colo ides

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Colóides ou dispersões coloidais são sistemas nos quais um ou mais componentes apresentam pelo menos uma de suas dimensões dentro do intervalo de 1nm a 1µm. Coloquialmente, diz-se que asdispersões coloidais são dispersões intermediárias entre as soluções verdadeiras eos sistemas heterogêneos, em casos em que as partículas dispersas são maiores doque as moléculas mas não suficientemente grandes para se depositar pela açãoda gravidade As dispersões coloidais são misturas heterogêneas ( ainda que possa parecer às vezes uma mistura homogênea). As dispersões coloidais são compostas por dipersante e disperso, o dispersante é o equivalente ao solvente e o disperso é o equivalente ao soluto. As partículas dispersas não se sedimentam , nem podem ser filtradas por filtração comum, tais partículas são chamadas de coloídes. As partículas coloidais possuem tamanho médio entre 1 a 100 nm (nanômetros, cada nanômetro equivale a 10-9centímetros.) Existe um outro tipo de mistura heterogênea que são as suspensões , elas parecem dispersões coloidais ,mas suas partículas tem dimensões superiores a 100 nm. É o caso do leite de magnésia e da mistura formada entre água e areia. As partículas coloidais podem ser fomadas por até milhares de átomos ou moléculas ( o caso do leite por exemplo : o dispersante é a água e o disperso, a partícula dispersa, é a caseína , uma proteína.). Entre os produtos que conhecemos muitos são dispersões coloidais como: leite, maionese, creme chantilly, rubi, neblina, fumaça, queijo, safira, pedra-pomes, espuma de sabão , geléias, gelatina pronta, cremes hidratantes, entre outros.

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Page 1: Colo Ides

Colóides ou dispersões coloidais são sistemas nos quais um ou mais componentes apresentam pelo menos uma de suas dimensões dentro do intervalo de 1nm a 1µm.  Coloquialmente, diz-se que asdispersões coloidais são dispersões intermediárias entre as soluções verdadeiras eos sistemas heterogêneos, em casos em que as partículas dispersas são maiores doque as moléculas mas não suficientemente grandes para se depositar pela açãoda gravidade

As dispersões coloidais são misturas heterogêneas ( ainda que possa parecer às vezes uma mistura homogênea).

As dispersões coloidais são compostas por dipersante e disperso, o dispersante é o equivalente ao solvente e o disperso é o equivalente ao soluto.

As partículas dispersas não se sedimentam , nem podem ser filtradas por filtração comum, tais partículas são chamadas de coloídes.

As partículas coloidais possuem tamanho médio entre 1 a 100 nm (nanômetros, cada nanômetro equivale a 10-9centímetros.)

Existe um outro tipo de mistura heterogênea que são as suspensões , elas parecem dispersões coloidais ,mas suas partículas tem dimensões superiores a 100 nm. É o caso do leite de magnésia e da mistura formada entre água e areia.

As partículas coloidais podem ser fomadas por até milhares de átomos ou moléculas ( o caso do leite por exemplo : o dispersante é a água e o disperso, a partícula dispersa, é a caseína , uma proteína.).

Entre os produtos que conhecemos muitos são dispersões coloidais como: leite, maionese, creme chantilly, rubi, neblina, fumaça, queijo, safira, pedra-pomes, espuma de sabão , geléias, gelatina pronta, cremes hidratantes, entre outros.

Tipos de dispersões coloidais

Sol: é uma dispersão coloidal na qual o dispersante é o líquido e o disperso é o sólido, por exemplo um pouco de maizena com água.

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Gel: é uma dispersão coloidal na qual o dispersante é o sólido e o disperso é o líquido, por exemplo gelatina pronta e geléia.

Emulsão: é uma dispersão coloidal no qual o dispersante é o líquido e o dsiperso é o líquido, por exemplo cremes hidratantes a base de óleo e água , você sabe pelo tópico misturas que água e óleo não interagem , são utilizadas então substâncias que facilitam tal interação, elas são chamadas emulsificantes (que funcionam como um "sabão" unindo água e óleo). Preste atenção nos produtos que você compra no supermercado e veja quais possuem emulsificantes.

Espuma sólida: é a dispersão coloidal na qual o dispersante é o sólido e o disperso é gasoso, como por exemplo pedra –pomes (aquelas utilizadas nos salões de beleza).

