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Como Preservar a Paz de Jesus na
Mente e no Coração
Por
Silvio Dutra
Jun/2019
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A474 Alves, Silvio Dutra Como preservar a paz de Jesus na Mente e no
coração Silvio Dutra Alves – Rio de Janeiro, 2019. 27p.; 14,8 x21cm 1. Teologia. 2. Vida Cristã. 3. Alves, Silvio Dutra. I. Título. CDD 252
3
Quando perdoamos os outros, isto não produz qualquer efeito neles, senão em nós mesmos, quanto a preservarmos a paz de Jesus em nossa mente e em nosso coração.
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Além do perdão citado no nosso pensamento
de abertura, muitas outras condições são
impostas para que possamos preservar a paz de
Jesus em nossa mente e coração.
A primeira e evidente e lógica condição para se
ter a paz de Jesus é que se pertença a Ele, por
meio do arrependimento inicial que consiste
em virarmos as costas para o pecado e nos
voltarmos para Deus, por meio da fé em Jesus.
Isto é necessário para a nossa reconciliação com
Deus, que consiste no término da guerra que
havia entre nós e Ele por causa do pecado não
perdoado. Mas, em Jesus, alcançamos a paz
objetiva que consiste nesta paz de reconciliação
com Deus, a qual conseguimos por meio da
justificação, pois “justificados pela fé, temos paz
com Deus por meio de nosso Senhor Jesus
Cristo.”
Agora, uma vez alcançada tal paz objetiva,
instantaneamente em nossa vida por meio da
justificação e novo nascimento do Espírito
Santo, necessitamos da paz subjetiva de nossa
mente e coração, que pode ser alcançada
somente por meio da santificação. Isto
demandará a prática continuada de exercícios
de piedade, especialmente no que diz respeito a
negarmos a nós mesmos, e a suportarmos
5
injúrias e toda sorte de circunstâncias adversas
em nossa luta contra a carne, o diabo e o mundo.
Não podemos esquecer que a paz que Jesus nos
deixou como legado, foi obtida por Ele por meio
do castigo que sofreu, suportando com
paciência todo tipo de tentação com que somos
tentados, até a morte de cruz.
Então, está determinado por Deus que a nossa
paz deve seguir o mesmo exemplo do nosso
Salvador, que tinha paz de mente em todas as
circunstâncias, e assim glorificava o Pai,
demonstrando o Seu poder para nos manter
sossegado e em paz em meio a todas as
tribulações.
Que glória Deus teria para receber da nossa
parte se a nossa paz fosse como aquela que o
mundo dá, e que consiste em remoção de
dificuldades, em poder e dinheiro para
contornar situações difíceis, e ter o diabo como
nosso companheiro facilitando as coisas para
nós, para que possamos demonstrar que
alcançamos pelo nosso próprio esforço,
independentemente de Deus algo como aquele
estado de Nirvana que os tibetanos alegam
supostamente ter alcançado?
6
Não, no caso dos crentes, a paz será concedida a
eles enquanto permanecem na prática do bem e
da justiça, a par de todas as injúrias e
perseguições que possam sofrer neste mundo,
direta ou indiretamente. Falamos que estas
perseguições podem ser indiretas por causa de
todo o pecado que observam neste mundo,
especialmente naqueles que deveriam dar o
exemplo para os demais, como no caso das
autoridades constituídas em todos os níveis
para manter a paz na sociedade, e que se
entregam à prática da injustiça e da corrupção.
É portanto, grande armadilha para que o crente
perca a sua paz, permitir-se ficar irritado e irado
com as injustiças que ele vê sendo praticadas no
mundo. Quando isto acontece, imediatamente
ele perde a paz de mente e coração, porque Deus
é de paz, e não tem raiva dos pecadores, senão
que ama o pecador e odeia apenas o pecado.
Deus é longânimo e misericordioso e como seus
filhos devemos imitá-lo nestas virtudes por
aprendermos a não ficarmos irados e
indignados por causa das injúrias que sofremos
direta ou indiretamente.
