colÉgio estadual arthur da costa e silva – efm … · 2012-02-10 · considerando a necessidade...
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COLÉGIO ESTADUAL ARTHUR DA COSTA E SILVA – EFM
IVAÍ - PARANÁ
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – 2011.
I. APRESENTAÇÃO
Muito mais do que a ideia do cumprimento das normas constitucionais e requisito
burocrático, o Projeto Político Pedagógico é um documento norteador das políticas escolares, é a
articulação das intenções, das prioridades e das estratégias para realizar a sua função social. O PPP
apresenta uma característica prospectiva, a busca de um rumo, de uma direção; é uma construção
intencional, a assunção de um compromisso coletivo no sentido de aperfeiçoar a realidade presente.
Implica em romper com o existente para avançar, para rever o instituído e, a partir dele, tornar-se
instituinte. Por ser processo, não se apresenta de modo linear e conclusivo- abre possibilidades de
re- ver, de re- fazer, de re- pensar. Desse modo, apresenta-se como espaço para constantes
mudanças, discussão das preocupações, das práticas, das possibilidades, das limitações para o
alcance dos objetivos da escola, dos princípios e fins da Educação Nacional.
Considerando a necessidade de definir princípios e metas de trabalho, o Colégio Estadual
Arthur da Costa e Silva, Ensino Fundamental e Médio, desenvolverá o Projeto Político Pedagógico,
visando repensar, refletir e incorporar novas ideias e formas democráticas à prática educativa
numa perspectiva emancipatória e transformadora da educação, exigindo compromisso político
pedagógico dos profissionais que nela atuam, sabendo que a escola é o lugar de concepção,
realização e avaliação de seu projeto educativo, uma vez que necessita organizar seu trabalho
pedagógico, sendo então fundamental que ela (a escola) assuma suas responsabilidades.
II. FUNDAMENTOS LEGAIS DO PPP (Nacionais e estaduais)
Para atender as exigências da sociedade atual, o Colégio Estadual Arthur da Costa e Silva –
EFM, fundamenta seu Projeto Político Pedagógico nos seguintes fundamentos legais:
NACIONAIS:
LDB Nº 9394/96 de 20/12/96
LEI Nº9475/96 DE 22/07/1996- CNE
LEI Nº 10287/01 DE 20/09/2001
PARECER Nº15/98 – CNE/CBE
DECRETO FEDERAL Nº 3298 DE 20/12/99
ESTADUAIS:
DELIBERAÇÃO Nº 007/99 – CEE
DELIBERAÇÃO Nº 014/99 – CEE
INSTRUÇÃO Nº14/98 - DAE/CDE
DELIBERAÇÃO Nº016/99 – CEE
DELIBERAÇÃO Nº09/01 - CEE
RESOLUÇÃO Nº3794/04 - SEED
INSTRUÇÃO Nº21/2008 – SUED/SEED
RESOLUÇÃO Nº5590/2008 – SEED
INSTRUÇÃO Nº004/2009 – SUED/SEED
DIRETRIZES CURRICULARES ESTADUAIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA PARA A REDE
PÚBLICA DO ESTADO DO PARANÁ.
III. IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO:
1. DADOS GERAIS:
Estabelecimento de Ensino: COLÉGIO ESTADUAL ARTHUR DA COSTA E SILVA,
EFM.
Endereço: Rua Expedicionário Bruno Estrifica, nº 282 CEP: 84460-000
E-mail: [email protected]
Município: IVAÍ Código: 1150
Núcleo Regional de Educação: Ponta Grossa
Código do estabelecimento: 00020
Dependência Administrativa: ESTADO DO PARANÁ
Entidade Mantenedora: SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
Regime de Tempo Escolar: Séries Finais do Ensino Fundamental: SERIADO
Ensino Médio: BLOCOS DE DISCIPLINAS SEMESTRAIS
Organização curricular: por disciplinas
Oferta de Ensino: Este Colégio oferta as Séries Finais do Ensino Fundamental: 5ª a 8ª Séries
e Ensino Médio, organizado por Blocos de Disciplinas Semestrais
Turnos de funcionamento: manhã: das 7:30 às 11:50
tarde: das 12:50 às 17:10
noite: das 18:40 às 22:50
Número de Turmas: nove (09) no período da manhã
oito (08) no período da tarde
seis (06) no período da noite
HISTÓRICO DO ESTABELECIMENTO:
O Colégio Estadual Arthur da Costa e Silva, EFM., está situado na Rua Expedicionário
Bruno Estrífica, nº 282, centro, no Município de Ivaí, Estado do Paraná.
O Grupo Escolar Arthur da Costa e Silva foi projetado e construído na gestão 69/70,
sendo Governador do Estado, o Dr. Paulo Cruz Pimentel. A escola foi construída em terreno
doado para o Estado pela Prefeitura Municipal, após convênio firmado entre a Fundepar e a
Prefeitura Municipal de Ivaí. Foi inaugurada em junho de 1970, tendo autorização para
funcionamento através do Decreto Nº 21.209/70 de 08/10/70. O Estabelecimento de Ensino
(Ensino Médio) teve seu Reconhecimento através da Resolução Nº 1.870/87 de 08/05/87 e a
última Renovação do Reconhecimento do Ensino Médio através da Resolução nº3041/08 de
07/07/2008.
A escola começou a funcionar em 1971, oferecendo de 1ª a 4ª séries e a partir de
1982, passou a denominar-se Colégio Estadual Arthur da Costa e Silva – Ensino de 1º e 2º
Graus, ofertando o Curso Habilitação Básica em Comércio. A partir de 02/05/91 pela
Resolução Nº 1.491/91 ocorreu a municipalização do ensino de 1ª a 4ª séries, passando o
estabelecimento a denominar-se Colégio Estadual Arthur da Costa e Silva – Ensino de 2º
Grau.
Pelo Parecer Nº 629/99 de 25/11/99, obteve-se a aprovação da proposta Curricular do
Ensino Médio, com implantação gradativa, passando o Estabelecimento de Ensino a
denominar-se então, Colégio Estadual Arthur da Costa e Silva – Ensino Médio.
O Colégio também passou a ofertar o Ensino Fundamental, de 5ª a 8ª Séries, conforme
Resolução Nº 3078/05, iniciando com a 5ª e 6ª Séries, no ano letivo de 2006, em 2007 a 7ª Série e
em 2008 a 8ª Série, reconhecido pela Resolução nº3232/07 de 23/07/2007.
O Colégio Estadual Arthur da Costa e Silva, Ensino Fundamental e Médio, conta atualmente
com 35 (trinta e cinco) Professores, 15 (quinze) Funcionários, sendo 09 (nove) Agentes
Educacionais I e 06 (seis) Agentes Educacionais II, 04 (quatro) Professores Pedagogos (Equipe
Pedagógica) e respondendo pela Direção, o Professor Remi Ivo Thomaz e como Diretora Auxiliar a
profa. Margareth Krevey Grabicoski.
O Colégio Estadual Arthur da Costa e Silva, EFM., pertence ao Núcleo Regional de
Educação de Ponta Grossa, Estado do Paraná.
O Colégio Estadual Arthur da Costa e Silva, oferta o Ensino Médio, etapa final da Educação
Básica, com duração mínima de três anos, de 1ª a 3ª séries, proporcionando aos alunos uma
educação de preparação humana, social, dando oportunidade para que eles ao término do Curso
recebam uma bagagem que lhes abra novos horizontes como agentes transformadores da sociedade.
Educar não se resume apenas num processo profissional como outro qualquer com suas
impassividades; mas deve trilhar caminhos que de uma forma ou de outra, leve o educando a pensar
sozinho e impulsioná-lo ao desejo de reconstruir seus próprios conceitos, se assim necessário, para
o restabelecimento de sua liberdade como via segura para auto- afirmação social, fazendo a sua
própria história e decidindo sobre o seu futuro. Este é sem dúvidas o nível desejado para uma
educação moderna.
DESCRIÇÃO DOS ESPAÇOS FÍSICOS E DOS RECURSOS MATERIAIS
EXISTENTES:
O Colégio Estadual Arthur da Costa e Silva – EFM, foi construído, todo em alvenaria,
prédio próprio, está em bom estado de conservação e sempre são feitas melhorias para sua
manutenção, conta com 09 (nove) salas de aula, 01 (uma) sala para o Laboratório de Informática
(com Internet do PARANÁ DIGITAL) com 20 computadores, 01 (uma) sala de Informática-
PROINFO (com Internet) com 10 computadores, 01 (uma) sala para o Laboratório de Física,
Química e Biologia, 01 (uma) sala para Direção, 01 (uma) sala (adaptada) para Equipe Técnico
Pedagógica, 01 (uma) Sala dos Professores, 01 (uma) sala para a Secretaria, 01 (uma) sala para a
Biblioteca, 01 (uma) sala (pequena) usada para recepção e também para a distribuição do Programa
Leite das Crianças , 01 (uma) sala para Merenda Escolar, 01 (uma) sala (pequena) para guardar
materiais de higiene e limpeza, banheiros para os alunos (masculino e feminino), banheiros para os
professores, 01 (uma) sala para almoxarifado, pátio coberto com mesas (refeitório) e quadra de
esportes coberta.
Recursos Materiais:
O Colégio busca dentro de suas possibilidades manter a disposição de seus professores e
alunos: televisores, aparelhos de DVD, aparelhos de CD, computadores, impressoras, máquina
copiadora, globo terrestre físico e político, mapas, DVDs da TV Escola e outros, aparelho de som
com caixas acústicas e microfones para apresentações artísticas e culturais.
Materiais esportivos: bolas de voleibol, futsal, futebol de campo, basquete, handebol, tênis
de mesa, xadrez, etc.
O acervo bibliográfico é constantemente atualizado e os alunos contam também com a
Internet para pesquisas. Há também o acervo da Biblioteca do Professor. O Laboratório de Física,
Química e Biologia está equipado com materiais necessários para a realização de experiências.
A Secretaria do Colégio possui 4 (quatro) computadores e 02 (duas) impressoras do Paraná
Digital, para uso do Sistema Escola e demais documentações dos alunos, professores e funcionários,
e 01 (um) computador com impressora adquirido com recursos da APMF, também para uso da
Secretaria.
2. ORGANIZAÇÃO INTERNA DA ESCOLA:
A organização do trabalho pedagógico é constituída pelo Conselho Escolar, equipe de
direção, órgãos colegiados de representação da comunidade escolar, Conselho de Classe, equipe
pedagógica, equipe docente, equipe técnico-administrativa e equipe auxiliar operacional.
Todas essas instâncias promovem o exercício da cidadania e são estruturadas com normas e
regras que as regulamentam e necessitam serem discutidas.
2.1 Conselho Escolar:
O Conselho Escolar é um órgão máximo de gestão colegiada, de natureza deliberativa,
consultiva, avaliativa e fiscalizadora sobre a organização e a realização do trabalho pedagógico e
administrativo do estabelecimento de ensino, em conformidade com a legislação educacional
vigente e orientações da Secretaria de Estado da Educação.
2.2 Direção:
A Direção escolar é composta pelo diretor (a) e diretor (a) auxiliar, escolhidos
democraticamente entre os componentes da comunidade escolar, conforme a legislação vigente.
A função do diretor(a), como responsável pela efetivação da gestão democrática, é a de
assegurar o alcance dos objetivos educacionais definidos no Projeto Político-Pedagógico deste
estabelecimento de ensino. A equipe de direção se incumbe da administração do Colégio, promove e
supervisiona atividades de natureza pedagógica e administrativa que possibilitam o desempenho
docente e discente.
Dentre as atribuições inerentes à função destacam-se do Regimento Escolar os seguintes
artigos:
Art. 18 – Compete ao diretor:
...convocar e presidir as reuniões do Conselho Escolar, dando encaminhamento às decisões
tomadas coletivamente;
...elaborar os planos de aplicação financeira sob sua responsabilidade, consultando a
comunidade escolar e colocando-os em edital público;
… coordenar a construção coletiva do Regimento Escolar, em consonância com a legislação
em vigor, submetendo-o à apreciação do Conselho Escolar, e, após, encaminhá-lo ao Núcleo
Regional de Educação para a devida aprovação;
… encaminhar aos órgãos competentes as propostas de modificações no ambiente escolar,
quando necessárias, aprovadas pelo Conselho Escolar;
… assegurar o cumprimento dos dias letivos, horas-aula e horas atividade estabelecidos;
… promover grupos de trabalho e estudos ou comissões encarregadas de estudar e propor
alternativas para atender aos problemas de natureza pedagógico-administrativa no âmbito escolar;
… cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar.
2.3 Equipe Pedagógica:
A equipe pedagógica é responsável pela coordenação, implantação e implementação no
Estabelecimento de Ensino, das Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais definidas no Projeto
Político-Pedagógico e no Regimento Escolar, em consonância com a política educacional e
orientações emanadas da Secretaria de Estado da Educação.
Dentre as funções da equipe pedagógica destacam-se:
. coordenar a elaboração coletiva e acompanhar a efetivação do Projeto Político Pedagógico
e do Plano de Ação do Estabelecimento de ensino;
. coordenar a construção coletiva e a efetivação da proposta pedagógica curricular do
estabelecimento de ensino, a partir das políticas educacionais da Secretaria de Estado da Educação e
das Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais.
. Orientar o processo de elaboração dos Planos de Trabalho Docente junto ao coletivo de
professores do estabelecimento de ensino;
. Promover e coordenar reuniões pedagógicas e grupos de estudo para reflexão e
aprofundamento de temas relativos ao trabalho pedagógico visando à elaboração de propostas de
intervenção para a qualidade de ensino para todos;
. Orientar, coordenar e acompanhar a efetivação de procedimentos didático-pedagógicos
referentes à avaliação processual e aos processos de classificação, reclassificação, aproveitamento
de estudos, adaptação e progressão parcial, conforme legislação em vigor;
. Acompanhar os aspectos de sociabilização e aprendizagem dos alunos, realizando contato
com a família com intuito de promover ações para o seu desenvolvimento integral;
. Manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com os colegas, alunos, pais e
demais segmentos da comunidade escolar.
2.4 Corpo Docente:
A equipe docente é constituída de professores regentes, devidamente habilitados. São
responsáveis em elaborar, com a equipe pedagógica, a Proposta Pedagógica Curricular do
estabelecimento de Ensino, em consonância com o Projeto Político-Pedagógico e as Diretrizes
Curriculares Nacionais e Estaduais, bem como elaborar seu Plano de Trabalho Docente.
Aos professores compete viabilizar a igualdade de condições para a permanência do aluno
na escola, respeitando a diversidade, a pluralidade cultural e as peculiaridades de cada aluno, no
processo ensino-aprendizagem.
De acordo com o Regimento Escolar , destacam-se algumas atribuições dos professores:
. Elaborar , com a equipe pedagógica, a proposta pedagógica curricular do estabelecimento de
ensino, em consonância com o Projeto Político Pedagógico e as Diretrizes Curriculares Nacionais e
Estaduais;
. Elaborar seu Plano de Trabalho Docente;
. Desenvolver as atividades em sala de aula, tendo em vista a apreensão crítica do conhecimento
pelo aluno;
. Proceder a avaliação contínua, cumulativa e processual dos alunos, utilizando-se de instrumentos e
formas diversificadas de avaliação, previstas no Projeto Político Pedagógico do estabelecimento de
ensino;
. Promover o processo de recuperação concomitante de estudos para os alunos, estabelecendo
estratégias diferenciadas de ensino e aprendizagem, no decorrer do período letivo;
. Comparecer no estabelecimento de ensino nas horas de trabalho ordinárias que lhe forem
atribuídas e nas extraordinárias quando convocado.
