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Closer Look FUTURO Auditando o Setor Público Gerindo Expectativas, Entregando Resultados Arthur Piper CBOK The Global Internal Audit Common Body of Knowledge Patrocínio

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Closer Look

FUTURO

Auditando o SetorPúblicoGerindo Expectativas, Entregando Resultados

Arthur Piper

CBOKThe Global Internal Audit Common Body of Knowledge

Patrocínio

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2 ● Auditando o Setor Público

Sobre o CBOK

FATOS DA PESQUISA

Participantes 14,518

Países 166

Idiomas 23

NÍVEIS DOS FUNCIONÁRIOS*

Chief audit executive (CAE) 26%

Diretor 13%

Gerente 17%

44%Equipe

*As taxas podem variarpor pergunta.

Common Body of Knowledge (CBOK) Global de Auditoria Interna é o maior estudo contínuo global no mundo sobre a pro�ssão da auditoria interna, incluindo estudos sobre os praticantes de auditoria interna e suas partes interessadas. Um dos componentes principais do CBOK 2015 é a pesquisa global do praticante, que fornece uma perspectiva abrangente das atividades e características dos auditores internos do mundo todo. Este projeto tem como base as duas pesquisas globais do praticante anteriores, conduzidas pela �e IIA Research Foundation em 2006 (9.366 respostas) e 2010 (13.582 respostas). Os relatórios serão lançados mensalmente até Julho de 2016 e podem ser baixados de graça, graças às contribuições generosas e ao apoio de indivíduos, organizações pro�ssionais, �liais do IIA e institutos do IIA. Mais de 25 relatórios foram planejados em três formatos: 1) core reports, que abordam tópicos gerais, 2) closer looks, que exploram mais a fundo as principais questões, e 3) fast facts, com foco em uma região ou ideia especí�ca. Esses relatórios exploram diferentes aspectos de oito áreas de conhecimento, incluindo tecnologia, riscos, talento e outras. Visite o CBOK Resource Exchange em www.theiia.org/goto/CBOK para download das perguntas da pesquisa e dos relatórios seguintes, conforme forem disponibilizados.

O

Pesquisa do Praticante CBOK 2015: Participação das Regiões Globais

8%

6%

14%

19%

5%

25%

23%

Américado Norte

AméricaLatina & Caribe

ÁfricaSubsaariana

Oriente Médio& Áfricado Norte

Europa& ÁsiaCentral

Sul daÁsia

Leste Asiático& Pacífico

Observação: As regiões globais são baseadas nas categorias do Banco Mundial. Para a Europa, menos de 1% dos participantes era da Ásia Central. As respostas da pesquisa foram coletadas entre 2 de Fevereiro de 2015 e 1º de Abril de 2015. O link da pesquisa online foi distribuído via listas de mailing dos institutos, sites do IIA, newsletters e redes sociais. Pesquisas parcialmente preenchidas foram incluídas na análise, desde que as perguntas demográficas tivessem sido completadas. Nos relatórios CBOK 2015, perguntas específicas são chamadas de Q1, Q2 e assim por diante. Uma lista completa das perguntas da pesquisa está disponível para download no CBOK Resource Exchange.

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www.theiia.org/goto/CBOK ● 3

