como iniciar e ter sucesso na criaÇÃo de cavalos ... · modulo i – o inicio escolha da raÇa...
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COMO INICIAR E TER SUCESSO NA
CRIAÇÃO DE CAVALOS MARCHADORES
MODULO I – O INICIO
ESCOLHA DA RAÇA
PERFIL E LOCALIZAÇÃO DA PROPRIEDADE
FORMAÇÃO DE PASTAGEM
INFRAESTRUTURA DE BAIAS E ANEXOS INFRAESTRUTURA DE MANEJO
MODULO II – A SELEÇÃO
FORMAÇÃO DO PLANTEL DE MATRIZES
A COMPRA DO REPRODUTOR METAS DE SELEÇÃO
A EVOLUÇÃO DO MELHORAMENTO GENÉTICO DO PLANTEL
MODULO III – A MÃO-DE-OBRA E O MANEJO
ESCOLHA DA MÃO-DE-OBRA
ROTINA DE MANEJO DE BAIAS MANEJO DE CASCOS MANEJO DOS ANIMAIS NOS PIQUETES
MANEJO SANITÁRIO MANEJO DA ALIMENTAÇÃO MANEJO REPRODUTIVO
PROGRAMA DE CONDICIONAMENTO FISICO
PROGRAMA DE TREINAMENTO DE CABRESTO DOMA DE SELA
PROGRAMA DE TREINAMENTO DE SELA
MODULO IV – A VIABILIDADE FINANCEIRA
ALTERNATIVAS ECONÔMICAS DE ALIMENTAÇÃO
ADOÇÃO DE TECNOLOGIAS DE PONTA
PROGRAMA PROFISSIONAL DE GERENCIAMENTO MARKETING INSTITUCIONAL E COMERCIAL
CANAIS DE COMERCIALIZAÇÃO
ATIVIDADES PRODUTIVAS ALTERNATIVAS
MODULO I – O INICIO
ESCOLHA DA RAÇA
O Brasil tem 4 raças de andamento marchado: Mangalarga
Marchador, Campolina, Campeiro e Piquira. As principais são a Mangalarga Marchador e a Campolina. As diferenças
básicas entre ambas:
Porte – Bem maior o da raça Campolina, altura de cernelha
na faixa de 1,60m, enquanto a média para fêmeas e machos da raça Mangalarga Marchador é de 1,50m, sendo altura
ideal dos machos na faixa de 1,52m.
O cavalo Campolina é o maior marchador dentre as raças que
apresentam andamento marchado natural
O cavalo Mangalarga Marchador tem biótipo mediolineo, preservando
proporções equidistantes entre comprimento do corpo e altura da
cernelha; comprimento do dorso-lombo e comprimento da garupa. A
altura média para machos oscila entre 1,50 a 1,52m
Conformação – A região que melhor define a caracterização racial é o conjunto de frente –
cabeça/pescoço. A cabeça do cavalo Campolina é mais
longa, de formato trapezoidal (a imagem de um trapézio é imaginada entre as extremidades da boca e da base da
cabeça), perfil de chanfro suavemente convexilineo, orelhas longas e de formato lanceolado. A cabeça do cavalo
Mangalarga Marchador apresenta formato triangular (a imagem de um triângulo é imaginada tendo como vertices a
ponta da boca e as duas extremidades da base da cabeça),
perfil de chanfro retilineo, orelhas de comprimento médio e formato atesourado. O pescoço do cavalo Campolina é mais
longo, de direção rodada, o que confere um formato tendendo ao curvilineo. O pescoço do cavalo Mangalarga
Marchador é de direção obliqua, formato piramidal.
Todo o conjunto do cavalo Campolina é mais curvilineo, em
uma visão global considerando como pontos de referência o
perfil convexo do chanfro, a região superior convexa do
pescoço (porque a direção é rodada), a garupa um pouco
mais inclinada, na média, em relação à do cavalo Mangalarga Marchador.
A cabeça do cavalo Campolina é longa, sendo o perfil de chanfro
suavemente convelineo, como mostra a foto. O pescoço apresenta
direção rodada, sendo convexo na região superior e concavilineo na
região inferior
A cabeça do cavalo Mangarga Marchador tem comprimento mediano,
perfil de chanfro reto, sendo o pescoço de direção obliqua, formato
piramidal, de direção retilinea em ambas as regiões - superior e inferior
Pelagem – A pelagem prevalente na raça Campolina é a
baia, sendo que na raça Mangalarga Marchador é a tordilha, preta, castanha, alazã.
Pelagem baia, variedade de nome popular “baia amarela”, sendo a
mais prevalente na raça Campolina. Praticamente não incide na raça
Mangalarga Marchador. Além do pêlo de tonalidade amarela outra
caracterisitca é a tonalidade escura da região inferior dos membros, da
crina e da cauda.
