colÉgio estadual arnaldo busato ensino … · funcionava no prédio do grupo escolar são joão...
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COLÉGIO ESTADUAL ARNALDO BUSATO
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
VERÊ – PARANÁ
NOVEMBRO, 2016
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SUMÁRIO
I. IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO ..........................03 1.1. Localização e Dependência Administrativa........................03
1.2. Aspectos Históricos da Instituição …..................................03
1.3. Caracterização do Atendimento na Intituição e Quantidade de
Estudantes.…..........................................................................06
1.4. Estrutura Física, Materiais e Espaços Pedagógicos.….........07
1.5. Recursos Humanos.….........................................................09
1.6. Instancias Colegiadas.….....................................................09
1.7. Perfil da Comunidade Escolar.….........................................10
II. MARCO SITUACIONAL.…........................................................12
2.1. Gestão Escolar....................................................................12
2.2. Ensino-aprendizagem.........................................................13
2.3. Atendimento Educacional Especializado ao Público-alvo da Educação
Especial.......................................................................15
2.4. Articulação entre as Etapas de Ensino...............................16
2.5. Articulação entre Diretores, Pedagogos, Professores e demais Profissionais da
Educação...............................................16
2.6. Articulação da Instituição de Ensino com os Pais e/ou
Responsáveis...............................................................................17
2.7. Formação Continuada dos Profissionais da Educação........17
2.8. Acompanhamento e Realização da Hora-Atividade............19
2.9. Organização do Tempo e Espaço Pedagógico e Critérios de Organização das
Turmas..............................................................20
2.10. Índices de Aproveitamento Escolar (indicadores externos e internos),
Abandono/Evasão e Relação Idade/Ano.......................20
2.11. Relação entre Profissionais da Educação e Discentes........22
I. IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO
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1.1. Localização e Dependência Administrativa
Instituição de Ensino: Colégio Estadual Arnaldo Busato – Ensino Fundamental, Médio e
Normal
Código da Instituição: 00014
Endereço: Rua Pioneiro Antonio Fabiane, S/Nº
Município: Verê
NRE: Francisco Beltrão
Código do NRE: 012
Código do INEP: 41090381
Dependência Administrativa: Estadual
Localização: Urbana
Oferta de Ensino: Ensino Fundamental Anos Finais, Ensino Médio, Formação de Docente
da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, em Nível Médio, na modalidade
Normal
Ato de autorização da instituição: Resolução nº 2135/81 de 17/09/1981
Ato de Reconhecimento da instituição: Resolução nº 2808/82 de 24/11/1982
Parecer do NRE de aprovação do Regimento Escolar: nº 421/2001 de 27/11/2001
Entidade Mantenedora: Governo do Estado do Paraná
1.2. Aspectos Históricos da Intituição
O Colégio Estadual Arnaldo Busato – Ensino Fundamental, Médio e Normal –
iniciou suas atividades em 1968, com a denominação de Ginásio Humberto de Alencar
Castelo Branco, mantido pela Campanha Nacional das Escolas Comunitárias – C.N.E.C.,
portanto não ofertava ensino gratuito.
No dia 30 de março de 1969, através do Decreto nº 17.781, passou a denominar-se
Ginásio Estadual de Verê, sob a responsabilidade do Governo do Estado do Paraná, tornando-
se uma escola pública, gratuita e oferecendo oportunidade de acesso a todos. A instituição
funcionava no prédio do Grupo Escolar São João Batista de La Salle.
A partir de 1º de agosto de 1977, iniciou suas atividades em prédio próprio, com
quatro salas construídas pelo governo do Estado do Paraná, através da Fundepar, localizado
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na Rua Caetano Munhoz da Rocha, S/Nº, hoje, Rua Pioneiro Antônio Fabiane, S/Nº.
Em 1981, com a reorganização do Ensino Fundamental, implantado sob a Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LBD nº 5.692/71, Resolução nº 2.135, de 01 de
setembro de 1981 e publicada no DOE de 17 de setembro de 1981, teve seu reconhecimento
pela Resolução nº 2808/82, de 27 de outubro de 1982 e publicada no DOE em 24 de
novembro de 1982, denominando-se Escola Estadual Arnaldo Busato – Ensino de 1º Grau,
com 5ª a 8ª série e em três turnos, matutino, vespertino e noturno. A Renovação do
Reconhecimento foi pela Resolução nº 2928/07, de 26 de junho de 2007 e publicada no DOE
em 07 de agosto de 2007.
A denominação Arnaldo Busato foi uma opção da comunidade escolar com objetivo
de homenagear o paranaense Arnaldo Faivro Busato, que viveu em Clevelândia e, nesta
região, em sua vida política e profissional, prestou relevantes serviços na área da Saúde e da
Educação, inclusive ao município de Verê.
No ano de 1987, foi implantado o curso de 2º Grau, com habilitação Magistério,
através da Resolução nº 571/87, de 16 de fevereiro de 1987, alterando sua nomenclatura para
Colégio Estadual Arnaldo Busato – Ensino de 1º e 2º Graus.
Em 1991, pela Resolução nº 925/91, de 13 de março de 1991, publicado no DOE de
21 de março de 1991, reconhecida pela Resolução nº 2312/94, de 02 de maio de 1994 e
publicado no DOE em 17 de maio de 1994, ofereceu, para o 2º Grau, também Educação
Geral.
Já em 1994, a Resolução nº 5.434/94, autorizou a implantação gradativa, no 2º Grau,
de mais uma opção: Auxiliar de Contabilidade, com duração de três anos. Em 1998, pela
Resolução nº 194/98, de 27 de janeiro de 1998, foi complementado com o Curso Técnico em
Contabilidade, com o quarto ano de estudo. Assim, de 1994 a 2000, o estabelecimento, além
de oferecer o Ensino Fundamental, também oferecia três opções do ensino de 2º grau, sendo o
Magistério, Educação Geral e Técnico em Contabilidade.
Em 1998, com a reorganização do ensino de 2º grau, implantou-se o Ensino Médio,
de acordo com LDB, Lei nº 9.394/96, com duração de três anos e implantação gradativa,
sendo a Proposta Curricular organizada pela escola, envolvendo os segmentos da comunidade
escolar. Sendo esta implantação gradativa, no ano 2000, os cursos profissionalizantes
cessaram suas atividades. A Renovação do Reconhecimento do Ensino Médio legalizou-se
pela Resolução nº 2942/07, de 27 de junho de 2007, publicada no DOE, em 7 de agosto de
2007.
Em 2012, através da Resolução nº 3832/2012, de 22 de junho de 2012, institui-se o
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curso de Formação de Docentes Educação Infantil e Anos Iniciais, alterando-se a
nomenclatura para Colégio Estadual Arnaldo Busato – Ensino Fundamental, Médio e Normal.
Também, neste ano, a instituição recebeu a primeira turma do Ensino Fundamental de 9 anos,
alterando-se de 5ª a 8ª série para 6º ao 9º ano.
Um fato relevante e que chama a atenção na trajetória histórica da instituição é que,
embora a escola de ensino gratuito público, tenha sido implantada em 1969, devido à maioria
dos habitantes do município residir na área rural, somente a partir de 1990, com implantação
do transporte escolar gratuito, é que aumentou a demanda de matrículas dos educandos para o
2º grau.
1.3. Caracterização do Atendimento na Instituição e Quantidade de Estudantes
Atualmente, o Colégio Estadual Arnaldo Busato, atende uma demanda de cerca de 600
alunos, nos três turnos. (Os dados descritos a seguir tem como referência o ano de 2016):
Ensino Fundamental:
Matutino: 6º ano A e B (38 alunos);
7º ano A e B (52 alunos);
8º ano A e B (56 alunos);
9º ano A (39 alunos).
Vespertino: 6º ano C (23 alunos);
7º ano C (23 alunos);
8º ano C (24 alunos);
9º ano C (24 alunos).
Ensino Médio:
Matutino: 1ª Série A (41 alunos);
2ª Série A (42 alunos);
3ª Série A (41 alunos).
Vespertino: 1ª Série C e D (45 alunos);
2ª Série C (33 alunos);
3ª Série C (31 alunos).
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Noturno: 1ª Série A (15 alunos);
2ª Série A (21 alunos);
3ª Série A (21 alunos).
Ensino Normal – Formação de Docentes Educação Infantil e Anos Iniciais:
Matutino: 2ª Série A (26 alunos);
4ª Série A (19 alunos).
Sala de Recursos Multifuncional Tipo I, com turmas no período diurno, atendendo
alunos do Ensino Fundamental e Médio.
Sala de Recursos Multifuncional Tipo II – Área Visual, com turmas no período
matutino, atendendo a demanda do município.
Curso Básico e de Aprimoramento do Centro de Línguas Estrangeiras Modernas
– CELEM na Língua Espanhola, atendendo com turmas nos três períodos.
Programa Atividade Complementar Contraturno Periódica, na área de Mundo do
trabalho e Geração de Rendas – Preparatório para o Vestibular, para os alunos do Ensino
Médio.
Aulas Especializadas de Treinamento Esportivo, com aulas de xadrez e Handebol.
Atividade Complementar - Programa Mais Educação, com turmas na área de
Acompanhamento Pedagógico, Esporte e Lazer (Futsal e Atletismo) e Mídias (Rádio Escolar).
Para 2017, atendendo as exigências da entidade mantenedora, teremos nova
organização da Atividade Complementar - Programa Mais Educação.
Do total de alunos atendidos na intituição, observa-se que cerca de 94% declaram-se
brancos, apenas 6% dos estudantes ao efetivar sua matricula se declaram pardos ou negros. O
real motivo de tão poucos alunos se declararem pardos é desconhecido, mas vale ressaltar que
nossa região é povoada, basicamente, por descentes de alemães, italianos e poloneses.
1.4. Estrutura Física, Materiais e Espaços Pedagógicos
O Colégio Estadual Arnaldo Busato – Ensino Fundamental, Médio e Normal, conta
com a seguinte estrutura física:
14 Salas de aula sendo as 14 utilizadas e equipadas com televisão pendrive,
ventidalores e ar condicionado;
01 Biblioteca com ar condiocionado, reunindo acervo aproximado de 16.000 livros,
espaço dividido com o laboratório Proinfo que conta com 10 computadores e 1 impressora
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instalados;
01 Laboratório de Informática, com 23 computadores e 01 impressora instalados , 01
televisão pendrive, 01 multimídia, 01 data show e 01 lousa digital, juntamente com 04
aparelhos de som e 02 caixas acústicas, climatizada com ar condicionado;
01 Laboratório para prática de experiências de Ciências, Física, Química e Biologia;
07 Banheiros;
01 Cozinha, com 02 depósitos de merenda;
01 Almoxarifado para produtos e materiais de limpeza;
01 Espaço aberto com tanque, máquina de lavar roupa e centrífuga, utilizados como
lavanderia;
01 Quadra de Esportes coberta, com 02 banheiros e 02 salas com banheiro, 01 delas
utilizada para Aulas Especializadas de Treinamento Esportivo – Xadrez, com seu respectivo
material (20 jogos de xadrez);
01 Sala de Professores, com ar condicionado;
01 Sala com Videoteca, fotocopiadora e impressora, 02 computadores e atendimento
ao Programa Leite das Crianças, climatizada com ar condicionado;
01 Secretaria, com ar condicionado;
01 Sala de Direção, com ar condicionado;
01 Sala pequena utilizada, eventualmente, para reuniões, na qual se armazenam
alguns arquivos da secretaria, com televisão que recebe o sinal da TV Escola, climatizada
com ar condicionado e em anexo 01 Almoxarifado e 01 banheiro;
01 Sala de materiais pedagógicos, com diversos jogos educativos, atlas geográficos e
humanos, mapas geográficos e demais materiais necessários à prática pedagógica;
01 Sala de Equipe Pedagógica, com ar condicionado, banheiro e almoxarifado;
01 Saguão equipado com móveis de refeitório e 02 mesas de ping pong, anexo 01
churrasqueira e 01 depósito de material esportivo;
01 Cantina com geladeira;
01 Sala pequena equipada para o funcionamento do Programa de Atividade
Complementar Uso de Mídias – Rádio Escolar.