Conteúdos

Sumário Executivo 4

1 Papéis dos Auditores Internos no Setor Público 5

2 O Impacto da Escassez de Financiamento

Áreas deConhecimento

do CBOK

Futuro

Governança

Gestão

Risco

Normas & Certificações

Talento

Tecnologia

PerspectivaGlobal 9

3 Ameaças à Independência e à Objetividade 11

4 Riscos Novos e em Mudança 14

5 Falta de Financiamento para Tecnologia 16

6 Uso das Normas 18

7 Atração e Retenção de Talentos 21

Conclusão 22

Áreas deConhecimento

do CBOK

Futuro

Governança

Gestão

Risco

Normas & Certificações

Talento

Tecnologia

PerspectivaGlobal

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U

Sumário Executivo

Auditando o Setor Público

ma porção signi�cante de auditores internos trabalha no setor público—cerca de 1 em cada 4 participantes da Pesquisa Global do Participante de Auditoria Interna CBOK 2015. Considerando que devem satisfazer as partes interessadas internas—diretores, conselhos, chefes de divisões de serviços—e que também devem prestação de contas a políticos e ao público, eles encaram um conjunto único de desa�os. Este relatório busca avaliar como estão lidando com esse papel e como podem melhorar suas práticas no futuro. Globalmente, muitas áreas do setor público dizem ter �nanciamento insu�ciente para o escopo de trabalho. Na maioria das regiões, o dobro do número de auditores internos do setor público declara escassez de fundos, em comparação com suas contrapartes externas ao setor público. Além disso, a maior transparência pública e a maior prestação de contas dentro dos governos aumentaram a demanda pelo trabalho de auditoria, assim como as crescentes ameaças do risco cibernético e de outros riscos emergentes. O setor público tem menos comitês de auditoria do que outros setores e a qualidade e composição dos comitês de auditoria podem variar muito. Em alguns casos, isso traz ameaças signi�cantes à independência da auditoria interna. Apesar de seus desa�os, muitos auditores internos do setor público estão se envolvendo nos riscos estratégicos do negócio de suas organizações e estão usando as Normas Internacionais para a Prática Pro�ssional de Auditoria Interna (Normas) quase tanto quanto aqueles fora do setor público. Notavelmente, 86% dos participantes dizem usar algumas ou todas as Normas—uma grande conquista, considerando que alguns requisitos de auditoria governamental não estão completamente alinhados com as Normas. Por �m, os auditores internos do setor público recebem mais horas de treinamento por ano do que os externos ao setor, mas também tendem a não contar com alguns dos benefícios daqueles que trabalham em setores não públicos, como a oportunidade de receber bônus. Embora a retenção da equipe seja frequentemente difícil, por conta das escalas de pagamento de auditoria do governo, muitos empregadores do setor público fornecem benefícios adicionais—tais como boas condições de trabalho, estabilidade de emprego e treinamento de habilidades—para compensar pelo pagamento reduzido.

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Os Auditores Internos no SetorPúblico

Em Quais Áreas do Setor Públicoos Auditores Internos Trabalham?

1 Papéis dos Auditores Internosno Setor Público

Documento 1

Tipos de Organização dosParticipantes da Pesquisa

Organização Sem FinsLucrativos (sem relaçãocom o governo)

Outra

Empresa de capitalaberto (listada)

Empresa privada(não listada)

Setor público (incluindo agênciasgovernamentais e organizaçõesmantidas pelogoverno)

24%

31%

35%

6%

4%

24%

31%35%

6%4%

uditores do setor público têm uma posição única no que tange a servir suas partes interessadas. Eles não precisam apenas satisfazer as necessidades de seus CEOs, conselhos, gerentes divisionais e reguladores, mas frequentemente precisam equilibrar tais requisitos junto a suas partes interessadas políticas e públicas. Este relatório traz insights sobre como essas pressões, combinadas com as rápidas mudanças na tecnologia e práticas comerciais, estão afetando os auditores do setor público. Com base nas descobertas do CBOK 2015, o maior estudo contínuo dos pro�ssionais de auditoria interna do mundo, e em entrevistas com praticantes de auditoria líderes do setor público, este relatório oferece uma visão de onde os auditores se encontram hoje e um mapa potencial para o amanhã. Ele aborda especi�camente os papéis que os auditores internos desempenham no setor público, o impacto da escassez de �nanciamento no setor, as ameaças à independência e à objetividade, riscos novos e em mudança, a falta de �nanciamento para tecnologias de auditoria, a conformidade com as Normas e a habilidade dos chief audit executives (CAEs) de atrair e reter talentos.

A

Dentre os participantes da pesquisa no mundo todo, uma média de 1 a cada 4 auditores internos trabalha no setor público (veja o Documento 1). Apesar da pesquisa não ser baseada em uma amostra cientí�ca, é certamente um

Os auditores internos do setor público encontram-se em uma variedade de papéis, especialmente dependendo da estrutura governamental da região em que atuam. Globalmente, cerca de 2 em cada 3 participantes do setor público (61%) dizem trabalhar no núcleo do governo (incluindo agências). Outros 24% trabalham para uma empresa comercial mantida pelo governo ou do setor público e os 15% restantes, em serviços operados pelo governo (como escolas, hospitais e correios). Essas porcentagens são bastante consistentes entre as diferentes regiões, com exceção do Oriente Médio e África do Norte, onde os auditores internos estão igualmente divididos entre o núcleo do governo e empresas mantidas pelo governo (veja o Documento 3).Observação: Q15: Qual o tipo de

organização onde você trabalhaatualmente? 13.032 participantes.

indicador da proporção signi�cante dentro do setor público. Embora a maioria das regiões esteja próxima da média global de 24%, duas têm média muito maior: África Subsaariana (41%) e Oriente Médio e África do Norte (33%) (veja o Documento 2). Na outra ponta da balança, o Sul da Ásia teve apenas 12 participantes do setor público (representando apenas 2% de seus participantes). Por conta dessa pequena porcentagem, o Sul da Ásia foi combinado com o Leste Asiático e Pací�co para os detalhamentos regionais deste relatório e essa área é mencionada como Ásia e Pací�co.

