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CLIPPING DEPUTADOS 24/02/2015
EDITORIAL
TESE INSUSTENTÁVEL
Mais importante do que saber quando
começou a corrupção na Petrobras é contê-
la. E os governos petistas tiveram 12 anos
para fazer isso.
Com base numa declaração do ex-gerente
executivo de Serviços da Petrobras Pedro
Barusco, setores do Partido dos
Trabalhadores desenvolveram a tese
diversionista de que a corrupção na estatal
teria começado no governo Fernando
Henrique Cardoso – e que deveria ter sido
investigada antes, impedindo sua
ampliação. Até mesmo a presidente Dilma
Rousseff, em recente manifestação, fez
questão de enfatizar esse detalhe, como se
ele atenuasse a responsabilidade do seu
governo no triste episódio. De tão ridícula, essa tese chega a ser ofensiva.
Realmente, em depoimento prestado à Polícia Federal em 21 de novembro de 2014, o
referido delator confessou que começou a receber propina em troca da aprovação de
contratos entre 1997 e 1998. No mesmo depoimento, garantiu que o PT recebeu, entre
2003 e 2013, de US$ 150 milhões a US$ 200 milhões, como comissão por contratos
superfaturados. Apontou o tesoureiro do partido, João Vaccari Neto, como
intermediário dos pagamentos, que seriam destinados às campanhas eleitorais de
candidatos petistas.
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Ora, mais importante do que saber quando começou a corrupção na Petrobras é contê-la.
Os governos petistas tiveram 12 anos para fazer isso, inclusive durante o período em
que a própria presidente, na condição de ministra de Lula, ocupou a presidência do
Conselho de Administração da estatal, entre 2003 e 2010. Será que só agora, entre o
final do primeiro mandato e o início do segundo de Dilma, é que o Ministério Público e
a Polícia Federal conquistaram independência suficiente para proceder à investigação?
A desculpa de que ―foram eles que começaram‖ até pode fazer sentido no debate
ideológico entre militantes dos dois partidos que vêm se revezando no poder, mas fica
patética na boca da presidente da República. Dela, o país espera uma explicação mais
consistente e responsável sobre a leniência administrativa que levou a Petrobras ao
desastre e sobre a participação dos partidos que lhe dão apoio no deplorável episódio.
Mais do que isso: da presidente, os brasileiros esperam menos discurso ideológico e
mais ação para combater a corrupção, incluindo-se aí o repúdio inequívoco aos
corruptos e corruptores, independentemente de ligações partidárias.
Moacir Pereira
Em análise
O secretário estadual da
Segurança Pública
César Augusto Grubba
(C) e o secretário da
Agricultura e da Pesca,
Moacir Sopelsa (à
esquerda) se reuniram
ontem para analisar a
situação da paralisação
dos caminhoneiros e os
impactos para a
economia. Sopelsa
reconhece a legitimidade do movimento, mas também defende a manutenção da
agricultura e o direito de ir e vir dos cidadãos.
Greve paralisa economia do Oeste
A cadeia produtiva do agronegócio de Santa Catarina atravessa um período crítico com
ameaça de ficar inviabilizado em função da greve dos caminhoneiros, que entra no
sétimo dia consecutivo sem que as autoridades federais tomem alguma providência.
Um levantamento da Secretaria da Agricultura, divulgado em reunião com autoridades
de segurança, revela que 16 trechos de rodovias federais foram bloqueados no Oeste
catarinense. Ação concreta do governo estadual também não foi anunciada ou tomada
até agora.
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— O movimento grevista dos caminhoneiros e transportadores está aniquilando com a
agricultura familiar no grande Oeste — alertou o presidente da Federação da
Agricultura de Santa Catarina (Faesc), José Pedroso. Mesmo entendendo as razões e
legítimas reivindicações do movimento, a Faesc enfatiza que os prejuízos são
irrecuperáveis e que milhares de famílias rurais são atingidas diretamente pela greve.
Os grevistas impedem a circulação de leite, aves, suínos, grãos, frutas e hortigranjeiros
para processamento das agroindústrias, além de impedirem a remessa de insumos, como
rações, pintos e leitões.
Só no Oeste circulam todos os dias 6 milhões de litros de leite, 3 milhões de frangos e
20 mil suínos, todos integrando a base da economia regional e um dos alicerces da
economia catarinense.
A Federação das Indústrias (Fiesc) divulgou nota oficial manifestando inconformismo
com a greve e alertando para ―os prejuízos incalculáveis para todo o Oeste‖. Informa
que a produção de frangos e suínos representa hoje um terço das exportações e 100 mil
postos de trabalho.
Outra vez: Brasília cria os problemas e os catarinenses pagam a conta.
Na Alemanha
O governador Raimundo Colombo tem agendada viagem a Frankfurt, na Alemanha,
para o dia 15 de março. Vai tentar fechar empréstimo de R$ 300 milhões com o KFW.
Serão destinados a projetos de saneamento dos 80 menores municípios de Santa
Catarina. O roteiro poderá incluir também encontros oficiais em Viena, na Áustria.
Julgamento
A Comissão Processante Parlamentar vai ouvir hoje no Batalhão da Polícia Militar de
Lages o prefeito Elizeu Mattos (PMDB), sobre denúncias de corrupção na operação
Águas Limpas. Depois de amanhã, dia 26, a Câmara Criminal do Tribunal de Justiça vai
julgar a denúncia do Ministério Público contra o prefeito e demais presos na operação.
Hotel liberado
O projeto do hotel na Ponta do Coral já tem Licença Ambiental Prévia (LAP) emitida
pela Fatma. A Floram e demais órgãos da Prefeitura de Florianópolis já expediram as
outras licenças. O empreendimento será construído pelo grupo Hantei, da Capital.
Curtas
O jornalista Cláudio Prisco Paraíso é o novo contratado do SBT de Santa Catarina. A
partir da próxima segunda-feira fará comentários políticos às 12h30min e às 19h.
O padre Leandro Rech esclareceu que os bandidos não levaram peças do patrimônio da
Arquidiocese quando assaltaram o Palácio Episcopal de Florianópolis. Levaram
pertences pessoais e ameaçaram os residentes exigindo dinheiro.
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Suspensão
O juiz Eduardo Bonnassis Burg determinou a suspensão dos efeitos da decisão da
Câmara Municipal de Garuva, que rejeitou as contas do ex-prefeito João Romão de
2012, que tinha parecer favorável do Tribunal de Contas do Estado. Segundo o
magistrado, a decisão dos vereadores tem vícios que agridem o regimento da Casa e a
Lei Orgânica. A defesa de Romão coube ao advogado Marcos Fey Probst.
A posse
O senador Dário Berger e vereadores do PMDB prestigiaram a posse de Deglaber
Goulart na Secretaria do Continente. O PMDB, portanto, passa a integrar o governo
Cesar Souza Junior. Sinal claro de que se inicia uma nova aliança com vistas às eleições
municipais de 2016 e de um novo projeto político para Florianópolis.
Economia
O Instituto de Previdência do Estado (Iprev) conseguiu obter economia de R$ 68
milhões nos últimos três anos, segundo informa a advogada Juliana Soares Ramos.
Recursos obtidos em ações impetradas ou contestadas pelo corpo jurídico daquela
repartição. O presidente do Iprev, Adriano Zanotto, é um dos candidatos à Secretaria da
Administração, que vagará em abril.
92 anos
O jornal A Notícia, de Joinville, está comemorando hoje 92 anos de bons serviços
prestados a Santa Catarina. Foi fundado pelo jornalista Aurino Soares e começou como
semanário, circulando aos sábados. Em 2006, foi comprado pela RBS. É o mais antigo
veículo do grupo RBS no Estado.
Leia o blog de Moacir Pereira
http://wp.clicrbs.com.br/moacirpereira/
ZÉ DASSILVA
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NOTÍCIAS
MOBILIZAÇÃO NO OESTE
Impasse paralisa o oeste
Autoridades e lideranças políticas estão divergentes quanto às manifestações de
caminhoneiros em SC e outros Estados do país, que bloquearam rodovias como forma
de protestar contra o aumento dos preços do combustível e as condições das estradas,
entre outras reivindicações. Enquanto órgãos públicos ingressam na Justiça pedindo a
imediata retirada dos manifestantes com temor dos ―prejuízos sociais e econômicos‖,
prefeitos e parlamentares declaram apoio ao movimento em combate aos aumentos de
tarifas e impostos.
