colÉgio estadual jardim consolata · fernanda pedrita vicente professora letras – português /...
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COLÉGIO ESTADUAL JARDIM CONSOLATA ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
Rua Adoniran Barbosa, 620 – Jardim ConsolataCascavel – Paraná CEP: 85.815-240 FONE: (45) 3229 – 7247 / (45)3227-4512
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
VOLUME I
Projeto Político Pedagógico encaminhado ao Núcleo Regional de Educação de Cascavel e Secretaria de Estado da Educação Curitiba - PR
Cascavel 2010
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AGRADECIMENTOS
Em meio a tantos horizontes que se descortinaram com a nova LDBEN, 9394/96, o
Colégio Estadual Jardim Consolata reorganiza sua função contando com a participação ativa
de toda a comunidade escolar.
A todos que têm contribuído na construção do Projeto Político Pedagógico para que
esta se torne uma realidade na sala de aula o nosso agradecimento, especialmente ao grupo de
professores e funcionários, que num profícuo trabalho dedicaram seus esforços.
Este trabalho leva-nos a compreender que não podemos ser Estrela e sim Constelação,
“Educar” com atos, palavras, atitudes e particularmente com coração aberto.
Equipe Administrativa e Pedagógica do COLÉGIO ESTADUAL JARDIM CONSOLATA .
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APRESENTAÇÃO
Ao construirmos o Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Jardim
Consolata, lançamo-nos à frente, com base nas conquistas existentes e nos objetivos que
almejamos. Vivemos um momento em que se faz necessária a união de todos os esforços para
a construção de uma escola comprometida com o resgate dos valores morais e éticos, sem
perder de vista a importância da socialização, transmissão e reconstrução de conhecimento.
Sabe-se que este Projeto busca um rumo, uma direção e que o mesmo é um compromisso
definido coletivamente. A organização do Projeto Político Pedagógico pressupõe a formação
de um cidadão crítico, criativo, responsável e participativo - sujeito histórico capaz de
reinventar a autonomia do ser humano na construção da democracia e da justiça social.
Projeto Político Pedagógico é a construção coletiva da identidade da escola
pública, popular, democrática e de qualidade para todos. O Projeto define uma concepção de
homem, sociedade, conhecimento, educação, cultura, cidadania, ensino, aprendizagem e
avaliação articulada à dimensão política pedagógica de produzir uma concepção de educação
e sociedade democrática.
Todo Projeto supõe ruptura com o presente e promessas para o futuro. Projetar significa tentar quebrar um estado confortável para arriscar-se, atravessar um período de instabilidade e buscar uma estabilidade em função de promessa de cada projeto contém estado melhor do que o presente. Um projeto educativo pode ser tomado como promessa frente determinadas rupturas. As promessas tornam visíveis os campos de ação possível, comprometendo seus atores e autores.( GADOTTI, 2001)
A atualidade exige da escola um grande desafio à educação. Cabe fornecer, de
algum modo, a cartografia de um mundo complexo e constantemente agitado e, ao mesmo
tempo, a bússola que permita navegar através dele. Nesse novo contexto que vem se
desenhando, uma resposta puramente quantitativa à necessidade insaciável da educação já não
é possível e nem mesmo adequada. Não basta acumular tão-somente determinada quantidade
de conhecimentos, é necessário apropriar-se deles, redimensioná-los, atualizá-los, dinamizá-
los ao longo da vida e para a vida. À luz desse pressuposto o Colégio Estadual Jardim
Consolata visa à superação do isolamento e da inércia pedagógica, avançando com a criação
de estratégias de ensino e aprendizagem, construídas no próprio processo educativo da escola,
com a finalidade de avaliar e reconstruir a complexidade das relações sociais presentes no
espaço escolar que expressem a necessidade de mudança.
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Ao propor o Projeto Político Pedagógico, essa instituição escolar vislumbra uma
escola que esteja em permanente construção, preocupa-se em instaurar uma forma de
organização de trabalho pedagógico que desvele os conflitos e as contradições, explicitando o
compromisso com a formação do cidadão. A execução de um projeto pedagógico de
qualidade deve, nascer da própria realidade tendo como suporte a explicitação das causas dos
problemas e das situações nas quais tais problemas aparecem e ser uma ação articulada de
todos os envolvidos com a realidade escolar.
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SUMÁRIO1 MARCO SITUACIONAL............................................................................. 81.1 Identificação da Instituição.......................................................................... 81.2.Planilhas de Turmas e Matrículas 2010................................................. 132. TRAJETÓRIA HISTÓRICA......................................................................... 142.1. Caracterização Sócio – Econômica Cultural da Comunidade Escolar....... 162. JUSTIFICATIVA......................................................................................... 194. OBJETIVO...................................................................................................... 215. PRINCÍPIOS NOTEADORES DA EDUCAÇÃO........................................ 226. DIVERSIDADE EDUCACIONAL................................................................ 236.1 Cultura afro-brasileira e africana................................................................. 246.2 Educação Indígena........................................................................................ 256.3 Educação no Campo...................................................................................... 267. INCLUSÃO EDUCACIONAL....................................................................... 277.1 Sala de Recursos........................................................................................... 27
7.1.1 Intervenções Pedagógicas para atendimento a alunos com dificuldade de aprendizagem (Sala de Recursos)...................................................................... 287.2 Sala de Apoio à Aprendizagem..................................................................... 29
7.2.1 Intervenções Pedagógicas para atendimento a alunos com dificuldade de aprendizagem (Sala de Apoio)............................................................................. 32
7.3 Adequação Curricular para Aluno com Necessidade de Ações Educacionais Di-ferenciadas........................................................................................................ 34
8 DESEMPENHO ESCOLAR MEDIANTE INSTRUMENTOS AVALIATIVOS NACIONAIS........................................................................... 358.1 Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) 35
8.2 Prova Brasil e Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb).. 369 ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO................................................................. 3710. AGENDA 21................................................................................................. 3811. PERFIL DOS SEGMENTOS DA ESCOLA............................................. 4211.1 Perfil da Direção........................................................................................ 4211.2 Perfil da Equipe Pedagógica...................................................................... 4211.3. Perfil do Corpo Docente........................................................................... 4311.4 Perfil dos Agentes Educacionais II........................................................... 4411.5 Perfil dos Agentes Educacionais I............................................................. 4412. MARCO CONCEITUAL............................................................................ 4513. FUNÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO............................ 5114. MARCO OPERACIONAL......................................................................... 5214.1 Plano de Ação do Estabelecimento........................................................... 5214.2 Plano de Ação da Equipe Pedagógica Escolar.......................................... 5214.3 Plano de Ação do Laboratório de Biologia................................................ 5414.4 Plano de Ação da Biblioteca....................................................................... 5514.5 Plano de ação do Laboratório de Informática............................................ 5714.6 Plano de Ação dos Agentes Educacionais ................................................. 5914.7 Plano de Ação Do Conselho Escolar.......................................................... 5914.8 Plano de Ação da APMF - Associação de Pais, Mestres e Funcionários.. 6014.9 Plano de Ação do Grêmio Estudantil.......................................................... 6114.10 Sistema de Avaliação do Estabelecimento de Ensino ............................. 62
6
14.11 Conselho de Classe.................................................................................... 6814.12 Enfrentamento à Evasão Escolar.............................................................. 7114.13 Proposta de Recuperação de Estudos...................................................... 7514.14 Regime de Progressão Parcial.................................................................. 7514.15 Estudos sobre o Estado do Paraná............................................................ 7614.16 Língua Estrangeira Moderna Ofertada.................................................... 7714.17 Gestão Democrática.................................................................................. 7714.18 Organização da Hora – Atividade............................................................. 7814.19 Formação Continuada................................................................................ 7814.20 Avaliação Institucional .............................................................................. 7915. AVALIAÇÃO DO PPP.................................................................................. 8116. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................... 83 17. ANEXOS................................................................................................. 8617.01 Anexo 1 – Plano de Ação para a inclusão do Programa Brigada Escolar 86
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MARCO SITUACIONAL
Identificação da Instituição
O COLÉGIO ESTADUAL JARDIM CONSOLATA - Ensino Fundamental e Médio,
situa-se à rua Adoniran Barbosa 620, no Bairro Consolata, na cidade de Cascavel - Paraná,
com o telefone (45) 3229-7247 – 3229-1034 – 3227-4512.
O prédio é estadual, atende a educandos das séries finais do Ensino Fundamental e
Ensino Médio.
O Colégio Estadual Jardim Consolata teve seu funcionamento autorizado pela
Resolução 570/83 publicada no Diário Oficial do Estado em 05 de abril do ano de 1983. O
Reconhecimento do Estabelecimento foi publicado no Diário Oficial em 07 de abril de 1987
pela Resolução nº 1195/87, a mesma Resolução reconhece o Curso do Ensino de 1º grau. No
Diário Oficial do Estado de 16 de julho de 2003, foi renovado o Reconhecimento do Ensino
Fundamental pela Resolução 1527/2003.
O curso Educação Geral foi reconhecido oficialmente em 26 de abril de 1993, pela
Resolução 1855/93, com renovação do Reconhecimento do Ensino Médio pela
Resolução1768/03 publicada no Diário Oficial de 11 de agosto de 2003.
O Regimento Escolar do Estabelecimento encontra-se reconhecido pelo Ato
Administrativo de nº 126 datado de 20 de agosto de 2002.
O terreno é amplo, lugar alto e bem localizado no Bairro.
Em sua estrutura física o colégio conta com:
• Secretaria
• Banheiros masculinos
• Banheiros femininos
• Sala da Equipe Pedagógica
• Sala da Equipe de Direção
• Sala de professores
• Ambiente para laboratório de estudos científicos
• Biblioteca
• Banheiro feminino e masculino para servidores
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• Laboratório de informática
• Depósitos
• Cantina comercial
• Despensa
• Cozinha
• Saguão coberto
• Passarelas
• 16 salas de aula
• Uma quadra de esporte descoberta
• Uma quadra de esporte coberta
Conta com um grupo de educadores (professores e funcionários) comprometidos
com a educação, todos os professores são licenciados sendo a maioria pós-graduados.
NOME FUNÇÃO FORMAÇÃO PÓS GRADUAÇÃO Adilor Pereira Ramos Professor Ciências CiênciasAlceu Martins Junior Professor Educação física -Amarildo de Paula Leite Professor Matemática -Ana Claudia B. de Andra-de
Professora Matemática Ensino de Matemática
Anderson C. C. de Olivei-ro
Professor História -
Andrea S. Monte Blanco Kanehisa
Professora Matemática -
Angela Luis Vida Professora Letras -Português / In-glês
-
Antonio Casanova Agente Educa-cional II
Pedagogia -
Antônio Juarez Dornelles Professor História Educação EspecialArceni Matthes Professora Geografia Augusto Alves de Souza Professor Matemática MatemáticaBeverli Alves Pereira Chiamulera
Professora Ciências/Biologia Biologia
Celia Regina Scheid Secretária Letras (Português e In-glês)
Estudos Literários
Claudete Carmo Pereira Professora Ciências Metodologia do Ensino-Aprendizagem de Ciências no Processo Educativo
Cleni Machado Dias Serviços Gerais Ensino Médio e profis. em Segurança do traba-
lho
-
Creuza Terezinha Antu-nes dos Santos
Direção Auxi-liar
Pedagogia Supervisão e Orientação
Cristina Alves dos Santos Professora Ciências Sociais Educação e Gestão
9
Deborah Cristina Kich de Los Stos
Equipe Pedagógica/
Profesora
Ed. Física e Pedagogia Didática e Met. do Ensino
0ilair de Fatima Santos Serviços Gerais Ensino Fundamental -
Edite Salete Taparo Professora História e Geografia HistóriaElizabeth Pereira Martins Professora Matemática Matemática e Orientação
Fabiana Pereira Martins Professora Letras Lingüística
Fernanda Pedrita Vicente Professora Letras – Português / In-glês
Educação Especial
Franciele Krindges Vieira Professora Filosofia História da fil. Moderna e contemp. – Em curso
Gisele Walz Professora Ciências c/ hab. em ma-temática
Metodologia da Matemática
Equipe Pedagó-gica
Pedagogia Fund. da Educ./ Pesq. Planejamento e Adm. Em Educação / e Educação Es-
pecial .Isaura Garbacheski Tussi
Isolde Terezinha Fill-mann
Professora Educação Física Educação Especial
Jaqueline Aparecida Ferla Professora Matemática -Jaqueline Cerezoli Professora Letra – Português/Inglês -João Henrique Guarienti Dal'maso
Professor Matemática Práticas do Ensino da Matemática – Em curso
João Marcos dos Santos Agente Educa-cional II
Ensino Médio
Jomar Vieira Rocha Diretor Química Educação EspecialKaren Strapasson Bordiga Professora Geografia -Katia Omori Antunes de Oliveira
Agente Educa-cional II
Ciências Contábeis (em curso)
-
Licelda Zanchetti da Luz Professora História Historiografia Contemporânea
Lucas Alberto Fumagali Professor Geografia -Luciana Judite Signori Professora Letras – Português / In-
glês Educação Especial
Lucimar Aparecida Pa-gliosa
Professora Ciências e Biologia Mestrado em agronomia
Luis Jovani Tavares Professor Educação Física Pedagogia Religiosa
Luiz Carlos dos Santos Morais
Professor Ciências e Matemática Metodologia do Ens. da Matemática
Marcelina de Souza Mou-ra
Agente Educa-cional I
Pedagogia -
Marcelo Elzio Rodrigues Professor Matemática Ensino da Matemática e Física
Márcia Mendes da Fonse-ca
Professora Letras (Portug. e Inglês) Português e Literatura
1
Maria da Silva Rubim Serviços Gerais Ensino Fundamental -
Maria de Fatima de Oli-veira
Assist. de Exe-cução
Biologia Microbiologia Aplicada
Maria de Fatima Galbiatti Professora Geografia -Maria de Lourdes V. C. Silvério
Equipe Pedagó-gica
Pedagogia Administração, Supervisão e Orienta-ção Educacional
Maria do Carmo B. do Amaral
Professora Letras – Português / In-glês
Língua, Literatura e Ensino
Maria Rita dos Santos Agente Educa-cional II
Pedagogia – Cursando -
Maria Vieira Antunes Ro-cha
Serviços Gerais Ensino Fundamental -
Marilina M. de M. Morei-ra
Professora Letras (Portug. e Inglês) -
Marinês Lazzaron Guisi-lini
Professora Letras – Português / In-glês
-
Marines Muller Alessan-dretti
Agente Educa-cional II
Pedagogia -
Marisa Strassburger Professora Letras - Portugues -Mariza Balen Slongo Professora Historia Administração, Supervisão e Orienta-
ção educacional Marlene de Fátima Perei-ra
Professora Educação Física -
Marli Aparecida Bencz Professora Letras – Português /Es-panhol
Língua Espanhola
Nelci Terezinha P.Lopes Professora Matemática -Nilceia R. da Silva Li-manski
Professora Letras – Português/Ita-liano
-
Nilson Espedito Pedro Serviços Gerais Ensino Fundamental -
Noeli dos Santos Mikul-ski
Agente Educa-cional I
Pedagogia -
Noemi Terezinha de Sou-za
Agente Educa-cional I
Ensino Médio -
Odete Meith Fernandes Professora Letras – Português Interdisciplinaridade na Educação
Osmar Provin Professor Letras (Portug. e Inglês) Técnicas de Produção de Texto
Paulino Pereira da Luz Professor História Metod. Cientifica, Planej., Gestão e Avaliação do Serviço Público - Em
curso
Raquel Mattana Professora Letras (Portug. e Inglês) Língua Portuguesa – Teoria e Prática
Roseli Frederico Cheffer Professora Santina de Lima Bezerra E Silva
Serviços Gerais Ensino Médio
Sidnei Antonio da Silva Professor Filosofia -
1
Silvana Aparecida Medei-ros
Professora Letras (Portug. e Inglês) Administração, Supervisão e Orienta-ção educacional
Sirvania dos Stos Fonseca Marques
Agente Educa-cional II
Administração (cursan-do)
-
Sonia da Silva Muller Agente Educa-cional II
Ensino Médio -
Sueli Aparecida de Lima Serviços Gerais Ensino Fundamental
Taciana Karina Geraldi Professora Geografia Geografia, Planejamento e Gestão Am-biental
Tania Maria Paczkowski de Morais
Professora Letras (Portug. e Inglês) Português Lit. e Ensino e Metodologia em Português
Telma Liberatore Grego-lin
Professora Ciências
Veroni Magalhães Professora Biologia -Simone Aparecida de Lima
Agente Educa-cional II
História Geografia e História
Flavia Danieli Rech Cas-sol
Professora Ciências Educação de Jovens e Adultos
Nilza de Fátima Soares Marcelino
Equipe Pedago-gica
Pedagogia -
Eleandro Miguel da Silva Professor Eng. Química -Edileusa Fernandes A. Ferreira
Professora Ciências Didática e Metodologia do Ensino
Florinda da Silva Oliveira Equipe Pedagó-gica
Pedagogia Gestão de qualidade e produtividade
Janete Bedendo Rossi Equipe Pedagó-gica
Pedagogia -
Santina Salete Grazioli Equipe Pedagó-gica
Pedagogia
Rosi Rodrigues da Luz Casemiro
Serviços Gerais Ensino Médio -
1
1.1. Planilhas de turmas e matrículas na Educação Básica, séries finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio – 2010
Ens. Fund. 6ª A 7ª A 7ª B 7ª C 8ª A 8ª B 8ª C - - -Nº alunos 32 32 35 30 33 34 36TOTAL
Ens. Médio 1º A 1º B 1º C 2º A 2º B 2º C 3º A 3º B - -Nº alunos 36 36 36 33 34 28 38 28TOTAL
TOTAL DE ALUNOS MATRICULADOS NO PERÍODO VESPERTINOEns. Fund.
5ª A 5ª B 5ª C 5ª D 5ª E 5ª F 5ª G 6ª B 6ª C 6ª D 6ª E
25 30 30 29 23 25 21 36 34 35 326ª F 7ª D 7ª E 7ª F 8ª D 8ª E
Nº alunos 33 31 30 27 37 36TOTAL
TOTAL DE ALUNOS MATRICULADOS NO PERÍODO NOTURNOEns. Médio 1º D 1º E 2º D 2º E 2º F 3º C 3º D - - -Nº alunos 37 36 31 30 29 45 44TOTAL
ALUNOS DO ESTABELECIMENTO
ENSINO FUNDAMENTAL: 706
ENSINO MÉDIO: 508
TOTAL GERAL: 1.244
TOTAL DE TURMAS
ENSINO FUNDAMENTAL: 24
ENSINO MÉDIO: 15
1
2. TRAJETÓRIA HISTÓRICA
O COLÉGIO ESTADUAL JARDIM CONSOLATA - Ensino Fundamental e Médio
de Cascavel, teve sua criação por força da Resolução 570/83, no dia 1º de março de 1983,
veiculada através do Diário oficial nº 1508 do dia 05/03/83 à página 33, pelo então Secretário
de Estado da Educação Dr. Iran Martins Sanches.
Inicialmente era apenas Escola Municipal Terezinha Picolli Cezarotto, pertencente
somente ao município, com ensino de 1ª a 4ª séries.
Como a demanda de matrícula para a 5ª série era bastante grande neste bairro,
através da Resolução acima citada institui-se no mesmo prédio, o ensino regular de 5ª a 8ª
séries, sob direção estadual.
O ano letivo teve seu início no dia 15 de março de 1983, com três (3) turmas de 5ª
séries, e a direção esteve a cargo da professora Iracema Leandro da Silva Alves. Com o
falecimento da mesma em 26/07/1983, assumiu provisoriamente o cargo a professora Milza
Rodrigues Gawlik até 20/02/1984.