O estabelecimento de ensino não divide espaço físico com o município, funciona
somente o Ensino Fundamental do 6º ao 9º ano, Ensino Médio e Ensino Normal - Formação
de Docentes Educação Infantil e Anos Iniciais e cede espaço para duas turmas de EJA (Ensino
de Jovens e Adultos – Ensino Fundamental e Médio).
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1.5. Recursos Humanos
Em relação aos recursos humanos, 100% dos professores, equipe pedagógica e
direção, possuem curso superior com especialização na área de atuação. Destes, 36%
concluíram ou estão cursando o PDE – Programa de Desenvolvimento Educaciona (Formação
Continuada da SEED), o que nos leva a concluir que mais de 50% dos professores são do
Quadro Próprio do Magistério – QPM.
Os Agentes Educacionais I, todos tem Ensino Médio completo e 30% deles com
Ensino Superior, mas somente 20% destes são Quadro de Funcionários da Educação Básica –
QFEB.
Os Agentes Educacionais II, todos tem formação superior, com especialização ou estão
cursando. Destes 80% são do Quadro de Funcionários da Educação Básica – QFEB.
A equipe de trabalho é composta, geralmente, por cerca de 50 professores, 10 agentes
educacionais I e 08 agentes educacionais II 04 pedagogos, 01 diretor, com 40 horas, 01 diretor
auxiliar, com 20 horas, 01 secretária, com 40 horas.
1.6. Instâncias Colegiadas
As instâncias colegiadas são: Conselho Escolar, Associação de Pais, Mestres e
Funcionários – APMF, Grêmio Estudantil e Conselho de Classe, escolhidas em assembleias
com a comunidade, por meio de votação. Estes participam de decisões administrativas e
pedagógicas, conforme a demanda da escola.
No Conselho de Classe participam os professores, alunos e direção, envolvidos no
processo de ensino-aprendizagem.
1.7. Perfil da Comunidade Escolar
De acordo com as Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Estado do Paraná –
DCEs: “Um sujeito é fruto de seu tempo histórico, das relações sociais em que está inserido,
mas é, também um ser singular, que atua no mundo a partir do modo como o compreende e
como dele lhe é possível participar”(2008, p. 14).
O Colégio Estadual Arnaldo Busato – Ensino Fundamental, Médio e Normal, está
situado na zona urbana do município de Verê, atendendo uma clientela bastante
heterogênea. Nossos educandos são oriundos, na grande maioria, do meio urbano, apesar de
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terem o meio rural como fonte de subsistência para grande parte deles. Possivelmente, muitos
não vão se dedicar à agricultura como seus pais, por isso buscam alternativas de renda na
cidade, por necessidade de auxiliar nas despesas familiares, o que ocasiona um desinteresse
pelos estudos, já que esse não dá um retorno financeiro necessário e imediato, tornando-se
isso um dos motivos do baixo rendimento escolar, reprovação e desistência, principalmente no
Ensino Médio.
Os pais atribuem à escola a responsabilidade de transmitir o conhecimento
científico e acreditam na educação escolar como um meio ascensão social, por isso a maioria
dos pais incentiva os seus filhos a estudarem.
Alguns de nossos alunos enfrentam dificuldades socioeconômicas e educacionais e,
isso além de refletir no processo de ensino-aprendizagem, resulta na formação de indivíduos
agressivos, indisciplinados e sem objetivos na vida pessoal ou profissional. Sabendo desses
problemas a escola vem trabalhando para amenizar essas dificuldades, no intuito de
propiciar a compreensão da produção científica, a reflexão filosófica e a criação, oferecendo a
oportunidade de através da socialização do conhecimento histórico-científico, conquistar um
espaço digno na sociedade, atuando de forma crítica e emancipadora.
Acredita-se que, apesar das inúmeras dificuldades que tem-se enfrentado dentro do
espaço escolar nos últimos tempos, a instituição tem alcançado o sucesso no processo de
ensino-aprendizagem. Ainda não é o resultado ideal, mas temos alcançado sempre a média do
ENEM superior a média Nacional e Estadual. Neste sentido, a Atividade Complementar
Curricular Periódica, Mundo do Trabalho e Geração de Rendas – Preparatório para o
Vestibular, tem contribuído ao desenvolver ações voltadas para esta finalidade, com aulões e
simulados. O Colégio conta com professores habilitados em todas as áreas do ensino, sendo
que os quadros pedagógico, administrativo e operacional, buscam constantemente se
aperfeiçoar.
No Colégio Estadual Arnaldo Busato, procura-se efetivar a gestão democrática,
tomando decisões de forma coletiva, integrando toda a comunidade escolar, visando o
sucesso do processo de ensino-aprendizagem.
O objetivo, enquanto instituição de ensino, se correlaciona com as Diretrizes
Curriculares da Educação Básica do Estado do Paraná – DCEs (2008, p. 15), quando diz que é
necessário que todos os sujeitos, independente de sua condição social ou econômica, seu
pertencimento cultural ou étnico e ainda suas possíveis necessidades educacionais, ou seja,
atendê-los igualmente, respeitando suas especificidades e tomando isso como fator primordial
para promover o sucesso do processo de ensino-aprendizagem.
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II. MARCO SITUACIONAL
O Projeto Político-Pedagógico delineia a identidade institucional, permite a análise da
realidade escolar, fortalece e fundamenta práticas pedagógicas. A sua análise possibilita
definições de permanências e/ou mudanças pautadas em concepções condizentes com os
princípios da escola pública e que visem à aprendizagem de todos os alunos
Portanto, nas páginas a seguir está registrada a realidade escolar do Colégio Estadual
Arnaldo Busato, incluindo a diversidade dos sujeitos e priorizando os aspectos que implicam
no processo de ensino- aprendizagem.
2.1. Gestão Escolar
A gestão escolar envolve todos os segmentos da escola, é democrática e participativa,
as decisões são tomadas em conjunto visando fortalecer o processo de enino-aprendizagem.
Como parte da gestão escolar podemos elencar as instâncias colegiadas: Conselho
Escolar, Associação de Pais, Mestres e Funcionários – APMF, Grêmio Estudantil e Conselho
de Classe. Na escola são instâncias atuantes que se fazem presente na instituição, investindo e
melhorando o ambiente escolar, participando de decisões administrativas e pedagógicas e
contribuindo com a troca de experiências.
Os equipamentos físicos estão sendo utilizados para o desenvolvimento do
conhecimento. O conjunto de carteiras é insuficiente, sendo necessário a aquisição de maior
quantidade. Os recursos audiovisuais, tecnológicos e didáticos não são suficientes, além de
necessitarem de manutenção e atualização, precisa-se adquirir mais livros para todos os
cursos, mas, principalmente, para o curso da modalidade normal – Formação de Docentes
Educação Infantil e Anos Iniciais.
Os materiais pedagógicos contam com jogos educativos em grande quantidade e em
bom estado, mapas suficientes para as disciplinas de Ciências, História e Geografia. No
Laboratório de Ciências é preciso adquirir mais materiais, bem como no laboratório de
informática.
2.2. Ensino-Aprendizagem
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O processo de ensino-aprendizagem é um processo contínuo que acontece por meio da
mediação do professor, efetiva-se quando o sujeito apropria-se de conhecimentos os quais
possibilitem a compreensão do meio em que vive. O conhecimento é, portanto, fruto de uma
relação entre o sujeito, professor mediador e o conteúdo/objeto do conhecimento.
Fazem parte do processo ensino-aprendizagem o planejamento, que se concretiza no
Plano de Trabalho Docente - PTD, o processo de avaliação e junto com este o conselho de
classe, bem como os registros de todas estas práticas pedagógicas.
O Plano de Trabalho Docente é um documento com amparo legal pela Lei nº
9394/96, art. 13, inciso II, que deve ser elaborado pelo professor com a intenção de organizar
o processo de ensino-aprendizagem. Deve estar em consonância com o Projeto Político
Pedagógico e com a legislação vigente para a Educação Nacional. Nossa instituição estuda e
elabora o Plano de Trabalho Docente em duas etapas (planejamento e replanejamento). O
planejamento é realizado na semana pedagógica e o replanejamento acontece alguns meses
depois, analisando-se a possibilidade de elaboração e reelaboração trimestral, pois entende-se
que o processo de ensino-aprendizagem sofre alterações e assim seria mais fácil atender as
esfecificidades de cada turma.
A Avaliação é parte do processo ensino-aprendizagem realizada como forma de
acompanhamento da aprendizagem e subsídio para a tomada de decisão em relação ao
processo de ensino-aprendizagem. Portanto precisa ser um processo contínuo e cumulativo,
dando ênfase a análise qualitativa do educando em seu processo de construção do
conhecimento, levando em consideração as metodologias utilizadas e as práticas dos
educadores.
A recuperação de estudos é direito dos alunos. Será de forma permanente e
concomitante ao processo de ensino-aprendizagem com retomada dos conteúdos para todos os
alunos, independente do nível de apropriação dos conhecimentos básicos. A nota da avaliação
de recuperação será mais um instrumento a fazer parte do processo avaliativo, portanto, fará
parte da média aritmética na composição da nota trimestral, não sendo substitutiva. Com isso,
espera-se considerar o desenvolvimento do aluno em todos os momentos do processo de
ensino-aprendizagem, oportunizando ao mesmo a demonstração de seu melhor momento.
O processo avaliativo em nossa instituição é realizado com instrumentos variados, tais
como prova escrita e oral, trabalhos de pesquisa, produção de textos, artigos e resenhas,
avaliação prática, entre outros, oportunizando aos alunos diferentes formas de expressar o seu
conhecimento.
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A avaliação se expressa numa média aritmética, alcançada com no mínimo três
avaliações com a respectiva recuperação, por trimestre, sente-se dificuldade em realizar este
processo quando tem-se número reduzido de aulas por turma, o que acaba restringindo a
atividades avaliativas. Por isso, após discussão com a comunidade decidiu-se pela redução do
número de avaliações, respeitando um mínino de duas avaliações com recuperação por
trimestre, pois entende-se que o aluno não pode ser submetido a somente um instrumento de
avaliação.
O Conselho de Classe tem a finalidade de acompanhar todo o processo de ensino-
aprendizagem por meio de análises dos seus componentes. É um espaço colegiado, ou seja,
espaço que reúne o grupo dos envolvidos com o processo ensino-aprendizagem com poder de
deliberação. Deve priorizar seu papel pedagógico e garantir os aspectos democráticos do
processo da avaliação em todas as suas dimensões. Este processo na instituição está muito
focado no fator indisciplina, por isso pensa-se que o conselho de classe não está alcançando o
seu objetivo, pois até se propicia um ambiente de reflexão, mas a tomada de decisões para um
novo fazer pedagógico está falhando. Vale ressaltar também que ele ainda fica bastante
centrado na equipe pedagógica, que fica encarregada de toda a execução do pré-conselho e do
pós-conselho, então a participação de todos os segmentos não se efetiva em todos os aspectos
do conselho de classe.
Os Registros da Prática Pedagógica correspondem aos arquivos das atividades que
dizem respeito à aprendizagem. É direito e dever dos docentes e dos discentes, pois o mesmo
constitui-se em um instrumento que possiblita ao professor refletir e avaliar as atividades
realizadas, registrar suas percepções e rever os encaminhamentos. No caso dos docentes, são
obrigatórios Registro de Classe Online, implantado neste ano em nossa instituição, o Plano de
Trabalho Docente, bem como Atas de reuniões pedagógicas e dos Conselhos de Classe, entre
outros registros.
