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COLEÇÃO DE CALÇADOS FEMININOS INSPIRADOS NA TRIBO MASSAI
COLLECTION OF INSPIRED FEMININE FOOTWEAR IN TRIBE MASSAI
Karine Sabedot 1
Taíza Kalinowski Anselmo2
Resumo
O presente artigo corresponde a apresentação das pesquisas realizadas no processo de desenvolvimento de uma coleção de calçados femininos verão 2010 inspirados na indumentária da tribo Massai, tribo essa pertencente à África. Observa-se que tudo que está ligado a étnico está na moda, ligar culturas através da moda é interessante e tem um resultado positivo. Apostou-se em uma coleção ousada nos ornamentos, mas ao mesmo tempo elegante em forma e materiais, atendendo assim as necessidades e desejos de um público-alvo de consumo fashion, que consome moda, procura estar dentro das tendências e é compulsivo por calçados.
Palavras Chave: Consumo. Calçados. Ousado. Massai
Abstract
The present article corresponds the presentation of the research carried through in the process of development of a collection of inspired feminine footwear summer 2010 in the indumentária of the Massai tribe, tribe this pertaining one to Africa. It is observed that everything that is on the ethnic one is in fashion, to bind cultures through the fashion it is interesting and it has a positive result. It was bet in a bold collection in the ornaments, but at the same time elegant in form and materials, thus taking care of the necessities and desires of a consumption public-target fashion, that it consumes fashion, looks for to be inside of the trends and is compulsory for footwear.
Keywords: Consumption. Footwear. Bold. Massai
1 Graduando em Design de Moda. Universidade do Vale do Itajaí. email: [email protected].
2 Professora Orientadora - Especialista em Comunicação e Marketing de Moda – Anhembi Morumbi,
São Paulo/ SP.email: [email protected]
1. INTRODUÇÃO
O mercado calçadista dispõe de uma variedade de materiais, que vai dos
alternativos aos mais tecnológicos. Inovar e renovar são uma das maiores
necessidades humanas. A todo ano o consumo de calçados aumenta,
principalmente entre o público feminino, com isso a competitividade do mercado
também aumenta, novas tecnologias são implantadas, os concorrentes se
especializam em agregar qualidade e valor aos seus produtos.
Segundo o site Exclusivo (2008), o Brasil está entre os dez países
consumidores e produtores de calçados do mundo, sendo o terceiro maior produtor
e o quinto maior exportador mundial. A China é o maior produtor de calçados, sendo
responsável por 68% da produção mundial, porém seus produtos não possuem a
mesma qualidade que os calçados brasileiros, mas o custo é bem menor o que
estimula a exportação do produto Chinês.
“O mercado global exige produtos mais baratos, inovadores e de qualidade”.
(EXCLUSIVO, 2008)
Ainda o site Exclusivo (2008), comenta que o Brasil tem potencial para
expansão, ultrapassando algumas barreiras de produção as expectativas são boas,
desde que os produtos sejam bons para o mercado, trazendo com eles as
características que satisfaçam os consumidores.
Portanto “o foco central de todo o projeto de produto deve ser a satisfação do
cliente, através da criação e desenvolvimento de produtos que atendam as
exigências e os desejos deste consumidor”. (RECH, 2002, p. 20).
Satisfazer as necessidades é trazer a inovação para perto do consumidor,
fazer com que ele perceba o que está comprando, que conceito está sendo
adquirido, e que o tal produto atenda suas reais expectativas e necessidades. Unir
as formas de se vestir e de se adornar a um produto como o calçado deve transmitir
com mais facilidade o conceito, simplesmente ao observá-lo, principalmente quando
as culturas se fundem como a cultura brasileira e a africana.
“O contexto cultural de uma sociedade pode ter uma grande influência sobre
os valores e crenças individuais”. (RECH, 2002, p.72).
Desta forma este artigo tem por objetivo apresentar as pesquisas realizadas
durante o desenvolvimento da coleção de calçados femininos para o verão 2010,
inspirado na indumentária da Tribo Massai. Estas pesquisas correspondem a
identificar o consumo feminino de moda e principalmente de calçados, observar que
quesitos são necessários para atingi-las, também analisar as tendências mundiais
para o verão 2010, em que estágio se encontra o mercado do design e os
concorrentes.
