cn - 21ª edição

8
Câmara Notícias Veículo de Divulgação da Câmara Municipal de Novo Hamburgo Ano II/Edição 21 Jornal Mensal - Setembro/Outubro de 2011 Distribuição gratuita Aprovada a Ficha Limpa para a Câmara de Novo Hamburgo. Todos os vereadores disseram sim ao projeto que dá exemplo aos demais órgãos públicos do Brasil. Pág.: 6 Economia: Legislativo economizou mais de R$ 9 milhões nos anos de 2009 e 2010 Página: 3 Pesquisa: Cidadãos admitem não se informar sobre o trabalho do Legislativo hamburguense Página: 2 Legislativo recupera protagonismo em NH Câmara Atuante: Vereadores fiscalizam problemas de falta de segurança no Primavera Página: 8 Semana da Câmara de 24 a 28 de outubro Douglas Cypriano Atividades sociais e culturais mar- cam a 10º edição da Semana da Câ- mara de Novo Hamburgo, que será realizada de 24 a 28 de outubro. Criada em 2001 por iniciativa do en- tão presidente Ito Luciano, a Semana da Câmara tem como intuito registrar a importância do Poder Legislativo. Conforme Ito, é uma oportunidade especial para que a comunidade ham- burguense acompanhe mais de perto o trabalho dos parlamentares. Agende-se. Participe da 10º edição da Semana da Câmara. Programação completa na página 7. Todos os parlamentares votaram pela manutenção dos 14 vereadores D e quatro em quatro anos vamos às urnas para definir aqueles que nos representarão no Legislativo. Apesar de escolhermos apenas um candidato para os parlamentos muni- cipal e estadual, passados dois ou três anos, esquecemos em quem votamos. Isso acontece com um percentual ex- pressivo da população: 53,5% dos elei- tores hamburguenses não se recordam qual candidato escolheram no pleito passado. Esse dado foi verificado em pesquisa do Instituto Methodus, rea- lizada em Novo Hamburgo no dia 16 de setembro, que teve como universo 400 entrevistados. Aquilo que nos preocupa ou nos é importante não é facilmente esqueci- do. O número apurado no levantamento confirma a desvalorização e o desprestí- gio do Poder Legislativo junto à comu- nidade. Um outro dado apurado na pes- quisa explica essa situação. Desconhecem as atribuições da Câmara de Vereadores 42,5% da população hamburguense. Muitos podem considerar o parla- mento desnecessário e, conseqüente- mente, seus personagens dispensáveis. Contudo, o Legislativo é imprescindí- vel para a consolidação da democra- cia. E o papel de cada um dos agentes políticos que representam a comunida- de deve ser conhecido por todos. Essa edição busca esclarecer ao leitor qual é a função do legislador (páginas centrais). Desde 2010, estava sendo debatida na Câmara a manutenção de 14 vere- adores ou a possibilidade de acréscimo de mais sete vagas. Em fevereiro do ano passado, começou a tramitar na Casa uma proposta para a permanência do número atual. Este ano, com a proxi- midade do período eleitoral, o assunto voltou a pautar as discussões na Câma- ra e na comunidade, que se mobilizou para ter sua voz ouvida. A decisão unâ- nime de manter em 14 as vagas para a próxima Legislatura foi resultado de embates saudáveis. Independentemente do resultado, a votação, realizada no dia 4 de outubro, consolidou o Legisla- tivo como o principal espaço democrá- tico do Município, posição que jamais deveria ter deixado de ocupar. A próxima legislatura contará com 14 vereadores. Após longos debates, dos quais muitas pessoas participa- ram, mobilizadas em movimentos po- pulares pró e contra a criação de no- vas vagas, os votos foram unânimes na sessão do dia 4 de outubro, segundo turno da votação. Quando a matéria foi apreciada pela primeira vez, ela não recebeu votos suficientes para a sua aprovação. Na ocasião, foram oito favoráveis e seis contrários. Mudanças na Lei Orgâni- ca exigem 2/3 dos votos, ou seja, no mínimo 10. O projeto aprovado modifica o ar- tigo 12 da Lei Orgânica, que prevê 21 representantes. Os autores são os inte- grantes da Mesa Diretora 2010 – Jesus Maciel, Sergio Hanich, Alex Rönnau e Volnei Campagnoni, além de Gilberto Koch. Cidadãos lotaram o plenário para acompanhar a votação. Novo Hamburgo contava com 21 vereadores até 2004, quando o Tribu- nal Superior Eleitoral (TSE) determi- nou a redução de vagas nas câmaras municipais. Até então, a Constitui- ção previa que o mínimo era nove e o máximo era 21 para municípios de até 1 milhão de habitantes. A Emen- da Constitucional nª 58/2009 estabe- leceu que cidades do porte de Novo Hamburgo (que tem 239 mil habitan- tes) poderiam voltar a ter até 21 vagas. Município mantém 14 vereadores

Upload: camara-municipal-de-novo-hamburgo

Post on 16-Mar-2016

219 views

Category:

Documents


3 download

DESCRIPTION

Jornal da Câmara Municipal de Novo Hamburgo.

TRANSCRIPT

Page 1: CN - 21ª edição

Câmara NotíciasVeículo de Divulgação da Câmara Municipal de Novo Hamburgo

Ano II/Edição 21 Jornal Mensal - Setembro/Outubro de 2011 Distribuição gratuita

Aprovada a Ficha Limpa para a Câmara de Novo Hamburgo. Todos os vereadores disseram sim ao projeto que dá exemplo aos demais órgãos públicos do Brasil. Pág.: 6

Economia: Legislativo economizoumais de R$ 9 milhões nos anos de 2009 e 2010Página: 3

Pesquisa: Cidadãos admitem não se informar sobre o trabalho do Legislativo hamburguensePágina: 2

Legislativo recupera protagonismo em NH

Câmara Atuante: Vereadores fiscalizam problemas de falta de segurança no PrimaveraPágina: 8

Semana da Câmarade 24 a 28 de

outubro

Douglas Cypriano

Atividades sociais e culturais mar-cam a 10º edição da Semana da Câ-mara de Novo Hamburgo, que será realizada de 24 a 28 de outubro.

Criada em 2001 por iniciativa do en-tão presidente Ito Luciano, a Semana da Câmara tem como intuito registrar a importância do Poder Legislativo. Conforme Ito, é uma oportunidade especial para que a comunidade ham-burguense acompanhe mais de perto o trabalho dos parlamentares.

Agende-se. Participe da 10º edição da Semana da Câmara. Programação completa na página 7.

Todos os parlamentares votaram pela manutenção dos 14 vereadores

De quatro em quatro anos vamos às urnas para definir aqueles que nos representarão no Legislativo.

Apesar de escolhermos apenas um candidato para os parlamentos muni-cipal e estadual, passados dois ou três anos, esquecemos em quem votamos. Isso acontece com um percentual ex-pressivo da população: 53,5% dos elei-tores hamburguenses não se recordam qual candidato escolheram no pleito passado. Esse dado foi verificado em pesquisa do Instituto Methodus, rea-lizada em Novo Hamburgo no dia 16 de setembro, que teve como universo 400 entrevistados.