2.5 Conselho de Classe:
É um órgão colegiado e uma instância avaliativa, que analisa, discute e delibera sobre os
processos de ensino e aprendizagem. Está constituído no espaço escolar, que prioriza a discussão
pedagógica em torno dos processos de ensino, de aprendizagem e avaliação. É mais do que uma
reunião pedagógica, é parte integrante do processo de avaliação desenvolvido pela escola. É o
momento privilegiado para redefinir práticas pedagógicas com o objetivo de superar a
fragmentação do trabalho escolar e oportunizar formas diferenciadas de ensino que realmente
garantam a todos os alunos a aprendizagem.
O Conselho de Classe pode se estruturar da seguinte forma:
. O Pré-conselho de classe: é um espaço de diagnóstico do processo de ensino e aprendizagem,
mediado pela equipe pedagógica, junto com os alunos e professores, ainda que em momentos
diferentes, conforme os avanços e limites da cultura escolar. Não se constituem em ações privativas,
implicam em decisões tomadas pelo grupo/coletivo escolar.
. O Conselho de Classe: quando os professores se reúnem em Conselho (grande grupo), são
discutidos os diagnósticos e proposições levantados no pré-conselho, estabelecendo-se a
comparação entre resultados anteriores e atuais, entre níveis de aprendizagem diferentes nas turmas
e não entre alunos.
A tomada de decisão envolve a compreensão de quais metodologias devem ser revistas e
que ações devem ser empreendidas para estabelecer um novo olhar sobre a forma de avaliar, a partir
de estratégias que levam em conta as necessidades dos alunos. A forma como as reuniões são
previstas no calendário levam em conta este modelo de Conselho do qual falamos e não aquele que
simplesmente legitima o fracasso a partir da sua constatação. A escola tem autonomia para se
organizar e realizar reuniões pedagógicas ao longo do ano, desde que previstas em calendário.
. O Pós-conselho de classe: traduz-se nos encaminhamentos e ações previstas no Conselho de
Classe propriamente dito, que podem implicar em: retorno aos alunos sobre sua situação escolar e
as questões que a fundamentam (combinados necessários); retomada do plano de trabalho docente
no que se refere à organização curricular, encaminhamentos metodológicos, instrumentos e critérios
de avaliação; retorno aos pais ou responsáveis sobre o aproveitamento escolar e o acompanhamento
necessário, entre outras ações. Todos estes encaminhamentos devem ser registrados em ata.
Encaminhamentos necessários:
Uma vez que a avaliação envolve, tanto a aprendizagem do aluno, quanto a própria ação de
ensinar do professor, é possível estabelecer uma relação a partir da própria organização do conselho
de classe, a qual deve abranger:
. organização das reuniões e momentos de articulação entre os diferentes sujeitos envolvidos no
processo de avaliação escolar. Faz parte da organização do trabalho pedagógico e é
responsabilidade direta de pedagogos, direção e professores;
. A auto-avaliação do professor;
. A auto-avaliação da equipe-pedagógica;
. A análise diagnóstica das turmas;
. A discussão, a tomada de decisões e o registro das propostas de ação pedagógica, estabelecidas
coletivamente, e a responsabilidade de todos os sujeitos do processo educativo por colocá-las em
prática.
O fundamental é compreender que o Conselho de Classe é muito mais complexo que a
simples retrospectiva do comportamento e notas do aluno no decorrer do período (mês, bimestre,
trimestre, etc.), e que, neste espaço, tornam-se possíveis as mudanças, ainda que pequenas e
gradativas, mas que sigam uma mesma direção. Expressa-se aqui, a intencionalidade do ato
educativo, que requer competência profissional, reflexão crítica sobre a prática, comprometimento
com a aprendizagem do aluno, sem que isso signifique, como afirma Paulo Freire, excluir a
“afetividade e a alegria” do processo educativo.
No processo de organização do Conselho de Classe é necessário considerar a definição dos
critérios, que devem ser qualitativos, e que sustentam a função deliberativa e orientam a prática
pedagógica. As discussões no Conselho de Classe final , que são mediadas pela equipe pedagógica,
presididas pela direção escolar devem se sustentar em critérios qualitativos:
. Avanços obtidos na aprendizagem;
. Trabalho realizado para que o aluno melhore a aprendizagem;
. Desempenho do aluno em todas as disciplinas;
. Acompanhamento do aluno no ano seguinte;
. Situações de inclusão;
. Questões estruturais que prejudicam os alunos (ex. Falta de professores sem reposição);
. Não há nota mínima estabelecida: todos os alunos que não atingiram média para aprovação devem
ser submetidos à análise e decisões do Conselho;
. Não há número de disciplinas para aprovar ou reprovar. Mesmo que o aluno tenha sido reprovado
em todas as disciplinas o que está em análise é sua possibilidade de acompanhar a série seguinte;
. Questões disciplinares não são indicativos para reprovação. A avaliação deve priorizar o nível de
conhecimento que o aluno demonstra ter e não suas atitudes ou seu comportamento;
. Ter sido aprovado em conselho de classe no ano anterior não quer dizer que não possa ser
novamente aprovado no ano seguinte; a análise nestes casos, deve-se voltar às ações e ao
acompanhamento pedagógico deste aluno que não foram efetivos de modo a mudar os
encaminhamentos para que o aluno tivesse oportunidade de outras formas de entendimento dos
conteúdos.
2.6 Setor Técnico-Administrativo:
A função de técnicos administrativos é exercida por profissionais que atuam nas áreas da
secretaria, biblioteca e laboratório de informática do estabelecimento de ensino.
O técnico administrativo que atua na secretaria como secretário(a) escolar é indicado pela
direção do estabelecimento de ensino designado por Ato Oficial, conforme normas da Secretaria de
Estado da Educação. O serviço da secretaria é coordenado e supervisionado pela direção.
Ao secretário escolar compete cumprir a legislação em vigor e as instruções normativas
emanadas da Secretaria de Estado da Educação, que regem o registro escolar do aluno e a vida legal
do estabelecimento de ensino e também distribuir as tarefas decorrentes dos encargos da secretaria
aos demais técnicos administrativos.
Ao técnico administrativo que atua na biblioteca escolar, indicado pela direção do
estabelecimento de ensino compete cumprir e fazer cumprir o Regulamento de uso da biblioteca,
assegurando sua organização e funcionamento, atendendo a comunidade escolar , disponibilizando
e controlando o empréstimo de livros, de acordo com Regulamento próprio.
Ao técnico administrativo que atua no laboratório de informática indicado pela direção,
compete auxiliar o corpo docente e discente nos procedimentos de manuseio de materiais e
equipamentos de informática.
2.7 Equipe Auxiliar Operacional:
O auxiliar operacional tem a seu encargo os serviços de conservação, manutenção,
preservação, segurança e da alimentação escolar, no âmbito escolar, sendo coordenado e
supervisionado pela direção do estabelecimento de ensino.
Compete ao auxiliar operacional que atua na limpeza , organização e preservação do
ambiente escolar e de seus utensílios e instalações : zelar pelo ambiente físico da escola e de suas
instalações, cumprindo as normas estabelecidas na legislação sanitária vigente, utilizar o material de
limpeza sem desperdícios, zelar pela conservação do patrimônio escolar , auxiliar na vigilância da
movimentação dos alunos no horário de recreio, de início e término dos períodos mantendo a ordem
e a segurança dos estudantes, auxiliar na locomoção dos alunos que fazem uso de cadeira de rodas,
andadores, e outros facilitadores, viabilizando a acessibilidade e a participação no ambiente escolar;
São atribuições do auxiliar operacional que atua na cozinha: zelar pelo ambiente da cozinha
e por suas instalações e utensílios, cumprindo as normas estabelecidas na legislação sanitária em
vigor, selecionar, preparar e servir a merenda escolar, observando padrões de qualidade nutricional
e cuidados de higiene; receber, armazenar e prestar contas de todo material adquirido para a
cozinha e da merenda escolar; respeitar as normas de segurança ao manusear fogões, aparelhos de
preparação ou manipulação de gêneros alimentícios e de refrigeração.
O auxiliar operacional que atua na área de vigilância da movimentação dos alunos nos
espaços escolares tem as seguintes atribuições: coordenar e orientar a movimentação dos alunos,
desde o início até o término dos períodos de atividades escolares; zelar pela segurança individual e
coletiva, orientando os alunos sobre as normas disciplinares para manter a ordem e prevenir
acidentes no estabelecimento de ensino; auxiliar a direção, equipe pedagógica, docentes e secretaria
na divulgação de comunicados no âmbito escolar.
Os auxiliares operacionais participarão de eventos, cursos, reuniões sempre que convocados
ou por iniciativa própria, desde que autorizados pela direção, visando o aprimoramento profissional.
2.8 Órgãos Auxiliares (APMF e Grêmio Estudantil):
Essas instâncias promovem o exercício da cidadania, são segmentos sociais organizados e
reconhecidos como Órgãos Colegiados de representação da comunidade escolar, estão legalmente
instituídos por Estatutos e Regulamentos próprios.
A Associação de Pais, Mestres e Funcionários – APMF, é um órgão de representação dos
Pais, Mestres e Funcionários do estabelecimento de ensino, sem caráter político partidário,
religioso, racial e nem fins lucrativos, não sendo remunerados os seus dirigentes e conselheiros,
sendo constituída por prazo determinado.
A APMF é regida por Estatuto próprio, aprovado e homologado em Assembléia Geral,
convocada especificamente para este fim.
A APMF tem como objetivos:
– discutir, no seu âmbito de ação, sobre ações de assistência ao educando, de aprimoramento
do ensino e integração família - escola - comunidade, enviando sugestões, em consonância com a
Proposta Pedagógica, para apreciação do Conselho Escolar e equipe-pedagógica;;
- prestar assistência aos educandos, professores e funcionários, assegurando- lhes melhores
condições de eficiência escolar, em consonância com a Proposta Pedagógica do Estabelecimento
de Ensino;
- buscar a integração dos segmentos da sociedade organizada, no contexto escolar,
discutindo a política educacional, visando sempre a realidade dessa comunidade; - proporcionar
condições ao educando para participar de todo o processo escolar, estimulando sua organização em
Grêmio Estudantil com o apoio da APMF e do Conselho Escolar; - representar os reais interesses da
comunidade escolar, contribuindo, dessa forma, para a melhoria da qualidade do ensino, visando
manter a gratuidade e universalidade da escola pública;
- promover o entrosamento entre pais, alunos, professores e funcionários e toda a
comunidade, através de atividades sócio-educativas-culturais-desportivas, ouvido o Conselho
Escolar;
- gerir e administrar os recursos financeiros próprios e os que lhes forem repassados através
de convênios, de acordo com as prioridades estabelecidas em reunião conjunta com o Conselho
Escolar, com registro em livro ata;
– colaborar com a manutenção e conservação do prédio escolar e suas instalações e
equipamentos, conscientizando sempre a comunidade sobre a importância desta ação.
– criar e disponibilizar veículos de comunicação, garantindo espaço para a interação entre
a Escola e a Comunidade Escolar.
O Grêmio Estudantil é o órgão máximo de representação dos estudantes do estabelecimento
de Ensino, com o objetivo de defender os interesses individuais e coletivos dos alunos, incentivando
a cultura literária, artística e desportiva de seus membros.
O Grêmio Estudantil é regido por Estatuto próprio, aprovado e homologado em Assembléia
Geral, convocada especificamente para este fim.
O Grêmio Estudantil tem por objetivos:
– Representar condignamente o corpo discente;
– Defender os interesses individuais e coletivos dos alunos do Colégio;
incentivar a cultura literária, artística e desportiva de seus membros;
– Promover a cooperação entre administradores, funcionários, professores e alunos no
trabalho Escolar buscando seus aprimoramentos;
– Realizar intercâmbio e colaboração de caráter cultural e educacional com outras
instituições de caráter educacional;
– Lutar pela democracia permanente na Escola, através do direito de participação nos
fóruns internos de deliberação da Escola.
2.9 Estratégias e/ou Ações para articulação com as famílias e a comunidade:
O Colégio desenvolve ações tradicionalmente utilizadas, como reuniões bimestrais com os
pais ou responsáveis para tratar de assuntos relacionados com o andamento do processo ensino/
aprendizagem e atividades desenvolvidas pela escola. Também uma das formas tradicionais que
ainda são utilizadas para efetivar a comunicação com os pais são os comunicados escritos que são
enviados pelos alunos para as suas famílias.
Um dos recursos mais utilizados para que pais e a comunidade fiquem inteirados sobre tudo
o que vem ocorrendo no Colégio é o Site da Escola que procuramos manter atualizado, onde consta
as atividades desenvolvidas no âmbito educacional e outras atividades de interesse dos alunos,
professores, funcionários, pais e comunidade. Mesmo sabendo que o acesso a internet ainda não
está universalizado, mas esta ferramenta tem atingido os objetivos de informar e colaborar com o
processo educativo visto que as notícias e informações são repassadas por aqueles que tem esse
acesso às outras pessoas que ainda não o possuem.
Outro recurso que este ano foi nos possibilitado foi o início do funcionamento da Rádio
Comunitária de Ivaí, na qual o Colégio possui um espaço aberto para as comunicações sobre as
ações que são desenvolvidas no Colégio.
Mais um recurso que em muito possibilitou maior comunicação entre escola e família, foi a
difusão da telefonia celular o que em muito facilitou e agilizou o contato da escola com as famílias
quando da necessidade de um comunicado mais urgente.
Temos o Programa Viva a Escola – Preparação para o Vestibular, ofertado no período
noturno, que é aberto aos alunos do Colégio que estudam no período da manhã e tarde, bem como
aos ex-alunos, que estão interessados em prosseguir seus estudos.
Uma das estratégias que se procura implementar não é apenas convocar pais ou responsáveis
para comparecer à escola quando da ocorrência de problemas com os alunos, mas também quando
ocorrem momentos agradáveis, como apresentações artísticas e culturais, palestras, feira do
conhecimento, jogos esportivos e festas folclóricas e que contam com uma participação muito boa
dos familiares e da comunidade em geral.
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
3.1 Filosofia Educacional:
Educar é propiciar ao aluno condições para o seu desenvolvimento integral, através de um
processo que lhe permita observar, analisar e sintetizar, questionar, criar, criticar, relacionar, bem
como conhecer as heranças históricas, culturais e científicas de seu contexto social, intervindo e
sendo capaz de transformar a própria realidade, integrando-se à formação científica e tecnológica,
conduzindo ao exercício da cidadania, buscando a satisfação pessoal e o bem coletivo.
A escola deve proporcionar aos educandos condições de adquirirem consciência da
importância dos estudos para a vida futura.
Essa proposta abre espaço para ir além da aparência e do imediato. Portanto não podemos
entendê-las como esvaziamento dos conteúdos, pelo contrário existe o aprofundamento e também a
preocupação com os conteúdos, que sejam relevantes. Devemos considerar os conhecimentos já
construídos pelo aluno; todo conhecimento real leva à autonomia, porém, toda pessoa pode chegar
ao conhecimento potencial, isto é, pode ampliar seus conhecimentos.
Tanto Piaget quanto Vygotsky estão voltados à questão de como o indivíduo aprende e, com
base em suas teorias, o aluno passa de receptor a construtor, e o professor de transmissor a
mediador. O conhecimento por sua vez, deixa de ser visto como um conjunto de verdades
absolutas relativas, de acordo com a época. Estas, portanto são condições fundamentais para que o
ensino seja significativo e atenda as necessidades de formação em uma sociedade dinâmica e
complexa.
É necessário que os professores reflitam sobre o seu cotidiano com maior profundidade,
buscando em referenciais teóricos, refletir sobre o atual papel do professor nessa sociedade, haja
vista tantas transformações do contexto vivido, apoiando-se em teóricos como Paulo Freire, Moacir
Gadotti, entre outros, que entendem que o profissional da educação tem um papel eminentemente
político a desempenhar, educando para a transformação da sociedade atual, tendo em vista uma
educação igualitária e com qualidade para todos.
