coimbra - artesanato urbano mostra como a tradição casa bem com a criatividade
TRANSCRIPT
Tiragem: 8585
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Regional
Pág: 3
Cores: Preto e Branco
Área: 26,20 x 31,24 cm²
Corte: 1 de 2ID: 58776459 12-04-2015
Patrícia Isabel Silva
Nasceu numa família de ta-noeiros e não fugiu à regra.Ainda menino, não teria maisde 10 anos, fez o primeiro pipode madeira e, hoje, Rui Alves,corre o país, de norte a sul, comas peças que vai criando na suaoficina, em Ançã, onde passalargas horas por dia.
A acompanhá-lo nas feiras,a esposa Alzira já é tambémuma especialista na matéria,mas é nas vendas e no con-tacto com o público que temmais experiência. O trabalhocom madeira fica para Rui Al-ves, filho, neto e bisneto de ta-noeiro, que fez questão em se-guir a tradição de família,mesmo depois de ter passadopor outras experiências pro-fissionais.
Rui e Alzira marcaram pre-sença na Feira de ArtesanatoUrbano de Coimbra, que, aolongo do dia, animou as ruasFerreira Borges e Visconde daLuz, naquela que foi a ediçãomensal do certame, que se vairepetir todos os segundos sá-bados de cada mês até Dezem-bro (assim as condições mete-reológicas o permitam).
Barris, baldes, celhas, cane-cos, candeeiros, relógios, mastambém colheres de pau oupiões enchem a banca do casalAlves. Não passam desperce-bidos os rolos da massa emminiatura, com diferentesmensagens inscritas. “Ai se mezango” é apenas um exemplo,mas bem que pode ser umaviso para quem receber depresente este objecto de ma-deira.
Com o tempo de sol a con-vidar a um passeio, muitos fo-ram os que passaram pelaBaixa para comprar ou, sim-plesmente apreciar, as peçasúnicas que os artesãos criam.
A acabar de vender um pre-sépio em barro por 2 euros -preço que a cliente até achoumuito barato -, Maria do
Carmo, tal como Rui e Alzira,vive da sua arte. «Já há 17anos», conta ao Diário deCoimbra, alertando, no en-tanto, para a possível concor-rência desleal da «actividadeparalela». Reconhecida peloMinistério da Cultura e comdescontos para a SegurançaSocial, Maria do Carmo, de VilaNova de Gaia, dedica-se ao ar-tesanato em barro e vidro e étambém presença habitual naFeira de Artesanato Urbano deCoimbra, assim como Alexan-dra Dique e as suas bonecas deencantar.
Com atelier em Cantanhede,várias são as temáticas possí-veis para uma “Gaiata” (nomeda marca que Alexandra criou).
As inspirações são diversas epodem começar em FernandoPessoa, nos azulejos portugue-ses ou nos bordados, mas sur-gem, logo, bonecas a lembraros lenços dos namorados, amulher minhota ou os borda-dos de Castelo Branco. Quempreferir, tem sempre a possibi-lidade de encomendar umapeça especial e personalizada,conta a mãe da artesã.
Quem passeou, ontem pelaBaixa encontrou presenças quesão já marcas desta feira e que,raramente, falham. Levam bi-juteria, quadros, malas e muitomais. E num momento em queas agulhas e lãs atraem as aten-ções de cada vez mais pessoas,não podiam faltar os casaqui-nhos e as botas para os bebés.Para Eugénia Ventura, funcio-nária da Câmara Municipal daLousã, fazer malha é um hobbyantigo. Aliás, já as filhas de 30 e25 anos cresceram com as rou-pas criadas pela mãe.
O artesanato urbano regres -sa à Baixa a 9 de Maio.|
Artesanato urbano mostra como a tradição “casa bem” com a criatividadeFeira O tempo ajudou e dezenas de artesãos montaram banca nas ruas Ferreira Borges e Visconde da Luz, com propostas para todos os gostos e idades
PEDRO RAMOS
Tanoaria de Rui Alves percorre o país, de norte a sul, e ontem passou por Coimbra
”Gaiatas” vieram de Cantanhede e deram beleza à feira Barro e vidro são as matérias-primas de Maria do Carmo
Malhas ganham cada vez mais adeptos Artesanato para todos na Baixa da cidade
Certame é organizadopela Câmara Municipalde Coimbra e decorreao segundo sábadode cada mês
Tiragem: 8585
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Regional
Pág: 1
Cores: Cor
Área: 5,85 x 7,94 cm²
Corte: 2 de 2ID: 58776459 12-04-2015
Sol ajudou Feirade ArtesanatoUrbano da BaixaCoimbra | P3