Aquilo que nos preocupa ou nos é importante não é facilmente esqueci-

do. O número apurado no levantamento confirma a desvalorização e o desprestí-gio do Poder Legislativo junto à comu-nidade. Um outro dado apurado na pes-quisa explica essa situação. Desconhecem as atribuições da Câmara de Vereadores 42,5% da população hamburguense.

Muitos podem considerar o parla-mento desnecessário e, conseqüente-mente, seus personagens dispensáveis. Contudo, o Legislativo é imprescindí-vel para a consolidação da democra-cia. E o papel de cada um dos agentes políticos que representam a comunida-de deve ser conhecido por todos. Essa edição busca esclarecer ao leitor qual é a função do legislador (páginas centrais).

Desde 2010, estava sendo debatida

na Câmara a manutenção de 14 vere-adores ou a possibilidade de acréscimo de mais sete vagas. Em fevereiro do ano passado, começou a tramitar na Casa uma proposta para a permanência do número atual. Este ano, com a proxi-midade do período eleitoral, o assunto voltou a pautar as discussões na Câma-ra e na comunidade, que se mobilizou para ter sua voz ouvida. A decisão unâ-nime de manter em 14 as vagas para a próxima Legislatura foi resultado de embates saudáveis. Independentemente do resultado, a votação, realizada no dia 4 de outubro, consolidou o Legisla-tivo como o principal espaço democrá-tico do Município, posição que jamais deveria ter deixado de ocupar.

A próxima legislatura contará com 14 vereadores. Após longos debates, dos quais muitas pessoas participa-ram, mobilizadas em movimentos po-pulares pró e contra a criação de no-vas vagas, os votos foram unânimes na sessão do dia 4 de outubro, segundo turno da votação.

Quando a matéria foi apreciada pela primeira vez, ela não recebeu votos suficientes para a sua aprovação. Na ocasião, foram oito favoráveis e seis contrários. Mudanças na Lei Orgâni-ca exigem 2/3 dos votos, ou seja, no mínimo 10.

O projeto aprovado modifica o ar-tigo 12 da Lei Orgânica, que prevê 21 representantes. Os autores são os inte-grantes da Mesa Diretora 2010 – Jesus Maciel, Sergio Hanich, Alex Rönnau e Volnei Campagnoni, além de Gilberto Koch. Cidadãos lotaram o plenário para acompanhar a votação.

Novo Hamburgo contava com 21 vereadores até 2004, quando o Tribu-nal Superior Eleitoral (TSE) determi-nou a redução de vagas nas câmaras municipais. Até então, a Constitui-ção previa que o mínimo era nove e o máximo era 21 para municípios de até 1 milhão de habitantes. A Emen-da Constitucional nª° 58/2009 estabe-leceu que cidades do porte de Novo Hamburgo (que tem 239 mil habitan-tes) poderiam voltar a ter até 21 vagas.

Município mantém 14 vereadores

Page 2: CN - 21ª edição

| 2 |

Jornal da Câmara Municipal de NH - Setembro/Outubro de 2011

Câmara NotíciasJornal da Câmara Municipal de Novo Hamburgo21ª Edição - setembro/outubro de 2011

Textos e fotografias: jornalistas Daniele Souza (Mtb 12.797), Maíra Kiefer (Mtb 11.235), Melissa Barbosa (Mtb 10.652) e Tatiane Lopes de Souza (Mtb 12.272). Estagiários de jornalismo: Douglas Cypriano e Graziela Salles.Projeto Gráfico e Diagramação: Tatiane Lopes de SouzaJornalista Responsável: Tatiane Lopes de SouzaCoordenadora da Assessoria de Comunicação: Daniele Souza

Tiragem: 34 mil exemplaresPeriodicidade: mensalDistribuição gratuitaValor da impressão: R$ 5.436,00Gráfica: Grupo Sinos

Siga-nos no Twitter:www.twitter.com/camaranh

Acesse o Youtube:www.youtube.com/tvcamaranh

Ficha Técnica:

www.camaranh.rs.gov.brE x p e d i e n t e

Rua Almirante Barroso, 261/CEP: 93510-290 Fone: (51) 3594.0500/Fax: (51) 3594.1385E-mail: [email protected]

Ligue para a gente. Sua sugestão será bem-vinda

3594.0521/0510/0530

Blog: jornalcamaranoticias.blogspot.com

Editorial Trem deve ser inaugurado até final de outubro em NH da Câmara

Mesa Diretora 2011Leonardo Hoff - presidenteMatias Martins: vice-presidenteRicardo Ritter: 1º SecretárioLuiz Carlos Schenlrte: 2º Secretário

Há muito tempo a Câmara está mobilizada pela vinda do trem, e os parlamentares têm acompanhado as diversas etapas da obras. No dia 28 de setembro, os vereadores Antonio Lucas, Ito Luciano, Ricardo Ritter, in-tegrantes da Comissão de Obras, e Gil-berto Koch, da frente Pró-Trensurb, es-tiveram na estação Santo Afonso para buscar informações sobre o início do funcionamento em Novo Hamburgo.

Segundo o engenheiro do Consór-cio Nova Via, Jefferson Danni, tanto a Santo Afonso como a Rio dos Si-nos, último ponto de São Leopoldo, estão prontas. Os espaços comerciais já foram liberados para as empresas montarem seus estabelecimentos. Em seguida, devem ser instalados as catra-cas e o sistema de bilhetagem. Falta concluir os acessos viários: calçadas e pavimentação das vias no entorno das estações, o que acontecerá em 15 dias. “Com a parte estrutural pronta, a Trensurb iniciará os testes de trans-porte. Acredito que estará disponível

para a população no final de outubro”, explicou Danni. O comerciante André Barbosa, que terá um lancheria na esta-ção, confirmou que a estimativa dada pela Trensurb é de que a inauguração seja mesmo neste mês.

Demais estações As obras do trem já chegaram ao

Centro, interferindo no cotidiano dos cidadãos. Por isso, os vereadores estão preocupados com algumas questões, como o trânsito na avenida Nações Unidas, a intervenção no arroio Luiz Rau e as desapropriações naquela área. Segundo o engenheiro, a última es-tação será entregue em dezembro de 2012. Até lá, a empresa fará o possível para minimizar os transtornos à popu-lação. A última parada será localizada na quadra anterior ao shopping, mas o “rabicho”, termo utilizado para o es-paço de manobras do trem ao final da linha, deverá seguir até a rótula do Pio XII. Os vereadores continuarão acom-panhando os trabalhos até o final.

Vistoria surpresa no Hospital

A presidente da Frente Parlamentar em Defesa do Hospital Municipal, Car-men Ries, e Ricardo Ritter – Ica, vice, realizaram vistoria surpresa às obras de ampliação da unidade, no dia 14 de se-tembro. Cerca de 40 profissionais tra-balham no local, que deve ser entregue à comunidade no final de fevereiro. A rede de gás medicinal e a impermeabi-lização dos pisos do banheiro foram refeitas. O que preocupa agora, segun-do os vereadores, é a instalação dos elevadores. Embora já estejam compra-dos, precisam ser definidos os trâmites da instalação. A Frente em Defesa do Hospital continuará acompanhando as obras até sua conclusão.

