codigo de etica - energio · 4 a energio nordeste energias renováveis s.a (energio), com sede no...

25
CÓDIGO AMBIENTAL

Upload: builiem

Post on 22-Nov-2018

221 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

CÓDIGO AMBIENTAL

PALAVRAS DO PRESIDENTE

CÓDIGO AMBIENTAL

Introdução Princípios e valores Normas gerais Normas específicas Selo de ética ambiental Normas técnico-ambientais Vigência e adesão

SUMÁRIO

........................................................ 9.......................................... 9

................................................ 10........................................ 11

................................. 12.......................... 12

.......................................... 24

.................................. 3

3

Palavras do Presidente

4

A ENERGIO Nordeste Energias Renováveis S.A (ENERGIO), com sede no Rio de Janeiro, tem como objetivo a exploração de atividades, tecnologias ou processos de geração de energia renovável na região nordeste do Brasil, bem como a participação no capital de outras sociedades ou consórcios que operam com o mesmo objetivo.

Tais objetivos são perseguidos através de atividades que sejam lucrativas e, ao mesmo tempo éticas e com respeito ao meio ambiente, balizadas pelo respeito aos Colaboradores, Agentes Envolvidos ou ”Stackholders“ (comunidades, usuários, clientes, fornecedores, instituições financeiras, acionistas, membros dos conselhos) em suas atividades e que garantam sua sustentabilidade com a produção de energia elétrica de origem eólica, limpa e renovável.

Destarte, os princípios seguidos pela ENERGIO, desde sua origem, com relação à ética e ao seu meio ambiente vêm sendo os que se seguem, já agora sistemati-zados sob a forma e conteúdo dos Códigos de Ética e de Conduta Ambiental.

5

nossos PrinCíPios

Consistem eles em integrar todos os nossos valores em uma conduta responsável em relação aos outros, individual e coletivamente, para confirmar e aperfeiçoar a nossa reputação.

A Ética nos negócios é fundamentada no respeito pelos outros – colegas colaboradores e Agentes Envolvidos, integrando os valores: profissionalismo, cooperação, espírito de equipe, criação de valor, credibilidade e confiança. Mais ainda, a Ética estrutura nosso senso de responsabilidade e comportamento cotidiano.

Além disso, a conduta ética comporta duas dimensões indissociáveis:

interna, que envolve as relações do •Colaborador com a Empresa, seus dirigentes e colegas, dando prova de sua lealdade na

execução da estratégia, uma vez encerrado o debate interno e tomadas as decisões;

externa, que envolve suas relações com •Agentes Envolvidos, o cumprimento das leis e regulamentações em vigor, principalmente os direitos humanos e, mais amplamente suas relações com as comunidades, nas quais operam, e onde têm obrigações de manter qualidade de serviços e reputação irrepreensível.

A expressão dos valores da ENERGIO e o respeito por seus Códigos de Ética e de Conduta Ambiental confirmam-se, sobretudo, pelo comportamento profissional de seus Colaboradorees, em qualquer circunstância. Para isso, todos que atuam em nome dela devem ter ciência de suas exigências normativas.

Considerações iniCiais

Em cada uma de nossas decisões devemos considerar o impacto direto e indireto das atividades sobre o meio ambiente natural e humano.

Estas atividades, ligadas à geração de energia, envolvem duas importantes repercussões por envolverem o meio ambiente, quais sejam:

i - poupar os recursos naturais; e

ii - restringir o impacto ambiental de suas atividades. Em outras palavras, otimizar extrações e emissões de modo a satisfazer suas necessidades sem comprometer a capacidade das futuras gerações de satisfazer as delas.

Respeitar o meio ambiente é pôr à disposição das comunidades, de forma sustentada, até mesmo das mais desprovidas de recursos, a água, a energia e o saneamento essenciais à vida. É permanecer atento à segurança de todos os “Agentes Envolvidos ou Stackholders” em suas atividades (colaboradores, comunidades privadas e governamentais, usuários, clientes, fornecedores, instituições financeiras, acionistas, membros dos conselhos) sem comprometer a rentabilidade da ENERGIO. Somente assim, estaremos nos comportando como atores econômicos responsáveis pelo desenvolvimento sustentável do meio ambiente compartilhado: a terra e aqueles que a habitam.

“resPeitar o meio ambiente é Pôr à disPosição das Comunidades, de Forma sustentada, a água, a energia e o saneamento essenCiais à vida.”

6

Dessa forma, a ENERGIO irá distribuir para si e suas controladas, estes Códigos de Ética e de Conduta Ambiental, a fim de que todos os Colaboradores sejam informados, de maneira simples, prática e concreta, sobre suas obrigações, especialmente aquelas que envolvem medidas e procedimentos aplicáveis em relação:

à confidencialidade das informações;•

às práticas comerciais;•

ao relacionamento interno;•

aos conflitos de interesse; e •

às práticas de condutas ambientais •

Assim, cada um deve ser responsável pela sua própria conduta profissional não devendo haver pretexto para a quebra dessas regras. Inclusive, nem mesmo a busca de melhor desempenho ou maior lucratividade deverá justificar eventuais desvios de conduta.

Além disso, todos os seus Colaboradores devem promover o ideal de igualdade e justiça, perseguindo e combatendo toda e qualquer forma de discriminação ou desrespeito à etnia, religião, idade, sexo, estado civil, opção sexual ou aparência.

o ProFissionalismo

A ENERGIO deve utilizar todas suas competências a serviço de melhoria constante do atendimento aos Colaboradores e Agentes Envolvidos. Esse profissionalismo é o exercício rigoroso de suas competências, demonstrando respeito pelo trabalho e orgulho do serviço bem feito, envolvendo:

a motivação que impulsiona ser melhor e apresentar o •melhor desempenho;

os meios para melhor atender às necessidades dos •Colaboradores e Agentes Envolvidos e que devem representar o centro de suas preocupações;

o foco constante no serviço que interagem com os •Colaboradores e Agentes Envolvidos, alavancando suas próprias competências para elaborar um atendimento inovador e melhor adaptado às necessidades do mercado.

