clarissa benassi g. da costa
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Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato-
Grosso
CAMPUS CUIABÁ – OCTAYDE JORGE DA SILVA
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO LATO SENSU A DISTÂNCIA: EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INCLUSIVA
CLARISSA BENASSI G. DA COSTA
A AMPLIAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS NO NÚCLEO DE
ATENDIMENTO ÀS PESSOAS COM NECESSIDADES
EDUCACIONAIS ESPECÍFICAS (NAPNE) NO INSTITUTO
FEDERAL DO SUL DE MINAS GERAIS - CAMPUS
MUZAMBINHO
Cuiabá - MT
Outubro 2009
Ficha Catalográfica
COSTA, Clarissa Benassi Gonçalves da
A Ampliação de Recursos Humanos no Núcleo de Atendimento às Pessoas com Necessidades Educacionais Específicas (NAPNE) no Instituto Federal do Sul de Minas Gerais - Campus Muzambinho
Cuiabá -MT, 2009
42f.
D’ANDREA, Alexandre Fonseca
Centro Federal de Educação Tecnológica de Mato Grosso
Trabalho de Conclusão Curso de Especialização Lato Sensu a Distância: Educação Profissional e Tecnológica Inclusiva.
CLARISSA BENASSI G. DA COSTA
A AMPLIAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS NO NÚCLEO DE
ATENDIMENTO ÀS PESSOAS COM NECESSIDADES
EDUCACIONAIS ESPECÍFICAS (NAPNE) NO INSTITUTO FEDERAL
DO SUL DE MINAS GERAIS - CAMPUS MUZAMBINHO
Orientador: Prof. Dr. Alexandre Fonseca D’Andrea
Cuiabá - MT
Outubro 2009
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Departamento de Pesquisa e Pós-Graduação do Curso de Especialização em Educação Profissional Tecnológica Inclusiva, do INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE MATO- GROSSO - CAMPUS CUIABÁ - OCTAYDE JORGE DA SILVA, como requisito para a obtenção do título de Especialista.
CLARISSA BENASSI G. DA COSTA
A AMPLIAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS NO NÚCLEO DE
ATENDIMENTO ÀS PESSOAS COM NECESSIDADES
EDUCACIONAIS ESPECÍFICAS (NAPNE) NO INSTITUTO FEDERAL
DO SUL DE MINAS GERAIS - CAMPUS MUZAMBINHO
Trabalho de Conclusão de Curso em Educação Profissional Tecnológica
Inclusiva, submetido à Banca Examinadora composta pelos Professores do
Programa de Pós-Graduação do Centro Federal de Educação Tecnológica de Mato
Grosso como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de Especialista.
Aprovado em: ____________________
______________________________________________
Prof. Dr. Alexandre Fonseca D’Andrea (Orientador)
_____________________________________________
Prof. Dr. Luciana Maria Vieira Lopes Mendonça (Co-orientador)
______________________________________________
Prof. MSc. Sérgio Pedini (Membro da Banca)
_____________________________________________
Prof. MSc. Vera Lúcia de Souza e Lima (Membro da Banca)
Cuiabá - MT
Maio 2009
DEDICATÓRIA
Dedico à minha família e a todos os meus
amigos especiais.
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus pela oportunidade.
À minha família pelo incentivo.
Ao meu orientador pelo conhecimento compartilhado.
Aos meus colegas de curso pelas palavras amigas nas horas de desânimo
e por fazerem o longo caminho rumo à Inclusão, mais fácil de se trilhar.
"Sei que meu trabalho é uma gota no oceano, mas sem ele, o
oceano seria menor" (Madre Tereza de Calcutá).
RESUMO
A presente pesquisa tem como principal objetivo avaliar a importância da contratação de profissionais adequados e qualificados para atuar junto ao Núcleo de Atendimento às Pessoas com Necessidades Educacionais Específicas (NAPNE) do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais – campus Muzambinho (IF) a fim de diagnosticar problemas e desenvolver técnicas e métodos que possibilitem a solução dos entraves de aprendizagem, no espaço institucional. A criação do NAPNE, na Instituição, tem o objetivo de apoiar as pessoas com necessidades educacionais específicas (PNEEs) e promover a inclusão em suas variadas formas. Para que isso aconteça, o NAPNE deve contar com profissionais adequados e qualificados que irão dar o suporte necessário para toda a equipe. Esses profissionais têm grande importância no processo de Inclusão de PNEEs, pois seu trabalho visa desenvolver as capacidades dos alunos, avaliar e identificar os problemas de aprendizagem e, dessa forma, garantir o acesso de todos à educação. O universo desta pesquisa foi composto pelas Unidades do Instituto Federal de Minas Gerais, do Instituto Federal do Sudeste de Minas Gerais e do Instituto Federal do Sul de Minas Gerais e a população-alvo estudada foi constituída pelos membros das equipes do NAPNE de cada unidade desses Institutos. Numa ação de continuidade, o presente trabalho será apresentado à direção do IF como subsídio para a contratação dos profissionais adequados para compor a equipe do NAPNE implantado pela Instituição. Espera-se, com este projeto, comprovar a importância da contratação de profissionais adequados para fazer parte do NAPNE do IF – campus Muzambinho.
Palavras-chave: Inclusão; Educação Especial; Recursos Humanos; Núcleo de Atendimento; NAPNE; PNEE.
ABSTRACT
This present research has as its main aim to evaluate the importance of hiring suitable and skilled professionals to act next to Núcleo de Atendimento às Pessoas com Necessidades Educacionais Específicas (NAPNE) which belongs to the Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais – Campus Muzambinho (IF) in order to diagnose matters, develop techniques and methods that make it possible the solution for obstacles concerning to learning, in the institutional space. The creation of NAPNE, in the institution, has the aim of supporting people with specific educational needs (PNEEs) and promoting inclusion in its several ways. Therefore, in order this happens, the Service Nucleus (Núcleo de Atendimento) should count on suitable and qualified professionals who will provide necessary support for the whole team. These professionals have a great importance in the process of PNEEs inclusion, because its work aims to develop the students’ abilities, evaluates and identifies the matters concerning to learning and, this way, assuring everyone the access to education. The universe of this research was compound for the following institutional units: Unidades do Instituto Federal de Minas Gerais, Instituto Federal do Sudeste de Minas Gerais e Instituto Federal do Sul de Minas Gerais. The target population studied was constituted of members of NAPNE staff of each unit from the Institutes above mentioned. After the defense, this research will be presented to the IF direction as a subsidy for the hiring of the suitable professionals to create the NAPNE staff implanted by the Institution. We hope, with this project, to prove the importance of hiring suitable professionals to take part in the IF NAPNE – Muzambinho campus.
Key words: inclusion; Special Education; Human Resources; Service Nucleus.
SUMÁRIO
1.INTRODUÇÃO................................................................................................
1.1 Problema.....................................................................................................
1.1.1 Hipótese....................................................................................................
2 JUSTIFICATIVA............................................................................................
3 OBJETIVOS.................................................................................................
3.1 Objetivo Geral............................................................................................
3.2 Objetivos Específicos.................................................................................
4 REFERENCIAL TEÓRICO..............................................................................
4.1 Breve Histórico sobre a Inclusão..................................................................
4.2 As PNEE’s e algumas características..........................................................
4.3 Tipos de Deficiência......................................................................................
4.4 A importância de profissionais qualificados na Instituição Escolar................
4.4.1 O Psicólogo Escolar e o Psicopedagogo....................................................
4.4.2 O Assistente Social.....................................................................................
5 METODOLOGIA...............................................................................................
6 RESULTADOS OBTIDOS...............................................................................
7 CONCLUSÃO..................................................................................................
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................
9 BIBLIOGRAFIA................................................................................................
9.1 Referências..................................................................................................
APÊNDICE – Questionário................................................................................
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1. INTRODUÇÃO
Muito se tem discutido, no campo educacional e social do país, sobre a
inclusão da pessoa com necessidades específicas. Apesar de a inclusão não dizer
respeito somente à escola, é nesse ambiente que o assunto vem ganhando mais
força e gerando mais questionamentos por parte dos pais e educadores.
No âmbito escolar, a inclusão refere-se ao processo de educar-ensinar, no
mesmo grupo, pessoas com e/ou sem necessidades educacionais específicas,
durante sua permanência na escola. Nessa concepção, toda escola deveria estar
preparada, tanto em termos físicos (mobiliário, espaço físico etc.), quanto em termos
pedagógicos, não só para receber e atender todo tipo de aluno, mas também para
respeitar suas diferenças e educar de acordo com o ritmo e as possibilidades de
cada um.
Em termos pedagógicos, toda Instituição de ensino, que tem como objetivo,
melhorar a qualidade de ensino-aprendizagem, evitar a evasão escolar e garantir a
permanência dos alunos com ou sem deficiências, deve ter, como meta, a
implantação de um Núcleo de Atendimento às Pessoas com Necessidades
Específicas (NAPNE).
O NAPNE tem, como objetivo, oferecer apoio didático-pedagógico aos alunos
com NEE e seus professores; oferecer apoio psicológico aos alunos e servidores da
Instituição que estão ligados, direta ou indiretamente, com a educação; articular
ações de ensino, pesquisa e extensão na área das necessidades educacionais
específicas e trabalhar, de forma articulada, com a acessibilidade. O Núcleo de
Atendimento pode propiciar que a Instituição a que está vinculado promova cursos
em Braile a fim de incluir pessoas com deficiência visual; aquisição de Tecnologias
Assistivas; sala de aula com acessibilidade acústica para alunos com deficiência
auditiva; adaptação do mobiliário bem como a estrutura arquitetônica de toda a
Instituição de forma a promover a acessibilidade a todos.
Para alcançar seus objetivos, o NAPNE deve contar com uma equipe
multiprofissional, estando entre seus membros, professores, servidores ligados à
área da educação, a família dos próprios alunos, como também profissionais
qualificados e especializados. Dentre esses profissionais especializados, o
Psicólogo, o Psicopedagogo e o Assistente Social são imprescindíveis para realizar
estes objetivos, pois poderão auxiliar no diagnóstico, na prevenção e solução de
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problemas no processo ensino-aprendizagem de alunos que apresentam
necessidades educacionais específicas.
Dessa forma, esta pesquisa pretendeu realizar um diagnóstico sobre o
NAPNE nos IFs e avaliar a importância de se contratar profissionais adequados e
qualificados para compor a equipe do NAPNE do Instituto Federal de Educação,
Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais – campus Muzambinho (IF), a fim de
se obterem resultados satisfatórios no trabalho de promover a Inclusão de todos os
alunos que necessitem de auxílio psicológico e apoio no desenvolvimento da
aprendizagem e na aquisição de conhecimento.
Esta pesquisa é descritiva, pois registra e relaciona fatos, sem manipulá-los, e
procura conhecer as diversas relações e situações que ocorrem na vida e no
comportamento dos indivíduos.
1.1 Problema
Atualmente, apesar de tratar-se de um assunto gerador de certa polêmica,
pode-se perceber a quebra de muitos paradigmas em relação à Inclusão de Pessoas
com Necessidades Educacionais Específicas (PNEE’s) em escolas regulares do
país. Esses novos paradigmas estão mudando o estereótipo em torno das pessoas
com necessidades especiais e evidenciam que elas são capazes, desde que lhes
sejam oferecidas oportunidades, que sejam respeitadas e valorizadas em suas
diferenças.
Por outro lado, a falta de formação e informação e, acima de tudo, o
preconceito a respeito do tema, ainda têm delegado a essas pessoas, papéis e
posições que não favorecem as suas potencialidades, gerando grandes obstáculos
para a sua participação e aceitação na sociedade.
Por princípio, a escola é a primeira instituição que se deve transformar a fim
de propiciar às pessoas melhores condições de aprendizagem. Nesse sentido, não
se trata apenas de admitir a matrícula, mas também de oferecer serviços
complementares, adotar práticas criativas, adaptar o projeto pedagógico, rever
posturas e construir uma nova filosofia educativa.
É necessária uma educação voltada para os valores humanos, uma educação
que permita a transformação da sociedade, uma escola que acredite nas diferentes
possibilidades e nos diferentes caminhos que cada um traça para a sua
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aprendizagem. Para que isto aconteça, não se devem transformar apenas as salas
de aula, a matriz curricular, a forma como o professor vai atuar, mas também todos
os setores da Escola que participem direta ou indiretamente na educação desses
alunos.
1.1.1 Hipótese
• A contratação de profissionais adequados e qualificados para atuar
junto ao NAPNE pode propiciar um ambiente favorável ao processo
ensino-aprendizagem, que resulte na redução da evasão de alunos
com necessidades educacionais específicas e no seu melhor
aproveitamento nas atividades didático-pedagógicas das instituições.
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2 JUSTIFICATIVA
A Inclusão no meio escolar tem causado muitas dúvidas em se tratando de
como lidar com esta questão entre pais, professores e alunos. A razão mais
importante da Inclusão de PNEE’s é o valor social, é a pessoa se sentir integrada
em seu grupo, apesar das diferenças. “A arte de facilitar a inclusão envolve
criatividade, desejo de mudanças, elevação da auto-estima do educando,
redimensionamento de ações e de vencer os medos que provocam os limites”
(STAINBACK; STAINBACK,1999, p.22).
Incluir alunos com os mais variados tipos de dificuldades no aprendizado,
nada mais é do que garantir o acesso de todos à educação. Como consequência,
para se obter um ensino de qualidade, a Instituição deve se tornar apta para
responder às necessidades de cada um de seus alunos, de acordo com suas
especificidades, por meio da mudança de seus posicionamentos e da exigência de
modernização, inovação e aperfeiçoamento das práticas educativas por parte de
seus professores.
Com o intuito de promover a inclusão de alunos com necessidades
educacionais específicas e garantir-lhes o acesso à educação, o IF campus
Muzambinho criou, em novembro de 2004, quando ainda se intitulava Escola
Agrotécnica Federal de Muzambinho, o Núcleo de Atendimento às Pessoas com
Necessidades Educacionais Específicas (NAPNE) e conta com diversas ações
implantadas como o desenvolvimento de pesquisas voltadas para a questão da
Inclusão na Instituição, a adequação dos requisitos de acesso e do currículo dos
diversos cursos, a quebra de barreiras arquitetônicas, a adaptação de instalações
para deficientes físicos, a aquisição de Tecnologias Assistivas, entre outras.
Por outro lado, mesmo diante de tantas conquistas, o IF campus Muzambinho
ainda não possui uma política de intervenção capaz de contribuir para a superação
dos problemas de aprendizagem. O NAPNE não conta com profissionais
capacitados para diagnosticar, prevenir e solucionar problemas advindos do
processo ensino-aprendizagem, nem para observar e avaliar, juntamente com o
setor pedagógico, como garantir o bom êxito na aprendizagem e como a família
exerce o seu papel de parceira nesse processo.
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Diante desse fato e da preocupação com a Inclusão de PNEE’s no IF Sul de
Minas Gerais – campus Muzambinho e na sociedade, sentiu-se a necessidade de
elaborar um projeto que abordasse a importância da inserção de profissionais
adequados e qualificados como o Psicólogo, o Psicopedagogo e o Assistente Social,
como apoio indispensável no Núcleo de Atendimento.
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3 OBJETIVOS
3.1 Objetivo Geral
Diagnosticar os NAPNE dos IFs de Minas Gerais e avaliar a importância da
contratação de profissionais qualificados para atuar junto ao NAPNE do Instituto
Federal do Sul de Minas Gerais - campus Muzambinho a fim de solucionar
problemas, desenvolver técnicas e métodos que possibilitem a solução dos entraves
de aprendizagem, no espaço institucional.
3.2 Objetivos Específicos
• Quantificar as Unidades dos Institutos pesquisados que possuem o
NAPNE implantado;
• Verificar quantos membros existem nos NAPNEs das Unidades
pesquisadas e quantos deles são especializados em Psicologia,
Psicopedagogia e Assistência Social;
• Listar quais ações os NAPNEs desenvolvem em prol da Inclusão e
quais ainda pretendem desenvolver;
• Investigar a opinião dos Coordenadores de cada NAPNE sobre a
importância de se contratar profissionais qualificados como o
Assistente Social, o Psicólogo e o Psicopedagogo para dar suporte ao
Núcleo de Atendimento.
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4. REFERENCIAL TEÓRICO
4.1 Breve Histórico sobre a Inclusão
Para que se compreenda como a Inclusão de Pessoas com
Necessidades Específicas veio aos poucos sendo inserida ou aceita na sociedade
atual, é necessário que se faça um breve histórico da trajetória da inclusão desses
indivíduos.
A forma de pensar e por consequência a forma de agir com relação à
deficiência enquanto fenômeno e à pessoa com necessidades educacionais
especiais enquanto ser, modificaram-se no decorrer do tempo e das condições
sócio-históricas (BRASIL, 2000a).
Na Idade Média, século XV, as pessoas com deficiência não eram mais
sacrificadas ou mortas, porém, continuavam banidas de qualquer convívio social.
Por influência da Igreja, eram consideradas produto do pecado e do demônio.
Na Idade Moderna, a partir do século XV até o século XVIII, foram criadas
instituições para cuidar e abrigar as pessoas com deficiências, nas quais elas eram
trancafiadas.
Segundo Bueno (1993), a história da educação especial considera o século
XVI como a época em que se iniciou a educação das pessoas com necessidades
específicas, através da educação da criança surda.
Este período é denominado como uma época de precursores; é atribuído ao
monge beneditino Pedro Ponce, em 1541, na Espanha, o início de um trabalho com
crianças surdas. Ele morreu em 1549 e, após a sua morte, não houve continuidade
de seu trabalho. Para Quirós e Gueler (apud BUENO, 1993, p.58),
Apenas no século XVII é que surgiram novos educadores de crianças surdas, como Ramirez de Carrión e Juan Carlos Bonet, na Espanha, que exerceram influência em outros países europeus, principalmente o último que publicou, em 1619, obra considerada como o primeiro manual de educação de surdos: Redução das letras e arte de ensinar a falar os mudos.
Embora o sistema de preceptores fosse substituído aos poucos, ainda nos
meados do século XVII e início do XVIII, era uma prática muito comum. Enquanto
para a criança ouvinte, nessa época, o ensino se constituísse em aprender a leitura
e a gramática, para os alunos surdos se restringia a técnicas de substituição da fala
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por gestos. É importante destacar que isso era um privilégio das elites da nobreza e
da burguesia em ascensão.
Somente a partir do século XIX, as pessoas com deficiência passam a ser
vistas como cidadãs, mas ainda sob uma visão caritativa e assistencialista.
Em 1942, já havia no Brasil, quarenta escolas públicas regulares que
prestavam algum tipo de atendimento a alunos com deficiência mental e quatorze
que atendiam alunos com outras necessidades específicas (CAUZ; IACONO, 2008).
Em 1986, a expressão “alunos excepcionais” foi substituída por “alunos
portadores de necessidades especiais” e então a prática da inclusão social se
intensificou (CAUZ; IACONO, 2008).
Na atualidade, pode-se perceber a quebra de muitos paradigmas e, segundo
Mendes (2001, p.18), “No Brasil, o debate sobre a educação inclusiva vem
provocando polêmica, estridência e polarização no país, principalmente pela falta de
uma definição entre essas duas tendências (integração e/ou inclusão), e seu maior
impacto tem incidido na questão da Educação Especial”.
Atualmente, temos nos deparado com novos paradigmas que estão mudando
as representações sociais em torno das pessoas com necessidades específicas e
evidenciando que elas são capazes, desde que sejam respeitadas e valorizadas em
suas diferenças e lhes sejam oferecidas oportunidades.
4.2 As PNEE’s e algumas características
Pessoa com deficiência e necessidades específicas é aquela que apresenta
em caráter temporário ou permanente, significativas diferenças físicas, sensoriais ou
intelectuais, decorrentes de fatores inatos ou adquiridos, que acarretam dificuldades
em sua interação com o meio social, necessitando por isso, de recursos
especializados para desenvolver seu potencial e superar ou minimizar suas
dificuldades (CARVALHO, 1994, p. 130).
Para Clemente (2003),
a deficiência é uma redução efetiva a acentuada da capacidade de integração social, que leva a pessoa a usar equipamentos, adaptações, meios e recursos especiais a fim de receber ou transmitir informações necessárias ao desempenho de funções.
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A Declaração de Salamanca é considerada mundialmente um dos mais
importantes documentos que visam à inclusão social. Faz parte da tendência
mundial que vem consolidando a educação inclusiva. Sua origem é normalmente
atribuída aos movimentos em favor dos direitos humanos e contra instituições
segregacioanistas, movimentos iniciados a partir das décadas de 60 e 70 do século
XX. De acordo com a Declaração de Salamanca (1994), pessoas com necessidades
educacionais específicas (PNEE) referem-se a todas as crianças e jovens cujas
necessidades decorrem de sua capacidade ou de suas dificuldades de
aprendizagem. Muitas crianças experimentam dificuldades de aprendizagem e têm,
portanto, necessidades educacionais específicas em algum momento de sua
escolarização.
Segundo Carneiro (1998, p.41), as deficiências classificam-se em:
a. Portadores de Deficiência Auditivas, Visuais (sensorial), Mental, Física,
Múltipla;
b. Portadores de Condutas Típicas (comportamentos típicos de portadores
de síndromes e quadros psicológicos, neurológicos ou psiquiátricos com
repercussão sobre o desenvolvimento e comprometimento no
relacionamento social);
c. Crianças de Alto Risco (aquelas que têm o desenvolvimento fragilizado
em decorrência de fatores como: gestação inadequada, alimentação
imprópria, nascimento prematuro, etc);
d. Portadores de Altas Habilidades (também chamados de superdotados,
são aquelas crianças que exibem elevada potencialidade em aspectos
como: capacidade intelectual geral; acadêmica específica; capacidade
criativa e produtiva; alta performance em liderança; elevada capacidade
psicomotora; talento especial para artes).
Alunos que apresentam padrões comportamentais denominados condutas
típicas, como citados acima, merecem tanta atenção por parte da Instituição de
Ensino quanto os alunos que apresentam deficiências diagnosticadas a partir de um
laudo médico. Tanto uma quanto a outra, podem comprometer a aprendizagem se
não forem atendidas no modo e no momento exato.
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De acordo com Stainback e Stainback (1980 apud BRASIL, 2002), as
condutas típicas mais comuns são:
a. Distúrbios da Atenção: caracteriza-se pela dificuldade em
atender a estímulos relevantes de uma situação, como por exemplo,
olhar para o professor quando este está dando uma explicação em sala
de aula. Qualquer outro estímulo presente, como uma mosca que
passa voando, concorre com o estímulo relevante, tal como a tarefa a
desenvolver. São alunos que apresentam dificuldade em se concentrar
na execução de qualquer atividade;
b. Hiperatividade: apresenta uma inabilidade para controlar seu
comportamento motor de acordo com as exigências nas diversas
situações. Apresenta uma constante mobilidade e agitação motoras, o
que se torna grande empecilho para seu desenvolvimento com uma
determinada ação ou tarefa;
c. Impulsividade: apresenta respostas praticamente instantâneas
perante uma situação estímulo, não parando para pensar, refletir,
analisar a situação, para tomar uma decisão e então se manifestar, por
meio de uma ação motora ou verbal;
d. Alheamento: alunos com essa característica, geralmente, se
recusam terminantemente a manter contato com outras pessoas, ou
com qualquer outro aspecto do ambiente sócio-cultural no qual se
encontram inseridos.
e. Agressividade Física e/ou Verbal: constitui-se de ações
destrutivas dirigidas a si próprio, a outras pessoas ou a objetos do
ambiente. A agressividade passa a ser considerada conduta típica
quando sua intensidade, frequência e duração ultrapassam o
esporádico, focal e passageiro. Pode variar desde manifestações
negativistas, mal humoradas, até atos de violência, brutalidade,
destruição, causadores de danos físicos a si próprios ou a outras
pessoas.
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4.3 Tipos de Deficiência
Existem vários tipos de deficiência, porém, quando se fala neste termo, o
senso comum logo aponta para alguém em cadeira de rodas, usando muletas ou se
comunicando por meio de linguagens de sinais. Mas esse contingente envolve um
número muito maior de pessoas e conhecer cada tipo de deficiência é um dos
primeiro passos para que a sociedade dita “normal” se aproxime das pessoas com
deficiência e passe a conviver com suas diferenças.
Segundo Brasil (2000b), entre os vários tipos de deficiência, estão:
a) Paraplegia: perda total das funções motoras dos membros inferiores;
b) Paraparesia: perda parcial das funções motoras dos membros inferiores;
c) Monoplegia: perda total das funções motoras de um só membro (superior
ou inferior);
d) Monoparesia: perda parcial das funções motoras de um só membro
(superior ou inferior);
e) Tetraplegia: perda total das funções motoras de membros superiores e
inferiores;
f) Tetraparesia: perda parcial das funções motoras dos membros superiores
e inferiores;
g) Triplegia: perda total das funções motoras em três membros;
h) Triparesia: perda parcial das funções motoras em três membros;
i) Hemiplegia: perda total das funções motoras de um hemisfério do corpo
(direito ou esquerdo);
j) Hemiparesia: perda parcial das funções motoras de um hemisfério do
corpo (direito ou esquerdo);
k) Amputação: perda total de um determinado segmento de um ou mais
membros;
l) Paralisia cerebral: lesão de uma ou mais áreas do sistema nervoso
central.
m) Deficiência Mental: refere-se a padrões intelectuais reduzidos,
apresentando comprometimento de nível leve, moderado, severo ou
profundo. Os portadores de DM podem apresentar inadequação do
comportamento adaptativo, que acontece de acordo com o grau de
comprometimento.
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n) Deficiência Visual: corresponde a acuidade visual igual ou menor que
20/200 no melhor olho ou campo visual inferior a 20%.
o) Deficiência Auditiva: corresponde a perda parcial ou total das
possibilidades auditivas sonoras, variando de graus e níveis.
4.4 A importância de profissionais qualificados na Instituição Escolar
Profissionais como o Psicólogo, o Psicopedagogo e o Assistente Social, têm
grande importância no processo de Inclusão de PNEE’s, pois seu trabalho visa ao
desenvolvimento das capacidades dos alunos, na medida em que avaliam e
identificam os problemas de aprendizagem, buscam conhecê-los em seus potenciais
construtivos e em suas dificuldades e realizam diagnósticos especializados e
exames complementares com o intuito de favorecer o desenvolvimento da
potencialização humana no processo de aquisição do saber.
Segundo Dembo (apud FERMINO et al., 2001, p.57), "evidências sugerem
que um grande número de alunos possui características que requerem atenção
educacional diferenciada". Dessa forma, verifica-se que um trabalho
psicopedagógico, nesse sentido, é imprescindível para se promover a inclusão nas
instituições.
4.4.1 O Psicólogo Escolar e o Psicopedagogo
O Psicólogo pode atuar em escolas públicas ou particulares, realizando um
trabalho em equipe multidisciplinar. O especialista em Psicologia, consciente da
realidade da escola, elabora projetos que visem a determinar suas causas,
orientando para que sejam prevenidas e corrigidas. Atua, também, junto ao corpo
docente, discente e comunidade escolar, agindo como um catalisador de reflexões,
um conscientizador de papéis representados por cada um, bem como um
colaborador para a compreensão dos diferentes estágios psicológicos dos alunos.
De acordo com Nascimento (2003) et al.
o psicólogo educacional pode buscar a mobilização da comunidade escolar com a finalidade de pensar juntos sua realidade, suas reais funções, organização, funcionamento e relações mantidas com outras instituições e estrutura social, bem como questionar as relações e comunicações interpessoais estabelecidas no meio escolar, começando com a organização de equipes multiprofissionais realmente atuantes.
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Os problemas comportamentais, no âmbito escolar, podem ser atenuados
com o trabalho do psicólogo juntamente com o setor de Orientação Educacional,
pois cabe a ele reconhecer e avaliar alunos com dificuldade diante das exigências
educacionais, utilizando-se de conhecimentos clínicos aplicados diferentemente,
conforme a especialidade. É nesse momento que se estabelecem parcerias com
outros profissionais da área.
Os psicopedagogos são profissionais preparados para atender crianças ou
adolescentes com problemas de aprendizagem, atuando na sua prevenção,
diagnóstico e tratamento clínico ou institucional. O trabalho desse profissional na
instituição escolar pode se distinguir em diversas áreas de forma preventiva e
terapêutica.
De acordo com Sampaio (2008),
a Psicopedagogia estuda o processo de aprendizagem e suas dificuldades, tendo, portanto, um caráter preventivo e terapêutico. Preventivamente deve atuar não só no âmbito escolar, mas alcançar a família e a comunidade, esclarecendo sobre as diferentes etapas do desenvolvimento, para que possam compreender e entender suas características evitando assim cobranças de atitudes ou pensamentos que não são próprios da idade. Terapeuticamente a psicopedagogia deve identificar, analisar, planejar, intervir através das etapas de diagnóstico e tratamento.
O psicopedagogo poderá auxiliar os professores na elaboração de um plano
de aula, na elaboração do projeto pedagógico, orientar os professores na forma de
ajudar o aluno com dificuldades de aprendizagem, realizar um diagnóstico
institucional para averiguar possíveis problemas pedagógicos e conversar com a
família para fornecer-lhes orientações.
Além de todas essas funções junto aos alunos, o psicopedagogo ainda pode
realizar um trabalho com todos os educadores para que os profissionais da
instituição possam aprofundar seus conhecimentos e ter um bom relacionamento
entre si.
4.4.2 O Assistente Social
A última versão do Projeto de Lei 837, de 05 de Julho de 2005, que encontra-
se ainda em processo de aprovação na Câmara dos Deputados do Estado de São
Paulo, dispõe sobre a Introdução de Assistentes Sociais e Psicólogos em cada
Escola Pública, portanto, faz-se necessária a sua aprovação:
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Art. 1º O Poder Público deverá assegurar atendimento por Psicólogos e Assistentes Sociais a alunos das escolas públicas de educação básica que dele necessitarem.
§ 2º Os sistemas de ensino, em articulação com os sistemas públicos de saúde e assistência social, deverão prever a atuação de Psicólogos e Assistentes Sociais nos estabelecimentos públicos de educação básica ou o atendimento preferencial nos serviços de saúde e assistência social a alunos das escolas públicas de educação básica, fixando em qualquer caso número de vezes por semana e horários mínimos para esse atendimento.
Dessa forma, percebe-se a importância do Assistente Social no quadro de
funcionário de uma Instituição que preste assistência aos alunos e a seus familiares,
como um intermediário entre a comunidade e a escola.
Esse profissional atua, pesquisando a natureza socioeconômica e familiar
para a caracterização da população escolar, elabora e executa programas de
orientação sócio-familiar, visando a prevenir a evasão escolar, a melhorar o
desempenho e o rendimento do aluno e a promover a sua formação para o exercício
da cidadania; participa, em equipe multidisciplinar, da elaboração de programas que
visem à prevenção da violência, do uso de drogas e do alcoolismo; presta
esclarecimentos e informações sobre doenças infecto-contagiosas e demais
questões de saúde pública e ainda e ainda elabora e desenvolve programas
específicos nas escolas onde existem classes especiais.
Entende-se que a prática profissional do Assistente Social atua sobre várias
necessidades e está presente nas mais variadas expressões cotidianas, tanto nas
relações externas, como a família, a sociedade, entre outros, quanto nas relações
internas que são os diferentes conjuntos como, diretores, docentes e alunos, entre
outros que compõem o campo educacional.
Cabe a todos os profissionais de uma Instituição de ensino contribuir para a
construção de uma escola de qualidade para todos, cooperando com o
aprimoramento do sistema escolar no sentido de melhorar o acesso à educação das
pessoas com necessidades educacionais específicas (BRASIL, 2000b).
O processo educativo deve ser entendido como um processo social, no qual
todas as pessoas com necessidades educacionais específicas e de distúrbios de
aprendizagem tenham o direito à escolarização o mais próximo possível do que se
convencionou denominar de normal.
24
Uma Escola Inclusiva deve ser uma escola líder em relação às demais e, para
que isto ocorra, é necessário que ela ofereça recursos diversos, acessíveis ao
público, e que atenda as necessidades na busca do conhecimento.
Durante muito tempo, a Educação Especial funcionou como um sistema
paralelo e não como parte integrante do sistema geral de educação. Para que este
quadro seja modificado, é importante que haja oportunidades de desenvolvimento
intelectual, de potencialidades, habilidades e dos diversos tipos de inteligência que
cada um possui.
Os Institutos, em seu objetivo de assegurar um ensino de qualidade, de
formar cidadãos críticos, conscientes e participativos, capazes de interagir e intervir
na realidade deve estar preparada para enfrentar todos os tipos de dificuldades e
barreiras que a impeçam de proporcionar o acesso à educação a todos os seus
alunos, indistintamente.
Dessa forma, o Instituto Federal Sul de Minas Gerais – Campus Muzambinho,
em novembro de 2004, (nesta data, intitulava-se Escola Agrotécnica Federal de
Muzambinho) implantou o Núcleo de Atendimento às Pessoas com Necessidades
Específicas e, por meio do Projeto “Escola para Todos”, conta com várias conquistas
como sensibilização da Comunidade Escolar para a questão, através de dinâmicas
de grupo sobre Preconceito e Inclusão, adequação dos requisitos de acesso e
componentes curriculares de diversos cursos, quebra de barreiras arquitetônicas,
entre outras mudanças.
A criação do NAPNE, na Instituição, tem o objetivo de apoiar alunos com
NEE’s e promover a inclusão em suas variadas formas. Portanto, para que isso
aconteça, o Núcleo de Atendimento deve contar com profissionais qualificados que
irão dar o suporte necessário para toda a equipe.
Diante desses fatos, sentiu-se a necessidade de se elaborar uma pesquisa
que diagnosticasse a situação dos NAPNE no IFs de Minas Gerais e averiguasse a
importância da contratação de profissionais como o Psicólogo, e/ou Psicopedagogo
e/ou Assistente Social para fazer parte da equipe do NAPNE.
25
5. METODOLOGIA
O universo da presente pesquisa foi composto pelas Unidades do Instituto
Federal de Minas Gerais, a saber: campus Formiga, Bambuí, Ouro Preto,
Congonhas, Governador Valadares e São João Evangelista. Abrangeu também o
Instituto Federal do Sudeste de Minas Gerais, com os seguintes campi: Barbacena e
Juiz de Fora e Instituto Federal do Sul de Minas Gerais (do qual participa o campus
Muzambinho): Campus Machado e Inconfidentes. Esses Institutos foram escolhidos,
como universo da pesquisa, pela maior facilidade de contato e, também, pela
semelhança socioeconômica com o IF campus Muzambinho. Essa pesquisa, porém,
pretende estender-se a todas as outras regiões do país, posteriormente.
A população-alvo estudada foram os Coordenadores dos NAPNEs de cada
Unidade desses Institutos.
A primeira etapa da pesquisa se constituiu em realizar uma busca nos sites
de cada Unidade, a fim de se obterem telefones e e-mails para contato.
Um questionário com perguntas abertas e fechadas (Apêndice, em anexo) foi
enviado por e-mail aos membros dos NAPNE’s o que permitiu a coleta de
informações como a avaliação do número de Instituições que contam com o apoio
do NAPNE, a quantidade de indivíduos existentes em cada Núcleo para auxiliar no
atendimento dos alunos com NEE, as ações que desenvolvem ou pretendem
desenvolver em prol da Inclusão, a quantidade de profissionais qualificados
existentes e a importância de contratá-los para dar suporte psicológico à equipe, a
forma como eles foram contratados pela Instituição e qual o custo despendido para
que isso ocorresse.
As respostas obtidas por meio deste questionário foram avaliadas
quantitativamente e apresentadas em forma de tabelas para melhor visualização dos
Resultados.
Após a conclusão do presente trabalho, os resultados dessa pesquisa serão
apresentados à Reitoria do IF Sul de Minas e à direção do campus Muzambinho
como subsídio para a contratação dos profissionais adequados para compor a
equipe do NAPNE implantado pela Instituição.
Trata-se de uma pesquisa descritiva, pois registra, relaciona fatos sem
manipulá-los e procura conhecer as diversas relações e situações que ocorrem na
26
vida e no comportamento dos indivíduos. Ela trabalha com dados relativos à
atualidade, observa uma realidade, elabora, inicialmente, uma busca na literatura,
com o objetivo de compreender melhor o tema e o problema de pesquisa a ser
investigado. Uma das características da pesquisa descritiva é a técnica padronizada
da coleta de dados, realizada por meio de questionário.
27
6 RESULTADOS OBTIDOS
Para esta pesquisa, foram analisadas as unidades do Instituto Federal Minas
Gerais (IFMG), sendo elas Bambuí, São João Evangelhista, Governador Valadares,
Congonhas, Ouro Preto e Formiga, obtendo-se 100% no recebimento dos
questionários. Também foram obtidos 100% no recebimento de respostas dos
questionários nas unidades do Instituto Federal do Sudeste de Minas Gerais (campi
de Barbacena, Juiz de Fora, Rio Pomba) e do Instituto Federal do Sul de Minas
Gerais, Machado e Inconfidentes.
Na Tabelas 1 e 2, mostradas abaixo, pode-se verificar as respostas ao
questionário dos coordenadores dos NAPNEs de cada unidade pesquisada:
Tabela 1 – Levantamento da existência do Núcleo de Atendimento às
Pessoas com Necessidades Especiais Específicas (NAPNE) na Instituição:
De todas as Unidades pesquisadas, 80% responderam que possuem o
NAPNE implantado em suas respectivas Instituições e 20% responderam que ainda
não possuem o NAPNE, mas que estão em fase de implantação.
Existe o Núcleo? Quantidade de respostas Percentual
SIM 8 80%
NÃO 2 20%
TOTAL 10 100%
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Tabela 2 – Quantidade de membros da Instituição pertencentes ao NAPNE
UNIDADE INSTITUTO Qtd
Bambuí** IFMG * 11
São João Evangelista IFMG 2
Governador Valadares IFMG 2
Congonhas** IFMG 9
Ouro Preto IFMG 2
Barbacena IF Sudeste MG 3
Juiz de Fora IF Sudeste MG 1
Rio Pomba** IF Sudeste MG 12
Machado** IF Sul MG 9
Inconfidentes IF Sul MG 3
TOTAL 54
* IFMG: Instituto Federal de Minas Gerais
** Unidades que possuem maior número de funcionários integrantes do NAPNE
De acordo com as respostas ao questionário, a maioria dos integrantes
destas Unidades que possuem o NAPNE, é funcionário efetivo da Instituição, família
dos alunos ou o próprio aluno com deficiência.
Seguindo com as perguntas do questionário, entre as ações que os NAPNEs
desenvolvem, estão:
• apoio didático-pedagógico aos alunos com necessidades educacionais
específicas, bem como aos seus professores;
• avaliações a fim de identificar as necessidades especiais;
• encaminhamento e acompanhamento a neurologista e psiquiatra de alunos
com suspeita de diagnósticos neurológicos e mentais;
• garantia de acesso ao aluno para utilização dos equipamentos especiais;
• ações de conscientização e sensibilização da comunidade escolar, por meio
de palestras e eventos;
• curso de Libras;
• capacitação de servidores (Programa TEC NEP e Curso de especialização);
• adequação da estrutura física da escola;
29
• participação na Semana Tecnológica com stand sobre Inclusão, onde foram
desenvolvidas estratégias de sensibilização e distribuição de folders
educativos;
• atendimentos psicológicos e orientações aos profissionais que lidam
diretamente com os alunos com deficiência;
• projeto Natação Inclusiva; Projeto Equoterapia;
• projeto Basquete sobre Rodas;
• curso de alfabetização em Braille;
• reunião quinzenal com a Associação dos deficientes;
• curso de Inclusão Digital, palestras, vídeos educativos e estudos de caso.
Algumas dessas ações podem ser adotadas em um curto prazo como
apoio didático-pedagógico aos alunos com necessidades educacionais
específicas, bem como aos seus professores; garantia de acesso ao aluno para
utilização dos equipamentos especiais; garantia de acesso ao aluno para
utilização dos equipamentos especiais e ações de conscientização e
sensibilização da comunidade escolar, por meio de palestras e eventos.
A pergunta de número 4 do questionário refere-se às ações que os
NAPNEs ainda pretendem desenvolver. Entre estas ações, estão:
• promover encontros periódicos com os alunos com Necessidades
Educacionais Específicas;
• disponibilizar intérprete ou tradutor de Libras em palestras e eventos, sempre
que houver deficientes auditivos presentes;
• propor programas de incentivo aos alunos para atividades de apoio ao aluno
com NEE;
• adaptar portas e banheiros com espaço suficiente para permitir acesso de
cadeiras de roda;
• construir rotas acessíveis, de forma a permitir acesso do aluno deficiente nos
vários espaços acadêmicos;
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• construir calçadas para circulação de pedestres, rebaixar aquelas já
existentes, com rampas acessíveis ou elevar a via para travessia do pedestre
em nível, instalar piso tátil;
• divulgar, em local visível, o direito de atendimento prioritário das pessoas com
deficiência ou com mobilidade reduzida, idade igual ou superior a sessenta
anos, gestantes, lactantes e pessoas com criança de colo;
• reivindicar, junto a empresa de ônibus, que pelo menos um veículo da frota
seja acessível, caso algum aluno com deficiência esteja matriculado no
campus principal;
• solicitar que qualifiquem os profissionais que trabalham nesses serviços, para
que prestem atendimento prioritário às pessoa\s portadoras de deficiência ou
com mobilidade reduzida;
• criar opções de cursos voltados para a área de inclusão, disponibilizar
material de apoio às pessoas com necessidades específicas;
• conscientizar a comunidade escolar e promover a formação continuada dos
educadores;
• abrir turmas para o curso de LIBRAS e alfabetização de Braille, assim como
cursos profissionalizantes de curta duração para pessoas com necessidades
específicas para entrarem no mercado de trabalho;
• apoiar as escolas de ensino fundamental para receber os alunos com
necessidades específicas; equipar a biblioteca, com material e equipamentos
para cegos;
• promover oficinas e seminários.
Seguindo as respostas dadas ao questionário, a Tabela abaixo demonstra a
quantidade de profissionais especializados e qualificados que compõem o NAPNE
nestas Instituições:
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Tabela 3 – Profissionais especializados que atuam nos NAPNEs das Unidades
pesquisadas:
Profissionais Qtd
Assistente Social 3
Psicólogos 7
Psicopedagogos e/ou Pedagogos* 11
TOTAL 21
*Profissionais em maior número nas Unidades avaliadas
Destas Instituições que possuem o NAPNE implantado, 21 funcionários são
profissionais que possuem capacitação adequada para diagnosticar problemas,
desenvolver técnicas e métodos e oferecer apoio aos demais integrantes do Núcleo,
o que gera uma margem média de 2,1 (21 profissionais qualificados ÷ 10 Unidades
pesquisadas) profissionais dentro de cada Unidade.
Entre os demais integrantes do Núcleo de Atendimento, de acordo com as
respostas aos questionários, estão Técnicos Administrativos, professores, pessoas
da própria família dos alunos e ainda outros profissionais, como odontólogos e
intérpretes de LIBRAS.
A forma de contratação desses profissionais especializados foi por concurso
público, pois os mesmos participam também de outras atividades dentro da
Instituição e não só das atividades do Núcleo de Atendimento.
Seguem abaixo algumas opiniões dos Coordenadores dos NAPNEs em
relação à última pergunta do questionário:
• Na sua opinião, qual a importância de uma Instituição de Ensino contratar
profissionais qualificados como o Assistente Social, o Psicólogo e o
Psicopedagogo e/ou Pedagogo para dar suporte ao NAPNE? :
� “é de suma importância que esses profissionais estejam lotados no núcleo, exercendo a função de apoio aos alunos com NEE”;
� “Seria de suma importância, uma por serem profissionais que
trabalham com a essência do ser humano e por reconhecerem a importância de suas características individuais. Compreensão, respeito às diferenças e autenticidade fundamentam a aprendizagem”;
32
� “Na minha concepção estes profissionais são de extrema importância para este trabalho. Destacando a importância de que os mesmos possuam capacitação para esta função específica”;
� “Necessidades especiais são sempre condições que exigem
atendimento especializado. Assim sendo, uma pessoa que saiba que tipo de atitude tomar perante uma situação tão delicada quanto é o relacionamento humano é de fato muito importante. Esse profissionais deveriam fazer parte do quadro de qualquer instituição”;
� “Acho muito importante, nós possuímos estes profissionais. Pensamos
em contratar uma fonoaudióloga, no entanto ainda é só uma idéia”;
� “A qualificação de profissionais é um investimento que proporciona evidentemente a qualificação do atendimento destinado a Inclusão”;
� “Levando em conta a necessidade apresentada pelo aluno com tal
deficiência a alternativa é buscar parceria onde acontece o atendimento específico, porém é uma necessidade utilizar dos profissionais da instituição de certa forma condizente ao caso, capacitando, aperfeiçoando até que aconteça uma contratação definida justificando a realidade da existência do Núcleo de Atendimento às pessoas com necessidades específicas”;
� “A ação do NAPNE em nossa instituição sem a presença do psicólogo
seria praticamente impossível. Muitas vezes ele faz a “ponte” entre alunos, professores e família. Além disso, oferece suporte psicológico à alunos, professores e familiares sempre que solicitado. Contando com uma psicopedagoga e uma assistente social essas ações seriam facilitadas, pois poderia se estabelecer uma forma conjunta de trabalho”;
� “Isso demonstra uma clara preocupação da instituição em proporcionar
ações de âmbito inclusivo. Lotar profissionais exclusivamente para o Núcleo permite que sejam desenvolvidas ações de mais longo alcance e de maior efetividade”;
� “O NAPNE precisa ter um suporte com vários profissionais, não só os
citados, mas outros, como fonoaudiólogo, sexólogos, oftalmologia etc., a parceria com os órgãos municipais saúde/mental é importante. A instituição deveria ter em seus quadros esses profissionais. Percebendo o caso pelo Núcleo, este seria encaminhado para o profissional para o diagnostico real. O NAPNE não pode ser o executor das ações e sim orientador da Instituição dos casos. O objetivo central do NAPNE é dar condições para os profissionais diagnosticar, atender, dar condições ao aluno entrar na escola, ficar e aprender. Não assumindo as ações sozinhas. o objetivo geral é quebrar barreiras para o aluno sentir bem dentro da escola e aprender para o mercado do trabalho e para a vida”.
33
7 CONCLUSÃO
Com esta pesquisa, foi possível:
� Entrar em contato com todas as Unidades do Instituto Federal Sul de Minas
Gerais: campus Formiga, Bambuí, Ouro Preto, Congonhas, Governador
Valadares e São João Evangelista; Unidades do Instituto Federal do Sudeste
de Minas Gerais: Barbacena e Juiz de Fora e Instituto Federal do Sul de
Minas Gerais (do qual participa o campus Muzambinho): Machado e
Inconfidentes;
� Quantificar quais dessas Unidades citadas possuem o NAPNE implantado em
suas Instituições a fim de oferecer auxílio no processo ensino-aprendizagem;
� Verificar que a maioria dessas Unidades já possui o Núcleo de Atendimento
implantado, o que demonstra uma grande preocupação por parte dos
educadores em oferecer assistência adequada às pessoas com necessidades
educacionais específicas;
� Verificar quantos membros existem nos NAPNEs das Unidades pesquisadas
e quantos deles são especializados em Psicologia, Psicopedagogia e
Assistência Social;
� Listar as ações desenvolvidas pelos NAPNEs desses Institutos e quais ainda
pretendem desenvolvê-las;
� Obter várias opiniões dos Coordenadores de cada NAPNE sobre a
importância de se contratar profissionais qualificados como o Assistente
Social, o Psicólogo e o Psicopedagogo para dar suporte ao Núcleo de
Atendimento.
34
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Atualmente, o termo “Inclusão” vem sendo muito debatido na mídia, nas
escolas, nos grupos de discussão; nem todos, porém, estão comprometidos nesta
luta contra a discriminação, o preconceito e a estereotipação das pessoas com
necessidades educacionais específicas.
Necessita-se, ainda, de muito esforço por parte da própria sociedade
inclusiva para se promover a sensibilização de toda a comunidade no ato de incluir,
compreender e contribuir para que os PNEE’s façam parte de um grupo social que
lhes dê suporte na busca pelos seus direitos.
Ações e projetos devem ser desenvolvidos neste sentido a fim de se mobilizar
a sociedade e colocar em prática todo o discurso teórico que envolve a questão da
Inclusão de PNEE’s, tanto na comunidade escolar, como no meio social em que
vivem.
Tais ações se referem a toda atividade que facilite a inserção de pessoas com
necessidades educacionais específicas, bem como a sua permanência nesses
Institutos. Refere-se, também, à conscientização de toda comunidade escolar para a
importância da Inclusão Social, o que permite uma participação geral e constante de
todas as pessoas envolvidas com a educação. De acordo com os relatos dos
Coordenadores dos NAPNEs sobre as ações que ainda pretendem desenvolver,
verifica-se uma expectativa bastante grande em fazer com que a Inclusão Social não
seja apenas um ideal, mas uma realidade que implique transformações não só nos
ambientes físicos, mas também, na mentalidade de todas as pessoas.
Depois de se analisarem as informações coletadas por meio dos
questionários e o cotidiano de uma Instituição que tem, por objetivo, a obtenção da
melhor qualidade de ensino para seus alunos, sugere-se a contratação de
profissionais qualificados e especializados, seja por concursos públicos ou prestação
de serviços, uma vez que poderão oferecer o suporte necessário para atender todas
as necessidades de seus alunos e, dessa forma, garantir a permanência deles no
Instituto.
Existem vários tipos de deficiências que, se não forem diagnosticadas,
prevenidas e eficientemente tratadas, poderão aumentar a probabilidade de que o
aluno que possua a deficiência, não permaneça na Escola. Alguns alunos com
35
deficiência não necessitam de um diagnóstico por parte de um psicólogo quando já
chegam à Instituição com um laudo médico identificando suas necessidades
específicas. Essas deficiências, mais fáceis de serem percebidas, podem ser a
deficiência visual, a auditiva ou a física como no caso do aluno em uma cadeira de
rodas. Porém, os desvios de comportamento, a falta de disciplina em sala de aula
também podem ser considerados como necessidades educacionais específicas e os
motivos para esses desvios são os mais variados: desestruturação familiar,
problemas sociais, desemprego, desnutrição, alcoolismo, drogas em geral, violência
em casa, entre outros casos. Esse tipo de necessidade educacional específica e
outros tipos de deficiência diagnosticada por laudos médicos necessitam de total
atenção e amparo para se evitar a evasão escolar. A evasão escolar é um problema
complexo e relaciona-se com outros importantes temas da pedagogia, como formas
de avaliação, reprovação escolar, currículo e disciplinas escolares.
O Núcleo de Atendimento às pessoas com Necessidades Educacionais
Específicas (NAPNE) implantado nas Instituições tem o principal objetivo de
promover o acesso e garantir a permanência dos alunos nas escolas.
O número de Instituições encontradas que possuem o NAPNE implantado
(80%), pode ser considerado satisfatório, pois se entende que a maioria dessas
Instituições já têm consciência da importância de se ter um Núcleo de Atendimento e
da inserção e permanência desses alunos em uma Instituição de ensino.
Profissionais como o Assistente Social, o Psicólogo, o Psicopedagogo
integrados com professores, orientadores educacionais, bibliotecários, odontólogos,
fonoaudiólogos, sexólogos, enfermeiros, intérpretes de LIBRAS, entre outros,
compondo a equipe do NAPNE, podem acompanhar a assiduidade dos alunos;
apresentar para educadores, famílias, adolescentes e crianças, a importância da
educação formal e, assim, fazer da relação aluno-escola uma relação de amizade e
não de obrigação; criar nas famílias o senso de responsabilidade em relação à
educação de crianças e adolescentes; formar cidadãos críticos e conscientes de
suas responsabilidades; verificar se a escola vem despertando o interesse dos
alunos pelo/no processo ensino/ aprendizagem; realizar visitas nas escolas,
reuniões com professores, visitas nas residências de alunos com número elevado de
faltas e, dessa forma, tentar combater a evasão escolar.
Esses profissionais necessitam estar inseridos no quadro de funcionários de
uma Instituição de ensino, para que se estabeleça uma forma conjunta de trabalho
36
que ofereça suporte psicológico não só aos alunos, mas também aos professores e
educadores que trabalham e procuram da melhor forma, atender e suprir as
necessidades específicas de seus alunos.
Outras pesquisas podem ser realizadas, futuramente, a fim de se analisar a
grande diferença na quantidade de contratação destes profissionais nas Instituições,
pois, de acordo os resultados obtidos, somente três desses profissionais analisados
são Assistentes Sociais, porém, onze são Psicopedagogos e/ou Pedagogos.
Após a realização desta pesquisa, sugere-se ainda que o NAPNE construa
uma proposta permanente de intervenção para que se consigam resultados mais
eficientes. Essa intervenção deve-se basear, principalmente, em verificar se a escola
e seus educadores vêm oferecendo respostas para as ansiedades e dúvidas de
seus educandos; sempre que possível, trazer à escola os pais e/ou responsáveis
pelos alunos; fomentar a conscientização dos pais e/ou responsáveis e alunos
quanto à importância dos estudos formais; motivar todos os educadores ao redor de
um objetivo único: combater a Evasão Escolar; fazer contato com os pais e/ou
responsáveis pelos alunos que estejam com mais de dez faltas, consecutivas ou
não; informar aos pais e/ou responsáveis o número máximo de faltas permitidas
durante o ano letivo, segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional;
alertar os pais e/ou responsáveis quanto às penalidades previstas em Lei pela não
permanência de seus filhos na escola (abandono intelectual).
Novas pesquisas, que incluam entrevistas junto aos beneficiários e/ou suas
famílias, devem ser realizadas a fim de checar a efetividade das ações realizadas
pelos NAPNEs nas Instituições.
Com esta pesquisa foi possível comprovar a importância da contratação de
profissionais adequados como o Assistente Social, o Psicólogo, o Psicopedagogo
e/ou Pedagogo para fazerem parte do Núcleo de Atendimento às Pessoas com
Necessidades Educacionais Específicas nas Instituições de ensino a fim de
conhecer essas pessoas em seus potenciais construtivos e em suas dificuldades,
realizando diagnósticos especializados e exames complementares com o intuito de
favorecer o desenvolvimento da potencialização humana no processo de aquisição
do saber. Considerando que haja a necessidade média de 3 funcionários
capacitados para cada Unidade, a presença média de 2,1 profissionais por Unidade
representa uma boa margem (70%) em comparação às Unidades que ainda não
possuem estes profissionais em seu quadro efetivo.
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Incluir alunos com os mais variados tipos de dificuldades no aprendizado,
nada mais é do que garantir o acesso de todos à educação. Para se obter um ensino
de qualidade, a Instituição deve tornar-se apta para responder às necessidades de
cada um de seus alunos, de acordo com suas especificidades, assim como mudar
seus posicionamentos e exigir de seus professores, modernização, inovação e
aperfeiçoamento das práticas educativas.
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9 BIBLIOGRAFIA
9.1 Referências
BRASIL. Ministério da Educação. Projeto Escola Viva: garantindo o acesso e permanência de todos os alunos na escola: visão histórica. Brasília: MEC, 2000a. 96p. BRASIL. Ministério da Educação. Projeto Escola Viva: garantindo o acesso e permanência de todos os alunos na escola: deficiência no contexto escolar. Brasília: MEC, 2000b. 96p. BRASIL. Ministério da Educação. Projeto Escola Viva: garantindo o acesso e permanência de todos os alunos na escola: reconhecendo os alunos que apresentam dificuldades acentuadas de aprendizagem, relacionadas a condutas típicas. Brasília: MEC, 2002. 96p. BUENO, Geraldo Silveira. Educação Brasileira: integração/segregação do aluno diferente. São Paulo: EDUC, 1993. CARNEIRO, Moacir Alves. LDB fácil: leitura crítico-compreensiva, artigo a artigo. Rio de Janeiro: Vozes, 1998. CARVALHO, Rosita Edler. A política da educação especial no Brasil. In: BRASIL. Secretaria de Educação Especial. Tendências e desafios da educação especial. Brasília: Secretaria de Educação Especial, 1994. 263 p. CAUZ, Keila Paula Lunardi; IACONO, Jane Peruzo. A inclusão escolar de crianças com necessidades educacionais Especiais no município de cascavel – PR. Portal Educacional. Disponível em: <http://www.pr.senai.br/portaleducacional.pdf>.Acesso em: 01 julho, 2008. CLEMENTE, Carlos Aparício. Trabalho e inclusão social de portadores de deficiência. Osasco: Peres, 2003. 132 p. DECLARAÇÃO DE SALAMANCA. Linha de Ação sobre Necessidades Educativas Especiais. Brasília: Corde, 1994. FERMINO, Fernandes Sisto; BORUCHOVITH, Evely; DIEHL, Tolaine Lucila Fin. Dificuldades de aprendizagem no contexto psicopedagógico. Petrópolis, RJ: Vozes, 2001. MENDES, Enicéia Gonçalves. Perspectivas Atuais da Educação Inclusão no Brasil. In: ENCONTRO DE EDUCAÇÃO ESPECIAL NA UEM, 2. Deficiência e Inclusão. Anais...Bertoni, 2001.
39
NASCIMENTO, Alessandra Bertasi et al. O papel do psicólogo escolar: a visão deste pelos profissionais da educação das escolas estaduais de pimenta bueno –RO. Revista Partes, v. 3, n.33, maio de 2003. Disponível em <
http://www.partes.com.br/ed33/emquestao.asp>. Acesso em: 01 julho, 2008. SAMPAIO, Simaia. Sobre a Psicopedagogia. Pedago Brasil. Disponível em: <http://www.pedagobrasil.com.br/index.htm>.Acesso em: 01 junho 2008. STAINBACK, Susan; STAINBACK, Willian. Inclusão: um guia para educadores. Porto Alegre: Artes Médicas, 1999. 456p.
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APÊNDICE – Questionário de levantamento diagnóstico dos Núcleos de Atendimento às Pessoas com Necessidades Educacionais Específicas (NAPNE).
Prezado Sr(a):
Meu nome é Clarissa Benassi, sou aluna do Curso de Especialização Lato
Sensu a Distância em Educação Profissional e Tecnológica Inclusiva, oferecido pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Mato Grosso, além de atuar como Bibliotecária no Instituto Federal do Sul de Minas Gerais, campus Muzambinho.
Estou realizando o Trabalho de Conclusão do Curso (TCC) e tenho como tema de pesquisa: “A ampliação de recursos humanos no Núcleo de Atendimento a Pessoas com Necessidades Educacionais Específicas no Instituto Federal do Sul de Minas Gerais, campus Muzambinho”.
Atendendo aos requisitos do Código de Ética, asseguro que não será revelado o nome, bem como suas respostas por ocasião da divulgação da pesquisa, uma vez que as informações coletadas serão analisadas conjuntamente.
Para tanto, conto com sua colaboração no sentido de responder a essas questões, que são fundamentais para que eu possa finalizar mais esta etapa. Obrigada!
Clarissa Benassi Gonçalves da Costa
Instituto Federal do Sul de Minas Gerais
(35) 3571 1529
P.S. Solicito a devolução do mesmo até 21/08/2009
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QUESTIONÁRIO
1 - A Instituição possui um Núcleo de Atendimento às Pessoas com Necessidades Educacionais Específicas (NAPNE)?
( ) Sim
( ) Não
2 – Se a resposta acima for “Sim”, que quantidade de pessoas fazem parte do NAPNE?
3 – Quais ações o NAPNE desenvolve em prol da Inclusão?
4 – Quais ainda pretende desenvolver?
5 – Dentre os membros do NAPNE, quantos são:
Assistentes Sociais? ____
Psicólogos? ____
Psicopedagogos? ____
6 – Existem ainda outros profissionais qualificados? Quais?
7 – Se existirem profissionais qualificados no NAPNE, qual é a forma de contratação adquirida pela Instituição e que custo foi despendido para que isso ocorresse?
8– Na sua opinião, qual é a importância de uma Instituição de Ensino contratar profissionais qualificados como o Assistente Social, o Psicólogo e o Psicopedagogo para dar suporte ao NAPNE?
Obrigada!
Clarissa Benassi