Porém pode-se ver que dentro do objetivo maior de conceber a coleção, os
objetivos específicos foram conhecer a tribo Massai visando identificar as
características da indumentária para serem utilizadas como inspiração para o
desenvolvimento da coleção, identificar no universo da moda as marcas que já
fizeram uso deste tipo de cultura como inspiração buscando compreender a forma
com que essas referências se encontram no mercado e pesquisar o público-alvo
através de pesquisas de campo e pesquisas sobre o consumo de moda feminino
visando identificar seu comportamento e suas necessidades com relação ao
calçado.
2. METODOLOGIA
Um projeto de design necessita passar por um planejamento e definição do
método, das técnicas e ferramentas que serão utilizadas durante o desenvolvimento
projetual.
A metodologia utilizada para o desenvolvimento deste projeto é o MD3E
proposta por Santos (2005), que consiste em um método de desdobramento em três
etapas, a pré-concepção, concepção e a pós-concepção.
Figura 1. Fluxograma MD3E
Fonte: www.teses.esp.ufsc.br, 2009
Inicialmente a pré-concepção teve a definição do problema, que consiste em
como evidenciar as características da indumentária da Tribo Massai nos calçados
femininos mantendo-os comerciais e atrativos atendendo assim as necessidades do
público-alvo, logo os objetivos e justificativa de todo o projeto são elaborados, o que
implica em uma pesquisa aplicada e descritiva, a análise de todo o problema se
baseia na pesquisa bibliográfica, de levantamento e pesquisas de campo, onde
respectivamente a análise se confere na temática, estado do design, tendências de
moda, concorrentes, mercado calçadista e o público-alvo através de pesquisas
quantitativas através de questionários e qualitativas através de observação.
Quanto às ferramentas e técnicas projetuais utilizadas está o cronograma
para facilitar a divisão de cada etapa definindo datas e prazos a serem cumpridos,
os painéis semânticos para melhor visualizar a temática, público-alvo e o conceito do
projeto, PFFOA onde se identifica os pontos fortes, pontos fracos, ameaças e
oportunidades de cada concorrente, o MESCRAI que ajuda na geração de
alternativas, com ela é possível, modificar, eliminar, substituir, combinar, rearranjar,
adaptar e inverter as gerações até alcançar o objetivo final e a Desconstrução que
consiste em desmontar as imagens em itens relevantes para melhor embasamento
das gerações.
Finalmente na etapa de pós-concepção dividem-se em
subsistemas/componentes abrangendo a modelagem, ficha técnica e etapas da
produção, também os processos de produção com as etapas e o memorial descritivo
que contem todas as informações sobre a criação da coleção, por fim definiu-se o
mercado que o produto compõe o protótipo e o lançamento do produto.
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Serão agora apresentadas as informações correspondentes as pesquisas
teóricas relativas ao consumo, consumo de moda, consumo feminino e em especial
consumo feminino de calçados, o movimento étnico na moda, a tribo Massai e o
público-alvo.
3.1 Consumo
Todo ser humano tem necessidades básicas de consumo como alimentação,
proteção, comunicação, entre tantas outras, porém segundo Gade (1998), nem
sempre essas necessidades são as mais importantes, principalmente quando a
algum motivo de compra, quando o lado consumidor de objetos fala mais alto, as
necessidades básicas não importam quando se está vestindo uma roupa da moda.
A teoria de Maslow e sua pirâmide pode ilustrar bem há hierarquia das
necessidades humanas.
Figura 2. Hierarquia das necessidades
Fonte: Karsaklian (2000)
Como pode-se ver primeiro as necessidades fisiológicas, segundo
necessidades de segurança, em terceiro afeto, quarto estima e por último realização.
Segundo Karsaklian (2000) o processo de motivação ao consumo inicia-se
com uma necessidade, os desejos são estimulados mesmo sem o objeto que
provoca o sentimento. Na área mercadológica as necessidades se classificam por
utilitárias (objetivo, funcional), hedônicas ou experimentadas (prazer, luxo, status)
Assim pode-se ver que para a necessidade de consumo se tornar prioritária
é preciso provocar o interesse no consumidor. Como diz Coelho (2002, p 70) “o
objeto esta dentro e fora de nós. Para se conscientizar de si próprio, o ser humano
faz objetos de si mesmo. E para ampliar sua capacidade física e mental, usa objeto
como prótese de seus órgãos.”
Todos os consumidores de alguma forma usam dos objetos materiais,
principalmente se for de grife para se impor na sociedade, eles trazem alto-estima,
status, elegância, simplesmente por que esses produtos são feitos exatamente para
um público específico e pelo simples fato de que esse público é analisado e
estudado, verifica-se suas necessidades e ansiedades perante o consumo.