A partir do dia 22/03/1984 assumiu a direção a professora Ivone Gausmann Sturmer,
através da Resolução 1567/84 e Portaria 2559/84, para exercer as funções com dois padrões,
atendendo pela direção e direção auxiliar deste Estabelecimento de Ensino.
Em eleição realizada em 20 de novembro de 1985, a professora acima citada que, até
então, respondia pela direção por indicação da Inspetoria, foi votada e eleita pela vontade e
votos dos pais e da comunidade para responder pelo cargo e período de dois anos. foi
empossada em 30/12/1985 conforme a Resolução 5572/85 desempenhando a função até
30/12/1987.
Neste mandato foi construído o segundo bloco, com seis salas de aula, uma sala para
professores e dois banheiros, também adquiriu o reconhecimento para o funcionamento do
primeiro grau, através da Resolução 1195/87 de março de 1987.
Segundo normas preestabelecidas, houve eleição para direção, no ano de 1987, tendo
sido eleita para o cargo a professora Enedina Terezinha da Silva Sirtoli, que assumiu dia
28/11/1987, através da Resolução 4884/87, sendo que no ano de 1989 a escola conseguiu a
implantação do 2º grau, a partir do esforço de três anos de luta.
A professora Enedina foi reeleita e continuou na administração conforme Resolução
3337 de 02/01/1990, onde atuou até maio de 1991.
1
Em sua gestão, construiu duas canchas (uma iluminada), duas salas de aula de
madeira e o muro da escola.
Com a ação conjunta da professora Enedina e Ivone na direção, orientação e
supervisão conseguiram uma brilhante participação da escola nos eventos como: competição
artística, campeonato esportivo, gincana, encontros, procurando envolver pais, alunos e
professores.
Em 1991 foi designada pelo Núcleo para assumir a direção a professora Luiza
Rodrigues Rubin, através da Portaria 0376/91, por quatro meses.
No mesmo ano foi designada à professora Antonia Rossi, através da Portaria 01371
de 18/11/1991, Diário Oficial 3658 do dia 10/12/1991.
Em sua gestão que foi de 1991 a 1995, o Estabelecimento teve o Reconhecimento do
2º grau através da Resolução 1855/93 publicada no Diário Oficial de 26/04/1993.
Em 1995 houve eleição direta para diretor, vencendo o professor Augusto Alves de
Souza, nomeado pela Resolução 04622/95 com seu primeiro mandato de dois anos e reeleito
para mais três anos designado pela Resolução 04348/87.
No ano de 2001, a Escola passou a ser administrada pela professora Ângela Luis
Vida, nomeada pelo NRE, portaria 0405/01 publicada no DOE em 13/03/2001.
No mesmo ano houve consulta à comunidade, tendo o voto do núcleo com peso de
20% do colégio eleitoral sendo o que definiu a eleição, assumindo então o professor João
Henrique Guarienti Dal’ Maso em janeiro de 2002, com a gestão até 31/12/2003.
Em novembro de 2003, houve eleição, sendo o professor Paulino Pereira da Luz e o
diretor auxiliar Amarildo de Paula Leite vencedores, com a Resolução 4254/04 DOE
23/01/04, com o mandato até 31/12/2005.
Em novembro de 2005, nova eleição para diretores, desta vez, o professor Paulino
Pereira da Luz como diretor e diretor auxiliar Elias Alves de Souza, para assumir o mandato
em 2006.
Em outubro de 2008, nova eleição para diretores, desta vez o professor Jomar Vieira
da Rocha como diretor e diretor - auxiliar Cleusa T. Antunes dos Santos, para assumir o
mandato em 2009.
1
2. Caracterização Sócio – Econômica Cultural da Comunidade Escolar
Pesquisa por amostragem realizada a partir de questionários distribuídos pela
equipeadministrativa à todas as famílias no ato da matrícula no ano de 2006.
1) O aluno mora com:
2) Situação Habitacional
3) Grau de instrução dos pais
4) Quanto ao emprego
1
89%
8%
2% 1%
Pais Avós Tios Outros familiares
75%
16%
8% 1%
Casa própria Casa alugada
Casa Cedida emprestada Não responderam
25%
24%39%
7% 5%
1ª a 4ª série 5ª a 8ª série Ensino Médio
Curso Superior Não responderam
49%
25%
11%3%2% 8% 2%
Os pais estão empregados
Só o pai está empregado
Só a mãe está empregada
O Pai e o aluno estão empregados
Só os irmãos estão empregados
Todos estao desempregados e sobrevivem com auxilio de outraspessoasNão responderam
5) Renda familiar
6) Quanto á saúde: A família utiliza:
7) Quanto a religiosidade
1
1 a 3 Salários mínimos 3 a 5 salários mínimos
Mais de 5 salários Não responderam
89%
9%1%
1%
Unidade básica de saúde Farmácias
Remédios caseiros Não respondeu
76%
21%
1% 2%
Católica Evangélica Outra religião Não responderam
8) Como o aluno aproveita seus momentos de lazer
9) O aluno integra algum projeto social
10) Distância de casa à escola
1
70%
8%
1%19%2%
TV Jogos Passeios Festas Não responderam
72%
26%
2%
Não Sim Não responderam
44%
42%
13% 1%
1 a 5 quadras 5 a 10 quadras
Outro bairro Não responderam
3. JUSTIFICATIVA
Este Projeto Político - Pedagógico justifica-se pela necessidade da escola de
organizar o trabalho escolar envolvendo todos os seus integrantes dentro de um processo
democrático, de acordo com suas necessidades, tendo autonomia e responsabilidade no
processo, contando com a cooperação de todas as instâncias governamentais.
Tal organização implicará nas estruturas administrativas e pedagógicas, ou seja, na
disposição dos recursos humanos, físicos e financeiros bem como nas questões do ensino-
aprendizagem e do currículo.
Justifica-se também pelo fato de precisarmos rever as ações, as práticas já postas e
vistas como corretas por uma determinada época e ainda estabelecida na escola de modo a
confrontar experiências, para então re-elaborar, os métodos, práticas, atitudes, as bases, a
estrutura já sedimentadas com o tempo, reluta-se em mudar, uma vez que mudanças podem
significar abalos, rupturas e interferências.
A construção do Projeto Político - Pedagógico nada mais é do que um contínuo
processo de equilíbrio-desiquilíbrio-equilíbrio, necessário sempre a uma gestão democrática
que tem como um dos principais objetivos a coletividade.
É intenção do Projeto Político - Pedagógico desenvolver um trabalho conjunto no
qual a igualdade, a qualidade do ensino, a inclusão e a reciprocidade sejam o ápice do
processo.
Deste modo, reorganizar o interior da escola, pautando-se na gestão
democrática, com sua intrínseca relação com o Projeto Político - Pedagógico, implica
participação com iguais oportunidades de decisão e ação no processo da administração
democrática. Nessa premissa, a cada ano a comunidade escolar será convocada no início e no
meio do ano, a fim de olhar, conhecer, rever o PPP e propor mudanças para o mesmo. É desta
forma que é conduzida a escola para que não perca a sua especificidade democrática e por
isso necessita de muito diálogo e participação.
Tendo em vista que a intenção deste colégio é a construção coletiva do
conhecimento, observa-se uma necessidade de rompimento com as práticas individualistas
uma vez que estas práticas acarretam à formação do aluno uma série de inconvenientes, pois
os mesmos podem observar que o corpo docente age com diferentes critérios em relação à
disciplina, a valores e outras práticas.
1
Na medida em que todos os profissionais da educação soltarem as amarras da
impaciência, da indisposição, da irresponsabilidade, do individualismo, do preconceito e da
exclusão e olharem para o mesmo ponto, perseguindo o mesmo objetivo das escolas
preocupadas com a transformação social do aluno é que a gestão democrática será realidade e
a construção do Projeto Político - Pedagógico será válida.
Acreditamos que a preocupação e empenho dos profissionais da educação com a
constante avaliação de suas práticas pedagógicas também justificam a necessidade da
construção e reconstrução do Projeto Político - Pedagógico.
2
4. OBJETIVO
Pautando-se em uma política de gestão democrática, o Projeto Político - Pedagógico
tem como objetivo organizar o trabalho escolar num processo de construção coletiva,
incluindo todos os segmentos da comunidade escolar, levando em consideração suas idéias e
opiniões, construções, no sentido de elaborá-lo e implantá-lo num ambiente em que haja
autonomia, participação, métodos e atitudes democráticas, bem como responsabilidade por
parte de todos nas discussões, estudos, que deverão fornecer uma base teórica na qual possam
estruturar o projeto, as reformulações e conclusões.
Buscamos também como objetivo orientar para práticas que possibilitem um
envolvimento maior entre pais, educadores, alunos e funcionários, bem como elaborar formas
de organização que superem conflitos, eliminando as práticas competitivas e autoritárias,
procurando modos de romper com o caráter individual das relações.
2
5. PRINCÍPIOS NORTEADORES DA EDUCAÇÃO
Partindo do pressuposto de que esta é uma entidade de educação da esfera pública, os
princípios que norteiam nossa prática são basicamente aqueles estabelecidos pela Lei nº
9394/96 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBEN em seu Título II acerca
dos fins e prerrogativas da educação Nacional, apresentados a seguir:
Art. 2º A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
Art. 3º O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber;III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas;IV - respeito à liberdade e apreço à tolerância;[...]VI - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;VII - valorização do profissional da educação escolar;VIII - gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos sistemas de ensino;IX - garantia de padrão de qualidade;X - valorização da experiência extra-escolar;XI - vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais.
Portanto todas a ações praticadas no interior da escola estarão pautadas no que reza a
LDBEN, bem como legitimadas pela referida Lei.
2
6. DIVERSIDADE EDUCACIONAL
A escola pretende chamar a atenção para problemas graves da estrutura social que
a escola por si só não dará conta de resolver, convidando para o debate a comunidade
com a intenção de mostrar com clareza de idéias, que esses problemas com as minorias
estigmatizadas (pessoas com deficiências, homossexuais, etc.) bem como outros grupos,
social e economicamente excluídos, são frutos de uma sociedade de classes, e que a superação
desses problemas deve passar necessariamente sobre a análise de como se estrutura o atual
modo de produção, uma vez que a principal forma de exclusão, se dá na exclusão das pessoas
do processo produtivo, independentemente do grupo que as pessoas excluídas se encontram.
Encontram-se obstáculos para o debate efetivo dentro da comunidade escolar e da
comunidade como um todo, por termos conceitos, pré-conceitos e inculcações impostas pela
classe dominante que, por parecerem absolutas e insuperáveis, colocam a classe trabalhadora (
aí incluímos todos os trabalhadores e não esses ou aqueles) em pé de desigualdade e até
mesmo um choque entre si, em determinados casos. Isso faz com que o debate acerca de
temas pontuais, não garanta a dimensão que precisa, ou seja, não se atinge a essência dos
problemas e sim, o debate ocorre (quanto ocorre), em nível superficial.
Espera-se com esse proposto alicerçarmos as discussões que se iniciam dentro da
comunidade escolar como um todo pelo processo de inclusão e desdobrarmos, até chegarmos
à essência e não só na aparência, pois se tudo que é aparência fosse essência, não
precisaríamos de ciência.
A inclusão não limita-se apenas às pessoas com deficiências, mas é compromisso da
instituição escolar incluir todos os indivíduos, uma vez que apresentam diferenças sociais,
culturais, econômicas, religiosas, étnicas, garantindo-lhes o acesso ao conhecimento
sistematizado. Para tal as profissionais e os profissionais da educação devem fornecer apoio
técnico, pedagógico, facilitar seu acesso e permanência na escola, incluindo a todos,
fornecendo subsídios para que percebam que fazem parte de um conjunto que precisa ser
continuamente construído com o esforço e a cooperação de toda a comunidade escolar
efetivamente integrada.
Desta forma, de acordo com as políticas da SEED, temos como alvo alguns grupos
que ao longo da história sofreram algum tipo de exclusão, tais como os afro-descendentes, as
crianças e jovens que por inúmeros motivos estão fora da escola, e as pessoas que apresentam
necessidades especiais.
2
Atentando para a escola inclusiva, visamos uma educação que atenda às diferenças
individuais, respeitando as necessidades de qualquer um dos alunos. Vale ressaltar que, por
necessidades especiais entende-se não somente uma situação de deficiência, mas também
situacionais como depressão profunda, fraturas, obesidade mórbida, necessidade de uso
permanente de medicamentos, próteses, entre outros.
6.1 Cultura afro-brasileira e africana
Reconhecendo a importância de uma educação efetivamente inclusiva, a escola
procura valorizar e respeitar as diversas culturas e suas manifestações, dentre elas a cultura
dos afro-brasileiros empenhando-se em trabalhar conteúdos que possibilitem uma educação
de relações étnico-raciais positivas.
Para tal os educadores em suas aulas abordam a questão racial de modo a reconhecer
e valorizar a história cultural e identidade dos afro-brasileiros, combatendo o racismo e as
discriminações que atingem particularmente os negros, com o intuito de assegurar-lhes
sua identidade valorizada e seus direitos garantidos.
A obrigatoriedade de inclusão de História e Cultura Afro- Brasileira e Africana por
força da Lei Nº10.639/2003 (que altera a Lei 9394/96) nos currículos da Educação Básica,
estabelece que no conteúdo programático deve-se incluir a “História da África e dos
Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da
sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro à História do Brasil”.
Estabelece também que os conteúdos referentes à História e Cultura Afro-brasileira
farão parte de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de Educação Artística e de
Literatura e História Brasileiras.
Sabe-se que a lei por si só não resolve nada. É preciso percebê-la como algo que
ajudará na valorização da história e cultura do povo negro, enfatizando a diversidade cultural
e racial, revelando seus valores de modo a elevar sua auto-estima, facilitando a compreensão
de sua etnia na perspectiva de uma sociedade mais justa e igualitária.
Neste sentido a escola proporcionará em sua prática ações educativas vivenciadas
pelos educadores e alunos de modo que, não trata-se simplesmente de mudar um currículo,
mas sim de abrir nele um espaço para, quem sabe, superar questões que impedem o pleno
exercício da cidadania.
2
A diversidade cultural, racial, social e econômica brasileira são fatos que, se
encarados pela escola com a devida seriedade, podem ser melhor compreendidos pelos
educandos. E é do respeito e compreensão a estas diversidades que poderá resultar uma nova
sociedade, sem racismo, sem preconceito e sem discriminação.
6.2 Educação Indígena
Mesmo não sendo a população atendida pela nossa escola, o tema referente à cultura
indígena é abordado no decorrer das aulas em virtude da relevância de expressar a diversidade
cultural, bem como contemplar os desafios educacionais contemporâneos.
De acordo com o Caderno Temático de Educação Escolar indígena (2006, P.18):
As políticas educacionais atuais para a realidade indígena parte dos fundamentos legais e conceituais presentes na Constituição de 1988, que colocou sobre novas bases os direitos indígenas. São direitos constitucionais dos povos indígenas e a garantia de seus territórios, de suas formas de organização social e de sua produção sociocultural, o ensino ministrado nas línguas indígenas e o reconhecimento dos processos próprios de aprendizagem.
A partir do exposto, percebe-se a garantia aos direitos dos povos indígenas, portanto,
o sistema educacional deve assegurar a esses povos o direito à uma educação consoante aos
respectivos princípios.
Embora não seja uma escola cujo contexto sociocultural dos educandos origine-se
das comunidades indígenas, nossa escola estabelece uma relação com temas oriundos da
temática indígena, uma vez que contempla durante as aulas das mais diversas disciplinas
temas referentes à cultura indígena.
6.3 Educação no Campo
O tema educação no campo não abordado de modo enfático nas Propostas
Curriculares Pedagógicas da escola pelo de que a escola é situada em um bairro populoso da
cidade e por esse motivo a população em idade escolar dessa região preenche todas as vagas
2
existentes nas turmas e, inclusive, muitas vezes precisam procurar vagas em escola fora da
região.
Comumente as transferências se dão por novas famílias advindas de outros bairros,
municípios, estados e/ou países que passam a residir na região.
2
7. INCLUSÃO EDUCACIONAL
7.1 Sala de Recursos
Em nossa política de inclusão temos o compromisso de criar na escola espaço para
todos, atendendo as necessidades dos segmentos por vezes excluídos, resgatando valores
humanos, garantindo assim condições de igualdade de direito para todos, dentre eles, os
alunos com necessidades educacionais especiais.
Neste sentido, faz-se necessário refletir acerca da educação inclusiva e suas
implicações com os pais, educadores e os alunos com necessidades educacionais especiais
para efetivar na prática uma escola pública de qualidade que atenda tais alunos facilitando seu
processo de aprendizagem e participação social.
Partindo-se do pressuposto que é mister superar preconceitos, discriminação, as
barreiras atitudinais, a escola deve atentar para a importância da articulação entre os discursos
e as práticas da educação comum e especial com o intuito de proporcionar uma escola
receptiva, que estimule tais alunos a vencer as barreiras que impedem a aprendizagem e a
participação, flexibilizando conteúdos, métodos e a avaliação de modo a auxiliá-los,
considerando suas dificuldades.
Em nosso Estado, a rede regular de ensino oferece serviços e apoios especializados
visando atender alunos com necessidades educacionais especiais, dentre eles a Sala de
Recursos.
Assim, com o apoio do Estado, interessados em uma inclusão educacional
responsável, disponibilizamos do Serviço do Apoio Especializado que, neste caso é a Sala
de Recursos – serviços de apoio especializado de 1ª a 8ª séries – em nosso caso, de 5ª a 8ª
séries, oferecendo no período contrário daquele em que o aluno freqüenta na Classe Comum,
tendo um professor de Educação Especial, procedendo a um atendimento pedagógico
específico que se dá individualmente ou em pequenos grupos, com cronograma de
atendimento objetivando o progresso dos alunos que apresentam dificuldade de
aprendizagem, lançando mão de métodos, programas, estratégias, atividades diversificadas e
extracurricular para tal.
2
A filosofia de trabalho na sala de recursos está embasada no respeito às diferenças
individuais, bem como no direito de todos a oportunidades iguais, mediante atendimento
diferenciado.
Deve-se propiciar ao aluno oportunidades de superar possíveis preconceitos e
sentimentos de baixa auto-estima, valorizando suas qualidades, auxiliando no
desenvolvimento de processo de construção de conhecimento, oportunizando condições de
interagir em diversas situações sociais reconhecendo-se como indivíduo ativo e integrante da
comunidade escolar.
7.1.1 Intervenções Pedagógicas para atendimento a alunos com dificuldade de aprendizagem (Sala de Recursos)
No que concerne à Sala de Recursos, Serviço de Apoio Especializado, a escola conta
com professor especializado que complementa o atendimento educacional que ocorre em
classe comum, de 5ª série à 8ª, série do Ensino Regular. Os alunos com necessidades
educacionais especiais, são atendidos em contra-turno. No caso do Colégio Estadual Jardim
Consolata, o atendimento ocorre no período matutino.
O atendimento pode ser individualizado, ou em pequenos grupos, isso será
determinado conforme especificidade do aluno, tal ação justifica-se em virtude de se buscar o
melhor atendimento possível para cada caso.
Tendo em vista que os alunos já são oriundos de situações problemáticas como,
constantes reprovações e situações familiares atípicas, comumente, a escola estabelece um
estreito vinculo com a família, pois, acredita-se que seja imprescindível tal relação, com vistas
a colaborar com a apreensão do que é ensinado ao aluno.
Como forma de melhorar a aprendizagem, são desenvolvidos conteúdos que
contemplam as seguintes áreas: cognitiva, lateralidade, sensação, percepção, imagem e
esquema corporal, atenção, memória, raciocínio, concentração, desenvolvimento motor, área
sócio-afetiva-cultural, etc.
