cnseg - propostas do mercado segurador - completo 2015
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Buscando minimizar o impacto ambiental desta publicao, todas as
tintas utilizadas na impresso so de base vegetal, a laminao da
capa biodegradvel e o papel de origem certificada.
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FENAPREVI| FEDERAONACIONALDEPREVIDNCIAPRIVADAEVIDA 1
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Seguros Gerais, Previdncia Privada e
Vida, Sade Suplementar e Capitalizao
e o Desenvolvimento Socioeconmico
Pgina 06
1
FenaPrevi
Federao Nacional de Previdncia
Privada e Vida
Pgina 463
FenaCap
Federao Nacional de Capitalizao
Pgina 94 5
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FenaSade
Federao Nacional
de Sade Suplementar
Pgina 644
FenSeg
Federao Nacional de Seguros Gerais
Pgina 322
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Excelentssima
Senhora Presidenta,
A Confederao Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdncia Privada
e Vida, Sade Suplementar e Capitalizao CNseg, sempre imbuda do
esprito de cooperao com as autoridades governamentais e com a sociedade,
apresenta este estudo a fim de contribuir com o novo Governo eleito.
As Propostas do Mercado Segurador Brasileiro elaboradas com a
participao das Federaes que integram a CNseg FenaPrevi, FenSeg,
FenaSade e FenaCap apresentam reflexes a respeito do cenrio de
desafios e oportunidades para o setor, bem como as aes propositivas para a
continuidade de sua expanso como importante agente do desenvolvimento
socioeconmico do Pas.
No Brasil, assim como no mundo, o setor de seguros protege o patrimnio,
material e imaterial, de cidados e empresas, preservando as conquistas de
milhes de brasileiros. Como importante investidor institucional, exerce a
funo de indutor do crescimento ao destinar suas reservas tcnicas, hoje
acima de meio trilho de reais, aquisio de ttulos pblicos e de outros ativos.
ainda grande gerador de renda e empregos, diretos e indiretos, por meio
dos diversos atores que compem a indstria de seguros.
No momento em que o Poder Pblico, as empresas privadas e a sociedadecivil atuam conjuntamente com o propsito de garantir a manuteno e o
avano do Brasil em importantes indicadores econmicos e sociais, o setor
de seguros reitera seu compromisso e esforo em prol do desenvolvimento
sustentvel do Pas.
Respeitosamente,
Marco Antonio Rossi
Presidente da CNseg
Confederao Nacional das Empresasde Seguros Gerais, Previdncia Privada e Vida,Sade Suplementar e Capitalizao
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Seguros Gerais, Previdncia Privada
e Vida, Sade Suplementar e
Capitalizao e o Desenvolvimento
Socioeconmico1
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O setor encarrega-se de proteger o patrimnio de empresas,
ao assumir uma srie de riscos com potencial de inviabilizar
o negcio. Tambm zela pela qualidade de vida da populao,
ajudando a sociedade a planejar o seu futuro, oferecendo-lhecoberturas que ajudam a manter o padro de renda e enfrentar
os percalos, sem falar na oferta das mais avanadas
tecnologias mdicas disponveis.
Alm de gerar numerosos postos de trabalho, o mercado
segurador brasileiro arrecadou quase R$ 300 bilhes durante
2013, ou 6% do PIB brasileiro, sendo tambm um indutor
do crescimento, ao investir os ativos garantidores das suas
provises tcnicas aproximadamente R$ 500 bilhes
na compra de ttulos pblicos ou privados, realimentandoa economia, tendo em vista a condio de investidor
institucional deste setor.
certo que a atividade de seguros, presente no dia a dia das
empresas e pessoas, tem um papel estratgico na continuidade
do crescimento econmico. Esta convico, de que o mercado
segurador um aliado permanente do desenvolvimento,
motiva a Confederao Nacional das Empresas de Seguros
Gerais, Previdncia Privada e Vida, Sade Suplementar
e Capitalizao CNseg e as quatro Federaes que elarepresenta de Seguros Gerais FenSeg, de Previdncia
Privada e Vida FenaPrevi, de Sade Suplementar FenaSade
e de Capitalizao FenaCap a apresentarem neste
documento uma anlise de seus setores, incluindo proposies
a serem apreciadas pelo novo governo reeleito.
A indstria de seguros estentre as atividades maishabilitadas para contribuirem prol do desenvolvimentoeconmico e social dos pases.
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RelevnciaEconmica e Social doMercado SeguradorASPECTOS QUANTITATIVOS
A relevncia econmica e social do mercado segurador pode ser medida
em termos quantitativos por diversos indicadores, entre os quais :
o volume nanceiro de prmios e contribuies pagos pela clientelapara custear os produtos adquiridos junto ao mercado ;
a escala dos investimentos resultantes da aplicao dos recursos dasprovises de constituio obrigatria, em ativos garantidores,na forma da lei ;
o volume de recursos pagos pelo mercado a clientes e benecirios,em indenizaes, capitais segurados, benefcios e sorteios em ttulosde capitalizao ;
o volume de receitas tributrias geradas pelo mercado; e
a contribuio para a educao nanceira e insero na economiaformal das camadas da populao de renda mais baixa.
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118empresas deSeguros Gerais
150milempregos diretos
82milcorretores pessoasfsicas e jurdicas
1258empresas de SadeSuplementar
48empresas operandoplanos de benefcios dePrevidncia Privada e Vida
17empresas deCapitalizao
*
*IBGE
11
16empresas deResseguros Locais
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A dimenso da abrangncia e da relevncia das atividades do setor de seguros
em nossa sociedade, no ano de 2013, podem ser constatadas a partir dos dados a
serem expostos, considerando apenas os ramos que esto mais diretamente voltados
para o cotidiano das pessoas e das famlias: os Planos e Seguros de Sade, de Pessoas,
de Veculos e a Capitalizao.
Na Sade Suplementar, as empresas do setor foram respon-
sveis por R$ 91,6 bilhes de indenizaes em 2013 eresponderam por 890 milhesde consultas mdicas, examesclnicos, terapias, atendimentos ambulatoriais e internaes em
2012, contribuindo signicativamente para a desonerao dos
servios pblicos de sade.
Nos Seguros de Pessoas foram pagos, no mesmo ano,
R$ 6,3 bilhes em capitais segurados ( indenizaes ),
valor esse que muito contribuiu para amenizar o impacto nan-ceiro decorrente de infortnios ocorridos com os segurados.
O seguro prestamista favoreceu a ampliao do acesso ao crdito,
garantindo o pagamento de saldo devedor de emprstimos e nanciamentos na
hiptese de impossibilidade do segurado honrar o pagamento de prestaes, em
razo de morte, invalidez desemprego, etc. De fato, o referido seguro constitui garantia
adicional para o credor, possibilitando s classes de renda mais baixa o acesso a nveis
superiores de crdito.
Em 2013, os segurados pagaram prmios de R$ 7,1 bilhespara osseguros de pessoas, o que representa uma expanso de 321,6% em relao a 2012.
No ramo de automvel, cerca de 17 milhesde ve-culos tm cobertura de seguros, o que equivale a 29% da frota
nacional de veculos em circulao, tendo sido pagos aproxi-
madamente R$ 16 bilhes em indenizaes, em cerca de3,6 milhesde sinistros em 2013.
Os repasses da parcela do prmio do Seguro DPVAT ao Fundo Nacional de
Sade, para atendimento s vtimas de acidentes de trnsito na rede hospitalar do
SUS, e ao DENATRAN, para campanhas de educao e segurana de trnsito, foram,
respectivamente, R$ 3,6 bilhese R$ 402 milhes.
Nas provises de resgate de Capitalizao acumularam-se,
ao nal de 2013, R$ 26,8 bilhes em recursos oriundosde milhes de subscritores, muitos dos quais tm nos ttulos
de Capitalizao, com suas caractersticas especcas, sua nica
forma de poupana voluntria.
E, finalmente, as provises representativas das obrigaes de todo o setor junto
clientela somaram cerca de meio trilho de reais, devidamente cobertas por ativos
garantidores, adquiridos e mantidos em observncia regulao pertinente.
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Tambm em 2013,
a cadeia produtiva
do setor recolheu
R$ 10,4 bilhes em
tributos, nos trs nveisde esfera pblica.
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ASPECTOS QUALITATIVOS
Outra forma de avaliar o setor por meio de aspectos qualitativos. Ao promover a repartio dos riscos
pelo conceito do mutualismo e, tambm, a formao obrigatria de provises, conjugadas adequada
gesto dos ativos garantidores, ganham relevncia os papis social e econmico do setor.
Ao longo dos anos, o setor tem se aprimorado em todo o mundo, adaptando procedimentos
e tcnicas de avaliao e gesto de riscos, de forma a acompanhar a crescente complexidade de uma
sociedade que aumenta a diversicao de suas atividades, amplia suas relaes e oferece maiores
oportunidades de educao aos seus cidados.
A demanda por produtos oferecidos pelo setor segurador, e a cultura de planejamento e disciplina
nanceira por eles incentivadas, tendem a aumentar em funo do nvel de desenvolvimento do Pas e da
melhoria na distribuio de renda e, ao mesmo tempo, reetem o grau de diferenciao estrutural que
caracteriza o processo econmico e social.
A capacidade do setor para enfrentar os desaos que a crescente demanda impe s suas
empresas depende, fundamentalmente, do ambiente socioeconmico e regulatrio. No caso brasi-
leiro, em que os desaos pertinentes aceitao bsica dos valores de uma economia de mercado
so vistos como compatveis no apenas com a estabilidade macroeconmica, mas tambm com uma
melhor distribuio de benefcios por todas as camadas da sociedade, o setor est consciente do papel
que deve desempenhar e da importncia que a evoluo harmnica das relaes entre Estado e setor
privado tem para o pleno desenvolvimento das suas funes.
As atividades securitrias e de carter previdencirio aberto constituem-se em modalidades de
soluo justa para um dos mais angustiantes problemas dos indivduos e empresas: a incerteza quanto
ao futuro. No s quanto s perdas materiais, adicionalmente a proteo aos riscos de morte, de inva -
lidez (50 milhes de segurados no Brasil), de doenas graves e outros inerentes ao atendimento sade
(70 milhes de benecirios), alm de contribuir para melhores condies de aposentadoria e oferecer,
principalmente populao de baixa renda, incentivos signicativos para a formao de poupana.