Pelagem Alazã Sobre Baia, uma variedade da pelagem “baia amarela”
mostrada na foto anterior. O que difere ambas é que na pelagem alazã
sobre baia os membros, crina e cauda são de tonalidade avermelhada,
semelhante à tonalidade do corpo.
Pelagem Baia, variedade de nome popular baia clara, ou baia palha,
sendo a segunda mais prevalente. Esta pelagem incide na raça
Mangalarga Marchador, mas não tanto como na raça Campolina.
Pelagem castanha, uma das mais prevalentes na raça Mangalarga
Marchador
Pelagem Tordilha, também uma das mais prevalentes na raça
Mangalarga Marchador e pouco incidente na raça Campolina
Andamento – O mesmo para ambas as raças, podendo ser
na modalidade marcha batida ou marcha picada.
Os fatores a considerar na escolha de uma das duas raças:
1 – O mercado da raça Mangalarga Marchador é bem mais amplo, sendo mais fácil a comercialização. Mas como raça
nova em algumas regiões, a opção pela raça Campolina
pode ser uma vantagem, pela menor concorrência de mercado, o que pode aumentar a liquidez, e até mesmo os
preços de venda. Todavia, será necessário investimento em marketing.
A média de preços praticados nos leilões de elite, ou seja, dos principais criadores, não serve de referência caso o novo
criador não tenha potencial para competir no mercado de elite, o qual requer investimento elevado para iniciar o
criatório, principalmente na compra de matrizes. Os preços praticados no segmento dos pequenos e médios criadores
tem como referência os preços de mercado do segmento de
usuários, ou seja, da fatia de mercado que tem como foco o uso do cavalo em passeios, cavalgadas e provas de marcha
regionais. O mercado de usuários é o mercado de proprietários, não de criadores, mas estão sempre
renovando o plantel, para uso entre amigos e familiares nos finais de semana, feriados, férias. O mercado de usuários é
maior do que o mercado de criadores.
O mercado de pequenos e médios criadores é bem maior do
que o mercado dos grandes criadores, os chamados criadores da elite. Os pequenos e médios criadores
geralmente compram potras e/ou éguas de valor mais baixo, para uso na reprodução, mas muitos fazem
investimento alto na compra do reprodutor ou de
coberturas.
2 – Se o foco da comercialização é tambem o mercado
internacional a raça Mangalarga Marchador está bem adiante
da raça Campolina, tendo associações oficiaiizadas na
Alemanha e Estados Unidos, além de criadores na Itália, Portugal, Argentina.
3 – Se o novo criador é pessoa de elevada estatura poderá
optar pela raça Campolina. Algumas pessoas muito altas não se sentem totalmente confortaveis quando montadas em
cavalos de porte pequeno ou médio. Mas de uma forma
geral, o porte do cavalo Mangalarga Marchador é universal, atendendo a média de porte do brasileiro. Na verdade, um
dos entraves ao crescimento mais rápido da raça Campolina foi exatamente o porte, porque até o final do século passado
eram valorizados animais de altura de cernelha bem acima
do ideal estabelecido pelo Padrão Racial, que é na faixa de 1,60 a 1,62m. Pessoas que não dominam bem a técnica da
equitação têm dificuldade em conseguir montar cavalos muito altos, além do próprio medo de montar um cavalo
muito grande.
4 – Como raça de grande porte o Campolina é um pouco
mais exigente na alimentação. Um cavalo, ou égua adulta, requer para manutenção em torno de 1 a 2kg de ração a
mais por dia, em comparação com a raça Mangalarga Marchador, além de um volume maior de volumosos (pasto,
capim de corte e/ou feno).
Éguas Campolina em pastejo são um pouco mais exigentes do que éguas
Mangalarga Marchador, devido ao maior porte. A categoria que mais
consome capim é a de éguas paridas, devido à demanda de nutrientes
para produção de leite. Há também o consume adicional pelas crias, que
ja começam a pastar no primeiro mes de vida
PERFIL E LOCALIZAÇÃO DA PROPRIEDADE
O primeiro passo para iniciar a criação é comprar uma propriedade. Uma compra errada afetará o sucesso da
criação.
A localização deve ser estratégica nos seguintes aspectos:
1 – Fácil acesso, por via asfaltada. Estradas de terra de grande distância limitam as visitas de compradores em
potencial, dos próprios familiares e amigos, além de gerarem mais custos operacionais, sendo que as dificuldades
de acesso agravam-se durante os periodos de chuva;
2 – Proximidade de centro consumidor – Se o mercado da
região não for bom para a raça, dificultará a comercialização. No caso da raça Mangalarga Marchador o
crescimento foi tanto nos ultimos anos que se encontra bem
distribuida em todas as regiões do Brasil. No caso da raça
Campolina o mercado mais forte é na região sudeste, seguido pela região nordeste e centro-oeste. A raça ainda é
pouco criada nas regiões norte e sul.