A escola não é responsável apenas pelo desenvolvimento intelectual dos alunos, mas
também pela educação ética e moral de seus alunos, voltada para a busca de valores como:
.respeito – respeitar o outro quer dizer, ser consciente dos seus direitos e deveres.
.solidariedade - está relacionada à responsabilidade e autonomia das pessoas como seres sociais.
.criticidade – a capacidade crítica é um aliado no aperfeiçoamento da justiça e da solidariedade no
mundo.
.criatividade - o pensar criativo é necessário para que se possa enfrentar com segurança e
competência os desafios do mundo contemporâneo.
3.2 Princípios Norteadores:
O Colégio tem como princípios norteadores:
. Promover uma gestão participativa;
. Desenvolver um planejamento solidário;
. Compromisso com:
– a formação continuada dos professores e funcionários;
– aprendizagem dos seus alunos;
– a vida dos seus alunos e respeito as diversidades que apresentam;
– a equipe de trabalho;
. Estímulo à leitura e à escrita em todas as disciplinas e níveis de ensino;
. Desenvolver programas complementares para a formação integral do ser humano;
. Estabelecer parcerias para o sucesso do processo ensino-aprendizagem;
. Compreensão do necessário equilíbrio nas relações do ser humano com a natureza e respeito na
convivência entre os indivíduos;
. Valorizar a interdisciplinaridade: os espaços pedagógicos (disciplinas, projetos, pesquisas) devem
sempre abrir oportunidades para a prática interdisciplinar, evitando uma visão parcelada da
realidade. Para garantir o desenvolvimento integral, não é possível tratar as disciplinas de forma
isolada, acarretando o conhecimento fragmentado.
. Pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas. O dinamismo abre espaço para este princípio
norteador, voltado para a busca permanente de processos inovadores de ensino-aprendizagem,
através do estímulo ao pluralismo de ideias e ao desenvolvimento e aplicação de novas concepções
pedagógicas.
. Os conteúdos de ensino devem ser a mediação entre o saber cultural, o mundo concreto das
vivências e comunicações, e o conhecimento científico historicamente produzido e acumulado, cuja
expressão mais significativa faz-se presente em todas as dimensões da vida moderna. Desta forma a
ênfase recai sobre “o que ensinar”, levando o professor a problematizar essa dimensão de
fundamental importância como Freire alerta no sentido mais amplo de considerar o contexto para
ação e reflexão, pois o momento de selecionar o que será ensinado (conteúdo ou informação
mediadora na construção do conhecimento), é que se pode estabelecer a real aprendizagem que virá.
. A escola é depois da família, o espaço fundamental da socialização para o indivíduo e é nestas
circunstâncias que deve pensar, cuidadosamente, no processo de encaminhamento para o
desenvolvimento emocional, intelectual, afetivo e construtivo. Por isso cabe à escola a definição de
metas, o estabelecimento de objetivos, a escolha criteriosa de metodologias para se chegar ao saber.
3.3 Objetivos Gerais:
– Manter os princípios fundamentais da formação humana, sendo um instrumento de
formação social;
– Considerar as diferenças culturais, regionais e locais, assegurando a formação do cidadão,
trabalhando com a escola real, onde o aluno se torne participativo, crítico e consciente;
– Registrar as ações desenvolvidas pelo Colégio;
– Apontar que concepções o Colégio tem sobre sociedade, mundo, homem, ensino,
aprendizagem, avaliação;
– Contribuir para a implementação de práticas pedagógicas que contribuam para o projeto
social de cidadania;
– Organizar internamente seu fazer em coerência com seus objetivos e em favor de sua
interação com o contexto em que se insere;
– Desenvolver a capacidade de pesquisar, buscar informações, a capacidade de aprender, de
criar, de formular, ao invés do simples exercício de memorização;
– Identificar valores e princípios que norteiam as diretrizes curriculares, dentro da proposta
educacional;
– Orientar, coordenar, assessorar, acompanhar, controlar e avaliar o trabalho desenvolvido,
tendo como objetivo primordial, a situação ensino-aprendizagem.
O Ensino Fundamental, obrigatório e gratuito, tem como objetivos:
. O desenvolvimento da cognição, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, escrita e
do cálculo;
. A compreensão do ambiente natural, sociocultural, dos espaços e das relações socioeconômicas e
políticas, da tecnologia e seus usos, das artes e dos princípios em que se fundamentam as
sociedades;
. O fortalecimento dos vínculos de família e da humanização das relações em que se assenta a vida
social;
. A valorização da cultura local/regional e suas múltiplas relações com os contextos nacional/global;
. O respeito à diversidade étnica, de gênero e de orientação sexual, de credo, de ideologia e de
condição socioeconômica.
O Ensino Médio, com duração mínima de três anos, tem como objetivos:
. A consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no Ensino Fundamental,
possibilitando o prosseguimento dos estudos;
. A formação que possibilite ao aluno, no final do curso, compreender o mundo em que vive em sua
complexidade, para que possa nele atuar com vistas à sua transformação;
. O aprimoramento do aluno como cidadão consciente, com formação ética, autonomia intelectual e
pensamento crítico;
. A compreensão do conhecimento historicamente construído, nas suas dimensões filosófica,
artística e científica, em sua interdependência nas diferentes disciplinas.
Ao final do Ensino Médio o aluno deve demonstrar:
. Domínio dos princípios científicos tecnológicos e do legado filosófico e artístico da sociedade,
que possibilite a compreensão da complexidade histórico-social da mesma;
. Conhecimento das formas contemporâneas de linguagem;
. Compreensão crítica das relações e da estrutura social, das desigualdades e dos processos de
mudança, da diversidade cultural e da ideologia frente aos intensos processos de mundialização,
desenvolvimento tecnológico e aprofundamento das formas de exclusão;
. Percepção própria, como indivíduo e personagem social, com consciência, reconhecimento da
identidade social e uma compreensão crítica da relação homem-mundo.
3.4 Diretrizes de Ação do Estabelecimento:
Dentro do Projeto Político Pedagógico, todas as metas e prioridades foram elaboradas com a
comunidade escolar, a serem desenvolvidas no decorrer do ano letivo, flexível quando necessário.
Servindo como fundamentação para o ensino-aprendizagem e elaboração da Proposta Pedagógica
Curricular as Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Estado do Paraná e a Lei de Diretrizes
e Bases da Educação Nacional nº 9394/96, desenvolvendo desta forma o aspecto cognitivo,
afetivo, social, cultural e ético e a cidadania, tendo como prioridade o desenvolvimento do ser
humano de forma integral.
IV. MARCO SITUACIONAL
Realidade brasileira e do Estado:
Vive-se um momento de profundas transformações. A sociedade atual encontra-se em
profunda crise, na qual somos remetidos a repensar nossos valores e atitudes. Como nos aponta
Gramsci, citado por Gadotti (1998, p. 86), “vivemos um momento histórico no qual o bloco
hegemônico dominante entra em crise, frente a ameaça de um novo bloco histórico”.
As transformações econômicas e sociais em curso, promovidas pelo processo de
internacionalização das economias, os efeitos da globalização e sua relação com o emprego, o
agravamento da exclusão social no Brasil pode ser inicialmente creditado ao modelo capitalista
hegemônico, acentuado nas últimas décadas do século XX.
Analisando as atuais relações familiares, buscamos compreender as mudanças, passando a
perceber que a família, da forma como vem se modificando na contemporaneidade, impossibilita
identificar-se como um modelo único e ideal.
A representação da família para grande parcela da população tem sua compreensão baseada
no senso comum fortemente enraizado no conceito de família nuclear, composto de pai, mãe e
filhos. Outras formas de organizações familiares vêm se estabelecendo ao longo do tempo,
exigindo a qualificação dos tipos de família ou de grupos familiares, do país de onde se originam,
da classe social a que pertencem e do momento ou intervalo de tempo em estudo.
A crescente urbanização e a industrialização do País, o ingresso maciço das mulheres no
mercado de trabalho, o aumento no nível de escolaridade feminina, as transformações nas formas de
organização da produção e o acesso aos métodos modernos contraceptivos são fatores que
contribuíram para as profundas alterações da família no Brasil.
O planejamento familiar não deve restringir-se apenas aos aspectos ligados exclusivamente
às políticas de controle demográfico. Amplos programas sociais voltados aos mais pobres e carentes
que possibilitem o resgate de sua cidadania e o fortalecimento do papel da família no contexto
social conduzirão o País a melhores índices de desenvolvimento humano.
A educação torna-se um elo importante entre o emprego e a família no Brasil,
principalmente, porque uma parcela significativa de chefes de família ainda são as principais fontes
de renda familiar, lembrando que o termo chefe de família não representa necessariamente o gênero
masculino.
Compreender o atual processo de globalização das economias e seus efeitos, em especial nos
países em desenvolvimento, é na verdade procurar desvendar, não só ao público acadêmico, mas
para a sociedade, a concepção do papel do Estado nesta nova fase do capitalismo pós-Segunda
Grande Guerra, representada pelos grandes agentes econômicos: as famílias, as empresas e o
governo.
A medida que compreendermos o fenômeno da globalização, suas relações com os níveis de
emprego da mão-de-obra, a educação, a família contemporânea e os efeitos no Brasil, será possível
estabelecermos um espaço para novas formas de ação no enfrentamento dos problemas sociais
brasileiros, construindo uma alternativa para fazer aflorar a reflexão e o despertar para a consciência
social.
Em relação ao Brasil, o problema do emprego não é o que gera o estado atual das coisas,
mas faz parte da opção política e econômica adotada a partir dos meados dos anos 80, caracterizada
pela submissão às regras impostas pelos organismos internacionais de crédito.
A instabilidade política, econômica e social intensificou a desigualdade e a pobreza no
decorrer das últimas décadas, gerando um sentimento de insatisfação, ampliando os movimentos
nacionalistas, populistas, que se aproveitam das angústias e do sofrimento dos milhões de
desempregados. Os movimentos populistas são uma ameaça ao futuro econômico do Brasil, pois
por trás da maioria desses movimentos estão políticos comprometidos apenas com o poder.
A deficiência educacional brasileira é fruto de vários fatores que, consecutivamente, são
oriundos da concentração na distribuição da renda, do planejamento familiar, dos salários e da
formação dos professores.
Ao professor de ensino fundamental e médio, quase sempre é atribuída a responsabilidade
pela má qualidade de ensino. No entanto, é deixado de lado a participação ativa ou não da
universidade em relação à sua formação. É um problema que não se resolve a curto prazo, mas é
necessário um empenho contínuo nessa direção. É de vital importância que os cursos de
licenciaturas sejam revistos, principalmente no quesito “grade curricular”, no sentido de preocupar-
se mais com o professor educador, de história, geografia, matemática entre outros, do que com o
técnico e especialista em cada área. Acrescentar disciplinas que exijam mais do acadêmico, que o
motive a se doar nessa preparação, da qual é a prática docente. Que permita aos mesmos refletirem
sobre sua missão e se lançar ao desafio durante as regências , oficinas, mini palestras, etc. É
interessante e necessário saber o conteúdo, se assim o puder ensinar de forma prazerosa, de forma
que os alunos se interessem e se sintam motivados em aprender. Isso só ocorrerá se o professor tiver
na sua formação que lhe atribua os conhecimentos e práticas necessárias para atuar na docência.
Inverter a desigualdade social no País, levará um tempo considerável, pois as
transformações ocorridas alteraram a vida cotidiana e a realidade rural e urbana no Brasil; contudo,
a educação pode nos levar a uma condição melhor no futuro.
Essa profunda transformação exige uma ampla visão das concepções tanto da economia
quanto da educação. Devemos questionar: para que serve educarmos as crianças, os adolescentes e
os adultos, se o acesso ao mercado de trabalho lhes é negado? Qual a finalidade de desenvolvermos
o progresso tecnológico voltado para o consumo de luxo, enquanto parcela significativa da nossa
população economicamente ativa permanece semiletrada?
O tráfico de drogas, a violência e os índices de criminalidade têm aumentado, atingindo
famílias e instituições escolares, tanto na zona urbana, quanto na zona rural.
Devemos atentar para as profundas mudanças sociais ocorridas no Brasil nos últimos anos –
retrato de uma violenta transformação nas condições de vida de parcela significativa da população
rural - que trouxeram não apenas transformações de ordem política econômica, mas também
grandes mudanças sociais, que se refletiram diretamente nas relações familiares.
A política social no Brasil ainda é centralizadora, e apesar das experiências em contrário
descentralizadoras e da municipalização das ações sociais básicas, não houve a efetiva
distribuição das competências e atribuições de cada uma das três esferas esferas de poder: federal,
estadual e municipal.
A característica marcante da nossa política social é o elitismo, privilegiando parte da
população já favorecida e, por outro lado, pelo assistencialismo tutelar direcionado aos segmentos
mais pobres da população, legitimando o poder dos dominantes e a dependência dos dominados,
dificultando ações que possam alterar essa situação de pobreza e exclusão.
Outra questão a enfatizar está relacionada ao meio ambiente, pois estamos vivendo
momentos inconstantes no clima do nosso país, com ocorrência de secas prolongadas em diversas
regiões, alagamentos, ciclones, fenômenos estes causados pela destruição da natureza feita pelo
homem, que ainda não tomou conhecimento da necessidade da preservação ou do uso dos recursos
da natureza de forma sustentável.
Nesse contexto incerto, o papel do profissional da educação precisa ser repensado. Segundo
Gadotti (1998), faz-se mister que o professor se assuma enquanto um profissional humano, social e
político, tomando partido e não sendo omisso, usando a educação como instrumento de luta,
levando a população a uma consciência crítica que supere o senso comum, todavia não o
desconsiderando.
Nessa perspectiva, entende-se que o povo de posse desse saber mais elaborado poderá a ter
condições de se proteger contra a exploração das classes dominantes se organizando para a
construção de uma sociedade melhor, menos excludente, e realmente democrática. É através da
educação que pode caminhar lado a lado com a prática política do povo. Sendo assim, o profissional
da educação assume aqui um papel sobretudo político. Para isso é necessário que os educadores
conheçam a sociedade em que atuam, e o nível social, econômico e cultural de seus alunos e alunas.
Realidade do Município:
Com a política imigratória do Paraná, foram estabelecidos desde 1880 mais de 40
núcleos coloniais, dentre ele foi criada a Colônia de Ivahy em 1907 colonizada por
Ucranianos e Poloneses a qual ficou pertencendo ao Município de Ipiranga até 1961 quando
emancipou-se.
Sabendo-se no entanto que quando da chegada dos europeus a região era ocupada
por negros abolidos da escravidão, que teriam chegado abrindo picada pela mata
provavelmente no final do século XIX.
A história de Ivaí remonta ao processo de ocupação do sertão paranaense pelas
correntes imigratórias, pois mesmo antes da chegada desses, a região era ocupada por
indígenas, provavelmente Guarani dos quais são encontrados vestígios até hoje.
No decorrer do processo histórico, a população transformou-se num mosaico de
etnias, aproximando-se hoje de 12 mil habitantes.
É muito marcante no Município de Ivaí a religiosidade trazida pelos imigrantes e
transmitida de geração em geração. Sendo assim grande parte dos eventos culturais estão
ligados a festas religiosas.
A área do Município é de 583,3 Km2, dividida em 36 comunidades, cuja base
econômica é a agricultura, em sua maioria pequenos produtores que dispõem de Associações
para beneficiamento dos produtos, também foram construídas duas Vilas Rurais, uma na
localidade de Saltinho e outra próxima ao quadro urbano da cidade de Ivaí.