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Tambm importante mencionar que um dos principais fundamentos da atividade seguradora
o mutualismo, resultado da convergncia da boa-f e da solidariedade, duas virtudes cardeais da
sociedade que, permitindo a partilha dos riscos entre muitos, reduz custos, democratizando o acesso
proteo por parte dos agentes econmicos. No caso brasileiro, um bom exemplo a frota segurada,
que chega a quase 30% dos veculos existentes. Outro exemplo a formao de poupana domstica, a
partir de produtos indutores capitalizao, como ocorre nos planos abertos de carter previdencirio
e nos ttulos de capitalizao.
Nesse sentido, a atuao do setor tem se mostrado fundamental, em particular nas reas de insu-
cincia do Estado diante das inmeras demandas exercidas pela sociedade, oferecendo alternativas
ecazes e ecientes, que reduzem a presso sobre o oramento pblico.
Os nmeros evidenciam a importncia do setor de seguros para a complementao das polticas
pblicas. Enquanto no setor pblico a assistncia Sade absorve aproximadamente R$ 100 bilhes ao
ano para dar cobertura a toda a populao, o mercado de Sade Suplementar gasta em torno do mesmo
valor para cobrir cerca de um tero dessa populao. A Previdncia Social utiliza cerca de R$ 24 bilhes
por ms, em um sistema de caixa, para pagar 30 milhes de benecirios, enquanto a Previdncia Privada
Aberta tem recursos acumulados da ordem de R$ 390 bilhes para pagamentos de benefcios comple-
mentares ao da previdncia social.
Todavia, um dos fatores limitativos expanso do setor, alm da questo de desenvolvimento
econmico e melhor distribuio de renda (vide Figuras 2 e 3, pginas 22 e 23) a necessidade de uma
maior estabilidade quanto ao marco regulatrio.
Em ateno a este ltimo aspecto, cujo enfrentamento fundamental para um crescimento mais
harmnico do setor, a CNseg e suas Federaes associadas vm participando ativamente das discusses sobre
a Agenda Estratgica da Superintendncia de Seguros Privados Susep, visando colaborar para que o rgo
regulador possa exercer suas funes de forma mais eciente. Uma das associadas CNseg, a FenaSade,
tambm participa ativamente com propostas e estudos para a implementao da Agenda Regulatria da
Agncia Nacional de Sade Suplementar ANS, divulgada a cada dois anos pelo rgo regulador.
A capacidade do setor para enfrentar
os desafios que a crescente demanda
impe s suas empresas depende,fundamentalmente, do ambiente
socioeconmico e regulatrio.
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DESENVOLV IMENTO DO SETOR E SUSTENTAB IL IDADE
Uma atividade sustentvel aquela que promove resultados econmicos a partir
da explorao dos recursos ambientais e sociais do presente, sem comprometer
a capacidade das geraes futuras de suprir suas prprias necessidades.
Por meio da preveno e do gerenciamento de riscos, o mercado
segurador ajuda a proteger a sociedade, estimula a inovao e apoia o desen-
volvimento econmico e social. Estas contribuies so fundamentais para
que uma sociedade funcione bem e de forma sustentvel.
O mundo vem enfrentando desaos cada vez mais crescentes em
trs dimenses, que so tambm os pilares da sustentabilidade: ambiental,
social e de governana. Esse cenrio de mutao traz riscos diferentes, inter-ligados e complexos, que representam novas oportunidades de negcios,
pois o papel das companhias de seguros justamente dar cobertura a riscos
novos e emergentes.
Em 2012, a CNseg tornou-se instituio apoiadora aos Princpios para
Sustentabilidade em Seguros, lanados pela Iniciativa Financeira do Programa
das Naes Unidas para o Meio Ambiente UNEP FI (sigla em ingls). Os refe-
ridos Princpios sintetizam o compromisso do setor global de seguros com a
integrao de questes ambientais, sociais e de governana em suas opera-
es, na relao com parceiros e fornecedores, na interao com governos e
entidades da sociedade civil organizada, e na transparncia e prestao de
contas para a coletividade em geral.
Por meio da preveno e do gerenciamento de
riscos, o mercado segurador ajuda a proteger
a sociedade, estimula a inovao e apoia odesenvolvimento econmico e social.
PROPOSTASDOMERCADOSEGURADORBRASILEIRO16
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Relao entreDesenvolvimentoEconmico e Social ea Importncia do Setor
Em todo o mundo, o desenvolvimento da atividade seguradora
apresenta uma associao muito estreita com o desenvolvimentoeconmico e social. Esta relao pode ser visualizada a partirda comparao de indicadores de desenvolvimento econmicocom a penetrao do seguro, previdncia e capitalizao entrea populao de diversos pases. Uma das provveis explicaespara esse fenmeno relaciona-se necessidade de disseminaoda cultura de planejamento e da educao nanceira, quepossibilitam a tomada de deciso consciente pelos consumidorese o reconhecimento do valor dos produtos oferecidos pelo setor.
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Na maioria dos pases de economia madura, as empresas do setor, alm
de estarem presentes em todas as reas de interesse do cidado e do sistema
produtivo, so, tambm, os investidores institucionais com o maior valor de
ativos sob sua responsabilidade. Todavia, a associao entre nvel de desen-
volvimento socioeconmico e importncia do setor no uniforme entre os
diversos pases, estando sujeita tanto a aspectos culturais e histricos, como a
aspectos regulatrios. Alm disso, a composio do setor no a mesma em
todos os pases, reetindo a relevncia da diversidade institucional e cultural
quando se comparam diferentes experincias. Em outros pases, por exemplo,quase inexiste Seguro Sade e os Fundos de Penso so incorporados pelo
mercado de seguros, ao contrrio do que ocorre no Brasil.
Diferentes experincias histricas ( tipo de organizao econmica e
papel do Estado, histrico de instabilidade econmica, estrutura tributria,
entre outras ) esto igualmente reetidas nos dados que ilustram a expanso
do setor ao longo do tempo, associados aos diversos indicadores de tamanho
econmico e de nvel de desenvolvimento.
Pelas mais diversas razes, entre elas, o longo perodo de instabilidade
do passado, o grau de penetrao do seguro no Brasil medido pela partici-
pao de prmios e aportes pagos, como proporo do PIB menor do que
o de outros pases de renda per capitacomparvel, a exemplo do que ocorre
com outros pases latino-americanos, que tambm passaram por experincias
de alta instabilidade e inao.
A Tabela 1 apresenta a comparao do grau de penetrao do setor de
seguros do Brasil com outros pases, para os anos de 2005 e 2013. O que se
pode observar que, a despeito do crescimento no perodo e de se manter
como o segundo pas da Amrica Latina com maior participao do setor no
PIB, a posio do Brasil ainda est muito abaixo dos 8,5% que representam
a mdia dos pases desenvolvidos. Verica-se, portanto, a existncia de um
espao importante para crescimento do setor em consonncia com o cresci-
mento econmico esperado para o Pas.
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Ano de referncia 2013 Ano de referncia 2005
Prmios
milhes US$
PIB
bilhes US$
Penetrao
no PIB |em %
Prmios
milhes US$
PIB
bilhes US$
Penetrao
no PIB|em %
Europa e Amrica do Norte
Alemanha 247.162 3.642 6.7 197.251 2.808 7,00
Blgica 39.008 507 7.1 46.393 371 12.5
Canad 125.344 1.825 6.9 78.723 1.130 7.0
Dinamarca 34.347 331 9.8 20.935 259 8.1
Espanha 72.510 1.359 5.3 60.275 1.124 5.4
Estados Unidos 1.259.255 16.802 7.5 1.142.912 12.487 9.2
Frana 254.754 2.736 9.0 222.220 2.101 10.6
Holanda 101.140 801 12.6 61.073 624 9.8
Itlia 168.554 2.071 7.6 139.194 1.713 8.1
Portugal 19.205 219 8.7 16.692 183 9.1
Reino Unido 329.643 2.535 11.5 300.241 2.201 13.6
Sucia 41.478 554 7.5 27.710 354 7.8
Sua 62.597 651 9.6 41.077 367 11.2
Amrica Latina
Argentina 17.317 481 3.6 4.619 183 2.5
Brasil 88.931 2.242 4.0 26.984 796 3.4
Chile 11.712 280 4.2 4.519 126 3.6
Colmbia 10.070 377 2.7 2.750 123 2.2
Mxico 27.354 1.260 2.2 12.780 768 1.7
Peru 3.354 206 1.6 974 76 1.3
Venezuela 13.733 382 3.6 3.351 136 2.5
Comparao Internacional:Grau de Penetrao do Setor
Prmios % PIB
Segmentos de Seguros e Previdncia Complementar, fonte SwissRe
Nota: Nas estatsticas internacionais no so considerados os segmentos de Sade Suplementar e Capitalizao. A tabelaconsidera, portanto, somente dados referentes a prmios de Seguros e contribuies para a Previdncia Complementar.
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Todavia, na Figura 1, quando se compara no Brasil a evoluo do volume das
provises do setor como proporo do PIB ( considerando todos os segmentos ),
pode-se vericar, principalmente nos ltimos anos, uma forte acelerao do indi-cador, com o grau de penetrao evoluindo de 6,3%, em 2007, para 10,4%, em 2013.
O aumento da renda e sua melhor distribuio, nos ltimos anos, certamente foram
fatores importantes para esse crescimento.
Progressos na regulamentao e no tratamento tributrio das atividades do
mercado segurador podem acelerar seu crescimento, contribuindo para o desenvol-
vimento socioeconmico. Essa relao pode ser avaliada melhor por meio de um
indicador diretamente associado ao nvel de desenvolvimento humano, tal como
medido pelo ndice de Desenvolvimento Humano IDH , elaborado pela ONU. O IDH
compara os pases em termos de um conjunto de variveis socioeconmicas: PIB per
capita( ajustado pela paridade de poder de compra ), expectativa de vida ao nascer( que reete a evoluo das variveis sociais ) e nveis de desenvolvimento educacional.
Fonte: CNseg
Brasil: Evoluo da Participaodo Volume de Provises
1
Como Proporo do PIB
6,0%
5,0%
4,0%
7,0%
8,0%
9,0%
10,0%
11,0%
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
SEGUROSGERAIS, PREVIDNCIAPRIVADAEVIDA, SADESUPLEMENTARECAPITALIZAOEODESENVOLVIMENTOSOCIOECONMICO 21
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Na Figura 2, so comparados os dados da posio relativa dos pases em termos de IDH com a
proporo dos valores pagos ao setor pela clientela em relao ao PIB para diversos pases em 2013
( apresentados na Tabela 1 ). ntida a diviso em dois grupos, com os pases desenvolvidos situan-
do-se no quadrante superior direito, ou seja, com um IDH mais elevado, contrapondo-se aos paseslatino-americanos.