Espuma líquida: é a dispersão coloidal na qual o dispersante é o líquido e o disperso é gasoso, como por exemplo espuma de sabão e creme chantilly.

Aerossol sólido: é a dispersão coloidal na qual o dispersante é gasoso e o disperso é sólido, por exemplo a fumaça .

Aerossol líquido: é a dispersão coloidal na qual o dispersante é o gasoso e o disperso é o líquido ,por exemplo a neblina

Sol sólido: é a dispersão coloidal na qual o dispersante é sólido e o disperso é sólido, por exemplo o rubi e a safira.

Sistemas Coloidais

1-Introdução

Colóides são misturas heterogêneas de pelo menos duas fases diferentes, com a maté-ria de uma das fases na forma finamente dividida (sólido, líquido ou gás),denominada fase dispersa, misturada com a fase contínua (sólido, líquido ou gás), denominada meio de dispersão.

Uma das características dos colóides é a movimentação rápida, aleatória, desordenada e caótica das partículas da fase dispersa. Este fenómeno denomina-se movimento browniano. Uma outra característica dos colóides é o efeito Tyndall, que é a capacidade que as partículas coloidais têm de dispersar a luz quando esta atravessa um meio coloidal, o que as permite distinguir das soluções.O estudo dos colóides iniciou-se em 1860, quando o químico escocês Thomas Graham observou que

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substâncias como o amido, a cola ou a gelatina se difundiam muito mais lentamente quando colocadas em água do que o açúcar ou o sal de cozinha. Além disso verificou que estas substâncias não cristalizavam, ao contrário do açúcar e do sal de cozinha. Graham decidiu chamar esta classe de substâncias colóide.

A química dos colóides está bastante relacionada com o dia-a-dia do cidadão e os sistemas coloidais tanto sãoencontrados na natureza, nos reinos mineral, vegetal e animal, como podem ser sintetizados na forma de bens de consumo e para processos industriais que propiciam melhores condições de vida. O estudo dos colóides também pode ajudar a evitar a formação desses sistemas na natureza, quando poluem o ar (fumaça), a água (esgoto doméstico e industrial) e os solos (resíduos sólidos).

Tabela 1: Tipos de dispersão coloidal

2-Objetivo: Estudar alguns métodos de obtenção de coloides e algumas de suas propriedades,tais como carga e área superficial e o espalhamento de luz. Além disso, o conceito de estabilidade coloidal.

3-Metodologia

1.1-Preparação de colóides

A-Processos de Condensação

a) Foram adicionadas 3 gotas de solução saturada de FeCl3 em um tubo de ensaio com 3 ml de água quente. O experimento foi repetido usando água fria.

FeCl3 + 3H2O Fe(OH)3 + 3HCl

b) Em um tubo de ensaio com 3 ml de solução saturada de As2O3 aquecida, foi passado uma corrente de gás sulfídrico, obtido em um aparelho de Kipp.

As2O3 + 3H2O 2H2AsO3

2H3AsO3 + 3H2S As2S3 + 6H2O

B-Processos de Dispersão

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a)Foram adicionadas 1ml de água e 3 gotas de óleo vegetal em um tubo de ensaio.

b) Foram adicionadas 1ml de água, 3 gotas de óleo vegetal e 3 gotas de sabão em um tubo de ensaio.

1.2-Propriedades das partículas coloidais

A-Adsorção

Em dois tubos de centrifuga, colocou-se 2ml de azul de metileno. Adicionou-se em um dos tubos carvão ativo e no outro um pequeno pedaço de carvão. Os tubos foram aquecidos em banho-maria e a dispersão foi centrifugada.

1.3-Destruição de colóides(coagulação)

A-Coagulação Mútua de Colóides

Misturou-se 0.5ml de soluçao de Fe(OH)3 com 0.5ml de soluçao de As2S3.

B-Coagulação pela Ação de Eletrólitos

a)Em um tubo de ensaio com 1 ml de soluçao de As2S3, colocou-se 2 gotas de solução de NaCl 1 mol. Agitar..

b) Em um tubo de ensaio com 1 ml de soluçao de As2S3, colocou-se 2 gotas de solução de MgCl2 1 mol. Agitar.

c) Em um tubo de ensaio com 1 ml de soluçao de As2S3, colocou-se 2 gotas de solução de AlCl3 1 mol. Agitar.