O nome do Município provém do fato de que a formação do Rio Ivaí, localiza-se
dentro da área do Município e destaca-se por ser o único rio genuinamente paranaense
apresentando uma das mais espetaculares paisagens da natureza, pois o encontro de dois
outros rios: dos Patos e São João é que formam o Rio Ivaí.
As atividades culturais de nosso Município como: Jogos Municipais e jogos escolares,
festas religiosas, Exposição-Feira com Festa das Associações de Produtores Rurais que é realizada
anualmente, comidas típicas, expressam os grandes valores presentes no homem do campo do
interior paranaense.
Realidade da Escola:
A escola é o espaço de formação dos sujeitos que estão na sociedade, vivem e não
apenas estão inseridos nela, devendo estar preparada para oferecer aos alunos uma formação
que lhes permita transitar neste mundo de forma crítica, como propositores de uma nova
ordem e como sujeitos inventores do futuro que cada um pode construir hoje.
A administração da escola, deve viabilizar inovações pedagógicas, propiciando
condições aos alunos, professores e funcionários, que lhes permitam aprender a pensar e
realizar o fazer pedagógico da forma mais efetiva e crítica, reduzindo o modelo fragmentado,
em favor de responsabilidades compartilhadas e direcionado ao interesse de todos.
O nosso Colégio está organizado em três turnos: Manhã, das 7:30 às 11:50; Tarde, das
12:50 às 17:10; e Noite, das 18:40 às 22:50 horas.
O Colégio é amplo, com espaço suficiente para atender a demanda dos alunos do
Ensino Médio e com capacidade para o funcionamento do Ensino Fundamental, de 5ª a 8ª
séries no período da tarde.
O quadro de Professores é formado por trinta e cinco (35) professores habilitados em
suas áreas de atuação, a maioria concluiu o curso de especialização; quatro (04) professores
pedagogos (uma professora pedagoga está conluindo o PDE); o Diretor concluiu o PDE, e a
Diretora Auxiliar possui o curso de especialização.
O Colégio conta com 15 funcionários:
09 Agente Educacional I – dos quais sete possuem o Ensino Médio, destes dois já
concluíram o Profuncionário, duas cursam o Secretariado (profissionalizante) e uma cursa
Administração (profissionalizante) pelo E-TEC; somente uma funcionária cursou até a 4ª série do
Ensino Fundamental.
06 Agente Educacional II - dos quais quatro possuem o Ensino Superior, destes dois já
concluíram o Profuncionário, três estão cursando o Profuncionário; duas funcionárias concluíram o
Ensino Médio.
Perfil da população atendida pela escola:
Nosso Colégio está situado na zona urbana na pequena cidade de Ivaí.
Uma parcela considerável dos nossos alunos vem do campo e dependem do transporte
escolar, tanto no período diurno, quanto noturno, os demais moram aqui na sede. Uma grande
parte são descendentes de imigrantes europeus e nas últimas décadas com o crescimento
urbano, também aparecem migrantes de outras cidades.
Temos alunos que são trabalhadores autônomos, do comércio, do setor da construção civil,
ou operários que trabalham em indústrias para se manterem (erva-mate, olarias, serrarias, indústria
de papel); outros são filhos de comerciantes, funcionários públicos, cujos pais possuem renda fixa,
estes só se dedicam ao estudo. Os alunos que vêm do campo, além do estudo, colaboram com os
pais no trabalho da lavoura, para ajudar no sustento da família.
No período noturno principalmente, ocorre a evasão escolar, porque os alunos não dão
conta de trabalhar durante o dia, em serviço que exige muito esforço físico e estudar a noite e
alguns acabam desistindo das aulas, outros desistem por falta de incentivo da família e também por
não ter perspectiva de melhoria da qualidade de vida.
Por tais circunstâncias nossos alunos apresentam uma heterogeneidade cultural e
econômica acentuada; com relação à faixa etária, as idades variam entre 09 anos e 32 anos.
No Ensino Médio Regular contamos com 09 turmas no período da manhã, 03 turmas no
período da tarde e 06 turmas no período da noite, com um total de 520 alunos, sendo que seis
alunos são portadores de necessidades educacionais especiais (alunos surdos) e temos uma
professora intérprete de Libras que acompanha o ensino/aprendizagem destes alunos, que estão na
2ª Série.
No Ensino Fundamental contamos com 05 turmas, de 5ª a 8ª Série, no período da tarde, ao
todo são 147 alunos. Temos uma aluna portadora de necessidades educacionais especiais
(deficiência física).
No período noturno funciona o Programa Viva a Escola – Preparação para o Vestibular,
com uma turma de 39 alunos; também funciona a Escola Técnica Aberta do Brasil – ETEC, com
uma turma de Secretariado, iniciada em 2009, e uma turma de Administração (40 alunos) iniciada
no ano de 2010.
Análise dos dados estatísticos referentes ao aproveitamento dos alunos na
aprendizagem:
Contamos em 2010 com 511 alunos matriculados no Ensino Médio.
Para demonstrar a realidade do colégio seguem alguns dados estatísticos:
Estes resultados foram alarmantes e o Colégio entrou no Programa do Superação
Foi realizado um plano de ação visando diminuir o índice de reprovação e evasão, para
que isto acontecesse foi necessário o envolvimento de professores, equipe pedagógica, direção,
funcionários e pais, para que a escola pudesse cumprir sua função que é de possibilitar que através
do conhecimento, o aluno possa compreender sua condição como sujeito histórico, e isto seria
possível dando oportunidades iguais a todos os alunos da escola, para que nela permaneçam e
tenham sucesso.
O objetivo principal: diminuir o alto índice de reprovação e evasão, tanto no Ensino
Fundamental (5ª a 8ª séries), quanto no Ensino Médio de nosso Colégio.
Dentre as ações urgentes, foram sugeridas as seguintes medidas:
Empenho e novas metodologias pelos professores.
Envolvimento dos pais e responsáveis na vida escolar dos alunos.
Acompanhamento dos alunos que apresentam dificuldades no ensino aprendizagem, pela equipe
pedagógica.
Envolvimento da comunidade, dos empresários, cobrando dos alunos empregados quanto ao
rendimento escolar.
Tivemos melhorias, porém não suficientes, como podemos observar a seguir:
No ano de 2008 a SEED nos apresentou uma proposta inovadora para o Ensino Médio: o
Ensino Médio organizado por Bloco de Disciplinas Semestrais. A proposta foi apresentada para os
Professores, para a Assembléia dos Pais e Responsáveis, para os alunos, e para os Funcionários e
todos democraticamente optaram por aderir a esta proposta nova de estruturação para o Ensino
Médio e podemos observar os resultados:
RESULTADO GERAL ENSINO MÉDIO POR BLOCOS 2009 2º SEMESTRE
Os resultados numéricos nos deixaram muito otimistas. O importante é que não aconteceu o
barateamento da qualidade do ensino ofertado, o que pudemos observar com os resultados
alcançados pelos alunos em concursos vestibulares e nas notas do ENEM.
. Média nas provas objetivas do ENEM em 2009: 502,89; média da Redação: 511,61;
Média total: 507,25
O resultado do IDEB deste Colégio do ano de 2009 é 5,1
Também em 2009 foi colocado em prática um Programa da SEED denominado
“ Viva Escola” que é desenvolvido com propostas de enriquecimento curricular em contra turno.
Os resultados apresentados no 1º Semestre de 2010 que podemos observar:
APROVADOS REPROVADOS DESISTENTES
Com os resultados apresentados no 1º semestre de 2010 devemos ficar alertas e buscar cada
vez mais melhorar estes índices, mas jamais baixando a qualidade do ensino ofertado.
O tempo e o espaço escolar estão estruturados dentro das necessidades das disciplinas,
agora com a adoção do Ensino Médio por Blocos de Disciplinas Semestrais, o tempo de convívio
do professor com o aluno foi ampliado e pode se desenvolver práticas que antes não eram possíveis.
Os equipamentos e recursos pedagógicos não são obviamente os ideais, mas estão em muito
auxiliando no processo ensino aprendizagem, como o laboratório do Paraná Digital, do Proinfo, as
Tvs multimídias e com os materiais para uso do laboratório de ciências, as atividades práticas
melhoraram muito no último ano e neste.
As relações de trabalho são conflitantes como em toda atividade humana, uma vez que num
ambiente democrático as ideias são expostas e debatidas e através deste debate procura-se crescer
nas relações humanas.
Quanto a participação dos pais e responsáveis na gestão democrática é considerada
satisfatória, pois muito tem auxiliado para a melhoria da escola tanto no aspecto pedagógico, quanto
em relação às instalações físicas que os pais ajudam a melhorar.
Quanto aos critérios de organização das turmas e de distribuição de turmas por turno e por
professor: segue-se as orientações dos decretos de distribuição de aulas, e as turmas são formadas
respeitando-se o compromisso de não se fazer qualquer tipo de discriminação quanto a diversidade
de nossos alunos com relação ao pertencimento racial , credo ou situação econômica. Os alunos do
período noturno, escolhem este turno por motivo de trabalho.
As horas-atividades consistem em um espaço para que os professores possam aprimorar a
sua prática pedagógica, através de estudos e aprimoramentos metodológicos, bem como fazer o
acompanhamento e correção das atividades propostas aos alunos, preparação de aulas e são
organizados de forma a poder propiciar um entrosamento entre áreas afins.
V. MARCO CONCEITUAL
CONCEPÇÃO DE HOMEM E DE SOCIEDADE
CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO/ESCOLA
CONCEPÇÃO DO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM E PAPEL DOS
PROFESSORES
CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO E DA RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO
CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO.
Concepção de homem e de sociedade:
Vivemos numa sociedade complexa, e referindo-se à complexidade do ser humano: ser, ao
mesmo tempo, totalmente biológico e totalmente cultural, procuramos estruturar nossa concepção
de homem e, em consequência desta, a expectativa em relação ao cidadão que queremos formar.
Entendendo o sujeito tanto físico como social, temos a intenção de desenvolver no aluno a
consciência e o sentimento de pertencer à Terra, de modo que possa compreender a
interdependência entre os fenômenos e seja capaz de interagir de maneira crítica, criativa e
consciente com seu meio natural e social.
As mudanças que ocorreram na primeira revolução industrial especialmente na fase de sua
consolidação (séc.XVIII - XIX), visaram aliviar a carga de trabalho muscular. As atuais mudanças
consistem na substituição da força de trabalho humano por máquinas, pois as tecnologias
reinventaram as capacidades que eram exclusivamente humanas. Porém o trabalho humano não
será totalmente eliminado, mas as taxas de desemprego tendem a crescer, com a introdução de
tecnologias poupadoras da força de trabalho. As desigualdades também não são superadas, antigas
formas de exclusão se aprofundam e novas são engendradas. Todas as dimensões da vida social
passam a ser afetadas pelas mudanças que se operam na estrutura produtiva. Os sistemas de
comunicação se intensificam e passam a recobrir o mundo, dando simultaneidade aos
acontecimentos. A globalização sugere a possibilidade da homogeneização cultural, ao mesmo
tempo em que as diferenças reivindicam espaço e reconhecimento.
Viver neste tempo é um desafio, e ao mesmo tempo um privilégio, pois trata-se de um tempo
de transição entre uma sociedade cujos sujeitos tinham papéis sociais definidos ou previsíveis e
outra sociedade que possibilita a emergência de atuações e performances sociais diferenciadas dos
modelos socialmente estabelecidos a exemplo dos casamentos homossexuais, de novos arranjos
familiares, das diferentes sexualidades, da reafirmação de identidades étnicas, entre outras
diferenças que se manifestam.
Trata-se de um tempo de afirmação de direitos culturais que convive com o aprofundamento
das desigualdades sociais. Uma sociedade em que a situação de classe social está atravessada pelos
pertencimentos socioculturais. Um tempo em que professores se vêem desafiados a conhecer as
diferentes diferenças e desigualdades que povoam as salas de aula com a finalidade de reconhecer,
valorizar e atuar com os diferentes e desiguais. Um exemplo: os estabelecimentos de Ensino da
Rede Pública Estadual de Educação Básica, deverão incluir no ato da matrícula, se solicitado pelo
aluno, o nome social de travestis e transexuais no cadastro do aluno. O nome social é o
reconhecimento de pertencimento da identidade de gênero. Sendo assim fica instituído o uso do
nome social a fim de garantir o acesso e a permanência dessa população em todos os
estabelecimentos de ensino da Rede Pública Estadual do Paraná, possibilitando a garantia do direito
constitucional à educação pública e de qualidade a todos/as os/as cidadãos/ãs.
O grande desafio de formar sujeitos que possam enfrentar realidades cada vez mais
complexas, assim, acreditamos ser possível formar um cidadão menos acuado e mais indignado,
um cidadão que sabe mediar conflitos, propondo soluções criativas em favor da solidariedade
humana e do equilíbrio ambiental. Para tanto esse sujeito necessita visualizar processos, enfim, ter
uma visão sistêmica da realidade.
A escola tem muito que refletir sobre sua organização curricular, a começar pela
compreensão de que a sua ação passa a ser uma intervenção singular no processo de formação do
homem na sociedade atual.
Vivemos um novo período na história da humanidade. O mundo mudou. As pessoas
mudaram. A simples constatação da velocidade com que ocorrem as transformações em nossa vida
cotidiana, já nos mostra que estamos diante de uma nova sociedade, uma outra realidade que nos
envolve e nos desafia.
A forma linear e progressiva com que compreendíamos a vida e tudo o que acontecia, já não
parece ser o que prevalece em nosso meio. Estamos vivendo uma nova era, onde o conhecimento
que tínhamos como entendimento de estar no mundo (algo pronto e acabado), não é mais aceito e
absorvido pela maioria da humanidade.
Isto significa que a sociedade está a exigir uma prática pedagógica que garanta a construção
da cidadania, possibilitando a criatividade e criticidade.
A relação de interdependência entre sociedade e escola é incontestável. Mas deve-se ter em
mente que algumas práticas, atreladas aos mecanismos de manutenção de poder, acabam por
distanciar as proposições dos modelos de ensino do fazer pedagógico. Suscitam-se então,
questionamentos sobre como pode a escola gerar condições para transformar o homem, se ela
mesma é “transformada” pela influência político-ideológica de classes, ou de grupos partidários que
transitam nas instâncias do poder? Pode a educação nestes termos constituir-se em um instrumento
de transformação? Escola e sociedade não podem existir como espaço de conviviência separados,
isolados um do outro. Pelo contrário, os conhecimentos que a escola oferece dever ser o produto da
recriação e da construção dinâmica, resultante do saber escolar e os demais saberes que os alunos
trazem para a escola. Para isso é necessário que o modelo educativo vise o ser humano em sua
totalidade, de modo que sejam capazes de usufruir de seu livre-arbítrio para a realização plena de
si e para a construção de um mundo com menos desigualdade, garantindo a todos o direito de ser
cidadão.
Concepção de Educação/Escola:
A Educação e a Escola tem sua importância política. A escola é entendida como um espaço
de reflexão e de diálogo entre os diferentes atores educativos, em que a reflexão e o diálogo entre
todos favorece a emergência de uma cultura escolar e o ato educativo, um ato social de
responsabilidade, não só da escola e dos pais, mas também de toda a comunidade educativa. Uma
escola mais humanizada e socializadora, que eduque, integre e forme para uma cidadania
interventiva, que se preocupe com a formação de cidadãos conscientes, responsáveis e mais
participativos de forma a contribuírem para o progresso da sociedade. Uma escola com uma nova
filosofia de trabalhar o currículo, de forma a encontrar novos caminhos que conduzam a uma
maior e melhor aquisição dos conhecimentos e capacidades fundamentais, valorizando as atitudes e
valores.
