comissão nacional sobre determinantes sociais da saúde: o...
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Comissão Nacional sobre Determinantes
Sociais da Saúde:
O que vem a seguir?
Alberto Pellegrini Filho
Secretaria Técnica
Processo de constituição
da CNDSS
• Decreto presidencial de 13/3/2006 cria a CNDSS
• Grupo de dezesseis especialistas e personalidades da
vida social, econômica, cultural e científica do país,
nomeado pelo Ministro da Saúde
• Diversidade na constituição da CNDSS expressa o
reconhecimento de que a saúde é um bem público a
ser construído com a participação solidária de todos
os setores da sociedade brasileira
Composição da CNDSS
• Adib Jatene
• Aloísio Teixeira
• César Victora
• Dalmo Dallari
• Eduardo Gouvêa Vieira
• Elza Berquó
• Jaguar
• Jairnilson Paim
• Lucélia Santos
• Moacyr Scliar
• Roberto Smeraldi
• Rubem C. Fernandes
• Sandra de Sá
• Sônia Fleury
• Zilda Arns
• Paulo Buss (coord.)
Linhas de Atuação
• Produção e Disseminação de conhecimentos e informações
• Avaliação de Políticas e Programas
• Comunicação Social
• Portal sobre DSS
• Projeção Internacional
Relatório da Comissão Nacional
sobre
Determinantes Sociais da Saúde
Determinantes da Saúde(Dahlgren e Whitehead)
Relatório da CNDSS
I – INTRODUÇÃO
II - ANÁLISE DA SITUAÇÃO DE SAÚDE
1. Situação e tendências da evolução demográfica, social e econômica2. A estratificação socioeconômica e a saúde3. Condições de vida, ambiente e trabalho4. Redes sociais, comunitárias e saúde5. Comportamentos, estilos de vida e saúde6. Saúde materno-infantil7. Saúde indígena
III – RECOMENDAÇÕES
Evolução da proporção de pessoas de 10 anos ou mais de idade na população economicamente ativa (PEA), por setor econômico
Brasil – 1940 a 2000Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
61
55
46
31
25
1922
29
20 212022
32
40
55
60
67
171713
27
0
10
20
30
40
50
60
70
80
1940 1950 1960 1970 1980 1996 2000
Anos
%
Primário Secundário Terciário
População residente (%), por situação do domicílio - Brasil – 1940 a 2000Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
31
36
45
56
68
76
81
69
64
55
44
32
24
19
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
1940 1950 1960 1970 1980 1991 2000
Anos
%
Urbana Rural
Taxa de fecundidade – Brasil – 1940 a 2000
Fonte: Censo demográfico (1940-2000). IBGE
Taxas de fecundidade total, segundo características sociodemográficas. PNDS 1996 e 2006.
2,52,3
3,5
5,0
3,6
3,0
2,4
1,71,5
1,8 1,82,0
4,2
2,8 2,8
2,1
1,6
1,0
0
2
4
6
Total urbana rural nenhum 1 a 3 4 5 a 8 9 a 11 12 ou
mais
1996
2006
Brasil Residência Anos de estudo
Tax
a d
e fe
cun
did
ade
tota
l
Taxa de fecundidade total - Brasil, França e Itália – 1900 a 2050
População total, segundo grandes grupos etários – Brasil – 1940 a 2050Fonte: IBGE.Censos Demográficos de 1940, 1950, 1960 e 1980
0
50.000.000
100.000.000
150.000.000
200.000.000
250.000.000
300.000.000
1940 1950 1960 1970 1980 1990 2000 2010 2020 2030 2040 2050
Anos
Popula
ção
0-14 15-64 65+ TotalGrupos Etários
Evolução temporal da taxa de analfabetismo por década – Brasil – 1940 a 2000Fonte: Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade, a partir Censos Demográficos.
Evolução da mortalidade infantil Brasil e Regiões – 1960-2006Fonte: IBGE
124,0 122,9
164,1
96,0
115,0
27,431,2
56,1
22,2 24,7
36,9
16,719,5
110,0
33,6
74,3
44,648,3
24,1
34,735,3
18,3
25,825,1
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro- Oeste
%
1960 1990 2000 2006
Evolução da esperança de vida ao nascer Brasil e Regiões – 1960-2006
Fonte: IBGE e Simões
41,0
72,4 71,369,4
73,8 74,4 73,5
51,6 53,4
57,2 60,3 56,7
66,0 66,0
59,6
71,0 71,071,5
0
10
20
30
40
50
60
70
80
Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro- Oeste
Evolu
ção d
a e
spera
nça d
e v
ida a
o n
ascer
1960 1990 2006
Distribuição percentual das mortes infantis por causaFonte: César Victora, CNDSS
Causa Ano Norte NE SE Sul CO Brasil
Causas perinatais
1985-87
2003-05
42.1
61.2
42.9
62.2
48.9
61.0
46.4
58.7
48.7
57.2
46.5
60.9
Malformações 1985-87
2003-05
4.9
12.7
3.6
11.4
8.1
18.3
11.4
21.5
8.6
20.0
7.1
15.7
Infecções respiratórias
1985-87
2003-05
11.5
8.2
11.4
6.9
15.7
6.6
14.2
5.9
12.9
6.8
13.9
6.9
Diarréia 1985-87
2003-05
30.1
5.1
27.0
7.1
11.8
1.8
12.5
1.9
12.9
3.1
17.3
4.2
Outras infecções
1985-87
2003-05
5.3
5.2
6.1
4.2
5.3
4.2
6.0
3.1
7.1
3.8
5.7
4.2
Outras causas 1985-87
2003-05
6.1
7.6
9.0
8.2
10.2
8.1
9.5
8.9
9.8
9.1
9.5
8.1
Causas mal definidas
1985-87
2003-05
23.9
11.045.59.7
6.0
3.9
11.0
4.3
11.6
2.7
23.0
6.9
Cobertura vacinal contra poliomielite, por região Brasil – 1994 a 2006
Fonte: Programa Nacional de Imunizações- PNI.