Por intermdio dessa comparao, pode-se vericar a relao estreita entre desenvolvimento
econmico e social e a importncia do setor. Tambm pode-se observar que pases com melhor distri-
buio de renda tm maior participao das indstrias de seguros e de previdncia complementar na
formao do PIB.
A Figura 3 mostra a relao, para o ano de 2013, entre o grau de concentrao de renda, medido
pelo Coeciente de Gini ( cujos valores mais prximos de zero indicam menor concentrao de renda ) e
os volumes pagos pela clientela como proporo do PIB para diversos pases ( apresentados na Tabela
1 ). H uma ntida dicotomia entre os pases de alta concentrao de renda e baixa penetrao do setor
Em pases selecionados
Comparao: IDH x ParticipaoPrmios de Seguros (% PIB)
2
0,6
0,7
0,65
0,75
0,8
0,85
0,9
1
0,95
0 2 % 4 % 6 % 8 % 10 % 12 % 14 %
Prmios Seguros (% do PIB)
Fonte: ONU e SwissRe
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Comparao: Coeficiente de Gini xPrmios de Seguros (% PIB)
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de um lado ( Amrica Latina ) e os pases de distribuio mais igualitria e alta penetrao desse setor
( Europa e Amrica do Norte ).
Esse resultado, mais uma vez, sugere que a importncia do setor aumenta no apenas com a
estabilidade e o desenvolvimento, ou seja, o grau de bem-estar medido pelo IDH, mas principalmentecom o aumento e distribuio da renda, que apresentam trajetrias indissociveis da importncia do
setor nos pases.
Por todas essas razes, deve-se esperar que cenrios de melhoria do desenvolvimento econmico
e social para o Brasil devam ser cenrios nos quais aumenta a importncia do setor de Seguros Gerais,
de Seguros de Pessoas, de Previdncia Complementar Aberta, de Sade Suplementar e de Capitalizao.
No entanto, como foi enfatizado, desejvel imprimir ateno para os fatores de natureza insti-
tucional e regulatria, que afetam sobremaneira o setor e que necessitam de equacionamento nos
prximos anos, alguns dos quais sero sugeridos nas Proposies apresentadas ao nal das sees
deste documento reservadas a cada uma das Federaes associadas CNseg.
Fonte: ONU e SwissRe
0
0
20
10
30
40
50
60
70
Prmios de Seguros (% PIB)
Coeficiente
deGINI
2 % 4 % 6 % 8 % 10 % 12 % 14 %
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A Relao entre o Setor e aIntermediao de Poupanapara o CrescimentoEconmico Sustentado
Assim, pode-se considerar que a contribuio do setor para a cultura de
gesto de risco fundamental para o desenvolvimento do Pas.
Entre as principais atividades desenvolvidas pelo setor de Seguros
Gerais, de Seguros de Pessoas, de Previdncia Complementar Aberta,
de Sade Suplementar e de Capitalizao encontram-se duas da maior
importncia para a sociedade:
a formao e administrao de poupanas domsticas; e
uma distribuio mais eciente dos riscos entre diferentes indivduos e
instituies da sociedade.
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Os gastos com os produtos oferecidos pelo setor so dirigidos para: proteo de
riscos pessoais e formao de poupana (planos de previdncia privada), proteo de
riscos materiais (diversos ramos de seguros), formao de poupana, atrelada ao sorteio
de prmios (ttulos de capitalizao), ou proteo sade (plano e seguro sade).Em todos os casos, as operaes transferem para as empresas do setor:
as perdas nanceiras, no limite contratado, advindos da ocorrncia do
risco coberto, situao que poderia acarretar diculdades para a pessoa
e familiares ou custos decorrentes da interrupo de atividade produtiva,
seja do individuo, seja de empresa, danos causados a terceiros; e/ou
a gesto de recursos visando proteo do cidado e seus familiares,
por exemplo, possibilitando a complementao do valor da aposenta-
doria provida pela previdncia social, ou, em situao no previsvel, que
enfrente um perodo de doena grave ou desemprego sem que veja redu-zir-se seu padro econmico.
O papel social do provedor desses servios , assim, oferecer proteo nan-
ceira para situaes adversas, incluindo a gesto de poupanas.
As empresas do setor fazem isso, valendo-se, alm da sua capacidade de admi-
nistrar poupanas, dos princpios do mutualismo e da diversicao e da constituio e
manuteno de provises slidas e adequadamente cobertas por ativos garantidores.
O princpio do mutualismo permite a oferta de proteo a um custo menor do
que a pessoa incorreria caso tivesse que comprometer recursos prprios na cober-
tura de perdas geradas por uma eventual situao de adversidade.
Ao mesmo tempo em que responde s necessidades de proteo da sociedade
para os riscos a que esto sujeitos indivduos e empresas, o setor exerce paralela-
mente funo fundamental, representada pela formao, incremento e gesto de
poupana domstica, componente fundamental para o desenvolvimento econmico
e social do Pas.
O princpio do mutualismo permite a oferta de proteoa um custo menor do que a pessoa incorreria caso tivesse
que comprometer recursos prprios na cobertura de
perdas geradas por uma eventual situao de adversidade.
SEGUROSGERAIS, PREVIDNCIAPRIVADAEVIDA, SADESUPLEMENTARECAPITALIZAOEODESENVOLVIMENTOSOCIOECONMICO 25
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Poupana Investimento
A teoria econmica indica que a relao entre a poupana e o investimento
mais do que uma igualdade: uma identidade, como se v na Figura 4. Nela compa-
ra-se o Investimento como proporo do PIB ( I ) com a Poupana Total, tambm como
proporo do PIB ( S ), utilizando uma mdia mvel de quatro trimestres ( MM4 ), comoforma de suavizar a srie e extrair uma melhor medida de tendncia. Considerando
as fontes de poupana de um pas, tm-se dois componentes Poupana Interna,
que realizada pelas Famlias e pelo Governo ( quando gera resultados scais posi-
tivos ) e Poupana Externa, que composta pelo resultado do Saldo de Transaes
Correntes do Balano de Pagamentos ( positiva quando se tem um dcit ).
Na administrao dessa poupana, composta pelo saldo das provises de
constituio obrigatria, verica-se outro relevante papel, o da aplicao prudente
desses recursos em ativos que ofeream segurana e liquidez, de sorte a se poder
dar pleno e tempestivo atendimento aos compromissos contratuais assumidos com
uma clientela em expanso.A importncia dessas atribuies evolui com a expanso do setor, especial-
mente porque, ao gerenciar um volume crescente de recursos de provises, com
aplicaes caracterizadas por critrios estveis, ele passa a contribuir, cada vez mais,
para a estabilidade das fontes de investimento do Pas.
Brasil: Relao entre Investimentose Poupana | Interna + Externa
4
Fonte: IBGE
Mar/2004
Mar/2005
Mar/2006
Mar/2007
Mar/2008
Mar/2009
Mar/2010
Mar/2011
Mar/2012
Mar/2013
Mar/2014
Jun/2004
Jun/2005
Jun/2006
Jun/2007
Jun/2008
Jun/2009
Jun/2010
Jun/2011
Jun/2012
Jun/2013
Set/2004
Set/2005
Set/2006
Set/2007
Set/2008
Set/2009
Set/2010
Set/2011
Set/2012
Set/2013
Dez/2004
Dez/2005
Dez/2006
Dez/2007
Dez/2008
Dez/2009
Dez/2010
Dez/2011
Dez/2012
Dez/2013
Em % do PIB
13,40 %
14,89 %
14,14 %
15,64 %
17,13 %
18,62 %
20,11 %
16,38 %
17,87 %
19,36 %
20,85 %
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27SEGUROSGERAIS, PREVIDNCIAPRIVADAEVIDA, SADESUPLEMENTARECAPITALIZAOEODESENVOLVIMENTOSOCIOECONMICO
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Contribuio doSetor para a MaiorProteo Social
Como consequncia do desenvolvimento futuro, ser fundamental aumentar a
oferta de mecanismos que permitam ao contingente de novos consumidores
terem acesso a servios securitrios mais sosticados. Na Figura 5, possvel
observar o aumento da participao da classe mdia na pirmide social
brasileira. Diversos produtos do mercado segurador j contribuem para a
maior proteo social dos brasileiros que vm ascendendo socialmente, como
iremos observar nas Partes 2, 3, 4 e 5 deste documento, onde cada uma das
quatro Federaes, que compem a CNseg, apresentar sua contribuio para
o desenvolvimento socioeconmico.
Entre os produtos que permitiro atender ainda mais s demandas
da populao de baixa renda, destaca-se o Microsseguro como importante
instrumento de proteo social.
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No Brasil, na ltima dcada, a ascenso social de uma parcela signicativa da populao, como
indicado anteriormente, proporcionou o acesso ao crdito via instituies nanceiras e demonstrou a
capacidade desses brasileiros de assumir e manter compromissos. No entanto, so pessoas que, embora
enfrentem riscos mltiplos, no contam com nenhuma proteo do seguro e continuam administrando
suas perdas por meio de poupana pessoal, emprstimos de emergncia e redes de proteo social, ferra-
mentas que so incapazes de proporcionar a proteo adequada.
Este o cenrio ideal para o desenvolvimento do Microsseguro, que surge como ferramenta de
incluso nanceira e alternativa para impulsionar o crescimento econmico e social. So coberturas
que oferecem proteo para pessoas frequentemente mais expostas a riscos tais como morte acidental,
doenas, perdas de propriedade ou colheitas, decorrentes da maior vulnerabilidade social.
Tambm importante ressaltar a contribuio da Capitalizao para a educao nanceira e o est-
mulo disciplina da poupana, principalmente nas camadas de menor renda da populao. Com efeito,
os ttulos de capitalizao, que so mais simples e acessveis que qualquer outro produto nanceiro de
acumulao de recursos, tm contribudo para estimular o hbito de poupana, com o atrativo adicional
do sorteio de prmios.
Brasil: Evoluo Pirmide Social5
Fonte: SAE. Nota (*): estimativa dos autores.