1.4-Colóide protetor

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A- Prata Coloidal(realizar os experimentos simultaneamente para comparação)

a)Em um tubo de ensaio com 1ml de água destilada adicionou-se 3 gotas de soluçao de AgNO3 1 mol e 3 gotas de solução de NH3. Colocou-se 5 gotas de formol e foi aquecido em banho maria..

b)Em um tubo de ensaio com 3ml de dispersão de gelatina(1%), 3 gotas de solução de AgNO3 e 3 gotas de solução de NH3 ,foi adicionado 5 gotas de formaol e aquecido em banho maria.

4-Resultados e Conclusão

1.1-Preparaç]ao de colóides

A-Processos de Condensação

a)Foi observado que na solução fria nao ocorreu a formação de colóides e na solução quente houve a formação de colóides.

b) Ocorreu a formaçao de colóide. Ao colocar o tubo em uma caixa preta e passar um feixe de luz através dele foi observado a dispersão da luz através do Efeito Tyndall.

B-Processos de Dispersão

a)Foi observado pequenas bolhas na disperção e formaçao de colóides.

b)Houve a formação de colóide e aparência opaca.

1.2-Propriedades das particulas coloidais

A-Adsorção

O tubo com o carvão ativo foi observado uma coloração mais clara e o tubo com o carvão normal foi observado uma coloração mais escura.

1.3-Destruiçao de colóides(coagulação)

A-Coagulação Mútua de Colóides

Os colóides de cargas elétricas contrárias coagulam-se pela neutralização de suas cargas.

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B-Coagulação pela Ação de Eletrólitos

O efeito coagulante foi melhor observado no tubo onde havia MgCl2.

1.4-Colóide protetor

A- Prata Coloidal

a)A dispersão vai de uma coloração preta para transparente.

b)A dispersão vai de uma coloração transparente para preta.

Os sistemas coloidais vêm sendo utilizados pelas civilizações desde os primórdios da humanidade. Os povos utilizaram géis de produtos naturais como alimento, as dispersões de argilas para a fabricação de utensílios de cerâmica e as dispersões coloidais de pigmentos para decorar as paredes das cavernas com motivos de animais e caças.

5-Bibliografia

http://pt.wikibooks.org/wiki/Introdu%C3%A7%C3%A3o_%C3%A0_Qu%C3%ADmica/Col%C3%B3ides

http://bioquimica.ufcspa.edu.br/pg2/pgs/quimica/coloides.pdf http://www.qnesc.sbq.org.br/online/qnesc09/quimsoc.pdf http://www.brasilescola.com/quimica/solucoes-coloidais.htm

Questionário

1) Em química, coloides (ou sistemas coloidais ou ainda dispersões coloidais) são sistemas nos quais um ou mais componentes apresentam pelo menos uma de suas dimensões dentro do intervalo de 1nm a 1µm.

2)Com a presença de bolhas que estavam coalescendo, formando uma bolha maior.No experimento de Dispersão.

3) A coagulação tem por objetivo aglomerar as impurezas que se encontram e suspensões finais (ou em estado coloidal) e algumas que se encontram dissolvidas, em partículas maiores que possam ser removidas por decantação ou filtração. O processo de coagulação/floculação/sedimentação se inicia na câmara de mistura rápida. A finalidade desta câmara é criar condições para que em poucos segundos, o coagulante seja uniformemente distribuído por toda a massa d’água. Ao sair da câmara de mistura, a água segue para a câmara de floculação. Nesta, os flocos (sementes de flocos gerados na coagulação) irão agregado, por

adsorção, as partículas dissolvidas ou em estado coloidalAo sair da câmara de floculação, a água segue para os decantadores, onde a velocidade é bem pequena, fazendo com que os flocos sedimentem.

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OLÓIDES

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COLÓIDES OU SOLUÇÕES COLOIDAIS

Formam a linha divisória entre as soluções e as misturas heterogêneas. São misturas de grandes partículas (tais como as macromoléculas) que variam em tamanho de 10 a 2000 nm de diâmetro. Diz-se que uma substância num colóide está dispersa ou distribuída em outra substância, chamada meio dispergente. As partículas coliodais são análogas ao soluto, e o meio dispergente é análogo ao solvente.