É pela paz de nossa mente e coração em meio a
todas as circunstâncias que revelamos ao
mundo a vitória da cruz, pois é simplesmente
7
impossível que alguém possa ter naturalmente
tal tipo de paz em meio às aflições e tribulações.
É para a glória de Deus que somos chamados a
amar com o amor de Cristo, conforme este é
descrito pelo apóstolo em I Coríntios 13:
“4 O amor é paciente, é benigno; o amor não
arde em ciúmes, não se ufana, não se
ensoberbece,
5 não se conduz inconvenientemente, não
procura os seus interesses, não se exaspera, não
se ressente do mal;
6 não se alegra com a injustiça, mas regozija-se
com a verdade;
7 tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo
suporta.”
O amor de Cristo derramado em nosso coração
pelo Espírito Santo é quem produz esta
capacidade de ser paciente, não arder em
ciúmes, não ser orgulhoso, ser sóbrio, não
egoísta, não exasperado, não ressentido, ficar
triste com a injustiça, mas se alegrar com a
verdade, e tudo sofrer, tudo crer, tudo esperar e
suportar.
8
Este amor é fruto do Espírito Santo, e portanto,
não podemos tê-lo sem viver e andar
continuamente no Espírito, o que consiste em
seguir a sua influência, instrução e direção na
prática de todos os nossos pensamentos,
atitudes e ações.
Agora, como isto pode ser alcançado se não
renunciarmos a tudo, e especialmente a nós
mesmos, especialmente quanto à nossa
reputação quando somos ofendidos?
Ninguém se iluda que é possível alcançar tal
vitória sobre a carne, o diabo e o mundo, para ter
sobretudo paz de mente e de coração, pelo
simples fato de orar e ter fé. Não padece dúvida
que estes são os meios principais para uma
caminhada cristã, mas é necessário algo mais do
que a oração e a fé. É preciso o arrependimento
diário, que consiste na progressiva renovação da
nossa mente, por meio do aprendizado prático
das virtudes de Cristo, conforme vemos nas
palavras do apóstolo Pedro:
“2 Graça e paz vos sejam multiplicadas, no pleno
conhecimento de Deus e de Jesus, nosso Senhor.
3 Visto como, pelo seu divino poder, nos têm
sido doadas todas as coisas que conduzem à vida
e à piedade, pelo conhecimento completo
9
daquele que nos chamou para a sua própria
glória e virtude,
4 pelas quais nos têm sido doadas as suas
preciosas e mui grandes promessas, para que
por elas vos torneis coparticipantes da natureza
divina, livrando-vos da corrupção das paixões
que há no mundo,
5 por isso mesmo, vós, reunindo toda a vossa
diligência, associai com a vossa fé a virtude; com
a virtude, o conhecimento;
6 com o conhecimento, o domínio próprio; com
o domínio próprio, a perseverança; com a
perseverança, a piedade;
7 com a piedade, a fraternidade; com a
fraternidade, o amor.
8 Porque estas coisas, existindo em vós e em vós
aumentando, fazem com que não sejais nem
inativos, nem infrutuosos no pleno
conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo.
9 Pois aquele a quem estas coisas não estão
presentes é cego, vendo só o que está perto,
esquecido da purificação dos seus pecados de
outrora.
10
10 Por isso, irmãos, procurai, com diligência
cada vez maior, confirmar a vossa vocação e
eleição; porquanto, procedendo assim, não
tropeçareis em tempo algum.
11 Pois desta maneira é que vos será
amplamente suprida a entrada no reino eterno
de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.” (2
Pedro 2-11)
Veja que ao introduzir o seu assunto com a
impetração de graça e paz aos crentes, ele passa
imediatamente a definir o poder de onde isto é
obtido, mas não parou aí, pois prosseguiu
dizendo o que era necessário fazer para um viver
vitorioso nesta graça e paz.
A este respeito também se pronunciou o
apóstolo Paulo, nos seguintes termos:
“4 Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez
digo: alegrai-vos.
