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MANUAL DE BIOSSEGURANÇA Código: MB-002 Versão: 2016.01 Pag.: 1 de 12 TÍTULO: MANUAL DE BIOSSEGURANÇA EMISSÃO GRACIELI LIMA SANTANA COORDENADORA DA QUALIDADE ELABORAÇÃO GRACIELI LIMA SANTANA COORDENADORA DA QUALIDADE APROVAÇÃO MARCUS MACHADO DIRETOR TÉCNICO INTRODUÇÃO Os profissionais da área de saúde que exercem atividades no laboratório clínico estão sob constantes riscos de acidentes e adquire doenças. Portanto, é de grande importância o conhecimento desses riscos e de como preveni-los, incorporando no trabalho diário normas de biossegurança e boas práticas de laboratório. É essencial que a responsabilidade com a biossegurança envolva não apenas o pessoal da área técnica, como também todos os funcionários, inclusive aqueles do corpo administrativo. 1. DEFINIÇÕES E CONCEITOS 1.1 EPI: Equipamento de proteção individual. 1.2 EPC: Equipamento de proteção coletiva. 1.3 CAT: Comunicação de Acidente de Trabalho. 1.4 PPRA: Programa de Prevenção de Riscos Ambientais. 1.5 PGRSS: Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde. 1.6 CIPA: Comissão Interna de Prevenção de Acidentes. 2. RESPONSABILIDADES 2.1 Gerente Operacional e Responsável Técnico - Assegurar de que existem procedimentos específicos para a segurança química e biológica que estão disponíveis nos meios adequados. 2.2 SCQ e Supervisores - Assegurar de que o pessoal do laboratório tenha recebido treinamento adequado a respeito da segurança química e que se mantenham registros desses treinamentos. Definir quais os equipamentos são necessários e assegurar-se de que sejam utilizados. 2.3 Todos os colaboradores - Identificar, prevenir, minimizar e eliminar os riscos 2.4 Responsável Técnico - Estar informado dos requisitos legais de substâncias regulamentadas. 2.5 Auxiliar de Higienização - Descarte de material biológico, descontaminação, higiene e limpeza das áreas 3. DIRETRIZES 3.1 Laboratório IHEF disponibiliza para todos os funcionários instruções de biossegurança, onde é estabelecido as condutas para segurança dos colaboradores e dos pacientes, quanto a uso de EPI’s e EPC’s, orientações em casos de acidentes, e o manuseio, transporte e descarte de material biológico. 3.2 Biossegurança é o conjunto de ações voltadas para a prevenção, minimização ou eliminação de riscos inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços, riscos que podem comprometer a saúde dos homens e dos animais, do meio ambiente ou a qualidade dos trabalhos desenvolvidos.

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MANUAL DE BIOSSEGURANÇA

Código: MB-002

Versão: 2016.01 Pag.: 1 de 12

TÍTULO: MANUAL DE BIOSSEGURANÇA

EMISSÃO

GRACIELI LIMA SANTANA

COORDENADORA DA QUALIDADE

ELABORAÇÃO

GRACIELI LIMA SANTANA

COORDENADORA DA QUALIDADE

APROVAÇÃO

MARCUS MACHADO DIRETOR TÉCNICO

INTRODUÇÃO

Os profissionais da área de saúde que exercem atividades no laboratório clínico estão sob constantes riscos de acidentes e adquire doenças. Portanto, é de grande importância o conhecimento desses riscos e de como preveni-los, incorporando no trabalho diário normas de biossegurança e boas práticas de laboratório. É essencial que a responsabilidade com a biossegurança envolva não apenas o pessoal da área técnica, como também todos os funcionários, inclusive aqueles do corpo administrativo.

1. DEFINIÇÕES E CONCEITOS

1.1 EPI: Equipamento de proteção individual. 1.2 EPC: Equipamento de proteção coletiva. 1.3 CAT: Comunicação de Acidente de Trabalho. 1.4 PPRA: Programa de Prevenção de Riscos Ambientais. 1.5 PGRSS: Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde. 1.6 CIPA: Comissão Interna de Prevenção de Acidentes.

