para a responsabilidade e tecircm vindo a crescer comparaccedilotildees laquoentre escolasraquo e laquoentre naccedilotildeesraquo O surgimento de laquograndes dadosraquo

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 32

(meta-anaacutelises de conjuntos de dados e fontes combinadas) apresenta oportunidades mas tambeacutem desafios reais para a educaccedilatildeo inclusiva

Os apelos para a poliacutetica e alocaccedilatildeo de recursos baseada em evidecircncias reforccedilam a necessidade de dados significativos relacionados com todos os alunos Eacute necessaacuterio saber que alunos estatildeo a receber que serviccedilos quando e onde (contando todos os alunos) Tambeacutem eacute necessaacuterio ter dados sobre a qualidade dos serviccedilos e os resultados obtidos (considerando a praacutetica)

Um grande desafio para a recolha de dados estaacute em evitar classificar categorizar e rotular os alunos de modo a fornecer informaccedilatildeo sobre a provisatildeo que recebem As laquopluralidadesraquo das definiccedilotildees aplicadas a alunos e a laquopoliacuteticaraquo dos sistemas de rotulagem natildeo podem ser ignoradas nem os efeitos a que esses sistemas de rotulagem e definiccedilotildees conduzem

Fazer as perguntas certas em termos de poliacuteticas eacute o ponto de partida para a recolha de dados que servem de base significativa para as poliacuteticas

Colocar a teoria em praacutetica 33

OLHAR EM FRENTE

O primeiro objetivo da conferecircncia em novembro de 2013 foi refletir e resumir o trabalho da Agecircncia ao longo da uacuteltima deacutecada As cinco mensagens-chave descritas nos capiacutetulos anteriores destacam aspetos criacuteticos no que se refere agrave educaccedilatildeo inclusiva Baseiam-se nos resultados da anaacutelise aprofundada de temas-chave decididos pelos paiacuteses membros da Agecircncia O segundo objetivo da conferecircncia foi olhar em frente explorando a forma como o trabalho da Agecircncia pode prestar um melhor apoio aos paiacuteses membros ajudandoos a melhorar a qualidade e a eficaacutecia das suas respostas inclusivas para alunos com incapacidades eou necessidades educativas especiais A Agecircncia estaacute disposta a ajudar os paiacuteses de uma forma mais concreta com a implementaccedilatildeo dos resultados do nosso trabalho Isso significa disponibilizar recomendaccedilotildees de poliacutetica que sejam mais diretamente aplicaacuteveis aos decisores poliacuteticos para apoiar alteraccedilotildees futuras e desenvolvimentos poliacuteticos

A Agecircncia estaacute consciente de que o trabalho jaacute realizado estaacute de acordo e apoia diretamente todas as iniciativas de poliacuteticas europeias e internacionais em termos de educaccedilatildeo equidade igualdade de oportunidades e direitos para pessoas com incapacidades eou necessidades educativas especiais O trabalho da Agecircncia fornece recomendaccedilotildees claras e coerentes sobre como as poliacuteticas-chave nestas aacutereas podem ser implementadas na praacutetica A Agecircncia pretende proporcionar aos paiacuteses informaccedilatildeo sobre o progresso alcanccedilado nos objetivos propostos em termos de (a) metas de Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo para 2020 e (b) Convenccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiecircncia (2006) bem como vaacuterias diretivas e comunicaccedilotildees da Uniatildeo Europeia Eacute necessaacuteria orientaccedilatildeo sobre o modo como a educaccedilatildeo inclusiva pode ser implementada a niacutevel do professor sala de aula escola regiatildeo municiacutepio e poliacutetica nacional A Agecircncia tem capacidade para disponibilizar aos paiacuteses orientaccedilotildees sobre formas de implementaccedilatildeo da educaccedilatildeo inclusiva e como isto afeta a qualidade geral da educaccedilatildeo As discussotildees durante a conferecircncia bem como as discussotildees aprofundadas no acircmbito da Agecircncia orientaratildeo esta nova etapa no trabalho da Agecircncia

shy

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 34

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 1999 Financing of Special Needs Education ndash A seventeen-country Study of the Relationship between Financing of Special Needs Education and Inclusion [Financiamento da Educaccedilatildeo Especial ndash Um estudo de dezassete paiacuteses da Relaccedilatildeo entre o Financiamento da Educaccedilatildeo Especial e a Inclusatildeo] Middelfart Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2002a Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Princiacutepios-chave e Recomendaccedilotildees para R esponsaacuteveis Poliacuteticos Middelfart Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanagencyorgsitesdefaultfilestransition_transition_pttextpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2002b Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Principais problemas questotildees e opccedilotildees enfrentadas pelos alunos com necessidades educativas especiais em 16 paiacuteses Europeus Relatoacuterio Siacutentese Middelfart Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanagencyorgsitesdefaultfilestransition-from-school-to-employment_Transitionptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2003 Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula Relatoacuterio Siacutentese Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanagencyorgsitesdefaultfilesinclusive-education-and-classroom-practices_iecpptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2005 Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula nos 2ordm e 3ordm Ciclos do Ensino Baacutesico Relatoacuterio Siacutentese Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesinclusive-educationand-classroom-practice-in-secondary-education_iecp_secondary_ptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2006 Planos Individuais de Transiccedilatildeo Apoiar a Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesindividual-transitionplans_itp_ptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

shy

shyshy

shyshy

shy

shy

Colocar a teoria em praacutetica 35

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2009a Diversidade multicultural e necessidades especiais de educaccedilatildeo Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfilesmulticultural-diversity-and-special-needsshyeducation_Multicultural-Diversity-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2009b Princiacutepiosshychave para a Promoccedilatildeo da Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva ndash Recomendaccedilotildees para Decisores Poliacuteticos Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportskeyshyprinciples-for-promoting-quality-in-inclusive-educationkey-principles-PTpdf(Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2010 Intervenccedilatildeo Precoce na Infacircncia ndash Progressos e Desenvolvimentos 2005ndash2010 Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesearly-childhood-interventionshyprogress-and-developments_ECI-report-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011a Mapeamento da Implementaccedilatildeo de Poliacuteticas para a Educaccedilatildeo Inclusiva Uma anaacutelise dos desafios e oportunidades para o desenvolvimento de indicadores Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httphttpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesmipie_MIPIE-summaryshyof-proposals-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011b Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo na Europa ndash Desafios e Oportunidades Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfileste4i-challenges-and-opportunities_TE4I-Synthesis-Report-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011c Princiacutepios-Chave para a Promoccedilatildeo da Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva ndash Recomendaccedilotildees para Decisores Poliacuteticos Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfilesinclusive-education-and-classroom-practices_iecpshyptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011d Participation in Inclusive Education ndash A Framework for Developing Indicators [Participaccedilatildeo na Educaccedilatildeo inclusiva ndash Um Quadro para o Desenvolvimento de Indicadores] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 36

agencyorgpublicationsereportsparticipation-in-inclusive-education-a-frameworkshyfor-developing-indicatorsParticipation-in-Inclusive-Educationpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012a Perspetivas dos Jovens sobre Educaccedilatildeo Inclusiva Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfilesyoung-views-on-inclusive-education_YoungViews-2012PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012b Perfil de Professores Inclusivos Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfileste4i-profile-of-inclusive-teachers_Profile-of-InclusiveshyTeachers-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012c Raising Achievement for All Learners ndash Quality in Inclusive Education [Elevar o Sucesso de Todos os Alunos ndash Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva] Relatoacuterio sobre a conferecircncia realizada em Odense Dinamarca de 13 a 15 de junho de 2012 Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesRA4AL-conference-reportpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014) Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012d Raising Achievement for All Learners ndash Quality in Inclusive Education [Elevar o Sucesso de Todos os Alunos ndash Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httphttpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesra4al-keyshymessages_RA4AL-summary-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012e Promoting Accessible Information for Lifelong Learning Recommendations and findings of the i-access project [Promover o Acesso agrave Informaccedilatildeo para a Aprendizagem ao Longo da Vida Recomendaccedilotildees e observaccedilotildees do projeto i-access] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportsi-accessi-accessshyreportpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012f Vocational Education and Training Policy and Practice in the field of Special Needs Education ndash Literature Review [Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional (EFP) Poliacutetica e Praacutetica no campo da Educaccedilatildeo Especial ndash Revisatildeo da Literatura] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Colocar a teoria em praacutetica 37

agencyorgagency-projectsvocational-education-and-trainingvet-filesVETshyLiteratureReviewpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012g Teacher Education for Inclusion Project Recommendations linked to Sources of Evidence [Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo Recomendaccedilotildees do Projeto Ligadas a Fontes de Evidecircncias] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgagencyshyprojectsTeacher-Education-for-Inclusionsources-of-evidencepdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2013 European and International Policy Supporting ICT for Inclusion [Poliacutetica Europeia e Internacional para Uso das TIC como Apoio para a Inclusatildeo] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfileseuropean-and-internationalshypolicy-supporting-ict-for-inclusion_policy-supporting-ict-for-inclusionpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para as Necessidades Especiais e a Educaccedilatildeo Inclusiva 2014 Vocational Education and Training ndash Summary of Country Information [Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional ndash Resumo de Informaccedilatildeo do Paiacutes] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para as Necessidades Especiais e a Educaccedilatildeo Inclusiva httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesVET Summary of Country information 2014pdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Bennett S e Gallagher TL 2012 The Delivery of Education Services for Students who have an Intellectual Disability in the Province of Ontario [A prestaccedilatildeo de serviccedilos de ensino para alunos com incapacidade intelectual na proviacutencia de Ontaacuterio] Toronto Community Living Ontario

Chapman C Ainscow M Miles S e West M 2011 Leadership that promotes the achievement of students with special educational needs and disabilities [Lideranccedila que promove o sucesso de alunos com necessidades educativas especiais e incapacidades] Nottingham National College for School Leadership

Comissatildeo das Comunidades Europeias 2008 Livro Verde ndash Migraccedilatildeo e mobilidade desafios e oportunidades para os sistemas educativos da UE SEC(2008) 2173 COM20080423 final Bruxelas Comissatildeo das Comunidades Europeias

Conselho da Uniatildeo Europeia 2010 Conclusotildees do Conselho sobre a dimensatildeo social da educaccedilatildeo e da formaccedilatildeo 3013ordf Reuniatildeo do Conselho de EDUCACcedilAtildeO JUVENTUDE E CULTURA Bruxelas 11 de maio de 2010 httpeurshylexeuropaeulegal-contentPTTXTPDFuri=CELEX52010XG0526(01)ampfrom=PT(Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 38

Farrell P Dyson AS Polat F Hutcheson G e Gallannaugh F 2007 laquoSEN inclusion and pupil achievement in English schoolsraquo [Inclusatildeo de crianccedilas com NEE e sucesso dos alunos nas escolas inglesas] Journal of Research in Special Educational Needs 7 (3) 172ndash178

Frilseth L 2012 The Norwegian Model for Education for All in Upper Secondary School [O Modelo Norueguecircs para a Educaccedilatildeo para Todos no Ensino Secundaacuterio] Direccedilatildeo Norueguesa para Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo httpwwweuropeanshyagencyorgagency-projectsra4alra4al-seminar-pdfNorway-L-Frilsethpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Fullan M 2011 Change Leader Learning to do what matters most [Liacuteder de Mudanccedila aprender a fazer o que mais importa] San Francisco Jossey-Bass de Graaf G van Hove G e Haveman M 2011 laquoMore academics in regular schools The effect of regular versus special school placement on academic skills in Dutch primary school students with Down syndromeraquo [Mais acadeacutemicos nas escolas regulares O efeito da colocaccedilatildeo em escola regular versus escola especial nas competecircncias acadeacutemicas em alunos holandeses do ensino primaacuterio com siacutendrome de Down] Journal of International Disability Research December 2011 57(1) 21ndash38 doi 101111j1365-2788201101512x

Hargreaves A e Shirley D 2009 The Fourth Way ndash The inspiring future for educational change [A Quarta Via ndash O futuro inspirador para a mudanccedila educativa] Publicaccedilatildeo conjunta do Ontario Principalsrsquo Council e do National Staff Development Council Thousand Oaks CA Corwin Press

Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO e Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011 ICTs in Education for People with Disabilities Review de innovative practice [TIC na Educaccedilatildeo para Pessoas com Incapacidades revisatildeo da praacutetica inovadora] Moscovo Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO httpwwweuropeanshyagencyorgpublicationsereportsICTs-in-Education-for-People-WithshyDisabilitiesReview-of-Innovative-Practice (Uacuteltimo acesso em julho de 2014) Kalambouka A Farrell P Dyson A e Kaplan I 2005 The impact of population inclusivity in schools on student outcomes [O impacto da inclusividade da populaccedilatildeo em escolas nos resultados dos alunos] Research Evidence in Education Library London EPPI-Centre Social Science Research Unit Institute of Education University of London Kyriazopoulou M e Weber H (eds) 2009 Desenvolvimento de um conjunto de indicadores ndash para a educaccedilatildeo inclusiva na Europa Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Colocar a teoria em praacutetica 39

agencyorgsitesdefaultfilesdevelopment-of-a-set-of-indicators-for-inclusiveshyeducation-in-europe_indicators-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

MacArthur J 2009 Learning Better Together Working towards inclusive education in New Zealand schools [Aprender Melhor Juntos trabalhar para a educaccedilatildeo inclusiva nas escolas da Nova Zelacircndia] Wellington IHC

MacArthur J Kelly B Sharp S amp Gaffney M 2005 Participation or exclusion Disabled childrenrsquos experiences of life at school [Participaccedilatildeo ou exclusatildeo Experiecircncias de vida na escola de crianccedilas com incapacidades] Um artigo apresentado na laquoChildrenrsquos Issues Conferenceraquo Dunedin Nova Zelacircndia julho de 2005 Menter I Hulme M Elliott D e Lewin J 2010 Literature Review on Teacher Education in the 21st Century [Revisatildeo da Literatura sobre a Formaccedilatildeo de Professores no Seacuteculo XXI] Scottish Government Social Research Edimburgo Scottish Government

Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para a Educaccedilatildeo Ciecircncia e Cultura 2009 Policy Guidelines on Inclusion in Education [Diretrizes da Poliacutetica sobre Inclusatildeo na Educaccedilatildeo] Paris UNESCO

Organizaccedilatildeo Mundial de SauacutedeBanco Mundial 2011 World Report on Disability [Relatoacuterio Mundial sobre Deficiecircncia] Genebra Ediccedilotildees OMS httpwwwwhointdisabilitiesworld_report2011enindexhtml (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Organizaccedilatildeo para a Cooperaccedilatildeo e Desenvolvimento Econoacutemico 2011 PISA in Focus Improving Performance Leading from the Bottom [PISA agrave Lupa Melhorar os Resultados Progedir ateacute ao Topo] 20112 (Marccedilo) Paris OCDE Redley M 2009 laquoUnderstanding the social exclusion and stalled welfare of citizens with learning disabilitiesraquo [Compreender a exclusatildeo social e o bem-estar sem progresso dos cidadatildeos com dificuldades de aprendizagem] Disability amp Society 24(4) 489ndash501

Naccedilotildees Unidas 2006 Convenccedilatildeo sobre os Direitos das Pessoas com Deficiecircncia Nova Iorque Naccedilotildees Unidas

Watkins A (ed) 2007 Assessment in Inclusive Settings Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos Questotildees-chave para Poliacuteticas e Praacuteticas Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportsassessment-in-inclusiveshysettings-key-issues-for-policy-and-practiceassessment-in-inclusive-settings-keyshyissues-for-policy-and-practice (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 40

Wilkinson R e Pickett K 2010 The Spirit Level Why Equality is Better para Everyone [O Niacutevel do Espiacuterito Por que a Igualdade eacute Melhor para Todos] Londres Penguin

Willms JD 2006 Learning divides Ten policy questions about the performance and equity of schools and schooling systems [A aprendizagem divide dez perguntas de poliacutetica acerca do desempenho e equidade das escolas e dos sistemas de escolaridade] Montreal Instituto de Estatiacutestica da UNESCO

Colocar a teoria em praacutetica 41

  • preacircmbulo
  • Sumaacuterio Executivo
  • O mais precocemente possiacutevel
    • Introduccedilatildeo
    • Intervenccedilatildeo precoce
    • Deteccedilatildeo e avaliaccedilatildeo precoces
    • Apoio precoce
    • Transiccedilatildeo planeada
      • A educaccedilatildeo inclusiva beneficia todos
        • Introduccedilatildeo
        • A educaccedilatildeo inclusiva como uma abordagem para elevar o sucesso para todos os alunos
        • laquoO que eacute bom para os alunos com NEE eacute igualmente bom para todos os alunosraquo
        • Monitorizaccedilatildeo do progresso
          • profissionais altamente qualificados
            • Introduccedilatildeo
            • Formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo
            • O perfil dos professores inclusivos e outros profissionais
            • Abordagens ao recrutamento
            • Atitudes positivas
            • Trabalho em rede e coordenaccedilatildeo
              • sistemas de apoio e mecanismos de financiamento
                • Introduccedilatildeo
                • Sistemas de apoio e mecanismos de financiamento
                  • Intervenccedilatildeo Precoce na Infacircncia (IPI)
                  • Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula
                  • Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional (EFP)
                  • Tecnologias de Informaccedilatildeo e Comunicaccedilatildeo (TIC)
                      • dados fiaacuteveis
                        • Introduccedilatildeo
                        • Monitorizaccedilatildeo dos direitos dos alunos
                          • (i) Participaccedilatildeo na educaccedilatildeo e formaccedilatildeo
                          • (ii) Acesso ao apoio e agrave adaptaccedilatildeo
                          • (iii) Oportunidades para o sucesso na aprendizagem e na transiccedilatildeo
                          • (iv) Oportunidades de integraccedilatildeo
                            • Monitorizaccedilatildeo da eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusiva
                              • olhar em frente
                              • REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

Os decisores poliacuteticos devem ter mecanismos para avaliar a solicitaccedilatildeo de serviccedilos de IPI e mecanismos eficazes que verifiquem se a prestaccedilatildeo de serviccedilos responde ao solicitado para se poder planear a melhoria do serviccedilo Deve ser desenvolvida uma forma sistemaacutetica de recolha e de monitorizaccedilatildeo de dados fiaacuteveis a niacutevel nacional (Agecircncia Europeia 2010 paacuteg 40)

No relatoacuterio Participaccedilatildeo na Educaccedilatildeo Inclusiva afirma-se que Embora os governos nacionais e locais jaacute recolham dados importantes sobre a educaccedilatildeo pouco se sabe sobre a participaccedilatildeo hellip Atualmente a maior parte dos dados recolhidos para fins de monitorizaccedilatildeo satildeo dados estatiacutesticos sobre a inscriccedilatildeo e a conclusatildeo da escolaridade hellip Poucos paiacuteses tecircm meacutetodos sistemaacuteticos de recolha anaacutelise e interpretaccedilatildeo de dados qualitativos sobre a participaccedilatildeo a niacutevel individual em sala de aula e na escola embora os relatoacuterios escolares de autorrevisatildeo e de inspeccedilatildeo respondam muitas vezes a questotildees de participaccedilatildeo e inclusatildeo (Agecircncia Europeia 2011d paacuteg 19)

Este relatoacuterio tambeacutem destaca alguns dos perigos potenciais associados agrave recolha de dados em relaccedilatildeo agrave participaccedilatildeo

hellip estruturas criadas para acompanhar as crianccedilas com necessidades educativas especiais podem funcionar como barreiras agrave sua participaccedilatildeo e sucesso marcando estas crianccedilas como diferentes Uma consequecircncia natildeo intencional de categorizar algumas crianccedilas para monitorizar a sua participaccedilatildeo pode gerar um paradoxo o que resulta na celebraccedilatildeo de acordos separados para a sua educaccedilatildeo (ibid paacuteg 17ndash18)

(ii) Acesso ao apoio e agrave adaptaccedilatildeo

Trecircs estudos da Agecircncia consideraram diferentes aspetos de apoio para os alunos com NEE A revisatildeo da literatura do projeto Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional cita Redley (2009)

Natildeo existem dados nacionais fiaacuteveis sobre o nuacutemero de organizaccedilotildees que oferecem emprego apoiado ou o nuacutemero de pessoas com dificuldades de aprendizagem empregadas nelas e o governo natildeo participa neste processo (Agecircncia Europeia 2012f paacuteg 41)

O estudo conjunto da Agecircncia realizado com o Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO que analisa o uso das TIC na educaccedilatildeo das pessoas com incapacidades defende que

Tanto em relaccedilatildeo agrave Convenccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas (2006) como em relaccedilatildeo agrave poliacutetica regional (ou seja europeia) e nacional haacute uma necessidade de informaccedilatildeo mais detalhada ligada agrave monitorizaccedilatildeo de indicadores e benchmarks qualitativos e quantitativos sobre as TIC na educaccedilatildeo para pessoas

Colocar a teoria em praacutetica 29

com incapacidades (Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO e Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011 paacuteg 93)

Em relaccedilatildeo agrave acessibilidade da informaccedilatildeo para a aprendizagem as recomendaccedilotildees do projeto i-access da Agecircncia defendem que

A conformidade [acessibilidade] agrave poliacutetica deve ser sistematicamente monitorizada A monitorizaccedilatildeo da conformidade soacute pode ser incentivada nomomento presente mas deve ser alargada hellip Eacute necessaacuterio recolher dados quantitativos e qualitativos sistemaacuteticos o que deve tambeacutem envolver os utilizadores finais de informaccedilatildeo acessiacutevel Poreacutem a monitorizaccedilatildeo do progresso natildeo se pode limitar a afericcedilatildeo numeacuterica mas deve incluir a possibilidade de recolher exemplos de boas praacuteticas que poderiam servir de modelo para outros paiacuteses e organizaccedilotildees (Agecircncia Europeia 2012e paacuteg 40ndash 41)

(iii) Oportunidades para o sucesso na aprendizagem e na transiccedilatildeo Dois grandes projetos da Agecircncia tiveram em linha de conta a transiccedilatildeo da escola para o emprego Ambos apontam para a falta de dados fiaacuteveis neste campo O projeto Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego sugeriu que

Os dados nacionais dos paiacuteses apenas incluem pessoas registadas como desempregadas mas uma alta percentagem de pessoas com necessidades especiais natildeo estaacute registada ndash elas natildeo tecircm sequer a oportunidade de conseguir o primeiro emprego (Agecircncia Europeia 2002a paacuteg 2)

O estudo de acompanhamento (Agecircncia Europeia 2006) natildeo refere quaisquer desenvolvimentos nesta aacuterea

(iv) Oportunidades de integraccedilatildeo

O estudo da Agecircncia com foco na diversidade multicultural destaca a falta de dados em relaccedilatildeo a um fator importante de integraccedilatildeo ndash antecedente de imigraccedilatildeo dos alunos com NEE

Muitos paiacuteses envolvidos no projeto referiram que natildeo existem dados atualizados sobre os alunos com NEE e de origem imigrante Diversas agecircncias governamentais tecircm responsabilidades diferentes e natildeo haacute coordenaccedilatildeo na recolha de dados Haacute outras razotildees para a falta de dados Alguns paiacuteses natildeo tecircm estatiacutesticas oficiais sobre a origem das pessoas para aleacutem do paiacutes de nascimento uma vez que eacute proibido o tratamento de dados pessoais que identifiquem a raccedila a origem eacutetnica a incapacidade ou crenccedila religiosa Em outros paiacuteses natildeo haacute recolha sistemaacutetica de dados relativos a alunos com NEE

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 30

ou a alunos com NEE e de origem imigrante a niacutevel nacional ou local (Agecircncia Europeia 2009a paacuteg 30)

Monitorizaccedilatildeo da eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusiva

Dados que examinam a eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusiva tecircm em conta questotildees de custo-eficaacutecia bem como diversas aacutereas relacionadas com as experiecircncias de educaccedilatildeo dos alunos procedimentos de avaliaccedilatildeo inicial o envolvimento contiacutenuo dos alunos e das suas famiacutelias em experiecircncias educativas e a eficaacutecia de ambientes de aprendizagem na superaccedilatildeo das barreiras e apoio de experiecircncias de aprendizagem significativas para todos os alunos

O estudo da Agecircncia relativo ao Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos realccedila que eacute necessaacuterio apoiar as escolas com

hellip aconselhamento sobre como pode ser usada a informaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo ndash particularmente a da avaliaccedilatildeo estandardizada recolhida para fins de monitorizaccedilatildeo nacional ndash para melhorar as praacuteticas com todos os alunos incluindo os que apresentam NEE (Watkins 2007 paacuteg 60)

O relatoacuterio designado Elevar o Sucesso de Todos os Alunos defende que

Para avanccedilar para uma maior equidade na educaccedilatildeo satildeo necessaacuterios indicadores de sucesso adequados agrave comunidade local focalizados no input recursos processos e outputresultados Embora a informaccedilatildeo (incluindo dados) deva ser usada para direcionar o apoio e acompanhar o sucesso de poliacuteticas e praacuteticas inclusivas eacute necessaacuterio cuidado para que os sistemas de responsabilidade natildeo causem inadvertidamente alteraccedilotildees inadequadas (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 22)

Este estudo destaca potenciais dificuldades inerentes

No clima atual o desenvolvimento de mecanismos de responsabilidade adequados e de formas de medir o sucesso valorizado e monitorizar a equidade apresentam muitos desafios Apesar da procura de dados concretos Fullan (2011) adverte que laquoas estatiacutesticas satildeo um servo maravilhoso mas um mestre terriacutevelraquo (paacuteg 127) e Hargreaves e Shirley (2009) enfatizam a necessidade de colocar a responsabilidade antes da prestaccedilatildeo de contas Sugerem que a prestaccedilatildeo de contas deve laquoservir de consciecircncia por meio de amostragemraquo e que deve ser realizado um ataque laquoaos excessos de padronizaccedilatildeo testada que negam a diversidade e destroem a criatividaderaquo (paacuteg 109) (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 22)

Dentro do projeto MIPIE argumentou-se que a monitorizaccedilatildeo da eficaacutecia dos sistemas de educaccedilatildeo inclusiva tambeacutem incluiria uma anaacutelise da eficaacutecia da formaccedilatildeo de professores (Agecircncia Europeia 2011a) O relatoacuterio do projeto TE4I

Colocar a teoria em praacutetica 31

destaca uma seacuterie de questotildees relacionadas com a disponibilidade de dados nesta aacuterea Relativamente agrave representaccedilatildeo de professores de grupos minoritaacuterios

A maior parte dos paiacuteses que natildeo recolhe dados refere curiosamente uma subshyrepresentaccedilatildeo de pessoas com deficiecircncia e pertencentes a grupos minoritaacuterios entre os professores estagiaacuterios e os professores diplomados e a situaccedilatildeo parece ser idecircntica entre os formadores de professores (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 22)