0
20
40
60
80
100
120
Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste Brasil
%
1994 1999 2005
Proporção (%) de mulheres de 25 anos ou mais de idade que já realizaram alguma vez exame de mamografia, por anos de estudo – Brasil – 2003
PNAD 2003
24,3
34,4
42,0
45,9
51,5
68,1
0
10
20
30
40
50
60
70
80
Sem instrução
e menos de
1 ano
1 a 3 anos 4 a 7 anos 8 a 10 anos 11 a 14 anos 15 ou mais
Anos de estudos
%
Proporção (%) de mulheres de 25 anos ou mais de idade que realizaram alguma vez exame preventivo para câncer de colo uterino, por anos de estudo
Brasil – 2003Fonte: SINASC
72,6
81,5
87,9
93,1
87,0
55,8
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
Sem instrução
e menos de
1 ano
1 a 3 anos 4 a 7 anos 8 a 10 anos 11 a 14 anos 15 ou mais
Anos de estudos
%
Proporção (%) de nascidos vivos, por número de consultas de pré-natal e escolaridade da mãe – Brasil – 2005
Fonte: SINASC
14,4
2,7
6,4
20,9
1,2
6,9
19,9
23,7
3,8
0
5
10
15
20
25
Sem instrução 1 a 3 anos de estudos 12 ou mais anos de estudos
%
Nenhuma consulta 1 a 3 consultas 7 ou mais consultas
Indicadores municípios entre 50 e 100 mil hab com menor (Mte. Santo, BA, R$ 47,34 ) e maior renda per capita (Santana de Parnaíba, SP, R$ 762,05 )
ano 2000Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano – PNUD e DATASUS.
80,4
9,3
60,7
49,6
11,8
54,0
92,2
3,6
21,8
15,6
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
Mortalidade infantil Taxa analfabetismo
(25 anos ou mais)
Proporção de
pobres
% pessoas com
banheiro e água
encanada
% internações em
< 1 ano por doenças
infecto-parasitárias
%
Monte Santo - BA
(< renda per capita)
Santana de Parnaíba - SP
(> renda per capita)
Indicadores municípios entre 100 e 500 mil hab. com menor (Codó, MA,R$ 76,65) e maior renda per capita (São Caetano do Sul, SP, R$834,00)
ano 2000Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano – PNUD e SIH-SUS - DATASUS.
77,4
47,3
27,6
3,1 2,9
98,5
21,3
74,5
5,4
13,6
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
Mortalidade infantil Taxa analfabetismo
(25 anos ou mais)
Proporção de
pobres
% pessoas com
banheiro e água
encanada
% internações em
< 1 ano por doenças
infecto-parasitárias
%
Codó - MA
(< renda per capita)
São Caetano do Sul - SP
(> renda per capita)
Indicadores municípios com mais de 500 mil hab. com menor (Duque de Caxias, RJ, R$226,14) e maior renda per capita (Porto Alegre, RS, R$ 709,88),
ano 2000Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano – PNUD e SIH-SUS - DATASUS.