2. RESPONSABILIDADES

2.1 Gerente Operacional e Responsável Técnico - Assegurar de que existem procedimentos específicos para a segurança química e biológica que estão disponíveis nos meios adequados.

2.2 SCQ e Supervisores - Assegurar de que o pessoal do laboratório tenha recebido treinamento adequado a respeito da segurança química e que se mantenham registros desses treinamentos. Definir quais os equipamentos são necessários e assegurar-se de que sejam utilizados.

2.3 Todos os colaboradores - Identificar, prevenir, minimizar e eliminar os riscos 2.4 Responsável Técnico - Estar informado dos requisitos legais de substâncias

regulamentadas. 2.5 Auxiliar de Higienização - Descarte de material biológico, descontaminação, higiene e

limpeza das áreas

3. DIRETRIZES 3.1 Laboratório IHEF disponibiliza para todos os funcionários instruções de biossegurança, onde

é estabelecido as condutas para segurança dos colaboradores e dos pacientes, quanto a uso de EPI’s e EPC’s, orientações em casos de acidentes, e o manuseio, transporte e descarte de material biológico.

3.2 Biossegurança é o conjunto de ações voltadas para a prevenção, minimização ou eliminação de riscos inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços, riscos que podem comprometer a saúde dos homens e dos animais, do meio ambiente ou a qualidade dos trabalhos desenvolvidos.

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3.3 A inspeção da prática da biossegurança no laboratório deve ser diária, envolvendo não apenas o pessoal técnico como também todo aquele que compõe o seu quadro funcional.

3.4 A política da biossegurança estabelece regras que devem ser praticadas por todos os profissionais da área médico-hospitalar. Profissionais que exercem suas atividades em laboratórios estão sob o risco de desenvolver doenças por exposição a agentes infecciosos, radiações, produtos químicos, tóxicos, inflamáveis, etc, por esta razão, a elaboração de um procedimento em biossegurança se fez necessário.

3.5 Através do PPRA o laboratório gerencia a prevenção de riscos ambientais que possa impactar na gestão dos processos organizacionais. O programa é conduzido pela CIPA, pela gerencia e pelo SCQ, a fim de implementar as ações sugeridas, as ações referentes a treinamentos são registradas e programadas de acordo com o DOC 031 Plano Anual de Treinamento – PAT.

3.6 Para a formação da CIPA é realizado eleição, anualmente, onde serão escolhidos entre os colaboradores que formarão a comissão e que serão responsáveis por promover ações internas e despertar a consciência dos colaboradores na mudança de hábitos com o meio ambiente e a qualidade de vida. A CIPA também é responsável pelo registro e acompanhamento de acidentes dentro das instalações do laboratório.

3.7 Quando houver registros de ocorrência de acidentes esses devem ser registrados no DOC 052- Registro de Acidentes de Trabalho e tomada as devidas providencias com relação ao acidentado, como a realização de exames necessários, de acordo com cada caso.

3.8 Todas áreas do laboratório IHEF possuem Mapa de Risco, que classificam o nível de biossegurança dos ambientes baseado nos procedimentos realizados e nos equipamentos.

3.9 O IHEF monitora através de registro de temperatura/umidade, quando aplicável, os setores necessários, para maior acompanhamento das variações de temperatura que podem ocorrer em áreas críticas, de acordo DOC. 022 – Controle de Temperatura. Para eventuais desvios é aberto relatório de NC para investigação e tomada de ações corretivas.

3.10 Para minimizar os riscos causados por descargas elétricas o laboratório possui aterramento da sua rede elétrica, e antes de instalar qualquer um equipamento novo uma inspeção por pessoal qualificado é feita para assegurar que os requisitos básicos estejam em bom funcionamento

3.11 A política para utilização de telefonia móvel do laboratório IHEF é a não utilização de aparelhos de telefone em horário de expediente, passada no momento do Treinamento Básico Introdutório- TBI e sinalizada através cartazes de conscientização dentro da empresa.