O relatoacuterio tambeacutem indica a necessidade de dados que levam a mudanccedilas com base em evidecircncias

A falta de investigaccedilatildeo em larga escala e de investigaccedilatildeo cumulativa bem como de evidecircncia empiacuterica na formaccedilatildeo de professores para a inclusatildeo foi referida pela OCDE (2010) hellip esta investigaccedilatildeo poderaacute garantir a existecircncia dum corpo de evidecircncias que possam dar forma agrave mudanccedila No presente relatoacuterio os exemplos realccedilam algumas questotildees-chave da pesquisa incluindo

- A eficaacutecia de diferentes rotas no ensino - Abordagens agrave formaccedilatildeo de professores e ao curriacuteculo da FIP e

- O papel dos cursos separados integrados e unificados e a melhor maneira de passar dum curso contiacutenuo para um uacutenico curso de formaccedilatildeo de professores que prepare todos os professores para a diversidade (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 68)

O projeto MIPIE defende que

A niacutevel da escola a recolha de dados deve

- Fornecer informaccedilatildeo que permitam aos professores e funcionaacuterios da escola planear e prestar o apoio e os recursos adequados

- Fornecer ideias claras sobre a participaccedilatildeo ativa dos pais e alunos no processo educativo (Agecircncia Europeia 2011a paacuteg 13)

Para que isto seja possiacutevel

Satildeo necessaacuterias sinergias a niacutevel nacional entre os principais intervenientes baseadas num claro racional para a recolha de dados considerando os dados a niacutevel nacional regional escola e sala de aula para que os dados globais do paiacutes efetivamente possam refletir a praacutetica (ibid paacuteg 14)

Para concluir a provisatildeo dos dados pode contribuir efetivamente para a elaboraccedilatildeo de poliacuteticas para a educaccedilatildeo inclusiva Haacute uma exigecircncia crescente ndash a niacutevel internacional europeu e nacional ndash para a responsabilidade e tecircm vindo a crescer comparaccedilotildees laquoentre escolasraquo e laquoentre naccedilotildeesraquo O surgimento de laquograndes dadosraquo

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 32

(meta-anaacutelises de conjuntos de dados e fontes combinadas) apresenta oportunidades mas tambeacutem desafios reais para a educaccedilatildeo inclusiva

Os apelos para a poliacutetica e alocaccedilatildeo de recursos baseada em evidecircncias reforccedilam a necessidade de dados significativos relacionados com todos os alunos Eacute necessaacuterio saber que alunos estatildeo a receber que serviccedilos quando e onde (contando todos os alunos) Tambeacutem eacute necessaacuterio ter dados sobre a qualidade dos serviccedilos e os resultados obtidos (considerando a praacutetica)

Um grande desafio para a recolha de dados estaacute em evitar classificar categorizar e rotular os alunos de modo a fornecer informaccedilatildeo sobre a provisatildeo que recebem As laquopluralidadesraquo das definiccedilotildees aplicadas a alunos e a laquopoliacuteticaraquo dos sistemas de rotulagem natildeo podem ser ignoradas nem os efeitos a que esses sistemas de rotulagem e definiccedilotildees conduzem

Fazer as perguntas certas em termos de poliacuteticas eacute o ponto de partida para a recolha de dados que servem de base significativa para as poliacuteticas

Colocar a teoria em praacutetica 33

OLHAR EM FRENTE

O primeiro objetivo da conferecircncia em novembro de 2013 foi refletir e resumir o trabalho da Agecircncia ao longo da uacuteltima deacutecada As cinco mensagens-chave descritas nos capiacutetulos anteriores destacam aspetos criacuteticos no que se refere agrave educaccedilatildeo inclusiva Baseiam-se nos resultados da anaacutelise aprofundada de temas-chave decididos pelos paiacuteses membros da Agecircncia O segundo objetivo da conferecircncia foi olhar em frente explorando a forma como o trabalho da Agecircncia pode prestar um melhor apoio aos paiacuteses membros ajudandoos a melhorar a qualidade e a eficaacutecia das suas respostas inclusivas para alunos com incapacidades eou necessidades educativas especiais A Agecircncia estaacute disposta a ajudar os paiacuteses de uma forma mais concreta com a implementaccedilatildeo dos resultados do nosso trabalho Isso significa disponibilizar recomendaccedilotildees de poliacutetica que sejam mais diretamente aplicaacuteveis aos decisores poliacuteticos para apoiar alteraccedilotildees futuras e desenvolvimentos poliacuteticos

A Agecircncia estaacute consciente de que o trabalho jaacute realizado estaacute de acordo e apoia diretamente todas as iniciativas de poliacuteticas europeias e internacionais em termos de educaccedilatildeo equidade igualdade de oportunidades e direitos para pessoas com incapacidades eou necessidades educativas especiais O trabalho da Agecircncia fornece recomendaccedilotildees claras e coerentes sobre como as poliacuteticas-chave nestas aacutereas podem ser implementadas na praacutetica A Agecircncia pretende proporcionar aos paiacuteses informaccedilatildeo sobre o progresso alcanccedilado nos objetivos propostos em termos de (a) metas de Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo para 2020 e (b) Convenccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiecircncia (2006) bem como vaacuterias diretivas e comunicaccedilotildees da Uniatildeo Europeia Eacute necessaacuteria orientaccedilatildeo sobre o modo como a educaccedilatildeo inclusiva pode ser implementada a niacutevel do professor sala de aula escola regiatildeo municiacutepio e poliacutetica nacional A Agecircncia tem capacidade para disponibilizar aos paiacuteses orientaccedilotildees sobre formas de implementaccedilatildeo da educaccedilatildeo inclusiva e como isto afeta a qualidade geral da educaccedilatildeo As discussotildees durante a conferecircncia bem como as discussotildees aprofundadas no acircmbito da Agecircncia orientaratildeo esta nova etapa no trabalho da Agecircncia

shy

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 34

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 1999 Financing of Special Needs Education ndash A seventeen-country Study of the Relationship between Financing of Special Needs Education and Inclusion [Financiamento da Educaccedilatildeo Especial ndash Um estudo de dezassete paiacuteses da Relaccedilatildeo entre o Financiamento da Educaccedilatildeo Especial e a Inclusatildeo] Middelfart Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2002a Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Princiacutepios-chave e Recomendaccedilotildees para R esponsaacuteveis Poliacuteticos Middelfart Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanagencyorgsitesdefaultfilestransition_transition_pttextpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2002b Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Principais problemas questotildees e opccedilotildees enfrentadas pelos alunos com necessidades educativas especiais em 16 paiacuteses Europeus Relatoacuterio Siacutentese Middelfart Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanagencyorgsitesdefaultfilestransition-from-school-to-employment_Transitionptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2003 Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula Relatoacuterio Siacutentese Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanagencyorgsitesdefaultfilesinclusive-education-and-classroom-practices_iecpptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2005 Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula nos 2ordm e 3ordm Ciclos do Ensino Baacutesico Relatoacuterio Siacutentese Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesinclusive-educationand-classroom-practice-in-secondary-education_iecp_secondary_ptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2006 Planos Individuais de Transiccedilatildeo Apoiar a Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesindividual-transitionplans_itp_ptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

shy

shyshy

shyshy

shy

shy

Colocar a teoria em praacutetica 35

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2009a Diversidade multicultural e necessidades especiais de educaccedilatildeo Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfilesmulticultural-diversity-and-special-needsshyeducation_Multicultural-Diversity-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2009b Princiacutepiosshychave para a Promoccedilatildeo da Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva ndash Recomendaccedilotildees para Decisores Poliacuteticos Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportskeyshyprinciples-for-promoting-quality-in-inclusive-educationkey-principles-PTpdf(Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2010 Intervenccedilatildeo Precoce na Infacircncia ndash Progressos e Desenvolvimentos 2005ndash2010 Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesearly-childhood-interventionshyprogress-and-developments_ECI-report-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011a Mapeamento da Implementaccedilatildeo de Poliacuteticas para a Educaccedilatildeo Inclusiva Uma anaacutelise dos desafios e oportunidades para o desenvolvimento de indicadores Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httphttpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesmipie_MIPIE-summaryshyof-proposals-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011b Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo na Europa ndash Desafios e Oportunidades Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfileste4i-challenges-and-opportunities_TE4I-Synthesis-Report-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011c Princiacutepios-Chave para a Promoccedilatildeo da Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva ndash Recomendaccedilotildees para Decisores Poliacuteticos Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfilesinclusive-education-and-classroom-practices_iecpshyptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011d Participation in Inclusive Education ndash A Framework for Developing Indicators [Participaccedilatildeo na Educaccedilatildeo inclusiva ndash Um Quadro para o Desenvolvimento de Indicadores] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 36

agencyorgpublicationsereportsparticipation-in-inclusive-education-a-frameworkshyfor-developing-indicatorsParticipation-in-Inclusive-Educationpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012a Perspetivas dos Jovens sobre Educaccedilatildeo Inclusiva Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfilesyoung-views-on-inclusive-education_YoungViews-2012PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012b Perfil de Professores Inclusivos Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfileste4i-profile-of-inclusive-teachers_Profile-of-InclusiveshyTeachers-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012c Raising Achievement for All Learners ndash Quality in Inclusive Education [Elevar o Sucesso de Todos os Alunos ndash Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva] Relatoacuterio sobre a conferecircncia realizada em Odense Dinamarca de 13 a 15 de junho de 2012 Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesRA4AL-conference-reportpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014) Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012d Raising Achievement for All Learners ndash Quality in Inclusive Education [Elevar o Sucesso de Todos os Alunos ndash Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httphttpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesra4al-keyshymessages_RA4AL-summary-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012e Promoting Accessible Information for Lifelong Learning Recommendations and findings of the i-access project [Promover o Acesso agrave Informaccedilatildeo para a Aprendizagem ao Longo da Vida Recomendaccedilotildees e observaccedilotildees do projeto i-access] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportsi-accessi-accessshyreportpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012f Vocational Education and Training Policy and Practice in the field of Special Needs Education ndash Literature Review [Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional (EFP) Poliacutetica e Praacutetica no campo da Educaccedilatildeo Especial ndash Revisatildeo da Literatura] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Colocar a teoria em praacutetica 37

agencyorgagency-projectsvocational-education-and-trainingvet-filesVETshyLiteratureReviewpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012g Teacher Education for Inclusion Project Recommendations linked to Sources of Evidence [Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo Recomendaccedilotildees do Projeto Ligadas a Fontes de Evidecircncias] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgagencyshyprojectsTeacher-Education-for-Inclusionsources-of-evidencepdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2013 European and International Policy Supporting ICT for Inclusion [Poliacutetica Europeia e Internacional para Uso das TIC como Apoio para a Inclusatildeo] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfileseuropean-and-internationalshypolicy-supporting-ict-for-inclusion_policy-supporting-ict-for-inclusionpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para as Necessidades Especiais e a Educaccedilatildeo Inclusiva 2014 Vocational Education and Training ndash Summary of Country Information [Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional ndash Resumo de Informaccedilatildeo do Paiacutes] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para as Necessidades Especiais e a Educaccedilatildeo Inclusiva httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesVET Summary of Country information 2014pdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Bennett S e Gallagher TL 2012 The Delivery of Education Services for Students who have an Intellectual Disability in the Province of Ontario [A prestaccedilatildeo de serviccedilos de ensino para alunos com incapacidade intelectual na proviacutencia de Ontaacuterio] Toronto Community Living Ontario

Chapman C Ainscow M Miles S e West M 2011 Leadership that promotes the achievement of students with special educational needs and disabilities [Lideranccedila que promove o sucesso de alunos com necessidades educativas especiais e incapacidades] Nottingham National College for School Leadership

Comissatildeo das Comunidades Europeias 2008 Livro Verde ndash Migraccedilatildeo e mobilidade desafios e oportunidades para os sistemas educativos da UE SEC(2008) 2173 COM20080423 final Bruxelas Comissatildeo das Comunidades Europeias

Conselho da Uniatildeo Europeia 2010 Conclusotildees do Conselho sobre a dimensatildeo social da educaccedilatildeo e da formaccedilatildeo 3013ordf Reuniatildeo do Conselho de EDUCACcedilAtildeO JUVENTUDE E CULTURA Bruxelas 11 de maio de 2010 httpeurshylexeuropaeulegal-contentPTTXTPDFuri=CELEX52010XG0526(01)ampfrom=PT(Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 38

Farrell P Dyson AS Polat F Hutcheson G e Gallannaugh F 2007 laquoSEN inclusion and pupil achievement in English schoolsraquo [Inclusatildeo de crianccedilas com NEE e sucesso dos alunos nas escolas inglesas] Journal of Research in Special Educational Needs 7 (3) 172ndash178

Frilseth L 2012 The Norwegian Model for Education for All in Upper Secondary School [O Modelo Norueguecircs para a Educaccedilatildeo para Todos no Ensino Secundaacuterio] Direccedilatildeo Norueguesa para Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo httpwwweuropeanshyagencyorgagency-projectsra4alra4al-seminar-pdfNorway-L-Frilsethpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Fullan M 2011 Change Leader Learning to do what matters most [Liacuteder de Mudanccedila aprender a fazer o que mais importa] San Francisco Jossey-Bass de Graaf G van Hove G e Haveman M 2011 laquoMore academics in regular schools The effect of regular versus special school placement on academic skills in Dutch primary school students with Down syndromeraquo [Mais acadeacutemicos nas escolas regulares O efeito da colocaccedilatildeo em escola regular versus escola especial nas competecircncias acadeacutemicas em alunos holandeses do ensino primaacuterio com siacutendrome de Down] Journal of International Disability Research December 2011 57(1) 21ndash38 doi 101111j1365-2788201101512x

Hargreaves A e Shirley D 2009 The Fourth Way ndash The inspiring future for educational change [A Quarta Via ndash O futuro inspirador para a mudanccedila educativa] Publicaccedilatildeo conjunta do Ontario Principalsrsquo Council e do National Staff Development Council Thousand Oaks CA Corwin Press

Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO e Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011 ICTs in Education for People with Disabilities Review de innovative practice [TIC na Educaccedilatildeo para Pessoas com Incapacidades revisatildeo da praacutetica inovadora] Moscovo Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO httpwwweuropeanshyagencyorgpublicationsereportsICTs-in-Education-for-People-WithshyDisabilitiesReview-of-Innovative-Practice (Uacuteltimo acesso em julho de 2014) Kalambouka A Farrell P Dyson A e Kaplan I 2005 The impact of population inclusivity in schools on student outcomes [O impacto da inclusividade da populaccedilatildeo em escolas nos resultados dos alunos] Research Evidence in Education Library London EPPI-Centre Social Science Research Unit Institute of Education University of London Kyriazopoulou M e Weber H (eds) 2009 Desenvolvimento de um conjunto de indicadores ndash para a educaccedilatildeo inclusiva na Europa Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Colocar a teoria em praacutetica 39

agencyorgsitesdefaultfilesdevelopment-of-a-set-of-indicators-for-inclusiveshyeducation-in-europe_indicators-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

MacArthur J 2009 Learning Better Together Working towards inclusive education in New Zealand schools [Aprender Melhor Juntos trabalhar para a educaccedilatildeo inclusiva nas escolas da Nova Zelacircndia] Wellington IHC

MacArthur J Kelly B Sharp S amp Gaffney M 2005 Participation or exclusion Disabled childrenrsquos experiences of life at school [Participaccedilatildeo ou exclusatildeo Experiecircncias de vida na escola de crianccedilas com incapacidades] Um artigo apresentado na laquoChildrenrsquos Issues Conferenceraquo Dunedin Nova Zelacircndia julho de 2005 Menter I Hulme M Elliott D e Lewin J 2010 Literature Review on Teacher Education in the 21st Century [Revisatildeo da Literatura sobre a Formaccedilatildeo de Professores no Seacuteculo XXI] Scottish Government Social Research Edimburgo Scottish Government

Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para a Educaccedilatildeo Ciecircncia e Cultura 2009 Policy Guidelines on Inclusion in Education [Diretrizes da Poliacutetica sobre Inclusatildeo na Educaccedilatildeo] Paris UNESCO

Organizaccedilatildeo Mundial de SauacutedeBanco Mundial 2011 World Report on Disability [Relatoacuterio Mundial sobre Deficiecircncia] Genebra Ediccedilotildees OMS httpwwwwhointdisabilitiesworld_report2011enindexhtml (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Organizaccedilatildeo para a Cooperaccedilatildeo e Desenvolvimento Econoacutemico 2011 PISA in Focus Improving Performance Leading from the Bottom [PISA agrave Lupa Melhorar os Resultados Progedir ateacute ao Topo] 20112 (Marccedilo) Paris OCDE Redley M 2009 laquoUnderstanding the social exclusion and stalled welfare of citizens with learning disabilitiesraquo [Compreender a exclusatildeo social e o bem-estar sem progresso dos cidadatildeos com dificuldades de aprendizagem] Disability amp Society 24(4) 489ndash501

Naccedilotildees Unidas 2006 Convenccedilatildeo sobre os Direitos das Pessoas com Deficiecircncia Nova Iorque Naccedilotildees Unidas

Watkins A (ed) 2007 Assessment in Inclusive Settings Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos Questotildees-chave para Poliacuteticas e Praacuteticas Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportsassessment-in-inclusiveshysettings-key-issues-for-policy-and-practiceassessment-in-inclusive-settings-keyshyissues-for-policy-and-practice (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 40

Wilkinson R e Pickett K 2010 The Spirit Level Why Equality is Better para Everyone [O Niacutevel do Espiacuterito Por que a Igualdade eacute Melhor para Todos] Londres Penguin

Willms JD 2006 Learning divides Ten policy questions about the performance and equity of schools and schooling systems [A aprendizagem divide dez perguntas de poliacutetica acerca do desempenho e equidade das escolas e dos sistemas de escolaridade] Montreal Instituto de Estatiacutestica da UNESCO

Colocar a teoria em praacutetica 41

  • preacircmbulo
  • Sumaacuterio Executivo
  • O mais precocemente possiacutevel
    • Introduccedilatildeo
    • Intervenccedilatildeo precoce
    • Deteccedilatildeo e avaliaccedilatildeo precoces
    • Apoio precoce
    • Transiccedilatildeo planeada
      • A educaccedilatildeo inclusiva beneficia todos
        • Introduccedilatildeo
        • A educaccedilatildeo inclusiva como uma abordagem para elevar o sucesso para todos os alunos
        • laquoO que eacute bom para os alunos com NEE eacute igualmente bom para todos os alunosraquo
        • Monitorizaccedilatildeo do progresso
          • profissionais altamente qualificados
            • Introduccedilatildeo
            • Formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo
            • O perfil dos professores inclusivos e outros profissionais
            • Abordagens ao recrutamento
            • Atitudes positivas
            • Trabalho em rede e coordenaccedilatildeo
              • sistemas de apoio e mecanismos de financiamento
                • Introduccedilatildeo
                • Sistemas de apoio e mecanismos de financiamento
                  • Intervenccedilatildeo Precoce na Infacircncia (IPI)
                  • Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula
                  • Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional (EFP)
                  • Tecnologias de Informaccedilatildeo e Comunicaccedilatildeo (TIC)
                      • dados fiaacuteveis
                        • Introduccedilatildeo
                        • Monitorizaccedilatildeo dos direitos dos alunos
                          • (i) Participaccedilatildeo na educaccedilatildeo e formaccedilatildeo
                          • (ii) Acesso ao apoio e agrave adaptaccedilatildeo
                          • (iii) Oportunidades para o sucesso na aprendizagem e na transiccedilatildeo
                          • (iv) Oportunidades de integraccedilatildeo
                            • Monitorizaccedilatildeo da eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusiva
                              • olhar em frente
                              • REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

com incapacidades (Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO e Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011 paacuteg 93)

Em relaccedilatildeo agrave acessibilidade da informaccedilatildeo para a aprendizagem as recomendaccedilotildees do projeto i-access da Agecircncia defendem que

A conformidade [acessibilidade] agrave poliacutetica deve ser sistematicamente monitorizada A monitorizaccedilatildeo da conformidade soacute pode ser incentivada nomomento presente mas deve ser alargada hellip Eacute necessaacuterio recolher dados quantitativos e qualitativos sistemaacuteticos o que deve tambeacutem envolver os utilizadores finais de informaccedilatildeo acessiacutevel Poreacutem a monitorizaccedilatildeo do progresso natildeo se pode limitar a afericcedilatildeo numeacuterica mas deve incluir a possibilidade de recolher exemplos de boas praacuteticas que poderiam servir de modelo para outros paiacuteses e organizaccedilotildees (Agecircncia Europeia 2012e paacuteg 40ndash 41)

(iii) Oportunidades para o sucesso na aprendizagem e na transiccedilatildeo Dois grandes projetos da Agecircncia tiveram em linha de conta a transiccedilatildeo da escola para o emprego Ambos apontam para a falta de dados fiaacuteveis neste campo O projeto Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego sugeriu que

Os dados nacionais dos paiacuteses apenas incluem pessoas registadas como desempregadas mas uma alta percentagem de pessoas com necessidades especiais natildeo estaacute registada ndash elas natildeo tecircm sequer a oportunidade de conseguir o primeiro emprego (Agecircncia Europeia 2002a paacuteg 2)

O estudo de acompanhamento (Agecircncia Europeia 2006) natildeo refere quaisquer desenvolvimentos nesta aacuterea

(iv) Oportunidades de integraccedilatildeo

O estudo da Agecircncia com foco na diversidade multicultural destaca a falta de dados em relaccedilatildeo a um fator importante de integraccedilatildeo ndash antecedente de imigraccedilatildeo dos alunos com NEE

Muitos paiacuteses envolvidos no projeto referiram que natildeo existem dados atualizados sobre os alunos com NEE e de origem imigrante Diversas agecircncias governamentais tecircm responsabilidades diferentes e natildeo haacute coordenaccedilatildeo na recolha de dados Haacute outras razotildees para a falta de dados Alguns paiacuteses natildeo tecircm estatiacutesticas oficiais sobre a origem das pessoas para aleacutem do paiacutes de nascimento uma vez que eacute proibido o tratamento de dados pessoais que identifiquem a raccedila a origem eacutetnica a incapacidade ou crenccedila religiosa Em outros paiacuteses natildeo haacute recolha sistemaacutetica de dados relativos a alunos com NEE

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 30

ou a alunos com NEE e de origem imigrante a niacutevel nacional ou local (Agecircncia Europeia 2009a paacuteg 30)

Monitorizaccedilatildeo da eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusiva

Dados que examinam a eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusiva tecircm em conta questotildees de custo-eficaacutecia bem como diversas aacutereas relacionadas com as experiecircncias de educaccedilatildeo dos alunos procedimentos de avaliaccedilatildeo inicial o envolvimento contiacutenuo dos alunos e das suas famiacutelias em experiecircncias educativas e a eficaacutecia de ambientes de aprendizagem na superaccedilatildeo das barreiras e apoio de experiecircncias de aprendizagem significativas para todos os alunos

O estudo da Agecircncia relativo ao Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos realccedila que eacute necessaacuterio apoiar as escolas com

hellip aconselhamento sobre como pode ser usada a informaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo ndash particularmente a da avaliaccedilatildeo estandardizada recolhida para fins de monitorizaccedilatildeo nacional ndash para melhorar as praacuteticas com todos os alunos incluindo os que apresentam NEE (Watkins 2007 paacuteg 60)

O relatoacuterio designado Elevar o Sucesso de Todos os Alunos defende que

Para avanccedilar para uma maior equidade na educaccedilatildeo satildeo necessaacuterios indicadores de sucesso adequados agrave comunidade local focalizados no input recursos processos e outputresultados Embora a informaccedilatildeo (incluindo dados) deva ser usada para direcionar o apoio e acompanhar o sucesso de poliacuteticas e praacuteticas inclusivas eacute necessaacuterio cuidado para que os sistemas de responsabilidade natildeo causem inadvertidamente alteraccedilotildees inadequadas (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 22)

Este estudo destaca potenciais dificuldades inerentes

No clima atual o desenvolvimento de mecanismos de responsabilidade adequados e de formas de medir o sucesso valorizado e monitorizar a equidade apresentam muitos desafios Apesar da procura de dados concretos Fullan (2011) adverte que laquoas estatiacutesticas satildeo um servo maravilhoso mas um mestre terriacutevelraquo (paacuteg 127) e Hargreaves e Shirley (2009) enfatizam a necessidade de colocar a responsabilidade antes da prestaccedilatildeo de contas Sugerem que a prestaccedilatildeo de contas deve laquoservir de consciecircncia por meio de amostragemraquo e que deve ser realizado um ataque laquoaos excessos de padronizaccedilatildeo testada que negam a diversidade e destroem a criatividaderaquo (paacuteg 109) (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 22)

Dentro do projeto MIPIE argumentou-se que a monitorizaccedilatildeo da eficaacutecia dos sistemas de educaccedilatildeo inclusiva tambeacutem incluiria uma anaacutelise da eficaacutecia da formaccedilatildeo de professores (Agecircncia Europeia 2011a) O relatoacuterio do projeto TE4I

Colocar a teoria em praacutetica 31

destaca uma seacuterie de questotildees relacionadas com a disponibilidade de dados nesta aacuterea Relativamente agrave representaccedilatildeo de professores de grupos minoritaacuterios

A maior parte dos paiacuteses que natildeo recolhe dados refere curiosamente uma subshyrepresentaccedilatildeo de pessoas com deficiecircncia e pertencentes a grupos minoritaacuterios entre os professores estagiaacuterios e os professores diplomados e a situaccedilatildeo parece ser idecircntica entre os formadores de professores (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 22)

O relatoacuterio tambeacutem indica a necessidade de dados que levam a mudanccedilas com base em evidecircncias

A falta de investigaccedilatildeo em larga escala e de investigaccedilatildeo cumulativa bem como de evidecircncia empiacuterica na formaccedilatildeo de professores para a inclusatildeo foi referida pela OCDE (2010) hellip esta investigaccedilatildeo poderaacute garantir a existecircncia dum corpo de evidecircncias que possam dar forma agrave mudanccedila No presente relatoacuterio os exemplos realccedilam algumas questotildees-chave da pesquisa incluindo

- A eficaacutecia de diferentes rotas no ensino - Abordagens agrave formaccedilatildeo de professores e ao curriacuteculo da FIP e

- O papel dos cursos separados integrados e unificados e a melhor maneira de passar dum curso contiacutenuo para um uacutenico curso de formaccedilatildeo de professores que prepare todos os professores para a diversidade (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 68)