23,9
9,513,6
3,9
11,3
26,9
85,9
14,3
18,1
95,4
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
Mortalidade infantil Taxa analfabetismo
(25 anos ou mais)
Proporção de
pobres
% pessoas com
banheiro e água
encanada
% internações em
< 1 ano por doenças
infecto-parasitárias
%
Duque de Caxias - RJ
(< renda per capita)
Porto Alegre - RS
(> renda per capita)
Indicadores de saneamento básico, segundo região – BrasilFonte: IDB 2006
78,0
91,0
83,180,8
44,6 44,2
85,8
75,6
67,2
54,8
72,1
51,0
6,2
3,9
1,92,1
4,0
4,9
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
Norte Nordeste Centro-Oeste Sudeste Sul Brasil
%
0
2
4
6
8
10
%
Proporção (%) da população coberta pela rede geral de abastecimento de água, 2005
Proporção (%) da população coberta pela rede geral de esgotamento sanitário, 2005
Mortalidade proporcional por doença diarréica aguda em menores de 5 anos de idade, 2004
Prevalência de tabagismo (> 18 anos) no Brasil entre 1989 e 2003,segundo anos de estudo
Fonte: Monteiro et al., 2007
48,2
32,2
28,1
22,8
41,4
29,4 29,6
19,5
33,3
19,3
22,2
11,0
28,8
18,1
21,5
13,4
0
10
20
30
40
50
60
1989 2003 1989 2003
Homens Mulheres
Pre
valê
ncia
(%
)
0-4 5-8 9-11 = ou + de 12 Anos de estudos
Recomendações
Participação Relativa dos Órgãos no Total das Ações Selecionadas –2004-2006
2,3 4,7 1,27,0
22,1
2,311,65,8
8,1
4,7
11,6
4,7
3,55,8 3,5
1,2
MAPA
MCID
MCID
MDA
MDS
ME
MEC
MI
MJ
MMA
MS
MTRE
PR
PR/SEDH
PR/SEPM
PR/SEPPIR
Participação Relativa das Ações Estudadas por Tema – 2007
9,3
18,6
9,3
16,33,5
18,6
24,4
Agricultura
Ambiente/Habitação
Prev. e Combate a Violência e Prom. Direitos
Trabalho e Inclusão Produtiva
Alimentação
Educação, Esporte e Cultura
Proteção Social para Grupos Vulneráveis
Valores Totais Executados por Tema - 2006
10018.212.969Total
0,1730.734Trabalho e Incl. Produt.
88,7516.163.312Proteção Social
0,3359.955Prev.Comb. Violencia
0,4785.731Educação, Esp. Cult.
0,96174.755Ambiente/
Habitação
8,471.541.900Alimentação
0,86156.579Agricultura
%R$ (1.000)
Inter - setorialidade
Participação social
Intervenções sobre
DSS baseadas em
evidencias
Ações sobre os DSS
para promoção da equidade em saúde
Coordenaçãointersetorial
Evidencias ParticipaçãoSocial
Orientações Gerais de Políticas
relacionadas aos DSS
Políticas macroeconômicas, de mercado de trabalho, de proteção ambiental e de promoção de uma cultura de paz e solidariedade que promovam um desenvolvimento sustentável, diminuindo as desigualdades sociais e econômicas, a violência, a degradação ambiental e seus efeitos sobre a sociedade.
Orientações Gerais de Políticas
relacionadas aos DSS
Políticas voltadas para a melhoria das condições de vida da população, garantindo a todos o acesso a água limpa, habitação adequada, ambientes de trabalho saudáveis, serviços de saúde e de educação de qualidade, superando ações setoriais fragmentadas e promovendo um enfoque integrado nos diversos níveis da administração pública;
Orientações Gerais de Políticas
relacionadas aos DSS
Políticas de fortalecimento de redes de apoio e solidariedade de pessoas e comunidades, especialmente de grupos sociais vulneráveis, para participação em ações coletivas para melhoria de suas condições de saúde e bem-estar.
Orientações Gerais de Políticas
relacionadas aos DSS
Políticas que favoreçam mudanças de comportamento para redução de riscos e aumento da qualidade de vida, através de programas educativos, comunicação social, acesso facilitado a alimentos saudáveis, criação de espaços públicos para a prática de esportes e exercícios físicos, assim como proibição da propaganda de fumo e álcool.
Implementação de políticas sobre DSS
•Promoção da Saúde orienta ações setoriais e intersetoriais sobre os DSS
•Fortalecimento de uma instancia no MS para promover ditas ações
•Institucionalizar na Casa Civil uma Câmara Interministerial sobre DSS
Implementação de políticas sobre DSS
• Programa MCT/MS para apoio regular a projetos de pesquisa sobre DSS
• Sistema de informação (observatório) para monitoramento das iniqüidades de saúde e das intervenções sobre os DSS.
Implementação de políticas sobre DSS
• Capacitação de gestores atuantes nas diversas esferas de governo;
• Informação e comunicação a diversos setores da sociedade para promover maior participação na definição e implantação de políticas públicas relacionadas aos DSS.
Acordo FIOCRUZ/MS
• Estabelecer um ‘Observatório sobre DSS’ para monitoramento das iniqüidades em saúde, seguimento e avaliação de políticas e intervenções sobre os DSS;
• Desenvolver processos de capacitação presenciais e à distancia para gestores, profissionais de saúde e outros setores da área social;
• Realizar estudos e pesquisas sobre os DSS;
• Desenvolver processos de comunicação sobre os DSS a setores governamentais, acadêmicos, profissionais e ao público em geral.
Portal sobre DSS
• Informações e conhecimentos sobre DSS existentes nos sistemas de informação e na literatura mundial e nacional
• Monitoramento das iniquidades em saúde, seguimento e avaliação de intervenções
• Cursos virtuais para capacitação de gestores nas varias esferas de governo
• Informações a diversos setores da sociedade para promover maior participação na definição e implantação de políticas públicas sobre os DSS
• Espaços e oportunidades de interação para atores estratégicos como tomadores de decisão, gestores, pesquisadores, professionais de saúde, educação e outros.