3 – Proximidade à uma rodovia de grande fluxo de veiculos
– se a propriedade está localizada na margem de uma rodovia de grande fluxo de veiculos será um importante
marketing para o criatório, através da colocação de outdoor,
um moderno painel digital, além da própria divulgação na entrada do haras, que deve explorar bem este tipo de midia.
O perfil ideal da propriedade:
1 – A topografia plana ou levemente ondulada, facilita a formação e manejo das pastagens, além do próprio manejo
dos animais. Outra vantagem é a redução de custos, pois
áreas de topografia montanhosa dificultam a mecanização agricola;
2 – O clima da região não deve ser úmido, pois é
inadequado à preservação da boa saúde dos animais ao
longo do ano. O índice pluviométrico e distribuição de chuvas ao longo do ano deve ser bem analisado. Uma região
de baixo índice pluviométrico acarretará em custo mais elevado com suplementação alimentar do plantel, pois o
capim das pastagens sofrerá paralização de crescimento;
3 – O solo não deve ser pobre, para não onerar custo de
produção inerente ao gasto com fertilizantes e outros corretivos de solo;
4 – A propriedade deve dispor de aguadas fartas, podendo
ser rio e riachos perenes, açúdes que não secam no periodo de estiagem. Uma vantagem importante da disponibilidade
de água abundante é a possibilidade de irrigar piquetes
(pequenas áreas destinadas ao pastejo) e, principalmente,
áreas de produção de feno e/ou capim de corte;
5 – Se a propriedade ja está formada com pastagem
adequada, e tendo infra-estrutura para equinos, será uma grande vantagem. Todavia, o investimento com a compra de
uma propriedade com este perfil será mais elevado. No entanto, o novo criador deve considerar entre comprar uma
propriedade de area maior, ainda não formada, ou uma
menor, ja formada, que seja suficiente para atender o porte do plantel;
6 – A área deve ser suficiente para criar, sem dificuldade, o
numero de animais do plantel final estabilizado. Caso contrário, o novo criador terá custos elevados com a
suplementação alimentar.
FORMAÇÃO DE PASTAGEM
Salvo algumas exceções, dependendo da região, os pastos
nativos são de capins de baixo valor nutritivo. Assim sendo, quase invariavelmente, será necessário formar a pastagem
com um capim nobre, de elevado produção e valor nutritivo.
Alguns exemplos clássicos de pastagens nativas:
- Região Sudeste: notadamente em Minas Gerais, há um
predominio de pastos nativos de capim gordura, que é um bom capim para a estação sêca, mas não para uso ao longo
do ano, pois tem baixo teor proteico. O nome cientifico é Melinis minutiflora, sendo nativo da África, mas plenamente
adaptado ao Brasil, ao ponto de ter si tornado planta nativa.
Atualmente é um capim indesejavel pois é invasora de
ecossistemas naturais, notadamente as regiões de cerrado onde se alastra por cima da vegetação nativa que após certo
tempo morre por causa do sombreamento. Outro maleficio
é que favorece a proliferação de incêndios no cerrado.
Capim gordura, quando em estado maduro apresenta cor roxa, do caule
e da floração
- Sul da Bahia: O capim Colonião, cujo nome cientifico é Panicum maximum, é o capim predominante, sendo planta
perene, originária da África, sendo um bom capim para criar equinos a campo, além de ser um dos melhores para a
engorda de bovinos, que é a atividade pecuária tradicional
dessa região. O porte é grande, formando densas touceiras que chegam a atingir de 2 a 3m de altura. O clima ideal é o
tropical, quente e úmido.
Capim Colonião, caracterizado pela formação de touceiras densas e
altas, podendo atingir até 3m de altura
- Norte de Minas e centro-oeste do Brasil: predominam
os pastos nativos de cerrado, com capins e leguminosas que podem nutrir bem os equinos, mas não durante a longa
estação de estiagem, pois o solo em geral é de baixa
permeabilidade.
Vegetação tipica do ecossistema de cerrado
- Região Norte: Há um predominio de pastagens de capim
humidicola, que é uma braquiária, tendo sido amplamente disseminado nas fazendas. A origem é do continente
africano. Com o tempo, passou a ser conhecido como
Quicuio da Amazônia, tendo formação praticamente natural na região norte. As vantagens são a rusticidade, adaptando
bem a diferentes tipos de solo, resistente à sêca e a rebrota é rápida com o reinicio das chuvas. A palatabilidade não é
boa, porque as folhas são muito duras e têm sabor um
pouco amargo, como a maioria das braquiárias, que não são em aceitas pelos equinos. A Brachiária humidicola é uma das
poucas braquiarias que os equinos pastam. Mas esse capim
produz excesso de oxalatos, sais de ácido oxálico, que
combinam com íons do cálcio presente na graminea, resultando na formação de oxalato de cálcio, um composto
insolúvel, não assimilado pelo metabolismo, resultando em
deformações ósseas. A Osteomalácia, conhecida comumente como “cara inchada”, é a principal deformação
óssea. Como o nome sugere, é caracterizada pelo inchaço dos ossos da cabeça, geralmente na região do chanfro.