3.12 Para garantir o controle e a segurança das áreas críticas o laboratório possui sistema de segurança nas portas onde o acesso deve ser restrito apenas a funcionários e pessoas autorizadas.

3.13 Para a comunicação interna e externa entre colaboradores, clientes e fornecedores o laboratório utiliza vários meios, como e-mail corporativo, telefonia móvel, telefone fixo, aparelho de fax, pandion, correio dentro do sistema informatizado, mural e torpedos SMS. Para sinalização de ambientes é utilizado placas expostas pelo laboratório.

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3.14 O armazenamento de registros, dados brutos e amostras biológicas é feito conforme PG 003 –Gestão de Registros Técnicos e da Qualidade.

3.15 A limpeza, manutenção e desinfecção do ambiente e de materiais é feita de acordo com o POP-LIM-001 Limpeza e Desinfecção, que descreve as práticas de acordo com a legislação vigente.

3.16 Os produtos utilizados para limpeza e desinfecção são regularizados na ANVISA/MS de acordo com a legislação vigente, e são manipulados por colaboradores treinados para sua finalidade, com o devido uso de equipamentos de segurança.

4.0 Equipamentos de Segurança

4.1 É todo dispositivo para uso, de fabricação nacional ou estrangeira, destinado a proteger a saúde e a integridade física do trabalhador. Os funcionários devem zelar corretamente pelos EPI’s e EPC’s fornecidos e disponíveis no laboratório, no intuito de que a vida útil destes equipamentos seja a máxima permitida pelas normas de biossegurança.

4.2 Equipamentos de proteção individual:

Óculos de segurança: quando realizar procedimentos que houver possibilidades de ocorrer respingos ou contaminação dos olhos.

Máscaras: quando realizar procedimentos com risco de contaminação por inalação, quando manipular reagentes químicos principalmente os voláteis.

Luvas: devem ser utilizadas em todos os procedimentos com risco de exposição a material infectante (sangue e/ou líquidos biológicos).

Calçados: preferencialmente utilizar calçados totalmente fechados.

Aventais: utilizar preferencialmente os aventais de manga longa nos setores técnicos.

4.3 Equipamentos de proteção coletiva: Cabine de fluxo laminar: atua como uma barreira primária para conter e dispor os agentes de riscos, tais como estudos histológicos, patológicos ou manipulação de culturas microbiológicas; devem ser usadas sempre que os procedimentos realizados tenham possibilidade de formar aerossóis ou borrifos. Este equipamento oferece níveis significativos de proteção para a equipe do laboratório e para o meio ambiente quando utilizados com as boas técnicas laboratoriais. Dispositivos para pipetagem; Lava-olhos: devem estar disponíveis nos locais de trabalho, onde haja exposição a riscos biológicos ou químicos, sendo um sistema de proteção para os olhos. Extintor de Incêndio: devem ser verificadas as condições de funcionamento, sendo recarregado no período correto e testado por empresa competente.

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4.4 A maioria dos acidentes que ocorrem no laboratório, bem como as infecções adquiridas são decorrentes de erros humanos, falta de técnica e do uso inadequado de equipamentos de segurança. Portanto, precauções universais devem ser tomadas quando se manipular sangue e líquidos corporais de qualquer paciente sem considerar o status de infecção.

4.5 O elemento de contenção mais importante é a adesão rígida às práticas e às técnicas laboratoriais padrão. É muito importante que os colaboradores do laboratório tenham consciência dos riscos potenciais ao qual estão expostos e que sejam treinados e estejam aptos a exercer as técnicas e práticas necessárias para o manuseio seguro dos materiais. Os mesmos devem ainda ter a consciência de que os EPI não substituem a prática técnica segura, e que cada um deve conhecer e usar corretamente os EPI designados para sua atividade

5.0 Regras Gerais de Biossegurança 5.1 As barreiras de contenção recomendadas dependerão do risco de transmissão dos

agentes específicos. Estas devem existir com o objetivo de reduzir a contaminação potencial do meio ambiente. As barreiras adotadas pelo laboratório são: 5.1.1 Símbolo de risco biológico: Deve ser afixado na entrada de todos os setores

que manipulam material biológico contaminado ou potencialmente contaminado – sangue, urina, fezes, secreções, esperma, escarro, biópsias, etc.