7

o Conselho de administração da energio aprova os Códigos de ética e de Conduta ambiental e recomenda, enfaticamente, aos seus Colaboradorees, que cumpram, zelem pelo seu cumprimento, no âmbito de suas atribuições, e se sintam motivados e encorajem aos demais, a corrigir a sua não observância, indo muito mais além do que as posturas legais obrigam.

Com essa finalidade, será criada uma Comissão Permanente de ética e Conduta ambiental (CPeCa), composta por três membros podendo ser Colaboradores da energio ou das controladas, com a missão primeira de esclarecer dúvidas quanto ao entendimento, implementação e atualização deste Código.

são estes, portanto, os princípios que norteiam os Códigos de ética e Conduta ambiental da energio.

o esPírito de equiPe

A ENERGIO busca agregar as diversas motivações individuais, num empreendimento coletivo, em benefício de todos – a Empresa e de cada um dos indivíduos que a integram.

O espírito de parceria é obrigatório nas relações que mantém internamente a Empresa e seus Colaboradores. Tal objetivo, busca na equipe duas convicções paralelas:

os esforços de uma equipe serão sempre mais produtivos do que os de um •indivíduo; e

o sucesso da Empresa alimenta o sucesso individual.•

Em consequência, o espírito de equipe é uma atitude de cooperação que se baseia na constatação de que o isolamento é inimigo do bom desempenho.

A cooperação motiva e assegura a eficiência, envolve a partilha de conhecimento e de experiências, a transmissão de know-how e a abertura aos outros, visando enriquecê-los com nossas diferenças, individuais e culturais, e sempre orientada para a confiança, de modo a reforçar a posição da ENERGIO no cenário nacional.

O espírito de equipe, além disso, também é um fator de competição que suporta a vontade de vencer e se sustenta na convicção de que os verdadeiros concorrentes estão do lado de fora da Empresa.

“o esPírito de equiPe é uma atitude de CooPeração que se baseia na Constatação de que o isolamento é inimigo do bom desemPenho.”

8

Código de Conduta ambiental (CCa)

9

1. introduçãoNo atual cenário de degradação da nossa Biosfera e dos ecossistemas que a compõem, a nível mundial, torna-se oportuno e até necessário contribuir para o reconhecimento e conscientização quanto ao problema e para suas conseqüências - unanimidade quanto ao que acontece, mas não quando ocorrerá - o que certamente não diminui sua gravidade.

Pois é nesse ambiente que a ENERGIO se situa – utilizando energia limpa e renovável -, com a responsabilidade, até educativa, de propor e difundir preceitos de boa conduta ambiental e de desenvolvimento sustentável das empresas, em geral.

Daí a oportunidade deste Código de Conduta Ambiental (CCA), divulgando e endossando normas e comportamentos recomendáveis que contribuam para uma interação sadia e eficaz, a longo prazo, com nosso meio ambiente.

A Conduta Ambiental, certamente, não é simples meta ou objetivo a serem alcançados, ao contrário, é processo dinâmico de pesquisa e construção participativa dos Agentes Envolvidos1. Decerto, nossa esperança é que nossos Agentes Envolvidos colaborarão com o tijolo e argamassa que consolidarão, a longo prazo, esse muro a ser construído: uma sólida Conduta Ambiental, responsável, respeitada e efetivamente implantada.

1 Também muito utilizado o termo em inglês “Stackholder” (parte interessada ou interveniente), qualquer pessoa ou entidade que afeta ou é afetada pelas atividades de uma empresa. O termo aqui empregado de Agente Envolvido tem um sentido particular de colaboradores externos de qualquer natureza.

2 Colaboradores são os funcionários, diretores e membros do Conselho de Administração.

2. PrinCíPios e valores

2.1 PrinCíPios CrítiCos

Este Código tem como base uma série de conceitos e maneiras de ver e interpretar a realidade, que devem balizar nossas ações e comportamentos, constituindo-se em princípios a serem divulgados, seguidos e respeitados por nossos Agentes Envolvidos e Colaboradores2.

Nosso ambiente vem sendo prejudicado pelas diversas atividades do Homem, produtivas ou não, traduzindo-se numa série de fenômenos como o aquecimento global, a poluição dos solos, ar e águas, a produção de resíduos industriais, a desertificação e empobrecimento de vastas regiões, entre outras conseqüências negativas.

Uma mudança efetiva das atitudes, hábitos e comportamentos individuais, corporativos e comunitários poderá ter decidido impacto sobre essa realidade, traduzindo-se em interrupção da degradação ambiental e, inclusive, a longo prazo, numa recuperação do “status-quo” em níveis melhores e mais saudáveis.

A participação das empresas, em geral, e da ENERGIO em particular, poderá certamente agregar contribuição significativa a este processo, a partir da organização e estabelecimento de normas de conduta a serem seguidas pelos seus Colaboradores e Agentes Envolvidos, servindo de exemplo e de endosso às melhores práticas ecológicas;

10

2.2 Código de Conduta ambiental (CCa)

Tal mudança, no entanto, só se efetivará se, de fato, as pessoas envolvidas aceitarem e seguirem as normas apresentadas, dentro de um quadro organizado de planejamento e implementação efetiva de ações e do necessário controle e correção no que for recomendável.

Adotado e usado por nossos Colaboradores e Agentes Envolvidos temos a certeza que o presente Código poderá ser poderoso instrumento de trabalho e direcionamento operacional, além da consequente otimização dos recursos tangíveis e intangíveis da Empresa.

3. normas geraisAs recomendações deste Código devem ser entendidas e respeitadas como norma de comportamento a ser seguido, obedecido e implementado, transformando-o em programa efetivo de atuação e de ações ambientalmente corretas.

étiCa ambiental: um ProCesso

Tais normas, uma construção dinâmica e um processo em andamento, devem ser aperfeiçoadas e atualizadas permanentemente a partir das sugestões, avaliações e mesmo críticas encaminhadas ao Comissão Permanente de Ética e Conduta Ambiental (CPECA) para consideração e providências.

Os Colaboradores devem contribuir ao máximo para o bom posicionamento da ENERGIO, como líder de sua categoria quanto à preservação ambiental , envidando esforços para sermos até considerados padrão a ser admirado, respeitado e seguido.