Gradativamente, como o cálcio não é assimilado pelo
sangue, passa a ser retirado dos ossos, sendo que na área da retirada é formado tecido fibroso. O animal perde peso, a
fertilidade é reduzida, diversas funções orgânicas serão afetadas.
Capim Brachiária humidícola, caracterizado por talos e folhas finas
– Região Nordeste: Há um predominio de pastagens de
capim Pangola, que não é nativo, mas foi amplamente
desseminado nas fazendas. O Pangola é originário da África
do Sul, mas foi introduzido no Brasil a partir de mudas
vindas dos Estados Unidos. A palatabilidade é muito boa,
sendo perene, e bem resistente à seca, porém as pastagens não têm boa capacidade suporte durante longos periodos de
estiagem. O valor nutritivo é mediano, sendo necessária a
suplementação dos animais durante os meses da estação
sêca.
Capim Pangola, porte baixo, caracterizado pela folhas finas, vegetação
densa, mas raleando um pouco durante periodos de longa estiagem.
A pastagem deve ser formada com um capim nobre, sendo um dos mais recomendados o Tifton, que se propaga
facilmente através de mudas, na forma de longos talos, dispostos nos sulcos em sentido horizontal. Além da
facilidade do plantio e da rápida formação, o Tifton
apresenta outras vantagens, tais como: o elevado valor nutritivo, principalmente o teor de proteina, em torno de
14%; boa palatabilidade; boa capacidade suporte; possibilidade de ser usado como capim de corte, pois o
crescimento é muito rápido (dependendo do solo, das chuvas e da fertilização – até 1cm por dia); o melhor capim
para a produção facilidade de feno de boa qualidade. Em
média, ao longo do ano, um hectare de Tifton tem
capacidade para suportar o pastejo de 3 a 5 potros e de 2
cavalos adultos. Porém, estes numeros podem triplicar por
hectare no caso do pastejo rotativo, ou da possibilidade de irrigação.
Piquete de Tifton, bem formado e limpo, no ponto para pastejo ou para
corte visando a produção de feno
Detalhe das ramas do capim Tifton, usadas para o plantio
Antes de iniciar o procedimento de formação da pastagem
deve ser feita a divisão e marcação provisória dos piquetes, de acordo com o manejo das diversas categorias – potros,
potras, éguas, garanhões, cavalos de serviço. A categoria de
éguas deve ser subdividida em éguas solteiras, éguas
paridas, éguas gestantes, eguas parturientes. O numero de piquetes para cada categoria dependerá do porte do
criatório:
O numero minimo de piquetes, para um plantel de pequeno
porte, estabilizado em mais ou menos 10 matrizes (além dos potros e potras), deve ser distribuido da seguinte forma:
Potros e potras - 2 piquetes de 1 ha para cada categoria;
Éguas – 2 piquetes de 1 ha para cada categoria – éguas solteiras, éguas paridas, éguas gestantes; e 1 piquete de
1ha para as éguas parturientes;
Cavalos e muares de serviço – 1 piquete de 1 ha;
Garanhões – 1 piquete de 3 a 4 mil metros quadrados,
anexo a uma baia;
Piquete reserva – pelo menos um piquete de 1ha, podendo ser usado para corte do Tifton e fornecimento verde, sem a
necessidade de picar. Mas faltando 30 dias para inicio da
estação seca o piquete reserva deve ser mantido para uso no periodo da estiagem. Importante que pelo menos este
piquete reserva e as areas de fenação e capim de corte (capineira) sejam irrigados.
Área para produção de feno – 1ha
Área para produção de capm de corte – 1 ha
Com base nessa distribuição de piquetes, e considerando
uma área extra de 4ha compondo áreas de mata, da casa
sede, pomar, aguadas e para atividades produtivas
alternativas, a área total da propriedade a ser comprada soma em torno de 20ha. Essa é a area ideal para implantar
um haras de pequeno a médio porte, ou seja, com plantel
estabilizado variando entre 10 a 20 matrizes. Caso for
implantado o pastejo rotativo e havendo possibilidade de irrigação, a area total poderá ser reduzida para a faixa de 10
a 15ha.
Se o manejo rotativo de pastejo for implantado, durante o
periodo de chuvas mais intensas o periodo de pastejo em cada piquete deve ser em torno de um mes para as diversas
categorias. Mas durante o periodo de menos chuvas o
rodizio de piquetes deve ser feito a cada 15 dias, em média.
No organograma orientado as áreas destinadas a produção de feno e capim de corte são suficientes para atender
necessidade de suplementação durante periodos de estiagem. O feno deve ser estocado para uso durante a
sêca. O capim de corte deve ser o Paraiso, que é mais
produtivo, tem teor proteico bem mais elevado em relação aos capins comuns de corte – Napier e Camerum, e é de
formação mais barata, pois a multiplcação se dá por sementes.