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TIPOS DE COLÓIDES

Fase do colóide Substância dispersante (semelhante a solvente) Gás Substância dispersa (semelhante a soluto) Gás Tipos de colóide Exemplo

Gás

-

Nenhum (todos são soluções) Nevoeiro Fumaça Chantili Leite Tinta Marshmallow Manteiga Vidro vermelho

Gás Gás Líquido Líquido Líquido Sólido Sólido Sólido

Gás Gás Líquido Líquido Líquido Sólido Sólido Sólido

Líquido Sólido Gás Líquido Sólido Gás Líquido Sólido

Aerossol Aerossol Espuma Emulsão Sol Espuma sólida Emulsão sólida Sol sólido

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Apesar de as partículas coloidais poderem ser tão pequenas que a dispersão pareça uniforme mesmo sob um microscópio, elas são grandes o suficiente para desviar a luz de modo eficiente. EFEITO TYNDALL

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Luz solar passando pela cobertura de uma floresta.

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COLÓIDES HIDROFÍLICOS E HIDROFÓBICOS COLÓIDES MAIS IMPORTANTES

Aqueles nos quais o meio dispersante é a água. HIDROFÍLICOS: interagem com a água. HIDROFÓBICOS: não sofrem interação com a água.

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COLÓIDES HIDROFÍLICOS

Grupos hidrofílicos na superfície de uma molécula gigante (macromolécula) que ajuda a manter a molécula suspensa em água.

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COLÓIDES HIDROFÓBICOS

Podem ser preparados em água apenas se eles são estabilizados.

Adsorção de íons na superfície.

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Estabilização de um colóide hidrofóbico em água por íons adsorvidos.

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Estabilização de uma emulsão de óleo em água por íons estereato.

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EMULSIONAR

Significa “formar uma emulsão” uma suspensão de um líquido no outro.

AGENTE EMULSIFICADOR: substância que ajuda na formação de uma emulsão.

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EMULSÕES

Óleo e água não se misturam. Agitando-se vigorosamente um óleo em água, o óleo se dispersa em minúsculas gotículas. Em pouco tempo, as gotículas de óleo se unem para formar uma camada que bóia sobre a água. Adição de um agente emulsificante: os dois líquidos imiscíveis podem formar um tipo de colóide chamado emulsão. O agente emulsificante consiste de moléculas que possuem regiões polares e não polares. Ele mantém o óleo disperso na água e impede as gotículas de óleo de se unirem. Gema de ovo é um bom agente emulsificante.

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SUSPENSÕES

São misturas de partículas ainda maiores do que as partículas dos colóides

As partículas de uma suspensão são suficientemente grandes para serem vistas a olho nu. As suspensões são heterogêneas (sua composição não é uniforme), sedimentam quando deixadas em repouso, e podem ser separadas pelo uso de papel de filtro.

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Propriedades de Soluções, Colóides e Suspensões

Propriedade natureza das moléculas efeito da luz efeito da gravidade uniformidade Solução átomos, íons ou pequenas moléculas transparente não sedimenta homogênea Colóide grandes partículas ou grupos de moléculas translúcido ou opaco Suspensão moléculas bem grandes e visíveis

separabilidade não pode ser separada por filtração

translúcida ou opaca não sedimenta sedimenta rapidamente menos homogêneo do heterogênea não que a solução pode ser separada por filtração pode ser separado pode ser somente por separado por filtro membrana por de papel membranas especiais.

ESTUDO DOS COLÓIDES

Bárbara Pereira Camões

Maria Eduarda de Sousa Silva Muricy

Tálissa Mascarenhas Almeida

Vivianne Ribeiro Miranda

Salvador, Bahia, Brasil

2012

Estudo dos Colóides

Bárbara Pereira Camões

Maria Eduarda de Sousa Silva Muricy

Tálissa Mascarenhas Almeida

Vivianne Ribeiro Miranda

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Relatório referente a prática de Estudo dos Colóides, curso de Engenharia Química, da disciplina de Química Geral II,

Turma MR02B, do 2º semestre, com a Prof.ª Leila Maria Aguilera.

Relatório referente a prática de Estudo dos Colóides, curso de Engenharia Química, da disciplina de Química Geral II,

Turma MR02B, do 2º semestre, com a Prof.ª Leila Maria Aguilera.