“E se o indivíduo é dotado de desejos que o impulsionam a adquirir produtos
ou serviços, então nada mais coerente que analisar e estudar o comportamento do
consumidor e o que o leva a comprar.” (FRAGA; SERRALVO, 2006).
Quando os produtos são consumidos como símbolos eles servem às pessoas por meio de sua transformação em ferramentas úteis para que estas provoquem reações desejadas nas outras pessoas ao seu redor, pois sempre que uma pessoa utiliza produtos simbólicos ela está tentando comunicar a seus grupos de referência certas coisas sobre si mesma.
(MIRANDA, 2008, p. 33).
Os consumidores não tem somente necessidades básicas, a necessidade de
consumir o que lhe emociona, até lhe trás lembranças ou pensamentos futuros, os
seres humanos estão mais carentes e os objetos de desejos comprados podem
saciar essa carência por algum tempo, principalmente quando esse produto ou
serviço foi feito pensado somente neste consumidor, realizando suas necessidades.
3.2 Consumo de moda
Tendo em vista que auto-estima e realização é uma necessidade humana,
então moda também é uma necessidade, necessidade essa de consumir o novo, o
diferencial.
Pessoas expressam o seu eu no consumo e vêem as posses, por conseguinte, como parte ou extensão do seu eu. Esta capacidade de simbolização – ou seja, de promover a união de um objeto e da mensagem a ele atribuída – permite a adaptação do homem a realidade por meio de abstrações dos elementos que compõe o mundo. (MIRANDA, 2008, p. 77).
O consumo de moda promove a realização das pessoas, como forma de se
mostrar ao mundo, ter personalidade e expor a aparência a sociedade. Quando um
ser humano consome algum objeto de moda, preferencialmente de marca ela quer
ser admirada pelos outros, se sentir superior, nesta parte nota-se a necessidade da
auto-estima e do status.
Miranda (2008) diz que “as mulheres buscam no consumo de moda mais do
que mudanças estética de aparência, substancialmente o seu conceito e a sua
identidade.”, moda é um consumo de símbolos relacionados a grifes ou não, o
consumo desenfreado só mostra que a busca pelo eu está cada vez maior, as
pessoas buscam personalidade e estilo ao adquirir um produto de moda.
As pessoas tem atitudes e objetivos quanto a indumentária, como definida
por Miranda et al. (1998), aparecer, ser, parecer, idealizar e inovar.
Parecer: o objetivo do consumo de moda é chamar a atenção;
Ser: atender as pressões sociais, dizer de onde vem;
Paracer: força motriz de consumo, a vaidade;
Idealizar; projeção para o outro;
Inovar: ser fashion, "antenado" com o mundo;
Pode-se observar que o consumo de moda nada mais é que a realização
pessoal, estar na moda é tentar ser diferente sem errar, o que o mundo dita para
consumir o consumidor fashion segue, e como comentado as mulheres são mais
preocupadas em estar na moda, consumir marcas e realizar as suas necessidades
perante ao desejo de compra.
3.3 Consumo feminino (calçados)
No consumo feminino em especifico o calçado só mesmo as mulheres
sabem o que significa obter um par deles, Jacobbi (2005, p. 11) diz que “calcula-se
que em media, ao longo da vida, uma pessoa percorra aproximadamente três mil
quilômetros a pé: o sapato, portanto, é um objeto útil para ambos os sexos. Mas só é
uma obsessão absoluta para as mulheres.”
O sapato tem virtudes mágicas: nos faz sentir maravilhosas ou sexy, chiques ou esportivas, no ato. Embora toquem o piso nada imaculado das ruas e ainda que entrem em contato com o suor, são objetos de arte ou, pelo menos, de nobre artesanato, e não muito diferentes das jóias. Com a vantagem de custarem menos que diamantes, os famosos “melhores amigos das mulheres” (JACOBBI, 2005 p. 13).
Segundo Goméz (2006) as mulheres consomem em média oito pares de
sapatos por ano, enquanto os homens apenas dois, isso segundo os fabricantes,
fazendo com que as lojas reponham seus estoques com agilidade, sempre
acompanhando as tendências de moda.
O Tavaniello (2009), diz-se que o fascínio das mulheres pelo consumo de
sapatos sempre será algo enigmático, a reportagem comenta que em entrevista com
o designer Fernando Pires ele menciona que “a personagem de conto de fadas é a
maior culpada por essa obsessão, desde criança, as mulheres descobrem que, junto
com o sapatinho de cristal e o salto alto, vem um príncipe encantado e um castelo”,
obsessão que vem desde a infância.