Capim Paraiso, o melhor para formação de capineira. Notar a boa
relação folha/caule e o teor proteico é o mais alto dentre os capins de
corte
Antes do plantio do capim o terreno deve ser preparado com o procedimento padrão de arar, gradear, aplicar calcáreo
para correção do solo e adubação. A correção de solo e adubação são feitas de acordo com o resultado da análise de
solo.
Após a formação dos piquetes devem ser construidas as
cercas. Uma forma de reduzir custos é utilizar arame liso revestido com tudo PVC uma polegada. Apenas o arame liso
não deve ser usado, pois é risco de acidentes graves. Com o tempo o arame torna-se frouxo, principalmente porque os
animais têm o hábito de se apoiarem no arame, para coçar o
corpo. Os animais podem prender as patas, geralmente de membros anteriores, ocorrendo cortes profundos, e até
mesmo lesões irrecuperaveis, na estrutura óssea, de tendões ou de ligamentos. A segunda opção para construção
da cerca é usar arame farpado. As estacas são colocadas a cada 1,5 a 2,0m, altura entre 1,20 a 1,40m, 4 fios de
arame.
As estacas de eucalipto tratado são as de custo mais baixo. Outra forma de reduzir custo com numero de estacas é usar
balancins, que são cabos de aço fixados nos arames, sentido
vertical, em cada espaçamento entre estacas. Nos cantos da
cerca devem ser fixados nas estacas os esticadores, que são de cabo de aço, dispostos no sentido diagonal, para dar
melhor sustentação à estrutura da cerca.
Cerca de arame liso, estacas de eucalipto tratado. Detalhe do esticador,
um cabo de aço na diagonal, para melhor sustentar a estrutura da
cerca. Há também os balancins, colocados no sentido vertical
Desenho orientando construção de cerca
Cerca de arame farpado em pasto nativo de cerrado
Os piquetes de garanhões e de éguas parturientes devem
ser de régua, para maior segurança. O numero minimo de três reguas de 10 a 15cm de largura por 2 a 2,5cm de
espessura, a primeira sendo dispostas a 40cm do solo, a
segunda com espaçamento de mais 30cm e a a rédua superior com espaçamento de mais 30cm.
Piquetes de três réguas
Em cada piquete, exceto o de garanhão, deve ser colocado
um cocho coberto para suplementação de sal mineral, feno e capim picado.
Ao fundo coberta com cochos e bebedouro. À frente, sobre a cerca,
modelo de fenil, de acesso simultaneo aos dois piquetes
Modelo simplificado de cocho pré-fabricado para fornecimento de
capim picado e ração nos piquetes
Todos os piquetes devem ter água corrente, sendo o sistema
mais prático o abastecimento por gravidade, ou seja, uma
caixa d’ água localizada em nivel superior aos piquetes. Caso a propriedade tenha reservatórios naturais de água será
uma boa economia, sem a necessidade de gastar com encanação e bebedouros para alguns piquetes.
INFRAESTRUTURA DE BAIAS E ANEXOS
A localização do complexo de baias deve ser estratégica,
preferencialmente em terreno plano, para reduzir custos
com a construção. O local deve ser bem ventilado, pois é mais saudavel para os animais. De preferência a frente das
baias deve ser em direção ao sol nascente. Caso houver árvores de grande porte na proximidade, não devem ser
cortadas, pois o sombreamento em dias de sol intenso
também é saudavel. Outra dica é que as áreas de capim de corte devem ser próximas ao complexo de baias, para
reduzir tempo de mão-de-obra com o manejo alimentar, bem como reduzir custos com transporte.
As baias não devem estar localizadas muito próximo à entrada do haras, para garantir uma certa segurança. Uma
boa distância da casa sede deve ser mantida, para evitar odor e reduzir incidência de môscas ao redor da casa sede.
Mas a casa do gerente do haras deve ser próximo ao complexo de baias, para facilitar a assistência a qualquer
tempo aos animais.
O numero de baias varia de acordo com o porte do plantel:
Plantel de pequeno porte – 10 matrizes, serão
necessarias pelo menos 5 baias, para uso pelos melhores potros (as), selecionados para exposição. Mas há também a
necessidade de preparar melhorar os potros (as) que se
destinam a venda em leilões. As éguas raramente são mantidas embaiadas porque a finalidade é a reprodução.
Plantel de médio porte – 20 matrizes, serão necessárias
pelo menos 10 baias.
Plantel de grande porte – acima de 20 matrizes, serão
necessárias de 15 a 20 baias.