A Advocacia Geral da União (AGU), com apoio do Ministério da Justiça, ingressou
com uma ação para pedir a liberação de todas as rodovias federais em Minas Gerais,
Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraná e Rio Grande do Sul, além de Santa
Catarina. Solicita a autorização para o poder público adotar medidas necessárias para
garantir o direito de ir e vir de qualquer motorista que trafegue pelas estradas e fixação
de multa de R$ 100 mil para cada hora que os manifestantes se recusarem a liberar o
tráfego. O governador Raimundo Colombo (PSD) esteve reunido ontem com inspetores
da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e com as cúpulas das secretarias estaduais de
Segurança, Agricultura e Casa Civil para tratar do tema. Ficou definido que as forças
policiais irão reforçar o diálogo com os caminhoneiros com o objetivo de alcançar um
acordo para a liberação das estradas. O secretário de Estado da Agricultura, Moacir
Sopelsa, que participou do encontro, disse que os caminhoneiros estão exercendo seu
direito de protestar, uma vez que os tributos e o preço dos combustíveis, segundo ele,
são fatores que dificultam hoje os negócios e afetam o trabalho dos transportadores. Ele
se mostrou preocupado com a distribuição do leite e de ração animal.
A mobilização também ganhou força política. Uma reunião dos 19 prefeitos da
Associação dos Municípios do Extremo Oeste de Santa Catarina (Ameosc) foi
convocada e decidiu o apoio dos líderes municipais. Eles vão encaminhar um
documento para as autoridades em Brasília.
O diálogo com caminhoneiros e agricultores será reforçado hoje. Advocacia-Geral da
União aciona Justiça para impedir bloqueios em sete Estados brasileiros e governo
estadual alinha ações com Ministério da Justiça
Deputados marcam reunião com ministro
Na Assembleia Legislativa, o deputado estadual Mauro de Nadal (PMDB) está
elaborando documento que será remetido aos demais parlamentares, em prol dos
manifestantes. O intuito é colher assinaturas favoráveis às reivindicações. O
peemedebista, que está atuando como interlocutor entre caminhoneiros e instituições
estaduais, disse que a pauta maior do movimento refere-se a decisões de Brasília.
– O aumento dos preços do diesel (e também da energia elétrica) tem impacto direto na
mesa de todos nós, na alimentação. Não tem quem suporte mais as coisas desse jeito,
estes aumentos incontroláveis – afirmou Nadal.
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Nadal pretende viajar hoje para Brasília, onde parlamentares da Câmara estão tentando
marcar audiências com ministros. O deputado federal Celso Maldaner (PMDB/SC)
informou que há uma audiência agendada para às 16h30min com o ministro dos
Transportes, Antônio Carlos Rodrigues. Ele também aguarda retorno da ministra Katia
Abreu, da Agricultura, e com Aloizio Mercadante, da Casa Civil.
Governo alinhado com a união
O governador também entrou em contato telefônico com Brasília para saber quais
seriam as ações do governo federal, chegando a conversar com o ministro da Justiça,
José Eduardo Cardozo, e com o secretário-geral da Presidência da República, Miguel
Rossetto. Rossetto informou ao governador sobre as medidas adotadas pela AGU. No
final da tarde as lideranças do movimento também tiveram reunião com representantes
da Federação das Empresas de Transporte de Carga e Logística de Santa Catarina
(Fetrancesc). A paralisação começou quarta-feira no Oeste de SC. O principal motivo da
revolta é o aumento no preço dos combustíveis. Estados como Mato Grosso, Rio
Grande do Sul e Paraná também tiveram protestos no final de semana.
Filas de caminhões se acumulam nas estradas do Oeste catarinense
ENTREVISTAS
“É uma questão de sobrevivência”
Vilmar Bonora - Caminhoneiro
Ele não pertence a sindicato, tem apenas um caminhão, mas foi quem desencadeou as
manifestações que estão bloqueando as rodovias catarinenses. Vilmar Bonora, 37 anos,
mora em São Miguel do Oeste, e junto do primo Junior Bonora, decidiu colocar os
caminhões na beira da BR-282, no trevo que dá acesso à cidade e à SC-163.
Por que e como vocês decidiram iniciar a paralisação em Santa Catarina?
Vilmar Bonora – Tivemos contato com motoristas de Rondonópolis e Cuiabá (MT).
Eles iniciaram o movimento lá e eu fiz contato. No domingo passado conversei com o
meu primo e decidimos que na quarta-feira iríamos colocar os caminhões no trevo.
Conseguimos mais um caminhão e fomos atacando o pessoal e pedindo apoio. E eles
foram parando.
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O senhor esperava que o movimento tomasse esta dimensão?
Bonora – No início não, mas depois o pessoal foi parando, motoristas de outras cidades
começaram a ligar. Aí fomos buscar o apoio dos agricultores e de outras categorias.
Aqui temos uma comissão de seis ou sete pessoas. Em cada cidade tem uma comissão.
Estivemos em duas reuniões em Marmeleiro e Barracão. O pessoal do Rio Grande do
Sul também deu apoio. Nós estamos decidindo em conjunto.
O que vocês querem exatamente para liberar as rodovias do Estado?
Bonora – O principal é a redução do imposto sobre o combustível. Foram aumentos
seguidos e o transporte está falindo. Queremos que o aumento seja vinculado ao barril
de petróleo. O petróleo baixou e o combustível aumentou. Atualmente, sobra menos de
R$ 1 por quilômetro. E esse aumento reflete não só para nós. Quem paga aluguel e tem
família não consegue se sustentar com esse aumento da energia e dos combustíveis.
Passamos nossas reivindicações para deputados, chamamos os prefeitos para uma
reunião, queremos que o ministro dos Transportes ou da Agricultura venha para cá ou
então que nos receba para uma audiência em Brasília. Nós sairemos dessa reunião com
papel assinado, não só com promessas. Estamos dispostos a ficar 30 dias se for
necessário. Isso não é uma greve, é uma questão de sobrevivência.
“Esta ação mais atrapalha que ajuda” Glauco José Côrte - Presidente da Fiesc
Como a Fiesc está acompanhando o protesto dos caminhoneiros?
Glauco José Côrte – Com preocupação, pois a agroindústria é muito importante, ela
representa 17% da indústria de transformação de Santa Catarina e um terço das
exportações do Estado. Esses números dão a dimensão do tamanho desse setor.
Com o baixo crescimento da economia aliado aos reajustes, há risco de demissões?
Côrte – A agroindústria emprega um pouca mais de cem mil pessoas em todas as
regiões do Estado. Com a economia com zero de crescimento, estamos vivendo uma
retração muito forte nas vendas, então provavelmente isso deve se refletir em
demissões. Em 2015, temos um cálculo de 20 mil desligamentos nesse setor, mas tudo é
uma questão de momento da economia nacional. Isso pode mudar ao longo do ano.
Qual a expectativa com relação à recuperação da economia?
Côrte – Estamos trabalhando com uma possibilidade de recuperação a partir do segundo
semestre deste ano, mas a economia precisa ajudar. A única certeza que nós temos é que
o ano será difícil para todos os setores.
A Fiesc está interferindo no protesto dos caminhoneiros?
Côrte – Esse tipo de ação mais atrapalha do que ajuda a resolver problemas. Não há
uma liderança, então até para negociar é difícil. Temos setores como o de leite, que
produzem quase 6 milhões de litros por dia, que sofre imediatamente com esse
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bloqueio. Nosso departamento jurídico está avaliando o bloqueio das estradas e vamos
tomar alguma medida judicial nos próximos dias caso as vias não sejam liberadas.
A Fiesc tem algum levantamento sobre o impacto desses aumentos?
Côrte – É uma reação em cadeia. Por exemplo, além dos problemas normais com o
escoamento da própria produção, a avicultura e a suinocultura têm que arcar até com a
compra de grãos de outras regiões.
PARALISAÇÃO NO OESTE
Agroindústria já sente impactos
Miaior cooperativa de alimentos de SC vai parar a produção hoje caso situação não se
resolva. Produtores de leite vão interromper a coleta por dificuldades de transporte do
produto e pecuaristas temem falta de alimentos para animais
Falta de matéria-prima, impossibilidade de obter ração para animais, postos sem
combustível desde o fim de semana, dificuldades para escoar produtos para as demais
regiões. Com os efeitos dos bloqueios sendo sentidos com cada vez mais intensidade no
Oeste, entidades que reúnem empresas e produtores agropecuários manifestam
preocupação com os rumos dos protestos.
A Aurora, maior cooperativa de alimentos do país, afirmou ontem que deve interromper
totalmente a produção até o fim da tarde de hoje, caso a situação permaneça inalterada
nas rodovias do Estado. Ao menos 8 mil funcionários da Aurora devem interromper o
serviço já pela manhã e o restante deve cruzar os braços até o fim do dia. Presidente da
Aurora, Mário Lanznaster afirma que os primeiros quatro pontos da empresa a sofrerem
interrupção na produção serão Abelardo Luz, Xaxim, São Miguel e Joaçaba.
– Muita coisa depende do transporte viário, do escoamento da produção à limpeza dos
uniformes. A ração dura até terça-feira, depois não tem mais onde buscar. Não há onde
armazenar carne, não há como transportar o leite – lamenta Lanznaster.
O Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados (Sindileite-SC) informou
no fim da tarde de ontem que toda a coleta de leite no campo foi interrompida devido à
dificuldade de transportar o produto. Santa Catarina é o quinto maior produtor do país,
sendo que a região Oeste representa até 74% do total.
Pecuaristas também lamentam a dificuldade em obter alimento para os animais,
redobrando os prejuízos – além de perder a venda e aumentar os custos com transporte e
armazenamento, muitos animais podem ser abatidos para evitar outros problemas.
Nenhuma das entidades sindicais possui cálculos precisos do rombo financeiro até o
momento.
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Bloqueio de estradas resulta em falta de abastecimento em cidades do
Oeste
Moradores do Extremo-Oeste apoiam protesto feito por caminhoneiros nas
rodovias de SC
Apesar de sofrerem com a falta de combustíveis, que já estão em falta em São Miguel
do Oeste, os moradores do Extremo-Oeste estão demonstrando apoio à mobilização dos
caminhoneiros.
Boa parte da população da cidade encheu o tanque antes do final de semana, quando
houve a falta, e outros estão economizando e indo abastecer em cidades vizinhas, como
Belmonte.
Nas ruas há uma preocupação com falta de produtos, mas ao mesmo tempo as
manifestações são de apoio. Em São José do Cedro, o comércio fechou em apoio às
reivindicações dos motoristas.
Comerciantes doam mantimentos
Em São Miguel do Oeste os comerciantes estão até doando mantimentos.
– Ninguém paga pelas refeições aqui – disse o empresário Sidinei Capoani, que está na
comissão dos coordenadores do protesto em São Miguel do Oeste.
Capoani tem uma empresa de guincho e um caminhão de transporte. Ele afirmou que
está com dificuldade para pagar a prestação do caminhão, pois os custos aumentaram
30% em um ano.
– Estamos pagando para trabalhar – disse.
Aumento do combustível também terá reflexos para o consumidor
Um dos principais motivos do protesto de caminhoneiros no Oeste de Santa Catarina, o
aumento do combustível promete não pesar no bolso do consumidor. Pelo fato do
reajuste ainda ser recente, muitos produtos estão com preços desatualizados, mas as
prateleiras dos supermercados terão que aplicar novos valores em pouco tempo,
principalmente os itens da agroindústria. Demissões, diminuição dos lucros e aumento
em mais de 10% no produto final estão entre as previsões de representantes de entidades
empresariais e do governo para os próximos meses.
O aumento que pode chegar a R$ 0,50 por litro de diesel, dependendo do posto de
gasolina, já deve ser repassado nos próximos dias para alguns produtos, como laticínios
e carnes. Esses são os principais motores da agroindústria do Estado, segundo informa
Ilmar Borchardt, gerente Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Cepa) da
Epagri:
– Aves, suínos e leite representam sozinhos mais de 70% da nossa agroindústria e são
afetados imediatamente em casos de reajustes ou com o bloqueio dos caminhoneiros. O
cultivo de grãos não deve ser afetado ainda, pois a colheita começa em março – explica.
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De acordo com Pedro Lopes, presidente da Federação das Empresas de Transporte de
Carga e Logística de Santa Catarina (Fetrancesc), com o reajuste do combustível, a
cadeia produtiva deve sofrer uma variação de 12 a 15%. Para o presidente da Aurora,
Mario Lanznaster, a expectativa para este ano é de retração, mas o empresário afirma
que não pretende repassar aumentos para o consumidor.
Bloqueio de estradas resulta em falta de abastecimento em cidades do Oeste
ENTREVISTA: “Dependência do modal rodoviário gera
crise” Elson Pereira - Engenheiro civil, doutor em Geografia
Faz sentido bloquear estradas para promover a discussão de tarifas, pedágios e
combustível?
Elson Pereira – É uma situação de crise. Se a gente for extrapolar da questão urbana
para a questão geral, essa crise vem de uma dependência exclusiva do modal rodoviário.
Se tivéssemos outros modais, como o ferroviário, dependendo de outras matrizes
energéticas, essa crise não estouraria quando se aumentasse o preço do combustível.
Isso reflete de certa forma uma crise do modelo do transporte interno no Brasil.
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O que poderia ser feito em termos de modais? Existe alguma chance do Brasil
pensar outras formas do transporte de cargas que não seja exclusivamente o
rodoviário?
Elson – A gente ficar refém de um único modal de transporte é como ter uma
monocultura no país. Se você tem uma crise daquela monocultura, o país todo entra em
colapso. O projeto ferroviário precisa ser retomado com urgência. Os grandes projetos
ferroviários do país não são conectados, não têm uma visão de rede. Santa Catarina
precisa repensar essa questão do transporte da região Oeste para o Litoral, porque
evidentemente todos os portos estão no Litoral e há uma grande produção no Oeste. A
curto prazo, temos um passivo histórico de planejamento e de transporte muito alto no
país. A má notícia é que solução a curto prazo não existe. O que pode existir a longo
prazo é uma política nacional.
O senhor acha que a discussão deve se dar no âmbito político?
Elson – Sim. Essa é uma crise política, de governabilidade. O governo entrou em uma
crise orçamentária porque gastou demais e agora está tentando resolver isso de uma
maneira que está causando prejuízo para a população.
ROBERTO AZEVEDO
Reforma: a conversa com os líderes
Secretário Nelson Serpa, da Casa Civil, terá encontros com os deputados em
separado, mas não deve adiantar detalhes das medidas que ainda passam por
ajustes
Ainda em processo de ajustes, o único ato em torno da reforma administrativa do
governo do Estado, nesta terça-feira, será a série de encontros individuais do secretário
Nelson Serpa (Casa Civil) com os líderes de todos os partidos na Assembleia, sem
discriminar aliados e a oposição. Mas é certo que Serpa, o único autorizado a tratar do
assunto pelo Centro Administrativo, deve se ater a debater apenas o cronograma de
envios das medidas ao Legislativo, sem detalhar pormenores.
O maior desafio do governo está em acalmar a base aliada, refratária a alterações
bruscas. Mesmo que o governador Raimundo Colombo entenda que a redução de gastos
públicos e, principalmente, de cargos, tenha a simpatia da sociedade, a palavra de ordem
no Centro Administrativo é de evitar um embate desnecessário com os deputados
estaduais. No jargão político, poderá fazer concessões.
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Colombo encontrou-se, ontem, com dois peemedebistas de peso: o vice-governador
Eduardo Pinho Moreira e o senador Luiz Henrique. A reforma administrativa não teria
sido tema da conversa, embora a conversa com Luiz Henrique, na Casa d’Agronômica,
passou pela descentralização, calo para o ex-governador quando a ideia é diminuir a
importância das 36 secretarias regionais.
O que passou a ser divulgado nos bastidores do poder, é que a extinção do Deinfra,
órgão executivo ligado à Secretaria da Infraestrutura, foi descartada pela cúpula que
discute a reforma. Problemas jurídicos, devido à autonomia do departamento, e
políticos, entre PMDB e PSD, foram decisivos para a medida não ser levada adiante.
Seria difícil que, no contato com os líderes, Serpa não decline sobre este ou aquele
ponto das medidas que pretendem dar um salto de qualidade na administração estadual.
Será menos provável que os deputados não perguntem nada.
Mais perto
Raimundo Colombo e Luiz Henrique conversaram sobre a disposição de uma empresa
alemã de autopeças, que já tem fábrica em Minas Gerais, ampliar sua operação no Brasil
e instalar uma unidade em Santa Catarina.
Por isso, Colombo deverá trocar a agenda de abril, que previa uma viagem a somente a
Genebra (Suíça), por uma ida à Alemanha.
Confraria
Prefeito Udo Döhler ao lado do senador Luiz Henrique, durante a posse do advogado
Carlos Adauto Virmond Vieira na Secretaria de Assuntos Internacionais do governo do
Estado, mostrou a força de Joinville na solenidade.
O presidente da Fiesc Glauco José Côrte e o presidente do Tribunal de Justiça,
desembargador Nelson Schaefer Martins, além do vice-governador Eduardo Pinho
Moreira, que comandou a solenidade, dividiram a cena bastante prestigiada no Centro
Administrativo.
“Há um sentimento, nas ruas, de indignação com tantos desmandos e denúncias, e a
advocacia não está imune a ele.”
Tullo Cavallazzi Filho, presidente da OAB de Santa Catarina, sobre a reunião do
conselho pleno da entidade, nesta quinta-feira, que debaterá o papel da Ordem em
momento de crise política.
Saída
Vem aí uma PEC, de origem parlamentar, para ajudar os hospitais filantrópicos de Santa
Catarina.
Um dos entusiastas é o médico e líder do PMDB, deputado Antônio Aguiar, que
garante que a ideia tem viabilidade e poderá ser compartilhada pelos poderes, a partir
das devoluções de sobras orçamentárias ao Executivo.