Reunião sobre BR-116 e 448

Torna-se cada vez mais urgente o apelo da comunidade para se construir uma passagem sob a BR-116, ligando a Vila Mentz ao bairro Rio Branco. A obra foi reivindicada por Gilberto Koch, em reunião realizada dia 16 de setem-bro no Departamento Nacional de In-fraestrutura de Transportes (Dnit), em Porto Alegre. A intenção do parlamen-tar, assim como dos demais integrantes do Comitê de Acompanhamento das Obras da BR-448 e BR-116, é lutar para que, além da colocação dessa trincheira no entroncamento da rua 24 de Maio, sejam construídos os viadutos de Sapu-caia e da Roselândia, cuja licitação es-tava prevista para o mês de dezembro.

Na edição de maio, divulgamos in-formações sobre pesquisa feita pelo Instituto Methodus para avaliar a imagem do Legislativo. Em setembro, foi realizada a segunda etapa do traba-lho. Inicialmente foram analisados os serviços prestados à população. Saúde e segurança foram elencadas como prioridade, seguidas por educação, pa-vimentação e calçamento de ruas. O atendimento nos postos de saúde e o trânsito tiveram as piores avaliações. Já o abastecimento de água e a limpeza tiveram boas notas.

Sobre a imagem da Câmara, assim como na pesquisa anterior, percebeu-se que há um desgaste, promovido pela des-crença em relação à classe política e, principalmente, pela falta de informação. Dos 400 entrevis-tados, de todos os bairros, 62 não sou-beram opinar sobre a atuação do Legislativo. Daqueles que avaliaram, 33,4% acharam ruim. No entanto, 86,8% admitiram não conhecer ou conhecer pouco as ações dos parlamentares. No cruzamento dos dados, pode-se perceber que dos que afirmaram não conhecer o traba-lho da Câmara, 20,7% consideraram péssimo e 41,4%, regular. Do total de entrevistados, 42,5% não sabem qual a função do Legislativo, e, por não saberem, acreditam que os vereadores não cumprem o seu papel. Outros da-dos relevantes: 73% nunca estiveram na Câmara, 39% não sabem que as sessões são abertas ao público e 53,5% não se lembram do candidato em que votaram na última eleição. Ou seja,

percebe-se que, além de desacreditarem nos políticos, muitos deixam de exer-cer sua cidadania plena. Não acompa-nhar a atuação parlamentar é se eximir dos debates que interferem no cotidia-no da cidade.

A Câmara é a casa do povo, e o vere-ador, seu legítimo representante. É di-reito do cidadão saber o que acontece no Legislativo, por isso é que se tem in-vestido cada vez mais em comunicação. A Casa é exemplo para outros municí-pios no que se refere à transparência, à economicidade e ao uso de ferramentas para informar o cidadão. A TV Câmara,

uma das primeiras do Esta-do, está disponível na inter-net. O trabalho dos verea-dores pode ser visto ainda neste jornal e também no site www.camaranh.com.br e www.twitter.com/camara-nh. A pesquisa apontou que 24% dos que compreendem que uma das funções da Câ-mara é mediar o diálogo en-

tre a população e o Executivo julgaram como boa atuação dos vereadores.

O Palácio Cinco de Abril está de portas abertas: visite o gabinete do seu vereador ou leve suas reivindicações à Ouvidoria Parlamentar. O Legislativo poderá tam-bém ir até o seu bairro, por meio do projeto Câmara Atuante ou das sessões comunitárias. A tecnologia tem amplia-do a possibilidade de interação dos cida-dãos nas decisões do poder público. Toda e qualquer informação sobre a Câmara está disponível à comunidade. Nosso objetivo não é mudar o seu pensamento, mas oferecer subsídios para que você pos-sa julgar de forma consciente. Informe-se, opine, acompanhe os debates. Exerça a sua cidadania, afinal democracia é parti-cipar!

A Casa é exemplo para outros

municípios no que se refere à

transparência, à economicidade e ao uso de ferramentas

para informar o cidadão

Page 3: CN - 21ª edição

| 3 |

Jornal Câmara Notícias

Câmara aprova Lei de Diretrizes Orçamentárias

Comissão propõe nova sede para escola Pica-Pau

Apenas um muro separa a Escola Mu-nicipal de Educação Infantil Pica-Pau Amarelo e o arroio Wiesenthal em Ca-nudos. Em dias de chuvas intensas, com a elevação do nível da água e o avanço dela pelo pátio, a areia da pracinha fica sujeita à contaminação. A Comissão de Educação, integrada pelos vereado-res Volnei Campagnoni, Carmen Ries e Luiz Carlos Schenlrte, fez uma visi-ta ao local no dia 16 de setembro. Os parlamentares flagraram lixo e detritos oriundos de casas próximas sendo des-pejados no arroio. Outros problemas são infiltração na lavanderia e a falta de espaço da sala dos professores. A Comis-são sugere a secretaria de Educação do Município a troca da sede da escola.

A Comissão de Meio Ambiente, representada pelos vereadores Matias Martins e Luiz Carlos Schenlrte, parti-cipou do XIV Congresso Mundial da Água, realizado em Pernambuco entre os dias 25 e 29 de setembro. O evento, que teve como tema "Gerenciamento Adaptativo da Água: olhando para o Futuro", ocorre a cada três anos, e aconteceu pela primeira vez no Brasil, já tendo como sede a França (2008), Índia (2005) e Espanha (2002).

O Congresso contou com a partici-pação de mais de 800 pessoas. Diver-sos assuntos foram abordados, como novos instrumentos de gerenciamento de recursos hídricos, alterações climá-ticas, crescimento populacional, ex-pansão urbana e mudanças demográfi-cas. O grupo se reunirá para debater as ideias do congresso e fazer indicações ao Executivo. A intenção é convidar a Drº. Cátia Zuffo, da Universidade Fe-deral de Rondônia, para participar de audiência sobre o tema. Ela defende que a água deve ser um bem público.

Vereadores no Congresso

Mundial da Água

Um dos assuntos mais impor-tantes debatidos no último mês foi a Lei de Diretrizes Orçamen-tárias, que estabelece as metas e as prioridades que deverão nortear a elaboração do Orçamento Mu-nicipal para 2012. A receita to-tal do Município deve ser de R$ 653.124.547,48 compreendendo Executivo, Legislativo, Ipasem e Comusa.

O projeto estabelece que os in-vestimentos em fase de execução terão preferência sobre novas ini-ciativas e o pagamento dos servi-ços da dívida de pessoal e de seus encargos terá prioridade sobre ações de expansão. Além disso, coloca como objetivo da Admi-nistração Municipal o desenvol-vimento de programas visando proporcionar o desenvolvimento pessoal dos servidores; melhorar as condições de trabalho, prin-cipalmente no que concerne à saúde, à alimentação e à seguran-ça; capacitar os servidores para melhor desempenho das funções específicas; e racionalizar os re-cursos materiais e humanos para reduzir os custos e aumentar a produtividade.