5.1.2 Acesso aos setores técnicos: Deve ser restrito somente aos funcionários ou pessoas que conhecem os riscos a que estão expostas. As crianças devem aguardar na área de coleta ou administrativa do laboratório.

5.1.3 Limpeza e organização: Deve-se deixar nos locais de trabalho somente o material necessário para executar a tarefa. O restante deve ser guardado no setor de Almoxarifado em local apropriado.

5.1.4 Transporte: O deslocamento das as amostras biológicas devem ser feitas em caixas que não permitam o derrame do material, as mesmas devem ser desinfetadas no final do dia ou sempre que ocorrer um acidente. Não transportar os frascos de amostras envolvidos nas fichas dos clientes: As amostras devem ser envolvidas em sacos plásticos que então podem ser dispostas nas malas.

5.1.5 Lavar as mãos com água e sabão: Procedimento que deve ser executado sempre que se manipular material biológico, antes de comer, beber, de sair do laboratório; enfim este procedimento deve se tornar um hábito para todos os profissionais. Cobrir cortes e abrasões de pele, principalmente das mãos antes de manusear qualquer amostra do laboratório.

5.1.6 Desinfecção de superfícies: As bancadas de trabalho devem ser desinfectadas no final do expediente ou sempre que houver derramamento ou respingo de

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material biológico. O desinfetante utilizado pode ser o hipoclorito de sódio 1,0% ou álcool a 70%.

5.1.7 Autoclave: Método de esterilização por calor úmido que destrói todos os tipos de microrganismos, inclusive os esporos de bactérias e fungos. Implica na inativação total de todos os microrganismos quanto à capacidade reprodutiva, mas não significa a destruição de todas as suas enzimas, toxinas, etc. A autoclave tem maior poder de penetração nos materiais (com exceção de óleos e pós), por isso, o calor úmido é o método aconselhado para a esterilização de instrumentos médicos reutilizáveis, materiais biológicos, etc. As autoclaves deverão funcionar a 121º C durante pelo menos 20 minutos.

5.1.8 Dispositivos com álcool gel: Utilizados para antissepsia das mãos. 5.1.9 Janelas: se não forem lacradas, devem possuir telas. 5.1.10 Móveis: devem ser revestidos com um material que não seja tecido e que

possa ser facilmente descontaminado. 5.1.11 Iluminação: deve ser adequada para todas as atividades, evitando reflexos e

luzes fortes e ofuscantes que possam impedir a visão.

6.0 Proibições Fumar: é proibido fumar em qualquer área dentro do laboratório, devido a riscos de incêndio e contaminação. Alimentação: é proibido beber, comer, mascar chicletes, guardar alimentos nas áreas do setor técnico. Os refrigeradores das áreas técnicas não devem guardar alimentos e nem bebidas. Vestuário: os jalecos de uso obrigatório no laboratório não devem ser usados em outros ambientes tais como: refeitórios e na rua. É proibido usar sandálias ou tamancos, vestidos curtos ou bermudas. Cabelo, barba e jóias: o cabelo deve estar preso com touca de forma a evitar contato com superfícies contaminadas e equipamentos, da mesma forma que jóias e barba longa devem ser evitadas. Pipetagem com a boca: é terminantemente proibido pipetar com a boca. Existem pipetadores para todas as finalidades. Não colocar pipetas contaminadas na superfície das bancadas. Objeto de uso pessoal: é proibido colocar objetos de uso pessoal como blusas, celulares, medicamentos e outros sobre bancadas, ou qualquer superfície contaminada do laboratório. Fluxo de pessoas: evitar ao máximo o fluxo de pessoas em ambientes de atividades técnicas e não permitir a entrada de pessoas que desconheçam os riscos potenciais de exposição, crianças e animais.