A equipe pedagógica, além das atas acima mencionadas, utiliza a ficha individual dos
alunos e em duas turmas são utilizados livros de ocorrências da turma. Estes instrumentos são
usados para fazer mediação entre família e escola.
No caso dos discentes, são esses registros que possibilitam comprovar a
responsabilidade nas oportunidades de aprendizagem ofertadas aos estudantes, tanto em
frequência, como em conteúdo, metodologia, avaliação e recuperação de estudos.
2.3. Atendimento Educacional Especializado ao Público-alvo da Educação Especial
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A Sala de Recursos Multifuncional Tipo I, contempla uma turma no período matutino
e outra no período vespertino, com atendimento realizado por profissionais especializados na
modalidade de Educação Especial, que trabalham com os alunos para que os mesmos
realizem o processo de ensino-aprendizagem de forma satisfatória e na orientação aos demais
professores no trabalho com os mesmos. O ingresso do aluno na turma é realizado mediante
avaliação pedagógica e psicológica, seguindo as orientações da Secretaria de Estado da
Educação – SEED.
A instituição conta também com uma Sala de Recursos Multifuncional Tipo II, na
Área Visual, com professora capacitada para atuação na área.
2.4. Articulação entre as Etapas de Ensino
A transição do Ensino Fundamental – Anos Iniciais para os Anos Finais não acontece
de forma satisfatória, há dois anos esta-se investindo para que essa transição seja mais branda.
Realizamos reuniões com os pais no início do ano letivo e trimestralmente, faz-se entrevista
psicopedagógica e avaliações diagnósticas de Língua Portuguesa e Matemática, no início de
cada trimestre ou quando possível, os professores das turmas e equipe pedagógica se reunem
quando necessário, além dos conselhos de classe para tratar assuntos referentes a turma e
apontar encaminhamentos.
Já a passagem para o Ensino Médio e Normal é percebida com mais tranquilidade,
pois os alunos continuam na mesma instituição e/ou com os mesmos professores, o que torna
a etapa familiar, considerando também a faixa etária em que estes se encontram. Essas
modalidades de ensino avançaram muito no acesso em universidades públicas e privadas. Em
contra-partida ainda temos o abandono escolar para ingresso no mercado de trabalho,
indisciplina e falta de limites, o que gera dificuldade no processo de ensino-aprendizagem.
2.5. Articulação entre Diretores, Pedagogos, Professores e demais Profissionais da
Educação
A organização do trabalho pedagógico passa pela integração
entre os envolvidos na dinâmica escolar na perspectiva de que tudo na escola é educativo e
em função de objetivos comuns. Para isso é essencial ter momentos e formas de diálogo,
envolvendo toda a comunidade escolar, visando sempre o melhor andamento do processo de
ensino-aprendizagem. Utiliza-se como canais de integração comunicados por escrito e
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verbais, reuniões, assembleias e veiculação nas redes sociais, mas mesmo assim, enfrenta-se
dificuldade em manter a efetiva comunicação devido ao número de profissionais e a
rotatividade dos mesmos entre as diversas escolas.
2.6. Articulação da Instituição de Ensino com os Pais e/ou Responsáveis
Os pais atribuem à escola a responsabilidade de transmitir o conhecimento científico e
muitos incentivam seus filhos a estudar, pois acreditam ser a educação escolar, um meio de
melhorar as condições de vida.
Assim, a instituição desenvolve e organiza atividades que articulam a relação e
participação dos pais na vida escolar dos filhos, por meio da realização da Assembleia Geral,
no início do ano letivo, na qual se discutem as normas internas da escola e se trata de assuntos
gerais referentes ao processo de ensino-aprendizagem. Durante o ano letivo, se organizam
reuniões de pais sempre que necessário ou entrega de boletins, renovação das matrículas,
atividades culturais que promovam a interação entre a toda a comunidade escolar.
Mesmo assim, enfrenta-se problemas que atrapalham o processo ensino-aprendizagem,
a indisciplina associada a falta de limites. Neste sentido, esta-se agindo em
corresponsabilidade com a família, chamando os responsáveis sempre que necessário. A
equipe pedagógica, geralmente, assume essa função de mediação entre a família e a escola.
2.7. Formação Continuada dos Profissionais da Educação
A partir de Gadotti, “ser professor é viver intensamente o seu tempo com consciência e
sensibilidade” (2003, p. 17). Isso implica criatividade, dinamismo, bom humor, crença, além
de continuamente procurar avaliar e renovar o fazer docente. É importante valer-se de
contínua pesquisa, para qualificar-se e ter maiores condições de proporcionar aos educandos
subsídios para enriquecer suas interações" (www.cnte.org.br, consultado em 29 de novembro
de 2016).
Seguindo a lógica popular só pode-se oferecer aquilo que se possui. Então, a formação
continuada torna-se motivação que deve acontecer além da graduação específica, através de
grupos de estudo, que questionem “como deslocar o foco filosófico de sujeito cognoscente e
ativo, voltado para dentro de sua própria consciência, para o sujeito disposto ao agir
comunicativo. Um processo educativo crítico, ético, criativo, construtor de autonomia que se
fundamente no diálogo, exigência radical para constituição do mesmo numa experiência
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permanente de libertação" (www.cnte.org.br, consultado em 29 de novembro de 2016).
A formação continuada dos profissionais da Educação é uma ferramenta importante à
disposição, com o objetivo de subsidiar a teoria e a prática.
Conta-se com formações oficiais e anuais ofertadas pela SEED e outras instituições
reconhecidas no meio acadêmico, sendo:
- Semana Pedagógica que acontece sempre no início de cada semestre, Enfrenta-se
dificuldades, principalmente, na primeira semana pedagógica, em efetivar a participação de
todos, devido ao início do ano letivo demandar ajustes administrativos, pedagógicos e
estruturais.
- Formação em Ação que acontece em duas etapas durante o ano, com a participação
dos profissionais inscritos previamente.
- Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE no qual o professor tem um
período de dois anos para se dedicar a estudo de subsídio teórico-metodológico para o
desenvolvimento de ações educacionais que resultem no redimensionamento de sua prática.
- Equipe Multidisciplinar ofertado a comunidade escolar que se dispõe a realizar um
trabalho contra o preconceito e a discriminação racial e de gênero na escola. Mensalmente os
professores se reúnem, leem e discutem materiais pertinentes ao assunto e planejam ações a
serem aplicadas, com o intuito de construir práticas de igualdade na comunidade.
2.8. Acompanhamento e Realização da Hora-Atividade
Constitui-se no tempo reservado ao professor para estudos, planejamento, avaliações e
participação em formação continuada, devendo ser cumprida na instituição de ensino, na qual
o professor esteja suprido em horário normal nas aulas a ele atribuídas. A hora-atividade deve
favorecer o trabalho coletivo dos professores conforme preconiza a Instrução N° 001/2015-
SUED.
No Colégio Estadual Arnaldo Busato – Ensino Fundamental, Médio e Normal a hora-
atividade deve ser cumprida conforme consta a Lei, porém a mesma não acontece de forma
concentrada, pois a realidade da instituição escolar não permite tal organização, devido a
necessidade de muitos professores deslocarem-se para outras escolas.
Os objetivos do hora-atividade não são compreendidos por todos os professores em sua
íntegra, e por esta razão acabam oportunizando tarefas que não pertencem a esta organização.
A grande maioria dos professores cumpre o que está estabelecido em lei, mas muitos
professores a desconhecem por falta de orientação e/ou interesse próprio em conhecê-la.
16
Sente-se a necessidade de um momento de estudo e entendimento das Leis que regem a
hora-atividade, acompanhada por Direção, Equipe Pedagógica e Profissionais da Educação,
no início do ano letivo, bem como dispôr na sala dos professores os documentos escolares
(Projeto Político Pedagógico – PPP, Proposta Pedagógica Curricular – PPC, Regimento
Escolar e o Plano de Ação da Instituição, somados ao compromisso de cada professor em
aproveitar este momento para cumprir o que está determinado em Lei.
2.9. Organização do Tempo e Espaço Pedagógico e Critérios de Organização das Turmas
Os ambientes escolares estão organizados de modo a atender a demanda escolar em
suas especialidades, sendo que nosso espaço físico está se tornando pequeno para a demanda
de alunos que recebemos todos os anos, principalmente, no período matutino.
As aulas são organizadas por um horário de 05 aulas diárias, nos 03 turnos, atendendo
as modalidades de Educação Especial, Ensino Fundamental, Médio e Normal, além das
Atividades Complementares de Contraturno Periódicas e do Programa Mais Educação, Aulas
Especializadas de Treinamento Esportivo e CELEM.
Todas essas atividades proporcionam novas experiências e incentivam os alunos, com
atividades lúdicas, recreativas e práticas, fortalecendo a convivência e o trabalho em equipe,
dentro da escola ou fora dela. A participação nesses programas demonstrou o interesse nas
atividades, melhorando o desempenho escolar e estimulando uma maior frequência escolar.
Isso também repercutiu no desempenho dos professores que se motivaram a ir buscar novos
conhecimentos, ideias e atividades para serem repassadas aos alunos.
2.10. Índices de Aproveitamento Escolar (indicadores externos e internos),
Abandono/Evasão e Relação Idade/Ano
Em todos as modalidades e/ou níveis de ensino, há uma clientela heterogênea, com bons
educandos, com sólida formação e outros de conhecimento precário, que chegam ao 6º ano do
Ensino Fundamentalmente ou a 1ª série do Ensino Médio e Normal com dificuldade em ler,
escrever, interpretar e calcular e sofrem para acompanhar o andamento da turma. Pensando
em cooperar com o sucesso do processo de ensino-aprendizagem, realiza-se as adaptações
curriculares que podem ser implementadas em várias momentos da atuação do professor, ou
seja, nos objetivos de ensino, no conteúdo, na metodologia, no processo de avaliação e na
temporalidade.
Percebe-se, também, elevada incidência de evasão no Ensino Médio, principalmente,
17
no período vespertino e noturno. As principais causas, são atribuídas a não obrigatoriedade
pela idade, o aluno querer e/ou precisar trabalhar, gravidez precoce e/ou casamento,
problemas familiares, escola como local de passeio, conflitos relacionais, entre outros.
Outras questões que preocupam são os remanejamentos entre turmas e os educandos
sem frequência (os que nunca apareceram na escola), mas sabe-se que isto se dá, na grande
maioria das vezes, devido à situação econômica e cultural, bem como a necessidade de
trabalhar para ter renda própria e/ou contribuir com a renda familiar.
Nessas situações de evasão ou abandono, busca-se resolver com a intervenção da
equipe pedagógica e da direção, entrando em contato com a família e realizando um diálogo,
com apoio do Conselho Tutelar e Núcleo Regional de Educação, executando o Progama de
Combate ao Abandono Escolar – PCAE.
Somando a essa conjuntura, pode-se citar uso de álcool e outras drogas, bem como as
várias formas de violências enfrentadas pelos educandos e educadores no ambiente escolar,
familiar e virtual. A instituição busca o enfrentamento a estas situações organizando-se, junto
com os órgãos competentes, principalmente a Rede de Proteção à Criança e ao Adolescente,
dentro destes o Conselho Tutelar e Sistema Único de Sáude, porém percebe-se a necessidade
de um fortalecimento:
– 1º) Na relação professor/equipe pedagógica/Direção, no sentido de ouvir, trocar ideias,
encontrar soluções em relação a prevenção ao uso de álcool ou drogas e enfrentamento às
violências na instituição de ensino;
– 2°) A comunidade escolar manter como foco principal o processo de ensino-
aprendizagem;
– 3°) Buscar alternativas que possam contribuir para amenizar as questões acima citadas,
envolvendo a família, principalmente, com reuniões de pais que formem e informem,
norteando os pais e/ou responsáveis na sua tarefa de educar.