Em 2012, devem ser destinados R$ 11 milhões para o legislativo hambur-guense. Mesmo antes de começar o ano, já se está fazendo economia de R$ 2,3 milhões: pela lei, a Casa teria direi-to a R$ 13,3 milhões.

De acordo com a Constituição Fede-ral, em cidades com população entre 100 mil e 300 mil habitantes, o total da despesa do Legislativo Municipal não poderá ultrapassar 6% da Receita

Corrente Líquida do ano anterior. Isso não significa 6% do Orçamento Muni-cipal previsto para o ano, mas do que foi efetivamente recolhido em tributos como IRRF, FPM, ITR, ICMS, IPVA e IPI no ano anterior ao da elaboração do projeto.

Assim, para a previsão dos gastos da Câmara para 2012, elaborada em 2011, foi utilizado como base o ano de 2010.

Recursos para a Câmara

Economia no LegislativoOs 6% representam o teto – não

significa que as câmaras tenham que utilizar todo esse recurso. Em Novo Hamburgo, por exemplo, os orçamen-tos para a Casa têm ficado abaixo des-se limite. E, com a economia realizada ao longo do ano, parte do valor efeti-vamente repassado ainda é devolvido à Prefeitura.

Em 2009, quando o limite legal era 7% (percentual foi alterado na mesma PEC que definiu o limite de vereado-res por número de habitantes), a Câ-mara teria o direito de elaborar um orçamento de até R$ 11,5 milhões. Po-rém, calculou que precisaria de R$ 8,8 milhões. No final do ano, a soma de gastos foi de R$ 6,6 milhões. Na práti-

ca, uma economia de R$ 4,9 milhões: R$ 2,7 milhões que não foram repas-sados e R$ 2,2 milhões que acabaram sendo devolvidos.

Em 2010, já com o limite de 6%, a Câmara teria direito a R$ 10,8 milhões. O orçamento da Casa ficou novamen-te em R$ 8,8 milhões, mas foram gas-tos, de fato, R$ 6,6 milhões. A econo-mia, desta vez, foi de R$ 4,2 milhões: R$ 2,2 devolvidos e R$ 2 milhões que nem foram repassados. Para 2011, dos R$ 13,4 milhões a que teria direito, a Câmara estimou que precisaria de R$ 9,6 milhões – R$ 3,8 milhões a menos. Até o final de agosto, haviam sido em-penhados R$ 6 milhões.

A Constituição determina que, em municípios de 100 a 300 mil habitan-tes, o subsídio máximo dos vereado-res corresponderá a 50% do subsídio dos deputados estaduais. Ao final de cada legislatura, os vereadores apro-vam os valores para a seguinte. Para a atual (2009-2012), vale a Lei Muni-cipal nª 1.813/2008, estabelecendo o valor de R$ 5.782,38 e limitando os reajustes ao mesmo índice concedido aos servidores – que recebem reposi-ção da inflação. Atualmente, os verea-dores recebem R$ 6.484,63.

Subsídios dos vereadores

Todos os projetos que tratam de questões econômicas devem passar pela Comissão de Finanças.

O presidente do grupo de trabalho, Jesus Maciel, destaca que o momento de analisar a Lei de Diretrizes Orça-mentárias (LDO), assim como o Or-çamento, é uma ótima oportunidade para sugerir ideias e fiscalizar o Execu-tivo. “Temos que analisar como serão usados os recursos do Município, que é dinheiro de todos os cidadãos. O bom gerenciamento é o que garante o retorno à comunidade.”

Comissão de Finanças

Todo o recurso economizado pela Câmara Municipal está disponível para o Poder Executivo, e pode ser investido em médicos, asfalto, ambulâncias, escolas, postos de saúde, guardas municipais, iluminação pública, limpeza, praças, professores, medicamentos e outras necessidades da população.

Orçamento da Câmara de Novo Hamburgo 2009 e 2010

R$ 22.430.130,00

Page 4: CN - 21ª edição

O Regimento Interno determina que cada bancada terá um líder e um vice-líder. Além disso, estabelece que a Casa deve contar com um líder e um vice-líder de gover-no e um líder e um vice-líder da oposição.

Este ano, o líder do governo na Casa é Gilberto Koch. Ele é respon-sável por conseguir a aprovação dos projetos do Executivo. “Até hoje, te-mos tido sucesso. Temos conseguido isso através do respeito a todas as ban-cadas”, salientou Betinho.

O líder da oposição é Raul Cassel. Ele frisa que o objetivo dessa função é fazer um contraponto ao líder do governo, e também organizar um gru-po de vereadores quanto ao direcio-namento de algumas votações. “Além disso, temos o papel de fiscalizar as ações do Executivo.”

Poder Legislativo: o que é e qual a importância

A Câmara foi instituída com a cria-ção do Município. Em 5 de abril de 1927, o presidente do Estado do Rio Grande do Sul, Borges de Medeiros, emancipou o 2º Distrito de São Leo-poldo. A primeira eleição municipal ocorreu no dia 27 de maio, e a Câma-ra foi instituída no dia 5 de junho, com a posse de sete conselheiros. Três

Um pouco de históriaanos depois, foram suspensas as ativi-dades das casas legislativas do país, e uma junta militar assumiu o governo federal. Em 1946, com a promulga-ção da 5ª Constituição, as câmaras e assembleias foram reativadas. Em 3 dezembro de 1947, foi empossada a nova legislatura, e os conselheiros pas-saram a ser chamados de vereadores.

A Câmara de Vereadores é o Poder Legislativo das cidades – também chamado de parlamento, ou seja, o lugar onde se fala (do latim “parlare”). Sua importância está exatamente em possibilitar o debate sobre os temas que são importantes para os cidadãos. Assim, nada é decidido sem o conhecimento das pessoas – e todos podem ser ouvidos, diretamente ou através de seus representantes.

O que é o Poder Legislativo Por que ele existe?Assembleias não são uma novidade na história da humanidade.

Mas a inspiração para o modelo atual é o filósofo francês Charles de Montesquieu, que apresentou sua Teoria da Separação de Poderes no livro O Espírito das Leis, publicado em 1748. Segundo ele, só é possí-vel garantir que o governo não será tirânico quando o poder não fica concentrado nas mãos de uma só pessoa. Por isso, ele propôs que os Estados tenham os poderes Executivo, Judiciário e Legislativo – que devem ser independentes e harmônicos.

Como funciona no Brasil?O Poder Legislativo Federal é com-

posto pela Câmara dos Deputados e pelo Senado, que representam, res-pectivamente, o povo brasileiro e as unidades da federação (além do Dis-trito Federal). Eles formam o Con-gresso Nacional, que é responsável por elaborar e debater projetos de lei

Um pouco sobre as leisO artigo 2 da Lei Orgânica de Novo Hamburgo

estabelece que “são poderes do Município, inde-pendentes, o Legislativo e o Executivo”. O artigo 30 trata das suas funções. A Câmara deve legislar sobre todas as matérias atribuídas ao Município pelas Constituições da União e do Estado, votar o Plano Plurianual, as Diretrizes Orçamentárias e os Orçamentos Anuais; promulgar leis; e deli-berar sobre empréstimos e operações de crédito.