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0% 10% 20% 30% 40% 50%

41%

33%

27%

23%

23%

19%

2%

24%

Documento 2 Porcentagem de Participantes do Setor Público por Região

Núcleo governamental em nível federal,estadual ou local (como entidades oudepartamentos/agências do governo)

Empresa comercial mantida pelogoverno ou corporação do setorpúblico (como cassinos, ferrovias,energia elétrica ou serviços)

Serviços operados pelo governo(como escolas, hospitais oucorreios)

0%

20%

40%

60%

80%

Documento 3 Áreas do Setor Público: Núcleo do Governo, Empresas Mantidas pelo Governo eServiços Operados pelo Governo

73%

65% 63% 62%

52%

41%

61%

11%

24%27% 25% 27%

41%

24%

16%12% 10%

13%

21%17% 15%

Observação: Q15: Qual o tipo de organização onde você trabalha atualmente? 12.852 participantes.

Média Global

América do Norte

Europa

Leste Asiático e Pacífico

América Latina e Caribe

Oriente Médio eÁfrica do Norte

Sul da Ásia

África Subsaariana

MédiaGlobal

Ásia ePacífico

Américado Norte

Oriente Médioe África do Norte

EuropaAmérica Latinae Caribe

ÁfricaSubsaariana

Observação: Q15: Em que parte do setor público você trabalha ou presta serviços de auditoria? 2.770 participantes.

Auditando o Setor Público

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Em Que Níveis do Governo osAuditores Internos Trabalham?

0%

20%

40%

60%

80%

Internacional ou multinacional(operando em mais de um paísindependente)

Nacional (operandoem um paísindependente)

Regional (operando emuma província ou estadodentro de um paísindependente)

Local (operando emórgão de nível municipal,como cidade ou condado)

Documento 4 Escopo Geográfico das Organizações do Setor Público

21%

14%

38%

61%

53% 53%

39%

44%

38%35%

13%

24%21%

29%25%

4%9% 8% 7%

11% 10%10%

45%

18% 17% 16% 15%

22%

MédiaGlobal

Ásia ePacífico

Américado Norte

Oriente Médioe África do Norte

América Latinae Caribe

ÁfricaSubsaariana

Europa

Observação: Q17: Qual o escopo geográfico de sua organização ou entidade governamental? 3.032 participantes.

Quais Funções de Auditoria Interna doSetor Público São Exigidas por Lei?

Em algumas partes do mundo, a maioria dos auditores internos trabalha no nível nacional (América Latina, África Subsaariana e Europa). No entanto, no Oriente Médio e na África do Norte, a maior porcentagem trabalha no nível local. Na América do Norte, os auditores internos atuam principalmente nos níveis local e regional, enquanto, na Ásia, atuam nos níveis local e nacional (veja o Documento 4).

interna é exigida por lei, com um máximo regional de 88% na América Latina e Caribe e um mínimo de cerca de 60% na América do Norte e na Ásia (veja o Documento 5). Considerando a variedade de papéis e responsabilidades dos auditores internos do setor público ao redor do mundo, esse relatório traz uma visão de alto nível dos desa�os que eles encaram e das estratégias que adotam para vencê-los. Espera-se que encontrem aqui insights e inspiração.

Dentre os participantes da pesquisa, uma média de cerca de 7 em cada 10 diz que a existência de sua função de auditoria

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0% 20% 40% 60% 80% 100%

88%

84%

78%

68%

63%

62%

71%

Documento 5 Auditoria Interna Exigida por Lei (Apenas Setor Público)

Auditando o Setor Público

Média Global

América do Norte

Europa

Ásia e Pacífico

América Latina e Caribe

Oriente Médio eÁfrica do Norte

África Subsaariana

Observação: Q68: A existência de um departamento de auditoria interna é exigida por lei para suaorganização? Apenas participantes do setor público. 2.572 participantes.

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A

2 O Impacto da Escassezde Financiamento

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60%

Setor Não PúblicoSetor Público

49%

28%

27%

17%

17%

16%

24%

18%

16%

16%

10%

7%

13%

12%

Documento 6 O Financiamento “Não é Suficiente de Forma Alguma”(Setor Público Comparado com o Setor Não Público)

o longo dos últimos cinco anos, a maioria dos governos ao redor do mundo cortou o �nanciamento de serviços públicos como resultado da crise �nanceira de 2007/2008. A Pesquisa Global do Praticante CBOK 2015 revelou que 24% dos CAEs do setor público dizem que seus orçamentos não são su�cientes, de forma alguma, para a extensão de suas responsabilidades de auditoria, enquanto apenas 12% dos

CAEs em setores não públicos reportam isso (veja o Documento 6, que também inclui diferenças regionais). Para alguns, pode haver luz no horizonte. Cerca de um terço dos CAEs do setor público diz que seu orçamento aumentou no ano anterior (34%), embora o número seja inferior à média do setor não público, de 42% (Q27, 3.107 participantes). Em termos de cargos permanentes na equipe, o setor público

Média Global

América do Norte

Europa

Ásia e Pacífico

América Latina e Caribe

Oriente Médio eÁfrica do Norte

África Subsaariana

Observação: Q28: Em sua opinião, qual o nível de suficiência do financiamento de seu departamentode auditoria interna, com relação à extensão de suas responsabilidades de auditoria? CAEs apenas.788 participantes.