As atividade são desenvolvidas de modo atraente aos alunos, de modo a estimular o
desenvolvimento do aluno, bem como a aquisição do conhecimento pelo mesmo.
2
7.2 Sala de Apoio à Aprendizagem
Conforme Instrução 022/2008, da Superintendência da Educação, considerando a
LDB nº 9394/96, o Parecer CNE nº 04/98, a Deliberação 007/99- CEE e a Resolução
Secretarial nº 371/98, atribui-se as prerrogativas a serem observadas quanto as Salas de Apoio
a Aprendizagem, delimitadas às 5ª séries do Ensino Fundamental, da Rede Pública de Ensino.
Tais prerrogativas consideram: a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, os Pareceres
e Deliberações do Conselho Nacional e Estadual de Educação, para identificar a necessidade
de uma ação pedagógica interventora quanto às dificuldades de aprendizagens
especificamente às disciplinas de núcleo norteador do currículo, Língua portuguesa e
Matemática.
Para tanto, estabelece instruções pertinentes de competência a Equipe Pedagógica e
ao Professor Regente de Turma quanto às providências e ações a serem feitas para a execução
da Lei no que se refere ao assunto em questão.
De acordo com a instrução 022/2008 SUED-SEED, sobre os critérios para a abertura
e organização das turmas fica determinado que:
1. Os estabelecimentos de ensino terão abertura automática de 01 (uma) Sala de
Apoio à Aprendizagem de Língua Portuguesa e 01 (uma) de Matemática a cada 03 (três) tur-
mas de 5ª série ofertadas. Para esse cálculo, não serão consideradas as turmas do turno notur-
no;
2. A abertura da demanda automática das Salas de Apoio à Aprendizagem no sistema
será efetivada conforme a seguinte ordem:
2.1. Turmas no mesmo turno: abertura das Salas de Apoio no turno contrário;
2.2. Turmas em turnos diferentes: abertura das Salas de Apoio no(s) turno(s) contrá-
rio(s),respeitando-se a proporção de número de turmas por turno;
2.3. Excepcionalmente no caso de quatro turmas em dois turnos, abertura das Salas
de Apoionos dois turnos.
3. A carga horária disponível para cada uma das disciplinas – Língua Portuguesa e
Matemática serão de 04 horas-aula semanais para os alunos, acrescidas de 01 (uma) hora-aula
atividade para o Professor, devendo ser ofertadas, prioritariamente, em aulas geminadas, em
dias não subseqüentes, sempre tendo em vista o benefício do aluno;
4. As Salas de Apoio à Aprendizagem deverão ser organizadas em grupos de no má-
ximo 15(quinze) alunos;
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5.O funcionamento das Salas de Apoio à Aprendizagem está condicionado à freqüên-
cia de alunos, existência de espaço físico adequado, Professor e Plano de Trabalho Docente
integrado ao Projeto Político Pedagógico da escola;
6. O aluno de 5ª série com defasagens de aprendizagem em conteúdos referentes aos
Anos Iniciais do Ensino Fundamental freqüentará as Salas de Apoio à Aprendizagem de Lín-
gua Portuguesa e/ou Matemática no turno contrário ao qual está matriculado.
Acerca dos profissionais responsáveis pelo funcionamento das salas de apoio à
aprendizagem a instrução 022/2008 SUDE-SEED reza o seguinte:
1. Atribuições da Direção e Equipe Pedagógica:
1.1 Apresentar e discutir a legislação específica do Programa Salas de Apoio à
Aprendizagem com o coletivo da escola;
1.2. Decidir com os Professores regentes das turmas de 5ª séries, a indicação dos alu-
nos para composição das turmas, de acordo com diagnóstico realizado;
1.3. Orientar a elaboração do Plano de Trabalho Docente para as Salas de Apoio à
Aprendizagem, acompanhando sua efetivação e propondo metodologias adequadas às necessi-
dades dos alunos, diferenciando-as das atividades do ensino regular;
1.4. Orientar as famílias a respeito do Programa Salas de Apoio à Aprendizagem, in-
formando aos pais ou responsáveis sobre a necessidade e importância dos alunos estenderem
seu tempo escolar;
1.5. Garantir a participação dos Professores da Salas de Apoio à Aprendizagem no
Conselho de Classe ou, na ausência desses Professores, apresentar as questões relativas à
aprendizagem dos alunos;
1.6 Acompanhar os alunos, buscando sua participação integral no Programa, manten-
do pais ou responsáveis informados quanto à freqüência, aproveitamento nas Salas de Apoio à
Aprendizagem e no Ensino Regular;
1.7 Organizar a questões estruturais tais como espaço físico apropriado, alimentação,
acesso a materiais didáticos, garantindo a freqüência dos alunos e o funcionamento das salas;
1.8. Orientar os Professores no preenchimento dos relatórios das Salas de Apoio à
Aprendizagem;
1.9. Acompanhar a freqüência e a movimentação dos alunos matriculados nas Salas
de Apoio à Aprendizagem e providenciar a substituição quando da superação das dificuldades
apresentadas, oportunizando o atendimento de novos alunos;
1.10. Organizar o acompanhamento das Salas de Apoio à Aprendizagem em escolas
com dualidade administrativa, garantindo seu funcionamento no contra-turno.
3
2. Atribuições dos Professores Regentes:
2.1. Diagnosticar as dificuldades de oralidade, leitura, escrita, formas espaciais e
quantidades, referentes aos conteúdos dos anos iniciais do Ensino Fundamental, apresentadas
pelos alunos indicando-os para a participação do Programa de Salas de Apoio à Aprendiza-
gem;
2.2. Participar com a Equipe Pedagógica e o Professor da Sala de Apoio à Aprendi-
zagem da definição de ações pedagógicas que possibilitem a superação das dificuldades apre-
sentadas pelos alunos;
2.3. Acompanhar o processo de aprendizagem do aluno durante e após a participação
no Programa;
2.4. Decidir com a Equipe Pedagógica e os Professores das Salas de Apoio, a perma-
nência ou a dispensa dos alunos do Programa.
2. Preencher as fichas de encaminhamento dos alunos indicados para o Programa;
3. Atribuições dos Professores de Salas de Apoio à Aprendizagem:
3.1 Elaborar o Plano de Trabalho Docente juntamente com a Equipe Pedagógica,
Professores regentes, de acordo com o disposto no Projeto Político Pedagógico para Língua
Portuguesa e Matemática, adequados à superação das dificuldades de oralidade, leitura, escri-
ta, bem como às formas espaciais e quantidades nas suas operações básicas e elementares, dos
Anos Iniciais do Ensino Fundamental;
3.2. Desenvolver em sala o Plano de Trabalho Docente definido;
3.3. Organizar e disponibilizar para o coletivo de Professores regentes da turma e
Equipe Pedagógica pastas individuais dos alunos, de acompanhamento do processo de ensino
e aprendizagem;
3.4. Manter o Livro Registro de Classe atualizado;
3.5. Comunicar, por escrito, à Equipe Pedagógica, as faltas consecutivas dos alunos;
3.6. Decidir com a Equipe Pedagógica e os Professores regentes, a permanência ou a
dispensa dos alunos das Salas de Apoio à Aprendizagem;
3.7. Elaborar materiais didático-pedagógicos considerando as necessidades de apren-
dizagem dos alunos das Salas de Apoio à Aprendizagem;
3.8. Participar do Conselho de Classe;
3.9. Participar de formação continuada promovida pela SEED/NRE/Escola;
3.10. Preencher e entregar os documentos referentes ao Programa no prazo preesta-
belecido.
4. Atribuições dos Núcleos Regionais de Educação:
3
4.1. Apresentar e discutir a legislação específica do Programa Salas de Apoio à
Aprendizagem para as escolas sob sua jurisdição, acompanhando sua implantação e funciona-
mento;
4.2. Organizar encontros periódicos com Professores, Pedagogos e Diretores das es-
colas com a finalidade de orientar sobre o objetivo do Programa e sobre as especificidades dos
encaminhamentos metodológicos a serem adotados;
4.3. Encaminhar ao Departamento de Educação Básica/DEB, ao final de cada semes-
tre, os relatórios do Programa Salas de Apoio à Aprendizagem das escolas jurisdicionadas aos
Núcleos Regionais de Educação.
5. Atribuições das Equipes Pedagógicas do Departamento de Educação Básica:
5.1. Acompanhar a implantação e funcionamento do Programa;
5.2. Direcionar as ações dos Núcleos Regionais de Educação quanto ao objetivo do
Programa e as especificidades dos encaminhamentos metodológicos a serem adotados;
5.3. Viabilizar materiais pedagógicos adequados ao funcionamento das Salas de
Apoio à Aprendizagem;
5.4 Promover formação continuada para os profissionais envolvidos no Programa;
No que diz respeito aos critérios de demanda para a sala de apoio à aprendizagem a
Instrução 022/2008 SUDE-SEED estabelece o seguinte:
A atribuição de aulas para as Salas de Apoio à Aprendizagem, nas disciplinas de
Língua Portuguesa e Matemática, segue a Resolução anual do GRHS.
7.2.1 Intervenções Pedagógicas para atendimento a alunos com dificuldade de aprendizagem (Sala de Apoio)
As Salas de Apoio de Língua Portuguesa e Matemática foram criadas com o
objetivo de atender às defasagens de aprendizagem apresentadas pelos alunos que frequentam
a 5ª série/6º ano do Ensino Fundamental. As dificuldades trabalhadas referem - se,
principalmente, à aquisição dos conteúdos de oralidade, leitura e escrita, na disciplina de
Língua Portuguesa e, formas espaciais e quantidades nas suas operações básicas e elementares
na disciplina de Matemática.
Sabendo que os alunos necessitam desse apoio para acompanhar o ensino regular,
é importante ressaltar que a escola deve respeitar e valer-se do conhecimento que o educando
3
já traz consigo e, a partir do trabalho lúdico chegar à aquisição do conhecimento
sistematizado.
O trabalho com atividades diferenciadas justifica-se pelo fato de que a superação
das dificuldades ocorre mais rapidamente quando se diminuem as tensões e bloqueios com
relação ao ato da escrita e a compreensão das operações matemáticas básicas.
Baseando-se nessa visão, desenvolve-se uma prática pedagógica que intercala
momentos lúdicos com posterior sistematização dos conteúdos. Na disciplina de Língua
Portuguesa são utilizadas caça – palavras, cruzadinhas, dominó de frases, dominó de
associação de ideias, Jogo de Língua Portuguesa: Na Ponta da Língua, jogos de memória,
jogos pedagógicos na Internet, filmes e músicas. Tais atividades geralmente são
desenvolvidas antes da produção escrita, pois visam a descontração, o uso espontâneo da fala
e da escrita.
Propõem – se o trabalho com o lúdico como uma das alternativas pedagógicas para
motivar o aluno a comunicar – se oralmente e por escrito. A leitura é trabalhada de forma
individual e coletiva e, os gêneros textuais diferenciados. As questões de análise linguística e
ortografia são trabalhadas dentro do contexto de produção de cada gênero textual visando
levar o educando a compreender a sua importância.
Considerando as defasagens de conteúdos trazidas para a 5ª série, o projeto da Sala
de Apoio visa um trabalho diferenciado, que eleve a autoestima do aluno para que se sinta
seguro da própria capacidade de construir conhecimentos matemáticos. Nesse sentido, o
professor deve ser incentivador e mediador do processo de aprendizagem. Trabalhar de forma
que os alunos testem suas próprias suposições, pensem por si mesmos e ampliem a
compreensão dos conceitos e procedimentos envolvidos nas situações cotidianas. A
reconstrução dos conceitos matemáticos parte de um plano de execução em construções
próprias de recursos didáticos que dão conta da relação de conteúdos estudados e da realidade
do aluno, como também recursos didáticos diversos que contribuem de modo expressivo para
o desenvolvimento das atividades que envolvem a matemática aplicada.
Os jogos e as brincadeiras contribuem para a criatividade, busca de novas estratégias e
aprimoramento da organização do pensamento, pois vem ao encontro de todos os interesses
do educando. Na resolução de problemas, o objetivo é aperfeiçoar o raciocínio lógico -
matemático, levando o aluno a ter iniciativas, criatividade e sua própria independência,
buscando para isso um plano de execução. Assim sendo, os recursos devem ser diversificados
desde a construção do próprio aluno, relacionando ao conteúdo estudado, como também as
sucatas de próprio uso. Os recursos tecnológicos e pedagógicos são muito importantes, mas
3
devem ser utilizados com metodologia lúdica e de criação. Tais atividades permitem o avanço
expressivo dos alunos na própria independência, autoconfiança e até mesmo sua
autoavaliação.
7.3 Adequação Curricular para Aluno com Necessidade de Ações Educacionais Dife-
renciadas
Visando o atendimento à alunos que precisem de um acompanhamento individualiza-
do/especializado, a escola conta com uma profissional devidamente habilitada Professor de
Apoio em Sala de Aula (PASA), bem como trabalha com uma proposta curricular adequada
às necessidades de tal educando.
A primeira ação tomada consiste em informar e orientar os professores quanto às es-
pecificidades do aluno, e juntos buscar maneiras diferenciadas de propiciar o bem-estar e de-
senvolvimento das ações pedagógicas que facilitarão a vida escolar do aluno.
A partir do que o docente titular da disciplina trabalha, a PASA busca trazer esse
conteúdo de modo acessível ao educando, além disso, é preparado ao educando, atividades di-
ferenciadas que estejam consoantes à necessidade do educando.
A escola tem o apoio do Núcleo Regional de Educação de Cascavel, e recorre ao
mesmo, sempre que necessário, ou seja, quando recebe alunos com necessidades educacionais
especiais. Tudo visando o pleno desenvolvimento do educando.
Desta forma, no que concerne à esse assunto, a escola tem trabalhado de maneira fle-
xível, primeiro estudando os casos que chegam, para então tomar as medidas necessárias.
3
8 DESEMPENHO ESCOLAR MEDIANTE INSTRUMENTOS AVALIATIVOS
NACIONAIS
8.1 Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb)
Não podemos estar alheios ao que ocorre no contexto educacional no âmbito
nacional e também porque acreditamos ser uma forma do aluno, do professor e da escola ter
uma idéia do que possam melhorar a partir dos resultados, e a partir dos índices, reorientar
ações visando melhorar a qualidade de ensino proposto.
O Ideb é um instrumento criado pelo Ministério da Educação e Cultura (Mec) cujo
objetivo consiste em avaliar as escolas em âmbito nacional.
Demonstra-se relevante sociedade, pois, a partir da sua aplicação pode-se estabelecer
parâmetros, tanto na rede privada quanto na pública, nas mais diversas localidades do país.
Segundo a página eletrônica do Mec, a formação da média do Ideb ocorre da seguinte forma:
A nota de 0 a 10 atribuída a cada escola é o resultado (proporcional à escala 0 a 10) de uma multiplicação: os pontos obtidos no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica - Saeb e/ou na Prova Brasil vezes a taxa de aprovação de alunos daquela escola. Ou seja, para obter uma boa nota no Ideb, é preciso que os alunos tenham se saído bem nessas duas provas - em outras palavras, que estejam aprendendo o conteúdo escolar -, aplicadas pelo Ministério da Educação, e também que a escola apresente uma baixa taxa de reprovação. Os dois fatores são igualmente importantes.
Percebe-se que para a formação da média do Ideb existe a necessidade de se
visualizar a escola como um todo, uma vez que são vários fatores que contribuem na
formação de tal nota. Por isso, exige-se um olhar amplo sobre as práticas e as ações
pedagógicas com objetivo de sempre aprimorar a escola. Assim, a nota do Ideb é um item
relevante para mensurar o progresso da escola, haja vista que estar sempre se superando é um
objetivo.
Um desafio à longo prazo estabelecido pelo Mec com apoios de instituições não-
governamentais para a educação nacional é que em 2022, o Brasil tenha uma média 6 - média
atual dos países desenvolvidos no PISA (Programa Internacional de Avaliação de Alunos.
Assim, neste espaço de tempo, cada escola deverá traçar suas próprias metas, conforme notas
que lhe foram atribuídas no Ideb.
3
8.2 Prova Brasil e Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb)
Da mesma forma que o Ideb é um importante instrumento de avaliação a Prova
Brasil e o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb) também servem como
diagnóstico, em larga escala, desenvolvidas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC).
Objetiva avaliar a qualidade do ensino ofertado pelo sistema educacional brasileiro a
partir de testes padronizados e questionários socioeconômicos. Na nossa escola os testes são
aplicados nas turmas de oitava séries, em virtude de ofertarmos apenas as séries finais do
Ensino Fundamental, e na terceira série do ensino médio.
Os alunos devem responder à questões de língua portuguesa priorizando a leitura, e
matemática ressaltando a resolução de problemas.
O questionário socioeconômico capta informações acerca do contexto que podem
estar associados ao desempenho do aluno.
Além disso, os professores e diretores das turmas e escolas avaliadas também
respondem a questionários que coletam dados demográficos, perfil profissional e de
condições de trabalho.
Conforme página eletrônica do Mec:
A partir das informações do Saeb e da Prova Brasil, o MEC e as secretarias estaduais e municipais de Educação podem definir ações voltadas ao aprimoramento da qualidade da educação no país e a redução das desigualdades existentes, promovendo, por exemplo, a correção de distorções e debilidades identificadas e direcionando seus recursos técnicos e financeiros para áreas identificadas como prioritárias.
As medias auferidas pela Prova Brasil compõe o cálculo do Ideb, e estão disponíveis
para a sociedade, para que a mesma possa acompanhar o desempenho das escolas e dos
alunos.
3
9 ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO
O Colégio Estadual Jardim Consolata – Ensino Fundamental e Médio, situado no
bairro Jardim Consolata, região da cidade de Cascavel, onde abrange um grande percentual da
população, oriundos da classe trabalhadora, filhos de trabalhadores e por conseguinte,
necessitados de ingressar no mundo do trabalho, atende a um total de 1.240 alunos nos três
períodos, sendo um total de 170 alunos distribuídos nas oitavas séries e um total de 516
alunos distribuídos nas três séries do Ensino Médio. Portanto, há uma demanda de 686 alunos
aptos a entrarem no mercado de trabalho.
Partindo dessa realidade, oportunizar o estágio não obrigatório aos alunos desta
instituição se caracteriza como uma possibilidade de ingressá-lo ao mundo do trabalho. Nesse
contexto, visando uma educação emancipatória e assumindo compromisso com a formação
humana dos alunos a qual requer a apropriação dos conhecimentos científicos, tecnológicos e
histórico-sociais, produzidos pela humanidade, além das relações interpessoais e da
construção do significado do trabalho, suas relações e organização da história do homem
enquanto sujeito histórico, regulamentamos o estágio não obrigatório no Projeto Político
Pedagógico e no Regimento Escolar.
O referido estágio é amparado por legislação específica: Parecer CNE/CEB
nº35/2003, a Resolução CNE/CEB n° 1/2004; a Resolução nº 2/2005; a Lei Federal nº
9394/96; a Lei Federal nº 11.788/08 e o Parecer nº 02/09 da Comarca de Legislação e Normas
que a esta se incorpora.
3
10. AGENDA 21
Histórico: A agenda 21 é decorrente da proposta sobre desenvolvimento sustentável
para o meio ambiente, realizada no Rio de Janeiro em 1992, por políticos, cientistas,
pesquisadores, estudantes e professores, entre outros, o que se denominou Eco 92.
O desenvolvimento sustentável é uma preocupação em nível mundial para o século
XXI, por isso o nome “Agenda 21”. Trata-se de um acordo internacional que visa melhorar a
qualidade de vida de todas as pessoas do planeta.