A escola como toda a instituição social, sempre foi objeto de inúmeras pesquisas, buscando-
se conhecer a importância desta para a sociedade, uma vez que a escola influencia e interfere na
formação dos indivíduos que nela permanecem (concluem sua formação) ou que por ela passam
(desistem). No mundo contemporâneo , é indispensável e quase obrigatória alguma escolarização
para a inserção no mercado de trabalho.
A educação escolar deve constituir-se em uma ajuda intencional, sistemática, planejada e
continuada para os educandos durante um período contínuo e extensivo de tempo, diferindo de
processos educativos que ocorrem em outras instâncias, como na família, no trabalho, na mídia, no
lazer e nos demais espaços de construção de conhecimentos e valores para o convívio social.
Concepção do processo ensino-aprendizagem e papel dos professores:
O processo de ensino-aprendizagem tem sido historicamente caracterizado de formas
diferentes que vão desde a ênfase no papel do professor como transmissor de conhecimento, até as
concepções atuais que concebem o processo de ensino-aprendizagem com um todo integrado que
destaca o papel do educando.
Apesar de tantas reflexões, a situação atual da prática educativa das escolas ainda demonstra
a massificação dos alunos com pouca ou nenhuma capacidade de resolução de problemas e poder
crítico-reflexivo, a padronização dos mesmos em decorar conteúdos, além da dicotomia ensino-
aprendizagem e do estabelecimento de uma hierarquia entre educador e educando.
A solução para tais problemas está no aprofundamento de como os educandos aprendem e
como o processo de ensinar pode conduzir à aprendizagem.
No processo pedagógico, alunos e professores são sujeitos e devem atuar de forma
consciente. Não se trata apenas de sujeitos do processo de conhecimento e aprendizagem, mas de
seres humanos imersos numa cultura e com histórias particulares de vida. O aluno que o professor
tem à sua frente traz seus componentes biológico, social, cultural, afetivo, linguístico entre outros.
Os conteúdos de ensino e as atividades propostas enredam-se nessa trama de constituição complexa
do indivíduo.
O processo de ensino-aprendizagem envolve um conteúdo que é parte de um conhecimento
que é formal (curricular) e outro que é latente, oculto e provém dos indivíduos.
Todo ato educativo depende, em grande parte, das características, interesses e possibilidades
dos sujeitos participantes, alunos, professores, comunidades escolares e demais fatores do processo.
Assim, a educação se dá na coletividade, mas não perde de vista o indivíduo que é singular
(contextual, histórico, particular, complexo). Portanto, é preciso compreender que o processo
ensino-aprendizagem se dá na relação entre indivíduos que possuem sua história de vida e estão
inseridos em contextos de vida próprios.
Pela diversidade individual e pela potencialidade que esta pode oferecer à produção de
conhecimento, consequentemente ao processo de ensino e aprendizagem, pode-se entender que há
necessidade de estabelecer vínculos significativos entre as experiências de vida dos alunos, os
conteúdos oferecidos pela escola e as exigências da sociedade, estabelecendo também relações
necessárias para compreensão da realidade social em que vive e para mobilização em direção a
novas aprendizagens com sentido concreto.
Lembrando que o processo ensino-aprendizagem ocorre a todo momento e em qualquer
lugar questiona-se então neste processo, qual o papel da escola? Como esta deve ser considerada? E
qual o papel do professor?
É função da escola realizar a mediação entre o conhecimento prévio dos alunos e o
sistematizado, propiciando formas de acesso ao conhecimento científico. Neste sentido os alunos
caminham, ao mesmo tempo, na apropriação do conhecimento sistematizado, na capacidade de
buscar e organizar informações, no desenvolvimento de seu pensamento e na formação de
conceitos. O processo de ensino deve possibilitar a apropriação dos saberes especializados e
historicamente acumulados pela humanidade, destes, devem ser extraídos os conceitos e os
princípios a serem ensinados aos alunos.
O papel do professor é o de dirigir e orientar a atividade mental dos alunos, de modo que
cada um deles seja um sujeito consciente, ativo e autônomo. Além de professor, ele será sempre ser
humano, com direitos e obrigações diversas. Pensar no educador como um ser humano é levar à sua
formação o desafio de resgatar as dimensões cultural, política, social e pedagógica, isto é, resgatar
os elementos cruciais para que se possa redimensionar suas ações no/ e para o mundo.
Ainda no processo da história da produção do saber, permanece na atualidade o desafio de
tornar as práticas educativas mais condizentes com a realidade, mais humanas e, com teorias
capazes de abranger o indivíduo como um todo, promovendo o conhecimento e a educação.
Concepção de Currículo e da Relação Professor/aluno:
Currículo é o conjunto de dados relativos à aprendizagem escolar, organizados para orientar
as atividades educativas, as formas de executá-las. Geralmente, exprime e busca concretizar as
intenções dos sistemas educacionais e o plano cultural que eles personalizam como modelo ideal de
escola defendido pela sociedade. A concepção de currículo inclui desde os aspectos básicos que
envolvem os fundamentos filosóficos e sociopolíticos da educação até os marcos teóricos e
referenciais técnicos e tecnológicos que a concretizam em sala de aula.
Ao definir qual formação que queremos aos nossos alunos, a escola contribui para
determinar o tipo de participação que lhes caberá na sociedade. Por isso, as reflexões sobre
currículo têm , em sua natureza, um forte caráter político. Propõe-se uma reorientação na política
curricular com o objetivo de construir uma sociedade justa, onde as oportunidades sejam iguais
para todos. Para isso os nossos alunos, que na maioria são oriundos das classes assalariadas,
urbanas ou rurais, filhos de pequenos agricultores, com diferentes origens étnicas e culturais devem
ter acesso ao conhecimento produzido pela humanidade que, na escola, é veiculado pelos conteúdos
das disciplinas escolares.
A escola é o lugar de socialização do conhecimento, essa função da instituição escolar é
especialmente importante para os estudantes das classes menos favorecidas, que têm nela uma
oportunidade, algumas vezes única, de acesso ao mundo letrado, do conhecimento científico, da
reflexão filosófica e do contato com a arte.
Os conteúdos disciplinares devem ser tratados, na escola, de modo contextualizado,
estabelecendo-se, entre eles, relações interdisciplinares. Deste modo, propõe-se que tais
conhecimentos contribuam para a crítica às contradições sociais, políticas e econômicas presentes
nas estruturas da sociedade contemporânea e propiciem compreender a produção científica, a
reflexão filosófica, a criação artística, nos contextos em que elas se constituem.
O currículo é concebido enquanto uma instância dinâmica, alimentada pela avaliação
constante do processo de aprendizagem e do curso. Este modelo de currículo dinâmico traz à tona
os conceitos previamente selecionados pelo professor e o conjunto de saberes presentes no contexto
social que ganham relevância na proposta de problemas contextualizados.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), de 1996, orienta para um currículo de base
nacional comum para o ensino fundamental e médio. As disposições sobre currículo estão em três
artigos da LDB. Numa primeira referência, mais geral, quando trata da Organização da Educação
Nacional, define-se a competência da União para “estabelecer em colaboração com os Estados, o
Distrito Federal e os Municípios, competências e diretrizes para a educação infantil, o ensino
fundamental e o ensino médio, que nortearão os currículos e seus conteúdos mínimos de modo a
assegurar a formação básica comum.
Outras referências, mais específicas, estão no capítulo da Educação Básica, quando se define
no Art.26 da LDB, que “os currículos do ensino fundamental e médio devem ter uma base nacional
comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e estabelecimento escolar, por uma parte
diversificada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e
da clientela”.
A LDB sugere uma flexibilização dos currículos, na medida em que se admite a
incorporação de disciplinas que podem ser escolhidas levando em conta o contexto local.
O currículo deve orientar o processo de ensino e de aprendizagem a partir de princípios
gerais e norteadores do planejamento e da ação pedagógica. Neste sentido, o currículo orienta a
prática pedagógica levando em conta os seguintes elementos:
. informações sobre o que ensinar – selecionar os conteúdos que irão compor o currículo
escolar.
. informações sobre quando ensinar – organizar, ordenar e sequenciar os conteúdos e
objetivos;
. informações sobre como ensinar - estruturar as atividades e estratégias, a prática
pedagógica deve ser fundamentada em diferentes metodologias, valorizando concepções de
ensino, de aprendizagem (internalização) para atingir os objetivos definidos;
. informações sobre o quê, quando e como avaliar – verificar se os objetivos foram atingidos
e introduzir, quando necessário, correções ao processo, investigar para intervir.
As relações humanas, embora complexas, são peças fundamentais na realização
comportamental e profissional de um indivíduo. Desta forma, a análise dos relacionamentos entre
professor/aluno envolve interesses e intenções, sendo esta interação o expoente das consequências,
pois a educação é uma das fontes mais importantes do desenvolvimento comportamental e
agregação de valores nos membros da espécie humana.
Nesse sentido, a interação estabelecida caracteriza-se pela seleção de conteúdos,
organização, sistematização didática, onde o papel do professor consiste em agir como
intermediário entre os conteúdos da aprendizagem e a atividade construtiva para assimilação.
O aprender se torna mais interessante quando o aluno se sente competente pelas atitudes e
métodos utilizados em sala de aula. O prazer pelo aprender não é uma atividade que surge
espontaneamente nos alunos, pois, não é uma tarefa que cumprem com satisfação, sendo em alguns
casos encarada como obrigação. Para que isso possa ser melhor cultivado, o professor deve
despertar a curiosidade dos alunos, acompanhando suas ações no desenvolver das atividades.
O trabalho do professor em sala de aula, seu relacionamento com os alunos é expresso pela
relação que ele tem com a sociedade e com a cultura. ABREU & MASETTO (1990: 115), afirma
que “é o modo de agir do professor em sala de aula, mais do que suas características de
personalidade que colabora para uma adequada aprendizagem dos alunos; fundamenta-se numa
determinada concepção do papel do professor, que por sua vez reflete valores e padrões da
sociedade”.
Segundo FREIRE (1996: 96), “o bom professor é o que consegue, enquanto fala, trazer o
aluno até a intimidade do movimento do seu pensamento. Sua aula é assim um desafio e não uma
cantiga de ninar. Seus alunos cansam, não dormem. Cansam porque acompanham as idas e vindas
de seu pensamento, surpreendem suas pausas, suas dúvidas, suas incertezas.
Ainda segundo o autor, “o professor autoritário, o professor competente, sério, o professor
incompetente, irresponsável, o professor amoroso da vida e das gentes, o professor sempre com
raiva do mundo e das pessoas, frio, burocrático, racionalista, nenhum deles passa pelos alunos sem
deixar sua marca”.
Apesar da importância da existência de afetividade, confiança, empatia e respeito entre
professores e alunos para que se desenvolva a leitura, a escrita, a reflexão, a aprendizagem e a
pesquisa autônoma, SIQUEIRA (2005: 01), afirma que os educadores não podem permitir que tais
sentimentos interfiram no cumprimento ético de seu dever de professor. Assim, situações
diferenciadas adotadas com um determinado aluno (como melhorar a nota deste, para que ele não
fique de recuperação), apenas norteadas pelo fator amizade ou empatia, não devem fazer parte das
atitudes de um “formador de opiniões”.
Portanto, a relação entre professor e aluno depende, fundamentalmente , do clima
estabelecido pelo professor, da relação empática com seus alunos, de sua capacidade de ouvir,
refletir e discutir o nível de compreensão dos alunos e da criação das pontes entre o seu
conhecimento e o deles. Indica também, que o professor deve buscar educar para as mudanças, para
a autonomia, para a liberdade possível numa abordagem global, trabalhando o lado positivo dos
alunos e para a formação de um cidadão consciente de seus deveres e de suas responsabilidades
sociais.
Concepção de Avaliação:
A avaliação se faz presente em todos os domínios da atividade humana. O “julgar”, o
“comparar”, isto é, “o avaliar” faz parte de nosso cotidiano, seja através das reflexões informais
que orientam as frequentes opções do dia a dia ou, formalmente, através da reflexão organizada e
sistemática que define a tomada de decisões (Dalben, 2005, p.66).
A avaliação como prática formalmente organizada e sistematizada, será contínua, cumulativa
e processual, devendo refletir o desenvolvimento global do aluno e considerar as características
individuais deste no conjunto dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos
aspectos qualitativos sobre os quantitativos.
No contexto escolar realiza-se segundo objetivos escolares implícitos ou explícitos, que, por
sua vez, refletem valores e normas sociais. Segundo Villas-Boas (1998, p.21), as práticas avaliativas
podem, pois, servir à manutenção ou à transformação social. Ainda para a referida autora, a
avaliação escolar não acontece em momentos isolados do trabalho pedagógico; ela o inicia, permeia
todo o processo e o conclui.
No entanto, em qualquer nível de ensino em que ocorra, a avaliação não existe e não operam
por si mesma; está sempre a serviço de um projeto ou de um conceito teórico, ou seja, é
determinada pelas concepções que fundamentam a proposta de ensino, como afirma Caldeira
(2000):
A avaliação escolar é um meio e não um fim em si mesma; está delimitada por uma
determinada por uma teoria e por uma determinada prática pedagógica. Ela não ocorre num
vazio conceitual, mas está dimensionada por um modelo teórico de sociedade, de homem,
de educação e, consequentemente, de ensino e de aprendizagem, expresso na teoria e na
prática pedagógica. (p.122)
A avaliação deve ser emancipadora o que implica em garantir o acesso ao conhecimento por
parte do aluno e avaliá-lo durante todo esse processo de apropriação do saber. É democrático avaliar
para garantir essa apropriação e não para promovê-lo em nome da não exclusão. Isso implicaria .
em uma inclusão excludente.
Pensar a avaliação de forma democrática e emancipadora oportuniza refletir sobre a forma
como se dá o processo de ensino e aprendizagem e, portanto, nas formas instituídas pela escola e
pelos professores de avaliar o processo de apropriação dos alunos. Assim, cabe uma reflexão a
respeito das formas em que o processo de ensino e aprendizagem e, consequentemente de avaliação
é concebido, a fim de romper com as formas ainda instituídas fragmentadas e até mesmo
desvinculadas da aprendizagem.
É necessário reconduzir o processo avaliativo ao papel e função que lhe são próprios,
enquanto parte de um plano de ação pedagógica, articulado estruturalmente desde a seleção dos
conteúdos, justificativa, encaminhamentos metodológicos e avaliação, considerando os critérios, os
instrumentos e técnicas/estratégias/metodologias de ensino.
Cada disciplina deve definir seus objetivos a partir da seleção de conteúdos estruturantes e
específicos, que os encaminhamentos metodológicos sejam adequados para desenvolver e organizar
o trabalho pedagógico em sala de aula e que critérios serão estabelecidos para avaliar o trabalho em
sala de aula e, consequentemente o aproveitamento/apropriação dos alunos em função dele. É neste
ato de planejar que o professor pode fazer suas escolhas quanto aos instrumentos mais adequados
para sua ação pedagógica se efetivar durante o processo educativo, lançando mão de provas,
pesquisas escolares, instrumentos de levantamento de dados, tabelas, testes, técnicas de ensino
(trabalho em grupo, seminários, etc.), apresentação oral, expressão corporal, entre outras tantas
formas para conhecer o nível de apropriação dos conteúdos da turma e dos alunos e as necessárias
mediações quando se perceber que a aprendizagem não se deu da forma esperada.
Podemos definir instrumentos de avaliação como meios e recursos utilizados para se
alcançar determinado fim, de acordo com os encaminhamentos metodológicos e em função dos
conteúdos e critérios estabelecidos para tal.