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10 ● Auditando o Setor Público

MAIORES EXPECTATIVAS PARA OS AUDITORESINTERNOS DO SETOR PÚBLICO

também apresentou aumentos em relação ao ano anterior, mas, ainda assim, não no mesmo ritmo do setor não público. Cerca de 25% dos CAEs do setor público

Apesar da escassez de financiamento vivida pelos auditores internos do setor público, eles também encaram maiores expectativas, diz Simon Edge, consultor de mudanças em auditoria interna no setor público, que trabalhou para o Departamento de Auditoria de Gales, a UK Audit Commission e atuou como membro independente do Surrey County Council. Atualmente, é diretor interino de cultura e mudança na instituição de caridade Victim Support. Ele diz que, embora o financiamento tenha sido reduzido, os órgãos do setor público no Reino Unido estão encarando maior escrutínio por parte do público, incluindo o uso de direitos de acesso estatutário (permitidos pela legislação de liberdade de informação) para publicação de relatórios de auditoria e papers no domínio público.

“Isso está levando a uma carga adicional de trabalho, a partir de questões levantadas por membros do público”, diz ele. “Eles [o público] estão se tornando mais desafiadores quanto aos serviços públicos e quanto à habilidade da auditoria interna de ‘resolver’ questões de modo satisfatório para eles, o que está criando uma lacuna de expectativas.”

“A austeridade continua e continuará por alguns anos, ainda”, diz Edge. Ele observa que a auditoria interna deve fazer mais com menos, nas circunstâncias atuais. Isso poderia significar compartilhar os serviços de auditoria interna entre múltiplas agências.

“Mas, com os reiterados cortes, chega um momento em que os serviços de auditoria interna pelos quais a organização está disposta a pagar não são adequados—justamente em um momento em que aqueles encarregados da governança mais precisam de avaliações de auditoria”, diz. Ele acrescenta que essas pressões provavelmente tornarão mais difíceis os relacionamentos da auditoria interna com a alta administração e com aqueles encarregados da governança, aumentando a necessidade de uma boa gestão de relacionamentos e de uma qualidade de auditoria comprovável.

reportaram aumento, em comparação com 31% do setor não público (Q25, 3.247 participantes).

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financeira no comitê

de auditoria provavel-

mente afeta a

qualidade do processo

de planejamento de

auditoria, especial-

mente se eles não

entendem o que a

auditoria interna

poderia ou deveria

estar fazendo. Além

disso, eles podem

simplesmente remover

o chief audit executive,

se não concordarem

com ele ou ela.

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U

3 Ameaças à Independência e àObjetividade

0% 20% 40% 60% 80% 100%

Setor Não PúblicoSetor Público

92%

75%

69%

68%

55%

51%

67%

89%

94%

74%

80%

78%

86%

83%

Documento 7 Existência do Comitê de Auditoria (Setor PúblicoComparado com o Setor Não Público)

❝A falta de expertise

—Christie O’Loughlin, Diretora da Christie

O’Loughlin and Associates, Olympia, Washington,

Estados Unidos

m dos papéis fundamentais do auditor interno é fornecer avaliações objetivas a suas partes interessadas. Uma forma essencial de fazê-lo é ser visto como independente da administração e de outras partes interessadas—algo que, muitas vezes, é mais fácil falar do que fazer. Uma média de apenas 67% dos participantes do setor público disse ter comitês de auditoria, em comparação

com 83% entre os participantes do setor não público (veja o Documento 7). A África Subsaariana tem a maior proporção de comitês de auditoria (92%) e a Europa tem a menor (51%). Também vale notar: em quase todas as regiões do mundo, o setor público tem porcentagem menor de comitês de auditoria do que outros setores (excetuando-se a África Subsaariana).

Média Global

América do Norte

Europa e Ásia Central

Ásia e Pacífico

América Latina e Caribe

Oriente Médio eÁfrica do Norte

África Subsaariana

Observação: Q78: Há um comitê de auditoria ou equivalente em sua organização?2.621 participantes do setor público. 8.464 participantes do setor não público.

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12 ● Auditando o Setor Público

PONTOS DE AÇÃO: PROMOVENDO A INDEPENDÊNCIA

1.

Concentre-se em nutrir fortes relacionamentos profissionais com as partes

interessadas, com base na honestidade, competência e confiabilidade.

2.

Aproveite a oportunidade de facilitar o diálogo, tirando proveito do

Modelo das Três Linhas de Defesa. A auditoria interna pode assumir um

papel de consultora e educadora, ajudando as partes interessadas a

entender a importância de três linhas de defesa eficazes.