O projeto MIPIE defende que

A niacutevel da escola a recolha de dados deve

- Fornecer informaccedilatildeo que permitam aos professores e funcionaacuterios da escola planear e prestar o apoio e os recursos adequados

- Fornecer ideias claras sobre a participaccedilatildeo ativa dos pais e alunos no processo educativo (Agecircncia Europeia 2011a paacuteg 13)

Para que isto seja possiacutevel

Satildeo necessaacuterias sinergias a niacutevel nacional entre os principais intervenientes baseadas num claro racional para a recolha de dados considerando os dados a niacutevel nacional regional escola e sala de aula para que os dados globais do paiacutes efetivamente possam refletir a praacutetica (ibid paacuteg 14)

Para concluir a provisatildeo dos dados pode contribuir efetivamente para a elaboraccedilatildeo de poliacuteticas para a educaccedilatildeo inclusiva Haacute uma exigecircncia crescente ndash a niacutevel internacional europeu e nacional ndash para a responsabilidade e tecircm vindo a crescer comparaccedilotildees laquoentre escolasraquo e laquoentre naccedilotildeesraquo O surgimento de laquograndes dadosraquo

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 32

(meta-anaacutelises de conjuntos de dados e fontes combinadas) apresenta oportunidades mas tambeacutem desafios reais para a educaccedilatildeo inclusiva

Os apelos para a poliacutetica e alocaccedilatildeo de recursos baseada em evidecircncias reforccedilam a necessidade de dados significativos relacionados com todos os alunos Eacute necessaacuterio saber que alunos estatildeo a receber que serviccedilos quando e onde (contando todos os alunos) Tambeacutem eacute necessaacuterio ter dados sobre a qualidade dos serviccedilos e os resultados obtidos (considerando a praacutetica)

Um grande desafio para a recolha de dados estaacute em evitar classificar categorizar e rotular os alunos de modo a fornecer informaccedilatildeo sobre a provisatildeo que recebem As laquopluralidadesraquo das definiccedilotildees aplicadas a alunos e a laquopoliacuteticaraquo dos sistemas de rotulagem natildeo podem ser ignoradas nem os efeitos a que esses sistemas de rotulagem e definiccedilotildees conduzem

Fazer as perguntas certas em termos de poliacuteticas eacute o ponto de partida para a recolha de dados que servem de base significativa para as poliacuteticas

Colocar a teoria em praacutetica 33

OLHAR EM FRENTE

O primeiro objetivo da conferecircncia em novembro de 2013 foi refletir e resumir o trabalho da Agecircncia ao longo da uacuteltima deacutecada As cinco mensagens-chave descritas nos capiacutetulos anteriores destacam aspetos criacuteticos no que se refere agrave educaccedilatildeo inclusiva Baseiam-se nos resultados da anaacutelise aprofundada de temas-chave decididos pelos paiacuteses membros da Agecircncia O segundo objetivo da conferecircncia foi olhar em frente explorando a forma como o trabalho da Agecircncia pode prestar um melhor apoio aos paiacuteses membros ajudandoos a melhorar a qualidade e a eficaacutecia das suas respostas inclusivas para alunos com incapacidades eou necessidades educativas especiais A Agecircncia estaacute disposta a ajudar os paiacuteses de uma forma mais concreta com a implementaccedilatildeo dos resultados do nosso trabalho Isso significa disponibilizar recomendaccedilotildees de poliacutetica que sejam mais diretamente aplicaacuteveis aos decisores poliacuteticos para apoiar alteraccedilotildees futuras e desenvolvimentos poliacuteticos

A Agecircncia estaacute consciente de que o trabalho jaacute realizado estaacute de acordo e apoia diretamente todas as iniciativas de poliacuteticas europeias e internacionais em termos de educaccedilatildeo equidade igualdade de oportunidades e direitos para pessoas com incapacidades eou necessidades educativas especiais O trabalho da Agecircncia fornece recomendaccedilotildees claras e coerentes sobre como as poliacuteticas-chave nestas aacutereas podem ser implementadas na praacutetica A Agecircncia pretende proporcionar aos paiacuteses informaccedilatildeo sobre o progresso alcanccedilado nos objetivos propostos em termos de (a) metas de Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo para 2020 e (b) Convenccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiecircncia (2006) bem como vaacuterias diretivas e comunicaccedilotildees da Uniatildeo Europeia Eacute necessaacuteria orientaccedilatildeo sobre o modo como a educaccedilatildeo inclusiva pode ser implementada a niacutevel do professor sala de aula escola regiatildeo municiacutepio e poliacutetica nacional A Agecircncia tem capacidade para disponibilizar aos paiacuteses orientaccedilotildees sobre formas de implementaccedilatildeo da educaccedilatildeo inclusiva e como isto afeta a qualidade geral da educaccedilatildeo As discussotildees durante a conferecircncia bem como as discussotildees aprofundadas no acircmbito da Agecircncia orientaratildeo esta nova etapa no trabalho da Agecircncia

shy

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 34

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 1999 Financing of Special Needs Education ndash A seventeen-country Study of the Relationship between Financing of Special Needs Education and Inclusion [Financiamento da Educaccedilatildeo Especial ndash Um estudo de dezassete paiacuteses da Relaccedilatildeo entre o Financiamento da Educaccedilatildeo Especial e a Inclusatildeo] Middelfart Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2002a Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Princiacutepios-chave e Recomendaccedilotildees para R esponsaacuteveis Poliacuteticos Middelfart Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanagencyorgsitesdefaultfilestransition_transition_pttextpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2002b Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Principais problemas questotildees e opccedilotildees enfrentadas pelos alunos com necessidades educativas especiais em 16 paiacuteses Europeus Relatoacuterio Siacutentese Middelfart Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanagencyorgsitesdefaultfilestransition-from-school-to-employment_Transitionptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2003 Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula Relatoacuterio Siacutentese Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanagencyorgsitesdefaultfilesinclusive-education-and-classroom-practices_iecpptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2005 Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula nos 2ordm e 3ordm Ciclos do Ensino Baacutesico Relatoacuterio Siacutentese Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesinclusive-educationand-classroom-practice-in-secondary-education_iecp_secondary_ptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2006 Planos Individuais de Transiccedilatildeo Apoiar a Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesindividual-transitionplans_itp_ptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

shy

shyshy

shyshy

shy

shy

Colocar a teoria em praacutetica 35

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2009a Diversidade multicultural e necessidades especiais de educaccedilatildeo Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfilesmulticultural-diversity-and-special-needsshyeducation_Multicultural-Diversity-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2009b Princiacutepiosshychave para a Promoccedilatildeo da Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva ndash Recomendaccedilotildees para Decisores Poliacuteticos Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportskeyshyprinciples-for-promoting-quality-in-inclusive-educationkey-principles-PTpdf(Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2010 Intervenccedilatildeo Precoce na Infacircncia ndash Progressos e Desenvolvimentos 2005ndash2010 Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesearly-childhood-interventionshyprogress-and-developments_ECI-report-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011a Mapeamento da Implementaccedilatildeo de Poliacuteticas para a Educaccedilatildeo Inclusiva Uma anaacutelise dos desafios e oportunidades para o desenvolvimento de indicadores Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httphttpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesmipie_MIPIE-summaryshyof-proposals-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011b Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo na Europa ndash Desafios e Oportunidades Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfileste4i-challenges-and-opportunities_TE4I-Synthesis-Report-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011c Princiacutepios-Chave para a Promoccedilatildeo da Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva ndash Recomendaccedilotildees para Decisores Poliacuteticos Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfilesinclusive-education-and-classroom-practices_iecpshyptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011d Participation in Inclusive Education ndash A Framework for Developing Indicators [Participaccedilatildeo na Educaccedilatildeo inclusiva ndash Um Quadro para o Desenvolvimento de Indicadores] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 36

agencyorgpublicationsereportsparticipation-in-inclusive-education-a-frameworkshyfor-developing-indicatorsParticipation-in-Inclusive-Educationpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012a Perspetivas dos Jovens sobre Educaccedilatildeo Inclusiva Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfilesyoung-views-on-inclusive-education_YoungViews-2012PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012b Perfil de Professores Inclusivos Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfileste4i-profile-of-inclusive-teachers_Profile-of-InclusiveshyTeachers-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012c Raising Achievement for All Learners ndash Quality in Inclusive Education [Elevar o Sucesso de Todos os Alunos ndash Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva] Relatoacuterio sobre a conferecircncia realizada em Odense Dinamarca de 13 a 15 de junho de 2012 Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesRA4AL-conference-reportpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014) Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012d Raising Achievement for All Learners ndash Quality in Inclusive Education [Elevar o Sucesso de Todos os Alunos ndash Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httphttpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesra4al-keyshymessages_RA4AL-summary-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012e Promoting Accessible Information for Lifelong Learning Recommendations and findings of the i-access project [Promover o Acesso agrave Informaccedilatildeo para a Aprendizagem ao Longo da Vida Recomendaccedilotildees e observaccedilotildees do projeto i-access] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportsi-accessi-accessshyreportpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012f Vocational Education and Training Policy and Practice in the field of Special Needs Education ndash Literature Review [Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional (EFP) Poliacutetica e Praacutetica no campo da Educaccedilatildeo Especial ndash Revisatildeo da Literatura] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Colocar a teoria em praacutetica 37

agencyorgagency-projectsvocational-education-and-trainingvet-filesVETshyLiteratureReviewpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012g Teacher Education for Inclusion Project Recommendations linked to Sources of Evidence [Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo Recomendaccedilotildees do Projeto Ligadas a Fontes de Evidecircncias] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgagencyshyprojectsTeacher-Education-for-Inclusionsources-of-evidencepdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2013 European and International Policy Supporting ICT for Inclusion [Poliacutetica Europeia e Internacional para Uso das TIC como Apoio para a Inclusatildeo] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfileseuropean-and-internationalshypolicy-supporting-ict-for-inclusion_policy-supporting-ict-for-inclusionpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para as Necessidades Especiais e a Educaccedilatildeo Inclusiva 2014 Vocational Education and Training ndash Summary of Country Information [Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional ndash Resumo de Informaccedilatildeo do Paiacutes] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para as Necessidades Especiais e a Educaccedilatildeo Inclusiva httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesVET Summary of Country information 2014pdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Bennett S e Gallagher TL 2012 The Delivery of Education Services for Students who have an Intellectual Disability in the Province of Ontario [A prestaccedilatildeo de serviccedilos de ensino para alunos com incapacidade intelectual na proviacutencia de Ontaacuterio] Toronto Community Living Ontario

Chapman C Ainscow M Miles S e West M 2011 Leadership that promotes the achievement of students with special educational needs and disabilities [Lideranccedila que promove o sucesso de alunos com necessidades educativas especiais e incapacidades] Nottingham National College for School Leadership

Comissatildeo das Comunidades Europeias 2008 Livro Verde ndash Migraccedilatildeo e mobilidade desafios e oportunidades para os sistemas educativos da UE SEC(2008) 2173 COM20080423 final Bruxelas Comissatildeo das Comunidades Europeias

Conselho da Uniatildeo Europeia 2010 Conclusotildees do Conselho sobre a dimensatildeo social da educaccedilatildeo e da formaccedilatildeo 3013ordf Reuniatildeo do Conselho de EDUCACcedilAtildeO JUVENTUDE E CULTURA Bruxelas 11 de maio de 2010 httpeurshylexeuropaeulegal-contentPTTXTPDFuri=CELEX52010XG0526(01)ampfrom=PT(Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 38

Farrell P Dyson AS Polat F Hutcheson G e Gallannaugh F 2007 laquoSEN inclusion and pupil achievement in English schoolsraquo [Inclusatildeo de crianccedilas com NEE e sucesso dos alunos nas escolas inglesas] Journal of Research in Special Educational Needs 7 (3) 172ndash178

Frilseth L 2012 The Norwegian Model for Education for All in Upper Secondary School [O Modelo Norueguecircs para a Educaccedilatildeo para Todos no Ensino Secundaacuterio] Direccedilatildeo Norueguesa para Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo httpwwweuropeanshyagencyorgagency-projectsra4alra4al-seminar-pdfNorway-L-Frilsethpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Fullan M 2011 Change Leader Learning to do what matters most [Liacuteder de Mudanccedila aprender a fazer o que mais importa] San Francisco Jossey-Bass de Graaf G van Hove G e Haveman M 2011 laquoMore academics in regular schools The effect of regular versus special school placement on academic skills in Dutch primary school students with Down syndromeraquo [Mais acadeacutemicos nas escolas regulares O efeito da colocaccedilatildeo em escola regular versus escola especial nas competecircncias acadeacutemicas em alunos holandeses do ensino primaacuterio com siacutendrome de Down] Journal of International Disability Research December 2011 57(1) 21ndash38 doi 101111j1365-2788201101512x

Hargreaves A e Shirley D 2009 The Fourth Way ndash The inspiring future for educational change [A Quarta Via ndash O futuro inspirador para a mudanccedila educativa] Publicaccedilatildeo conjunta do Ontario Principalsrsquo Council e do National Staff Development Council Thousand Oaks CA Corwin Press

Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO e Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011 ICTs in Education for People with Disabilities Review de innovative practice [TIC na Educaccedilatildeo para Pessoas com Incapacidades revisatildeo da praacutetica inovadora] Moscovo Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO httpwwweuropeanshyagencyorgpublicationsereportsICTs-in-Education-for-People-WithshyDisabilitiesReview-of-Innovative-Practice (Uacuteltimo acesso em julho de 2014) Kalambouka A Farrell P Dyson A e Kaplan I 2005 The impact of population inclusivity in schools on student outcomes [O impacto da inclusividade da populaccedilatildeo em escolas nos resultados dos alunos] Research Evidence in Education Library London EPPI-Centre Social Science Research Unit Institute of Education University of London Kyriazopoulou M e Weber H (eds) 2009 Desenvolvimento de um conjunto de indicadores ndash para a educaccedilatildeo inclusiva na Europa Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Colocar a teoria em praacutetica 39

agencyorgsitesdefaultfilesdevelopment-of-a-set-of-indicators-for-inclusiveshyeducation-in-europe_indicators-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

MacArthur J 2009 Learning Better Together Working towards inclusive education in New Zealand schools [Aprender Melhor Juntos trabalhar para a educaccedilatildeo inclusiva nas escolas da Nova Zelacircndia] Wellington IHC

MacArthur J Kelly B Sharp S amp Gaffney M 2005 Participation or exclusion Disabled childrenrsquos experiences of life at school [Participaccedilatildeo ou exclusatildeo Experiecircncias de vida na escola de crianccedilas com incapacidades] Um artigo apresentado na laquoChildrenrsquos Issues Conferenceraquo Dunedin Nova Zelacircndia julho de 2005 Menter I Hulme M Elliott D e Lewin J 2010 Literature Review on Teacher Education in the 21st Century [Revisatildeo da Literatura sobre a Formaccedilatildeo de Professores no Seacuteculo XXI] Scottish Government Social Research Edimburgo Scottish Government

Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para a Educaccedilatildeo Ciecircncia e Cultura 2009 Policy Guidelines on Inclusion in Education [Diretrizes da Poliacutetica sobre Inclusatildeo na Educaccedilatildeo] Paris UNESCO

Organizaccedilatildeo Mundial de SauacutedeBanco Mundial 2011 World Report on Disability [Relatoacuterio Mundial sobre Deficiecircncia] Genebra Ediccedilotildees OMS httpwwwwhointdisabilitiesworld_report2011enindexhtml (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Organizaccedilatildeo para a Cooperaccedilatildeo e Desenvolvimento Econoacutemico 2011 PISA in Focus Improving Performance Leading from the Bottom [PISA agrave Lupa Melhorar os Resultados Progedir ateacute ao Topo] 20112 (Marccedilo) Paris OCDE Redley M 2009 laquoUnderstanding the social exclusion and stalled welfare of citizens with learning disabilitiesraquo [Compreender a exclusatildeo social e o bem-estar sem progresso dos cidadatildeos com dificuldades de aprendizagem] Disability amp Society 24(4) 489ndash501

Naccedilotildees Unidas 2006 Convenccedilatildeo sobre os Direitos das Pessoas com Deficiecircncia Nova Iorque Naccedilotildees Unidas

Watkins A (ed) 2007 Assessment in Inclusive Settings Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos Questotildees-chave para Poliacuteticas e Praacuteticas Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportsassessment-in-inclusiveshysettings-key-issues-for-policy-and-practiceassessment-in-inclusive-settings-keyshyissues-for-policy-and-practice (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 40

Wilkinson R e Pickett K 2010 The Spirit Level Why Equality is Better para Everyone [O Niacutevel do Espiacuterito Por que a Igualdade eacute Melhor para Todos] Londres Penguin

Willms JD 2006 Learning divides Ten policy questions about the performance and equity of schools and schooling systems [A aprendizagem divide dez perguntas de poliacutetica acerca do desempenho e equidade das escolas e dos sistemas de escolaridade] Montreal Instituto de Estatiacutestica da UNESCO

Colocar a teoria em praacutetica 41

  • preacircmbulo
  • Sumaacuterio Executivo
  • O mais precocemente possiacutevel
    • Introduccedilatildeo
    • Intervenccedilatildeo precoce
    • Deteccedilatildeo e avaliaccedilatildeo precoces
    • Apoio precoce
    • Transiccedilatildeo planeada
      • A educaccedilatildeo inclusiva beneficia todos
        • Introduccedilatildeo
        • A educaccedilatildeo inclusiva como uma abordagem para elevar o sucesso para todos os alunos
        • laquoO que eacute bom para os alunos com NEE eacute igualmente bom para todos os alunosraquo
        • Monitorizaccedilatildeo do progresso
          • profissionais altamente qualificados
            • Introduccedilatildeo
            • Formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo
            • O perfil dos professores inclusivos e outros profissionais
            • Abordagens ao recrutamento
            • Atitudes positivas
            • Trabalho em rede e coordenaccedilatildeo
              • sistemas de apoio e mecanismos de financiamento
                • Introduccedilatildeo
                • Sistemas de apoio e mecanismos de financiamento
                  • Intervenccedilatildeo Precoce na Infacircncia (IPI)
                  • Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula
                  • Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional (EFP)
                  • Tecnologias de Informaccedilatildeo e Comunicaccedilatildeo (TIC)
                      • dados fiaacuteveis
                        • Introduccedilatildeo
                        • Monitorizaccedilatildeo dos direitos dos alunos
                          • (i) Participaccedilatildeo na educaccedilatildeo e formaccedilatildeo
                          • (ii) Acesso ao apoio e agrave adaptaccedilatildeo
                          • (iii) Oportunidades para o sucesso na aprendizagem e na transiccedilatildeo
                          • (iv) Oportunidades de integraccedilatildeo
                            • Monitorizaccedilatildeo da eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusiva
                              • olhar em frente
                              • REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

ou a alunos com NEE e de origem imigrante a niacutevel nacional ou local (Agecircncia Europeia 2009a paacuteg 30)

Monitorizaccedilatildeo da eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusiva

Dados que examinam a eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusiva tecircm em conta questotildees de custo-eficaacutecia bem como diversas aacutereas relacionadas com as experiecircncias de educaccedilatildeo dos alunos procedimentos de avaliaccedilatildeo inicial o envolvimento contiacutenuo dos alunos e das suas famiacutelias em experiecircncias educativas e a eficaacutecia de ambientes de aprendizagem na superaccedilatildeo das barreiras e apoio de experiecircncias de aprendizagem significativas para todos os alunos

O estudo da Agecircncia relativo ao Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos realccedila que eacute necessaacuterio apoiar as escolas com

hellip aconselhamento sobre como pode ser usada a informaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo ndash particularmente a da avaliaccedilatildeo estandardizada recolhida para fins de monitorizaccedilatildeo nacional ndash para melhorar as praacuteticas com todos os alunos incluindo os que apresentam NEE (Watkins 2007 paacuteg 60)

O relatoacuterio designado Elevar o Sucesso de Todos os Alunos defende que

Para avanccedilar para uma maior equidade na educaccedilatildeo satildeo necessaacuterios indicadores de sucesso adequados agrave comunidade local focalizados no input recursos processos e outputresultados Embora a informaccedilatildeo (incluindo dados) deva ser usada para direcionar o apoio e acompanhar o sucesso de poliacuteticas e praacuteticas inclusivas eacute necessaacuterio cuidado para que os sistemas de responsabilidade natildeo causem inadvertidamente alteraccedilotildees inadequadas (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 22)

Este estudo destaca potenciais dificuldades inerentes

No clima atual o desenvolvimento de mecanismos de responsabilidade adequados e de formas de medir o sucesso valorizado e monitorizar a equidade apresentam muitos desafios Apesar da procura de dados concretos Fullan (2011) adverte que laquoas estatiacutesticas satildeo um servo maravilhoso mas um mestre terriacutevelraquo (paacuteg 127) e Hargreaves e Shirley (2009) enfatizam a necessidade de colocar a responsabilidade antes da prestaccedilatildeo de contas Sugerem que a prestaccedilatildeo de contas deve laquoservir de consciecircncia por meio de amostragemraquo e que deve ser realizado um ataque laquoaos excessos de padronizaccedilatildeo testada que negam a diversidade e destroem a criatividaderaquo (paacuteg 109) (Agecircncia Europeia 2012d paacuteg 22)

Dentro do projeto MIPIE argumentou-se que a monitorizaccedilatildeo da eficaacutecia dos sistemas de educaccedilatildeo inclusiva tambeacutem incluiria uma anaacutelise da eficaacutecia da formaccedilatildeo de professores (Agecircncia Europeia 2011a) O relatoacuterio do projeto TE4I

Colocar a teoria em praacutetica 31

destaca uma seacuterie de questotildees relacionadas com a disponibilidade de dados nesta aacuterea Relativamente agrave representaccedilatildeo de professores de grupos minoritaacuterios

A maior parte dos paiacuteses que natildeo recolhe dados refere curiosamente uma subshyrepresentaccedilatildeo de pessoas com deficiecircncia e pertencentes a grupos minoritaacuterios entre os professores estagiaacuterios e os professores diplomados e a situaccedilatildeo parece ser idecircntica entre os formadores de professores (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 22)

O relatoacuterio tambeacutem indica a necessidade de dados que levam a mudanccedilas com base em evidecircncias

A falta de investigaccedilatildeo em larga escala e de investigaccedilatildeo cumulativa bem como de evidecircncia empiacuterica na formaccedilatildeo de professores para a inclusatildeo foi referida pela OCDE (2010) hellip esta investigaccedilatildeo poderaacute garantir a existecircncia dum corpo de evidecircncias que possam dar forma agrave mudanccedila No presente relatoacuterio os exemplos realccedilam algumas questotildees-chave da pesquisa incluindo

- A eficaacutecia de diferentes rotas no ensino - Abordagens agrave formaccedilatildeo de professores e ao curriacuteculo da FIP e

- O papel dos cursos separados integrados e unificados e a melhor maneira de passar dum curso contiacutenuo para um uacutenico curso de formaccedilatildeo de professores que prepare todos os professores para a diversidade (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 68)

O projeto MIPIE defende que

A niacutevel da escola a recolha de dados deve

- Fornecer informaccedilatildeo que permitam aos professores e funcionaacuterios da escola planear e prestar o apoio e os recursos adequados

- Fornecer ideias claras sobre a participaccedilatildeo ativa dos pais e alunos no processo educativo (Agecircncia Europeia 2011a paacuteg 13)

Para que isto seja possiacutevel

Satildeo necessaacuterias sinergias a niacutevel nacional entre os principais intervenientes baseadas num claro racional para a recolha de dados considerando os dados a niacutevel nacional regional escola e sala de aula para que os dados globais do paiacutes efetivamente possam refletir a praacutetica (ibid paacuteg 14)

Para concluir a provisatildeo dos dados pode contribuir efetivamente para a elaboraccedilatildeo de poliacuteticas para a educaccedilatildeo inclusiva Haacute uma exigecircncia crescente ndash a niacutevel internacional europeu e nacional ndash para a responsabilidade e tecircm vindo a crescer comparaccedilotildees laquoentre escolasraquo e laquoentre naccedilotildeesraquo O surgimento de laquograndes dadosraquo

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 32

(meta-anaacutelises de conjuntos de dados e fontes combinadas) apresenta oportunidades mas tambeacutem desafios reais para a educaccedilatildeo inclusiva

Os apelos para a poliacutetica e alocaccedilatildeo de recursos baseada em evidecircncias reforccedilam a necessidade de dados significativos relacionados com todos os alunos Eacute necessaacuterio saber que alunos estatildeo a receber que serviccedilos quando e onde (contando todos os alunos) Tambeacutem eacute necessaacuterio ter dados sobre a qualidade dos serviccedilos e os resultados obtidos (considerando a praacutetica)

Um grande desafio para a recolha de dados estaacute em evitar classificar categorizar e rotular os alunos de modo a fornecer informaccedilatildeo sobre a provisatildeo que recebem As laquopluralidadesraquo das definiccedilotildees aplicadas a alunos e a laquopoliacuteticaraquo dos sistemas de rotulagem natildeo podem ser ignoradas nem os efeitos a que esses sistemas de rotulagem e definiccedilotildees conduzem

Fazer as perguntas certas em termos de poliacuteticas eacute o ponto de partida para a recolha de dados que servem de base significativa para as poliacuteticas

Colocar a teoria em praacutetica 33

OLHAR EM FRENTE

O primeiro objetivo da conferecircncia em novembro de 2013 foi refletir e resumir o trabalho da Agecircncia ao longo da uacuteltima deacutecada As cinco mensagens-chave descritas nos capiacutetulos anteriores destacam aspetos criacuteticos no que se refere agrave educaccedilatildeo inclusiva Baseiam-se nos resultados da anaacutelise aprofundada de temas-chave decididos pelos paiacuteses membros da Agecircncia O segundo objetivo da conferecircncia foi olhar em frente explorando a forma como o trabalho da Agecircncia pode prestar um melhor apoio aos paiacuteses membros ajudandoos a melhorar a qualidade e a eficaacutecia das suas respostas inclusivas para alunos com incapacidades eou necessidades educativas especiais A Agecircncia estaacute disposta a ajudar os paiacuteses de uma forma mais concreta com a implementaccedilatildeo dos resultados do nosso trabalho Isso significa disponibilizar recomendaccedilotildees de poliacutetica que sejam mais diretamente aplicaacuteveis aos decisores poliacuteticos para apoiar alteraccedilotildees futuras e desenvolvimentos poliacuteticos