3.1 imagem da emPresa

As atividades dos Colaboradores deverão criar, otimizar, ampliar e manter uma imagem positiva da ENERGIO quanto aos seus comportamentos ambientais, garantindo, assim, expectativa positiva dos diversos públicos com ela relacionados, inclusive com repercussões construtivas na sua área de relações institucionais.

Entendidos os Ecosistemas como conjuntos de componentes físicos e biológicos, interagindo entre si, a ENERGIO e seu Colaborador são especialmente responsáveis pelo equilíbrio dos mesmos e do seu entorno, na medida que suas ações, processos e atividades tragam consequências e mudanças para tal ambiente.

Será relevante, entre outros resultados, a preservação da biodiversidade dos locais de atuação da ENERGIO e, assim o Colaborador, entendido como um vetor importante desse objetivo, será especialmente responsável pela agressão consciente à mesma e considerado comportamento não ético com as consequências daí advindas.

De qualquer sorte, o presente Código não se entende como um substituto às disposições e sanções legais, que continuam sendo impositivas, mas como uma contribuição da ENERGIO à difusão das boas práticas de gerenciamento ambiental.

11

3.2 eduCação ambiental

Aceita-se, entretanto, que a construção de uma ética ambiental somente será possível, a longo prazo, por um processo educativo das pessoas envolvidas, através da divulgação e implementação de normas de conduta condizentes com tal objetivo.

4. normas esPeCíFiCas

4.1 o PaPel dos agentes envolvidos

No seu comportamento ambiental o Colaborador da ENERGIO deverá respeitar e seguir as estipulações da legislação e posturas ambientais em vigor, além dos melhores usos e costumes geralmente aceitos pelas comunidades onde atuam e que não prejudiquem o meio ambiente.

Os Colaboradors devem levar, imediatamente, ao conhecimento das Chefias ou à CPECA, qualquer ocorrência ou iniciativa de terceiro, que possa ou venha a causar dano ambiental na área de influência da ENERGIO.

A postura do item anterior inclui as iniciativas na área ambiental de Fornecedores de Bens e Serviços contratados e de outros públicos relacionados com a ENERGIO – os Agentes Envolvidos, cuja atuação inclusive, possa vir a afetar a sua imagem institucional, envolver obrigações e sanções legais ou provocar danos patrimoniais a ela ou ao meio ambiente.

Além dos danos ambientais o Colaborador deverá se preocupar, também, com a utilização eficiente dos recursos da ENERGIO postos a sua disposição, economizando energia, materiais, água e outras utilidades consumidas. Mais além, o Colaborador, como cidadão, deve, em sua vida privada, se preocupar com a economia dos recursos de forma a prestar um bom serviço à humanidade.

A preocupação com a utilização eficiente de recursos inclui, com certeza, perseguir os objetivos econômicos da empresa ou de sua função específica , a redução a um mínimo dos resíduos gerados e outras perdas ambientais causadas pelas operações de sua responsabilidade.

No seu dia a dia, deve o Colaborador priorizar, sempre, a redução do impacto ambiental de suas atividades, cuidando especialmente da preservação da biodiversidade, dos recursos hídricos, da poluição sonora e da qualidade do ar respirado.

Sempre que possível e desejável, o Colaborador deve estabelecer canais de comunicação entre as pessoas, interna e externamente, procurando dar melhor transparência às suas atividades – requisito importante da boa governança corporativa, desde que não representem quebra do necessário sigilo profissional.

O Colaborador procurará administrar, reduzindo, eliminando ou recuperando substâncias poluentes assim como o lixo industrial e individual acumulado.

As atividades de planejamento e estabelecimento de diretrizes para o transporte, armazenagem e distribuição de materiais serão desenvolvidas pelo setor responsável com vistas a soluções logísticas que, além de eficiente, sejam também eficazes no que diz respeito aos aspectos e repercussões ambientais.

Deve ser preocupação de todo Colaborador colaborar para reduzir o risco ambiental, assim como o estabelecimento de planos de contingência e segurança para administrar correta e rapidamente as eventuais emergências.

Todo Colaborador deve colaborar no respeito e preservação da identidade sócio-cultural das diversas comunidades e dos públicos afetados pelas atividades da ENERGIO.

É iniciativa relevante a de se propagar e difundir educativamente, nas áreas de sua atuação, os princípios e normas ecológicas de defesa do meio ambiente e especialmente os mencionados neste CCA.

O Colaborador deve zelar por sua própria reputação individual, social e profissional, especialmente a decorrente de comportamentos, ambientalmente pouco éticos que possam afetar a imagem da ENERGIO e demais Agentes Envolvidos.

12

3 Segundo a Wikipédia os atores bióticos referem-se a todos os efeitos causados pelos organismos em um ecosistema que condicionam as populações que o formam e os fatores antrópicos a ação do ser humano sobre o meio ambiente ou a natureza.

4.2 oFertas e ConCessões

É expressamente vedada a oferta ou concessão de qualquer vantagem, benefício ou tratamento diferenciado aos integrantes dos órgãos de administração pública ou não, envolvidos com a administração, controle e vigilância do meio ambiente.

O Colaborador deve recusar qualquer compromisso com terceiros que possam, em sua opinião, trazer danos diretos ou indiretos, a curto ou longo prazo ao meio ambiente, consultando, na dúvida, à CPECA.

5. o selo de étiCa ambientalCabe à CPECA a criação e implementação de um “Selo de Conduta Ambiental“, além de outras iniciativas de administração das normas ambientais mencionadas neste Código.

6. normas téCniCo-ambientais

6.1 relatório de imPaCto ambiental (rima)

Todos projetos da Energio deverão ser precedidos, conforme às exigências ou necessidades, de um Relatório Ambiental, seja RAS – Relatório Ambiental Simplificado seja Relatório de Impactos Ambientais, (RIMA) para a implantação de um Parque Eólico, seguindo as diretrizes de Termo de Referência Padrão das autoridades ambientais e atendimento a legislação ambiental.

Os Relatórios, conforme o caso e exigências, devem visar, sobretudo, o balizamento das ações referentes às fases de implantação e operação no sentido de atingir a exploração racional dos recursos naturais, permitindo o equilíbrio da atividade econômica com a qualidade ambiental da área a ser explorada e ainda atender aos condicionantes da licença ambiental.