Salvador, Bahia, Brasil

2012

1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

“Colóides são misturas heterogêneas de pelo menos duas fases diferentes, com a matéria de uma das fases na forma finamente dividida (sólido, líquido ou gás), denominada fase dispersa, misturada com a fase contínua (sólido, líquido ou gás), denominada meio de dispersão.” Ainda assim, existem colóides de misturas homogêneas, pois a dimensão das macromoléculas está no intervalo do tamanho dos colóides e apresentam as propriedades características dos colóides. O intervalo de tamanho dos colóides é de 1 a 100 nanômetros. Muitos autores afirmam que colóides são misturas que aparentam ser homogêneas. As fases que compõem uma mistura coloidal são, uma fase dispersa e fase contínua, sendo que o componente dessa última é conhecido como dispergente.

Devido ao tamanho consideravelmente macroscópico das moléculas que constituem os coloides, percebe-se que essas acabam refletindo luz incidente na mistura, desviando o feixe luminoso, é o chamado Efeito Tyndall, uma das propriedades dos coloides. Além disso, de acordo com a lei do movimento Browniano deduzido por Einstein a partir de argumentos da física estatística, que as partículas componentes do colóide apresentam movimento constante e desordenado, outra propriedade dos colóides.

É possível classificar os colóides como hidrofílicos e hidrofóbicos, classificações essas que mostram a interação ou não do colóide com a água, em caso de interação, nota-se a formação de íons, devido às interações iônicas entre moléculas de água e íons das partículas coloidais, formando novas espécies iônicas.

Quanto à classificação, os colóides podem ser:

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* Sol: é um colóide com partículas sólidas finamente divididas em um meio líquido. “Quanto à interação entre as moléculas da fase contínua e da fase dispersa, os sóis são classificados em liofílicos, que apresentam partículas dispersas com maior afinidade com o solvente, são mais estáveis e semelhantes à solução verdadeira, e liofóbicos, cujas partículas não atraem fortemente as moléculas de solvente e coagulam ou precipitam facilmente.”

* Emulsão: é a mistura entre dois líquidos imiscíveis em que a fase dispersa encontra-se na forma de finos glóbulos no meio do outro líquido. Emulsões são instáveis termodinamicamente e, portanto não se formam espontaneamente, sendo necessário fornecer energia para formá-las através de agitação. Com o tempo as emulsões tendem a retornar para o estado estável de óleo separado da água.

* Aerossol: é uma dispersão coloidal de um sólido em um gás.

| Fase dispersa |

| Gás | Líquido | Sólido |

Meio contínuo | Gás | Não existe | Aerossol líquido | Aerossol sólido |

| Líquido | Espuma líquida | Emulsão | Sol |

| Sólido | Espuma sólida | Emulsão sólida | Sol sólido |

Tabela 1: Tipos de Colóides. Disponível em: <http://cftc.cii.fc.ul.pt/PRISMA/capitulos/capitulo3/modulo6/topico2.php>.

Em relação ao tipo de purificação dos Colóides, temos:

* Ultrafiltração: quando o sistema coloidal está contaminado por íons ou moléculas, utiliza-se um super-filtro para a separação das partículas coloidais.

* Ultracentrifugação: quando o sistema coloidal está contaminado por partículas de maior porte, ou quando é necessário separar partículas coloidais de tamanhos diferentes, são utilizadas centrífugas de alta rotação.

* Diálise e Eletrodiálise: a diálise é usada especificamente para separa impurezas altamente solúveis no dispergente. Baseia-se na diferença de velocidade com que ocorre a difusão de uma solução e de uma dispersão coloidal através de uma membrana permeável. E a eletrodiálise é quando apressa a saída de impurezas com a utilização de um campo elétrico.

Ainda assim, os dois fatores de que dependem basicamente a estabilidade e destruição de uma dispersão coloidal são as cargas elétricas, que servem para manter os colóides estáveis, quando as partículas possuírem as mesmas cargas elétricas. Se essas partículas forem eliminadas pela adição de um eletrólito ou por uma dispersão coloidal de carga oposta, as partículas irão se precipitar e a dispersão coloidal será destruída. E a camada de solvatação, que é a absorção de moléculas do dispergente pelas partículas do disperso. Ela evita o contato direto entre as partículas do disperso. Se a mesma foi eliminada, a dispersão coloidal será destruída.

* 2.OBJETIVO

* Preparar soluções coloidais e estudar suas propriedades.