A Agecircncia estaacute consciente de que o trabalho jaacute realizado estaacute de acordo e apoia diretamente todas as iniciativas de poliacuteticas europeias e internacionais em termos de educaccedilatildeo equidade igualdade de oportunidades e direitos para pessoas com incapacidades eou necessidades educativas especiais O trabalho da Agecircncia fornece recomendaccedilotildees claras e coerentes sobre como as poliacuteticas-chave nestas aacutereas podem ser implementadas na praacutetica A Agecircncia pretende proporcionar aos paiacuteses informaccedilatildeo sobre o progresso alcanccedilado nos objetivos propostos em termos de (a) metas de Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo para 2020 e (b) Convenccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiecircncia (2006) bem como vaacuterias diretivas e comunicaccedilotildees da Uniatildeo Europeia Eacute necessaacuteria orientaccedilatildeo sobre o modo como a educaccedilatildeo inclusiva pode ser implementada a niacutevel do professor sala de aula escola regiatildeo municiacutepio e poliacutetica nacional A Agecircncia tem capacidade para disponibilizar aos paiacuteses orientaccedilotildees sobre formas de implementaccedilatildeo da educaccedilatildeo inclusiva e como isto afeta a qualidade geral da educaccedilatildeo As discussotildees durante a conferecircncia bem como as discussotildees aprofundadas no acircmbito da Agecircncia orientaratildeo esta nova etapa no trabalho da Agecircncia

shy

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 34

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 1999 Financing of Special Needs Education ndash A seventeen-country Study of the Relationship between Financing of Special Needs Education and Inclusion [Financiamento da Educaccedilatildeo Especial ndash Um estudo de dezassete paiacuteses da Relaccedilatildeo entre o Financiamento da Educaccedilatildeo Especial e a Inclusatildeo] Middelfart Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2002a Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Princiacutepios-chave e Recomendaccedilotildees para R esponsaacuteveis Poliacuteticos Middelfart Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanagencyorgsitesdefaultfilestransition_transition_pttextpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2002b Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Principais problemas questotildees e opccedilotildees enfrentadas pelos alunos com necessidades educativas especiais em 16 paiacuteses Europeus Relatoacuterio Siacutentese Middelfart Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanagencyorgsitesdefaultfilestransition-from-school-to-employment_Transitionptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2003 Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula Relatoacuterio Siacutentese Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanagencyorgsitesdefaultfilesinclusive-education-and-classroom-practices_iecpptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2005 Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula nos 2ordm e 3ordm Ciclos do Ensino Baacutesico Relatoacuterio Siacutentese Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesinclusive-educationand-classroom-practice-in-secondary-education_iecp_secondary_ptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2006 Planos Individuais de Transiccedilatildeo Apoiar a Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesindividual-transitionplans_itp_ptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

shy

shyshy

shyshy

shy

shy

Colocar a teoria em praacutetica 35

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2009a Diversidade multicultural e necessidades especiais de educaccedilatildeo Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfilesmulticultural-diversity-and-special-needsshyeducation_Multicultural-Diversity-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2009b Princiacutepiosshychave para a Promoccedilatildeo da Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva ndash Recomendaccedilotildees para Decisores Poliacuteticos Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportskeyshyprinciples-for-promoting-quality-in-inclusive-educationkey-principles-PTpdf(Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2010 Intervenccedilatildeo Precoce na Infacircncia ndash Progressos e Desenvolvimentos 2005ndash2010 Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesearly-childhood-interventionshyprogress-and-developments_ECI-report-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011a Mapeamento da Implementaccedilatildeo de Poliacuteticas para a Educaccedilatildeo Inclusiva Uma anaacutelise dos desafios e oportunidades para o desenvolvimento de indicadores Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httphttpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesmipie_MIPIE-summaryshyof-proposals-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011b Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo na Europa ndash Desafios e Oportunidades Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfileste4i-challenges-and-opportunities_TE4I-Synthesis-Report-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011c Princiacutepios-Chave para a Promoccedilatildeo da Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva ndash Recomendaccedilotildees para Decisores Poliacuteticos Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfilesinclusive-education-and-classroom-practices_iecpshyptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011d Participation in Inclusive Education ndash A Framework for Developing Indicators [Participaccedilatildeo na Educaccedilatildeo inclusiva ndash Um Quadro para o Desenvolvimento de Indicadores] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 36

agencyorgpublicationsereportsparticipation-in-inclusive-education-a-frameworkshyfor-developing-indicatorsParticipation-in-Inclusive-Educationpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012a Perspetivas dos Jovens sobre Educaccedilatildeo Inclusiva Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfilesyoung-views-on-inclusive-education_YoungViews-2012PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012b Perfil de Professores Inclusivos Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfileste4i-profile-of-inclusive-teachers_Profile-of-InclusiveshyTeachers-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012c Raising Achievement for All Learners ndash Quality in Inclusive Education [Elevar o Sucesso de Todos os Alunos ndash Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva] Relatoacuterio sobre a conferecircncia realizada em Odense Dinamarca de 13 a 15 de junho de 2012 Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesRA4AL-conference-reportpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014) Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012d Raising Achievement for All Learners ndash Quality in Inclusive Education [Elevar o Sucesso de Todos os Alunos ndash Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httphttpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesra4al-keyshymessages_RA4AL-summary-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012e Promoting Accessible Information for Lifelong Learning Recommendations and findings of the i-access project [Promover o Acesso agrave Informaccedilatildeo para a Aprendizagem ao Longo da Vida Recomendaccedilotildees e observaccedilotildees do projeto i-access] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportsi-accessi-accessshyreportpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012f Vocational Education and Training Policy and Practice in the field of Special Needs Education ndash Literature Review [Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional (EFP) Poliacutetica e Praacutetica no campo da Educaccedilatildeo Especial ndash Revisatildeo da Literatura] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Colocar a teoria em praacutetica 37

agencyorgagency-projectsvocational-education-and-trainingvet-filesVETshyLiteratureReviewpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012g Teacher Education for Inclusion Project Recommendations linked to Sources of Evidence [Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo Recomendaccedilotildees do Projeto Ligadas a Fontes de Evidecircncias] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgagencyshyprojectsTeacher-Education-for-Inclusionsources-of-evidencepdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2013 European and International Policy Supporting ICT for Inclusion [Poliacutetica Europeia e Internacional para Uso das TIC como Apoio para a Inclusatildeo] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfileseuropean-and-internationalshypolicy-supporting-ict-for-inclusion_policy-supporting-ict-for-inclusionpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para as Necessidades Especiais e a Educaccedilatildeo Inclusiva 2014 Vocational Education and Training ndash Summary of Country Information [Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional ndash Resumo de Informaccedilatildeo do Paiacutes] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para as Necessidades Especiais e a Educaccedilatildeo Inclusiva httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesVET Summary of Country information 2014pdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Bennett S e Gallagher TL 2012 The Delivery of Education Services for Students who have an Intellectual Disability in the Province of Ontario [A prestaccedilatildeo de serviccedilos de ensino para alunos com incapacidade intelectual na proviacutencia de Ontaacuterio] Toronto Community Living Ontario

Chapman C Ainscow M Miles S e West M 2011 Leadership that promotes the achievement of students with special educational needs and disabilities [Lideranccedila que promove o sucesso de alunos com necessidades educativas especiais e incapacidades] Nottingham National College for School Leadership

Comissatildeo das Comunidades Europeias 2008 Livro Verde ndash Migraccedilatildeo e mobilidade desafios e oportunidades para os sistemas educativos da UE SEC(2008) 2173 COM20080423 final Bruxelas Comissatildeo das Comunidades Europeias

Conselho da Uniatildeo Europeia 2010 Conclusotildees do Conselho sobre a dimensatildeo social da educaccedilatildeo e da formaccedilatildeo 3013ordf Reuniatildeo do Conselho de EDUCACcedilAtildeO JUVENTUDE E CULTURA Bruxelas 11 de maio de 2010 httpeurshylexeuropaeulegal-contentPTTXTPDFuri=CELEX52010XG0526(01)ampfrom=PT(Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 38

Farrell P Dyson AS Polat F Hutcheson G e Gallannaugh F 2007 laquoSEN inclusion and pupil achievement in English schoolsraquo [Inclusatildeo de crianccedilas com NEE e sucesso dos alunos nas escolas inglesas] Journal of Research in Special Educational Needs 7 (3) 172ndash178

Frilseth L 2012 The Norwegian Model for Education for All in Upper Secondary School [O Modelo Norueguecircs para a Educaccedilatildeo para Todos no Ensino Secundaacuterio] Direccedilatildeo Norueguesa para Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo httpwwweuropeanshyagencyorgagency-projectsra4alra4al-seminar-pdfNorway-L-Frilsethpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Fullan M 2011 Change Leader Learning to do what matters most [Liacuteder de Mudanccedila aprender a fazer o que mais importa] San Francisco Jossey-Bass de Graaf G van Hove G e Haveman M 2011 laquoMore academics in regular schools The effect of regular versus special school placement on academic skills in Dutch primary school students with Down syndromeraquo [Mais acadeacutemicos nas escolas regulares O efeito da colocaccedilatildeo em escola regular versus escola especial nas competecircncias acadeacutemicas em alunos holandeses do ensino primaacuterio com siacutendrome de Down] Journal of International Disability Research December 2011 57(1) 21ndash38 doi 101111j1365-2788201101512x

Hargreaves A e Shirley D 2009 The Fourth Way ndash The inspiring future for educational change [A Quarta Via ndash O futuro inspirador para a mudanccedila educativa] Publicaccedilatildeo conjunta do Ontario Principalsrsquo Council e do National Staff Development Council Thousand Oaks CA Corwin Press

Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO e Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011 ICTs in Education for People with Disabilities Review de innovative practice [TIC na Educaccedilatildeo para Pessoas com Incapacidades revisatildeo da praacutetica inovadora] Moscovo Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO httpwwweuropeanshyagencyorgpublicationsereportsICTs-in-Education-for-People-WithshyDisabilitiesReview-of-Innovative-Practice (Uacuteltimo acesso em julho de 2014) Kalambouka A Farrell P Dyson A e Kaplan I 2005 The impact of population inclusivity in schools on student outcomes [O impacto da inclusividade da populaccedilatildeo em escolas nos resultados dos alunos] Research Evidence in Education Library London EPPI-Centre Social Science Research Unit Institute of Education University of London Kyriazopoulou M e Weber H (eds) 2009 Desenvolvimento de um conjunto de indicadores ndash para a educaccedilatildeo inclusiva na Europa Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Colocar a teoria em praacutetica 39

agencyorgsitesdefaultfilesdevelopment-of-a-set-of-indicators-for-inclusiveshyeducation-in-europe_indicators-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

MacArthur J 2009 Learning Better Together Working towards inclusive education in New Zealand schools [Aprender Melhor Juntos trabalhar para a educaccedilatildeo inclusiva nas escolas da Nova Zelacircndia] Wellington IHC

MacArthur J Kelly B Sharp S amp Gaffney M 2005 Participation or exclusion Disabled childrenrsquos experiences of life at school [Participaccedilatildeo ou exclusatildeo Experiecircncias de vida na escola de crianccedilas com incapacidades] Um artigo apresentado na laquoChildrenrsquos Issues Conferenceraquo Dunedin Nova Zelacircndia julho de 2005 Menter I Hulme M Elliott D e Lewin J 2010 Literature Review on Teacher Education in the 21st Century [Revisatildeo da Literatura sobre a Formaccedilatildeo de Professores no Seacuteculo XXI] Scottish Government Social Research Edimburgo Scottish Government

Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para a Educaccedilatildeo Ciecircncia e Cultura 2009 Policy Guidelines on Inclusion in Education [Diretrizes da Poliacutetica sobre Inclusatildeo na Educaccedilatildeo] Paris UNESCO

Organizaccedilatildeo Mundial de SauacutedeBanco Mundial 2011 World Report on Disability [Relatoacuterio Mundial sobre Deficiecircncia] Genebra Ediccedilotildees OMS httpwwwwhointdisabilitiesworld_report2011enindexhtml (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Organizaccedilatildeo para a Cooperaccedilatildeo e Desenvolvimento Econoacutemico 2011 PISA in Focus Improving Performance Leading from the Bottom [PISA agrave Lupa Melhorar os Resultados Progedir ateacute ao Topo] 20112 (Marccedilo) Paris OCDE Redley M 2009 laquoUnderstanding the social exclusion and stalled welfare of citizens with learning disabilitiesraquo [Compreender a exclusatildeo social e o bem-estar sem progresso dos cidadatildeos com dificuldades de aprendizagem] Disability amp Society 24(4) 489ndash501

Naccedilotildees Unidas 2006 Convenccedilatildeo sobre os Direitos das Pessoas com Deficiecircncia Nova Iorque Naccedilotildees Unidas

Watkins A (ed) 2007 Assessment in Inclusive Settings Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos Questotildees-chave para Poliacuteticas e Praacuteticas Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportsassessment-in-inclusiveshysettings-key-issues-for-policy-and-practiceassessment-in-inclusive-settings-keyshyissues-for-policy-and-practice (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 40

Wilkinson R e Pickett K 2010 The Spirit Level Why Equality is Better para Everyone [O Niacutevel do Espiacuterito Por que a Igualdade eacute Melhor para Todos] Londres Penguin

Willms JD 2006 Learning divides Ten policy questions about the performance and equity of schools and schooling systems [A aprendizagem divide dez perguntas de poliacutetica acerca do desempenho e equidade das escolas e dos sistemas de escolaridade] Montreal Instituto de Estatiacutestica da UNESCO

Colocar a teoria em praacutetica 41

  • preacircmbulo
  • Sumaacuterio Executivo
  • O mais precocemente possiacutevel
    • Introduccedilatildeo
    • Intervenccedilatildeo precoce
    • Deteccedilatildeo e avaliaccedilatildeo precoces
    • Apoio precoce
    • Transiccedilatildeo planeada
      • A educaccedilatildeo inclusiva beneficia todos
        • Introduccedilatildeo
        • A educaccedilatildeo inclusiva como uma abordagem para elevar o sucesso para todos os alunos
        • laquoO que eacute bom para os alunos com NEE eacute igualmente bom para todos os alunosraquo
        • Monitorizaccedilatildeo do progresso
          • profissionais altamente qualificados
            • Introduccedilatildeo
            • Formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo
            • O perfil dos professores inclusivos e outros profissionais
            • Abordagens ao recrutamento
            • Atitudes positivas
            • Trabalho em rede e coordenaccedilatildeo
              • sistemas de apoio e mecanismos de financiamento
                • Introduccedilatildeo
                • Sistemas de apoio e mecanismos de financiamento
                  • Intervenccedilatildeo Precoce na Infacircncia (IPI)
                  • Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula
                  • Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional (EFP)
                  • Tecnologias de Informaccedilatildeo e Comunicaccedilatildeo (TIC)
                      • dados fiaacuteveis
                        • Introduccedilatildeo
                        • Monitorizaccedilatildeo dos direitos dos alunos
                          • (i) Participaccedilatildeo na educaccedilatildeo e formaccedilatildeo
                          • (ii) Acesso ao apoio e agrave adaptaccedilatildeo
                          • (iii) Oportunidades para o sucesso na aprendizagem e na transiccedilatildeo
                          • (iv) Oportunidades de integraccedilatildeo
                            • Monitorizaccedilatildeo da eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusiva
                              • olhar em frente
                              • REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

destaca uma seacuterie de questotildees relacionadas com a disponibilidade de dados nesta aacuterea Relativamente agrave representaccedilatildeo de professores de grupos minoritaacuterios

A maior parte dos paiacuteses que natildeo recolhe dados refere curiosamente uma subshyrepresentaccedilatildeo de pessoas com deficiecircncia e pertencentes a grupos minoritaacuterios entre os professores estagiaacuterios e os professores diplomados e a situaccedilatildeo parece ser idecircntica entre os formadores de professores (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 22)

O relatoacuterio tambeacutem indica a necessidade de dados que levam a mudanccedilas com base em evidecircncias

A falta de investigaccedilatildeo em larga escala e de investigaccedilatildeo cumulativa bem como de evidecircncia empiacuterica na formaccedilatildeo de professores para a inclusatildeo foi referida pela OCDE (2010) hellip esta investigaccedilatildeo poderaacute garantir a existecircncia dum corpo de evidecircncias que possam dar forma agrave mudanccedila No presente relatoacuterio os exemplos realccedilam algumas questotildees-chave da pesquisa incluindo

- A eficaacutecia de diferentes rotas no ensino - Abordagens agrave formaccedilatildeo de professores e ao curriacuteculo da FIP e

- O papel dos cursos separados integrados e unificados e a melhor maneira de passar dum curso contiacutenuo para um uacutenico curso de formaccedilatildeo de professores que prepare todos os professores para a diversidade (Agecircncia Europeia 2011b paacuteg 68)

O projeto MIPIE defende que

A niacutevel da escola a recolha de dados deve

- Fornecer informaccedilatildeo que permitam aos professores e funcionaacuterios da escola planear e prestar o apoio e os recursos adequados

- Fornecer ideias claras sobre a participaccedilatildeo ativa dos pais e alunos no processo educativo (Agecircncia Europeia 2011a paacuteg 13)

Para que isto seja possiacutevel

Satildeo necessaacuterias sinergias a niacutevel nacional entre os principais intervenientes baseadas num claro racional para a recolha de dados considerando os dados a niacutevel nacional regional escola e sala de aula para que os dados globais do paiacutes efetivamente possam refletir a praacutetica (ibid paacuteg 14)

Para concluir a provisatildeo dos dados pode contribuir efetivamente para a elaboraccedilatildeo de poliacuteticas para a educaccedilatildeo inclusiva Haacute uma exigecircncia crescente ndash a niacutevel internacional europeu e nacional ndash para a responsabilidade e tecircm vindo a crescer comparaccedilotildees laquoentre escolasraquo e laquoentre naccedilotildeesraquo O surgimento de laquograndes dadosraquo

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 32

(meta-anaacutelises de conjuntos de dados e fontes combinadas) apresenta oportunidades mas tambeacutem desafios reais para a educaccedilatildeo inclusiva

Os apelos para a poliacutetica e alocaccedilatildeo de recursos baseada em evidecircncias reforccedilam a necessidade de dados significativos relacionados com todos os alunos Eacute necessaacuterio saber que alunos estatildeo a receber que serviccedilos quando e onde (contando todos os alunos) Tambeacutem eacute necessaacuterio ter dados sobre a qualidade dos serviccedilos e os resultados obtidos (considerando a praacutetica)

Um grande desafio para a recolha de dados estaacute em evitar classificar categorizar e rotular os alunos de modo a fornecer informaccedilatildeo sobre a provisatildeo que recebem As laquopluralidadesraquo das definiccedilotildees aplicadas a alunos e a laquopoliacuteticaraquo dos sistemas de rotulagem natildeo podem ser ignoradas nem os efeitos a que esses sistemas de rotulagem e definiccedilotildees conduzem

Fazer as perguntas certas em termos de poliacuteticas eacute o ponto de partida para a recolha de dados que servem de base significativa para as poliacuteticas

Colocar a teoria em praacutetica 33

OLHAR EM FRENTE

O primeiro objetivo da conferecircncia em novembro de 2013 foi refletir e resumir o trabalho da Agecircncia ao longo da uacuteltima deacutecada As cinco mensagens-chave descritas nos capiacutetulos anteriores destacam aspetos criacuteticos no que se refere agrave educaccedilatildeo inclusiva Baseiam-se nos resultados da anaacutelise aprofundada de temas-chave decididos pelos paiacuteses membros da Agecircncia O segundo objetivo da conferecircncia foi olhar em frente explorando a forma como o trabalho da Agecircncia pode prestar um melhor apoio aos paiacuteses membros ajudandoos a melhorar a qualidade e a eficaacutecia das suas respostas inclusivas para alunos com incapacidades eou necessidades educativas especiais A Agecircncia estaacute disposta a ajudar os paiacuteses de uma forma mais concreta com a implementaccedilatildeo dos resultados do nosso trabalho Isso significa disponibilizar recomendaccedilotildees de poliacutetica que sejam mais diretamente aplicaacuteveis aos decisores poliacuteticos para apoiar alteraccedilotildees futuras e desenvolvimentos poliacuteticos

A Agecircncia estaacute consciente de que o trabalho jaacute realizado estaacute de acordo e apoia diretamente todas as iniciativas de poliacuteticas europeias e internacionais em termos de educaccedilatildeo equidade igualdade de oportunidades e direitos para pessoas com incapacidades eou necessidades educativas especiais O trabalho da Agecircncia fornece recomendaccedilotildees claras e coerentes sobre como as poliacuteticas-chave nestas aacutereas podem ser implementadas na praacutetica A Agecircncia pretende proporcionar aos paiacuteses informaccedilatildeo sobre o progresso alcanccedilado nos objetivos propostos em termos de (a) metas de Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo para 2020 e (b) Convenccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiecircncia (2006) bem como vaacuterias diretivas e comunicaccedilotildees da Uniatildeo Europeia Eacute necessaacuteria orientaccedilatildeo sobre o modo como a educaccedilatildeo inclusiva pode ser implementada a niacutevel do professor sala de aula escola regiatildeo municiacutepio e poliacutetica nacional A Agecircncia tem capacidade para disponibilizar aos paiacuteses orientaccedilotildees sobre formas de implementaccedilatildeo da educaccedilatildeo inclusiva e como isto afeta a qualidade geral da educaccedilatildeo As discussotildees durante a conferecircncia bem como as discussotildees aprofundadas no acircmbito da Agecircncia orientaratildeo esta nova etapa no trabalho da Agecircncia

shy

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 34

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 1999 Financing of Special Needs Education ndash A seventeen-country Study of the Relationship between Financing of Special Needs Education and Inclusion [Financiamento da Educaccedilatildeo Especial ndash Um estudo de dezassete paiacuteses da Relaccedilatildeo entre o Financiamento da Educaccedilatildeo Especial e a Inclusatildeo] Middelfart Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2002a Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Princiacutepios-chave e Recomendaccedilotildees para R esponsaacuteveis Poliacuteticos Middelfart Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanagencyorgsitesdefaultfilestransition_transition_pttextpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2002b Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Principais problemas questotildees e opccedilotildees enfrentadas pelos alunos com necessidades educativas especiais em 16 paiacuteses Europeus Relatoacuterio Siacutentese Middelfart Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanagencyorgsitesdefaultfilestransition-from-school-to-employment_Transitionptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2003 Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula Relatoacuterio Siacutentese Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanagencyorgsitesdefaultfilesinclusive-education-and-classroom-practices_iecpptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2005 Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula nos 2ordm e 3ordm Ciclos do Ensino Baacutesico Relatoacuterio Siacutentese Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesinclusive-educationand-classroom-practice-in-secondary-education_iecp_secondary_ptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2006 Planos Individuais de Transiccedilatildeo Apoiar a Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesindividual-transitionplans_itp_ptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

shy

shyshy

shyshy

shy

shy

Colocar a teoria em praacutetica 35

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2009a Diversidade multicultural e necessidades especiais de educaccedilatildeo Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfilesmulticultural-diversity-and-special-needsshyeducation_Multicultural-Diversity-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2009b Princiacutepiosshychave para a Promoccedilatildeo da Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva ndash Recomendaccedilotildees para Decisores Poliacuteticos Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportskeyshyprinciples-for-promoting-quality-in-inclusive-educationkey-principles-PTpdf(Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2010 Intervenccedilatildeo Precoce na Infacircncia ndash Progressos e Desenvolvimentos 2005ndash2010 Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesearly-childhood-interventionshyprogress-and-developments_ECI-report-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011a Mapeamento da Implementaccedilatildeo de Poliacuteticas para a Educaccedilatildeo Inclusiva Uma anaacutelise dos desafios e oportunidades para o desenvolvimento de indicadores Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httphttpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesmipie_MIPIE-summaryshyof-proposals-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011b Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo na Europa ndash Desafios e Oportunidades Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfileste4i-challenges-and-opportunities_TE4I-Synthesis-Report-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011c Princiacutepios-Chave para a Promoccedilatildeo da Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva ndash Recomendaccedilotildees para Decisores Poliacuteticos Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfilesinclusive-education-and-classroom-practices_iecpshyptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011d Participation in Inclusive Education ndash A Framework for Developing Indicators [Participaccedilatildeo na Educaccedilatildeo inclusiva ndash Um Quadro para o Desenvolvimento de Indicadores] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 36

agencyorgpublicationsereportsparticipation-in-inclusive-education-a-frameworkshyfor-developing-indicatorsParticipation-in-Inclusive-Educationpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012a Perspetivas dos Jovens sobre Educaccedilatildeo Inclusiva Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfilesyoung-views-on-inclusive-education_YoungViews-2012PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012b Perfil de Professores Inclusivos Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfileste4i-profile-of-inclusive-teachers_Profile-of-InclusiveshyTeachers-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012c Raising Achievement for All Learners ndash Quality in Inclusive Education [Elevar o Sucesso de Todos os Alunos ndash Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva] Relatoacuterio sobre a conferecircncia realizada em Odense Dinamarca de 13 a 15 de junho de 2012 Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesRA4AL-conference-reportpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014) Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012d Raising Achievement for All Learners ndash Quality in Inclusive Education [Elevar o Sucesso de Todos os Alunos ndash Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httphttpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesra4al-keyshymessages_RA4AL-summary-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012e Promoting Accessible Information for Lifelong Learning Recommendations and findings of the i-access project [Promover o Acesso agrave Informaccedilatildeo para a Aprendizagem ao Longo da Vida Recomendaccedilotildees e observaccedilotildees do projeto i-access] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportsi-accessi-accessshyreportpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012f Vocational Education and Training Policy and Practice in the field of Special Needs Education ndash Literature Review [Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional (EFP) Poliacutetica e Praacutetica no campo da Educaccedilatildeo Especial ndash Revisatildeo da Literatura] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Colocar a teoria em praacutetica 37

agencyorgagency-projectsvocational-education-and-trainingvet-filesVETshyLiteratureReviewpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012g Teacher Education for Inclusion Project Recommendations linked to Sources of Evidence [Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo Recomendaccedilotildees do Projeto Ligadas a Fontes de Evidecircncias] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgagencyshyprojectsTeacher-Education-for-Inclusionsources-of-evidencepdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2013 European and International Policy Supporting ICT for Inclusion [Poliacutetica Europeia e Internacional para Uso das TIC como Apoio para a Inclusatildeo] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfileseuropean-and-internationalshypolicy-supporting-ict-for-inclusion_policy-supporting-ict-for-inclusionpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para as Necessidades Especiais e a Educaccedilatildeo Inclusiva 2014 Vocational Education and Training ndash Summary of Country Information [Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional ndash Resumo de Informaccedilatildeo do Paiacutes] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para as Necessidades Especiais e a Educaccedilatildeo Inclusiva httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesVET Summary of Country information 2014pdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Bennett S e Gallagher TL 2012 The Delivery of Education Services for Students who have an Intellectual Disability in the Province of Ontario [A prestaccedilatildeo de serviccedilos de ensino para alunos com incapacidade intelectual na proviacutencia de Ontaacuterio] Toronto Community Living Ontario