Não descartar fluidos corrosivos na pia.

Não reencapar agulhas.

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Não atender telefone, abrir portas, gavetas, etc, fora da área técnica, usando luvas.

Não compartilhar objetos de pessoas que estão manipulando material contaminado ou potencialmente contaminado. Ex.: funcionários de setores técnicos compartilhando canetas com pessoas da área administrativa.

Não cheirar reagentes voláteis e fumegantes: estes devem ser manuseados utilizando máscaras com filtro ou em capelas.

Não bloquear o acesso dos extintores de incêndio, pias, ou saídas, por nenhum motivo em nenhum período de tempo. Não cheirar placas de culturas bacteriológicas.

7.0 Descarte de Materiais 7.1 Todos os procedimentos de segregação, acondicionamento, transporte, armazenamento e disposição dos resíduos gerados nas atividades do laboratório estão descritos em detalhes no Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS) do Laboratório, que foi elaborado em conformidade com a RDC 306 da Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), Resolução CONAMA 358 e com o PGRSS do Grupo MEDDI. As técnicas de tratamento (descontaminação biológica com hipoclorito, esterilização por calor úmido autoclavação, etc), bem como os equipamentos (EPIs) e materiais necessários para o manuseio dos resíduos também se encontram descritos em detalhes no PGRSS. 7.2 O descarte dos materiais deve ser realizado em recipientes de acordo com sua categoria, a quantidade gerada deve ser registrada no DOC 060 - Quantificação de

Resíduos. Os resíduos do setor devem ser feitos de acordo com a categoria a que pertence, ou seja:

Lixo administrativo: eliminar juntamente com o lixo comum, em sacos plásticos de cor preta ou azul.

Lixo hospitalar: eliminar em sacos plásticos de cor branca, fechado de forma a evitar a possibilidade de derramamento de seu conteúdo.

Resíduos Perfuro-Cortantes (agulhas, lancetas, vidros quebrados, bisturis, etc.), descartar em coletor rígido (próprio para materiais desta natureza). O coletor deve ser colocado próximo ao local onde o procedimento é realizado para evitar que o funcionário circule com este tipo de material nas mãos ou bandejas.

Materiais contaminados recicláveis: descartar no hipoclorito de sódio a 1,0%, ou encaminhar para esterilização, se aplicável.

Lixo administrativo: eliminar juntamente com o lixo comum, em sacos plásticos de cor preta ou azul.

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Lixo hospitalar: eliminar em sacos plásticos de cor branca, fechado de forma a evitar a possibilidade de derramamento de seu conteúdo.

Resíduos Perfuro-Cortantes (agulhas, lancetas, vidros quebrados, bisturis, etc.), descartar em coletor rígido (próprio para materiais desta natureza). O coletor deve ser colocado próximo ao local onde o procedimento é realizado para evitar que o funcionário circule com este tipo de material nas mãos ou bandejas.

Materiais contaminados recicláveis: descartar no hipoclorito de sódio a 1,0%, ou encaminhar para esterilização, se aplicável.

8.0 Processos de limpeza, esterilização e desinfecção 8.1 Limpeza: a limpeza das superfícies (bancadas, pisos, paredes) poderá ser realizada

com água e sabão. Mas, se houver contaminação com material biológico devemos lançar mão de outros processos, como a desinfecção.

8.2 Desinfecção: é o processo de destruição de micro-organismos patogênicos na forma vegetativa mediante o uso de agentes físicos ou químicos. Dentre os agentes químicos podemos citar o hipoclorito de sódio a 1,0% e álcool a 70,0%. Dentre os agentes físicos podemos citar a água em ebulição por 30 minutos ou os dispositivos automáticos de lavagem.