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3.PARTE EXPERIMENTAL

3.1 Preparação do gel de hidróxido de cobre.

3.1.1 Materiais e reagentes: Tubo de ensaio, pipeta, béquer, vidro de relogio sulfato de cobre (CuSO4), hidróxido de amônio (NH4OH), acido sulfúrico (H2SO4)

3.1.2 Procedimento experimental: Em um tubo de ensaio colocou-se 2 mL de uma solução saturada de sulfato de cobre (CuSO4) e adicionada à mesma, a solução de hidróxido de amônio concentrado (NH4OH), gota a gota, parando com a formação do gel de hidróxido de cobre (II).

Após a formação do gel, continuou a adicionar o hidróxido de amônio até a dissolução do mesmo e então foi adicionado gotas de ácido sulfúrico concentrado (H2SO4) até que o gel voltou a se formar novamente.

OBS: Procedimento Realizado em capela.

3.2 Dialise do Hidróxido de Ferro (III).

3.2.1 Materiais e Reagentes: Espátula, béquer 50mL, bastão de vidro, papel celofane, placa de petri, papel indicador de pH, pipeta, tubo de ensaio, agitador magnético, cloreto férrico (FeCl3), H2O destilada, hidróxido de ferro, nitrato de prata.

3.2.2 Procedimento experimental: Preparou-se uma suspensão de hidróxido de ferro (III) a partir do aquecimento de uma solução de cloreto férrico (FeCl3) da seguinte forma: foi colocada uma ponta de espátula do cloreto férrico em cerca de 20 mL de água destilada contida num béquer de 50 mL e em seguida a solução foi aquecida por 10 minutos.

Após o aquecimento, colocou a suspensão de hidróxido de ferro obtida sobre um papel celofane colocado sobre a superfície da água destilada contida numa placa de petri. Esperou então 5 minutos para fazer os testes de H+ e Cl-.

3.3 Emulsões.

3.3.1 Materiais e reagentes: Tubo de ensaio, pipeta, H2O destilada, óleo, detergente.

3.3.2 Procedimento experimental: Em um tubo de ensaio colocou-se cerca de 2 mL de água e algumas gotas de óleo. Agitou-se vigorosamente e o resultado foi observado. Após a agitação, adicionam-se algumas gotas de detergente com nova agitação.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1 Preparação do gel de hidróxido de cobre.

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Ao colocarmos em um tubo de ensaio 2mL de uma solução saturada de Sulfato de Cobre (CuSO4) e adicionarmos Hidróxido de Amônio (NH4OH) concentrado, gota a gota, verificamos a formação de um gel de hidróxido de cobre (Cu(OH)2) segundo a reação:

CuSO4 + 2NH4OH → Cu(OH)2 + (NH4)2SO4. (1)

Após a formação do gel continuamos a adicionar Hidróxido de Amônio que é o dispergente, até a dissolução do gel de Hidróxido de Cobre. Observamos que a solução tornou-se mais escura. Devido a esse processo, podemos perceber que ocorreu a Peptização, que é a transformação da fase gel para a fase sol, que ocorre pela adição de dispergente.

Ao adicionar ácido sulfúrico (H2SO4) à solução, este ácido sulfúrico reagiu com o hidróxido de cobre (em suspensão) formando sulfato de cobre,

H2SO4 + Cu(OH)2 → CuSO4 + 2H2O (2)

e o sulfato de cobre formado reagiu com o hidróxido de amônio (em excesso), formando novamente o gel de hidróxido de cobre.

CuSO4 + 2NH4OH → Cu(OH)2 + (NH4)2SO4 (3)

4.2 Dialise do hidróxido de ferro (III).

Ao colocarmos a solução de cloreto férrico (FeCl3) para aquecer durante dez minutos esperamos a formação do Hidróxido de Ferro III e do Ácido Clorídrico segundo a reação abaixo:

FeCl3 + 3H2O → Fe(OH)3 + 3HCl (4)

O Cloreto de Ferro III (FeCl3), por ser um colóide liófobo, precisou que se aquecesse o sistema para que ele se dispersasse.

Esperamos a solução esfriar durante cinco minutos, o que favoreceu a precipitação do Cloreto de Ferro III (FeCl3), e então colocamos a suspensão de Hidróxido de Ferro III obtida sobre um papel celofane colocado sobre a superfície da água destilada contida numa placa de petri. O pH da água destilada foi medito anteriormente a foi constatado um pH igual a 7.