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As leituras
Depois da posse do vereador Deglaber Goulart na Secretaria do Continente de
Florianópolis, o prefeito Cesar Souza Júnior (PSD) ganhou duas leituras sobre a
aproximação com parte do PMDB, em um evento prestigiado pela secretária estadual de
Assistência Social, ex-deputada Angela Albino (PC do B), que já disputou a prefeitura
por duas vezes, e pelo vereador Tiago Silva (PDT).
Na versão positiva, Cesar Júnior pode construir um apoio na Câmara, que, na prática, já
existe em relação ao pedetistas e peemedebistas; mas, na versão negativa, dá corda para
os maiores adversários em 2016, pois poucos veem os comunistas, os brizolistas e o
pessoal do PMDB juntos ao projeto de reeleição do pessedista.
Reação
Em tempos de imagem desgastada da classe política, deputados estaduais se
apressaram em negar o uso de diárias no período de recesso.
Além de notas individuais, a própria Assembleia emitiu nota oficial em que esclarece
que os valores divulgados referem-se às diárias dos parlamentares emitidas antes de 22
de dezembro do ano passado.
DIVULGAÇÃO/ND
Luciane Carminatti, Maria do Rosário e Cláudio Vignatti: encontro petista com cara de
comício para 2016
SINAL DE PRESTÍGIO
Foi uma reunião do mandato da deputada Luciane Carminatti, líder do PT nma
Assembleia, em Chapecó, e a presença da deputada federal Maria do Rosário (ao
centro), do PT gaúcho, reforçou a tônica da defesa dos direitos da mulher. O presidente
estadual do PT, o ex-deputado Cláudio Vignatti, e quem Luciane é aliada há tempos,
deu uma cara de comício. Um dos dois deverá estar na chapa petista à prefeitura local.
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* Licença de Deglaber Goulart da Câmara abre espaço para um mulher em plenário,
com a posse, hoje, de Maria da Graça Oliveira Dutra (PMDB).
* Prefeito Clésio Salvaro dá rasante de voo tucano hoje na Assembleia, reúne-se com o
líder deputado Serafim Venzon, e participa da reunião do Bloco Social Progressista
(PSDB-PP), liderado pelo pepista José Milton Scheffer, em meio à realidade de estar
em conflito com o ex-prefeito e seu atual vice Márcio Búrigo.
* Máxima: paralisação dos caminhoneiros, que ganha força em todo Estado e no país,
não deve ser ignorada pelas autoridades, pois só aumentará os problemas econômicos
do país. Alguém duvida, eles param o Brasil.
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NOTÍCIAS
BARREIRA NAS RODOVIAS
Greve de caminhoneiros paralisa Oeste do Estado Órgãos públicos ingressam na Justiça pedindo retirada de manifestantes dos locais
Autoridades e lideranças políticas estão divergentes quanto às manifestações de
caminhoneiros em SC e outros Estados do país, que bloquearam rodovias como forma
de protestar contra o aumento dos preços do combustível e as condições das estradas,
entre outras reivindicações. Enquanto órgãos públicos ingressam na Justiça pedindo a
imediata retirada dos manifestantes com temor dos ―prejuízos sociais e econômicos‖,
prefeitos e parlamentares declaram apoio ao movimento em combate aos aumentos de
tarifas e impostos.
A Advocacia Geral da União (AGU), com apoio do Ministério da Justiça, ingressou
com uma ação para pedir a liberação de todas as rodovias federais em Minas Gerais,
Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraná e Rio Grande do Sul, além de Santa
Catarina. Solicita a autorização para o poder público adotar medidas necessárias para
garantir o direito de ir e vir de qualquer motorista que trafegue pelas estradas e fixação
de multa de R$ 100 mil para cada hora que os manifestantes se recusarem a liberar o
tráfego.
O governador Raimundo Colombo (PSD) esteve reunido ontem com inspetores da
Polícia Rodoviária Federal (PRF) e com as cúpulas das secretarias estaduais de
Segurança, Agricultura e Casa Civil para tratar do tema. Ficou definido que as forças
policiais irão reforçar o diálogo com os caminhoneiros com o objetivo de alcançar um
acordo para a liberação das estradas. O secretário de Estado da Agricultura, Moacir
Sopelsa, que participou do encontro, disse que os caminhoneiros estão exercendo seu
direito de protestar, uma vez que os tributos e o preço dos combustíveis, segundo ele,
são fatores que dificultam hoje os negócios e afetam o trabalho dos transportadores. Ele
se mostrou preocupado com a distribuição do leite e de ração animal.
Deputados marcam reunião com ministro
Na Assembleia Legislativa, o deputado estadual Mauro de Nadal (PMDB) está
elaborando documento que será remetido aos demais parlamentares, em prol dos
manifestantes. O intuito é colher assinaturas favoráveis às reivindicações. O
peemedebista, que está atuando como interlocutor entre caminhoneiros e órgãos
estaduais, disse que a pauta maior do movimento refere-se a decisões de Brasília.
– O aumento dos preços do diesel tem impacto direto na mesa de todos nós, na
alimentação. Não tem quem suporte mais as coisas desse jeito – afirmou Nadal.
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A paralisação no Oeste começou quarta-feira. O principal motivo da revolta é o
aumento no preço dos combustíveis. Estados como Mato Grosso, Rio Grande do Sul e
Paraná também tiveram protestos no final de semana.
REFLEXO: Bloqueio de caminhões nas estradas de Santa Catarina resulta em falta de
abastecimento em municípios do Oeste, conforme entidades
BARREIRA NAS RODOVIAS
Agroindústria já sente os impactos dos protestos
Falta de matéria-prima, impossibilidade de obter ração para animais, postos sem
combustível desde o fim de semana, dificuldades para escoar produtos para as demais
regiões. Com os efeitos dos bloqueios sendo sentidos com mais intensidade no Oeste,
entidades que reúnem empresas e produtores agropecuários manifestam preocupação
com os rumos dos protestos.
A Aurora, maior cooperativa de alimentos do país, afirmou ontem que deve interromper
totalmente a produção até o fim da tarde de hoje, caso a situação permaneça inalterada
nas rodovias do Estado. Ao menos 8 mil funcionários da Aurora devem interromper o
serviço já pela manhã e o restante deve cruzar os braços até o fim do dia. Presidente da
Aurora, Mário Lanznaster afirma que os primeiros quatro pontos da empresa a sofrerem
interrupção na produção serão Abelardo Luz, Xaxim, São Miguel e Joaçaba.
– Muita coisa depende do transporte viário, do escoamento da produção à limpeza dos
uniformes. A ração dura até terça-feira, depois não tem mais onde buscar. Não há onde
armazenar carne, não há como transportar o leite – lamenta Lanznaster.
SC é o quinto maior produtor de leite do país
O Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados (Sindileite-SC) informou
no fim da tarde de ontem que toda a coleta de leite no campo foi interrompida devido à
dificuldade de transportar o produto. Santa Catarina é o quinto maior produtor do país,
sendo que a região Oeste representa até 74% do total.
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Pecuaristas também lamentam a dificuldade em obter alimento para os animais,
redobrando os prejuízos – além de perder a venda e aumentar os custos com transporte e
armazenamento, muitos animais podem ser abatidos para evitar outros problemas.
Apesar das perdas serem notadas, nenhuma das entidades sindicais possui cálculos
precisos do rombo financeiro até o fechamento desta edição.
ARTIGO
Carreira do magistério - EDUARDO DESCHAMPS
Os sistemas educacionais com os melhores resultados do mundo apontam como
principais fatores de sucesso três itens: projetos pedagógicos eficazes, professores bem
preparados e sistemas de gestão eficientes. Nos últimos anos, o governo de Santa
Catarina vem realizando projetos para melhorar esses itens. Entre as ações voltadas aos
profissionais do magistério, estão o concurso público após oito anos, com a efetivação
de mais 5 mil professores, e o edital para professores efetivos cursarem mestrado ou
doutorado com licenças remuneradas. Cabe agora uma nova etapa para garantir
professores bem preparados e motivados: a nova carreira do magistério.
Desde o advento da lei do piso, diferentes carreiras do magistério em todo país foram
desorganizadas. O mesmo ocorreu em Santa Catarina. Enquanto o vencimento base dos
professores com nível médio passou de R$ 609, em 2010, para R$ 1.697, em 2014,
(178% de aumento), o vencimento base de professores de nível superior passou de R$
993 para R$ 1.814 (82% de aumento) no mesmo período. Ou seja, ocorreu o
achatamento da carreira.
Por conta disso, o governo do Estado entende que chegou a hora de valorizar aqueles
que ganharam menos nos últimos quatro anos, que são os professores com graduação,
pós-graduação, mestrado e doutorado e, ainda, incentivar os que atuam em sala de aula.