Baixa
Mdia
2002 2006 2009 2012*
Alta
48%40% 34% 27%
38% 45%48% 55%
14% 15% 18% 18%
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Concluso
A breve descrio, quantitativa e qualitativa, da importncia do mercado
segurador para a economia brasileira, converge para duas snteses sobre
as quais relevante reetir.
A primeira diz respeito considervel contribuio do setor para
o processo de modernizao econmica e para a educao nanceira da
nova classe mdia que, aps aprender a gerenciar o crdito, dever buscar
administrar a proteo de seus bens, de sua famlia e de seu futuro.
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A segunda sntese relevante para reexo diz respeito funo
social do setor, que complementa o Estado em sua funo de provera seguridade social, a sade e a previdncia, permitindo reduzir as
presses sobre o oramento pblico. Esse aspecto deve levar em conta
o quadro que se desenha para o futuro, em que todas as projees
demogrcas indicam uma mudana importante na pirmide etria
brasileira. Essa mudana implicar um contingente cada vez menor
de contribuintes e maior de benecirios. Mas, mantidas as condies
que permitiram a mudana estrutural na renda da sociedade, o estudo
mostra que existem amplas possibilidades para o crescimento do setor.
Ou seja, os prximos anos apresentaro grandes desaos, mas tambm
grandes oportunidades.Seja pela sua importncia na formao de poupana de longo
prazo, seja pelo fornecimento de servios complementares queles
fornecidos pelo Estado, o setor de Seguros Gerais, Previdncia Privada
e Vida, Sade Suplementar e Capitalizao deve ter seu papel cada
vez mais reconhecido pela sociedade. necessrio, assim, que sejam
criadas condies para que o setor continue contribuindo para o desen-
volvimento do Pas, garantindo a distribuio dos frutos do progresso
para um maior nmero de brasileiros.
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Essa mudana implicar umcontingente cada vez menor de
contribuintes e maior de beneficirios.
Mas, mantidas as condies quepermitiram a mudana estrutural narenda da sociedade, o estudo mostra
que existem amplas possibilidadespara o crescimento do setor.
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FenSegFederao Nacional de
Seguros Gerais2
A FENSEG EST VOLTADA para o desenvolvimento das atividades especficas dos ramos
de seguros do segmento denominado Seguros de Danos. A entidade tem por finalidade
congregar e representar suas associadas, inclusive perante o Poder Pblico, buscando o
fortalecimento dos segmentos econmicos por ela representados e de suas relaes com a
sociedade, de forma a contribuir para o desenvolvimento econmico e social do Pas.
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ImportnciaEconmica e Social
O segmento de Seguros Gerais ( Seguros de Danos ) composto por
13 grupos que compreendem 88 ramos de seguros. Os grupos so :
Automveis, Patrimonial, DPVAT, Transportes, Habitacional, Rural,
Riscos Financeiros, Responsabilidades, Riscos Especiais, Aeronuticos,
Martimos, Crdito e Cascos.
Em 2013, o setor apresentou um montante de prmios emitidos
da ordem de R$ 60,6 bilhes, superior em 18 % ao arrecadado em
2012. O principal ramo continuou sendo o seguro de Automvel
com, volume de prmios de R$ 29,3 bilhes, o que representou um
acrscimo de 18,4 % sobre os valores do mesmo perodo do ano
anterior e participao de 48,4 % no total de prmios do setor.
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AUTOMVEISPATRIMONIALDPVATTRANSPORTESHABITACIONAL
RURALRISCOS FINANCEIROSRESPONSABILIDADES
RISCOS ESPECIAISAERONUTICOSMARTIMOSCRDITOCASCOS
GRUPOSSEGUROS GERAIS
FENSEG| FEDERAONACIONALDESEGUROSGERAIS 37
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A importncia do seguro para a realizao de grandes
eventos, como a Copa do Mundo em 2014 e as Olimpadas que
ocorrero em 2016, sempre associada s garantias dadas para
a realizao das obras de infraestrutura.
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A importncia do seguro para a realizao de grandes eventos, como a Copa do
Mundo em 2014 e as Olimpadas que ocorrero em 2016, sempre associada s garan-
tias dadas para a realizao das obras de infraestrutura. Os investimentos de infraes-
trutura continuam ditando o crescimento da carteira de Seguro Garantia, no ramo dosRiscos Financeiros, que em 2013 apresentou um crescimento de 30,9 %. Mas, diversas
modalidades de seguro atuam para o sucesso destes grandes eventos. Como patrim-
nios e pessoas esto sujeitos a riscos de toda natureza, tem-se o seguro dos atletas,
com coberturas para incapacidade fsica; o Seguro de Responsabilidade Civil Geral,
com coberturas para danos causados por terceiros, uma das solues encontradas
para proteger os torcedores nos estdios; fora dos estdios, h um grande volume
de contrataes do Seguro Patrimonial, principalmente pela indstria e comrcio em
geral. E tem-se tambm os Seguros Viagem, com diversos tipos de cobertura essen-
ciais para o bem-estar dos turistas.
39FENSEG| FEDERAONACIONALDESEGUROSGERAIS
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Segmentos/grupos 2011 2012 2013 Variao %2013/2012
MIX 2013
Automvel 21.369.608 24.719.994 29.262.292 18,37% 48,31%
Patrimonial 9.207.709 9.822.389 11.316.043 15,21% 18,68%
DPVAT 6.657.431 7.220.649 8.040.441 11,35% 13,28%
Transporte 2.406.866 2.626.755 2.876.198 9,50% 4,75%
Habitacional 1.402.536 1.770.261 2.188.587 23,63% 3,61%
Rural 1.234.944 1.474.664 2.287.745 55,14% 3,78%
Riscos Financeiros 1.225.471 1.435.527 1.879.246 30,91% 3,10%
Responsabilidades 927.264 1.043.636 1.218.907 16,79% 2,01%
Riscos Especiais 371.099 488.377 708.267 45,02% 1,17%
Aeronuticos 270.011 321.586 345.704 7,50% 0,57%
Martimos 253.661 251.237 323.329 28,69% 0,53%
Crdito 233.829 156.559 113.970 -27,20% 0,19%
Cascos 70.268 14.450 5.304 -63,29% 0,01%
Total 45.630.695 51.346.085 60.566.027 17,96% 100,00%
Evoluo Histricados Prmios Arrecadados
2
40 PROPOSTASDOMERCADOSEGURADORBRASILEIRO
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Tambm foi signicativo o crescimento do Seguro Rural, cujos prmios atin-
giram o montante de R$ 2,3 bilhes, com crescimento de 55,1% sobre 2012. Outrodestaque foi o Seguro Habitacional, que registrou crescimento de 23,6% em 2013,
com os prmios alcanando R$ 2,2 bilhes contra R$ 1,7 bilho no ano anterior.
Entre os principais destaques das atividades do setor, por sua caracters-
tica de estar voltado para o cotidiano das pessoas e das famlias, cabe destacar
alguns dados do ramo de Automveis, onde cerca de 17 milhes de veculos esto
cobertos por seguros, o que equivale a 29% da frota de veculos em circulao
nacional, tendo sido pagas R$ 16 bilhes de indenizaes, em cerca de 3,6 milhes
de sinistros em 2013.
Tambm deve ser ressaltado que os repasses da parcela do prmio do Seguro
DPVAT ao Fundo Nacional de Sade, para atendimento s vtimas de acidentes detrnsito na rede hospitalar do SUS, e ao DENATRAN, para campanhas de educao e
segurana de trnsito: foram, respectivamente, de R$ 3,6 bilhes e R$ 402 milhes.
Automveis17
milhesveculos cobertos
Repasse aoDENATRAN
R$402milhes
para campanhasde educao e
segurana de trnsito
Repasse
ao SUSR$3,6bilhespara rede hospitalar
R$16 3,6bilhes milhesde indenizaes de sinistros
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Tendncias eDesafios
Considerando a diversidade dos ramos do segmento de Seguros Gerais,
para anlise das tendncias e desaos, se concentrar em alguns dos
produtos que por suas caracterstica e importncia no montante de
prmios emitidos merecem maior ateno neste trabalho.
No ramo dos Seguros de Automveis, continua em expanso a
oferta de servios atrelados aos seguros de forma a delizar os clientes
e atrair novos segurados. Assim, as empresas ampliaram a gama de
benefcios, oferecidos ao longo dos anos, alm de segment-los de
acordo com as necessidades de seus segurados. Alm da Assistncia
24 horas, com disponibilidade de guinchos e assistncia mecnica e
eltrica, as empresas vm oferecendo servios para a casa dos clientes.
Essa medida aproximou as empresas de seus clientes, que antes s
acionavam o seguro em caso de problemas nos veculos.
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Neste mesmo segmento, importante assinalar a parceria da FenSeg com
o Observatrio Nacional de Segurana Viria, entidade cujo objetivo, por meio
de estudos e pesquisas, promover subsdios tcnicos para o desenvolvimento
seguro do transito em prol da sociedade. No Brasil, de acordo com dados da
Seguradora Lder DPVAT, em 2013, comparando-se com o ano anterior, foi regis-
trada uma queda de 10% no nmero de indenizaes pagas por mortes no trn-
sito. Entretanto os dados levantados pelo Observatrio indicam que houve
um aumento de 26% no nmero de indenizaes pagas por invalidez perma-
nente. Os estudos mostram que a queda no nmero de mortos reexo da
reduo da velocidade das vias urbanas, seja pelo aumento da frota circulante
ou ao do poder pblico alterando o limite de velocidade mxima da via.
A importncia dos Seguros Patrimoniais e de Responsabilidade Civil
pode ser avaliada por ocasio da tragdia da Boate Kiss, em 27 de janeiro de
2013, que vitimou centenas de jovens e chamou a ateno das autoridades evi-
denciando a necessidade de criao de regras rgidas de preveno e combate
a incndios consideradas muito importantes para que tais fatos no se repitam
no futuro.
Na oportunidade da ocorrncia do evento, diversos organismos pblicos
e privados se manifestaram e foi editada, em 21 de maro de 2013, Portaria pela
SENASP (ligada ao MJ) instituindo o Grupo de trabalho com objetivo de propor
minuta de Cdigo Nacional de Segurana contra incndio e pnico. O mencio-
nado GT se reuniu por duas oportunidades, mas o assunto no prosperou.
Uma importante variao do Seguro Prestamista o Seguro Habitacional.