A Conferência das Nações Unidas para o meio Ambiente e Desenvolvimento
(CNUMAD), firmou parceria global entre os Estados, a fim de que se respeitassem os
interesses coletivos que pudessem proteger a integridade do ambiente e do desenvolvimento,
reconhecendo a natureza como um sistema integral e interdependente da terra. Mesmo
sabendo que atualmente a humanidade tenha condições de se desenvolver de uma forma
sustentável, é preciso garantir as necessidades e o comprometimento dessa geração com a
geração futura para que a mesma possa encontrar suas próprias necessidades.
A idéia do desenvolvimento sustentável é não limitar-se aos métodos tradicionais de
conservação e equilíbrio ambiental, mas tentar encontrar o equilíbrio entre tecnologia e
ambiente natural. Nesse ponto a Educação tem um papel significativo, haja vista que a mesma
trabalha com a formação das consciências a partir da informação, do conhecimento, entre
outros, sobre a natureza e todos os fenômenos de transgressão causados pelo homem que
possam vir a trazer conseqüências danosas ao próprio homem, às suas condições de
sobrevivência.
Proposta
O Desenvolvimento Sustentável não se restringe meramente ao meio ambiente
enquanto espaço geográfico, mas enquanto espaço de vivência, espaço onde haja condições
para gerar e prover a vida com qualidade.
A Agenda 21 é composta de 27 (vinte sete) princípios, onde se estabelece prioridades
como:
• Todos têm direito a uma vida saudável;
• É dever dos Estados garantirem políticas ambientais dentro de suas jurisdições;
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• O direito ao desenvolvimento deve garantir necessidades das gerações presentes e
futuras;
• A proteção do ambiente não deverá ocorrer de forma isolada, mas integrar-se ao
desenvolvimento sustentável;
• Os Estados e as pessoas como um todo deverão cooperar para a erradicação da
pobreza, para garantir as necessidades essenciais da maioria das populações
mundiais;
• Os países em desenvolvimento e menos desenvolvidos deverão receber atenção
especial;
• Os Estados e a solidariedade mundial devem cooperar para a saúde e integridade
dos ecossistemas da Terra;
• Cabe aos Estados reduzir e eliminar a produção de consumo insustentável e
estimular políticas demográficas apropriadas;
• Os Estados devem cooperar para o desenvolvimento dos indivíduos no
conhecimento, implementando tecnologias;
• Melhorar a maneira de tratar questões ambientais, incentivando programas e
políticas públicas e participação dos cidadãos nessas questões;
• Os Estados devem dispor de leis ambientais apropriadas ao contexto ambiental
para o qual elas se dispuserem;
• Compete aos Estados promoverem um sistema econômico de desenvolvimento
sustentável, tendo por base consenso internacional;
• São deveres dos Estados desenvolverem legislação própria para sanar problemas
às vítimas de danos causados por conseqüência danosa de ordem ambiental;
• Os Estados devem evitar deslocamento de material danoso ao meio ambiente;
• Como medida de precaução ambiental, os Estados devem se precaver quanto aos
recursos a serem utilizados para garantir a saúde ambiental;
• Os custos ambientais devem ser internacionalizados, a fim de que, as autoridades
na jurisdição de seus territórios, possam responsabilizar-se economicamente pelos
danos que causarem, haja vista que esses pertencem a um só e mesmo planeta;
• Deve-se criar uma política de avaliação de impacto ambiental, como instrumento
nacional;
• È dever dos Estados comunicarem-se mutuamente caso haja algum desastre
ambiental num deles, devendo este, ser ajudado pelos demais;
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• Caso os Estados queiram desenvolver programas de risco ambiental, deve
notificar aos demais para que haja precaução;
• É importante a participação das mulheres nos projetos ambientais de
desenvolvimento sustentável;
• Os jovens devem ser encorajados a atuarem pela aliança mundial junto aos
programas de desenvolvimento sustentável, visando um futuro melhor para eles e
seus descendentes;
• Os Estados devem garantir preservação da cultura indígena que por tradição zela
pelo meio ambiente;
• Aos povos submetidos a opressão, dominação e ocupação, deve se garantir a
preservação dos recursos naturais;
• Os Estados devem respeitar o direito internacional, e no caso de conflito armados
entre as nações, e vir a garantir a restauração do desenvolvimento sustentável;
• O desenvolvimento e a proteção do meio ambiente são inseparáveis e denotam a
paz;
• Com relação a possíveis controvérsias sobre o meio ambiente, os Estados devem
resolvê-las pacificamente;
• A população e os Estados devem cooperar-se de boa fé, com espírito de
solidariedade para a aplicação dos princípios arrolados.
A Agenda 21 lembra da importância fundamental que a educação tem para com o
programa de desenvolvimento sustentável, haja vista, a falta de esclarecimento da maioria das
pessoas acerca do ambiente de vida, e do meio ambiente como fonte dessa vida. Nesse sentido
a educação primária deve garantir o acesso de pelo menos 80% da população, e o
analfabetismo combatido, devendo a mulher ter o mesmo direito de acesso e índice de
alfabetização dos homens.
Reestruturar a educação para o Desenvolvimento Sustentável é uma preocupação das
nações em geral, devendo as mesmas assegurar alguns quesitos necessários para que isso
possa se viabilizar. Destacando-se aspectos como:
• Garantir educação para as pessoas de todas as idades;
• Envolver as crianças nos estudos referentes ao meio ambiente, saúde, saneamento,
alimentos e impacto econômico ambiental dos recursos ambientais utilizados;
• Desenvolver nos programas educacionais, os conceitos de ambiente e meio
ambiente sustentável, incluindo os problemas que afetam as sociedades e suas causas.
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Consideramos que a Educação Ambiental para uma sustentabilidade eqüitativa é um processo de aprendizagem permanente, baseado no respeito a todas as formas de vida. Tal educação afirma valores e ações que contribuem para a transformação humana e social e para a preservação ecológica. Ela estimula a formação de sociedades socialmente justas e ecologicamente equilibradas, que conservam entre si relação de interdependência e diversidade. Isto requer responsabilidade individual e coletiva em níveis local, nacional e planetário (SATO, 2002, p. 17).
Diante do enunciado bem como da dissertação anteriormente esboçada sobre
Desenvolvimento Sustentável, Educação e Meio Ambiente, considerando que há um
entrelaçamento significativo e imprescindível entre eles conclui-se que às escolas cabe
desenvolver e implementar formas educativas que viabilizem as propostas concernentes à
qualidade de vida.
Neste sentido o Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Jardim Consolata
em permanente construção coletiva, tem por objetivo no momento, a partir de um grupo de
professores organizados no interior na escola que visa trabalhar com o Meio Ambiente, aderir
outros membros responsáveis e interessados para estudar a obra de Sato “Educação
Ambiental”, onde se encontram ricos elementos sobre Concepção de Educação Ambiental e
Desenvolvimento Sustentável. Paralelo a isto indica bibliografias e propostas metodológicas
de trabalho prático a ser desenvolvido, começando na escola e estendendo-se para a
comunidade.
Pensamos que embora haja a idéia de um projeto ambiental e discussões quanto à
desenvoltura do mesmo, faz-se necessário ler e compreender a obra em questão para os
aprimoramentos científicos quanto à idealização e execução de qualquer projeto nessa ordem.
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11. PERFIL DOS SEGMENTOS DA ESCOLA
11.1 Perfil da Direção
A direção tem por finalidade promover e articular os segmentos da comunidade
escolar garantindo a especificidade entre o ensino-aprendizagem.
A direção da escola tem como objetivo mediar as relações que se façam necessárias
entre todos os segmentos envolvidos no contexto escolar, buscando vencer os desafios do
cotidiano pautado na coletividade.
11.2 Perfil da Equipe Pedagógica
A equipe pedagógica é articuladora do Projeto Político Pedagógico da instituição no
campo pedagógico, organizando a reflexão, a participação e os meios para a concretização do
mesmo, de tal forma que a escola possa cumprir sua tarefa de propiciar que todos os alunos
aprendam e se desenvolvam como seres humanos plenos, partindo do pressuposto de que
todos têm direito e são capazes de aprender.
A Equipe Pedagógica, ao mesmo tempo em que acolhe e engendra, deve ser
questionadora, desequilibradora, provocadora, animando e disponibilizando subsídios que
permitam o crescimento do grupo. Tem um papel importante na formação dos educadores,
ajudando a elevar o nível de consciência: tomada de consciência (cf.SAVIANI,1983), ou
criação de um novo patamar para o senso comum (cf.BOAVENTURA SANTOS, 1985).
A coordenação pedagógica é muito ampla, envolve questões de currículo,
construção do conhecimento, aprendizagem, relações interpessoais, ética, disciplina, avaliação
de aprendizagem, relacionamento com a comunidade, recursos didáticos, etc.(cf.CELSO
VASCONCELLOS).
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11.3. Perfil do Corpo Docente
É certo que o cotidiano de experiência do professor é uma forma de construção de
conhecimento e influencia na prática docente, constituindo-se um fator importante para o
direcionamento da postura pedagógica. A expressão do cotidiano do professor é determinante
e determinada pela conjuntura social e cultural onde se desenvolve.
Suas experiências e sua história são fatores determinantes do seu comportamento
cotidiano.
O conhecimento do professor é construído no seu próprio cotidiano, mas ele não é só
fruto da vida na escola, ele provém também de outros ambientes.
A prática e os saberes que podem ser observados no professor são o resultado da
apropriação que ele faz da prática e dos saberes históricos.
A apropriação é uma ação recíproca em sujeito e os diversos âmbitos ou integrações.
É evidente que esgotar este perfil representa uma tarefa impossível. Só através da
prática - e da prática de pensar a prática, que Paulo Freire sustenta com a melhor maneira de
pensar certo - é que este perfil irá se definindo, dinâmica e dialeticamente.
No entanto, parece possível delineá-lo a partir da identificação de algumas condições
que são imprescindíveis ao novo educador (e o chama de novo porque o seu fazer adquire
uma nova dimensão).
Ao educador já não cabe a postura de neutralidade. Acrescente-se, inclusive, que esta
é sempre falaciosa, na medida em que, sob uma falsa aparência de neutralidade, se fica a
serviço da dominação. Da mesma forma, outro não pode ser o compromisso assumido pelo
educador senão o de explorar as condições que se manifestam também no educativo. Caso
contrário, a reprodução tende a se manter.
Para efetivação deste compromisso não existem fórmulas mágicas ou receitas
prontas. Só o fazer refletir poderá indicar os caminhos, os rumos desta práxis transformadora.
Orientando esta busca deve estar à clareza de que não cabe a educação realizar a
transformação estrutural da sociedade, mas que, nesta transformação, há uma tarefa que lhe
cabe sendo, como tal intransferível. Parece razoável afirmar ainda mais: esta transformação
não se consolidará sem ela.
Enquanto detentor do poder, o educador representa tão-somente o emissário do
sistema usando sua prática a serviço da garantia da subserviência. A partir da descoberta da
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sua autoridade, é que o educador poderá efetivamente incorporar o seu papel de intelectual
orgânico das classes subalternadas reconhecendo-se dirigente.
No entanto, o professor deve procurar cumprir as decisões tomadas coletivamente na
escola, para garantir o bom andamento dos trabalhos.
Em síntese, é como decorrência do que aqui se observou, o educador é aquele que
reconhece seu papel político, a dimensão política da educação e a interioriza como
profissional como sujeito, refletindo-a através de sua práxis.
Essas observações não esgotam o problema, representam em realidade uma tomada
de contato com a questão inicialmente proposta, que supõe um processo permanente de
reflexão-ação.
11.4 Perfil dos Agentes Educacionais II
Os agentes educacionais II são também um educadores, devendo participar
ativamente do plano de ação do estabelecimento, conhecendo a legislação vigente, estratégias
de conquista e reconhecimento da importância da vida escolar do educando. Sendo a
instituição escolar um lugar de ensino, aprendizado e avaliação, cabe aos agentes
educacionais II participarem de todos os encontros pedagógicos, bem como sugerir e aceitar
sugestões no desempenho de suas funções, num processo de otimização e construção do
projeto político pedagógico.
11.5 Perfil dos Agentes Educacionais I
Os agentes educacionais I consideram a escola algo muito importante, uma
necessidade para as crianças, o lugar que lhes assegura o sustento, onde passam grande parte
de seus dias, além de ser um local de conhecimento e cultura. Consideram-se também
educadores uma vez que participam da vida estudantil, convivendo com os alunos e,
consequentemente, também educando-os.
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12. MARCO CONCEITUAL
A Escola é uma instituição historicamente constituída enquanto necessidade surgida,
principalmente no auge da desenvoltura da sociedade moderna a qual impunha a construção
de um aparato político, ideológico e sociológico que pudesse sustentá-la enquanto tal.
Tal sociedade defenderia um novo tipo de poder político, não mais centrado nas
mãos da Igreja, mas num suposto poder democrático liberal onde houvesse, liberdade,
igualdade e fraternidade. Levou uma classe social de trabalhadores – os burgos, ao poder.
Estando nele, esta classe que era minoria, apressou-se em se apoderar desse poder econômico
para se fortalecer no poder político, para tanto, negou aquilo que não era de proveito da
sociedade em decadência a qual conseguira derrubar – a feudal, e prontamente encontrou
justificativa para todas as suas “doutrinações” ideológicas.
A Escola como não poderia deixar de ser, até pela viabilidade de propagação dessa
ideologia em massa, a educação, torna-se como diria Althusser (1998) “Aparelho Ideológico
do estado”, ou seja, a escola que nasce juntamente com a sociedade moderna e com ela se
desenvolve acompanhando-lhe os passos, cumpre a priori, desde sua gênese o papel de
reprodutora do Estado.
Essa reprodução visa à manutenção do sistema do modo de produção que surgira
arraigado ao novo modelo de sociedade. O capitalismo imponente tinha como valor maior o
próprio capital, sendo o homem o seu beneficiário e a sociedade seu mercado promissor, tudo
devendo ocorrer pelo bem comum dos cidadãos dentro da conformação da divisão do
trabalho, de modo que todos pudessem se beneficiar de um modo ou de outro. Fossem os
mais ricos ou os menos ricos as situações desse mercado no padrão distribuição de renda. Pois
segundo a ideologia das aptidões naturais, todos teriam inteligência suficiente para
alcançarem as escadarias do sucesso, cabendo àqueles que mais se esforçassem se
sobressaírem ou não.
A partir dos ideais liberais tem-se para início de conversa a concepção filosófica de
mundo de Emmanuel Kant (1770-1831), para ele “o pensamento cria a realidade”, assim o
homem não pode senão participar dos fenômenos dessa realidade, a mente é mais importante
do que a coisa em si, por isso é considerado um filósofo idealista. As idéias extraídas de Kant
influenciarão não somente outras teorias de sustentação a sociedade moderna, como também,
fortalecerão pensar o homem como alguém que pensa uma realidade pronta, a qual ele deve
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adaptar as leis naturais, pois não é possível conhecer a realidade em si, mas somente o
fenômeno desta tal qual esta se nos apresenta.
Sobremaneira Kant corrobora o perfil de homem que nascia junto a sociedade
burguesa industrial, onde a escola teria seu papel regulador e mantenedor desse perfil de
homem.
Antes destas influências não se pode deixar de mencionar o racionalismo cartesiano,
onde a razão posta como possibilidade para o conhecimento absoluto da realidade faz do
homem seu próprio senhor, nascendo ali o sujeito, aquele capaz de: em se utilizando da razão,
pensamento inteligente tudo pode conhecer, e criar e recriar, com isto o pensamento científico
tomou corpo.
No campo da sociologia Augusto Comte, (1798-1857) confirma o cientificismo e
nisto não deixa de reforçar a natureza da escola burguesa, quando sua teoria chamada,
positivismo se nega a admitir outra realidade que não sejam os fatos e a investigar outra coisa
que não sejam as relações entre os fatos. Tudo já estaria determinado, caberia à ciência
encontrar as variáveis que regem os fenômenos.
Na ciência positivista, o progresso é o desenvolvimento da própria ordem natural das
coisas, devendo assim ser mantido, pois essa é a lei natural.
A visão estática e linear de mundo e de sociedade sobrecarregou a educação,
principalmente a educação brasileira. Temos resquícios fortíssimos da educação jesuítica:
formal, católica e tradicional, que por muitos anos ensinou e muito bem a ler, a escrever, a
contar, e ensinou com propriedade, diga se de passagem, ler era decodificar, escrever era fazer
cópias, e contar era decorar a tabuada. Se hoje está melhor? Ou pior? São tantas as diferenças,
de mundo, de homens, de contexto, de texto, de perspectivas, quem sabe uma pesquisa
bastante compromissada respondesse!
Voltando a questão da escola pensando-a hoje, a escola que temos é fruto de uma
história longa, que segue a trilha da história da vida dos homens, seja ela, no seu curso
econômico, político, social, filosófico, científico ou religioso.
A escola é o lugar de ensino e difusão do conhecimento, é instrumento para o acesso das camadas populares ao saber elaborado; é simultaneamente, meio educativo de socialização do aluno no mundo social do adulto. O ensino, como mediação técnica, deve dar a todos uma formação cultural e científica de alto nível; a socialização, como mediação sociopolítica, deve cuidar da formação da personalidade social em face de uma nova cultura. A contribuição da escola para a democratização está no cumprimento da função que lhe é própria: a transmissão/ assimilação ativa do saber elaborado (Libâneo, 1990 p.75)
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Embora a escola tenha sido criada, desenvolvida e subsiste nos moldes do sistema
capitalista, que carrega consigo um ideal de homem individualista e ensimesmado, um ideal
de mundo que não sustenta mais suas próprias regras e leis morais, pois ao mesmo tempo em
que sustenta o ideal de eternidade (os bens serão colhidos no céu pelo bem que se fizer na
terra); prega a felicidade imediata pelo consumismo exacerbado, o pragmatismo que anula as
pessoas fazendo as objeto delas mesmas; a escola pública ainda é o espaço democrático onde
as contradições da realidade concreta podem e devem ser discutidas e debatidas a fim de que
o aprendiz ao se apropriar do conhecimento historicamente elaborado, possa efetivamente
fazê-lo de forma crítica, isto é, possa pensar sobre o que fora pensado e sobre o que se esta
sendo feito ou não a partir das diferentes formas de pensar ou não. Sujeito crítico ou acrítico,
a escola ainda é o espaço para esta reflexão, mesmo sendo reprodutora ideológica do sistema.
Quando se faz ou se pede um projeto político pedagógico, ele impõe tais reflexões no
âmbito escolar, educacional e para tanto não se pode deixar de retomar mesmo que
sucintamente o histórico da vida da escola.
Quando o Pedagogo faz seu juramento por ocasião de sua formação uma das frases
que cai muito bem para este momento e que fica como o pensamento da equipe sobre educar
e fazer acontecer na escola visando transformação, uma vez que, sua política é a formação
mais que a simples informação, é ... “ Se fazer homens eu conseguir, sentir-me-ei realizado.”
O Projeto Político Pedagógico é um processo contínuo que existe para subsidiar a
prática da escola como um todo em que se valorizam as diferenças como enriquecimento em
busca de um bem comum. Pais, alunos, professores, funcionários, direção enfim toda
comunidade, envolvidos na mesma causa para que a educação não corra o risco de ser algo
fragmentado, mas fruto de um processo em que todos possam compartilhar suas idéias e
ações.
A conquista da autonomia da escola é atingida quando se entende o significado de
sua proposta pedagógica, porque é fruto da ação de todos os envolvidos na dinâmica do
ensino-aprendizagem, participante na auto-reflexão do trabalho educativo, ato político
coletivo.
Essa caminhada requer também ação, reflexão, possibilitando às escolas situarem-se
num horizonte de possibilidades de enriquecimento do cotidiano escolar, imprimindo uma
direção que deriva de respostas compartilhadas.