Chapman C Ainscow M Miles S e West M 2011 Leadership that promotes the achievement of students with special educational needs and disabilities [Lideranccedila que promove o sucesso de alunos com necessidades educativas especiais e incapacidades] Nottingham National College for School Leadership

Comissatildeo das Comunidades Europeias 2008 Livro Verde ndash Migraccedilatildeo e mobilidade desafios e oportunidades para os sistemas educativos da UE SEC(2008) 2173 COM20080423 final Bruxelas Comissatildeo das Comunidades Europeias

Conselho da Uniatildeo Europeia 2010 Conclusotildees do Conselho sobre a dimensatildeo social da educaccedilatildeo e da formaccedilatildeo 3013ordf Reuniatildeo do Conselho de EDUCACcedilAtildeO JUVENTUDE E CULTURA Bruxelas 11 de maio de 2010 httpeurshylexeuropaeulegal-contentPTTXTPDFuri=CELEX52010XG0526(01)ampfrom=PT(Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 38

Farrell P Dyson AS Polat F Hutcheson G e Gallannaugh F 2007 laquoSEN inclusion and pupil achievement in English schoolsraquo [Inclusatildeo de crianccedilas com NEE e sucesso dos alunos nas escolas inglesas] Journal of Research in Special Educational Needs 7 (3) 172ndash178

Frilseth L 2012 The Norwegian Model for Education for All in Upper Secondary School [O Modelo Norueguecircs para a Educaccedilatildeo para Todos no Ensino Secundaacuterio] Direccedilatildeo Norueguesa para Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo httpwwweuropeanshyagencyorgagency-projectsra4alra4al-seminar-pdfNorway-L-Frilsethpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Fullan M 2011 Change Leader Learning to do what matters most [Liacuteder de Mudanccedila aprender a fazer o que mais importa] San Francisco Jossey-Bass de Graaf G van Hove G e Haveman M 2011 laquoMore academics in regular schools The effect of regular versus special school placement on academic skills in Dutch primary school students with Down syndromeraquo [Mais acadeacutemicos nas escolas regulares O efeito da colocaccedilatildeo em escola regular versus escola especial nas competecircncias acadeacutemicas em alunos holandeses do ensino primaacuterio com siacutendrome de Down] Journal of International Disability Research December 2011 57(1) 21ndash38 doi 101111j1365-2788201101512x

Hargreaves A e Shirley D 2009 The Fourth Way ndash The inspiring future for educational change [A Quarta Via ndash O futuro inspirador para a mudanccedila educativa] Publicaccedilatildeo conjunta do Ontario Principalsrsquo Council e do National Staff Development Council Thousand Oaks CA Corwin Press

Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO e Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011 ICTs in Education for People with Disabilities Review de innovative practice [TIC na Educaccedilatildeo para Pessoas com Incapacidades revisatildeo da praacutetica inovadora] Moscovo Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO httpwwweuropeanshyagencyorgpublicationsereportsICTs-in-Education-for-People-WithshyDisabilitiesReview-of-Innovative-Practice (Uacuteltimo acesso em julho de 2014) Kalambouka A Farrell P Dyson A e Kaplan I 2005 The impact of population inclusivity in schools on student outcomes [O impacto da inclusividade da populaccedilatildeo em escolas nos resultados dos alunos] Research Evidence in Education Library London EPPI-Centre Social Science Research Unit Institute of Education University of London Kyriazopoulou M e Weber H (eds) 2009 Desenvolvimento de um conjunto de indicadores ndash para a educaccedilatildeo inclusiva na Europa Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Colocar a teoria em praacutetica 39

agencyorgsitesdefaultfilesdevelopment-of-a-set-of-indicators-for-inclusiveshyeducation-in-europe_indicators-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

MacArthur J 2009 Learning Better Together Working towards inclusive education in New Zealand schools [Aprender Melhor Juntos trabalhar para a educaccedilatildeo inclusiva nas escolas da Nova Zelacircndia] Wellington IHC

MacArthur J Kelly B Sharp S amp Gaffney M 2005 Participation or exclusion Disabled childrenrsquos experiences of life at school [Participaccedilatildeo ou exclusatildeo Experiecircncias de vida na escola de crianccedilas com incapacidades] Um artigo apresentado na laquoChildrenrsquos Issues Conferenceraquo Dunedin Nova Zelacircndia julho de 2005 Menter I Hulme M Elliott D e Lewin J 2010 Literature Review on Teacher Education in the 21st Century [Revisatildeo da Literatura sobre a Formaccedilatildeo de Professores no Seacuteculo XXI] Scottish Government Social Research Edimburgo Scottish Government

Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para a Educaccedilatildeo Ciecircncia e Cultura 2009 Policy Guidelines on Inclusion in Education [Diretrizes da Poliacutetica sobre Inclusatildeo na Educaccedilatildeo] Paris UNESCO

Organizaccedilatildeo Mundial de SauacutedeBanco Mundial 2011 World Report on Disability [Relatoacuterio Mundial sobre Deficiecircncia] Genebra Ediccedilotildees OMS httpwwwwhointdisabilitiesworld_report2011enindexhtml (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Organizaccedilatildeo para a Cooperaccedilatildeo e Desenvolvimento Econoacutemico 2011 PISA in Focus Improving Performance Leading from the Bottom [PISA agrave Lupa Melhorar os Resultados Progedir ateacute ao Topo] 20112 (Marccedilo) Paris OCDE Redley M 2009 laquoUnderstanding the social exclusion and stalled welfare of citizens with learning disabilitiesraquo [Compreender a exclusatildeo social e o bem-estar sem progresso dos cidadatildeos com dificuldades de aprendizagem] Disability amp Society 24(4) 489ndash501

Naccedilotildees Unidas 2006 Convenccedilatildeo sobre os Direitos das Pessoas com Deficiecircncia Nova Iorque Naccedilotildees Unidas

Watkins A (ed) 2007 Assessment in Inclusive Settings Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos Questotildees-chave para Poliacuteticas e Praacuteticas Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportsassessment-in-inclusiveshysettings-key-issues-for-policy-and-practiceassessment-in-inclusive-settings-keyshyissues-for-policy-and-practice (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 40

Wilkinson R e Pickett K 2010 The Spirit Level Why Equality is Better para Everyone [O Niacutevel do Espiacuterito Por que a Igualdade eacute Melhor para Todos] Londres Penguin

Willms JD 2006 Learning divides Ten policy questions about the performance and equity of schools and schooling systems [A aprendizagem divide dez perguntas de poliacutetica acerca do desempenho e equidade das escolas e dos sistemas de escolaridade] Montreal Instituto de Estatiacutestica da UNESCO

Colocar a teoria em praacutetica 41

  • preacircmbulo
  • Sumaacuterio Executivo
  • O mais precocemente possiacutevel
    • Introduccedilatildeo
    • Intervenccedilatildeo precoce
    • Deteccedilatildeo e avaliaccedilatildeo precoces
    • Apoio precoce
    • Transiccedilatildeo planeada
      • A educaccedilatildeo inclusiva beneficia todos
        • Introduccedilatildeo
        • A educaccedilatildeo inclusiva como uma abordagem para elevar o sucesso para todos os alunos
        • laquoO que eacute bom para os alunos com NEE eacute igualmente bom para todos os alunosraquo
        • Monitorizaccedilatildeo do progresso
          • profissionais altamente qualificados
            • Introduccedilatildeo
            • Formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo
            • O perfil dos professores inclusivos e outros profissionais
            • Abordagens ao recrutamento
            • Atitudes positivas
            • Trabalho em rede e coordenaccedilatildeo
              • sistemas de apoio e mecanismos de financiamento
                • Introduccedilatildeo
                • Sistemas de apoio e mecanismos de financiamento
                  • Intervenccedilatildeo Precoce na Infacircncia (IPI)
                  • Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula
                  • Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional (EFP)
                  • Tecnologias de Informaccedilatildeo e Comunicaccedilatildeo (TIC)
                      • dados fiaacuteveis
                        • Introduccedilatildeo
                        • Monitorizaccedilatildeo dos direitos dos alunos
                          • (i) Participaccedilatildeo na educaccedilatildeo e formaccedilatildeo
                          • (ii) Acesso ao apoio e agrave adaptaccedilatildeo
                          • (iii) Oportunidades para o sucesso na aprendizagem e na transiccedilatildeo
                          • (iv) Oportunidades de integraccedilatildeo
                            • Monitorizaccedilatildeo da eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusiva
                              • olhar em frente
                              • REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

(meta-anaacutelises de conjuntos de dados e fontes combinadas) apresenta oportunidades mas tambeacutem desafios reais para a educaccedilatildeo inclusiva

Os apelos para a poliacutetica e alocaccedilatildeo de recursos baseada em evidecircncias reforccedilam a necessidade de dados significativos relacionados com todos os alunos Eacute necessaacuterio saber que alunos estatildeo a receber que serviccedilos quando e onde (contando todos os alunos) Tambeacutem eacute necessaacuterio ter dados sobre a qualidade dos serviccedilos e os resultados obtidos (considerando a praacutetica)

Um grande desafio para a recolha de dados estaacute em evitar classificar categorizar e rotular os alunos de modo a fornecer informaccedilatildeo sobre a provisatildeo que recebem As laquopluralidadesraquo das definiccedilotildees aplicadas a alunos e a laquopoliacuteticaraquo dos sistemas de rotulagem natildeo podem ser ignoradas nem os efeitos a que esses sistemas de rotulagem e definiccedilotildees conduzem

Fazer as perguntas certas em termos de poliacuteticas eacute o ponto de partida para a recolha de dados que servem de base significativa para as poliacuteticas

Colocar a teoria em praacutetica 33

OLHAR EM FRENTE

O primeiro objetivo da conferecircncia em novembro de 2013 foi refletir e resumir o trabalho da Agecircncia ao longo da uacuteltima deacutecada As cinco mensagens-chave descritas nos capiacutetulos anteriores destacam aspetos criacuteticos no que se refere agrave educaccedilatildeo inclusiva Baseiam-se nos resultados da anaacutelise aprofundada de temas-chave decididos pelos paiacuteses membros da Agecircncia O segundo objetivo da conferecircncia foi olhar em frente explorando a forma como o trabalho da Agecircncia pode prestar um melhor apoio aos paiacuteses membros ajudandoos a melhorar a qualidade e a eficaacutecia das suas respostas inclusivas para alunos com incapacidades eou necessidades educativas especiais A Agecircncia estaacute disposta a ajudar os paiacuteses de uma forma mais concreta com a implementaccedilatildeo dos resultados do nosso trabalho Isso significa disponibilizar recomendaccedilotildees de poliacutetica que sejam mais diretamente aplicaacuteveis aos decisores poliacuteticos para apoiar alteraccedilotildees futuras e desenvolvimentos poliacuteticos

A Agecircncia estaacute consciente de que o trabalho jaacute realizado estaacute de acordo e apoia diretamente todas as iniciativas de poliacuteticas europeias e internacionais em termos de educaccedilatildeo equidade igualdade de oportunidades e direitos para pessoas com incapacidades eou necessidades educativas especiais O trabalho da Agecircncia fornece recomendaccedilotildees claras e coerentes sobre como as poliacuteticas-chave nestas aacutereas podem ser implementadas na praacutetica A Agecircncia pretende proporcionar aos paiacuteses informaccedilatildeo sobre o progresso alcanccedilado nos objetivos propostos em termos de (a) metas de Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo para 2020 e (b) Convenccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiecircncia (2006) bem como vaacuterias diretivas e comunicaccedilotildees da Uniatildeo Europeia Eacute necessaacuteria orientaccedilatildeo sobre o modo como a educaccedilatildeo inclusiva pode ser implementada a niacutevel do professor sala de aula escola regiatildeo municiacutepio e poliacutetica nacional A Agecircncia tem capacidade para disponibilizar aos paiacuteses orientaccedilotildees sobre formas de implementaccedilatildeo da educaccedilatildeo inclusiva e como isto afeta a qualidade geral da educaccedilatildeo As discussotildees durante a conferecircncia bem como as discussotildees aprofundadas no acircmbito da Agecircncia orientaratildeo esta nova etapa no trabalho da Agecircncia

shy

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 34

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 1999 Financing of Special Needs Education ndash A seventeen-country Study of the Relationship between Financing of Special Needs Education and Inclusion [Financiamento da Educaccedilatildeo Especial ndash Um estudo de dezassete paiacuteses da Relaccedilatildeo entre o Financiamento da Educaccedilatildeo Especial e a Inclusatildeo] Middelfart Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2002a Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Princiacutepios-chave e Recomendaccedilotildees para R esponsaacuteveis Poliacuteticos Middelfart Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanagencyorgsitesdefaultfilestransition_transition_pttextpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2002b Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Principais problemas questotildees e opccedilotildees enfrentadas pelos alunos com necessidades educativas especiais em 16 paiacuteses Europeus Relatoacuterio Siacutentese Middelfart Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanagencyorgsitesdefaultfilestransition-from-school-to-employment_Transitionptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2003 Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula Relatoacuterio Siacutentese Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanagencyorgsitesdefaultfilesinclusive-education-and-classroom-practices_iecpptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2005 Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula nos 2ordm e 3ordm Ciclos do Ensino Baacutesico Relatoacuterio Siacutentese Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesinclusive-educationand-classroom-practice-in-secondary-education_iecp_secondary_ptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2006 Planos Individuais de Transiccedilatildeo Apoiar a Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesindividual-transitionplans_itp_ptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

shy

shyshy

shyshy

shy

shy

Colocar a teoria em praacutetica 35

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2009a Diversidade multicultural e necessidades especiais de educaccedilatildeo Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfilesmulticultural-diversity-and-special-needsshyeducation_Multicultural-Diversity-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2009b Princiacutepiosshychave para a Promoccedilatildeo da Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva ndash Recomendaccedilotildees para Decisores Poliacuteticos Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportskeyshyprinciples-for-promoting-quality-in-inclusive-educationkey-principles-PTpdf(Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2010 Intervenccedilatildeo Precoce na Infacircncia ndash Progressos e Desenvolvimentos 2005ndash2010 Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesearly-childhood-interventionshyprogress-and-developments_ECI-report-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011a Mapeamento da Implementaccedilatildeo de Poliacuteticas para a Educaccedilatildeo Inclusiva Uma anaacutelise dos desafios e oportunidades para o desenvolvimento de indicadores Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httphttpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesmipie_MIPIE-summaryshyof-proposals-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011b Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo na Europa ndash Desafios e Oportunidades Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfileste4i-challenges-and-opportunities_TE4I-Synthesis-Report-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011c Princiacutepios-Chave para a Promoccedilatildeo da Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva ndash Recomendaccedilotildees para Decisores Poliacuteticos Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfilesinclusive-education-and-classroom-practices_iecpshyptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011d Participation in Inclusive Education ndash A Framework for Developing Indicators [Participaccedilatildeo na Educaccedilatildeo inclusiva ndash Um Quadro para o Desenvolvimento de Indicadores] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 36

agencyorgpublicationsereportsparticipation-in-inclusive-education-a-frameworkshyfor-developing-indicatorsParticipation-in-Inclusive-Educationpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012a Perspetivas dos Jovens sobre Educaccedilatildeo Inclusiva Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfilesyoung-views-on-inclusive-education_YoungViews-2012PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012b Perfil de Professores Inclusivos Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfileste4i-profile-of-inclusive-teachers_Profile-of-InclusiveshyTeachers-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012c Raising Achievement for All Learners ndash Quality in Inclusive Education [Elevar o Sucesso de Todos os Alunos ndash Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva] Relatoacuterio sobre a conferecircncia realizada em Odense Dinamarca de 13 a 15 de junho de 2012 Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesRA4AL-conference-reportpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014) Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012d Raising Achievement for All Learners ndash Quality in Inclusive Education [Elevar o Sucesso de Todos os Alunos ndash Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httphttpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesra4al-keyshymessages_RA4AL-summary-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012e Promoting Accessible Information for Lifelong Learning Recommendations and findings of the i-access project [Promover o Acesso agrave Informaccedilatildeo para a Aprendizagem ao Longo da Vida Recomendaccedilotildees e observaccedilotildees do projeto i-access] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportsi-accessi-accessshyreportpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012f Vocational Education and Training Policy and Practice in the field of Special Needs Education ndash Literature Review [Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional (EFP) Poliacutetica e Praacutetica no campo da Educaccedilatildeo Especial ndash Revisatildeo da Literatura] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Colocar a teoria em praacutetica 37

agencyorgagency-projectsvocational-education-and-trainingvet-filesVETshyLiteratureReviewpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012g Teacher Education for Inclusion Project Recommendations linked to Sources of Evidence [Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo Recomendaccedilotildees do Projeto Ligadas a Fontes de Evidecircncias] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgagencyshyprojectsTeacher-Education-for-Inclusionsources-of-evidencepdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2013 European and International Policy Supporting ICT for Inclusion [Poliacutetica Europeia e Internacional para Uso das TIC como Apoio para a Inclusatildeo] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfileseuropean-and-internationalshypolicy-supporting-ict-for-inclusion_policy-supporting-ict-for-inclusionpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para as Necessidades Especiais e a Educaccedilatildeo Inclusiva 2014 Vocational Education and Training ndash Summary of Country Information [Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional ndash Resumo de Informaccedilatildeo do Paiacutes] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para as Necessidades Especiais e a Educaccedilatildeo Inclusiva httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesVET Summary of Country information 2014pdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Bennett S e Gallagher TL 2012 The Delivery of Education Services for Students who have an Intellectual Disability in the Province of Ontario [A prestaccedilatildeo de serviccedilos de ensino para alunos com incapacidade intelectual na proviacutencia de Ontaacuterio] Toronto Community Living Ontario

Chapman C Ainscow M Miles S e West M 2011 Leadership that promotes the achievement of students with special educational needs and disabilities [Lideranccedila que promove o sucesso de alunos com necessidades educativas especiais e incapacidades] Nottingham National College for School Leadership

Comissatildeo das Comunidades Europeias 2008 Livro Verde ndash Migraccedilatildeo e mobilidade desafios e oportunidades para os sistemas educativos da UE SEC(2008) 2173 COM20080423 final Bruxelas Comissatildeo das Comunidades Europeias

Conselho da Uniatildeo Europeia 2010 Conclusotildees do Conselho sobre a dimensatildeo social da educaccedilatildeo e da formaccedilatildeo 3013ordf Reuniatildeo do Conselho de EDUCACcedilAtildeO JUVENTUDE E CULTURA Bruxelas 11 de maio de 2010 httpeurshylexeuropaeulegal-contentPTTXTPDFuri=CELEX52010XG0526(01)ampfrom=PT(Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 38

Farrell P Dyson AS Polat F Hutcheson G e Gallannaugh F 2007 laquoSEN inclusion and pupil achievement in English schoolsraquo [Inclusatildeo de crianccedilas com NEE e sucesso dos alunos nas escolas inglesas] Journal of Research in Special Educational Needs 7 (3) 172ndash178

Frilseth L 2012 The Norwegian Model for Education for All in Upper Secondary School [O Modelo Norueguecircs para a Educaccedilatildeo para Todos no Ensino Secundaacuterio] Direccedilatildeo Norueguesa para Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo httpwwweuropeanshyagencyorgagency-projectsra4alra4al-seminar-pdfNorway-L-Frilsethpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Fullan M 2011 Change Leader Learning to do what matters most [Liacuteder de Mudanccedila aprender a fazer o que mais importa] San Francisco Jossey-Bass de Graaf G van Hove G e Haveman M 2011 laquoMore academics in regular schools The effect of regular versus special school placement on academic skills in Dutch primary school students with Down syndromeraquo [Mais acadeacutemicos nas escolas regulares O efeito da colocaccedilatildeo em escola regular versus escola especial nas competecircncias acadeacutemicas em alunos holandeses do ensino primaacuterio com siacutendrome de Down] Journal of International Disability Research December 2011 57(1) 21ndash38 doi 101111j1365-2788201101512x

Hargreaves A e Shirley D 2009 The Fourth Way ndash The inspiring future for educational change [A Quarta Via ndash O futuro inspirador para a mudanccedila educativa] Publicaccedilatildeo conjunta do Ontario Principalsrsquo Council e do National Staff Development Council Thousand Oaks CA Corwin Press

Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO e Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011 ICTs in Education for People with Disabilities Review de innovative practice [TIC na Educaccedilatildeo para Pessoas com Incapacidades revisatildeo da praacutetica inovadora] Moscovo Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO httpwwweuropeanshyagencyorgpublicationsereportsICTs-in-Education-for-People-WithshyDisabilitiesReview-of-Innovative-Practice (Uacuteltimo acesso em julho de 2014) Kalambouka A Farrell P Dyson A e Kaplan I 2005 The impact of population inclusivity in schools on student outcomes [O impacto da inclusividade da populaccedilatildeo em escolas nos resultados dos alunos] Research Evidence in Education Library London EPPI-Centre Social Science Research Unit Institute of Education University of London Kyriazopoulou M e Weber H (eds) 2009 Desenvolvimento de um conjunto de indicadores ndash para a educaccedilatildeo inclusiva na Europa Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Colocar a teoria em praacutetica 39

agencyorgsitesdefaultfilesdevelopment-of-a-set-of-indicators-for-inclusiveshyeducation-in-europe_indicators-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

MacArthur J 2009 Learning Better Together Working towards inclusive education in New Zealand schools [Aprender Melhor Juntos trabalhar para a educaccedilatildeo inclusiva nas escolas da Nova Zelacircndia] Wellington IHC

MacArthur J Kelly B Sharp S amp Gaffney M 2005 Participation or exclusion Disabled childrenrsquos experiences of life at school [Participaccedilatildeo ou exclusatildeo Experiecircncias de vida na escola de crianccedilas com incapacidades] Um artigo apresentado na laquoChildrenrsquos Issues Conferenceraquo Dunedin Nova Zelacircndia julho de 2005 Menter I Hulme M Elliott D e Lewin J 2010 Literature Review on Teacher Education in the 21st Century [Revisatildeo da Literatura sobre a Formaccedilatildeo de Professores no Seacuteculo XXI] Scottish Government Social Research Edimburgo Scottish Government

Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para a Educaccedilatildeo Ciecircncia e Cultura 2009 Policy Guidelines on Inclusion in Education [Diretrizes da Poliacutetica sobre Inclusatildeo na Educaccedilatildeo] Paris UNESCO

Organizaccedilatildeo Mundial de SauacutedeBanco Mundial 2011 World Report on Disability [Relatoacuterio Mundial sobre Deficiecircncia] Genebra Ediccedilotildees OMS httpwwwwhointdisabilitiesworld_report2011enindexhtml (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Organizaccedilatildeo para a Cooperaccedilatildeo e Desenvolvimento Econoacutemico 2011 PISA in Focus Improving Performance Leading from the Bottom [PISA agrave Lupa Melhorar os Resultados Progedir ateacute ao Topo] 20112 (Marccedilo) Paris OCDE Redley M 2009 laquoUnderstanding the social exclusion and stalled welfare of citizens with learning disabilitiesraquo [Compreender a exclusatildeo social e o bem-estar sem progresso dos cidadatildeos com dificuldades de aprendizagem] Disability amp Society 24(4) 489ndash501

Naccedilotildees Unidas 2006 Convenccedilatildeo sobre os Direitos das Pessoas com Deficiecircncia Nova Iorque Naccedilotildees Unidas

Watkins A (ed) 2007 Assessment in Inclusive Settings Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos Questotildees-chave para Poliacuteticas e Praacuteticas Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportsassessment-in-inclusiveshysettings-key-issues-for-policy-and-practiceassessment-in-inclusive-settings-keyshyissues-for-policy-and-practice (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 40

Wilkinson R e Pickett K 2010 The Spirit Level Why Equality is Better para Everyone [O Niacutevel do Espiacuterito Por que a Igualdade eacute Melhor para Todos] Londres Penguin

Willms JD 2006 Learning divides Ten policy questions about the performance and equity of schools and schooling systems [A aprendizagem divide dez perguntas de poliacutetica acerca do desempenho e equidade das escolas e dos sistemas de escolaridade] Montreal Instituto de Estatiacutestica da UNESCO

Colocar a teoria em praacutetica 41

  • preacircmbulo
  • Sumaacuterio Executivo
  • O mais precocemente possiacutevel
    • Introduccedilatildeo
    • Intervenccedilatildeo precoce
    • Deteccedilatildeo e avaliaccedilatildeo precoces
    • Apoio precoce
    • Transiccedilatildeo planeada
      • A educaccedilatildeo inclusiva beneficia todos
        • Introduccedilatildeo
        • A educaccedilatildeo inclusiva como uma abordagem para elevar o sucesso para todos os alunos
        • laquoO que eacute bom para os alunos com NEE eacute igualmente bom para todos os alunosraquo
        • Monitorizaccedilatildeo do progresso
          • profissionais altamente qualificados
            • Introduccedilatildeo
            • Formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo
            • O perfil dos professores inclusivos e outros profissionais
            • Abordagens ao recrutamento
            • Atitudes positivas
            • Trabalho em rede e coordenaccedilatildeo
              • sistemas de apoio e mecanismos de financiamento
                • Introduccedilatildeo
                • Sistemas de apoio e mecanismos de financiamento
                  • Intervenccedilatildeo Precoce na Infacircncia (IPI)
                  • Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula
                  • Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional (EFP)
                  • Tecnologias de Informaccedilatildeo e Comunicaccedilatildeo (TIC)
                      • dados fiaacuteveis
                        • Introduccedilatildeo
                        • Monitorizaccedilatildeo dos direitos dos alunos
                          • (i) Participaccedilatildeo na educaccedilatildeo e formaccedilatildeo
                          • (ii) Acesso ao apoio e agrave adaptaccedilatildeo
                          • (iii) Oportunidades para o sucesso na aprendizagem e na transiccedilatildeo
                          • (iv) Oportunidades de integraccedilatildeo
                            • Monitorizaccedilatildeo da eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusiva
                              • olhar em frente
                              • REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

OLHAR EM FRENTE

O primeiro objetivo da conferecircncia em novembro de 2013 foi refletir e resumir o trabalho da Agecircncia ao longo da uacuteltima deacutecada As cinco mensagens-chave descritas nos capiacutetulos anteriores destacam aspetos criacuteticos no que se refere agrave educaccedilatildeo inclusiva Baseiam-se nos resultados da anaacutelise aprofundada de temas-chave decididos pelos paiacuteses membros da Agecircncia O segundo objetivo da conferecircncia foi olhar em frente explorando a forma como o trabalho da Agecircncia pode prestar um melhor apoio aos paiacuteses membros ajudandoos a melhorar a qualidade e a eficaacutecia das suas respostas inclusivas para alunos com incapacidades eou necessidades educativas especiais A Agecircncia estaacute disposta a ajudar os paiacuteses de uma forma mais concreta com a implementaccedilatildeo dos resultados do nosso trabalho Isso significa disponibilizar recomendaccedilotildees de poliacutetica que sejam mais diretamente aplicaacuteveis aos decisores poliacuteticos para apoiar alteraccedilotildees futuras e desenvolvimentos poliacuteticos