Neste estudo devem ser levantados, analisados e avaliados os aspectos ambientais na sua mais ampla abrangência e feita à caracterização tanto do meio físico, biótico e antrópico3, dentro de um conjunto de parâmetros que se entrelaçam com o meio ambiente, para enfim, propor medidas mitigadoras e planos de controle e monitoramento ambiental, que garantam o equilíbrio entre a atividade e o meio ambiente.

“...todos Projetos da energio deverão ser PreCedidos de um relatório ambiental...”

13

6.2 atendimento às Posturas legais

Na esfera municipal devem ser obtidas previamente anuência da prefeitura solicitando a emissão de certificado que o empreendimento proposto está em conformidade com a legislação de uso e ocupação do solo do município.

A nível estadual deve-se solicitar à Secretaria Estadual do Meio Ambiente que conduz o licenciamento ambiental do empreendimento que o mesmo seja feito de acordo com as resoluções do CONAMA.

No âmbito federal o ENERGIO deve obter autorização da Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL para instalação do parque eólico e conferir para que o empreendimento seja adequado às regulações federais.

6.3 imPaCto ambiental

Para a justificativa do empreendimento a ENERGIO deve demonstrar o pequeno impacto ambiental dos parques eólicos justificando que:

não demandam qualquer tipo de combustível fóssil;•

que o combustivel – o vento - é limpo, renovável, não oneroso, abundante e que •sua utilização não afeta sua qualidade, nem sua quantidade;

podem ser implementados em curtos espaços de tempo, servindo como uma •solução de curto prazo para problemas de geração de energia;

a instalação e operação não causam significativas adversidades ambientais, •podendo ser compatível com a preservação ambiental ou mesmo com o desenvolvimento de outras atividades;

a tecnologia eólica não gera qualquer tipo de efluente, seja este líquido, sólido ou •gasoso; não necessitando de equipamentos ou sistemas específicos de controle, que muitas vezes causam grandes impactos ambientais;

os riscos potenciais de acidentes ambientais nesse tipo de empreendimento são •praticamente nulos, tanto na etapa de construção, quanto nas etapas de operação e manutenção;

permite que outras atividades sejam desenvolvidas em sua área, além de poder •servir como atrativo turístico para a região;

o pagamento pelo arrendamento compartilhado da terra representa significativa •injeção de recursos nas áreas ocupadas;

as máquinas utilizadas são certificadas por instituições internacionais e são •amplamente usadas em parques eólicos mundiais, apresentando elevados níveis de confiabilidade e de eficiência operacionais.

6.4 a “lista de Controle “

A identificação e avaliação dos impactos ambientais gerados ou previsíveis na área de influência funcional do empreendimento devem ser feitas utilizando-se o método da “Lista de Controle” e, para seu ordenamento devem ser listadas tarefas onde para cada ação serão identificados individualmente os impactos ambientais gerados ou previsíveis.

14

6.4.1 ConCeituação dos atributos e dos Parâmetros

atributos Parâmetros de avaliação símbolo

CARÁTER

Expressa a alteração ou modificação gerada por uma ação do empreendimento sobre um dado componente ou fator ambiental por ela afetado.

BENÉFICO

Quando o efeito gerado for positivo para o fator ambiental considerado.

ADVERSO

Quando o efeito gerado for negativo para o fator ambiental considerado.

+

-

MAGNITUDE

Expressa a extensão do impacto, na medida em que se atribui uma valoração gradual às modificações que as intervenções poderão produzir num dado componente ou fator ambiental por ela afetado.

PEQUENA

Quando a variação no valor dos indicadores for inexpressiva, inalterando o fator ambiental considerado.

MÉDIA

Quando a variação no valor dos indicadores for expressiva, porém sem alcance para descaracterizar o fator ambiental considerado.

GRANDE

Quando a variações no valor dos indicadores for de tal ordem que possa levar à descaracterização do fator ambiental considerado.

P

M

G

DURAÇÃO

É o registro de tempo de permanência do impacto após concluída a ação que o gerou.

CURTA

Existe a possibilidade da reversão das condições ambientais anteriores à ação, num breve período de tempo, ou seja, que imediatamente após a conclusão da ação, haja a neutralização do impacto por ela gerado.

MÉDIA

É necessário decorrer um certo período de tempo para que o impacto gerado pela ação seja neutralizado.

LONGA

Se registra um longo período de tempo para a permanência do impacto, após a conclusão da ação que o gerou. Neste grau serão também incluídos aqueles impactos cujo o tempo de permanência, após a conclusão da ação geradora, assume um caráter definitivo.

1

2

3

A seguir a escala dos impactos ambientais na área de influência da implantação da Central Eólica:

15

6.4.2 esCala dos imPaCtos ambientais

Fase de estudos e Projeto

ações do emPreendimento imPaCtos ambientais símbolos

ESTUDOS BÁSICOS . oferta de serviço/renda

. caracterização geotécnica do local

+P1

+P3

PROJETO DE BÁSICO / LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO

. oferta de serviços

. utilização racional do terreno

. arrecadação de impostos

+P1

+M3

+P1

ESTUDO AMBIENTAL

. oferta de serviços

. caracterização do sistema ambiental

. controle das condições ambientais

. arrecadação de impostos

+P1

+G3

+G3

+P1

Fase de imPlantação

ações do emPreendimento imPaCtos ambientais símbolos

LIMPEZA DE ÁREA

. perda do potencial florístico

. alteração do ecossistema

. emissão de ruídos e gases

-P3

-P2

-M1

CONSTRUÇÃO DE ACESSOS

. Arrecadação tributária

. alteração da Paisagem

. alteração da morfologia

. emissão de ruídos e gases

+P1

-P2

-P2

-M1

CANTEIRO DE OBRAS E EDIFICAÇÕES

. alteração da paisagem

. desconforto ambiental

. riscos de Acidentes de trabalho

. consumo de material de construção

. emissão de ruídos

. geração de entulhos

. alteração na geodinâmica local

. oferta de empregos

. crescimento do comércio

. arrecadação tributária

-M3

-M2

-P1

+M2

-P2

-P2

-M2

+M2

+M2

+P2

16

FUNDAÇÕES

. alteração da paisagem

. desconforto ambiental

. riscos de Acidentes de trabalho

. consumo de material

. emissão de ruídos

. geração de entulhos

.. oferta de empregos

. crescimento do comércio

. arrecadação tributária

-M3

-M2

-P1

+M2

-P2

-P2

+M2

+M2

+P2

MONTAGEM DOS AEROGERADORES

. alteração da paisagem

. desconforto ambiental

. riscos de Acidentes de trabalho

. consumo de material

. emissão de ruídos

. vibrações

.. oferta de empregos

. crescimento do comércio

. arrecadação tributária

-M3

-M2

-P1

+M2

-P2

-P2

+M2

+M2

+P2

CABEAMENTO

. risco de acidente

. oferta de empregos temporários

. crescimento do comércio

. arrecadação tributária

-P1

+P1

+P1

+P1

OBRAS COMPLEMENTARES

. melhoria de infra-estrutura

. aquisição de serviços especializados

. oferta de empregos temporários

. crescimento do comércio

. recolhimento de tributos e taxas

. riscos de acidentes

+M3

+P1

+P1

+P1

+P1

-M1

17

oPeração

ações do emPreendimento imPaCtos ambientais símbolos

TESTES PRÉ OPERACIONAIS . segurança operacional +M1

OPERAÇÃO

. risco de acidentes ambientais

. oferta de energia

. aproveitamento do potencial eólico

. melhoria de qualidade de vida

. arrecadação de impostos

-P1

+G3

+P1

+M3

+P1

MANUTENÇÃO

. controle de qualidade

. continuidade do processo produtivo

. controle de risco ambientais

+M3

+M3

+P3

As medidas mitigadoras devem ser propostas em uma seqüência, levando-se em consideração as ações dos componentes da central eólica, relativos às fases de implantação e operação.

6.5 Planos de Controle e monitoramento ambiental

No que se refere à fase de operação, o estudo ambirntal deve propor a adoção de programas de controle específicos a serem adotados em caráter temporário ou permanente, os quais serão apresentados na forma de “Planos de Controle e Monitoramento Ambiental”.

Durante a implantação das obras de construção civil devem ser observadas as normas de segurança do ambiente de trabalho e de proteção aos trabalhadores, de saneamento do meio ambiente a ser ocupado e de controle da qualidade ambiental da área do empreendimento e entorno mais próximo.

6.5.1 Fase de imPlantação

Antecedendo-se a esta fase ou durante a mesma as seguintes medidas, devem ser tomadas:

efetuar uma completa e detalhada cobertura fotográfica e de filmagem sobre a •área do empreendimento e seu entorno, de forma, que a qualquer tempo, possa a Energio verificar comparações e evitar possíveis ações futuras de alegações de degradação de meio ambiente sejam a ela imputadas;

delimitar e cercar toda a área do empreendimento, recomendando-se a utilização •de marcos de concreto tendo como referência a poligonal delimitadora da área física a ser ocupada pelo empreendimento;

18

colocar placa referente ao licenciamento ambiental do empreendimento, na área de influência do •canteiro de obras;

colocar placa de identificação do empreendimento e do ENERGIO, com os respectivos registros junto •ao CREA e a Prefeitura Municipal;

colocar placa de sinalização em todos os lados da poligonal da área do empreendimento, indicando •propriedade privada e proibindo a entrada de estranhos.

6.5.2 Contratação de Construtora/Pessoal

quando da contratação de construtoras para implantação das obras, estas deverão ser informadas •quanto às formas de atenuação e controle dos impactos ambientais adversos propostas para a implantação do empreendimento;

deverão constar nos contratos estabelecidos com o ENERGIO as responsabilidades da empresa •executora quanto à atenuação e controle dos efeitos adversos gerados ao meio ambiente durante a obra, devendo a empresa executora recuperar as áreas alteradas durante ou imediatamente após a ação e que tomou conhecimento, comunicará a seus Colaboradoes e Agentes Envolvidos e adere aos princípios do Código de Conduta Ambiental da ENERGIO;

quando da contratação de pessoal, caso seja compatível e/ou sempre que for possível, recomenda-•se dar prioridade a trabalhadores residentes no município e de áreas circunvizinhanças;

os trabalhadores contratados deverão ser previamente treinados quanto ao desenvolvimento de suas •atividades no local de trabalho;

informar aos trabalhadores quanto a periodicidade das contratações, regime de trabalho, direitos, •garantias e deveres; e

não requisitar forças de trabalho infantil ou menor de 18 anos, independentemente da função a ser •desenvolvida.

6.5.3 instalação do Canteiro de obras e ediFiCações

construir o canteiro de obras de modo a oferecer condições sanitárias e •ambientais adequadas, em função do contingente de trabalhadores que aportará a obra;

deverão ser construídas instalações sanitárias adequadas para os •operários, devendo ser implantado no canteiro de obras sistema de esgotamento sanitário de acordo com as normas preconizadas pela ABNT;

equipar a área do canteiro de obras com sistema de segurança, em •função de garantir a segurança dos trabalhadores e da população de entorno da área do empreendimento;

ter sempre no canteiro de obras um Kit de emergência, para prestar •atendimento de primeiros socorros, quando for necessário a empresa deverá transportar o acidentado para o hospital mais próximo;

implantar sistema de coleta de lixo nas instalações do canteiro de obras. •O lixo coletado deverá ser diariamente conduzido a um destino final adequado;

a água utilizada para consumo humano no canteiro de obras deverá •apresentar-se dentro dos padrões de potabilidade. Recomendando-se que sejam feitas previamente análises físicas, químicas e bacteriológicas da água que será utilizada para consumo humano no canteiro de obras;

os horários de trabalho deverão ser disciplinados, devendo ser •programados de acordo com as leis trabalhistas vigentes;

o tráfego de veículos e equipamentos pesados deverá ser controlado e •sinalizado, visando evitar acidentes de trânsito;

instalar sinalização no canteiro de obras.•

19

6.5.4 mobilização de equiPamentos

a mobilização de equipamentos pesados para a área do •empreendimento deverá ser feita em período de pouca movimentação nas estradas de acesso;

durante o transporte dos equipamentos pesados os veículos •transportadores e os próprios equipamentos deverão permanecer sinalizados;

os equipamentos como tratores e pás mecânicas devem trafegar •com faróis ligados, com as extremidades sinalizadas e em baixa velocidade;

a mobilização dos equipamentos pesados deve ser realizada com •acompanhamento de uma equipe de socorro para evitar transtornos no tráfego, em caso de acidente ou falha no equipamento;

definir acessos internos para o tráfego de equipamentos pesados, •evitando assim a degradação dos ecossistemas na área do empreendimento.