8.3 Álcoois: O álcool etílico tem maior atividade germicida, menor custo e toxicidade que o isopropílico. O álcool isopropílico tem ação seletiva para vírus, é mais tóxico e com menor poder germicida que o etílico.

8.3.1 Indicações de uso: Desinfecção de níveis intermediários de superfícies: com tempo de exposição de

15 minutos, a concentração de 77% volume/volume, que corresponde a 70% em peso;

Descontaminação de superfícies: mesmo tempo de exposição e concentração da desinfecção.

8.3.2 As aplicações devem ser feitas da seguinte forma: Friccionar álcool 70% esperar secar e repetir três vezes a aplicação

8.3.3 Preparo:

Concentração

Recomendada

Álcool etílico

96%

70% Álcool etílico ___730ml. Água deionizada q.s.p. ___1000ml.

Álcool etílico

99,5% (absoluto)

70% Álcool etílico ____703ml. Água deionizada q.s.p. ____1000ml.

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Álcool etílico

92,8%

70% Álcool etílico ____754ml. Água deionizada q.s.p. _____1000ml.

8.3.4 Hipoclorito de sódio: Deve ser conservado em local fresco, em frasco

escuro, limpo e fechado. Sua eficácia é reduzida ou pode ser anulada em presença de sabão e matéria orgânica.

8.3.5 Indicações de uso: Desinfecção de superfícies: 10 minutos com 1,0% de cloro ativo.

8.3.6 Cuidados especiais: Enxaguar copiosamente os materiais após descontaminação com a solução; renovar a solução de uso (hipoclorito de sódio 1,0%) a cada 2 dias; solução irritante para a pele e tóxica para o trato respiratório (em altas concentrações); após 6 meses de estocagem há perda de 1-20% do teor de cloro do produto.

8.3.7 Esterilização: é o processo de destruição de todos os microorganismos (bactérias, fungos, vírus e esporos), mediante o uso de agentes físicos e químicos. Um dos requisitos básicos para a esterilização é a limpeza do material, pois a presença de matéria orgânica (sangue, pus, secreção, gordura, etc.) protege os microorganismos impedindo a esterilização. Dentre os métodos químicos podemos citar o óxido de etileno, glutaraldeído (depende do tempo de exposição) e o formaldeído.

9.0 Estoque e Manuseio de Substâncias Químicas

9.1 Deve-se ter cuidado com a manipulação e estocagem de substâncias químicas, lendo com atenção os rótulos e as fichas de segurança. A estocagem de matéria prima deve ser feita em estantes apropriadas, bem ventilados, em temperatura ambiente. É importante observar a incompatibilidade entre as diversas substâncias.

9.2 Estoque de reagentes: 9.2.1 Os reagentes corrosivos devem ser guardados próximos ao chão para minimizar

o risco de queda. 9.2.2 Usar recipientes não corrosivos ou corrosíveis para o transporte. Não

transportar próximo ao corpo. 9.2.3 Não estocar substâncias incompatíveis no mesmo compartimento. 9.2.4 É recomendável o uso de luvas e protetores de olhos e face quando manipular

ou transportar substâncias cáusticas e corrosivas. 9.2.5 Inspecionar o estoque de tempos em tempos e retirar as substâncias em

deterioração. 9.2.6 Não fumar no local de estoques de substâncias químicas.

9.3 Estoques de inflamáveis: 9.3.1 É aconselhável seguir as recomendações e avisos do fabricante. Os rótulos e

símbolos de advertência devem estar em destaque.

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9.3.2 Deve-se especificar um compartimento para o estoque de inflamáveis e estabelecer o limite máximo de recipientes estocados no compartimento.

9.3.3 Alguns inflamáveis devem ser guardados sob refrigeração. 9.4 Manuseio de substâncias irritantes:

9.4.1 As substâncias irritantes devem ser manipuladas com muito cuidado e com o uso de equipamento de segurança individual. As substâncias irritantes causam dermatites, afetam o sistema nervoso central, causam anemia, queimaduras na pele e alguns são narcóticos.