Esse seguro, em essncia, consiste em um Seguro Prestamista vinculado a
nanciamento imobilirio, reunindo as mesmas coberturas de morte e de inva-
lidez, agregadas, contudo, a cobertura de danos ao imvel, e podendo, ainda,
Outro produto fundamental para o desenvolvimento
econmico e social o Seguro Rural, que apresentou
em 2013 a maior taxa de crescimento do setor,
com 55,2%.Cerca de 25% do PIB composto pelo
agronegcio, com cerca de 30% do emprego se
associando de alguma maneira ao setor.
44 PROPOSTASDOMERCADOSEGURADORBRASILEIRO
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contemplar outras, de contratao facultativa, como a cobertura de perda de
renda. O crescimento deste ramo de seguro 23,6% em 2013 , temacompanhado a expanso do crdito para habitao nos ltimos anos. Sua
adoo se d por fora de imposio legal, tendo como nalidade reduzir osjuros cobrados dos muturios nos nanciamentos imobilirios, na medida em
que garante a quitao ou a continuidade da amortizao da dvida, no caso de
ocorrncia de algum dos infortnios cobertos.
Outro produto fundamental para o desenvolvimento econmico e
social o Seguro Rural, que apresentou em 2013 a maior taxa de crescimento
do setor, com 55,2%. O agronegcio brasileiro o maior setor econ-mico do Pas, se considerado em todas as suas dimenses (produo, setor de
consumo, processamento e distribuio). Cerca de 25%do PIB compostopelo agronegcio, com cerca de 30%do emprego se associando de alguma
maneira ao setor.Recente estudo abrangente sobre a importncia deste tipo de seguro
para o desenvolvimento da agricultura brasileira ressalta que, sendo o setor
constantemente acometido por diferentes elementos de risco climticos,
biolgicos, de variao de preos ( inclusive do cmbio ) o Seguro Rural,
ainda pouco desenvolvido no Brasil, fundamental para mitigar esses riscos.
O estudo demonstra que o Seguro Rural deve ser visto como um investimento
social, servindo para atenuar os efeitos multiplicadores dos problemas decor-
rentes dos riscos da atividade agrcola sobre a renda e emprego do setor, com
impactos signicativos sobre muitas regies e cidades do interior do Pas.
Ao analisar os sistemas de Seguro Rural em outros pases, o estudo con-
clui que as falhas do mercado na agricultura justicam a interveno pblica,
complementando a atuao das empresas seguradoras. Isto se d na medida
em que na agricultura existe o fenmeno da catstrofe, que um importante
inibidor da criao de uma carteira ampla de seguro. Em todos os pases que
possuem Seguro Agrcola em larga escala, o Estado tem sido um ator funda-
mental na construo do modelo, como apoiador e indutor do desenvolvi-
mento do mercado.
Um obstculo ao desenvolvimento do Seguro Rural no Brasil a ope-
racionalizao do Programa de Subveno ao Prmio do Seguro Rural PSR.
Atualmente, as seguradoras vm enfrentando enormes diculdades para o
recebimento das parcelas dos prmios de seguros relativas parte do Governo
Federal nas operaes de seguros includas em tal programa. Nos anos de
2011 a 2014, o Governo Federal liberou parte dos recursos no incio do ano
e outra parte no nal daqueles exerccios, o que prejudicou o resultado nan-
ceiro das seguradoras devido ao pagamento de resseguro e de sinistros, sem a
contrapartida no recebimento tempestivo e integral dos prmios das aplices
emitidas pelo mercado segurador. Com relao a 2104 a questo ainda mais
grave tendo em vista que o Ministrio do Planejamento no distribuiu o crdito
adicional aprovado por lei e sancionado pela Presidente da Repblica.
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Proposies
Apesar do signicativo crescimento do setor de Seguros Gerais nos
ltimos anos, respondendo s demandas do mercado, inclusive via
oferta de novos produtos, ampliando a proteo dos clientes, um dos
fatores que impedem o maior desenvolvimento do setor a questo
tributria. Assim, as proposies a seguir apresentadas procuram
demonstrar como se poderia melhorar a estrutura tributria do setor,
permitindo seu maior desenvolvimento.
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MICROSSEGU ROS
Trata-se de facilitar e ampliar o acesso aos produtos de
Microsseguro para coberturas de danos, permitindo a comer-cializao pelos mesmos canais adotados pelo mercado
nanceiro, e concedendo iseno em relao ao Imposto sobre Operaes de
Crdito, Cmbio e Seguros IOF, assim como outros benefcios tributrios o
que no caracterizar renncia de receita scal, j que os microsseguros ainda
no se consagraram como objeto de tributao, e o seu desenvolvimento permi-
tir a arrecadao por outros meios.
SUBVENO AO PRMIO DO SEGURO RURAL
A necessidade de previsibilidade no Programa de Subveno
ao Prmio do Seguro Rural fundamental para que seja resta-
belecida a credibilidade do programa. O atraso no pagamento
das subvenes s seguradoras provoca acentuado desequilbrio no uxo de caixa
desses agentes que so obrigados a efetuar o pagamento dos prmios de resse-
guro e, muitas vezes, de indenizaes por sinistros ocorridos antes do recebimento
desta signicativa parcela do prmio do seguro rural.
A concesso da subveno diretamente aos produtores rurais de forma
a que eles com os crditos concedidos possam buscar no mercado o produto
que melhor atenda suas necessidades de cobertura e preo promover salutar
concorrncia no mercado.
SEGU RO DE AU TOMVEL
Considerando que at trs anos atrs a FenSeg participava
da Cmara Temtica de Assuntos Veiculares e da Cmara
Temtica de Esforo Legal, ambas do Conselho Nacional de
Trnsito CONTRAN, de suma importncia para o setor retomar esses assentos.
O ramo de seguro de automvel, com mais de 17 milhes de itens segurados
ao ano, possui ampla experincia que pode ser compartilhada com os demais
representantes das Cmaras, na busca de solues para melhoria da segurana
dos veculos, na adoo de medidas de preveno ao roubo e furto de veculos,
na discusso de normativos que reduzam os riscos ambientais, entre outros
temas de relevncia para o setor automotivo.
FENSEG| FEDERAONACIONALDESEGUROSGERAIS 47
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CRIAO DO CDIGO NACIONAL DE SEGURANACONTRA INCNDIO E PNICOConforme mencionado anteriormente, embora tenha sido institudo
no mbito da SENASP o Grupo de Trabalho para estudar o tema, essetrabalho no foi concludo. Por esse motivo, sugerimos que seja reto-
mado o projeto em virtude de sua grande relevncia e do fato do Brasil no ter um
Cdigo Nacional que obrigue, de forma estruturada, a adoo de sistemas de segurana
compatveis com as diversas atividades desenvolvidas no pas.
BASE DE C LCU LO DO P IS /COF INS
Trata-se do parecer Susep / DECON / GEACO / DIMES n 32 / 09, que trata
da receita bruta das sociedades e discorre sobre as parcelas que com-
pem as receitas operacionais. Entende-se que a receita nanceira dasaplicaes dos ativos, por no ser receita operacional no est compreendida no conceito
de arrecadao. Assim h necessidade, por parte da Secretaria da Receita Federal SRF, de
um entendimento correto quanto a base de calculo do PIS / Cons.
Como a resposta inicialmente apresentada pela Susep , s.m.j., imprecisa e est sendo
utilizada pela SRF como uma das justicativas para a autuao das empresas do setor.
Assim, prope-se rever o citado parecer e obter o reconhecimento por parte da SRF
quanto aos argumentos apresentados ou que o mercado segurador seja isento desses tributos.
DESONERAO TR IBU TR IA IOF
Trata-se da iseno ou reduo do Imposto sobre Operaes
Financeiras IOF nos seguros populares.
Nos prximos anos, continuar sendo observada uma continuidade da
mudana estrutural da renda na sociedade brasileira, com um signicativo crescimento da
populao nas faixas de renda mdia. Entretanto ainda restaro parcelas importantes da
populao nas faixas de renda mais baixa, que no tem acesso proteo de seguros.
Assim, prope-se a apresentao de legislao que trate desta questo.
DESONERAO TRIBUTRIA PIS/COFINS CORRETOR DE SEGUROS
Trata-se da deduo da base de calculo do PIS/Cons das comisses
pagas aos corretores de seguros.
Atuam na cadeia produtiva do setor mais de 82 mil corretores de seguros, como pessoas
fsicas e jurdicas, responsveis pelo atendimento direto queles que buscam a proteo
oferecida pelos inmeros produtos fornecidos pelo setor. O valor a comisso includa
no prmio de seguro repassada integralmente para o corretor. No sendo, portanto,
recurso disponvel para a seguradora.
Assim, prope-se a apresentao de medidas que tratem desta questo.
IOF
48
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49FENSEG| FEDERAONACIONALDESEGUROSGERAIS
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3FenaPrevi
Federao Nacional dePrevidncia Privada e Vida
A FENAPREVI UMA ASSOCIAO CIVIL sem fins lucrativos, que congrega e representa as
empresas e entidades integrantes dos segmentos de Previdncia Privada e de Seguro de
Vida que atuam no territrio nacional, alm de instituies similares ou congneres que
atuem no mbito regional ou nacional.
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ImportnciaSocial e Econmica
No curso de suas vidas as pessoas esto sujeitas a uma srie de
infortnios, podendo-se destacar como mais relevantes : a morte,
as consequncias de um acidente pessoal, a enfermidade grave,
a perda do emprego ou o impedimento de exercer a atividade,
a invalidez permanente ou temporria, os riscos de enfrentar a
velhice em condies nanceiras desfavorveis em relao quelas
usufrudas durante o perodo laboral, entre outros.
Sistemas pblicos universais de seguridade, previdncia
e assistncia social oferecem proteo para essas e para outras
situaes, mas, em condies que nem sempre suprem as reais
necessidades dos indivduos, em razo de limitaes impostas pelos
programas governamentais, em especial no tocante percepo de
valores nanceiros.
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COBERTURASDE RISCOSEGUROS DE
PESSOASINVALIDEZMORTE
ACIDENTESPESSOAISPRESTAMISTAVIAGEMEDUCACIONALFUNERAL
PREVIDNCIACOMPLEMENTAR
FENAPREVI| FEDERAONACIONALDEPREVIDNCIAPRIVADAEVIDA 53
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So, nesse cenrio, regulamentadas, e prosperam, as modalidades pri-
vadas de preveno contra os impactos nanceiros negativos relacionados aoenfrentamento desses infortnios, ou seja, programas de adeso voluntria
voltados ao atendimento das necessidades das pessoas de proteo adicional
para si ou para terceiros ( benecirios ) em relao s inexorveis consequncias
desses infortnios. Tais modalidades de proteo so, constitudas e operacio-
nalizadas, nos segmentos de seguros de pessoas e de planos abertos de carter
previdencirio, privados.