Além disso, de acordo com as entrevistas, a qualidade e composição dos comitês de auditoria e conselhos variam muito, sendo comuns conselhos de uma única pessoa. Problemas estruturais podem ameaçar a independência da auditoria interna e sua habilidade de prestar avaliações objetivas. Na Tanzânia, por exemplo, as Public Finance Regulations dizem que os comitês de auditoria do setor público devem ser compostos de membros sênior da equipe de administração—as mesmas pessoas que serão auditadas. Essa situação cria desa�os extras para os CAEs, diz Ahadi Chacha, diretor de auditoria de desempenho na Surface & Marine Transport Regulatory Authority, em Dar Es Salaam, na República Unida da Tanzânia. Ele diz que os CAEs nessas organizações precisam focar em educar o comitê de auditoria quanto ao papel da auditoria interna e, quando possível, aproveitar a expertise e o apoio de membros externos. Desa�os à independência podem criar problemas éticos. No geral, cerca de 1 em cada 4 CAEs do setor público diz ter sido pressionado, durante sua carreira, para

alterar descobertas válidas de auditoria, com essa proporção um pouco mais alta na África Subsaariana e menor na Ásia e Pací�co (veja o Documento 8). A pressão é sentida mais comumente por parte de CEOs e da gerência operacional, embora o conselho administrativo também esteja envolvido em algumas regiões (especialmente na Europa e América Latina) (Q77b, 187 participantes). Os auditores do setor público devem satisfazer uma base mais ampla de partes interessadas, sem serem sempre capazes de consultá-las sobre suas necessidades especí�cas. As partes interessadas podem incluir a solicitante da auditoria, o órgão auditado, outro órgão governamental, autoridades públicas—como prefeitos—e grupos de interesse público, assim como os contribuintes. “Não é fácil saber quem são as partes interessadas”, diz Didier Eyssartier, inspecteur à l’IGAS na Inspection Générale des A�aires Sociales, em Paris, na França. “Na França, no nível estadual, nossa solução tem sido dizer que, em cada departamento e órgão governamental, deve haver um comitê de auditoria com membros externos”.

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0% 20% 40% 60% 80% 100%

34%

28%

28%

26%

23%

17%

26%

56%

65%

60%

65%

65%

63%

63%

10%

7%

13%

9%

13%

20%

11%

Prefiro não responder.NuncaAo menos uma vez

Documento 8 Pressão Sentida Para Alterar uma Descoberta deAuditoria (Apenas Setor Público)

Média doSetor Público

América do Norte

Europa

Ásia ePacífico

América Latinae Caribe

Oriente Médio eÁfrica do Norte

África Subsaariana

Observação: Q77: Durante sua carreira de auditoria interna, você vivenciou uma situação na qualvocê tenha sido orientado a suprimir ou modificar significativamente uma descoberta ou relatóriode auditoria válido? Apenas participantes do setor público. 2.585 participantes.

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14 ● Auditando o Setor Público

Á

4 Riscos Novos e em Mudança

Foco em RiscosAméricado Norte Europa

ÁfricaSubsaariana

OrienteMédio eÁfrica

do Norte

Operacional 86% 81% 76% 76% 75% 64% 78%

67% 61% 68% 57% 63% 82% 71%

51% 62% 70% 41% 73% 57% 58%

45% 51% 63% 65% 59% 60% 54%

54% 54% 39% 53% 47% 56% 55%

Documento 9 Áreas de Foco em Riscos (Regiões do Setor PúblicoComparadas com o Setor Não Público)

reas de riscos em rápida mudança— tais como ameaças cibernéticas, as consequências de eventos geopolíticos e tumultos econômicos domésticos— trouxeram aos departamentos de auditoria interna do setor público a oportunidade de não apenas auditar o desempenho histórico de suas organizações, mas também de trabalhar com suas organizações em prol de um entendimento em comum dos riscos novos e em mudança. Muitas regiões estão bem acima da média quanto ao

envolvimento nos riscos estratégicos do negócio de suas organizações (veja o Documento 9). Idealmente, as avaliações de riscos são atualizadas conforme necessário ao longo do ano, para a reação aos riscos em mudança. Pouco mais da metade dos auditores internos do setor público diz atualizar suas avaliações de riscos periodicamente ou continuamente ao longo do ano. Um terço diz conduzir uma avaliação de riscos anual, mas sem atualizações formais ao longo do ano, o

Ásia ePacífico

AméricaLatina eCaribe

MédiaGlobal

(Setor NãoPúblico)

Conformidade/regulatório

Avaliação de ger.de riscos/eficácia

Riscos estratégicosdo negócio

Tecnologia daInformação (TI)não coberta emoutras auditorias

Observação: Q66: Por favor, identifique os cinco principais riscos nos qua siseu departamento de auditoria interna está focando o maior nível de atenção em 2015. Apenas CAEs do setor público. O azul indica mais de 5% acima da média global do setor não público; enquantoo vermelho indica mais de 5% abaixo. 678 participantes do setor público. 2.059 participantes da média global.