Esses são os objetivos da nova carreira em discussão em audiências públicas por todo o
Estado por meio de um fórum de discussão pela internet. Cabe registrar que o Fundeb
de Santa Catarina aumentou 32% no período e a folha total aumentou 70%. Ou seja,
recursos que antes eram aplicados na manutenção das escolas passaram a ser investidos
no pagamento dos professores.
Além disso, a medida provisória da nova forma de contratação dos ACTs, enviada pelo
governo à Assembleia Legislativa, visa a garantir as condições básicas para a aplicação
dos ganhos aos professores que receberam menos até agora, dentro dos limites de
receita do Estado, sem que haja redução do salário dos ACTs em relação ao ano
passado. Desta forma, não há perda, edifica-se as condições para realização de concurso
para efetivação de novos professores este ano e viabiliza-se a aprovação de uma nova
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carreira que irá premiar significativamente os profissionais do magistério com maior
qualificação.
Secretário de Estado da Educação
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ESTADO
Secretário da Educação apresenta estudo da nova carreira em
Joaçaba
A nova carreira do
magistério da rede
estadual de Santa
Catarina será
apresentada nesta
terça-feira, 24, aos
diretores e
profissionais da
educação das
Regionais de
Joaçaba,
Concórdia e
Campos Novos. O
secretário da
Educação,
Eduardo
Deschamps, se
reúne com os docentes e servidores a partir das 14h, no Auditório Jurídico da Unoesc.
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Até o final desta semana, Deschamps vai percorrer o Estado para conversar com a
classe do magistério.
O novo estudo da carreira prioriza ajustes salariais maiores para os profissionais com
especialização (graduação, pós-graduação, mestrado e doutorado), que vinham
ganhando menor percentual de aumento. A proposta também foca incentivar a
permanência do professor em sala de aula com a criação de uma nova gratificação. O
documento aumenta a diferença de salário entre professores com mais titulação –
reivindicação antiga da categoria dos professores –, descompactando a tabela salarial,
que foi modificada em 2011, quando o Estado passou a cumprir a lei do piso nacional
do magistério, reajustado a cada início de ano.
Pela nova carreira, um professor com graduação no começo da profissão atuando em
sala de aula ganha o salário de R$ 3.041,87 e chega ao final dela recebendo R$
9.042,93. Na tabela atual, ele recebe R$ 2.268,50 no início e termina ganhando R$
5.345,66.
A proposta ainda será analisada pela classe docente e a ideia é que até março a nova
carreira do magistério seja encaminhada para votação na Assembleia Legislativa. Para
ampliar a discussão, um sistema online está no site da Secretaria da Educação, onde os
educadores podem tirar dúvidas, enviar críticas, apontar problemas e soluções.
―Estamos conversando com os professores para avaliar as sugestões‖, conta Deschamps.
Como o aumento salarial varia de acordo com cada situação do profissional, aquele
professor que desejar saber quanto receberá de ajuste com a nova carreira pode fazer
uma simulação por um sistema online, também na página da Secretaria. De acordo com
Deschamps os ganhos variam bastante, haverá professores que ganharão cerca de 60%
de aumento já neste ano, outros 20%, por exemplo.
Comprometimento do Fundeb
Outra meta da Secretaria de Estado da Educação é diminuir o comprometimento dos
recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de
Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) com a folha de pagamento. Hoje
em 92% do Fundo é destinado a salários, Deschamps informa que a meta é chegar aos
80%. ―Quanto mais dinheiro do Fundeb gasto com folha de pagamento, menos sobre
para investimentos em outras áreas como a de infraestrutura. O dinheiro que tem sido
investido nessas outras áreas tem saído basicamente do Governo do Estado, com o
Pacto pela Educação‖, informa o secretário.
Para se alcançar a meta, Deschamps aposta na melhoria da gestão escolar, no aumento
prometido do percentual do PIB nacional para a educação e no aumento das matrículas
de alunos no ensino médio, já que os recursos do Fundeb repassados são calculados com
base no aluno/ano por Estado.
Fonte: Da Assessoria de Imprensa
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Ninho tucano
O PSDB de Tubarão deverá oficializar na convenção do próximo dia 28 a pré-
candidatura de Carlos Stüpp à prefeitura de Tubarão. De acordo com o vereador Nilton
de Campos, a sigla não iniciou tratativas com nenhum partido visando à composição de
uma aliança para o pleito do ano que vem e só passará a discutir isso após a convenção,
que escolherá o novo diretório e executiva do partido. ―Após isso, vamos conversar com
as siglas que, além de querer vencer o pleito, visem um projeto de governo que
recoloque a cidade no rumo do desenvolvimento‖, frisou o edil, destacando que
nenhuma liderança do partido está autorizada a tratar do assunto antes da convenção.
Edinho
O deputado Edinho Bez proferiu palestra ontem à noite em Goiânia sobre o projeto de
lei de sua autoria, aprovado pelo Congresso, que prevê regulamentação a profissão de
corretor de imóveis. O projeto dá mais tranquilidade e transparência na relação
profissional entre corretores de imóveis e imobiliárias.
Edinho 2
―Grande parte dos corretores possuem dificuldade de comprovar renda, sendo muitas
vezes impossibilitados de abrir contas em bancos, possuírem cartões de créditos, cheque
especial, fazerem compras no crediário, entre outras. Com isso, estaremos resgatando a
dignidade dos corretores‖, disse o parlamentar. O peemedebista tubaronense também foi
homenageado pelos relevantes serviços prestados ao segmento.
Visitas
Dentro da proposta de aproximar-se ainda mais do Poder Legislativo dos municípios, a
Amurel recomeça hoje as visitas às Câmaras de Vereadores para esclarecer aos
vereadores e servidores a missão, objetivos e trabalho da associação desde a sua criação,
em 1970, especialmente nos últimos tempos.
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Visitas 2
A Câmara a ser visitada amanhã é a de Santa Rosa de Lima. Já está agendada para a
próxima segunda-feira, 2 de março, a visita à Câmara de Braço do Norte Já foram
visitadas as Câmaras de Tubarão, Treze de Maio, São Ludgero, Grão-Pará, Rio Fortuna,
São Martinho e Imaruí.
Gestora
A ex-secretária de Saúde de Tubarão e suplente de vereadora pelo PSDB, Beth Xuxa,
recebeu na última semana o diploma de gestora pública. Pelas redes sociais, Beth
recebeu mais de uma centena de cumprimentos. Nossos parabéns!
Largada
Enquanto Stüpp decidiu ―segurar as rédeas‖, ao menos até a convenção do próximo dia
28, mesmo após o ―anúncio‖ do vereador João Fernandes, fontes garantem que nos
próximos dias o PT anunciará oficialmente a pré-candidatura de Olavio Falchetti à
reeleição, inclusive confirmando a ausência de coligações e o nome de Dr. Akilson para
ser novamente o vice.
PT
E por falar no PT, o partido terá dificuldades em permanecer com as três cadeiras que
hoje possui na Câmara de Tubarão, principalmente porque o campeão de votos da sigla,
Matusalém dos Santos, deverá ficar fora do pleito. Fora isso, os candidatos a vereador
do PT precisam torcer para que a chapa majoritária venha com a mesma força de 2012.
QUE REFORMA TEREMOS?
A reforma administrativa que está para desembarcar na Assembleia não é uma reforma
de governo, como bem expressou o presidente da Casa Gelson Merísio, mas uma
reforma de Estado, exigindo um tratamento diferenciado. Precisa ser analisada,
naturalmente, com atenção, o que determinará tempo e dedicação. Nos subterrâneos da
política, o comentário é de que os cargos estão sendo preenchidos devagarinho à espera
da reforma, para daí cada agremiação aliada ver qual a sua área de atuação. Confirmada
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essa previsão não estaremos diante de uma reforma, mas de uma acomodação de
interesses. Pelo visto, não é este o caminho que o Centro Administrativo pretende
tomar. Sendo por aí, terá que se preparar para absorver críticas, pois ficará apenas no
discurso teórico distanciado da prática da eficiência e economia. Enquanto que uma
reforma mais aprofundada, que todos imaginam, dentro do espírito de estado, dará para
observar quem quer mudanças e quem quer benefícios.
Entrelinhas
Prefeito de Capivari de Baixo, Moacir Rabelo da Silva, está convidando a população
para participar da audiência pública para demonstração e avaliação das ações e metas
físicas no 3º quadrimestre do exercício de 2014. Será amanhã, às 10h, no plenário da
Câmara de Vereadores.
Deputado estadual José Nei Ascari estará quinta-feira participando, às 21h, do
programa Conversa de Botequim na TV Unisul e que é apresentado por Antonio
Rodrigues. A participação do parlamentar no programa foi uma ação do vereador Carlos
Zamparetti, que é seu amigo.