2.11. Relação entre Profissionais da Educação e Discentes
De acordo com Paro (2006), as relações humanas são importantes em qualquer setor,
porém, na escola essa relação é efetivadora da função da escola, pois, para a aprendizagem é
essencial querer aprender. Neste sentido o ambiente de motivação e desafio é importante tanto
para educadores, como para os educandos. Esta premissa pode ser verdadeira somente se a
construção e apropriação do conhecimento científico for efetiva e garantida pela ação dos
educadores e políticas administrativas da escola. No entanto sabe-se que mesmo tendo um
18
ambiente adequado, nem sempre se alcança um real aprendizado, pois não há como obrigar
alguém a aprender, mesmo que esteja presente em todos os momentos proporcionados pela
escola.
Na instituição, no momento, se faz necessário a reelaboração e revisão das normas
internas norteadoras da conduta dos discentes, da mesma forma deve haver elaboração de
normas internas de conduta para nortear as práticas dos profissionais da educação. As mesmas
devem ser assimiladas e assumidas dentro do compromisso ético de cada indivíduo e não
apenas impostas. Tanto as normas como as práticas cotidianas devem estar em conformidade
com as Leis que regulamentam a educação formal no Município, Estado e Nação. Para além
disso deve-se estruturar um sistema de Normas Internas que englobem discentes, professores,
funcionários, pedagogos e gestores e promovam um ambiente de coerência ética, harmônico,
estável, fraterno e honesto entre todos, onde as informações fluam com clareza e cheguem a
todos com igualdade, sendo importante a consciência de deixar no ambiente escolar os
assuntos que pertencem a realidade escolar.
A conduta ética deve nortear a relação entre profissionais da educação e discentes.
Para tal precisa-se abandonar a pura teorização e partir para a aplicabilidade prática. "O
ululante tom de emergência de uma teoria que indique caminhos práticos é notório. E com ela
vislumbra-se não apenas uma crítica aos cenários favoráveis descritos pelas utopias de cunho
político que grassam despercebidas, mas sobretudo, trata-se de fazer emergir, na esfera
política das decisões públicas e coletivas, a gravidade do problema" (SANTOS, OLIVEIRA e
ZANCANARO, 2016). Da mesma forma este apelo se apresenta em caráter de urgência em
todas as escolas, inclusive a nossa.
Ser professor é aprender com os estudantes, à medida que as construções acontecem
em conjunto. É aliar docência com discência, como afirma Freire: “Quem ensina aprende ao
ensinar e quem aprende ensina ao aprender” (1998, p. 25). Portanto, aprender em conjunto é
pesquisar para suprir dúvidas, discutir e procurar nessa dialética alçar à patamares mais altos
de conhecimento. Ensino e pesquisa devem trilhar um mesmo caminhar, numa atitude
processual de investigação" (www.cnte.org.br, consultado em 29 de novembro de 2016).
O foco da ação pedagógica deve estar na pesquisa e construção do conhecimento
científico. "O processo de pesquisa exige dedicação, e esta necessita de motivação, não só dos
estudantes, mas também dos professores que se utilizando, por exemplo, das experiências
proporcionadas pela formação continuada, evitam a estagnação numa mesma forma de
ensinar e conceber a educação.
Em entrevista Morin diz que além de ser preciso educar os educadores, a figura do
19
professor é determinante para a consolidação de um modelo “ideal" de educação. Através da
Internet, os alunos podem ter acesso a todo o tipo de conhecimento sem a presença de um
professor. Então, o que faz necessária a presença de um professor? Ele deve ser o regente da
orquestra, observar o fluxo desses conhecimentos e elucidar as dúvidas dos alunos
(www.fronteiras.com, consultado em 29 de novembro de 2016).
REFERÊNCIAS
http://www.cnte.org.br/index.php/esforce-escola-de-formacao-da cnte/16759-ser-professor-
significacoes-e-motivacoes.html
http://www.fronteiras.com/entrevistas/entrevista-edgar-morin-e-preciso-educar-os-educadores
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3. CARACTERIZAÇÃO
O Colégio Estadual Arnaldo Busato – Ensino Fundamental e Médio, está situado na
zona urbana do município de Verê, atendendo uma clientela bastante heterogênea na questão
sócio-econômica. Nossos educandos são oriundos da área urbana e rural, sendo que 50%
destes residem na área urbana e, os outros 50%, na área rural.
Os pais atribuem à escola a responsabilidade de transmitir o conhecimento científico e
acreditam na educação escolar como um meio para a cidadania. Sendo que a maioria dos pais
incentiva os seus filhos a estudarem e, acreditam ser a escola, através do conhecimento, capaz
de dar condições a seus filhos terem uma vida melhor.
O nosso aluno é fruto de uma sociedade injusta, desigual e preconceituosa. Alguns de
nossos alunos são oriundos de famílias desestruturadas, sem condições de suprir as
necessidades básicas de alimentação, moradia, afetividade, saúde e lazer. Isso além de refletir
no processo de ensino e aprendizagem, resulta na formação de indivíduos agressivos,
indisciplinados e sem objetivos na vida pessoal. Sabendo destes problemas a escola vem
trabalhando para amenizar essas dificuldades, visando formar cidadãos com visão crítica e
capazes de conquistar um espaço digno na sociedade.
Os professores e o ensino, em nosso município, são de grande valia, como podemos
observar na afirmação de um pai: “Temos professores que se dedicam dando o máximo de si e
de suas capacidades e conhecimento. O ensino podemos considerar bom, pois a maioria dos
alunos do Ensino Médio, ao concluírem estão indo para as faculdades.” Como prova disso
temos a média do ENEM superior a média Nacional e Estadual.
O Colégio conta com professores habilitados em todas as áreas do ensino, sendo que
os quadros pedagógico, administrativo e operacional, buscam constantemente se aperfeiçoar.
Defendemos a formação continuada dos profissionais da educação, mesmo tendo habilitação
21
específica, pois a atualização e a revisão da prática pedagógica é necessária no ambiente
escolar.
Sabemos da importância de todos os profissionais da educação para o bom andamento
de escola, porém, na maioria das vezes, vemos que estes não tem a devida valorização. No
Colégio Estadual Arnaldo Busato, procuramos tomar as decisões de forma coletiva,
integrando toda a comunidade escolar. Percebemos que esta preocupação também é da SEED,
pois cursos de formação continuada e as semanas pedagógicas estão sendo propostos para
toda a comunidade, que estuda e discute junto.
4. OBJETIVOS
A nossa filosofia é de um Projeto Político Pedagógico flexível e inovador, aberto a
sugestões, sendo um objeto de estudo constante.
Tem como objetivo proporcionar aos educandos um ensino de qualidade que
possibilite a conquista de seus direitos de cidadão, possibilitando através da reflexão e do
desenvolvimento do senso crítico, desenvolver-se como um ser humano responsável,
consciente, crítico e participativo na sociedade na qual está inserido.
A nossa sociedade não é organizada de maneira justa, temos um país capitalista, excludente e
individualista, estruturado em segmentos, seguindo uma hierarquia, porém percebemos o
desenrolar da transformação social, política, econômica e cultural.
O Paraná é um estado capaz de prover seus próprios recursos, com privilégios devido
à sua localização, relevo, clima, solo, turismo e povo que busca o desenvolvimento.
O município de Verê com 343 km2 de área, possui um baixo número de habitantes,
mas a diversidade de etnias se faz presente. Segundo o Plano Municipal de Educação (2007),
no ano 2000 contava com uma população de 8.721 habitantes; em 2005, já eram 6.827
22
habitantes; e em 2010, temos 5.717 habitantes. Isto revela a diminuição gradativa da nossa
população do baixo número de habitantes.
A matéria-prima encontrada em nosso município nos oferece condições de situação
sócio-econômica estável. Possuímos opções de sustentação, com boa localização geográfica,
clima favorável, cultura diversificada, solo e água de qualidade, um ponto turístico e
econômico, as águas termais e minerais de Águas do Verê, bem como os laticínios e pequenas
empresas que ofertam empregos aos munícipes.
Outro problema que enfrentamos em nosso Colégio e está em constante crescimento,
atrapalhando o processo de ensino e aprendizagem é a indisciplina, associada a falta de
limites. Neste sentido, estamos agindo em co-responsabilidade com a família, chamando os
responsáveis sempre que necessário, para que estes conheçam o andamento da vida escolar de
seus dependentes.
As dificuldades de aprendizagem estão sendo atendidas com formas diferenciadas, em
sala de aula e em outros momentos, através da Sala de Recursos, Salas de Apoio e o Programa
de Atividades Complementares Curriculares em Contraturno.
As atividades da Sala de Apoio são oferecidas nas disciplinas de Português e
Matemática, para os alunos de 6º e 9º ano. Os conteúdos da Sala de Apoio são trabalhados de
forma diferenciada, com o intuito dos educandos desenvolverem com sucesso o seu processo
de ensino e aprendizagem. Para tanto, são usadas práticas diversificadas, apresentando
desafios, leituras, escrita, jogos, brincadeiras, entre outros. É importante lembrar que estas
atividades são colocadas como oportunidade de superar as suas dificuldades.
Seguindo esta mesma linha pensamento, no ano de 2011, foi implantado no Colégio o
Programa de Atividade Complementar Curricular em Contraturno, na área de
Aprofundamento da Aprendizagem, oportunizando aos educandos do Ensino Fundamental
mais um momento diferenciado para a aprendizagem. Este programa, também está disponível
para o Ensino Médio, com atividades no macrocampo de Geração de Rendas e Mundo do
Trabalho – Preparatório para o Vestibular, oferecendo a oportunidade de nossos estudantes se
prepararem melhor para os desafios futuros.
Apesar do ensino oferecido em nosso estabelecimento ser de boa qualidade, nossos
educandos, ao concluírem os três anos do Ensino Médio, não se sentem preparados para
ingressar no mercado de trabalho e alcançar seus objetivos. Muitos deles tem que trabalhar
para sustentar-se o que dificulta o ingresso e permanência no Ensino Superior. A fim de
contemplar isso o Colégio sempre buscou a implantação de cursos pós-médios, o que se
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tornou realidade, em 2011, quando passou a ofertar dois cursos pós-médio, na área técnica de
Logística e Segurança do Trabalho, em parceria com a Escola Técnica Aberta do Brasil – E-
tec Brasil.
Os pais dos nossos educandos incentivam os filhos a estudarem e acreditam ser a
escola, através do conhecimento científico, capaz de dar condições a uma vida melhor.
Compartilhando deste pensamento, muitos pais ou responsáveis estão na escola ou voltando
para ela. O nível de escolaridade dos mesmos é bem variado, temos pais com curso superior e
outros que nem são alfabetizados, de acordo com pesquisa realizada em ano de 2011, como
demonstra a tabela abaixo:
Nível de escolaridade Nº de pais Porcentagem
Ensino Fundamental, anos iniciais, completo 250 32,00%
Ensino Fundamental, anos iniciais, incompleto 81 10,40%
Ensino Fundamental, anos finais, completo 87 11,10%
Ensino Fundamental, anos finais, incompleto 127 16,30%
Ensino Médio completo 132 16,90%
Ensino Médio incompleto 34 4,40%
Ensino Superior completo 37 4,70%
Ensino Superior incompleto 4 0,50%
Não estudou 15 1,90%
Sem Informação 14 1,8
Na verdade, vivemos um tempo no qual a informação está disponível como nunca
esteve a grandes parcelas da população. No decorrer dos anos letivos, o colégio realiza
inúmeros projetos e programas, alguns advindos da Secretaria de Educação e do Ministério da
Educação, como: Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas e Olimpíada de
Língua Portuguesa, Programa de Atividades Complementares Curriculares de Contraturno,
Segundo Tempo e outros internos, como: Sexualidade e gravidez na adolescência, Orientação
Profissional, Combate a Dengue, Semana do Trânsito, Combate ao Uso Indevido de Drogas,
Preservação do Meio Ambiente, tudo isso com o objetivo de integrar a comunidade e
melhorar o processo de ensino e aprendizagem.