O P.P.P. propõe a concepção de homem, sociedade, educação, escola, cultura,
ciência, tecnologia, trabalho, cidadania, conhecimento, ensino, aprendizagem, avaliação, bem
como os pressupostos filosóficos que dão suporte ao trabalho pedagógico. Propõe uma
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concepção de escola como elemento básico da vida social e cultural da comunidade,
propiciando ao educando o conhecimento sistematizado, a oportunidade de construção de
cidadania, de cultura, instrumentalizando-o para pensar e discutir criticamente os mais
variados assuntos que digam respeito à sua formação cultural e humana, com suporte teórico
que lhe permita resignificar sua prática efetiva.
Buscando a melhoria da qualidade de ensino, o P.P.P. concebe uma escola na qual o
trabalho pedagógico possa ser entendido como um todo e vivenciado por todos, tendo como
foco central o aluno.
Tendo em vista a sociedade excludente na qual estamos inseridos, uma sociedade
globalizada, onde o capital é soberano em seus argumentos, podemos ver no individualismo a
expressão máxima de uma não virtude apontada como verdade absoluta, carregada de uma
abrangente conseqüência de resultados catastróficos no seio da sociedade moderna, onde a
idolatram, colhem como resultado de suas manifestações alcance na destruição de valores
étnicos passados, famílias desestruturadas, consumismo exacerbado nas condições dadas
pelos prazos longínquos, estabelecidos pela lei de mercado, e principalmente na ausência de
padrões, modelos dentro de caso, ou do pai, ou da mãe, ou de ambos na busca frenética do
sustento para suas casas e principalmente para sua tão sonhada satisfação pessoal pela tal da,
“ascensão social”.
Dentro deste contexto faz-se necessário que a escola seja um local de
formação e informação, que capacite o aluno a intervir em sua realidade social com a
possibilidade de transformá-la. Nesse sentido a escola deve estar preparada e pronta para
discutir, refletir sua prática, repensando que saberes, que conhecimento, que avaliação, que
educação deverá ofertar, assumindo o compromisso de contribuir para a construção de um
sujeito autônomo e crítico, pois acreditamos ser a escola este espaço de discussão e reflexão
para alcançarmos uma sociedade mais justa e igualitária, superando assim, a discriminação, a
desigualdade social, com base na transformação de nossa sociedade.
Nesse caso, o P.P.P. é uma oportunidade de construção de novas formas de
pensar e agir no âmbito escolar. Todos os envolvidos no processo, cada qual com suas
responsabilidades, participação e empenho em estar sempre revendo suas práticas e no caso
do educador, pleiteando formação continuada, haja visto que, cada vez mais faz-se necessária
a apropriação de novos conhecimentos no preparo profissional dos educadores. O professor
pode participar da organização do trabalho escolar, assumindo coletivamente a
responsabilidade pela escola, investindo em sua formação profissional, ampliando seus
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conhecimentos, tornando seu desempenho profissional mais eficiente e atualizado, incidindo
na transformação ou melhoria de sua prática.
A organização do trabalho escolar implica na participação de todos os envolvidos no
processo, ou seja, direção, alunos, professores, funcionários, pedagogos, pais, articulando o
projeto pedagógico, o processo de ensino, aprendizagem e avaliação, discutindo
coletivamente questões, sejam pedagógicas ou organizacionais.
No P.P.P. a proposta de avaliação é pautada como um processo contínuo de obter
informações, de diagnosticar progressos, capacidades e possíveis defasagens do aluno,
oferecendo-lhe oportunidades de recuperação paralela para que atinja uma aprendizagem
satisfatória. A avaliação se estenderá a todos os segmentos da escola, ou seja, não só o aluno
deverá ser avaliado. A avaliação é aprendizagem, logo, enquanto se avalia, se aprende e
enquanto se aprende, se avalia. Desse modo, todos deverão estar avaliando e sendo avaliados.
Tal prática deverá ser um processo inclusivo, democrático, do qual todos farão parte num
trabalho construtivo em prol da melhoria da qualidade de ensino.
O P.P.P. tem compromisso com o ensino, supõe rupturas com o presente e promessas
para o futuro. Sair de um estado confortável e arriscar-se, atravessar um período de
instabilidade e buscar estabilidade frente ao Projeto Político Pedagógico, vai além de um
simples agrupamento de planos. Partindo de uma análise das realidades sociais ele sustenta
implicitamente as finalidades sociopolíticas da educação.
De acordo com a tendência pedagógica progressista que direciona nossa prática, não
há como institucionalizar a escola que buscamos numa sociedade capitalista. Desta forma,
temos como meta a transformação da realidade social assim como a superação das inúmeras
desigualdades sociais.
Deste modo, nosso compromisso é a valorização da ação pedagógica enquanto
inserida na prática social concreta. Entendemos a escola como mediação entre o individual e o
social, exercendo aí a articulação entre a transmissão dos conteúdos e a assimilação ativa por
parte de um aluno concreto, ou seja, inserido num contexto de relações sociais. Dessa
articulação resulta o saber criticamente reelaborado.
O P.P.P. é um compromisso sócio-político e pedagógico; político no sentido de
comprometer-se com a formação do cidadão e pedagógico no sentido de definir as ações
educativas e as características necessárias à escola de cumprir seus propósitos. Para que isso
se concretize é preciso refletir sobre os elementos básicos, as finalidades da escola, a estrutura
organizacional, o currículo, o processo de avaliação.
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Dentro dessa perspectiva entendemos que a difusão dos conteúdos é primordial, não
conteúdos abstratos, mas conteúdos concretos, portanto, indissociáveis das realidades sociais.
Um trabalho pautado nessa proposta estará a serviço dos interesses populares, pois a escola
poderá contribuir para a eliminação das desigualdades sociais tornando-a democrática.
Se a escola é parte da sociedade agir dentro dela é poder contribuir para a sua
transformação. Assim, estar a serviço dos interesses populares é garantir um bom ensino a
todos. Isto é, a apropriação dos conteúdos escolares básicos que tenham ressonância na vida
dos alunos.
A educação que pretendemos deverá ser uma atividade mediadora dentro da prática
social. A intervenção do professor consiste em preparar o aluno para o mundo adulto e suas
contradições fornecendo-lhe meios através da aquisição de conteúdos e da socialização para
que possa participar ativamente na democratização da sociedade.
Os conteúdos a serem trabalhados são culturais e universais, construídos
historicamente e incorporados pela humanidade, mas permanentemente reavaliados face às
realidades sociais. Deste modo, não são fechados e fragmentados, mas sim significativos e
indissociáveis para a prática social dos educandos.
O professor tem como função possibilitar ao aluno o acesso aos conteúdos, ligando-
os com a experiência concreta dele, a continuidade, e proporcionar momentos de reflexão que
ajudam o aluno a chegar à ruptura do conhecimento adquirido para que ele passe a ser
realmente significativo para a sua vida e para seu engajamento político e social.
Para que isso ocorra todos os que atuam dentro da escola devem buscar reavaliar sua
prática no sentido de valorizar a experiência do aluno confrontada com o saber. O trabalho
docente deverá relacionar a prática vivida pelos alunos com os conteúdos propostos, momento
em que se dá a “ruptura” , ou seja, a consciência do valor dos conteúdos para a vida, que não
é, senão a união entre a teoria e prática. O professor atuará como mediador valorizando tanto
a sua prática quanto à do aluno para fazer valer as trocas de conhecimento.
O docente dispõe de uma formação para ensinar, possui conhecimento e a ele cabe
analisar os conteúdos em confronto com as realidades sociais. Sua intervenção deverá levar o
aluno a acreditar em suas possibilidades ampliando e reelaborando seus conceitos e
experiências de vida.
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13. FUNÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Desde meados da década de 90, a idéia do Projeto Pedagógico vem tomando
corpo no discurso oficial em quase todas as instituições de ensino, espalhadas nesse imenso
Brasil. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9394/96), em seu artigo 12,
inciso I, prevê que: “os Estabelecimentos de Ensino, respeitadas as normas comuns e as do
seu sistema de ensino, terão a incumbência de elaborar e executar sua proposta pedagógica”,
deixando explícita a idéia de que a Escola não pode prescindir da reflexão sobre sua
intencionalidade educativa. Assim sendo, o Projeto Político Pedagógico passou a ser objeto
prioritário de estudo e de muita discussão.
Nesse sentido torna-se necessária e imprescindível à capacitação docente,
instrumentalizando os profissionais da educação que atuam na escola no sentido de discutirem
a prática pedagógica, enfatizando sempre os aspectos essências de formação do educador
garantindo a implementação de práticas docentes que venham contribuir na formação do
aluno cidadão como um todo, na busca de instrumentalizar e ampliar as oportunidades de
acesso ao conhecimento, justificando, o plano de ação que fomentará o trabalho coletivo
envolvendo toda a comunidade escolar.
O Projeto Político Pedagógico não é apenas uma exigência de ordem
administrativa, pois deve expressar a reflexão e o trabalho realizado em conjunto por todos os
profissionais da escola, no sentido de atender as diretrizes do sistema educacional de
educação, bem como as necessidades locais e específicas da comunidade escolar, ele é a
concretização da identidade da escola e do oferecimento de garantias para o ensino de
qualidade. Trata-se de um instrumento que permite clarificar a ação educativa da Instituição
Educacional em sua totalidade. Tem como propósito a explicitação dos fundamentos teóricos-
metodológicos, dos objetivos, do tipo de organização e das formas de implementação e de
avaliação institucional, tendo duas dimensões a política e a pedagógica. Ele é político no
sentido de compromisso com a formação do cidadão para um tipo de sociedade e é
pedagógico porque possibilita a efetivação da intencionalidade da escola, que é a formação do
cidadão participativo, responsável, compromissado, crítico e criativo. Essa última é a
dimensão que trata de definir as ações educativas da escola, visando a efetivação de seus
propósitos e sua intencionalidade. Assim sendo, “a dimensão política se cumpre na medida
em que ela se realiza enquanto prática especificamente pedagógica” (SAVIANI, 2001).
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14. MARCO OPERACIONAL
14.1 Plano de Ação do Estabelecimento
Projeto Político Pedagógico é uma iniciativa comprometida com o repensar da escola
pública dando importância ao prazer de ensinar e aprender como também a alegria e a
realização do ser humano.
Fonte de energia vital ímpar, que se constrói pela participação de todos e se integra
na construção da vida coletiva e, sobretudo, CIDADÃ.
O conhecimento e consciência dos educadores do Colégio Estadual Jardim Consolata
quanto à necessidade de se redefinir o espaço escolar em seu tempo, bem como os rituais
cristalizados na prática de ensino, de maneira que possam estar voltados efetivamente para a
formação de sujeitos ativos, cidadãos atuantes e participativos, pressupõe uma mudança
compartilhada de todas as instâncias constitutivas da escola, o que, em grau maior ou menor,
implicará em uma ruptura com a prática escolar tradicional.
Especificando um pouco mais, um trabalho dessa natureza só se efetivará na relação
de envolvimento de todos os agentes deste processo, ou seja, numa ação coletiva em que se
busque adquirir, transmitir, socializar e produzir conhecimentos. À luz desse pressuposto,
projeta-se uma prática educativa em que ações eminentemente de natureza intelectual não
neutralizem ou deixem à sombra outras que possam proporcionar igualmente ao sujeito a
alegria de viver, de amar e de ser solidário.
Sob esse princípio, propõe-se para nortear a prática educativa, unir os conhecimentos
e experiências de educadores que têm a concepção de uma educação transformadora que
norteia o ser humano para atingirem seus objetivos de vida, que possam mediar o
conhecimento científico e popular, construindo a personalidade e a dignidade. É com base
nesta filosofia que se reflete a personalidade que se norteia nos pressupostos filosóficos desta
escola.
14.2 Plano de Ação da Equipe Pedagógica Escolar
• Assessorar, coordenar e avaliar a implantação dos planejamentos de ensino e do
Projeto Político Pedagógico.
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• Coordenar grupos de estudos, para contínua capacitação pedagógica.
• Acompanhar o processo de avaliação do aproveitamento nas diferentes áreas do
conhecimento.
• Conhecer a totalidade do processo pedagógico, para orientar e acompanhar o
desempenho docente e discente.
• Levantar junto com professores e famílias, informações sobre alunos que
apresentem problemas específicos, tomando decisões que proporcionem
encaminhamento e/ou atendimento adequado pela escola, família e outras
instituições.
• Elaborar com a equipe docente os planos de recuperação de estudos a serem
proporcionados aos alunos que apresentem dificuldades de aprendizagem.
• Assessorar o processo de seleção de livros didáticos a serem adotados pela escola
e/ou pela rede estadual de ensino.
• Coordenar, em conjunto com a direção da escola, o trabalho de elaboração e/ou
realimentação do planejamento de ensino nas diversas áreas do conhecimento,
conforme o plano curricular.
• Participar de reuniões e cursos convocados pelo NRE e direção da escola.
• Buscar, junto ao NRE, orientações para o encaminhamento do seu trabalho.
• Opinar, emitindo parecer, sobre a participação dos integrantes da equipe docente
em cursos e assessoramentos propostos por outras entidades.
• Coordenar o pré-conselho, conselho de classe, emitir parecer e orientar os
encaminhamentos.
• Levantar dados no trabalho escolar para análise de estudos, visando à melhoria da
qualidade do ensino aprendizagem.
• Estimular os pais para envolverem-se com a aprendizagem do seu filho,
integrando-os na organização escolar.
• Participar em atividades, eventos, cursos, programas em horário extra-escolar,
sempre que convocado ou houver necessidade.
• Registrar em ata o atendimento aos alunos, pais ou responsáveis.
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14.3 Plano de Ação do Laboratório de Biologia
As práticas de laboratório hoje fazem parte da realidade de muitos alunos nas
escolas, algo que há alguns anos não acontecia. Com o passar do tempo, o professor observou
que se ele trouxesse algo novo para mostrar em sala de aula, diferente do conteúdo que estava
trabalhando, os alunos compreenderiam melhor. No entanto, começou-se a observar a
importância de se relacionar à teoria com a prática, pois trabalhando somente com a teoria, os
discentes teriam dificuldades em imaginar as reações que ocorrem, por exemplo: dentro da
célula, tecido ou outro. Já com a prática, eles podem compreender melhor o mecanismo de
funcionamento das mesmas.
No entanto correlacionar teorias e práticas é uma tarefa muitas vezes difícil para o
professor, pois exige tempo hábil para organização, lavagem, desinfecção, esterilização dos
materiais e prepará-los para-se fazer as práticas, sendo que se as mesmas já estiverem prontas
pelos devidos profissionais (assistentes de execução) de laboratório, isso fará com que ocorra
uma melhor aprendizagem do conteúdo proposto, permitindo uma maior integração entre
alunos, tendo um melhor desenvolvimento dos saberes o que permite aguçar a parte cognitiva,
afetiva e psicomotora, alem de estimular a sociedade através das atividades realizadas em
grupos. Pois os saberes estão em todos os lugares, mas é na escola que se ensina os saberes.
Entretanto participa-se das práticas de laboratório os alunos do Ensino
Fundamental: a disciplina de ciências e do Ensino Médio as disciplinas de Biologia, Química
e Física. Tendo em vista que na disciplina de ciências eles participam de práticas como:
normas e segurança de laboratório, conhecimento de vidrarias e equipamentos, fazem o uso de
lupas para visualização e determinação das diferentes espécies de animais e plantas,
diferenciação de células vegetal e animal, identificação de diferentes tipos de parede celular e
tecido tanto animal como vegetal com o auxílio do microscópio. Já na disciplina de Biologia,
os alunos participam de práticas com a finalidade de proporcionar aulas com materiais
específicos para o estudo da anatomia, fisiologia humana, embriologia, reprodução humana,
divisão celular, identificação de tecido animal e vegetal, célula animal e vegetal e tipos de
parede celular com o auxílio do microscópio, funções do DNA E RNA, identificação de
colônias de bactérias. Na disciplina de física, as práticas proporcionam ao aprendiz o estudo
do magnetismo, eletricidade, ótica, ondulatória (ondas) e massa. Contudo as práticas de
química oferecem a oportunidade para que eles possam observar as reações químicas como a
5
de fenômenos físicos e químicos, mudanças de estados físicos, densidade, misturas,
destilação, cromatografia, decantação de líquidos, reações químicas e elementos químicos
utilizando diferentes tipos de materiais.
Sendo assim, faz-se necessário que o profissional de laboratório sensibilize os
usuários sobre as práticas, normas de segurança, desenvolvimento das atividades e cuidados
com manuseio dos materiais.
14.4 Plano de Ação da Biblioteca
A biblioteca do Colégio Estadual Jardim Consolata é denominada Biblioteca Nara
Regina Gaspar em homenagem a uma ex-professora deste estabelecimento de ensino, falecida
em 1987.
Desde o início de suas atividades, a biblioteca objetiva constituir apoio fundamental
aos professores e estudantes.
Ocupa um espaço agradável, proporcionando aos seus usuários um ambiente
adequado para realização de leitura e pesquisa. Possui um acervo composto por livros
didáticos, literários, enciclopédias, dicionários, atlas e três jornais periódicos: Hoje, A Gazeta
do Paraná e O Paraná, os quais deveriam ficar à disposição dos leitores na biblioteca. Os
livros literários são circulantes, isso é, podem ser retirados pelos sócios da biblioteca e
devolvidos num prazo pré-determinado.
Funciona de segunda-feira a sexta-feira, nos três períodos: matutino, vespertino e
noturno.
A biblioteca é de suma importância. Tem por finalidade o embasamento do processo
didático-pedagógico, através da leitura, consulta e pesquisa, contribuindo para a ampliação do
conhecimento dos membros dos corpos discente e docente e funcionários. Amplia o universo
cultural, enriquece o currículo e fortalece a proposta pedagógica da escola. Permite que o
pesquisador encontre subsídios para suas pesquisas. Permite conservar os
conhecimentos transcritos no curso dos séculos, de forma e técnica diversas, através de livros,
revista e jornais. Oferece aos professores oportunidades de aperfeiçoamento profissional no
local de trabalho, na sua hora-atividade. Contempla, também, aos estudantes, que têm acesso
à informação. Se o professor for a única opção de informação, a biblioteca perde o seu
sentido. Ela atua fundamentalmente na área de educação, pois é uma extensão da sala de aula
5
e um apoio pedagógico. Contribui imensamente para a formação do educando. Abre a todos
os docentes - não apenas aos de língua portuguesa e literatura - a oportunidade de
familiarizar-se com seu acervo.
Cabe aos bibliotecários:
• Incentivar os alunos a visitarem e conhecerem os territórios literários, de acordo
com seus gostos, características pessoais e aspirações.
• Orientar o usuário que pesquisa, de forma que localize o material que necessita.
• Executar as rotinas de empréstimo, renovação e devolução, controlando a entrada e
saída de materiais.
• Preservar e organizar materiais e equipamentos existentes, fazendo a supervisão e
controle dos mesmos.
• Organizar e administrar o acervo.
• Atender bem a todos que necessitam da biblioteca.
• Ter seu trabalho em harmonia com a equipe pedagógica e professores.
Conforme explícito no Regimento Escolar também é garantido à biblioteca:
• Ter respeitado o seu local de trabalho, bem como possuir condições necessárias
para realizá-lo a contento.
• Ter autonomia dentro do seu local de trabalho, quanto ao aspecto psicopedagógico.
• Receber o apoio da direção e equipe pedagógica para o bom andamento do
trabalho.
• Ter agendadas com antecedência aulas de pesquisa com o professor e sua turma.
• Ter suas normas respeitadas.
Enfim, a Biblioteca Nara Regina Gaspar está aberta não apenas para emprestar
livros, mas para abrir as possibilidades de acesso à informação e ao conhecimento.
A biblioteca não é apenas um depósito de livros. Se assim o fosse, deixaria de
atender as suas razões existenciais, de estímulo maior no trabalho do espírito, contribuindo à
escalada da inteligência humana.