Para Jacobbi (2005), os sapatos são tão consumidos e se tornam a paixão
das mulheres porque não tem obstáculos para usá-los, todos os tipos de mulheres
podem adquirir gordas, magras, altas baixas, bonitas ou feias, não há restrições.
Eles são peças-chaves do look, a grande maioria pensa antes no sapato e depois no
vestuário, os sapatos fazem as mulheres se sentirem poderosas, elegantes e de fato
no alto.
No site Tavaniello (2009), apresentou-se a encomendada pesquisa feita pela
Azaléia, onde aponta que as brasileiras possuem em média 11,8 pares de sapatos,
número bastante representativo.
Tanto que Jacobbi diz que “quando crescemos queremos que os sapatos nos
representem. O sapato conta tudo sobre uma mulher”.
Realmente o público feminino consome moda, moda essa de diferentes
segmentos, aqui foi visto que o consumo feminino mais relevante é o de calçados,
por isso é importante levantar informações sobre as tendências de moda de vários
segmentos mais principalmente de calçados, lincar os objetivos do projeto
relevantes ao étnico e as tendências com o consumo obsessivo pelos calçados.
3.4 Movimento étnico/Tendências
Como nos dias atuais a moda está cada vez mais globalizada, a constante
busca pela auto-expressão traz as tendências referentes ao exuberante e ao exótico
conectando o ocidente com o oriente.
Segundo Moutinho; Valença (2000), o momento de maior relevância da
tendência étnica foi em 1909 -1910 com Paul Poiret, estilista francês que nasceu em
1879, ele introduziu referências étnicas nas suas criações, peças exóticas e
exuberantes inspiradas no Balé Russo e no Japão. No prêt-à-porter ficou por conta
de Jean-Paul Gaultier, nascido em 1952, suas criações eram inusitadas e inspiradas
em referencias étnicas.
Figura 3. Paul Poiret Fonte: A moda do século XX, 2000
Um dos momentos também bem marcantes do étnico na moda foi nos anos
70, com a comunidade hippie, eles foram grandes personagens dessa história
trazendo algumas referências de outros povos quanto a forma de se vestir. O étnico
nunca perdeu força no mundo da moda a cada estação ele aparece de alguma
forma, seja nas estampas, nas formas, nas cores ou nos materiais. As tendências
mundiais sempre se voltam de alguma forma para o movimento étnico.
Segundo Treptow (2007, p. 88) “é aconselhável que o tema da coleção possa
fazer o uso de algumas tendências diagnosticadas através de pesquisas”.
Foi então observada que a tendência étnica estará presente nas coleções de
verão 2010 de grandes grifes principalmente a cultura africana que é a mais
diversificada do planeta. A partir disto extrai-se da África a tribo Massai, que faz uso
de uma incrível e rica indumentária. marcas que estão trabalhando a área étnica
neste verão. Primeiramente a marca Melissa, que na sua mais nova coleção usou o
tema África como inspiração. Segundo Palomino (2009), não apenas por que a
África está na moda, como ditam as tendências internacionais e nacionais, mais por
que a África trata-se do grupo mais diversificado do planeta tanto culturalmente
quando etnicamente. A Melissa então busca na Afromania ressaltar a importância do
continente e de suas nações para o mundo, aproximando ainda mais a África do
público brasileiro.
Ainda segundo Ângelo (2009), muitas grifes internacionais ressaltaram o tema
África nos desfiles de verão 2010, como a Christian Dior, com seu tribal chic
empregados nos casacos de píton, nas estampas de animais e as cores fortes na
maioria das peças, também nos acessórios ressaltam-se os detalhes em marfim,
colares que lembram dentes de tigre, bolsas de croco e sandálias que remetem a
tribo Massai.
Christopher Kane utilizou África na sua coleção de verão 2010 estampas de
animais em casaquinhos, vestidos e blusas e nos sapatos muita tira de couro.
Este tema também aparece na coleção de Junya Watanabe com motivos de
zebra, oncinha e folhagens, além do colorido aparecem túnicas e vestidos típicos
com amarrações e nos pés, sandálias rasteiras com tiras enroladas no calcanhar.
Temas étnicos aparecem grandiosamente na nova coleção da Louis Vuitton,
as sandálias surgem com um certo primitivismo e materiais luxuosos, com pedras e
tecidos nobres, estampas de bichos e píton também fazem parte da coleção, tudo
misturado a cores fortes.