6.5.5 aquisição de materiais

quando da aquisição de materiais arenosos ou pétreos de •emprego imediato na construção civil, negociar apenas com empresas exploradoras devidamente licenciadas junto aos órgãos: municipal, estadual e federal;

sempre que possível fazer a aquisição de produtos industrializados •de empresas operantes no Estado, favorecendo o crescimento econômico;

recomenda-se que os produtos alimentícios para suprir o canteiro •de obras sejam adquiridos na área de influência funcional do empreendimento.

limPeza da área

promover a limpeza da vegetação pioneira, em termos de •cobertura vegetal, de forma a não danificá-la e, se de alguma forma ocorrer um dano cuidar imediatamente para que seja reposta;

não incinerar os restolhos vegetais na área do empreendimento, •pois em razão desta se encontrar em ambiente urbanizado, a queima dos restolhos vegetais deixaria as áreas de entorno expostas a risco de incêndios, como provocaria incômodos pelo lançamento de fumaças. O mesmo deverá ser transportado para local adequado.

6.5.6 abertura de aCesso

fazer o controle técnico dos trabalhos de terraplanagem, de forma •que ocorra o equilíbrio no manejo dos materiais arenosos e terrosos;

os movimentos de terra deverão ser feitos de modo a adaptar •as edificações à topografia da área, minimizando as declividades e ressaltos, o que contribuirá também para o controle do escoamento das águas pluviais;

os equipamentos pesados utilizados durante estes serviços •deverão estar regulados, no sentido de evitar emissões abusivas de gases e ruídos;

a manutenção dos veículos deverá ser executada fora da área •

do projeto, em estabelecimento adequado, visando a evitar a contaminação dos solos por ocasionais derramamentos de óleos e graxas;

os trabalhos que possam gerar ruídos devem ser executados em •período diurno, devendo-se evitar domingos e feriados, como forma de minimizar os incômodos à população;

sempre que os terrenos a serem escavados se mostrarem •instáveis, deverá ser feita a proteção do local com a colocação de escoras; e

os serviços de escavação deverão ser acompanhados e orientados •por nivelamento topográfico, o que deverá prevenir alterações significativas no relevo.

6.5.7 Fundação e montagem dos aerogeradores

durante as operações de construções deverão ser observadas as •normas de segurança no trabalho;

a disciplina dos horários de trabalho e o comportamento dos •operários no local de trabalho (área do projeto) são de fundamental importância para o relacionamento entre o empreendimento e a ENERGIO;

sinalizar as áreas em fase de obras e advertir a população, •proibindo a entrada de estranhos à área do empreendimento, no intuito de evitar acidentes;

todo material utilizado no sistema de eletrificação, deverá estar de •acordo com as Normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT;

oferecer aos operários Equipamentos de Proteção Individual •(EPI’s), a fim de minimizar os acidentes de trabalho;

ao final das construções, deve-se proceder a remoção e •destinação final adequada dos restos de material de construção e outros tipos de resíduos sólidos gerados durante esta fase;

durante esta ação, deverão ser adotadas as ações propostas no •plano de proteção ao trabalhador e de segurança do ambiente de trabalho.

6.5.8 limPeza geral da obra

deverão ser recolhidas do local todas as sobras de materiais e •embalagens dos produtos utilizados durante a construção. Estes deverão ser destinados a depósitos de reciclagem ou ao aterro sanitário do município;

os operários envolvidos com a ação deverão receber orientação •quanto ao descarte de materiais e quanto ao desenvolvimento do serviço; e manuseio dos produtos e equipamentos a serem utilizados;

os operários envolvidos com a utilização de abrasivos e solventes •deverão utilizar equipamentos de proteção individual, como luvas e máscaras;

as áreas de entorno do empreendimento, caso venham a ser •degradadas pela implantação da obra, deverão ser recuperadas com projeto de replantio.

20

6.5.9 Fase de oPeração

Na fase de operação do empreendimento deverá estar em atividade toda a infra-estrutura de serviços básicos implantada. Esta fase deve ser acompanhada com os planos de controle e monitoramento ambiental propostos especificamente para o empreendimento e apresentados em capítulo subseqüente.

De modo geral observar as seguintes medidas:

realizar testes pré-operacionais;•

recomenda-se realizar manutenção regular dos equipamentos;•

manter as vias de acesso sinalizadas; •

instalar sistema de segurança e monitorar o sistema de transmissão de •energia na área;

executar os planos de controle e monitoramento ambiental propostos para a •área do empreendimento.

6.6 Cronograma de exeCução das medidas mitigadoras

O cronograma de execução das medidas mitigadoras para a implantação da central eólica deve ser elaborado tomando-se como base um período proposto para execução das ações do empreendimento.

Como algumas medidas serão executadas em função da operacionalização do projeto de engenharia, esse cronograma poderá sofrer algumas alterações quanto ao período de aplicação das medidas.

6.7 Plano de Conservação ambiental

O Plano de Controle Ambiental (PCA), que deverá, ser sempre implementado, incluirá proposições de medidas mitigadoras e planos específicos de controle e monitoramento ambiental.

As medidas mitigadoras serão propostas em uma seqüência levando-se em consideração os componentes do empreendimento relativo às fases de implantação e funcionamento, já que nas fases de estudos e projetos as ações pouco irão interferir no geoecossistema da sua área de influência direta.

Os PCA’s deverão proteger o trabalhador e a segurança do ambiente de trabalho, bem como, no sentido de disciplinar o uso e ocupação da área do empreendimento.

A viabilidade ambiental do projeto dependerá da adoção de medidas mitigadoras, uma vez que as intervenções causadas pela ação da construção e operação serão compensadas ou atenuadas, através da busca de métodos e materiais alternativos que gerem impactos mais brandos ou até mesmo, que possam torná-los nulos. Nesse sentido, objetivando a integração do empreendimento com o meio ambiente que o comportará, segue-se a obrigatoriedade de tomada de ações mitigadoras dos impactos ambientais previsíveis.