Hoje, Às 14h30, na sala de reuniões, a presidente do conselho de administração da
Associação Congregação de Santa Catarina, irmã Lia Gregorine, e mais três
administradores estarão concedendo coletiva à imprensa para falar do novo modelo de
gestão do Hospital Nossa Senhora da Conceição a partir de abril próximo.
Parque Ambiental da Tractebel trará a Capivari de Baixo hoje, às 20h, o Quinteto de
Metais da Polícia Militar de São José. O Coral Bom Jesus de Nazaré fará sua
apresentação logo após. A apresentação é gratuita e acontecerá no Teatro do Centro de
Cultura do Parque Ambiental.
A profissão de naturólogo acaba de receber o reconhecimento da ocupação pelo
Ministério do Trabalho e Emprego. O curso de Naturologia da Unisul, criado em 1998 e
que é pioneiro no Brasil com grande procura de estudantes de todas as partes do Brasil,
certamente agora ficará muito mais valorizado.
Estarão abertas até dia 13 de março as inscrições para o Programa de Apoio a Projetos
Locais, do Instituto Alcoa. Organizações da sociedade civil e do setor público podem se
cadastrar e, uma vez selecionadas, terão seus projetos apoiados nas comunidades em
que a Alcoa está presente.
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Deputado federal Jorge Boeira e o presidente do PP de SC, Joares Ponticelli, foram
paraninfos dos formandos em Gestão Pública da Uninter no sábado passado. Entre os
graduados estavam o presidente da Câmara de Tubarão, Jairo Cascaes, e a suplente de
vereadora, Beth Xuxa, PSDB.
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POLÍTICA
Políticos e entidades manifestam sobre o protesto dos
caminhoneiros
NINI SCHARNOSKI: “O SUL NÃO TEM VEZ”
Presidente da Uvesc, Valnir Camilo Scharnoski (PSD), emitiu sua opinião sobre
manifesto.
Declarou que apoia a movimentação dos caminhoneiros e agricultores em vários pontos
do país, em especial, a região sul. E ainda reclamou: ―O sul não tem vez e nem voz
neste país. Agora com a movimentação, eles vão saber que o sul também é importante‖.
Scharnoski relata ainda que está participando de reuniões nesta tarde para buscar uma
posição do Governo Federal.
SINTRAF TAMBÈM APOIOU A MANIFESTAÇÃO
De acordo com o representante do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras da
Agricultura Familiar (Sintraf), Antônio Orso, o Sindicato também está apoiando o
movimento. Segundo ele, uma reunião será realizada amanhã em Guaraciaba para
discutir as reivindicações do grupo. ―Estamos preocupados com a questão do leite. Hoje
ainda tem como guardar o produto, porém amanhã, já não haverá mais como guardar o
leite‖, desabafa preocupado.
AMEOSC TAMBÈM SE MOBILIZARÁ
De acordo com o prefeito de São Miguel do Oeste, João Carlos Valor, uma reunião
extraordinária da Ameosc (Associação dos Municípios do Extremo Oeste de Santa
Catarina) será realizada na tarde de hoje, dia 23. Conforme ele, o motivo do encontro
que reunirá prefeitos de toda a região será elaborar um documento oficial para as
lideranças federais, solicitando que as reivindicações feitas pelos manifestantes sejam
atendidas.
MAURO DE NADAL LEVA REIVINDICAÇÕES À BRASÍLIA
O movimento dos caminhoneiros pediu a presença do deputado estadual Mauro de
Nadal (PMDB) para que faça a intermediação da pauta de reivindicações proposta pela
categoria com as autoridades estaduais e federais. O deputado informou que foi
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chamado pelos líderes do movimento para buscar uma saída para evitar prejuízos aos
caminhoneiros em razão do aumento dos combustíveis.
Mauro disse que apoia a manifestação por entender que a alta dos combustíveis
inviabiliza não somente o transporte, mas também provoca aumento dos custos para a
produção da indústria e da agricultura. Isso traz reflexos para o preço final das
mercadorias, onerando os consumidores e provocando a queda nas vendas do comércio.
O deputado buscará o apoio dos demais parlamentares estaduais e federais de Santa
Catarina para dar encaminhamento às reivindicações dos caminhoneiros.
CDL/ACISC DE CEDRO E GURUJÁ SE MANIFESTAM
Comércio de São José do Cedro, Guarujá do Sul e Princesa apoia a greve. A diretoria da
CDL/ACISC reuniu–se na tarde de hoje e decidiu apoiar o manifesto dos caminhoneiros
e agricultores. Arrecadando junto ao comércio alimentos para os caminhoneiros e
agricultores que estão parados na Br-163 e também vamos fechar todo o comercio de
São José do Cedro, Guarujá do Sul e Princesa nesta Terça - Feira dia 24/02 no período
da manhã. Pedimos aos comerciantes juntamente com seus funcionários para ir até a Br-
163 mostrar que estamos apoiando esse manifesto. Rui Niedermaier
PresidenteCDL/ACISC.
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CDL DE GUARACIABA TAMBÈM
CDL de Guaraciaba emite nota em apoio a paralisação A CDL de Guaraciaba, manifesta
apoio ao movimento dos motoristas e agricultores de nossa cidade, por isso pede a todos
Associados para fecharem suas portas a partir das 15:00 hs do dia 24/02/2015 (terça-
feira), e irem até o trevo da nossa cidade para a mobilização. Atenciosamente, CDL
Guaraciaba.
FECOMÉRCIO DISCORDA DAS PARALISAÇÕES
A Fecomércio de Santa Catarina entende como importantes as demandas dos
caminhoneiros no Oeste do Estado e em algumas outras unidades da federação. ―Elas
são legítimas, especialmente quando tratam da infraestrutura de nossas estradas, que
carecem de melhorias em todas as regiões catarinenses, bem como sofrem com obras de
duplicação inacabadas que se arrastam há anos, aumentando o número de acidentes e
mortes. Esta é uma causa também dos empresários do comércio de bens, serviços e
turismo de Santa Catarina, e constam da Carta do Comércio entregue aos representantes
do Poder Executivo e Legislativo de Santa Catarina durante o processo eleitoral‖,
ressalta a nota.
Contudo, a entidade discorda das paralisações que vêm ocorrendo desde a semana
passada. Segundo a Fecomércio, bloquear estradas é prejudicial para a economia de
todo o Estado e da própria região, já que limita a circulação de mercadorias, reduzindo
as vendas e os ganhos do comércio. ―Muitos empresários já relataram, por exemplo,
escassez de alguns produtos‖, enfatiza.
Veja o que diz o restante:
Também apoiamos a redução do preço dos combustíveis, os quais sofreram um grande
aumento neste início do ano com a volta da Cide (tributo regulador do preço de
combustíveis), que estava zerada desde 2012, e aumento do PIS/Cofins sobre a gasolina.
A alta na taxação do combustível começou a partir de 1º de fevereiro. Como a alta da
Cide precisa esperar um período regimental de 90 dias, o PIS/Cofins será maior até a
alta da Cide entrar em vigor. O aumento do preço do insumo básico para o setor de
transporte acarreta um efeito negativo, já que eleva os preços de toda a cadeia produtiva.
Em suma, a alta carga tributária, que passou por novas elevações no início do ano, está
prejudicando em demasia o setor produtivo, pois eleva custos e reduz rendimentos.
Ambas as questões, infraestrutura débil e carga tributária elevada, são fatores que
explicam a baixa competitividade da economia brasileira, ao estancar os ganhos de
produtividade capazes de colocar o Brasil novamente no rumo do desenvolvimento
econômico.
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POLÍTICA
Museu Malinverni Filho precisa passar por reformas
A casa onde funciona o museu Malinverni Filho precisa ser reformada para continuar
recebendo o público interessado em conhecer o trabalho de um dos principais artistas de
Santa Catarina. O imóvel foi construído há mais de 80 anos, e está se deteriorando.
Infiltrações, goteiras e rachaduras são alguns problemas que precisam ser solucionados.
O deputado estadual Gabriel Ribeiro tentará viabilizar recursos para a reforma junto a
Fundação Catarinense de Cultura. ―Preservar a memória é investir na formação das
futuras gerações‖, diz o deputado, que visitou o museu no último sábado (22) e pediu
que o administrador, Jonas Maliverni (filho caçula do artista) encaminhe o projeto.
O artista
Natural de Lages, Agostinho Malinverni Filho viveu entre 1913 e 1971. Pintou o
primeiro quadro aos 13 anos, com tinta preparada por ele mesmo. Seus painéis foram
expostos em locais como o Museu de Belas Artes, no Rio de Janeiro. Também esculpiu
estátuas e bustos de figuras como o presidente Nereu Ramos, o governador Jorge
Lacerda e o fundador de Lages, Antônio Correia Pinto. É reconhecido como um dos
nomes mais expressivos da arte catarinense.