5 Seja a vossa moderação conhecida de todos os
homens. Perto está o Senhor.
6 Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo,
porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as
vossas petições, pela oração e pela súplica, com
ações de graças.
11
7 E a paz de Deus, que excede todo o
entendimento, guardará o vosso coração e a
vossa mente em Cristo Jesus.
8 Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro,
tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo
o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é
de boa fama, se alguma virtude há e se algum
louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso
pensamento.
9 O que também aprendestes, e recebestes, e
ouvistes, e vistes em mim, isso praticai; e o Deus
da paz será convosco.” (Filipenses 4.4-9).
Veja que o apóstolo indica quais coisas são
necessárias para que o Deus de paz seja conosco,
e para que a sua paz sobrenatural guarde nossas
mentes e corações.
Afastar-se e não dar a devida consideração a tais
instruções significa também recusar a paz de
Jesus.
Ele começa com “alegrar-se sempre no
Senhor”, e o que isto significa, senão que
devemos aprender a estar contentes nEle em
toda e qualquer circunstância?
12
É preciso aprender a ser grato por tudo, sabendo
que todas as coisas estão cooperando
juntamente para o nosso bem.
Deus é soberano e comanda todas as coisas e
pessoas. Em Sua onisciência e onipotência já
previu tudo o que há de ocorrer e tudo controla
com perfeição, ainda que aos nossos olhos possa
parecer que o mundo está seguindo um rumo
diferente daquele que poderia ser controlado
por Ele.
Nada e ninguém escapa do Seu juízo, e é
poderoso para manter em perfeita paz aquele
cuja confiança é inteiramente depositada nEle.
Estas coisas não estão ocorrendo ao acaso, mas
já foram predeterminadas antes mesmo da
fundação do mundo, conforme podemos ver na
revelação bíblica.
Porventura, foi sem propósito que a Abraão foi
ordenado oferecer o seu filho Isaque em
sacrifício a Deus no Monte Moriá? Somente
cerca de mil anos depois seria construído ali o
primeiro templo por Salomão, mas não sem
antes que Davi, seu pai, conquistasse a cidade de
Jebus, na qual ficava o referido monte, e cujo
nome ele mudou para Jerusalém.
13
Um pai, que não é Abraão, mas Deus, ofereceria
ali o Seu Filho Unigênito, para que pelo seu
sacrifício pudéssemos obter a paz, tanto com
Deus, como em nosso interior.
Abraão, ofereceu no lugar do seu filho Isaque,
um cordeiro que Deus enviou a ele no monte,
mas Deus não poupou o Seu Filho, do qual tudo
aquilo era apenas uma figura das coisas
necessárias e que deveriam ocorrer no futuro,
para que o Seu propósito eterno fosse cumprido.
O nome Jerusalém em hebraico significa
“cidade da paz”. Dirigido pelo Espírito Santo
Davi lhe deu este nome profético, pois seria a
partir dali que Deus daria paz aos que creem em
todo o mundo, por meio do sacrifício de Jesus.
A paz que temos foi ordenada por Deus e
planejada por Ele, e custou um preço altíssimo a
Ele em nos dar o Seu Filho amado. É nosso dever
portanto, fazer valer essa paz em nosso viver,
para que Deus seja glorificado em todo o nosso
procedimento e em nossas atitudes.
Somos chamados a seguir os passos de Jesus nas
coisas que sofremos por causa do pecado que há
no mundo, como nos ensina o apóstolo Pedro:
14
“11 Amados, exorto-vos, como peregrinos e
forasteiros que sois, a vos absterdes das paixões
carnais, que fazem guerra contra a alma,
12 mantendo exemplar o vosso procedimento no
meio dos gentios, para que, naquilo que falam
contra vós outros como de malfeitores,
observando-vos em vossas boas obras,
glorifiquem a Deus no dia da visitação.
13 Sujeitai-vos a toda instituição humana por
causa do Senhor, quer seja ao rei, como
soberano,
14 quer às autoridades, como enviadas por ele,
tanto para castigo dos malfeitores como para
louvor dos que praticam o bem.