É no artigo 31 da Constituição Federal que está escrito: “a fiscalização do Município será exercida pelo Poder Legislativo Municipal, me-diante controle externo” – responsabilidade já citada nesta matéria. Mas quem fiscaliza a Câ-mara? O mesmo artigo da lei máxima brasileira explica que “o controle externo da Câmara Mu-nicipal será exercido com o auxílio dos Tribunais de Contas dos Estados ou do Município ou dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municí-pios, onde houver.”

Lideranças

Líder da oposição

Douglas Cypriano

A comunidade quer po-líticos que tragam ao deba-te temas importantes, que se posicionem, sem que sejam coagidos. Ao eleger um candidato, os cidadãos os autorizam a representá--los da melhor maneira possível. Por isso, precisam conhecer a fundo as atri-buições de seus represen-tantes. Saber que, além de legislar, os vereadores são responsáveis por fiscalizar e apontar os problemas da cidade, para que sejam solucionados. São eles que andam pelas vilas e bairros verificando as necessida-des da população e repas-sando as reivindicações ao Executivo. Só em 2011, os parlamentares enviaram à Prefeitura mais de 3 mil indicações e pedidos de providências. Além disso, dos 105 projetos de lei, 58 são de autoria dos parla-mentares.

e fiscalizar as entidades públicas. Nos Estados e municípios, o Poder Legis-lativo é exercido pelas Assembléias Legislativas e Câmaras de Vereadores. Além de elaborar e debater projetos de lei, essas instituições têm como função, respectivamente, fiscalizar os governos estaduais e as prefeituras.

Page 5: CN - 21ª edição

O Regimento Interno determina que cada bancada terá um líder e um vice-líder. Além disso, estabelece que a Casa deve contar com um líder e um vice-líder de gover-no e um líder e um vice-líder da oposição.

Este ano, o líder do governo na Casa é Gilberto Koch. Ele é respon-sável por conseguir a aprovação dos projetos do Executivo. “Até hoje, te-mos tido sucesso. Temos conseguido isso através do respeito a todas as ban-cadas”, salientou Betinho.

O líder da oposição é Raul Cassel. Ele frisa que o objetivo dessa função é fazer um contraponto ao líder do governo, e também organizar um gru-po de vereadores quanto ao direcio-namento de algumas votações. “Além disso, temos o papel de fiscalizar as ações do Executivo.”

Poder Legislativo: o que é e qual a importânciaOs vereadores são os representantes

dos cidadãos, eleitos para mandatos de quatro anos, conforme prevê a Constituição Federal em seu artigo 29. A hora do voto ocorre no mes-mo dia e da mesma forma, basta digitar os números dos candidatos na urna eletrônica, mas vereadores e prefeitos não são eleitos da mesma maneira. No caso do chefe do Execu-tivo, ganha o candidato que obtiver a maioria dos votos. Assim se elegem também o presidente da República, o governador do Estado e os senado-res. É a chamada eleição majoritária. Para os vereadores – e os deputados estaduais e federais – é realizada a eleição proporcional, ou seja, a repre-sentação política é distribuída pro-porcionalmente entre os partidos po-líticos concorrentes. Isso está previso no Código Eleitoral.

Para se determinar quem foi eleito

Como os vereadores são eleitosem uma eleição proporcional, é preciso fazer algumas contas. Primeiro, divide--se o total de votos válidos pelo núme-ro de vagas disponíveis. Assim, obtém--se o chamado quociente eleitoral. Em Novo Hamburgo, por exemplo, foram 137.286 votos válidos para vereador em 2008. Como há 14 vagas, o quociente eleitoral é 9.806,14. Só pode fazer par-te da Câmara o partido ou a coligação que atingiu um número de votos igual ou superior a esse número.

Há, ainda, um passo importante: dividir as vagas entre as siglas eleitas. Para isso, temos que encontrar o quo-ciente partidário, ou seja, o resultado da divisão da soma dos votos de cada partido (ou coligação) pelo quociente eleitoral. O resultado indica o número de vagas que as agremiações obtive-ram. Elas serão preenchidas pelos can-didatos com o maior número de votos dentro do partido ou coligação.

Lideranças

Líder de governo

Líder da oposição ComissõesO trabalho dos vereadores também é

feito através das comissões. Em NH, há oito permanentes, cada uma com três integrantes: Constituição, Justiça e Reda-ção; Competitividade, Economia, Finan-ças, Orçamento e Planejamento; Obras, Serviços Públicos e Mobilidade Urbana; Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia; Direitos Humanos, Cida-dania e Defesa do Consumidor; Saúde; Meio Ambiente; e Segurança Pública.

Além de ouvir a comunidade e sugerir

contam com um representante de cada bancada. Entre elas, estão a Frente Parla-mentar em Defesa do Setor Calçadista e a Pró-Copa.

Para que todos pos-sam conhecer melhor o trabalho da Câmara de Novo Hamburgo, foi lançada recentemente a Carta de Serviços. No documento, ela-borado por servidores integrantes do Comi-tê da Qualidade, estão informações sobre os gabinetes, setores e suas atribuições, contatos e prazo de atendimento.

Conheça os serviços

Versão online: www.issuu.com/camaranhwww.camaranh.rs.gov.br

Luiz Carlos Schenlrte atua na Câmara desde 1989, sendo que em 2004 ficou como primeiro suplente. Ele destacou o fato de todas as deci-sões importantes para a cidade passarem pelo crivo do plenário. “Tudo é estudado e discutido, principalmente os projetos que têm grande im-pacto na vida da comunidade hamburguense.”

O Legislativo na práticaO CN conversou com os vereadores mais antigos da Casa, para que

pudessem falar sobre a importância do Legislativo através de suas próprias experiências.

“O crescimento da democracia implica o contato com o vereador”

Há 19 anos na Câmara (cinco legislaturas), Ger-son Peteffi destaca a importância de um legislativo atuante para a comunidade. “A primeira função é fiscalizar o Poder Executivo. Assim, é possível controlar melhor as obras públicas, os investimen-tos, o repasse de verbas a diversas entidades. E o crescimento da democracia em uma cidade impli-ca o contato com o vereador. Milhares de pessoas passam por aqui para apresentar seus problemas e dar sugestões, é uma forma de ter acesso à concre-tização de suas ideias”, disse.

“Grande obrigação e responsabilidade quanto ao interesse público”

Ito Luciano vai completar 20 anos de titularida-de – antes disso, ele já havia sido suplente por um mandato. “Temos uma grande responsabilidade, principalmente na fiscalização dos recursos. Para chegar a esse objetivo, temos o Regimento Inter-no e a Lei Orgânica. Também contamos com uma forma extremamente importante de participação, através das comissões. A experiência, buscamos em alguns congressos sobre temas referentes aos inte-resses da comunidade. A convivência com vereado-res capacitados agrega conhecimento.”