Esses seguros e planos so operados por sociedades seguradoras espe-
cializadas em coberturas de pessoas e por entidades abertas de previdncia
complementar, autorizadas a funcionar no pas, das quais 61 e 14, respectiva-
mente, so Associadas Efetivas da Federao Nacional de Previdncia Privada eVida - FenaPrevi.
As operaes das entidades associadas efetivas da FenaPrevi englobam, em
termos de coberturas oferecidas populao, dois grandes grupos, a saber:
as coberturas de risco, visando proteo contra vrios infortnios, entre
eles: a morte, a invalidez, a perda de renda, o desemprego, etc ; e
as coberturas por sobrevivncia, com o objetivo de acumular poupanas,
visando realizar projetos futuros, o principal deles a complementao do
valor do benefcio de aposentadoria proporcionado pela previdncia social.
As coberturas de risco so oferecidas, tanto atravs de seguros de pessoas,
em suas diversas modalidades ( morte, invalidez, acidentes pessoais, prestamista,
viagem, educacional, funeral, etc ), como atravs de planos abertos de benefcios
de previdncia complementar, neste caso, apenas para os riscos de morte e inva-
lidez, com pagamento do benefcio sob a forma de renda ( penso por morte ou
invalidez ), ou sob a forma de pagamento nico ( peclio por morte ou invalidez ).
De observar que, por se destinarem proteo econmico-social das pes-
soas, visando proporcionar-lhes, ou aos seus benecirios, garantias nanceiras na
hiptese de ocorrncia de infortnios, os planos de seguros de pessoas e de bene-
fcios de previdncia complementar aberta so tcnica e operacionalmente muito
assemelhados. Diferenciam-se, basicamente, em aspectos estruturais relacionados
segmentao dos respectivos produtos, em funo das nalidades mais diversi-
cadas dos primeiros e, sobretudo, em decorrncia do tratamento scal.
As coberturas por sobrevivncia so oferecidas atravs dos denominados
planos abertos de carter previdencirio, dentre os quais se destacam os das fam-
lias PGBL e VGBL, adicionalmente queles corriqueiramente conhecidos como
Tradicionais, no mais comercializados.
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Captao jan 14 fev 14 mar 14 abr 14 mai 14 jun 14 jul 14 TOTAL
Captao Bruta 3.979,90 4.561,62 5.633,08 6.472,11 8.241,29 7.188,45 5.505,40 41.581,85
Total de Resgates 3.651,26 3.965,61 3.071,87 3.373,00 3.447,11 2.909,84 3.518,06 23.936,74
Captao Lquida 328,64 596,01 2.561,21 3.099,11 4.794,18 4.278,61 1.987,34 17.645,11
OBS: PGBL: 10,25% VGBL: 88,54% Tradicionais: 1,21%
PoupanaAcumulada
Provises Matemticasde Benefcios a Conceder
jan 14 fev 14 mar 14 abr 14 mai 14 jun 14 jul 14 TOTAL
357.758,99 360.441,48 363.576,54 371.845,42 379.755,61 385.768,89 390.401,79 390.401,79
OBS: PGBL: 21,95% VGBL: 69,46% Tradicionais: 8,58%
Coberturas por Sobrevivncia3
Dados de 2014 | R$ milhes
Prmios eContribuies
jan 14 fev 14 mar 14 abr 14 mai 14 jun 14 jul 14 TOTAL
2.324,41 2.385,12 2.332,14 2.466,55 2.563,89 2.674,76 2.463,26 17.210,13
OBS: Peclios e Penses: 10,14% Vida: 39,15% Prestamista: 29,06% Acidentes Pessoais: 19,67%
Dotais Mistos+Puro: 5,08% Doenas Graves: 1,94% Auxlio Funeral: 1,19% Desemprego/Perda de Renda: 0,22% Viagem: 0,50% Educacional: 0,13% PCHV: 0,01% Eventos Aleatrios: 2,96% Microsseguros: 0,04%
Coberturas de Risco4
Dados de 2014 | R$ milhes
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Captao 2011 2012 2013
Captao Bruta 51.313,45 68.006,11 70.946,18
Total de Resgates 23.529,11 28.131,80 42.220,97
Captao Lquida 27.784,34 39.874,31 28.725,21
OBS: PGBL: 13,49% VGBL: 84,53% Tradicionais: 1,99%OBS: PGBL: 10,95% VGBL: 87,59% Tradicionais: 1,46%
OBS: PGBL: 11,10% VGBL: 87,64% Tradicionais: 1,26%
Poupana AcumuladaProvises Matemticas
de Benefcios a Conceder
2011 2012 2013
262.053,71 325.333,12 363.771,66
OBS: PGBL: 24,85% VGBL: 60,99% Tradicionais: 14,16%
OBS: PGBL: 23,10% VGBL: 64,37% Tradicionais: 12,52%
OBS: PGBL: 22,16% VGBL: 66,81% Tradicionais: 11,03%
Prmios e Contribuies
2011 2012 2013
21.375,77 24.315,67 28.633,08
OBS1: Peclios e Penses: 10,49% Vida: 45,03% Prestamista: 23,60% Acidentes Pessoais: 20,83% Dotais / Mistos+Puro: 4,61% Doenas Graves: 1,57% Auxlio Funeral: 0,86% Desemprego/Perda de Renda: 0,43% Viagem: 0,22% Educacional: 0,10% PCHV: 0,01% Eventos Aleatrios: 2,73%
OBS2: Peclios e Penses: 10,06% Vida: 42,09% Prestamista: 26,70% Acidentes Pessoais: 19,67% Dotais / Mistos+Puro: 5,17% Doenas Graves: 1,81% Auxlio Funeral: 0,79% Desemprego/Perda de Renda: 0,50% Viagem: 0,31% Educacional: 0,12% PCHV: 0,01% Eventos Aleatrios: 2,84%
OBS3
: Peclios e Penses: 9,71% Vida: 42,73% Prestamista: 27,49% Acidentes Pessoais: 18,59% Dotais / Mistos+Puro: 4,86% Doenas Graves: 1,71% Auxlio Funeral: 0,99% Desemprego/Perda de Renda: 0,28% Viagem: 0,37% Educacional: 0,12% PCHV: 0,01% Eventos Aleatrios: 2,83% Microsseguros: 0,03%
Evoluo nos ltimos anos
5
R$ milhes
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Tendnciase DesafiosPLANOS ABERTOS DECARTER PREVIDENCIR IO
1 The World Bank. Averting the Old Age Crisis: Policies to Protect the Old and Pro-mote Growth. Oxford University Press. 1994.
2 Citado no texto de Holzmann ( 2012 ): ( see Holzmann and Hinz 2005, Barr and Dia-mond 2008, and Orenstein 2011 )
TENDNCIAS
Os sistemas previdencirios de cada pas apresentam desenhos
bastante especcos, fruto de reformas e decises polticas tomadas
ao longo dos anos. Um importante estudo sobre os graves impactos
das mudanas demogrcas sobre os sistemas de proteo aos
idosos, elaborado em 1994 pelo Banco Mundial1, props um sistema
previdencirio com mltiplos pilares. Estas propostas vm sendo
atualizadas, mas continuam a apresentar mltiplos pilares e a indicar
efeitos positivos da previdncia complementar de carter privado2.
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Os Pilares Previdencirios6
importante, portanto, entender o que seriam os trs pilares previ-
dencirios, como foi discutido inicialmente pelo Banco Mundial em 1994.
Neste desenho, o primeiro pilar engloba a previdncia social de origem
pblica, tambm chamada de pay-as-you-go. J o segundo pilar caracteri-
za-se por contas individuais de aposentadoria, com contribuies compulso-
riamente institudas pelos governos. O terceiro pilar, por m, caracterizado
pelos planos de participao voluntria. Os dois ltimos pilares tm tanto
planos coletivos, aqueles vinculados a uma determinada pessoa jurdica,quanto planos individuais.
Primeiro PilarCompulsrio
Gesto Pblica
Segundo PilarCompulsrio
Gesto Privada
Terceiro PilarVoluntrio
Objetivos Redistribuio Poupana Poupana
Forma
Penso Mnima,
Fixa ou de
Benefcio Denido
Planos Pessoais
ou Ocupacionais
CORPORATIVOS
Planos Pessoais
ou Ocupacionais
CORPORATIVOS
FinanciamentoImpostos
Pay as You Go
Contribuies
Obrigatrias, Totalmente
Financiado
Voluntrio,
Totalmente
Financiado
1 2 3
FENAPREVI| FEDERAONACIONALDEPREVIDNCIAPRIVADAEVIDA 59
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3 Dados obtidos no relatrio OECD Global Pension Statistics
De acordo com a estrutura proposta pelo Banco Mundial, cada pilar
atenderia a um objetivo especco. O primeiro pilar, estruturado em regime de
mutualismo, teria carter redistributivo, ou social, principalmente para a pro-
teo de pessoas de rendas mais baixas. O segundo e terceiro pilares teriamum carter contributivo, em vez de redistributivo, promovendo uma espcie
de autoproteo para os indivduos.
O modelo previdencirio brasileiro tem suas peculiaridades. Divide-se
em Regime Geral de Previdncia Social, Regime Prprio de Previdncia Social
( para servidores pblicos ) e Previdncia Privada Complementar, aberta ou
fechada e, mais recentemente, tendo sido criado no mbito desta ltima, o
regime de previdncia complementar, facultativo, para os servidores pblicos
titulares de cargo efetivo.
Comparando com a metodologia do Banco Mundial, a previdncia
complementar, que no Brasil envolve planos individuais e coletivos, se encai-xaria no terceiro pilar, devido ao fato de a participao ser voluntria.
Com estas diferentes classicaes em mente, podemos analisar espe-
cicamente a participao da previdncia complementar em cada pas. Neste
sentido, a OCDE disponibiliza estimativas sobre os ativos destas entidades
privadas em seu banco de dados3e, ao agregar o que seriam os segundo e
terceiro pilares, classica trs tipos de mercado.