Não existem poucos instrumentos de avaliação, o que existe talvez, seja a sua inadequação
quanto ao uso. Muitas vezes os professores utilizam metodologias de ensino sem perceber que , ao
mesmo tempo em que se dão os encaminhamentos para efetivá-las, a avaliação já pode estar
acontecendo sem que seja preciso primeiro aplicar a técnica para ao seu final avaliá-la. Recai-se
então sempre no mesmo problema: a falta de critérios para avaliar e, por que não dizer, para
planejar também.
Os critérios decorrem dos conteúdos, uma vez selecionados os conteúdos essenciais que
serão sistematizados, cabe ao professor definir os critérios que serão utilizados para avaliar o
conhecimento do aluno. Para tanto, eles devem ser pensados no momento da elaboração do plano de
trabalho docente e devem acompanhar a prática pedagógica desde os conceitos e os conteúdos que
serão trabalhados até a forma (metodologia) e o momento em que forem valorados (peso) pelo
respectivo sistema de avaliação.
Os critérios também são a via para se acompanhar o processo de aprendizagem. De acordo
com DEPRESBITERIS (2007, p.37) “os critérios são princípios que servirão de base para o
julgamento da qualidade dos desempenhos, compreendidos aqui, não apenas como execução de
uma tarefa, mas como mobilização de uma série de atributos que para ela convergem”.
“É essencial estabelecer a relação entre os conteúdos que se pretende ensinar, o objetivo para
este ensino, a forma de sistematização destes conteúdos, para então, estabelecer instrumentos e
critérios de avaliação claros e específicos que serão utilizados no processo avaliativo. {…} Não
basta, apenas, a divisão dos conteúdos, mas é fundamental que se tenha clareza do que se quer com
este ou aquele conteúdo (objetivos) e a forma como serão sistematizados (metodologia) e também o
modo que estes conteúdos serão avaliados, ou seja, a definição de alguns instrumentos para
avaliações pontuais da aprendizagem e o estabelecimento de critérios de avaliação pertinentes e
coerentes com os conteúdos determinados”. (BATISTA, 2008)
Portanto, critérios estão voltados para a intencionalidade dos conteúdos e não para os
instrumentos.
Deve ficar clara a intencionalidade do trabalho educativo, tendo em vista os conceitos
fundamentais do campo de conhecimento de cada disciplina e os elementos sociais, culturais
próprios da comunidade em que o professor e alunos estão inseridos, considerando sua dimensão
histórica e a possibilidade para os sujeitos envolvidos de transformação de si mesmo e da realidade,
a partir do conhecimento dominado. Lembrar também que os objetivos a serem alcançados
relacionam-se com os conteúdos e não com as atividades realizadas, pois estas são meios para se
avaliar o rendimento escolar. (SEED/CGE, 2008)
A avaliação dentro do Plano de Trabalho Docente deve estar em consonância com o Sistema
de Avaliação, respaldadas pelo Regimento Escolar, Projeto Político-Pedagógico e a Proposta
Pedagógica Curricular.
No Livro Registro de Classe deverão ser contempladas e registradas todas as atividades
avaliativas e de recuperação de estudos asseguradas ao aluno pela legislação, em acordo com os
documentos produzidos coletivamente pela escola.
A LDB 9394/96, estabelece em seus Artigos 13 e 24 que a escola contemple os “estudos de
Recuperação; também a Deliberação 007/99 em seu capítulo II, artigos 10 a 13 discorre sobre a
Recuperação de Estudos.
De acordo com Vasconcelos (2003, p.82) a Recuperação de Estudos consiste na retomada de
conteúdos durante o processo de ensino aprendizagem, permitindo que todos os alunos tenham
oportunidade de apropriar-se do conhecimento historicamente acumulado, por meio de
metodologias diversificadas e participativas.
A recuperação paralela diz respeito a um processo de ensino que precisa ser revisto aos
alunos que não aprenderam, também ao ensino e suas estratégias. Para elaboração de um trabalho
de recuperação deve-se partir do que o aluno sabe, domina, é início de uma nova aprendizagem.
Para que ocorra a Recuperação de Estudos é necessário o acompanhamento do professor, sendo
fundamental a compreensão de que a aprendizagem ocorre pela mediação das pessoas, tendo claro
que todos os sujeitos são singulares, únicos, com características diferenciadas, e portanto, cada um
se apropria do conhecimento de acordo com suas especificidades, sendo assim, a aprendizagem
passa a ser um processo individual.
Ainda existe distanciamento entre a teoria e a prática, como cita Vasconcellos (2006)
Os estudos de “recuperação” padecem de uma ambiguidade: são apontados como a grande
saída para ajudar os alunos com dificuldades, mas frequentemente não passam de uma
proposta que não sai do papel, em função das condições objetivas de trabalho dos
professores. A partir daí alguns problemas apresentam: a recuperação da nota, mas não da
aprendizagem; a recuperação da aprendizagem, mas não da nota; nem uma coisa nem outra.
(VASCONCELLOS, 2006:93).
Algumas práticas pedagógicas separam as ações do ensinar – que cabem ao professor, das
ações do aprender – que cabem aos alunos. Nestas práticas a não aprendizagem é de
responsabilidade do aluno, pois considera que o professor sempre ensina. A avaliação
classificatória, utilizada nestas práticas pedagógicas é pensada para aprovar ou reprovar e é
aplicada ao final do ensino de um determinado conteúdo, e independente do resultado, o próximo
conteúdo é trabalhado.
A recuperação de estudos, paralela ao processo letivo, tem por linha pedagógica recuperar os
conteúdos não apropriados e não os instrumentos de avaliação, isto é, os diferentes instrumentos de
avaliação serão vias para receber os conteúdos que não foram apreendidos e que deverão ser
retomados no processo de recuperação de estudos.
VI - MARCO OPERACIONAL
1. Forma de Gestão (Democrática) Para a implantação da Gestão Democrática é necessário a criação dos Órgãos Colegiados,
como o Conselho Escolar, o Grêmio Estudantil, a APMF (Associação de Pais, Mestres e
Funcionários), o Conselho de Classe, com o objetivo de facilitar a participação de todos os
segmentos.
Essas instâncias elegem seus representantes, dando-lhes legitimidade e permitem uma
melhor organicidade na ação administrativa e pedagógica.
Todas essas instâncias promovem o exercício da cidadania e são estruturadas com normas e
regras que as regulamentam e necessitam serem discutidas.
O Conselho Escolar auxilia na resolução dos problemas que surgem e são tratados pelo
conjunto e as soluções acabam surgindo com mais facilidade, fazendo com que todos se sintam
responsáveis pelas decisões tomadas e pelos avanços obtidos.
O Conselho de Classe, tem sentido de acompanhamento de todo processo da avaliação,
analisando e debatendo todos os componentes da aprendizagem dos alunos. O Conselho de Classe
garante o aperfeiçoamento do processo da avaliação, tanto em seus resultados sociais como
pedagógicos.
A Associação de Pais, Mestres e Funcionários – APMF, é um órgão de representação dos Pais,
Mestres e Funcionários do estabelecimento de ensino, sem caráter político partidário, religioso,
racial e nem fins lucrativos, não sendo remunerados os seus dirigentes e conselheiros, sendo
constituída por prazo determinado..
O Grêmio Estudantil é o órgão máximo de representação dos estudantes do estabelecimento
de Ensino, com o objetivo de defender os interesses individuais e coletivos dos alunos, incentivando
a cultura literária, artística e desportiva de seus membros.
2. Formação Continuada
A necessidade de atualização profissional é constante. A aprendizagem é necessidade
básica para viver em um mundo caracterizado pela angústia da informação.
Como educadores, sabemos que o esforço de criar uma estrutura educacional de qualidade
está associado a vários fatores. O principal deles sem dúvida alguma, é o fator humano. São os
professores que dão à escola o perfil de excelência para se atingir os mais elevados padrões
educacionais. Por esse motivo, devem contar também com constante aperfeiçoamento.
O curso de capacitação é oferecido pela SEED, aos funcionários e professores no início do
período letivo, porém nessa época o quadro de professores não está completo, pela demora das
contratações pelo PSS, e no início do segundo semestre acontece outra etapa da formação
continuada.
No colégio acontecem Reuniões Pedagógicas durante o ano letivo, para troca de
experiências, estudos que são pertinentes para o melhor desempenho profissional, de temas tais
como: Desafios educacionais contemporâneos, inclusão, avaliação.
Também estão previstos em calendário escolar, dias para Planejamento e Replanejamento,
nos quais são elaborados/reelaborados as Propostas Pedagógicas Curriculares e Plano de Trabalho
Docente, utilizando-se como subsídios as Diretrizes Curriculares Estaduais.
Os professores e funcionários do Colégio participam de grupos de estudos também
ofertados pela SEED/SUED, que são realizados aos sábados. No ano de 2010, foram organizados
três grupos de estudos: CFAE-Organização Democrática da Escola Pública, DPPE-Desafios
Educacionais Contemporâneos e DEDI- Diversidade na Escola.
3. Ações relativas à Recuperação de Estudos dos Alunos
Quando a lei fala de baixo rendimento escolar não se pode esquecer que os aspectos
qualitativos devem prevalecer sobre aqueles quantitativos.
O processo é concomitante e ocorre de duas formas:
. A retomada do conteúdo a partir do diagnóstico oferecido pelos instrumentos de avaliação.
. A reavaliação do conteúdo já “reexplicado” em sala .
É preciso desvincular a ideia de reavaliação, que integra o processo de recuperação de
estudos, através apenas das provas formais. Não precisam ser provas necessariamente. Pode ser uma
pesquisa, seminário de apresentação para grupos de alunos diferentes, conforme a dimensão do
conteúdo que não foi apropriada, entre outros.
O peso das provas não deve ser maior que o peso de outras atividades, para tanto é preciso
ter definidos os critérios de avaliação, os conteúdos a serem avaliados e os instrumentos a serem
utilizados.
O peso da recuperação de estudos deve ser proporcional aos da avaliação, ou seja, se o
processo vai de 0 a 100% de apreensão, diagnóstico e retomada dos conteúdos, a recuperação não
será um “adendo” a nota, e terá peso de 0 a 100%.
4. Especificação das Linhas de Ação para o trabalho pedagógico, administrativo,
político-educacional e financeiro.
A Equipe Pedagógica na escola pública assume a responsabilidade de redefinir os
pontos fundamentais que norteiam as relações interpessoais na escola junto aos Alunos,
Professores, Pais e Funcionários. É desde a matrícula, a entrada do aluno na escola que a
equipe terá de estar presente colaborando para que haja consideração com o aluno e sua
condição material: atender alunos com necessidades de trabalho e necessidades especiais.
Necessário se faz envolver os principais interessados pela apropriação e socialização
do saber: diretores, equipe pedagógica, professores, funcionários, alunos, pais, trabalhando como
cúmplices, repensando o fazer escolar, contribuindo efetivamente para uma educação mais
comprometida com a elevação da qualidade do ensino.
Organizar as funções educativas para que a escola atinja de forma efetiva e suas
finalidades: Interferir como mediadora nas interações políticas, às questões de ensino-
aprendizagem e às de currículo.
Dentro desse contexto dá-se abertura para a participação dos educandos, pais, educadores,
representantes da comunidade, tendo como linhas de ação para o trabalho pedagógico:
- Ver todo o trabalho efetuado como meio de chegar ao fim último – o aluno, inserido
num contexto social e histórico;
- Propiciar ao educando, diversas oportunidades de contato com a cultura geral e
específica;
- Assegurar um profundo respeito pela pessoa do aluno, em consideração de seus
valores, diferenças, aptidões, limitações, dificuldades, mas sobretudo sua existência
enquanto homem fazedor de sua história na coletividade.
- Assegurar conteúdos possíveis de relações com suas vivências presentes, passadas e
futuras, dando-lhes uma visão de homem, mundo e sociedade e relações sociais,
sobretudo relações sociais de trabalho;
- Oportunizar atividades extra-classe para maior desenvolvimento e aproveitamento da
aprendizagem do aluno;
- Desenvolver no educando o senso crítico, o espírito comunitário educando-o para a
liberdade e dignidade fundamentais;
- Incentivar a aprendizagem através de pesquisa, da descoberta, manipulação, experiência,
leitura e encontro com a realidade;
- Despertar para o coleguismo, a responsabilidade, a criatividade, a sensibilidade, a
solidariedade, a colaboração e a disciplina, ajudando-o na formação de sua
personalidade;
- Participar de eventos culturais e sociais, quando forem convidados e solicitados para
a representação do Estabelecimento;
- Passeios ecológicos, dentro e fora do Município, envolvendo Educandos, Professores,
Funcionários e Pais;
- Abranger todos os elementos de natureza física, tais como a manutenção do prédio, das
instalações e equipamentos, os materiais didáticos, mobiliários, distribuições das
dependências e espaços livres, limpeza, ventilação e iluminação.
A partir das funções específicas compete à parte administrativa:
Conhecer o Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de Ensino.
Cumprir a legislação em vigor e as instruções normativas emanadas da Secretaria de Estado
da Educação, que regem o registro escolar do aluno e a vida legal do Estabelecimento de ensino.
Organizar e manter atualizados a coletânea de legislação, resoluções, instruções normativas,
ordens de serviços, ofícios e demais documentos.
Atender a comunidade escolar, na área de sua competência, prestando informações e
orientações sobre a legislação vigente e a organização e funcionamento do estabelecimento de
ensino, conforme disposições do Regimento Escolar.
Cumprir e fazer cumprir as obrigações inerentes às atividades administrativas da secretaria,
quanto ao registro escolar do aluno referente à frequência e ao aproveitamento escolar,
documentação comprobatória, de adaptação, aproveitamento de estudos, progressão parcial,
classificação, reclassificação e regularização da vida escolar.
Conferir, registrar e/ ou patrimoniar materiais e equipamentos recebidos, organizar o livro-
ponto dos professores.
Secretariar os Conselhos de Classe e reuniões, redigindo as respectivas atas.
Participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por iniciativa própria,
desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional.
Linhas de ação- setor financeiro:
Compete à Equipe de Direção elaborar os planos de Aplicação financeira sob sua
responsabilidade, consultando a comunidade escolar e colocando-os em edital público; prestar
contas dos recursos recebidos, submetendo-os à aprovação do Conselho Escolar.
O Colégio recebe recursos financeiros do Governo Estadual através do Fundo Rotativo: com
dez parcelas anuais, para aquisição de materiais de consumo, quatro parcelas para prestação de
serviços e extraordinariamente se houver alguma emergência.
Do Governo Federal recebe recursos do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE): para
aquisição de material de consumo e permanente, sendo uma parcela anual.
No ano de 2010 o Colégio recebeu do PDDE, uma parcela para implantação do Ensino
Médio Inovador no valor de R$50.000,00 (cinquenta mil reais) para aquisição de equipamentos e
materiais para execução do programa.
5. Definição de como a escola tratará na organização dos conteúdos, de todas as
disciplinas, ao longo do ano letivo, conteúdos curriculares de História e Cultura
Afro-Brasileira (Lei 11.645/2008, Lei 10.639/2003, Art.26 e Deliberação CEE
04/06), bem como as maneiras pelas quais esses conteúdos serão levados aos
alunos.
A LEI Nº 10.639, DE 9 DE JANEIRO DE 2003,
Altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira", e dá outras providências.
Art. 1º A Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, passa a vigorar acrescida dos seguintes arts. 26-A, 79-A e 79-B:
"Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e particulares, torna-se obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira.
§ 1º O conteúdo programático a que se refere o caput deste artigo incluirá o estudo da História da África e dos Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política pertinentes à História do Brasil.
§ 2º Os conteúdos referentes à História e Cultura Afro-Brasileira serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de Educação Artística e de Literatura e História Brasileiras.
"Art. 79-A. (VETADO)"
"Art. 79-B. O calendário escolar incluirá o dia 20 de novembro como ‘Dia Nacional da Consciência Negra’."