No sistema, o papel celofane funcionará como uma membrana porosa proporcionando a passagem dos íons H+ provenientes da ionização do ácido clorídrico, do meio mais concentrado (solução de Hidróxido de Ferro III) para o menos concentrado (água destilada), processo esse conhecido como Diálise.

Após cinco minutos, medimos novamente o pH da água contida na placa de Petri e constatamos um pH igual a 5, indicando que os íons H+ provenientes da solução de hidróxido de ferro III atravessaram o papel celofane devido a diferença de concentração entre a água da placa de Petri e a solução sobre o papel celofane, confirmando assim a diálise do Hidróxido de Ferro III.

De acordo com o teste do Cl- pode-se constatar que realmente houve a diálise da água, pois houve formação de um corpo de chão no tubo de ensaio quando a solução (FeCl3) foi misturada com o

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nitrato de prata (AgNO3), depositando cloreto de prata (AgCl) no fundo do tubo de ensaio, de acordo com a reação:

FeCl3 + AgNO3 → Fe(No3)3 + AgCl↓ (5)

Isso ocorreu, pois, no experimento anterior, não houve passagem dos íons Cl- pelo seu tamanho ser maior que a porosidade do papel celofane e, com isso pôde reagir com o nitrato de prata, formando corpo de fundo.

4.3 Emulsões.

Ao adicionar algumas gotas de óleo no tubo de ensaio contendo água destilada (que atua como dispersante) e tendo agitado vigorosamente, pode-se perceber que o óleo se dispersa em minúsculas gotículas, e ao passar alguns minutos essas gotículas se aglutinam na superfície (mistura heterogênea), o que nos fez perceber que a emulsão era instável. Isso ocorre pelo fato do óleo ser apolar e a água ser polar (não se misturam).

No momento em que adicionamos o detergente, por ser composto por uma parte polar (hidrofílica) e uma parte apolar (hidrofóbica), este reage com o óleo (apolar) e com a água (polar) homogeneizando a solução, sendo possível perceber a estabilidade da emulsão. Isso ocorre pelo fato do agente emulsificante proporcionar uma mistura homogênea entre duas substâncias que não se misturam, tornando-a estabilizada.

5. CONCLUSÃO

Com os experimentos realizados no laboratório, pudemos colocar em prática as técnicas passadas nas aulas teóricas, com a finalidade de preparar soluções coloidais e estudar suas propriedades.

Foi possível perceber a formação de suspensões e de gel na adição de um agente emulsificante ao sistema e, além disso, também foi observado que algumas substâncias podem ter mais facilidade em dissolver-se. No decorrer dos experimentos tivemos algumas dificuldades em conciliar teoria com a prática em especial no experimento da diálise de Fe(OH)3.Pudemos observar o processo de troca de íons entre misturas, onde a solução coloidal é colocada dentro de uma membrana permeável (por exemplo, o celofane) e o líquido é forçado a circular ao seu redor (na verdade, o líquido atravessa a membrana). Como as partículas coloidais não saem (ou saem muito lentamente) através da membrana, as partículas são lavadas de suas impurezas (evidentemente, só das impurezas realmente solúveis no líquido); desse modo, o fluxo contínuo do líquido carrega as impurezas para fora da membrana permeável. Também se pôde observar o processo de formação do gel de Cu(OH)2.

Todas essas observações nos levaram a perceber que os estudos práticos e teóricos de colóides foram muito proveitosos.

Page 26: Colo Ides

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

USBERCO, J. e SALVADOR, E.; Química Geral; 9ª edição, 2ª triagem, 2001; Volume 1. Editora Saraiva.

O mundo dos colóides. Disponível em: <http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc09/quimsoc.pdf>; Acesso em 11 de abril de 2012.

Exemplos e Classificação dos Colóides. Disponível em: <http://cftc.cii.fc.ul.pt/PRISMA/capitulos/capitulo3/modulo6/topico2.php>. Acesso em 11 de abril de 2012.

ANEXOS

1. Tabela com os principais tipos de dispersão coloidal.

2. Figura 1 – emulsões.

Tubo 1: gotas de óleo.

Tubo 2: gotas de óleo + gotas de agua.

Tubo 3: gotas de óleo e água sobre ação do agente emulsificante (detergente).