Figura 4. Movimento étnico/tendências 2010 Fonte: Site Use Fashion, 2009
Por se tratar de um projeto ligado ao tema étnico e ao público fashion, é
necessário e relevante observar as tendências de moda para o verão 2010.
Segundo o site Use Fashion (2009), o verão 2010 divide-se em quatro grandes
mega tendências, Fusão, abrange o étnico, o Tecno Déco une tecnologia e o
passado, Grau Zero, conscientiza o consumo e o ambiental, e Transformes que une
o orgânico com o geométrico.
A Fusão tem como objetivo a integração entre os povos, evidenciando etnias
como a Índia, África, China e o Japão, os produtos trazem uma visão exuberante,
com muitos apliques e estampas de diversos tipos como a de animais e tribais,
fazem parte o colorido e o exagero, os tons terrosos aparecem em quase todos os
calçados, diversos materiais como pedras, miçangas, sementes, cordões e penas
isso tudo misturado ao couro e camurça, os saltos são altíssimos, na maioria das
vezes finos e a plataforma, a meia pata também aparece.
A Fusão é a união de todos os povos, a união de etnias completamente
distintas, como principais estão a africana, japonesa, chinesa, indiana e asiática.
Essas tendências são fortíssimas e não é tão atual, a cada estação o étnico é
representado de alguma forma, pode-se observar que grandes estilistas
internacionais trabalharam o étnico na coleção de verão 2010, como Marc Jacobs
que se utiliza do estilo rústico em suas peças, com cordões e cores cruas, Anna Sui
apresenta estilo e imagens orientais A Louis Vuitton traz o étnico na mistura de
materiais, os adornos exóticos e exagerados e melissa se utilizou das formas
geométricas da cultura africana.
Segundo o site Use Fashion (2009), dados relevantes acusam o uso da
tendência étnica, “o transito de imigrantes para países ricos não leva apenas “força
de trabalho”, mas embaralha as culturas influenciando a moda”. O Japão e a China
também estendem suas influencias pelo mundo todo, na África que em especial o
mundo todo está de olho, ela vai abrigar a próxima Copa do Mundo de futebol, a
mídia já está La trazendo informações sobre a rica cultura do continente e seu modo
de viver.
Ainda segundo o site Use Fashion (2009), as palavras-chaves do verão 2010
dentro de todas as tendências são a sandália, peep toe, salomé, sapatilha, scarpin,
d’orsay, chanel, de amarrar, boneca, gáspea e talão, rasteira e slide. As plantas e
formas se dividem em afinadas, quadraras e redondas, quanto aos metais aparecem
fivelas em exagero, tachas e zíperes. Os Saltos se contradizem com inúmeras
formas, o finíssimo agulha, plataformas de diferentes estilos, o estaca, saltos mais
baixos, saltos lembrando esculturas, em forma de cone, transparente e o triangular.
Os solados são três em destaque, meia-pata, plataforma e rasteiro. As estampas
aparecem de várias formas, mais as principais são as de animais, e as machadas.
Os materiais são diversos, podem andar separados ou juntos, o couro liso se
contradiz com o metálico e o verniz, além do de cobra e a camurça, tecidos como o
cetim, além de materiais transparentes.
Finaliza-se por dizer que das quatro grandes tendências da moda para o
verão 2010 o étnico transmitido pela chamada fusão é a tendência relevante ao
projeto já que como podemos observar a seguir o tema de inspiração para a coleção
da marca é o étnico, étnico africano, a tribo Massai.
3.2.1 Tribo Massai
Segundo o site Pime (2002), os Massai pertencem à família de povos
africanos chamada Nilótica3, habitam a região do norte da Tanzânia e o sudoeste do
Quênia. Os Massai formam uma tribo orgulhosa e indomável de pastores e
guerreiros que guardam as antigas raízes de uma tradição, tanto que apesar de
3 NILÓTICA: Família ao qual os Massai pertencem.
aprenderem duas línguas na escola o swahili e o inglês, línguas oficiais da Tanzânia
as pessoas da aldeia falam Maa, língua ancestral do povo Massai e ainda vivem em
cabanas que são dispostas em círculos, protegidas por uma cerca e um espaço no
meio onde fica o gado.
Freire (2007) diz que:
O povo Massai, nunca mudou o modo de vestir e manteve uma imagem de resistência cultural hoje explorada como um símbolo do Quênia, combinam mosaicos e cordões de contas e miçangas, com o vermelho vibrante de suas roupas.