9.5 Manuseio de substâncias tóxicas: Ler o rótulo antes de abrir a embalagem. Verificar se a substância é realmente aquela desejada. Considerar o perigo de reações entre substâncias químicas e utilizar equipamentos e roupas de proteção apropriadas. Abrir as embalagens em áreas bem ventiladas. Tomar cuidado durante a manipulação e uso de substâncias químicas perigosas utilizando métodos que reduzam o risco de inalação, ingestão e contato com a pele, olhos e roupas. Fechar hermeticamente a embalagem após a utilização. Evitar a utilização de aparelhos e instrumentos contaminados. Lavar as mãos e áreas expostas regularmente, trocando as roupas contaminadas. Tratar os derramamentos usando métodos e precauções apropriadas para

as substâncias perigosas. Procurar atendimento médico imediatamente, se afetado por substâncias

químicas e usar os primeiros socorros apropriados até a chegada do médico 9.6 Manuseio de ácidos e bases:

Ler o rótulo e certificar-se do nome do reagente a ser utilizado. Seguir rigorosamente as instruções e símbolos de advertência do

fabricante. Ácidos e Bases são substâncias perigosas que exigem todo o cuidado na

manipulação e uso. É recomendável o uso de protetores de olhos e face, bem como luvas e avental.

Não pipetar ácido ou base com a boca. Ácidos fumegantes devem ser manuseados em capela. Evitar acidentes de derramamento de ácido ou base no exterior do frasco. Evitar derramar o reagente na bancada. Caso aconteça, limpar

imediatamente o local. Fechar hermeticamente o frasco após o uso.

9.7 Derramamentos acidentais de produtos químicos:

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9.7.1 Embora os derramamentos de produtos químicos involuntários não sejam freqüentes no laboratório, algumas precauções se fazem necessárias, principalmente quando se trabalha com produto de alta toxidez.

9.7.2 Em caso de um derrame, recomenda-se: Isolar a área e comunicar a todos que estão no laboratório. Proteger com máscara, luvas, óculos e outros EPIs adequados. Apagar as chamas. Desligar aparelhos, aquecedores elétricos, estufas, etc. Permitir ventilação e ou exaustão no ambiente. Adicionar um absorvente tipo diatomácia em caso de ácidos ou álcalis, ou

carvão ativo para solventes orgânicos. Remover com uma pá a massa resultante em sacos plásticos ou recipientes

metálicos convenientes, caso o produto reaja com plástico. Providenciar a limpeza do local e deixar ventilar até não se ter mais vapores

residuais no ar.

10.0 Precauções de Segurança 10.1 Segurança elétrica:

10.1.1 Antes de instalar equipamento novo, deve ser realizada uma inspeção por pessoal qualificado para assegurar que os requisitos básicos estejam em bom funcionamento. Uma vez que o fabricante tenha instalado o equipamento, a manutenção de segurança elétrica deve ser realizada por empresa prestadora de serviço especializada. A manutenção diária será realizada pelo pessoal do laboratório, segundo instruções do fabricante.

10.2 Segurança mecânica: 10.2.1 O equipamento não deve representar um risco mecânico para o pessoal do

laboratório. Todas as peças mecânicas móveis devem estar cobertas de tal modo que as roupas, os dedos, os pêlos não possam atrapalhar no mecanismo.

10.3 Segurança contra ruídos: 10.3.1 Nenhum equipamento deve produzir ruído acima de 70 dBA ou vibrações

excessivas. 10.4 Segurança contra Incêndios

10.4.1 Não conectar vários aparelhos a uma mesma tomada. Aparelhos de alto consumo tipo fornos, estufas, chapas aquecedoras exigem fiação especial para suportar a alta amperagem de operação.