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O museu
Na década de 1930, Agostinho Malinverni Filho construiu sua casa na Rua Manoel
Thiago de Castro, no centro de Lages. Em 1985 (quinze anos depois do falecimento), o
imóvel foi transformado em museu. Hoje, o espaço é mantido pela associação Amigos
do Museu, recebendo cerca de cinco mil visitantes por ano.
Colombo inaugura subestação da Celesc em Xanxerê
Colombo em Xanxerê
O governador Raimundo Colombo (PSD)
estará nesta terça-feira (24), a partir das
14h30 em Xanxerê quando participará da
inauguração da nova subestação da
Celesc. A subestação tem a capacidade
instalada inicial de 26,6 MVA. Foram
investidos R$ 6,8 milhões na unidade que
amplia a disponibilidade de energia e
promove mais agilidade na recomposição
do sistema elétrico após desligamentos
acidentais, oferecendo assim mais confiabilidade no abastecimento para a região. Ainda
neste primeiro semestre, a unidade passará por ampliação. Em abril, a potência da
subestação será incrementada para 66,67 MVA, por meio da instalação de um
transformador adicional de 40 MVA. Apartir de abril, a capacidade final de atendimento
do município será ampliada em 36%, passando dos atuais 186,61 MVA fornecidos para
a cidade para um total de 253,28 MVA com a operação da nova subestação. Sem
duvidas um grande obra que vai beneficiar Xanxerê e região.
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Acho muito bom...
Questionei o presidente estadual
do PSD, deputado Gelson
Merisio sobre a aproximação do
PSDB, PSD e PMDB na Câmara
de Vereadores de Xanxerê.
Merisio foi categórico em afirmar:
―Acho muito bom que haja esta
aproximação fora do período
eleitoral. Se lá na frente ela vai se
transformar também em uma
aliança eleitoral, não é o momento
para se discutir, agora todos têm
que fazer o máximo possível para que a cidade vá bem e as obras aconteçam, e as
pessoas vivam melhor. O processo eleitoral tem que ser restrito ao período eleitoral.‖
Presidente do PSD
Gelson Merisio afirmou que será candidato à reeleição para a presidência do PSD.
―Espero que ocorra o que aconteceu na Assembleia, quando fui eleito por unanimidade.
Muito embora é absolutamente legitimo que outras correntes dentro do partido pensem
de forma diferente. Isto não é um problema é algo democrático e salutar‖, disse.
Novidades na Amai
O presidente da Associação dos
Municípios da Região do Alto Irani
(Amai), prefeito de São Domingos,
Alcimar de Oliveira (Kiko), realizou a
primeira reunião do ano nesta segunda-
feira (23) e apresentou novidades na
atuação da entidade. O presidente e os
demais prefeitos irão priorizar os projetos
de interesse regional. Com isso, os municípios terão mais força para reivindicar seus
pleitos junto ao governo estadual e federal. Esta primeira reunião contou com a presença
do secretário Regional Ivan Marques e do presidente da Assembleia Legislativa,
Gelson Merisio, que se colocou à disposição dos prefeitos para ajudar nos pleitos da
região.
Parabenizou
O presidente da Amai, Alcimar de Oliveira (Kiko) fez questão de parabenizar Gelson
Merisio pela sua reeleição como deputado e presidente do Legislativo. ―Parabéns pela
sua votação extraordinária, isto lhe dá uma legitimidade, ainda muito maior para
reivindicar os pleitos da região e nos ajudar nesta empreitada de construir as soluções
que a comunidade nos solicita‖, disse.
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Kassab em SC
Foi confirmada a vinda do Ministro das Cidades, Gilberto Kassab, ao Congresso
Estadual dos Municípios que a Fecam realiza em março, em Florianópolis. Um dos
temas principais: a crise grave no setor saúde. O governo federal investiu no ano
passado apenas 4,5% do orçamento em saúde. Já as prefeituras destinam média superior
a 22%.
Crise no PMDB
O PMDB nacional vem passando por uma crise, sem precedentes, internamente e dentro
do governo. O partido se afasta cada vez mais do governo deixando a presidente Dilma
Rousseff (PT) sozinha neste imbróglio de denúncias do mensalão e descrédito perante à
sociedade brasileira. Minado dentro do próprio PMDB, o vice-presidente Michel Temer
também passou a ser criticado pelo núcleo político do governo Dilma Rousseff. Esta
semana, os ministros responsáveis pela articulação política afirmaram à presidente que
Temer está sem influência em seu partido e não tem se esforçado para evitar novos
reveses para o Planalto. A própria Dilma Rousseff tem dado sinais de que a relação com
Temer está estremecida. Ela não recebeu o vice em audiência particular desde a eleição
de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para a presidência da Câmara.
Dilma abre a guarda
Informações de bastidores dão conta que a presidente Dilma Rousseff (PT) entrará
pessoalmente na articulação para tentar aprovar as medidas de ajuste fiscal no
Congresso. Pressionada por dificuldades na política, à espera da CPI da Petrobras e com
a economia em apuros, Dilma decidiu abrir diálogo com o presidente da Câmara,
Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e vai chamá-lo para uma conversa, nos próximos dias. Em
síntese, Dilma sabe que terá que abrir a guarda e conversar com o PMDB, diga-se
Eduardo Cunha, hoje o grande líder do partido.
Tensão máxima
Em Brasília não se fala de outra coisa, de que esta semana promete ser de tensão
máxima na capital federal. O procurador-geral Rodrigo Janot pretende enviar ao STF a
lista com políticos e autoridades a serem processados por terem supostamente se
beneficiado com o petrolão.
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Governador sabe que 2015 será um ano de recessão. Por conta disto tem se valido
de uma série de subterfúgios para não ter começado a governar de verdade ainda
Tática de Colombo é enrolar
Se há uma coisa que o governo de Santa Catarina tem são seus bons técnicos. Pessoas
que poderiam estar trabalhando em qualquer empresa do mundo, face a apurada visão
estratégica que possuem. Isto não se dá por acaso. É herança do secular histórico
catarinense de alinhamento com tecnocratas do poder central. Sempre fomos um Estado
elitista, mesmo quando ainda não éramos elite.
Esta competência, por sua vez, acaba fazendo com que o Governo do Estado tenha
informações mais do que apuradas sobre as perspectivas de futuro para Santa Catarina.
O governador Raimundo Colombo (PSD) é munido de informações sobre tudo o que
deverá acontecer no Estado, dentro da área administrativa, a curto, médio e longo prazo.
O histórico de informações, cruzado com as projeções do por vir, relacionados à média
de oscilações vindouras, acabam lhe dando uma ampla visão de como deverão estar as
finanças de Santa Catarina, por exemplo, daqui a 18 meses. A bem da verdade, ele já
sabe até mesmo como deverá terminar seu governo, incluindo o que deve e o que não
deve conseguir realizar.
Não é por acaso que Colombo não começou a governar em seu segundo mandato ainda.
E é provável que não comece antes de abril, encerrando seu expediente este ano já no
final de novembro. É que as expectativas para a economia brasileira e catarinense não
são nada alentadoras. Paralelo a isto, nosso Estado possui demandas gigantescas, que
mais cedo ou mais tarde precisarão ser atendidas. Dois exemplos clássicos são a
descompactação da tabela do magistério e a necessidade emergencial de se contratar
centenas, ou talvez milhares, de pessoas para atuar junto aos setores de seguranças.
Colombo já deve saber até mesmo quando tudo isto deverá estourar, e, por conta disto, a
ordem é enrolar. O objetivo de enrolar é simples: não gastar. Quanto mais enrola, menos
gasta. Por conta disto é que surge uma reforma administrativa aqui, uma viagem de
férias para os Estados Unidos ali, uma licença médica acolá, e assim por diante.
Enquanto isto as demandas ficam congeladas, pelo menos até que os 12 meses de 2015
se transformem em apenas oito meses de trabalho.
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Fora do PTB
Vice-prefeito de São João do Sul, Moacir Teixeira, já está com um pé fora do PTB. Ele
tem sido sondado por líderes do PSD, com quem tem aprofundado conversas. A saída
de seu partido só não se deu ainda por conta da Lei de Fidelidade Partidária. A Lei não é
explícita no que diz respeito a desfiliação de vice-prefeitos, mas deixa margens que dá a
entender que o vice que se desfiliar do partido pelo qual foi eleito pode perder o
mandato. A filiação de Moacir no PTB se deu por questões meramente circunstanciais.
Egresso do PP, ele buscou uma nova sigla meramente para concorrer como vice do
prefeito eleito João Rubens dos Santos (PMDB). Não há relação histórica com o
partido.