Segundo Krebs (2007), a composição dos colares nas mulheres não é
aleatória, depende da finalidade que se quer dar, pois os adornos são
confeccionados geralmente para as festividades da aldeia, esses adornos muitas
vezes representam a própria aldeia, contas escuras e claras são colocadas
alternadamente nas pontas para representar a cerca da aldeia, as peças do centro
de forma geométricas representam o numero de habitações e os portões de cada
moradia, já para nos homens os objetos mais adornados são o escudo e a lança, se
no escudo estiver uma estrela significa que o guerreiro protagonizou um ato de
coragem.
Pode-se observar realmente que o vermelho na indumentária está sempre
presente, pois na África toda tribo é referenciada por alguma cor especifica.
Krebs (2007) ainda diz que homens e mulheres usam pingentes de acordo
com a faixa etária, isso muda de dez em dez anos. Assim que atinge a puberdade as
jovens se casam com um dos homens mais velhos da tribo, embora antes disso
possam conviver, mesmo sexualmente, com outros rapazes, e ainda sendo
permitido após o casamento.
Elas exibem sempre as cabeças escrupulosamente raspadas e muitos
adornos, são colares, braceletes, brincos e anéis feitos com madre pérolas de
múltiplas variedades, seus adornos são fabricação própria da tribo, muitas vezes
vendidos para poderem comprar alimentos ou outros bens que eles não produzam.
Sintetizando estás informações foi desenvolvido um painel semântico que trás as
imagens desses adornos.
Figura 5. Painel Massai Fonte: Compilação de imagens site Corbis, 2009
A coleção então foi desenvolvida a partir dos detalhes dos adornos e da
vestimenta, como as miçangas, cordões, o xadrez e as cores fortes, as formas
também se mantiveram mais estruturadas.
4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DA PESQUISA
Será apresentada a pesquisa de campo referente ao público-alvo e suas
necessidades e preferências.
4.2 Pesquisa de campo
A pesquisa de campo foi realizada com a aplicação de 50 questionários
distribuídos nos campos da Universidade do Vale do Itajaí nas cidades de Balneário
Camboriú e Itajaí no estado de Santa Catarina, nos dias 22, 23 e 24 de abril de
2009. O questionário foi construído com 8 questões sendo elas perguntas fechadas,
cujo conteúdo estava relacionado ao público-alvo e suas necessidades.
Além desta pesquisa foi realizada uma pesquisa de observação em lojas de
calçados femininos de Itapema, nos dias 27 e 28 de abril de 2009, onde foi visto que
as mulheres preferem a meia-pata, salto alto fino e a sandália rasteira, procuram
produtos mais elaborados e que fazem de tudo para adquirir os produtos que
gostaram usando até mesmo amaciante de couro que aumenta o número do calce.
Agora analisando os questionários percebe-se que a maioria das
questionadas são fascinadas por sapatos e compram sem ter necessidades
especificas. Se identificam como consumidoras fashions conforme gráfico 1.
Gráfico 01: Estilo Público Fonte: Arquivo pessoal
O gráfico revela o público alvo do projeto, mulheres de consumo fashion,
que estão sempre por dentro das tendências de moda.
Treptow (2003, p.51), descreve que o público fashion:
Público de moda é o público que mais consome. Valoriza a moda, as etiquetas, a juventude; gosta do consumo em geral: é sociamente ativo; flexível, alerta aos modismos; julga-se sexy e atraente; aceita novidades com muita facilidade; procura estar em forma. Aprecia modelagem confortável, estilo contemporâneo e coordenado.
Gráfico 02: Seguir Tendências de moda Fonte: Arquivo pessoal
50%42%
8%
Estilo Público
Fashion Tradicional Vanguarda
42%
22%
20%
16%
Quanto a tendências
Sigo todas as tendências Procuro seguir as tendências
Analiso o que fica bom em mim Não sigo tendências
Pode-se notar que no gráfico 2 a maioria das questionadas admite ser
seguidora de tendências, o que é de extrema importância para o projeto, pois a
temática de inspiração está dentro das tendências de verão 2010.
Analisando o resultado dos questionários e da pesquisa de observação nota-
se que a maioria das consumidoras gosta mesmo da mistura de materiais, dentro
das lojas observadas grande parte das consumidoras entra no ponto de venda sem
saber o que quer, mais a direção primordial é para os calçados que têm adornos,
como fivelas, strass, pedras, laços entre outros, reforçando preferem os saltos altos,
como o agulha, pois deixam as consumidoras mais bonitas e elegantes,
contradizendo com a sandália rasteira que no verão é o calçado mais vendido
segundo a observação, gostam da meia-pata por ser mais confortável. O item mais
importante é a beleza seguida do conforto, da qualidade, design, preço e conceito.