Luís Milanese disse o seguinte: “Se um dia a humanidade considerar o
desenvolvimento científico uma insensatez, não precisa destruir os laboratórios: basta fechar
as bibliotecas especializadas”.
O acesso livre à informação é um exercício de liberdade que se desdobra
infinitamente. No conhecimento não há nada definitivo. Tudo está para ser reescrito
constantemente.
5
O que não podemos perder é a vontade de melhorar sempre no desempenho das
tarefas e contribuir para que os objetivos da biblioteca sejam alcançados.
É de extrema importância para o funcionário sentir-se reconhecido pelo seu
esforço como pessoa e como profissional. Assim, ele contribuirá cada vez mais para melhorar
o ambiente interno. Trabalhar de forma criativa, determinada, comprometido com o bom
andamento dos serviços, com a equipe e com os resultados, criará um sincronismo que levará
a biblioteca a atingir sucesso em seus projetos.
14.5 Plano de ação do Laboratório de Informática
A tecnologia é uma constante no atual contexto histórico. Assim sendo, a escola,
inserida na sociedade, e como meio que prepara o educando, deve aprender lidar com essa
ferramenta, bem como, auxiliar na interação entre educando e tecnologia.
Assim, o laboratório de informática, foi desenvolvido a partir de políticas
governamentais do estado, o Paraná Digital, que previam a inserção da tecnologia no espaço
escolar. Para tanto, cada instituição de ensino estadual recebeu um laboratório de informática,
televisores multimídias em cada sala de aula, entre outros recursos tecnológicos. Quem atua
no setor são Agentes Educacionais 2, no caso desta escola, um Agente Educacional em cada
período.
A partir desta realidade, no ano de 2006, a escola recebeu vinte e quatro
computadores, oriundos de tal projeto, onde quatro máquinas foram destinadas à secretaria e
as demais para a formação do laboratório.
Somada as políticas estaduais, tem-se também aquelas desenvolvidas pela União, e no
ano de 2009, iniciou-se o processo de instalação de outro laboratório, o PROINFO, onde a
escola recebeu mais dezoito computadores, sendo que dezesseis foram destinados ao ao
laboratório de informática, com o objetivo de incentivar a pesquisa entre educadores e
educadandos.
Diante do exposto, apresenta-se o laboratório de informática desta escola, como
espaço destinado ao uso de computadores, tanto por educadores quanto educandos, cuja meta
é aproximar a tecnologia do espaço educativo, usando-na como ferramenta no cumprimento
das metas propostas da escola no que tange à educação.
5
O laboratório de informática tem seu horário de funcionamento consoante ao da
escola, oferecendo espaço para que o professor ministre aulas, mediante prévio agendamento
(no mínimo dois dias) e não tomando mais do que três aulas por período, possibilitando no
intervalo dessas aulas a pesquisa em contraturno e por professores na preparação de suas
aulas.
Os alunos do contraturno, deverão anotar nome completo, série e o horário em que
entraram para pesquisa, e ao sair, também deverão anotar o horário, tudo isso em livro
específico para tal finalidade.
Ressalta-se que outros recursos tecnológicos, como rádio, multimídia e aparelhos e
DVD fazem parte dos equipamentos disponíveis no laboratório, para uso dos educadores. No
entanto, o uso de multimídia é feito mediante prévio agendamento. O educador deve retirar o
material pessoalmente ou enviar educando munido de crachá de identificação do professor, ou
lembrete escrito e assinado pelo mesmo, ficando sob responsabilidade do educador a
devolução do material no setor.
No caso das mídias de DVDs, estas podem ser emprestadas pelos educadores, ficando
estes responsáveis pelos materiais e pela devolução dos mesmos ao setor em data estipulada
pelo agente educacional que atua no setor.
Não será permitida a permanência de alunos que se encontram em horário de aula,
salvo situações em que seja evidente a necessidade e com autorização do professor e/ou
equipe.
É no laboratório que se realiza a impressão das avaliações, onde o professor deverá
encaminhar por e-mail ou trazer em mídia compatível aos equipamentos, os arquivos que
aplicará aos educandos, nesse caso, a solicitação (envio ou entrega do arquivo) deverá ser
feita com no mínimo dois dias de antecedência.
Desta forma, o laboratório de informática auxilia na formação do educando, seja no
âmbito de contribuir no aprofundamento dos conteúdos em sala de aula, seja na formação do
aluno como pessoa por meio das relações sociais estabelecidas no ambiente, bem como, o
zelo pelo mesmo.
5
14.6 Plano de Ação dos Agentes Educacionais
O Serviço Administrativo tem como função principal, apoiar os atos da direção e
Equipe Pedagógica, atendendo às necessidades dos professores, alunos e outros
colaboradores, a fim de que toda ação obtenha êxito.
O primeiro contato comunidade-escola se dá por intermédio deste setor, por isso, a
importância de que todos sejam bem recebidos, de saber ouvir aqueles que da escola
precisam. Quanto melhor é a impressão inicial que a comunidade tem, tanto melhor será o
relacionamento entre estes.
Historicamente, a função administrativa surgiu com os Jesuítas, onde os menos
“capacitados” trabalhavam para a manutenção das classes (salas de aula), em troca de
alimentação para si. Hoje, temos o suprimento destes cargos via concurso público, o que
significa de certa maneira avanço para a classe. Visto que para a aprovação em concurso
público há necessidade de certo preparo, a escola fica melhor subsidiada. Mesmo com estes
avanços, sempre há o que se melhorar, para a satisfação de toda a comunidade. Neste sentido,
espera-se a compreensão dos órgãos governamentais, para que haja oferta de capacitação,
direcionada a este melhor atendimento. Entende-se que quanto maior o grau de satisfação, em
relação ao primeiro contato, menor o número de problemas a serem enfrentados pelos órgãos
superiores.
14.7 Plano de Ação Do Conselho Escolar
O Conselho Escolar do Colégio Estadual Jardim Consolata-Ensino Fundamental e
Médio, sito à Rua Adoniran Barbosa, nº 620, Jardim Consolata Cascavel – Paraná reger-se
por estatuto próprio dispositivos legais que lhe forem aplicáveis.
O Conselho Escolar e um órgão colegiado de natureza deliberativa, consultiva e
fiscal, não tendo caráter político-partidário, religioso, racial e nem lucrativo, não sendo
remunerados seus Dirigentes e/ou Conselheiros.
O Conselho Escolar tem por finalidade efetivar a gestão escolar, na forma de
colegiado, promovendo a articulação entre os segmentos da comunidade escolar e os setores
da Escola, constituindo - se como órgão auxiliar da direção do Estabelecimento de Ensino.
5
Sendo ele constituído pelos membros do magistério, alunos e funcionários pais ou
responsáveis pelos alunos e funcionários que protagonizam a ação educativa na escola.
A atuação e representação de qualquer dos integrantes do Conselho Escolar visará o
interesse maior dos alunos, inspirados nas finalidades e objetivos da educação pública, para
assegurar o cumprimento da função da Escola, que é ensinar.
A ação do Conselho Escolar deverá ser articulada com a ação dos profissionais que
atuam na escola, preservando a especificidade de cada área de atuação.
A autonomia do Conselho Escolar será exercida com base nos seguintes
compromissos:
• A legislação em vigor;
• A democratização da gestão escolar;
• As oportunidades de acesso, permanência e qualidade de ensino na escola publica
de todos que a ela têm direito.
14.8 Plano de Ação da APMF - Associação de Pais, Mestres e Funcionários.
Associação de Pais, Mestres e Funcionários - pessoa jurídica de direito privado, é um
órgão de representação dos pais e profissionais do estabelecimento, não tendo caráter político
partidário, religioso, racial e nem fins lucrativos, não sendo remunerados os seus Dirigentes e
Conselheiros, sendo constituído por prazo indeterminado. Tendo como objetivos:
• Discutir, no seu âmbito de ação, sobre ações de assistência ao educando, de
aprimoramento do ensino e integração família-escola-comunidade, enviando
sugestões em consonância com a proposta pedagógica, para apreciação do
Conselho escolar e equipe - pedagógica-administrativa.
• Prestar assistência aos educandos, professores e funcionários, assegurando - lhes
melhores condições de eficiência escolar, em consonância com a Proposta
Pedagógica do Estabelecimento de Ensino.
• Buscar a integração dos segmentos da sociedade organizada, no contexto escolar,
discutindo a política educacional, visando sempre a realidade dessa comunidade.
6
• Promover o entrosamento entre pais, alunos, professores e funcionários e toda a
comunidade, através de atividades socioeducativas e culturais e desportiva, ouvindo
o Conselho Escolar.
• Representar os reais interesses da comunidade escolar, contribuindo dessa forma,
para a melhoria da qualidade de ensino, visando uma escola publica, gratuita e
universal.
• Gerir e administrar os recursos financeiros próprios e os que lhe s forem repassados
através de convênios, de acordo com as prioridades estabelecidas em reunião
conjunta com o Conselho Escolar, com registro em livro de ata.
• Colaborar com a manutenção e conservando do prédio escolar e suas instalações,
conscientizando sempre a comunidade sobre a importância desta ação.
A Associação de Pais, Mestres e Funcionários e um órgão formado não somente por
pais, mas também com a participação de toda a comunidade escolar, onde aqueles evolvidos
no processo são igualmente responsáveis pelo sucesso da Educação da Escola Publica que
objetiva dar apoio a Direção de escolas, primando pelo entrosamento entre pais, alunos,
professores, funcionários e toda a comunidade, com as atividades sócio-educativa, culturais e
desportivas.
Uma de suas grandes responsabilidades é discutir, colaborar e participar das decisões
coletivas sobre as ações da equipe pedagógica - administrativa e do Conselho Escolar,
visando a assistência ao educando, o aprimoramento do ensino e a integração família-escola-
comunidade.
Com a atualização do Estado garante-se uma participação mais efetiva da
comunidade escolar, também com a integração dos funcionários dos estabelecimentos de
ensino. O objetivo é contribuir com a representatividade de interesses e melhorar a qualidade
do ensino, garantindo uma escola publica gratuita e universal.
14.9 Plano de Ação do Grêmio Estudantil
O Grêmio atua de forma independente da diretoria, Conselho de Escola e APMF,
ou seja, tem autonomia para elaborar propostas, organizar e sugerir atividades para a escola.
Para realizá-las, no entanto, deverá contar com autorização da direção ou Conselho da Escola,
6
pois as propostas deverão ser sempre discutidas e agendadas. É direito dos estudantes
participar da organização do calendário e das atividades que serão realizadas na escola.
Quanto aos partidos políticos, eles fazem parte da nossa vida política e atuam nos
movimentos sociais e estudantis, mas o Grêmio deve procurar agir sempre com independência
e autonomia, respeitando a pluralidade dos alunos que representa. Cada estudante pode ter sua
preferência político-partidária, assim como militar em favor dela, no entanto, ela não é
condição necessária para a participação no grêmio estudantil.
14.10 Sistema de Avaliação do Estabelecimento de Ensino
Em tempos de crise de valores sociais, morais e éticos, temos cada vez mais a
ansiedade dos educadores devido a necessidade de qualificação frente à fertilidade virtual-
tecnológica que o educando tem ao seu alcance fora da escola, via o mundo da mídia, via
internet, no processo informatizado da sociedade globalizada da comunicação. Diante disso,
refletir e construir uma escola é, essencialmente colocar em prática uma concepção política e
pedagógica que esteja alicerçada numa visão de sociedade que tem como desafio responder
aos novos paradigmas educacionais, as definições das especificidades da organização escolar
como construtora da cidadania e dos saberes que a norteiam na dimensão da qualidade
desejada na educação.
Cabe à escola, um repensar coletivo que envolva a comunidade escolar, para a
melhoria da qualidade da educação. Elaborando como objetivo prioritário, em sua proposta
pedagógica, uma forma de diagnosticar os problemas provenientes do processo de
aprendizagem, assim como um plano de ação para se atingir esse objetivo. A avaliação
escolar é, sem dúvida, de suma importância, uma vez que é potencialmente o instrumento a
ser usado na construção ou no pleno desenvolvimento do modelo de atuação escolar. Se
conduzida com caráter reflexivo serve para identificar as dificuldades apresentadas pelos
alunos, no decorrer do período letivo e não apenas para a finalização do processo ensino
aprendizagem, pois, a maneira como uma escola avalia é o reflexo da educação que ela
valoriza.
A escola precisa trabalhar de modo interativo, com outras instituições sociais e,
assim cumprir seu papel social de construção e democratização do conhecimento. Deve-se
também conectar numa atuação que exige uma qualificação técnico-tecnológica, científica,
6
artística e ética, frente ao mundo global e a educação. Segundo Vasconcelos (1994, P 46) “o
conhecimento não tem sentido em si mesmo: deve ajudar a compreender o mundo, para nele
intervir. Assim sendo, compreendemos que a principal finalidade da avaliação no processo
escolar é ajudar a garantir a construção do conhecimento”.
A concepção de avaliação está interligada a uma apreciação qualitativa sobre
dados relevantes do processo de ensino aprendizagem que auxilia o processo a tomar decisões
sobre o seu trabalho abrangendo a organização escolar como um todo: as relações internas à
escola, o trabalho docente, a organização do ensino e, ainda, a relação com a sociedade.
A avaliação é um exercício mental que permite a análise, o conhecimento e o
diagnóstico e um objetivo. Avaliar é um processo de autoconhecimento e, também, de
conhecimento da realidade. É um processo de análise, recreação e ressignificação que fazem
parte dessa realidade preparando o educando a enfrentar as exigências da sociedade.
Observamos que muitas vezes existe uma visão reduzida e equivocada do
processo de avaliação, já que a nota, produto concreto dessa verificação, reflete apenas o
resultado do desempenho cognitivo do aluno, e nunca o processo educativo que o levou a tal
resultado.
O termo avaliar tem sido constantemente associado a expressões como: fazer
prova , exame, atribuir notas, repetir ou passar de ano. Esta associação, tão freqüente em
nossas escolas é resultante de uma concepção pedagógica arcaica, porém tradicionalmente
dominante. Nela a educação é concebida como mera transmissão e memorização de
informações prontas e o aluno é visto como um ser passivo e receptivo e visa apenas o
controle formal, com o objetivo classificatório e não educativo.
Se nos propusermos a conceber a avaliação, dentro de um processo onde educar é
formar e aprender a construir o próprio saber estaremos contemplando dimensões que não a
reduzem a simples atribuição de notas. Se o ato de ensinar e aprender, consiste na realização,
em mudanças e aquisições e comportamentos cognitivos, afetivos e sociais, o ato de avaliar
consiste em verificar se eles estão sendo realmente atingidos e em que grau se dá essa
consecução, para ajudar o aluno a avançar na aprendizagem e na construção do seu saber.
Nessa perspectiva, a avaliação assume um sentido orientador e cooperativo, considerando a
relação mútua entre os aspectos quantitativos e qualitativos.
As práticas da avaliação são definidas pelas concepções de mundo dos
profissionais envolvidos no processo, ou seja, a definição dos instrumentos de avaliação é
determinada pelas idéias e modelos da realidade do sistema em que o profissional atua. Nesse
sentido o trabalho docente deve ser conduzido de forma que a avaliação lhe apresente um
6
diagnóstico dos avanços e dificuldades dos alunos, indicando o replanejamento de suas
atividades e o aperfeiçoamento de sua prática pedagógica.
E nesse sentido é importante reconhecer a necessidade de verificar o
conhecimento prévio do aluno, e a partir daí planejar seus conteúdos e detectar o que ele
aprendeu em anos anteriores, bem como identificar as dificuldades de aprendizagem e
caracterizar as suas possíveis causas.
O professor também deve estabelecer ao iniciar o ano letivo, os conhecimentos
que seus alunos devem adquirir e as atitudes a serem desenvolvidas. Esses conhecimentos
devem ser constantemente avaliados durante a realização das atividades, fornecendo
informações tanto para o professor como para o aluno sobre o que já foi assimilado e o que
ainda precisa ser dominado. Caso o aluno não consiga atingir as metas propostas, cabe ao
professor analisar o processo desenvolvido em termos de ensino aprendizagem e reorganizar
novas situações de aprendizagem, para dar a todos condições de êxito, ficando atento aos
aspectos afetivos e culturais do educando e não só cognitivos.
A avaliação deve fazer parte de um processo dialógico, interativo, que visa fazer
do indivíduo um ser melhor, mais crítico, mais criativo, mais autônomo, mais participativo,
mas que também irá diagnosticar, e favorecer o desenvolvimento integral do aluno. No
procedimento de avaliação devem-se considerar testes organizados pelo professor, coleção de
produtos de trabalhos do aluno, registros dos resultados de observações e discussões,
comentários, entrevistas, análise da escrita, entre tantas outras estratégias a serem empregadas
de acordo com o momento, pois a avaliação será um ato subsidiário da prática pedagógica,
com vistas a obtenção de resultados, os mais satisfatórios possíveis diante do caminho de
desenvolvimento de cada educando.
O aluno é estimulado a trabalhar de forma produtiva quando percebe que há uma
finalidade na proposta do professor, onde os seus resultados e que seu desempenho é
comparado com ele próprio e que seus progressos e dificuldades são vistos a partir de seu
próprio padrão de desempenho, necessidades e possibilidades. Conforme Hoffmann (1998, p
09), uma ação mediadora promove um processo interativo dialógico, existente enquanto
relação humana, confluência de idéias e vivências.
Toda e qualquer produção por parte dos alunos deve ser significativa, uma vez
que reflete um determinado estágio de desenvolvimento dos conhecimentos, ou seja, sua
bagagem biopsicosociológica, e a partir daí, poderá, sim trabalhar, dando-lhe subsídios para o
desenvolvimento, sustentado-o a assimilação pessoal desses subsídios para sua trajetória
existencial desde que haja entendimento por parte do professor de como o aluno elaborou
6
determinadas respostas e/ou soluções, para definir então, quais intervenções e atividades
coletivas e/ou individuais deverão ser realizadas visando dar continuidade ao processo de
desenvolvimento.
É fundamental que se tenha uma visão sobre o aluno como um ser social e
político, capaz de atos e fatos, datado de e em conformidade com o senso crítico, sujeito de
seu próprio desenvolvimento. Somente uma avaliação levada a termo de forma adequada, é
capaz de favorecer o desenvolvimento crítico pleno ou a construção perfeita da autonomia do
educando para a vida. A avaliação do ponto de vista crítico da classe trabalhadora. Portanto
deve ser democrática e deve favorecer o desenvolvimento da capacidade do aluno de
apropriar-se de conhecimentos científico, sociais e tecnológicos produzidos historicamente.
É importante ressaltarmos também que o ato de avaliar não se restringe apenas a
figura do aluno, uma vez que todos os segmentos da escola devem ser avaliados. Portanto
estaremos em alguns momentos reunindo professores, alunos, equipe pedagógica e
administrativa, funcionários, APMF, Grêmio Estudantil e demais instâncias da comunidade
escolar, com o intuito de “uns avaliarem aos outros”, através da exposição de opiniões e
sugestões que contemplem a análise do trabalho desenvolvido pelos segmentos. Estaremos
também convocando representantes de todos os segmentos da escola para a elaboração de um
questionário, semelhante ao que é usado na Avaliação Institucional (caderno SEED), para
posteriormente ser aplicado a todo conjunto que integra a escola.
Acreditamos, assim, que a avaliação é um processo que deve ser estendido a todos
os setores da escola, e conforme o conceito emitido por SANT’ANNA (1995, p.07) “ a
avaliação escolar é o termômetro que permite avaliar o estado em que se encontram os
elementos envolvidos no contexto. Ela tem um papel altamente significativo na educação,
tanto que nos arriscamos a dizer que a avaliação é a alma do processo educacional” .