A Agecircncia estaacute consciente de que o trabalho jaacute realizado estaacute de acordo e apoia diretamente todas as iniciativas de poliacuteticas europeias e internacionais em termos de educaccedilatildeo equidade igualdade de oportunidades e direitos para pessoas com incapacidades eou necessidades educativas especiais O trabalho da Agecircncia fornece recomendaccedilotildees claras e coerentes sobre como as poliacuteticas-chave nestas aacutereas podem ser implementadas na praacutetica A Agecircncia pretende proporcionar aos paiacuteses informaccedilatildeo sobre o progresso alcanccedilado nos objetivos propostos em termos de (a) metas de Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo para 2020 e (b) Convenccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiecircncia (2006) bem como vaacuterias diretivas e comunicaccedilotildees da Uniatildeo Europeia Eacute necessaacuteria orientaccedilatildeo sobre o modo como a educaccedilatildeo inclusiva pode ser implementada a niacutevel do professor sala de aula escola regiatildeo municiacutepio e poliacutetica nacional A Agecircncia tem capacidade para disponibilizar aos paiacuteses orientaccedilotildees sobre formas de implementaccedilatildeo da educaccedilatildeo inclusiva e como isto afeta a qualidade geral da educaccedilatildeo As discussotildees durante a conferecircncia bem como as discussotildees aprofundadas no acircmbito da Agecircncia orientaratildeo esta nova etapa no trabalho da Agecircncia

shy

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 34

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 1999 Financing of Special Needs Education ndash A seventeen-country Study of the Relationship between Financing of Special Needs Education and Inclusion [Financiamento da Educaccedilatildeo Especial ndash Um estudo de dezassete paiacuteses da Relaccedilatildeo entre o Financiamento da Educaccedilatildeo Especial e a Inclusatildeo] Middelfart Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2002a Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Princiacutepios-chave e Recomendaccedilotildees para R esponsaacuteveis Poliacuteticos Middelfart Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanagencyorgsitesdefaultfilestransition_transition_pttextpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2002b Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Principais problemas questotildees e opccedilotildees enfrentadas pelos alunos com necessidades educativas especiais em 16 paiacuteses Europeus Relatoacuterio Siacutentese Middelfart Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanagencyorgsitesdefaultfilestransition-from-school-to-employment_Transitionptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2003 Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula Relatoacuterio Siacutentese Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanagencyorgsitesdefaultfilesinclusive-education-and-classroom-practices_iecpptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2005 Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula nos 2ordm e 3ordm Ciclos do Ensino Baacutesico Relatoacuterio Siacutentese Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesinclusive-educationand-classroom-practice-in-secondary-education_iecp_secondary_ptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2006 Planos Individuais de Transiccedilatildeo Apoiar a Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesindividual-transitionplans_itp_ptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

shy

shyshy

shyshy

shy

shy

Colocar a teoria em praacutetica 35

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2009a Diversidade multicultural e necessidades especiais de educaccedilatildeo Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfilesmulticultural-diversity-and-special-needsshyeducation_Multicultural-Diversity-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2009b Princiacutepiosshychave para a Promoccedilatildeo da Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva ndash Recomendaccedilotildees para Decisores Poliacuteticos Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportskeyshyprinciples-for-promoting-quality-in-inclusive-educationkey-principles-PTpdf(Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2010 Intervenccedilatildeo Precoce na Infacircncia ndash Progressos e Desenvolvimentos 2005ndash2010 Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesearly-childhood-interventionshyprogress-and-developments_ECI-report-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011a Mapeamento da Implementaccedilatildeo de Poliacuteticas para a Educaccedilatildeo Inclusiva Uma anaacutelise dos desafios e oportunidades para o desenvolvimento de indicadores Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httphttpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesmipie_MIPIE-summaryshyof-proposals-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011b Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo na Europa ndash Desafios e Oportunidades Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfileste4i-challenges-and-opportunities_TE4I-Synthesis-Report-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011c Princiacutepios-Chave para a Promoccedilatildeo da Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva ndash Recomendaccedilotildees para Decisores Poliacuteticos Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfilesinclusive-education-and-classroom-practices_iecpshyptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011d Participation in Inclusive Education ndash A Framework for Developing Indicators [Participaccedilatildeo na Educaccedilatildeo inclusiva ndash Um Quadro para o Desenvolvimento de Indicadores] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 36

agencyorgpublicationsereportsparticipation-in-inclusive-education-a-frameworkshyfor-developing-indicatorsParticipation-in-Inclusive-Educationpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012a Perspetivas dos Jovens sobre Educaccedilatildeo Inclusiva Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfilesyoung-views-on-inclusive-education_YoungViews-2012PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012b Perfil de Professores Inclusivos Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfileste4i-profile-of-inclusive-teachers_Profile-of-InclusiveshyTeachers-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012c Raising Achievement for All Learners ndash Quality in Inclusive Education [Elevar o Sucesso de Todos os Alunos ndash Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva] Relatoacuterio sobre a conferecircncia realizada em Odense Dinamarca de 13 a 15 de junho de 2012 Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesRA4AL-conference-reportpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014) Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012d Raising Achievement for All Learners ndash Quality in Inclusive Education [Elevar o Sucesso de Todos os Alunos ndash Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httphttpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesra4al-keyshymessages_RA4AL-summary-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012e Promoting Accessible Information for Lifelong Learning Recommendations and findings of the i-access project [Promover o Acesso agrave Informaccedilatildeo para a Aprendizagem ao Longo da Vida Recomendaccedilotildees e observaccedilotildees do projeto i-access] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportsi-accessi-accessshyreportpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012f Vocational Education and Training Policy and Practice in the field of Special Needs Education ndash Literature Review [Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional (EFP) Poliacutetica e Praacutetica no campo da Educaccedilatildeo Especial ndash Revisatildeo da Literatura] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Colocar a teoria em praacutetica 37

agencyorgagency-projectsvocational-education-and-trainingvet-filesVETshyLiteratureReviewpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012g Teacher Education for Inclusion Project Recommendations linked to Sources of Evidence [Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo Recomendaccedilotildees do Projeto Ligadas a Fontes de Evidecircncias] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgagencyshyprojectsTeacher-Education-for-Inclusionsources-of-evidencepdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2013 European and International Policy Supporting ICT for Inclusion [Poliacutetica Europeia e Internacional para Uso das TIC como Apoio para a Inclusatildeo] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfileseuropean-and-internationalshypolicy-supporting-ict-for-inclusion_policy-supporting-ict-for-inclusionpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para as Necessidades Especiais e a Educaccedilatildeo Inclusiva 2014 Vocational Education and Training ndash Summary of Country Information [Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional ndash Resumo de Informaccedilatildeo do Paiacutes] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para as Necessidades Especiais e a Educaccedilatildeo Inclusiva httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesVET Summary of Country information 2014pdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Bennett S e Gallagher TL 2012 The Delivery of Education Services for Students who have an Intellectual Disability in the Province of Ontario [A prestaccedilatildeo de serviccedilos de ensino para alunos com incapacidade intelectual na proviacutencia de Ontaacuterio] Toronto Community Living Ontario

Chapman C Ainscow M Miles S e West M 2011 Leadership that promotes the achievement of students with special educational needs and disabilities [Lideranccedila que promove o sucesso de alunos com necessidades educativas especiais e incapacidades] Nottingham National College for School Leadership

Comissatildeo das Comunidades Europeias 2008 Livro Verde ndash Migraccedilatildeo e mobilidade desafios e oportunidades para os sistemas educativos da UE SEC(2008) 2173 COM20080423 final Bruxelas Comissatildeo das Comunidades Europeias

Conselho da Uniatildeo Europeia 2010 Conclusotildees do Conselho sobre a dimensatildeo social da educaccedilatildeo e da formaccedilatildeo 3013ordf Reuniatildeo do Conselho de EDUCACcedilAtildeO JUVENTUDE E CULTURA Bruxelas 11 de maio de 2010 httpeurshylexeuropaeulegal-contentPTTXTPDFuri=CELEX52010XG0526(01)ampfrom=PT(Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 38

Farrell P Dyson AS Polat F Hutcheson G e Gallannaugh F 2007 laquoSEN inclusion and pupil achievement in English schoolsraquo [Inclusatildeo de crianccedilas com NEE e sucesso dos alunos nas escolas inglesas] Journal of Research in Special Educational Needs 7 (3) 172ndash178

Frilseth L 2012 The Norwegian Model for Education for All in Upper Secondary School [O Modelo Norueguecircs para a Educaccedilatildeo para Todos no Ensino Secundaacuterio] Direccedilatildeo Norueguesa para Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo httpwwweuropeanshyagencyorgagency-projectsra4alra4al-seminar-pdfNorway-L-Frilsethpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Fullan M 2011 Change Leader Learning to do what matters most [Liacuteder de Mudanccedila aprender a fazer o que mais importa] San Francisco Jossey-Bass de Graaf G van Hove G e Haveman M 2011 laquoMore academics in regular schools The effect of regular versus special school placement on academic skills in Dutch primary school students with Down syndromeraquo [Mais acadeacutemicos nas escolas regulares O efeito da colocaccedilatildeo em escola regular versus escola especial nas competecircncias acadeacutemicas em alunos holandeses do ensino primaacuterio com siacutendrome de Down] Journal of International Disability Research December 2011 57(1) 21ndash38 doi 101111j1365-2788201101512x

Hargreaves A e Shirley D 2009 The Fourth Way ndash The inspiring future for educational change [A Quarta Via ndash O futuro inspirador para a mudanccedila educativa] Publicaccedilatildeo conjunta do Ontario Principalsrsquo Council e do National Staff Development Council Thousand Oaks CA Corwin Press

Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO e Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011 ICTs in Education for People with Disabilities Review de innovative practice [TIC na Educaccedilatildeo para Pessoas com Incapacidades revisatildeo da praacutetica inovadora] Moscovo Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO httpwwweuropeanshyagencyorgpublicationsereportsICTs-in-Education-for-People-WithshyDisabilitiesReview-of-Innovative-Practice (Uacuteltimo acesso em julho de 2014) Kalambouka A Farrell P Dyson A e Kaplan I 2005 The impact of population inclusivity in schools on student outcomes [O impacto da inclusividade da populaccedilatildeo em escolas nos resultados dos alunos] Research Evidence in Education Library London EPPI-Centre Social Science Research Unit Institute of Education University of London Kyriazopoulou M e Weber H (eds) 2009 Desenvolvimento de um conjunto de indicadores ndash para a educaccedilatildeo inclusiva na Europa Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Colocar a teoria em praacutetica 39

agencyorgsitesdefaultfilesdevelopment-of-a-set-of-indicators-for-inclusiveshyeducation-in-europe_indicators-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

MacArthur J 2009 Learning Better Together Working towards inclusive education in New Zealand schools [Aprender Melhor Juntos trabalhar para a educaccedilatildeo inclusiva nas escolas da Nova Zelacircndia] Wellington IHC

MacArthur J Kelly B Sharp S amp Gaffney M 2005 Participation or exclusion Disabled childrenrsquos experiences of life at school [Participaccedilatildeo ou exclusatildeo Experiecircncias de vida na escola de crianccedilas com incapacidades] Um artigo apresentado na laquoChildrenrsquos Issues Conferenceraquo Dunedin Nova Zelacircndia julho de 2005 Menter I Hulme M Elliott D e Lewin J 2010 Literature Review on Teacher Education in the 21st Century [Revisatildeo da Literatura sobre a Formaccedilatildeo de Professores no Seacuteculo XXI] Scottish Government Social Research Edimburgo Scottish Government

Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para a Educaccedilatildeo Ciecircncia e Cultura 2009 Policy Guidelines on Inclusion in Education [Diretrizes da Poliacutetica sobre Inclusatildeo na Educaccedilatildeo] Paris UNESCO

Organizaccedilatildeo Mundial de SauacutedeBanco Mundial 2011 World Report on Disability [Relatoacuterio Mundial sobre Deficiecircncia] Genebra Ediccedilotildees OMS httpwwwwhointdisabilitiesworld_report2011enindexhtml (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Organizaccedilatildeo para a Cooperaccedilatildeo e Desenvolvimento Econoacutemico 2011 PISA in Focus Improving Performance Leading from the Bottom [PISA agrave Lupa Melhorar os Resultados Progedir ateacute ao Topo] 20112 (Marccedilo) Paris OCDE Redley M 2009 laquoUnderstanding the social exclusion and stalled welfare of citizens with learning disabilitiesraquo [Compreender a exclusatildeo social e o bem-estar sem progresso dos cidadatildeos com dificuldades de aprendizagem] Disability amp Society 24(4) 489ndash501

Naccedilotildees Unidas 2006 Convenccedilatildeo sobre os Direitos das Pessoas com Deficiecircncia Nova Iorque Naccedilotildees Unidas

Watkins A (ed) 2007 Assessment in Inclusive Settings Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos Questotildees-chave para Poliacuteticas e Praacuteticas Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportsassessment-in-inclusiveshysettings-key-issues-for-policy-and-practiceassessment-in-inclusive-settings-keyshyissues-for-policy-and-practice (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 40

Wilkinson R e Pickett K 2010 The Spirit Level Why Equality is Better para Everyone [O Niacutevel do Espiacuterito Por que a Igualdade eacute Melhor para Todos] Londres Penguin

Willms JD 2006 Learning divides Ten policy questions about the performance and equity of schools and schooling systems [A aprendizagem divide dez perguntas de poliacutetica acerca do desempenho e equidade das escolas e dos sistemas de escolaridade] Montreal Instituto de Estatiacutestica da UNESCO

Colocar a teoria em praacutetica 41

  • preacircmbulo
  • Sumaacuterio Executivo
  • O mais precocemente possiacutevel
    • Introduccedilatildeo
    • Intervenccedilatildeo precoce
    • Deteccedilatildeo e avaliaccedilatildeo precoces
    • Apoio precoce
    • Transiccedilatildeo planeada
      • A educaccedilatildeo inclusiva beneficia todos
        • Introduccedilatildeo
        • A educaccedilatildeo inclusiva como uma abordagem para elevar o sucesso para todos os alunos
        • laquoO que eacute bom para os alunos com NEE eacute igualmente bom para todos os alunosraquo
        • Monitorizaccedilatildeo do progresso
          • profissionais altamente qualificados
            • Introduccedilatildeo
            • Formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo
            • O perfil dos professores inclusivos e outros profissionais
            • Abordagens ao recrutamento
            • Atitudes positivas
            • Trabalho em rede e coordenaccedilatildeo
              • sistemas de apoio e mecanismos de financiamento
                • Introduccedilatildeo
                • Sistemas de apoio e mecanismos de financiamento
                  • Intervenccedilatildeo Precoce na Infacircncia (IPI)
                  • Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula
                  • Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional (EFP)
                  • Tecnologias de Informaccedilatildeo e Comunicaccedilatildeo (TIC)
                      • dados fiaacuteveis
                        • Introduccedilatildeo
                        • Monitorizaccedilatildeo dos direitos dos alunos
                          • (i) Participaccedilatildeo na educaccedilatildeo e formaccedilatildeo
                          • (ii) Acesso ao apoio e agrave adaptaccedilatildeo
                          • (iii) Oportunidades para o sucesso na aprendizagem e na transiccedilatildeo
                          • (iv) Oportunidades de integraccedilatildeo
                            • Monitorizaccedilatildeo da eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusiva
                              • olhar em frente
                              • REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 1999 Financing of Special Needs Education ndash A seventeen-country Study of the Relationship between Financing of Special Needs Education and Inclusion [Financiamento da Educaccedilatildeo Especial ndash Um estudo de dezassete paiacuteses da Relaccedilatildeo entre o Financiamento da Educaccedilatildeo Especial e a Inclusatildeo] Middelfart Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2002a Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Princiacutepios-chave e Recomendaccedilotildees para R esponsaacuteveis Poliacuteticos Middelfart Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanagencyorgsitesdefaultfilestransition_transition_pttextpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2002b Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Principais problemas questotildees e opccedilotildees enfrentadas pelos alunos com necessidades educativas especiais em 16 paiacuteses Europeus Relatoacuterio Siacutentese Middelfart Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanagencyorgsitesdefaultfilestransition-from-school-to-employment_Transitionptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2003 Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula Relatoacuterio Siacutentese Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanagencyorgsitesdefaultfilesinclusive-education-and-classroom-practices_iecpptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2005 Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula nos 2ordm e 3ordm Ciclos do Ensino Baacutesico Relatoacuterio Siacutentese Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesinclusive-educationand-classroom-practice-in-secondary-education_iecp_secondary_ptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2006 Planos Individuais de Transiccedilatildeo Apoiar a Transiccedilatildeo da Escola para o Emprego Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesindividual-transitionplans_itp_ptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

shy

shyshy

shyshy

shy

shy

Colocar a teoria em praacutetica 35

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2009a Diversidade multicultural e necessidades especiais de educaccedilatildeo Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfilesmulticultural-diversity-and-special-needsshyeducation_Multicultural-Diversity-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2009b Princiacutepiosshychave para a Promoccedilatildeo da Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva ndash Recomendaccedilotildees para Decisores Poliacuteticos Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportskeyshyprinciples-for-promoting-quality-in-inclusive-educationkey-principles-PTpdf(Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2010 Intervenccedilatildeo Precoce na Infacircncia ndash Progressos e Desenvolvimentos 2005ndash2010 Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesearly-childhood-interventionshyprogress-and-developments_ECI-report-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011a Mapeamento da Implementaccedilatildeo de Poliacuteticas para a Educaccedilatildeo Inclusiva Uma anaacutelise dos desafios e oportunidades para o desenvolvimento de indicadores Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httphttpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesmipie_MIPIE-summaryshyof-proposals-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011b Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo na Europa ndash Desafios e Oportunidades Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfileste4i-challenges-and-opportunities_TE4I-Synthesis-Report-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011c Princiacutepios-Chave para a Promoccedilatildeo da Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva ndash Recomendaccedilotildees para Decisores Poliacuteticos Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfilesinclusive-education-and-classroom-practices_iecpshyptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011d Participation in Inclusive Education ndash A Framework for Developing Indicators [Participaccedilatildeo na Educaccedilatildeo inclusiva ndash Um Quadro para o Desenvolvimento de Indicadores] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 36

agencyorgpublicationsereportsparticipation-in-inclusive-education-a-frameworkshyfor-developing-indicatorsParticipation-in-Inclusive-Educationpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012a Perspetivas dos Jovens sobre Educaccedilatildeo Inclusiva Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfilesyoung-views-on-inclusive-education_YoungViews-2012PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012b Perfil de Professores Inclusivos Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfileste4i-profile-of-inclusive-teachers_Profile-of-InclusiveshyTeachers-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012c Raising Achievement for All Learners ndash Quality in Inclusive Education [Elevar o Sucesso de Todos os Alunos ndash Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva] Relatoacuterio sobre a conferecircncia realizada em Odense Dinamarca de 13 a 15 de junho de 2012 Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesRA4AL-conference-reportpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014) Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012d Raising Achievement for All Learners ndash Quality in Inclusive Education [Elevar o Sucesso de Todos os Alunos ndash Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httphttpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesra4al-keyshymessages_RA4AL-summary-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012e Promoting Accessible Information for Lifelong Learning Recommendations and findings of the i-access project [Promover o Acesso agrave Informaccedilatildeo para a Aprendizagem ao Longo da Vida Recomendaccedilotildees e observaccedilotildees do projeto i-access] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportsi-accessi-accessshyreportpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012f Vocational Education and Training Policy and Practice in the field of Special Needs Education ndash Literature Review [Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional (EFP) Poliacutetica e Praacutetica no campo da Educaccedilatildeo Especial ndash Revisatildeo da Literatura] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Colocar a teoria em praacutetica 37

agencyorgagency-projectsvocational-education-and-trainingvet-filesVETshyLiteratureReviewpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012g Teacher Education for Inclusion Project Recommendations linked to Sources of Evidence [Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo Recomendaccedilotildees do Projeto Ligadas a Fontes de Evidecircncias] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgagencyshyprojectsTeacher-Education-for-Inclusionsources-of-evidencepdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2013 European and International Policy Supporting ICT for Inclusion [Poliacutetica Europeia e Internacional para Uso das TIC como Apoio para a Inclusatildeo] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfileseuropean-and-internationalshypolicy-supporting-ict-for-inclusion_policy-supporting-ict-for-inclusionpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para as Necessidades Especiais e a Educaccedilatildeo Inclusiva 2014 Vocational Education and Training ndash Summary of Country Information [Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional ndash Resumo de Informaccedilatildeo do Paiacutes] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para as Necessidades Especiais e a Educaccedilatildeo Inclusiva httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesVET Summary of Country information 2014pdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Bennett S e Gallagher TL 2012 The Delivery of Education Services for Students who have an Intellectual Disability in the Province of Ontario [A prestaccedilatildeo de serviccedilos de ensino para alunos com incapacidade intelectual na proviacutencia de Ontaacuterio] Toronto Community Living Ontario

Chapman C Ainscow M Miles S e West M 2011 Leadership that promotes the achievement of students with special educational needs and disabilities [Lideranccedila que promove o sucesso de alunos com necessidades educativas especiais e incapacidades] Nottingham National College for School Leadership

Comissatildeo das Comunidades Europeias 2008 Livro Verde ndash Migraccedilatildeo e mobilidade desafios e oportunidades para os sistemas educativos da UE SEC(2008) 2173 COM20080423 final Bruxelas Comissatildeo das Comunidades Europeias

Conselho da Uniatildeo Europeia 2010 Conclusotildees do Conselho sobre a dimensatildeo social da educaccedilatildeo e da formaccedilatildeo 3013ordf Reuniatildeo do Conselho de EDUCACcedilAtildeO JUVENTUDE E CULTURA Bruxelas 11 de maio de 2010 httpeurshylexeuropaeulegal-contentPTTXTPDFuri=CELEX52010XG0526(01)ampfrom=PT(Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 38

Farrell P Dyson AS Polat F Hutcheson G e Gallannaugh F 2007 laquoSEN inclusion and pupil achievement in English schoolsraquo [Inclusatildeo de crianccedilas com NEE e sucesso dos alunos nas escolas inglesas] Journal of Research in Special Educational Needs 7 (3) 172ndash178

Frilseth L 2012 The Norwegian Model for Education for All in Upper Secondary School [O Modelo Norueguecircs para a Educaccedilatildeo para Todos no Ensino Secundaacuterio] Direccedilatildeo Norueguesa para Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo httpwwweuropeanshyagencyorgagency-projectsra4alra4al-seminar-pdfNorway-L-Frilsethpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Fullan M 2011 Change Leader Learning to do what matters most [Liacuteder de Mudanccedila aprender a fazer o que mais importa] San Francisco Jossey-Bass de Graaf G van Hove G e Haveman M 2011 laquoMore academics in regular schools The effect of regular versus special school placement on academic skills in Dutch primary school students with Down syndromeraquo [Mais acadeacutemicos nas escolas regulares O efeito da colocaccedilatildeo em escola regular versus escola especial nas competecircncias acadeacutemicas em alunos holandeses do ensino primaacuterio com siacutendrome de Down] Journal of International Disability Research December 2011 57(1) 21ndash38 doi 101111j1365-2788201101512x

Hargreaves A e Shirley D 2009 The Fourth Way ndash The inspiring future for educational change [A Quarta Via ndash O futuro inspirador para a mudanccedila educativa] Publicaccedilatildeo conjunta do Ontario Principalsrsquo Council e do National Staff Development Council Thousand Oaks CA Corwin Press

Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO e Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011 ICTs in Education for People with Disabilities Review de innovative practice [TIC na Educaccedilatildeo para Pessoas com Incapacidades revisatildeo da praacutetica inovadora] Moscovo Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO httpwwweuropeanshyagencyorgpublicationsereportsICTs-in-Education-for-People-WithshyDisabilitiesReview-of-Innovative-Practice (Uacuteltimo acesso em julho de 2014) Kalambouka A Farrell P Dyson A e Kaplan I 2005 The impact of population inclusivity in schools on student outcomes [O impacto da inclusividade da populaccedilatildeo em escolas nos resultados dos alunos] Research Evidence in Education Library London EPPI-Centre Social Science Research Unit Institute of Education University of London Kyriazopoulou M e Weber H (eds) 2009 Desenvolvimento de um conjunto de indicadores ndash para a educaccedilatildeo inclusiva na Europa Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Colocar a teoria em praacutetica 39

agencyorgsitesdefaultfilesdevelopment-of-a-set-of-indicators-for-inclusiveshyeducation-in-europe_indicators-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

MacArthur J 2009 Learning Better Together Working towards inclusive education in New Zealand schools [Aprender Melhor Juntos trabalhar para a educaccedilatildeo inclusiva nas escolas da Nova Zelacircndia] Wellington IHC

MacArthur J Kelly B Sharp S amp Gaffney M 2005 Participation or exclusion Disabled childrenrsquos experiences of life at school [Participaccedilatildeo ou exclusatildeo Experiecircncias de vida na escola de crianccedilas com incapacidades] Um artigo apresentado na laquoChildrenrsquos Issues Conferenceraquo Dunedin Nova Zelacircndia julho de 2005 Menter I Hulme M Elliott D e Lewin J 2010 Literature Review on Teacher Education in the 21st Century [Revisatildeo da Literatura sobre a Formaccedilatildeo de Professores no Seacuteculo XXI] Scottish Government Social Research Edimburgo Scottish Government

Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para a Educaccedilatildeo Ciecircncia e Cultura 2009 Policy Guidelines on Inclusion in Education [Diretrizes da Poliacutetica sobre Inclusatildeo na Educaccedilatildeo] Paris UNESCO

Organizaccedilatildeo Mundial de SauacutedeBanco Mundial 2011 World Report on Disability [Relatoacuterio Mundial sobre Deficiecircncia] Genebra Ediccedilotildees OMS httpwwwwhointdisabilitiesworld_report2011enindexhtml (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Organizaccedilatildeo para a Cooperaccedilatildeo e Desenvolvimento Econoacutemico 2011 PISA in Focus Improving Performance Leading from the Bottom [PISA agrave Lupa Melhorar os Resultados Progedir ateacute ao Topo] 20112 (Marccedilo) Paris OCDE Redley M 2009 laquoUnderstanding the social exclusion and stalled welfare of citizens with learning disabilitiesraquo [Compreender a exclusatildeo social e o bem-estar sem progresso dos cidadatildeos com dificuldades de aprendizagem] Disability amp Society 24(4) 489ndash501