15 Porque assim é a vontade de Deus, que, pela
prática do bem, façais emudecer a ignorância
dos insensatos;
16 como livres que sois, não usando, todavia, a
liberdade por pretexto da malícia, mas vivendo
como servos de Deus.
17 Tratai todos com honra, amai os irmãos,
temei a Deus, honrai o rei.
15
18 Servos, sede submissos, com todo o temor ao
vosso Senhor, não somente se for bom e
cordato, mas também ao perverso;
19 porque isto é grato, que alguém suporte
tristezas, sofrendo injustamente, por motivo de
sua consciência para com Deus.
20 Pois que glória há, se, pecando e sendo
esbofeteados por isso, o suportais com
paciência? Se, entretanto, quando praticais o
bem, sois igualmente afligidos e o suportais
com paciência, isto é grato a Deus.
21 Porquanto para isto mesmo fostes chamados,
pois que também Cristo sofreu em vosso lugar,
deixando-vos exemplo para seguirdes os seus
passos,
22 o qual não cometeu pecado, nem dolo algum
se achou em sua boca;
23 pois ele, quando ultrajado, não revidava com
ultraje; quando maltratado, não fazia ameaças,
mas entregava-se àquele que julga retamente,
24 carregando ele mesmo em seu corpo, sobre o
madeiro, os nossos pecados, para que nós,
mortos para os pecados, vivamos para a justiça;
por suas chagas, fostes sarados.
16
25 Porque estáveis desgarrados como ovelhas;
agora, porém, vos convertestes ao Pastor e Bispo
da vossa alma.” (I Pedro 2.11-25).
Como crentes, devemos nos armar em nossos
pensamentos de que sofreremos por causa de
Jesus, e que estes sofrimentos já estão previstos
no plano de Deus em relação a nós, porque é por
meio da paciência neles que Ele pode ser
glorificado através do nosso testemunho.
“12 Amados, não estranheis o fogo ardente que
surge no meio de vós, destinado a provar-vos,
como se alguma coisa extraordinária vos
estivesse acontecendo;
13 pelo contrário, alegrai-vos na medida em que
sois coparticipantes dos sofrimentos de Cristo,
para que também, na revelação de sua glória,
vos alegreis exultando.
14 Se, pelo nome de Cristo, sois injuriados, bem-
aventurados sois, porque sobre vós repousa o
Espírito da glória e de Deus.
15 Não sofra, porém, nenhum de vós como
assassino, ou ladrão, ou malfeitor, ou como
quem se intromete em negócios de outrem;
17
16 mas, se sofrer como cristão, não se
envergonhe disso; antes, glorifique a Deus com
esse nome.
17 Porque a ocasião de começar o juízo pela casa
de Deus é chegada; ora, se primeiro vem por
nós, qual será o fim daqueles que não obedecem
ao evangelho de Deus?
18 E, se é com dificuldade que o justo é salvo,
onde vai comparecer o ímpio, sim, o pecador?
19 Por isso, também os que sofrem segundo a
vontade de Deus encomendem a sua alma ao fiel
Criador, na prática do bem.” (I Pedro 4.12-19).
Deus está alcançando muitos pecadores para
serem salvos através deste testemunho que os
crentes dão da paz de Jesus em suas vidas em
meio à aflições.
Não é propriamente o nosso testemunho que
salva os pecadores, senão o poder do próprio
Deus, mas esta paciência é o meio que ajuda a
convencer a muitos que de fato há poder em
Jesus para nos guardar em perfeita paz, a par de
tudo o que possamos sofrer ou perder.
Nossas dores não devem ser comparadas com a
glória que está reservada para nós no céu.
18
Nossas aflições são breves em comparação com
toda a eternidade de glória que nos aguarda.
Jesus, depois de tudo o que sofreu entrou no
estado de glória eterna e assim também
devemos ser semelhantes a ele neste ponto.