Como diz Saviani (1991, p.18): “Ora, clássico na escola é a transmissão-assimulação
do saber sistematizado. Este é o fim a atingir.” Seguindo esta ideia, buscamos efetivar em
nosso estabelecimento todos os programas que mantenham nos educandos o maior tempo
possível dentro de um ambiente de aprendizagem, seguindo a proposta da Educação Integral.
24
Sabemos que ofertar educação de qualidade e em tempo integral demanda inúmeras questões,
tais como a formação de profissionais, espaço físico, articulação dos diferentes saberes e o
papel de cada um deles no contexto atual.
Tendo em vista tudo o que foi dito anteriormente, defendemos a formação continuada
dos profissionais da educação, sendo que todos devem estar em constante atualização e
revisão da sua prática pedagógica.
Ao nos remetermos aos profissionais da educação, queremos deixar claro que nestes
estão inclusos todos os funcionários, pois conhecemos seu valor dentro do ambiente escolar,
participando da tomada de decisões e contribuindo para o desenvolvimento do processo de
ensino e aprendizagem. Nossos funcionários recebem apoio e incentivo para a realização de
cursos de formação continuada, contando com o suporte da equipe pedagógica sempre que
necessário.
A equipe pedagógica tem como função, primordial, a mediação do conhecimento, no
processo de ensino e aprendizagem. Além disso, assume a tarefa de fazer a ligação entre
escola, família e professor, estando em constante comunicação com os pais e/ou responsáveis,
buscando a colaboração dos mesmos na educação dos seus filhos.
A Progressão Parcial é oferecida aos alunos de Ensino Médio reprovados em até três
disciplinas. O aluno em dependência deve cursar a disciplina em horário de contrário. Caso
apresente declaração de trabalho, esta será feita por meio de trabalhos e, em dia marcado,
realizará uma prova trimestral.
O nosso espaço físico é bom, mas temos o que melhorar a fim de atendermos as
novas demandas, principalmente, as atividades propostas em contraturno. As necessidades
são: manutenção do patrimônio, material para Laboratório de Ciências e funcionário
capacitado para dar assistência e acompanhamento, melhoria do material de som e vídeo e
material pedagógico. O Laboratório de Informática também necessita de profissional
capacitado para atender a escola, nos três turnos de funcionamento, bem como, dar assistência
aos profissionais da educação no uso das tecnologias se fazendo necessário maior capacitação
para os professores no que tange o uso destes equipamentos. A Internet precisa de melhorias
na conexão. Também, possuímos os computadores do PROINFO instalados na Biblioteca. São
um total de 10 máquinas que os estudantes e os professores utilizam para pesquisas extra-
classe.
Queremos uma escola que ofereça as condições necessárias para que os alunos possam
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adquirir os conhecimentos necessários e desenvolver todas as suas potencialidades, uma
escola equipada com Laboratórios de Química, Física, Biologia e Informática, Biblioteca com
acervo correspondendo a demanda real, quadra de esportes e materiais necessários para as
práticas esportivas. Priorizando a educação formal (conhecimento científico), mas que eduque
de maneira a formar um cidadão que tenha consciência crítica para agir de modo a superar as
adversidades e crescer economica e socialmente, uma educação que desenvolva o intelecto e o
humano.
O Projeto Político Pedagógico pretende alcançar objetivos que situem nosso educando
dentro da realidade, com elementos necessários para assimilação do saber e com condições de
vincular a educação escolar ao trabalho e as práticas sociais.
6. MARCO CONCEITUAL
Diante de toda mutação e modernização à que estamos assistindo, é preciso ter clareza
sobre algumas concepções, tais como de mundo, de homem, de sociedade e de educação,
para que possamos desempenhar a função de profissionais da educação com responsabilidade
e objetivos claros. Neste sentido, faz-se necessário o entendimento de que construímos um
ideário pedagógico, partindo de reflexões sobre a nossa prática, da troca de experiências, para
então, voltarmos a uma nova prática, num processo dialético permanente.
Entende-se por sociedade, um conjunto relativamente complexo de indivíduos, que
num determinado período histórico, defende interesses comuns, com padrões culturais
semelhantes.
No entanto, não podemos negar que a dinâmica da sociedade atual está sendo
determinada pelo modelo econômico, ditado pelo capitalismo. Na realidade, se apresentam e
se consolidam pela imposição de valores éticos, morais e culturais dominantes, que acabam
ditando o estilo de vida. Assim, na perspectiva da ordem econômica, temos uma sociedade
tecnológica que elege a ciência e a tecnologia como elementos fundamentais do processo
produtivo. A escola precisa saber lidar com esta situação, de modo a não priorizar a tecnologia
em detrimento ao educando, mas sim, utilizá-la em benefício deste mesmo educando, como
suporte pedagógico para uma educação de qualidade.
Como educadores buscamos uma sociedade harmônica e justa, na qual todos tenham
possibilidade de se desenvolver e auto-afirmar-se enquanto cidadãos e profissionais. Em razão
disso, cresce o compromisso da educação como formadora de um ser crítico e consciente.
O homem é um ser social que interage com outros e com o meio no qual está
26
inserido, com capacidade para transformar este meio, adaptando-o as suas necessidades. Isso
tudo é possível, pois o ser humano é portador de capacidades cognitivas de apreensão e
compreensão. Sendo assim, o indivíduo se constitui membro de um grupo através da
construção de sua identidade cultural, o que possibilita a sua permanência neste grupo,
construindo sua personalidade, caracterizando-se como indivíduo único.
Portanto, não se pode desvincular a Educação da sociedade, pois pensar na Educação
implica em pensar na sociedade em que vivemos, e na luta de classes. A educação se dá na
escola que, por sua vez, está inserida numa sociedade, cujo modelo de organização precisa ser
objeto de análise crítica. Sendo assim, Gadotti (1998) defende que a educação pode despertar
nos estudantes uma consciência social e política, porém não política partidária, visando
sempre a melhoria da qualidade de ensino. A escola precisa pensar, analisar e refletir sobre a
educação, saindo do ativismo, ou seja, do fazer por fazer, sem respaldo que norteie o
porquê e o para quê destina-se esse fazer.
toda teoria pedagógica tem seus fundamentos baseados num sistema filosófico. É a filosofia
que, expressando uma concepção de homem e de mundo, dá sentido à Pedagogia definindo seus
objetivos e determinando os métodos da ação educativa. Nesse sentido, não existe educação
neutra. Ao trabalhar na área de educação, é sempre necessário tomar partido, assumir posições. E toda
escolha de uma concepção de educação é, fundamental, o reflexo da escolha de uma filosofia de vida.
(Haydt, 1997, p. 23).
Neste sentido, a escola e os professores precisam ter conhecimento para não serem
reprodutores de ideologias dominantes que atendam aos interesses da elite.
Além disso, como afirma Libâneo (1985), a escola cumpre funções que lhe são
atribuídas pela sociedade que, por sua vez, apresenta-se constituídas por classes sociais com
interesses antagônicos. Evidencia-se, com isso, que o modo como os professores realizam
seus trabalhos, selecionam e organizam os conteúdos escolares, ou escolhem as técnicas de
ensino e avaliação, tem a ver com pressupostos teórico-metodológico, explicita ou
implicitamente.
A ação escolar não pode ser isolada, ao contrário, é necessário a integração da família,
escola, igreja, sociedade e poder público, desenvolvendo a sua verdadeira função, socializar e
garantir o conhecimento científico historicamente elaborado, formando cidadãos críticos e
conscientes.
É por isso que o Colégio Estadual Arnaldo Busato tem a Pedagogia Histórica-Crítica
como norteadora de todo o seu trabalho, por entender que esta linha de pensamento vem ao
encontro dos nossos objetivos, partindo do que o educando já sabe, instigá-lo a pesquisar,
descobrir e aprender coisas novas por meio da problematização de situações, de modo que ao
final do processo ele seja capaz de transformar a sua prática social, agora com uma visão mais
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crítica e abrangente da realidade, provocando transformações que levem a um bem viver
coletivo, como idealizava Paulo Freire.
Neste aspecto, a "cultura" pode ser entendida tanto no sentido de aquisição de conhecimento (papel da
escola) quanto no conjunto de traços característicos do modo de vida de uma determinada sociedade,
comunidade ou grupo. Este sentido de cultura também precisa ter espaço garantido na escola, pois a
diversidade cultural dos educandos precisa ser respeitada, valorizada e trabalhada no âmbito
escolar, entendo que uma cultura é apenas diferente da outra, e não inferior. (Forquin, 1993, p.10)
Neste aspecto, a “cultura” pode ser entendida tanto no sentido de aquisição de
conhecimento (papel da escola) quanto no conjunto de traços característicos do modo de vida
de uma determinada sociedade, comunidade ou grupo. Este sentido de cultura também precisa
ter espaço garantido na escola, pois a diversidade cultural dos educandos precisa ser
respeitada, valorizada e trabalhada no âmbito escoalr, entendo que uma cultura é apenas
diferente da outra, e não inferior.
Segundo Miguel Arroyo (1996), precisamos mostrar que a escola pública que está
sendo edificada no Brasil e na América Latina é um movimento que está dando certo, com
pontos positivos, em resposta ao olhar negativo dos neoliberais, os quais insistem na
gravidade da situação, para depois se apresentarem como milagreiros.
A escola pública é um instrumento de luta para a superação de classes. Isso significa
que todos os profissionais da educação devem engajar-se no esforço a fim de garantir um
ensino de qualidade. Para tanto, faz-se necessário uma proposição de metodologias que
possibilitem ao educando a compreensão de conceitos e significados e o estabelecimento de
relações do conteúdo estudado com suas experiências. Nesse sentido, a Pedagogia Histórico-
Crítica considera que o aluno aprendeu quando atribui sentido e significado às coisas, tendo
de discutir, justificar e estabelecer relações sobre as ideias e situações. Quando isso acontece é
porque o processo ensino e aprendizagem de fato aconteceu.
"as aprendizagens que os alunos realizam em ambiente escolar não acontecem no vazio, mas estão
institucionalmente condicionadas pelas funções que a escola, como instituição, deve cumprir com os
indivíduos que a frequentam. É a aprendizagem possível dentro dessa cultura escolar peculiar definida
pelo currículo pelas condições que definem a instituição - teatro no qual se desenvolve a ação". (Sacristán,
2000, p.34).
Entende-se por currículo a especificação precisa de objetivos, procedimentos e
métodos para a obtenção de resultados. Corresponde a um plano de estudos ou a um
programa, estruturado e organizado na base de objetivos, conteúdos e atividades, de acordo
com a natureza de cada disciplina. É também o conhecimento organizado para ser
transmitido nas instituições educacionais.
“O currículo não é, no entanto, um conceito; é uma construção cultural, isto é, não é um conceito abstrato
que possui alguma existência exterior e alguma experiência humana. Pelo contrário, é um modo de
organizar um conjunto de práticas educacionais humanas”. (Grundy, 1987, p.5).
28
Desse modo, o currículo é uma construção que deve ser estudada na relação com as
condições históricas e sociais em que se produz, considerando sempre o contexto, ao qual está
inserido. Mais ainda é uma prática pedagógica que resulta da interação e confluência de várias
estruturas (políticas, administrativas, econômicas, culturais, sociais, escolares, etc) com
interesses concretos e responsabilidades compartilhadas.