Naccedilotildees Unidas 2006 Convenccedilatildeo sobre os Direitos das Pessoas com Deficiecircncia Nova Iorque Naccedilotildees Unidas

Watkins A (ed) 2007 Assessment in Inclusive Settings Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos Questotildees-chave para Poliacuteticas e Praacuteticas Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportsassessment-in-inclusiveshysettings-key-issues-for-policy-and-practiceassessment-in-inclusive-settings-keyshyissues-for-policy-and-practice (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 40

Wilkinson R e Pickett K 2010 The Spirit Level Why Equality is Better para Everyone [O Niacutevel do Espiacuterito Por que a Igualdade eacute Melhor para Todos] Londres Penguin

Willms JD 2006 Learning divides Ten policy questions about the performance and equity of schools and schooling systems [A aprendizagem divide dez perguntas de poliacutetica acerca do desempenho e equidade das escolas e dos sistemas de escolaridade] Montreal Instituto de Estatiacutestica da UNESCO

Colocar a teoria em praacutetica 41

  • preacircmbulo
  • Sumaacuterio Executivo
  • O mais precocemente possiacutevel
    • Introduccedilatildeo
    • Intervenccedilatildeo precoce
    • Deteccedilatildeo e avaliaccedilatildeo precoces
    • Apoio precoce
    • Transiccedilatildeo planeada
      • A educaccedilatildeo inclusiva beneficia todos
        • Introduccedilatildeo
        • A educaccedilatildeo inclusiva como uma abordagem para elevar o sucesso para todos os alunos
        • laquoO que eacute bom para os alunos com NEE eacute igualmente bom para todos os alunosraquo
        • Monitorizaccedilatildeo do progresso
          • profissionais altamente qualificados
            • Introduccedilatildeo
            • Formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo
            • O perfil dos professores inclusivos e outros profissionais
            • Abordagens ao recrutamento
            • Atitudes positivas
            • Trabalho em rede e coordenaccedilatildeo
              • sistemas de apoio e mecanismos de financiamento
                • Introduccedilatildeo
                • Sistemas de apoio e mecanismos de financiamento
                  • Intervenccedilatildeo Precoce na Infacircncia (IPI)
                  • Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula
                  • Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional (EFP)
                  • Tecnologias de Informaccedilatildeo e Comunicaccedilatildeo (TIC)
                      • dados fiaacuteveis
                        • Introduccedilatildeo
                        • Monitorizaccedilatildeo dos direitos dos alunos
                          • (i) Participaccedilatildeo na educaccedilatildeo e formaccedilatildeo
                          • (ii) Acesso ao apoio e agrave adaptaccedilatildeo
                          • (iii) Oportunidades para o sucesso na aprendizagem e na transiccedilatildeo
                          • (iv) Oportunidades de integraccedilatildeo
                            • Monitorizaccedilatildeo da eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusiva
                              • olhar em frente
                              • REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2009a Diversidade multicultural e necessidades especiais de educaccedilatildeo Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfilesmulticultural-diversity-and-special-needsshyeducation_Multicultural-Diversity-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2009b Princiacutepiosshychave para a Promoccedilatildeo da Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva ndash Recomendaccedilotildees para Decisores Poliacuteticos Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportskeyshyprinciples-for-promoting-quality-in-inclusive-educationkey-principles-PTpdf(Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2010 Intervenccedilatildeo Precoce na Infacircncia ndash Progressos e Desenvolvimentos 2005ndash2010 Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesearly-childhood-interventionshyprogress-and-developments_ECI-report-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011a Mapeamento da Implementaccedilatildeo de Poliacuteticas para a Educaccedilatildeo Inclusiva Uma anaacutelise dos desafios e oportunidades para o desenvolvimento de indicadores Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httphttpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesmipie_MIPIE-summaryshyof-proposals-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011b Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo na Europa ndash Desafios e Oportunidades Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfileste4i-challenges-and-opportunities_TE4I-Synthesis-Report-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011c Princiacutepios-Chave para a Promoccedilatildeo da Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva ndash Recomendaccedilotildees para Decisores Poliacuteticos Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfilesinclusive-education-and-classroom-practices_iecpshyptpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011d Participation in Inclusive Education ndash A Framework for Developing Indicators [Participaccedilatildeo na Educaccedilatildeo inclusiva ndash Um Quadro para o Desenvolvimento de Indicadores] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 36

agencyorgpublicationsereportsparticipation-in-inclusive-education-a-frameworkshyfor-developing-indicatorsParticipation-in-Inclusive-Educationpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012a Perspetivas dos Jovens sobre Educaccedilatildeo Inclusiva Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfilesyoung-views-on-inclusive-education_YoungViews-2012PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012b Perfil de Professores Inclusivos Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfileste4i-profile-of-inclusive-teachers_Profile-of-InclusiveshyTeachers-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012c Raising Achievement for All Learners ndash Quality in Inclusive Education [Elevar o Sucesso de Todos os Alunos ndash Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva] Relatoacuterio sobre a conferecircncia realizada em Odense Dinamarca de 13 a 15 de junho de 2012 Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesRA4AL-conference-reportpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014) Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012d Raising Achievement for All Learners ndash Quality in Inclusive Education [Elevar o Sucesso de Todos os Alunos ndash Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httphttpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesra4al-keyshymessages_RA4AL-summary-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012e Promoting Accessible Information for Lifelong Learning Recommendations and findings of the i-access project [Promover o Acesso agrave Informaccedilatildeo para a Aprendizagem ao Longo da Vida Recomendaccedilotildees e observaccedilotildees do projeto i-access] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportsi-accessi-accessshyreportpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012f Vocational Education and Training Policy and Practice in the field of Special Needs Education ndash Literature Review [Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional (EFP) Poliacutetica e Praacutetica no campo da Educaccedilatildeo Especial ndash Revisatildeo da Literatura] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Colocar a teoria em praacutetica 37

agencyorgagency-projectsvocational-education-and-trainingvet-filesVETshyLiteratureReviewpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012g Teacher Education for Inclusion Project Recommendations linked to Sources of Evidence [Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo Recomendaccedilotildees do Projeto Ligadas a Fontes de Evidecircncias] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgagencyshyprojectsTeacher-Education-for-Inclusionsources-of-evidencepdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2013 European and International Policy Supporting ICT for Inclusion [Poliacutetica Europeia e Internacional para Uso das TIC como Apoio para a Inclusatildeo] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfileseuropean-and-internationalshypolicy-supporting-ict-for-inclusion_policy-supporting-ict-for-inclusionpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para as Necessidades Especiais e a Educaccedilatildeo Inclusiva 2014 Vocational Education and Training ndash Summary of Country Information [Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional ndash Resumo de Informaccedilatildeo do Paiacutes] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para as Necessidades Especiais e a Educaccedilatildeo Inclusiva httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesVET Summary of Country information 2014pdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Bennett S e Gallagher TL 2012 The Delivery of Education Services for Students who have an Intellectual Disability in the Province of Ontario [A prestaccedilatildeo de serviccedilos de ensino para alunos com incapacidade intelectual na proviacutencia de Ontaacuterio] Toronto Community Living Ontario

Chapman C Ainscow M Miles S e West M 2011 Leadership that promotes the achievement of students with special educational needs and disabilities [Lideranccedila que promove o sucesso de alunos com necessidades educativas especiais e incapacidades] Nottingham National College for School Leadership

Comissatildeo das Comunidades Europeias 2008 Livro Verde ndash Migraccedilatildeo e mobilidade desafios e oportunidades para os sistemas educativos da UE SEC(2008) 2173 COM20080423 final Bruxelas Comissatildeo das Comunidades Europeias

Conselho da Uniatildeo Europeia 2010 Conclusotildees do Conselho sobre a dimensatildeo social da educaccedilatildeo e da formaccedilatildeo 3013ordf Reuniatildeo do Conselho de EDUCACcedilAtildeO JUVENTUDE E CULTURA Bruxelas 11 de maio de 2010 httpeurshylexeuropaeulegal-contentPTTXTPDFuri=CELEX52010XG0526(01)ampfrom=PT(Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 38

Farrell P Dyson AS Polat F Hutcheson G e Gallannaugh F 2007 laquoSEN inclusion and pupil achievement in English schoolsraquo [Inclusatildeo de crianccedilas com NEE e sucesso dos alunos nas escolas inglesas] Journal of Research in Special Educational Needs 7 (3) 172ndash178

Frilseth L 2012 The Norwegian Model for Education for All in Upper Secondary School [O Modelo Norueguecircs para a Educaccedilatildeo para Todos no Ensino Secundaacuterio] Direccedilatildeo Norueguesa para Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo httpwwweuropeanshyagencyorgagency-projectsra4alra4al-seminar-pdfNorway-L-Frilsethpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Fullan M 2011 Change Leader Learning to do what matters most [Liacuteder de Mudanccedila aprender a fazer o que mais importa] San Francisco Jossey-Bass de Graaf G van Hove G e Haveman M 2011 laquoMore academics in regular schools The effect of regular versus special school placement on academic skills in Dutch primary school students with Down syndromeraquo [Mais acadeacutemicos nas escolas regulares O efeito da colocaccedilatildeo em escola regular versus escola especial nas competecircncias acadeacutemicas em alunos holandeses do ensino primaacuterio com siacutendrome de Down] Journal of International Disability Research December 2011 57(1) 21ndash38 doi 101111j1365-2788201101512x

Hargreaves A e Shirley D 2009 The Fourth Way ndash The inspiring future for educational change [A Quarta Via ndash O futuro inspirador para a mudanccedila educativa] Publicaccedilatildeo conjunta do Ontario Principalsrsquo Council e do National Staff Development Council Thousand Oaks CA Corwin Press

Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO e Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011 ICTs in Education for People with Disabilities Review de innovative practice [TIC na Educaccedilatildeo para Pessoas com Incapacidades revisatildeo da praacutetica inovadora] Moscovo Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO httpwwweuropeanshyagencyorgpublicationsereportsICTs-in-Education-for-People-WithshyDisabilitiesReview-of-Innovative-Practice (Uacuteltimo acesso em julho de 2014) Kalambouka A Farrell P Dyson A e Kaplan I 2005 The impact of population inclusivity in schools on student outcomes [O impacto da inclusividade da populaccedilatildeo em escolas nos resultados dos alunos] Research Evidence in Education Library London EPPI-Centre Social Science Research Unit Institute of Education University of London Kyriazopoulou M e Weber H (eds) 2009 Desenvolvimento de um conjunto de indicadores ndash para a educaccedilatildeo inclusiva na Europa Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Colocar a teoria em praacutetica 39

agencyorgsitesdefaultfilesdevelopment-of-a-set-of-indicators-for-inclusiveshyeducation-in-europe_indicators-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

MacArthur J 2009 Learning Better Together Working towards inclusive education in New Zealand schools [Aprender Melhor Juntos trabalhar para a educaccedilatildeo inclusiva nas escolas da Nova Zelacircndia] Wellington IHC

MacArthur J Kelly B Sharp S amp Gaffney M 2005 Participation or exclusion Disabled childrenrsquos experiences of life at school [Participaccedilatildeo ou exclusatildeo Experiecircncias de vida na escola de crianccedilas com incapacidades] Um artigo apresentado na laquoChildrenrsquos Issues Conferenceraquo Dunedin Nova Zelacircndia julho de 2005 Menter I Hulme M Elliott D e Lewin J 2010 Literature Review on Teacher Education in the 21st Century [Revisatildeo da Literatura sobre a Formaccedilatildeo de Professores no Seacuteculo XXI] Scottish Government Social Research Edimburgo Scottish Government

Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para a Educaccedilatildeo Ciecircncia e Cultura 2009 Policy Guidelines on Inclusion in Education [Diretrizes da Poliacutetica sobre Inclusatildeo na Educaccedilatildeo] Paris UNESCO

Organizaccedilatildeo Mundial de SauacutedeBanco Mundial 2011 World Report on Disability [Relatoacuterio Mundial sobre Deficiecircncia] Genebra Ediccedilotildees OMS httpwwwwhointdisabilitiesworld_report2011enindexhtml (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Organizaccedilatildeo para a Cooperaccedilatildeo e Desenvolvimento Econoacutemico 2011 PISA in Focus Improving Performance Leading from the Bottom [PISA agrave Lupa Melhorar os Resultados Progedir ateacute ao Topo] 20112 (Marccedilo) Paris OCDE Redley M 2009 laquoUnderstanding the social exclusion and stalled welfare of citizens with learning disabilitiesraquo [Compreender a exclusatildeo social e o bem-estar sem progresso dos cidadatildeos com dificuldades de aprendizagem] Disability amp Society 24(4) 489ndash501

Naccedilotildees Unidas 2006 Convenccedilatildeo sobre os Direitos das Pessoas com Deficiecircncia Nova Iorque Naccedilotildees Unidas

Watkins A (ed) 2007 Assessment in Inclusive Settings Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos Questotildees-chave para Poliacuteticas e Praacuteticas Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportsassessment-in-inclusiveshysettings-key-issues-for-policy-and-practiceassessment-in-inclusive-settings-keyshyissues-for-policy-and-practice (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 40

Wilkinson R e Pickett K 2010 The Spirit Level Why Equality is Better para Everyone [O Niacutevel do Espiacuterito Por que a Igualdade eacute Melhor para Todos] Londres Penguin

Willms JD 2006 Learning divides Ten policy questions about the performance and equity of schools and schooling systems [A aprendizagem divide dez perguntas de poliacutetica acerca do desempenho e equidade das escolas e dos sistemas de escolaridade] Montreal Instituto de Estatiacutestica da UNESCO

Colocar a teoria em praacutetica 41

  • preacircmbulo
  • Sumaacuterio Executivo
  • O mais precocemente possiacutevel
    • Introduccedilatildeo
    • Intervenccedilatildeo precoce
    • Deteccedilatildeo e avaliaccedilatildeo precoces
    • Apoio precoce
    • Transiccedilatildeo planeada
      • A educaccedilatildeo inclusiva beneficia todos
        • Introduccedilatildeo
        • A educaccedilatildeo inclusiva como uma abordagem para elevar o sucesso para todos os alunos
        • laquoO que eacute bom para os alunos com NEE eacute igualmente bom para todos os alunosraquo
        • Monitorizaccedilatildeo do progresso
          • profissionais altamente qualificados
            • Introduccedilatildeo
            • Formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo
            • O perfil dos professores inclusivos e outros profissionais
            • Abordagens ao recrutamento
            • Atitudes positivas
            • Trabalho em rede e coordenaccedilatildeo
              • sistemas de apoio e mecanismos de financiamento
                • Introduccedilatildeo
                • Sistemas de apoio e mecanismos de financiamento
                  • Intervenccedilatildeo Precoce na Infacircncia (IPI)
                  • Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula
                  • Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional (EFP)
                  • Tecnologias de Informaccedilatildeo e Comunicaccedilatildeo (TIC)
                      • dados fiaacuteveis
                        • Introduccedilatildeo
                        • Monitorizaccedilatildeo dos direitos dos alunos
                          • (i) Participaccedilatildeo na educaccedilatildeo e formaccedilatildeo
                          • (ii) Acesso ao apoio e agrave adaptaccedilatildeo
                          • (iii) Oportunidades para o sucesso na aprendizagem e na transiccedilatildeo
                          • (iv) Oportunidades de integraccedilatildeo
                            • Monitorizaccedilatildeo da eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusiva
                              • olhar em frente
                              • REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

agencyorgpublicationsereportsparticipation-in-inclusive-education-a-frameworkshyfor-developing-indicatorsParticipation-in-Inclusive-Educationpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012a Perspetivas dos Jovens sobre Educaccedilatildeo Inclusiva Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfilesyoung-views-on-inclusive-education_YoungViews-2012PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012b Perfil de Professores Inclusivos Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropeanshyagencyorgsitesdefaultfileste4i-profile-of-inclusive-teachers_Profile-of-InclusiveshyTeachers-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012c Raising Achievement for All Learners ndash Quality in Inclusive Education [Elevar o Sucesso de Todos os Alunos ndash Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva] Relatoacuterio sobre a conferecircncia realizada em Odense Dinamarca de 13 a 15 de junho de 2012 Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesRA4AL-conference-reportpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014) Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012d Raising Achievement for All Learners ndash Quality in Inclusive Education [Elevar o Sucesso de Todos os Alunos ndash Qualidade na Educaccedilatildeo Inclusiva] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httphttpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesra4al-keyshymessages_RA4AL-summary-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012e Promoting Accessible Information for Lifelong Learning Recommendations and findings of the i-access project [Promover o Acesso agrave Informaccedilatildeo para a Aprendizagem ao Longo da Vida Recomendaccedilotildees e observaccedilotildees do projeto i-access] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportsi-accessi-accessshyreportpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012f Vocational Education and Training Policy and Practice in the field of Special Needs Education ndash Literature Review [Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional (EFP) Poliacutetica e Praacutetica no campo da Educaccedilatildeo Especial ndash Revisatildeo da Literatura] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Colocar a teoria em praacutetica 37

agencyorgagency-projectsvocational-education-and-trainingvet-filesVETshyLiteratureReviewpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012g Teacher Education for Inclusion Project Recommendations linked to Sources of Evidence [Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo Recomendaccedilotildees do Projeto Ligadas a Fontes de Evidecircncias] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgagencyshyprojectsTeacher-Education-for-Inclusionsources-of-evidencepdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2013 European and International Policy Supporting ICT for Inclusion [Poliacutetica Europeia e Internacional para Uso das TIC como Apoio para a Inclusatildeo] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfileseuropean-and-internationalshypolicy-supporting-ict-for-inclusion_policy-supporting-ict-for-inclusionpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para as Necessidades Especiais e a Educaccedilatildeo Inclusiva 2014 Vocational Education and Training ndash Summary of Country Information [Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional ndash Resumo de Informaccedilatildeo do Paiacutes] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para as Necessidades Especiais e a Educaccedilatildeo Inclusiva httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesVET Summary of Country information 2014pdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Bennett S e Gallagher TL 2012 The Delivery of Education Services for Students who have an Intellectual Disability in the Province of Ontario [A prestaccedilatildeo de serviccedilos de ensino para alunos com incapacidade intelectual na proviacutencia de Ontaacuterio] Toronto Community Living Ontario

Chapman C Ainscow M Miles S e West M 2011 Leadership that promotes the achievement of students with special educational needs and disabilities [Lideranccedila que promove o sucesso de alunos com necessidades educativas especiais e incapacidades] Nottingham National College for School Leadership

Comissatildeo das Comunidades Europeias 2008 Livro Verde ndash Migraccedilatildeo e mobilidade desafios e oportunidades para os sistemas educativos da UE SEC(2008) 2173 COM20080423 final Bruxelas Comissatildeo das Comunidades Europeias

Conselho da Uniatildeo Europeia 2010 Conclusotildees do Conselho sobre a dimensatildeo social da educaccedilatildeo e da formaccedilatildeo 3013ordf Reuniatildeo do Conselho de EDUCACcedilAtildeO JUVENTUDE E CULTURA Bruxelas 11 de maio de 2010 httpeurshylexeuropaeulegal-contentPTTXTPDFuri=CELEX52010XG0526(01)ampfrom=PT(Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 38

Farrell P Dyson AS Polat F Hutcheson G e Gallannaugh F 2007 laquoSEN inclusion and pupil achievement in English schoolsraquo [Inclusatildeo de crianccedilas com NEE e sucesso dos alunos nas escolas inglesas] Journal of Research in Special Educational Needs 7 (3) 172ndash178

Frilseth L 2012 The Norwegian Model for Education for All in Upper Secondary School [O Modelo Norueguecircs para a Educaccedilatildeo para Todos no Ensino Secundaacuterio] Direccedilatildeo Norueguesa para Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo httpwwweuropeanshyagencyorgagency-projectsra4alra4al-seminar-pdfNorway-L-Frilsethpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Fullan M 2011 Change Leader Learning to do what matters most [Liacuteder de Mudanccedila aprender a fazer o que mais importa] San Francisco Jossey-Bass de Graaf G van Hove G e Haveman M 2011 laquoMore academics in regular schools The effect of regular versus special school placement on academic skills in Dutch primary school students with Down syndromeraquo [Mais acadeacutemicos nas escolas regulares O efeito da colocaccedilatildeo em escola regular versus escola especial nas competecircncias acadeacutemicas em alunos holandeses do ensino primaacuterio com siacutendrome de Down] Journal of International Disability Research December 2011 57(1) 21ndash38 doi 101111j1365-2788201101512x

Hargreaves A e Shirley D 2009 The Fourth Way ndash The inspiring future for educational change [A Quarta Via ndash O futuro inspirador para a mudanccedila educativa] Publicaccedilatildeo conjunta do Ontario Principalsrsquo Council e do National Staff Development Council Thousand Oaks CA Corwin Press

Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO e Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011 ICTs in Education for People with Disabilities Review de innovative practice [TIC na Educaccedilatildeo para Pessoas com Incapacidades revisatildeo da praacutetica inovadora] Moscovo Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO httpwwweuropeanshyagencyorgpublicationsereportsICTs-in-Education-for-People-WithshyDisabilitiesReview-of-Innovative-Practice (Uacuteltimo acesso em julho de 2014) Kalambouka A Farrell P Dyson A e Kaplan I 2005 The impact of population inclusivity in schools on student outcomes [O impacto da inclusividade da populaccedilatildeo em escolas nos resultados dos alunos] Research Evidence in Education Library London EPPI-Centre Social Science Research Unit Institute of Education University of London Kyriazopoulou M e Weber H (eds) 2009 Desenvolvimento de um conjunto de indicadores ndash para a educaccedilatildeo inclusiva na Europa Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Colocar a teoria em praacutetica 39

agencyorgsitesdefaultfilesdevelopment-of-a-set-of-indicators-for-inclusiveshyeducation-in-europe_indicators-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

MacArthur J 2009 Learning Better Together Working towards inclusive education in New Zealand schools [Aprender Melhor Juntos trabalhar para a educaccedilatildeo inclusiva nas escolas da Nova Zelacircndia] Wellington IHC

MacArthur J Kelly B Sharp S amp Gaffney M 2005 Participation or exclusion Disabled childrenrsquos experiences of life at school [Participaccedilatildeo ou exclusatildeo Experiecircncias de vida na escola de crianccedilas com incapacidades] Um artigo apresentado na laquoChildrenrsquos Issues Conferenceraquo Dunedin Nova Zelacircndia julho de 2005 Menter I Hulme M Elliott D e Lewin J 2010 Literature Review on Teacher Education in the 21st Century [Revisatildeo da Literatura sobre a Formaccedilatildeo de Professores no Seacuteculo XXI] Scottish Government Social Research Edimburgo Scottish Government

Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para a Educaccedilatildeo Ciecircncia e Cultura 2009 Policy Guidelines on Inclusion in Education [Diretrizes da Poliacutetica sobre Inclusatildeo na Educaccedilatildeo] Paris UNESCO

Organizaccedilatildeo Mundial de SauacutedeBanco Mundial 2011 World Report on Disability [Relatoacuterio Mundial sobre Deficiecircncia] Genebra Ediccedilotildees OMS httpwwwwhointdisabilitiesworld_report2011enindexhtml (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Organizaccedilatildeo para a Cooperaccedilatildeo e Desenvolvimento Econoacutemico 2011 PISA in Focus Improving Performance Leading from the Bottom [PISA agrave Lupa Melhorar os Resultados Progedir ateacute ao Topo] 20112 (Marccedilo) Paris OCDE Redley M 2009 laquoUnderstanding the social exclusion and stalled welfare of citizens with learning disabilitiesraquo [Compreender a exclusatildeo social e o bem-estar sem progresso dos cidadatildeos com dificuldades de aprendizagem] Disability amp Society 24(4) 489ndash501

Naccedilotildees Unidas 2006 Convenccedilatildeo sobre os Direitos das Pessoas com Deficiecircncia Nova Iorque Naccedilotildees Unidas

Watkins A (ed) 2007 Assessment in Inclusive Settings Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos Questotildees-chave para Poliacuteticas e Praacuteticas Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportsassessment-in-inclusiveshysettings-key-issues-for-policy-and-practiceassessment-in-inclusive-settings-keyshyissues-for-policy-and-practice (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 40

Wilkinson R e Pickett K 2010 The Spirit Level Why Equality is Better para Everyone [O Niacutevel do Espiacuterito Por que a Igualdade eacute Melhor para Todos] Londres Penguin

Willms JD 2006 Learning divides Ten policy questions about the performance and equity of schools and schooling systems [A aprendizagem divide dez perguntas de poliacutetica acerca do desempenho e equidade das escolas e dos sistemas de escolaridade] Montreal Instituto de Estatiacutestica da UNESCO

Colocar a teoria em praacutetica 41

  • preacircmbulo
  • Sumaacuterio Executivo
  • O mais precocemente possiacutevel
    • Introduccedilatildeo
    • Intervenccedilatildeo precoce
    • Deteccedilatildeo e avaliaccedilatildeo precoces
    • Apoio precoce
    • Transiccedilatildeo planeada
      • A educaccedilatildeo inclusiva beneficia todos
        • Introduccedilatildeo
        • A educaccedilatildeo inclusiva como uma abordagem para elevar o sucesso para todos os alunos
        • laquoO que eacute bom para os alunos com NEE eacute igualmente bom para todos os alunosraquo
        • Monitorizaccedilatildeo do progresso
          • profissionais altamente qualificados
            • Introduccedilatildeo
            • Formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo
            • O perfil dos professores inclusivos e outros profissionais
            • Abordagens ao recrutamento
            • Atitudes positivas
            • Trabalho em rede e coordenaccedilatildeo
              • sistemas de apoio e mecanismos de financiamento
                • Introduccedilatildeo
                • Sistemas de apoio e mecanismos de financiamento
                  • Intervenccedilatildeo Precoce na Infacircncia (IPI)
                  • Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula
                  • Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional (EFP)
                  • Tecnologias de Informaccedilatildeo e Comunicaccedilatildeo (TIC)
                      • dados fiaacuteveis
                        • Introduccedilatildeo
                        • Monitorizaccedilatildeo dos direitos dos alunos
                          • (i) Participaccedilatildeo na educaccedilatildeo e formaccedilatildeo
                          • (ii) Acesso ao apoio e agrave adaptaccedilatildeo
                          • (iii) Oportunidades para o sucesso na aprendizagem e na transiccedilatildeo
                          • (iv) Oportunidades de integraccedilatildeo
                            • Monitorizaccedilatildeo da eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusiva
                              • olhar em frente
                              • REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

agencyorgagency-projectsvocational-education-and-trainingvet-filesVETshyLiteratureReviewpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2012g Teacher Education for Inclusion Project Recommendations linked to Sources of Evidence [Formaccedilatildeo de Professores para a Inclusatildeo Recomendaccedilotildees do Projeto Ligadas a Fontes de Evidecircncias] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgagencyshyprojectsTeacher-Education-for-Inclusionsources-of-evidencepdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2013 European and International Policy Supporting ICT for Inclusion [Poliacutetica Europeia e Internacional para Uso das TIC como Apoio para a Inclusatildeo] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfileseuropean-and-internationalshypolicy-supporting-ict-for-inclusion_policy-supporting-ict-for-inclusionpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Agecircncia Europeia para as Necessidades Especiais e a Educaccedilatildeo Inclusiva 2014 Vocational Education and Training ndash Summary of Country Information [Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional ndash Resumo de Informaccedilatildeo do Paiacutes] Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para as Necessidades Especiais e a Educaccedilatildeo Inclusiva httpwwweuropean-agencyorgsitesdefaultfilesVET Summary of Country information 2014pdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Bennett S e Gallagher TL 2012 The Delivery of Education Services for Students who have an Intellectual Disability in the Province of Ontario [A prestaccedilatildeo de serviccedilos de ensino para alunos com incapacidade intelectual na proviacutencia de Ontaacuterio] Toronto Community Living Ontario