“Tudo é discutido, principalmente o que tem impacto na comunidade”

ações, os integrantes devem analisar os projetos antes das votações. Propostas so-bre escolas, por exemplos, devem passar pela Comissão de Educação. E todas de-vem passar pela Comissão de Cons-tituição e Justiça – que opina sobre seus aspectos legal, gramatical e ló-gico. “Temos amparo de assessorias dentro da Casa”, destacou o secretá-rio da CCJ, Ricardo Ritter – Ica.

As frentes parlamentares são criadas a partir de requerimentos de vereadores e servem para tratar de assuntos pontuais. Geralmente

A comunidade quer po-líticos que tragam ao deba-te temas importantes, que se posicionem, sem que sejam coagidos. Ao eleger um candidato, os cidadãos os autorizam a representá--los da melhor maneira possível. Por isso, precisam conhecer a fundo as atri-buições de seus represen-tantes. Saber que, além de legislar, os vereadores são responsáveis por fiscalizar e apontar os problemas da cidade, para que sejam solucionados. São eles que andam pelas vilas e bairros verificando as necessida-des da população e repas-sando as reivindicações ao Executivo. Só em 2011, os parlamentares enviaram à Prefeitura mais de 3 mil indicações e pedidos de providências. Além disso, dos 105 projetos de lei, 58 são de autoria dos parla-mentares.

Page 6: CN - 21ª edição

| 6 |

Jornal da Câmara Municipal de NH - Setembro/Outubro de 2011

Quem pode ser vereador?

Legistativo aprova Lei da

A princípio, todo cidadão pode se tornar o legítimo representante de sua comunidade, seja na Câmara Munici-pal, na Assembleia Legislativa ou no Congresso. Qualquer pessoa também pode concorrer a cargos no Executi-vo. As condições de elegibilidade – ou seja, de ser escolhido mediante vota-ção direta ou indireta – estão no artigo 14 da Constituição Federal. São elas: a nacionalidade brasileira, o pleno exer-cício dos direitos políticos, o alista-mento eleitoral, o domicílio eleitoral na circunscrição (no caso do vereador, na cidade onde pretende concorrer) e a filiação partidária. Além disso, para o cargo de vereador, é preciso ter, no mínimo, 18 anos de idade. Não po-dem concorrer estrangeiros, quem está no período do serviço militar obriga-tório e os analfabetos.

Esse mesmo artigo determina que a soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos. E estabelece que o voto é obrigatório aos maiores de 18 anos e facultativos para os analfabetos, os maiores de 70 anos e quem tem 16 e 17 anos. Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e quem está cumprindo o serviço mili-tar obrigatório.

Para concorrer a vereador, é preciso ser filiado a algum partido. Mas quem pode criar um partido? Novamente, a resposta é: qualquer pessoa. O artigo 17 da Constituição determina que é livre a criação, a fusão, a incorporação e a extinção de partidos políticos, resguar-dados a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os di-reitos fundamentais da pessoa humana e observados os seguintes preceitos: cará-ter nacional; proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo estrangeiros; prestação de con-tas à Justiça Eleitoral; e funcionamento parlamentar de acordo com a lei.

O projeto de lei que estabelece cri-térios para nomeação para cargos em comissão e função gratificada no Le-gislativo hamburguense foi aprovado. A proposta é de autoria de Leonardo Hoff, Sergio Hanich, Jesus Maciel e Raul Cassel.

O presidente da Frente Parlamentar em Defesa do Setor Calçadista, An-tonio Lucas, prestigiou a 12º edição da Courovisão - Feira Internacional de Componentes, Couros, Produtos Químicos, Equipamentos e Acessórios para Calçados e Artefatos, realizada nos pavilhões da Fenac, de 27 a 29 de setembro.

“É empolgante ver que os negócios nesse setor voltaram a crescer – ele que teve seu auge nas décadas de 80 e 90. Comerciantes e investidores estão tendo retorno, o que traz crescimento para a nossa cidade e região”, destacou Lucas. O parlamentar, que foi acom-panhado na visitação pelo presidente da Fenac, Elivir Desiam, e pelo gerente de marketing, Claudio Fufa Azevedo, salientou que a Frente Calçadista tem a obrigação de estar sempre presentes nos eventos da área, seja na esfera fede-ral, estadual ou municipal.

A feira teve a participação de 187 expositores e, segundo avaliação da Fenac, foi sucesso de público e negó-cios. Ela é considerada essencial para o mercado da moda e comercializa as úl-timas tendências em matérias-primas e componentes para calçados, acessó-rios, vestuários e artefatos.

Ficha LimpaDe acordo com

o PL, fica veda-da a nomeação para cargos em comissão e a designação para função gratifi-cada de pessoas condenadas, em decisão transita-da em julgado, pelos crimes contra a econo-

mia popular, a fé pública e o patrimô-nio público; e eleitoral, para os quais a lei penal determine pena privativa de liberdade. A proibição vale desde a condenação até o transcurso do prazo de oito anos após o cumprimento da

As condições de elegibilidade para cargos de vereador até presi-dente da República estão previstos na Lei Complementar nª 64/90. Esse texto foi modificado pela famosa Lei da Ficha Limpa (Lei Complementar nª 135/2010), que acrescenta critérios para quem de-seja se candidatar.

pena. Como os cargos em comissão são de livre nomeação e exoneração, não pressupõem nenhuma avaliação. Basta ser brasileiro e maior de 18 anos.

Para vereadores

Frente Calçadista na

Courovisão 2011

Em 2011, a Câmara Municipal con-cedeu pela primeira vez o Prêmio Mé-rito Farroupilha. A solenidade de en-trega ocorreu no dia 22 de setembro. Nesta edição, foram dois agraciados - Adilles Pedro de Souza, na categoria personalidade, e o CTG Terra Nativa, na categoria entidade, representado pela patroa Maria Cricelda Spies. A premiação está prevista na Lei Mu-nicipal nª 2.155/2010, e é concedida àqueles que se empenham em preser-var a cultura gaúcha.

O presidente da Câmara, Leonado Hoff, afirmou ser uma honra condu-zir a solenidade, fruto de um projeto de lei apresentado pela colega e amiga Carmen Ries. “O tradicionalismo ver-dadeiramente passou a fazer parte das pautas do Legislativo de Novo Ham-burgo este ano com a entrega desse prêmio”, acrescentou.

Carmen declarou que aprecia o tra-dicionalismo, entre outros motivos, pela importância que o movimento dá à família. “Essa foi uma das razões

Câmara concede Prêmio Mérito Farroupilha 2011

que me levaram a elaborar o projeto. Isso precisa ser preservado”, frisou. A vereadora disse esperar que a premia-ção se estenda no ano que vem e que seja um incentivo para outras entida-des.

Gilberto Koch lembrou ainda sua longa amizade com Adilles Pedro de Souza, e revelou que a comunidade do bairro Santo Afonso planeja ter nova-mente um CTG. “Precisaremos da aju-da de vocês”, disse.

Jesus Maciel Martins acrescentou que Adilles Souza é um exemplo a ser seguido por causa de seu trabalho ab-negado e de sua doação. “O tradicio-nalismo é muito importante. Isso só engrandece a nossa cultura e o nosso Estado. Parabéns por tudo o que vocês têm feito pela nossa comunidade”, en-cerrou Sergio Hanich.