O currículo da escola pública deve ter a preocupação com a democratização da
educação, garantindo a oferta de um ensino de boa qualidade, contextualizada e com
atendimento a todos os indivíduos em idade escolar.
A elaboração do currículo da escola pública deve ser um ato democrático, que
contemple conteúdos relevantes ao crescimento intelectual e pessoal do educando e com
práticas educacionais bem organizadas, de modo a oferecer condições para que o crescimento
supracitado seja atingido.
Democrática também deve ser a gestão da escola. Entendendo que a tomada de
decisões conscientes com objetivos definidos, deve ser coletiva. Faz-se necessário
compreender, que toda a tomada de decisões é um ato político, pois implica em escolhas que
dizem respeito a interesses comuns.
Esta é a indicação trazida pelos artigos 12, 13 e 14 da LDB, que instiga a construção
de um trabalho coletivo. Assim, a gestão democrática é uma gestão de autoridade
compartilhada que tem como fim a educação, de acordo com o Art. 205 da Constituição
Federal do Brasil (1988): "A educação, direito de todos e dever do estado e da família será
promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando o pleno desenvolvimento
da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”.
A gestão democrática, enquanto expressão política da norma constitucional e da LDB,
está vinculada à formação da cidadania. Todavia a gestão democrática envolve um processo
de formação de consciência pessoal e social, de reconhecimento desse processo em termos de
direitos e deveres. A realização se dá pela extensão das mesmas condições de acesso às
políticas públicas e pela participação de todos nas tomadas decisões.
Torna-se importante salientar, como dizia Gramsci (1979), se quisermos de fato salvar
a escola, não podemos nos contentar em administrá-la, precisamos dirigi-la. Dirigi-la através
de uma gestão democrática, que dê a todos os membros da comunidade escolar o direito de
opinar nas decisões referentes à escola; que oportunize a atuação dos profissionais como
intelectuais inteligentes, gestores da educação, pessoas que constroem e organizam, que
atuam como persuasores permanentes e que são capazes de fixar parâmetros de sentido
29
para a escola.
Neste contexto de gestão democrática, a avaliação também ganhou nova conotação.
Ela não só expandiu o seu objeto de apreciação, como integrou programas, currículo,
condições tecnológicas, infra-estrutura, etc, analisados e qualificados em termos de eficiência,
eficácia e efetividade em função dos melhores resultados do processo de ensino e
aprendizagem. Assim, aliou-se o processo avaliativo à organização do ensino.
Não podemos admitir no meio escolar, conceitos de avaliação ultrapassados, nos quais
esta prática é tida como instrumento de controle, de conferência de resultados, entre outros. É
preciso compreender a avaliação como uma relação entre metas estabelecidas, recursos,
empenho e resultados obtidos. Este conhecimento serve como referência nas intervenções que
regulam e aperfeiçoam a função educacional sob a inspiração de planos formalizados.
Segundo Casanova (1995), a avaliação, aplicada ao processo de ensino e
aprendizagem, consiste em um processo sistemático e rigoroso de recolhida de dados,
incorporado ao processo educativo desde o seu início, que proporciona informação contínua e
significativa para conhecer a situação, formar juízos de valor respectivos e tomar decisões
adequadas para prosseguir a atividade educativa dentro de uma perspectiva de
aperfeiçoamento constante e progresso.
Assim, no curso de sua evolução, a avaliação ampliou o seu objeto: de uma prática
centrada no resultado da aprendizagem, passou-se a valorizar informações concernentes a
outros âmbitos do ambiente educacional e da vida dos educandos, considerados numa nova
relação causal com o sucesso ou o fracasso do processo de ensino e aprendizagem.
Dias (2002), descreve o antagonismo entre as avaliações quantitativas e as
qualitativas, ressaltando a vinculação entre a finalidade da avaliação e questões de ordem
filosófica e política. Ratificou a afirmação de que a escolha de uma metodologia resulta da
aceitação de um determinado paradigma. E, exemplificando, destacou o paradigma que
enfatiza a cientificidade e a utilização precisa de instrumentos técnicos e que não pretende
mais do que identificar os melhores e os piores, cobrar responsabilidades, controlar e
eventualmente premiar ou punir. Em contrapartida, apontou propósitos voltados ao informar,
trabalhar com as diferentes representações, interpretar as causalidades e pensar em estratégias
de superação.
A avaliação deve, também, interagir com o planejamento educacional, pois quando
isso a acontece supera a condição das práticas rotineiras, paradoxalmente, desprovida de
sentido e de intencionalidade formativa, exigindo uma apreensão da complexidade do
trabalho pedagógico na escola.
30
Portanto, a avaliação é um processo que objetiva dar suporte às decisões escolares,
sejam elas de cunho pedagógico, administrativo ou político. Aprovar, definir situações de
recuperação, atender interesses especiais, agrupar, reorientar, atribuir mérito e,
principalmente, melhorar e aperfeiçoar o processo de ensino e aprendizagem. Esta é a
proposta formativa da avaliação, tudo isso agrupado a planos de intervenção. Assim, para
bem definir é preciso bem avaliar, o que significa avaliar com objetividade, isto é com um
ponto bem definido de onde se quer chegar.
A reprovação não é a solução para a questão da qualidade do aprendizado. A
reprovação não pode ser pensada apenas em nível quantitativo, mas sim em nível qualitativo.
As taxas de repetência no Ensino Fundamental e Médio são indicadores de que ainda temos
que melhorar a qualidade da educação ofertada nas escolas públicas.
A evasão escolar é um fator preocupante em nosso país, para minimizar o problema,
programas Nacionais de incentivo aos estudos são destinados às famílias que incentivam os
filhos a estudar (programas como Bolsa Escola e Bolsa Família). Muitos educandos deixam a
escola por questões financeiras, precisam ajudar a família no sustento da casa, outros por
defasagem escolar, reprovações contínuas, falta de incentivo e apoio, conhecimentos
fragmentados e distantes da sua realidade. O problema de evasão escolar não é um problema
apenas da escola, é um problema social, visto que a repercussão da evasão escolar reflete em
sociedade, gerando desigualdade social e cultural.
Para diminuir os níveis de reprovação e evasão escolar é importante a realização de
um trabalho de recuperação, através do qual o aluno possa se apropriar do conhecimento,
tornando-se crítico e consciente.
Na recuperação, o professor deve utilizar metodologia diferenciada tendo como
objetivo primordial a apropriação do conhecimento pelo educando, motivando-o a acreditar
em suas potencialidades. Além disso, os trabalhos aplicados devem partir da realidade do
educando, para assim ter significado em sua vida.
Diante da pluralidade e da heterogeneidade existente na sala de aula e na sociedade, a
escolarização adquire grande importância, sendo exigido do professor a promoção do
desenvolvimento e da aprendizagem de seu educando, oportunizando uma educação para a
descoberta com formação sólida. Assumir o ensino como mediação, desenvolver uma prática
interdisciplinar, ensinar a pensar de maneira crítica, desenvolver capacidades comunicativas e
incluir a perspectiva afetiva no exercício da docência, respeitando as diferenças, são algumas
das práticas citadas por Libâneo para um professor dos tempos atuais.
A participação dos docentes examinando o currículo, métodos, cultura escolar e as
31
políticas educacionais são formas pelas quais o trabalho docente pode se transformar, ao
mesmo tempo em que estará atuando efetivamente nas questões referentes à escola.
A concretização do trabalho docente se dá na prática da sala de aula, no seu cotidiano.
A prática educacional está inserida na tessitura social e é configurada na interação entre os
sujeitos e os grupos. Assim, o trabalho do professor precisa estar centrado na relação
permanente entre professor, alunos e conhecimento, numa troca constante de experiência, na
qual o professor é o mediador e o aluno é o construtor de seu próprio conhecimento.
Para que a escola funcione de maneira harmoniosa, ela precisa contar com o apoio de
toda a comunidade. Essa participação se dá, principalmente, através dos órgãos colegiados
como: Conselho Escolar, Associação de Pais, Mestres e Funcionários - APMF e Grêmio
Estudantil. Eles auxiliam, diretamente, o gestor escolar nas questões relacionadas à escola.
O Conselho Escolar representa a própria escola, constituindo-se na expressão da
cidadania, efetivando o princípio constitucional da gestão democrática, uma vez que este
conselho é formado por representantes dos diversos segmentos da comunidade escolar.
A Associação de Pais, Mestres e Funcionários – APMF, tem o compromisso de
acompanhar o desenvolvimento das questões de cunho pedagógico, bem como definir, junto
com o Conselho Escolar, o destino dos recursos advindos de convênios públicos ou de
qualquer contribuição e/ou arrecadação de natureza financeira do Estabelecimento de Ensino.
Grêmio Estudantil constitui um meio de participação dos alunos no espaço de
discussão e tomada de decisões acerca do processo escolar, fortalecendo as noções de respeito
de direitos e deveres na convivência comunitária. Portanto ao criar tal espaço de participação,
este órgão dá aos alunos a possibilidade de proporem alternativas, lutarem por seus direitos ,
exercendo a cidadania.
O Conselho de Classe refere-se a um órgão colegiado, que se reúne para refletir e
avaliar o desempenho pedagógico dos alunos, repensar a prática docente, as formas de
avaliação, buscar estratégias que serão utilizadas na recuperação de conteúdos, entre outros
fatores que interferem no processo de ensino e aprendizagem.
Os recursos humanos representam quesito importante para o desenvolvimento dos
trabalhos no interior de uma escola. Ela precisa contar com profissionais suficientes, que
atendam a demanda de trabalho existente, profissionais qualificados, exercendo com
responsabilidade e comprometimento a sua função, seja no campo pedagógico, administrativo
ou operacional.
Quando se têm professores qualificados e comprometidos com sua prática pedagógica,
tem-se, também, metodologias de trabalho que favorecem o processo de ensino e
32
aprendizagem, indo além da mera transmissão de conteúdos. Assim, é importante que o
professor se utilize de metodologias que desafiem os alunos a construir o seu próprio saber,
conscientizando-os de sua ação, analisando hipóteses e questionando-as, para que a escola
deixe de ser mera transmissora de conteúdos e passe, a formar cidadãos críticos e conscientes
de seu papel na sociedade.
No entanto, um dos grandes desafios dos educadores é estabelecer uma proposta de
ensino que reconheça e valorize as mais variadas práticas culturais encontradas no ambiente
escolar, sem perder de vista o conhecimento historicamente produzido. São as diferenças que
constituem os seres humanos, diferenças estas que se fazem presentes a todo o momento,
mostrando e demonstrando que existem grupos humanos dotados de especificidades
naturalmente irredutíveis. Assim, a educação precisa constituir-se num espaço dialógico no
qual as diferenças se complementem e não sejam fatores de exclusão.
Quando falamos em inclusão, não podemos nos referir apenas à inclusão de alunos
com deficiência, precisamos lembrar de todos os marginalizados por sua cor, raça, credo,
grupo social, hábitos, orientação sexual, origens familiares, etc, os quais estão no interior da
escola e precisam ser respeitados.
O processo de inclusão educacional exige planejamento e mudanças sistêmicas, tanto
políticas quanto administrativas, além de envolver a alocação de recursos governamentais e a
flexibilização do currículo. Diante disso, o desafio da inclusão escolar é enfrentado como uma
nova forma de repensar e re-estruturar as políticas educativas, criando oportunidades efetivas
de acesso à educação escolar aos portadores de necessidades educacionais especiais e a todos
os outros que ficam à margem da sociedade, garantindo condições de que os mesmos possam
manter-se na escola e aprender.