O tamanho das baias para animais adultos – 4 x 4m e para
animais jovens – 3 x 3m. A baia dos garanhões deve medir um pouco mais, em torno de 5 x 5m. Importante ressaltar
que o melhor sistema de criação não é o intensivo, mas sim
o extensivo, sendo os animais mantidos a pasto. Caso for
necessario embaiar, o sistema deve ser o semi-intensivo, soltando os animais parte do dia. A baia torna o animal
inquieto, mentalmente estressado, podendo adquirir vicios,
tais como: morder madeira; intenção de morder até mesmo pessoas que se aproximam da baia; cavar o piso,
danificando os cascos; dentre outros vicios. Outro problema de criar embaiado é o desenvolvimento de desvios de
aprumos e a maior incidência dos distúrbios digestivos, pela
falta de exercicios para auxiliar a digestão.
O modelo ideal de baias é o semi-aberto, pois é mais ventilado, e possibilita uma melhor socialização entre os
animais. Caso as baias forem fechadas, as portas não devem ser inteiriças, sendo melhor uma divisão de duas portas,
sendo a que a superior poderá permanecer aberta durante o
dia. Ainda no caso de baias totalmente fechadas, é orientada a colocação de uma janela na parede do fundo, para
favorecer a ventilação, e também reduzir no interior da baia a amônia exalada da urina, a qual é prejudicial à saúde. Nas
paredes divisórias entre baias deve ser feita uma abertura para permitir uma melhor socialização entre os animais. Esta
abertura pode ser feita com grade de ferro, altura do solo
de, aproximadamente 1,50m, sendo o tamanho de 0,80 a 1,00m de comprimento por 0,60 a 0,80m de largura.
O piso das baias de menor custo é o de terra batida. Uma
opção de custo mais elevado é construir um sistema de filtragem da urina e agua, com base em duas out res
camadas de brita fina intercaladas com carvão. Uma outra
opção é o piso de borracha, mas requer maior mão-de-obra com lavagem diária do piso e dos animais, que se sujam
muito com a umidade da urina e fezes.
As fotos em seguida ilustram diferentes modelos de baias.
Baias fechadas, mas com janelão que pode ser aberto. Na extremidade
mostrada na foto foi construida uma area de apoio, para casqueamento
e trato do pêlo, alem da disponibilidade de um cocho. Na outra
extremidade está o escritório, quarto de sela, area da maquina
forrageira e lavador
Baias semi-abertas, bem ventiladas, possibilitando boa socialização
entre os animais. À frente, uma boa area cimentada que pode ser usada
para mostrar animais em dias de chuva e nas praticas de manejo, como
o casqueamento/ferrageamento, trato do pêlo, arrear para treinamento
de sela.
Baias semi-abertas, bem ventiladas. Notar nas paredes as argolas para
colocação dos cabrestos de contenção dos animais para as práticas de
manejo.
Baias semi-abertas, mas dentro de um galpão, com corredor central
Baias semi-abertas. Notar na parede divisória a abertura em grade de
ferro, que possibilita contato visual e oltativo entre os animais
Baias semi-abertas, de custo baixo, pois a madeira é eucalipto tratado e
o telhado de telhas pré-fabricadas
Em dois cantos da baia devem ser dispostos os cochos, de
ração e de volumosos. A altura dos cochos pode variar de 0,60 a 0,80m, dependendo da categoria – potros (as) ou
cavalos/éguas. O tamanho dos cochos é na faixa de 0,60m.
Como são colocados nos cantos, não há medida de largura.
A profundidade de 0,30 a 0,40m. Acima do cocho de capim de corte deve ser colocado o fenil, que é uma grade de ferro
para colocação do feno. À medida em que o cavalo come o
feno caem pedaços dentro do cocho e, posteriormente, o resto será aproveitado.
O bebedouro deve ser disposto em um terceiro canto da
baia, oposto aos cantos onde estão os cochos. A água do
bebedouro deve ser corrente, com sistema de bóia. Pelo menos uma vez por semana o bebedouro deve ser limpo,
pois mesmo estando disposto longe dos cochos caem restos de comida da boca sempre que o cavalo bebe água.
No quarto canto da baia deve ser colocado o saleiro, que
deve ter uma divisória central, para que o sal comum seja
fornecido à parte da mistura mineral balanceada. Esta prática de manejo é importante, porque o cavalo tem a
capacidade de autoregular o consumo de sal mineral, de acordo com a exigência metabólica. Animais em treinamento
intensivo perdem muitos sais no suor, sendo a maior perda do cloreto de sódio, que é o componente do sal comum.
As fotos em seguida ilustram cochos, saleiros e bebedouros para baias.