Chapman C Ainscow M Miles S e West M 2011 Leadership that promotes the achievement of students with special educational needs and disabilities [Lideranccedila que promove o sucesso de alunos com necessidades educativas especiais e incapacidades] Nottingham National College for School Leadership

Comissatildeo das Comunidades Europeias 2008 Livro Verde ndash Migraccedilatildeo e mobilidade desafios e oportunidades para os sistemas educativos da UE SEC(2008) 2173 COM20080423 final Bruxelas Comissatildeo das Comunidades Europeias

Conselho da Uniatildeo Europeia 2010 Conclusotildees do Conselho sobre a dimensatildeo social da educaccedilatildeo e da formaccedilatildeo 3013ordf Reuniatildeo do Conselho de EDUCACcedilAtildeO JUVENTUDE E CULTURA Bruxelas 11 de maio de 2010 httpeurshylexeuropaeulegal-contentPTTXTPDFuri=CELEX52010XG0526(01)ampfrom=PT(Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 38

Farrell P Dyson AS Polat F Hutcheson G e Gallannaugh F 2007 laquoSEN inclusion and pupil achievement in English schoolsraquo [Inclusatildeo de crianccedilas com NEE e sucesso dos alunos nas escolas inglesas] Journal of Research in Special Educational Needs 7 (3) 172ndash178

Frilseth L 2012 The Norwegian Model for Education for All in Upper Secondary School [O Modelo Norueguecircs para a Educaccedilatildeo para Todos no Ensino Secundaacuterio] Direccedilatildeo Norueguesa para Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo httpwwweuropeanshyagencyorgagency-projectsra4alra4al-seminar-pdfNorway-L-Frilsethpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Fullan M 2011 Change Leader Learning to do what matters most [Liacuteder de Mudanccedila aprender a fazer o que mais importa] San Francisco Jossey-Bass de Graaf G van Hove G e Haveman M 2011 laquoMore academics in regular schools The effect of regular versus special school placement on academic skills in Dutch primary school students with Down syndromeraquo [Mais acadeacutemicos nas escolas regulares O efeito da colocaccedilatildeo em escola regular versus escola especial nas competecircncias acadeacutemicas em alunos holandeses do ensino primaacuterio com siacutendrome de Down] Journal of International Disability Research December 2011 57(1) 21ndash38 doi 101111j1365-2788201101512x

Hargreaves A e Shirley D 2009 The Fourth Way ndash The inspiring future for educational change [A Quarta Via ndash O futuro inspirador para a mudanccedila educativa] Publicaccedilatildeo conjunta do Ontario Principalsrsquo Council e do National Staff Development Council Thousand Oaks CA Corwin Press

Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO e Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011 ICTs in Education for People with Disabilities Review de innovative practice [TIC na Educaccedilatildeo para Pessoas com Incapacidades revisatildeo da praacutetica inovadora] Moscovo Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO httpwwweuropeanshyagencyorgpublicationsereportsICTs-in-Education-for-People-WithshyDisabilitiesReview-of-Innovative-Practice (Uacuteltimo acesso em julho de 2014) Kalambouka A Farrell P Dyson A e Kaplan I 2005 The impact of population inclusivity in schools on student outcomes [O impacto da inclusividade da populaccedilatildeo em escolas nos resultados dos alunos] Research Evidence in Education Library London EPPI-Centre Social Science Research Unit Institute of Education University of London Kyriazopoulou M e Weber H (eds) 2009 Desenvolvimento de um conjunto de indicadores ndash para a educaccedilatildeo inclusiva na Europa Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Colocar a teoria em praacutetica 39

agencyorgsitesdefaultfilesdevelopment-of-a-set-of-indicators-for-inclusiveshyeducation-in-europe_indicators-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

MacArthur J 2009 Learning Better Together Working towards inclusive education in New Zealand schools [Aprender Melhor Juntos trabalhar para a educaccedilatildeo inclusiva nas escolas da Nova Zelacircndia] Wellington IHC

MacArthur J Kelly B Sharp S amp Gaffney M 2005 Participation or exclusion Disabled childrenrsquos experiences of life at school [Participaccedilatildeo ou exclusatildeo Experiecircncias de vida na escola de crianccedilas com incapacidades] Um artigo apresentado na laquoChildrenrsquos Issues Conferenceraquo Dunedin Nova Zelacircndia julho de 2005 Menter I Hulme M Elliott D e Lewin J 2010 Literature Review on Teacher Education in the 21st Century [Revisatildeo da Literatura sobre a Formaccedilatildeo de Professores no Seacuteculo XXI] Scottish Government Social Research Edimburgo Scottish Government

Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para a Educaccedilatildeo Ciecircncia e Cultura 2009 Policy Guidelines on Inclusion in Education [Diretrizes da Poliacutetica sobre Inclusatildeo na Educaccedilatildeo] Paris UNESCO

Organizaccedilatildeo Mundial de SauacutedeBanco Mundial 2011 World Report on Disability [Relatoacuterio Mundial sobre Deficiecircncia] Genebra Ediccedilotildees OMS httpwwwwhointdisabilitiesworld_report2011enindexhtml (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Organizaccedilatildeo para a Cooperaccedilatildeo e Desenvolvimento Econoacutemico 2011 PISA in Focus Improving Performance Leading from the Bottom [PISA agrave Lupa Melhorar os Resultados Progedir ateacute ao Topo] 20112 (Marccedilo) Paris OCDE Redley M 2009 laquoUnderstanding the social exclusion and stalled welfare of citizens with learning disabilitiesraquo [Compreender a exclusatildeo social e o bem-estar sem progresso dos cidadatildeos com dificuldades de aprendizagem] Disability amp Society 24(4) 489ndash501

Naccedilotildees Unidas 2006 Convenccedilatildeo sobre os Direitos das Pessoas com Deficiecircncia Nova Iorque Naccedilotildees Unidas

Watkins A (ed) 2007 Assessment in Inclusive Settings Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos Questotildees-chave para Poliacuteticas e Praacuteticas Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportsassessment-in-inclusiveshysettings-key-issues-for-policy-and-practiceassessment-in-inclusive-settings-keyshyissues-for-policy-and-practice (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 40

Wilkinson R e Pickett K 2010 The Spirit Level Why Equality is Better para Everyone [O Niacutevel do Espiacuterito Por que a Igualdade eacute Melhor para Todos] Londres Penguin

Willms JD 2006 Learning divides Ten policy questions about the performance and equity of schools and schooling systems [A aprendizagem divide dez perguntas de poliacutetica acerca do desempenho e equidade das escolas e dos sistemas de escolaridade] Montreal Instituto de Estatiacutestica da UNESCO

Colocar a teoria em praacutetica 41

  • preacircmbulo
  • Sumaacuterio Executivo
  • O mais precocemente possiacutevel
    • Introduccedilatildeo
    • Intervenccedilatildeo precoce
    • Deteccedilatildeo e avaliaccedilatildeo precoces
    • Apoio precoce
    • Transiccedilatildeo planeada
      • A educaccedilatildeo inclusiva beneficia todos
        • Introduccedilatildeo
        • A educaccedilatildeo inclusiva como uma abordagem para elevar o sucesso para todos os alunos
        • laquoO que eacute bom para os alunos com NEE eacute igualmente bom para todos os alunosraquo
        • Monitorizaccedilatildeo do progresso
          • profissionais altamente qualificados
            • Introduccedilatildeo
            • Formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo
            • O perfil dos professores inclusivos e outros profissionais
            • Abordagens ao recrutamento
            • Atitudes positivas
            • Trabalho em rede e coordenaccedilatildeo
              • sistemas de apoio e mecanismos de financiamento
                • Introduccedilatildeo
                • Sistemas de apoio e mecanismos de financiamento
                  • Intervenccedilatildeo Precoce na Infacircncia (IPI)
                  • Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula
                  • Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional (EFP)
                  • Tecnologias de Informaccedilatildeo e Comunicaccedilatildeo (TIC)
                      • dados fiaacuteveis
                        • Introduccedilatildeo
                        • Monitorizaccedilatildeo dos direitos dos alunos
                          • (i) Participaccedilatildeo na educaccedilatildeo e formaccedilatildeo
                          • (ii) Acesso ao apoio e agrave adaptaccedilatildeo
                          • (iii) Oportunidades para o sucesso na aprendizagem e na transiccedilatildeo
                          • (iv) Oportunidades de integraccedilatildeo
                            • Monitorizaccedilatildeo da eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusiva
                              • olhar em frente
                              • REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

Farrell P Dyson AS Polat F Hutcheson G e Gallannaugh F 2007 laquoSEN inclusion and pupil achievement in English schoolsraquo [Inclusatildeo de crianccedilas com NEE e sucesso dos alunos nas escolas inglesas] Journal of Research in Special Educational Needs 7 (3) 172ndash178

Frilseth L 2012 The Norwegian Model for Education for All in Upper Secondary School [O Modelo Norueguecircs para a Educaccedilatildeo para Todos no Ensino Secundaacuterio] Direccedilatildeo Norueguesa para Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo httpwwweuropeanshyagencyorgagency-projectsra4alra4al-seminar-pdfNorway-L-Frilsethpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Fullan M 2011 Change Leader Learning to do what matters most [Liacuteder de Mudanccedila aprender a fazer o que mais importa] San Francisco Jossey-Bass de Graaf G van Hove G e Haveman M 2011 laquoMore academics in regular schools The effect of regular versus special school placement on academic skills in Dutch primary school students with Down syndromeraquo [Mais acadeacutemicos nas escolas regulares O efeito da colocaccedilatildeo em escola regular versus escola especial nas competecircncias acadeacutemicas em alunos holandeses do ensino primaacuterio com siacutendrome de Down] Journal of International Disability Research December 2011 57(1) 21ndash38 doi 101111j1365-2788201101512x

Hargreaves A e Shirley D 2009 The Fourth Way ndash The inspiring future for educational change [A Quarta Via ndash O futuro inspirador para a mudanccedila educativa] Publicaccedilatildeo conjunta do Ontario Principalsrsquo Council e do National Staff Development Council Thousand Oaks CA Corwin Press

Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO e Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial 2011 ICTs in Education for People with Disabilities Review de innovative practice [TIC na Educaccedilatildeo para Pessoas com Incapacidades revisatildeo da praacutetica inovadora] Moscovo Instituto para as Tecnologias de Informaccedilatildeo na Educaccedilatildeo da UNESCO httpwwweuropeanshyagencyorgpublicationsereportsICTs-in-Education-for-People-WithshyDisabilitiesReview-of-Innovative-Practice (Uacuteltimo acesso em julho de 2014) Kalambouka A Farrell P Dyson A e Kaplan I 2005 The impact of population inclusivity in schools on student outcomes [O impacto da inclusividade da populaccedilatildeo em escolas nos resultados dos alunos] Research Evidence in Education Library London EPPI-Centre Social Science Research Unit Institute of Education University of London Kyriazopoulou M e Weber H (eds) 2009 Desenvolvimento de um conjunto de indicadores ndash para a educaccedilatildeo inclusiva na Europa Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-

Colocar a teoria em praacutetica 39

agencyorgsitesdefaultfilesdevelopment-of-a-set-of-indicators-for-inclusiveshyeducation-in-europe_indicators-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

MacArthur J 2009 Learning Better Together Working towards inclusive education in New Zealand schools [Aprender Melhor Juntos trabalhar para a educaccedilatildeo inclusiva nas escolas da Nova Zelacircndia] Wellington IHC

MacArthur J Kelly B Sharp S amp Gaffney M 2005 Participation or exclusion Disabled childrenrsquos experiences of life at school [Participaccedilatildeo ou exclusatildeo Experiecircncias de vida na escola de crianccedilas com incapacidades] Um artigo apresentado na laquoChildrenrsquos Issues Conferenceraquo Dunedin Nova Zelacircndia julho de 2005 Menter I Hulme M Elliott D e Lewin J 2010 Literature Review on Teacher Education in the 21st Century [Revisatildeo da Literatura sobre a Formaccedilatildeo de Professores no Seacuteculo XXI] Scottish Government Social Research Edimburgo Scottish Government

Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para a Educaccedilatildeo Ciecircncia e Cultura 2009 Policy Guidelines on Inclusion in Education [Diretrizes da Poliacutetica sobre Inclusatildeo na Educaccedilatildeo] Paris UNESCO

Organizaccedilatildeo Mundial de SauacutedeBanco Mundial 2011 World Report on Disability [Relatoacuterio Mundial sobre Deficiecircncia] Genebra Ediccedilotildees OMS httpwwwwhointdisabilitiesworld_report2011enindexhtml (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Organizaccedilatildeo para a Cooperaccedilatildeo e Desenvolvimento Econoacutemico 2011 PISA in Focus Improving Performance Leading from the Bottom [PISA agrave Lupa Melhorar os Resultados Progedir ateacute ao Topo] 20112 (Marccedilo) Paris OCDE Redley M 2009 laquoUnderstanding the social exclusion and stalled welfare of citizens with learning disabilitiesraquo [Compreender a exclusatildeo social e o bem-estar sem progresso dos cidadatildeos com dificuldades de aprendizagem] Disability amp Society 24(4) 489ndash501

Naccedilotildees Unidas 2006 Convenccedilatildeo sobre os Direitos das Pessoas com Deficiecircncia Nova Iorque Naccedilotildees Unidas

Watkins A (ed) 2007 Assessment in Inclusive Settings Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos Questotildees-chave para Poliacuteticas e Praacuteticas Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportsassessment-in-inclusiveshysettings-key-issues-for-policy-and-practiceassessment-in-inclusive-settings-keyshyissues-for-policy-and-practice (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 40

Wilkinson R e Pickett K 2010 The Spirit Level Why Equality is Better para Everyone [O Niacutevel do Espiacuterito Por que a Igualdade eacute Melhor para Todos] Londres Penguin

Willms JD 2006 Learning divides Ten policy questions about the performance and equity of schools and schooling systems [A aprendizagem divide dez perguntas de poliacutetica acerca do desempenho e equidade das escolas e dos sistemas de escolaridade] Montreal Instituto de Estatiacutestica da UNESCO

Colocar a teoria em praacutetica 41

  • preacircmbulo
  • Sumaacuterio Executivo
  • O mais precocemente possiacutevel
    • Introduccedilatildeo
    • Intervenccedilatildeo precoce
    • Deteccedilatildeo e avaliaccedilatildeo precoces
    • Apoio precoce
    • Transiccedilatildeo planeada
      • A educaccedilatildeo inclusiva beneficia todos
        • Introduccedilatildeo
        • A educaccedilatildeo inclusiva como uma abordagem para elevar o sucesso para todos os alunos
        • laquoO que eacute bom para os alunos com NEE eacute igualmente bom para todos os alunosraquo
        • Monitorizaccedilatildeo do progresso
          • profissionais altamente qualificados
            • Introduccedilatildeo
            • Formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo
            • O perfil dos professores inclusivos e outros profissionais
            • Abordagens ao recrutamento
            • Atitudes positivas
            • Trabalho em rede e coordenaccedilatildeo
              • sistemas de apoio e mecanismos de financiamento
                • Introduccedilatildeo
                • Sistemas de apoio e mecanismos de financiamento
                  • Intervenccedilatildeo Precoce na Infacircncia (IPI)
                  • Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula
                  • Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional (EFP)
                  • Tecnologias de Informaccedilatildeo e Comunicaccedilatildeo (TIC)
                      • dados fiaacuteveis
                        • Introduccedilatildeo
                        • Monitorizaccedilatildeo dos direitos dos alunos
                          • (i) Participaccedilatildeo na educaccedilatildeo e formaccedilatildeo
                          • (ii) Acesso ao apoio e agrave adaptaccedilatildeo
                          • (iii) Oportunidades para o sucesso na aprendizagem e na transiccedilatildeo
                          • (iv) Oportunidades de integraccedilatildeo
                            • Monitorizaccedilatildeo da eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusiva
                              • olhar em frente
                              • REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

agencyorgsitesdefaultfilesdevelopment-of-a-set-of-indicators-for-inclusiveshyeducation-in-europe_indicators-PTpdf (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

MacArthur J 2009 Learning Better Together Working towards inclusive education in New Zealand schools [Aprender Melhor Juntos trabalhar para a educaccedilatildeo inclusiva nas escolas da Nova Zelacircndia] Wellington IHC

MacArthur J Kelly B Sharp S amp Gaffney M 2005 Participation or exclusion Disabled childrenrsquos experiences of life at school [Participaccedilatildeo ou exclusatildeo Experiecircncias de vida na escola de crianccedilas com incapacidades] Um artigo apresentado na laquoChildrenrsquos Issues Conferenceraquo Dunedin Nova Zelacircndia julho de 2005 Menter I Hulme M Elliott D e Lewin J 2010 Literature Review on Teacher Education in the 21st Century [Revisatildeo da Literatura sobre a Formaccedilatildeo de Professores no Seacuteculo XXI] Scottish Government Social Research Edimburgo Scottish Government

Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para a Educaccedilatildeo Ciecircncia e Cultura 2009 Policy Guidelines on Inclusion in Education [Diretrizes da Poliacutetica sobre Inclusatildeo na Educaccedilatildeo] Paris UNESCO

Organizaccedilatildeo Mundial de SauacutedeBanco Mundial 2011 World Report on Disability [Relatoacuterio Mundial sobre Deficiecircncia] Genebra Ediccedilotildees OMS httpwwwwhointdisabilitiesworld_report2011enindexhtml (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Organizaccedilatildeo para a Cooperaccedilatildeo e Desenvolvimento Econoacutemico 2011 PISA in Focus Improving Performance Leading from the Bottom [PISA agrave Lupa Melhorar os Resultados Progedir ateacute ao Topo] 20112 (Marccedilo) Paris OCDE Redley M 2009 laquoUnderstanding the social exclusion and stalled welfare of citizens with learning disabilitiesraquo [Compreender a exclusatildeo social e o bem-estar sem progresso dos cidadatildeos com dificuldades de aprendizagem] Disability amp Society 24(4) 489ndash501

Naccedilotildees Unidas 2006 Convenccedilatildeo sobre os Direitos das Pessoas com Deficiecircncia Nova Iorque Naccedilotildees Unidas

Watkins A (ed) 2007 Assessment in Inclusive Settings Processo de Avaliaccedilatildeo em Contextos Inclusivos Questotildees-chave para Poliacuteticas e Praacuteticas Odense Dinamarca Agecircncia Europeia para o Desenvolvimento da Educaccedilatildeo Especial httpwwweuropean-agencyorgpublicationsereportsassessment-in-inclusiveshysettings-key-issues-for-policy-and-practiceassessment-in-inclusive-settings-keyshyissues-for-policy-and-practice (Uacuteltimo acesso em julho de 2014)

Cinco Mensagens-Chave para a Educaccedilatildeo inclusiva 40

Wilkinson R e Pickett K 2010 The Spirit Level Why Equality is Better para Everyone [O Niacutevel do Espiacuterito Por que a Igualdade eacute Melhor para Todos] Londres Penguin

Willms JD 2006 Learning divides Ten policy questions about the performance and equity of schools and schooling systems [A aprendizagem divide dez perguntas de poliacutetica acerca do desempenho e equidade das escolas e dos sistemas de escolaridade] Montreal Instituto de Estatiacutestica da UNESCO

Colocar a teoria em praacutetica 41

  • preacircmbulo
  • Sumaacuterio Executivo
  • O mais precocemente possiacutevel
    • Introduccedilatildeo
    • Intervenccedilatildeo precoce
    • Deteccedilatildeo e avaliaccedilatildeo precoces
    • Apoio precoce
    • Transiccedilatildeo planeada
      • A educaccedilatildeo inclusiva beneficia todos
        • Introduccedilatildeo
        • A educaccedilatildeo inclusiva como uma abordagem para elevar o sucesso para todos os alunos
        • laquoO que eacute bom para os alunos com NEE eacute igualmente bom para todos os alunosraquo
        • Monitorizaccedilatildeo do progresso
          • profissionais altamente qualificados
            • Introduccedilatildeo
            • Formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo
            • O perfil dos professores inclusivos e outros profissionais
            • Abordagens ao recrutamento
            • Atitudes positivas
            • Trabalho em rede e coordenaccedilatildeo
              • sistemas de apoio e mecanismos de financiamento
                • Introduccedilatildeo
                • Sistemas de apoio e mecanismos de financiamento
                  • Intervenccedilatildeo Precoce na Infacircncia (IPI)
                  • Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula
                  • Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional (EFP)
                  • Tecnologias de Informaccedilatildeo e Comunicaccedilatildeo (TIC)
                      • dados fiaacuteveis
                        • Introduccedilatildeo
                        • Monitorizaccedilatildeo dos direitos dos alunos
                          • (i) Participaccedilatildeo na educaccedilatildeo e formaccedilatildeo
                          • (ii) Acesso ao apoio e agrave adaptaccedilatildeo
                          • (iii) Oportunidades para o sucesso na aprendizagem e na transiccedilatildeo
                          • (iv) Oportunidades de integraccedilatildeo
                            • Monitorizaccedilatildeo da eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusiva
                              • olhar em frente
                              • REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

Wilkinson R e Pickett K 2010 The Spirit Level Why Equality is Better para Everyone [O Niacutevel do Espiacuterito Por que a Igualdade eacute Melhor para Todos] Londres Penguin

Willms JD 2006 Learning divides Ten policy questions about the performance and equity of schools and schooling systems [A aprendizagem divide dez perguntas de poliacutetica acerca do desempenho e equidade das escolas e dos sistemas de escolaridade] Montreal Instituto de Estatiacutestica da UNESCO

Colocar a teoria em praacutetica 41

  • preacircmbulo
  • Sumaacuterio Executivo
  • O mais precocemente possiacutevel
    • Introduccedilatildeo
    • Intervenccedilatildeo precoce
    • Deteccedilatildeo e avaliaccedilatildeo precoces
    • Apoio precoce
    • Transiccedilatildeo planeada
      • A educaccedilatildeo inclusiva beneficia todos
        • Introduccedilatildeo
        • A educaccedilatildeo inclusiva como uma abordagem para elevar o sucesso para todos os alunos
        • laquoO que eacute bom para os alunos com NEE eacute igualmente bom para todos os alunosraquo
        • Monitorizaccedilatildeo do progresso
          • profissionais altamente qualificados
            • Introduccedilatildeo
            • Formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo
            • O perfil dos professores inclusivos e outros profissionais
            • Abordagens ao recrutamento
            • Atitudes positivas
            • Trabalho em rede e coordenaccedilatildeo
              • sistemas de apoio e mecanismos de financiamento
                • Introduccedilatildeo
                • Sistemas de apoio e mecanismos de financiamento
                  • Intervenccedilatildeo Precoce na Infacircncia (IPI)
                  • Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula
                  • Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional (EFP)
                  • Tecnologias de Informaccedilatildeo e Comunicaccedilatildeo (TIC)
                      • dados fiaacuteveis
                        • Introduccedilatildeo
                        • Monitorizaccedilatildeo dos direitos dos alunos
                          • (i) Participaccedilatildeo na educaccedilatildeo e formaccedilatildeo
                          • (ii) Acesso ao apoio e agrave adaptaccedilatildeo
                          • (iii) Oportunidades para o sucesso na aprendizagem e na transiccedilatildeo
                          • (iv) Oportunidades de integraccedilatildeo
                            • Monitorizaccedilatildeo da eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusiva
                              • olhar em frente
                              • REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
  • preacircmbulo
  • Sumaacuterio Executivo
  • O mais precocemente possiacutevel
    • Introduccedilatildeo
    • Intervenccedilatildeo precoce
    • Deteccedilatildeo e avaliaccedilatildeo precoces
    • Apoio precoce
    • Transiccedilatildeo planeada
      • A educaccedilatildeo inclusiva beneficia todos
        • Introduccedilatildeo
        • A educaccedilatildeo inclusiva como uma abordagem para elevar o sucesso para todos os alunos
        • laquoO que eacute bom para os alunos com NEE eacute igualmente bom para todos os alunosraquo
        • Monitorizaccedilatildeo do progresso
          • profissionais altamente qualificados
            • Introduccedilatildeo
            • Formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo
            • O perfil dos professores inclusivos e outros profissionais
            • Abordagens ao recrutamento
            • Atitudes positivas
            • Trabalho em rede e coordenaccedilatildeo
              • sistemas de apoio e mecanismos de financiamento
                • Introduccedilatildeo
                • Sistemas de apoio e mecanismos de financiamento
                  • Intervenccedilatildeo Precoce na Infacircncia (IPI)
                  • Educaccedilatildeo Inclusiva e Praacuteticas de Sala de Aula
                  • Educaccedilatildeo e Formaccedilatildeo Profissional (EFP)
                  • Tecnologias de Informaccedilatildeo e Comunicaccedilatildeo (TIC)
                      • dados fiaacuteveis
                        • Introduccedilatildeo
                        • Monitorizaccedilatildeo dos direitos dos alunos
                          • (i) Participaccedilatildeo na educaccedilatildeo e formaccedilatildeo
                          • (ii) Acesso ao apoio e agrave adaptaccedilatildeo
                          • (iii) Oportunidades para o sucesso na aprendizagem e na transiccedilatildeo
                          • (iv) Oportunidades de integraccedilatildeo
                            • Monitorizaccedilatildeo da eficaacutecia dos sistemas para educaccedilatildeo inclusiva
                              • olhar em frente
                              • REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS