claudia santos magioli – patent commissioner

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Os 20 anos da LPI e a Concessão de Patentes na Área de biotecnologia no Brasil Claudia Magioli Coordenadora Geral de Patentes II DIRPA / INPI Rio de Janeiro, 27 de agosto de 2016

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Os 20 anos da LPI e a Concessão de

Patentes na Área de biotecnologia no

Brasil Claudia Magioli

Coordenadora Geral de Patentes II

DIRPA / INPI

Rio de Janeiro, 27 de agosto de 2016

© INPI, 2016.

Governo Federal

MDIC:

Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços

Ministro: Marcos Pereira

INPI:

Instituto Nacional da Propriedade Industrial

Presidente: Luiz Otávio Pimentel

http://www.brasil.gov.br

http://www.inpi.gov.br

http://www.mdic.gov.br

© INPI, 2016.

Instituto Nacional da Propriedade

Industrial

Criado em 1970 pela Lei Nº 5.648

Sede no Rio de Janeiro – RJ

Rua São Bento, 1 – Centro.

Rua Mayrink Veiga, 9 - Centro.

Praça Mauá, 7 - Centro.

Representação nos 26 Estados e DF

© INPI, 2016.

Código da Propriedade Industrial Lei No 5.772, de 21 de dezembro

de 1971. (Revogada pela Lei no 9.279/96)

CAPÍTULO II

DAS INVENÇÕES NÃO PRIVILEGIÁVEIS

Art. 9º Não são privilegiáveis:

...

b) as substâncias, matérias ou produtos obtidos por meios ou processos químicos,

ressalvando-se, porém, a privilegiabilidade dos respectivos processos de obtenção ou

modificação;

c) as substâncias, matérias, misturas ou produtos alimentícios, químicos-farmacêuticos

e medicamentos, de qualquer espécie, bem como os respectivos processos de

obtenção ou modificação;

...

f) os usos ou empregos relacionados com descobertas, inclusive de variedades ou

espécies de microrganismos, para fim determinado;

g) as técnicas operatórias ou cirúrgicas ou de terapêutica, não incluídos os dispositivos,

aparelhos ou máquinas;

...

Histórico

© INPI, 2016.

A Biotecnologia

Evolução da biotecnologia – décadas de 1970 (enzimas de restrição;

clonagem) e 1980 (PCR)

Desenvolvimento técnico – Produtos com alto valor de mercado

- Alteração das definições para a concessão de patentes

- Adaptação do arcabouço jurídico da propriedade industrial

Preocupações ecológicas; desmatamento; biossegurança

Países em desenvolvimento ricos em biodiversidade; países

desenvolvidos ricos em biotecnologia

Histórico

© INPI, 2016.

Lei da Propriedade Industrial (LPI)

No 9.279 de 14 de maio de 1996

Proteção por patentes de invenções biotecnológicas no

Brasil

Restrições bastante fortes ao patenteamento na área de

Biotecnologia. Brasil usou as flexibilidades previstas no artigo 27 de

TRIPS:

Métodos diagnósticos, terapêuticos e cirúrgicos para o tratamento de seres

humanos e ou de animais; plantas, animais e processos essencialmente

biológicos não são patenteáveis

Matérias excluídas de proteção:

Art. 10 – Não se considera invenção nem modelo de utilidade

Art. 18 - Não são patenteáveis

Perfil de patenteamento equivalente ao da Lei Indiana

© INPI, 2016.

Regula direitos e obrigações relativos à

propriedade industrial

Art. 1°

Lei da Propriedade Industrial (LPI)

No 9.279 de 14 de maio de 1996

© INPI, 2016.

Matérias excluídas de proteção

Artigo 10: Não se considera invenção nem modelo de

utilidade: (...)

IX - O todo ou parte de seres vivos naturais e materiais

biológicos encontrados na natureza, ou ainda que dela isolados,

inclusive o genoma ou germoplasma de qualquer ser vivo

natural e os processos biológicos naturais

Lei da Propriedade Industrial (LPI)

No 9.279 de 14 de maio de 1996

© INPI, 2016.

Artigo 18: Não são patenteáveis

III - O todo ou parte dos seres vivos, exceto os microorganismos

transgênicos que atendam aos requisitos do art. 8º e que não sejam

mera descoberta.

Parágrafo único. Para os fins desta Lei, microorganismos transgênicos

são organismos, exceto o todo ou parte de plantas ou de animais, que

expressem, mediante intervenção humana direta uma característica

normalmente não alcançável pela espécie em condições naturais.

Plantas e animais transgênicos Não patenteáveis

Bactérias, fungos e protozoários geneticamente modificados - Patenteáveis

Lei da Propriedade Industrial (LPI)

No 9.279 de 14 de maio de 1996

Matérias excluídas de proteção

© INPI, 2016.

Lei No 10.196 de 14 de fevereiro de 2001

Altera e acresce dispositivos à Lei no 9.279,

de 14 de maio de 1996, que regula direitos e

obrigações relativos à propriedade industrial,

e dá outras providências.

“Art. 229-C. A concessão de patentes para

produtos e processos farmacêuticos

dependerá da prévia anuência da Agência

Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA."

© INPI, 2016.

Comparação:

Matéria Patenteável em Biotecnologia

Lei da Propriedade Industrial (LPI)

No 9.279 de 14 de maio de 1996

© INPI, 2016.

Modificado de: Zucoloto e Freitas, 2013, IPEA.

© INPI, 2016. Modificado de: Zucoloto e Freitas, 2013, IPEA.

© INPI, 2016.

Diretrizes de Exame de Pedidos de Patente

na Área de Biotecnologia

Diretrizes: Correlação entre temas discutidos

“Diretrizes de Exame de Pedidos de Patente na Área

de Biotecnologia”

Publicadas na RPI 2306 de 17/03/2015 (Res.INPI/PR 144/2015)

“Diretrizes para o exame de pedidos de patente nas áreas

de biotecnologia e farmacêutica depositados

após 31/12/1994”

Publicadas na RPI 1648 de 06/08/2002

© INPI, 2016.

“Diretrizes de Exame de Pedidos de Patente na Área de Biotecnologia”

“Diretrizes para o exame de pedidos de patente nas áreas de biotecnologia e farmacêutica depositados após 31/12/1994”

Publicadas na RPI 2306 de 17/03/2015 (Res.INPI/PR 144/2015)

Publicadas na RPI 1648 de 06/08/2002

1.1_ Aplicação industrial - 2_ Condições para a proteção - 2.1_ Unidade de invenção - 2.2_ Suficiência descritiva (art. 24) - 2.2.1_ Depósito de material biológico - 2.2.1.1_ Casos em que deve ser realizado o depósito do material biológico

2.27_Processos de modificação genética de microorganismos

2.2.1.2_ Prazos para depósito de material biológico - 2.2.2_ Suficiência descritiva da listagem de sequências - 2.3_ Fundamentação, clareza e precisão (art. 25) - 2.3.1_ Fundamentação no relatório descritivo - 3_ Reivindicações - 3.1_ Reivindicações do tipo reach-through em biotecnologia - 3.1.1_ Exame técnico de reivindicações reach-through - 4_ Matérias excluídas de proteção segundo a LPI - 4.1_ Definições 2.16_Vírus 4.2_ Matérias não consideradas invenção (art. 10) - 4.2.1_ Produtos e processos biológicos naturais (art. 10 (IX)) -

4.2.1.1_ Produtos biológicos naturais 2.4_Compostos encontrados na natureza (inclusive os de constituição desconhecida e extratos de animais/plantas)

4.2.1.1.1_ Composições contendo produto biológico natural 2.6_Composições baseadas em produtos não patenteáveis 4.2.1.1.2_ Extratos - 4.2.1.1.3_ Extratos enriquecidos -

Diretrizes de Exame de Pedidos de Patente

na Área de Biotecnologia

© INPI, 2016.

Publicadas na RPI 2306 de 17/03/2015 (Res.INPI/PR 144/2015)

Publicadas na RPI 1648 de 06/08/2002

4.2.1.2_ Processos biológicos naturais 2.28_Processos biológicos naturais 2.25_Processos biológicos ou enzimáticos de obtenção de compostos químicos

4.2.1.3_ Uso de produtos naturais - 4.3_ Invenções não patenteáveis (art. 18 da LPI) - 4.3.1_ Invenções não patenteáveis por incidirem no art. 18 (I) da LPI - 4.3.2_ Invenções não patenteáveis por incidirem no art. 18 (III) da LPI -

5_ Microrganismos 2.13_Microorganismos 2.14_Células hospedeiras

6_ Sequências biológicas - 6.1_ Como caracterizar 2.3_Polinucleotídeos e polipeptídeos sintéticos 6.1.1_ Sequências na forma de Markush - 6.1.2_ Quando é necessário o depósito da listagem de sequências junto ao pedido - 6.1.3_ Da necessidade de restringir o quadro reivindicatório às sequências depositadas junto ao pedido - 6.2_ Homologia versus identidade - 6.3_ Sequências de nucleotídeos - 6.3.1_ Modificação de sequência(s) de nucleotídeos - 6.3.1.1_ Modificação de sequência(s) por substituições, inserções ou deleções de nucleotídeos não modificados - 6.3.1.1.1_ SNPs - 6.3.1.2_ Modificação de sequência(s) de nucleotídeos com derivados modificados (inclusive com grupos protetores) - 6.3.2_ Fragmentos -

Diretrizes de Exame de Pedidos de Patente

na Área de Biotecnologia

© INPI, 2016.

Publicadas na RPI 2306 de 17/03/2015 (Res.INPI/PR 144/2015)

Publicadas na RPI 1648 de 06/08/2002

6.3.3_ Oligonucleotídeos (ou iniciadores) - 6.3.3.1_ Oligonucleotídeos degenerados e modificados - 6.3.4_ Promotores - 6.3.5_ Vetores - 6.3.6_ cDNA - 6.3.7_ ESTs – expressed sequence tags - 6.3.8_ ORFs – open reading frames - 6.3.9_ RNAs - 6.4_ Sequências de aminoácidos - 6.4.1_ Como caracterizar sequências de aminoácidos - 6.4.2_ Proteínas homólogas (parálogos versus ortólogos) - 6.4.3_ Fragmentos proteicos - 6.4.4_ Modificações na sequência - 6.4.4.1_ Com aminoácidos naturais (substituições, inserções ou deleções) - 6.4.4.2_ Com aminoácidos não naturais (inclusive com grupos protetores) -

6.4.4.3_ Grupamentos adicionados ao carboxi ou amino terminal - 6.4.5_ Proteínas de fusão - 6.4.5.1_ De ocorrência natural - 6.4.5.2_ Como caracterizar - 6.4.5.3_ Seq ID integral - 6.4.5.4_ Definição de apenas uma das sequências presentes na proteína da fusão - 6.4.6_ Anticorpos 2.15_Hibridomas e anticorpos monoclonais 6.4.6.1_ Processo de obtenção de anticorpos 2.34_Processos de obtenção de anticorpos

2.35_Processos para obtenção de hibridomas e anticorpos monoclonais

Diretrizes de Exame de Pedidos de Patente

na Área de Biotecnologia

© INPI, 2016.

Publicadas na RPI 2306 de 17/03/2015 (Res.INPI/PR 144/2015)

Publicadas na RPI 1648 de 06/08/2002

6.4.6.2_ Hibridomas 2.15_Hibridomas e anticorpos monoclonais 6.4.6.3_ Anticorpos quiméricos/humanizados - 6.4.6.4_ Fragmentos de anticorpos - 7_ Animais, plantas, suas partes e processos de obtenção 2.12_Animais, Plantas e suas partes

7.1_ Animais, plantas e suas partes 2.30_Processos de obtenção de plantas 2.31_Processos de obtenção de animais

7.1.1_ Produtos e Processos envolvendo Células Tronco 2.33_Processos envolvendo células tronco 7.2_ Plantas transgênicas, suas partes e seus processos de obtenção - 7.3_ Processo de obtenção de plantas por cruzamento - 8_ Pedidos de patente envolvendo componentes do patrimônio genético nacional -

- 2.2_Composto Químico [1] - 2.2.1_[definido por sua estrutura] [1] - 2.2.3_[definido pelo processo de obtenção] [1] - 2.2.4_[definido por sua aplicação] [1] - 2.5_Composições em geral [1]

- 2.5.2_[composições definidas qualitativa e/ou quantitativamente] [1]

- 2.7_Composições definidas por sua forma de aplicação ou ação [1]

- 2.8_Composições que apresentam os componentes separados [1]

- 2.9_Composições definidas pela sua forma física [1] - 2.10_Composições definidas por características mistas [1]

- 2.11_Produtos manufaturados (tabletes, comprimidos, pílulas, cápsulas, emulsões e similares) [1]

Diretrizes de Exame de Pedidos de Patente

na Área de Biotecnologia

© INPI, 2016.

Publicadas na RPI 2306 de 17/03/2015 (Res.INPI/PR 144/2015)

Publicadas na RPI 1648 de 06/08/2002

- 2.17_Toalhas higiênicas, suturas, bandagens, absorventes e similares [2]

- 2.19_Kits [1]

- 2.24_Processos sintéticos de preparação de compostos químicos [1]

- 2.26_Processos de extração/isolamento [2]

- 2.29_Processos que utilizam um ser vivo superior para a obtenção de um produto [2]

- 2.32_Processos de obtenção de um produto em que uma das etapas envolve a obtenção de um animal [2]

- 2.36_Métodos de tratamento do corpo humano ou animal [1]

- 2.36.1_[métodos terapêuticos e não terapêuticos] [1]

- 2.36.7_[uso de produto pode ser tanto terapêutico quanto não-terapêutico] [1]

- 2.36.9_[tratamento para eliminar parasitas] [1] - 2.36.11_[métodos contraceptivos em seres humanos] [2] - 2.37_Métodos de diagnóstico [1]

- 2.37.3_[métodos de obtenção de informações do corpo humano ou animal] [1]

- 2.38_Métodos cirúrgicos [1] - 2.39_Invenções de segundo uso [3] - 2.39.1_[primeiro uso e segundo uso] [3]

Notas: [1] item incorporado à Diretriz DIRPA. [2] item retirado. [3] item retirado; na Diretriz DIRPA, Bloco I, é mencionado o tipo de redação de "fórmula suíça", e no Bloco II trata-se apenas de segundo uso não-médico.

Diretrizes de Exame de Pedidos de Patente

na Área de Biotecnologia

© INPI, 2016.

Harmonização interna dos exames técnicos da

matéria - maior eficiência do exame no INPI;

Inclusão de exemplos, com ênfase nas maneiras

adequadas de caracterização para a delimitação

justa do escopo pleiteado;

Tecnologia em expansão - fundamental

melhoria/atualização contínua dos temas abordados

(bioinformática, modelagem de proteínas, biologia

sintética, eventos de elite, células tronco);

Claro entendimento da matéria passível de proteção

por patentes no Brasil aumenta a segurança jurídica

do sistema de propriedade industrial nesta área em

consonância com a política industrial do Brasil de

incentivo ao desenvolvimento da Biotecnologia.

Diretrizes de Exame de Pedidos de Patente

na Área de Biotecnologia

© INPI, 2016.

Testes diagnósticos in vitro

Métodos de tratamento não terapêuticos

Métodos de fabricação de composições medicinais

Usos não médicos

Sequências Biológicas modificadas

Proteínas de fusão

Processo de isolar produtos naturais

Processos biológicos onde ocorra intervenção humana

Composições contendo extratos de animais ou plantas

Composições contendo organismo isolado ou partes

destes

Microrganismo geneticamente modificado

Métodos de obter plantas geneticamente modificadas

Hibridomas

Anticorpos monoclonais

Matérias passíveis de proteção na área de

Biotecnologia

© INPI, 2016.

Lei Nº 11.105, de 24 de março de 2005 Lei de Biossegurança

Estabelece normas de segurança e mecanismos de fiscalização de atividades que

envolvam organismos geneticamente modificados – OGM e seus derivados.

Art. 6o Fica proibido:

VII – a utilização, a comercialização, o registro, o patenteamento e o licenciamento

de tecnologias genéticas de restrição do uso.

Parágrafo único. Para os efeitos desta Lei, entende-se por tecnologias genéticas

de restrição do uso qualquer processo de intervenção humana para geração ou

multiplicação de plantas geneticamente modificadas para produzir estruturas

reprodutivas estéreis, bem como qualquer forma de manipulação genética que vise

à ativação ou desativação de genes relacionados à fertilidade das plantas por

indutores químicos externos.”

Por conseguinte, o artigo 6o supra é taxativo ao proibir, entre outros, o

patenteamento de processos que gerem plantas geneticamente modificadas

para produzir estruturas reprodutivas estéreis, ou de qualquer outro processo

que gere plantas geneticamente modificadas cuja fertilidade seja controlada

por indutores químicos externos mediante a ativação ou desativação de genes

relacionados à fertilidade.

© INPI, 2016.

Lei Nº 13.123, de 20 de maio de 2015 Lei de Acesso ao Patrimônio Genético e ao

Acesso ao Conhecimento Tradicional Associado

revoga a Medida Provisória no 2.186-16, de 23 de agosto de

2001.

Art. 47 e Art. 12 (§2º) da Lei 13.123/2015 - O art. 12 (§2º)

estabelece que o cadastramento de atividades “deverá ser

realizado previamente (...) ao requerimento de qualquer

direito de propriedade intelectual”. O art. 47, por sua vez,

define que a concessão de direitos de propriedade

intelectual sobre produto acabado ou sobre material

reprodutivo obtido a partir de acesso a patrimônio genético

estaria condicionada ao cadastramento ou autorização.

© INPI, 2016.

Decreto Nº 8.772, de 11 de maio de 2016

Regulamenta a Lei nº 13.123, de 20 de maio de 2015

“Art. 5º Sem prejuízo do sistema previsto no Capítulo IV deste Decreto, o CGen deverá manter sistema próprio

de rastreabilidade das atividades decorrentes de acesso ao patrimônio genético ou ao conhecimento

tradicional associado, inclusive as relativas à exploração econômica.

§ 1º Nos termos do que determina o art. 7º da Lei nº 13.123, de 2015, o sistema previsto no caput será gerido

pela Secretaria-Executiva do CGen e terá acesso aos bancos de dados dos sistemas:

(...)

VI - de concessão e de garantia de direitos de propriedade intelectual do Instituto Nacional da Propriedade

Industrial - INPI;

(...)

§ 2º Os órgãos e entidades de que trata este artigo adotarão as medidas necessárias para garantir o acesso

do sistema de rastreabilidade e a integração dos bancos de dados previstos no § 1º.

§ 3º Na impossibilidade de adoção das medidas previstas no § 2º, as informações deverão ser encaminhadas

ao CGen no prazo de trinta dias, contados da solicitação.”

“Art. 20. Fica criado o Sistema Nacional de Gestão do Patrimônio Genético e do Conhecimento Tradicional

Associado - SisGen, sistema eletrônico a ser implementado, mantido e operacionalizado pela Secretaria-

Executiva do CGen para o gerenciamento:

I - do cadastro de acesso ao patrimônio genético ou ao conhecimento tradicional associado;

(...)

§ 1º O cadastramento deverá ser realizado previamente:

(...)

II - ao requerimento de qualquer direito de propriedade intelectual;”

© INPI, 2016.

Decreto Nº 8.772, de 11 de maio de 2016

“Art. 80. Requerer direito de propriedade intelectual resultante de acesso ao patrimônio genético ou

conhecimento tradicional associado, no Brasil ou no exterior, sem realização de cadastro prévio.

Multa mínima de R$ 3.000,00 (três mil reais) e máxima de R$ 30.000,00 (trinta mil reais), quando se

tratar de pessoa natural ou microempreendedor individual.

Multa mínima de R$ 15.000,00 (quinze mil reais) e máxima de R$ 200.000,00 (duzentos mil reais),

quando se tratar de pessoa jurídica enquadrada como microempresa, empresa de pequeno porte ou

cooperativas de agricultores tradicionais com receita bruta anual igual ou inferior ao limite máximo

estabelecido no inciso II do art. 3º da Lei Complementar nº 123, de 2006.

Multa mínima de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) e máxima de R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais),

quando se tratar de demais pessoas jurídicas.”

“Art. 109. Para atender ao disposto no § 2º do art. 12 da Lei nº 13.123, de 2015, o usuário, no ato de

requerimento de direito de propriedade intelectual, deverá informar se houve acesso a patrimônio

genético ou ao conhecimento tradicional associado, como também se há cadastro de acesso realizado

nos termos deste Decreto.

Art. 110. Verificada a inexistência do cadastro ou em caso de seu cancelamento, o Ibama ou o CGen

comunicará o órgão e a entidade previstos no art. 109 para que cientifiquem o solicitante do direito de

propriedade intelectual para apresentar comprovante de cadastro em trinta dias, sob pena de

arquivamento do processo de solicitação do direito de propriedade intelectual.

Parágrafo único. No caso de inexistência de cadastro, será observado o período de um ano referido nos

arts. 36, 37 e 38 da Lei nº 13.123, de 2015.”

© INPI, 2016.

Modificações na Lei de Propriedade Industrial

PROJETO DE LEI 4.961, de 2005 - Deputado Mendes Thame

Alterar o Artigo 10 inciso IX da LPI e permitir o patenteamento de moléculas isoladas, em seu estado

natural, e de estender a proteção dos organismos geneticamente modificados para qualquer

organismo e não somente os “microrganismos” como definido no parágrafo único do artigo 18 da LPI

em vigor.

PROJETO DE LEI 5.402, de 2013 - Sr. Newton Lima Neto e Dr. Rosinha

Não alterar o Artigo 10 inciso IX da LPI e o artigo 18 no que tange a proteção de matéria isolada da

natureza e a proteção de OGM e inserir disposições de trips – na LPI alterando a redação dos artigos

10, 13, 14, 31, 195 e 229-C.

PROJETO DE LEI 5.557, de 2016 - Sr. Nilson Leitão

Alterar o art. 18 da LPI e também o § 1º do art. 16 da Lei (Lei de Biossegurança).

Art. 18 (...)

“§ 2°. Na agricultura, a utilização ou comercialização de cultivar portadora de microrganismos transgênicos,

genes ou evento biotecnológico, ficam condicionados à prévia inscrição, com o número da patente, a

descrição da biotecnologia nela introduzida e o respectivo beneficio, da respectiva cultivar no Registro

Nacional de Cultivares (RNC), previsto na Lei de Proteção de Cultivares."(NR)

“§ 3°. Nas relações comerciais entre as empresas detentoras de eventos biotecnológicos (gene transgênico)

e as empresas de melhoramento vegetal (germoplasma), o(s) gene(s) e o(s) processo(s) de transgenia

patenteado(s) nos termos desta Lei não serão passíveis de constituírem reserva de mercado e nem serem

objeto de monopólios ou oligopólios, de forma a permitir a terceiros interessados o amplo e oportuno acesso

aos mesmos, desde que devidamente remunerado o titular da respectiva patente."

© INPI, 2016.

Lei da Propriedade Industrial (LPI) e a

Estruturação do INPI/DIRPA

Até 1998 somente 1 biólogo no INPI. De 1999 a 2002 –

2 biólogos. A partir de 2002 concurso com maior

número de vagas para biólogos.

Estrutura da DIRPA até 2004: 2 Coordenações Gerais

de Patente e 6 Divisões Técnicas – DIQUIM, DIQUOR

I, DIQUOR II, DIFELE, DIPAME e DIENCI

Em dezembro de 2004 é criada a Divisão de

Biotecnologia – DIBIOTEC, englobando biotecnologia,

alimentos, cosméticos e agroquímicos.

© INPI, 2016.

DIRPA – Divisões Técnicas (2005-2010)

Assistente Técnico

Nilson de Azevedo Vianna

SEAESP

Seção de Assuntos Especiais

Suely Mary Fernandes Valverde

Chefe de Seção

SEPPCT

Seção de Processamento de PCT

Marcia Thimotheo da Costa

Chefe de Seção

SECPAN

Seção de Controle de Pagamento de Anuidade

Valter do Espírito Santo

Chefe de Seção

SEANEX

Seção de Anotação e Expedição

José Carlos José da Silva

Chefe de Seção

SEXAME

Seção de Exame Formal Preliminar

Érica do Nascimento Canellas

Chefe de Seção

SEPDOC

Seção de Publicação e Controle de Documentos

Oscar Paulo Bueno

Chefe de Seção

SEAPET

Seção de Apoio ao Exame Técnico

Carlos Augusto Miranda Pereira

Chefe de Seção

CGPROP

Coordenação Geral de Processamento de Patentes

Sheila Kilins Gehrt

Coordenadora

CTPAT I

Coordenação Técnica de Patentes I

Leila Freire Falcone

Coodenadora

DIBIOTEC

Divisão de Patentes de Biotecnologia

Margareth Maia da Rocha

Chefe de Divisão

DIQUIM II

Divisão de Patentes de Química II

Liane Elizabeth Caldeira Lage

Chefe de Divisão

DIQUIM I

Divisão de Patentes de Química I

Claudio Luiz Gonçalves de Freirtas

Chefe de Divisão

CGPAT I

Coordenaçaão Geral de Patentes I

Maria Celi Saldanha Moreira de Paula

Diretora Substituta/Coodenadora

CTPAT II

Coordenação Técnica de Patentes II

Cátia Regina Pinho Gentil da Silva

Coordenadora

DIENCI

Divisão de Patentes de Engenharia Civil e Geral

Rogério Leite Ribeiro

Chefe de Divisão

DIFELE

Divisão de Patentes de Física e Eletricidade

Roberto ferreira Santos

Chefe de Divisão

DIPAME

Divisão de Patentes de Mecânica

Francisco Eduardo Pereira

Chefe de Divisão

CGPAT II

Coordenação Geral de Patentes II

Carlos Alberto Maier Hage

Coordenador

DIRPA

Diretoria de Patentes

Carlos Pazos Rodriguez

Diretor

© INPI, 2016.

DIRPA – Divisões Técnicas (2010)

© INPI, 2016.

DIRPA – Divisões Técnicas (2010)

CGPAT I

Farmácia I

Farmácia II

Química Inorgânica

Polímeros e Correlatos

Fármacos e Químicos

Petróleo e Engenharia Química

CGPAT IV

Metalurgia e Materiais

Mecânica

Necessidades Humanas

Tecnologia em Embalagem

Equipamentos Médicos

Agricultura e Elementos de Engenharia

CGPAT II

Alimentos, Plantas e Correlatos

Bioquímica e Correlatos

Biologia Molecular

Têxteis

CGPAT III

Computação e Eletrônica

Engenharia Civil

Física e Eletricidade

Telecomunicações

© INPI, 2016.

DIRPA – Divisões Técnicas (2011)

CGPAT I

Farmácia I

Farmácia II

Química Inorgânica

Polímeros e Correlatos

Têxteis

CGPAT IV

Metalurgia e Materiais

Mecânica

Necessidades Humanas

Tecnologia em Embalagem

Agricultura e Elementos de Engenharia

CGPAT II

Alimentos, Plantas e Correlatos

Bioquímica e Correlatos

Biologia Molecular

Agroquímicos e Correlatos

Equipamentos Médicos

CGPAT III

Computação e Eletrônica

Engenharia Civil

Física e Eletricidade

Petróleo e Engenharia Química

Telecomunicações

© INPI, 2016.

DIRPA – Divisões Técnicas (2013)

CGPAT I

Farmácia I

Farmácia II

Química Inorgânica

Polímeros e Correlatos

Têxteis

CGPAT IV

Metalurgia e Materiais

Mecânica

Necessidades Humanas

Tecnologia em Embalagem

Modelo de Utilidade (Equipamentos Médicos)

CGPAT II

Alimentos, Plantas e Correlatos

Bioquímica e Correlatos

Biologia Molecular

Agroquímicos e Correlatos

Agricultura e Elementos de Engenharia Equipamentos agrícolas e para indústria alimentícia

CGPAT III

Computação e Eletrônica

Engenharia Civil

Física e Eletricidade

Petróleo e Engenharia Química

Telecomunicações

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DIRPA – Divisões Técnicas (2014)

CGPAT I

Farmácia I

Farmácia II

Química Inorgânica

Polímeros e Correlatos

Têxteis

CGPAT IV

Metalurgia e Materiais

Mecânica

Necessidades Humanas

Tecnologia em Embalagem

Modelo de Utilidade

CGPAT II

Biotecnologia

Biofármacos

Cosméticos e Dentifrícios

Agroquímicos e Correlatos

Agricultura e Alimentos

CGPAT III

Computação e Eletrônica

Engenharia Civil

Física e Eletricidade

Petróleo e Engenharia Química

Telecomunicações

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CGPAT II - Estrutura atual

DIALP (DIPAT VII) – Divisão de Biotecnologia Chefe: Rosana Bernardo e Vânia Lúcia Linhares

Examinadores: 6 (5 biólogos e 1 farmacêutico) + 6 (5 biólogos e 1 farmacêutico) = 12

DIBIO (DIPAT VIII) – Divisão de Cosméticos e Dentifrícios Chefes: Sérgio Bernardo e Nelcy Gonçalves

Examinadores: 7 (1 engenheiro químico , 1 químico 1, 2 farmacêuticos, 3 biólogos) + 3

(1 engenheiro químico, 2 farmacêuticos) = 10

DIMOL (DIPAT IX) – Divisão de Biofármacos Chefe: Camila Chaves e Daniel Golodne

Examinadores: 13 (11 biólogos e 2 farmacêuticos)

DIPAQ (DIPAT X) – Divisão de Agroquímicos e Correlatos Chefes: Romi Machado e Maria Lúcia Abrantes

Examinadores: 6 (3 engenheiros químicos + 3 químicos) + 5 (2 farmacêuticos, 1

químico, 2 engenheiros agrônomos) = 11

DIPAE (DIPAT XVII) – Divisão de Agricultura e Alimentos Chefes: Lúcia Aparecida Mendonça e Ricardo Schmitz

Examinadores: 5 (2 engenheiros de alimentos, 2 engenheiros agrônomos, 1 engenheiro

florestal) + 8 (3 engenheiros de alimentos, 5 engenheiros agrônomos) = 13

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Classificações da Divisão de Biotecnologia

A01H

A61K (A61K35, A61K36, A61K125, A61K127, A61K129,

A61K131, A61K133 e A61K135)

B09C (B09C1/10)

C12F

C12N (exceto A61K ou A61P - ressalvado A61K35 e A61K36)

C12P (exceto A61K ou A61P - ressalvado A61K35 e A61K36)

C12R

G06F (G06F 19/10 a G06F 19/28)

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Classificações da Divisão de Cosméticos e Dentifrício

Grupo A61K 6: Preparações para odontologia

A61K 6/00 - A61K 6/10

GrupoA61K 8: Cosméticos ou preparações similares para

higiene pessoal

A61K 8/00 - A61K /99

Grupo A61Q: Uso específico de Cosméticos ou preparações

similares para higiene pessoal

A61Q 1/00 - A61Q 90/00

C07 + A61K 6

C07 + A61K 8

C07 + A61Q

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Classificações da Divisão de Biofármacos

Símbolos IPC Descrição A61K 38/ composições com proteínas A61K 39/ composições com antígenos/anticorpos A61K 47/42 composições c/ proteínas (como não-ativos) A61K 48/ composições com material genético; terapia gênica A61K 49/ composições p/ testes in vivo A61K 50/ composições condutoras p/ testes in vivo A61K 51/ composições radioativas A61K 101/ indexação de composições radioativas (metais radioativos) A61K 103/ indexação de composições radioativas (não metais radioativos) A61L desinfecção, esterilização, fraldas, próteses C07K peptídeos e proteínas C12M aparelhos p/ enzimologia C12N + A61K ou A61P* microrganismos, enzimas, eng.genética; com finalidade terapêutica C12P + A61K ou A61P* fermentação ou processos c/ enzimas; com finalidade terapêutica C12Q medição c/ enzimas/microrganismos G01N 33/15 análise de composições medicinais G01N 33/48 a 33/98 análise de material biológico

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Classificações da Divisão de Agroquímicos

Classificação DIPAT X (DIPAQ)

C07D C07G C07H C07J A01N A01P erro

(sem aspecto farmacêutico)

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Classificações da Divisão de Agricultura e Alimentos

A01B; A01C; A01D A01F; A01G; A01J A01K; A01L; A01MA01B; A01C; A01D A21B; A21C; A21D A22B; A22C A23B; A23C; A23D A23F; A23G; A23J A23K; A23L; A23N A23P; A24C B02B; B68B C13B; C13K C12C; C12G C12H; C12J; C12L G01N 33/02 A G01N 33/14

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A Biotecnologia no Brasil

• Área estratégica para o Brasil desde 2003;

• Fórum de competitividade em Biotecnologia - elaboração da Política de

Desenvolvimento da Biotecnologia (Decreto no 6.041/2007);

• Esta política está perpetuada no Plano Brasil Maior, com priorização para

os setores de biocombustíveis e biofármacos;

• Potencial brasileiro: capital humano qualificado, incentivos

governamentais, Biodiversidade;

• Fundamental para a competitividade do agronegócio.

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A Biotecnologia no Brasil

• O desenvolvimento de Biofármacos tem sido muito rápido nos últimos anos;

•Os produtos biotecnológicos respondem por parcela importante dos gastos do

Sistema Único de Saúde (SUS) com medicamentos, por causa de seu alto

valor e tem aumentado nos últimos anos;

•Os gastos do SUS com medicamentos biológicos são significativos Compras

concentradas de biotecnológicos, como o adalimumab, etarnecept, infliximab e

interferon beta – representaram em 2009 gastos de cerca de R$ 500 milhões.

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Pedidos ainda Sem Retorno da ANVISA (por data de depósito)

2 1

214

118

60

23 40

74

159

295

472

535

225

341

418

201

7 9 3 2 3 0

100

200

300

400

500

600

1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

TOTAL: 3202 pedidos

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Pedidos Com Retorno da ANVISA

1495

174

440 Anuídos

Não-Anuídos

Devolvidos

TOTAL: 2109 pedidos

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Pedidos Com Retorno da ANVISA: Pendentes de Decisão

TOTAL: 881 pedidos

633

95

153

Anuídos

Não-Anuídos

Devolvidos

Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços

Instituto Nacional da Propriedade Industrial

Claudia Magioli Coordenadora Geral de Patentes II

[email protected]

www.inpi.gov.br