“27 Vivei, acima de tudo, por modo digno do
evangelho de Cristo, para que, ou indo ver-vos
ou estando ausente, ouça, no tocante a vós
outros, que estais firmes em um só espírito,
como uma só alma, lutando juntos pela fé
evangélica;
28 e que em nada estais intimidados pelos
adversários. Pois o que é para eles prova
evidente de perdição é, para vós outros, de
salvação, e isto da parte de Deus.
29 Porque vos foi concedida a graça de
padecerdes por Cristo e não somente de crerdes
nele,
30 pois tendes o mesmo combate que vistes em
mim e, ainda agora, ouvis que é o meu.”
(Filipenses 1.27-30).
Se Paulo ficasse cheio de indignação com os
grandes pecados que eram praticados na cidade
de Corinto, ele não somente não teria
permanecido lá para evangelizá-los, como
19
também poderia perder a sua paz por se
indignar contra eles, a ponto de se deixar
dominar pela ira contra tais pecadores, mas nós
vemos em seu testemunho em I Coríntios 6.9-11,
que muitos daqueles grandes pecadores haviam
sido alcançados para Cristo através do
ministério de paciência e amor que havia
exercido entre eles:
“9 Ou não sabeis que os injustos não herdarão o
reino de Deus? Não vos enganeis: nem impuros,
nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados,
nem sodomitas,
10 nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados,
nem maldizentes, nem roubadores herdarão o
reino de Deus.
11 Tais fostes alguns de vós; mas vós vos lavastes,
mas fostes santificados, mas fostes justificados
em o nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito
do nosso Deus.”
É nosso dever ser longânimos para com todos,
inclusive para com os maus.
“12 Agora, vos rogamos, irmãos, que acateis com
apreço os que trabalham entre vós e os que vos
presidem no Senhor e vos admoestam;
20
13 e que os tenhais com amor em máxima
consideração, por causa do trabalho que
realizam. Vivei em paz uns com os outros.” (I
Tessalonicenses 5.12,13).
Observe que na sequência de tais palavras o
apóstolo fala de os crentes viverem em paz uns
com os outros no versículo 13, e imediatamente
passa a relacionar as coisas que os crentes
deveriam fazer para preservá-la, a partir do
verso 14 até o 24:
“14 Exortamo-vos, também, irmãos, a que
admoesteis os insubmissos, consoleis os
desanimados, ampareis os fracos e sejais
longânimos para com todos.
15 Evitai que alguém retribua a outrem mal por
mal; pelo contrário, segui sempre o bem entre
vós e para com todos.
16 Regozijai-vos sempre.
17 Orai sem cessar.
18 Em tudo, dai graças, porque esta é a vontade
de Deus em Cristo Jesus para convosco.
19 Não apagueis o Espírito.
20 Não desprezeis as profecias;
21
21 julgai todas as coisas, retende o que é bom;
22 abstende-vos de toda forma de mal.
23 O mesmo Deus da paz vos santifique em tudo;
e o vosso espírito, alma e corpo sejam
conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda
de nosso Senhor Jesus Cristo.
24 Fiel é o que vos chama, o qual também o fará.”
O apóstolo volta a exortar os tessalonicenses à
paz divina em sua segunda epístola, indicando a
importância de obedecerem a todas as
ordenanças que lhes havia dado para tal
propósito.
“13 E vós, irmãos, não vos canseis de fazer o bem.
14 Caso alguém não preste obediência à nossa
palavra dada por esta epístola, notai-o; nem vos
associeis com ele, para que fique envergonhado.
15 Todavia, não o considereis por inimigo, mas
adverti-o como irmão.
16 Ora, o Senhor da paz, ele mesmo, vos dê
continuamente a paz em todas as
circunstâncias. O Senhor seja com todos vós.” (II
Tessalonicenses 3.13-16).
22
Quando Jesus se referiu ao legado da sua paz a
nós ele alertou os discípulos quanto à
necessidade que teriam dela em meio às
aflições que teriam que sofrer neste mundo.