Salientamos ainda, que nesta instituição de ensino, as avaliações serão registradas
de forma somatória ou percentual, e a verificação do rendimento escolar, será feita a cada
bimestre, onde pais e alunos terão acesso às “médias” através da retirada de boletins
escolares.
Para nortear o trabalho pedagógico foi elaborada a Instrução Normativa 02/2010
do Colégio Estadual Jardim Consolata, cujo objetivo é estabelecer as normas para realização
das avaliações/recuperações e registro destas no livro registro de classe, também para
estabelecer o número mínimo de instrumentos avaliativos e facilitar a compreensão de como
se processa a avaliação das mesmas. A referida instrução reza o seguinte:
6
INSTRUÇÃO Nº 02/2010
Estabelece as normas para a realização das
avaliações/recuperações e registro destas no diário de
classe.
A direção, os pedagogos deste estabelecimento de ensino, no uso de suas atribuições e:
Considerando atender aos anseios dos professores manifestada na Semana Pedagógica 2010 e
Reunião Pedagógica de 27/02/2010 quanto ao processo de avaliação;
Considerando orientar a comunidade escolar quanto à alteração no processo de avaliação e
recuperação de conteúdos/estudos como forma de experimentação e posterior regulamentação no Regimento
Escolar;
Considerando aproximar a prática da avaliação à teoria legislada sobre o assunto, expões e instrui
o que segue:
• Os registros das avaliações e recuperações devem constituir a perfeita escrituração da vida
escolar do aluno e garantir a qualquer tempo, a integridade e a compreensão das informações.
• No decorrer do bimestre, o professor dará para o aluno no mínimo três (03) avaliações, sendo
pelo menos uma prova escrita com valores e instrumentos diversos, totalizando o valor de
(zero vírgula zero) 0,0 a (dez vírgula zero) 10,0.
• Após cada avaliação, o aluno terá direito à recuperação de conteúdos/estudos. Nela, o
professor irá indicar/rever para o aluno com aproveitamento insuficiente, a área de estudos e
os conteúdos da disciplina.
1. Na recuperação de conteúdos/estudos, antes do final do bimestre, o professor deverá
fazer uma síntese no quadro para a turma;
2. Cabe ao professor determinar ao aluno que registre em seu caderno os conteúdos/estudos
sintetizados no quadro;
3. A recuperação citada acima, preferencialmente deverá ocorrer após cada avaliação e
correção da mesma.
4. Ao término das três, ou mais avaliações no decorrer do bimestre, o professor deverá
fazer a somatória, conforme item 6.2;
• Não há registro específico da obrigatoriedade da recuperação de notas, mas fica óbvio que
como consequência da recuperação de conteúdos/estudos, a forma de aferir/verificar se
houve apreensão dos conteúdos considerados insuficientes pelo aluno, será através de
“prova”, uma outra avaliação que se traduzirá em notas, uma vez que o sistema de ensino
assim determina. Caso contrário, o aluno mesmo com a recuperação de conteúdos/estudos,
continuará com nota baixa, traduzido em baixo rendimento escolar/aprendizagem abaixo dos
parâmetros estabelecidos pela escola/colégio e pelo sistema.
• No final do bimestre, o professor fará uma recuperação de notas, que terá o valor de 0,0 a
10,0 (zero vírgula zero) a (dez vírgula zero), utilizando-se de uma prova individual. Para isso,
o mesmo recorrerá aos conteúdos indicados para o aluno no momento em que deu a
6
recuperação de conteúdos/estudos, (síntese de conteúdo do quadro) dado pelo professor(a);
conforme 3.1, 3.2, 3.3.
1. Após a recuperação de notas no final do bimestre prevalecerá a maior nota.
• No livro de chamada:
1. No espaço conteúdo registrar:
• As avaliações e recuperações de conteúdos/estudos
• Ex.: 25/02/2010 – AV1 – prova individual sobre as principais teorias favoráveis ao
Absolutismo.
02/03/2010 – recuperação de conteúdo/estudo – principais teorias
favoráveis ao Absolutismo. E assim, sucessivamente na AV2, AV3...
Observe o exemplo abaixo:
CONTEÚDO
PERIODICIDADE: 1º
ÉPOCA: 03/02/10 A 22/04/10
Data Fevereiro Rubrica
3 Formação Continuada
4 Formação Continuada
5 Formação Continuada
9 Apresentação da disciplina, do professor, e do sistema de avaliação ...
10 O Absolutismo e a situação na Europa
11 A formação do Absolutismo Inglês
18 A era da dinastia Tudor
23 Teóricos do Absolutismo
24 O domínio Absoluto dos reis
25 AV 1 – Prova individual sobre as principais teorias Favoráveis ao Absolutismo
Março
02 Recuperação/revisão dos principais tópicos Relacionados ao Absolutismo
2. No espaço avaliação registrar:
• O dia do mês, o número da avaliação e o valor desta.
• Observe o exemplo abaixo:
AVALIAÇÃOAnotações de avaliações e recuperação realizadas ao longo do período (provas, trabalhos, atividades, etc)
Nº22/02Av1
Valor3,0
08/03Av2
Valor4,0
05/04Av3
Valor3,0
Somatória 19/04/10Rec. Bim
10,0Nº Faltas Média
6
1 1,6 2,9 2,5 7,0 9,5 1 0 9,52 23 3
3. No espaço das observações, registrar: A recuperação ocorre de forma paralela durante o
bimestre, conforme Regimento Interno e Instrução nº.02/2010 do Colégio Estadual
Jardim Consolata.
• Esta instrução estará à disposição de qualquer membro da comunidade escolar para consulta e
solicitação de esclarecimento, sendo que cada professor (a) receberá uma cópia.
• Segue em anexo um documento de apoio, (legislação e bibliografia de referência).
• Qualquer dúvida, procurar a direção e as pedagogas.
• Fica revogada a instrução nº01/2010 de 11/03/10 do Colégio Est. Jardim Consolata E.F.M –
Cascavel.
Direção e Equipe Pedagógica
Cascavel, 14 de setembro de 2010
14.11 Conselho de Classe
No que tange ao Conselho de Classe, percebemos que nossa escola ainda traz em seu
bojo resquícios de trabalho fragmentado, porém, podemos afirmar que avançamos
significativamente nos últimos anos e estamos buscando, continuamente, atingir a meta por
nós estabelecida que é a plena efetivação do Conselho de Classe Participativo.
Já alcançamos resultados em relação aos encaminhamentos tomados a partir do que
se decide nesses encontros, especialmente na perspectiva de discutir diagnósticos e
proposições levantadas no Pré-conselho, estabelecendo comparações entre resultados
anteriores e atuais, entre níveis de aprendizagem diferentes nas turmas e não entre alunos.
Outro ponto importante no qual avançamos é o Pós-conselho, momento de chamar alunos
para motivá-los, alertá-los, parabenizá-los, auxiliá-los, propor trabalhos extras, conforme as
necessidades de cada um.
Uma questão problemática que tem gerado muitas discussões reside no alto índice de
aprovados por conselho. Em 2008 tivemos um índice de aprovados por conselho de classe em
torno de 40% dos alunos. Em função desse alto índice, no ano de 2009, em vários momentos
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levantamos muitos questionamentos sobre esse resultado e convidamos os educadores da
nossa comunidade escolar a refletir sobre o assunto, com a finalidade de diminuir tal
percentual, não apenas sob o enfoque numeral, mas com vistas a forma com que os educandos
estavam se apropriando dos conhecimentos e conteúdos trabalhados no cotidiano escolar.
Preocupamo-nos com práticas que ainda reforçam o fracasso escolar através da
reprovação, sem visualizar, no entanto, que quando reprovamos um aluno, estamos também
reprovando o nosso trabalho, salvo algumas exceções. E por isso banimos de nossa prática o
conselho de classe tradicional que parecia ser um encontro informal no qual os educadores se
reuniam para “falar mal dos alunos” e de questões sobre os mais diferentes assuntos, sendo
que em último plano aparecia o tema de ordem principal que é a aprendizagem.
Atualmente, com diretores adeptos da gestão democrática e sempre abertos à plena
participação da comunidade nos assuntos concernentes à escola, e também pelo fato de termos
pedagogas efetivas via concurso público, essa realidade tem mudado ano após ano,
justamente pelo motivo de termos equipe constituída por profissionais habilitadas e que
dominam a problemática em torno do assunto ensino-aprendizagem, mesmo que com alguns
equívocos cometidos no decorrer da caminhada.
O fato é que estamos buscando aprender dia após dia, procurando refletir sobre as
decisões tomadas e os encaminhamentos apontados, via pré-conselho, conselho e pós-
conselho de classe com o intuito de sanar as muitas deficiências que temos quando se trata de
decidir sobre a vida de nossos alunos no que diz respeito a prosseguir sua caminhada através
da aprovação ou ser retido e mais uma vez digerir amargamente o seu fracasso escolar, que
será também o nosso de certa forma.
Dentre os assuntos mais discutidos no âmbito escolar, evidencia-se o Conselho de
Classe: Como ele ocorre, qual a função, o que fazer antes e depois, quando fazer. Porém,
percebe-se que quando está em pauta o Conselho de Classe Participativo, o entusiasmo pela
discussão diminui. Por que será?
O Conselho de Classe tradicional sempre acaba sendo uma reunião com a equipe
pedagógica, direção, professores e secretária da escola para tratar do comportamento dos
alunos, da indisciplina, mostrar a indignação pelos que não fazem as tarefas, não trazem os
livros, os que faltam demais e quando comparecem, não querem saber de nada, que é preciso
chamar os pais, dar “um susto” e outras situações do gênero. O que somente legitima o
fracasso do evento e por conseguinte, dos alunos e dos profissionais da educação enquanto
mediadores da aprendizagem.
6
Nesta forma de Conselho de Classe, tudo já está posto antes mesmo do encontro, ou
seja, as notas já estão decididas, o aluno já foi avaliado, os critérios (se existirem), foi o
professor quem estabeleceu sem comunicar aos interessados quais são, e cada professor da
turma joga suas angústias e seu aborrecimento com os alunos na pauta, enfim, o Conselho de
Classe acaba sendo um “tribunal da inquisição” e o veredicto será sempre: condenado! E o
pior, o réu nem está presente! Sim, uma vez que neste tipo de conselho aluno não entra, pois
“pode escutar demais e sair falando coisas que não foram ditas”!
Perguntar se nos dias atuais isto ainda ocorre é redundante. Sabemos que sim, porém
temos consciência de que isto pode e deve ser mudado. Então passamos a discutir o Conselho
de Classe Participativo, o que não é tarefa cômoda, uma vez que está exigindo mudança de
postura, mais trabalho, romper com o velho, rever teorias e práticas estabelecidas há muito
tempo e dadas como verdades absolutas e isto não é nada fácil.
Dada a necessidade de avançar na discussão acerca do Conselho de Classe
Participativo, temos a avaliação como foco do trabalho pedagógico. E o conselho de classe
serve a esse propósito pois é um instrumento para repensar a avaliação dos alunos, dos
professores, dos pedagogos, direção, funcionários com a participação efetiva de todos os
segmentos da escola.
O conselho de classe participativo deve ser espaço que oportunize rever e reorganizar
a prática pedagógica, as metodologias, os recursos didáticos para facilitar o ensino e a
aprendizagem objetivando favorecer uma avaliação mais completa do aluno e do próprio
trabalho docente.
Para que possamos avançar neste sentido, é mister repensarmos o modo como vem
sendo organizado o conselho de classe e como estamos registrando o mesmo. É fato que
nunca perdemos de vista a discussão sobre como implementar um conselho de classe
participativo, conforme algumas escolas já vem fazendo. Estamos numa constante busca sobre
como organizar o trabalho pedagógico de acordo com as suas finalidades.
Deste modo, na prática, efetuamos o pré-conselho de classe/conselho de classe/pós-
conselho de classe, o que, para nós, é um grande avanço. No período noturno, há muito tempo
os alunos participam do conselho de classe, nos outros períodos, iniciamos neste ano com as
turmas do Ensino Médio com ótimos resultados, pois percebemos que isto abre uma gama
enorme de possibilidades de avanço, pois acabamos “expondo” o aluno e antes, ao querer
“preservá-lo”, estávamos tolhendo o seu direito de “réplica, de defesa” e ele não percebia o
seu ato falho. Porém, quando chamado a responder pelos seus atos, torna a sua
responsabilidade de melhorar enquanto aluno muito maior, uma vez que a “história foi
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publicada e está nas bancas!” Esta é a grande virtude do CCP, ele não pode negar, fingir que
não foi comunicado que não está sendo bom aluno.
Para os docentes, o Conselho de Classe Participativo também é um ótimo exercício
de avaliação do seu desempenho junto aos alunos que podem expor no ato do conselho suas
dúvidas, angústias e o que pensam da disciplina e quais as suas expectativas em relação a ela.
O que precisamos entender é que todos, devemos estar juntos neste processo: escola,
pais, educadores, propondo ações, compreendendo cada um o seu papel para juntos
fortalecermos a ação pedagógica. Estamos gradativamente caminhando para tal, ao
compreender que todos têm direito de participar do evento, não somente como expectador
mas como parte integrante do processo.
Temos observado em nossas discussões que a participação efetiva que pretendemos
não será algo “rápido e indolor”, deverá ser uma construção contínua e, para 2011
pretendemos ampliar as discussões sobre o assunto que se apresenta como uma necessidade e
uma boa possibilidade de interagirmos com os pais, com os alunos, professores, direção com
o objetivo de juntos estabelecermos critérios claros para a avaliação tanto dos sujeitos quanto
dos processos educativos para que a escola atinja sua meta primordial que é auxiliar os alunos
em sua busca e apreensão do conhecimento formal para que possam, com tranqüilidade e
sabedoria agir no mundo, na sociedade, com condições de transformá-la, estando preparados,
conforme a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, LDBEN 9394/96, em seu Artigo
2º, através de seu pleno desenvolvimento, para o exercício da cidadania e sua qualificação
para o trabalho.
Sendo assim, propomo-nos a levar adiante a discussão sobre o tema, abordando-o
sempre que houver uma oportunidade, seja em reuniões pedagógicas, reuniões para entrega de
boletins, conversas com as turmas, conversas informais, pois temos convicção de que para
muitos membros de nossa comunidade escolar, conselho de classe e avaliação ainda são
coisas decididas por poucos dentro da escola e este modo de pensar precisa e deve mudar.
14.12 Enfrentamento à Evasão Escolar
Podemos afirmar que a evasão escolar é combatida exaustivamente em nossa escola,
e com o objetivo de auxiliar e facilitar, não somente o “resgate” de alunos mas também
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prevenir e evitar a ausência deles na escola. Achamos por bem organizar este tópico, tendo em
vista a necessidade de documentar as ações, reflexões, implicações, responsabilidades que a
comunidade escolar tem com os alunos e a preocupação em garantir o seu acesso e
permanência na escola.
Para tal, neste processo de inserção do item, Evasão Escolar no PPP, nos pautamos,
em documentos com bases na Constituição Federal de 1988; a Lei de Diretrizes e Bases Para
a Educação Nacional (Lei 9394/96); o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90)
que tratam do acesso e permanência dos alunos nas escolas e buscaremos estabelecer critérios
que possam, de alguma forma, auxiliar no enfrentamento à evasão escolar pois todos
concordamos que lugar de crianças e adolescentes é na escola.
Enquanto parte integrante da comunidade escolar temos uma grande preocupação
em avançar na organização do trabalho pedagógico da escola, porém encontramos à nossa
frente um entrave que, por vezes faz “desmoronar” o processo educativo que tão
cuidadosamente tentamos construir. Este famigerado monstro chama-se Evasão escolar! Por
que ela ocorre? O que fazer para bani-la do nosso contexto? Existem culpados pela evasão?
Quem são?
São perguntas que insistentemente nos fazemos e nem sempre ou quase sempre não
encontramos respostas, uma vez que não é algo isolado, vem sempre acompanhada de uma
série de fatores.
Ao rever a função principal da escola, observamos que é a transmissão do
conhecimento científico, de modo sistematizado, que ajude o aluno a compreender a
sociedade historicamente construída e entender-se parte da mesma, com a possibilidade de
melhora em sua qualidade de vida. É no processo de ensino e aprendizagem que o aluno
recebe conhecimentos que podem lhe servir de acesso a uma cultura geral para sua formação
como cidadão, sujeito da sua história.
No entanto, para que este processo ocorra, o aluno deve ter claro que a escola é um
lugar de trabalho, de estudo, de busca de conhecimento e não de lazer (no sentido de somente
brincar). Logo, estudar exige disciplina, vontade, seriedade, compromisso consigo mesmo e
com a escola.
Infelizmente muitos alunos não a entendem desta forma e o que é pior, com o
consentimento dos pais evadem-se da escola. Este pode ser um dos motivos da evasão escolar.
Cabe ressaltar que há inúmeras razões para evasão escolar. Cada família, cada aluno, cada
situação é um caso e deve ser cuidadosamente investigado.
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Em nosso colégio, no cotidiano escolar buscamos ao longo dos bimestres conversar
sempre que necessário e também como forma de prevenção ao abandono escolar, com os
alunos que não estão atingindo a média estabelecida nas disciplinas (6,0) para tentar
descobrir quais são as suas dificuldades; que situações ocorreram para que não conseguisse
apreender os conteúdos; o porquê das faltas desnecessárias; se gazeou aulas, enfim, fazemos
uma investigação em sua vida escolar, tendo por base os dados fornecidos pelos professores,
pelo aluno, pelos colegas e pelos pais, peça importante no processo.
Estas medidas são tomadas para que não ocorra lá no final do 3º bimestre, por
exemplo, de o aluno (e pais também) pensar ou dizer: -“ Já estou reprovado mesmo, então
vou desistir”. Percebemos esta situação – a desmotivação - como uma das principais causas da
evasão, apesar de nosso constante trabalho de “buscas e salvamentos”, ligações para casa, até
para o trabalho dos pais, mesmo sabendo não ser apropriado; bilhetes, contatos com parentes,
conversas esclarecedoras com os pais, e em situações mais graves, encaminhamentos para o
Conselho Tutelar quando percebemos a negligência da família no caso.
Dentre as pessoas com as quais contamos para evitar a evasão escolar, muitas vezes,
infelizmente, podem estar também as pessoas que facilitam a evasão. É um movimento
contraditório, mas que às vezes existe. Por que pensamos assim?
Existem pais menos esclarecidos ou nem tanto, que fazem vistas grossas para as
inúmeras faltas dos filhos pois não querem brigas, ou estão trabalhando em horários
diferenciados para dar-lhes o sustento e vão... deixando como está “o menino não gosta
mesmo de estudar, ele quer é trabalhar”. Mas desde quando adolescente deve deixar de
estudar para trabalhar?
Para alguns profissionais da educação, descomprometidos com a sua profissão,
quando o aluno dá muitos problemas, perturba suas aulas, briga com os colegas, é
indisciplinado, desinteressado, é melhor que não compareça, assim, não causa transtornos na
sala de aula. Então, quando o aluno começa a faltar (pois já não vê motivos para ficar), ao
invés de comunicar a escola, fica quieto, pois “as aulas estão indo que é uma beleza sem o
fulano!”
Os alunos por sua vez, nem sempre percebem a importância dos estudos, até porque,
estudar não é fácil, dá trabalho, exige atenção, desprendimento, até sacrifícios, e muitas vezes
precisam ajudar os pais no sustento da família, alguns moram com amigos e devem ajudar nas
despesas, outros moram com avós e nem sempre recebem o apoio necessário para estudar.