21

6.8 PPsat

O Plano de Proteção ao Trabalhador e Segurança do Ambiente de Trabalho - PPSAT refere-se à etapa de construção e de operação do empreendimento, sendo de responsabilidade da empresa contratatada pela ENERGIO. Quanto da sublocação de serviços deverá ficar consignado que as empresas sublocadas procederão a todos os cuidados devidos, em relação à segurança do trabalhador, seguindo fielmente os ditames da legislação específica.

Este Plano estará consubstanciado em relação ao aspecto principal da etapa de construção, tendo como base a legislação federal, nas relações com trabalhadores e ambiente de trabalho.

6.8.1 Fase de imPlantação do PPsat

As principais normas de segurança do trabalho que envolve essa etapa do empreendimento estão relacionadas a seguir, tomadas da legislação brasileira e das normas regulamentadoras as quais constituem a referência legal.

As normas regulamentadoras são na verdade o detalhamento específico das Leis, descendo a detalhes sobre a conceituação dos termos empregados, dimensionando espaço, e fazendo com que o entendimento da legislação possa ser efetivamente acessível e cumprido por todos. Esta Norma Regulamentadora específica estabelece diretrizes de ordem administrativa, de planejamento e de organização, que objetivam a implementação de medidas de controle e sistemas preventivos de segurança nos processos, nas condições e no meio ambiente de trabalho da construção cívil.

Consideram-se atividades da construção civil as constantes no Código da Atividade Específica, da NR 4 - Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho.

O cumprimento dessa norma não desobriga os empregadores do cumprimento das disposições relativas às condições e meio ambiente de trabalho, determinadas na legislação federal, estadual e municipal, ou ainda em outras estabelecidas em negociações coletivas de trabalho.

Relativamente à legislação, a Delegacia Regional do Trabalho deverá ser informada pela empresa contratada pela ENERGIO para a execução da obra, sobre o início dos serviços.

Na norma, consta também o Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção – PCMAT,

que estabelece a obrigatoriedade na elaboração e cumprimento do PCMAT nos estabelecimentos com 20 (vinte) trabalhadores ou mais.

O canteiro de obras deverá dispor de: instalações sanitárias, entendendo-se como instalação sanitária o local destinado ao asseio corporal e/ou ao atendimento das necessidades fisiológicas. Estas instalações devem ser mantidas em perfeito estado de conservação e higiene ter portas de acesso que impeçam o devassamento e ser construídas de modo a manter o resguardo conveniente; ter paredes de material resistente e lavável, podendo ser de madeira; ter pisos impermeáveis, laváveis e de acabamento antiderrapante; ter ventilação e iluminação adequadas; ter pé-direito mínimo de 2,50 m, ou respeitando-se o que determina o Código de Obras do Município do posto de trabalho aos gabinetes sanitários, mictórios e lavatórios.

A norma também reporta que todos os empregados devem receber treinamentos admissional e periódico, visando a garantir a execução de suas atividades com segurança.

Relacionados a seguir há ainda vários outros itens específicos, discriminados, conforme o envolvimento com a obra de construção do empreendimento.

Escavações de Fundações devem ser realizadas em área de trabalho previamente limpa, devendo ser retirados ou escorados solidamente equipamentos, materiais e objetos de qualquer natureza.

Quando houver risco de comprometimento de sua estabilidade durante a execução de serviços, todas as estruturas que possam ser afetadas pela escavação devem ser escoradas.

Os serviços de escavações e fundações devem ter responsável técnico legalmente habilitado.

Trabalhos com aço, a dobragem e o corte de vergalhões de aço em obra devem ser feitos sobre bancadas ou plataformas apropriadas e estáveis, apoiadas sobre superfícies resistentes, niveladas e não-escorregadias, afastadas da área de circulação de trabalhadores.

As armações de pilares, vigas e outras estruturas verticais devem ser apoiadas e escoradas para evitar tombamento e desmoronamento. A área de trabalho onde está situada a bancada de armação deve ter cobertura resistente para proteção dos trabalhadores contra a queda de materiais e intempéries.

Nas estruturas de concreto, as formas devem ser projetadas e construídas de modo que resistam às cargas máximas de serviço. O uso de formas convencionais deve ser supervisionado por profissional legalmente habilitado. Os suportes e escoras de formas devem ser inspecionados antes e durante a concretagem por trabalhador qualificado.

Durante a desforma, devem ser viabilizados meios que impeçam a queda livre de seções de formas e escoramentos, sendo obrigatórios a amarração das peças e o isolamento e sinalização ao nível do terreno.

22

6.8.2 instalações elétriCas

A execução e manutenção das instalações elétricas devem ser realizada por trabalhador qualificado e a supervisão por profissional legalmente habilitado. Somente podem ser realizados serviços nas instalações quando o circuito elétrico não estiver energizado.

É proibida a existência de partes vivas expostas de circuitos e equipamentos elétricos.

Os circuitos elétricos devem ser protegidos contra impactos mecânicos, umidade e agentes corrosivos.

6.8.3 equiPamentos de Proteção individual.

Empresas contratadas pela ENERGIO são obrigadas a fornecer aos trabalhadores, gratuitamente, EPI adequado ao risco e em perfeito estado de conservação e funcionamento, consoante as disposições contidas na NR

6.8.4 aCidente Fatal

Em caso de ocorrência de acidente fatal, é obrigatória a adoção das seguintes medidas:

comunicar o acidente fatal, de imediato, à autoridade •policial competente e ao órgão regional do Ministério do Trabalho, que repassará imediatamente ao sindicato da categoria profissional do local da obra; e

isolar o local diretamente relacionado ao acidente, •mantendo suas características até sua liberação pela autoridade policial competente e pelo órgão regional do Ministério do Trabalho.

Plano de reCuPeração das áreas de

degradadas

As áreas de exploração de material de empréstimos e seus caminhos de serviços, bem como as áreas destinadas ao canteiro de obras e aos bota-foras sofrerão alterações da paisagem natural comprometendo a cobertura vegetal, a fertilidade dos solos, a topografia original.