4.3 Pesquisa de Mercado
Aqui serão apresentadas as pesquisas de estado do design e concorrentes.
4.3.1 Estado do Design
No estado do design analisaram-se principalmente as questões relevantes
ao projeto, como o uso do étnico, como a marca Levis que lançou uma coleção de
camisetas com a assinatura da designer colombiana Catalina Estrada. As cores e as
estampas dão um toque étnico.
O estilista carioca Luciano Canale também lançou para o inverno 2009 de
sua etiqueta, a coleção com inspiração na África. Como diz no site About Fashion,
2009, as roupas serão contemporâneas, os africanismos estarão nos acessórios de
acrílico, numa versão meio futurista dos colares Massai. As pulseiras, do mesmo
material, terão formatos bem geométricos.
Segundo o site Jóia BR (2008) a África aparece também nas Jóias, Anna
Assis lança a coleção "Mãe África – Berço da Humanidade", misticismo, a magia, as
cores, sons e rituais de diferentes tribos africanas estão representados na coleção
de estréia da grife África Universal. Anna diz ao site que “criar a coleção foi uma
forma de resgatar a história e as raízes de um povo que tanto influenciou a cultura
brasileira, seja nas artes, na música, na dança ou na religiosidade. As peças
ganham vida e calor com o colorido vibrante do âmbar e da turquesa, miçangas,
prata e materiais não convencionais.”.
Figura 6. Painel estado do design Fonte: Compilação de imagens site About fashion, 2009; Site Jóia BR, 2008;
Dentro de tantas tendências étnicas e principalmente a africana, não pode-se
deixar de analisar o conforto e as tecnologias também verificadas dentro do mercado
calçadista, como o amortecimento no salto presente na linha B+ da marca Bebecê
de Três Coroas – RS, segundo o presidente da Bebecê calçados Arnaldo Slovinsk
Moraes em entrevistas ao site Couro Moda (2009) a tecnologia de amortecimento
colocada na planta dos pés no sapato social diminui o impacto no caminhar e está
satisfazendo suas clientes. A linha da marca Ramarim, Total Confort também investe
em conforto nas palminhas e materiais mais macios, no projeto também foram
utilizados alguns atributos de conforto como a utilização de uma palmilha forrada
com espuma e o uso do couro que é mais ergonômico, produto de vida útil e que
possui atributos relevantes para uso no calçado, como transpiração e a capacidade
que o material tem de distender - ce permitindo a adaptação aos movimentos, já que
o conforto é de extrema importância como pode-se ver a seguir, onde a análise dos
concorrentes permite observar que fazem uso de matérias-primas de qualidade.
4.4 Concorrentes
A partir da definição do público-alvo e da pesquisa referente ao estado do
design foi feita uma análise entre as grandes marcas nacionais para verificar quais
se assemelham a marca Karine Sabedot.
A primeira marca concorrente é a Dumond que tras elementos da moda
brasileira aliados a um design sofisticado e arrojado. A Dumond a cada coleção
apresenta modelos exclusivos, todos com referências das principais tendências
mundiais, e com as referencias brasilidade, qualidade premium, beleza e estilo.
Segundo o site Dumond (2009) a marca faz pesquisas constantes de
mercado e moda. Essa rica fonte de informação é aliada a matérias-primas
diferenciadas. A marca também investe em coleções de bolsas e acessórios como
cintos e carteiras, garantindo looks completos. A marca é feita para mulheres
contemporâneas, que têm estilo e são apaixonadas por moda e calçados, está no
mercado desde 1992 e, desde o princípio mantém o foco na qualidade,
diferenciação de produtos e beleza. Além de estar presente nas melhores boutiques
de todo o Brasil, a marca conta com lojas exclusivas e franquias nas principais
capitais do país e também no exterior. Atualmente, a Dumond leva a moda brasileira
para o mundo, estando presente em mais de 50 países, pertencente ao grupo
Paquetá, que está entre as indústrias calçadistas mais importantes do mundo. Com
mais de 60 anos de história e tradição, a empresa produz calçados de alto valor
agregado para várias marcas internacionais.