Apesar das leis que asseguram o direito a escolaridade e que proíbem o adolescente
de trabalhar, sabemos que muitos alunos trabalham de forma casual, fazendo “bicos”,
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trabalhando em oficinas de fundos de quintal, na mecânica do vizinho e assim por diante,
quase sempre com o aval da família que recebe de bom grado o parco “salário” do filho para
ajudar nas despesas de casa. Há também o lado “divertido” de ficar fora da escola para filhos
de pais pouco interessados em sua educação que são o futebol no campinho, o baseado
passado de mão em mão nos terrenos baldios, a internet na lan house, o namoro clandestino
na casa das meninas enquanto os pais estão trabalhando e outras situações que contribuem
para a evasão.
É um círculo vicioso que “apaga” na cabeça do aluno a vontade de estudar e que
nós, enquanto educadores, não damos conta de resolver. Não sabemos e às vezes, achamos
conveniente não saber a “reacender” no aluno o interesse pelos estudos.
Sabemos da garantia legal que a criança e o adolescente possuem de acesso e
permanência na escola, buscamos contato permanente com os evadidos, muitas vezes sem
sucesso, encaminhamos casos para o Conselho Tutelar, preenchemos fichas FICA, tentamos
investigar os motivos de o aluno não estar vindo para a escola, enviamos bilhetes por
conhecidos das famílias, telefonamos, “incomodamos” os pais, enfim, lançamos mão de tudo
que possa favorecer o retorno do aluno às atividades escolares.
Quando retornam, ficamos felizes, com a sensação de estarmos realmente fazendo
bem o nosso trabalho, porém, quando conseguimos contato, oferecemos ajuda como por
exemplo, facilitar a situação de excesso de faltas, ofertando trabalhos extras para reposição
de conteúdos e notas mas mesmo assim o aluno não retorna, até com o apoio dos pais que
simplesmente alegam que o filho “não gosta de estudar”, sentimo-nos avalizando um “crime”
contra o direito aos estudos e pensamos:
Se alguém cortar uma árvore sem licença, certamente será punido conforme as
normas da lei, pelo crime contra a natureza e deverá pagar por isto. Ora, quando “deixamos
por isto mesmo” o fato do pai permitir que seu filho fique fora da escola, não estamos
também, cometendo uma violência? Podando alguém?
Sendo assim, continuaremos sempre nossa luta para trazer de volta aos estudos, as
crianças, jovens e adolescentes que de uma forma ou de outra passam por nossa vida
profissional, dando sentido à ela. E uma boa maneira de começar é nos perguntando: O que
podemos fazer para facilitar o acesso e permanência da criança e do adolescente na escola? E
nos propondo a encontrar soluções que “tragam de volta aquele menino para a escola!” Isto
continuaremos a fazer com o engajamento de toda a comunidade escolar.
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14.13 Proposta de Recuperação de Estudos
A recuperação de estudos obedece ao Regimento Interno da instituição e segue os
seguintes princípios:
• é direito dos alunos, independentemente do nível de apropriação dos conhecimentos
básicos;
• dar-se-á de forma permanente e concomitante ao processo ensino e aprendizagem.
• será organizada com atividades significativas, por meio de procedimentos didático-
metodológicos diversificados;
• deverá indicar a área de estudos e os conteúdos da disciplina;
• a avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em uma escala de 0
(zero) a 10,0 (dez vírgula zero);
• os resultados das avaliações dos alunos serão registrados em documentos próprios,
bimestralmente, a fim de que sejam asseguradas a regularidade e autenticidade de sua
vida escolar; e
• os resultados da recuperação serão incorporados às avaliações efetuadas durante o
período letivo, constituindo-se em mais um componente do aproveitamento escolar,
sendo obrigatória sua anotação no Livro Registro de Classe.
14.14 Regime de Progressão Parcial
Segundo a Instrução nº 02/2009 SUDE/DAE/CDE a progressão parcial caracteriza-se
como aquela por meio da qual o aluno não obtendo aprovação final em até três disciplinas, em
regime seriado poderá cursá-las subseqüente e concomitantemente as séries seguintes,
conforme artigo 17 da Deliberação nº 09/01- CEE.
Embora o Colégio Estadual Jardim Consolata não oferte a progressão parcial,
atenderá alunos oriundos dessa modalidade, no caso de transferências, tal procedimento será
regido conforme artigos do Regimento Interno, que apresenta o seguinte:
Art. 98 Para o aluno com matrícula por dependência determina-se que:
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Parágrafo único - Havendo incompatibilidade de horário, será estabelecido plano especial de estudos para a disciplina em dependência, registrando-se em relatório, o qual integrará a pasta individual do aluno.
Art. 99 É vedada a matrícula inicial no Ensino Médio ao aluno com dependência de disciplina no Ensino Fundamental.
Art. 100 A expedição de Certificado ou Diploma de conclusão do curso ocorrerá após atendida a carga horária mínima exigida em lei.Parágrafo Único – Ao final do curso, havendo disciplina em dependência, o aluno será matriculado na série, para cursar somente a(s) disciplina(s) em dependência(s) e o Certificado ou Diploma será expedido após a sua conclusão.
Art. 101 O estabelecimento de ensino não oferta aos seus alunos matrícula com Progressão Parcial.Parágrafo Único - As transferências recebidas de alunos com dependência em até três disciplinas serão aceitas e deverão ser cumpridas mediante plano especial de estudos.
14.15 Estudos sobre o Estado do Paraná
De modo específico, a História do Estado do Paraná está contemplado no
Planejamento Anual, Conteúdos Específicos do terceiro ano do ensino médio, abrangendo os
seguintes temas: Paraná na atualidade: disputa pela terra; movimentos sociais; movimento
Quilombola paranaense; cultura festas e manifestações artísticas paranaenses; as condições
socioeconômica dos indígenas paranaenses; companhias de colonização; guerra do Poricatu;
criação do Estado do Iguaçu; reforma agrária no Oeste do Paraná, entre outros.
Além disso, as temáticas inerentes ao Estado do Paraná perpassam todas as séries, de
modo direto ou não, estando implícitos nos conteúdos contemplados nos Planejamentos e
Planos de Trabalhos Docentes de maneira contextualizada e interdisciplinar, portanto, o tema
Paraná não é exclusivo da disciplina de História, sendo trabalhada de várias formas em várias
disciplinas, como: estudo de comidas típicas, danças folclóricas, expressão da arte paranaense,
estudo de textos cujo conteúdo refere-se à cultura paranaense, entre outros.
Os conteúdos específicos contemplam os sujeitos da história, incluindo a história
local, e o aluno como sujeito desse processo não escapa à essa experiência empírica que
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facilmente é transportada para a vivência em sala de aula contribuindo para o aprimoramento
dos conhecimentos acerca do estado em que vive.
14.16 Língua Estrangeira Moderna Ofertada
Em face um mundo globalizado a necessidade de se conhecer um segundo idioma é
fundamental para ter acesso a outras fontes de conhecimentos.
O objetivo da língua estrangeira é de propiciar ao aluno condições de emitir opiniões
acerca do tema e conteúdo, por meio da leitura compreender o texto, sendo informações
explicitas ou não, possibilitando assim a utilização da língua estrangeira como meio de acesso
à informação de outras culturas e grupos sociais.
De modo geral, os professores adotam como critérios:
• avaliação de maneira gradativa;
• análise do desempenho discursivo dos alunos;
• interações verbais, textuais, orais; e
• soluções das problematizações;
Desta forma, devido a expressividade representada pela Língua Inglesa em nível
mundial, o Colégio Estadual Jardim Consolata optou por essa opção de língua estrangeira
para compor a sua matriz curricular, tanto no Ensino Fundamental quanto no Ensino Médio.
14.17 Gestão Democrática
Gestão democrática busca atender aos objetivos e contribuir apontando uma nova
forma de agir e construir um trabalho coletivo no interior da escola; a gestão escolar
caracteriza-se por ser um processo desafiador. Que se estende aos professores, especialistas,
funcionários, alunos, APMF, e Conselho Escolar. Os mesmos referenciais do trabalho
coletivo apontam tanto para os princípios que os norteiam quanto para os objetivos que se
pretendem alcançar.
7
A gestão democrática e participativa constitui-se no resultado do exercício de
todos os componentes da comunidade escolar e em um crescimento das metas, estabelecidas
pelo PPP, construído coletivamente. O gestor deve ser o mediador entre todos os segmentos
desta comunidade. Ele é um líder que através de sua prática cotidiana busca trazer as pessoas
à oportunidade de participarem da escola, e proporcionar a todos, momentos de discussão e
análises educativas, organizando a escola de forma horizontal, ou seja, não hierárquica, onde
todos possam discutir os problemas existentes, e assim, dando suas opiniões, dimensionando -
as para ações coletivas. Desse modo, quanto mais participativo e democrático for o processo
administrativo, maiores as possibilidades de que seja relevante para as pessoas e grupos. O
papel da administração da educação será, então, o de coordenar a ação dos diversos setores da
escola, sem perder de vista a especificidade de suas características e de seus valores, de modo
que a plena realização da comunidade escolar seja efetivada.
14.18 Organização da Hora – Atividade
A hora - atividade será organizada através da distribuição de tempo para correção
de trabalhos e provas, organização de atividades a serem aplicadas em sala de aula, leitura
diversificada, inclusive do próprio Projeto Político Pedagógico e atendimento individualizado
a pais e alunos que por algum motivo tenham dificuldade de aprendizagem ou deficiência na
apropriação de conteúdos específicos inerentes de cada disciplina.
Na medida do possível, os docentes serão agrupados por área e/ou disciplina
visando a troca de experiências que contribuem para uma prática pedagógica voltada para a
melhoria da qualidade do processo de ensino - aprendizagem, a fim de que haja apropriação e
produção de conhecimento, tanto por parte dos alunos, como também pelos professores,
através de uma relação recíproca, que pode e deve também ser mediada pela equipe
pedagógica.
14.19 Formação Continuada
Pensando na formação continuada dos profissionais da educação desse
estabelecimento de ensino, organizamos uma proposta de capacitação que compreende a
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composição de grupos de estudo reunidos por áreas de conhecimento e/ou disciplinas, em
conjunto com os demais segmentos da escola, APMF, funcionários, Conselho Escolar e
alunos.
Tais grupos deverão encontrar-se periodicamente com a finalidade de avaliar
todos os trabalhos desenvolvidos na escola, bem como verificar o nível de participação da
comunidade escolar nas ações implementadas para a melhoria e qualidade de ensino.
Entendemos que todos os segmentos da sociedade e da comunidade escolar em
geral precisam participar ativamente da elaboração dos projetos, definir prioridades e
encaminhar os trabalhos necessários à produção de conhecimentos na escola e fora dela. Para
tanto, coletivamente estaremos estudando os documentos oficiais que norteiam a prática
escolar, como a LDBEN, o Regimento Interno, o próprio PPP, o Estatuto da Criança e do
Adolescente , entre outros, bem como também temas contemporâneos diversificados.
14.20 Avaliação Institucional
A avaliação é parte integrante do processo educativo. Por meio dela, os sujeitos
escolares sabem como está a aprendizagem dos alunos e também podem ter indícios de como
está o ensino para escola refletir e melhorar a prática pedagógica.
A avaliação institucional é um instrumento contemporâneo de avaliação da escola,
lançando um olhar sobre o todo, oferecendo oportunidades para que os diferentes segmentos
da escola tenham voz.
A avaliação institucional, como instrumento de gestão democrática, em todos os níveis
e modalidades, deve contribuir para subsidiar permanentemente o processo de tomada de
decisões necessárias ao planejamento das políticas educacionais. Ao propor a série de estudos
e de debates de perspectivas educacionais, mostramos disposição para enfrentar o desafio de
dar continuidade a um processo que leve ao aperfeiçoamento das atividades desenvolvidas na
escola, fortalecendo um movimento coletivo de reflexões, para a construção dos pressupostos
que orientam a prática educativa.
Acredita-se que o processo de Avaliação Institucional tem potencial redirecionador no
sentido da construção da cidadania, a qual se traduz em consciência real dos direitos e deveres
da instituição como forma de garantir a sua autonomia. Este processo deve ser fundamentado
em seus aspectos políticos (das relações de poder existentes); técnicos (das metodologias que
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dão suporte à sua implementação); sociais (dos sujeitos que produzem e suas relações com a
instituição e com o sistema educacional ao qual pertencem) e simbólicos (dos valores e
significados que assume, tanto para a Instituição quanto para sociedade).
É necessário sintonizar o processo de avaliação com a finalidade do objeto avaliado. O
processo educacional desenvolvido na escola busca algumas finalidades como: constituir
significado ao conhecimento científico e cultural existentes; contribuir para a formação de
cidadãos críticos, autônomos e socialmente participativos; trabalhar na perspectiva da
formação integral envolvendo os aspectos cognitivos, emocionais e de sociabilidade;
estimular a atitude investigativa e de pesquisa.
O processo de avaliação carrega em si uma força transformadora que deve ser
reconhecida, mobilizada e explorada. O entendimento do objeto estudo e avaliado é pois e
ação propulsora de sua transformação. Na medida em que a avaliação se incorpora na cultura
institucional, este processo adquire a continuidade necessária e, conseqüentemente, sua
evolução para ser gradual, constante e cumulativa. A cada movimento conhece-se melhor a
realidade, e, por conseguinte, há a possibilidade de uma melhor atuação sobre ela.
Acreditamos, então que a avaliação de maneira sistemática, das relações concebidas
no interior da escola, resultará em melhorias significativas para a organização do sistema e
para o bom desempenho do processo educativo, pautado em valores éticos e políticos
claramente demonstrados no compromisso com as ações que irão produzir os avanços sociais.
A instrumentalização da avaliação institucional será organizada mediante as
informações e orientações repassadas nas Jornadas Pedagógicas e demais encontros
proporcionados pela SEED, bem como através da elaboração de questionários avaliativos
construídos pela coletividade da escola, de forma a contemplar os anseios de todos os
segmentos envolvidos no processo educacional.
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15. AVALIAÇÃO DO PPP
O objetivo do Projeto Político Pedagógico de nossa escola realmente vem ao
encontro dos anseios dos educadores que querem discutir o tema “ Educação“, de forma
coletiva, participativa, coesa, atual, e dinâmica, pois nada mais sensato numa discussão deste
âmbito que os profissionais da área tomem conhecimento e façam as considerações plausíveis
relacionando teoria e prática. Com procedimentos metodológicos privilegiados, onde devemos
criar as possibilidades de entendimento dos programas fundamentais.
Este momento de discussão e reflexão sobre nossa prática cotidiana de ensino pode
para alguns, ser até utópico, mas a educação só tem a ganhar quando paramos e refletimos.
Pois não é um projeto indiferente ou neutro. Ao contrário, toma partidos e reafirma os valores
considerados positivos.
A avaliação do Projeto Político Pedagógico será realizada sempre que um membro
da comunidade escolar julgar necessária nova intervenção para melhoria do mesmo, onde
todos os segmentos da escola deverão participar, contribuindo com opiniões, sugestões e
encaminhamentos a serem tomados com a finalidade, de contemplar os anseios da
comunidade escolar.
Acompanhar as atividades e avaliá-los levam-nos a reflexão, com base em dados
concretos sobre como a escola organiza-se para colocar em ação seu projeto político -
pedagógico.
A avaliação do Projeto Político Pedagógico, numa visão crítica, parte da necessidade
de se conhecer a realidade escolar, busca explicar e compreender criticamente as causas de
existência de problemas, bem como suas relações, suas mudanças e se esforço para propor
ações alternativas com base no trabalho coletivo. Esse caráter criado é conferido pela
autocrítica.
A avaliação que conjuga as idéias para um visão global sobre Projeto Político
Pedagógico, não o concebe como algo estanque e nem desvinculado dos aspectos políticos e
sociais, não rejeitam as contradições e os conflitos. Assim, é estabelecido um compromisso
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amplo além da mera eficiência e eficácia das propostas conservadoras. Portanto, acompanhar
e avaliar o Projeto Político Pedagógico é avaliar os resultados da própria organização do
trabalho pedagógico.
Objetiva-se que este projeto norteie não apenas os interesses legais da Secretaria de
Educação, mas, principalmente, que subsidie a comunidade escolar no aprimoramento da
educação e que propicie ao educando tornar-se um agente transformador da sociedade na qual
está inserido.
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16. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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8
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______.Deliberação nº 09/01- CEE de 01 de outubro de 2010.
______. Deliberação 007/99- CEE
______. Instrução nº 02/2009 SUDE/DAE/CDE.
______. Instrução 022/2008 – Sala de Apoio.
______.Resolução Secretarial nº 371/98.
REBOUT, O. Introdução à Retórica. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
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SANT’ANNA, I. M. Por que Avaliar? Como Avaliar? Critérios e Instrumentos. Petrópolis: Vozes, 1995.
SATO, Michele. Educação Ambiental. Rima. São Carlos.
SAVIANE, Dermeval. Escola e Democracia. 34ª Edição. São Paulo. Cortez. 2001.
SOARES. Magda. Linguagem e Escola: Uma perspectiva Social. 14ª ed. São Paulo: Ática, 1996.
VASCONCELLOS, C. dos S. Avaliação: Concepção Dialética- Libertadora do processo de Avaliação Escolar. São Paulo: Libertad, 1994.
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ANEXO 01
PLANO DE AÇÃO PARA A INCLUSÃO DO PROGRAMA BRIGADA ESCOLAR
Tendo em vista a Instrução Nº 024/2012 – SEED/SUED, E O Decreto Nº 4837/2012, do Governo do Estado do Paraná, estabelece como Plano de Ação para o Programa Brigada Escolar e execuçõa do Plano de Abandono, o seguinte:O Projeto Político Pedagógico tem o comprometimento de organizar a formação da Brigada Escolar, com o objetivo de conscientizar e capacitar a Comunidade Escolar, para ações de enfrentamento de eventos naturais, humanos, danosos, em situações emergenciais, para garantir a segurança de todos no ambiente escolar.A Brigada Escolar foi formada pelos componentes: professor, pedagogo, funcionários, com o convite do Diretor da escola. Os mesmos foram inscritos para fazer parte da Brigada Escolar e participaram do curso promovido pelo Núcleo Regional de Educação de Cascavel. O plano de abandono acontece em dois momentos, um no primeiro semestre e outro no segundo semestre, a ser registrado no Calendário Escolar.No Colégio Estadual Jardim Consolata – EFM, realizamos o Plano de Abandono no dia 12/06/13, juntamente com o acompanhamento dos Bombeiros, Equipe Pedagógica, professores, funcionários, alunos, nos três períodos.No segundo Semestre acontecerá no dia 12 setembro de 2013.A Brigada Escolar tem como organização do trabalho:
• Acompanhar e identificar os riscos na edificação e nas condutas rotineiras do ambiente escolar;
• Garantir a implementação do Plano de Abandono, de forma segura de alunos, professores e funcionários das edificações escolares, no mínimouma por semestre, registrado em Calendário Escolar;
• Promover revisões periódicas do Plano de Abandono;• Promover reuniões bimestrais entre os integrantes da Brigada, de assuntos referentes a
segurança do estabelecimento, com registro em ata, específico ao programa.• Verificar constantemente o ambiente escolar e a rotina da escola em situações
inseguras, comunicando imediatamente o Diretor para providências necessárias.• Participar das formações para a Brigada Escolar, em EaD e também presencial;• A Direção Escolar deverá possibiltar o cumprimento do Plano das Brigadas Escolares
como processo orientardor de proteção, assegurando a fomação integral dos sujeitos de direitos e de responsabilidades individuais e coletivas;
• Estabelecer contatos regulares e parcerias com os integrantes da Defesa Civil do Estadual do Corpo de Bombeiros, Patrulha Escolar e Núcleo Regional da Educação.
No que se refere ao Plano de Abandono, deverá ser proporcionado pela Direção em dois momentos no ano letivo. O Plano de Abandono consiste em retirar de forma segura os alunos, professores, funcionários, das instalações escolares em tempo definido para a execução do simulado.
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