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www.theiia.org/goto/CBOK ● 15

0% 20% 40% 60% 80% 100%

Privada (excluindo o setor financeiro)

Setor público (incluindo agências do governo eoperações mantidas pelo governo)

Capital aberto (excluindo o setor financeiro)

Setor financeiro (privadas e capital aberto) 67%

60%

56%

55%

28%

31%

32%

35%

5%

9%

12%

10%

Documento 10 Frequência da Avaliação de Riscos (Visão por Tipo de Organização)

que pode causar uma falta de ciência sobre os riscos em mudança. Por �m, cerca de 1 a cada 10 diz que a auditoria interna não conduz uma avaliação de riscos em sua organização. Espera-se que essas organizações tenham uma forma alternativa de conduzir uma avaliação adequada de riscos (veja o Documento 10). Os CAEs devem se comunicar com suas partes interessadas com e�cácia, informando a elas quaisquer objetivos estratégicos da organização. Na França,

no nível estadual, os departamentos estão tentando, agora, produzir uma declaração formal sobre riscos, ao menos anualmente, com esse �m, diz Eyssartier. No nível do governo local, no entanto, esses mecanismos muitas vezes não existem, de modo que muitos CAEs podem estar reportando apenas a um número limitado de partes interessadas, muitas das quais têm interesses políticos con�itantes.

Avaliação anual com atualizações formaisperiódicas ou avaliação contínua

Avaliação anual sematualizações formais

Nunca (A auditoria interna nãoconduz avaliações de riscos.)

Observação: Q42: Com que frequência a auditoria interna conduz avaliações de riscos? CAEs apenas. 2.986 participantes.

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16 ● Auditando o Setor Público

O

5 Falta de Financiamentopara Tecnologia

0%

20%

60%

Oportunidades de melhoria do negócio

Testes de conformidade regulatóriaIdentificação de possíveis fraudes

Capital aberto(excluindo setor

financeiro)

Documento 11 Uso de Análise de Dados(Visão por Tipo de Organização)

41%

56%

51%49%

41%

55%

47% 46%

37%

47%

32%35%

26%

32% 33%38%

Problemas em potencial, descobertosno monitoramento de riscos ou controle

Setor público (incluindoagências governamentais

e operações mantidaspelo governo)

Setor financeiro(privadas e decapital aberto)

Privada (excluindosetor financeiro)

40%

s auditores internos classi�cam-se bem, no que tange aos seus níveis de habilidade de uso de análise de dados e ferramentas de auditoria automatizada —55% dos auditores do setor público classi�cam-se como especialistas ou avançados, assim como o fazem globalmente, em todos os setores (Q86, 10.010 participantes). No entanto, os auditores internos do setor público são menos ativos no uso da mineração e análise de dados do que aqueles em outros tipos de organização (veja o Documento 11), especialmente em áreas de identi�cação de fraudes (veja

as barras azuis) e de monitoramento de riscos/controles (veja as barras douradas). Anedoticamente, os CAEs dizem ter di�culdade em ter os fundos para investir em softwares apropriados, para que possam explorar tais tecnologias, e muitos ainda estão no processo de treinar suas equipes para o uso dessas aplicações. Usar técnicas de big data é caro também, porque grandes volumes de dados devem ser limpos antes da análise. “Além disso, às vezes os dados são protegidos de modo que nem os auditores tenham acesso a eles”, diz Eyssartier.

Observação: Q96: Seu departamento de auditoria interna usa mineração ou análise de dados para asatividades a seguir? (Escolha todas as aplicáveis.) 10.088 participantes.

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www.theiia.org/goto/CBOK ● 17

PONTOS DE AÇÃO: MELHORANDO O USO DA TECNOLOGIA

1.

2.

3.

4.

● Identificar lacunas existentes de competência.

● Estruturar uma estratégia de gestão de conhecimento, paraabordar as maiores lacunas de expertise.

● Desenvolver uma estratégia apropriada de estruturação de equipe.

Os CAEs devem estar preparados para demonstrar um retorno

sobre o investimento às partes interessadas, quanto ao investimento

em ferramentas eficazes de análise de dados, e para ilustrar como a

análise de dados apoiará o atingimento dos objetivos.

Departamentos de auditoria que estejam apenas começando a usar a

análise de dados podem começar devagar e focar em áreas nas quais

os benefícios sejam claros.

Com a expertise certa, é possível fazer uma análise significante com

ferramentas prontamente disponíveis, como o Microsoft Excel.

Para facilitar a implementação de projetos de análise de dados, os

CAEs devem:

praticamente tão alto quanto o setor �nanceiro (63%) e mais alto do que organizações privadas não �nanceiras (55%) e organizações de capital aberto não �nanceiras (49%) (Q57, 2.756 participantes).