A geração de poeiras e ruídos provocados pelas máquinas e movimentação do solo causam impactos ao meio ambiente e as populações circunvizinhas, deverão ser solucionadas e adotadas medidas durante o período de implantação do empreendimento que possibilitem minimizar ou mesmo eliminar suas ações impactantes.

Caso seja necessário área de empréstimo, as recomendações necessárias para exploração e recomposição destas áreas a serem utilizadas, consiste basicamente do restabelecimento da aparência e do uso da respectiva área.

6.9 as medidas de Controle e reCuPeração ambiental são:

as explorações deverão ser projetadas prevendo sistemas •de drenagem;

desmatamento, destocamento e limpeza da área será feito •apenas dentro dos limites da área que será escavada;

ao se explorar os empréstimos, deve-se colocar os expurgos •e os solos férteis em locais que facilitem o seu futuro espalhamento sobre a parte explorada;

não deve ser realizado a queima da vegetação removida;•

as áreas de empréstimos poderão ser utilizadas para •disposição de bota-fora. Após esta operação, os terrenos deverão ser nivelados, topograficamente e recobertos com uma camada de solo orgânico, com espessura de aproximadamente 15 cm;

6.10 reComendações Para o bota-Fora

locais que não venham a criar deformação na paisagem ou •servir de obstáculos à livre circulação da água;

havendo bota-fora de desmatamento, o material de •desmatamento e os expurgos ou terras férteis devem ser estocados em locais que facilitem o seu espalhamento sobre a área a ser recomposta.

A recomposição de áreas de disposição de bota-fora (do •excedente de material rochoso e de desmatamento) consiste:

na compactação e regularização do material depositado, de •tal forma que a superfície seja compatível com a topografia adjacente;

na escarificação do solo com suavidade para que, ao final da •utilização, se possa proceder ao tratamento vegetal adequado através do retorno e espalhamento de solos férteis (expurgo), anteriormente estocado.

6.11 Plano de Preservação dos reCursos hídriCos

Em caso de recursos hídricos existentes tais como lagoas temporárias será resguardada uma faixa de largura conforme definida pelo órgão ambiental, referente a APP destes recursos.

Antecedendo-se a esta fase ou durante a mesma, recomenda-se a execução das seguintes medidas:

colocar placa indicativa de Área de Preservação •Permanente, nas margens dos recursos hídricos;

colocar placa de sinalização em todos os lados da poligonal •da área do empreendimento, indicando propriedade privada e proibindo a entrada de estranhos.

Considerando que o empreendimento não emitirá efluentes líquidos, sólido ou gasoso, não haverá necessidade de monitoramento sistemático da qualidade das águas.

23

6.12 Plano de ComuniCação soCial e eduCação ambiental

Os Programas de Comunicação Social e de Educação Ambiental visam a estabelecer uma ligação permanente entre a ENERGIO, as comunidades afetadas e os trabalhadores de frente de serviço da implantação da Central Eólica, visando reduzir ao máximo os conflitos e problemas relacionados à sua implantação durante a construção e operação, com ênfase nas localidades próximas ao empreendimento.

Considerando que o empreendimento compreende uma ação modificadora do meio natural, faz-se necessário que se formule um programa de educação ambiental destinado aos engenheiros e operários, pois somente com a formação de uma consciência ecológica se poderá alcançar uma convivência satisfatória entre o homem e o equilíbrio da natureza.

Dentro do binómio natureza - sociedade, a melhor lei é a educação. Um programa de educação ambiental consiste na atuação, junto às comunidades técnica e operária, visando, através da transmissão de determinadas práticas e informações, educá-las em suas relações com o meio ambiente.

Nos seus objetivos um programa de educação ambiental de um projeto de implantação de Central Eólica deve enfocar, principalmente, as seguintes ações:

informar a população sobre a importância das áreas de proteção •ambiental, dos seus limites e da implantação do projeto, bem como da relação do empreendimento com o meio ambiente;

efetuar esclarecimentos junto aos trabalhadores, sobre a importância •da Central Eólica, de modo a despertar lhes interesse pelo trabalho que desempenham.

O papel da comunidade operária e engenheiros, bem como da população vizinha, deverá ser dinâmico, sendo imprescindível sua colaboração na real efetivação das medidas de segurança no trabalho e de proteção do meio ambiente.

A conscientização ambiental junto à comunidade circunvizinha deve ser estabelecida através de palestras ministradas por técnicos da empresa, nas escolas públicas de 1° e 2° Grau, tornando os alunos e professores em multiplicadores da consciência ecológica, informando da importância do projeto de implantação da Central Eólica para o desenvolvimento energético da região, e que esta atividade pode se desenvolver de forma harmônica com o meio ambiente. Poderá nestas palestras ser utilizados cartilhas de educação ambiental e vídeos.

Na conscientização de engenheiros e operários o pessoal responsável pela segurança e medicina do trabalho deverá organizar reuniões periódicas com os engenheiros e operários, alertando-os sobre a necessidade do uso de EPIs e dos riscos do trabalho, de maneira a ser agendadas palestras sempre antes do início de cada etapa do projeto.

“dentro do binômio natureza - soCiedade, a melhor lei é a eduCação. “

24

7. VIGÊNCIA E ADESÃOO Código de Conduta Ambiental (CCA) entrará em vigor após aprovação do Conselho de Administração da Energio. Este Código será atualizado anualmente, a partir das sugestões da Direção e dos funcionários, ou sempre que novas posturas legais o recomendarem, ouvida a CPECA.

O Colaborador e Agentes Envolvidos serão convidados a aderir ao Código, recebendo um exemplar, e firmando o Termo de Adesão, como a seguir:

“Declaro, para os devidos fins profissionais, conhecer os termos doCódigo de Conduta Ambiental (CCA) da Energio, concordando com o mesmo e assumindo o compromisso de utilizá-lo como norma de ação em toda e qualquer atividade envolvendo as ações dos Colaboradores, Agentes Envolvidos e da Energio.”

NOME _____________________________________________________________

QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL ___________________________________________

ENDEREÇO PARA CONTATO _____________________________________________

LOCAL E DATA _______________________________________________________

Av. Churchill, 94, Sala 309 - CentroRio de Janeiro - RJ - CEP: 20020-050

Tel.: +55 21 2533-6874

[email protected]

www.energio.com.br