Além de cantar os hinos, o Co-ral Amigos da Câmara, trajado com roupas típicas, apresentou as canções gauchescas João Carreteiro, Tertúlia, Adeus Sarita e Veterano.

O líder co-munitário e suplente pelo PDT Pedrinho de Oliveira to-mou posse na sessão do dia 15 de setembro. Ele entrou no lugar do vere-ador Antonio Lucas, afastado por cinco dias devido a problemas de saúde.

Pedrinho toma posse na Câmara

Vereadores unânimes dizem sim à proposta

Vereadores entregam prêmio a Adilles de Souza e CTG Terra Nativa

Page 7: CN - 21ª edição

| 7 |

Jornal Câmara Notícias

A g e n d a CâmaraFenac completameio século

Dia 11 de outubroDurante a sessão plenária, o líder

comunitário João Camargo falará na Tribuna Popular.

Dia 13 de outubroDurante a sessão plenária, o líder

comunitário da Vila Iguaçu, Daniel Ribeiro de Mello, faz uso da pala-vra na Tribuna Popular.

Dia 18 de outubroO conselheiro e fiscal de obras do

Orçamento Participativo, Lindo-mar Getúlio da Veiga, fala na tribu-na popular sobre as demandas do orçamento para o bairro Canudos.

De 24 a 28 de outubroComemoração da Semana da

Câmara de Novo Hamburgo, com diversas atrações culturais e educa-tivas. Projeto de Ito Luciano.

Dia 25 de outubroSessão Solene, às

19h, no Plenário, para entrega do tí-tulo “Cidadão de Novo Hamburgo” a Reinaldo Von Reis-switz. Iniciativa da Mesa Diretora.

Dia 26 de outubroPainel sobre saúde alimentar, às

19h, no Plenário. Proposta da Co-missão de Saúde.

Dia 26 de outubro Realização do 5ª Musicâmara, com o Coral Amigos da Câmara e convidados, às 20h, no Plenário.

Dia 27 de outubroSessão Solene, às 19h, no Plená-

rio, para entrega do Prêmio Vladi-mir Herzog de Direitos Humanos. Solicitação da Mesa Diretora.

Dia 01 de novembroHomenagem à Fundação Semear,

durante a sessão, pela passagem dos seus 15 anos. Proposta de Raul Cassel.

Dia 08 de novembroHomenagem durante a sessão ao

Sindicato Asseio Novo Hamburgo pela passagem dos 22 anos de fun-dação. Autor: Volnei Campagnoni.

Agenda sujeita a alterações. Confira www.camaranh.rs.gov.br

A Fenac foi homenageada na Câmara Municipal, no dia 15 de setembro, pela passagem dos seus 50 anos. A iniciativa foi do verea-dor Gilberto Koch. Ele contou aos presentes como a feira surgiu e fez com que Novo Hamburgo fosse conhecida em todo o mundo como a capital do calçado. O pre-sidente da Fenac, Elivir Desiam, recebeu de Betinho uma placa comemorativa e frisou que as fei-ras recebem visitantes de diversos países. Ele destacou que a empresa foi erguida com muito esforço por voluntários. "Agora temos mais de 200 acionistas. Realizamos desde a Fimec, que tem como foco o início da cadeia produtiva, até feiras para o consumidor final."

Por iniciativa do presidente e do vice-presidente da Câmara, Le-onardo Hoff e Matias Martins, a Escola Municipal de Ensino Fundamental Anita Garibaldi foi homenageada, no dia 27, por seus 50 anos. Os alunos fizeram uma apresentação de dança. Hoff explicou que o requerimento foi feito a pedido do suplente de seu partido, Vladi Lourenço, ex-aluno da instituição. Sob fortes aplau-sos, a diretora Raquel Becker re-cebeu uma placa comemorativa. "Temos muito orgulho das pesso-as que lá estudam e trabalham.” Ela também pediu aos vereadores que continuem reconhecendo o trabalho dos professores, votando com atenção as propostas relacio-nadas à educação.

Por solicitação da Comissão Democrática-Social – Identidade Comunitária, formada por moradores, comerciantes e instituições de Canudos, foi realiza-da, no dia 14 de setembro, a primeira sessão comunitária do ano, na escola Antônio Conselheiro. Saúde foi o tema de maior destaque. O objetivo dessas reuniões, que podem ser convocadas por cidadãos através de entidades como associações de bairro, é aproximar ainda mais os parlamentares da população. Estavam presentes o presidente da Casa, Leonardo Hoff, os vereado-res Gilberto Koch, Alex Rönnau, Matias Martins, Carmen Ries, Je-sus Maciel, Antonio Lucas e Sergio Hanich e a suplente Patrícia Beck, além da ouvidora e a diretora do legislativo municipal, Gledir Bernardo e Cléa Caberlon. Cerca de 100 pessoas participaram do encontro. O líder comunitário e vereador suplente Pedrinho de Oliveira lembrou que já ocorreram diversas sessões no bairro, resultando em várias melhorias. Contudo, ele destacou que ainda há muito o que se conquistar, como quebra-molas, asfal-tamento e médicos nos postos de saúde. Além dele, diversas pessoas da comuni-dade levaram suas reivindicações aos parlamentares.

Após a exibição de reportagem em rede nacional, que mostrou a Escola Eugênio Nelson Ritzel como a mais precária do Município, alunos e pro-fessores provaram que essa realidade pode ser diferente. No início de setem-bro, a instituição recebeu o reconhe-cimento da Câmara, por iniciativa de Antonio Lucas, pela primeira posição nas Olimpíadas Escolares de NH. As competições, que envolveram modali-dades como atletismo, judô e xadrez, começaram em abril e terminaram em setembro. Participaram 57 instituições de ensino, públicas e privadas. Os inte-grantes da Comissão de Educação, Vol-nei Campagnoni, Carmen Ries e Luiz

Escola Anita Garibaldi

homenageada

Vereadores ouvem Canudos em sessão comunitária

A moradora Andréa Carina da Silva, além de reclamar da falta de médicos nos postos de saúde, criticou as opções de lazer para as crianças do bairro. “Tenho um filho cadeirante, a fisiotera-peuta pede para que eu faça exercícios simples de estimulação nas pernas como, subir os degraus do escorregador, e aqui na comunidade não temos uma praça de brinquedos. Preciso ir a Campo Bom para fazer isso.” Andréa também solicitou mais horários e mais ônibus adaptados para pes-soas com necessidades especiais. O jornal Câmara Notícias, na edição passada, trouxe ampla repor-tagem sobre acessibilidade. O depoimento da mo-radora só reitera a necessidade de serem pensadas políticas públicas efetivas que qualifiquem a vida dos cidadãos. (Leia mais em jornalcamaranoti-cias.blogspot.com).

Cidade precisa investir em acessibilidade

Escolão do Kephas é primeiro lugar em olimpíadas

Carlos Schenlrte, frisaram a importância dessa conquista. Em maio eles estiveram na escola, localizada na vila Kephas. Na ocasião, puderam ver o esforço de profes-sores e funcionários para melhorar a edu-cação dos cerca de 1,1 mil alunos, do jar-dim até o 6º ano do ensino fundamental.