Para aproveitar ao máximo essas tecnologias, os auditores precisam garantir que suas auditorias estejam alinhadas com os objetivos estratégicos de suas organizações. Cerca de 60% dos CAEs do setor público dizem estar total ou quase totalmente alinhados, o que é

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18 ● Auditando o Setor Público

D

6 Uso das Normas

Não

Nacional(operando em

um país)

Internacional oumultinacional

0%

20%

40%

60%

80%

Documento 12

66%

55%

62%

50%

56%

27%

33%

21%

32% 30%

7%11%

17% 18%14%

entro do setor público, o uso das Normas é complicado por outras diretrizes governamentais obrigatórias ou estatutos jurídicos, que podem variar entre os níveis local, regional ou nacional. Em média, 86% dos participantes dizem usar todas ou algumas das Normas. No geral, o uso das Normas é menor no nível local e maior no nível internacional (veja o Documento 12). Em todas as regiões, o setor público perde apenas um pouco para o setor não público, quanto ao uso das Normas. Quando o “uso de todas as Normas” é analisado, mais da metade (56%) dos auditores do setor público diz usar todas

as Normas, o que é apenas um pouco menos do que a média global de 60% para os participantes do setor não público. No entanto, o “uso de todas as Normas” varia amplamente entre as regiões, com uma máxima de 68% na América do Norte e um mínimo de 38% na América Latina (veja o Documento 13). As leis locais podem impactar a habilidade da auditoria interna de estar em conformidade com as Normas. Na Tanzânia, por exemplo, uma lei nacional (�e Public Finance Regulations) de�ne a auditoria interna e os controles internos diferentemente da Estrutura Internacional de Práticas Pro�ssionais do IIA (IPPF)—

Sim, todas asNormas

Sim parcial,algumas dasNormas

Regional (operandoem uma provínciaou estado em um

país independente)

Local (operandoem uma cidade

ou condado)

Média doSetor Público

Observação: Q98: Sua organização usa as Normas Internacionais para a Prática Profissional de Auditoria Interna (Normas)?6.983 participantes do setor não público. 2.320 participantes do setor público.

Uso das Normas do IIA (Visão por Tipo de Setor Público)

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0% 20% 40% 60% 80%

Setor Não PúblicoSetor Público

68%

62%

62%

54%

43%

38%

56%

75%

68%

65%

57%

47%

48%

60%

Documento 13 Uso de Todas as Normas do IIA (Setor PúblicoComparado com o Setor Não Público) (Visão Regional)

Média Global

América do Norte

Europa

Ásia e Pacífico

América Latina e Caribe

Oriente Médio eÁfrica do Norte

África Subsaariana

Observação: Q98: Sua organização usa as Normas Internacionais para a Prática Profissional deAuditoria Interna (Normas)? Tópico: Sim, todas as Normas. 6.983 participantes do setor não público.2.285 participantes do setor público.

focando primariamente em controles de conformidade e �nanceiros. “A de�nição legal [de auditoria interna] não aborda explicitamente os processos de gerenciamento de riscos e governança, tampouco cobre a atividade de consultoria”, diz Chacha. “Os CAEs nessa posição precisam educar o conselho e a alta administração, de modo que eles vejam o raciocínio por trás da de�nição mais ampla de auditoria interna e controles internos do IIA”. Além disso, quando os auditores internos adotam as melhores práticas em seu trabalho, eles podem demonstrar os

demais benefícios de se trabalhar com as normas e práticas da IPPF, diz. O’Loughlin diz que os CAEs precisam ter a coragem de auditar áreas externas a de�nições tão limitadas, para que a auditoria interna cumpra com seu devido papel. “Os CAEs, muitas vezes, têm medo de auditar áreas como governança e estratégia, porque isso os colocaria em con�ito com os conselhos e gerentes, mas, se os auditores internos devem prestar avaliação objetiva, eles precisam ter a coragem de encarar esses desa�os, mesmo com o risco de demissão”, ela diz.

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20 ● Auditando o Setor Público

PONTOS DE AÇÃO: USO DAS NORMAS

Os benefícios abrangentes de implementar normas profissionais de auditoriaincluem:

As diferenças das práticas de auditoria interna regionais reforçam anecessidade de uma estrutura coerente e focada em princípios, que faciliteo desenvolvimento, interpretação e aplicação consistentes de conceitos,metodologias e técnicas úteis para a prática profissional de auditoria interna.

A definição de princípios básicos que representem a prática de

auditoria interna

O fornecimento de uma estrutura para condução e promoção de uma

grande variedade de atividades de auditoria interna de valor agregado

O estabelecimento de uma base para avaliação do desempenho da

auditoria interna

A defesa de melhores processos e operações organizacionais

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7 Atração e Retenção de Talentos

PONTOS DE AÇÃO: RETENÇÃO DE TALENTOS

1.

2.

3.