A Lei nº11.645 de 10 de março de 2008
Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, modificada pela Lei no 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”.
Art. 1o O art. 26-A da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, passa a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e privados, torna-se obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena.
§ 1o O conteúdo programático a que se refere este artigo incluirá diversos aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da população brasileira, a partir desses dois grupos étnicos, tais como o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade nacional, resgatando as suas contribuições nas áreas social, econômica e política, pertinentes à história do Brasil.
§ 2o Os conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e dos povos indígenas brasileiros serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de educação artística e de literatura e história brasileiras.” (NR)
A Deliberação nº04/2006 do Conselho Estadual de Educação institui normas
complementares às Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais
e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, a serem desenvolvidas nas Escolas
do Paraná.
O ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena tem por objetivo o
reconhecimento e valorização da identidade, história e cultura dos afro-brasileiros, bem como a
garantia de reconhecimento e igualdade de valorização das raízes africanas da nação brasileira, ao
lado das indígenas, européias e asiáticas.
Na organização dos conteúdos de todas as disciplinas da matriz curricular será contemplado
ao longo do ano letivo a História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, proporcionando aos alunos
uma educação compatível com uma sociedade democrática, multicultural e pluriétnica.
O nosso colégio compôs a Equipe Multidisciplinar que fará a supervisão e desenvolvimento
de ações, dando conta da aplicação efetiva das diretrizes estabelecidas , ao longo do período letivo.
Algumas ações que estão sendo realizadas em nosso colégio: relacionar de forma
interdisciplinar os conteúdos curriculares de História e Cultura Afro-brasileira e Africana,
constando no Plano de Trabalho Docente de todas as disciplinas, os conteúdos a serem trabalhados
ao longo do período letivo; elaboração de paródias, história em quadrinhos, seminários, pesquisas
bibliográficas entre outros; exposição de maquetes, cartazes, artesanatos da cultura africana e
indígena que influenciaram a cultura brasileira, aberta a visitação da comunidade durante a feira do
conhecimento.
6. Definição de como a escola contemplará a Educação Ambiental (componente
obrigatório da educação formal e não-formal) nos termos da Lei 9795/1999:
A Educação ambiental deve contribuir na formação de um cidadão consciente do ambiente
total, com o propósito de formar valores, habilidades e capacidades para orientar uma
transformação socioambiental.
Permitir a compreensão da natureza complexa do meio ambiente, utilizando-se
racionalmente os recursos do meio ambiente na satisfação material e espiritual da sociedade no
presente e no futuro.
Levar ao conhecimento dos educandos a perspectiva de que as mudanças climáticas e outras
mudanças ambientais afetarão a saúde da população (malária, dengue, leptospirose, entre outras).
Fazer o aluno entender que o desenvolvimento deve ser considerado diante das necessidades
das futuras gerações de se manter e sobreviver com qualidade de vida sustentável de todas as
espécies existentes.
Por isso a inclusão da temática ambiental no currículo escolar, visando trabalhar em sala de
aula competências e responsabilidades de respeito ao homem e ao meio ambiente, conciliando
conceitos e atitudes que mantenham relação com a realidade da escola e com a realidade de vida do
aluno, de forma que crie o hábito da utilização dos recursos naturais de forma sustentável e
rentável, sem levar a degradação ou esgotamento dos mesmos.
Estes conteúdos serão trabalhados em todas as disciplinas, e especialmente nas disciplinas
de Biologia, Ciências e Geografia.
7. Definição de como a escola contemplará conteúdos de Histórias do Paraná – em
cumprimento a Lei Estadual 13.381/01:
Tendo em vista a Lei Estadual nº 13.381/2001, a Deliberação nº07/2006 institui a inclusão
dos conteúdos de História do Paraná nos currículos da Educação Básica, no Sistema Estadual de
Ensino, com o objetivo de formar cidadãos conscientes da identidade, do potencial e das
possibilidades de valorização do nosso Estado.
A História Local/Regional oferece a possibilidade de estudo do cotidiano do homem
comum, registrado nos arquivos de família de de instituições, e também, na memória de idosos. É
rica fonte de dados que expressam vivências próximas no tempo e no espaço. Permite a percepção
dos costumes, das ideias, da mentalidade vigente num determinado espaço histório-cultural. Suas
fontes podem ser muito variadas, favorecendo uma noção mais imediata do passado, valorizando
coisas simples da vida cotidiana que representam os fazeres e saberes de uma localidade, de um
espaço regional em articulação com o contexto nacional.
Deve-se considerar, ainda, que construir objetos de estudo centrados na História
Local/Regional pode apresentar-se como uma experiência potencializadora para o currículo escolar,
como uma forma de articular um processo pela busca e confronto de dados. Tais dados, pertinentes
a uma realidade próxima que favoreça ao educando uma melhor compreensão das normas sociais,
usos, costumes e tradições que regem a comunidade onde vive. Além disso, podem favorecer a
análise das transformações ocorridas, dos avanços e retrocessos verificados e das possibilidades de
novas transformações pela ação dos sujeitos sociais.
Os conteúdos selecionados por diretrizes e referenciais oficiais articulam-se, do ponto de
vista conceitual, à produção historiográfica, ampla e complexa. Cabe ao professor definir a
adequação dos conteúdos à maturidade do aluno, à realidade escolar. Neste sentido é que a realidade
deve ser problematizada e, a partir de uma indagação, de um questionamento, é que se
providenciará a sistematização do conteúdo, valorizando-se a atuação e o poder de decisão do
docente.
Entender a historicidade de um determinado contexto, envolve a compreensão das múltiplas
determinações que regem a vida em sociedade e, em especial, o viver na sociedade brasileira
contemporânea com suas repercussões no espaço paranaense.
Os conteúdos específicos de História do Paraná serão contemplados na disciplina de
História.
8. Definição de como a escola contemplará o ensino de História e Cultura dos
Povos Indígenas do Brasil (Lei 11.645/2008):
O Caderno Temático oferecido pela Secretaria de Estado da Educação do Paraná, é um dos
subsídios para a prática educacional em sala de aula. Os temas propostos oferecem informações
sistematizadas, análises críticas e também indicações bibliográficas que darão sustentação teórica ao
professor.
Os textos do Caderno Temático expressam diferentes olhares sobre as populações indígenas
territorializadas no Estado do Paraná e a educação escolar no interior das Terras Indígenas.
Conhecer a cultura do outro, valorizá-la, é uma forma de respeitar a diversidade,
incentivando a constituição de processos educativos inclusivos.
Essa temática será trabalhada na disciplinas de História, Arte, e Língua Portuguesa.
9. Especificação da ações voltadas para a Inclusão:
A construção de uma sociedade inclusiva exige mudanças de ideias e práticas. O
Ministério da Educação está apoiando a implementação de uma prática social que viabilize escolas
inclusivas que atendam a todos, independentemente da suas necessidades educacionais especiais, de
forma a garantir a participação de todos. A educação inclusiva está fundamentada na ideia de uma
sociedade que reconhece e valoriza a diversidade.
Apesar da Inclusão ter o enfoque em crianças e adolescentes com deficiência - porque são
mais vulneráveis em razão da não-adaptação arquitetônica e pedagógica das escolas em geral, o
que se defende é uma educação ministrada com uma preocupação de acolher a todas as pessoas, ou
seja, sem preconceitos de qualquer natureza e sem perpetuar as práticas tradicionais de exclusão,
que vão desde a discriminação negativa, até uma bem intencionada reprovação de uma série para
outra.
Os profissionais da educação precisam receber orientações pedagógicas que demonstrem
não só a viabilidade de se receber na mesma sala todas as crianças e jovens, mas o quanto qualquer
escola que adote esses princípios inclusivos pode oferecer educação escolar com qualidade para
alunos com e sem deficiências.
A Constituição Federal (Art. 1º, Inc.II e III; Art.3º, Inc.IV, Art. 5º; Art.205; Art.206, Inc. I;
Art. 208, Inc.V) garante a todos o direito à educação e ao acesso à escola. Toda a escola assim
reconhecida pelos órgãos oficiais como tal, deve atender aos princípios constitucionais, não
podendo excluir nenhuma pessoa em razão de sua origem, raça, sexo, cor, idade, deficiência ou
ausência dela.
A escola da rede regular é o ambiente mais adequado para se garantir o relacionamento dos
alunos com seus pares de mesma idade cronológica e para estimulação de todo tipo de interação
que possa beneficiar seu desenvolvimento cognitivo, motor e afetivo.
O direito de acesso ao Ensino Fundamental é um direito humano indisponível, por isso as
pessoas com deficiência em idade de frequentá-lo, não podem ser privadas dele. E não se pode
admitir a substituição do ensino de alunos com deficiência em classes comuns do ensino regular,
unicamente pelo ensino especial na idade de acesso obrigatório ao Ensino Fundamental, pois fere o
disposto na Convenção de Guatemala.
Nada impede que, em período distinto daquele em que for matriculado no ensino regular, os
alunos continuem a frequentar a instituição para serviços clínicos e/ou serviços de atendimento
educacional especializado.
Considerando o fato de que enquanto escola da rede regular, dizemos estar “despreparados”
para receber alunos com deficiência – uma vez que grande parte desses alunos nunca frequentou a
escola de ensino regular, a instituição especializada precisa oferecer apoio, conhecimento e
esclarecimentos aos professores das escolas regulares em que estas crianças e adolescentes estão
estudando.
É importante que esses apoios e conhecimentos não se constituam no que se costuma
entender e praticar como reforço escolar. À escolaridade dos alunos com deficiência compete às
escolas da rede regular e devem responder às necessidades de todos os educandos com práticas que
respeitem as diferenças.
Além disso é preciso que se proporcione cursos de capacitação práticos aos professores que
estão atuando. Os cursos de formação de professores do Magistério, as Licenciaturas, devem dar-
lhes a consciência e a preparação necessárias para que recebam em suas salas de aula, alunos com e
sem necessidades educacionais especiais.
Mudar a escola é enfrentar uma tarefa que exige trabalho em muitas frentes e para que se
possa transformar a escola na direção de um ensino de qualidade e, em consequência inclusiva, é
necessário destacar algumas transformações primordiais:
. colocar a aprendizagem como eixo das escolas, porque cada escola foi feita para fazer com que
todos alunos aprendam;
. garantir tempo e condições para que todos possam aprender de acordo com o perfil de cada um e
reprovando a repetência;
. garantir o atendimento educacional especializado preferencialmente na própria escola da rede
regular de ensino;
. abrir espaço para que a cooperação, o diálogo, a solidariedade, a criatividade e o espírito crítico
sejam exercitados nas escolas por professores, administradores, funcionários e alunos, pois são
habilidades mínimas para o exercício da verdadeira cidadania;
. estimular, formar continuamente e valorizar o professor, que é o responsável pela tarefa
fundamental da escola – a aprendizagem dos alunos.
O Decreto nº 5.626, de 22 de Dezembro de 2005 da Presidência da República, em seu
artigo 14 cita o seguinte:
Art. 14. As instituições federais de ensino devem garantir, obrigatoriamente, às pessoas
surdas acesso à comunicação, à informação e à educação nos processos seletivos, nas atividades e
nos conteúdos curriculares desenvolvidos em todos os níveis, etapas e modalidades de educação,
desde a educação infantil até à superior.
VI - adotar mecanismos de avaliação coerentes com aprendizado de segunda língua, na
correção das provas escritas, valorizando o aspecto semântico e reconhecendo a singularidade
lingüística manifestada no aspecto formal da Língua Portuguesa.
Para ensinar a turma toda, deve-se propor atividades abertas e diversificadas, isto é, que
possam ser abordadas por diferentes níveis de compreensão, de conhecimento e de desempenho dos
alunos e em que não se destaquem os que sabem mais ou os que sabem menos. As atividades devem
ser exploradas, segundo as possibilidades e interesses dos alunos que livremente se desenvolvem.
Debates, pesquisas, registros escritos e falados, observação, vivências, são alguns processos
pedagógicos indicados para a realização de atividades dessa natureza.
A avaliação terá necessariamente de ser dinâmica, contínua, mapeando o processo de
aprendizagem dos alunos em seus avanços, retrocessos, dificuldades e progressos.
Vários são os instrumentos que podem ser utilizados para avaliar, de modo dinâmico, os
caminhos da aprendizagem, como: os registros e anotações diárias do professor, os chamados
portfólios e demais arquivos de atividades dos alunos e diários de classe, em que vão sendo
colecionadas as impressões sobre o cotidiano do ensino e da aprendizagem. As provas também
constituem opções de avaliação desejáveis, desde que haja o objetivo de analisar, junto aos alunos
e os seus pais, os sucessos e as dificuldades escolares.
É importante também que os alunos se auto-avaliem e nesse sentido, o professor precisa
criar instrumentos que os exercitem/auxiliem a adquirir o hábito de refletir sobre as ações que
realizam na escola e como estão vivenciando a experiência de aprender.
Sem estabelecer uma referência, sem buscar o consenso, mas investindo nas diferenças e na
riqueza de um ambiente que confronta significados, desejos e experiências, o professor garante a
liberdade e a diversidade das opiniões dos alunos. Ele deverá propiciar oportunidades para o aluno
aprender a partir do que sabe a chegar onde foi capaz de progredir.
Temos consciência das dificuldades que existem e não são pequenas, mas também temos a
consciência de que não será através da exclusão de alguns educandos do nosso ambiente, que a
escola se tornará realmente acolhedora e de qualidade para os demais. Isso acontecerá após a
adoção incondicional da não exclusão, pois incluir, em primeiro lugar, é deixar de excluir. A
educação inclusiva acontecerá através da busca de informações, estudos sobre a educação
inclusiva: inclusão e diversidade, da interdisciplinaridade e do exercício da cidadania, e também
por meio da cobrança dos instrumentos necessários que devem ser fornecidos pelos dirigentes e
responsáveis pela rede pública de ensino.
10. Especificação das ações voltadas para a Educação do Campo:
A LDB 9394/96, estabelece em seu Art. 28:
Na oferta da educação básica para a população rural, os sistemas de ensino
promoverão as adaptações necessárias à sua adequação, às peculiaridades da vida rural e de
cada região, especialmente.
I. Conteúdos curriculares e metodologias apropriadas às reais necessidades e
interesses dos alunos da zona rural.
É necessário reconhecer a diversidade sociocultural e o direito à igualdade e à
diferença, possibilitando a definição de diretrizes operacionais para a educação rural, sem, no
entanto, recorrer a uma lógica exclusiva e de ruptura com um projeto global de educação
para o País.
Em primeiro lugar é necessário definir o que pertencer ser incluído, respeitando-se a
diversidade e acolhendo as diferenças sem transformá-las em desigualdades. A discussão da
temática tem a ver, neste particular, com a cidadania e a democracia, no âmbito de um
projeto de desenvolvimento em que as pessoas se inscrevem como sujeitos de direitos.
A decisão de propor diretrizes operacionais para a educação básica do campo supõe
a identificação de um modo próprio de vida social e de utilização do espaço, delimitando o
que é rural e urbano sem perder de vista o nacional.
Duas abordagens podem ser destacadas na delimitação desses espaços e, neste
aspecto, em que pese ambas considerarem que o rural e o urbano constituem pólos de um
mesmo continuum, divergem quanto ao entendimento das relações que se estabelecem entre
os mesmos.
Pode-se dizer que o rural hoje só pode ser entendido como um continuum urbano.
O meio rural se urbanizou nas últimas décadas, como resultado do processo de
industrialização da agricultura de um lado, e, do outro, do transbordamento do mundo urbano
naquele espaço que tradicionalmente era definido como rural.