10.4.2 Não armazenar líquidos voláteis inflamáveis em refrigerador doméstico. Havendo necessidade, deve-se adquirir refrigerador à prova de explosão. Os trabalhos com líquidos inflamáveis voláteis devem ser realizados em capelas com sistema elétrico à prova de explosão. O aquecimento de líquidos

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inflamáveis deve ser feito em banho-maria ou em balão com mantas aquecedoras em perfeito estado de conservação.

11.0 Acidente de Trabalho 11.1 Acidentes de trabalho por contaminação com material biológico, objetos perfuro-

cortantes potencialmente contaminados está relacionado à não observância das normas de biossegurança.

11.2 Os principais acidentes num laboratório são devidos há acidentes por punção percutânea com agulhas e outros instrumentos perfuro-cortantes; projeção de sangue em diversos procedimentos, atingindo mucosas do colaborador; projeções nos olhos e contaminação de minúsculas gotículas.

11.3 Frente a incidentes os procedimentos são: as picadas e cortes devem ser lavados com água e sabão imediatamente. Se uma salpicada atingir os olhos, enxaguar com água corrente ou soro fisiológico, mantendo os olhos bem abertos. Se contaminar a boca, sem fazer nenhum movimento de deglutição, enxaguar com água.

11.4 Se vier a acontecer algum acidente no local de trabalho o colaborador deverá comunicar imediatamente ao supervisor que deverá tomar as devidas providências juntamente com a CIPA, o DOC 052 Registro de Acidente de Trabalho deverá ser preenchido.

11.5 Frente a acidente com perfuro-cortante deve-se coletar amostras de sangue do paciente e do colaborador acidentado. Caso seja necessário, encaminhar o colaborador para um hospital, informando ao médico o acidente de trabalho e, quando possível levar o resultado do exame na amostra com a qual o colaborador tenha se acidentado.

11.6 Os Tubos de são encaminhados ao setor de adequação de material para a centrifugação e encaminhamento para realização dos marcadores de hepatite B e C (HCV, AgHBs e Hbc IgG) e HIV. Deve ser realizado teste rápido para HIV e o resultado reportado para o médico.

11.7 O laboratório deverá fornecer os resultados dos exames que serão arquivados com o relatório. Se o resultado for negativo, o relatório é acompanhado pela CIPA ou supervisão; se for positivo, o colaborador deverá iniciar de imediato o tratamento, a CIPA encaminha o registro para o RH que faz o registro da CAT e encaminha o colaborador para hospital ou para o CTA – setor da secretária de saúde responsável pelo tratamento, para acompanhamento médico.

11.8 Independentemente do resultado do relatório o colaborador deverá continuar avaliação periódica durante 6 meses / 1ano / para a sorologia de HIV.

12.0 REGISTROS 12.1 DOC 022 Controle de Temperatura 12.2 DOC 052 Registro de Acidente de Trabalho

MANUAL DE BIOSSEGURANÇA

Código: MB-002

Versão: 2016.01 Pag.: 12 de 12

TÍTULO: MANUAL DE BIOSSEGURANÇA

EMISSÃO

GRACIELI LIMA SANTANA

COORDENADORA DA QUALIDADE

ELABORAÇÃO

GRACIELI LIMA SANTANA

COORDENADORA DA QUALIDADE

APROVAÇÃO

MARCUS MACHADO DIRETOR TÉCNICO

13.0 DOCUMENTOS DE REFERÊNCIAS 13.1 NBR ISO 9001:2015 13.2 Manual PALC 2013 13.3 Manual da Qualidade 13.4 NR 32 Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde. 13.5 RDC 306 de 07 de dezembro de 2004. 13.6 Resolução nº 358 de 29 de abril de 2005 do CONAMA.

14.0 ANEXOS

Não se aplica

15.0 CONTROLE DE ALTERAÇÕES

VERSÃO DATA ITENS MODIFICADOS DESCRIÇÃO DA ALTERAÇÃO

2016.00 20.04.2016 Todos Elaboração Inicial

2016.01 31.10.2016 Item 7.2 Incluso o DOC 060 – Quantificação de Resíduos