O processo de formação implica na formação continuada dos Profissionais da
Educação. O objeto desta formação continuada é a melhoria do processo de ensino e
aprendizagem. Portanto, os programas que visam esta formação precisam incluir saberes
científicos, pedagógicos e organizacionais. Considerando que a formação continuada é uma
exigência para os tempos atuais, pode-se afirmar que a formação tem como preocupação a
instrumentalização para a prática pedagógica, uma vez que sua atuação interfere na formação
de cidadãos e seu compromisso ultrapassa a sala de aula, o que caracteriza o profissional da
Educação como um agente de mudança social.
A hora atividade também é um momento de formação para o professor, uma vez que o
mesmo realiza leituras, interage com outros profissionais, prepara e avalia suas práticas. Além
disso, este momento destina-se à correção e preparação de trabalhos e outras formas
33
avaliativas a serem desenvolvidos em sala de aula, atendimento a alunos e pais e pesquisas de
âmbito educacional.
A educação escolar garante não apenas a aprendizagem em um sentido restrito, mas
ainda é capaz de produzir desenvolvimento e ampliar as potencialidades humanas de
professores e educandos. É preciso destacar que este processo se dá, necessariamente, a partir
das relações que se estabelecem na sala de aula. Sabe-se que toda ação pedagógica implica em
decisões sobre que conhecimento ensinar, para quem e como fazê-lo. Mas decisões
pedagógicas e curriculares não são autônomas, a função da educação é estabelecer pontes
entre estruturas de pensamento.
Quando falamos em construção do conhecimento pensamos fundamentalmente na sala
de aula, onde acontece de forma mais imediata o processo educativo. O trabalho com
conhecimento é o processo de apropriação e construção do conhecimento, envolvendo
basicamente o que se consagrou chamar por conteúdo e metodologia.
Em todo este processo dialético que é o processo de ensino e aprendizagem, a
participação dos pais e da comunidade é fator primordial na construção de uma escola e de
um ensino de qualidade. Oportunizando a integração entre escola, família e sociedade
estaremos construindo um espaço, no qual o educando se desenvolva, tornando-se sujeito
capaz de atuar crítica e conscientemente no seu meio.
7. MARCO OPERACIONAL
O papel da escola, atualmente, está sendo o de acumular funções, pois está se tornando
assistencialista, assumindo o papel da família, da igreja e da sociedade, deixando de
desempenhar a sua verdadeira função que é a de ensinar e socializar o saber científico
elaborado historicamente.
Isso nos leva a refletir sobre que sociedade temos e qual queremos formar, para que a
educação formal possa contribuir, sendo instrumento de mudança e transformação. Neste
sentido que a Pedagogia Histórico-Crítica com sua metodologia dos cinco passos: prática
social, problematização, instrumentalização, a catarse e de novo a prática social, torna-se o
caminho possível desta transformação tão necessária.
A escola deve estar a serviço dos educandos, contribuindo para a sua formação,
devendo oferecer-lhes o acesso ao saber sistematizado e contribuindo para tornarem-se
cidadãos críticos e conscientes, capazes de contribuir para a transformação da sociedade.
34
A Gestão Democrática Escolar é o processo que rege o funcionamento da escola
compreendendo a tomada de decisões coletivas no planejamento, execução, acompanhamento
e avaliação das questões administrativas e pedagógicas.
O Conselho Escolar é um órgão colegiado, representante da Comunidade Escolar, de
natureza deliberativa, consultiva e avaliativa, sobre a organização e a realização do trabalho
pedagógico e administrativo da instituição escolar. Seus membros são eleitos por aclamação
pelos diversos setores da escola, exceto o presidente que sempre é o diretor do
estabelecimento de ensino.
O Conselho de Classe é um órgão colegiado de natureza consultiva e deliberativa em
assuntos didáticos pedagógicos, com atuação restrita a cada classe do estabelecimento de
ensino, tendo por objetivo avaliar o processo de ensino e aprendizagem, na relação professor e
aluno e os procedimentos adequados a cada caso. É constituído pelo(a) diretor(a) e/ou
diretor(a) auxiliar, equipe pedagógica, docentes, alunos e pais , por meio de:
- Pré-Conselho de Classe: com a turma, sob a coordenação do professor representante de
turma e/ou pedagogo(s);
- Conselho de Classe: com a participação da direção, da equipe pedagógica, da equipe
docente, da representação facultativa de alunos e pais de alunos por turma e/ou série.
- Pós-conselho de Classe: retorno à turma e pais das ações visando melhorar o andamento das
atividades escolares.
A Associação de Pais, Mestres e Funcionários - APMF, pessoa jurídica de direito
privado, não tendo caráter político-partidário, religioso, racial e sem fins lucrativos; não sendo
remunerados os seus Dirigentes e Conselheiros, sendo constituído por prazo determinado de
dois anos.
O Grêmio Estudantil é regido por Estatuto próprio registrado em Cartório, não tem
caráter político, religioso ou racial e nem fins lucrativos, não sendo remunerado nenhum de
seus dirigentes. Tem como objetivo promover a integração entre o corpo docente e discente e
formar lideranças jovens.
A Equipe de Direção tem como função a gestão dos serviços escolares no sentido de
garantir o alcance dos objetivos educacionais do estabelecimento de ensino, definido no
Projeto Político Pedagógico. Esta equipe é composta por Diretor e Diretor Auxiliar escolhida
conforme determinação da SEED e designada por ato próprio.
A equipe pedagógica é responsável pela coordenação e implantação das Diretrizes
Curriculares definidas no Projeto Político-Pedagógico, na Proposta Pedagógica Curricular, no
Regimento Escolar e nos Planos de Trabalho Docentes, em consonância com a política
35
educacional e orientações emanadas da Secretaria de Estado da Educação.
O Corpo Docente é constituído de professores devidamente habilitados em obediência
às disposições legais e normas aplicáveis dos órgãos competentes. Os professores serão
admitidos pela entidade mantenedora mediante nomeação por concurso público ou por
processo seletivo simplificado (PSS).
No Colégio Estadual Arnaldo Busato, a distribuição das aulas segue sempre as normas
estabelecidas pela Secretaria de Estado da Educação - SEED, sendo disponibilizados a todos
que sentirem-se lesados em seus direitos a apresentação de recursos.
A hora atividade é realizada por todos os professores em turno e horário pré-
estabelecido, sendo coordenada pela equipe pedagógica, obedecendo às normativas da SEED.
O Calendário Escolar será elaborado anualmente e atenderá o disposto na legislação
vigente, pela equipe de direção e equipe pedagógica, desse estabelecimento de ensino, após
apreciação do conselho escolar, será encaminhado para o Núcleo Regional de Educação para
homologação. O Calendário Escolar determina o início e término do ano letivo; dias
destinados a assembleias, grupo de estudos, conselho de classe, planejamento, datas cívicas e
religiosas e da Semana Cultural; o Calendário Escolar obedecerá à carga horária de 800
(oitocentas) horas, distribuídas por um número de 200 (duzentos) dias de efetivo trabalho
escolar, os quais terão uma jornada de 4 (quatro) horas de trabalho efetivo em sala de aula.
A formação continuada de professores e funcionários dar-se-á na participação dos
cursos promovidos pelo Núcleo Regional de Educação ou SEED; troca de experiências entre
professores da mesma área ou áreas afins, aproveitando a hora-atividade, estudo em grupos,
assinatura de jornais e revistas especializadas e materiais adequados, proporcionando aos
educadores e educandos maior qualidade de estudos; criar mecanismos e continuar a
formação de pais, alunos, professores e funcionários.
Os conteúdos curriculares estão organizados por disciplinas para os anos finais do
Ensino Fundamental e Ensino Médio. Sendo a organização curricular para os anos finais do
Ensino Fundamental composta pela Base Nacional Comum, constituída pelas disciplinas de
Artes, Ciências, Educação Física, Ensino Religioso, Geografia, História, Língua Portuguesa e
Matemática e da Parte Diversificada, constituída por Língua Estrangeira Moderna – Inglês.
Na organização curricular do Ensino Médio consta: a Base Nacional Comum, constituída
pelas disciplinas de Arte, Biologia, Educação Física, Filosofia, Física, Geografia, História,
Língua Portuguesa, Matemática, Química, Sociologia e a Parte Diversificada, constituída por
Língua Estrangeira Moderna – Inglês.
36
No ano de 2011, o colégio passou a ofertar dois cursos de pós médio, no período
noturno, em parceria com a E-TEC Brasil, na área de Logística e Segurança do Trabalho.
O nosso colégio oferta também o CELEM – Centro de Línguas Estrangeiras
Modernas. Essa atividade é uma oferta extracurricular e gratuita de ensino de línguas
estrangeiras. Em nossa escola a língua estrangeira ofertada é espanhol podendo participar
alunos, professores e comunidade em geral. O CELEM ofertará Cursos Básico e de
Aprimoramento os quais serão anuais, distribuídos nos turnos regulares e/ou intermediários,
de modo a proporcionar o melhor atendimento aos interessados.
Em 2013, ofertaremos o curso de Formação de Docentes, com projeto aprovado em
2011.
A avaliação de desempenho do docente será feita através da Avaliação do Desempenho
dos Profissionais da Educação Básica da Rede Pública Estadual do Paraná de acordo com as
orientações da SEED (Secretaria de Estado de Educação). Além disso, avaliação periódica do
desempenho profissional através de auto-avaliação; com as turmas que trabalha; com os pais
no decorrer do ano através de questionários.
A avaliação das atividades extracurriculares e Projeto Político Pedagógico será feita de
acordo com a participação nas reuniões de estudos, encontros, cursos, seminários e outros
eventos tendo em vista o aperfeiçoamento profissional, pois a educação está em contínua
evolução e, consequentemente, tudo que a envolve deve estar aberto a mudanças e inovações.
A avaliação da aprendizagem será feita através de provas, trabalhos, apresentações,
enfim, o professor deve estar continuamente avaliando. A questão qualitativa deve primar
sobre a quantitativa. O aluno será avaliado com notas de 0,0 a 10,0 em regime trimestral que
serão somadas e divididas pelo número de avaliações.
A avaliação será contínua, cumulativa e processual devendo refletir o desenvolvimento
global dos alunos e considerar as características individuais deste no conjunto dos
componentes curriculares cursados, com preponderância dos aspectos qualitativos sobre os
quantitativos. A avaliação será realizada em função dos conteúdos, utilizando métodos e
instrumentos diversificados, coerentes com as concepções e finalidades educativas expressas
neste Projeto. É proibido submeter os alunos a uma única oportunidade e a um único critério
de avaliação, sendo definido na escola, um mínimo de 3 (três) avaliações no trimestre, para as
disciplinas com até duas aulas semanais e um mínimo de 4 (quatro) avaliações no trimestre,
para as disciplinas com até 3 (três) aulas semanais, para então, se calcular a média trimestral.
O resultado da avaliação deve proporcionar dados que permitam a reflexão sobre a ação
pedagógica, contribuindo para que a escola possa reorganizar os conteúdos, os instrumentos e
37
os métodos de ensino. Na avaliação do aluno devem ser considerados os resultados obtidos
durante todo o período letivo, num processo contínuo, expressando o seu desenvolvimento
escolar, tomado na sua melhor forma. Os resultados das atividades avaliativas serão
analisados durante o período letivo, pelo aluno e pelo professor, observando os avanços e as
necessidades detectadas, para o estabelecimento de novas ações pedagógicas.
Os egressos terão acompanhamento através do Projeto Fica Comigo. Cumprir o papel
da escola que é educação de qualidade, interceder junto à família para apurar a razão da
infrequência, proceder às orientações e intervenções que se fazem necessários, com o recurso
que se dispõe, num verdadeiro resgate do aluno infrequente; avaliação detalhada das
condições sócio-familiares; avaliação (encaminhar) médica e psicológica se for o caso, é de
suma importância uma ação preventiva da escola, evitando a evasão.