A Resolução CNE/CEB Nº 1, de 3 de abril de 2002, em seu artigo 1º institui as
Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas escolas do campo a serem observadas
nos projetos das instituições que integram os diversos sistemas de ensino.
A identidade da escola do campo é definida pela sua vinculação às questões
inerentes à sua realidade, ancorando-se na temporalidade e saberes próprios dos estudantes,
na memória coletiva que sinaliza futuros, na rede de ciência e tecnologia disponível na
sociedade e nos movimentos sociais em defesa de projetos que associem as soluções
exigidas por essas questões à qualidade social da vida coletiva no País.
O projeto institucional das escolas que recebem alunos do campo, deve constituir
mecanismos que possibilitem estabelecer relações entre a escola, a comunidade local, os
movimentos sociais, os órgãos normativos do sistema de ensino e os demais setores da
sociedade.
Os mecanismos de gestão democrática contribuirão diretamente: para a autonomia
das escolas e o fortalecimento dos conselhos que propugnam por um projeto de
desenvolvimento que torne possível à população do campo viver com dignidade; para a
abordagem solidária e coletiva dos problemas do campo, estimulando a autogestão no
processo de elaboração, desenvolvimento que torne possível à população do campo viver
com dignidade; para a abordagem solidária e coletiva dos problemas do campo, estimulando
a autogestão no processo de elaboração, desenvolvimento e avaliação das propostas
pedagógicas das instituições de ensino.
O campo, mais do que um perímetro não-urbano, é um campo de possibilidades que
dinamizam a ligação dos seres humanos com a própria produção das condições da
existência social e com as realizações da sociedade humana.
11. Especificação de Ações voltadas para a qualificação dos equipamentos pedagógicos
O que ajudou a melhorar a qualidade do ensino foram os investimentos feitos na
adequação das Escolas Estaduais do Paraná aos avanços tecnológicos com as instalações dos
Laboratórios do Paraná Digital, das TVPendrives e do Portal Dia-a-Dia Educação e da TV Paulo
Freire.
Foram realizados diversos cursos através do CRTE do Núcleo Regional de Educação bem
como da Universidade sem Fronteiras, para aprimoramento dos usos dos recursos tecnológicos aos
professores.
12. Especificação das Ações que envolvem outras instituições:
O Colégio realiza parcerias com: CIEE/PR (Centro de Integração Empresa-Escola do
Paraná) com o objetivo de desenvolver Programas de Estágio, obrigatórios e não obrigatórios;
UEPG (Universidade Estadual de Ponta Grossa), FAPI (Faculdades de Pinhais), UNICENTRO-
IRATI (Universidade Estadual do Centro Oeste- Campus Irati) possibilitando aos acadêmicos
realizarem seus estágios, vivenciando o cotidiano pedagógico escolar e a prática pedagógica
docente neles efetivadas com o intuito de realizar intervenções pedagógicas significativas à
realidade escolar.
13. Ações referentes ao Estágio não-obrigatório aos alunos que cursam o Ensino
Médio:A Lei Federal nº11.788/08, de 25 de setembro de 2008, dispõe sobre o Estágio de estudantes.
A inserção do estágio não obrigatório no Projeto Político-Pedagógico do Colégio não pode
contrapor-se à própria concepção de escola pública, ainda que o estágio seja uma atividade que vise
a preparação para o trabalho produtivo, conforme Lei nº11.788/2008. A função social da escola vai
para além do aprendizado de competências próprias da atividade profissional e, nesta perspectiva,
vai para além da formação articulada às necessidades do mercado de trabalho.
O estágio não-obrigatório é aquele desenvolvido como atividade opcional, acrescida à carga
horária regular e obrigatória.
Conceber trabalho como princípio educativo pressupõe oferecer subsídios, a partir das
diferentes disciplinas, para se analisar as relações e contradições sociais, as quais se explicam a
partir das relações de trabalho. Isto implica em oferecer instrumentos conceituais ao aluno para
analisar as relações de produção, de dominação, bem como as possibilidades de emancipação do
sujeito a partir do trabalho.
Formar para o mundo do trabalho, portanto, requer o acesso aos conhecimentos produzidos
historicamente pelo conjunto da humanidade, a fim de possibilitar ao futuro trabalhador se apropriar
das etapas do processo de forma conceitual e operacional. Isto implica em ir para além de uma
formação técnica que secundariza o conhecimento, necessário para se compreender o processo de
produção em sua totalidade.
Os conhecimentos escolares, portanto, são a via para se analisar esta dimensão contraditória
do trabalho, permitindo ao estudante e futuro trabalhador atuar no mundo do trabalho de forma
mais autônoma, consciente e crítica.
Para tanto, o acesso aos conhecimentos universais possibilita ao aluno estagiário, não
somente sua integração nas atividades produtivas, mas a sua participação nela, de forma plena,
integrando as práticas aos conhecimentos teóricos que as sustentam.
Nesta perspectiva, o estágio pode e deve permitir aos estagiário que as ações desenvolvidas
no ambiente de trabalho sejam trazidas para a escola e vice-versa, relacionando-as aos
conhecimentos universais necessários para compreendê-las a partir das relações de trabalho.
Caberá ao pedagogo acompanhar as práticas de estágio desenvolvidas pelo aluno, ainda que
em via não presencial, para que este possa mediar a natureza do estágio e as contribuições do aluno
estagiário com o plano de trabalho docente, de forma que os conhecimentos transmitidos sejam
instrumentos para se compreender de que forma tais relações se estabelecem histórica, econômica,
política, cultural e socialmente. Também caberá ao pedagogo, manter os professores das turmas,
cujos alunos desenvolvem atividades de estágio, informados sobre as atividades desenvolvidas, de
modo que estes possam contribuir para esta relação práxica.
O estágio aprovado pela Lei Federal nº11.788/08, mostra a importância que é se ter um
profissional qualificado para a execução de funções da área de formação do indivíduo, dispondo de
tempo para estudo e participação de eventos de complementação do ensino, propiciando um maior
grau de aproveitamento ao estudante.
14. Diretrizes para Avaliação Institucional da Escola e para avaliação geral de
desempenho dos docentes, pedagogos e funcionários.
A Avaliação Institucional deve ser construída de forma coletiva, sendo capaz de identificar
as qualidades e fragilidades das instituições e do sistema, subsidiando as políticas educacionais
comprometidas com a transformação social e o aperfeiçoamento da gestão escolar e da educação
pública ofertada na Rede Estadual. O programa pretende sinalizar os fatores que facilitam ou
dificultam a democratização e a qualificação do sistema e das instituições da Rede Estadual, com o
objetivo de tomada de consciência e de correção de rumos e comprometimento com ações
inovadoras que visem ao avanço da Educação Básica no Estado do Paraná.
A Avaliação Institucional deve ser fundamentada em seus aspectos políticos (das relações
de poder existentes); técnicos (das metodologias que dão suporte à sua implementação); sociais (dos
sujeitos que a produzem e suas relações com a instituição e com o sistema educacional ao qual
pertencem) e simbólicos (dos valores e significados que assume, tanto para a Instituição quanto para
a sociedade).
Uma escola é uma instituição pública de ensino, de educação. Ela cumpre uma finalidade
que é coletiva, social e pública e, por conseguinte, tem importância para a sua comunidade escolar
e para o conjunto da sociedade que a mantém.
O caráter da institucionalidade delimita o âmbito da avaliação, abrangendo a instituição
como um todo e sua relação com o sistema, o que a diferencia das demais avaliações específicas,
como o desempenho profissional, avaliação de rendimento escolar, avaliação de planos de ação e
outros. Desta maneira, cabe à Avaliação Institucional articular as demais avaliações, possibilitando
uma leitura da totalidade das instituições e do sistema.
A prática avaliativa na educação desenvolveu-se com foco principal no processo ensino-
aprendizagem, e tem sido basicamente utilizada para verificar o desempenho escolar dos alunos,
tanto em sala de aula quanto em programas de avaliação de rendimento escolar em âmbito nacional:
Sistema de Avaliação da Educação Básica – SAEB, Prova Brasil, Exame Nacional do Ensino
Médio – ENEM, Censo Escolar.
O SAEB teve início em 1993 e vem sendo aplicado em todo o país nos anos ímpares. A
aplicação é realizada por meio de amostragem, e a metodologia utilizada permite a comparação dos
resultados ao longo do tempo. Produz informações sobre o rendimento escolar para serem utilizadas
pelos responsáveis pelas macropolíticas da educação, sendo que seus dados são apresentados para a
federação, regiões e Estados.
Avalia estudantes de 4ª e 8ª séries (5º e 9º anos) do ensino fundamental e também estudantes
do 3º ano do ensino médio, da rede pública e rede privada, nas áreas urbana e rural. A avaliação é
amostral, ou seja, apenas parte dos estudantes brasileiros das séries avaliadas participam da prova.
Por ser amostral, oferece resultados de desempenho apenas para o Brasil, regiões e unidades da
federação.
A Prova Brasil foi criada em 2005 e avalia as habilidades em Língua Portuguesa (foco em
leitura) e Matemática (foco na resolução de problemas). Avalia apenas estudantes de ensino
fundamental, de 4ª e 8ª séries (5º e 9º anos).
A Prova Brasil avalia as escolas públicas localizadas em área urbana e rural, sendo quase
universal: todos os estudantes das séries avaliadas, de todas as escolas públicas urbanas e rurais do
Brasil com mais de 20 alunos na série, devem fazer prova. Por ser universal, expande o alcance dos
resultados oferecidos pelo Saeb. Como resultado, fornece as médias de desempenho para o Brasil,
regiões e unidades da Federação, para cada um dos municípios e escolas participantes. Parte das
escolas que participarem da prova Brasil ajudará a construir também os resultados do Saeb, por
meio de recorte amostral.
O ENEM teve início em 1998, com aplicação anual em todo o país. A inscrição é voluntária,
aberta a todos os alunos que estão terminando ou já concluíram o Ensino Médio. Permite aos
estudantes saber como está a sua formação a partir de uma auto-avaliação dos conhecimentos,
desenvolvidos ao longo da Educação Básica. Os resultados podem ser utilizados como referência
nas escolhas futuras em relação à continuidade dos estudos, à participação no mercado de trabalho e
também nos vestibulares de instituições de Ensino Superior.
Buscando complementar as informações fornecidas pelo SAEB, propiciando aos municípios
e escolas paranaenses resultados particularizados em seu âmbito, o Programa de Avaliação do
Rendimento Escolar – AVA/PR foi implantado em 1995 no Estado do Paraná com os seguintes
objetivos:
. medir a proficiência dos alunos da Educação Básica na Rede Pública de Ensino nos conteúdos
estabelecidos na legislação em vigor e no Currículo Básico para a Escola Pública do Estado do
Paraná;
. obter dados sobre as escolas, os alunos, os professores e os gestores escolares que permitam
contextualizar os desempenhos alcançados pelos alunos e sirvam como fonte de estudos e
pesquisas;
. subsidiar a Secretaria de Estado da Educação, a rede privada e Órgãos Municipais na tomada de
decisões quanto à política educacional a ser seguida;
. fornecer às equipes técnico-pedagógicas das escolas subsídios para articular os resultados da
avaliação com o planejamento escolar, a capacitação de professores e com o estabelecimento de
metas para cada escola;
. promover o desenvolvimento da cultura de avaliação orientada para a melhoria do sistema
educacional.
No ano de 2002 a avaliação atingiu as 4ªs e 8ªs séries do Ensino Fundamental nas
disciplinas de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências, e nas turmas de 3ª Séries do Ensino
Médio nas disciplinas de Língua Portuguesa, Matemática, Biologia, Física e Química.
No ano de 2008 foi realizada neste Colégio a Avaliação Institucional do Desempenho
Profissional de Professores e Funcionários pelos alunos. Esta inqueriu os alunos para opinarem de
como estes profissionais estavam atuando. Foi realizado de forma sigilosa, utilizando-se o
laboratório do Paraná Digital, os alunos preencheram questionários avaliativos e os resultados
foram disponibilizados para cada funcionário e professor saber como ele está sendo visto pelos
alunos.
O Censo Escolar é um levantamento de dados estatístico-educacionais de âmbito nacional
realizado todos os anos e coordenado pelo INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais Anísio Teixeira). Ele é feito com a colaboração das secretarias estaduais e municipais
de Educação e com a participação de todas as escolas públicas e privadas do país.
As unidades escolares informam os dados referentes ao ano letivo anterior até a última
quarta-feira do mês de maio. Os dados do Censo são informados anualmente. A escola declara
dados sobre alunos, os docentes e funcionários , as turmas, a escola, além de dados sobre o
rendimento e movimento escolar dos alunos.
Os resultados obtidos no Censo Escolar sobre o rendimento (aprovação e reprovação) e
movimento (abandono) escolar dos alunos do ensino Fundamental e Médio, juntamente com outras
avaliações do Inep (Saeb e Prova Brasil), são utilizados para o cálculo do Índice de
Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), indicador que serve de referência para as metas do
Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), do Ministério da Educação.
Essas informações são utilizadas para traçar um panorama nacional da educação básica e
servem de referência para a formulação de políticas públicas e execução de programas na área da
educação, incluindo os de transferência de recursos públicos como merenda e transporte escolar,
distribuição de livros e uniformes, implantação de bibliotecas, instalação de energia elétrica,
Dinheiro Direto na Escola e Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de
Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).
O Paraná realiza a Avaliação de Desempenho dos Professores e dos Pedagogos do Quadro
Próprio do Magistério. A partir de 08 de novembro de 2008, os Agentes Educacionais I e II do
Quadro dos Funcionários da Educação Básica (QFEB) também passaram a ser avaliados.
A Avaliação ocorre duas vezes por ano, ou seja, semestralmente e seus critérios são:
. Produtividade: considera a qualidade e o rendimento do trabalho desses profissionais.
. Participação: em eventos e atividades internas e externas da escola.
. Pontualidade: se o profissional cumpre seu horário de trabalho.
. Assiduidade: verifica as faltas ao trabalho.
A Base Legal da Avaliação dos Profissionais: Artigo 41 e § 4º da Constituição Federal de
1988; Lei complementar nº103/04 que institui e dispõe sobre o Plano de Carreira do Professor da
Rede Estadual da Educação Básica do Paraná.
Apesar do discurso consensual sobre a importância da avaliação, e ainda que com seu
auxílio se pretenda produzir subsídios para o planejamento educacional para a definição de
recursos e especialmente ações pedagógicas que de fato interfiram no processo ensino-
aprendizagem, seus resultados ainda são pouco utilizados nas tomadas de decisões, tanto no
financiamento quanto na definição de ações e programas educacionais. O que se pode afirmar é que
as avaliações produzidas no Contexto da Educação Básica no Estado do Paraná ainda são
insuficientes para um diagnóstico consistente do seu Sistema Educacional.
VII - PROJETOS ANUAIS:
PROJETO DE LEITURA
Participação dos alunos no Projeto ÓLEO FUTURO: Coleta Seletiva de Óleo de Cozinha, realizado
pelo Município de Ivaí.
VIII – RELAÇÃO DOS ATOS LEGAIS DOS CURSOS OFERECIDOS PELO
ESTABELECIMENTO:
Ato de autorização do Estabelecimento:
Resolução nº 21.209/70 de 08/10/70
Ato de Reconhecimento do Estabelecimento (Ensino Médio):
Resolução nº1.870/87 de 08/05/87
Renovação do Reconhecimento (Ensino Médio):
Resolução nº3041/08 de 07.07.2008
Ato de Reconhecimento do Ensino Fundamental:
Resolução 3232/07 de 23/07/2007
Parecer do NRE de Aprovação do Regimento Escolar: nº228/2008-SEF/EP/NRE/Ponta Grossa,
Ato Administrativo nº993/2008 de 19/11/2008.
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