Baia de tijolos pré-fabricados (blocos), de custo mais baixo. Cocho de
volumoso à esquerda, um pouco maior do que o cocho de ração à
direita. Este mesmo modelo serve para bebedouro, porém um pouco
menor, e com sistema de bóia, para controlar o fluxo da égua
Grade de ferro para colocação do feno, denominada fenil, devendo ser
fixada acima do cocho de volumosos. O cocho da foto deveria ser maior,
não arredondado, mas na diagonal, em linha suavemente em curva,
como os modelos da foto anterior
Balde com alça de apoio, podendo ser usado como cocho móvel para
fornecimento de ração
Modelo de bebedouro com bóia
Modelo de bebedouro com bóia, para piquetes
Modelo de fenil para uso em piquetes, possibilitando acesso dos animais
por ambos os lados
No caso do plantel de pequeno porte as duas baias maiores,
do garanhão e de égua parturiente, devem ser anexas a um piquete, conforme já foi orientado. Em caso de no futuro o
haras ter 2 reprodutores a baia da égua parturiente poderá
ser utilizado para o segundo garanhão, não havendo
problema em manter as éguas parturientes somente no piquete maternidade.
Uma infraestrutura importante para facilitar suplementação das éguas durante os periodos de estiagem, caso a
suplementação não for feita diretamente no próprio piquete através do fenil (como mostrado na foto anterior) é o que se
chama popularmente de “Lanchonete”. Na frente do cocho
são construidas divisórias de três réguas, altura de 1,20m, espaçamento, largura de 1,00m. Cada égua é alimentada
em separado.
Sistema de alimentação chamado popularmente de “lanchonete”,
construido em estrutura de ferro, em galpão originalmente utilizado
para gado de leite
Sistema de alimentação coletiva de potros (as). A ração é colocada nos
cochos individuais e o feno no chão, pelo lado de fora.
Outros anexos do complexo de baias: Selaria e acessórios de montaria – as selas devem ser
colocadas sobre cavaletes apropriados, bem como as mantas. Uma opção para ganhar espaço é fixar armadores
na parede. Os cabrestos e cabeçadas com embocaduras devem ser pendurados na parede. Importante dar
manutenção correta, pelo menos uma vez por mes,
limpando todo o arreamento e aplicando óleo para reduzir ressecamente do couro.
Selas colocadas sobre armadores fixados na parede
Cabrestos e cabeçadas de embocaduras colocadas em ganchos fixados
na parede
Escritório e farmácia – No próprio escritório pode estar
disposta a farmácia, pois os medicamentos são guardados em prateleiras.
Laboratório – Será necessário caso o haras adotar as
práticas de Inseminação Artificial e/ou Transferência de Embriões.
Depósito de ração, feno e máquina forrageira – Tudo pode ser na mesma área, um mini-galpão. A máquina
forrageira pode ser utilizada tanto para o corte do capim (se for utilizada capineira), como de certos alimentos
alternativos de suplementação - cana forrageira, rolão de
milho, parte aérea da mandioca, amendoim forrageiro, dentre outros.
Depósito de cama para as baias – basta uma área de 4 x
4m, sendo o material mais utilizado a serragem, que pode ser fornecida em fardos, para facilitar o armazenamento.
Serragem para cama de baia armazenada em fardos
Esterqueira – deve ser localizada em local afastado das
baias, para reduzir moscas nas baias. Um modelo simples,
de custo baixo é construir 4 compartimentos de mais ou
menos 3 x 3m cada um, divisórios de bambu em pé, a um metro de altura. A cada semana a limpeza das baias deve
ser colocada em um compartimento. Ao final do primeiro
mes, retirar o esterco do primeiro compartimento, e assim sucessivamente, a cada semana, para adubação da
capineira, area de fenação ou pomar, conforme for a necessidade.
Brete - para manejo reprodutivo, manejo de cascos e trato do pêlo
Brete de estrutura em ferro
Brete em estrutura de madeira. Os paus roliços são retirados e
colocados com facilidades, em todos os lados, o que é importante, para o
acesso do animal
Brete de estrutura em madeira, peças fixas
Brete de estrutura em madeira, com peças móveis
Lavador – área cimentada, plana, com canaletas, argolas
fixadas na parede para facil contenção, ou em esteio de madeira com argola
Lavador com espaço para dois animais, piso bem nivelado, com suave
declive para escoamento da água. O lavador de custo mais baixo é anexo
a uma das paredes de extremidade do complexo das baias
Lavador simplificado, em piso cimentado construido em uma das
extremidades do complexo de baias. Notar o sistema de contenção em
estrutura de madeira.
INFRAESTRUTURA DE MANEJO
Trato do pêlo – é feito no brete de manejo reprodutivo ou
com o animal contido em argolas colocadas em esteio ou na parede.
Manejo dos cascos – inclui o casqueamento e
ferrageamento, podendo ser feito em local conforme orientado para o trato do pêlo. Mas é imprescindivel que o
piso seja plano, para facilitar avaliação correta do
alinhamento e angulação dos membros.
Manejo reprodutivo – é feito no brete, através da apalpação retal para diagnóstico da prenhez, ou
acompanhando da ovulação; uso do equipamento de
ultrasonografia; inseminação artificial; transferência e coleta
de embriões.
Manejo sanitário – Também é feito no brete, incluindo as
vacinações periódicas, vermifugações, banhos carrapaticidas
e atendimento de emergência.