Grupo de pases com mercados maduros, onde as taxas de cresci-
mento so baixas e os ativos alcanam valores maiores do que 20%
do PIB. Entre estes esto EUA, Reino Unido, Japo, Austrlia e Chile.
Grupo de pases com os mercados de crescimento lento, que inclui
Frana, Noruega, ustria e outros.
Grupo de pases com maior crescimento que inclui, entre outros,
Mxico, Polnia, Repblica Tcheca, Itlia e Alemanha.
importante notar que, dentre os trs grupos, no h homogenei-
dade em relao aos modelos de previdncia complementar adotados.
No primeiro grupo, por exemplo, esto tanto EUA, Reino Unido, e Japo, nos
quais os planos voluntrios tm maior relevncia, como tambm Austrlia e
Chile, nos quais os planos compulsrios so predominantes. J no terceiro
grupo, tambm como exemplo, temos a Polnia, que implantou uma reforma
estrutural com a criao de um pilar compulsrio de previdncia privada, ao
lado da Alemanha, onde os planos Riester, voluntrios, so mais relevantes
entre os pilares de previdncia privada.
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Mercados de PrevidnciaPrivada Complementar
7
2001 2002 2003
Mercados Maduros Crescimento Lento Crescimento Rpido
2004 20072005 2006 2008 2009 2010 2011
80%8%
50%2%
55%3%
60%4%
65%5%
70%6%
75%7%
% Ativos/PIB
61FENAPREVI| FEDERAONACIONALDEPREVIDNCIAPRIVADAEVIDA
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Previdncia PrivadaComplementar
8
Ativos em Relao ao PIB
No grco mostrado na Figura 8 os dados de 2011 para os ativos sob
a previdncia privada em alguns pases selecionados, extrados tambm da
base da OCDE. Nestes nmeros esto includos os planos coletivos e indi-
viduais, voluntrios ou compulsrios, desde que privados. Abordando, por-tanto, todos os tipos de previdncia privada, vemos que o Brasil encontra-se
prximo aos pases membros da OCDE cujos mercados, neste segmento,
apresentam crescimento mais forte.
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
Mdia OCDE
Mdia ex-OCDE
62 PROPOSTASDOMERCADOSEGURADORBRASILEIRO
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A E X P E R I N C I A I N T E R N A C I O N A LO desenvolvimento da previdncia voluntria, ou seja, do terceiro pilar previden-
cirio, tem papel relevante para reposio do poder de compra das pessoas, na medida em
que os sistemas pay-as-you-godicilmente promoveriam uma aposentadoria sucientepara evitar uma queda no padro de vida, principalmente para os indivduos de classes
sociais mais altas.
DESAFIOS
Os dilemas demogrcos impem um desao scal aos governos, sobretudo em relao
ao desenho dos sistemas previdencirios. Por isso, importante analisar a experincia de dife-
rentes pases com modelos variados de previdncia e seguridade social.
Em geral, o que se busca aumentar a cobertura previdenciria da populao e evitar
uma deteriorao das contas pblicas. A previdncia complementar surge neste contexto
como uma oportunidade de amenizar os custos scais esperados pelo envelhecimentopopulacional (o nus demogrco), alm de proporcionar uma maior segurana aos con-
sumidores, um ambiente mais condizente com a formao da poupana de longo prazo,
com o crescimento dos investimentos e com o desenvolvimento do mercado de capitais.
O Brasil ainda tem muito espao para desfrutar dessas benesses desde que incenti-
vada a expanso da previdncia privada complementar.
SEGUROS DE PESSOAS
TENDNCIAS
H no Brasil uma grande discusso sobre o tamanho potencial do segmento de
seguros de pessoas, seu desenvolvimento e suas perspectivas para o futuro, sendo per-
manentemente discutidas as oportunidades para seu crescimento, especialmente atravs
da criao e diversicao de produtos adequados aos diversos pers des consumidores.
Nos ltimos anos, dois fatores parecem estar inuenciando o segmento de seguros
de pessoas: o bnus demogrco porque passa o pas e a ascenso social e econmica de
pessoas de menor renda.
DESAFIOS
Quanto demanda, dois fatores so importantes, gerando desaos para o segmento
de seguros de pessoas. De um lado, h a questo demogrca, onde a reduo do bnus
demogrco, com o consequente aumento da expectativa de vida e a mudana no perl
da pirmide etria, trazem preocupaes.
Outro fator importante, neste contexto, o aumento da disponibilidade e pene-
trao do crdito, com reexos positivos no crescimento do consumo, propiciando simul-
tneo e idntico movimento nos seguros de pessoas, especialmente aqueles voltados a
garantir o pagamento de saldos devedores de dvidas, no caso de ocorrncia de eventos
cobertos pelo seguro, entre eles, a morte, a invalidez, o desemprego, a perda de renda, etc.
e a cobrir os infortnios passveis de ocorrerem em viagens (seguro viagem).
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Proposies
As propostas apresentadas a seguir, procuram demonstrar como
propiciar maior desenvolvimento pela melhoria de aspectos tributrios
relacionados e alterao de alguns aspectos da regulamentao,
particularmente no tocante aplicao dos recursos de provises
e reservas tcnicas em ativos garantidores, como exigido por lei.
Alm disso, tambm, so indicadas medidas necessrias ao aten-
dimento de demandas do mercado, relativamente estruturao e
comercializao de novos produtos.
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REGRAS DE ALONGAMENTODOS PRAZOS DE AT IVOSA resoluo CMN 3308/2005, foi recentemente alterada para
estabelecer limites mnimos para os prazos mdios remanes-
cente e de repactuao das carteiras de ttulos de renda xa
dos fundos de investimentos especialmente constitudos, destinados, exclusiva-
mente, a receberem recursos dos produtos de carter previdencirio com cober-
tura por sobrevivncia.
Tal exigncia j inuenciou recentemente, e de forma negativa, o compor-
tamento dos titulares desses planos e sua continuidade pode ter impacto rele-vante como redutora da poupana acumulada nos referidos produtos, merecendo
ser, urgentemente, revista.
PATR IMNIO DE A FETAOTrata-se de proposta com elevado impacto de proteo aos
consumidores, pois, na eventualidade de decretao de liqui-
dao extrajudicial ou falncia de uma entidade, eles tero
preferncia na realizao dos ativos garantidores das pro-
vises e reservas tcnicas que corporicam seus direitos em relao massa
liquidanda ou falidal. Trata-se, portanto, de medida com forte impacto socioeco-
nmico, devendo, ser regulamentada em carter prioritrio.
VGBL SA DETrata-se da regulamentao de plano de carter previdenci-
rio com benefcio tributrio ( iseno de imposto sobre ren-
dimentos obtidos ) quando os recursos acumulados na conta
individual do segurado forem destinados ao pagamento de
contraprestaes de planos e de prmios de seguros sade,
sem trnsito dos recursos pelo titular do plano.
U N I V E R S A L L I F ETrata-se da regulamentao de seguros de pessoas, asseme-
lhados a produtos comercializados no exterior, destinados a
atender uma parcela da populao no satisfatoriamente aten-
dida pelos modalidades atualmente comercializadas no pas.
VGBL
Pa
tr
im
ni
odeA
feta
o
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DESONERAO TR IBU TR IA IOF
Trata-se da iseno ou reduo do Imposto sobreOperaes Financeiras IOF incidente sobre os prmios
pagos para custeio das coberturas de risco nos seguros
de pessoas, de modo a ampliar o acesso proteo a um
maior nmero de pessoas. Assim, propem-se a apresentao de legislao
que trate desta questo.
BASE DE CLCU LO DO P IS /COF INSTrata-se do parecer Susep / DECON / GEACO / DIMES n. 32 / 09
que trata da receita bruta das sociedades seguradoras ediscorre sobre as parcelas que compem suas receitas
operacionais. Entende-se que no deva estar a receita
nanceira das aplicaes dos ativos, por no ser operacional, compreendida
no conceito de arrecadao.
DESONERAO TR IBU TR IA P IS / COF INS CORRETOR DE SEGU ROSTrata-se da deduo da base de clculo do Pis / Cons das
comisses pagas aos corretores de seguros.
Atuam na cadeia produtiva do setor de seguros mais de
82 mil corretores, como pessoas fsicas e jurdicas, responsveis pelo atendi-
mento direto queles que buscam a proteo oferecida pelos inmeros pro-
dutos fornecidos pelo setor. O valor da comisso includa no prmio de seguro
repassada integralmente para o corretor. No sendo, portanto, recurso dis-
ponvel para a sociedade seguradora.
MICROSSEGU ROSTrata-se de facilitar e ampliar o acesso aos produtos de
Microsseguro para coberturas de pessoas, permitindo
a comercializao pelos mesmos canais adotados pelo
mercado nanceiro, e concedendo iseno em relao ao
Imposto sobre Operaes de Crdito, Cmbio e Seguros IOF, assim como
outros benefcios tributrios o que no caracterizar renncia de receita
scal, j que os microsseguros ainda no se consagraram como objeto de tri-
butao, e o seu desenvolvimento permitir a arrecadao por outros meios.
IOF
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4FenaSade
Federao Nacionalde Sade Suplementar
A FENASADE, ENTIDADE DE REPRESENTAO das operadoras de planos e seguros da Sade
Suplementar, rene grupos empresariais que representam 37% dos beneficirios deste
segmento. Entre outras tarefas, cabe FenaSade desenvolver atividades especficas do
segmento, defender a estabilizao do marco regulatrio da Sade Suplementar estabelecido
essencialmente pela Agncia Nacional de Sade Suplementar ANS, incentivar discusses
sobre os desafios do setor e apontar solues efetivas para a expanso do mercado.
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ImportnciaEconmica e Social
O mercado de Sade Suplementar no Brasil, em 2013, era composto
por 1.258 operadoras, incluindo empresas de medicina de grupo,
cooperativas mdicas, seguradoras especializadas, planos de autogesto,
lantrpicas, odontologia em grupo, cooperativas odontolgicas.
Este conjunto de organizaes atendeu cerca de 71 milhes de
benecirios, o que signica 35% da populao brasileira. Nos ltimos
anos, com o crescimento da renda e a maior formalizao do emprego
houve um acentuado crescimento nos benecirios de planos de
Sade Suplementar.
Os gastos totais com sade no Brasil alcanam praticamente 9%
do PIB, sendo 3,7% do setor pblico e 5,3% de responsabilidade do setor
privado, na forma de contraprestaes dos Planos e Seguros de Sade,
medicamentos e despesas pagas diretamente pelos indivduos, quer
sejam atendidos no sistema pblico, quer no sistema privado.