Mais saúde foi a principal reivindicação da comunidade

Page 8: CN - 21ª edição

No dia 21 de setembro, foi re-alizado na Câmara o painel “Drogadição na Infância e

Juventude”, evento promovido pela Comissão de Direitos Humanos – in-tegrada por Alex Rönnau (presidente), Carmen Ries (secretária) e Sergio Ha-nich (relator). Fizeram parte da Mesa o promotor da Infância e Juventude Manoel Guimarães e o major Vitor Hugo Konarzewski, do 3º BPM.

Rosangela Scurssel, diretora-pre-sidente da Caudeq, destacou a im-portância das vivências da infância. “Elas exercem grande influência na formação de adolescentes e adultos se-guros, com boa autoestima e preparo

Painel sobre drogadição aborda necessidade de mudança na cultura

adequado à vida em sociedade. Preci-samos rever nossos conceitos, nossos valores e nossa ética.” O recado não foi direcionado apenas a quem tem fi-lhos. “Todos somos responsáveis pelos pequenos cidadãos brasileiros”, frisou.

O psicólogo Leandro Dieter, repre-sentando a secretária mu-nicipal de Saúde, Clarita de Souza, chamou a aten-ção para o adolescente usuário de drogas. Nessa época da vida, diversos desafios são enfrentados, como o estabelecimento de uma identidade sexual e de relações para além da

família, além do ingresso no mundo do trabalho. “A droga vai ser usada, em alguns momentos, para ajudar no encontro de resposta a essas questões. Serve para apaziguar as angústias pro-vocadas pelo mal-estar da atualidade.” Ele sugeriu a realização de campanhas contra o álcool.

O diretor de Políticas Públicas so-bre Drogas do RS, Solimar dos Santos Amaro, também enfatizou a importân-cia de uma mudança na cultura. Ele apontou que pais e responsáveis, mui-tas vezes, consomem tranquilizantes, cigarros e bebidas alcoólicas. “Além disso, quando sentimos um desconfor-to, logo tomamos um remédio. Temos uma cultura na qual não podemos sentir dor.” Amaro ponderou que es-sas contradições estão presentes nos meios de comunicação. “O crack é a bandeira da vez, mas também deveria ser o álcool. O maior índice de cirrose na infância está em nosso Estado, na cidade de Caxias do Sul.”

Por solicitação da comunidade, o projeto Câmara Atuante esteve no bairro Primavera para verificar proble-mas de falta de segurança. O encontro ocorreu no Ginásio da Paróquia São José, na rua Oswaldo Cruz, e contou com a participação de cerca de 20 pes-soas. Estiveram presentes o presidente do Legislativo, Leonardo Hoff, o 2ª Se-cretário da Mesa Diretora, Luiz Carlos Schenlrte, o presidente da Comissão de Finanças, Jesus Maciel, e os inte-grantes da Comissão de Segurança, Gerson Peteffi e Sergio Hanich.

Relatos dos moradores indicam que

Câmara Atuante: moradores do Primavera pedem mais segurança

da Brigada Militar. Jesus comentou que em 2009 uma sessão comunitária no bairro São Jorge resultou em me-lhoria no policiamento.

Ires Dalla Rosa, coordenadora do CRAS Primavera, explicou que uma casa abandonada, utilizada há tempos como abrigo de menores, está sendo ocupado por uma gangue. O grupo é responsável pelo atos de violência. Pro-fessor da Escola Liberato, Pedro Giehl, contou que os alunos estão sendo víti-mas dos assaltantes, mas informou que a instituição está investindo em câme-ras de monitoramento e na contratação de segurança privada.

A comunidade recorreu à Prefeitura, pedindo auxílio ao Gabinete Integrado de Segurança, mas não obteve resultado. Os moradores entregaram um abaixo assinado aos vereadores, pedindo uma solução para o problema. O presidente Leonardo Hoff comprometeu-se a mo-bilizar as lideranças da Brigada Militar e Polícia Civil para um novo encontro com os moradores, enquanto a comis-são de Segurança solicitou providências à Prefeitura para resolver a questão do imóvel ocupado pelos bandidos.

os assaltos ocorrem a qualquer hora, e um estudante foi esfaqueado. Alguns bandidos foram identificados e presos, mas em seguida, liberados. A comer-ciante Gladis Blumi relatou que os comerciantes estão desesperados, pois a ação dos bandidos tem ocorrido dia-riamente. Hoff antecipou que os par-lamentares irão cobrar do governo do Estado a ampliação do efetivo.

A atuação do Legislativo nesse as-sunto teve reflexo positivo. O vereador Sergio Hanich, integrante da Comis-são de Segurança, garantiu que o gru-po entrará em contato com o Coronel

Sessão Comunitária deve ocorrer em breve no local

Iniciativa foi da Comissão de Direitos Humanos

Dados apresentados pelo dire-tor do Departamento de Políticas Públicas Sobre Drogas, Solimar Amaro, mostram o Rio Grande do Sul como um dos estados com maior consumo de entorpecentes. Uma pesquisa realizada entre 2007 e 2009, com jovens que vivem nas ruas da Capital, apontou que 72% já usaram crack e 39% consomem substâncias ilícitas diariamente. A média de idade em que começam a utilizar álcool e tabaco é de 12 anos. Maconha, crack e solventes são usados a partir dos 13,5 anos. Na região sul, 9,9% dos estudantes fumaram maconha no último ano. Número bem acima das demais re-giões do País.

Levantamento realizado em todo o Brasil mostrou que 42% dos en-trevistados fizeram uso de bebidas alcoólicas ao menos uma vez no ano. Outros índices encontrados foram: 9,6% tabaco, 5,2% solvente, 3,7% maconha, 2,6% ansiolítico, 1,8% cocaína e 0,4% crack. Pesqui-sa feita em 2010 diz que 86,2% dos jovens já usaram álcool. Cerca de 60% das crianças que ingerem álcool regularmente são criadas por adultos que têm o hábito de beber diariamente.

RS tem os maiores índices de uso de

drogas e álcool

Quando assumiu pela primeira vez a presidência da Casa, em 2001, o vereador Ito Luciano promoveu a Cruzada Antidrogas. O movi-mento mobilizou diversas entida-des da sociedade civil e centenas de pessoas. O objetivo era promover ações conjuntas e simultâneas para combater o uso e o tráfico de en-torpecentes. Ito destacou que o trabalho visava a engajar toda a população nessa luta, especial-mente pais, es-tudantes e pro-fessores. Desde aquela época a Câmara promove ações sobre o tema. As comissões de Saúde, Direitos Humanos e a Frente Parlamentar em Defesa da Criança e do Adolescente realizam debates. Além disso, os vereadores visitam entidades que tratam usuá-rios de drogas e reúnem-se periodi-camente com o Conselho munici-pal de Entorpecentes.

Cruzada Antidrogas

Especialistas falaram dos principais desafios que os adolescentes enfrentam nesta fase