Condicionamento fisico – Envolve a prática dos exercicios
gerais e especificios visando o fortalecimento da ossatura e musculatura. A infraestrutura básica inclui um redondel ou
ovalel, pista de treinamento, piscina ou outro local alternativo para o exercicio da natação. Uma infraestrutura
moderna é o andador mecânico, que pode movimentar de 2
a 6 animais ao mesmo tempo, reduzindo o tempo com a mão-de-obra.
Piscina artificial. Medida ideal em torno de 50 m de comprimento por
2m de largura e 3m de profundidade, com rampa de declive suave e piso
poroso para fácil entrada e saida. O animal é conduzido ao cabresto
pelo treinador
Plataforma de madeira em açude, facilitando a condução do animal,
sendo que do lado direito é exercicio de caminhada com água na altura
do tórax e no lado esquerdo é exercicio de natação
De uma maneira mais simplificada, e de menor custo, o exercicio de
natação em açudes é feito com o animal sendo conduzido em um dos
lados, tendo um esteio com argola em cada extremidade. Ambos os
esteios são ligados por um cabo de aço bem esticado. No cabo de aço é
colocada uma argola de ferro movel. Uma corda é fixada na argola do
cabo de aço e na argola da cabeçada do cabresto. Através de uma outra
corda fixada tambem na argola da cabeça do cabresto o treinador
conduz o animal no exercicio da natação.
Se a opção for pelo redondel a dimensão deve ser de,
aproximadamente, 20m de diâmetro, piso de terra batida ou
de areia com camada de apenas 4 a 5cm. Redondel de
diâmetro reduzido força muito as articulações, tendões e ligamentos, pois o exercicio de guia é feito em circulos mais
fechados. Se o piso for de areia muito fofa também haverá
sobrecarga nas estruturas de membros anteriores e posteriores.
O melhor modelo de redondel é o coberto e fechado, pois
além de possibilitar a continuidade do treinamento em dias
de chuva, favorece uma melhor concentração dos animais nas lições de treinamento.
Redondel de tamanho adequado, cerca de réguas, bem feita, segura.
Redondel coberto e fechado, possibilitando continuiade do treinamento
em dias de chuva e favorecendo uma melhor concentração do animal
nas lições do aprendizado
Vista interna do redondel coberto e fechado nas laterais
Redondel descoberto, mas fechado, favorecendo uma melhor
concentração dos animais nas lições do aprendizado
No caso do ovalel a dimensão é de, aproximadamente, 20 a 24m de comprimento por 16 a 18m de largura. A cerca deve
ser de réguas, minimo de 4 réguas, altura minima de 1,20m. O ovalel é melhor porque o animal alterna esforço
fisico em reta e em meia curva, não continuamente em circulos, como no caso do redondel.
Ovalel para doma e treinamento de animais jovens e adultos, além do
uso para prática de exercicios de condicionamento físico – guia e
exercicio em liberdade
O tamanho minimo da pista de treinamento é de 70 a 80m
de comprimento por 40 a 50m de largura. A vantagem de uma pista maior, em torno de 100 x 60m, é que parte dela,
ao centro, será destinada a montar os obstáculos para
treinamento de provas funcionais – balizas, tambores,
saltos, recuo, etc. Este percurso também serve para o treinamento da marcha, pois favorece o desenvolvimento da
flexão como um todo, do pescoço, tronco e membros.
Nos julgamentos da raça Mangalarga Marchador a prova
funcional é oficial, obrigatória para todos os animais adultos que participam dos julgamentos de Morfologia e Andamento.
A classificação da prova funcional serve como desempate,
além da própria valorização do prêmio de campeão da prova funcional.
Pista de treinamento, estratégicamente localizada em frente ao
complexo de baias e area de apoio para visitantes e realização de
eventos
Pista de treinamento de cabresto e de marcha. Notar a area em piso de
areia ao redor da area em grama, o que é importante para o animal ser
treinado nos dois tipos de piso, alem da maior segurança do piso de
areia em dias de chuva
Doma de sela - inicialmente, é feita no redondel, ou ovalel. Em seguida na pista de treinamento e, posteriormente, em
estrada também. O importante ‘e nao iniciar em espaco aberto, para limitar os movimentos do animal que ainda nao
esta sob controle pelo treinador. Outra justificativa ‘e que a
cerca serve como orientacao para o animal desenvolver os andamentos, alem de ajudar o treinador na execucao das
viradas e do recuo.
Treinamento para competições – sendo de cabresto é conduzido no redondel (ou ovalel) e na pista. Se o
treinamento é de animais montados pode ser conduzido nos
mesmos espaços utilizados para o treinamento de animais
ao cabresto, e também na estrada.
Embarcadouro – Deve ser localizado em local de fácil
manobra para grandes caminhões, terreno firme, sem risco de formar lama em dias de chuva
Rampa para embarque de animais. A altura deve corresponder a
padrao de caminhoes