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1.258 OPERADORAS71 MILHES DE
BENEFICIRIOS35%DA POPULAOBRASILEIRA
GASTOS TOTAISCOM SADE9%DO PIB
3,7%DO SETORPBLICO5,3%DO SETOR
PRIVADO
FENASADE| FEDERAONACIONALDESADESUPLEMENTAR 71
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A sade, bem fundamental da sociedade, vem passandonos ltimos anos, em todo o mundo, por um processo dequatro transiesacentuadas, implicando em custos maiselevados para todos. O desafio saber como lidar com essas
quatro transformaes que pressionam a capacidadede atendimento dos sistemas de sade pblico e privado.
medida em que os pases vo se desenvolvendo, verica-se a mudana de patamarde doenas agudas, epidemiolgicas para doenas crnicas.
Alterao da estrutura
etria da populao, reetindo
na diminuio do bnus
demogrco.
transio epidemiolgica
transio
demogrfica
2
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O aumento signicativo
da expectativa de vida da
populao agregado
aos efeitos da transio
demogrca.
Intensas inovaes na rea de sade, onde as novas drogas e dispositivos
mdicos de elevado custo tem aumentado expressivamente sua participao
na estrutura de custos dos tratamentos.
transio
etria
transio tecnolgica
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No mercado de Sade Suplementar, umaimportante caracterstica histrica a alta taxade sinistralidade razo entre as despesasassistenciais e as receitas em torno de 80 %,dependendo da modalidade de operao.
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O setor tem alta relevncia econmica e social. De acordo com dados da
Confederao Nacional da Sade o setor gera 3,6 milhes de empregos diretos e
5 milhes indiretos ; fomenta o desenvolvimento da indstria fornecedora deequipamentos , dispositivos , materiais e medicamentos , tem relevncia no balano de
pagamentos, tem potencial para desenvolver uma indstria que supra o mercado interno
e alcanar alta participao nos mercados de exportaes.
A FenaSade representa um conjunto de 31 operadoras lderes em qualidade
no mercado de Sade Suplementar. Dentro de 17 grupos associados, 13 so segura-
doras, 12 medicinas de grupo e 6 odontologias de grupo. Em 2013, as associadas da
FenaSade tinham 27 milhes de Planos e Seguros Sade, tendo realizado mais de
366 milhes de consultas mdicas, exames, terapias, atendimentos ambulatoriais e
internaes, com um crescimento de 7,9 % em relao ao ano anterior, sendo crescente
o aumento.
Empregos 3,6milhesdiretos
5milhes
indiretos
Realizado366
milhesconsultas mdicas, exames,
terapias, atendimentos
ambulatoriais e internaes
Crescimento 7,9%em relao ao ano anterior
2013 27milhes
Planos e Seguros Sade
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Entre os principais impactos na economia da Sade Suplementar tem-se
o fomento ao desenvolvimento da assistncia sade no Brasil, nanciando
sua ampliao e modernizao. Mais de 90 % das receitas dos principais hospi-
tais do Pas, associados Associao Nacional de Hospitais Privados, proveemdos Planos de Sade. Portanto, diculdades nanceiras nas operadoras afetaro
quase de imediato os hospitais privados.
A atualizao tecnolgica dos hospitais e a disponibilidade de leitos e
equipamentos de alta complexidade so questes que impactam diretamente
a Sade Suplementar. Assim tambm a realizao de procedimentos de alta
complexidade mais prevalente na Sade Suplementar do que no SUS.
Os dados demonstram que as taxas per capita das internaes cirrgicas,
de cirurgias baritricas, de exames de ressonncia magntica e tomograa
PasRessonncia
nuclear magntica
por 1.000 hab.
Tomografiacomputadorizada
por 1.000 hab.
Consultas
per capita
Brasil
Sistema Pblico SUS - 2012 4,5 18,4 3,5
Sade Suplementar - 2012 90,4 95,4 5,6
FenaSade - 2013 134,6 134,7 5,2
Mdia OCDE
Alemanha - 2009 95,2 117,1 9,7
Austrlia - 2012 26,1 104,3 6,9
Canad - 2011 49,8 127,0 7,4
Estados Unidos - 2011 102,7 273,8 4,1
Frana - 2011 67,5 154,5 6,8
Reino Unido - 2010 41,4 77,5 5,0
Fontes: FenaSade - SIP/ANS - Extrado em 5/4/13 (2012) e 12/12/13 (2013). SUS - DATASUS - Extrado em 28/12/13. IBGE - Projeo da populao 2000-2060.Organisation for Economic Cooperation and Development (OECD) Health Data 2013.Notas:No inclui a populao beneciria de planos mdicos da Sade Suplementar. Valor de 2013 estimado para o ano. O valor no semestre foi de 67,3, 67,4 e 2,6 paraRNM, TC e consulta, respectivamente. Considerados todos benecirios de planos de assistncia mdica em junho de 2013. Os valores apurados para o Brasil nesta edioso diferentes daqueles apresentados na 4 edio em razo da atualizao do nmero de benecirios realizada pela ANS e da nova projeo da populao do IBGE.
Taxa de Ressonncia Nuclear Magntica,Tomografia computadorizada e Consultas
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Brasil e pases selecionados OCDE
PROPOSTASDOMERCADOSEGURADORBRASILEIRO76
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computadorizada so bem mais altas na Sade Suplementar do que no SUS
( Tabela 6 e 7 ). Isso tambm vale para procedimentos menos invasivos por
vdeo laparoscopia.
Tambm importante assinalar que os benecirios de Planos e Segurosde Sade arcam com o custo de suas mensalidades, mas continuam apor-
tando suas cotas de contribuies sociais que nanciam o SUS e, portanto no
abdicam de seu direito de a ele recorrer. Porm, como no haveria sentido em
custear Plano de Sade para, na necessidade, recorrer ao SUS, cada benecirio
de plano e seguro de sade ser uma pessoa a menos nas las de espera por
atendimento do sistema pblico. Como uma das formas de atender melhor a
quem depende exclusivamente do sistema publico ter menos dependentes,
o governo. Logo, deveria incentivar o desenvolvimento de Sade Suplementar.
Procedimentos Sade Suplementar SUS
Internao cirrgica 3.018.019 4.177.270
Cirurgia Baritrica 32.456 6.031
Taxas
Int cirrgica por 100 hab. 6,4 2,8
Cirurgia baritrica por1.000 hab. 4 0,93 0,06
Fontes:Mapa assistencial da sade suplementar/ANS 2013.Tabnet/ANS SUS - Datasus - Extrado em 13/3/13. IBGE - Projeo dapopulao do Brasil por sexo e idade para o perodo 1980-2050 - rev. 2008.Notas: No SUS consideradas as internaes do grupo 4 - procedimentos cirrgicos. A taxa de internao calculada pelonmero de procedimentos dividido pela mdia da populao brasileira menos os benecirios da sade suplementar vezes 100.
para o clculo das taxas foi considerada a mdia da populao e benecirios no perodo de 2012.4Taxa foi calculada pelo nmero de procedimentos dividido pela mdia da populao brasileira menos os benecirios da sadesuplementar (maiores de 20 anos) vezes 1.000.
Procedimentos Selecionados daSade Suplementar e SUS
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2012
FENASADE| FEDERAONACIONALDESADESUPLEMENTAR 77
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Tendncias eDesafios
Como foi analisado anteriormente, com as quatro transies
epidemiolgica, demogrca, etria e tecnolgica por que passam
os sistemas de sade no mundo, as operadoras de Planos e Seguros de
Sade vm enfrentando uma escalada de crescimento das despesas per
capitade seus benecirios, que comprime as margens operacionais e
exige penosas negociaes de reajuste com contratantes. Essa escalada
de custos e reajustes encontra limites oramentrios ou de capacidade
de pagamento dos contratantes, seja pessoas fsicas ou famlias ou
mesmo empresas. Os nmeros a seguir mostram essa tendncia de
aumento de despesas.
CENRIO PREOCUPANTE PARAOS PRXIMOS ANOS
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Como se nota, as despesas assistenciais cresceram bem mais que as
receitas de contraprestaes e mais que as despesas totais. O esforo con-
tnuo de aperfeioamento da gesto obteve sucesso ao manter em ritmo
menor o crescimento das despesas com administrao, mas no suciente
para mudar a tendncia.
Parte do crescimento das despesas assistenciais se deve ao cresci-
mento do nmero de benecirios, de 27,9%, e parte devido inao geral
de preos, de 39,7% pelo IPCA. Essas duas variveis explicam 78,7 p.p. da
variao, restando um crescimento anual mdio per capitade 3% no perodo.
A Figura 9 mostra que enquanto o IPCA variou 61,1% entre 2004 e 2013,
o gasto mdio per capitados benecirios da Sade Suplementar cresceu
133,7%. Com isso, a despesa mdico-hospitalar per capita cresceu taxa
mdia anual de 4,2% em termos reais.
Fontes e usos 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 %
Receita 54,2 61,5 66,6 73,4 85,3 97,2 112,8 108,3
Despesa total 53,7 61,5 68,3 75,2 86,0 98,5 112,7 109,8
Resultado operacional 0,4 0,0 -1,7 -1,8 -0,7 -1,3 0,1 -
Despesa assistencial 41,7 48,4 54,1 60,0 68,9 79,9 91,6 119,6
Despesa com administrao2 11,0 12,1 13,0 13,9 15,5 16,7 18,8 70,2
Impostos 1,0 1,0 1,1 1,3 1,6 1,9 2,3 141,0
IPCA% - 5,9 4,3 5,9 6,5 5,8 5,9 39,7
Reajuste ANS - 5,5 6,8 6,7 7,7 7,9 9,0 52,3
Fontes:Documento de informaes peridicas das operadoras de planos de assistncia sade - DIOPS/ANS - 2013 - Extrado em 11/4/14. IBGE- Sistema Nacional dendices de Preos ao Consumidor - Extrado em 18/3/14. Agncia Nacional de Sade Suplementar - ANS - Disponvel em: http://www.ans.gov.br/index.php/planos-de-saude-e-operadoras/espaco-do-consumidor/270-historico-reajuste-variacao-custo-pessoa-sica. Boletim indicadores econmico-nanceiros e debenecirios - edio 4.
Notas:Variao en