“32 Eis que vem a hora e já é chegada, em que
sereis dispersos, cada um para sua casa, e me
deixareis só; contudo, não estou só, porque o Pai
está comigo.
33 Estas coisas vos tenho dito para que tenhais
paz em mim. No mundo, passais por aflições;
mas tende bom ânimo; eu venci o mundo.” (João
16.32,33).
“Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la
dou como a dá o mundo. Não se turbe o vosso
coração, nem se atemorize.” (João 14.27).
Não somente o Senhor nos alertou quanto à
necessidade de mantermos a paz em meio às
aflições, como também que precisaríamos de
um aporte de graça muito maior nos últimos
dias, em razão da multiplicação da iniquidade.
“3 No monte das Oliveiras, achava-se Jesus
assentado, quando se aproximaram dele os
discípulos, em particular, e lhe pediram: Dize-
nos quando sucederão estas coisas e que sinal
haverá da tua vinda e da consumação do século.
23
4 E ele lhes respondeu: Vede que ninguém vos
engane.
5 Porque virão muitos em meu nome, dizendo:
Eu sou o Cristo, e enganarão a muitos.
6 E, certamente, ouvireis falar de guerras e
rumores de guerras; vede, não vos assusteis,
porque é necessário assim acontecer, mas ainda
não é o fim.
7 Porquanto se levantará nação contra nação,
reino contra reino, e haverá fomes e terremotos
em vários lugares;
8 porém tudo isto é o princípio das dores.
9 Então, sereis atribulados, e vos matarão. Sereis
odiados de todas as nações, por causa do meu
nome.
10 Nesse tempo, muitos hão de se escandalizar,
trair e odiar uns aos outros;
11 levantar-se-ão muitos falsos profetas e
enganarão a muitos.
12 E, por se multiplicar a iniquidade, o amor se
esfriará de quase todos.
24
13 Aquele, porém, que perseverar até o fim, esse
será salvo.
14 E será pregado este evangelho do reino por
todo o mundo, para testemunho a todas as
nações. Então, virá o fim.” (Mateus 24.3-14).
Baseado nesta palavra profética de Jesus, o
apóstolo Paulo também profetizou pelo Espírito
Santo, detalhando as coisas em que consistiria
esta multiplicação da iniquidade do tempo do
fim.
“1 Sabe, porém, isto: nos últimos dias,
sobrevirão tempos difíceis,
2 pois os homens serão egoístas, avarentos,
jactanciosos, arrogantes, blasfemadores,
desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes,
3 desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem
domínio de si, cruéis, inimigos do bem,
4 traidores, atrevidos, enfatuados, mais amigos
dos prazeres que amigos de Deus,
5 tendo forma de piedade, negando-lhe,
entretanto, o poder. Foge também destes.
6 Pois entre estes se encontram os que
penetram sorrateiramente nas casas e
25
conseguem cativar mulherinhas
sobrecarregadas de pecados, conduzidas de
várias paixões,
7 que aprendem sempre e jamais podem chegar
ao conhecimento da verdade.
8 E, do modo por que Janes e Jambres resistiram
a Moisés, também estes resistem à verdade. São
homens de todo corrompidos na mente,
réprobos quanto à fé;
9 eles, todavia, não irão avante; porque a sua
insensatez será a todos evidente, como também
aconteceu com a daqueles.” (II Timóteo 3.1-9).
Em face de tais advertências proféticas não é
para nos surpreendermos com as coisas
tenebrosas que temos testemunhado estarem
ocorrendo no mundo em nossos dias. Já fomos
alertados de antemão para que não caiamos na
armadilha satânica de nos deixarmos tomar
pelo sentimento de indignação e ira, pelo mal
que venhamos a sofrer da parte dos pecadores.
Devemos vencer o mal com o bem perseverando
na prática do amor, da paciência, do perdão, da
longanimidade, da misericórdia, para que não
venhamos nós mesmos a cair no desagrado de
26
Deus, caso enveredemos por outro caminho
diferente daquele que Ele nos tem ordenado.
27
“Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor.” (Hebreus 12.14)