Organizações do setor público, frequentemente, se saem bem no

oferecimento de treinamento a seus funcionários, mas, por conta de

limitações de orçamento e questões culturais, muitas vezes têm menor

flexibilidade quanto à compensação. Castillo sugere três linhas de ação

para ajudar a reter a equipe:

Desenvolva programas excelentes de treinamento, para manter as competências e conhecimentos atualizados, incluindo a concessão de folgas para comparecimento a workshops e conferências.

Crie um bom ambiente de trabalho e condições flexíveis de emprego, quando possível.

Promova uma sensação de pertencimento, para que os auditores que trabalhem em áreas isoladas tenham contato regular com seus colegas e, também, com seus institutos e filiais locais do IIA.

imitações de orçamento têm afetado seriamente a habilidade dos departamentos de auditoria interna do setor público de atrair e reter talentos, especialmente em áreas técnicas, como cibersegurança e mineração de dados. No México, por exemplo, muitos departamentos governamentais têm cortado seus orçamentos de auditoria interna, tornando crítico o treinamento de riscos e controle para os funcionários que �cam, diz Guadalupe Castillo, IIA–México, Cidade do México. Empresas do setor privado podem atrair os auditores mais talentosos do setor público com a provocação de um melhor salário. Levando em conta a continuidade de medidas de austeridade em muitos órgãos governamentais e a cultura de alguns órgãos públicos, há um

L escopo limitado para concessão de bônus àqueles que trabalham no setor público. Apenas 40% do setor público dizem ter a chance de ganhar um bônus, em comparação com 75% para aqueles de outros setores (Q34, 11.792 participantes). Uma das vantagens de trabalhar no setor público é o nível de treinamento que a equipe recebe. Funcionários do setor público recebem mais treinamentos formais de auditoria interna do que qualquer outro setor—49 horas por ano, comparadas com 44 em setores não públicos (Q14, 12.998 participantes). Na maioria dos países, as organizações do setor público apoiam o treinamento da equipe até certo nível, apesar de ainda não ser su�ciente para que ela se mantenha por dentro dos rápidos acontecimentos.

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22 ● Auditando o Setor Público

A

Conclusão

uditores internos do setor público estão de pauta cheia. Precisam lidar com uma ampla base de partes interessadas e com as crescentes demandas, ao redor do mundo, por mais transparência e prestação de contas entre agências do governo. Isso aumentou a demanda por serviços de auditoria interna, em uma época em que os auditores internos do setor público têm o dobro da probabilidade de dizer que estão sub�nanciados, em comparação com suas contrapartes externas ao setor público. Apesar de seus desa�os, os auditores internos do setor público estão se envolvendo nos riscos estratégicos de suas organizações e usando as Normas em peso. Embora o setor continue sendo um ambiente desa�ador de trabalho, os auditores internos estão encarando o desa�o, bem posicionados para fornecer o tipo de avaliação objetiva e consultoria que o setor público busca e precisa.

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Sobre o Autor

A

Sobre a Equipe do Projeto

Equipe de Desenvolvimento do CBOK

Co-Presidentes do CBOK: Analista de Dados Primários: Dr. Po-ju Chen Dick Anderson (Estados Unidos) Jean Coroller (França) Presidente do Subcomitê da Pesquisa do Praticante: Michael Parkinson (Austrália) Vice-Presidente da IIARF: Bonnie Ulmer

Comitê de Revisão do Relatório

Guadalupe Castillo (México) Christie O’Loughlin (Estados Unidos) Ahadi Chacha (Tanzânia) Michael Parkinson (Austrália)Didier Eyssartier (França) Jim Pelletier (Estados Unidos)

Patrocínio

rthur Piper, PhD, é um escritor premiado e editor, com mais de 20 anos de experiência e especialização em auditoria interna, gerenciamento de riscos,governança corporativa e tecnologias emergentes. Ele é diretor geral da empresa deserviços editoriais Smith de Wint desde 1996. Atua como Associate Research Fellowna University of Nottingham (Reino Unido), no Departamento de Cultura, Filme eMídia desde 2006 e é especializado no entendimento crítico das tecnologias emergentes.

Desenvolvedora de Conteúdo: Deborah PoulalionGerentes de Projeto: Selma Kuurstra e

Kayla ManningEditora Sênior: Lee Ann Campbell

A �e IIA Research Foundation agradece ao IIA–Greater Boston por seu generosopatrocínio deste relatório em homenagem a Larry Harrington.

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O CBOK é administrado pela The IIA Research Foundation (IIARF), que fornece pesquisas inovadoras para a profissão de auditoria interna há quatro décadas. Por meio de iniciativas que exploram questões atuais, tendências emergentes e necessidades futuras, a IIARF tem sido uma força propulsora por trás da evolução e do avanço da profissão.

A IIARF publica este documento para propósitos informativos e educacionais apenas. A IIARF não dá orientações jurídicas ou contábeis ou qualquer garantia de resultados jurídicos ou contábeis por meio da publicação deste documento. Quando questões jurídicas ou contábeis surgirem, assistência profissional deve ser buscada e obtida.

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