A segunda concorrente é a Carmen Steffens que foi criada em 1991 em
Franca, São Paulo. Como diz no site da marca Carmen Steffens (2009) a empresa
se destaca entre as mais modernas do Brasil, aliando o toque artesanal com a mais
alta tecnologia de produção, seguindo a forma italiana de fabricação. Ela conta com
a Còuroquimica, um dos maiores curtumes da América Latina. A marca e a
Couroquimica fabricam 100% de suas linhas em unidades próprias, fazendo a
melhor e mais rápida entrega do mercado. As linhas sao desenvolvidas com base
em pesquisas internacionais de tendencias, enriquecida com o charme brasileiro. O
objetivo é evidenciar o conceito de moda do Brasil no mundo. A marca utiliza-se
muito de materiais preciosos, como pedras e brilhantes, mas alia o artesanato a
suas peças evidenciando o Brasil em praticamente todas. Hoje a marca conta com
107 lojas proprias no Brasil e 14 no exterior.
Como último concorrente a Cavage que segundo o site criada em 1998,
surgiu para colocar no mercado brasileiro um produto que transmitisse o conceito de
luxo e glamour ao calçado feminino. Os produtos são fabricados com matérias
primas diferenciadas, como, couros refinados, pedrarias de strass Swarovski, tecidos
e cetins importados, além de utilizarem peles exoticas de jacaré e cobra legitimos. A
Cavage também utiliza o artesanato. A marca possui 20 pontos de vendas no Brasil
e 5 pontos no exterior.
Figura 7. Painel Concorrentes Fonte: Compilação de imagens site Camen Steffens; Site Cavage; Site Dumond, 2009
Efetuada a pesquisa dos cooncorrentes sera aplicada a ferramente PFFOA,
que consiste na análise dos pontos fortes e fracos, oportunidades e ameaças.
Pontos Fortes: Matérias primas de qualidade produzem além dos calçados
acessórios, alto valor agregado, possuem tecnologias e agilidades na produção,
possuem lojas próprias e franquias no Brasil e no exterior e fidelizam os clientes;
Pontos Fracos: Alto custo dos produtos;
Oportunidades: Ter esses concorrentes como inspiração é uma grande
oportunidade e não são do Sul do país o que facilitaria a expansão da marca nessa
região.
Ameaças: A não aceitação dos produtos no mercado e a principio a falta de
um forte investimento na marca.
Resume-se que os concorrentes são fortes e trabalham para o mesmo tipo
de público-alvo, utilizam-se de matérias-primas de ótima qualidade e se utlizam de
alta tecnologia, possuem rápida escala de produção, porém o custo dos produtos é
elevado, o que seria uma grande vantagem.
Sendo assim depois de observar os concorrentes, se pode observar um
pouco sobre a marca Karine Sabedot, que traduz toda a coleção em um Memorial
Descritivo, podendo-se observar o conceito da marca, que é ousada, feminino,
sofisticada e artesanal, se utiliza das formas ousadas, cores fortes e materiais
diferenciados como as miçangas e os cordões. No figura 8 pode-se ver um resumo
das três linhas da coleção verão 2010.
Figura 8. Linhas Quênia, Massai Mara e Nilótica. Fonte: Acervo Pessoal
As linhas possuem nomes que lembram o tema de inspiração, e dividem-se em uma
linha com salto grosso sendo mais sofisticada, a linha de saltos altos e finos com a
meia-pata o que transforma a linha em ousada e a linha rasteiras que lembra o
feminino e mais o artesanal.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Percebeu-se que o mercado calçadista é amplo e competitivo, que a maioria
dos consumidores deste tipo de produto é mesmo o consumidor feminino, que o
poder de consumo que as mulheres têm é fascinante e deve ser trabalhado, são um
grande nicho mercadológico as apaixonadas não só por calçados, mais também
pelo consumo de moda.
Pode-se observar que o étnico surgiu na moda muito antes do que se
imaginava, não é uma nova tendência, mas sim uma tendência que não sai de
moda, vê-se nela a oportunidade de revelar e mostrar ao mundo novas culturas, a
diversidade dos povos e até mesmo criar moda para realizar ações humanitárias.
Acredita-se que o objetivo deste projeto foi alcançado, conheceram-se as
marcas e estilistas que já propuseram a tendência e a tribo Massai nas passarelas,
que muitos se utilizam das cores, estampas e formas de diferentes lugares do
mundo, também se pode misturar raças e culturas, trazer para mais perto esses
povos. E assim a coleção conseguiu transmitir a tribo Massai para os produtos de
forma leve e sofisticada, sem perder a alegria das cores e formas, o exagerado ficou
por conta dos aviamentos que trouxeram a sofisticação para os produtos com
bordados e acessórios.
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