O Planejamento é a organização do trabalho pedagógico escolar como um todo, em
suas especificidades, níveis e modalidades. Alicerça o trabalho pedagógico escolar enquanto
processo de construção contínua, é avaliado após profundas reflexões sobre as finalidades do
planejamento, assim como a explicitação do seu papel social e a clara definição dos caminhos,
formas operacionais e ações a serem empreendidas por todos os envolvidos com o processo
educativo. Ele cria significado à medida que nos questionamos sobre a situação atual da
escola, o que queremos e os rumos a seguir, dentro de limites e possibilidades, é concebido,
executado e avaliado na perspectiva do coletivo constituindo-se na ferramenta, por excelência,
para a escola construir sua autonomia, a partir da reflexão de suas práticas e de todo o
trabalho escolar.
A escola ainda executa os programas deliberados pela SEED, como os projetos de
valorização da Cultura Afro-brasileira e Relações étnico-raciais, Educação Fiscal, além de ter
sempre em mente a Promoção da Vida e a Educação Ambiental.
A Cultura Afro-brasileira e as Relações Étnico-Raciais tem sido trabalhada na escola,
nas disciplinas adaptando-se as exigências de cada uma. Para tal são desenvolvidos trabalhos
de pesquisa, debates, produção de textos, cálculo de estatísticas, entre outros sugeridos pelos
professores na ocasião.
A Promoção da Vida e Educação Ambiental faz parte do dia-a-dia da escola, sempre
buscamos conscientizar a toda comunidade escolar sobre a importância da valorização da
vida. Para cumprir este critério são realizadas palestras com profissionais da área da saúde e
do setor da agricultura, policiais, Conselho Tutelar. Dentro destes aspectos, buscamos
desenvolver um trabalho quanto a sexualidade, a violência e o uso indevido das drogas, pois a
promoção da vida exige respeito ao ser humano, independente de suas diferenças.
38
O mesmo, podemos falar da Educação Fiscal, pois se a escola tem um foco que é
formar um cidadão consciente e crítico de sua realidade, o qual conhece e atua de forma a
exercer sua cidadania, não pode deixar de propor discussão relacionadas a este tema.
Outro desafio enfrentado é o processo de inclusão, principalmente a inclusão de
educandos com dificuldades de aprendizagem. Este tipo de inclusão é uma preocupação
constante da escola, que busca meios para ajudar estes alunos, como o acesso à Sala de Apoio
e trabalhos extras para se tentar sanar ou amenizar estas dificuldades. Há muito a escola não
recebe aluno com deficiência física, visual, intelectual ou auditiva. Porém, quando isso
acontecer, será feito todo o possível para que ele se desenvolva, tanto nas questões de infra-
estrutura, quanto nos aspectos pedagógicos, solicitando a ajuda e a parceria do NRE e da
SEED. O educando terá igualdade de condições ao frequentar a escola, não importando sua
cor, gênero, idade, religião, deficiência entre outros e será avaliado de acordo com seus
avanços, desenvolvimento individual sem comparações com os demais. Os trabalhos para
educandos com dificuldade de aprendizagem seguirão as orientações das adaptações
curriculares.
Os documentos escolares, serão analisadas e avaliadas pela comunidade escolar,
através dos órgãos colegiados, sendo reformulados sempre que necessário, a fim de atender a
evolução do mundo moderno e adaptando-os à realidade local.
A organização da escola continuará de acordo com o seu Regimento Interno, bem
como, seguindo as orientações propostas em seus documentos.
8. PLANO DE AÇÃO DA ESCOLA
SITUAÇÃO AÇÃO COMO QUEM QUANDO
- Melhorar os
resultados de
aprendizagem.
- Após a aferição dos
resultados, busca
coletiva de ações
concretas.
- Encontros
para debate das
situações.
- Direção,
professores e
equipe
pedagógica.
- Sempre que
necessário.
- Melhorar os
índices de
aprendizagem e
aprovação.
- Projetos inter-
disciplinares.
- Diálogo com
alunos, pais e
professores.
- Incentivo aos
alunos.
- Reuniões por
turma, com pais,
alu- nos e profes-
- Família e
comunidade
escolar.
- No decorrer
do ano letivo.
39
- Recuperação
paralela.
- Atividades e
avaliações
diversificadas.
sores.
- Incluir es-tes
alunos em
ativida-des em
pe-ríodo de
contraturno.
- Permanên-cia,
frequência e
evasão escolar.
- Comunicar a
família.
- Projeto FICA
COMIGO.
- Conscientiza-ção
dos educan- dos da
importância de
estudar.
- Envio de
correspon-
dência aos
responsáveis.
- Palestras,
conversa e
dinâmicas
diversas.
- Professo-
res, direção e
equipe
pedagógica.
- De acor-do
com a
necessida-
de.
- Participação da
comunida-
de na escola e nos
eventos
promovidos pela
escola.
- Reuniões junto com
a comuni-dade
escolar.
- Reuniões de
planejamento com a
APMF e Conselho
Escolar.
- Participação
ativa da co-
munidade em
projetos e
promoções da
escola.
- Registro das
participações da
comunida-de
através de
filmagens, fo-
tografias, di-
vulgação de
trabalhos es-
colares em rá-
dios, site e jornal
local.
- Comunida-
de escolar e
sociedade em
geral.
- Pais, pro-
fessores,
funcioná-
rios, alunos e
comuni-dade
em geral.
- No de-correr
do ano letivo.
- Defasagem na - Recuperação de - Em cada - Todos os - Em todos os
40
aprendiza-gem
dos alunos de 6º
ao 9º ano.
conteúdos –
Recuperação
Paralela.
- Salas de apoio.
- Salas de Recur-sos.
disciplina, se
necessário.
professores. trimestres.
- Conselho de
Classe.
- Análise e avaliação
do processo de en-
sino e aprendi-
zagem, não se
detendo somente em
resultados numéricos.
- Pré-conse-lho
com alu-nos e
profes-sores,
diag-nósticando
avanços e
problemas.
- Análise dos
dados coleta-dos
no pré-conselho,
pela equipe peda-
gógica.
- Apresenta-ção
dos dados
tabulados e
discussão das
possíveis in-
tervenções .
- Professo-res
da tur-ma,
equipe
pedagógica e
direção.
- Nos 3
trimestres.
- Avaliação dos
profissio-nais da
educação.
- Criar mecanis-mos
de auto-ava-liação.
- Elaborar
cronogramas e
questioná-rios.
- Direção,
equipe pe-
dagógica e
professores.
- Uma vez por
ano.
- Muitos pais não
conhecem a
escola.
- Promover encontros
na escola.
- Palestras, jogos,
brinca-deiras e
tea-tros.
- Toda a es-
cola e so-
ciedade em
geral.
- Datas
especiais.
- Relação es-cola-
comuni-dade.
- Pouca participa-ção
dos pais na vida
- Promoções,
Projetos, gin-
- Promo-ções,
proje-tos,
- Comuni-
dade esco-lar.
41
escolar dos filhos. canas, reuni-ões,
pales-tras, etc.
ginca-nas,
reuni-ões,
pales-tras, etc.
- Recuperação de
estudos.
- Falta de se-riedade
dos alunos frente às
avaliações.
- Trabalhos em
sala de aula e
extra-classe
diver-sificados
com várias meto-
dologias.
- Professo-res
e equipe
pedagógica.
- No decor-rer
do ano letivo.
- Maior capaci-
tação de pro-
fessores e fun-
Cionários.
- Leituras, estu-dos,
cursos de formação e
troca de experiências
- Encontros de
formação
continuada,
debates, gru-pos
de estu-dos, etc.
- Profissio-nais
da Educação.
- No decor-rer
do ano letivo.
- Qualificação dos
equipa-mentos e
es-paços.
-Manter e melho-rar
materiais e estruturas
exis-tentes (salas, la-
boratórios, biblio-
tecas e materiais
didáticos e peda-
gógicos).
- Diagnóstico e
verificação in
loco.
- APMF, ges-
tores e co-
munidade
escolar.
- Durante o
ano leti-vo.
- Dificuldade de
Comunica-ção.
- Falar a mesma
linguagem.
- Estipular mo-
mentos para troca de
ideias.
- Reuniões,
conversas,
momentos de
confraterniza-ção.
- Funcioná-
rios, profes-
sores, equi-pe
pedagó-gica e
dire-ção.
- Durante
todo o ano
letivo.
- Laboratório de
Informá-tica.
- Seguir o regu-
lamento.
- Diálogo com
funcionários.
- Reuniões.
- Comunida-de
escolar.
- Durante
todo o ano
letivo.
- Biblioteca. - Seguir o regu- - Diálogo com -Comunida-de -Durante todo
42
lamento. funcionários.
- Reuniões.
escolar. o ano letivo.
- Manutenção e
Limpeza.
- Buscar ações
coletivas.
- Reuniões com a
dire-ção;
- Diálogo en-tre a
equipe.
- Equipe pe-
dagógica,
direção ,
funcioná-rios,
profes-sores e
alu-nos.
- Sempre que
neces-sário
du-rante todo
o ano le-tivo.
- Secretaria. -Buscar melho-rias e
cumprir as normas.
- Atender bem.
- Reunião com
Direção e
Conselho Es-
colar.
- Diretor,
membros do
Conselho
Escolar.
-Sempre que
neces-sário.
- Uso do Ví-deo. - Conforme pla-
nejamento (PTD).
- Diálogo com o
Funcionário.
- Plano de aula.
- Equipe
Pedagógica e
professo-res.
- Todo o ano
Letivo.
- Alunos com
notas baixas
devido não
estarem em dia
com os afazeres
escolares.
- Oportunizar ao
aluno, quando
justificado, novas
atividades ava-
liativas, com da-ta
definida pelo
professor e aná-lise
da equipe
pedagógica.
- Professor comu-
nica os pais a si-
tuação do filho.
- Convocação dos
pais.
- Através de
requerimento.
- Comunicado
aos pais infor-
mando a data
para uma nova
avalia-ção.
- Conversa com
pais ou
responsáveis.
-Professo-res,
equipe
pedagógica,
pais e alunos.
-Sempre que
neces-sário
du-rante o
ano letivo.
- PPP e PPC,
PTD.
- Efetivação do PPP,
da PPC e do PTD.
- Acompa-nhando
o tra-balho dos
docentes.
- Equipe
Pedagógica.
- Durante o
ano letivo.
43
- Maior entro-
samento entre os
professores e a
equipe pe-
dagógica.
- Acompanhar o
professor em sua
hora atividade.
- Através de
diálogo.
- Equipe
Pedagógica e
professo-res.
-Sempre que
neces-sário.
- Projetos na
escola.
- Desenvolvimen-to
de projetos.
- Incentivo para
o desen-
volvimento de
projetos que
enriqueçam o
conhecimen-to.
- Comunida-de
escolar.
-Quando os
objeti-vos a
se-rem atingi-
dos se
dêem mais
facilmente
através de
projetos.
- Organização e
acompanha-mento
dos es-paços e
tem-pos pedagógi-
cos na escola.
- Através de diálogo. - Proporcio-
nando espa-ços
que auxi-liem e
facili-tem o
proces-so de
ensino e
aprendiza-gem.
- Equipe
Pedagógica.
- Todo o ano
Letivo.
9. AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
A avaliação do Projeto Político Pedagógico será feita através das ações e resultados,
no decorrer do ano com discussões em reuniões e encontros pedagógicos. Será feita por todos
os segmentos da Escola, pois se a construção do Projeto foi feita coletivamente a avaliação
também precisa ser coletiva.
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10. REFERÊNCIAS
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