Só no Arroio
Especulações dando conta de que prefeito de Balneário Arroio do Silva, Evandro Scaini
(PSD), poderia se radicar eleitoralmente em Araranguá para disputar a próxima eleição
municipal não são levadas a sério por ele. Evandro se diz gratificado com os
comentários, mas ressalta que seu projeto político se restringe a Arroio do Silva. ―Acho
que as especulações se dão por conta de eu estar muito presente em Araranguá, por ter
comércio no município e estar muito envolvido com os movimentos ligados ao setor
comerciário. Mas daí a criar um projeto político em Araranguá há uma distância muito
grande. Não há possibilidade‖, comenta.
Sumido
Deputado estadual Manoel Mota (PMDB) começou o ano meio sumido de eventos
oficiais que acontecem na região. Ele não participou nem mesmo da troca da
presidência da Amesc, que aconteceu na última sexta-feira em Araranguá. A solenidade
é considerada uma das mais relevantes da seara política regional. A grande questão é
saber se o sumiço é estratégico, de modo a suscitar a saudade pela sua ausência, ou se
Mota de fato já está se preparando para pendurar as chuteiras da política, depois do
término de seu sétimo mandato. Fonte ligada a Mota me disse que ―ele está só dando
um tempo para a cabeça, mas em breve vai reacender as turbinas‖.
Pensando
Ex-presidente da Câmara Municipal de Vereadores de Sombrio, Hélio Matos (PP), diz
que ainda está avaliando a possibilidade de colocar seu nome a disposição para a disputa
da Prefeitura Municipal ano que vem. Desde 2008 Hélio é um dos principais cotados do
partido para uma disputa executiva. No final do ano passado ele afirmou que a partir de
janeiro desde ano começaria a ouvir as bases de seu partido, objetivando justamente
saber se seu nome teria respaldo para um projeto desta envergadura. O trabalho
projetado para janeiro, no entanto, não começou ainda. ―Estou pensando para ver se é
isto mesmo que eu quero. Vou refletir mais um pouco‖, comenta.
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Blog Ivan Exxtra
Bastidores da política em SC
Por Ivan Lopes da Silva
O êxodo rural em Santa Catarina (2)
Para completar o raciocínio, sobre o artigo de ontem, é oportuno lembrar
que a questão da reforma agrária, defendida por sucessivos governos, pós-
ditadura militar – José Sarney, Fernando Collor, Fernando Henrique Cardoso e Lula -,
na prática não saíram do papel dos discursos, mesmo tendo os donos de terras iniciados
uma retirada do campo, investindo capital nas cidades. A partir dos anos 1960, os
grandes proprietários de terra, passaram a investir na indústria, relegando às atividades
agrícolas, um papel secundário. Esse fato pode ser justificado pelo papel imposto ao
setor agrícola: fornecer capital e divisas para a expansão do setor industrial. Ao mesmo
tempo, ainda predominavam na agricultura brasileira, juntamente com os latifúndios
improdutivos, com terras férteis, na mão de um número reduzido de grandes
proprietários, as grandes propriedades agrícolas voltadas para a exportação.
Entretanto, apresentando baixo nível de aproveitamento do solo e de produtividade. A
política agrícola foi, e ainda é direcionada por grupos de interesses, que dominam os
processos de financiamento rural desde a pesquisa à concessão do crédito.
Em publicações disponíveis deste setor, é corrente ver as mesmas queixas, como: A
exigência de excessivas funções e contribuições pelo Governo, e também pela
sociedade, do setor agropecuário brasileiro, particularmente nas décadas de 60 a 80 do
século passado, tais como: aumentar a produção e a produtividade; ofertar alimentos e
matérias-primas a preços decrescentes; gerar excedentes para exportação ampliando a
disponibilidade de divisas; transferir mão-de-obra para outros setores da economia;
fornecer recursos para esses setores; e expandir o mercado interno por meio da compra
de produtos e bens industrializados.
Por esses motivos e outros motivos, o modelo de produção familiar, que ainda é forte
em Santa Catarina, ficou desamparado. Como último recurso, a mão-de-obra abandonou
o campo buscando emprego nas áreas urbanas. As consequências foram o aumento do
êxodo rural e dos preços dos produtos da cesta básica, sem que tal aumento fosse em
benefício do produtor.
Assim, dezenas de milhões de pessoas migraram dos campos para as cidades, em
algumas décadas, sem que os governos locais estivessem dispostos a investir no
atendimento das necessidades mínimas de saneamento e moradia para estas populações.
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Como são bairros carentes em hospitais e escolas, a população destes locais acaba
sofrendo com o atendimento destes serviços. Escolas com excesso de alunos por sala de
aula e hospitais superlotados são as conseqüências deste fato, além do aumento das
taxas de violência.
O resultado final desse processo é o precarismo e a exclusão social que caracterizam
grande parte do espaço urbano do país, com sua paisagem de favelas e bairros
miseráveis. Formas tradicionais de vida rural e florestal foram destruídas sem que
houvesse um esforço real de reincorporação destas populações, gerando as legiões de
sem-terra e sem-teto que hoje se organizam para lutar por uma redefinição justa do seu
lugar na sociedade e no território.
No entanto, os catarinenses dos pequenos municípios, comparando com outros estados,
tem menos motivos para migrarem rumo às maiores cidades, como Joinville, Blumenau
e Florianópolis, acabando em favelas.
Em setembro de 2013 a revista Exame fez um levantamento sobre as 30 cidades
brasileiras que proporcionalmente menos utilizam o Bolsa Família. Das 30 cidades, 10
são catarinenses. A maior parte das cidades é de pequeno porte. Entre as cidades da
lista, a de maior porte é Balneário Camboriú, em 11º, à frente apenas de Iomerê (7º) e
Benedito Novo (8º), seguidas por Pomerode (12º); Rodeio (13º); Botuverá (14º);
Presidente Getúlio (18º); Braço do Trombudo (20º); Doutor Pedrinho (23º); e Ascurra
(28º).
Com a colaboração de Aninha Carolina Silva
Ministro dos Transportes vai receber reivindicação de
caminhoneiros nesta terça
A paralisação dos
caminhoneiros, que iniciou na
quarta-feira passada (18) e
ganhou força na sexta-feira
(20) no Oeste catarinense,
contou com o apoio do
deputado Mauro de Nadal
(foto), do PMDB. Os
motoristas protestam contra o
aumento dos combustíveis e
más condições das estradas,
entre vários outros itens. Eles
entregaram uma pauta de
reivindicações ao parlamentar, que esteve no local e, por meio dos deputados federais
do partido, agendou uma audiência pública com o Ministro dos Transportes, Antonio
Carlos Rodrigues, para a tarde desta terça-feira (24). Quatro representantes do
movimento estarão reunidos com o ministro, além dos parlamentares representantes do
estado.
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―Sensibilizei-me com o movimento, primeiro porque como brasileiro sinto o impacto do
aumento de combustível e energia elétrica, segundo porque estava acompanhando à
distância o movimento e percebi a forma ordeira como o estavam conduzindo. Na
primeira oportunidade em que pude participar, na sexta-feira, procurei auxiliar fazendo
contato com os nossos deputados federais para ajudar na reivindicação de pautas‖,
esclareceu o parlamentar.
De acordo com Nadal, a causa é meritória, pois o impacto é sentido na vida de todos os
brasileiros. O movimento está se expandindo pelo país e já está sendo realizado em sete
estados (MG, RS, PR, SC, MT, MS, SP). A tendência é de que esta semana ganhe mais
força. ―O Brasil precisa desse ajuste para que a cadeia produtiva possa continuar
funcionando‖, ressalta Mauro de Nadal.
Diversos trechos de rodovias do Oeste catarinense foram bloqueados para a passagem
de caminhões nesta segunda-feira (23). Em alguns trechos, apenas veículos de passeio,
cargas perecíveis, ônibus e veículos oficiais estão liberados. A Polícia Rodoviária
Federal acompanha a interdição. De acordo com o inspetor da PRF, Luiz Graziano, o
órgão está preocupado com os desdobramentos da paralisação. ―Temos casos de
bloqueio de veículos de passeio e de caminhoneiros que não querem entrar na
paralisação, mas são obrigados‖.
Um dos principais receios é o desabastecimento no estado. Agricultores, principalmente
produtores de frango e suíno, preocupam-se com a falta de grãos para alimentação dos
animais. O transporte de leite do oeste para outras regiões também angustia os
produtores. A manifestação dos agricultores e caminhoneiros é independente, mas
recebeu o apoio do Sindicato das Empresas de Transporte do Oeste e Meio Oeste
Catarinense (Setcom) e da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Oeste de
Santa Catarina (Fetaesc).
Pauta de reivindicações:
- 6 meses a 1 ano de carência nos financiamentos de caminhões, sem cobrança de juros
no período;
- redução no preço do combustível;
- estradas com condições seguras de trafegabilidade;
- lei do descanso;
- aposentadoria integral para motoristas com mais de 30 anos de contribuição.
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